246

Gasparetto Metafisica Da Saude Vol4

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Metafisica vol.4

Citation preview

  • Metafsica da Sade Volume 4 Sistema Nervoso (incluindo coluna vertebral) Valcapelli e Gasparetto 2008 Gasparetto e Valcapelli Direo de arte: Luiz Antnio Gasparetto Projeto grfico e capa: Ktia Cabello Ilustraes: Ktia Cabello, Mrcio Lipari e Priscila Noberto Reviso: Fernanda Rizzo Sanchez 1a edio 3a impresso 5.000 exemplares setembro 2011 Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP) (Cmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Valcapelli Metafsica da sade : sistema nervoso : (incluindo coluna vertebral) / Valcapelli & Gasparetto. - So Paulo : Centro de Estudos Vida & Conscincia Editora, 2008. - (Coleo metafsica da sade ; v. 4) ISBN 978-85-7722-019-9 1. Corpo e mente 2. Manifestaes psicolgicas de doenas 3. Metafsica 4. Ocultismo 5. Parapsicologia 6. Sistema nervoso - Doenas - Aspectos psicossomticos I. Gasparetto, Luiz Antnio. II. Ttulo. III. Srie. 08-03640 CDD-616.08 NLM-WM 9 ndices para catlogo sistemtico: 1. Medicina psicossomtica 616.08 Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta edio pode ser utilizada ou reproduzida, por qualquer forma ou meio, seja ele mecnico ou eletrnico, fotocpia, gravao etc, tampouco apropriada ou estocada em sistema de banco de dados, sem a expressa autorizao da editora (Lei n 5.988, de 14/12/1973). Editora Vida & Conscincia Rua Agostinho Gomes, 2.312 - So Paulo - SP - Brasil CEP 04206-001 [email protected] www.vidaeconsciencia.com.br

  • SUMRIO

    Apresentao ................................................................................... 7 Os Princpios da Metafsica .............................................................. 8 Os Caminhos da Metafsica da Sade .............................................. 11

    Sistema Nervoso .............................................................................. 21

    Sistema Nervoso Central ................................................................ 29 Sinapse ............................................................................................. 39 Neurotransmissores .......................................................................... 42 Acetilcolina ....................................................................................... 43 Miastenia .......................................................................................... 48 Dopamina ......................................................................................... 50 Noradrenalina e Adrenalina .............................................................. 53 Serotonina ......................................................................................... 54 Histamina ......................................................................................... 56 Meninges .......................................................................................... 61 Meningite ......................................................................................... 64 Crebro ............................................................................................. 70 Parkinson .......................................................................................... 80 Alzheimer e/ou Demncia ................................................................ 87 Dor de Cabea ou Enxaqueca ........................................................... 93 AVC (Acidente Vascular Cerebral) ................................................ 101 Epilepsia ou Convulso .................................................................. 110 Tiques ou Cacoetes ......................................................................... 116 Estresse ........................................................................................... 125 Burnout ........................................................................................... 136 Bulbo .............................................................................................. 144 Sono ................................................................................................ 147 Insnia ............................................................................................ 149 Cerebelo ......................................................................................... 155 Transtorno Bipolar do Humor ........................................................ 160 Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) ..................................... 168 Coluna Vertebral ............................................................................ 176 Postura Corporal ............................................................................. 183 Regio Cervical e Pescoo (Cervicalgia) ....................................... 185 Dor no Pescoo (Cervicalgia) ......................................................... 187

  • Torcica .......................................................................................... 189 Cifose .............................................................................................. 191 Escoliose ......................................................................................... 193 Lombar ........................................................................................... 198 Lordose ........................................................................................... 201 Hrnia de Disco ou Bico-de-Papagaio ............................................ 204 Sacro ............................................................................................... 208 Cccix ............................................................................................. 211

    Sistema Nervoso Perifrico .......................................................... 216 Nervos ............................................................................................ 216 Gnglios ......................................................................................... 219 Terminaes Nervosas .................................................................... 221 Trigmeo ........................................................................................ 225 Nevralgia do Trigmeo ................................................................... 228 Nervo Citico ................................................................................. 233 Dor Citica ..................................................................................... 235

    Consideraes Finais ...................................................................... 237

    Bibliografia .................................................................................... 239

  • APRESENTAO O sistema nervoso sempre foi uma incgnita para a cincia.

    Somente nos ltimos anos, com o desenvolvimento tecnolgico, a neurocincia avanou na descoberta de funes neurolgicas, antes desconhecidas.

    Recentemente foi descoberta a existncia de clulas nervosas que se regeneram, quebrando um importante conceito da neurologia, de que clulas nervosas no se regeneram.

    Esta obra exigiu um extenso estudo sobre as mais recentes descobertas da neurocincia. Os conhecimentos cientficos so imprescindveis para se compreender a relao metafsica entre as qualidades inerentes ao ser e o funcionamento do Sistema Nervoso.

    Alm dos aspectos fisiolgicos, existe a instncia psquica que, por sua vez, ainda mais complexa pela subjetividade e especificidade com que constituda a psique humana. Fez-se necessrio arrebanhar os conhecimentos das trs vertentes da psicologia: psicanaltica, comportamental e humanista.

    Apesar de as concepes metafsicas serem calcadas fundamentalmente no ser, consideram-se os nveis psicobiofsicos, nos quais se instala a sade ou manifestam-se as doenas. Afinal, so nas esferas fsicas e psicolgicas que os sinais se manifestam para serem estudados, inclusive, pela metafsica da sade.

    A abordagem metafsica no desconsidera nenhum desses fatores, ao contrrio, agrega conhecimentos para obter ampla viso dos processos de manifestaes do ser na vida.

