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Folha Verde DESTAQUE DO MÊS Ano VI Número 84 Goiânia, janeiro de 2010 A efetividade nas ações em defesa do meio ambiente constitui o maior desafio daque- les que militam na área ambien- tal atualmente. Os princípios da precaução e prevenção do Direito Ambiental conduzem a uma atuação vol- tada para se evitar, ao máximo, que o meio ambiente sofra de- gradação que torne irreversível a sua reparação. Deste modo, o Ministério Pú- blico tem buscado, ao longo dos anos, a articulação em torno da efetivação das políticas públi- cas na área ambiental, sem per- der de vista este primado na sua atuação cotidiana em defesa do meio ambiente, buscando tornar realidade a aplicação dos princí- pios da precaução e prevenção. Assim, as ações voltadas para a efetiva resolução dos proble- mas ambientais verificadas me- recem ser destacadas para servir de inspiração à sua replicação e aprimoramento, a fim de se ga- rantir a proteção eficaz do meio ambiente. EDITORIAL A efetividade do Ministério Público no combate à Poluição Sonora Meio Ambiente Em Goiás, vários promotores de Justiça têm conseguido resolver, de maneiras diferentes, os problemas relacionados à poluição sonora. Nesta edição, o Folha Verde destaca iniciativas de Itumbiara e Goiânia. (página 3) EXPEDIENTE Eduardo Abdon Moura Procurador-Geral de Justiça Ana Cristina Ribeiro Peternella França Subprocuradora-Geral para Assuntos Jurídico-Institucionais Fernando Braga Viggiano Subprocurador-Geral para Assuntos Administrativos REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA: MP conduz iniciativas para regulamentar ocupação do solo em Nerópolis Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) celebrado para compensar impactos ambientais de residencial do Programa Minha Casa, Minha Vida levou à criação de minuta de lei para regularização fundiária de todo o município. (página 03) ARTIGO A Assessora Jurídica Giovanna Fernandes Drago fala sobre a ocupação de APPs urbanas no Brasil. (página 02) Ministério Público do Estado de Goiás Informativo do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente Sandra Mara Garbelini Promotora de Justiça Coordenadora do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente Colaboração: Déborah Rodrigues Borges Jornalistas Responsáveis: Ana Cristina Arruda, Cristiani Honório e Cristina Rosa F one: (62) 3243-8028 E-mail: [email protected] I mpressão: lida – Gráfica e Editora Ltda – ME Tiragem: 500 exemplares

Folha Verde - Janeiro 2010 - MP-GO verde - janeiro 2010.pdftantes da Saneago e da Secreta-ria Municipal de Assistência So-cial de Faina. De acordo com a perita am-biental, Faina é

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Folha VerdeDESTAQUE DO MÊS

Ano VI � Número 84 Goiânia, janeiro de 2010

A efetividade nas ações em defesa do meio ambiente

constitui o maior desafio daque-les que militam na área ambien-tal atualmente.

Os princípios da precaução e prevenção do Direito Ambiental conduzem a uma atuação vol-tada para se evitar, ao máximo, que o meio ambiente sofra de-gradação que torne irreversível a sua reparação.

Deste modo, o Ministério Pú-blico tem buscado, ao longo dos anos, a articulação em torno da efetivação das políticas públi-cas na área ambiental, sem per-der de vista este primado na sua atuação cotidiana em defesa do meio ambiente, buscando tornar realidade a aplicação dos princí-pios da precaução e prevenção.

Assim, as ações voltadas para a efetiva resolução dos proble-mas ambientais verificadas me-recem ser destacadas para servir de inspiração à sua replicação e aprimoramento, a fim de se ga-rantir a proteção eficaz do meio ambiente.

