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O número de vereadores vai sofrer uma redução em Vila Nova de Famalicão. Como se sabe, actualmente a Câmara Municipal é composta pelo Presidente e mais dez vereadores, onze pessoas no total. No futuro, o número de vereadores será reduzido para oito, ficando o Executivo Municipal com nove pessoas. Destes oito vereadores que foram escolhidos na Assembleia Municipal pelo Presidente da Câmara eleito, só quatro poderão exercer funções a tempo inteiro. Como é também sabido, actualmente há seis vereadores a tempo inteiro, sete se incluirmos o Presidente da Câmara. Esta será também uma forma de se acabar com câmaras municipais que têm mais vereadores a tempo inteiro do que alguns países têm ministros! Tudo isto acontece em Vila Nova de Famalicão porque é um município com mais de cem mil eleitores. Nos outros vinte que se situam no mesmo nível acontecerá rigorosamente a mesma coisa. 1. 1. Para finalizar a análise sumária das implicações do “Documento Verde da Administração Local”, no Município de Vila Nova de Famalicão, há que referir que a forma de eleição do Presidente da Câmara vai ser alterada, que o número de vereadores vai ser reduzido e que a estrutura superior das câ- maras municipais, ao nível dos seus dirigentes, vai ser ajusta- da. Nas Eleições Autárquicas deixará de existir uma lista de candidatos para a Câmara Municipal e uma lista de candidatos para a Assembleia Municipal. Os partidos e os grupos de cidadãos independentes apresentarão apenas uma lista para a Assembleia Municipal, sendo eleito Presidente da Câmara o cidadão ou a cidadã que encabeça a lista mais votada. É um pouco como a eleição de deputados para a Assembleia da República, em que o Primeiro – Ministro “sai” normalmente do partido mais votado, tendo em conta outros pressupostos que me abstenho aqui de referir. No que toca às câmaras municipais, o Presidente será eleito desta forma, não elegendo com ele vereadores. Os vereadores serão escolhidos pelo Presidente eleito de entre os membros também elei-tos para a Assembleia Municipal. Quer dizer que, elei-to o Presidente - o primeiro candidato da lista mais votada para a Assembleia Municipal - este chega à Assembleia e propõe os nomes que quer, para o acompanharem na gover- nação municipal. A Assem-bleia Municipal vota esses nomes e está escolhido o governo local. A manter-se a chamada “agregação de freguesias”, assun- to que abordámos nas últimas duas semanas, a Assembleia Municipal terá também uma composição muito diferente da que tem hoje, porque os Presidentes de Junta que têm assento no órgão por direito próprio serão em muito menor número. Talvez menos de metade daqueles que existem actualmente. Esta possível forma de constituição e composição do Executivo Municipal é vista de forma muito crítica por vários sectores. Se, por um lado, ela permite a constituição dos chamados “executivos homogéneos” (executivos sem opo- sição), poderá também dar azo às mais variadas arbitra- riedades e prepotências porque deixa de haver quem ques- tione de perto quem “manda”. E, às vezes, há “mandar” e “man- dar”! Esta é uma vertente do problema a merecer séria re- flexão. 2. 2. O número de vereadores vai sofrer uma redução em Vila Nova de Famalicão. Como se sabe, actualmente a Câmara Municipal é composta pelo Presidente e mais dez vereadores, onze pessoas no total. No futuro, o número de vereadores será reduzido para oito, ficando o Executivo Municipal com nove pessoas. Destes oito vereadores que foram escolhidos na Assem- bleia Municipal pelo Presidente da Câmara eleito, só quatro poderão exercer funções a tempo inteiro. Como é também sa- bido, actualmente há seis vereadores a tempo inteiro, sete se incluirmos o Presidente da Câmara. Esta será também uma forma de se acabar com câmaras municipais que têm mais vereadores a tempo inteiro do que alguns países têm ministros! Tudo isto acontece em Vila Nova de Famalicão porque é um município com mais de cem mil eleitores. Nos outros vinte que se situam no mesmo nível acontecerá rigorosamente a mesma coisa. 3. 