    Desse modo, apresentamos a voc, leitor, mais esse importante estudo, que compe a obra Metafsica da Sade, agora composta por quatro volumes. Nossas pesquisas no param aqui, j estamos trabalhando no quinto volume, para que voc tenha uma viso ainda mais ampla das suas qualidades e reconhea os conflitos e as dificuldades relacionadas com as principais doenas que afetam o seu corpo.

    Valcapelli e Gasparetto

  • OS PRINCPIOS DA METAFSICA A Metafsica compreende os aspectos estruturais e

    energticos que coordenam as matrias orgnicas e inorgnicas. um estudo especial sobre a essncia do Universo, sua formao e dos seres que nele habitam. Ela proporciona uma tica ampla acerca dos fatores tempo e espao; da concepo de certo e errado e das categorias imutveis e eternas, que constituem as causas primitivas dos processos existenciais.

    O significado literal da palavra : meta = alm e fsica = matria, portanto, Metafsica refere-se quilo que est alm do fsico. Compreende as esferas psquicas, emocionais, energticas, espirituais e sentimentais. Essa terminologia foi criada por Aristteles, muito embora o filsofo tenha deixado esse assunto margem de suas investigaes. Esse estudo passou a ser organizado com o surgimento da Ontologia: uma parte da Metafsica que estuda o Ser enquanto Ser. A Metafsica parte do princpio de que a alma quem organiza a matria e no o fsico que cria a essncia.

    Empregar esse termo para referir-se meramente quilo que transcende o fsico, no faz jus ao profundo significado da palavra. Desde sua criao ela refere-se ao que essencial organizador dos processos estudados. Pode-se atribuir a terminologia a diferentes reas de estudos, desde que se investiguem os aspectos causais e no simplesmente aquilo que estiver alm do fato em si. Us-lo inadvertidamente, permanecendo na periferia dos processos, sem se aprofundar nas pesquisas, banaliza um termo que traz em si a responsabilidade, por parte de quem o emprega no seu trabalho, de alcanar os fundamentos centrais que definem os objetos da investigao.

    A concepo metafsica pode ser empregada em diferentes reas de estudos. Ns a utilizamos na sade. Intitulamos nosso

  • trabalho de Metafsica da Sade no intuito de investigar o corpo como veculo da vida, no qual se manifestam os potenciais e os sentimentos do ser.

    Nessa abordagem, os fundamentos metafsicos no esto distantes da sua realidade; ao contrrio, justamente no ambiente que se manifestam as causas metafsicas dos distrbios do corpo. A raiz dos problemas fsicos est na atitude interior, frente s situaes do cotidiano. A postura da pessoa determinante para a preservao da sade, e os conflitos interiores desencadeiam as doenas que afetam o organismo.

    O rgo afetado e o tipo de alterao que ele apresenta revelam como as pessoas se encontram numa determinada rea da vida e, metafisicamente, correlacionam-se com aquela parte do corpo. Observando e interpretando os comportamentos das pessoas, pode-se ter uma noo da sua vulnerabilidade determinada doena ou o fortalecimento de um determinado rgo.

    O corpo uma espcie de sensor que acusa o modo como o indivduo lida com os acontecimentos. Cada parte do organismo reflete uma emoo. Portanto, as alteraes metablicas tm origem no desequilbrio emocional. Todos enfrentam obstculos, porm cada um reage de um determinado jeito. Dependendo do modo como se enfrentam as adversidades, produz-se um determinado estado emocional. Dependendo dessa condio interior, mantm-se a sade ou so provocadas as doenas.

    Os prprios eventos exteriores, por si ss, refletem aquilo que cultivado interiormente. As atitudes mantidas ao longo da vida atraem as situaes compatveis ao modelo interior, conseqentemente essas ocorrncias provocam os abalos, intensificando os sentimentos nocivos e ocasionando prejuzos sade.

    O trabalho de observao do ambiente de trabalho e do estilo de vida que a pessoa mantm no lar, serve de visor do mundo interno. Ao mesmo tempo em que so identificados os tipos de reaes frente a certos acontecimentos, torna-se

  • possvel conhecer as crenas geradoras dos conflitos existenciais.

    A aquisio da conscincia metafsica das causas das disfunes do organismo proporciona um importante recurso para a reorganizao do mundo interno, que se reflete no somente no corpo, para resgatar a sade, mas tambm opera transformaes no ambiente exterior. Pode-se dizer que os mesmos conflitos emocionais que causaram a doena, tambm geraram os acontecimentos, que agravaram os sentimentos nocivos.

    As pessoas vivem nesse ciclo vicioso e no se do conta de que elas prprias conspiram a favor dos seus insucessos, e, por sua vez, frustram-se. Para conquistar a sade e melhorar a qualidade de vida, faz-se necessrio promover significativas mudanas, comeando dentro, para depois proceder no meio.

    O primeiro passo reformular as crenas. Em seguida, mudar a viso de mundo, interpretando os fenmenos exteriores de maneira mais complacente e menos conflituosa. Por fim, adotar novas atitudes, relacionar-se melhor consigo mesmo e com os outros, respeitar seus limites e cuidar do corpo. Assim sendo, a metafsica da sade representa um importante recurso de auto-ajuda.

  • OS CAMINHOS DA METAFSICA DA SADE

    Nosso trabalho de pesquisas metafsicas da sade consiste: 1) No estudo da fisiologia e anatomia. 2) Na identificao dos aspectos psico-emocionais. 3) Na observao de pessoas doentes para a constatao

    dos padres metafsicos das doenas. A primeira medida conhecer o funcionamento do rgo

    estudado e as caractersticas dos principais distrbios que o afetam.

    As caractersticas funcionais do rgo, ou seja, as funes que ele desempenha no organismo, so pontos de partida para que possamos desvendar as relaes metafsicas com os potenciais inerentes ao ser.

