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Intercom Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicao XXVIII Congresso Brasileiro de Cincias da Comunicao Uerj 5 a 9 de setembro de 2005
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Da Janela do meu Quarto Discutindo a interferncia sobre o real e um novo momento no cenrio de vdeo documentrio nacional.1 SIMONE JUBERT2 ALUNA, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO. Resumo O artigo estuda o curta-documentrio Da Janela do Meu Quarto, de, Cao Guimares. Levanta tambm a discusso de uma esttica do mnimo, ou uma esttica do real, que se referem forma como o filme foi captado, baseadas na experincia do realizador e no menor ndice de interferncia possvel sobre a realidade. O filme realizado por acaso quando da janela de um quarto de hotel Cao observa duas crianas brincando e grava sem ser notado por elas. Tambm abre a discusso sobre o novo momento no cenrio de curtas e de documentrios nacional, assinalado aqui pela prpria premiao do filme de Cao nos mais importantes festivais brasileiros. Pensamos assim, como uma nova possibilidade esttica ou a discusso da mesma abre caminhos para se repensar o cinema e seus gneros, a questo da criatividade e do valor da arte. Palavras-chave Documentrio; curta-metragem; esttica; real.
Atualmente, nos esforos de traar um histrico do Documentrio, consideram-
se nesta categoria j as primeiras imagens registradas pelos irmos Lumire, sendo
pensado, dessa forma (como mesmo cita Elinaldo Teixeira no livro Documentrio no
Brasil Tradio e Transformaes), o documentrio como gnero inaugural do
cinema. Inicialmente, gnero sem a conscincia enquanto gnero, mas hodierno inserido
dentro de tal rotulao pelo fato de utilizar o real como matria-prima: a cmera
colocada espontaneamente diante de uma situao e entregue realidade que se desloca,
realidade sem intermediaes diretas nos fatos que se sucedem.
No caso Lumire, ainda temos uma provvel intermediao que a interao
indireta ou direta de quem filmado com a cmera. A idia de que o momento est
sendo capturado influindo numa possvel modificao das atitudes e do prprio fluir do
real perante a percepo do registro ( interessante, porm, destacar aqui que em tal
poca no se tinha a familiaridade com as cmeras que temos hoje. Para muitos elas
poderiam passar totalmente desapercebidas, para outros poderia causar um grande
impacto e mudana no comportamento).
Trabalho apresentado ao NP 07 Comunicao Audiovisual, do V Encontro dos Ncleos de Pesquisa da Intercom 2 Simone Jubert ([email protected]), jornalista, mestranda da Universidade Federal de Pernambuco, pesquisa atualmente as relaes entre o trabalho de Eduardo Coutinho com o Teatro do Oprimido de Augusto Boal.
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Ento, quando repetimos este mesmo ato de posicionar a cmera frente a um fato
cotidiano, aparentemente banal, sem a conscincia das pessoas envolvidas em tal fato
como um voyeur que a tudo observa, sem ser observado e escolhendo o que deseja
observar podemos dizer ento que o nvel de intermediao no real nulo, ou quase
nulo. Nulo porque no funciona aqui a idia do pantipo, de se saber sendo observado,
mas sem saber de onde e por quem.
E quando somos observados sem saber, apenas se age, apenas se o que se quer
e se escolhe ser, sem se estar preocupado com algum suporte de observncia, ou se
sentindo mediado por tal suporte a um segundo olhar. Ento temos o fragmento de uma
realidade, sem interferncias diretas em sua substncia enquanto acontecimento.
Esse o caso do vdeo Da Janela do meu Quarto, do diretor mineiro Cao
Guimares. Trata-se de um curta metragem com a durao de cinco minutos, realizado
no ano de 2004, em Super 8/DV, e que foi gravado, segundo o prprio Cao, por acaso.
