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Formação de suporte técnico PROINFO

Formacao de Suporte Tecnico Proinfo Esr

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  • A Escola Superior de Redes (ESR) a unidade de servio

    da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) voltada

    capacitao de recursos humanos em Tecnologias da In-

    formao e Comunicao (TIC). Apoiando o Programa Na-

    cional de Tecnologia Educacional (Proinfo) que promove

    o uso pedaggico das tecnologias da informao e comu-

    nicao na rede pblica brasileira de educao bsica ,

    a ESR elaborou este livro, que integra o plano de capaci-

    tao para a formao de suporte tcnico das escolas

    beneficiadas pelo Proinfo. O enfoque do material est no

    software Linux Educacional, suas ferramentas e portais

    do MEC. So apresentadas as caractersticas do Linux e

    sua administrao, conceitos de protocolo de rede TCP/IP,

    redes com e sem fio e configurao de interfaces, e ainda

    boas prticas em segurana no uso de redes e internet.

    Todos os captulos tericos esto fundamentados com

    atividades prticas. A disseminao deste contedo ser

    feita atravs de instrutores que atuaro como multiplica-

    dores do conhecimento.

    A Escola Superior de Redesoferece cursos intensivos em TIC.

    Cursos prticos voltados para o mercado de trabalho. Laboratrios

    conectados Internet por meio dobackbone de alta velocidade da RNP. Atividades prticas que refletem o dia a dia do profissional.

    Material didtico exclusivo.Unidades em 5 cidades do Brasil. Formao completa em Linux. Virtualizao de servidores. IPv6bsico. Mdias de colaborao digital

    como Videoconferncia e VoIP.Tecnologias de redes sem fio.Segurana de redes, com cursosde anlise forense e engenhariareversa de malware. Arquitetura e protocolos de rede TCP-IP.Governana de TI com cursos de ITIL e COBIT.

    esr.rnp.brForm

    ao de suporte tcnico PROIN

    FO

    Formao de suporte tcnicoPROINFO

    Escola Superior de Redes

    A Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) formou parcerias com universidades federais e institutos de pesquisa para implantar as unidades da Escola Superior de Redes (ESR). Unidades em operao:

    Unidade Braslia (DF)

    Instituto Brasileiro de Informao em Cincia e Tecnologia (Ibict)SAS, quadra 5, lote 6, bloco H, 2 andar 70070-914 Braslia, DF (61) 3243-4340/4341

    Unidade Cuiab (MT)

    Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT)Instituto de ComputaoAv. Fernando Correa da Costa, n 2367 78060-900 Cuiab, MT (65) 3615-8793/8791

    Unidade Joo Pessoa (PB)

    Universidade Federal da Paraba (UFPB)Cidade Universitria Campus I Departamento de Informtica 58059-900 Joo Pessoa, PB (83) 3216-7932/7931

    Unidade Porto Alegre (RS)

    Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)Centro de Processamento de Dados Porto K - Campus Sade Rua Ramiro Barcelos, 2574 90035-003 Porto Alegre, RS (51) 3308-5900

    Unidade Rio de Janeiro (RJ)

    Centro Brasileiro de Pesquisas Fsicas (CBPF)Rua Lauro Mller, 455 4 andar 22290-160 Rio de Janeiro, RJ (21) 2275-5578

  • A Escola Superior de Redes (ESR) a unidade de servio

    da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) voltada

    capacitao de recursos humanos em Tecnologias da In-

    formao e Comunicao (TIC). Apoiando o Programa Na-

    cional de Tecnologia Educacional (Proinfo) que promove

    o uso pedaggico das tecnologias da informao e comu-

    nicao na rede pblica brasileira de educao bsica ,

    a ESR elaborou este livro, que integra o plano de capaci-

    tao para a formao de suporte tcnico das escolas

    beneficiadas pelo Proinfo. O enfoque do material est no

    software Linux Educacional, suas ferramentas e portais

    do MEC. So apresentadas as caractersticas do Linux e

    sua administrao, conceitos de protocolo de rede TCP/IP,

    redes com e sem fio e configurao de interfaces, e ainda

    boas prticas em segurana no uso de redes e internet.

    Todos os captulos tericos esto fundamentados com

    atividades prticas. A disseminao deste contedo ser

    feita atravs de instrutores que atuaro como multiplica-

    dores do conhecimento.

    A Escola Superior de Redesoferece cursos intensivos em TIC.

    Cursos prticos voltados para o mercado de trabalho. Laboratrios

    conectados Internet por meio dobackbone de alta velocidade da RNP. Atividades prticas que refletem o dia a dia do profissional.

    Material didtico exclusivo.Unidades em 5 cidades do Brasil. Formao completa em Linux. Virtualizao de servidores. IPv6bsico. Mdias de colaborao digital

    como Videoconferncia e VoIP.Tecnologias de redes sem fio.Segurana de redes, com cursosde anlise forense e engenhariareversa de malware. Arquitetura e protocolos de rede TCP-IP.Governana de TI com cursos de ITIL e COBIT.

    esr.rnp.br

    Formao de suporte tcnico PRO

    INFO

    Formao de suporte tcnicoPROINFO

    Escola Superior de Redes

    A Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) formou parcerias com universidades federais e institutos de pesquisa para implantar as unidades da Escola Superior de Redes (ESR). Unidades em operao:

    Unidade Braslia (DF)

    Instituto Brasileiro de Informao em Cincia e Tecnologia (Ibict)SAS, quadra 5, lote 6, bloco H, 2 andar 70070-914 Braslia, DF (61) 3243-4340/4341

    Unidade Cuiab (MT)

    Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT)Instituto de ComputaoAv. Fernando Correa da Costa, n 2367 78060-900 Cuiab, MT (65) 3615-8793/8791

    Unidade Joo Pessoa (PB)

    Universidade Federal da Paraba (UFPB)Cidade Universitria Campus I Departamento de Informtica 58059-900 Joo Pessoa, PB (83) 3216-7932/7931

    Unidade Porto Alegre (RS)

    Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)Centro de Processamento de Dados Porto K - Campus Sade Rua Ramiro Barcelos, 2574 90035-003 Porto Alegre, RS (51) 3308-5900

    Unidade Rio de Janeiro (RJ)

    Centro Brasileiro de Pesquisas Fsicas (CBPF)Rua Lauro Mller, 455 4 andar 22290-160 Rio de Janeiro, RJ (21) 2275-5578

  • Formao de suporte tcnicoPROINFO

    Prefcio vii

    Captulo 1O Proinfo integrado 1

    Histrico 1Programa banda larga 3Tecnologia utilizada 3Curso de formao de suporte tcnico 4Suporte tcnico 5Service Desk Help Desk 6Gerenciamento de configurao 6Topologia de Service Desk 7Cargos de Service Desk 8Responsabilidades da rea de Service Desk 8Suporte local 9

  • A marca FSC a garantia de que a madeira utilizada na fabricao do papel deste livro provm de florestas que foram gerenciadas de maneira ambientalmente correta, socialmente justa e economicamente vivel, alm de outras fontes de origem controlada

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    selo-fsc.pdf 16/06/2010 15:14:10

  • Formao de suporte tcnicoPROINFOLuiz Carlos Lobato Lobo de Medeiros

    Wendel Soares

    Rio de Janeiro

    Escola Superior de Redes

    2010

  • Copyright 2010, Rede Nacional de Ensino e Pesquisa RNP Rua Lauro Mller, 116 sala 1103 22290-906 Rio de Janeiro, RJ

    Diretor Geral Nelson Simes

    Diretor de Servios e Solues Jos Luiz Ribeiro Filho

    Escola Superior de Redes

    Coordenao Luiz Coelho

    Coordenao Acadmica Derlina Peanha Moreira Miranda

    Coordenao Acadmica de Redes Luiz Carlos Lobato Lobo de Medeiros

    Coordenao Acadmica de Sistemas Sergio Ricardo Alves de Souza

    Equipe ESR (em ordem alfabtica) Clia Maciel, Cristiane Oliveira, Elimria Barbosa, Jacomo Piccolini, Lourdes Soncin, Luciana Batista, Magno Paiva, Renato Duarte e Sidney Lucena

    Reviso Pedro Sangirardi

    Capa, projeto visual e diagramao Tecnodesign

    Verso1.0.1

    Este material didtico foi elaborado com fins educacionais. Solicitamos que qualquer erro encontrado ou dvida com relao ao material ou seu uso seja enviado para a equipe de elaborao de contedo da Escola Superior de Redes, no e-mail [email protected]. A Rede Nacional de Ensino e Pesquisa e os autores no assumem qualquer responsabilidade por eventuais danos ou perdas, a pessoas ou bens, originados do uso deste material.

    As marcas registradas mencionadas neste material pertencem aos respectivos titulares.

    Distribuio Escola Superior de Redes Rua Lauro Mller, 116 sala 1103 22290-906 Rio de Janeiro, RJ http://esr.rnp.br [email protected]

    Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP)

    M488a Medeiros, Luiz Carlos Lobato Lobo de.