EDITORIAL

A efetividade do Ministério Público no combate à Poluição Sonora

Meio Ambiente

Em Goiás, vários promotores de Justiça têm conseguido resolver, demaneiras diferentes, os problemas relacionados à poluição sonora. Nesta edição, o Folha Verde destaca iniciativas de Itumbiara e Goiânia. (página 3)

EXPEDIENTE

Eduardo Abdon MouraProcurador-Geral de Justiça

Ana Cristina Ribeiro Peternella FrançaSubprocuradora-Geral para AssuntosJurídico-Institucionais

Fernando Braga ViggianoSubprocurador-Geral paraAssuntos Administrativos

REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA:MP conduz iniciativas para regulamentar ocupação do solo em NerópolisTermo de Ajustamento de Conduta (TAC) celebrado para compensar impactos ambientais de residencial do Programa Minha Casa, Minha Vida levou à criação de minuta de lei para regularização fundiária de todo o município. (página 03)

ARTIGOA AssessoraJurídicaGiovanna Fernandes Dragofala sobre aocupação de APPs urbanas no Brasil.(página 02)

Ministério Público do Estado de GoiásInformativo do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente

Sandra Mara GarbeliniPromotora de JustiçaCoordenadora do Centro de ApoioOperacional do Meio Ambiente

Colaboração: Déborah Rodrigues Borges

Jornalistas Responsáveis:Ana Cristina Arruda, Cristiani Honórioe Cristina Rosa

Fone: (62) 3243-8028E-mail: [email protected]

Impressão:Sólida – Gráfica e Editora Ltda – METiragem: 500 exemplares

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Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente Goiânia, Janeiro de 2010Folha Verde 2

ARTIGO

Para entender o processo de urbanização no Brasil

é importante refletir sobre a história dos nossos quinhen-tos anos de ocupação urba-na, revendo antigos hábitos e paradigmas que passam por mudanças impostas pela dinâmica social e pelas alte-rações na legislação de pro-teção ambiental e ocupação do solo. Vivenciamos um de-safio ao avaliar o custo-bene-fício de permitir, manter ou demolir edificações que se encontram em área de pre-servação ambiental situadasno perímetro urbano. É certo que, conforme a legislação atual, elas não deveriam es-tar ali. Mas como negar oslongos anos de influênciaportuguesa e espanhola?

As questões sanitárias e a necessidade de captação hí-drica nos países da Península Ibérica, mais especificamen-te em Portugal e na Espanha, foram fortemente influencia-das pela cultura moura, que desembarcou no Brasil com a chegada dos portugueses.

Apenas alguns municí-pios da região norte do país e aqueles com influência anglo-saxônica e germâni-ca, construíram suas cidades tendo o rio como elemento urbanístico e paisagístico. No restante do território na-cional, a ocupação do solo se deu às margens dos riose de costas para eles, escon-dendo-os da paisagem paraque fossem usados no des-pejo de dejetos.

Com o passar do tempo, a impermeabilização do solo, combinada com o desmata-mento de encostas, passoua fazer com que as cidades sofressem com o fluxo anor-mal de água. As enchentes e desmoronamentos passa-ram a exigir da administra-ção a decretação de estado de calamidade pública e a

rápida remoção de famíliascompreendidas em áreasque se tornaram de risco à segurança humana. Essase outras diversas situaçõesemergenciais e administra-tivas influenciaram a edição de normas compatíveis comas novas expectativas e reali-dades surgidas com a expan-são urbana.

Na história legislativa na-cional, temos que, na década de 40, o Código das Águas – Decreto nº 24.643/43 -foi instituído com objetivos puramente administrativos.Com ele foi determinada a criação de servidões de trân-sito às margens dos corposhídricos para os agentes da Administração Pública, fa-cilitando a limpeza e açõesemergenciais sanitárias.

Na década de 60, a ins-tituição do Código Florestal- Lei 4.771/65 - apresentounovos parâmetros de prote-ção ambiental, que foram al-terados na década de 80 pe-las Leis 7.511/86 e 7.803/89.

No final da década de 70, foi instituída a Lei de Parcela-mento do Solo, Lei 6.766/79, determinando a obrigato-riedade de os loteamentosatenderem a distância míni-ma de 15 metros ao longodas águas correntes.

É importante ressaltarque, apesar de terem ummesmo objetivo, a lei am-biental e a urbanística se pautam por diferentes cri-térios ao limitar as áreascompatíveis à edificação.Enquanto a intenção da pri-meira é proteger áreas deinteresse ambiental, preser-vando a vida silvestre e osrecursos hídricos, a lei urba-nística determina quais sãoas áreas que não podem seredificadas, segundo critériosde engenharia civil, evitando assim a permanência huma-na em áreas instáveis.