Ele conta que estava a passeio em Belm, hospedado num hotel e, de repente,
viu pela janela do quarto duas crianas brincando de brigar na chuva. A prpria sinopse
do filme diz: Da janela do meu quarto eu vi, sobre a areia molhada e sob um resto de
chuva, uma briga amorosa entre duas crianas.
Cao coloca a cmera na janela sem ser notado e grava toda brincadeira. Observa
tudo. Escolhe os ngulos, aproxima a lente ou a afasta quando bem entende. O filme
termina quando a brincadeira tambm termina e as crianas saem correndo, afastando-se
de frente do quarto e sumindo do alcance da cmera.
Posteriormente, na montagem do curta, Cao muda um pouco a ordem das
imagens mas sem comprometer a linearidade da trama e desacelera o ritmo das
cenas, conferindo um carter potico ao filme, que por si s j possua grande carga de
poesia: o instante capturado, inocente por no se saber capturado. A impossibilidade de
repetio. O ldico. O fugidio.
Cao Guimares ainda conta com a ajuda do grupo musical e de produo sonora
O Grivo na elaborao de uma trilha composta por barulhos que remetem a sons de
chuva, e outros sons que so dispostos de forma sutil durante o vdeo e que acabam
criando sim uma certa ambincia, mas ambincia essa que simula os possveis sons do
momento (o barulho da chuva, alguns troves) e outros que remetem a sons do silncio,
aqueles sons que s escutamos quando tudo est silente e tranqilo, e remete a sons
internos e desconexos que permeiam os pensamentos.
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Porm, um dos aspectos mais interessantes a respeito de Da Janela do meu
quarto no est ligado nem forma e nem como o filme foi captado e editado. Chama
ateno o filme ter sido bastante premiado nos festivais nacionais (Melhor Vdeo no
Zoon Cine Esquema Novo de 2004, Melhor Documentrio do Curta Cinema 2004,
Meno Especial no Festival Encontros de Cinema da Amrica Latina de Toulouse,
Melhor Curta Documentrio da Competio Brasileira do Tudo Verdade de 2005, e
recentemente foi selecionado para quinzena dos realizadores Cannes 2005) e grande
parte dessas premiaes o colocam dentro da categoria de documentrio.
Mais uma vez, nos deparamos com a idia do documentrio enquanto gnero a
partir do contato do olho do realizador com o real. O simples observar, remetendo ao
cinema dos primrdios. Obviamente, h diferenas do olhar de Lumire para o olhar de
Guimares. Os primeiros filmes eram, geralmente, planos seqncias sem muitos cortes
e efeitos posteriores de edio, enquanto o filme de Cao Guimares possui, por mais
simples que seja, uma montagem que lana luz a uma interpretao, a um efeito de
sentido da imagem.
Pensar o documentrio como gnero inaugural do cinema, ajuda-nos a classificar
Da janela... como um, mesmo que hoje consideremos habitualmente como
documentrio o que fruto de um histrico de prticas do ato de documentar no
audiovisual. Como diz Mariana Baltar (2004):
So prticas que constituem e operam um dilogo com a tradio documentria. Considera-se a tradio no como formulao purista do que se define documentrio. O que ela indica a projeo imaginria de um senso comum que, rapidamente, vai reconhecer no filme as marcas estticas do que deveria ser um documentrio. As regras de formulao que compem o documentrio tradicional, numa composio determinada historicamente qual seja, uso expositivo de voz over, orientao da montagem por uma lgica argumentativa/dissertativa, a ideologia documental propriamente dita -, influenciam fortemente na definio do filme documentrio e orientam a expectativa da audincia.
Mesmo no possuindo caractersticas comumente atribudas ao documentrio
como o conhecemos hoje, ou como fomos acostumados a conhecer, tanto as imagens do
primeiro cinema, quanto as do curta metragem de Cao, trazem em si a fora da realidade
que emerge de forma banal, mas ganha status de documento pelo registro, o que
Francisco Elinaldo Teixeira (2004) chama de potncia disruptiva das imagens
inaugurais do cinema.