    Formao de suporte tcnico Proinfo / Luiz Carlos Lobato Lobo de Medeiros, Wendel Soares; colaborao de Sergio Ricardo A. de Souza. Rio de Janeiro: Escola Superior de Redes, 2010. 248 p.: il. ; 28cm. (Projetos Especiais)

    Inclui referncias. ISBN 978-85-63630-00-1

    1. Software livre. 2. Redes de computadores. 3. Linux Educacional (sistema operacional de computador). 4. Suporte tcnico de computadores. 5. Programa Nacional de Tecnologia Educacional (Brasil). I. Soares, Wendel. II. Ttulo. CDD: 005.8

  • iii

    Prefcio vii

    Captulo 1O Proinfo integrado 1

    Histrico 1Programa banda larga 3Tecnologia utilizada 3Curso de formao de suporte tcnico 4Suporte tcnico 5Service Desk Help Desk 6Gerenciamento de configurao 6Topologia de Service Desk 7Cargos de Service Desk 8Responsabilidades da rea de Service Desk 8Suporte local 9

    Captulo 2Linux Educacional 11

    Introduo 11Histrico do Linux 12Linux Educacional (LE) 13Arquitetura do Linux 16Kernel 16Gerenciamento de memria 19Comandos Linux 20

    Captulo 3Administrao do Linux 33

    Usurios e grupos 33Administrao de usurios 34Sistema de arquivos 39Estrutura de diretrios 41Atualizaes do Linux (Debian Package) 43

    Sumriou

  • iv

    Comando APT 44Gerenciador Adept 46Aptitude 48A barra Edubar 50

    Captulo 4Redes de computadores 53

    Introduo a redes 53Protocolo TCP/IP 55Camada de aplicao 58Camada de transporte 59Camada de rede 60Camada de enlace 61Encapsulamento 62Resumo 65

    Captulo 5Endereamento IP 69

    Classes de endereos IP 71Endereos de rede e broadcast 72Interface e endereo de loopback 74Mscaras de rede 74Encaminhamento de pacotes IP 75Comando ping 78Entrega indireta 79Comando traceroute 84Rota default 88Configurao de interfaces 91

    Captulo 6Redes locais 99

    Topologia de redes com fio 99Redes sem fio (wireless) 103WLAN 106Segurana em redes sem fio 108WEP (Wired Equivalent Privacy) 109WPA (Wi-Fi Protected Access) 111Filtragem de endereos MAC 111

    Captulo 7Network Address Translation (NAT) 113

    Endereos privados 113Network Address Translation (NAT) 114Roteador NAT 119Vantagens e desvantagens da NAT 121

  • vCaptulo 8Roteamento 123

    Roteamento IP 123Protocolos de roteamento 126Modelo de roteamento 128Roteamento esttico 129Roteamento dinmico 131Roteamento hbrido 131

    Captulo 9Segurana 139

    Introduo a segurana de redes 139Autenticao de usurios 143Senhas seguras 145Senha de root 145Vrus 146Worms 147Cavalo de troia (Trojan horse) 147Spam 148 Segurana dos dados 149Backup com tar 149Backup no ambiente grfico 151Arquivos de registros (logs) 152Ferramentas de segurana 153Segurana na internet 156

    Captulo 10Firewall 159

    Packet Filter 159Stateful firewall 160Bridge stateful 161Proxy 163SSH (Secure Shell) 164OpenSSH 164Conexo segura a um host remoto 165

    Captulo 11Laboratrio Proinfo 169

    Geraes Proinfo 169Soluo Multiterminal 170Soluo Proinfo Rural 2007/2008 172Soluo Proinfo Urbano 2007/2008 173Soluo Proinfo Rural 2008/2009 174Soluo Proinfo Urbano 2008/2009 175Rede eltrica 178Aterramento 179Instalao do laboratrio 181

  • vi

    ProinfoData Monitoramento automtico dos laboratrios Proinfo 183Resolvendo problemas 186

    Captulo 12Impressoras 189

    Instalao via CUPS 189Compartilhando a impressora 193Instalao via KDE 194

    Captulo 13Roteador sem fio 199

    Descrio do equipamento 199Configurao do roteador 201Configurando a rede sem fio 202Conexo com a internet 204Configurao das estaes de trabalho via rede sem fio 206Resoluo de problemas 207

    Caderno de atividades 209

    Roteiro 1 Configurao bsica do roteador D-Link 209Roteiro 2 Laboratrio Proinfo 212Roteiro 3 Separao entre as redes Administrativa e Aluno 214Roteiro 4 Exerccios 216Roteiro 5 Configurao de SSH (Secure Shell) 219Roteiro 6 Configurao avanada do roteador D-Link 221Roteiro 7 Usando Linux 226Roteiro 8 iTALC no Linux Educacional 3 0 230

    Bibliografia 233

    Grade curricular da Escola Superior de Redes 234

  • vii

    Prefcio

    Escola Superior de Redes

    A Escola Superior de Redes (ESR) a unidade da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) responsvel pela disseminao do conhecimento em Tecnologias da Informao e Comunicao (TIC) Sua misso fundamental realizar a capacitao tcnica do corpo funcional das organizaes usurias da RNP para o exerccio de competncias aplicveis ao uso eficaz e eficiente das TIC

    A ESR possui experincia em iniciativas de cooperao tcnica e vem colaborando com o planejamento e execuo das aes de capacitao necessrias no contexto do Programa Nacional de Tecnologia Educacional (Proinfo) Em 2009 foi identificada a necessidade de se oferecer uma complementao ao programa de capacitao dos suportes tcnicos dos laboratrios do Proinfo Iniciamos imediatamente a elaborao e desenvolvimento deste contedo, destinado capacitao da mo de obra tcnica responsvel pela operao dos laboratrios das escolas beneficiadas pelo projeto

    A capacitao desenvolvida inclui este livro, as apresentaes para o instrutor replicar o contedo e os arquivos necessrios para a realizao das atividades Todo este contedo est disponvel na Sala de Leitura em esr rnp br

    De forma a complementar esta ao, est prevista a criao de um ambiente colaborativo (ProinfoTec) para que os profissionais responsveis pela operao dos laboratrios Proinfo possam dispor de um portal, em ambiente web 2 0, para compartilhar informaes de teor tcnico-operacional relacionadas ao funcionamento adequado dos laboratrios, incluindo seus equipamentos e softwares atuais e futuros

    Sobre o livro

    O servio de suporte tcnico, na rea de informtica, o calcanhar de Aquiles das empresas usurias de TI Sem um suporte gil e de qualidade, o uso da informtica, ao invs de facilitar, pode dificultar a vida dos usurios O material disponibilizado nesta obra tem como objetivo suprir uma demanda surgida a partir da implantao do Proinfo, que est informatizando todas as escolas pblicas da educao bsica,

  • viii

    Form

    ao

    de

    supo

    rte

    tcn

    ico

    Proi

    nfo gerando com isto a necessidade da formao de pessoal local para realizar no

    somente a manuteno da plataforma computacional, como tambm apoiar professores no uso das ferramentas de TIC A Escola Superior de Redes tem orgulho da sua participao no programa atravs desta publicao

    A quem se destina

    Este livro se destina, primariamente, aos tcnicos dos Ncleos de Tecnologia Educacional para ser utilizado na formao do pessoal que far o suporte local dos laboratrios escolares do Proinfo Poder ser usado tambm por alunos e professores interessados em participar dessa atividade

    Organizao do livro

    O livro est organizado em partes bem definidas para facilitar o acesso ao contedo que o leitor desejar

    O captulo 1 apresenta o histrico do Proinfo e um modelo de estruturao do suporte tcnico

    Os captulos 2 e 3 apresentam um breve histrico do Linux, os comandos mais utilizados e a administrao bsica do Linux Educacional, com atividades prticas para fixao do contedo

    Os captulos 4 a 8 cobrem o conhecimento de redes de computadores, com teoria e atividades prticas sobre protocolo TCP/IP, endereamento IP, redes com e sem fio, roteamento, segurana e uma parte especfica sobre redes de computadores no ambiente Proinfo

    Os captulos 9 e 10 tratam da segurana bsica em ambientes computacionais, apresentando assuntos como senhas seguras, ameaas da internet, a importncia e a maneira adequada de fazer backup, o uso de firewall, proxy e SSH acompanhados de atividades prticas

    Os captulos 11 a 13 apresentam os equipamentos do laboratrio Proinfo, incluindo o histrico dos equipamentos, a instalao do laboratrio e a configurao dos computadores e impressoras, alm da configurao do roteador sem fio fornecido com o laboratrio

    O Caderno de atividades contm oito roteiros de atividades prticas a serem executadas diretamente nas mquinas dos laboratrios do Proinfo Todas as atividades so acompanhadas das solues

  • ix

    Pref

    cioConvenes utilizadas

    \ Texto puro Usado no texto, opes de menu e auxiliares de teclado (Alt e Ctrl)

    \ Itlico Quando em ttulos e pargrafos de texto, indica estrangeirismos, comandos e suas opes, nomes de arquivos e referncias a outras sees ou bibliografias Quando em largura constante, denota os parmetros que sero indicados pelo usurio

    \ Texto em azulIndica URLs acessveis na internet ou no ambiente do laboratrio Podem ser endereos de pginas, locais de rede ou endereos eletrnicos

    \ Texto em laranjaSempre que constar nos pargrafos de texto indica uma entrada de glossrio, cuja definio deve ser vista na lateral do texto, prxima ao termo

    \ Largura constanteIndica comandos e suas opes, variveis e atributos, contedo de arquivos e resultado da sada de comandos Quando utilizados para indicar comandos que sero digitados pelo usurio so grifados em negrito e possuem o prefixo do ambiente em uso (no Linux normalmente # ou $, enquanto no Windows C:\)

    A separao entre o que o usurio digita e o retorno do computador indicada pelo caractere , em aluso tecla Enter Quando houver parmetros opcionais em exemplos, estes podem entrar entre colchetes [ ]

    \ Pargrafo de texto com fundo laranja e cone

    Representa notas e informaes complementares como dicas, sugestes de leitura adicional ou mesmo uma observao

    \ Pargrafo de texto com fundo cinza

    Utilizado para destacar os enunciados das atividades ao longo do captulo

    Permisso de uso

    permitida a reproduo desta obra, mesmo parcial, por qualquer pessoa ligada escola pblica ou ao MEC, sem a autorizao prvia do autor ou da Editora Os demais usos so proibidos O contedo do livro pode ser encontrado na ntegra em esr rnp br/leitura/proinfo

    Agradecemos sempre citar esta fonte quando incluir parte deste livro em outra obra Exemplo de citao: MEDEIROS, L C Formao de suporte tcnico Proinfo Rio de Janeiro: Escola Superior de Redes, 2010

  • xForm

    ao

    de

    supo

    rte

    tcn

    ico

    Proi

    nfo Comentrios e perguntas

    Para enviar comentrios e perguntas sobre esta publicao: Escola Superior de Redes RNP Endereo: Av Lauro Mller 116 sala 1103 Botafogo Rio de Janeiro RJ 22290-906 E-mail: info@esr rnp br