    Pode-se dizer que a anatomia e a fisiologia representam, para ns, estudiosos da metafsica da sade, espcies de fontes de inspirao para que possamos alcanar as qualidades latentes do ser. Essas, por sua vez, regem o funcionamento dos rgos. Exemplo: a maneira como o estmago processa os alimentos equivale ao jeito que a pessoa lida com os acontecimentos de sua vida1.

    As condies fisiolgicas das principais doenas que afetam os rgos so incontestveis. O estudo metafsico das doenas considera a existncia dos ingredientes patolgicos num rgo adoecido. Afinal, ele s adoece quando algum agente nocivo o afeta. Por esse motivo, a busca da cincia pelas causas orgnicas um procedimento eficiente no combate s doenas.

    1 Para saber mais, consulte: Metafsica da Sade, volume 1, p. 127 (Nota do Autor).

  • Um sentimento nocivo, por si s, no possui ingredientes somticos suficientes para se manifestar; preciso um agente fsico para estabelecer a doena no corpo.

    Os agentes fsicos causadores das doenas precisam ser combatidos. Esse papel vem sendo desempenhado pela medicina. No entanto, as doenas parecem se multiplicar, tanto aumentam os nmeros de casos, quanto surgem novas sndromes. Nas ltimas dcadas esse combate aos males fsicos, atuando exclusivamente no corpo, tem alimentado as indstrias farmacuticas e a medicina diagnstica. Essas empresas se tornaram gigantescos plos econmicos.

    O uso de medicamentos tornou-se praticamente rotina na vida das pessoas. Muitos preferem tomar um remdio a refletirem sobre o que interiormente no est bem. Isso favorece a proliferao de substncias que se propem a sanar os males fsicos. Inclusive o uso abusivo de substncias, sem se darem conta dos efeitos colaterais desses medicamentos.

    Nossa viso metafsica no se contrape cincia mdica, tampouco desestimula o uso de medicamentos. Ao contrrio, incentivamos as pessoas a procurarem um mdico, quando surgem alguns sintomas fsicos e, ainda, que elas sigam as recomendaes desse profissional de sade.

    Alm desse procedimento clssico e responsvel, propomos ao doente uma reflexo sobre a sua condio interna relacionada quele mal que afetou seu organismo, no sentido de colaborar com a promoo da sade. Esse procedimento permite medidas teraputicas que transcendem a esfera fsica, alcanando o universo interior e objetivando a promoo do bem-estar fsico e emocional.

    Apesar de os agentes fsicos causadores das doenas estarem presentes, elas ocorrem num ambiente emocionalmente propcio quela manifestao. Melhor dizendo, num momento de turbulncias existenciais, que provocam certos conflitos. Os sentimentos se desestabilizam, desorganizando os sistemas do corpo; isso causa a vulnerabilidade para a manifestao da doena.

  • Exemplo: a gripe causada fisicamente por vrus, no entanto ela se d tambm pela baixa imunolgica. Tanto o contgio do vrus, quanto a sua proliferao, acontece quando a pessoa se desorganiza interiormente, diante de situaes conflituosas de sua existncia2. O mesmo ocorre com outras infeces. No entanto, cada uma possui especificidade de sentimentos, que so metafisicamente estudados.

    *.*.* O segundo passo explorar o universo psico-emocional

    para compreender o funcionamento psquico, a manifestao dos pensamentos e o estado emocional da pessoa. Partimos do corpo para desvendar o ser que o habita. Procuramos identificar os potenciais latentes do ser, bem como os conflitos gerados pela represso dos potenciais.

    Obviamente, a prpria doena abala emocionalmente a pessoa, por causa dos sintomas de dor ou desconforto fsico que ela sofre. Mudar a rotina, ficar merc dos outros e dependente da ao dos medicamentos, provoca significativo abalo interior. Existem at reaes emocionais decorrentes de certas variaes orgnicas. Agitao, irritabilidade ou depresso so sintomas emocionais que fazem parte da descrio de algumas doenas, principalmente no que diz respeito aos distrbios hormonais. A variao de humor forte indcio de alteraes nas taxas de hormnios.

    No entanto, a viso metafsica concebe o fato de que as variaes de humor, bem como os conflitos emocionais precedem as doenas, e no so decorrentes delas. Uma pessoa adoece quando seu estado interior no est suficientemente bom para proporcionar ao organismo condies de reagir s interferncias do agente nocivo, que atinge o seu corpo.

    A sincronicidade entre o conflito psico-emocional com o desenvolvimento das doenas estende-se alm do prprio corpo, 2 Para saber mais, consulte: Metafsica da Sade, volume 1 (NA).

  • no qual ocorre a evoluo das doenas. A turbulncia interior conspira a favor do contgio com os agentes causadores das doenas, como os vrus ou as bactrias. Eles so praticamente atrados pela pessoa que possui padres emocionais compatveis. A vibrao causada pelos conflitos equivale mesma freqncia desses agentes, atraindo-os para o corpo por meio do contato com substncias infectadas ou a permanncia num recinto repleto de agentes virais.

    Quando esses agentes atingem o organismo, este se encontra frgil e com a imunidade baixa, por causa dos sentimentos turbulentos cultivados pela pessoa. Os conflitos emocionais bombardeiam o corpo, enfraquecendo principalmente os sistemas de defesas, possibilitando a instaurao da doena.

    Portanto, as condies do corpo, tais como sade ou doena, so reflexos do universo interior. Baseados nisso, adotamos o organismo como ponto de partida para a investigao da metafsica da sade.

    Consideramos que tanto a sade quanto as doenas so produzidas pelos padres de comportamentos. O estudo da metafsica da sade parte da explorao dos aspectos fsicos e existenciais, para fazer uma espcie de mergulho no universo interior, investigando os mais caros sentimentos gerados diante das ocorrncias exteriores. Melhor dizendo, como a pessoa responde quilo que acontece ao seu redor. O jeito como ela interpreta o que lhe acontece, bem como os sentimentos que ela cultiva interiormente, so fatores determinantes para manter a sua sade, como tambm podem provocar doenas no corpo. Resumindo, a maneira como a pessoa se constri diante dos acontecimentos exteriores define o seu estado emocional e, conseqentemente, fsico.