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Mesmo se em ambos no h dilogos, ou uma narratividade imposta (a trama s
existe porque o real existe e acontece sem aparatos narrativos e de linguagem exterior
ao fato em si para contar a histria, ainda que haja a linguagem da direo do olhar),
mesmo que explicitamente s consigamos ver as luzes de uma ideologia documental de
expresso pretensamente objetiva da realidade.
A interferncia mxima que h no real a mediao desse real por quem registra
para quem vai ver o que foi registrado. Ou seja, mais uma vez tocamos na questo do
posicionamento do olhar. O que a cmera enquadra, para onde foca, o que revela ou
deixa de revelar.
No caso de Da janela do meu quarto trata-se de um espetculo da experincia
de quem registra, e no de quem registrado, uma experincia que nem sequer quem
filmado sabe que o . Dessa forma, classificaramos o filme como documentrio por
possuir uma esttica do mnimo, ou uma esttica do real (por no haver interferncias
diretas no mesmo e no deixar o olhar de quem observa influenciar na situao que se
registra).
Dessa forma, a esttica do mnimo seria, primordialmente, a realidade sob a
moldura do olhar de quem realiza o filme, a experincia do momento da filmagem em
si. A arte do momento presente, feita a partir de qualquer coisa que se queira. Uma
esttica imbuda de um valor moderno, mesmo dentro uma engrenagem ps-moderna,
ou, podemos tambm dizer, um mecanismo do mnimo dentro de uma lgica
maximalista.
Para entender esse valor necessrio pensar na trajetria da arte moderna, no
modernismo em sua essncia democrtica, seu desligamento da tradio e da pura
imitao (ainda que imitao da vida, interferncia sobre ela ou um novo olhar sobre,
prope e vai alm dessa mera imitao), a busca dos temas cotidianos, a familiaridade
das paisagens e assuntos, a idia de que qualquer coisa pode ser arte, passando pelo
conceito do ready-made, a assimilao de todo e qualquer tema, a banalidade, o trivial, e
at mesmo o movimento dadasta tentando superar a oposio entre vida e arte, valor
moderno como bem coloca Lipovetsky (1983) ao traar um breve histrico da arte
moderna:
A arte e a vida so aqui e agora. Mais tarde, J. Cage propor que se considere como msica qualquer rudo de um concerto, e Bem chega idia de arte total: Escultura de arte total: erga-se uma coisa qualquer Msica de arte total: oua-se seja que for Pintura de arte total: olhe-se qualquer coisa. Fim da elevao sobreeminente da arte, que se rene vida e sai para a rua, a poesia deve ser feita por todos, no por um, a
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ao mais interessante que o resultado, tudo arte: o processo democrtico corri as hierarquias e cumes, a insurreio contra a cultura, seja qual for a sua radicalidade nihilista, s foi possvel pela cultura do homo aequalis.
O cinema dentro dessa lgica tem papel destacvel. Ismail Xavier, na Terceira
Conferncia Internacional do Documentrio Imagens da Subjetividade", ao participar da
Mesa: O Sujeito Extraordinrio, com Eduardo Coutinho e Jorge Furtado (So Paulo,
09-11/04/2003.), elucidou melhor sobre esse ponto, ao afirmar que:
No sculo XX, comea-se a dar importncia fundamental ao momento particular, a um determinado instante e nisso h uma sensibilidade produzida no somente na literatura, mas tambm nas artes plsticas. Essa idia do momento fugidio a ser fixado fundamental, pois tem a ver com a absoro, no mundo das representaes, do que instvel, inclusive na esfera do sujeito. Esse um espao de ao do cinema.
Vemos assim em Da janela do meu quarto reflexos desse valor, a partir do
momento em que seu realizador capta o momento banal, escorregadio e que nunca se
repetir, apenas acrescentando ao registro no momento da montagem, elementos
mnimos de interferncia.