A tendência nacional emaproximar o Direito Ambien-tal das disposições urbanísti-cas é uma realidade, princi-palmente após a promulga-ção do Estatuto Das Cidades - Lei 10.257/01 - e a Reso-lução nº 369 do ConselhoNacional do Meio Ambiente (Conama), de 2006.

Nesse contexto, é impor-tante notar que, aos pou-cos, o comportamento do ser humano em relação aomeio ambiente está mudan-do, seja pelo receio de aca-bar com o mundo ou mes-mo por respeito às futurasgerações. O fato é que as questões ambientais estão a cada dia ganhando mais atenção, tanto da adminis-tração pública quanto da população em geral.

Muito se discute sobre sus-tentabilidade, mas ainda pa-rece difícil identificar o limiteentre a teoria do bom uso dos recursos naturais e sua degra-dação. Nos projetos de ex-pansão urbana, por exemplo, o aumento da necessidade de implantação de novos lotea-mentos, espaços públicos ecomplexos de infraestruturade lazer tem como justificati-va oferecer uma melhor qua-lidade de vida à população. Dessa forma, a supressão deáreas legalmente protegidas épermitida pelo mesmo motivoque deveria ser proibida, ouseja, “o bem estar público”,previsto no Código Florestal- Lei 4771/65 - art. 3º, alínea h, como fundamento de pro-teção dessas áreas.

Vivenciamos, portanto, a flexibilização de conceitos preservacionistas, como a ci-tada resolução do Conama,a qual permite que as Áreas de Preservação Permanente possam ser suprimidas emcasos excepcionais de utili-dade pública e de baixo im-pacto ambiental.

Pelo Código Florestal, aÁrea de Preservação Perma-nente (APP), está protegida devido a sua importantefunção ambiental na preser-vação dos recursos hídricos.A vegetação encontrada àsmargens dos rios, lagos enascentes protegem esses corpos hídricos em váriosaspectos, evitando a ocor-rência de erosões, o assore-amento e até mesmo impe-dindo a contaminação por produtos tóxicos.

Enfim, há muita discus-são sobre a compatibiliza-ção das funções sociais eambientais das Áreas de Preservação Permanente -APP’s. Muitos até acreditamque as APP’s não podem serconsideradas intocáveis, afi-nal a dinâmica da paisagemé movida pelas relaçõessociais, as quais devem serconsideradas na elaboraçãode políticas e planos de pre-servação e recuperação.

O desafio, portanto, éharmonizar 20 anos de le-gislação ambiental e mais de 500 anos de ocupaçãourbana e rural.

A legislação ambiental e os 500 anos de ocupação urbanapor Giovanna Fernandes Drago*

Foto

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rgio

*Assessora Jurídica do CAOMA

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Goiânia, Janeiro de 2010Folha VerdeCentro de Apoio Operacional do Meio Ambiente 3

MINISTÉRIO PÚBLICO EM AÇÃO

A partir de Termo de Ajustamen-to de Conduta (TAC) assinado AA

pelos promotores de Justiça José Antônio Correa Trevisan e Elaini Cristina Alves Pires Trevisan com a prefeitura de Nerópolis e a empre-sa Engesw, o MP está promovendo a regularização fundiária do muni-cípio de Nerópolis. O documento, assinado em julho de 2009, teve o intuito de definir a compensação ambiental da área de reserva le-gal correspondente ao ResidencialDona Alda de Araújo Tavares, em-preendimento da prefeitura paraconstrução de moradias populares dentro do Programa Minha Casa,Minha Vida, do Governo Federal.

Parte das obrigações assumi-das no TAC já foram cumpridas.

