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FÓRUM DE PEQUENOS ESTADOS 2003 24 DE SETEMBRO DE 2003 INFORMAÇÃO DE FUNDO: RELATÓRIOS DE PARCEIROS INSTITUCIONAIS SOBRE O PROGRESSO REGISTADO NO PLANO DE ACÇÃO DO RELATÓRIO DE PEQUENOS ESTADOS DA “TASK FORCEASSEMBLEIAS ANUAIS 2003 FUNDO MONETÁRIO INTERNACIONAL – GRUPO DO BANCO MUNDIAL DUBAI

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DUBAI

INFORMAÇÃO DE FUNDO: RELATÓRIOS DE PARCEIROS INSTITUCIONAIS SOBRE O PROGRESSO REGISTADO

NO PLANO DE ACÇÃO DO RELATÓRIO DE PEQUENOS ESTADOS DA “TASK FORCE”

ÍNDICE

Página

Prefácio .................................................................................................................. ii

Conclusões das Organizações da “Task Force”:

Banco Mundial ..............................................................................................1

Secretariado da Commonwealth ..............................................................19

Fundo Monetário Internacional ................................................................31

Comissão Europeia .....................................................................................37

Organização Mundial do Comércio ..........................................................43

Conferência das Nações Unidas Sobre Comércio e Desenvolvimento ...49

ii

PREFÁCIO 1. Em Julho de 1998, o Banco Mundial e o Secretariado da Commonwealth estabeleceram uma “Task Force” Conjunta sobre Pequenos Estados, a fim de abordar os desafios de desenvolvimento especiais que enfrentam os pequenos estados. O relatório final da “Task Force” foi entregue ao Comité de Desenvolvimento na Reunião de Primavera, em Abril de 2000.1 Os ministros receberam bem o relatório e a respectiva análise das características dos pequenos estados que os tornam particularmente vulneráveis. Anotaram as conclusões do relatório, bem como a recomendação de que as circunstâncias dos pequenos estados deverão ser levadas em consideração nas políticas e programas das organizações de comércio multilaterais, financeiras e de desenvolvimento.

2. Plano de Acção. O relatório final concluiu que os pequenos estados partilham características que colocam desafios ao seu desenvolvimento e que, para tratar destes assuntos com sucesso, será necessária uma combinação de acções de política doméstica, incluindo, em certos casos, novas abordagens à cooperação regional, apoio externo e assistência, por parte das instituições multilaterais e bilaterais de desenvolvimento, e melhoramentos (onde alcançáveis) no ambiente externo. O relatório identificou um plano de acção contínuo e uma análise a serem executados pelos pequenos estados e pela comunidade internacional. O relatório sublinhou quatro áreas principais de desafio e oportunidade: atacar a volatilidade, vulnerabilidade e desastres naturais; reforçar a capacidade; confrontar os problemas de transição inerentes a uma mudança para um regime de comércio global; e gerir as novas oportunidades e desafios resultantes da globalização. 3. Fórum de Pequenos Estados. A publicação do relatório final assinalou o fim da “Task Force” e o início de uma nova parceria entre os pequenos estados e a comunidade internacional, que se empenhou em trabalhar estreitamente com pequenos estados, em actividades que respondem às suas necessidades. Neste contexto, O Fórum de Pequenos Estados oferece uma oportunidade de avaliar o progresso no plano de acção dos pequenos estados e de definir prioridades para o futuro. O primeiro Fórum de Pequenos Estados, presidido pelo Ilustre Owen Arthur, Primeiro-Ministro de Barbados, em nome do eleitorado das Caraíbas, teve lugar no dia 25 de Setembro de 2000, em Praga, República Checa. O Fórum centrou-se nos respectivos programas de trabalho dos parceiros institucionais — Secretariado da Commonwealth, Banco Mundial, Fundo Monetário Internacional, União Europeia, Organização Mundial do Comércio e Conferência das Nações Unidas sobre o Comércio e o Desenvolvimento — para implementar o plano de acção do relatório da “Task Force”. O Fórum de 2001, que teria tido lugar em Washington, Estados Unidos, foi cancelado em resultado dos acontecimentos de 11 de Setembro de 2001. O Fórum teria abordado assuntos comerciais. Em vez disso, este tema foi o foco do Fórum de 2002, presidido pela Ilustre Misa Telefoni Retzlaff, Primeira-Ministra Adjunta e Ministra das Finanças de Samoa, em nome do eleitorado do Pacífico. O Fórum teve lugar no dia 30 de Setembro de 2003, em Washington, DC. O Professor Jeffrey D. Sachs, Director do Instituto da Terra da Universidade de Columbia, apresentou o tema. O Fórum deste ano, a ser presidido pelo Ilustre Sushil K.C. Khushiram, Ministro do Desenvolvimento Económico, Serviços Financeiros e Assuntos Empresariais das Ilhas Maurício, em nome do eleitorado africano, terá lugar no dia 24 de Setembro de 2003, em Dubai. O Fórum concentrar-se-á na “Redução da Pobreza como um Pré-requisito para o Desenvolvimento Sustentável dos Pequenos Estados”, com introdução de Hage Geingob, Secretário Executivo da Coligação Global para a África e antigo Primeiro-Ministro da Namíbia. Como pano de fundo para o Fórum de 2003, o presente documento fornece uma actualização das recentes actividades relacionadas com pequenos estados dos parceiros institucionais da “Task Force”.

1 Consulte Pequenos Estados: Respondendo aos Desafios da Economia Global, Relatório da “Task Force” Conjunta do Secretariado

da Commonwealth/Banco Mundial sobre Pequenos Estados, Abril de 2000, acessível através de www.worldbank.org/smallstates e o “Comunicado da 61ª Reunião do Comité de Desenvolvimento” de 17 de Abril de 2000, acessível através de www.worldbank.org/devcom.

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RELATÓRIO DE 2003 DO GRUPO DO BANCO MUNDIAL SOBRE O PROGRESSO REGISTADO PROGRAMA DE TRABALHO DE PEQUENOS ESTADOS

I. INTRODUÇÃO

1. Este é o quarto relatório sobre o progresso registado nas actividades do Grupo do Banco Mundial destinadas a ajudar os pequenos estados a enfrentar os seus desafios relativamente ao desenvolvimento.1 O relatório centra-se nas actividades que tiveram lugar durante o último ano fiscal do Banco (1 de Julho de 2002 a 30 de Junho de 2003), bem como nalgumas actividades adicionais que se encontram actualmente em curso ou previstas. Revê actividades operacionais relevantes em cada área da estrutura do Banco de assistência a pequenos estados, conforme descrito no relatório da “Task Force” Conjunta do Secretariado da Commonwealth/Banco Mundial de 2000 sobre pequenos estados e debate os programas de países que são pequenos estados, incluindo o estado dos Documentos sobre a Estratégia para a Redução da Pobreza (DERPs), Estratégias para a Assistência a Países (EAPs), operações de crédito e Trabalho Económico e Sectorial (TES).

II. ACTUALIZAÇÃO DA ESTRUTURA DE ASSISTÊNCIA DO BANCO MUNDIAL

2. A estrutura da assistência do Banco Mundial aos pequenos estados indica sete áreas de actividade relacionadas com quatro categorias —(i) atacar a volatilidade, vulnerabilidade e desastres naturais; (ii) reforçar a capacidade; (iii) enfrentar os desafios e oportunidades da globalização; (iv) e adaptar-se ao regime de comércio global em evolução — descrito no relatório da “Task Force” Conjunta: (a) (b) (c) (d) (e) (f)

(g)

Reduzir os custos de transacção para os pequenos estados e melhorar a coordenação dos doadores; Apoiar as iniciativas regionais; Fazer baixar os custos dos desastres naturais e melhorar a gestão de riscos; Proteger o ambiente físico; Apoiar o desenvolvimento do sector privado; Assistir na exploração das oportunidades que a tecnologia da informação e o comércio electrónico podem oferecer aos pequenos estados isolados; e Facilitar a partilha de conhecimentos.

Para além do supramencionado, o presente relatório sobre o progresso discute as actividades do Banco Mundial pertinentes aos pequenos estados nas áreas interdisciplinares do sector financeiro e comércio. A. Reduzir os Custos de Transacção para os Pequenos Estados e Coordenação dos Doadores 3. Algumas acções com vista a reduzir os custos de transacção e melhorar a coordenação dos doadores ganharam ímpeto durante o ano fiscal de 2003. Na área da coordenação de ajuda, nas Caraíbas, o Banco Mundial continua a participar nas reuniões bienais do Grupo das Caraíbas para a Cooperação no Desenvolvimento Económico (GCCDE) e da Organização dos Estados das Caraíbas Orientais (OECO). Em conjunto com a Fundação “Development Gateway” e o Secretariado da OECO, o Banco desenvolveu uma página web de Coordenação de Ajuda da OECO, de modo a facilitar a partilha de conhecimentos de actividades dos doadores na OECO. Prevê-se que a página seja formalmente lançada no final de 2003. Em Timor-Leste, o Banco Mundial co-presidiu as Reuniões de Parceiros de

1 Os relatórios anuais sobre o progresso registado são preparados na sequência do relatório de Abril de 2000 da “Task Force”

Conjunta do Secretariado da Commonwealth/Banco Mundial, Pequenos Estados: Respondendo aos Desafios da Economia Global. Este relatório e os relatórios de progresso anteriores são acessíveis através de www.worldbank.org/smallstates.

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Desenvolvimento de Dezembro de 2002 e Junho de 2003, em Dili, continuando a desempenhar um papel activo na coordenação de doadores nesse país. O pessoal do Banco participou igualmente numa reunião de doadores de alto nível, em Bissau, em Novembro de 2002, a fim de discutir a estratégia para ajudar Guiné-Bissau. Em Comores, o Programa de Desenvolvimento das Nações Unidas (PNUD) e o Banco Mundial têm liderado no auxílio à coordenação dos doadores. 3. Agenda de Harmonização. Na sequência do aval do Comité de Desenvolvimento em Abril de 2002, os bancos de desenvolvimento multilaterais (BDMs) e o Comité de Assistência ao Desenvolvimento da Organização para a Cooperação Económica e Desenvolvimento (CAD/OCED) financiaram em conjunto o Fórum de Alto Nível sobre a Harmonização, em Roma, em Fevereiro de 2003. Muitas autoridades de nível superior na comunidade de doadores internacional e quase 30 países em vias de desenvolvimento participaram na conferência. O documento final, A Declaração de Roma sobre a Harmonização, é a declaração sobre a harmonização mais abrangente produzida até à data pela comunidade internacional.2 A Declaração define um programa de actividades ambicioso: •

Assegurar que os esforços da harmonização sejam adaptados ao contexto do país e que a assistência aos doadores esteja em linha com as prioridades dos beneficiários; Alargar os esforços conduzidos por país, de modo a racionalizar os procedimentos e as práticas dos doadores, incluindo o melhoramento da cooperação técnica conduzida pela procura; Rever e identificar formas de adaptar as políticas, os procedimentos e as práticas das instituições e dos países, de modo a facilitar a harmonização; e Implementar progressivamente os princípios e normas de boa prática de desenvolvimento formuladas pelos BDMs e pelo CAD/OCED, como a base para a harmonização das políticas, dos procedimentos e das práticas dos países doadores e parceiros.

Tem-se registado um progresso significativo na preparação de princípios e normas acordados para avaliações ambientais, gestão financeira e comunicação de informação financeira e aquisições. Estes são os documentos de consulta internacionais para a harmonização ao nível do país. A coordenação de actividades operacionais, principalmente em torno dos DERPs, registou igualmente uma melhoria, uma vez que aumentou a coordenação em torno das estratégias de países doadores. 4. Actividades Centradas nos Países. A implementação à escala do país da agenda de harmonização é agora o centro das atenções. Durante o ano fiscal de 2003, o Governo da Jamaica,3 em conjunto com doadores bilaterais e multilaterais, elaborou um programa de harmonização abrangente. Este esforço inclui trabalho ao nível de estratégia e actividades em apoio às abordagens harmonizadas à gestão financeira, aquisições, salvaguardas ambientais e sociais, trabalho analítico, gestão de projectos, monitorização e avaliação, formação e revisões de desempenho de carteira. O foco inicial de harmonização do estudo piloto jamaicano residiu no mapeamento dos vários requisitos de avaliação de impacto ambiental de doadores contra os próprios requisitos e processos do governo, com vista a alinhar os procedimentos de doadores com o sistema de avaliação de impacto ambiental do governo. Em cooperação com outros doadores, o Banco Mundial encontra-se igualmente a concluir uma avaliação das novas políticas e procedimentos de aquisições do governo jamaicano, como um primeiro passo para a harmonização da aplicação de requisitos de doadores em torno do novo sistema do governo. Construindo nas experiências dos estudos piloto de harmonização, outros parceiros de países ofereceram

2 Declaração de Roma sobre a Harmonização, 25 de Fevereiro de 2003, acessível através de

http://www1.worldbank.org/harmonization/romehlf/. 3 Juntamente coma a Etiópia e o Vietname, a Jamaica constitui um dos três estudos pilotos de harmonização formal apoiados pelo

Banco Mundial.

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ajuda, de modo a iniciar esforços de harmonização conduzidos por país, incluindo as Ilhas do Pacífico. O Secretariado do Fórum do Pacífico encontra-se a planear a organização da primeira workshop sobre experiências de harmonização nos países das Ilhas do Pacífico, em Fiji, nos finais de 2003. Outros exemplos de pequenos estados incluem o Botswana, onde o governo desenvolveu uma estrutura que evita a acumulação de vários conjuntos de procedimentos de doadores, requisitos de contabilidade e actividades descoordenadas. O Ministro das Finanças e Planeamento de Desenvolvimento assumiu a coordenação central de toda a cooperação técnica; todos os projectos são levados a cabo através dos sistemas do governo, com gestão externa adicional e requisitos de contabilidade mínimos; e a estratégia do governo tem sido a de limitar o número total de doadores e encorajar os doadores com a mesma mentalidade a trabalhar juntos em sectores particulares. Em Timor-Leste, o apoio dos doadores é coordenado em torno das prioridades dos países, através de um Programa de Apoio de Transição de vários doadores e financiado por um subsídio, que proporciona balança de pagamentos/apoio orçamental com base no Plano de Desenvolvimento Nacional do governo. O Banco Mundial encontra-se igualmente a apoiar Timor-Leste, através do seu Fundo Pós-Conflito, a fim de desenvolver uma legislação de aquisições e processo de concurso padrão que se espera ser avançados e que envolvam práticas de aquisição das instituições multilaterais. 5. Modernização e Simplificação de Políticas. Em apoio à harmonização e à agenda de modernização e simplificação de políticas, a direcção do Banco Mundial tem vindo a debater com o Conselho de Administração, as áreas onde a flexibilidade pode facilitar a coordenação dos doadores e reforçar as parcerias. De entre os desenvolvimentos notáveis recentes, incluem-se as alterações aprovadas pelo Conselho à política de auditoria do Banco, as primeiras em quase 20 anos. Em vigor a partir do dia 1 de Julho de 2003, a nova estrutura de auditoria alinha mais explicitamente a política do Banco com as normas e boa prática de auditoria internacional, adapta o âmbito da auditoria para risco de projecto avaliado e concentra mais atenção na qualidade dos auditores de projectos financiados pelo Banco. A nova estrutura melhora a capacidade do mutuário, aplicando a política através de abordagens específicas do país; aumentando a confiança nos processos de auditoria do país onde a capacidade assim o permitir; reduzindo as cargas nas instituições clientes, através de abordagens harmonizadas com outros doadores; e apoiando as intervenções de modo a abordar os pontos fracos identificados no trabalho de diagnóstico. Apresentadas anteriormente à política melhorada são a flexibilidade nos requisitos de comunicação de informação financeira para mutuários, as novas disposições fiduciárias para abordagens a nível sectorial e maior atenção nas instituições de países de gestão de finanças públicas. A direcção do Banco iniciou igualmente discussões com Administradores sobre a simplificação de procedimentos de aquisição e a modernização da política de aquisições, de modo a aumentar a transparência e expandir a utilização da tecnologia no processo de concurso. Outras propostas procuram reformar as políticas que determinam as despesas que podem ou não ser financiadas e encontrar formas de tornar o financiamento de políticas mais rentável, através da harmonização com outros doadores e abordagens com base nos países. Um trabalho semelhante encontra-se em curso para a simplificação e a racionalização dos acordos e dos sistemas e processos de desembolsos do Banco. 6. Instrumentos Flexíveis. Os empréstimos adaptáveis aos programas (EAPs), introduzidos no ano fiscal de 1998, continuam a ser um instrumento de empréstimo popular e flexível para programas de países que são pequenos estados. Os EAPs proporcionam apoio de desenvolvimento a longo prazo, mediante operações de várias fases que aproveitam os ensinamentos recebidos dos empréstimos iniciais e subsequentes no programa. Nos últimos quatro anos fiscais (ano fiscal de 2000, quando teve lugar o primeiro Fórum de Pequenos Estados, até ao ano fiscal de 2003), os EAPs representaram um quarto das operações de empréstimo do Banco Mundial aprovadas para pequenos estados. Ao abrigo de um EAP “horizontal”, desenvolvido para proporcionar, com mais eficácia e rentabilidade, o programa de empréstimo do Banco nas Caraíbas, cada fase do programa corresponde à inclusão em sequência de um

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novo país (ou países) participante. Enquanto que o foco do programa geral ao abrigo de um EAP horizontal é o mesmo, cada país pode adaptar a sua fase às necessidades nacionais. Os projectos para a OECO em gestão de desastres, educação e VIH/SIDA adoptaram esta abordagem. O modelo foi adoptado pela Região Africana do Banco Mundial para proporcionar o programa de Prevenção e Controlo do VIH/SIDA de vários países, ao abrigo do qual as operações para Cabo Verde e Gâmbia foram aprovadas. No Pacífico, os Empréstimos Adaptáveis aos Programas de Gestão de bens Infraestruturais de Samoa já vão na segunda fase. B. Apoiar Iniciativas Regionais 7. Nas Caraíbas, a assistência do Banco Mundial apoia as abordagens coordenadas e sub-regionais na educação secundária, telecomunicações, VIH/SIDA e gestão de desastres. Um dos primeiros projectos a adoptar esta abordagem, o Projecto de Resíduos de Navios e Sólidos da OECO, encerrou em Junho de 2003 e o Banco participou num simpósio em Granada para assinalar a sua conclusão. Através do “Development Grant Facility” (Serviço de Empréstimo para o Desenvolvimento), o Banco continua igualmente a fornecer apoio ao Centro de Assistência Técnica Regional das Caraíbas (CATRC) sediado em Barbados, um programa gerido pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) que ajuda a criar capacidade em gestão macro-económica. O Banco preparou igualmente uma análise sub-regional de gestão financeira e aquisições na OECO. Em Maio de 2003, o Banco, com a ajuda do Programa de Despesas Públicas e Contabilidade Financeira (uma parceria financiada em conjunto pelo Banco Mundial, pelo Departamento de Desenvolvimento Internacional do Reino Unido, pela Comunidade Europeia e pela Suíça), organizou uma workshop para discutir a Avaliação da Contabilidade Financeira dos Países e a Análise da Avaliação das Aquisições dos Países, ambas da OECO. Mais de 40 países de departamentos relevantes dos Ministérios das Finanças e do Planeamento participaram, juntamente com quase 20 doadores e organizações regionais. Esta actividade foi seguida de outra workshop financiada pelo Banco para os Directores de Auditoria da OECO, organizada pelo Banco Central das Caraíbas Orientais. O plano de acção regional resultante na função de auditoria será apresentado aos Chefes de Governo da OECO, no Outono de 2003. 8. No Pacífico, durante o ano fiscal de 2004, o Banco estará a preparar a sua segunda Estratégia Regional das Ilhas do Pacífico, no seguimento da estratégia de Maio de 2000. Como contributo para a estratégia, o Departamento de Avaliação de Operações independente do Banco encontra-se a conduzir uma revisão do apoio do Banco aos países das Ilhas do Pacífico. A nova estratégia irá explorar a forma como, a nível regional e específico do país, o Banco pode apoiar áreas como a reforma do serviço público, infra-estruturas, comércio, desenvolvimento humano e adaptação às alterações climáticas. O Banco irá igualmente continuar a participar nas reuniões regionais como, por exemplo, a Assembleia de Ministros da Economia do Fórum anual onde, em Junho de 2003 nas Ilhas Marshall, o principal economista regional do Banco falou aos participantes acerca das expectativas regionais e das dificuldades nas áreas do comércio, reforma do sector público e desenvolvimento do sector privado. Além disso, durante 2002-2003, o Banco desempenhou um papel preponderante no trabalho com outros parceiros e organizações regionais na convocação da Primeira e Segunda Consulta de Adaptação ao Alto Nível, abrindo o caminho para o consenso regional sobre alterações climáticas e estratégias de adaptação à gestão do risco e o potencial estabelecimento de um Serviço de Adaptação Regional. 9. Na região da África, o Banco continua a apoiar as entidades regionais como, por exemplo, a Comunidade Económica e Monetária da África Central (CEMAC), que inclui dois pequenos estados (Gabão e Guiné Equatorial), e a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (CDAA), que inclui seis pequenos estados (Botswana, Lesoto, Maurício, Namíbia, Seicheles e Suazilândia). Durante o ano fiscal de 2003, o Banco preparou uma estratégia de assistência à integração regional para a

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CEMAC. Uma estratégia regional para a CDAA será desenvolvida no ano fiscal de 2004. O Banco, em conjunto com o FMI, a União Europeia (UE) e o Banco Africano de Desenvolvimento, continua igualmente a apoiar a Iniciativa Além-Fronteiras (IAF), cujo objectivo é promover o investimento privado, comércio e pagamentos na África Oriental e Austral e Oceano Índico, e encorajar uma maior integração na economia mundial. A IAF é uma estrutura de políticas acordadas em conjunto que serão adoptadas por um sub-conjunto voluntário de países dentro das disposições regionais existentes, tais como o Mercado Comum da África Oriental e Austral, a CDAA e a Comissão do Oceano Índico. Actualmente, encontram-se a participar 14 países-membros, incluindo cinco pequenos estados (Comores, Maurício, Namíbia, Seicheles e Suazilândia). C. Fazer Baixar os Custos dos Desastres Naturais e Melhorar a Gestão de Riscos 10. Os quatro projectos de gestão de desastres da OECO aprovados seguidos do furacão “Georges” encontram-se agora prestes a serem concluídos — um foi encerrado, dois estão previstos para concluir as actividades no Outono de 2003 e o último será encerrado em 2004. O trabalho no Projecto de Gestão de Riscos de Catástrofes Naturais e de Seguros das Caraíbas foi adiado; o projecto aguarda uma determinação final dos restantes países a participar antes de poder ser lançado. No Pacífico, o Projecto de Gestão e Recuperação de Emergência do Ciclone Tonga, o Segundo Projecto de Gestão de Bens Infraestruturais de Samoa e o Projecto de Adaptação de Quiribati estão a ajudar os países a reforçarem os seus processos de gestão de riscos. Tal inclui prontidão, resposta e recuperação através de serviços consultivos, formação e desenvolvimento de uma estratégia de mitigação de risco para riscos naturais e alteração climática, integrando a adaptação a alterações climáticas no planeamento económico nacional; estabelecimento de um sistema moderno de informação terrestre e espacial e a implementação e disseminação de códigos de construção. 11. Gestão de Desastres e Gestão de Riscos dos Produtos Básicos. O Serviço de Gestão de Desastres (SGD), uma unidade central no seio do Banco Mundial, proporciona assistência técnica, orientação de política, produção de conhecimentos e formação ao pessoal do Banco e governos clientes, com o objectivo de integrar a gestão de riscos de desastres naturais nas actividades de desenvolvimento. Os estudos recentes do SGD, centrados nos pequenos estados, incluem uma publicação nas ligações entre a gestão ambiental e de desastres em Dominica, Santa Lúcia e República Dominicana e um caso estudado em Dominica que documenta os impactos económicos e de desenvolvimento a longo prazo dos desastres naturais nesse país.4 No Pacífico, o Banco mandou realizar um estudo, levado a efeito pela Comissão Geocientífica do Sul do Pacífico, sobre a possibilidade de estabelecimento de um plano de seguros para catástrofes. A “Task Force” Internacional (TFI) sobre Gestão de Riscos dos Produtos Básicos nos Países em Desenvolvimento, convocada pelo banco pela primeira vez em 1999, trabalha com pequenos produtores nos países em vias de desenvolvimento, de modo a ajudá-los a obter acesso aos mercados de gestão de riscos internacionais a fim de gerir melhor os riscos meteorológicos e preços.5 O Grupo de Gestão de Produtos Básicos do Banco serve como o secretariado operacional da TFI e encontra-se a trabalhar com parceiros internos e externos a fim de desenvolver e implementar uma estratégia para o fornecimento de instrumentos de gestão de riscos de preços. Embora os projectos ainda não tenham sido testados em pequenos estados, as lições recebidas dos projectos noutros países (por exemplo, estudos piloto em curso no sector do café no Uganda, na Tanzânia e na Nicarágua) podem ser úteis. 4 Estes estudos, em conjunto com outras publicações e ferramentas do SGD, encontram-se disponíveis no website do SGD:

www.worldbank.org/dmf . 5 As informações acerca da “Task Force” Internacional sobre Gestão de Riscos de Produtos Básicos encontram-se disponíveis em

www.itf-commrisk.org/.