    Reconhecimentos

    Esta publicao no teria sido possvel sem a colaborao e apoio da Secretaria de Ensino a Distncia (SEED) do Ministrio da Educao (MEC) Agradecemos a equipe do projeto: Graciela Martins, Gorgnio Arajo e John Madeira

    Agradecemos ao Centro em Experimentao de Tecnologias Educacionais (CETE) do MEC, pelo suporte na concepo do curso, no levantamento do histrico do Linux Educacional e dos laboratrios, alm de acesso aos equipamentos para a elaborao das atividades

    Agradecemos a ajuda de Sonia Regina Burnier de Souza nas dicas para a edio desta obra e na elaborao da ficha catalogrfica

    Sobre os autores

    Luiz Carlos Lobato Lobo de Medeiros formado em Engenharia Eletrnica pelo ITA, com ps-graduao em Negcios e Servios de Telecomunicaes pelo CEFET-RJ; Coordenador do Curso de Tecnologia em Redes de Computadores da Faculdade Rogacionista (DF) Colaborador da Escola Superior de Redes desde 2008, tendo elaborado material de treinamento e lecionado diversos cursos na rea de Redes Atualmente Coordenador Acadmico de Redes da ESR

    Wendel Soares formado em Segurana da Informao pela Faculdade Rogacionista, cursa ps-graduao em Redes de Computadores pela Unio Educacional de Braslia (UNEB) Administrador de redes do Ministrio da Defesa do Exrcito Brasileiro e Consultor em Segurana de TI Colaborador da Escola Superior de Redes desde 2008, tendo lecionado cursos de Linux e Segurana de Redes e atuado como monitor em outros cursos

    Sergio Ricardo Alves de Souza, com a experincia acumulada em mais de 30 anos trabalhando como Suporte de Sistemas e atualmente Coordenador Acadmico de Sistemas da ESR, participou da elaborao desta publicao coordenando e adaptando o desenvolvimento do contedo

  • 11O Proinfo integrado

    Neste primeiro captulo seremos apresentados ao Programa Nacional de Tecnologia Educacional Proinfo Conheceremos o suporte tcnico e as estruturas de suporte disponveis para o Proinfo

    Histrico

    O computador foi introduzido na educao brasileira nos anos 50, especialmente por meio de universidades pblicas Em primeiro lugar, como ferramenta auxiliar da pesquisa tcnico-cientfica e, a partir da dcada de 60, na organizao administrativa do ensino superior

    Nesse perodo, diversos projetos desenvolvidos no chegaram ao sistema pblico de ensino fundamental e mdio, permanecendo no campo experimental em universidades, secretarias de educao e escolas tcnicas De fato, com nmeros significativos, o computador s chegou escola pblica com o Programa Nacional de Tecnologia Educacional (Proinfo)

    O Proinfo um programa educacional criado pela Portaria n 522/MEC, de 9 de abril de 1997, e posteriormente regulamentado pelo Decreto n 6300 de 12 de dezembro de 2007, para promover o uso pedaggico de Tecnologias da Informao e Comunicao (TIC) na rede pblica de ensino fundamental e mdio O Proinfo desenvolvido pela Secretaria de Educao a Distncia (SEED) do Ministrio da Educao (MEC), em parceria com os governos estaduais e alguns municipais Seu principal objetivo a introduo das Novas Tecnologias de Informao e Comunicao (NTIC) na escola pblica, como ferramenta de apoio ao processo de ensino-aprendizagem, caracterizando-se como um programa de educao

    Trs documentos bsicos orientam o Proinfo:

    \ Diretrizes do Proinfo, estabelecidas pelo MEC e pelo Conselho Nacional de Secretrios Estaduais de Educao (CONSED), em julho de 1997;

    \ O Plano Estadual de Informtica na Educao estabelece objetivos para a introduo das NTIC na rede pblica de ensino, sendo subordinado ao

  • 2Form

    ao

    de

    supo

    rte

    tcn

    ico

    Proi

    nfo planejamento pedaggico geral da educao na unidade federada Estabelece

    ainda critrios para a participao de escolas no programa, incluindo diretrizes para elaborao de projetos pedaggicos com uso de NTIC;

    \ O Projeto Estadual de Seleo e Capacitao de Recursos Humanos para o Proinfo, que apresenta normas para seleo e capacitao de recursos humanos para o programa (professores e tcnicos)

    O MEC compra, distribui e instala laboratrios de informtica nas escolas pblicas de educao bsica Em contrapartida, os governos locais (prefeituras e governos estaduais) devem providenciar a infraestrutura das escolas, indispensvel para que elas recebam os computadores As diretrizes do programa preveem que s recebero computadores e respectivos perifricos as escolas que tenham um projeto de uso pedaggico das NTIC, aprovado pela Comisso Estadual de Informtica na Educao Alm disso precisam dispor de:

    \ Recursos humanos capacitados para implementar o projeto;

    \ Ambiente adequado para a instalao de equipamentos, que tenha segurana, alimentao eltrica de qualidade e um mnimo de conforto para alunos e professores

    O Proinfo tem a preparao de recursos humanos (professores, especialmente) como a principal condio de sucesso Professores so preparados em dois nveis: professores-multiplicadores e professores de escolas Tambm est sendo desenvolvido o programa de treinamento de tcnicos de suporte Um professor-multiplicador um especialista em capacitao de professores de escolas para o uso da telemtica em sala de aula: adota-se no programa, portanto, o princpio de professores trabalhando na capacitao das universidades brasileiras, pblicas ou privadas, escolhidas em funo da excelncia na utilizao de tecnologia na educao

    Os multiplicadores capacitam os professores de escolas em centros de excelncia ditos Ncleos de Tecnologia Educacional (NTE) Um NTE tem uma estrutura-padro para o Brasil e uma estratgia para descentralizar o Proinfo Suas principais funes so:

    \ Capacitao permanente de professores e tcnicos de suporte;

    \ Suporte pedaggico e tcnico a escolas, com a elaborao de projetos de uso pedaggico da telemtica, com acompanhamento, suporte a professores e tcnicos, entre outros;

    \ Pesquisa

    O Proinfo Integrado um programa de formao voltado para o uso didtico-pedaggico das Tecnologias da Informao e Comunicao (TIC) no cotidiano escolar, articulado distribuio dos equipamentos nas escolas e aos contedos e recursos multimdia e digitais oferecidos pelo Portal do Professor, pela TV Escola e DVD Escola, pelo Domnio Pblico e pelo Banco Internacional de Objetos Educacionais So ofertados os seguintes cursos:

    \ Introduo Educao Digital (40h) Curso bsico para professores que no tm o domnio mnimo no manejo de computadores e da internet;

  • 3Cap

    tulo

    1

    O P

    roin

    fo in

    tegr

    ado \ Tecnologias na Educao: ensinando e aprendendo com as TIC (100h);

    \ Elaborao de Projetos (40h);

    \ Especializao: Tecnologias em Educao (400h)

    Como parte importante da estratgia de consolidao do Proinfo, o Centro de Experimentao em Tecnologia Educacional (CETE) foi concebido para apoiar o processo de incorporao de tecnologia educacional pelas escolas e para ser um centro de difuso e discusso, em rede, de experincias e conhecimento sobre novas tecnologias aplicveis educao O CETE tambm o elemento de contato brasileiro com iniciativas internacionais vinculadas tecnologia educacional e educao a distncia

    Programa banda larga

    As escolas atendidas pelo Proinfo tero o acesso internet fornecido pelo programa Banda Larga nas Escolas, que atender a todas as escolas pblicas que tenham mais de 50 alunos Com previso de instalao em mais de 50 mil escolas pblicas, o programa viabilizado por uma parceria firmada entre rgos do governo federal, a Anatel e operadoras de telefonia O programa tem como objetivo conectar todas as escolas pblicas rede mundial de computadores (internet) por meio de tecnologias que propiciem qualidade, velocidade e servios para desenvolver o ensino pblico no pas

    O novo projeto tem trs frentes de ao A primeira a instalao dos laboratrios de informtica no mbito do Proinfo A segunda a conexo internet em banda larga, que as operadoras levaro gratuitamente s escolas at o ano de 2025, atualizando a velocidade periodicamente A terceira frente do programa Banda Larga nas Escolas a capacitao dos professores Para tanto, sero oferecidos cursos a distncia, que sero acompanhados pela Secretaria de Educao a Distncia do MEC

    Tecnologia utilizada

    A tecnologia no est determinada no Termo Aditivo assinado pelas operadoras Definiu-se que inicialmente seja utilizado o servio ADSL (Asymmetric Digital Subscriber Line) Em situaes com inviabilidade tcnica para a utilizao de rede ADSL, as operadoras podero utilizar qualquer outra tecnologia, desde que sejam mantidos os ndices acordados no Termo Aditivo, salvo na utilizao de satlite, quando os ndices correspondero, no mnimo, a um quarto das velocidades de 1 Mbps de download e 256 Mbps de upload

    As conexes tero velocidade igual ou superior a 1 (um) Megabit por segundo (Mbps) no sentido Rede-Escola (download) e pelo menos um quarto dessa velocidade ofertada no sentido Escola-Rede (upload) A partir de 2011, a velocidade de conexo para download ser obrigatoriamente ampliada para o mnimo de 2 Mbps, ou a maior velocidade comercial disseminada e disponvel oferecida pela operadora na regio da escola

    Pelo acordo, as operadoras precisam disponibilizar as conexes com servio de IP fixo, que permite s escolas a criao e manuteno de servidores fixos na internet, ou seja,

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    nfo os computadores das escolas podero hospedar sites e domnios, disponibilizando

    informaes e servios na rede, como servidor de e-mail, download de arquivos etc

    Como no est descrito no Termo Aditivo o nmero de endereos IP fixos que sero disponibilizados, razovel supor que sero em nmero suficiente apenas para o(s) servidor(es) que oferecer(o) servios internet, considerando a escassez de endereos IP de 4 octetos Assim, as estaes dos alunos provavelmente utilizaro outra forma de endereamento, que descreveremos no Captulo 7