MP combate Poluição Sonora

MP busca soluções para abastecimento de água em FainaApromotora de Justiça Sandra

Mara Garbelini, coordenado-ra do Centro de Apoio Operacio-nal do Meio Ambiente (CAOMA) conduziu reunião, no início do ano, para discutir soluções paraos problemas de abastecimen-to de água no município de Fai-na. Participaram do encontro o prefeito da cidade, Caio Vellas-co de Castro Curado, articulado-

res sociais do Pro-jeto Ser Natureza, a técnica ambien-tal do MP Adriane Chagas, represen-

A ENGESW, empresa que executa-rá as obras de construção das ca-sas, entregou ao MP o Estudo de Impacto de Vizinhança, que seráanalisado pelos promotores paraverificar a adequação aos requisi-tos exigidos. Outro ponto ressal-tado por José Antônio Correa foia apresentação ao MP de levanta-mento prévio feito pela Prefeituradas famílias que residem em áre-

tantes da Saneago e da Secreta-ria Municipal de Assistência So-cial de Faina.

De acordo com a perita am-biental, Faina é um dos 26 mu-nicípios de Goiás que não têm o sistema de abastecimento deágua gerido pela Saneago. “Nes-tas cidades, há os chamados Sis-temas de Abastecimento Autô-nomo de Água e Esgoto (SAAE),os quais são gerenciados pela própria administração munici-pal”, explica. Em Faina, a popu-lação tem se queixado da quali-dade da água que chega às ca-

sas e dos constantes cortes noabastecimento.

Na reunião, ficou acorda-do que o prefeito de Faina envia-rá ofício à Saneago solicitando arealização de estudo de viabilida-de técnica, econômica e financei-ra para verificar a possibilidade deque a empresa assuma os servi-ços de abastecimento no municí-pio. Além disso, Caio Vellasco secomprometeu a realizar, em par-ceria com os articuladores sociais,uma audiência pública para ouvira população de Faina a respeitoda proposta de mudança do SAAE

as de risco, conforme definiçõesdo Plano Diretor de Nerópolis. “Es-sas famílias, especialmente aque-las que possuem renda inferior atrês salários mínimos, terão priori-dade para receber as moradias po-pulares do residencial”, ressalta opromotor. Após a remoção dos re-sidentes nas áreas de risco e de do-mínio público, as construções se-rão demolidas para evitar novasocupações irregulares.

Além dos resultados relacio-nados diretamente ao empreendi-mento que gerou o TAC, José An-tônio Correa destaca a elaboração,pela prefeitura, de uma minutade lei para a regularização fundi-ária do município. “O documen-to, que dispõe inclusive sobre as

Barulho constante e em alto vo-lume. Este tem sido o motivo

da maior parte das reclamaçõesregistradas pela Divisão de Aten-dimento ao Cidadão da AgênciaMunicipal de Meio Ambiente de Goiânia (Amma). As queixas se re-ferem às mais diversas situações,desde as perturbações ocasiona-das pelo som de festas e eventos até o latido incessante de cães, passando pela poluição sonoraocasionada por estabelecimentos comerciais e industriais.

“Embora seja um problema complexo, de muitas facetas, o MP tem obtido êxito em diversasações contra aqueles que desres-peitam o limite máximo de pro-dução de ruídos, que é de 50 de-cibéis em áreas residenciais”, res-salta a promotora de Justiça San-dra Mara Garbelini, coordenadorado Centro de Apoio Operacionaldo Meio Ambiente (CAOMA). Ela cita como exemplo a ação con-junta desenvolvida em Itumbiara,onde o promotor de Justiça Jales

Guedes Coelho Mendonça con-duziu a articulação entre as po-lícias Civil e Militar, o Departa-mento de Posturas do Municípioe o Judiciário, para coibir a reali-zação de eventos com som auto-motivo. Desde o final do ano pas-sado, as equipes de fiscalizaçãoda prefeitura passaram a acionara polícia para a lavratura de Ter-mos Circunstanciados de Ocor-rência (TCOs) em festas com somautomotivo. Os veículos são apre-endidos e a liberação ocorre ape-nas por meio de ordem judicial.

Em Goiânia, outro exemplo de que as parcerias são importan-tes no combate à poluição sonora: após solicitação da Polícia Militar de intervenção do MP para minimi-zar a violência na região noroesteda Capital, o promotor de JustiçaMarcelo Fernandes de Melo expe-diu recomendação à Amma paraimpedir a realização de festas emlocais inadequados. Ele ressaltaque, além da perturbação ocasio-nada aos moradores vizinhos, es-

TAC dá início a regularização fundiária de Nerópolis

pecialmente pelo uso do som au-tomotivo, os eventos ilegais aca-bam favorecendo a criminalidade,pois propiciam o consumo de be-bidas alcoólicas e drogas ilícitas,inclusive por adolescentes.