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D. Proteger o Ambiente Físico 12. O Banco Mundial foi um participante activo na Cimeira Mundial de Joanesburgo sobre o Desenvolvimento Sustentável e apoia o desenvolvimento sustentável através, inter alia, de empréstimos, do TES e do Fundo para o Ambiente Global (FAG).6 Para além de projectos contínuos em vários pequenos estados, os projectos do FAG foram aprovados durante o ano fiscal de 2003 para apoiar a gestão costeira e a biodiversidade na Guiné-Bissau; preservar as reservas naturais nas ilhas de elevada biodiversidade nas Seicheles; e apoiar a conservação da biodiversidade e o desenvolvimento da participação na Suazilândia. Encontra-se em curso um trabalho preliminar para ajudar São Tomé e Príncipe a reforçar a regulamentação, estratégia e leis ambientais, de modo a que as operações possíveis do FAG possam ser efectuadas num futuro próximo. Dois projectos do FAG, Gestão do Ecossistema baseada na Comunidade Integrada e Conservação da Biodiversidade Costeira, encontram-se em preparação para a Namíbia. O FAG encontra-se igualmente a ajudar Granada e Santa Lúcia na gestão sustentável de áreas marítimas e terrestres ambientalmente sensíveis, seleccionadas como um meio de preservação da herança natural, apoiando simultaneamente o crescimento do turismo. O Banco continua a preparar um projecto do FAG para criar um Sistema de Área Protegida Nacional na Guiana e encontra-se a trabalhar num documento de estratégia rural e ambiental para a Jamaica. Na área de adaptação à alteração climática, foi aprovado um projecto do FAG para a Adaptação de Integração das Alterações Climáticas para vários estados baixos das Caraíbas, incluindo Antígua e Barbuda, Bahamas, Barbados, Belize, Dominica, Granada, Guiana, Jamaica, S. Cristóvão e Neves, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas, e Trinidade e Tobago, e o FAG encontra-se igualmente a ajudar os estados das Caraíbas a criar a sua capacidade de adaptação a alterações climáticas, mediante uma operação de seguimento para um projecto regional concluído com sucesso. O Banco encontra-se a trabalhar com Quiribati para a integração de adaptação a alterações climáticas num planeamento económico nacional e para levar a efeito um processo de consulta e consenso nacional sobre a adaptação de soluções para proteger a população dos atóis provocados pela subida do nível do mar e variações climáticas. Na região ocidental do Oceano Índico, um Projecto de Verificação do Recife de Coral Regional, financiado em conjunto pelos países participantes, pelo Programa Ambiental Regional da Comissão do Oceano Índico e pela UE, tem como objectivo estabelecer um sistema fiável e viável de verificação de recifes corais, criando e reforçando a capacidade da Rede de Recife Regional existente. Dos 18 nós globais, este é um dos cinco que se encontram totalmente operacionais e a produzir dados que são reconhecidos como sendo satisfatórios a nível internacional. No Pacífico, o Banco encontra-se a prestar assistência ao governo de Palau na criação de capacidades nas economias ambientais para avaliar os custos e benefícios das opções na gestão costeira. E. Apoiar o Desenvolvimento do Sector Privado 13. No ano fiscal de 2003, a Sociedade Financeira Internacional (SFI), o braço financeiro do sector privado do Banco Mundial, aprovou projectos do sector privado em quatro pequenos estados — Botswana, Jamaica, Maurício e Trinidade e Tobago — na exploração mineira, no sector financeiro e nos serviços públicos.7 A SFI realizou compromissos prévios noutros pequenos estados (Barbados, Belize, Cabo Verde, Chipre, Estónia, Fiji, Gabão, Gâmbia, Granada, Guiné-Bissau, Guiana, Maldivas, Namíbia, Samoa, Seicheles, Suazilândia e Vanuatu) para o desenvolvimento do mercado financeiro, empresas de turismo, alimentação e negócio agrícola, transporte, fabrico e sector da saúde.

6 As informações acerca do FAG encontram-se disponíveis em www.gefweb.org; para obter informações adicionais acerca dos

projectos do FAG do Banco Mundial visite o endereço www.worldbank.org/gef. 7 As informações acerca da SFI encontram-se acessíveis em www.ifc.org.

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14. Serviço de Assessoria ao Investimento Estrangeiro. No ano fiscal de 2003, o Serviço de Assessoria ao Investimento Estrangeiro (SAIE) conjunto do Banco Mundial/SFI foi activo em vários pequenos estados.8 O SAIE levou a cabo algumas avaliações e proporcionou consultoria em barreiras administrativas para investimento privado em Cabo Verde e Guiné-Bissau; reviu aspectos da política de investimento (por exemplo, legislação e instituições) nas Maldivas, Palau e Timor-Leste; ajudou o Butão a operacionalizar a sua política de investimento; reviu o código de impostos proposto de São Tomé e Príncipe no seguimento das recomendações prévias do SAIE; e reviu a estratégia de promoção do investimento estrangeiro do Suriname. A nível regional, o SAIE proporcionou assistência à CDAA, ajudando a desenvolver um instrumento para solicitar opiniões dos países-membros sobre as políticas de investimento directo estrangeiro; bem como ao Pacífico, apresentando documentos sobre parcerias privadas-públicas e fraude de investidor na reunião do Secretariado do Fórum de 2003, e concluindo o último de uma série de programas de formação sobre gestão e recolha de dados. 15. Outros Projectos da SFI. O Serviço de Projecto do Pacífico Sul (SPPS) gerido pela SFI continua igualmente a ajudar as pequenas e médias empresas nas Ilhas do Pacífico.9 No ano fiscal de 2003, o SPPS concluiu 33 projectos para os quais se efectuou uma angariação de fundos, 20 projectos de assistência técnica, duas workshops e avaliações do sector privado em 11 países. Os projectos relacionados com sectores — pesca, turismo, serviços, fabrico, negócio agrícola, infra-estruturas e transporte marítimo — foram concluídos em Fiji, Ilhas Marshall, Palau, Samoa, Ilhas Salomão e Tonga. O Serviço de Desenvolvimento do Projecto de África (SDPA) apoiado pela SFI permanece activo na Gâmbia. Ao abrigo dos seus Serviços de Assessoria de Negócios, o Accra SDPA concluiu 10 projectos desde o início de operações em 1987, resultando na mobilização de aproximadamente $10 milhões no financiamento, criação ou preservação de cerca de 587 postos de trabalho, e na produção de aproximadamente $6 milhões em receitas de exportação. Além disso, o objectivo da campanha de financiamento para o Fundo Limitado de Parceiros de Investimento Pan-Africanos, lançada na Assembleia de Chefes de Governo da Commonwealth, em Março de 2002, é atingir um primeiro fecho com cerca de $42,5 milhões antes do final de 2003. O fundo concentrar-se-á em atrair investimento do sector privado no continente. Até agora, o Secretariado da Commonwealth, a SFI, o Banco do Desenvolvimento da África Austral e o organismo de ajuda holandês aprovaram os investimentos no fundo. 16. Avaliações do Clima de Investimentos. Como parte da estratégia de Desenvolvimento do Sector Privado de 2002 do Grupo do Banco Mundial,10 as Avaliações de Clima de Investimentos (ACIs) foram introduzidas como uma ferramenta sistemática para melhor identificar as características do clima de investimentos mais importantes para a produtividade e, por conseguinte, o aumento de rendimentos, especialmente para os homens e mulheres pobres; registar alterações no clima de investimentos num país; e comparar países ou regiões em países. As ACIs centram-se nas dimensões micro-económica e estrutural do ambiente de negócios de uma nação, visto numa perspectiva internacional. As ACIs observam em pormenor os factores que restringem o funcionamento de mercados de produtos, mercados de factor financeiro e não-financeiro e serviços de infra-estruturas, incluindo os pontos fracos no quadro jurídico, regulamentar e institucional de uma economia. As ACIs proporcionam igualmente ferramentas e estrutura analítica para identificar as prioridades de reforma no clima de investimentos de um país, ligando restrições a produtividade e custos ao nível de empresas. As ACIs encontram-se preparadas em parceria com o governo, representantes do sector privado no país e outros doadores. Em apoio a todas as

8 As informações acerca do SAIE encontram-se disponíveis em www.fias.net. 9 As informações acerca do Serviço de Projecto do Pacífico Sul encontram-se disponíveis em sppf.ifc.org/. 10 Private Sector Development Strategy—Directions for the World Bank Group, 16 de Abril de 2002, disponível em

www.worldbank.org/privatesector/.

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ACIs encontra-se um instrumento de inquérito de clima de investimentos padrão. Até à data, foi concluída uma ACI para um pequeno estado (Butão).11 17. Base de Dados “Fazer Negócios”. Em 2003, o Grupo do Banco Mundial começou igualmente a desenvolver uma base de dados “Fazer Negócios” (“Doing Business”). A base de dados fornece indicadores do custo de negócios em países, através da identificação de regulamentos específicos que aumentam ou restringem o investimento, a produtividade e o crescimento empresarial. A recolha de dados é efectuada principalmente através do estudo de leis e regulamentos existentes em cada economia; entrevistas orientadas com reguladores ou profissionais do sector privado em cada tópico; e disposições cooperativas com outros departamentos do Banco, agências doadoras, empresas de consultoria privadas e associações de negócios e direito. De entre os tópicos iniciais abrangidos incluem-se os mercados de crédito, regulamentos de adesão, falência, aplicação de contratos e regulamentos laborais. As adições em 2004 serão o problema burocrático, a administração empresarial e titularidade de bens. A tributação, infra-estruturas comerciais e protecção de bens estão planeadas para 2005. Uma vez publicado, cada tópico será actualizado anualmente. Em 2004, o conjunto original de 110 países será aumentado para 140, incluindo as nove economias das Ilhas do Pacífico e alguns estados das Caraíbas.12 F. Tecnologia da Informação e Comércio Electrónico 18. No ano fiscal de 2003, o Banco Mundial aprovou um Projecto de Assistência Técnica de Reforma do Sector das Telecomunicações e Correios para Samoa. O projecto fornece apoio para introduzir competição e participação privada no sector através de reformas regulamentares e assistência de gestão de projectos; reforçar a capacidade regulamentar institucional; e melhorar a provisão de serviços em áreas seleccionadas. Com o apoio do Projecto de Reforma de Telecomunicações da OECO, a Autoridade de Telecomunicações das Caraíbas Orientais (ATCO) — a primeira autoridade de telecomunicações regional no mundo — encontra-se agora totalmente operacional e a orientar a liberalização do mercado de telecomunicações na região. As taxas de telecomunicações começaram a entrar em declínio e a qualidade de serviço começa a revelar sinais de melhoria. Estes melhoramentos do serviço de sector suportam o trabalho continuo no desenvolvimento de uma iniciativa inovadora de ensino à distância na região. Conforme debatido nos propostos “Centros de Excelência das Caraíbas” há planos para ligar as instituições terciárias de educação das Caraíbas às redes de ensino à distância até ao final de 2003. O foco inicial residirá na abordagem de questões de capacidade no sector público, formação de professores e formação em novas indústrias de serviço. Igualmente nesta área, o Botswana continua a beneficiar do programa “World Links for Development” (Ligações Mundiais para o Desenvolvimento), originalmente financiado pelo Instituto do Banco Mundial (IBM), o braço de ensino do Banco.13 O programa World Links, agora conhecido como “ICT for Development” e gerido por uma organização não lucrativa e não governamental, encontra-se a implementar planos para ligar escolas secundárias a uma rede global para ensino através da Internet. Trabalhando estreitamente com o Ministério da Educação, o programa ligou 15 escolas secundárias no Botswana. As escolas encontram-se espalhadas pelo país, desde centros urbanos a aldeias rurais remotas. Quatro eventos de formação importantes tiveram lugar no ano passado e 15 directores de escolas, 30 coordenadores de professores e 100 professores receberam formação na utilização do programa ICT na educação ao nível escolar. Foram introduzidos programas de cultura informática formais em metade das escolas, com trabalho adicional nos laboratórios de computadores fora do horário normal da escola. No Pacífico, o Serviço InfoDev do Banco está a financiar a PestNet, uma forma de ligar os agricultores de áreas remotas das 11 Consulte Bhutan Private Sector Survey, 14 de Junho de 2002, disponível em

http://www.worldbank.org/html/fpd/privatesector/ic/country_reports/Private%20Sector%20Development_files/Bhutan.pdf 12 Para obter informações adicionais, visite o endereço http://rru.worldbank.org/doingbusiness. 13 As informações acerca do IBM encontram-se acessíveis em www.worldbank.org/wbi.

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Ilhas Salomão a peritos internacionais especializados em gestão de pestes, através de ligações por correio electrónico estabelecidas através da rádio e de computadores solares. G. Facilitar a Partilha de Conhecimentos 19. Através da utilização de técnicas cara-a-cara tradicionais e ensino à distância, o IBM oferece cursos, seminários e consultoria de política a clientes, parceiros e pessoal em apoio à aprendizagem e conhecimento. Cada vez mais, o IBM e seus parceiros proporcionam programas de ensino - através da Rede Mundial de Aprendizagem sobre o Desenvolvimento (RMAD), uma parceria de centros de ensino à distância em crescimento (Centros RMAD) e outras organizações públicas, privadas e não governamentais em todo o mundo.14 Oferecendo uma combinação única de métodos e tecnologias de ensino à distância, a RMAD facilita a partilha atempada e rentável de conhecimentos, consulta, coordenação e formação. Actualmente localizados em mais de 60 países, os Centros da RMAD serão brevemente localizados na maior parte do mundo em desenvolvimento e em muitos países da OCED. O primeiro Centro da RMAD num pequeno estado tem estado a operar em Dili, Timor-Leste, desde Março de 2002. Conforme discutido acima, existem planos para ligar as instituições de educação terciária das Caraíbas à rede, no final de 2003. Com o objectivo de criar a capacidade das instituições timorenses, os programas proporcionados através do centro de Dili incluíram uma série de debates regionais nos quais foram abordadas as questões do VIH/SIDA; trocas de estratégias para alcançar o rastreio da sociedade rural, pobre e civil; um seminário sobre a administração e desenvolvimento; e cursos intensivos sobre gestão e liderança, técnicas de escritório e língua portuguesa. Financiado conjuntamente pelo Banco Mundial e pelo Banco Asiático de Desenvolvimento (BAD), o Governo de Portugal, assim como o governo da Austrália, também apoia o Gerente da DLC e disponibiliza fundos para o desenvolvimento e prestação de conteúdos. As Ilhas Maurício manifestaram recentemente o seu interesse na estruturação de um programa gerido pelo IBM, centrado no fornecimento de competências e parcerias e na utilização de infra-estruturas técnicas globais para partilhar conhecimentos, através da utilização de um centro de ensino à distância gerido nas Ilhas Maurício que possa tronar-se filial da RMAD. A equipa da “Development Gateway” da Jamaica concluiu a fase de planeamento do portal e encontra-se agora concentrada em envolver parceiros no desenvolvimento de conteúdo local nas áreas da agricultura, processamento agrícola, turismo comunitário e educação de infância. Os parceiros estão igualmente a ser solicitados para integração na sociedade civil e consciencialização e assistência de financiamento.15 A utilização de um portal da “Development Gateway” de Guiana encontra-se igualmente a ser considerada. O Website de Pequenos Estados, que foi disponibilizado ao público em Setembro de 2000, continua a ser uma fonte de informação valiosa: recebeu uma média de 530 visitas por dia durante o ano findo a 31 de Julho de 2003.16 H. Questões Relacionadas com o Sector Financeiro e Comércio 20. Actividades do Sector Financeiro. As avaliações do sector financeiro ao abrigo do Programa de Avaliação do Sector Financeiro (PASF) conjunto do Banco Mundial/FMI são contínuas ou foram concluídas para quatro pequenos estados — Estónia, Gabão, Malta e Maurício.17 Encontra-se em curso um PASF para Barbados e, no ano fiscal de 2004, será levado a cabo um PASF cobrindo os pequenos estados da OECO. Uma selecção de Relatórios sobre a Observância de Padrões e Códigos (ROPCs), que avaliam a conformidade com práticas fiscalizadoras e regulamentares sólidas no sector financeiro,

14 As informações acerca da RMAD encontram-se disponíveis em www.gdln.org/. 15 As informações acerca da “Development Gateway” encontram-se disponíveis em www.developmentgateway.org . 16 O Website de Pequenos Estados é acessível através de www.worldbank.org/smallstates. 17 As informações adicionais e relatórios de países encontram-se disponíveis em

http://www1.worldbank.org/finance/html/fsap.html.

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conforme incluídas nos principais padrões e códigos internacionais, é levada a cabo como parte do PASF. Nas Ilhas Maurício, por exemplo, os ROPCs foram redigidos para administração, regulação de seguro e práticas de auditoria e contabilidade. Em 2002, os Conselhos de Administração do Banco e do FMI aprovaram a adição das 40+8 recomendações da “Task Force” de Acção Financeira sobre o combate ao branqueamento de capitais e ao financiamento do terrorismo (CBC/FT) para a lista de áreas e padrões e códigos associados, potencialmente úteis para o trabalho operacional das duas instituições.18 No contexto de um programa piloto com final previsto em Outubro de 2003, encontra-se a ser testada uma metodologia abrangente de avaliação do CBC/FT nos países que participam no PASF. Um grupo de vários doadores chamado FIRST (Financial Reform and Strengthening Initiative) iniciou operações para disponibilizar recursos adicionais a países que procuram assistência, seguidos de avaliações.19 Financiado em conjunto pelo Banco e pelo FMI, mas gerido de forma independente, o FIRST tenta oferecer aos países assistência técnica nas áreas relacionadas com a reforma do sector financeiro.

21. Diálogo sobre Imposto Internacional. Em Julho de 2003, o Banco Mundial, o FMI e a OCED assinaram um Memorando de Entendimento, a fim de estabelecer um Diálogo sobre o Imposto Internacional (DIT). O objectivo do DIT é promover um diálogo internacional eficaz entre os governos, concedendo a todos os países — incluindo os pequenos estados — a oportunidade de participarem na discussão sobre questões de administração e política de impostos. O DIT irá igualmente identificar e partilhar boas práticas e proporcionar um foco mais claro para assistência técnica sobre questões de impostos. De modo a facilitar o diálogo, uma rede de comunicação mundial, interactiva e em tempo real, (a ITDWEB), com acesso para as autoridades de impostos nacionais e organizações internacionais participantes, estará disponível on-line em Setembro de 2003.20 Uma base de dados de assistência técnica fornecerá informações acerca da assistência técnica relacionada com impostos fornecidos por organizações doadoras multilaterais e bilaterais de todo o mundo. Prevê-se a organização da primeira conferência global de DIT relacionado com a questão do imposto sobre o valor acrescentado, em Setembro de 2004. 22. Programa de Trabalho Comercial. O trabalho do Banco Mundial no comércio tem dois objectivos centrais.21 Ao nível global, o Banco defende a introdução de alterações ao sistema de comércio mundial, de modo a que apoie mais o desenvolvimento, especialmente nos países mais pobres e para as pessoas pobres no mundo em vias de desenvolvimento. Tal inclui a colaboração com a Organização Mundial do Comércio (OMC), outras agências multilaterais, governos nos países em vias de desenvolvimento, doadores e organizações não governamentais. A colaboração tem como objectivo apoiar um resultado pré-desenvolvimento para a agenda de Desenvolvimento de Doha, bem como trabalhar com parceiros, a fim de maximizar o impacto do desenvolvimento dos acordos comerciais regionais. Ao nível do país, o Banco apoia os países em desenvolvimento nos seus esforços para melhorar as suas próprias políticas, instituições e infra-estruturas (isto é, estradas, portos e telecomunicações), de modo a utilizar o comércio para ajudar a estimular o crescimento e reduzir a pobreza. Este trabalho inclui a assistência estratégica a clientes em apoio às reformas relacionadas com o comércio a favor dos pobres, com especial atenção para os países de baixos rendimentos que têm mais necessidade do apoio do Banco. Para este fim, o Banco continua a gerir estudos de diagnóstico de comércio como parte da Estrutura Integrada para Assistência Técnica Relacionada com o Comércio de vários doadores. Em Setembro de 2003, os estudos de diagnóstico de comércio estarão concluídos ou perto da respectiva conclusão, para 13 países, incluindo dois pequenos estados (Djibouti e Lesoto, com o

18 As informações adicionais encontram-se disponíveis em www1.oecd.org/fatf/. 19 As informações adicionais encontram-se disponíveis em http://www.firstinitiative.org/. 20 ITDWEB é acessível através de http://www.itdweb.org/. 21 As informações adicionais acerca do programa de trabalho de comércio do Banco Mundial encontram-se disponíveis em

www.worldbank.org/trade.