    Os potenciais inerentes ao ser representam metafisicamente fontes de sade do corpo. Cada rgo regido por uma determinada qualidade. medida que as pessoas movimentam suas qualidades, alm de se aprimorarem, graas ao uso de suas habilidades, geram foras positivas que fortalecem o seu prprio organismo. Assim sendo, o manejo adequado das

  • virtudes promove simultaneamente vigor fsico e realizao pessoal.

    O principal foco dos estudos metafsicos a investigao desse universo interior, em busca do que a pessoa acredita e sente. As crenas geram os sentimentos, que figuram na esfera emocional. As emoes desencadeiam os pensamentos, que, por sua vez, promovem as atitudes, transformando-se em aes no mundo.

    Resumidamente, pode-se dizer que uma pessoa saudvel aquela que age com naturalidade, apresentando boa desenvoltura para lidar com os acontecimentos. E algum doente aquele que se queixa, indigna-se com facilidade e/ou lida com os acontecimentos de maneira conflituosa; principalmente com os problemas relacionados ao tipo de doena que o corpo apresenta.

    Essa relao metafsica especfica a cada rgo e principais doenas que o afeta, fazem parte das temticas contidas em todos os volumes da srie Metafsica da Sade.

    Ao consultar a obra em busca de respostas metafsicas para algum mal que o aflige ou afeta um amigo ou um ente querido, aconselhamos a leitura, no somente das doenas isoladamente, mas tambm do rgo afetado. Assim, voc compreender as qualidades do ser que foram bloqueadas. Consciente das potencialidades inerentes aos rgos afetados, voc contar com um importante recurso de auto-ajuda para reverter o padro nocivo da doena. O resgate da sade engloba a estabilizao das qualidades apresentadas nos rgos, bem como minimiza os conflitos emocionais causadores das doenas.

    Ao ler esta obra, voc vai deparar com relatos de atitudes e comportamentos, condizentes aos seus ou aos de algum que voc conhece. Mesmo no havendo a manifestao da doena, a condio apresentada equivale aos conflitos emocionais. Isso comum acontecer, visto que o processo somtico a ltima instncia de manifestao do padro nocivo. Antes de afetar o corpo, ele causa transtorno no meio, interfere nas relaes interpessoais, provocando alguns danos existenciais.

  • Existem pessoas fisicamente saudveis, porm difceis de conviverem e que se comportam de maneira complicada. Elas apresentam posturas extremamente nocivas. Enquanto estiverem exteriorizando seus conflitos, provocam danos no meio, mas poupam o seu organismo desse bombardeio psquico, evitando o adoecimento do corpo. As relaes ficam doentias, enquanto o organismo permanece saudvel.

    A srie Metafsica da Sade objetiva, no somente oferecer recursos para que o doente restabelea a sade e recupere o bem-estar, mas representa uma importante "ferramenta" para o autoconhecimento. Visa a promoo da qualidade de vida; o favorecimento da boa relao com as pessoas que cercam voc; bem como, a aceitao dos processos existenciais e a boa interao com o ambiente.

    *.*.*

    O terceiro passo da nossa pesquisa metafsica consiste em

    averiguar as analogias feitas durante as investigaes do universo psico-emocional. Vamos a "campo" observar as atitudes das pessoas saudveis e as condies internas dos doentes.

    Fazemos um levantamento dos acontecimentos que surgiram na ocasio em que ocorreram os sintomas fsicos, principalmente no que diz respeito maneira como a pessoa se sentiu diante das ocorrncias que precederam a manifestao da enfermidade.

    Observamos alguns casos de pacientes que nos do a segurana necessria para divulgar aquele tema, fazendo as interpretaes metafsicas dos mais profundos sentimentos das pessoas afetadas com o mal.

    Costumamos dizer que o doente o maior testemunho da veracidade do nosso trabalho. Visto que a descrio dos conflitos apresentados na causa metafsica daquela doena, condiz com o que ele vem sentindo ultimamente.

  • Em razo da revelao dos mais ntimos sentimentos e a descrio das profundas dificuldades existenciais que as pessoas apresentam, alguns enfermos resistem em admitir as dificuldades narradas neste livro como causa metafsica das doenas. Nesses casos eles podem identificadas com algum do seu convvio, pois geralmente os entes queridos conhecem o perfil emocional deles, que equivalente s causas metafsicas que levam s doenas.

    A interpretao metafsica da sade no um procedimento de adivinhao, mas sim de estudos aprofundados e amplas pesquisas que realizamos, no intuito de identificarmos os fatores internos correlacionados s doenas.

    A descrio dos padres das doenas possvel porque nos "tropeos" e nos sofrimentos somos iguais e nas qualidades, somos nicos. Podemos dizer que os conflitos nos igualam aos outros, enquanto as habilidades nos tornam singulares. Exemplo: para aprender a pintar, o traado do ngulo da perspectiva praticamente uma dificuldade de todos, porm, depois que se aprende, cada artista possui uma singularidade de traado, uma predominncia de cores etc.

    Portanto, os conflitos vivenciados por um doente so os mesmos pelos quais as outras pessoas passam, quando apresentam a mesma enfermidade no corpo. Estudando alguns casos de pessoas afetadas com uma determinada doena, ficam evidentes as mesmas dificuldades existenciais. Os sentimentos nocivos so praticamente os mesmos. O que difere so as situaes externas desencadeadoras daquele conflito emocional. Pode-se dizer que existe uma diversidade de acontecimentos que pode provocar as mesmas reaes nocivas. Exemplo: uma dificuldade financeira, a perda de projeo social e at mesmo o fim de um relacionamento afetivo podem causar a baixa auto-estima ou a perda do autovalor. Diante das diferentes reas da vida, as pessoas podem manifestar os mesmos sentimentos auto-depreciativos.