Mas não são só as festas que tiram o sossego dos moradoresde Goiânia. Desde 2008, os vizi-nhos de uma indústria de lajesda Capital reclamavam à Ammae à Delegacia Estadual do MeioAmbiente (Dema) contra a polui-ção sonora e atmosférica produ-zida no local. Ao tomar conhe-cimento das representações, opromotor Marcelo Fernandes re-quisitou à Amma uma vistoria naindústria. Os laudos apontaramproblemas quanto à adequaçãoda estrutura física para conter obarulho das máquinas e a poeiraproduzida pelo manuseio de ci-mento, brita e areia. O próprioórgão ambiental, diante das irre-gularidades, interditou a fábrica,que só foi reaberta após a cons-trução de um novo galpão, pro-

jetado para impedir a propaga-ção de poeira e ruídos.

Em todo o Estado, os pro-motores de Justiça têm im-plementado diversas ações nocombate à poluição sonora. Para conhecer estas iniciativas, bem como os textos integraisdas peças jurídicas mencionadasnesta reportagem, acesse a pá-gina do CAOMA (www.mp.go.gov.br, Órgãos Auxiliares – Cen-

p g

tros de Apoio – Meio Ambiente).

para a Saneago. “Minha preocu-pação é com os valores que os moradores de Faina e dos distritos terão que pagar pela água com a chegada da Saneago ao municí-pio, pois atualmente o custo é bai-xo e grande parte da população é carente”, ressalta o prefeito.

Para amenizar provisoria-mente as falhas no abastecimen-to de água, Caio Vellasco afir-mou que providenciará a instala-ção de mais uma caixa d’água nacidade. Além disso, serão insta-lados hidrômetros em parte das residências.

zonas de interesse social, está sen-do analisado pelo MP, e deverá ser promovida ampla discussão públi-ca antes de sua aprovação”, expli-ca o promotor. Após a edição da lei, a prefeitura passará a executar o programa de trabalho, já elabo-rado, para a regularização fundiá-ria de regiões prioritárias da cida-de. “A regularização fundiária é um processo complexo, envolve a mu-dança de situações irregulares que se consolidaram ao longo de anos,mas o MP tem obtido resultados positivos”, avalia o promotor.

Para consultar o TAC na ínte-gra, acesse a página do CAOMA (www.mp.go.gov.br, Órgãos Auxi-liares – Centros de Apoio – Meio Ambiente).

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Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente Goiânia, Janeiro de 2010Folha Verde

ECODICAS

4

NOTÍCIAS

CAOMA cria mais um canal de informação

Centro de Apoio Operacio-nal do Meio Ambiente (CA-

OMA) criou, em janeiro de 2010, mais um mecanis-mo para auxiliarna atualização eno aprimoramentoda atuação do MPna área ambien-tal. Trata-se do Bo-letim Informativo, que apresenta uma coletânea de decisões judiciaise legislações que estiveram em dis-cussão, especialmente na impren-sa especializada, durante o mês. “O objetivo do boletim é contribuir para a atualização dos membros do MP e, desta forma, promover o aprimoramento da atuação minis-terial na defesa do meio ambien-te”, ressalta a promotora de Justi-ça Sandra Mara Garbelini, coorde-nadora do CAOMA.

O boletim é encaminhado a pro-motores e procuradores de Justiça por e-mail e também está disponí-vel na página do Centro de Apoio (http://www.mp.go.gov.br/por-talweb/index2.jsp?page=9). “Temos buscado desenvolver iniciativas paraa formação de bancos de dados que facilitem o acesso à informação sem-pre que o membro do MP tiver ne-cessidade, e o Boletim Informativo é mais uma alternativa neste sentido”, enfatiza Sandra Garbelini.