    Curso de formao de suporte tcnico

    O curso tem como objetivo formar mo de obra capaz de oferecer suporte tcnico, em primeiro nvel, aos laboratrios das escolas beneficiadas pelo Proinfo, nas reas de Linux, redes e segurana O enfoque principal do treinamento o Linux Educacional e suas ferramentas, na parte de software, e nos kits disponibilizados pelo programa, na parte de hardware O curso mostra as caractersticas do Linux e sua administrao, os conceitos de redes com e sem fio, protocolo TCP/IP e configurao de interfaces, oferecendo tambm os conceitos e melhores prticas em segurana no uso de redes e internet Todas as sesses tericas so fundamentadas com atividades prticas O processo de disseminao do contedo ser feito atravs de multiplicadores

    Ao final do curso o aluno ter aprendido a:

    \ Resolver os problemas relativos ao uso do laboratrio;

    \ Manter e atualizar a plataforma de software;

    \ Identificar e resolver os problemas dos componentes de hardware do laboratrio;

    \ Auxiliar os professores na disponibilizao de material didtico/pedaggico (TIC)

    Pblico-alvo:

    \ Aluno monitor;

    \ Professores;

    \ Tcnicos dos Ncleos de Tecnologia Educacional, estaduais (NTE) e municipais (NTM)

    A figura a seguir apresenta uma viso geral do projeto de capacitao

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    MECSEEDDPCEAD

    RNP/ESR

    Formao

    Avaliao

    Capacitao para suporte

    rea tcnicaInfraestrutura

    RedeSistemasSeguranaHardware

    Certificao

    Professor monitorTutores alunos IFESAluno monitor ensino mdio

    Multiplicadores

    Suporte tcnico

    Quando um cliente ou usurio tem algum problema tcnico, reclamao ou incidente a relatar, busca respostas e solues rapidamente, pois o mais importante que o seu problema seja resolvido Recorrer a uma organizao ou departamento, passando por vrias pessoas at encontrar a certa para relatar o ocorrido um processo frustrante, que gera desgaste Para atender ao cliente e aos objetivos comerciais da corporao, muitas organizaes tm implementado um ponto central de contato para uso do cliente ou usurio Esta funo conhecida como Service Desk

    A partir de sculo XX, ocorreu a modificao do conceito de Help Desk para Service Desk O Service Desk o nico ponto de contato entre os prestadores de servios e usurios no dia a dia tambm um ponto focal para fazer pedidos de servios e comunicar incidentes O Service Desk tem a obrigao de manter os usurios informados dos servios, eventos, aes e oportunidades passveis de impactar a capacidade de execuo de suas atividades dirias

    O Service Desk a interface amigvel do usurio com os benefcios que a Tecnologia da Informao traz aos negcios Ele responsvel pela primeira impresso que a rea de TI dar aos seus usurios quando houver necessidade de interao O Service Desk atua estrategicamente, como uma funo para identificar e diminuir o custo de infraestrutura; apoia a integrao e a gesto de mudanas em toda a empresa; reduz os custos pela utilizao eficiente dos recursos e tecnologias; auxilia a obter a satisfao do cliente e a ampliao das oportunidades de negcio Para muitos clientes, o Service Desk provavelmente a funo mais importante em uma organizao, com um escopo de servio mais abrangente que o do Help Desk tradicional Considerado um novo conceito de prestao de servio de suporte, o Service Desk segue as tendncias inovadoras e as melhores prticas do mercado Os processos e servios so reprojetados de forma a assegurar qualidade e a satisfao do cliente, atendendo s necessidades de cada empresa e acompanhando metodologias de gesto de servios de TI, como ITIL (Information Tecnology Infrastructure Library) e HDI (Help Desk Institute)

    Figura 1 1 Viso geral do

    projeto de capacitao

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    nfo Service Desk Help Desk

    A diferena bsica entre as nomenclaturas Service Desk e Help Desk est na maturidade do setor Assim, pode-se dizer que uma corporao que tenha profissionais com expertise na infraestrutura de TI provavelmente possui um Help Desk J o Service Desk possui um escopo de servio mais abrangente, ou uma funo mais estratgica dentro da empresa, estando mais ligado ao negcio do que s funes de TI especificamente A tabela a seguir mostra as principais diferenas entre os conceitos de Help Desk e Service Desk Um Help Desk tradicionalmente atende a problemas de hardware e auxilia no uso de softwares bsicos, enquanto a Central de Servios assume todas as solicitaes dos usurios relacionadas a qualquer servio prestado pela rea de TI

    Diferenas Help Desk Service Desk

    Atuao Reativo Pr-ativo

    Ponto de contato Descentralizado Centralizado

    Perfil do atendente Tcnico Relacionamento

    Interao com Usurio Distncia Envolvimento

    Vnculo com o negcio Perifrico-Foco TI Conhecimento do Negcio

    Importncia Estratgica Pequena Grande

    Gerenciamento de configurao

    O Service Desk precisar de informaes sobre a infraestrutura de TI (aplicaes, servidores etc) para realizar adequadamente o seu trabalho, de acordo com as orientaes acima Essas informaes constituem a atividade normalmente denominada de Gerenciamento de Configurao, que abrange identificao, registro e notificao dos componentes de TI, incluindo as suas verses, os elementos constitutivos e relacionamentos Dentre os itens que esto sob o controle do Gerenciamento de Configurao esto o hardware, o software e a documentao associada

    Este processo uma espcie de inventrio de todos os componentes do ambiente, sendo responsvel por documentar detalhadamente todos os componentes da infraestrutura, incluindo hardwares e softwares com suas respectivas caractersticas Assim, ao realizar qualquer processo de mudana, sua anlise de impacto e risco ser muito mais fcil, gil e transparente Serve como base de apoio para os processos de Gerenciamento de Incidentes executados pelo Service Desk, fornecendo dados e informaes Para isto necessrio que se tenha algum banco de dados para Gerenciamento de Configurao (CMDB - Configuration Management Database), onde so armazenadas todas as informaes relacionadas configurao dos componentes da infraestrutura A figura a seguir exemplifica a estrutura do Gerenciamento de Configurao

    Tabela 1 1 Diferenas entre Help Desk e Service Desk

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    Infraestrutura

    Hardware Software Rede Documentao

    Sistema 1 Sistema 2

    Aplicao 1 Aplicao 2

    Mdulo 1 Mdulo 2

    Topologia de Service Desk

    Como no existe um padro de topologia, geralmente a topologia criada de acordo com a necessidade do prprio Service Desk ou at mesmo de acordo com a necessidade dos clientes atendidos pelo Service Desk A figura a seguir ilustra de uma forma geral e abrangente a topologia de Service Desk, descrevendo o processo de abertura de chamado quando o cliente detecta algum incidente Topologia Service Desk

    Usurios Service Desk 1 Nvel

    Service Desk 2 Nvel Base deconhecimento

    Analista Suporte Remoto

    Analista Suporte Local

    Analista

    Ao detectar o incidente, o usurio (cliente) entra em contato com o Service Desk de 1 Nvel e reporta o problema ao analista No primeiro contato, o analista registra a chamada e comea a dar o devido tratamento, auxiliando o cliente via acesso remoto Se o problema precisar ser resolvido localmente, o analista de suporte remoto encaminhar o chamado para o analista de suporte local, que dever se dirigir at o local em que o usurio se encontra Se o analista de suporte remoto ou o analista de suporte local detectar que o problema que est ocorrendo no est ao seu alcance para soluo, o chamado deve ser transferido para o analista de 2 Nvel

    Figura 1 2 Estrutura do

    Gerenciamento de Configurao

    Figura 1 3 Topologia de Service Desk

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    Depois de detectado o problema e encontrada a sua soluo, necessrio verificar se o problema e a soluo encontrada esto documentados na Base de Conhecimento Caso no estejam, o analista responsvel pela soluo do problema dever fazer a documentao e a sua insero na Base de Conhecimento Este processo de documentao e insero deve ser feito tanto se o problema for resolvido pelo analista do suporte remoto, quanto pelo suporte local ou de 2 Nvel

    Cargos de Service Desk

    De uma forma geral, os cargos de um centro de suporte podem variar de acordo com as necessidades da corporao na qual est sendo implementado o Service Desk So eles:

    \ Estagirios estudantes que esto iniciando a vida profissional, com uma espcie de aprendizado inicial;

    \ Analista de 1 Nvel responsvel por atender as chamadas, resolv-las ou direcion-las para o setor responsvel;

    \ Analista Pleno trata incidentes mais especficos de acordo com a sua rea de atuao, uma espcie de segundo nvel;

    \ Analista Snior responsvel por resolver incidentes de maior complexidade, cargo acima do Analista Pleno;

    \ Especialista responsvel por gerenciar plataformas e detectar a indisponibilidade antes que ela acontea;

    \ Outros dependendo da corporao, o Service Desk necessitar de supervisores, gerentes, coordenadores, prestadores de servios etc

    Responsabilidades da rea de Service Desk

    A infraestrutura da Central de Servios possui trs camadas diferentes:

    \ Nvel 1 Suporte por telefone e monitorao de sistemas

    O nvel 1 responde a todas as chamadas relatadas para o suporte de TI e Telecom A ligao dever ser respondida por um tcnico que tentar monitorar o incidente com o usurio, e se o cliente permitir, tentar a soluo do incidente atravs do acesso remoto ao computador do usurio Se o incidente no for resolvido durante a ligao, o tcnico dever encaminhar o incidente para o nvel 2 de suporte O nvel 1 tambm monitora a infraestrutura e equipamentos de TI, tais como: fornecimento de gua, energia, ar-condicionado e luz, alm dos sistemas de TI, que devero ser baseados em procedimentos para responder aos eventos do nvel 1, podendo ento a Central de Servios chamar o responsvel pelo sistema alarmante A soluo pode ser encontrada internamente, por parte da equipe de TI do cliente que contrata os servios, ou at mesmo por um fornecedor contratado pela empresa ou pelo cliente

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    ado \ Nvel 2 Suporte OnSite (Suporte Local)

    O nvel 2 solicitado pelo nvel 1 para soluo de incidentes no local de trabalho do cliente O tcnico dever verificar o computador do usurio e tentar resolver seu incidente; se o incidente for causado por defeito de hardware, o computador dever ser substitudo e a operao normal de todos os sistemas dever ser restaurada

    \ Nvel 3 Suporte especializado em soluo de incidente

    O nvel 3 composto por tcnicos especializados nas reas de servidores, telecomunicaes, infraestrutura, cabeamento, manuteno de aplicaes, banco de dados, rede e controle de acesso

    Suporte local

    Procure se informar sobre a estrutura de suporte tcnico, estadual ou municipal, que atende a sua localidade

    Proinfo tec Ambiente colaborativo para os tcnicos de suportePortal web para a troca de contedo e experincias entre os tcnicos de suporte, disponibilizao de contedos tcnicos, imagens, manuais e descries dos diversos modelos de equipamentos disponibilizados, ferramentas e tutoriais de instalao de equipamentos e inscrio em cursos O objetivo do portal propiciar um espao destinado comunicao entre os diversos usurios tcnicos dos laboratrios Proinfo O ambiente colaborativo est em http://e-proinfo mec gov br

    Figura 1 4 Pgina inicial

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    Figura 1 6 Pgina Inscrio em cursos

    Figura 1 5 Pgina Meu espao

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    2Linux Educacional

    Introduo

    Uma caracterstica marcante do ser humano a sua capacidade de organizao com o objetivo de tirar o melhor proveito de seu trabalho e garantir o funcionamento otimizado de suas atividades, o que pode ser observado tanto nas empresas quanto nos lares.