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estudo anterior gerido pelo PNUD). No ano fiscal de 2003, para além da vasta gama de actividades de pesquisa levadas a cabo pelo departamento de comércio central do Banco, os departamentos regionais do Banco do Sudeste Asiático e Pacífico, Médio Oriente e Norte de África, e Sul da Ásia produziram os relatórios mais importantes sobre o comércio. Os departamentos regionais do Banco da África, Europa e Ásia Central, América Latina e Caraíbas realizaram igualmente estudos sobre o comércio ao nível sub-regional e de país, concentrando-se em várias questões, incluindo o regionalismo e facilitação do comércio. 23. Reunião Ministerial de Cancun. Em conformidade com o seu papel de advocacia, o Banco Mundial irá participar na Reunião Ministerial de Cancun da OMC, em Setembro de 2003. Em Cancun, o Banco irá organizar um seminário em conjunto com o Centro Internacional para o Comércio e o Desenvolvimento Sustentável, que irá centrar-se nas políticas comerciais e nos Objectivos de Desenvolvimento no Milénio e comércio para ajuda. O Banco irá igualmente apresentar conclusões principais do seu relatório anual sobre Expectativas Económicas Globais, para 2004, centrado no comércio.

III. ACTUALIZAÇÃO SOBRE OS PROGRAMAS PARA OS PAÍSES QUE SÃO PEQUENOS ESTADOS

24. Nesta secção são revistos os DERPs preparados por pequenos estados elegíveis pela AID, EAPs preparadas pelo Banco para os pequenos estados e operações de empréstimo do Banco e o TES em pequenos estados. Estas actividades fundamentais ajudam a levar a cabo os temas da estrutura de assistência do Banco.22 A secção discute igualmente a abordagem particular aos Países de Baixo Rendimento Sob Pressão (PBRSP). A. Documentos de Estratégia de Redução de Pobreza 25. A abordagem dos DERPs para reduzir a pobreza nos países de baixo rendimento, lançada em Setembro de 1999,23 promove um foco de país, participativo, orientado para resultados, abrangente e a longo prazo, a expressão operacional de princípios da Estrutura de Desenvolvimento Abrangente.24 Constituindo uma estrutura para toda a assistência a doadores, os DERPs fornecem a base para a assistência concessional do Banco Mundial e do FMI, bem como para a redução de dívidas, ao abrigo da Iniciativa Países Pobres Altamente Endividados (PPAE).25 Com início em Julho de 2002, espera-se que as EAPs para mutuários elegíveis pela AID sejam baseadas em DERPs (com Relatórios de Progresso de EAP preparados até um país concluir o seu DERP). Caso haja um atraso na preparação de um DERP total, os países poderão preparar DERPs provisórios (DERP-Ps), descrevendo a sua estratégia de desenvolvimento de país existente, com base em dados disponíveis, de modo a evitar o atraso no acesso a assistência concessional ou redução provisória dos PPAE. Uma vez que um DERP completo é concluído, os países preparam Relatórios de Progresso anuais de DERP sobre implementação. No ano fiscal de 2003, a seguir à conclusão de DERP-Ps, a Gâmbia e a Guiana concluíram os primeiros DERPs completos preparados por pequenos estados (consulte a Caixa 1). No seguimento dos seus DERP-Ps,

22 A análise nesta secção baseia-se na lista de estados do relatório da “Task Force” com uma população de menos de 1,5 milhões,

incluindo Jamaica, Lesoto, Namíbia e Timor-Leste, que tornou-se membro do Banco Mundial em Julho de 2002. 23 Consulte o Comunicado do Comité de Desenvolvimento de 27 de Setembro de 1999, acessível através de

www.worldbank.org/devcom; as informações adicionais acerca dos DERPs encontram-se disponíveis em www.worldbank.org/prsp.

24 As informações adicionais acerca da Estrutura de Desenvolvimento Abrangente encontram-se disponíveis em www.worldbank.org/cdf.

25 Cinco pequenos estados — Comores, Gâmbia, Guiné-Bissau, Guiana e São Tomé e Príncipe — estão actualmente elegíveis para redução de dívidas ao abrigo da Iniciativa PPAE. As informações adicionais acerca da Iniciativa PPAE encontram-se disponíveis em www.worldbank.org/hipc.

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Cabo Verde, Djibouti e Lesoto concluíram relatórios de estado sobre o progresso para a conclusão dos seus DERPs completos. A Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe já tinham anteriormente concluído os seus DERP-Ps. No ano fiscal de 2004, o Butão, Cabo Verde, Djibouti, Guiné-Bissau, Lesoto, as Maldivas e São Tomé e Príncipe planeiam concluir DERPs completos. As Comores e Dominica planeiam concluir DERP-Ps. A Gâmbia planeia concluir o seu primeiro Relatório de Progresso anual de DERP. Caixa 1. DERPs de Pequenos Estados

B 2CDdemapdRsuEEdpTdas 26

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Gâmbia. O DERP da Gâmbia é constituído por cinco pilares principais: (i) melhorar o ambiente de políticafavorável para promover o crescimento e a redução da pobreza; (ii) aumentar a capacidade produtiva e a protecçãosocial dos pobres e vulneráveis; (iii) melhorar a cobertura das necessidades básicas insatisfeitas dos pobres; (iv)criar capacidade para o desenvolvimento local e centrado nas pessoas através da descentralização; e (v) integrarigualdade de sexos, questões ambientais, nutrição, administração e consciencialização do VIH/SIDA em todos osprogramas de desenvolvimento. O DERP beneficiou de um forte processo participativo e de uma boa análise dapobreza; identificou igualmente a necessidade de assistência técnica para reforçar a capacidade institucional. Asáreas identificadas para trabalho posterior durante a implementação pela Avaliação de Pessoal Conjunta do BancoMundial/FMI incluem o aperfeiçoamento das prioridades sectoriais, desenvolvimento de uma estrutura dedespesas a médio prazo e melhores ligações entre as despesas de DERP e o orçamento nacional.

Guiana. O DERP da Guiana reside em sete pilares: (i) crescimento económico de base larga e gerador de postosde trabalho; (ii) protecção ambiental; (iii) instituições mais fortes e melhor administração; (iv) investimento nocapital humano, com ênfase na educação básica e saúde primária; (v) investimento no capital físico, com ênfase noaprovisionamento melhor e mais vasto de água saudável e saneamento; (vi) redes de segurança melhoradas; e (vii)programas de intervenção especiais para abordar pacotes regionais de pobreza. Conforme descrito na Avaliação dePessoal Conjunta, o DERP da Guiana proporciona uma base sólida para apoiar a implementação de políticas deredução de pobreza eficazes. Os resultados de sucesso requererão melhoramentos contínuos na definição deprioridades, concepção de políticas, acordos institucionais para implementação e ligações entre política, despesas eobjectivos.

. Estratégias de Assistência a Países

6. A EAP é o plano de negócios que orienta as actividades do Grupo do Banco Mundial num país. om início na própria visão do país dos seus objectivos de desenvolvimento (conforme estipulado num ERP ou outro documento de estratégia de país), a EAP inclui o diagnóstico do Banco sobre a situação e desenvolvimento do país e estabelece o programa selectivo de serviços de empréstimo e não-

préstimo do Grupo do Banco — concebido em consulta com o governo e outros accionistas — para oiar a visão do país. No ano fiscal de 2003, o Conselho de Administração do Banco discutiu quatro

ocumentos de EAP26 para pequenos estados. Este incluíram EAPs para a Gâmbia e a Guiana, um elatório de Progresso de EAP para a Jamaica e a estratégia de assistência de integração regional pramencionada para a CEMAC (consulte a Caixa 2). Desde o ano fiscal de 1991, quando o formato de

AP actual foi introduzido, foi discutido pelo Conselho de Administração um total de 57 documentos de AP de pequenos estados, ou uma média de quatro por ano fiscal. Todos, excepto um sujeito à política e divulgação de EAP de Agosto de 1998, foram disponibilizados ao público.27 Planeados para o resente ano fiscal (1 de Julho de 2003 a 30 de Junho de 2004) estão as EAPs para a Jamaica, o Lesoto e imor-Leste; Relatórios de Progresso de EAP para Djibouti, OECO e Trinidade e Tobago; Estratégias e Apoio Transitório para as Comores e Guiné-Bissau; e as estratégias regionais supramencionadas para Ilhas do Pacífico e CDAA.

Os documentos de EAP incluem EAPs completas, Relatórios de Progresso de EAP, Estratégias de Apoio de Transição (para

situações pós-conflito) e Notas de Re-compromisso de País (para Países de Baixo Rendimento Em Stress). As EAPs divulgadas ao público encontram-se disponíveis em www.worldbank.org/cas.

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Caixa 2. EAPs de Pequenos Estados Recentes

Gâmbia. Preparada no âmbito da estrutura de DERP, a EAP da Gâmbia concentra-se selectivamente em três doscinco pilares do DERP, propondo actividades com vista a melhorar a gestão das despesas públicas, aumentar aigualdade e a qualidade do fornecimento de serviço e promover o crescimento privado liderado por sector. Otrabalho analítico planeado inclui uma Avaliação do Sector Privado, bem como estudos centrados nomelhoramento da gestão das despesas públicas através da descentralização. O cenário básico para o estudo de casopropõe financiamento para a saúde, educação, desenvolvimento rural, melhoramento do fornecimento de serviço edesenvolvimento do sector privado.

Guiana. Igualmente preparada no âmbito da estrutura do DERP, a EAP da Guiana baseou-se no processo econsultas do DERP do país. A EAP resultante apoia as autoridades na implementação da agenda de reforma depolítica de DERP, através de um programa de Créditos de Apoio à Redução da Pobreza (CARPs), que forneceapoio orçamental em linha com os objectivos do DERP. A EAP descreve o papel do Banco no melhoramento dacoordenação dos doadores.

Jamaica. O Relatório de Progresso de EAP da Jamaica proporcionou uma actualização da implementação da EAPde 2000, descrevendo uma continuação dessa estratégia, centrada em reformas nos sectores financeiro e social,para um ano adicional.

CEMAC. A estratégia regional da CEMAC, formulada em resposta a um pedido pelos Governadores africanos nasReuniões Anuais de 2000, encontra-se em linha com as direcções de política da CEMAC (isto é, aprofundar aintegração regional, tornando a união alfandegária eficaz, aplicar a convergência de política macro-económica,tentar alcançar a integração do sector financeiro e promover a cooperação nos projectos e políticas de sector). Combase no princípio de que a integração regional pode contribuir para a redução da pobreza, reforçando as ligaçõesentre os países mais pobres sem litoral e os vizinhos costeiros mais prósperos, a estratégia é orientada peloregionalismo aberto, subsidiariedade e participação do sector privado e sociedade civil.

C. Empréstimos 27. As operações de empréstimo aprovadas para pequenos estados durante o ano fiscal de 2003, bem como algumas já aprovadas ou em preparação no ano fiscal de 2004, reforçam os temas do relatório da “Task Force” (consulte a Caixa 3). No ano fiscal de 2003, o Banco aprovou 15 operações de empréstimo para oito pequenos estados — Cabo Verde, Djibouti, Granada, Guiana, Jamaica, Samoa, S. Cristóvão e Neves e Trinidade e Tobago — com compromissos a totalizarem aproximadamente $228 milhões ($161 milhões BIRD, $67 milhões AID). Conforme referido, tal inclui o primeiro CARP de pequenos estados (Guiana). Para cada um dos últimos quatro anos fiscais, o Banco aprovou uma média de 16 operações para 11 pequenos estados, com o total dos compromissos a atingir uma média de $226 milhões ($125 milhões BIRD, $101 milhões AID). Os compromissos variaram de um mínimo de $1 milhão a um máximo de $75 milhões, principalmente para operações de investimento (uma média de apenas três operações de ajustamento foram aprovadas em cada ano fiscal). As regiões das Caraíbas e África contam o número mais elevado das operações aprovadas, com 28 e 21, respectivamente (43 e 32 porcento para compromissos de pequenos estados, respectivamente); seguidas da região de Médio Oriente e Norte de África com sete operações (10 porcento dos compromissos de pequenos estados); o Pacífico com cinco operações (8 porcento de compromissos de pequenos estados); Sul da Ásia com três operações (5 porcento de compromissos de pequenos estados); e Europa/Ásia Central com uma operação (2 porcento de compromissos de pequenos estados). As operações na área de desenvolvimento humano compõem a maior parte dos empréstimos aprovados, totalizando 36 porcento; seguem-se a gestão económica e o sector privado/infra-estruturas com 29 porcento cada; e o sector financeiro totalizou 6 porcento. No final de Julho de 2003, o Banco dispunha de 81 operações activas em 31 pequenos estados, com um valor de compromisso de $1,03 mil milhões.

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28. Fundo Fiduciário para Timor-Leste. O Banco Mundial continua a agir como Administrador para o Fundo Fiduciário de vários doadores para Timor-Leste, administrando projectos financiados por subsídio nos sectores privado, da agricultura, educação, saúde, autonomização comunitária e sector privado enquanto que o BAD administra projectos nas infra-estruturas, micro-finanças e água e saneamento. Dois novos projectos de assistência técnica, que ajudarão o governo a desenvolver capacidade para gerir receitas antecipadas do sector de petróleo, foram aprovados pelo Banco no ano fiscal de 2003. Além disso, o Banco e outros doadores encontram-se a apoiar o Programa supramencionado de Apoio de Transição de vários anos. O Banco administra igualmente vários subsídios de Fundo de Desenvolvimento Institucional e Fundo Pós-Conflito, por exemplo, em apoio à preparação de DERPs e aos esforços do país para estabelecer uma política de veteranos. 29. Graduação. Conforme discutido no relatório da “Task Force” e nos relatórios de progresso anteriores do Banco Mundial, a elegibilidade para um empréstimo do Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) e da Associação Internacional de Desenvolvimento (AID) — em conjunto com o Banco Mundial — baseia-se em vários critérios: rendimento per capita, indicadores sociais, credibilidade e desempenho da política económica e social. Os programas de graduação, tanto para o BIRD como para a AID, são flexíveis e as decisões são reversíveis, conforme demonstrado no ano fiscal de 2001, quando o Conselho de Administração do Banco aprovou o empréstimo do BIRD para a prevenção e controlo do VIH/SIDA a Barbados, que graduou do BIRD em 1993. Ao abrigo do AID13, os representantes de doadores repararam na vulnerabilidade excepcional das pequenas economias de países insulares para os choques económicos externos e desastres naturais prejudiciais e recomendaram a retenção da excepção do critério de rendimento-elegibilidade da AID para pequenos estados insulares que possuem credibilidade limitada para empréstimos do BIRD (AID13 encontra-se em vigor até 30 de Junho de 2005).28

28 Additions to IDA Resources: Thirteenth Replenishment-Final Text (IDA/SecM2002-0488), 17 de Setembro de 2002, acessível

através de www.worldbank.org/ida. As informações adicionais acerca dos termos de elegibilidade do BIRD e da AID encontram-se disponíveis na Política Operacional do Banco Mundial 3.10, Loan Charges, Currencies, and Payment Terms of IBRD Loans and IDA Credits, Anexo D, IBRD/IDA Countries: Per Capita Incomes, Lending Eligibility, and Repayment Terms, acessível através de www1.worldbank.org/operations/WBOPCS/Preports/Report_Annex_D.asp.

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Caixa 3. Empréstimos de Pequenos Estados Recentes

Responder à vulnerabilidade. De modo a abordar as vulnerabilidade resultantes da prevalência do VIH/SIDA, noano fiscal de 2003, o Banco aprovou operações de prevenção e controlo do VIH/SIDA para Djibouti, Granada, S.Cristóvão e Neves e Trinidade e Tobago. Um projecto nesta área, financiado por um subsídio da AID, encontra-seem preparação para o Butão. De modo a abordar a vulnerabilidade económica, foi aprovado um Projecto deDesenvolvimento Comunitário para a Jamaica, com vista a proporcionar serviços básicos e criar oportunidades deemprego temporário para os mais pobres. Nesta área na Dominica, o Banco encontra-se a trabalhar comautoridades num programa de medidas de reforma e assistência técnica.

Reforçar a capacidade humana e institucional. O Banco aprovou uma segunda operação de educação paraGranada, como parte do pagamento automático dos prémios do Desenvolvimento da Educação da OECO, cujoobjectivo é aumentar o acesso equitativo à educação secundária, melhorar a qualidade do ensino e aprendizagematravés de intervenções mais directas e fornecimento de recursos ao nível escolar e através de apoio centrado nosestudantes e reforçar a gestão de sector da administração escolar. Um Segundo empréstimo para a Reforma daEducação Secundária na Jamaica foi aprovado em apoio ao programa de reforma de 15 anos do país; o objectivodo empréstimo é melhorar a qualidade e equidade da educação secundária e alargar o acesso à educaçãosecundária, bem como reforçar a capacidade do ministério central e escritórios regionais, gerir e fiscalizar areforma. Para o ano fiscal de 2004, foram aprovados um Projecto de Apoio ao Sector da Saúde para Tonga e a FaseII do Projecto de Desenvolvimento do Sector da Educação para o Lesoto; um Projecto de Desenvolvimento daEducação para o Butão constituirá o maior crédito fornecido pela AID para o país até à data; um Projecto deDesenvolvimento Humano Integrado em apoio ao estabelecimento de centros de serviços sociais em áreas decrescimento regional aguarda aprovação para as Maldivas; um segundo Empréstimo de Reforma de DespesasPúblicas para as Ilhas Maurício concentrar-se-á na gestão do sector público e educação; e um projecto de saúde eeducação encontra-se em preparação para São Tomé e Príncipe. O Banco encontra-se a fornecer apoio (através deum subsídio do Fundo de Desenvolvimento Institucional) à criação de capacidade estatística e fiscalização eavaliação para CDAA, incluindo o Botswana e o Lesoto. O Banco encontra-se igualmente a proporcionarassistência à criação de capacidade estatística à Guiné Equatorial.

Apoiar o desenvolvimento de infra-estruturas, sector privado e financeiro. Um Projecto de Crescimento eCompetitividade aprovado para Cabo Verde tem como objectivo alargar a base para a participação privada nocrescimento económico, aumentar a competitividade do sector privado e desenvolver ainda mais o sectorfinanceiro do país. A segunda operação de Gestão de Dívida e Restruturação de Banco aprovada para a Jamaicaapoiou a segunda fase do programa do governo para resolver questões de dívida e instituições financeirasresultantes da crise financeira, implementar reformas regulamentares e fiscalizadoras no sector financeiro emelhorar as infra-estruturas financeiras para empréstimos bancários renovados. Para além do Projecto de Reformado Sector das Telecomunicações e Correios aprovado para Samoa, no ano fiscal de 2004, a segunda fase dopagamento automático dos prémios de Gestão dos Activos de Infra-Estruturas aguarda aprovação. Um Projecto deApoio de Desenvolvimento do Sector Privado encontra-se em preparação para o Butão; um Projecto de ApoioUrbano encontra-se em desenvolvimento para a Namíbia.

D. Trabalho Económico e Sectorial 30. O trabalho analítico do Banco Mundial — TES — inclui relatórios, estudos, notas de política, conferências e workshops. O TES foi concebido para servir as necessidades de planeamento de desenvolvimento dos países-membros do Banco e da comunidade internacional. Ao aprofundar o entendimento de desenvolvimento e transmitir lições de experiência, o TES fornece uma base para conduzir o diálogo de política, desenvolver e implementar estratégias de país, formular programas de empréstimo eficazes e criar capacidade institucional. Cada vez mais, o Banco encontra-se a trabalhar em parceria com outros doadores e accionistas, de modo a produzir o TES que melhor satisfaz as necessidades dos clientes. Além disso, em Junho de 2002, uma “Task Force” do Banco Mundial sobre

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PBRSP29 recomendou que o Banco trabalhasse em estreita cooperação com parceiros para fazer aumentar e melhorar o trabalho analítico, investir na criação de capacidade e identificar mecanismos de projecto inovadores para melhorar a administração e proporcionar serviços sociais básicos nestes países.30 Durante o ano fiscal de 2003, o Banco e respectivos parceiros deram início ao teste piloto desta abordagem em sete países; para o ano fiscal de 2004, foram adicionados quatro testes piloto, incluindo as Comores e Guiné-Bissau. A equipa de país do Banco das Ilhas Salomão encontram-se igualmente a explorar esta abordagem. 31. TES de Pequenos Estados Recentes. Um programa de TES financiado pelo Banco do país encontra-se estipulado na EAP. Conforme apropriado, o TES está programado para preencher lacunas identificadas pelo pessoal do Banco e autoridades dos países, por exemplo, através do processo do DERP. Os produtos de TES específicos mudam para satisfazer as necessidades dos clientes, embora certos produtos principais — centrados na pobreza, despesas públicas, aquisições e gestão financeira — formam a base para definir as prioridades das actividades de desenvolvimento. Durante o ano fiscal de 2003, o Banco, frequentemente em parceria com outros, preparou um TES que aborda os desafios de desenvolvimento de pequenos estados nas áreas principais (consulte a Caixa 4).

29 Os países de baixo rendimento sob pressão são desta forma designados como dispondo da política e ambientes de administração

mais cronicamente fracos. 30 World Bank Group Work in Low-Income Countries under Stress: A “Task Force” Report, Setembro de 2002, disponível em

http://www1.worldbank.org/operations/licus/.

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Caixa 4. TES de Pequenos Estados Recentes

Pobreza. Foi finalizada uma Avaliação da Pobreza para Timor-Leste — um esforço de colaboração entre o governo,o Banco Mundial, o BAD, a JICA e PDNU. Lançada para proporcionar informações actualizadas acerca dascondições de vida após a violência em 1999 como contributo para o Plano de Desenvolvimento Nacional do país, aavaliação define o desafio da redução da pobreza no país. Baseia-se no primeiro inquérito de agregados familiaresnacionalmente representativo.

Memorando Económico de País (MEP)/Revisões de Política de Desenvolvimento (RPD), Revisões de DespesasPúblicas (RDP). Um MEP foi concluído para São Tomé e Príncipe e encontram-se em curso RDPs nos sectores dasaúde e educação para a programação e orçamento do DERP. Foi concluído um MEP para a Jamaica sobre oCrescimento e a Competitividade e será utilizado para contribuir para o TES posterior sobre o tópico. As DPR daGâmbia destacaram quatro áreas de problemas — implementação irregular de reformas de política, compromissointermitente a boa administração, dívidas domésticas em rápida expansão e gasto ineficaz nos sectores sociais — emconjunto com o tema recorrente da má gestão de despesas públicas. As informações foram levadas em conta naformulação da EAP. Um MEP para o Lesoto encontra-se a ser finalizado; MEPs para o Botswana e a Namíbia serãoiniciados no ano fiscal de 2004. Em 2003, foi concluída uma RDP para a Guiana e a RPD será discutida em finais de2003. Uma RDP está marcada para a Jamaica em 2004. Uma RDP encontra-se igualmente em curso para Guiné-Bissau.

