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Respeito dos Direitos da Criança no Hospital Documento Síntese Grupo de trabalho “Promoção da Saúde das Crianças e Adolescentes nos e pelos Hospitais” Humanização dos Serviços de Atendimento à Criança

Folheto Task Force HPH-CA

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Síntese das acções realizadas no âmbito do grupo de trabalho “Promoção da Saúde para as Crianças e Adolescentes nos e pelos Hospitais e Serviços de Saúde” - Rede Internacional dos Hospitais Promotores de Saúde.

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Page 1: Folheto Task Force HPH-CA

Respeito dos Direitos da Criança no Hospital

Documento Síntese

Grupo de trabalho “Promoção da Saúde das Crianças e

Adolescentes nos e pelos Hospitais”

Humanização dos Serviços de Atendimento à Criança

Page 2: Folheto Task Force HPH-CA

Página 2 Respeito dos Direitos da Criança no Hospital

DIREITOS DA CRIANÇA NO HOSPITAL

Com base nos artigos da Convenção sobre os Direitos da Criança das Nações Unidas (CDC) e na

Carta da Criança Hospitalizada (CCH) criaram-se 3 áreas1 de avaliação:

Em 2009, o Sector da Humanização dos Serviços de Atendimento

à Criança, foi convidado a integrar o grupo de trabalho

“Promoção da Saúde para as Crianças e Adolescentes nos e pelos

Hospitais e Serviços de Saúde” da Rede Internacional dos Hospi-

tais Promotores de Saúde (HPH).

O convite reforça o reconhecimento do trabalho desenvolvido

pelo Sector da Humanização na área da promoção dos direitos da

criança no hospital, a nível nacional e internacional. Iniciámos o

trabalho testando a Ferramenta e Modelo de Auto-avaliação

“Respeito dos Direitos da Criança no Hospital” em 3 hospitais, em

simultâneo com Hospitais e Serviços de Pediatria da Europa,

América e Ásia.

1 A Ferramenta está em processo de reestruturação de forma a ir ao encontro dos Standards da Rede Internacional dos

Hospitais Promotores de Saúde, prevendo-se a sua alteração para 5 áreas. Não estando este processo ainda concluído,

todas as informação contidas neste folheto têm como referência as 3 áreas da 1ª edição da ferramenta.

O principal objectivo é contribuir para o cumprimento dos direitos da criança no hospital e para

a melhoria dos cuidados de saúde prestados.

FERRAMENTA E MODELO DE AUTO-AVALIAÇÃO

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IMPLEMENTAÇÃO EM PORTUGAL

A EQUIPA….

O teste da Ferramenta e Modelo ocorreu em 2009 nos Hospitais das Caldas da Rainha, Cas-

cais e São Francisco Xavier, com o objectivo da sua adaptação à realidade portuguesa.

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2 Ministério da Saúde - Alto Comissariado da Saúde, Administrações Regionais de Saúde, Gabinete de Documentação e

Direito Comparado (Procuradoria Geral da República), Direcção-Geral de Saúde e UNICEF.

A METODOLOGIA...

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Página 4 Respeito dos Direitos da Criança no Hospital

BOAS PRÁTICAS IDENTIFICADAS

RESULTADOS OBTIDOS3

3 Os resultados apresentados expressam apenas parte da extensa análise de dados realizada na fase de pré-teste, dispo-

nível para consulta em relatório próprio.

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ÁREA 1 - DIREITO AO MAIS ALTO NÍVEL DE CUIDADOS DE SAÚDE (CDC ART. 24)

DIREITOS CONSAGRADOS:

Direito 1.1:

Os cuidados de saúde à criança devem considerar

todas as dimensões da saúde, incluindo a saúde físi-

ca, mental, social, cultural e espiritual.

Direito 1.2:

A criança tem o direito a aceder aos serviços de saú-

de sem discriminação étnica, racial, social, de classe,

religião, de género, idade, orientação sexual, defi-

ciência, língua ou cultura.

Direito 1.3:

A admissão de uma criança no hospital só deve ter

lugar quando os cuidados necessários não possam

ser prestados em casa, em consulta externa ou em

hospital de dia.

Direito 1.4:

A criança tem o direito a brincar e deve beneficiar

de jogos, recreio e actividades educativas adapta-

dos à sua idade e situação. O hospital deve ofere-

cer à criança um ambiente que corresponda às

suas necessidades físicas, afectivas e educativas,

quer no aspecto do equipamento, quer no do pes-

soal e da segurança. As pessoas que a visitam

devem ser aceites sem limites de idade.

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Página 5 2011

ASPECTOS A MELHORAR

DIREITOS CONSAGRADOS

Direito 2.1:

A criança tem o direito a ser informada de forma

adequada à sua idade, nível de desenvolvimento e

compreensão.

Direito 2.2:

A criança tem o direito de exprimir livremente a

sua opinião sobre todas as questões que lhe res-

peitem, sendo devidamente tomadas em conside-

ração as opiniões da criança, de acordo com a sua

idade e maturidade.

ÁREA 2 - DIREITO À INFORMAÇÃO E À PARTICIPAÇÃO EM TODAS AS DECISÕES QUE ENVOLVEM A SUA SAÚDE

(CDC ART. 12, 17, 31; CCH ART. 4, 5).