    A informatizao crescente das instituies governamentais e privadas, a ampla disseminao da tecnologia e o uso cada vez maior de sistemas integrados fazem da administrao de sistemas uma atividade complexa e de importncia estratgica para as organizaes. Para atuar nessa rea, o administrador precisa possuir o conhecimento e a experincia necessrios para assegurar que os sistemas estejam sempre disponveis e preparados para realizar adequadamente as operaes de que a organizao necessita para atingir seus objetivos.

    Um administrador deve ser capaz de:

    \ Instalar e manter em bom funcionamento o hardware dos sistemas;

    \ Instalar, configurar e manter atualizado o software necessrio para o funcionamento correto dos sistemas;

    \ Interligar os recursos computacionais que funcionam em rede, configurando a rede de maneira correta;

    \ Fazer cpias de segurana de dados (backups) e dos programas armazenados nos sistemas;

    \ Elaborar regras de operao e uso dos recursos, levando em conta as condies tcnicas, institucionais e ambientais;

    \ Executar e controlar as operaes de incluso, modificao e excluso de contas de usurios dos sistemas, bem como as suas permisses de acesso a recursos dos sistemas;

    \ Controlar e supervisionar o uso dos recursos computacionais para assegurar que sejam usados de forma segura e adequada.

    Captulo 2Linux Educacional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11

    Introduo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11Histrico do Linux . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .12Linux Educacional (LE) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .13Arquitetura do Linux . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .16Kernel . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .16Gerenciamento de memria . . . . . . . . . . . . . . . . . . .19Comandos Linux . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .20

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    nfo De um modo geral, para que um administrador de sistemas execute adequadamente

    as suas atribuies, preciso que possua conhecimento tcnico aprofundado e abrangente da rea, o que requer constante atualizao; entendimento dos objetivos e metas da organizao e conhecimento das necessidades dos usurios.

    Histrico do Linux

    O Linux um sistema operacional completo, baseado no rpido e eficiente Unix. A origem do Linux remonta ao incio dos anos 70, quando um dos pesquisadores do Bell Labs, Ken Thompson, reprogramou, em linguagem de montagem (assembly), um sistema operacional que fazia parte de um projeto paralisado pela empresa. Em 1974, com a ajuda de Denis Ritchie, outro pesquisador do Bell Labs, Thompson reescreveu o Linux em uma linguagem de alto nvel (chamada C) e projetada pelo prprio Ritchie. Na poca, o Bell Labs era controlado pela AT&T, empresa que no atuava comercialmente na rea de computao. Por isso, o Bell Labs fornecia a licena de uso do Linux para as universidades interessadas, juntamente com o cdigo-fonte. Foram geradas diferentes verses do sistema medida que as modificaes no cdigo eram feitas nas universidades e no prprio Bell Labs. Esta falta de padronizao foi to acentuada que, no final dos anos 80, vrias verses do Linux eram totalmente incompatveis, baseadas em duas fontes principais: o System V (da AT&T) e o BSD, da universidade da Califrnia em Berkeley, desenvolvido com o apoio das empresas Sun Microsystems e Digital Equipment Corporation. Embora a necessidade de padronizao fosse muito grande, as tentativas feitas nesse sentido falharam. Com a ajuda do Institute of Electrical and Electronics Engineers (IEEE), foi elaborada a proposta do Portable Operating System Interface (POSIX), que permitiu uma padronizao bsica das muitas verses existentes. No entanto, diferenas continuaram existindo, devido aos interesses comerciais dos grandes fabricantes de computadores, tais como IBM, Sun e HP. Essa disputa comercial explica a existncia das verses atuais do Unix, como o caso dos sistemas AIX, SunOS, Solaris, HP-UX, IRIX, SCO e Xenix. Nesse contexto, o Linux surge como uma alternativa a esses sistemas comerciais; alm de ser um sistema completo e gratuito, segue o padro POSIX e permite que o cdigo-fonte seja modificado para atender s necessidades especficas do usurio.

    Hoje, o Linux distribudo comercialmente por vrias empresas, com pequenas diferenas. Esses diferentes sabores de Linux so conhecidos como distribuies.

    Red Hat Enterprise LinuxDesenvolvida pela Red Hat Software, uma distribuio voltada para uso em workstations e servidores de pequeno e grande porte, com verses que suportam de dois a um nmero ilimitado de processadores. A Red Hat vende esta distribuio juntamente com uma assinatura de suporte tcnico, que varia em funo dos dias de atendimento. A Red Hat ainda patrocina o projeto Fedora, uma verso gratuita de sua distribuio Linux comum, mantida por uma comunidade aberta de usurios e desenvolvedores. www.redhat.com

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    alSlackwareAntes do crescimento do Red Hat Linux, o Linux da Slackware era o mais popular, representado pela empresa Walnut Creek. Essa distribuio bastante completa e oferece muitos aplicativos agregados ao pacote. www.slackware.com

    DebianAo contrrio das duas distribuies citadas anteriormente, o Debian desenvolvido por uma equipe de colaboradores voluntrios, e no por uma empresa patrocinadora. Oferece mais de mil pacotes de software e projetado para proporcionar funcionalidades semelhantes s do Red Hat. Pode ser baixado em www.debian.org

    UbuntuBaseado na distribuio Debian GNU/Linux, a base para o Linux Educacional 3.0 (Kubuntu) utilizado nas mquinas do Proinfo. Mantido pela Canonical Ltd. e Ubuntu Foundation, o Ubuntu tem como foco principal a usabilidade, alm da facilidade de instalao. A verso em portugus pode ser baixada em www.ubuntu-br.org

    Linux Educacional (LE)

    Tom foi a primeira distribuio GNU/Linux adotada pelo Proinfo, com sua estreia em 2004/2005, seguida pelo Muriqui, em 2005/2006. Em 2006 iniciou-se o desenvolvimento do Linux Educacional verso 1.0, tendo como base o Debian. Na distribuio 2007/2008, foram lanadas as verses 2.0 e 2.1. Finalmente, na distribuio correspondente a 2009, surge a verso 3.0, baseada no Kubuntu, que uma distribuio Ubuntu com ambiente grfico KDE.

    O Linux Educacional est disponvel em webeduc.mec.gov.br/linuxeducacional

    As verses do Linux Educacional

    Figura 2.1 Tom: 2004/2005

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    nfo Figura 2.2

    Muriqui: 2005/2006

    Figura 2.3 Linux Educacional 1.0: 2006/2007

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    alFigura 2.4Linux

    Educacional 2.0: 2007/2008

    Figura 2.5 Linux

    Educacional 3.0: 2009/2010

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    nfo Arquitetura do Linux

    O desenvolvimento do sistema Unix, no qual o Linux baseado, teve os usurios de computadores da poca como pblico-alvo, basicamente programadores e encarregados de desenvolver aplicaes industriais e cientficas. O sistema possui uma arquitetura modular, flexvel e aberta.

    O Linux pode ser visualizado como uma pirmide dividida em camadas. O papel dessas camadas no funcionamento do sistema ser:

    \ Modular diferente de um sistema monoltico, a arquitetura do Linux composta por diferentes mdulos, o que facilita o seu desenvolvimento.

    \ Flexvel pode ser modificado e incorporar novas facilidades com o mnimo de custo.

    \ Arquitetura aberta permite ao programador fazer alteraes no sistema, incorporando caractersticas de acordo com as suas necessidades.

    Kernel

    O kernel o ncleo do sistema operacional. o componente que se encarrega de executar todas as funes bsicas necessrias ao funcionamento correto do sistema. O kernel do Linux foi projetado por Linus Torvalds, na poca um estudante que considerava o MS-DOS e o Minix muito limitados. Hoje, todas as distribuies Linux comercialmente disponveis usam basicamente o mesmo kernel, com pequenas alteraes. As aplicaes incorporadas a essas verses as diferenciam.

    Uma das grandes vantagens que o Linux oferece a possibilidade de recompilar o kernel. Com isso, possvel ganhar em performance, pois o kernel pode ser moldado para atender s necessidades especficas dos usurios do sistema.

    Principais funes do kernel:

    \ Deteco de hardware;

    \ Gerenciamento de entrada e sada;

    \ Manuteno do sistema de arquivos;

    HARDWARE

    KERNEL

    BIBLIOTECAS DE FUNES PADRO

    APLICAES SHELL

    USURIOS Figura 2.6 Arquitetura do Linux

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    al \ Gerenciamento de memria e swapping;

    \ Controle da fila de processos.