Avaliações de Contabilidade Financeira do País (ACFP), Revisões de Avaliação de Aquisições do País (RAAP).No ano fiscal de 2003, foram concluídas as ACFPs para Cabo Verde, Gâmbia e seis países da OECO, incluindo umarevisão independente para a Dominica. A ACFP da Gâmbia, preparada em colaboração com o Departamento para oDesenvolvimento Internacional e a UE, centrada na avaliação dos pontos fracos na gestão de finanças públicas parainformar os programas de criação de capacidade e design, com vista a ajudar o país a melhorar a responsabilizaçãofinanceira em apoio aos objectivos do DERP. As ACFPs da OECO identificaram áreas para reforma posterior, quedeverão ser abordadas na terceira fase do Programa de Gestão Económica das Caraíbas financiado pelo CAID epossivelmente através de um projecto de reforma do sector público financiado pelo Banco Mundial. As RAAPs paraa Dominica, a OECO, Tonga e Timor-Leste foram igualmente concluídas. A revisão de aquisições para Tonga,levada a cabo em estreita cooperação com o governo e integrando os contributos do BAD, concentrou-se na ajuda dopaís para desenvolver propostas para uma estrutura de política de aquisições a longo prazo. O objectivo da RAAP deTimor-Leste, efectuada em conjunto com o governo e o BAD, foi iniciar um diálogo com o governo sobre anecessidade de um sistema de aquisições eficiente e ajudar a estabelecer uma estrutura para orientar o país naformulação de políticas de aquisições.

Estudos Regionais. No seguimento do GCCDE de 2002, foram levados a cabo consultas posteriores e trabalho sobredois estudos, The Caribbean Economic Overview 2002: Macroeconomic Volatility, Household Vulnerability, andInstitutional Policy Responses e Youth Development in the Caribbean. Ambas as publicações encontram-se agoradisponíveis ao público e o Banco esteve envolvido em várias workshops para divulgar as mensagens junto dosjovens. No Pacífico, o Banco produziu uma breve nota sobre a reforma dos serviços públicos para Fidji, Samoa eVanuatu, com probabilidade de trabalho de seguimento. Em 2004, o Relatório Económico Regional do Pacífico

ienal concentrar-se-á nas questões de desenvolvimento humano, incluindo a saúde e a educação. b

Outros Estudos. Outros TES preparados no ano fiscal de 2003 incluíram uma revisão aprofundada do sector daeducação em Timor-Leste; uma actualização dos indicadores de pobreza e sociais para o Djibuti; uma nota depolítica sobre a escassez da terra e dispersão da população nas Maldivas; e uma actualização económica e social, queserá fornecida para uma DPR, para Seychelles. Uma Ferramenta de Avaliação da Sociedade Civil encontra-se a sertestada na Guiné-Bissau; uma Avaliação dos Sexos será levada a cabo como parte do projecto de saúde e educaçãoplaneado em São Tomé e Príncipe; e um estudo do sector financeiro e uma estratégia do sector privado encontram-seem preparação para o Lesoto. Um estudo da Protecção Social está planeado para a Dominica; e a apresentação de umestudo sobre a Competitividade nas Caraíbas está prevista para o GCCDE de Outono de 2004 em Barbados.

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RELATÓRIO SOBRE O PROGRESSO REGISTADO NA IMPLEMENTAÇÃO DAS RECOMENDAÇÕES DO RELATÓRIO DO GRUPO DE TRABALHO CONJUNTO

DO SECRETARIADO DA COMMONWEALTH/BANCO MUNDIAL

Documento do Secretariado da Commonwealth

Introdução

1. Este documento analisa o progresso registado pelo Secretariado da Commonwealth desde o Fórum dos Pequenos Estados1 de 2002 na implementação das recomendações do Relatório sobre Pequenos Estados do Grupo de Trabalho Conjunto Secretariado da Commonwealth/Banco Mundial. 2. A Commonwealth, como as organizações suas parceiras que participaram na preparação do Relatório (Banco Mundial, FMI, OMC, UE, UNCTAD e Bancos Regionais de Desenvolvimento) assumiram compromissos para executar as recomendações que constam no enquadramento para acção. Este documento analisa o progresso alcançado pela Commonwealth nas quatro áreas de acção para assistência aos pequenos estados estabelecidas no Relatório do Grupo de Trabalho: controlo da volatilidade, vulnerabilidade e desastres naturais; reforço da capacidade; responder aos desafios e aproveitar as oportunidades da globalização; e adaptação ao regime de comércio global em fase de alteração. O documento reporta as actividades empreendidas pelo Secretariado da Commonwealth no último ano e o seu programa de trabalho que versa sobre as quatro áreas chave. O Contexto da Implementação das Recomendações do Relatório 3. O Secretariado continua a atribuir uma alta prioridade ao seu trabalho de apoio à integração dos pequenos estados na economia global, e a ajudá-los a tirar partido das vantagens e a responder aos desafios que resultam da globalização. O trabalho do Secretariado sobre os pequenos estados está dividido em duas categorias genéricas. Primeiro, as actividades que tratam predominantemente da criação de consenso e de desenvolvimento de políticas; e segundo, o fornecimento de assistência técnica e criação de capacidade. O programa de trabalho do Secretariado tem sido intimamente informado pelas recomendações do Relatório. 4. Na sua Reunião em Coolum (Março 2002), os Chefes de Governo da Commonwealth reafirmaram a sua convicção de que os pequenos estados são particularmente vulneráveis aos desenvolvimentos internacionais e aos desastres naturais e que se deparam com uma série de desafios estruturais para alcançarem um desenvolvimento sustentável. Aprovaram a Nova Ordem do Dia para o Trabalho da Commonwealth sobre os Pequenos Estados que identifica áreas prioritárias de trabalho pelo Secretariado que lhe permitirá centrar-se em actividades que 1 O Relatório do Grupo de Trabalho, Small States: Meeting the Challenges in the Global Economy, foi publicado em

Abril de 2000.

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contemplam as quatro áreas chave de acção estabelecidas no Relatório do Grupo de Trabalho. As áreas prioritárias aprovadas pelos Chefes de Governo são as seguintes: •

• •

• • • •

Assistir em questões comerciais, incluindo esforços junto da comunidade internacional para reforçar a representação dos pequenos estados na OMC; e prestação de assistência individualmente aos estados e organizações regionais nas actividades de criação de capacidade para negociação e implementação dos acordos OMC. Promover o diálogo sobre a Iniciativa da OCDE sobre Concorrência Fiscal Desleal. Apoiar acções destinadas a minorar o impacto dos acontecimentos do 11 de Setembro e suas consequências nos pequenos estados. Advogar e apoiar as questões dos pequenos estados na Cimeira Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável (WSSD) e na Conferência das NU sobre Financiamento ao Desenvolvimento, e nas acções decorrentes destas conferências Advogar com maior intensidade a vulnerabilidade especial dos pequenos estados através de pesquisa. Atrair o investimento privado nos pequenos estados. Solucionar os impactos de iniciativas globais, e prestar assistência à criação de capacidade. Aliviar os efeitos dos desastres naturais e oferecer seguros. Promover metodologias regionais.

Formação de Consenso e Desenvolvimento de Políticas 5. O Secretariado ampliou o seu trabalho de diagnóstico e análise dos pequenos estados de forma a poder advogar com mais intensidade a vulnerabilidade especial a que estão sujeitos no ambiente de comércio global, em fase de rápida mudança. Durante o período de análise ficou concluído um estudo importante, intitulado “O Desempenho do Comércio nos Pequenos Estados” (“the trade performance of small states”). Está a ser efectuado um estudo da maior relevância sobre os custos da actividade económica num grande número de pequenos estados e os resultados preliminares revelam que existe uma óbvia correlação em sentido inverso entre os custos da actividade económica e a dimensão que não é resultado das políticas. Esta situação exige uma pluralidade de políticas por parte da comunidade internacional quando lida com as questões com que se deparam os pequenos estados. Os estudos contribuíram para a formação do consenso corrente da necessidade de um tratamento especial para os pequenos estados sobre questões de comércio e de investimento. 6. O Secretariado também tem estado a dar apoio e a realçar as preocupações dos pequenos estados que enfrentam a possibilidade de serem reclassificados da lista dos Países Menos Desenvolvidos (LDCs). A reclassificação da situação de LDC leva a uma perda de tratamento preferencial no comércio, ajuda e financiamento, que pode prejudicar o desenvolvimento sustentável destes países caso não se consigam acordos transitórios apropriados. A reclassificação também pode prejudicar as perspectivas de beneficiarem da globalização e da liberalização do comércio, pois os dois sectores mais afectados pela reclassificação nos pequenos estados são o sector do comércio, em especial as exportações, e o sector governamental, por causa dos efeitos adversos da reclassificação na assistência ao desenvolvimento oficial. As questões estão a tornar-se cada vez mais importantes para as pequenas economias que enfrentam a probabilidade de reclassificação 7. No período em apreço, o Secretariado trabalhou em estreita colaboração com o Comité das Nações Unidas para a Política de Desenvolvimento (CDP) que analisa as políticas de reclassificação. Houve uma série de consultas com os Embaixadores dos Pequenos Estados nas NU e as preocupações que manifestaram foram incorporadas numa apresentação da

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Commonwealth ao CDP, intitulada Os Pequenos Estados e a Reclassificação, que advoga a necessidade de se dar um tratamento especial aos pequenos estados quando se pensa em fazer a sua reclassificação. As questões levantadas na apresentação da Commonwealth foram tidas em conta e incluídas no relatório do Comité do Conselho Económico e Social das N.U.. 8. O impacto da reclassificação no desenvolvimento sustentável a longo prazo dos pequenos estados não está apenas confinado à reclassificação da situação de LDC. Um número crescente de pequenos estados de rendimento médio estão a deparar-se com constrangimentos económicos que merecem que seja dada atenção à possibilidade de esses países terem acesso a recursos em condições concessionais concedidos por instituições multilaterais. Será submetido à apreciação do Grupo Ministerial sobre Pequenos Estados (Dezembro 2003) um documento sobre o assunto. Espera-se que os resultados deste trabalho demonstrem as vulnerabilidades especiais a que estão sujeitos os pequenos estados e forneçam a base para se poder advogar junto das instituições internacionais a necessidade de flexibilidade na aplicação das suas políticas com estes países. Está em fase de preparação um projecto de enquadramento quanto ao modo como a Commonwealth poderia trabalhar com os parceiros internacionais no que se refere aos desafios do comércio e da globalização enfrentados pelos pequenos estados, a ser submetido na próxima Reunião de Chefes do Governo da Commonwealth (Abuja, Dezembro 2003). 9. A divulgação de informação sobre o trabalho da Commonwealth sobre os pequenos estados também recebeu um tratamento prioritário durante o período em apreço. Foi actualizada e melhorada a página da Web dos Pequenos Estados www.commonwealthsmallstates.org que agora fornece uma fonte de informação compreensiva sobre todos os programas da Commonwealth destinados aos pequenos estados. Tem links a outros sites que se ocupam de questões relativas aos pequenos estados. 10. A edição anual intitulada Small States: Economic Review and Basic Statistics (Pequenos Estados: Análise Económica e Estatísticas Básicas) também foi publicada. Fornece uma cobertura compreensiva de estatísticas económicas de todos os pequenos estados e análise das recentes tendências económicas nos pequenos estados. Reforço da Capacidade e Assistência Técnica 11. O Secretariado da Commonwealth reconhece que a capacidade dos pequenos estados para enfrentarem os desafios da globalização está constrangida pela reduzida capacidade humana. Neste contexto, flexibilizou-se o programa de assistência técnica aos pequenos estados de modo a permitir-lhes o acesso a uma assistência especializada numa série de áreas estratégicas chave. Desde a publicação do Relatório do Grupo de Trabalho, os pequenos estados têm beneficiado de assistência em vários sectores das suas economias. Em 2002/03 foi fornecida assistência sob a forma de especialistas nos sectores seguintes: gestão da administração pública; governação e administração de empresas; democracia e direitos humanos; actividade bancária e finanças; ambiente e desenvolvimento sustentável; informação e tecnologia de informação; desenvolvimento agrícola e industrial; promoção do comércio; fomento das exportações e desenvolvimento de empresas; recursos humanos e desenvolvimento institucional; redução da pobreza; reforma legislativa/constitucional/eleitoral; administração da justiça; saúde, desenvolvimento físico e de infra-estruturas; e registo e gestão da dívida. 12. Independentemente do fornecimento de especialistas, o Secretariado também levou a cabo um certo número de programas de criação de capacidade destinados aos pequenos estados.

Foi conduzido um programa de formação em gestão de empresas em colaboração com a Associação da Commonwealth para Administração Empresarial (CACG) que aumentou a

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consciencialização para as questões de governação empresarial no sector público e privado através de workshops sobre políticas. Os quadros superiores de empresas públicas e privadas beneficiaram deste programa.

Foram organizados vários cursos de formação especializados numa série de áreas prioritárias, através do programa Terceiro País (Malta e Singapura) e dos programas de formação regional e no país pan-Commonwealth. Entre os programas realizados contam-se seminários para os Directores Executivos e funcionários da gestão de nível médio sobre Gestão da Política de Competitividade, Gestão das Mudanças no Serviço Público, gestão financeira das empresas públicas, políticas e gestão portuária, gestão de seguros, promoção do comércio e fomento das exportações, actividade bancária e finanças nos pequenos estados e desenvolvimento empresarial.

Na área de democracia, estado de direito e direitos humanos, a assistência técnica prestada incluía: legislação nova e subsidiária e parecer legal (Botswana, Tuvalu, Antiqua e Barbuda, Dominica, Grenada e St Kitts e Nevis); sistemas e reforma eleitoral (Lesoto, Gambia e Papuásia Nova Guiné), desenvolvimento/análise constitucional (Suazilândia, Sta. Helena); produção de relatórios jurídicos (Gambia); e administração da justiça (Ilhas Salomão e Vanuatu).

Os especialistas da Commonwealth assistiram no desenvolvimento dos sectores das pequenas empresas e turismo, cujo vigor é vital para a sustentabilidade dos pequenos estados (Tonga, Papuásia Nova Guiné, St Kitts e Nevis e Malta).

Conta-se que uma série de intervenções contribua para os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (MDG) nos pequenos estados, especialmente nas áreas da pobreza, saúde, igualdade de direitos dos sexos e sustentabilidade do meio ambiente. As intervenções para redução da pobreza incluíram um levantamento para avaliação da pobreza (Barbados), um assessor especialista em redução da pobreza (Suazilândia) e um assessor para avaliação da pobreza (Ilhas Virgens Britânicas). O projecto da Suazilândia está directamente ligado aos MDGs e centra-se em desafios socio-económicos específicos. Um especialista está a assistir na preparação, coordenação, monitorização e execução de uma Estratégia e Plano de Acção para Redução da Pobreza (PRSAP) de carácter compreensivo.

Relativamente ao ambiente e desenvolvimento sustentável, o Programa da Commonwealth de Prestação de Serviços no Estrangeiro (CSAP) facilitou uma conferência regional do Pacífico sobre Conservação da Natureza de Base Comunitária e Gestão de Áreas Protegidas. O projecto foi financiado por várias agências internacionais e governos através de SPREP e do Secretariado da Commonwealth. A conferência, que contou com a presença de cientistas do ambiente, líderes da sociedade civil e comunitários, foi seguida de uma visita às Caraíbas para contactos e partilha de experiências (Belize, Sta. Lúcia e Barbados) pelas autoridades do SPREP. A fase seguinte do projecto compreenderá a sensibilização de uma selecção de governos nacionais para o plano de acção do desenvolvimento com vista à gestão de base comunitária da conservação da natureza e das áreas protegidas, pelos voluntários do SPREP e CSAP.

Foi efectuado um estudo para o governo de Tonga, através da SOPAC, sobre os deficientes sistemas de protecção da costa e a erosão costeira acelerada causada pelo excesso de utilização dos recursos naturais nas ilhas de Tongatapu e Atata.

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13. Para ajudar os pequenos estados a ultrapassarem as limitações que enfrentam no desenvolvimento de pequenas e medias empresas viáveis e para tirarem partido das oportunidades de mercado que surgiram com a maior liberalização do comércio, o Secretariado tem vindo a realizar uma série de projectos destinados a apoiar os pequenos estados em vários sectores. Estes projectos permitiram que os pequenos estados beneficiassem de oportunidades de investimento. Durante o período em apreço, realizaram-se as actividades seguintes. •

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Estudo de viabilidade para o desenvolvimento de um Projecto de Camarões na Jamaica. O estudo avaliou as oportunidades de Mercado; delineou uma estratégia de desenvolvimento, o plano das instalações e modo de funcionamento; e apresentou uma análise financeira do plano de negócios proposto.

Desenvolvimento de Empresas de Pesca Costeira de Pequena e Média Dimensão (PMEs) na Papuásia Nova Guiné. O objectivo do projecto é aumentar a participação do sector privado no desenvolvimento do sector da pesca costeira através da formação prestada às empresas no domínio da gestão da actividade empresarial.

Desenvolvimento de Viveiros de Trutas na Papuásia Nova Guiné. O objectivo do projecto é ampliar e tornar economicamente sustentável a indústria de viveiros de trutas na Papuásia Nova Guiné.

Desenvolvimento de uma Estratégia Regional sobre Desenvolvimento Sustentável e Gestão dos Recursos da Pesca Costeira nos Países Insulares do Pacífico – (Plano Estratégico) – um projecto regional em co-gestão com o Secretariado da Comunidade do Pacífico (SPC).

Consultas a nível nacional sobre o projecto de Legislação Nacional sobre Pescas do Reino de Tonga. O objectivo é desenvolver a capacidade dos proprietários e utilizadores dos recursos das pescas (ROU) e do Governo de modo a habilitá-los a co-gerirem eficazmente os recursos das pescas do país.

Assistência técnica a S. Vicente e Grenadinas para elaboração de uma política de investimento e reforço institucional destinado à Corporação do Desenvolvimento.

Assistência técnica a Barbados para a aplicação de acordos específicos da OMC – o objectivo era prestar reforço institucional mediante o apoio ao sector privado de Barbados destinado a melhorar o seu entendimento das implicações dos quatro acordos da OMC que se espera que tenham o maior impacto na economia do país, a saber:

Acesso ao Mercado incluindo Medidas Sanitárias e Fitossanitárias e Barreiras Técnicas ao Comércio; O Acordo sobre Agricultura; O Acordo sobre Serviços; O Acordo sobre Aspectos Relativos ao Comércio dos Direitos de Propriedade Intelectual.

14. No seguimento dos acontecimentos de 11 de Setembro de 2001, os pequenos estados foram sujeitos a uma pressão ainda maior para adoptarem medidas de combate ao terrorismo incluindo o financiamento do terrorismo. Segundo a Resolução do Conselho de Segurança 1373, todos os países são obrigados a tomar as medidas necessárias nas suas jurisdições para cumprirem os requisitos desta Resolução. O Secretariado tem estado a assistir os países membros a satisfazerem estas obrigações. As actividades empreendidas no último ano pelo Secretariado

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beneficiaram a maior parte dos seus pequenos estados. Conduziram-se vários workshops para aumentar a capacidade dos seus estados membros para desenvolverem medidas legislativas destinadas a combater o terrorismo. Realizaram-se workshops organizados pelo Secretariado para os redactores legislativos em Antiqua e Barbuda para a região das Caraíbas, no Botswana para a região Oriental e Austral de África, na Gambia para a região da África Ocidental e no Sri Lanka para a região da Ásia que contaram com a presença de participantes dos pequenos estados destas regiões. O Secretariado também colaborou com o FMI na organização de um workshop idêntico para a região do Sul do Pacífico. 15. Utilizando um enquadramento modelo da Commonwealth para redigir legislação de combate ao terrorismo, os workshops compreendiam programas de formação de uma semana em que os participantes trocavam impressões sobre os esforços que os seus países tinham envidado na redacção de legislação para combate ao terrorismo. Os participantes tiveram a oportunidade de identificar questões de políticas e constitucionais fundamentais que presidiram à redacção preliminar dessa legislação em diferentes jurisdições. Está presentemente a ser dispensada assistência pelo Secretariado sob a forma de apoio directo no país ao processo de redacção de legislação. Controlar a Volatilidade, Vulnerabilidade e Desastres Naturais 16. A promoção da defesa da causa da vulnerabilidade dos pequenos estados e a formação de consenso sobre a necessidade de um tratamento especial estiveram no centro da estratégia do Secretariado quando participou na Cimeira Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável. À margem da Cimeira, realizaram-se consultas com os pequenos estados. 17.

18.

Através do Plano de Execução de Joanesburgo, finalizado em Setembro de 2002 na Cimeira Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável, os governos acordaram empreender uma análise total e compreensiva do Programa de Acção de Barbados (BPoA) para o Desenvolvimento Sustentável dos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento (SIDS) e realizar uma Conferência Internacional nas Maurícias (Agosto 2004), que irá concluir este processo. Reflectindo um empenhamento a longo prazo com as questões de desenvolvimento sustentável nos pequenos estados, o Secretariado da Commonwealth está a executar um programa substancial de assistência aos pequenos estados membros e organizações regionais no seu trabalho de preparação para a revisão e a Reunião Internacional.

O BPoA foi adoptado em 1994 na Conferência Global sobre Desenvolvimento Sustentável dos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento (Barbados, 25 de Abril a 6 de Maio de 1994) e é o principal enquadramento internacional de acção sobre desenvolvimento sustentável nos SIDS. O BPoA tem as suas origens na Conferência das Nações Unidas sobre Ambiente e Desenvolvimento (UNCED) de 1992 que reconheceu que os pequenos estados insulares em desenvolvimento (SIDS) se deparam com desafios especiais no planeamento de um desenvolvimento sustentável. A negociação de um capítulo especial dedicado às preocupações dos SIDS (Capítulo 17 da Agenda 21) foi o resultado de um trabalho eficaz empreendido pelos pequenos estados insulares na preparação para o Rio. O Fundo da Commonwealth para Cooperação Técnica (CFTC) forneceu assistência técnica aos pequenos estados durante as negociações do Rio, e sob vários aspectos, este apoio concretizou-se com a convocação da Conferência de Barbados em 1994. A Commonwealth também participou no trabalho de um Grupo de Pessoas Eminentes que fizeram recomendações sobre uma vasta gama de temas de preocupação para os SIDS previamente à Conferência de Barbados. O Grupo, que foi convocado por Dame Nita Barrow, Governador-Geral de Barbados, incluía o Presidente Gayoom das Maldivas; o Secretário-Geral da Commonwealth na altura, Chefe Emeka Anyaoku; e o Sr Maurice Strong que tinha sido Secretário-Geral do UNCED.

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19.