    Desse modo, instalam-se as mesmas doenas, com iguais conflitos emocionais. Elas afetam diferentes pessoas e so provocadas por distintas ocorrncias da vida.

  • No entanto, a sade fsica um reflexo da manifestao dos potenciais. Nesse aspecto encontramos a singularidade do ser. As qualidades so nicas, ningum igual a ningum quando faz aquilo que sabe. Cada um tem o seu jeito de ser, no tente imitar, tampouco se adequar aos outros. Alm de se frustrar e inibir seus potenciais, seu comportamento se iguala aos conflitos metafisicamente geradores das disfunes orgnicas. Preserve a autenticidade: isso trar sade e realizao pessoal.

    Os conceitos metafsicos aqui apresentados no so meras especulaes acerca do que o enfermo sente, mas do reconhecimento das principais dificuldades que ele apresenta diante de certos acontecimentos.

    Ao desenvolver o assunto, revelando nas doenas as mais ntimas dificuldades das pessoas, seus conflitos e os mais caros sentimentos, cuidamos para no o fazer de maneira pejorativa, que venha causar algum tipo de desconforto em relao ao seu grupo. Temos o cuidado de revelar as suas verdades, sem dar margem a nenhum tipo de discriminao; muito menos, que elas sejam motivo de chacotas, em razo dos sentimentos que tm cultivado interiormente.

    O foco central desse estudo oferecer ao prprio enfermo e queles que esto prximos a ele, como tambm aos profissionais de sade, um visor do universo interior, e uma espcie de mapeamento dos conflitos emocionais que esto por trs dos distrbios orgnicos.

    Com o conhecimento metafsico das causas das doenas, o prprio doente pode retomar o seu poder e intervir sobre o mal que afeta o seu organismo. Por meio da mudana de atitude, ele promove a reformulao interna, colaborando com a recuperao da sua sade.

    Aqueles que conhecem algum doente, ou tm um ente nessas condies, podero favorec-los no processo de estabilidade emocional, agindo de maneira a minimizar o padro nocivo. Em vez de acentuar os mecanismos emocionais causadores das doenas, vo saber como lidar com as

  • dificuldades alheias. Mesmo que nada consigam fazer pelo outro, compreendero as razes do sofrimento, evitando revoltas. A conscincia metafsica evita achar que algum padece injustamente. Tudo o que se passa de acordo com o que foi cultivado interiormente.

    No tocante aos profissionais de sade, tais como os terapeutas, os conhecimentos da metafsica da sade permitem a eles realizarem o aconselhamento metafsico, que consiste na orientao sobre os conflitos emocionais presentes na doena. Eles podem dar importantes "dicas" para os seus clientes acessarem os recursos para lidarem com as dificuldades existenciais, favorecendo a estabilidade emocional.

  • SISTEMA NERVOSO O sistema nervoso um centro de controle que coordena as

    atividades corporais tais como: andar, falar, comer etc. e, ainda, vrias outras funes motoras, possibilitando a integrao do organismo com o ambiente.

    Ele desempenha trs funes bsicas: sensitiva, integradora (de associao) e motora. A primeira a capacidade que esse sistema possui de monitorizar o que acontece dentro do prprio corpo, sentindo as variaes do organismo e a identificao dos estmulos provenientes do meio externo, como os sinais luminosos, trmicos, sonoros etc., que provocam a excitao das fibras nervosas sensitivas. A segunda responsvel pelo processamento dos estmulos recebidos: armazena parte dessas informaes e toma decises quanto resposta apropriada para cada estmulo. A terceira responde aos estmulos, organizando o funcionamento corporal por meio de secrees glandulares; e tambm d incio s aes, promovendo contraes musculares que resultam em movimentos.

    O sistema nervoso um receptor e emissor de sinais que possibilita tanto a percepo do que se passa no prprio organismo quanto fora dele, ou s reaes motoras que ocorrem em resposta aos estmulos recebidos.

    Geralmente os estmulos provenientes do corpo ou do ambiente atingem o crtex, que, com o crebro, processam essas informaes que so imediatamente percebidas pela conscincia. Mas nem todos os sinais atingem o crtex ou se transformam em informaes conscientes. Existem alguns estmulos que acionam respostas instintivas, registradas nas extremidades do sistema nervoso central, melhor dizendo, so respondidos automaticamente, sem haver a percepo ou mesmo a interferncia da conscincia.

  • Aps engolir o alimento, por exemplo, sua presena numa certa parte do sistema digestrio gera estmulos nervosos, que so respondidos para aquele mesmo local, provocando movimentos musculares peristlticos, ondas peristlticas, que conduzem o alimento por todo o trato digestivo, passando pelos rgos em que sero processados os alimentos ingeridos, at chegarem s vias de excreo. Durante esse processo, nem nos damos conta da infinidade de sinais nervosos que coordenam a digesto. Isso acontece tambm com os batimentos cardacos, as secrees glandulares etc.

    O sistema nervoso coordena a maior parte das funes biolgicas, sem que a conscincia participe de tudo o que acontece no corpo. S percebemos os sinais intensos ou contrastantes, que indicam algum desconforto ou anomalia, a exemplo da dor que sinaliza algum distrbio.

    Em relao a essa monitorizao do que acontece no prprio organismo, existe um rgo do sentido chamado de sinestsico, que pertence ao sistema nervoso perifrico, e responsvel pela captao e identificao dos estmulos internos, por meio das fibras sensitivas, localizadas principalmente nos msculos esquelticos.