    HardwarePara funcionar, todo sistema operacional depende de um determinado hardware, composto de processadores, discos, memria, impressoras, controladores de vdeo etc. Devido existncia de diversos fabricantes de hardware no mercado, as caractersticas dos componentes variam muito entre si. Quando um novo dispositivo (uma placa de rede, por exemplo) instalado no sistema, o kernel responsvel pela deteco e interao bsica com essa placa. Embora o kernel possa reconhecer e controlar uma grande quantidade de dispositivos oferecidos no mercado, alguns no so reconhecidos, em geral os de lanamento recente. Nesses casos, preciso obter um driver para o novo dispositivo e recompilar o kernel, para incluir esse dispositivo antes de us-lo. Vale ressaltar que drivers desenvolvidos como mdulos podem ser instalados no sistema sem a necessidade de recompilao do kernel.

    Aplicativos

    Dispositivos

    memria

    cpukernel

    disk

    Figura 2.7 Arquitetura

    do kernel

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    Gerenciamento de I/OTodos os computadores, inclusive aqueles que executam Linux, possuem dispositivos de entrada e sada conectados, como teclado, monitor, impressoras, placas de rede, discos, terminais etc. Esses dispositivos so controlados pelo kernel, que envia requisies para a execuo de operaes especficas ou recebe sinais para indicar que os dispositivos esto demandando determinadas operaes. A comunicao entre o kernel e os dispositivos realizada por meio de sinais de interrupo. Nesse contexto, o kernel funciona como um controlador de sinais de interrupo, atendendo a todas essas requisies.

    FilesystemO sistema de arquivos tem por objetivo organizar os arquivos do sistema e dos usurios, assegurando que eles possam ser manipulados adequadamente por seus proprietrios. No Linux, o sistema de arquivos visualizado como uma rvore invertida: a raiz est no topo e os ramos, embaixo. Para ser lido ou escrito, o arquivo precisa ser aberto. Ao abri-lo, uma srie de cuidados deve ser tomada, principalmente se esse arquivo estiver sendo usado por mais de um processo. Todos os cuidados com o sistema de arquivos, bem como a forma como o sistema de arquivos implementado, so definidos e gerenciados pelo kernel.

    /

    etc usurios

    maria joo

    Figura 2.9 Sistema de arquivos

    GNU/Linux

    Plataforma de Hardware

    Espao do Usurio

    Espao do Kernel

    Aplicaes do usurio

    Biblioteca GNU C (glibc)

    Interface de chamada ao sistema

    Kernel

    Cdigo do Kernel dependente da arquitetura

    Figura 2.8 Acesso ao hardware

    I/O Input Output (entrada e sada de dados).

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    alGerenciamento de memria

    Ao longo do tempo, foram criadas vrias tcnicas para otimizar o uso da memria pelos programas em execuo, como swapping e paginao. O kernel responsvel pela alocao de memria nos processos em execuo. O kernel suporta o conceito de memria virtual, permitindo que processos ocupem mais espao de memria que aquela disponvel na mquina. A memria virtual pode ser muito maior que a memria fsica. Cada processo tem seu prprio espao de endereamento virtual. Esses espaos de endereamento so completamente separados, de modo que um processo no pode interferir no cdigo e nos dados de outro processo. Alm disso, o kernel permite que processos compartilhem reas de memria, reduzindo assim o consumo desses recursos ou viabilizando um mecanismo de comunicao entre processos.

    O guia Instalando o Linux Educacional 3.0 pode ser baixado em webeduc.mec.gov.br/linuxeducacional na rea de manuais.

    Processo A

    Processo B

    Trocando para fora

    Trocando para dentro

    Espao de troca

    Memria Fsica

    Figura 2.10 Paginao

    Swapping Processo em

    que o sistema operacional

    transfere dados que esto na memria

    do computador (programa em

    execuo e seus dados associados), para uma rea em disco e vice-versa, dando a impresso

    de que o sistema possui uma rea de

    memria maior que a real.

    Paginao Tcnica utilizada

    por sistemas operacionais, que

    fazem uso do conceito de

    memria virtual, que divide a rea

    de memria em pginas de forma a

    permitir o swap.

    SwapArquivo de troca

    de dados, memria virtual.

    Atividade: Instalando o Linux

    Realizar a instalao do Sistema Operacional Linux Educacional 3.0. Para realizar essa atividade necessrio o Manual de Instalao do Linux Educacional 3.0.

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    nfo Comandos Linux

    Para uma utilizao adequada do Linux Educacional, o usurio necessita estar familiarizado com o ambiente de linha de comando. Para tal, conheceremos as partes envolvidas:

    ComandosOs comandos, em geral, aceitam parmetros e podem ser utilizados de trs maneiras diferentes:

    # comando parmetro

    # comando --parmetro

    # comando parmetro

    ShellDentro do Linux Educacional existe o que chamamos de shell: o interpretador de comandos do Linux responsvel pela interface usurio/sistema operacional, possuindo diversos comando internos que permitem ao usurio solicitar servios do sistema operacional. O shell implementa tambm uma linguagem simples de programao que permite o desenvolvimento de pequenos programas.

    O bash apenas um dentre os diversos interpretadores de comandos (shells) disponveis no Linux, tais como csh, zsh, sh, tcsh etc. Para acessar o shell devemos clicar no menu Iniciar > Sistema > Terminal (Konsole).

    Figura 2.11 Terminal do Linux Educacional 3.0

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    alComandos bsicosPara utilizar alguns comandos do Linux no terminal, o usurio por vezes necessita de permisses especiais de superusurio. O Linux Educacional possui um comando denominado su (substitute user), que permite ao usurio comum acessar o terminal com privilgios de administrador (root), ou seja, o usurio passa a ter acesso total ao sistema.

    Linux Descrio Exemplo

    Is Lista os arquivos do diretrio atual; podem ser utilizados argumentos como la para listar arquivos ocultos e suas permisses.

    # ls -la

    cd Muda o diretrio corrente. # cd /etc/network

    rm Remove arquivos e diretrios, e usado em conjunto com o parmetro para forar a remoo; com o parmetro i pedida uma confirmao antes da remoo.

    # rm /etc/arquivo.txt

    # rm f /tmp

    mkdir Cria diretrios; no Linux vrios diretrios podem ser criados com um nico comando.

    # mkdir /var/teste /etc/teste2

    cp Copia arquivos e diretrios; no Linux o parmetro p pode ser utilizado para manter as permisses do arquivo.

    # cp /etc/teste.txt /var/log

    mv Move e renomeia arquivos. # mv /etc/arquivo1.txt /home# mv /etc/arquivo1 /etc/arquivo2

    cat Lista o contedo de arquivos. # cat /etc/hostname

    man Manual de comandos que informa todos os parmetros e a sintaxe do comando desejado.

    # man ls# man cp

    Pginas de manualAs pginas de manual acompanham quase todos os programas GNU/Linux. Elas trazem uma descrio bsica do comando/programa e detalhes sobre o funcionamento de opo.

    Para obter uma melhor viso do comando acima, o aluno dever consultar o manual do sistema digitando:

    # man comando

  • 22

    Form

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    de

    supo

    rte

    tcn

    ico

    Proi

    nfo Comandos Linux

    ps Lista os processos que esto em execuo, neste instante, no computador.

    Opes

    a Mostra os processos criados por voc e outros usurios do sistema.

    x Mostra processos que no so controlados pelo terminal.

    u Mostra o nome de usurio que iniciou o processo e a hora em que o processo foi iniciado.

    m Mostra a memria ocupada por cada processo em execuo.

    A verso do comando ps desta distribuio aceita alguns formatos para as opes:

    \ Unix que usa o hfen;

    \ BSD que no usa o hfen;

    \ GNU que usa dois hfens.

    No caso de dvidas, use o comando man ps.

    Exemplo

    # ps aux

    USER PID %CPU %MEM VSZ RSS TTY STAT START TIME COMMAND

    root 1 0.0 0.1 2844 1692 ? Ss Jun01 0:01 /sbin/i

    root 2 0.0 0.0 0 0 ? S< Jun01 0:00 [kthre]

    root 3 0.0 0.0 0 0 ? S< Jun01 0:00 [migra]

    root 4 0.0 0.0 0 0 ? S< Jun01 0:00 [ksoft]

    root 5 0.0 0.0 0 0 ? S< Jun01 0:00 [watch]

    root 6 0.0 0.0 0 0 ? S< Jun01 0:00 [event]

    root 7 0.0 0.0 0 0 ? S< Jun01 0:00 [khelp]

    root 41 0.0 0.0 0 0 ? S< Jun01 0:00 [kbloc]

    root 44 0.0 0.0 0 0 ? S< Jun01 0:00 [kacpi]

    root 45 0.0 0.0 0 0 ? S< Jun01 0:00 [kacpi]

    root 176 0.0 0.0 0 0 ? S< Jun01 0:00 [kseri]

    root 216 0.0 0.0 0 0 ? S< Jun01 0:00 [kswap]

    root 257 0.0 0.0 0 0 ? S< Jun01 0:00 [aio/0]

    root 635 0.0 0.1 4056 1816 ? S 13:12 0:00 -:0

    aluno1 679 0.0 0.0 1772 528 ? Ss 13:12 0:00 /bin/sh

    aluno1 766 0.0 0.0 4480 536 ? Ss 13:12 0:00 /usr/bi

    root 816 0.0 0.0 1564 160 ? S 13:12 0:00 start_k

    aluno1 817 0.0 0.3 24356 3952 ? Ss 13:12 0:00 kdeinit

    aluno1 820 0.0 0.2 24452 2844 ? S 13:12 0:00 dcopser

  • 23

    Cap

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    2

    Lin

    ux E

    duca

    cion

    al tail Mostra as linhas finais de um arquivo texto; se for usado sem nenhum parmetro, mostra as ltimas 10 linhas do arquivo.

    Opes

    -c nmero Mostra o nmero de bytes do final do arquivo.

    -n nmero Mostra a quantidade especificada de linhas do arquivo.

    Exemplo

    # tail /etc/group

    avahi-autoipd:x:113:admin:x:114:aluno1messagebus:x:115:avahi:x:116:netdev:x:117:polkituser:x:118:haldaemon:x:119:sambashare:x:120:aluno1,aluno2winbindd_priv:x:121:aluno1:x:1000:

    cut Delimita um arquivo em colunas, em determinado nmero de caracteres ou por posio de campo.