A interferncia a experincia esttica direta de quem registra. Constitui-se,
assim, um documentrio que no um elaborado para se alcanar uma experincia
esttica, mas sim uma experincia esttica para se alcanar uma outra. Ou seja, a
fruio, interpretao ou apreenso da obra no parte de uma elaborao narrativa do
que contar/mostrar.
Ento, o que se conta o que aparece espontaneamente diante dos olhos, o
resultado da experincia esttica do realizador no momento em que um fato acontece
(impossvel de ser repetido ou de ter suas conseqncias previstas), a experincia
consiste em olhar perigosamente, sem precedentes, incipientemente por possuir o
carter de uma vez nica nunca vivenciada - o que lhe aprouver.
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O referido texto encontra-se no livro O cinema do real, organizado por Maria Dora Mouro e Amir Labaki.
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Decerto, poderamos dizer que em toda e qualquer obra o autor escolhe o quer
ver, o que mostrar e o que falar ou deixar falar. Mas no caso de Da janela... temos
uma diferena importante, ele nem sequer sabia o que ia filmar, no sabia o que esperar
do momento.
Obviamente, em documentrios o elemento surpresa algo com que o
documentarista j conta, mas dentro de um mnimo de conhecimento sobre o que olha,
com um mnimo ou mximo dependendo da proposta do realizador - de interao com
o que filma. Cao Guimares, neste caso, no saberia o que iria acontecer, o que poderia
ver, que novos elementos poderiam se juntar ou no trama, e de que forma iria acabar
o que se sucedia, ou mesmo se o que teria em mos seria suficiente para elaborao de
um vdeo.
Shusterman (1998) cita Dewey e coloca a respeito da questo da experincia
que:
Ver a arte como experincia responde a todos esses problemas colocados pela separao entre arte e vida. Como experincia, a arte evidentemente uma parte de nossa vida, uma forma especialmente expressiva de nossa realidade, e no uma simples imitao fictcia dela. Em segundo lugar, dado que a experincia precisa combinar os diferentes motivos e materiais que constituem nosso meio, e visto que ns abordamos cada contexto atravs de uma percepo intencional, podemos esperar que a experincia artstica acolha elementos prticos e cognitivos sem perder sua legitimidade esttica. Dewey bem explcito em relao a esse ponto. A experincia esttica sempre mais que esttica. Seus materiais diversos, que no so em si intrinsecamente estticos, tornam-se estticos medida que entram num movimento rtmico ordenado em vista de uma consumao. O material amplamente humano (e inclui o prtico, o social e o educativo) e a funo da arte a de mold-lo num todo integrado.
A experincia esttica de Da janela... como j falamos aqui, a imagem do
real sob a moldura do olhar do realizador, sem a interferncia brusca de outras molduras
de linguagens e de uma interao mnima com aquilo que visto.
Essa esttica do mnimo, ou do real, assinala um importante momento tanto
dentro do cenrio de curtas como do documentarismo nacional. Um vdeo com uma
esttica realmente simplista, constando em sua ficha tcnica apenas dois nomes (o de
Cao e o do grupo O Grivo), inicialmente competindo com outros filmes feitos com
oramentos bem maiores e, ou, de maior elaborao esttica, e num segundo momento
ganhar na competio de todos eles.
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Dentro do mbito dos curta metragens brasileiros, Da janela... assinala um
novo momento que quebra com uma certa ditadura dos curtas realizados a partir do
financiamentos de seus roteiros, o que beneficiou dessa forma, durante um perodo de
mais ou menos 6 anos de 1997 a 2003, vide s leis de incentivo e as formas de
financiamentos criadas - a produo nacional de curtas com uma preocupao excessiva
com a qualidade tcnica, uma certa sacralizao e canonizao do que seriam roteiros
de qualidade ou roteiros que teriam potencial para merecerem patrocnio. Da janela...
certamente no se encaixa nessa categoria, e quebra de vez dentro do histrico das
premiaes em festivais de curtas com esse tipo de prmio ao estabelecido.