    J no tocante s informaes provenientes do ambiente, elas so captadas pelos rgos do sentido (viso, audio, tato, olfato e paladar), gerando estmulos eltricos de baixa intensidade, que so conduzidos para o sistema nervoso central, onde so decodificados. Eles podem ser percebidos pela conscincia ou simplesmente disparar certas funes no corpo. O que vemos, por exemplo, pode causar algumas reaes biolgicas, das quais a conscincia nem sempre participa.

    Ver algo que representa uma ameaa, por exemplo, mobiliza o organismo a uma pronta reao corporal. Antes de ocorrer qualquer movimento, so disparados sinais nervosos para as glndulas supra-renais, que secretam hormnios; entre eles a adrenalina, que coloca o corpo num estado de alerta, para revidar as ameaas do meio. Pode-se dizer que no nos damos conta de toda a complexidade das atividades corporais acionadas pela interpretao dos acontecimentos exteriores.

  • O sistema nervoso uma espcie de visor e processador das condies corporais, possibilitando a manifestao da conscincia no organismo, bem como a interao com o ambiente. Permite a coordenao biolgica, a identificao do ambiente, a manifestao dos pensamentos e a mobilidade do corpo.

    No mbito metafsico refere-se ao elo consigo mesmo, que proporciona a percepo individual e situa a pessoa na vida, tornando-a capaz de autodefinir-se como algum que existe diante de tudo o que est ao seu redor, promovendo a conscincia de si.

    Por meio da autoconscincia possvel refletir a respeito dos processos existenciais que englobam os sentimentos e tambm os acontecimentos exteriores. Tudo isso pela percepo de uma infinidade de estmulos nervosos, manifestos principalmente no crtex e no crebro, gerando o pensamento do que acontece no corpo ou fora dele.

    A atividade do pensamento, a manifestao do sentimento e o reconhecimento das necessidades corporais proporcionam o respeito prprio e a harmonia interior, que so fundamentais para estabelecer uma boa relao com o mundo exterior.

    A preservao do bem-estar fsico e do respeito prprio situa a pessoa no presente de maneira ntegra, gerando comportamentos harmnicos e aes precisas. Essas posturas de integrao com o mundo exterior estabelecem condutas condizentes com os acontecimentos presentes, desprovidos de qualquer relao com o passado, tais como os reflexos traumticos ou alguma lembrana que venha a gerar sentimentos negativos ou perturbar o desempenho do indivduo no ambiente.

    Obviamente, reagir desprovido de qualquer relao com acontecimentos anteriores praticamente impossvel, principalmente por se tratar do sistema nervoso, que especializado em fazer associaes para identificar a realidade. Essa funo desempenhada em grande parte pela mente, e ser descrita no tema "crebro".

  • Para conseguir certo nvel de discernimento necessrio entrar num estado de lucidez, no qual a conscincia seleciona as respostas, filtrando qualquer relao com episdios ruins e integrando-se com os fatos em questo.

    A auto-observao no um hbito freqente. Dificilmente as pessoas incluem-se como foco da situao, fazendo referncia quilo que os acontecimentos causaram nelas ou, mesmo, como se sentem diante dos fatos.

    Isso mostra o quanto as pessoas vivem desconectadas delas mesmas e no tm por hbito essa busca do eixo interior. Esse tema ser mais bem explanado nos aspectos metafsicos da coluna, que representa metafisicamente o eixo de sustentao interior.

    Geralmente, o ambiente torna-se o principal foco da existncia. Nele so projetadas as inquietaes e incertezas. As instabilidades emocionais, por exemplo, so transferidas para as situaes exteriores, em forma de ameaas. As pessoas identificam os episdios corriqueiros, como se eles pudessem evoluir e causar grandes danos a elas. Ou ainda, prejulgam os acontecimentos como se houvesse algum tipo de injustia em torno dos fatos, provocando o sentimento de vtimas das situaes. Tudo isso originado pela fragilidade interior que revelada por meio da identificao tendenciosa do ambiente exterior.

    Isso to evidente no processo existencial que se pode conhecer o universo interior de algum por meio de sua condio de vida, pois a realidade exterior revela a condio interior.

    As pessoas que se deixam levar pelos acontecimentos externos distanciam-se delas mesmas. Tornam-se dependentes dos resultados, que raramente esto altura das expectativas. Isso provoca frustrao e pode desencadear os processos depressivos ou mesmo as compulses. Alm disso, elas esto sempre envolvidas com situaes instveis ou turbulentas. Esses eventos revelam suas inseguranas, inquietaes e ansiedades

  • que so cultivadas interiormente, sendo, portanto, transferidas para o ambiente exterior.

    Quando a vida se apresenta de forma muito confusa, seguramente a pessoa traz em si uma srie de conflitos existenciais. Principalmente a falta de estabilidade emocional, que resultado da displicncia para consigo mesma.

    preciso desenvolver o hbito da auto-observao, pois assim estaremos mais prximos de ns mesmos, podendo descobrir aquilo que sentimos e compreender as necessidades internas, como as carncias afetivas. Para que, aliados a ns mesmos, busquemos aquilo que realmente vai nos beneficiar, e no os subterfgios existenciais, como viver falando da vida alheia, observando as falhas ou as grosserias dos outros.

    A autoconscincia evita que as lacunas interiores se transformem, por exemplo, em desejo de posse ou compulso de compras. Esses engodos so formas de preencher o vazio interior. Geralmente, as pessoas no se do conta da proporo das suas necessidades internas. Seria mais fcil lidarem com as suas prprias dificuldades se percebessem mais a si mesmas; isso resgataria o eixo de sustentao interna, restabelecendo o elo com a sua essncia.