    Opes

    -d Especifica o caractere delimitador.

    -f Informa a posio do campo.

    Exemplo: mostrar os campos da posio 1 e 3 do arquivo /etc/group:

    # cut -d ':' -f 1,3 /etc/group

    root:0 daemon:1 bin:2 sys:3 adm:4 tty:5 disk:6 lp:7 mail:8

  • 24

    Form

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    ico

    Proi

    nfo tar

    Empacota arquivos e diretrios em um nico arquivo.

    Opes

    -c Cria um arquivo.

    -v Mostra cada arquivo includo.

    -f Especifica o caminho para o arquivo a ser criado.

    -x Extrai um arquivo compactado.

    -z Utiliza a compactao no arquivo gerado.

    Exemplo: empacotar os arquivos teste1.txt e teste2.txt em um arquivo nico.

    # tar cf teste.tar teste1.txt teste2.txt

    Exemplo: empacotar os arquivos banco1.txt e banco2.txt de maneira compactada.

    # tar zcvf banco.tar.gz banco1.txt banco2.txt

    Exemplo: desempacotar o arquivo compactado banco.tar.gz gerado anteriormente.

    # tar zxvf banco.tar.gz

    df Mostra o espao livre e/ou ocupado por cada partio.

    Opes

    -a Inclui sistema de arquivos com 0 blocos.

    -h Notao humana que mostra os arquivos em MB, KB e GB, ao invs de em blocos.

    -k Lista em Kbytes.

    -T Lista o tipo de sistema de arquivos de cada partio.

    Exemplo # df Th Sist. Arq. Tipo Tam Usad Disp Uso% Montado em /dev/sda2 ext3 4,5G 2,5G 1,9G 57% / varrun tmpfs 252M 292K 252M 1% /var/run varlock tmpfs 252M 0 252M 0% /var/lock udev tmpfs 252M 40K 252M 1% /dev devshm tmpfs 252M 0 252M 0% /dev/shm lrm tmpfs 252M 39M 213M 16% /lib/modules/2.6.24-22-generic/volatile

  • 25

    Cap

    tulo

    2

    Lin

    ux E

    duca

    cion

    al crontab Servio que permite o agendamento da execuo de um comando/programa para um determinado horrio.

    As tarefas so definidas no arquivo /etc/crontab. Para criar uma nova tarefa o usurio deve inclui-la no arquivo atravs do comando:

    # crontab e

    Opes

    -l Lista as entradas atuais.

    -r Remove a entrada da contrab.

    -e Edita a contrab.

    O arquivo tem o seguinte formato:

    52 18 1 10 7 root run-parts --report /etc/cron.montly

    Onde:

    52 minuto

    18 hora

    1 dia do ms (1-31)

    10 ms (1-12)

    7 dia da semana (1-7)

    root UID que executar o comando

    run-parts --report /etc/cron.montly comando que ser executado

    Um asterisco ( * ) pode ser usado nos campos de data e hora para especificar todo o intervalo disponvel.

    Exemplo: executa o comando updatedb toda segunda-feira s 6:00hs.

    00 06 * * 1 root updatedb

    Exemplo: envia um e-mail para John s 0:15hs todo dia 25/12, desejando feliz natal.

    15 0 25 12 * root echo "Feliz Natal"|mail john

    UID Nmero de

    identificao do usurio.

  • 26

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    nfo

    find Busca por arquivos e diretrios no disco. Pode procurar arquivos por data, tamanho e nome, atravs de suas opes. Ao contrrio de outros programas, o find utiliza a notao longa e necessita que seja informado o diretrio para pesquisa.

    Opes

    -name nome Procura o arquivo pelo seu nome.

    -depth Procura o arquivo primeiro dentro dos subdiretrios e s depois no diretrio principal.

    -perm permisso Procura arquivo que possua permisses especficas.

    -size tamanho Procura arquivo por um tamanho especfico.

    Exemplo: pesquisa o arquivo interfaces em toda a raiz:

    # find / -name interfaces

    /etc/network/interfaces /usr/lib/directfb-1.0-0/interfaces /usr/lib/ppr/interfaces /usr/share/doc/ppp/examples/interfaces /usr/share/dbus-1/interfaces

    Exemplo: pesquisa no diretrio corrente por arquivos maiores que 10 Kbytes:

    # find . -size +10k

    ./.gtk_qt_engine_rc

    ./.kde/share/config/khotkeysrc

    ./.kde/share/apps/kconf_update/log/update.log

    ./.mozilla/firefox/s5vpxeyg.default/cert8.db

    ./.mozilla/firefox/s5vpxeyg.default/compreg.dat

    du Mostra o espao ocupado por arquivos e subdiretrios do diretrio atual.

    Opes

    -a Mostra o espao ocupado por todos os arquivos.

    -b Mostra os espaos ocupados em bytes.

    -h Mostra o espao ocupado em notao humana, MB, KB etc.

    -s Sumariza o resultado e informa o valor total do tamanho dos arquivos.

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    alExemplo: listar em notao humana o espao ocupado pelos arquivos do diretrio /var/log:

    # du -h /var/log/

    20K /var/log/apache2 4,0K /var/log/apparmor 4,0K /var/log/samba/cores/smbd 4,0K /var/log/samba/cores/nmbd 12K /var/log/samba/cores

    grep Procura por um texto especfico dentro de um arquivo, ou no dispositivo de entrada padro.

    Opes

    -a Mostra o nmero de linhas aps a linha encontrada pelo grep.

    -n Mostra o nmero de cada linha encontrada pelo grep.

    -f Especifica que o texto que ser localizado est no arquivo [arquivo].

    Exemplo: pesquisar a palavra sshd dentro do arquivo /var/log/auth.log.

    # grep "sshd" /var/log/auth.log

    Nov 4 07:02:19 pc-proinfo adduser[22656]: new user: name=sshd, UID=111, GID=65534, home=/var/run/sshd, shell=/usr/sbin/nologin

    Nov 4 07:02:20 pc-proinfo usermod[22657]: change user 'sshd' password

    Nov 4 07:02:20 pc-proinfo chage[22658]: changed password expiry for sshd

    O grep pode ainda ser concatenado com outro programa utilizando o sinal | (pipe):

    Exemplo: pesquisar pelo processo de nome ssh dentro da sada do comando ps ax.

    # ps ax | grep ssh

    5508 ? Ss 0:00 /usr/bin/ssh-agent x-session-manager22696 ? Ss 0:00 /usr/sbin/sshd22707 ? Ss 0:00 sshd: root@pts/2

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    Proi

    nfo su

    Permite ao usurio mudar sua identidade sem fazer logout. til para executar um programa ou comando como root sem abandonar a sesso atual.

    Opes:

    -c Especifica um comando a ser executado como root.

    -l ou apenas - Semelhante a fazer login, a forma de trocar de usurio sem dar logout.

    Exemplo: tornar-se root dentro de uma sesso de usurio comum.

    $ su - Password: senha#

    sudo Variao do comando su que permite que comandos sejam executados diretamente como superusurio, sem precisar fazer login como root, apenas utilizando suas credenciais temporariamente.

    Sintaxe

    # sudo comando

    Exemplo: atualizar a lista de pacotes com credenciais de root:

    # sudo apt-get update

    top Mostra os programas em execuo ativos, parados, o tempo usado na CPU, detalhes sobre o uso da memria RAM, swap, disponibilidade para execuo de programas no sistema, entre outras informaes. um programa que continua em execuo mostrando continuamente os processos que esto rodando em seu computador e os recursos utilizados por eles. Para sair do top, pressione a tecla q.

    top - 13:48:15 up 1 day, 3:39, 3 users, load average: 0.06, 0.01, Tasks: 112 total, 2 running, 110 sleeping, 0 stopped, 0 zombie Cpu(s): 0.7%us, 1.0%sy, 0.0%ni, 97.7%id, 0.0%wa, 0.7%hi, 0.0%s Mem: 515584k total, 488556k used, 27028k free, 73540k buf Swap: 497972k total, 41228k used, 456744k free, 259200k cac

    PID USER PR NI VIRT RES SHR S %CPU %MEM TIME+ COMMAND 10105 aluno1 20 0 41336 19m 14m S 2.7 3.9 34:24.02 kicker 4771 root 20 0 29816 20m 3700 S 1.3 4.0 22:34.96 Xorg 44 root 15 -5 0 0 0 S 0.7 0.0 0:07.60 kacpid 1 root 20 0 2844 1688 544 S 0.0 0.3 0:01.06 init 2 root 15 -5 0 0 0 S 0.0 0.0 0:00.00 kthread

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    al htop Programa similar ao top, embora mais interativo, possibilitando a navegao pelos processos, alm de uma pesquisa e um filtro de processos.

    kill Permite enviar um sinal a um programa ou comando. Se for utilizado sem parmetros, envia um sinal de trmino ao processo que est em execuo.

    Opes

    -sinal Nome ou nmero do sinal informado ao sistema; se nenhum for utilizado, por default ser utilizado -15.

    -9 Envia um sinal de destruio ao processo ou programa. terminado imediatamente, sem chances de salvar os ou apagar os arquivos temporrios criados por ele. Voc precisa ser o dono do processo ou o usurio root para termin-lo ou destru-lo.

    PID Nmero do processo a ser encerrado, pode ser obtido com o comando ps.

    Figura 2.12 Tela do htop

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    Form

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    Proi

    nfo Exemplo: encontrando o nmero do processo:

    # ps

    PID TTY TIME CMD 6089 ttys000 0:00.01 man ps 6098 ttys000 0:00.01 /usr/bin/less -is 6212 ttys000 0:00.00 ps 97182 ttys000 0:00.24 login -pf Luis 97195 ttys000 0:00.05 su 97220 ttys000 0:00.04 sh 98345 ttys000 0:00.00 ping 10.211.5.77 98611 ttys000 0:00.00 ping 10.211.5.77 98637 ttys000 0:00.00 ping 10.211.5.77

    Exemplo: matando o processo 97220:

    # kill -9 97220

    chmod Muda a permisso de acesso a um arquivo ou diretrio. Com este comando voc pode escolher se um usurio ou grupo ter permisses para ler, gravar e executar um arquivo ou arquivos. Sempre que um arquivo criado, seu dono o usurio que o criou e seu grupo o grupo do usurio.