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Página 6 Respeito dos Direitos da Criança no Hospital

ASPECTOS A MELHORAR

BOAS PRÁTICAS IDENTIFICADAS

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BOAS PRÁTICAS

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ÁREA 3 - DIREITO À PROTECÇÃO CONTRA TODAS AS FORMAS DE VIOLÊNCIA

(CDC ART. 9, 16, 19, 36; CCH ART. 2, 3, 8, 9, 10).

DIREITOS CONSAGRADOS:

Direito 3.1:

A criança tem o direito de ser protegida contra todas

as formas de violência física ou mental, dano ou abu-

so, abandono ou tratamento negligente, maus-tratos

ou exploração, incluindo o abuso sexual.

Direito 3.2:

A criança tem o direito de não ser separada dos pais

ou seus substitutos, contra a sua vontade, durante a

permanência no hospital.

Direito 3.3:

A criança tem direito à privacidade.

Direito 3.4:

A criança tem o direito a uma morte digna.

Direito 3.5:

A criança tem o direito de não sentir dor.

Direito 3.6:

A criança tem o direito de recusar ser submetida a

investigações clínicas ou a projectos experimentais

e a interromper o processo de investigação.

BOAS PRÁTICAS IDENTIFICADAS

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Página 8 Respeito dos Direitos da Criança no Hospital

IMPACTO

• O processo promoveu a partilha de experiências e de dificuldades e

a busca de soluções, entre os profissionais dos hospitais envolvidos .

• A ferramenta mobiliza e envolve os hospitais e os profissionais de

saúde, servindo de base objectiva para a reflexão sobre o respeito

dos direitos da criança no hospital, desafiando as equipas, solicitan-

do as suas sugestões e estimulando a sua participação.

A área 1 e a área 2 são as que apresentaram os resultados mais

díspares:

• Avaliam práticas relacionais, e.g. comunicação e participa-

ção, acções fortemente mediadas pelas características pes-

soais dos prestadores de cuidados e dos utentes;

• Verificou-se a necessidade dos profissionais adquirirem

mais competências na área da comunicação com a criança

e a família.

Na área 3, os pontos a melhorar são pouco expressivos:

• Nos últimos 20 anos os direitos incluídos nesta área têm sido muito discutidos na sociedade

portuguesa. Deram-se passos significativos em áreas como a dor, maus-tratos e acompanha-

mento pelos pais, tendo o IAC - Sector da Humanização desempenhado um papel determi-

nante, nomeadamente na divulgação e implementação da Carta da Criança Hospitalizada no

País.

SÍNTESE POR ÁREA

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Foram identificadas, de imediato, algumas necessidades de formação dos profissionais de saúde e

ainda pontos a melhorar no âmbito da comunicação com a criança e família:

Com o pré-teste foram também identificadas áreas omissas na ferramenta, nomeadamente as

questões relativas aos cuidados de saúde aos adolescentes:

• Este dado foi partilhado com o grupo internacional do projecto e por ele adoptado na revi-

são da ferramenta, onde estão já contemplados diversos itens (e.g. existência de uma uni-

dade de adolescentes, de especialistas em saúde do adolescente e decisão sobre quem o

acompanha ao longo do internamento).

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Página 10 Respeito dos Direitos da Criança no Hospital

REVISÃO DA FERRAMENTA DE AUTO-AVALIAÇÃO:

Foi constituído um grupo composto por diferentes profissio-

nais de saúde (pediatras, enfermeiros, psicólogos, sociólogos,

especialistas em saúde pública) para a revisão da FMAV à luz

dos resultados da fase de implementação experimental.

• Publicação da 2ª edição da FMAV em Outubro de 2011

PASSOS DADOS…

...2010-2011

APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS EM CONFERÊNCIAS NACIONAIS E

INTERNACIONAIS:

Conferência “International HPH Network in Portugal” (Lisboa)

• Comunicação: “Self-Evaluation model and tool on the

respect of children rights in hospital - IN PORTUGAL”

8ª Reunião da Task Force HPH-CA - 18ª Conferencia Interna-cional da Rede de Hospitais e Serviços Promotores de Saúde (Manchester, UK) • Comunicação “Avaliar os Direitos da Criança no Hospi-

tal ou «a never ending story»?”

8º Workshop da Task Force HPH-CA (Lisboa)

• Participação na sessão de abertura

9ª Reunião da Task Force HPH-CA - 19ª Conferencia Interna-cional da Rede de Hospitais e Serviços Promotores de Saúde (Turku, Finlândia) • Apresentação do processo de revisão da ferramenta e

do projecto de implementação nacional nos hospitais

portugueses.

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ESTAMOS ACTUALMENTE A PROCURAR PARCEIROS PARA A

IMPLEMENTAÇÃO NACIONAL DO PROJECTO

PASSOS SEGUINTES…

...2012-2014

1. O modelo de auto-avaliação que rege este projecto preconiza a avaliação dos progressos verifi-

cados após a realização das acções de melhoria, pelo que o Sector orientará a reaplicação da ferra-

menta nos Hospitais envolvidos no pré-teste.

2. Iniciar-se-á a extensão do Projecto a nível nacional (66 hospitais/serviços).

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