    Em vez disso, muitas preferem fugir a encarar suas fraquezas. Caso o fizessem, teriam que reconhecer as suas vulnerabilidades e deparar com os prprios medos. Buscam serem reconhecidas e valorizadas pelos outros; tm necessidade de aprovao. Querem adquirir notoriedade positiva, ou seja, passar uma boa imagem para serem "badaladas" pelos bons resultados. Dependem de resultados positivos para se sentirem valorizadas e aceitas pelas pessoas que as rodeiam.

    Procuram sanar suas necessidades emocionais e afetivas por meio dessas referncias exteriores, melhor dizendo, de fora para dentro. O inverso mais eficiente. Em primeiro lugar preciso estar bem consigo mesma, reconhecer-se como pessoa, fortalecer a estima, para depois lidar com os acontecimentos exteriores.

  • Para conquistar o progresso interior, procure se definir a cada momento, observando como voc est se sentindo nesse instante. Caso no esteja bem, busque o aconchego no seu ser, dando a si nova chance. Tenha pensamentos amenos, seja complacente para consigo mesmo. Muitas vezes voc foi tolerante para com os outros, procure agora compreender mais a si mesmo. Descubra algo bom a seu respeito e enaltea suas qualidades. O importante estar consciente de si, sentir-se bem interiormente e agir a seu favor, conseqentemente a vida ser melhor.

    No tema a viagem interior, pois ela conecta voc sua prpria essncia, ampliando os potenciais. Caso nesse processo voc depare com alguns sentimentos de inferioridade, inseguranas e medos, eles esto na periferia do seu ser. Depois de transp-los ou super-los, voc ser preenchido de muitos contedos positivos que vo se somar quilo que j consciente, proporcionando melhores condies internas. Esse o caminho do aprimoramento.

    Por fim, estar de bem consigo mesmo propicia uma boa relao com o meio exterior, inclusive com as pessoas ao nosso redor. Esse estado interior melhora a qualidade de vida e tambm preserva a sade do sistema nervoso.

    *.*.*

    No mbito metafsico existe um fator de suma importncia

    relacionado ao sistema nervoso e a todas as suas ramificaes, por se tratar de um sistema que estabelece elos, tanto consigo, quanto com o ambiente. A maneira como a pessoa se conecta com ela mesma, percebe e preserva seus mais caros sentimentos, representa uma condio relacionada com o sistema nervoso central. Tambm o elo com o meio em que ela vive, ou seja, a proximidade dos fatos, est relacionado com o sistema nervoso perifrico.

    Portanto, o tipo de ligao que estabelecemos com os fatores internos e externos representa importantes aspectos

  • metafsicos que favorecem a sade e o bom funcionamento do sistema nervoso central e perifrico. No tocante a essas ligaes estabelecidas consigo mesmo e/ou com a realidade, existem dois fatores determinantes: o envolvimento e o desprendimento.

    O envolvimento o vnculo estabelecido da pessoa para com ela mesma ou com o que a rodeia; ela passa a ser bem posicionada em relao aos prprios sentimentos. Participa ativamente dos assuntos, fazendo colocaes como, eu penso, eu sinto etc. Adquire maior objetividade para lidar com as diversas situaes da vida. A criatividade se acentua, proporcionando boa desenvoltura para sanar as turbulncias e resolver os conflitos. Evita uma srie de transtornos que a omisso e o distanciamento ocasionariam.

    Dentre as principais qualidades dessa postura, destacam-se: maior experincia e conscientizao, estabilidade emocional, melhor aproveitamento das faculdades interiores, tais como a inteligncia, a perspiccia, a astcia e a determinao.

    Por outro lado, o envolvimento exagerado ou at obsessivo pode causar alguns transtornos, tais como: preocupao excessiva, tenso exagerada, estresse, e at desencadear algumas neuroses.

    O desprendimento ou distanciamento outra atitude metafisicamente relacionada ao sistema nervoso. At certo grau, o desprendimento pode ser algo muito positivo. Permite, por exemplo, que a pessoa faa uma auto-avaliao acerca dos prprios sentimentos. Ser imparcial e no fervorosa nas convices, permite que a pessoa use o bom senso e amplie a viso de mundo, levando-a a rever algumas de suas verdades. Pode-se dizer que essa uma grande abertura para conceber o novo e reformular alguns valores internos.

    O desprendimento dos assuntos que dizem respeito a si ou mesmo aos outros, permite pessoa ser imparcial, usar de ponderao e comedimento, evitando decises precipitadas. Para fazer um bom julgamento, por exemplo, imprescindvel distanciar-se emocionalmente para ver os dois lados da questo.

  • Muitas vezes, sair da linha de frente dos afazeres d pessoa uma pausa para ela refletir sobre o que est sendo feito, evitando aes exageradas que no levam a resultados promissores.

    Isso minimiza o impacto causado pelas turbulncias da realidade exterior. Essa postura pode no resolver imediatamente o problema, mas suaviza os danos emocionais causados pelas situaes conflituosas. Sem contar que uma atitude recomendada para diminuir o grau de ansiedade causado pelas expectativas que as pessoas costumam ter sobre elas mesmas ou sobre o desenrolar dos fatos.

    Por fim, a prtica do distanciamento torna a pessoa malevel e flexvel, evita desgastes excessivos, melhora o desempenho e aumenta a confiana. Para soltar preciso confiar em si mesmo e no fluxo da vida, que conduz para o melhor resultado. Essa uma maneira mais suave de conduzir a vida.

    Por outro lado, se o distanciamento for levado ao extremo poder tornar a pessoa omissa e alienada, fria emocionalmente e indiferente para com o que se passa ao seu redor, inclusive para com os prprios sentimentos. Popularmente, pessoas assim so conhecidas como desligadas. Perdem o interesse por tudo, ficam alheias ao mundo e tambm a si mesmas.