3. O número de habitantes terá uma influência também im- portante na definição do número de cargos dirigentes que serão substancialmente reduzidos. Em municípios com mais de cem mil habitantes (estamos agora a falar de habitantes e não eleitores), como é o caso de Vila Nova de Famalicão, haverá lugar à existência de um director municipal por cada cem mil habitantes, um director de departamento por cada quarenta mil habitantes e um chefe de divisão por cada dez mil habitantes. Tudo calculado e somado, a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão poderá ter um ou dois directores municipais, qua- tro directores de departamento e catorze chefes de divisão, num total bastante inferior àqueles que existem nos tempos que correm. 4. 4. Outra das possibilidades equacionadas pelo “Docu- mento Verde da Reforma da Administração Local” é o chama- do “associativismo municipal”, através da criação das “comu- nidades intermunicipais” (CIM). O “Documento” aponta para a criação, a curto prazo, de um projecto – piloto com duas CM, uma maioritariamente rural e outra maioritariamente urbana. A base para a criação das CIM são as chamadas “NUT III” (unidades territoriais para fins estatísticos) que incluem vários concelhos. Sabendo-se que, no momento, há trinta “NUT III” no território nacional, podemos vir a ficar com trinta “comunidades intermunicipais”, pouco ou nada se sabendo sobre as suas a- tribuições e competências e sobre a metodologia de financia- mento. Como é sabido, Vila Nova de Famalicão está integrada na NUT III – Ave que inclui ainda os concelhos de Cabeceiras de Basto, Fafe, Guimarães, Mondim de Basto, Póvoa de Lanhoso, Vieira do Minho e Vizela. Será esta a futura “Comunidade Intermunicipal” em que Vila Nova de Famalicão ficará integrada? 8 De 18 a 24 de Outubro de 2011 Dia a dia Dia a dia Por Mário C. Martins Revolução nas câmaras! Entre os dias 2 e 9 de Outubro a Didáxis dinamizou ativi- dades no âmbito de três parcerias europeias. Assim, no dia 3 de Outubro, a Didáxis recebeu a terceira reunião de líderes no âmbito do Programa Leonardo da Vinci / Parcerias. O tema da parceria – Prevenção da Violência Doméstica em Crianças Deficientes – deu o mote para que se fizesse um estudo comparativo entre as instituições que apoiam estes utentes em Portugal e na Turquia. Depois de uma reunião de trabalho em Riba de Ave e de uma visita à escola, a comitiva composta por 6 profissionais de uma instituição de apoio a crianças e jovens deficientes visitou a CERCIGUI em Guimarães. A visita serviu para se estabelecerem paralelos entre os dois países, elencarem-se as diferenças e, da comparação, construir-se um guia de boas práticas de atuação nesta área. Após o trabalho de projeto, a comitiva oriunda de Sinop ainda teve tempo de fazer um breve passeio pela parte histórica da cidade de Guimarães e de contatar com a nossa cultura, história e tradições. A próxima visita será a Birmin- gham, na Inglaterra, e aí serão apresentados os resultados de toda a parceria (estudo comparativo entre Turquia, Portugal, Grécia e Reino Unido). DIDÁXIS EM “WORKSHOP” DE VÍDEOS NA SICÍLIA Ainda na mesma semana, Irene Santos e três alunos da Didáxis de Riba de Ave participaram num encontro europeu na Sicília. O objetivo do encontro era o de cooperar num “workshop” subjugado ao tema “FILM-IN/os FILMES ao serviço da INtegração). Entre as presenças, podia-se ouvir falar ita- liano, holandês, lituano, turco, inglês e português, claro. Os quatro vídeos apresentados pelos alunos da Didáxis eram subjugados ao tema: ambiente e sociedade e foram aplaudidos pela sua qualidade, criatividade e profissionalis- mo. A escola italiana também promoveu a filmagem de uma curta metragem subjugada ao tema: “Um dia na escola S Giovanni Fermi” e, mais uma vez, a tarefa foi superada. Para além do trabalho de projeto, houve também visitas culturais. Entre elas, conta-se uma visita ao vulcão Etna, à bela e animada cidade da Catania e ainda uma visita ao sítio histórico de Siracusa. A próxima será na Lituânia já em Maio de 2012 para mais um “workshop” em filmagem e edição de vídeo. Didáxis de Norte a Sul da Europa