O Secretariado da Commonwealth está a trabalhar em estreita colaboração com a Aliança dos Pequenos Estados Insulares (AOSIS), organizações internacionais e organizações regionais intergovernamentais, na preparação da Reunião Internacional em 2004. Os Ministros do Ambiente da Commonwealth acordaram (Fevereiro 2003) que os objectivos deste trabalho são:

− aumentar a sensibilização para a vulnerabilidade dos pequenos estados no que diz respeito aos impactos na sua capacidade para atingirem um desenvolvimento sustentável;

− promover o comprometimento internacional com acções adicionais destinadas a fomentar o desenvolvimento sustentável dos pequenos estados e a implementação das decisões da Cimeira Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável; e

− promover um processo de análise e uma Reunião Internacional eficazes, assegurando a inclusão na análise das preocupações de todos os SIDS da Commonwealth e facilitando discussões substantivas a nível inter-regional e internacional.

20. Está a ser prestada Assistência Técnica através do CFTC para apoiar as iniciativas seguintes.

Um Assessor Sénior de Políticas, sediado no SPREP para assistir os Países das Ilhas do Pacífico nos trabalhos de preparação para a análise e reunião internacional, e no seu acompanhamento posterior.

Preparação de Relatórios Nacionais de Avaliação pelos SIDS da Commonwealth, previamente às sessões regionais preparatórias. O Secretariado, em colaboração com três Organizações Inter-Governamentais (IGO) – CARICOM, Comissão do Oceano Índico e Fórum do Pacífico – apoiou sete países nesta tarefa. São eles:

Caraíbas: Belize; Dominica; Jamaica; S. Vicente e Grenadinas Região AIMS2: Maurícias, Seicheles Pacífico: Fiji

Preparação de estudos de casos sobre a implementação do BPoA na Região Pacífico para informar as discussões da reunião preparatória regional e gerar consciencialização pública e política para o processo como um todo.

21. Na sequência das sessões regionais preparatórias, o Secretariado preparará documentos substantives sobre questões de interesse para a Análise e Reunião Internacional, a serem incorporados na reunião inter-regional nas Bahamas (Janeiro 2004). Os Chefes de três IGOs solicitaram ao Secretariado que examinasse o modo como as questões do comércio podiam ser inseridas no processo BPoA. Transição para o Regime de Comércio Global, em Fase de Mudança

As Pequenas Economias e a OMC 22. Durante o período em análise, o Secretariado prestou assistência aos pequenos estados da Commonwealth como parte do seu mandato actual de integrar mais plenamente estes países no sistema de comércio multilateral. A principal actividade centrou-se no Programa de Trabalho das

2 Atlântico, Oceano Índico, Mediterrâneo e Mar do Sul da China.

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Pequenas Economias na Sessão para Discussão na Especialidade do Comité sobre Comércio e Desenvolvimento da OMC. As áreas específicas de apoio foram: • criação de um Grupo de Especialistas em Comércio das Organizações Intergovernamentais da

Commonwealth; • prestação de apoio analítico na minuta de várias Propostas OMC sobre as preocupações e os

interesses das pequenas economias; • encomenda de um estudo que resultará na criação de Missões para os Estados do Fórum do

Pacífico e Estados das Caraíbas Orientais; e • encomenda de um estudo sobre uma proposta de definição de “Pequenas Economias

Vulneráveis “ na OMC. 23. Uma das grandes conquistas do Programa de Trabalho sobre Pequenas Economias foi a aceitação provisória de uma posição defendida pelo Grupo de Peritos em Comércio das Organizações Intergovernamentais da Commonwealth de que as organizações regionais deveriam ter responsabilidade reguladora relativamente a certos Acordos OMC. 24. Os pequenos estados continuaram também a beneficiar das publicações do Secretariado: Commonwealth Trade Hot Topics and Doha Development Newsletters. Estes boletins visam ser uma fonte de informação, análise e orientação sobre questões de interesse para as entidades envolvidas no comércio e para os responsáveis pelas políticas nos Ministérios do Comércio, Indústria e Finanças; parlamentares; associações do sector privado; e outras organizações não governamentais. 25. Vários pequenos estados beneficiaram também do programa do Secretariado de assistência técnica para implementação dos compromissos OMC. Uma grande parte dessa assistência tem sido fornecida através do Instrumento de Acesso ao Comércio e ao Investimento (TIAF). A assistência centrou-se em duas áreas principais: valorização e modernização aduaneira e padrões sanitários e fitossanitários. 26. O funcionamento eficiente da alfândega é uma determinante fundamental para a competitividade, ao mesmo tempo que as receitas aduaneiras desempenham um papel crítico nos programas de desenvolvimento, fornecendo tipicamente uma quota substancial das receitas públicas. As qualificações técnicas de qualidade e o funcionamento eficiente das alfândegas são, portanto, consideradas questões prioritárias pela maior parte dos governos, e tornou-se mais urgente a necessidade de formação técnica para se entender as novas leis multilaterais que governam o modo como os bens importados são valorizados. 27. Ao utilizar os recursos do TIAF, o Secretariado da Commonwealth conseguiu associar-se à OMC e à Organização Aduaneira Mundial na organização de formação para as entidades alfandegárias e representantes do sector privado sobre as novas regras da OMC, o que beneficiou muitos pequenos estados. Mais de 100 funcionários superiores das alfândegas receberam formação na aplicação do Acordo sobre Valorização Aduaneira, através de uma série de quatro workshops realizados para participantes das regiões de África, Ásia e Pacífico. O programa destacava as melhores práticas e as experiências de alguns países na execução do Acordo numa perspectiva de país em desenvolvimento. Adicionalmente, os funcionários alfandegários têm agora um melhor entendimento das suas obrigações no âmbito deste novo regime de valorização da OMC com a ajuda de um mini-guia, fácil de ler, sobre as “perguntas mais frequentes sobre a valorização alfandegária”. As avaliações feitas após o programa evidenciaram a necessidade de iniciativas adicionais para criação de capacidade, possivelmente através de intercâmbio ao abrigo

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da Cooperação Sul-Sul. Espera-se que o impacto global seja a maior competitividade dos países beneficiários.

28. Adesão a padrões internacionais, e em especial aos padrões sanitários e fitossanitários (SPS), e entendimento das regulamentações técnicas ou barreiras não tarifárias (TBTs) são cada vez mais importantes para os regimes de exportação dos países em desenvolvimento. Reconhecendo este facto, o Secretariado da Commonwealth empreendeu, juntamente com o Centro Internacional de Comércio (ITC), um inventário das necessidades de assistência técnica dos países em desenvolvimento que são necessárias para o cumprimento dos Acordos da OMC sobre SPS e TBT. As conclusões deste inventário já foram divulgadas em seminários e reuniões sobre o assunto e serão publicadas brevemente. Abrirão caminho a um programa de assistência conjunto do ITC/COMSEC destinado a superar as carências identificadas.

29. O Secretariado já está a implementar um projecto sobre “Padrões na Organização dos Estados das Caraíbas Orientais (OECS): Exportações Marinhas”. Este projecto regional pretende desenvolver orientações para padrões sanitários e fitossanitários para os produtos marinhos utilizados no consumo humano tanto nos OECS como nos mercados de exportação. As deficiências já identificadas nos padrões sanitários e capacidade da rede de abastecimento nos países OECS prendem-se com aspectos tais como legislação, barcos de pesca, locais de ancoragem, transporte, mercados retalhistas, laboratórios para teste, sistemas de aprovação e de monitorização, e implementação do Ponto de Análise Crítica do Risco (HAPC). Estão a ser desenvolvidas e discutidas com os noves países membros da OECS as orientações sanitárias. O resultado esperado é uma maior competitividade dos produtos marinhos dos OECS como consequência da sua adesão aos padrões aprovados.

30. O Secretariado está também a assistir as ilhas do Pacífico, através de Mesas Redondas organizadas conjuntamente pelas organizações regionais, o Governo da Nova Zelândia e a FAO, para melhorar a compreensão das suas obrigações no âmbito do Acordo de Agricultura da OMC e criar uma capacidade sustentável de cumprimento desses preceitos. As Mesas Redondas também têm sido úteis na promoção de uma maior coordenação e colaboração entre as organizações regionais e internacionais.

31. O Secretariado da OMC e o Secretariado da Commonwealth realizam um programa de formação anual de duas semanas que se destina às autoridades do comércio dos países em desenvolvimento da Commonwealth que não têm representação em Genebra. O programa segue o Curso de Política Comercial da OMC e permite aos funcionários seleccionados trabalharem num tópico de grande importância comercial para o seu país sob a orientação de um assessor da Commonwealth sediado em Genebra. As avaliações e as informações fornecidas pelos participantes após a realização do programa indicam que esta iniciativa destinada a criar capacidade contribuiu para o acréscimo de competências dos formandos no sentido de darem parecer aos seus governos sobre questões de implementação e de negociação.

OMC e as Negociações de Comércio ACP-UE

32. O Assessor baseado em Genebra continua a dar apoio técnico sobre negociações multilaterais de comércio às delegações dos países em desenvolvimento da Commonwealth junto da OMC. Os pequenos estados com missões em Genebra e os não residentes beneficiaram deste apoio que tomou a forma de parecer colectivo ou individual e ainda de preparação de relatórios sobre questões em discussão na OMC. Alguns dos documentos recentemente preparados incluem: Acesso ao Mercado dos Produtos Não Agrícolas; Acordo sobre TRIPS e Produtos Farmacêuticos; e Transparência nas Aquisições Públicas. O aumento da capacidade das delegações dos pequenos estados em Genebra, durante os últimos anos, para participarem mais

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eficazmente na OMC é em parte atribuído aos serviços de consultoria que lhes têm sido prestados. Este projecto demonstrou um elevado grau de satisfação dos beneficiários e foi favoravelmente classificado por três avaliações independentes.

33. Outros projectos principais na área das negociações de comércio da OMC e ACP-UE destinaram-se aos países pequenos e menos desenvolvidos para aumentar as suas capacidades de negociação comercial. Tem sido prestada assistência através de workshops, consultas regionais, pesquisa analítica e sessões de informação, sem referir o apoio a uma representação mais eficaz em Genebra e em Bruxelas. Esta assistência fez com que países membros da Commonwealth das regiões de África, Caraíbas e Pacífico fossem capazes de participar melhor nestas negociações. Os workshops apoiados pela Commonwealth ajudaram grupos regionais a desenvolver mandatos negociais para a Fase II das Negociações ACP-UE sobre Acordos de Parceria Económica. Para tal, o Secretariado colaborou intimamente com organizações regionais. O alcance inter-regional da Commonwealth é uma mais-valia significativa nesta área e em particular os Pequenos Estados das Caraíbas e do Pacífico puderam já dela beneficiar. 34. Para preparar os países em desenvolvimento para a Quinta Reunião Ministerial em Cancun, realizaram-se workshops na África Oriental e Austral, África Ocidental, nas Caraíbas e Pacífico, em colaboração com as respectivas organizações regionais, destinados aos funcionários superiores e peritos de comércio para discutir assuntos de maior preocupação e mais fundamentais para eles. Com este objectivo, o Secretariado encomendou treze estudos publicados em Julho de 2003, From Doha to Cancun: Delivering a Development Round, para ajudar os países a desenvolverem as suas posições e a prepararem projectos de Declarações Ministeriais para a reunião de Cancun. Estes estudos cobriam as questões seguintes: acesso ao Mercado de produtos não agrícolas; agricultura; comércio em serviços; resolução de diferendos; investimento; política de competitividade; comércio e ambiente; aquisições do governo; tratamento especial e diferencial; pequenas economias; pescas; negociações OMC; comércio, dívida e finanças; e comércio e transferência de tecnologia. 35. Um dos maiores programas empreendidos na área de criação de capacidade na política comercial é o projecto “Hub and Spoke”. Os Pequenos Estados em todas as regiões da Commonwealth irão beneficiar deste projecto. O programa oferece um enquadramento para o Secretariado assistir os países membros da ACP a elaborarem políticas comerciais, negociarem eficazmente posições comerciais nos fóruns internacionais e implementarem compromissos e obrigações multilaterais de comércio. Um especialista em política de comércio regional é o “Hub” (ponto central) ligado a uma rede de assessores de comércio em países membros da região, os “Spokes”, cuja responsabilidade é prestar apoio analítico e de formação aos seus respectivos governos em colaboração com o “Hub”, de forma a criar-se uma perspectiva regional. Este projecto está a ser executado em íntima colaboração com organizações regionais.

36. A primeira fase do projecto tem estado a funcionar com sucesso na região do Pacífico e a segunda fase está presentemente a ser implementada na Região África através do Mercado Comum para a África Oriental e Austral (COMESA) e nas Caraíbas através do Mercado Comum das Caraíbas (CARICOM). O sucesso do programa piloto no Pacífico permitiu que o Secretariado fizesse um acordo com a União Europeia para colaborar num programa que beneficiasse todas as regiões do ACP. Facilitou também uma parceria com a Agência Intergovernamental Francófona (AIF) que cobre todos os países de língua francesa da África Ocidental num programa conjunto com o Secretariado. O financiamento total do programa a ser implementado ao longo de um período de cinco anos é de €17 milhões.

Investimento

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37. Com a erosão das preferências comerciais, a atracção do investimento tornou-se um dos grandes desafios das pequenas e economias vulneráveis. O Secretariado tem estado a efectuar um projecto para explorar formas de intensificar fluxos de investimento para estas economias com “vulnerabilidades inatas”. Está descrito na publicação do Secretariado “Baixar o Patamar”, que levou a uma série de consultas com bancos regionais de desenvolvimento, a Sociedade Financeira Internacional, o Banco Europeu de Investimento, e os dadores da Commonwealth. Os resultados destas consultas foram apresentados na Reunião dos Ministros das Finanças da Commonwealth (2002), onde o Secretariado recebeu o mandato de explorar as opções adicionais sugeridas no relatório. Após uma sessão para ventilação de ideias organizada pelo Secretariado, foi constituído um Grupo de Trabalho para avançar com esta proposta. O Grupo de Trabalho preparou as linhas orientadoras para a implementação de um Fundo para as Pequenas Economias Vulneráveis (SVEF) que vigorará na região do Pacífico através de um esforço de colaboração com o Banco de Desenvolvimento das Caraíbas num programa na região das Caraíbas. Está também a considerar-se um mecanismo em África. O Secretariado pretende utilizar a oportunidade do Fórum deste ano para apresentar este trabalho intitulado “Promover o Investimento nas Pequenas Economias Vulneráveis com Vulnerabilidades Inatas”. Novas Oportunidades e Desafios da Globalização Sector dos Serviços Financeiros Internacionais

38. Um dos grandes desafios que o Secretariado tem estado a tentar resolver é o futuro de muitas indústrias de serviços financeiros offshore em pequenas jurisdições, no seguimento da Iniciativa da OCDE sobre Competição Fiscal Desleal. O Secretariado tem estado a mediar um diálogo entre a OCDE e a Commonwealth sobre esta questão desde o ano 2000. 39. O Secretariado também organizou uma reunião de todas as partes interessadas sobre “Uma Nova Parceria para os Serviços Financeiros Internacionais (IFS)” em Sta. Lúcia em Abril de 2001. O Relatório da Reunião concluiu que a “Commonwealth, que já desempenhou um papel ao estimular a comunicação entre várias jurisdições e entre as jurisdições e os organismos que determinam os padrões internacionais, está numa posição ideal para assistir na organização de reuniões e na manutenção de linhas de comunicação mais consistentes entre as jurisdições e entre as regiões.” 40. Subsequentemente, o Secretariado organizou um workshop para os membros da Organização Internacional de Comércio e Investimento (ITIO) para discutir e se interrelacionar com um número de especialistas em diferentes temas levantados durante a reunião de Sta. Lúcia. O workshop de um dia, em Londres (Junho 2003) centrou-se em quatro temas: Participação Eficaz dos Pequenos Estados na Arena Financeira Internacional; Desenvolvimentos Recentes na Supervisão das Actividades Bancárias e Financeiras; Mercados Financeiros Sustentáveis e Cooperação Regional; e Basileia 2 e suas Implicações para os bancos comerciais nacionais. Durante o workshop, os funcionários superiores tiveram oportunidade de obter um melhor entendimento de algumas questões chave e de desenvolvimentos recentes, aumentando assim a sua capacidade para formular e executar políticas bem como a sua capacidade de participar eficazmente nas discussões/negociações em curso relacionadas com o sector dos serviços financeiros internacionais. Adicionalmente, ofereceu também a oportunidade de o Secretariado procurar a orientação da ITIO na formulação do seu programa de trabalho futuro nesta área.

Promoção da Competitividade

41. Um dos principais desafios com que se deparam os pequenos estados para tirarem partido das novas oportunidades apresentadas pela globalização é manter a competitividade económica

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que possa atrair investimentos, tanto internos como externos, numa base sustentável. O Secretariado está cada vez mais interessado em promover a competitividade económica em todos os seus pequenos estados membros, facultando-lhes os enquadramentos e políticas adequados para atrair investimento. Para além do apoio directo prestado aos países individualmente, o Secretariado tem estado a realizar um grande projecto pan-Commonwealth destinado a desenvolver a competitividade nos pequenos estados, em colaboração com o Centro de Comércio Internacional (ITC). 42. As duas organizações estão a organizar em conjunto um Fórum Executivo sobre Estratégias Nacionais de Exportação especificamente para os Pequenos Estados. O Fórum realizar-se-á em Port of Spain, Trinidad, de 18 a 22 de Janeiro de 2004. Este Fórum Executivo fundamenta-se na premissa que uma melhoria sustentada no desempenho das exportações depende da existência de uma estratégia nacional de exportações realista e na capacidade para a gerir. 43. Os objectivos imediatos do Programa são os seguintes: •

• •

Assistir os Pequenos Estados a desenvolverem estratégias nacionais de exportação de longo prazo. Desenvolver melhores práticas para a formulação de estratégias de exportação. Identificar áreas onde as agências de ajuda possam ter intervenções valiosas para apoiar o melhor desempenho das exportações. Familiarizar os pequenos estados participantes com um estojo de ferramentas para desenvolvimento de estratégia composto pelos Instrumentos e Técnicas de Desenvolvimento de Estratégia do ITC e do Secretariado da Commonwealth. Partilhar experiências na formulação de estratégias de exportação entre todos os pequenos estados.

44. O Fórum Executivo dos Pequenos Estados visará os mais altos responsáveis pela tomada de decisões com responsabilidades no planeamento económico nacional e na reforma destinadas ao fomento do comércio. Será um local onde se podem analisar as “melhores práticas” na área do desenvolvimento e gestão da estratégia nacional de exportação, partilhar experiências e analisar possíveis abordagens futuras. Oferecerá os instrumentos que permitirão enquadrar a estratégia, avaliar modalidades de implementação e monitorizar o progresso. Directamente, irá reforçar a parceria entre o sector público e privado na formulação de estratégia. Fornecerá uma fonte de referência para os responsáveis pela elaboração de estratégias com vista a partilhar experiências e informações valiosas. Em resumo, o Fórum Executivo dos Pequenos Estados pretende assegurar que se realize, com sucesso, o primeiro passo no sentido do crescimento sustentado das exportações - o processo de planeamento. Conclusão 46. Os Delegados do Fórum podem desejar fazer comentários sobre a qualidade do apoio que tem sido dispensado aos pequenos estados pela Commonwealth e dar a sua opinião sobre as áreas prioritárias em que o Secretariado deveria concentrar os seus esforços no apoio futuro aos pequenos estados. Commonwealth Secretariat Marlborough House London SW1Y 5HX Agosto 2003

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FUNDO MONETÁRIO INTERNACIONAL

RELATÓRIO SOBRE A EVOLUÇÃO DAS ACTIVIDADES RELATIVAS AOS PEQUENOS ESTADOS

1. O FMI aceita com prazer a oportunidade de participar no Fórum dos Pequenos Estados do corrente ano e de proporcionar uma actualização dos relatórios anteriores sobre a evolução da situação. As relações do Fundo com os pequenos estados decorrem directamente das suas actividades com todos os países membros, as quais se centram em assessoria de política oferecida no contexto da vigilância do Fundo ou de um programa apoiado pelo FMI, e em assistência técnico-financeira. O Fundo adapta a sua assessoria e assistência às necessidades individuais dos pequenos estados, incluindo aquelas que estão relacionadas com a sua pequena dimensão. Desde o último relatório de Setembro de 2002 sobre a evolução da situação, o Fundo continuou a trabalhar em áreas que são pertinentes para os pequenos estados, inclusivamente o papel de políticas internas que sejam judiciosas no processo de integração dos pequenos estados na conjuntura mundial; a cooperação regional entre os pequenos estados e com as instituições multilaterais; a vulnerabilidade dos países aos abalos exógenos1; e as questões aferentes ao sector financeiro. Adicionalmente, o Fundo participa nas políticas e acções de monitoramento a nível mundial para alcançar as Metas de Desenvolvimento do Milénio (MDM), trabalho esse que se aplica à maioria dos pequenos estados.

Vigilância

2. A vigilância é a via principal da assessoria de política prestada pelo Fundo. Nos termos do Artigo IV do Convénio Constitutivo do FMI, realizam-se consultas anuais com 23 dos 42 estados membros de pequena dimensão; os restantes pequenos estados, sobretudo os das regiões da Ásia e do Pacífico, e alguns países do Médio Oriente, seguem um ciclo de consultas de 24 meses2. Entre as consultas oficiais, os funcionários do Fundo mantêm uma comunicação frequente com os seus membros, que é apoiada por visitas de funcionários, se isso for apropriado, normalmente cerca do meio do ciclo. Para além da focalização “tradicional” na taxa de câmbio, na política monetária e fiscal, no regime cambial, e em questões pertinentes de política comercial, as consultas ao abrigo do Artigo IV abrangem cada vez mais questões estruturais e financeiras, e inclusivamente uma avaliação da vulnerabilidade às crises. A questão da vulnerabilidade, especialmente, ocupam um lugar proeminente nas consultas com os pequenos estados, especialmente a probabilidade e o impacte dos abalos externos, e as maneiras de minorar os seus efeitos negativos. Outras questões que recebem uma atenção especial incluem a avaliação da sustentabilidade da dívida externa, a solidez do sistema bancário nacional, o impacte macro-económico da política comercial e, nos países produtores de petróleo, a avaliação da sustentabilidade da sua actual situação fiscal, levando em conta as questões de equidade entre as gerações. O Fundo também está a prestar uma atenção crescente às forças e debilidades institucionais através de avaliações do cumprimento de normas e códigos. Igualmente, o impacte da vigilância foi reforçado graças a uma mais ampla disseminação ao público de relatórios sobre os países e as regiões. 3. Nos últimos anos, o Fundo aumentou a sua vigilância regional, inclusivamente dos agrupamentos de pequenos estados, em reacção à importância crescente das estruturas institucionais regionais e das alterações correspondentes da tomada de decisões políticas. Caso

1 Os funcionários do Fundo estão actualmente a trabalhar num documento de política no qual será explorada a maneira

como o Fundo pode alvejar melhor a sua assessoria de política e assistência financeira para auxiliar os seus membros a suportarem os efeitos de abalos exógenos negativos.