J ao analisarmos Da janela... dentro do cenrio dos festivais que premiam
documentrios, podemos assinalar a vitria de um documentrio sem dilogos, em meio
a uma febre de documentrios que privilegiam essencialmente a fala, o que poderamos
chamar de fenmeno Eduardo Coutinho, j que seu mecanismo de trabalho vem sendo
amplamente utilizado na cena documental brasileira. O documentrio
predominantemente um lugar de fala, mas o prmio dado ao filme de Cao Guimares
levanta questes importantes para a discusso de tal gnero.
A no fala, a linguagem cinematogrfica pura, o real to real que se torna poesia.
O mnimo de interferncia sobre o objeto que se observa. Assim, podemos dizer que,
talvez, uma das maiores interferncias do autor sobre a obra seja o ttulo e a sinopse. A
partir do momento que Cao nos informa no prprio ttulo o ponto de vista em que se
encontrava no momento da captao, e na sinopse explica seu sentimento diante cena,
com tom potico: Da janela do meu quarto eu vi, sobre a areia molhada e sob um resto
de chuva, uma briga amorosa entre duas crianas.
Esses dados s vm a acrescentar na idia de uma esttica do mnimo
contribuindo para uma esttica do real. Afinal, o que explicita a obra se encontra fora
dela, no se fazendo necessrio em seu corpo de apresentao, e ainda assim fazendo
parte da mesma, numa uma espcie de ficha tcnica de referncias. A partir do ttulo
cria-se um elo entre realizador e espectador. Entre a cena e quem a assiste em vdeo, s
h o realizador e a cmera.
O objeto de Da janela..., portanto, no uma virtualidade, nem um duplo de
uma realidade, nem a realidade enquanto acontece sendo bruscamente interferida pela
utilizao de algum texto a narrar o que se v ou explicar os fatos que vemos, nem por
uma trilha sonora invasiva e que crie um sentido parte. Da janela... um momento
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do real que se sacraliza por no haver grandes modificaes em sua substncia de
realidade, e pelo fato de serem mnimas as interaes feitas na montagem.
Alm do mais, no vdeo de Cao Guimares, o lugar do documentarista tambm
o nosso lugar. Estamos no mesmo ponto de observao em que se encontra o realizador.
To incipiente diante do fato como ele durante a captao, sem saber da mesma forma
que o prprio diretor sobre o que iria acontecer nos minutos em diante. Essa surpresa e
fluidez do momento presente, a simplicidade do tema e a forma de abordagem do
mesmo, ajuda a se incentivar a discusso sobre o gnero documental como um todo,
bem como a se repensar na fora disruptiva das imagens do real, a realimentar as
discusses sobre gnero a fim de se traar melhor um histrico da categoria e as formas
de abordagem no estudo do documentarismo e sobre a criatividade no vdeo. Ao fim de
tudo, estamos todos na mesma janela.
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Referncias Bibliogrficas: BALTAR, Mariana. 2004. Autoridades Eletivas: o lugar do documentrio em meio ao universo audiovisual. Revista Fronteiras estudos miditicos. VI(1): 149-167, janeiro/junho 2004. Unisinos. BERNARDET, J.C. Cineastas e imagens do povo. So Paulo: Cia das Letras, 2003. LIPOVETSKY, Gilles. A era do vazio. Ensaio sobre o individualismo contemporneo.
Lisboa: Relgio Dgua, 1983. MOURO, Maria Dora & LABAKI, Amir (org.). O cinema do real. So Paulo. Cosac
Naify, 2005. SHUSTERMAN, Richard. Vivendo a arte. O pensamento pragmatista e a esttica
popular. So Paulo: ed. 34, 1998. TEIXEIRA, Francisco Elinaldo [Org.]. 2004. Documentrio no Brasil: tradio e
transformao. So Paulo: Summus.