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4.4. Outra das possibilidades equacionadas pelo “Docu- 1.1. Para finalizar a análise sumária das implicações do 2.2. O número de vereadores vai sofrer uma redução em Vila 3.3. O número de habitantes terá uma influência também im- De 18 a 24 de Outubro de 2011

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O número de vereadores vai sofrer uma

redução em Vila Nova de Famalicão. Como

se sabe, actualmente a Câmara Municipal é

composta pelo Presidente e mais dez

vereadores, onze pessoas no total. No

futuro, o número de vereadores será

reduzido para oito, ficando o Executivo

Municipal com nove pessoas. Destes oito

vereadores que foram escolhidos na

Assembleia Municipal pelo Presidente da

Câmara eleito, só quatro poderão exercer

funções a tempo inteiro. Como é também

sabido, actualmente há seis vereadores a

tempo inteiro, sete se incluirmos o

Presidente da Câmara. Esta será também

uma forma de se acabar com câmaras

municipais que têm mais vereadores a

tempo inteiro do que alguns países têm

ministros! Tudo isto acontece em Vila Nova

de Famalicão porque é um município com

mais de cem mil eleitores. Nos outros vinte

que se situam no mesmo nível acontecerá

rigorosamente a mesma coisa.

1.1.Para finalizar a análise sumária das implicações do

“Documento Verde da Administração Local”, no Município de

Vila Nova de Famalicão, há que referir que a forma de eleição

do Presidente da Câmara vai ser alterada, que o número de

vereadores vai ser reduzido e que a estrutura superior das câ-

maras municipais, ao nível dos seus dirigentes, vai ser ajusta-

da.

Nas Eleições Autárquicas deixará de existir uma lista de

candidatos para a Câmara Municipal e uma lista de candidatos

para a Assembleia Municipal. Os partidos e os grupos de

cidadãos independentes apresentarão apenas uma lista para a

Assembleia Municipal, sendo eleito Presidente da Câmara o

cidadão ou a cidadã que encabeça a lista mais votada. É um

pouco como a eleição de deputados para a Assembleia da

República, em que o Primeiro – Ministro “sai” normalmente do

partido mais votado, tendo em conta outros pressupostos que

me abstenho aqui de referir.

No que toca às câmaras municipais, o Presidente será eleito

desta forma, não elegendo com ele vereadores. Os vereadores

serão escolhidos pelo Presidente eleito de entre os membros

também elei-tos para a Assembleia Municipal. Quer dizer que,

elei-to o Presidente - o primeiro candidato da lista mais votada

para a Assembleia Municipal - este chega à Assembleia e

propõe os nomes que quer, para o acompanharem na gover-

nação municipal. A Assem-bleia Municipal vota esses nomes e

está escolhido o governo local.

A manter-se a chamada “agregação de freguesias”, assun-

to que abordámos nas últimas duas semanas, a Assembleia

Municipal terá também uma composição muito diferente da que

tem hoje, porque os Presidentes de Junta que têm assento no

órgão por direito próprio serão em muito menor número. Talvez

menos de metade daqueles que existem actualmente.

Esta possível forma de constituição e composição do

Executivo Municipal é vista de forma muito crítica por vários

sectores. Se, por um lado, ela permite a constituição dos

chamados “executivos homogéneos” (executivos sem opo-

sição), poderá também dar azo às mais variadas arbitra-

riedades e prepotências porque deixa de haver quem ques-

tione de perto quem “manda”. E, às vezes, há “mandar” e “man-

dar”! Esta é uma vertente do problema a merecer séria re-

flexão.

2.2.O número de vereadores vai sofrer uma redução em Vila

Nova de Famalicão. Como se sabe, actualmente a Câmara

Municipal é composta pelo Presidente e mais dez vereadores,

onze pessoas no total. No futuro, o número de vereadores será

reduzido para oito, ficando o Executivo Municipal com nove

pessoas.

Destes oito vereadores que foram escolhidos na Assem-

bleia Municipal pelo Presidente da Câmara eleito, só quatro

poderão exercer funções a tempo inteiro. Como é também sa-

bido, actualmente há seis vereadores a tempo inteiro, sete se

incluirmos o Presidente da Câmara. Esta será também uma

forma de se acabar com câmaras municipais que têm mais

vereadores a tempo inteiro do que alguns países têm ministros!

Tudo isto acontece em Vila Nova de Famalicão porque é um

município com mais de cem mil eleitores. Nos outros vinte que

se situam no mesmo nível acontecerá rigorosamente a mesma

coisa.