2 A excepção é Bahrain que segue um ciclo de dezoito meses.

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seja pertinente, é prestada assessoria sobre política comercial no contexto das obrigações de um país na sua qualidade de membro da OMC ou de um acordo de comércio regional ou de mercado comum. Em África o Fundo realizou exames de vigilância anuais separados para a União Económica e Monetária da África Ocidental (UEMAO) e a Comunidade Económica e Monetária da África Central (CEMAC). Na Europa, o Fundo está a trabalhar com a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu para prestar assessoria de política com vista à adesão de pequenos estados, como a Estónia, Malta e Chipre, à União Europeia. Na região das Caraíbas Orientais o Fundo trabalha há algum tempo com o Banco Central das Caraíbas Orientais (BCCO) e a Organização dos Estados das Caraíbas Orientais (OECO) para reforçar a estrutura decisória de política macro-económica nos países membros da União Monetária das Caraíbas Orientais (UMCO). Estas actividades incluem a vigilância regional e a preparação de um documento regional para ser debatido no seio do Conselho de Administração do Fundo. Na região da Ásia-Pacífico os funcionários do Fundo cooperam estreitamente com os actuais esforços regionais, assistindo a reuniões e conferências sobre política regional. Na região do Médio Oriente, os funcionários do Fundo intensificam o diálogo de política desde 1999 com alguns dos Países de Cooperação do Golfo, incluindo Bahrain e Qatar, por meio de reuniões anuais às quais assistem os Ministros das Finanças e os Governadores dos Bancos Centrais. Nessas reuniões tem havido amplas discussões, que vão desde as estratégias para um crescimento sustentável com estabilidade económica, até a adopção dos fundos de estabilização do petróleo. 4. No contexto da vigilância, o Fundo também presta assessoria aos países membros, inclusivamente aos pequenos estados, no âmbito dos Programas de Avaliação do Sector Financeiro (PASF). Realizados conjuntamente com o Banco Mundial, os PASF efectuam uma avaliação integral dos riscos e vulnerabilidades, das condições institucionais, dos quadros de supervisão e regulamentares, e do cumprimento dos padrões internacionais relacionados com os sectores financeiros dos países. Os PASF para os países de baixos rendimentos incluem agora uma avaliação da maneira na qual o sector financeiro desses países está a apoiar os seus objectivos em matéria de desenvolvimento. Foram concluídos PASF para cinco pequenos estados –Estónia, Malta, Gabão, Barbados e Maurício. Está planeado um PASF para Fidji em princípios de 2004. Está programado um PASF sub-regional no segundo semestre de 2003, o qual abrangerá os seis estados membros independentes do Banco Central das Caraíbas Orientais (BCCO) – Antiga e Barbuda, Dominica, Grenada, S. Kitts e Nevis, Sta. Lúcia e S. Vicente e Grenadinas . 5. Muitos pequenos estados desenvolveram centros financeiros “offshore” (CFO), mas tem havido preocupação acerca da regulamentação e supervisão em alguns deles, como foi destacado numa lista publicada em Maio de 2000 pelo Fórum de Estabilidade Financeira (FEF)3. Nessa lista foram citados 18 CFO situados em pequenos estados em desenvolvimento por incumprimento nessas áreas. Para abordar essa preocupação, o Fundo iniciou, em 2000, as avaliações dos CFO4 e a assistência técnica conexa a fim de identificar e reduzir a vulnerabilidade decorrente da debilidade dos sistemas financeiros dos países em questão. O Fundo auxiliou sete pequenos estados em desenvolvimento nas auto-avaliações dos seus sistemas financeiros5 (Antiga e

3 No FEF reúnem-se regulamente as autoridades nacionais responsáveis pela estabilidade financeira nos centros

internacionais importantes, os agrupamentos internacionais de sectores específicos, e os supervisores e comissões de peritos dos bancos centrais. O Fórum procura coordenar os esforços destas diversas entidades com o fim de promover a estabilidade financeira, melhorar o funcionamento dos mercados financeiros e reduzir os riscos sistémicos.

4 O Fundo começou a realizar essas avaliações em resposta ao apelo da Comissão Monetária e Financeira Internacional (CMFI) de que fossem abordadas as recomendações do FEF sobre os CFO que diziam respeito ao Fundo.

5 O programa dos CFO oferece às jurisdições a opção de começar uma auto-avaliação, realizada pelas autoridades com a assistência técnica necessária, seguida por avaliações dirigidas pelo Fundo. Estas últimas revestem duas formas: (i) avaliações do cumprimento das normas de supervisão bancária e LLC/CFT, assim como, se for apropriado, a supervisão dos seguros e a regulamentação dos títulos de crédito: e (ii) avaliações no âmbito do PASF.

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Barbuda, Dominica, Grenada, S. Kits e Nevis, Sta. Lúcia e S. Vicente e Grenadinas), e realizou avaliações dirigidas pelo Fundo dos sistemas de supervisão financeira e regulamentar de sete pequenos estados (Belize, Chipre, Ilhas Marshall, Palau, Samoa, Seychelles e Vanuatu). Está actualmente a ser realizada uma avaliação para as Bahamas.6 O PASF sub-regional planeado para os seis membros independentes do BCCO, em 2003, incluirá um módulo de CFO. 6. Paralelamente à actividade de CFO, o Fundo também está a abordar a luta contra a lavagem de capitais e o combate ao financiamento do terrorismo (LLC/CFT). Ao trabalharem com o Grupo de Trabalho de Acção Financeira (GTAC), o Fundo e o Banco Mundial desenvolveram uma metodologia abrangente para avaliar os regimes de LLC/CFT em relação à norma internacional7. Desde Outubro de 2002, como parte de uma fase experimental de 12 meses, essa metodologia foi utilizada nas avaliações efectuadas no âmbito dos programas de CFO e de PASF. O GTAC publicou em Junho de 2002 uma lista de países e territórios não cooperantes (PTNC), a qual incluía cinco pequenos estados membros do Fundo. Outros pequenos estados foram seguidamente acrescentados à lista. Contudo, em Julho de 2003 já todos estes pequenos estados tinham feito progressos significativos para remediar as suas debilidades nesta área, e tinham portanto sido retirados da lista dos PTNC 8. Assistência Financeira 7. O Fundo não dispõe de serviços especiais para a concessão de empréstimos aos pequenos estados mas os seus programas, a sua assessoria de política e a assistência técnica do Fundo levam em conta as características específicas de cada membro. No total, 25 pequenos estados utilizaram a assistência financeira do Fundo desde 1979. Actualmente três pequenos estados (Cabo Verde, Gâmbia e Guiana) têm um acordo com o Fundo no âmbito do Serviço de Redução da Pobreza e de Crescimento (SRPC) para apoiar as estratégias de redução da pobreza dos próprios países, documentadas nos Documentos de Estratégia para a Redução da Pobreza (DERP)9. Um acordo de direitos de saque de um ano com Dominica foi recentemente prolongado até Fevereiro de 2003 e poderá conduzir a um acordo de SRPC em 2004. Visto os pequenos estados serem vulneráveis às calamidades naturais e terem um alto grau de concentração de exportações, eles também têm utilizado, em diversas oportunidades, o Serviço de Financiamento Compensatório e de Assistência Urgente às Calamidades Naturais. Grenada beneficiou da Assistência de Urgência em Janeiro de 2003, depois de ter sido assolada por uma tempestade tropical. Alguns pequenos estados, como por exemplo a Estónia, também têm tido acordos de carácter precautório para apoiar uma política macro-económica correcta, mas sem recorrer ao financiamento disponível do Fundo10. Finalmente, quatro pequenos estados (Gâmbia, Guiné-Bissau, Guiana e São Tomé e Príncipe) alcançaram o ponto de decisão no contexto da Iniciativa reforçada para os Países Pobres Muito Endividados. Em última análise, estes pequenos estados irão beneficiar de um alívio total nominal do serviço da dívida de USD 2 biliões.

6 Os funcionários do Fundo também têm mantido conversações sobre estatística, por meio de seminários e visitas dos

funcionários, com 22 das jurisdições dos pequenos estados que estão a ser avaliados no âmbito dos programas dos CFO e PASF, sobretudo em relação à sua participação no Estudo Coordenado sobre os Investimentos de Carteira do Fundo.

7 Após a aceitação pelo GTAF da metodologia, em Outubro de 2002, o Conselho de Administração do Fundo concordou, em Novembro de 2002, com acrescentar a LLC/CFT à lista de normas e códigos úteis ao trabalho do Fundo e do Banco, e com adoptar as 40 Recomendações do GTAF para a LLC e as 8 Recomendações Especiais para o CFT, como sendo uma norma associada.

8 O único pequeno estado que ainda está incluído na lista dos PTNC não é membro do Fundo. 9 Dos pequenos estados que têm um acordo de PRPC, a Gâmbia e a Guiana elaboraram DERP completos, ao passo que

Cabo Verde tem um DERP provisório e elaborou recentemente um relatório sobre a evolução da situação da elaboração do DERP.

10 Com a expiração do Acordo de Direito de Saque em meados de 2002, a Estónia passou a ter uma relação de vigilância com o Fundo.

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Assistência Técnica 8. A fim de auxiliar os pequenos estados a integrarem-se com êxito na nova conjuntura mundial, a maior parte da assistência do Fundo aos pequenos estados centra-se na assistência técnica destinada a ajudar a reforçar as capacidades e a abordar as implicações fiscais das reformas estruturais. A assistência técnica é proporcionada nas áreas básicas de competência do Fundo: política fiscal e administração, política monetária e acordos cambiais, questões do sector financeiro, e compilação e disseminação de estatísticas macro-económicas. O Fundo proporciona cada vez mais assistência técnica através de centros regionais que estão especialmente aptos para suprir as necessidades dos pequenos países em desenvolvimento. Os centros são operados conjuntamente com os doadores e os governos beneficiários, e são em grande parte financiados por organismos oficiais bilaterais e multilaterais. Esta abordagem ajuda muito à coordenação entre doadores e beneficiários, e verifica-se ser um maneira efectiva em função dos custos de assegurar que os pequenos estados recebam a assistência técnica e a formação de que necessitam. O Centro de Assistência Financeira e Técnica das Ilhas do Pacífico (CAFTP), que foi criado em 1993 em Fidji, concentra-se nos pequenos estados insulares em desenvolvimento da região do Pacífico, enquanto que o Centro Regional de Assistência Técnica das Caraíbas (CRATC), que abriu no outono de 2001 em Barbados, presta serviços à região das Caraíbas, na qual estão situados vários pequenos estados. O CRATC está actualmente a prestar assistência a um projecto destinado a ministrar formação às equipas dos países da UMCO na elaboração de programas financeiros, como parte do seu apoio aos esforços dos países membros do Banco Central das Caraíbas Orientais (BCCO) para delinear, executar e monitorar programas de estabilização e ajustamento. O Fundo também estabeleceu centros regionais de assistência técnica (CATAFRI) em Dar-es-Salaam, na Tanzânia, em Outubro de 2002 para prestar serviços a seis países da região da África Oriental, e em Bamako, no Mali, em Março de 2003 para prestar serviços a dez países de expressão francesa da África Ocidental. Estes centros vão ajudar os governos africanos, inclusivamente os dos pequenos estados, a construir e manter a capacidade de formular e executar as suas próprias políticas orientadas para o crescimento e a redução da pobreza. À luz da experiência destes dois centros, o Fundo poderá ponderar a criação de outros centros adicionais na África Subsariana. O Fundo também presta assistência técnica a grupos regionais, inclusivamente o CEMAC, a UEMAO, o Banco dos Estados da África Central (BEAC), o Banco Central dos Estados da África Ocidental (BCEAO), e tenciona ampliar as suas actividades a outros grupos, tais como, o Mercado Comum da África Oriental e Austral (COMESA). O Fundo proporciona também formação às autoridades dos países membros, inclusivamente as dos pequenos estados, tanto na sede como no Instituto Conjunto da África, situado em Tunes, o Instituto Conjunto de Viena, e o Instituto Regional de Formação FMI-Singapura. 9. Na área fiscal, a assistência técnica tem-se concentrado nas reformas fiscais, e inclusivamente na introdução de quadros jurídicos e administrativos para a gestão fiscal e financeira, os sistemas de imposto sobre o valor acrescento (IVA), a reforma da tributação indirecta e das empresas, e as implicações para as receitas da reestruturação das pautas aduaneiras. Através do CAFTP, por exemplo, o Fundo tem auxiliado os países das Ilhas do Pacífico a elaborar leis do orçamento, a estabelecer sistemas de tesouraria e de contabilidade, e a desenvolver mecanismos de controlo interno do orçamento. Através do CAFTP, o Fundo também auxiliou os pequenos estados na elaboração, execução e informação de orçamentos, assim como na gestão dos fundos de tesouraria. Uma missão do Fundo visitou recentemente o Butão para tratar de política e administração fiscal. O Fundo analisou e ofereceu assessoria relativa aos sistemas tributários de alguns países insulares das Caraíbas, no passado recente. Juntamente com o CRATC, ele manteve conversações com as autoridades nacionais com vista a definir uma estratégia regional abrangente para os países da Organização dos Estados das Caraíbas Orientais (OECO), especialmente no que respeita a tributação indirecta e os incentivos fiscais. Para abordar a situação fiscal difícil de Dominica, foi destacado para este país, a longo

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prazo, um perito em administração fiscal, sob a supervisão do CRATC. Além destas iniciativas, o Fundo está a ajudar os países da OECO e do BCCO a instaurar sistemas destinados a orientar e monitorar a execução das medidas acordadas para reforçar a gestão das despesas públicas nesta sub-região. 10. Na área financeira, a assistência técnica do Fundo apoiou os esforços das autoridades para reforçar a implementação de políticas monetárias e cambiais, e outras operações dos bancos centrais, para melhorar os sistemas de pagamentos, para liberalizar os regimes de divisas estrangeiras, para introduzir leis bancárias, para robustecer a supervisão bancária, e para abordar outras questões do sector bancário. Debaixo do guarda-chuva do programa de Avaliação de CFO, o Fundo prestou uma ampla assistência técnica aos pequenos estados para os auxiliar a promulgar leis, regulamentos e mecanismos de supervisão mais fortes destinados a reger os serviços financeiros “offshore”. Nas Caraíbas, alguns bancos centrais tinham recentemente, ou ainda têm, peritos residentes do Fundo para os ajudar na supervisão bancária (no Suriname) e nas operações e política monetárias (Trinidad e Tobago). Na mesma região, o CRATC está a auxiliar o BCCO na implementação de um quadro regulamentar integrado e abrangente para o sector financeiro dos países da OECO, o que vai incluir normas e procedimentos de luta contra a lavagem de capitais e de combate ao financiamento do terrorismo, para os examinadores bancários nacionais e extra-nacionais. No Pacífico, o Fundo presta muita assistência técnica à região, através do CAFTP, na área de supervisão bancária. A assistência técnica prestada pelo CATAFRI da África Oriental no sector financeiro tem-se concentrado até agora na supervisão bancária, nas operações e nos pagamentos monetários, ao passo que o CATAFRI da África Ocidental tem-se centrado sobretudo na gestão da dívida e do micro-financiamento. O Fundo também prestou apoio à modernização de infra-estruturas financeiras regionais, especialmente através de assistência técnica à COMESA, de um “serviço de pagamentos rápidos” para facilitar os pagamentos transfronteiriços. 11. Na área de estatística, o Sistema Geral de Disseminação de Dados (SGDD) estabelece um enquadramento que todos os estados membros, inclusivamente os pequenos estados, podem utilizar para reforçar as suas capacidades em matéria de estatística. O Fundo reconhece que essa estrutura tem que ser flexível para que os pequenos estados possam aceder a ela, tendo em conta os seus recursos limitados, especialmente em áreas como pessoal com formação e serviços de processamento de dados. Deste modo, o Fundo tentou identificar as necessidades especiais desses estados em matéria de estatística, e procurou uma maneira de reduzir os encargos inerentes à compilação e informação de dados. Dezasseis pequenos estados são actualmente participantes oficiais do SGDD11 . Em 2002 o Fundo iniciou dois novos projectos regionais, um para os países membros do CAFTP (incluindo Fidji, Kiribati, Palau, Ilhas Salomão, Tonga e Vanuatu), e outro para os países lusófonos da África (incluindo Cabo Verde e São Tomé e Príncipe) para ajudar a reforçar as suas capacidades em matéria de estatística utilizando o enquadramento do SGDD. Ambos os projectos estão a ser executados em colaboração com o Banco Mundial e outros organismos que trabalham nessa região. 12. Além de se concentrar nas consultas previstas no Artigo IV sobre a liberalização do comércio a fim de ajudar a estimular o crescimento, o Fundo também participa no Quadro Integrado de Assistência Técnica Relacionada com o Comércio para os países menos desenvolvidos. Este Quadro inclui a elaboração de estudos de diagnóstico sobre a integração do comércio, a realização de seminários nacionais com o objectivo de generalizar as questões comerciais nos planos de desenvolvimento nacionais e nos DERP dos países, e de apoiar o trabalho relativo a aumentar a capacidade comercial. Djibuti será o primeiro pequeno estado a

11 Antiga e Barbuda, Bahamas, Barbados, Botswana, Dominica, Fidji, Gâmbia, Gabão, Grenada, Guiné-Bissau, Malta,

Maurício, S. Kitts e Nevis, Sta. Lúcia, S. Vicente e Grenadinas e Suazilândia.

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beneficiar desse estudos. As Maldivas e São Tomé e Príncipe solicitaram recentemente a assistência do Quadro Integrado. 13. Nos pequenos estados que acabam de sair de conflitos, a assistência técnica do Fundo também se concentra na criação ou na renovação de instituições fiscais e financeiras. Em Timor Leste, por exemplo, um dos maiores beneficiários da assistência técnica do Fundo, a assistência levou à formulação de um sistema tributário e à criação de uma autoridade fiscal central, de um escritório central de pagamentos, e de um organismo incipiente de estatística. Quando a instabilidade política nas Ilhas Salomão for resolvida, o Fundo poderá prestar assistência técnica e assessoria de política a este país. Conclusão

14. Como foi acima indicado, o Fundo está envolvido activamente com os seus pequenos países membros de diversas maneiras. Ele continuará o seu envolvimento activo para ajudar esses países a adaptarem-se às mudanças do sistema financeiro internacional, a fim de apoiar os seus objectivos de desenvolvimento, e de os auxiliar a colher todos os benefícios da mundialização.

COMMUNIDADE EUROPEIA 37

ENQUADRAMENTO DA COMUNIDADE EUROPEIA

PROGRESSO REGISTADO NA IMPLEMENTAÇÃO DO PROGRAMA PARA ABORDAR OS DESAFIOS DO DESENVOLVIMENTO ENFRENTADO PELOS PEQUENOS ESTADOS NA ECONOMIA GLOBAL

________________________________________________________________________________

1. A Avaliação pelos Pares da Ajuda do CAD/OCDE da Comunidade Europeia (CE) declarou em Junho de 2002 que, “A CE é um grande doador com alcance global que melhorou substancialmente as suas políticas e estratégias de desenvolvimento e continua empenhada em implementar elementos das suas reformas nos próximos anos”. Os elementos para tornar a ajuda aos pequenos estados mais eficaz encontram-se incluídos nesta abordagem.

2. A Comissão Europeia reconhece que, durante o período de 2001 a 2003, as vulnerabilidades de pequenos estados em desenvolvimento e, mais em particular, pequenos estados insulares, na economia global não recuaram. Estas vulnerabilidades devem-se principalmente à carência económica de rendimentos dos produtos básicos, turismo e actividades “offshore”. Esta situação poderá resultar numa capacidade reduzida de lidar com estes desafios globais como, por exemplo, melhorar os resultados da educação e saúde e padrões de protecção ambiental. Poderá igualmente afectar a capacidade desses países de lidar com a liberalização posterior no comércio de bens e serviços no contexto da OMC e outras negociações de acordos comerciais multilaterais contínuas.

3. No Conselho Europeu em Barcelona, em Março de 2002 – na véspera da Conferência sobre o Financiamento para o Desenvolvimento, em Monterrey – foi decidido um aumento na assistência ao desenvolvimento oficial da União Europeia (UE) do nível actual de 0,33% para 0,39%, que traduziria para $7 mil milhões adicionais por ano, em 2006. Esta decisão significou que os membros da UE actualmente abaixo do nível médio de 0,33% atingiriam esse nível, no máximo, em 2006. Quando o montante é acumulado para o período entre 2002 e 2006, resulta em $20 mil milhões adicionais que seriam disponibilizados pela UE para efeitos do desenvolvimento.

4. De acordo com o artigo 177º do Tratado da Comunidade Europeia, a política da Comunidade em matéria de cooperação para o desenvolvimento deverá fomentar:

• o desenvolvimento económico e social sustentável dos países em vias de desenvolvimento, em especial dos mais desfavorecidos;

• a inserção harmoniosa e progressiva dos países em vias de desenvolvimento na economia mundial;

• a luta contra a pobreza nos países em vias de desenvolvimento.

5. Estes objectivos foram confirmados e reforçados no artigo 1º do Acordo de Parceria ACP-UE (África, Caraíbas, Pacífico – União Europeia) assinado em Cotonou, no dia 23 de Junho de 2000, que realça o objectivo de reduzir a pobreza e apoiar as economias subdesenvolvidas e vulneráveis. Os países insulares, sem litoral e PMA (países menos avançados) pertencem a esta categoria.

6. Na sua Declaração sobre a Política de Desenvolvimento da Comunidade Europeia, de 10 de Novembro de 2000, o Conselho da União Europeia e a Comissão Europeia determinaram um número limitado de áreas às quais iriam proporcionar assistência, seleccionadas com base no seu

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contributo para a redução da pobreza e para a qual a acção comunitária oferece valor acrescentado:

• ligação entre comércio e desenvolvimento; • apoio à integração e à cooperação regionais; • apoio às políticas macro-económicas; • transportes; • segurança alimentar e desenvolvimento rural sustentável; • reforço das capacidades institucionais, designadamente em matéria de boa administração e de

Estado de Direito.

7. A Declaração especifica igualmente que, em conformidade com o quadro macro-económico, a Comunidade deve igualmente prosseguir o seu apoio aos sectores sociais (saúde, educação), nomeadamente com vista a assegurar um acesso equitativo aos serviços sociais. Além disso, conforme previsto no artigo 20º do Acordo de Cotonou, “a fim de assegurar a sua integração em todos os domínios da cooperação, convém assegurar que as questões temáticas ou transversais seguintes sejam sistematicamente tidas em conta: as questões de género, o ambiente, o desenvolvimento institucional e o reforço das capacidades”. Tendo adaptado a ajuda de acordo às necessidades de cada país em desenvolvimento, a Comunidade Europeia considera que esta nova orientação pode ajudar os pequenos estados a tomar decisões sobre a assistência estrangeira recebida da Comunidade Europeia, numa forma mais simples e realista.