Tema: Desenvolvimento Econômico, Proteção Jurídicado Meio Ambiente e do Patrimônio Cultural - Justiça e Ministério PúblicoLocal: Salvador – BAData: 28 a 30 de abril de 2010Mais informações:www.abrampa.org.br

CONGRESSOS ESEMINÁRIOS

LEGISLAÇÃO

JURISPRUDÊNCIA

Lei nº 15.120, de 14 de ja-neiro de 2010 – Estabelece procedimentos de controleambiental para a aquisição de carne bovina “in natura” pelo Município de São Paulo, e dá outras providências.

AGRAVO DE INSTRUMENTOAÇÃO CIVIL PÚBLICALOTEAMENTO “CLANDESTINO” DANOS AMBIENTAISPRELIMINARESILEGITIMIDADE PASSIVA E ATIVAPRESCRIÇÃOINEXISTÊNCIA.

A Ação Civil Pública deve ser in-terposta contra o apontado cau-sador do dano ao meio am-biente, bem como à ordem ur-banística. -Cabe ao Ministério Público promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio pú-blico e social, do meio am-biente e de outros interesses di-fusos e coletivos. -Sendo atuais os alegados danos, inocorre a prescrição. (TJMG; 7ª Câmara Cível. Relatora: desembar-gadora Heloísa Combat. Pu-blicação: 11/05/2007).

Após dois anos do início das atividades do Projeto Ser Natureza, o MP tem muito o que comemorar. A nova proposta

de atuação do Ministério Público para a resolução de problemas ambientais acumulou bons resultados no período:

Projeto tem bons resultados

Caldas Novas:

Implantação da coleta seletiva na rede

municipal de ensino.

Mineiros: Conclusão do estudo

técnico para a revitalização da nascente da Matinha do Monjolo.

Iporá: Conclusão do estudo

técnico para a

revitalização da nascente da Vertente

Rica.

Israelândia: Readequação

da coleta de resíduos

sólidos, com a introdução da coleta seletiva.

Silvânia:Garantia da

sustentabilidade da atividade de extração mineral

realizada por indústria instalada

no município.

Vianópolis:Promoção da Educação

Ambiental, por meio da distribuição de cartilhas temáticas

nas escolas e criação de programa semanal na emissora de rádio

comunitária da cidade.

Rubiataba: Readequação

da coleta de resíduos

sólidos, com a introdução da coleta seletiva.

Nerópolis:Conclusão da primeira etapa de revitalização

do Córrego Seco, na

zona rural do município.

Goianira:Revitalização da área de

preservação permanente ao redor de

nascentes no Jardim Imperial

I e II.

Vianópolis:Promoção da Educação

Ambiental, por meio da distribuição decartilhas temáticas

nas escolas e criaçãode programa semanal na emissora de rádio

comunitária da cidade.comunitária da cidade.

Silvânia:Garantia da

sustentabilidadeda atividade deextração mineral

realizada porindústria instalada

no município.

Rubiataba: Readequação

da coletade resíduos

sólidos, com a introdução da coleta seletiva.

Nerópolis:Concclusão da primeeira etapa de revvitalização

do Córrego Seeco, na

zonaa rural domuunicípio.

Bela Vista de Goiás:

Implantação da coleta seletiva

de resíduos sólidos no

Centro Histórico.

dasCaldNovas:Nov

Implantação da coleta seletiva na rede

municipal deensino.

Goianira:Goianira:Revitalizaçãoda área de

preservação permanenteao redor de

nascentes no Jardim Imperial

I e II.

Israelândia:Readequação

da coleta de resíduos

sólidos, com a introdução da coleta seletiva.

Iporá:Conclusão do estudo

técnico para a

revitalizaçãoda nascente da Vertente

Rica.

Mineeiros: Conclusão ãdo estudo

técnico para arevitalização da nascente da Matinha do Monjolo.

O que fazer com o óleo de cozinha usado?

• Não jogue pelo ralo, pois alémde danificar os encanamentos, é prejudicial ao meio ambiente.

• A decomposição do óleo de cozi-nha usado emite na atmosfera ogás metano, um dos gases cau-sadores do efeito estufa, respon-sável pelo aquecimento global.

• Reutilize o óleo para a fabricaçãodoméstica de sabão ou envie parauma entidade que o reaproveite.