    Opes

    -v Verbose, mostra todos os arquivos que esto sendo processados.

    -R recursivo Muda permisses de acesso do diretrio/arquivo no diretrio atual e subdiretrios.

    Permisses

    Escritas no formato: [ugoa][+-=][rwxXst] onde:

    ugoa Controla o nvel de acesso que ser mudado. Especifica, em ordem, usurio (u), grupo (g), outros (o), todos (a).

    + - = O sinal de mais (+) coloca a permisso, o sinal de menos (-) retira a permisso do arquivo e o sinal de igual (=) define a permisso exatamente como est especificada.

    rwx Onde, r = permisso de leitura do arquivo, w = permisso de gravao e x = permisso de execuo (ou de acesso a diretrios).

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    alExemplos

    $ chmod g+r *

    Permite que todos os usurios que pertenam ao grupo dos arquivos (g) tenham (+) permisses de leitura (r) em todos os arquivos do diretrio atual.

    $ chmod o-r teste.txt

    Retira (-) a permisso de leitura (r) do arquivo teste.txt para os outros usurios (usurios que no so donos e no pertencem ao grupo do arquivo teste.txt).

    $ chmod uo+x teste.txt

    Inclui (+) a permisso de execuo do arquivo teste.txt para o dono e outros usurios do arquivo.

    $ chmod a+x teste.txt

    Inclui (+) a permisso de execuo do arquivo teste.txt para o dono, grupo e outros usurios.

    $ chmod a=rw teste.txt

    Define a permisso de todos os usurios exatamente (=) para leitura e gravao do arquivo teste.txt.

    chown Muda o dono de um arquivo/diretrio, e opcionalmente pode ser usado para mudar o grupo.

    Opes

    -v Verbose, mostra os arquivos enquanto esto sendo alterados.

    -R Recursive, altera o dono e o grupo dos arquivos e diretrios a partir do diretrio atual, recursivamente.

    Ex: Mudar o dono do arquivo teste.txt para aluno1.

    # chown aluno1 teste.txt

    Ex: Mudar o dono do arquivo teste.txt para aluno2 e seu grupo para turma1:

    # chown aluno2.turma1 teste.txt

  • 32

  • 33

    3Administrao do Linux

    Usurios e grupos

    No Linux, apenas os usurios cadastrados podem acessar o sistema. Eles so identificados por um nome de usurio (login name) e uma senha. Cada um possui um diretrio de trabalho (home directory) e um interpretador de comandos (shell) associado. Internamente, o sistema reconhece um usurio utilizando um nmero inteiro, de forma nica. Esse nmero o User ID (UID). Todo usurio pertence pelo menos a um grupo, denominado como grupo primrio. Os grupos tambm possuem um nome de grupo e um identificador nico Group ID (GID). As informaes sobre usurios cadastrados esto armazenadas no arquivo /etc/passwd. Cada linha desse arquivo descreve um nico usurio.

    A tabela abaixo mostra os tipos e o poder das permisses, por usurio.

    Tipos Permisses Usurios

    Principal Total root

    Padro Parcial aluno

    Sistema Especfica sys, bin, ftp

    Diretrio de trabalhoConhecido como homedir. o espao em disco reservado ao usurio na hora de sua incluso. Por questes de segurana, alguns administradores definem contas de usurios, mas no atribuem a elas um diretrio de trabalho ou um shell vlido. Desta forma, estes usurios no conseguem se logar no sistema, apenas utilizam algum servio, como o correio eletrnico.

    Tabela 3.1 Tipos de usurios

    e permisses

    PrincipalAcesso total ao

    sistema operacional, usurio

    Administrador.

    Padro Usurio com

    permisses parciais, no pode modificar arquivos

    de configurao nem instalar/

    remover programas.

    Sistema Usurio criado pelo sistema operacional

    ou programa especfico, dotado

    de permisses para manipulao de

    programas ou servios dentro do

    sistema operacional.

    Captulo 3Administrao do Linux . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .33

    Usurios e grupos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .33Administrao de usurios . . . . . . . . . . . . . . . . . . .34Sistema de arquivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .39Estrutura de diretrios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .41Atualizaes do Linux (Debian Package) . . . . . . . . . . . . . .43Comando APT . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .44Gerenciador Adept . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .46Aptitude . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .48A barra Edubar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .50

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    Form

    ao

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    supo

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    ico

    Proi

    nfo Usurio proprietrio

    Usurio responsvel por iniciar a execuo de um determinado programa, que pode ser de sua propriedade ou no, mas para o qual tem a permisso de execuo. As permisses desse usurio determinaro os recursos que o processo criado por ele poder acessar.

    Permisses

    r Read Permisso para leitura 4

    w Write Permisso para edio 2

    x Exec Permisso para execuo 1

    Em determinadas situaes, vlida a criao de grupos de usurios para controlar o acesso a arquivos ou servios. Por exemplo, suponhamos que o setor financeiro de uma empresa, que controla o salrio dos funcionrios, deseja disponibilizar as estatsticas consolidadas desses salrios no sistema de informaes da empresa, para que os colaboradores do setor financeiro possam utiliz-las para clculos. Porm, essas informaes no podero ser vistas por todos os funcionrios da empresa, pois isso geraria um conflito de interesses. Assim, a criao do grupo financeiro e a disponibilizao desses arquivos somente para os usurios do grupo financeiro resolveriam o problema. Cada arquivo possui, em seu inode, informaes sobre permisses indicadas por meio de cdigos r, w e x; essas informaes so organizadas em trs conjuntos de permisses: o primeiro representa a permisso para o usurio proprietrio do arquivo; o segundo, a permisso para o grupo proprietrio do arquivo; e o ltimo, a permisso para os demais usurios do sistema, ou seja, todos os usurios que no fazem parte do grupo ao qual o arquivo pertence nem so proprietrios dele.

    Administrao de usurios

    Manipulando contasA manipulao de contas no Linux pode ser bastante facilitada por alguns comandos. Os comandos adduser e useradd permitem criar contas sem a necessidade de editar diretamente as linhas dos arquivos que contm informaes bsicas dos usurios, operao que requer muita ateno e apresenta o risco de provocar alguma modificao no desejada.

    r w x r w x r w xusurio grupo outros

    InodeEstrutura de dados contendo informaes sobre arquivos em um sistema de arquivo Linux. H um inode para cada arquivo, e cada arquivo identificado unicamente pelo sistema de arquivo no qual reside e por seu nmero de inode neste sistema.

    Figura 3.1

    Tabela 3.2 Tipos de permisso

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    Cap

    tulo

    3

    Adm

    inis

    tra

    o d

    o Li

    nuxAdicionando um usurio:

    # adduser usurio

    Modificando a conta de um usurio:

    # usermod usurio

    Removendo a conta de um usurio:

    # userdel usurio

    No momento que o usurio criado, so copiados para o seu diretrio de trabalho alguns arquivos default, obtidos a partir do diretrio /etc/skel. Um exemplo simples de arquivo que pode ser copiado no momento da criao aquele contendo a configurao da rea de trabalho ou desktop.

    Da mesma forma, um novo grupo pode ser criado, usando parmetros passados na linha de comando.

    Adicionando um grupo:

    # groupadd grupo

    Modificando as informaes de um grupo:

    # groupmod grupo

    Removendo um grupo:

    # groupdel grupo

    Para listar os grupos existentes:

    # cat /etc/group

    O comando utilizado para mudar a senha de qualquer usurio o passwd. Quando o usurio root deseja mudar a senha de algum usurio, deve passar como parmetro o nome do usurio no sistema para o comando passwd. Nesse caso, o passwd pedir que seja informada a nova senha e que esta seja repetida. Voc deve criar uma senha de fcil memorizao pelo usurio, de forma que ele no ceda tentao de anot-la. No entanto, bom incentivar a troca por uma senha prpria, to logo tenha acesso ao sistema. Uma forma inteligente de fazer isso criando uma senha que no agrade ao usurio, assim ele no conseguir tirar essa senha da cabea.

    Criando usurios em modo grficoDentro do Linux Educacional existe a opo de criao de usurios de modo interativo, utilizando o mdulo do Gerenciador de Sistema chamado Gerenciamento do Usurio.

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    Form

    ao

    de

    supo

    rte

    tcn

    ico

    Proi

    nfo

    Ser necessrio informar a senha de administrador para acessar a tela de cadastro de usurios.

    Figura 3.2 Criando usurios em modo grfico

    Figura 3.3 Senha para acesso de superusurio

    Figura 3.4 adduser

  • 37

    Cap

    tulo

    3

    Adm

    inis

    tra

    o d

    o Li

    nuxFigura 3.5

    Criando usurios em modo grfico

    Figura 3.6 adduser

    Obs: O pedido para o nome do usurio e no de arquivo.

    Atravs desta interface, o usurio tem a possibilidade de criar contas de usurio de maneira mais simples; para isso, basta clicar no boto +add, informar o nome do usurio, e ento sero solicitadas mais algumas informaes como nome completo, diretrio padro, senha de usurio, grupo a que pertence etc.

  • 38

    Form

    ao

    de

    supo

    rte

    tcn

    ico

    Proi

    nfo

    SoluoAntes de iniciar as atividades, os usurios devero acessar o terminal em modo root.

    $ sudo su [sudo] password for aluno1:

    Vamos criar os quatro usurios:

    # adduser ruisilva

    Digite a nova senha: usuario1Redigite a senha: usuario1

    # adduser martajesus

    Digite a nova senha: usuario2Redigite a senha: usuario2

    Figura 3.7 adduser

    Novos alunos foram matriculados na sua escola e precisam ser cadastrados no sistema. Os nomes dos alunos so: Rui da Silva, Marta de Jesus,