8. Os objectivos acima mencionados, os objectivos internacionais estabelecidos pelo Programa de Acção de Barbados sobre os problemas do desenvolvimento nos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento – conforme revisto e actualizado na 22ª Sessão Extraordinária da Assembleia Geral das Nações Unidas em Setembro de 1999 – e os trabalhos da “Task Force” Conjunta do Secretariado da Commonwealth/Banco Mundial sobre pequenos estados, bem como os planos de acção nacional, económico, social e de política apresentados pelos pequenos estados e o mandato concedido por outras Conferências da ONU e o processo de Doha, constituem um ponto de partida para a formulação de Estratégias de Apoio a Países, estabelecidas pela UE cara a cara com os pequenos estados que recebem assistência financeira da Comunidade Europeia.

9. Em Novembro de 2000, o Conselho da União Europeia reafirmou a importância de reforçar o processo para a programação da ajuda comunitária. Uma estrutura comum para Documentos de Estratégia de País (CSP - Country Strategy Papers) encontra-se agora aplicada à assistência a todas as categorias de países em vias de desenvolvimento e em transição: países do grupo ACP ao abrigo do Acordo de Parceria de Cotonou, bem como os países da Ásia, América Latina, Europa de Leste e Ásia Central, Balcãs Ocidentais e Mediterrâneos ao abrigo das respectivas Regulamentações de Ajuda Geográfica. Os pequenos estados encontram-se incluídos nesta abordagem. De modo a facilitar a implementação da abordagem CSP, o Grupo de Apoio à Qualidade Interdepartamental da Comissão Europeia instruiu os Serviços e as Delegações no local acerca da necessidade de uma forte titularidade de país, considerando a própria agenda de política do país. Para os países de baixo rendimento envolvidos na formulação das Estratégias de Redução de Pobreza, pressupõe-se que o ponto de partida será o processo de Documento de Estratégia de Redução de Pobreza.

10. O Tratado da União Europeia prevê que a Comunidade e os respectivos Estados Membros coordenem as suas políticas sobre a cooperação para o desenvolvimento e efectuem consultas entre si sobre os seus programas de ajuda, incluindo em organizações internacionais e durante

COMMUNIDADE EUROPEIA 39

conferências internacionais. Neste contexto, a Comissão Europeia lançou uma iniciativa a fim de maximizar a partilha de informações e complementaridade com os esforços dos governos e parceiros da sociedade civil, intervenções dos Estados-Membros e actividades de outros doadores bilaterais e multilaterais. Foi estabelecida uma matriz de doador, considerando dezassete sectores de intervenção para cada país beneficiário, de acordo com a nomenclatura do CAD, ou seja, educação, saúde, água, administração, função pública, cultura, transportes, serviços de negócios, agricultura, exploração mineira, comércio, ambiente, social, desenvolvimento rural e segurança alimentar, ajustamento estrutural e apoio orçamental e outros.

11. A concentração de esforços num número limitado de áreas é fundamentalmente importante para os pequenos estados, onde existe muitas vezes uma necessidade de reduzir a lacuna no fornecimento de serviços sociais básicos na educação e saúde entre a capital e o território periférico, como é o caso das ilhas externas. Sempre que possível, a incidência em projectos individuais deverá ser gradualmente substituída por um programa sectorial ou abordagem baseada nas políticas, apoiando políticas nacionais coerentes em cada sector ou área de cooperação. Nesta fase, a Comunidade Europeia é, a seguir ao Banco Mundial, o principal doador a apoiar este tipo de abordagem, após ter concluído que a multiplicidade de projectos e os diversos requisitos específicos dos doadores e procedimentos de implementação debilitam a controlo das políticas pelas autoridades nacionais – especialmente nos pequenos estados com uma administração nacional limitada – e impedem o desenvolvimento da capacidade local. Ao mesmo tempo, as avaliações revelam que os projectos múltiplos não favorecem o desenvolvimento de uma política de sector nacional coerente e conduzem à fragmentação, duplicação de esforços, perda de coerência entre as acções financiadas por recursos locais e externos, e desenvolvimento sectorial desequilibrado a nível geográfico e sub-sectorial.

12. A UE reconhece a importância crescente dos bens públicos mundiais (ambiente, saúde, conhecimento, paz e segurança e administração) no contexto dos esforços internacionais destinados a alcançar o desenvolvimento sustentável, e considera que esta é uma questão do maior interesse para os pequenos estados, indiscutivelmente, os mais vulneráveis às questões mundiais. Os modelos existentes de globalização económica não estão a produzir os resultados necessários para a erradicação da pobreza e a protecção do nosso futuro. A Comunidade Europeia encontra-se agora a analisar a recomendação do PNUD para uma separação clara entre assistência ao desenvolvimento aos países em desenvolvimento e o financiamento de bens públicos mundiais através de “novos fundos globais”, uma vez que as questões mundiais beneficiam tanto os países em desenvolvimento como os desenvolvidos. A Comissão Europeia concorda que o custo da inacção nalgumas dessas áreas (por exemplo, conflitos, desastres) encontra-se a aumentar e seria superior ao custo de uma acção preventiva.

13. Na qualidade de um dos maiores participantes no comércio mundial, a UE apoia totalmente o diagnóstico contido no parágrafo 35 da Declaração de Doha da OMC - emitida no final da Quarta Conferência Ministerial da OMC (Novembro de 2001) - concedendo um mandato ao Conselho Geral da OMC para examinar os desafios específicos das pequenas economias e produzir recomendações para a próxima Conferência Ministerial a ser realizada no México em 2003. A Comunidade Europeia já se encontra a participar nas sessões específicas a serem organizadas pelo Comité de Comércio e Desenvolvimento e está empenhada em trabalhar com pequenas economias da OMC, de modo a alcançar o mandato do grupo.

14. A Comunidade Europeia dispõe de um programa de apoio à OMC de 10 milhões de Euros que visa abordar as necessidades dos países em desenvolvimento do grupo ACP quanto a assistência

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técnica relativamente ao processo Doha. Está a ser concedido apoio para facilitar a participação efectiva dos países do grupo ACP e das organizações em negociações, reforçar a sua capacidade de implementação e ajudá-los no processo de adesão à OMC. Os representantes do sector privado (câmaras de comércio, associações comerciais, etc.) podem igualmente candidatar-se e são elegíveis ao benefício do projecto. O programa é administrado por uma unidade de gestão do programa, sediada em Bruxelas, e supervisionada por um comité directivo, presidido pelo Secretariado do grupo ACP. O projecto apoiará, entre outros, a representação dos pequenos estados do Pacífico e Caraíbas Orientais na OMC em Genebra.

15. A Comunidade Europeia definiu um programa de apoio aos Acordos de Parceria Económica (APEs) no valor de 20 milhões de Euros, de modo a permitir aos países do grupo ACP efectuar e participar efectivamente nas negociações relativas a APEs, conforme previsto no Acordo de Parceria de Cotonou. O apoio pode ser prestado a estudos de impacto, desenvolvimento de posições de negociações, formação em técnica de negociação, assistência técnica relacionada com o comércio, estudo de questões de integração regional mais vasta, etc. Como os APEs são grátis e apoiam mutuamente o processo da OMC, toda a assistência técnica fornecida no contexto do APE apoiará igualmente programa de Doha e vice-versa. O projecto é administrado por um comité de direcção que é presidido pelo Secretariado do grupo ACP. Já foram organizados seminários regionais para a África Ocidental, Central, Austral e Oriental, Caraíbas e Pacífico. Foram financiados estudos sobre a compatibilidade das políticas comerciais a nível regional para todos os principais projectos de integração regional de que fazem parte os pequenos estados. O programa já apoia vários pequenos estados do grupo ACP com avaliações de impacto, formação e organização de reuniões.

16. Em Julho de 2003, a Comunidade Europeia aprovou igualmente um novo programa de criação de capacidade comercial intra-ACP de 50 milhões de euros chamado “Trade.Com”. Este novo serviço foi concebido, levando em conta as lições obtidas dos projectos de assistência existentes relacionados com o comércio, e desempenhará um papel central no fornecimento de assistência relacionada com o comércio ao grupo ACP. Foi concebido para ajudar os países do grupo ACP a avaliar as suas necessidades, definir as suas prioridades e formular os planos de acção mais apropriados, de modo a ultrapassar os obstáculos que impedem a expansão comercial. Existem três componentes principais: reforço de capacidades analíticas e de pesquisa locais para formulação de políticas comerciais; desenvolvimento de uma rede de especialistas em comércio no grupo ACP, com base nos secretariados das organizações regionais e nos ministérios comerciais de países individuais; e iniciação de actividades piloto para o reforço institucional na área de serviços de apoio comercial (especialmente através da criação de um ambiente regulamentar favorável para ultrapassar as barreiras técnicas e sanitárias e fitossanitárias para expansão comercial). Será dedicada atenção especial à cobertura geográfica justa e à disseminação de melhor prática, de modo a encorajar a rede e cooperação intra-ACP.

17. Para além dos programas indicativos nacionais (PINs) para pequenos estados do grupo ACP, existem igualmente programas indicativos regionais (PIRs) que beneficiam os pequenos estados. O 9º Fundo Europeu de Desenvolvimento atribuiu 57 milhões de euros às Caraíbas e 29 milhões de euros ao Pacífico. Esses dois programas regionais compreendem pequenos estados (salvo muito raras excepções). Os outros programas regionais compreendem pequenos e grandes estados: África Oriental e Austral (COMESA/IGAD/EAC/IOC), 223 milhões de euros; África Austral (SADC), 101 milhões de euros; África Central (CEMAC, incluindo São Tomé e Príncipe), 55 milhões de euros; e África Ocidental (ECOWAS, incluindo a Mauritânia), 235 milhões de euros.

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Existem igualmente programas de cooperação da UE em pequenos estados fora do grupo ACP (por exemplo, Butão e Maldivas) .

18. Um Quadro Especial de Assistência (QES) para fornecedores tradicionais de bananas do grupo ACP1, a maior parte dos quais são pequenos estados em desenvolvimento, foi implementado pela União Europeia em 1999, de modo a ajudá-los a lidar melhor com a transição para o novo regime comercial na UE. Até agora, o montante orçado anualmente tem sido aproximadamente 40 a 44 milhões de euros. O objectivo global é uma melhoria da competitividade no sector de produção tradicional de bananas do grupo ACP, ou o apoio à diversificação nos casos onde a competitividade já não é alcançável.

19. Fora da lista de pequenos estados do Secretariado da Commonwealth/Banco Mundial, trinta e sete receberam notificação das distribuições financeiras programáveis nacionais e indicativas para 2002-2007. Os pacotes financeiros variam dos 91 milhões de euros para o Botswana para os 2,3 milhões de euros para Nauru (apenas recentemente integrado no grupo ACP, juntamente com as Ilhas Cook, os Estados Federados da Micronésia, as Ilhas Marshall, Palau e Niue). Por motivos políticos, o CSP de Fiji ainda não foi assinado. Chipre e Malta são candidatos para adesão à UE e, por conseguinte, gozam de um estatuto totalmente diferente.

20. A UE encontra-se a apoiar o trabalho contra práticas tributárias prejudiciais, que requer a cooperação administrativa apropriada e troca de informações na área dos impostos a nível internacional. A UE estabeleceu um pacote de impostos para atacar a concorrência tributária prejudicial. Na sua Comunicação sobre Política Fiscal na UE de 2001, a Comunidade Europeia indicou que, “As políticas comunitárias sobre a ajuda para o desenvolvimento e o acesso aos mercados da UE deverão ter o efeito de encorajar e recompensar a cooperação com a agenda de concorrência tributária leal”. A Comunidade Europeia encontra-se agora a examinar a forma como deverá ajudar os paraísos fiscais cooperantes na implementação do seu empenho, enquanto que a OCDE e os respectivos membros encontram-se igualmente a examinar a forma como poderão ajudar melhor os paraísos fiscais cooperantes.

21. No dia 6 de Julho de 2002, a Comunidade Europeia e a República de Quiribati assinaram um Acordo bilateral de Pesca do Atum para um período inicial de três anos. Este acordo encontra-se agora em processo de ratificação. Trata-se do primeiro acordo negociado com um pequeno estado do Pacífico. Em troca do fornecimento de algumas possibilidades de pesca para embarcações europeias, Quiribati receberá uma contribuição financeira no montante de 546.000 euros para o primeiro ano e um mínimo de 416.000 euros para os dois anos seguintes. Quiribati decidiu igualmente aplicar 100.000 euros por ano em medidas direccionadas, com vista a reforçar a sua participação em organizações de pesca regionais e internacionais e apoiar a capacidade institucional de pesca do país. Além disso, os proprietários de embarcações da Comunidade Europeia terão de pagar 35 euros por tonelada de atum pescado nas águas de Quiribati. De entre os acordos de pesca anteriores com pequenos estados incluem-se Cabo Verde, Comores, Gabão, Gâmbia, Guiné Equatorial, Guiné-Bissau, Ilhas Maurício, São Tomé e Príncipe e Seicheles.

22. De acordo com os compromissos anteriores reafirmados na Cimeira UE/América Latina/Caraíbas em Madrid, em Maio de 2002, a UE continuará a apoiar os esforços nacionais e regionais para o combate ao tráfico de droga e branqueamento de capitais associado.

1 Belize, Camarões, Cabo Verde, Dominica, Granada, Costa do Marfim, Jamaica, Madagáscar, Somália, Santa Lúcia, São

Vicente e Granadinas, Suriname.

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23. Considerando que alguns pequenos estados se encontram actualmente a enfrentar a possibilidade

de um conflito ou instabilidade política, grande parte da população local sofre devido a esta situação e o resultante declínio das possibilidades económicas, a Comunidade Europeia financiou várias actividades relacionadas com direitos humanos, tolerância e boa administração. As Ilhas Fiji foram seleccionadas para serem o país de foco para a Iniciativa Europeia para a Democracia e Direitos Humanos para o período de 2002-2004, que se concentra em duas áreas: direitos humanos e educação cívica e promoção do diálogo e reconciliação entre os grupos étnicos. De entre os parceiros e intervenientes a serem envolvidos neste projecto incluem-se a Comissão dos Direitos Humanos de Fiji, o Ministério da Reconciliação Nacional, Relações de Informação e Media, a Universidade do Pacífico Sul e algumas organizações de sociedade civil activas em matéria de direitos humanos.

24. A UE estará continuamente associada aos esforços internacionais para promover melhor cooperação internacional nas áreas de interesse especial para pequenos estados. Neste contexto, a posição da UE na Cimeira de Joanesburgo sobre o Desenvolvimento Sustentável, a Resolução 55/203 da ONU (promoção de uma abordagem de gestão integrada à área do Mar das Caraíbas no contexto do desenvolvimento sustentável) e a Resolução 56/198 da ONU (mais implementação no resultado da Conferência Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável de Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento) definiram uma linha de diálogo construtivo com parceiros dos pequenos estados em vias de desenvolvimento.

25. As Delegações e Escritórios da Comissão Europeia nos pequenos estados – agora com poderes alargados após o processo de “desconcentração” aprovado pela Comunidade Europeia – continuarão a organizar diálogos construtivos com governos parceiros, a fim de criar a melhor estrutura para fornecer ajuda regional e nacional e criar condições na área do comércio para países beneficiários, de modo a disporem das melhores possibilidades para ultrapassar as suas vulnerabilidades.

Última actualização: 21 de Agosto de 2003

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PROGRAMA DE TRABALHO DA OMC SOBRE AS PEQUENAS ECONOMIAS

Contributo para o Fórum dos Pequenos Estados 2003

I. INTRODUÇÃO 1. O trabalho sobre as pequenas economias no seio da Organização Mundial do Comércio (OMC) continuou com maior intensidade durante o último ano como preparação para a Quinta Conferência Ministerial da OMC. Este trabalho teve a sua origem na Quarta Conferência Ministerial da OMC, realizada em Doha em 2001, quando os Membros acordaram estabelecer um programa de trabalho para as pequenas economias no seio da OMC. No seguimento da Conferência Ministerial de Doha, o Conselho Geral da OMC adoptou o “Enquadramento e Procedimentos” para o Programa de Trabalho sobre as Pequenas Economias. O Comité de Comércio e Desenvolvimento (CTD) recebeu a incumbência de efectuar o Programa de Trabalho para as pequenas economias em sessões para a discussão na especialidade. 2. O Comité de Comércio e Desenvolvimento começou formalmente o seu trabalho em Sessões para Discussão na Especialidade em Abril de 2002. Desde então, realizaram-se Cinco Sessões Formais para a Discussão na Especialidade a 25 de Abril de 2002, 1 de Julho de 2002, 4 de Novembro de 2002, 10 de Março de 2003 e 17 de Julho de 2003. Como muitos dos pequenos países Membros da OMC não têm representação permanente em Genebra, os proponentes do Programa de Trabalho solicitaram que as Sessões para Discussão na Especialidade do CTD fossem marcadas de forma a coincidir com a realização da “Semanas de Genebra para os Membros e Observadores Não Residentes” da OMC. Este pedido foi atendido na medida do possível, o que permitiu que muitos dos pequenos países Membros e Observadores da OMC sem escritórios permanentes em Genebra participassem no Programa de Trabalho sobre as Pequenas Economias. II. O TRABALHO SOBRE AS PEQUENAS ECONOMIAS NA OMC 3. O trabalho das Sessões para Discussão na Especialidade valeu-se, até à data, sobretudo de apresentações feitas pelas delegações e documentos preparados pelo Secretariado.1 Para a primeira Sessão para Discussão na Especialidade, as delegações de Barbados, Belize, Bolívia, Cuba, República Dominicana, El Salvador, Fiji, Guatemala2, Haiti, Honduras, Jamaica, Maurícias, Nicarágua, Papuásia Nova Guiné, Paraguai, Ilhas Salomão, Sri Lanka, Trinidad e Tobago submeteram à apreciação um documento intitulado “Programa de Trabalho sobre as Pequenas Economias – Questões Relativas ao Comércio das Pequenas Economias". Este documento identifica as questões relacionadas com o comércio que são de particular preocupação para as pequenas

1 Os documentos preparados pelo Secretariado estão descritos na Secção III. 2 Na 4ª Sessão para Discussão na Especialidade, a delegação da Guatemala anunciou que não continuaria a estar associada aos

proponentes do Programa de Trabalho sobre as pequenas economias.

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economias. Discutiram-se então várias questões relativas às características das pequenas economias e os problemas com que elas se deparam. Pediu-se aos autores do documento que tivessem em conta os comentários feitos à sua obra e que desenvolvessem um “roteiro” a ser apresentado na Segunda Sessão para Discussão na Especialidade. 4. Para a Segunda Sessão para Discussão na Especialidade, foram apresentadas duas propostas. A delegação de Macau, China, apresentou um documento intitulado “Programa de Trabalho sobre as Pequenas Economias – Impedimentos Estruturais das Pequenas Economias” que se ocupa dos impedimentos estruturais das pequenas economias e a natureza das suas vulnerabilidades económicas. A segunda apresentação foi submetida pelas delegações de Barbados, Belize, Bolívia, Cuba, República Dominicana, El Salvador, Fiji, Guatemala2, Honduras, Maurícias, Mongólia, Nicarágua, Papuásia Nova Guiné, Paraguai e Sri Lanka, e contem 17 propostas específicas sobre o modo como solucionar algumas das preocupações e problemas que afectam o comércio das pequenas economias que tinham sido mencionados na apresentação anterior.3 As propostas dizem respeito aos seguintes acordos da OMC: GATT 1994, anti-dumping, subsídios e medidas compensadoras, salvaguarda, medidas sanitárias e fitossanitárias, barreiras técnicas ao comércio e resolução de diferendos. Adicionalmente, algumas das propostas não dizem respeito a acordos específicos mas lidam, de uma forma ampla, com assistência técnica e criação de capacidade, reclassificação e adesão. Os membros tiveram uma discussão inicial informal, fizeram perguntas e indicaram a necessidade de se discutir de novo o conteúdo das duas apresentações. 5. Continuaram, assim, na Terceira Sessão, discussões mais detalhadas sobre as duas apresentações e especialmente sobre as 17 propostas feitas. Para a Terceira Sessão para Discussão na Especialidade, um grupo de pequenas economias fez uma apresentação adicional que continha respostas a um número de questões que foram levantadas pela delegação dos Estados Unidos sobre as propostas apresentadas pelas pequenas economias. 6. As delegações de Barbados, Belize, Bolívia, Cuba, República Dominicana, Ilhas Fiji, Honduras, Maurícias, Mongólia, Papuásia Nova Guiné, Paraguai, Ilhas Salomão, Sri Lanka, Tonga e Trinidad e Tobago apresentaram uma nova proposta na Quarta Sessão da Especialidade.4 Essa proposta contém um projecto de decisão sobre acções respeitantes a questões próprias das pequenas economias. O projecto solicita ao Conselho Geral que utilize as 17 propostas que integram o documento da OMC WT/COMTD/SE/W/3 como a base para as recomendações de acções à Quinta Sessão da Conferência Ministerial. Os Membros apresentaram comentários ao projecto de decisão sugerido durante a Quarta Sessão da Especialidade. O Sr. Jaya Krishna Cuttaree, Ministro da Indústria e do Comércio Internacional das Maurícias e porta-voz do grupo das pequenas economias, esteve presente na Quinta Sessão para Discussão na Especialidade na qual se adoptou o relatório final do trabalho da OMC sobre as pequenas economias (ver Secção IV). 7. O Programa de Trabalho sobre as Pequenas Economias tem de apresentar regularmente relatórios ao Conselho Geral da OMC sobre o progresso registado nos trabalhos das Sessões da Especialidade. O Programa de Trabalho sobre Pequenas Economias é, portanto, um ponto sempre presente na ordem do dia das reuniões do Conselho Geral. Desde Maio de 2002 que se relata verbalmente o progresso alcançado às reuniões do Conselho Geral.