3.3.O número de habitantes terá uma influência também im-

portante na definição do número de cargos dirigentes que

serão substancialmente reduzidos. Em municípios com mais

de cem mil habitantes (estamos agora a falar de habitantes e

não eleitores), como é o caso de Vila Nova de Famalicão,

haverá lugar à existência de um director municipal por cada

cem mil habitantes, um director de departamento por cada

quarenta mil habitantes e um chefe de divisão por cada dez mil

habitantes.

Tudo calculado e somado, a Câmara Municipal de Vila Nova

de Famalicão poderá ter um ou dois directores municipais, qua-

tro directores de departamento e catorze chefes de divisão,

num total bastante inferior àqueles que existem nos tempos

que correm.

4.4.Outra das possibilidades equacionadas pelo “Docu-

mento Verde da Reforma da Administração Local” é o chama-

do “associativismo municipal”, através da criação das “comu-

nidades intermunicipais” (CIM). O “Documento” aponta para a

criação, a curto prazo, de um projecto – piloto com duas CM,

uma maioritariamente rural e outra maioritariamente urbana.

A base para a criação das CIM são as chamadas “NUT III”

(unidades territoriais para fins estatísticos) que incluem vários

concelhos. Sabendo-se que, no momento, há trinta “NUT III” no

território nacional, podemos vir a ficar com trinta “comunidades

intermunicipais”, pouco ou nada se sabendo sobre as suas a-

tribuições e competências e sobre a metodologia de financia-

mento. Como é sabido, Vila Nova de Famalicão está integrada

na NUT III – Ave que inclui ainda os concelhos de Cabeceiras

de Basto, Fafe, Guimarães, Mondim de Basto, Póvoa de

Lanhoso, Vieira do Minho e Vizela. Será esta a futura

“Comunidade Intermunicipal” em que Vila Nova de Famalicão

ficará integrada?

8 De 18 a 24 de Outubro de 2011

Dia a diaDia a dia Por Mário C. Martins

Revolução nas câmaras!

Entre os dias 2 e 9 de Outubro a Didáxis dinamizou ativi-

dades no âmbito de três parcerias europeias.

Assim, no dia 3 de Outubro, a Didáxis recebeu a terceira

reunião de líderes no âmbito do Programa Leonardo da Vinci

/ Parcerias. O tema da parceria – Prevenção da Violência

Doméstica em Crianças Deficientes – deu o mote para que

se fizesse um estudo comparativo entre as instituições que

apoiam estes utentes em Portugal e na Turquia.

Depois de uma reunião de trabalho em Riba de Ave e de

uma visita à escola, a comitiva composta por 6 profissionais

de uma instituição de apoio a crianças e jovens deficientes

visitou a CERCIGUI em Guimarães. A visita serviu para se

estabelecerem paralelos entre os dois países, elencarem-se

as diferenças e, da comparação, construir-se um guia de

boas práticas de atuação nesta área.

Após o trabalho de projeto, a comitiva oriunda de Sinop

ainda teve tempo de fazer um breve passeio pela parte

histórica da cidade de Guimarães e de contatar com a nossa

cultura, história e tradições. A próxima visita será a Birmin-

gham, na Inglaterra, e aí serão apresentados os resultados

de toda a parceria (estudo comparativo entre Turquia,

Portugal, Grécia e Reino Unido).

DIDÁXIS EM “WORKSHOP”

DE VÍDEOS NA SICÍLIA

Ainda na mesma semana, Irene Santos e três alunos da

Didáxis de Riba de Ave participaram num encontro europeu

na Sicília.

O objetivo do encontro era o de cooperar num “workshop”

subjugado ao tema “FILM-IN/os FILMES ao serviço da

INtegração). Entre as presenças, podia-se ouvir falar ita-

liano, holandês, lituano, turco, inglês e português, claro.

Os quatro vídeos apresentados pelos alunos da Didáxis

eram subjugados ao tema: ambiente e sociedade e foram

aplaudidos pela sua qualidade, criatividade e profissionalis-

mo. A escola italiana também promoveu a filmagem de uma

curta metragem subjugada ao tema: “Um dia na escola S

Giovanni Fermi” e, mais uma vez, a tarefa foi superada.

Para além do trabalho de projeto, houve também visitas

culturais. Entre elas, conta-se uma visita ao vulcão Etna, à

bela e animada cidade da Catania e ainda uma visita ao sítio

histórico de Siracusa. A próxima será na Lituânia já em Maio

de 2012 para mais um “workshop” em filmagem e edição de

vídeo.

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