3 Documento OMC WT/COMTD/SE/W/3 4 Documento OMC WT/COMTD/SE/W/8

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III. DOCUMENTOS DO SECRETARIADO 8. Solicitou-se ao Secretariado OMC que contribuísse para o Programa de Trabalho sobre as Pequenas Economias com o fornecimento de vários documentos de base. O primeiro documento preparado pelo Secretariado, intitulado “Pequenas Economias: Uma Análise da Literatura”, contem um panorama do modo como a questão da pequena dimensão tem sido tratada na literatura económica, incluindo uma discussão das diferentes medidas de pequenez que têm sido utilizadas e um exame do modo como a questão da vulnerabilidade tem sido abordada na literatura económica. 9. Os Membros solicitaram que se efectuasse uma análise adicional sobre os pontos que tinham levantado durante a discussão relativa à Análise da Literatura. Em resposta ao pedido, o Secretariado preparou um documento mais analítico intitulado “Comércio e Desempenho Económico - O papel da dimensão económica?" que visava facultar aos países membros uma análise aprofundada das variáveis de relevância para as pequenas economias no sistema multilateral de comércio. Aborda com maior profundidade as questões discutidas na Análise da Literatura. Inclui também questões que os países membros indicaram como sendo de interesse para as pequenas economias em Sessões da Especialidade anteriores. Em particular, o documento discute a quota no comércio global como uma medida potencial para determinação da dimensão económica. Depois de se terem discutido as diferentes medidas da dimensão económica, o documento analisa um número de questões, tais como, de que modo as economias de escala e os custos dos transportes afectam a competitividade das pequenas economias nos mercados globais, em que medida a dimensão económica afecta a abertura das economias ao comércio e a diversificação da sua estrutura de exportação, a maneira como os dados sobre volatilidade nas receitas de exportação e volatilidade no produto interno bruto (PIB) revelam a vulnerabilidade das economias aos choques externos, e de que modo a dimensão económica está associada com medidas de desempenho económico, em especial o PIB per capita e o crescimento do PIB per capita. 10. Os países membros também pediram ao Secretariado que compilasse uma lista das estipulações da OMC relevantes para as pequenas economias. Em resposta a esta solicitação, o Secretariado preparou um documento que enumera as determinações que podiam ter um interesse especial para as pequenas economias. Todos os três documentos acima referidos foram apresentados na Terceira Sessão para Discussão na Especialidade. III. FUTURO TRABALHO DA OMC SOBRE PEQUENAS ECONOMIAS

11. Em conformidade com os procedimentos da OMC, foi adoptado um relatório sobre o trabalho efectuado no âmbito do Programa de Trabalho sobre as Pequenas Economias pela Quinta Sessão da Especialidade e enviado ao Conselho Geral da OMC. Este relatório também contém recomendações de trabalho futuro. Os Países membros unanimemente concordaram que embora tivessem sido analisadas muitas questões relativas ao comércio das pequenas economias nas Sessões da Especialidade do CTD e se tivessem feito propostas de respostas, era ainda necessário um trabalho adicional para se cumprir o mandato da Declaração Ministerial de Doha. Os membros consideraram-se satisfeitos com o trabalho efectuado nas Sessões da Especialidade e entenderam que o processo educacional inicial acerca dos problemas relativos ao comércio nas pequenas economias tinha sido útil e completo. Foram apresentadas à mesa uma série de propostas sobre o modo como lidar com alguns dos problemas particulares enfrentados pelas pequenas economias e todos concordaram que essas propostas podiam representar um ponto de partida para a continuação do trabalho.

OMC 46

12. Nestas circunstâncias, os países membros da OMC propuseram que a Quinta Conferência Ministerial da OMC instruísse o CTD no sentido de continuar o seu trabalho em Sessões para Discussão na Especialidade sob a responsabilidade global do Conselho Geral de acordo com o mandato contido na Declaração Ministerial de Doha e em conformidade com o Enquadramento e Procedimento do Programa de Trabalho sobre as Pequenas Economias. Os Membros recomendaram ainda que o objectivo fosse a conclusão do trabalho tão rápida quanto possível, e nunca depois de 1 de Janeiro de 2005. 13. A decisão final quanto ao trabalho futuro sobre pequenas economias na OMC será tomada pela Quinta Conferência Ministerial da OMC, a realizar-se em Cancun, México, de 10 a 14 de Setembro de 2003.

__________

OMC

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LISTA DE DOCUMENTOS DA OMC RELATIVOS AO TRABALHO SOBRE PEQUENAS ECONOMIAS

Documentos básicos:

WT/COMTD/SE/1 Relatório do Comité de Comércio e Desenvolvimento ao Conselho Geral na Sessão para Discussão na Especialidade.

Documentos em fase de preparação

WT/COMTD/SE/W/1/Rev.1 Programa de Trabalho sobre Pequenas Economias – Questões Relativas ao Comércio nas Pequenas Economias – Comunicação de Barbados, Belize, Bolívia, Cuba, República Dominicana, El Salvador, Fiji, Guatemala, Haiti, Honduras, Jamaica, Maurícias, Nicarágua, Papuásia Nova Guiné, Paraguai, Ilhas Salomão, Sri Lanka, Trinidad e Tobago

WT/COMTD/SE/W/2 Programa de Trabalho sobre Pequenas Economias – Comunicação de Macau, China – Impedimentos Estruturais nas Pequenas Economias

WT/COMTD/SE/W/3 Programa de Trabalho sobre Pequenas Economias – Propostas concretas para solucionar certas preocupações e problemas específicos que afectam o Comércio nas Pequenas Economias – Comunicação de Barbados, Belize, Bolívia, República Dominicana, Guatemala, Honduras, Maurícias e Sri Lanka

WT/COMTD/SE/W/4 Pequenas Economias: Uma Análise da Literatura – Nota do Secretariado

WT/COMTD/SE/W/5 Comércio e Desempenho Económico: O Papel da Dimensão Económica? – Nota do Secretariado

WT/COMTD/SE/W/6 + Corr.1 Estipulações da OMC com Interesse Particular Potencial para as Pequenas Economias – Nota pelo Secretariado

WT/COMTD/SE/W/7 Questões dos Estados Unidos e Respostas Iniciais relativamente a Propostas contidas no documento OMC WT/COMTD/SE/W/3 – Questões dos Estados Unidos sobre Propostas Relativas às Pequenas Economias

WT/COMTD/SE/W/8 Recomendações para acções a tomar pelo Conselho Geral – Projecto de Decisão sobre Pequenas Economias – Comunicação de Barbados, Belize, Bolívia, Cuba, República Dominicana, Ilhas Fiji, Maurícias, Ilhas Salomão, Sri Lanka, Tonga e Trinidad e Tobago

Relatórios sobre Reuniões:

WT/COMTD/SE/M/1 Nota sobre a Reunião de 25 de Abril de 2002

WT/COMTD/SE/M/2 Nota sobre a Reunião de 1 de Julho de 2002

WT/COMTD/SE/M/3 Nota sobre a Reunião de 4 de Novembro de 2002

WT/COMTD/SE/M/4 Nota sobre a Reunião de 10 de Março de 2003

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izaç

ão d

o co

mér

cio

Apo

io su

bsta

ntiv

o ao

s SID

S,

pref

eren

cial

men

te a

nív

eis

regi

onai

s, so

bre

ques

tões

ec

onóm

icas

rele

vant

es.

Todo

s os

país

es

mem

bros

da

AO

SIS

Todo

s os

SID

S To

dos o

s SI

DS

No

pass

ado,

as i

nfor

maç

ões d

e fu

ndo

da

UN

CTA

D e

ram

util

izad

as p

elos

AO

SIS

em

acon

teci

men

tos r

elev

ante

s da

NU

(e.g

. U

NC

TAD

X, B

angu

ecoq

ue, F

ever

eiro

de

2000

). V

er a

baix

o ut

iliza

ções

esp

ecífi

cas

Cor

robo

raçã

o da

def

esa

de u

m tr

atam

ento

es

peci

al d

ifere

ncia

do d

os S

IDS

no c

onte

xto

de M

auríc

ias 2

004

pier

re.e

ncon

tre@

unct

ad.o

rg

pier

re.e

ncon

tre@

unct

ad.o

rg

pier

re.e

ncon

tre

@un

ctad

.org

UN

CT

AD

50

Áre

a ou

suje

ito d

e ac

ção

Nat

urez

a da

acç

ão

Pa

íses

B

enef

iciá

rios

Uso

par

ticul

ar d

e re

sulta

dos r

elev

ante

s C

onta

cto

de

pess

oas

rele

vant

es n

a U

NC

TA

D

Suje

ito a

ped

ido

espe

cífic

o da

A

OSI

S ou

de

um S

IDS

indi

vidu

al, a

poio

aos

SID

S na

su

a pr

epar

ação

par

a a

UN

CTA

D X

I (S

ão P

aulo

, 13-

18 Ju

nho

de 2

004)

A

com

panh

amen

to d

a Te

rcei

ra

Con

ferê

ncia

das

NU

sobr

e Pa

íses

Men

os

Des

envo

lvid

os/L

DC

III

(Bru

xela

s, M

aio

de 2

001)

Su

jeito

ao

pedi

do e

spec

ífico

de

um S

IDS

indi

vidu

al e

re

levâ

ncia

par

a o

man

dato

da

UN

CTA

D, a

poio

aos

SID

S no

ac

ompa

nham

ento

das

co

nfer

ênci

as in

tern

acio

nais

re

leva

ntes

(Mon

tere

y,

Joan

esbu

rgo)

N

a O

rgan

izaç

ão M

undi

al d

o C

omér

cio:

Espe

cial

ate

nção

às

preo

cupa

ções

de

dese

nvol

vim

ento

dos

SID

S re

leva

ntes

par

a o

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da

UN

CTA

D

Apo

io e

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os S

IDS

men

os

dese

nvol

vido

s num

a in

icia

tiva

pós L

DC

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Apo

io d

e co

nsul

toria

Todo

s os

SID

S (m

embr

os

da

UN

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D)

Cab

o V

erde

C

omor

os

Kiri

bati

Mal

diva

s Sa

moa

o To

e Pr

ínci

pe

Ilhas

Sa

lom

ão

Tuva

lu

Van

uatu

To

dos o

s SI

DS

Os r

esul

tado

s de

traba

lhos

rele

vant

es p

odem

se

r util

izad

os p

elos

SID

S qu

er c

omo

orie

ntaç

ões d

e po

lític

as q

uer p

ara

just

ifica

r ai

nda

mai

s a a

cção

da

UN

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D e

m fa

vor

dos S

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O

apo

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a U

NC

TAD

pod

e se

r util

izad

o po

r pa

íses

rele

vant

es c

om v

ista

à im

plem

enta

ção

de c

ompr

omis

sos t

omad

os n

o LD

C II

I no

enqu

adra

men

to d

o Pr

ogra

ma

de A

cção

dos

LD

Cs p

ara

a dé

cada

200

1-20

10.

Os S

IDS

pode

m u

tiliz

ar o

apo

io d

a U

NC

TAD

com

vis

ta à

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cuçã

o de

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mpr

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sos f

eito

s nas

con

ferê

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s re

leva

ntes

.

Dep

ende

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do

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nto

(coo

rden

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po

r pi

erre

.enc

ontre

@un

ctad

.org

)

pier

re.e

ncon

tre@

unct

ad.o

rg

Dep

ende

ndo

do

assu

nto

UN

CT

AD

51

Áre

a ou

suje

ito d

e ac

ção

Nat

urez

a da

acç

ão

Pa

íses

B

enef

iciá

rios

Uso

par

ticul

ar d

e re

sulta

dos r

elev

ante

s C

onta

cto

de

pess

oas

rele

vant

es n

a U

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TA

D

Apo

io a

os S

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mem

bros

e

obse

rvad

ores

da

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C, n

o co

ntex

to d

o Pr

ogra

ma

de

Trab

alho

da

Org

aniz

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sobr

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quen

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cono

mia

s A

gric

ultu

ra

Serv

iços

Pare

cer a

os S

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mem

bros

e

obse

rvad

ores

, na

sua

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sa d

e um

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amen

to e

spec

ial

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renc

iado

com

fund

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to

nas d

efic

iênc

ias e

stru

tura

is e

vu

lner

abili

dade

eco

nóm

ica

Pare

cer a

os S

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na fo

rmul

ação

do

s pon

tos d

e ne

goci

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re

leva

ntes

no

âmbi

to d

o A

cord

o de

Agr

icul

tura

Pa

rece

r aos

SID

S na

pre

para

ção

dos p

onto

s neg

ocia

is re

leva

ntes

no

âm

bito

do

GA

TS

Todo

s os

SID

S,

mem

bros

e

obse

rvad

ore

s da

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C

Todo

s os

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S m

embr

os d

a O

MC

To

dos o

s SI

DS

mem

bros

da

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C

Trab

alho

ana

lític

o da

UN

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D so

bre

os

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S qu

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pró

prio

s SID

S, m

embr

os o

u ob

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ador

es d

a O

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, con

side

rem

útil

par

a co

rrob

orar

o c

aso

de tr

atam

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esp

ecia

l dos

SI

DS.

Fo

i util

izad

o um

est

udo

da U

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TAD

em

D

omin

ica,

Jam

aica

, Mau

rícia

s, St

. Kitt

s e

Nev

is, S

ta. L

úcia

, S.V

icen

te e

Gre

nadi

nas,

e Tr

inid

ad e

Tob

ago,

em

Dez

embr

o de

200

0,

para

um

a co

mun

icaç

ão p

elos

SID

S so

bre

as

nego

ciaç

ões d

e ag

ricul

tura

da

OM

C

(G/A

G/N

G/W

/97)

. A

ser d

eter

min

ado

Dep

ende

do

assu

nto

(ver

ab

aixo

) m

iho.

shiro

tori

@

unct

ad.o

rg

davi

d.di

az@

un

ctad

.org

no

rber

t.leb

ale

@

unct

ad.o

rg

2. P

esqu

isa

e an

ális

es

Trab

alho

s em

cur

so so

bre

os

assu

ntos

segu

inte

s (a

mai

or

part

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s tra

balh

os e

xecu

tado

s co

m v

ista

à fu

tura

pub

licaç

ão

da U

NC

TAD

sobr

e SI

DS

para

M

aurí

cias

200

4)

UN

CT

AD

52

Áre

a ou

suje

ito d

e ac

ção

Nat

urez

a da

acç

ão

Pa

íses

B

enef

iciá

rios

Uso

par

ticul

ar d

e re

sulta

dos r

elev

ante

s C

onta

cto

de

pess

oas

rele

vant

es n

a U

NC

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D

A v

ulne

rabi

lidad

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s SID

S ao

s ch

oque

s ext

erno

s SI

DS

e a

ques

tão

da

recl

assi

ficaç

ão d

a si

tuaç

ão d

e Pa

ís M

enos

Des

envo

lvid

o Ev

oluç

ão, e

stra

tégi

as e

nov

as

opor

tuni

dade

s na

espe

cial

izaç

ão

econ

ómic

a do

s SID

S Li

bera

lizaç

ão d

o co

mér

cio

mul

tilat

eral

: im

plic

açõe

s par

a os

SID

S O

s SID

S e

a lib

eral

izaç

ão d

o co

mér

cio

agríc

ola

Pesq

uisa

bas

eada

em

dad

os d

as

NU

, com

vis

ta a

subs

tanc

iar o

ca

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trat

amen

to e

spec

ial

dife

renc

iado

dos

SID

S no

qu

adro

da

coop

eraç

ão

inte

rnac

iona

l A

nális

e de

cas

os d

e SI

DS

de

recl

assi

ficaç

ão p

oten

cial

Pe

squi

sa so

bre

as te

ndên

cias

na

espe

cial

izaç

ão e

conó

mic

a do

s SI

DS

e op

ortu

nida

des n

os n

ovos

se

ctor

es e

conó

mic

os d

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tere

sse

espe

cial

par

a os

SID

S In

vent

ário

das

que

stõe

s de

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ress

e es

peci

al p

ara

os S

IDS

na O

MC

, e d

efes

a de

um

tra

tam

ento

esp

ecia

l dife

renc

iado

In

vest

igaç

ão n

o pa

ís in

teiro

par

a fa

cilit

ar a

form

ulaç

ão d

e po

ntos

ne

goci

ais d

e in

tere

sse

parti

cula

r pa

ra o

s SID

S

Todo

s os

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S C

abo

Ver

de

Mal

diva

s Sa

moa

V

anua

tu

Todo

s os

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S To

dos o

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DS,

m

embr

os e

ob

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ador

es d

a O

MC

To

dos o

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DS,

m

embr

os e

ob

serv

ador

es d

a O

MC

Info

rmaç

ão d

e ba

se te

m si

do ú

til e

m v

ária

s ac

tivid

ades

de

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sa d

e po

ntos

de

vist

a O

s paí

ses r

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s util

izar

am o

trab

alho

da

UN

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D n

as su

as a

pres

enta

ções

ao

ECO

SOC

no

cont

exto

da

anál

ise

da li

sta

dos

LDC

s. In

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ação

de

base

gen

éric

a Te

m si

do u

tiliz

ada

pelo

s SID

S in

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ação

de

refe

rênc

ia n

as a

ctiv

idad

es d

e de

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de

inte

ress

es.

Tem

sido

util

izad

a pe

los S

IDS

info

rmaç

ão

de re

ferê

ncia

nas

act

ivid

ades

de

defe

sa d

e in

tere

sses

rele

vant

es.

pier

re.e

ncon

tre@

unct

ad.o

rg

pier

re.e

ncon

tre@

unct

ad.o

rg

pier

re.e

ncon

tre@

unct

ad.o

rg

bona

pas.o

ngug

lo @

unct

ad.o

rg

mih

o.sh

iroto

ri@

un

ctad

.org

UN

CT

AD

53

Áre

a ou

suje

ito d

e ac

ção

Nat

urez

a da

acç

ão

Pa

íses

B

enef

iciá

rios

Uso

par

ticul

ar d

e re

sulta

dos r

elev

ante

s C

onta

cto

de

pess

oas

rele

vant

es n

a U

NC

TA

D

Com

érci

o e

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ente

: um

a re

laçã

o im

porta

nte

para

os

SID

S O

s SID

S e

a lib

eral

izaç

ão d

o co

mér

cio

e se

us se

rviç

os

Os S

IDS

e a

indú

stria

da

mús

ica

Libe

raliz

ação

do

com

érci

o e

inte

graç

ão re

gion

al n

as

Car

aíba

s e n

o Pa

cífic

o

Aná

lise

de q

uest

ões r

elev

ante

s pa

ra o

s pad

rões

rele

vant

es d

o am

bien

te, e

xpor

taçõ

es

orgâ

nica

s, e

expo

rtaçõ

es c

om

base

em

con

heci

men

to

tradi

cion

al a

ssoc

iado

com

a

biod

iver

sida

de

Inve

ntár

io d

as q

uest

ões

rele

vant

es p

ara

os S

IDS

no

âmbi

to d

o G

ATS

Pa

rece

r sob

re o

aum

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dos

co

ntrib

utos

loca

is e

op

ortu

nida

des e

conó

mic

as

espe

rada

s da

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stria

da

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ica

nos S

IDS

Aná

lise

deta

lhad

a da

s que

stõe

s re

gion

ais r

elev

ante

s

SID

S m

embr

os d

o Se

cret

aria

do

do F

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da

s Ilh

as d

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o To

dos o

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DS,

m

embr

os e

ob

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ador

es d

a O

MC

En

foqu

e te

m

sido

nos

SI

DS

das

Car

aíba

s e

Oce

ano

Índi

co

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S da

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araí

bas e

Pa

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o,

mas

o

assu

nto

tam

bém

tem

in

tere

sse

para

os

outro

s SID

S

Tem

sido

util

izad

a pe

los S

IDS

info

rmaç

ão

de fu

ndo

na fo

rmul

ação

das

pol

ítica

s re

leva

ntes

Te

m si

do u

tiliz

ada

pelo

s SID

S in

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ação

de

refe

rênc

ia n

a tra

duçã

o de

est

raté

gias

de

dese

nvol

vim

ento

de

serv

iços

em

cal

endá

rios

de c

ompr

omis

sos e

rest

riçõe

s ao

abrig

o do

G

ATS

. A

info

rmaç

ão d

e re

ferê

ncia

é im

porta

nte

para

os S

IDS

que

proc

urem

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ular

po

lític

as n

acio

nais

par

a es

te se

ctor

ec

onóm

ico.

In

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de

refe

rênc

ia é

par

ticul

arm

ente

út

il pa

ra a

s act

ivid

ades

rele

vant

es d

e co

oper

ação

técn

ica

(sen

sibi

lizaç

ão,

form

ação

).

rene

.vos

sena

ar@

un

ctad

.org

da

vid.

diaz

@

unct

ad.o

rg

norb

ert.l

ebal

e@

un

ctad

.org

ze

ljka.

kozu

l-w

right

@

unct

ad.o

rg

bona

pas.o

ngug

lo@

unct

ad.o

rg

UN

CT

AD

54

Áre

a ou

suje

ito d

e ac

ção

Nat

urez

a da

acç

ão

Pa

íses

B

enef

iciá

rios

Uso

par

ticul

ar d

e re

sulta

dos r

elev

ante

s C

onta

cto

de

pess

oas

rele

vant

es n

a U

NC

TA

D

A re

laçã

o pr

ogre

ssiv

a en

tre o

s SI

DS

do g

rupo

AC

P e

a U

nião

Eu

rope

ia

Inve

ntár

io d

as q

uest

ões

rele

vant

es, c

om p

artic

ular

re

ferê

ncia

ao

aces

so a

o m

erca

do

31 S

IDS

do

grup

o A

CP

A in

form

ação

de

refe

rênc

ia é

pa

rticu

larm

ente

útil

nas

act

ivid

ades

de

coop

eraç

ão té

cnic

a re

leva

ntes

.

bona

pas.o

ngug

lo@

unct

ad.o

rg

3. C

oope

raçã

o té

cnic

a

Prep

araç

ão d

os p

erfis

de

vuln

erab

ilida

de d

os L

DC

s que

se

tenh

am a

prox

imad

o do

lim

iar d

e in

clus

ão n

a lis

ta d

os

LDC

s, ou

do

pata

mar

par

a re

clas

sific

ação

da

situ

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de

País

es M

enos

Des

envo

lvid

os

(LD

Cs)

Polít

ica

com

erci

al:

Neg

ocia

ções

par

a ad

esão

à

OM

C, o

u ne

goci

açõe

s em

cur

so

ou fu

tura

s na

OM

C

Neg

ocia

ções

no

cont

exto

da

inte

graç

ão re

gion

al

Polít

ica

de c

onco

rrên

cia

Trab

alho

ana

lític

o co

m b

ase

nas

dim

ensõ

es p

rinci

pais

da

vuln

erab

ilida

de e

conó

mic

a (a

agor

a, a

pena

s par

a ca

sos d

e re

clas

sific

ação

) Se

rviç

os d

e co

nsul

toria

, se

nsib

iliza

ção

e fo

rmaç

ão

Serv

iços

de

cons

ulto

ria,

sens

ibili

zaçã

o e

form

ação

Se

rviç

os d

e co

nsul

toria

, se

nsib

iliza

ção

e fo

rmaç

ão

Cab

o V

erde

M

aldi

vas

Sam

oa

Van

uatu

Sa

moa

Pa

íses

das

ilh

as d

o Pa

cífic

o B

arba

dos e

pa

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O

ECS,

M

auríc

ias

Têm

sido

util

izad

os p

erfis

de

vuln

erab

ilida

de e

spec

ífico

s a c

ada

país

pel

o C

omité

de

Des

envo

lvim

ento

de

Polít

icas

, pa

ra fi

ns d

e ca

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clas

sific

ação

Fo

i fei

to u

m d

iagn

óstic

o da

pol

ítica

co

mer

cial

à lu

z de

um

a an

ális

e de

que

stõe

s se

ctor

iais

cha

ve.

Fora

m id

entif

icad

as a

s im

plic

açõe

s nas

neg

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ções

rele

vant

es p

ara

a en

trada

do

país

na

OM

C.

Os S

IDS

do P

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co p

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