    Metafisicamente, o distanciamento est relacionado com uma parte do sistema nervoso perifrico, o parassimptico, que ser discorrido mais adiante. Portanto, os aspectos positivos dessa atitude colaboram para o bom funcionamento desse sistema e os excessos so prejudiciais sade dos nervos parassimpticos.

    O sistema nervoso dividido basicamente em dois: Sistema Nervoso Central e Sistema Nervoso Perifrico.

  • SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC)

    Elo consigo mesmo.

    composto pelo encfalo e pela medula espinhal

    (localizada no interior da coluna vertebral). O encfalo um dos maiores rgos do corpo humano,

    formado por aproximadamente 100 bilhes de neurnios e pesa cerca de 1.300 gramas. As principais partes que o compem so: tronco do encfalo, crebro (diencfalo e telencfalo) e cerebelo.

    O tronco do encfalo, tambm conhecido como "cabo do cogumelo", est situado na regio central do encfalo, estendendo-se at a medula espinhal. Consiste de bulbo (medula ablonga), ponte e mesencfalo.

    O crebro composto pelo diencfalo e pelo telencfalo. No diencfalo esto localizados o tlamo e o hipotlamo3. O telencfalo representa a maior parte do crebro. constitudo pelos hemisfrios direito e esquerdo, pelo corpo caloso e circundado pelo crtex cerebral.

    O cerebelo a segunda maior poro do encfalo, tambm chamado de pequeno crebro. Est localizado na base posterior do encfalo (nuca).

    O sistema nervoso central (SNC) protegido pelos ossos do crnio e pelas vrtebras da coluna cervical. Entre o SNC e os ossos que o revestem existem camadas de tecidos (membranas) muito resistentes, chamadas meninges, que protegem e amortecem os impactos, evitando o atrito entre as clulas nervosas e os ossos.

    3 Para saber mais, consulte: Metafsica da Sade, volume I, em que o hipotlamo e a glndula hipfise foram abordados, p. 43 (NA).

  • Todas as aes e reaes do organismo esto sob o controle do sistema nervoso central. Qualquer tipo de estmulo, ao excitar determinado receptor, transmitido para o SNC, sempre sob a forma de impulsos nervosos. Eles so identificados e respondidos, possibilitando a coordenao biolgica e a movimentao corporal.

    Metafisicamente, o SNC o mais importante referencial manifestado do ser. Ele detm os registros de quem somos, revela a identidade, fazendo prevalecer nossas caractersticas de personalidade e os hbitos desenvolvidos no consciente. Portanto, o eixo que nos conecta com o corpo e situa-nos na vida, possibilitando a manifestao da conscincia.

    Por meio dele obtemos a percepo de ns mesmos, e tambm podemos agir no meio, expressando no ambiente o que sentimos. Basicamente, o que somos e o que fazemos est metafisicamente relacionado ao sistema nervoso central. Esse sistema desperta-nos para a vida, possibilitando a nossa interao com o ambiente.

    A conscincia obtida graas percepo dos sinais nervosos que percorrem o SNC. Por meio dele identificamos a realidade, acionando as faculdades interiores, como os pensamentos, a inteligncia etc.

    Segundo Piaget4, o que difere o homem das demais espcies animais a capacidade que ele possui de aprender com base em sua interao com o meio e o desenvolvimento das estruturas de pensamento. Os contedos exteriores so transformados em informaes que acionam os mecanismos internos, proporcionando a construo do conhecimento, que, por sua vez, reproduzido e estendido a outros setores da vida.

    Essa uma das extraordinrias capacidades que a espcie humana possui: organizar o conhecimento e aplic-lo numa ocasio oportuna, conquistando assim, habilidades para lidar com as situaes, por meio do que j elaborou anteriormente.

    4 Psiclogo suo (1896-1980) que estudou o desenvolvimento do pensamento em 1967 (NA).

  • De posse dessas estruturas interiores, que foram construdas a partir da interao entre o sujeito e a sua capacidade de aprender, com o objeto do conhecimento, surge a conscincia.

    Ela se apropria desses esquemas construdos por meio das experincias vividas para manifestar as qualidades inerentes ao ser.

    Representa o princpio intelectual que nos permite discernir, fazer escolhas, usar o bom senso e exercitar o livre-arbtrio. dotada da capacidade de aprendizagem e de simbolizar, permitindo a identificao discriminatria dos processos existenciais.

    Portanto, a conscincia surge a partir dos fenmenos exteriores, que so interpretados pelos nossos registros internos, sem os quais se torna impossvel conceber a existncia dos fatos. Ainda que as coisas existam e, mesmo que sejamos capazes de captar os sinais provenientes delas, por meio dos rgos do sentido, isso no seria suficiente para interagirmos conscientemente com o mundo exterior.

    preciso existir em ns uma referncia para a percepo da vida. Caso contrrio, os fatos tornam-se uma espcie de lapsos, que acionam os nossos reflexos automticos. Isso no significa tornar-se consciente, pelo menos da maneira que nos reportamos conscincia, dentro da viso metafsica.

    Passar desapercebido por um fato, como cruzar uma pessoa na rua, por exemplo, at desviar-se dela, como reflexo automtico, ocasionado pelo mero registro de algum frente, no condiz com a conscincia a que nos referimos neste estudo. Essa, com base no exemplo anterior, seria o mesmo que cruzar com uma pessoa, reconhec-la ou mesmo refletir sobre quem ela e o que est fazendo ali. Isso equivale integrao com a realidade, melhor dizendo, tornar-se consciente do que nos cerca.

    Praticamente s identificamos o que temos registrado em ns. Segundo a tica metafsica vivemos cercados de situaes compatveis com nossos contedos interiores. Na medida em

  • que nos aproximamos do ambiente exterior, estamos acionando um processo de aprimoramento das qualidades latentes no nosso ser. Ao superar os obstculos impostos pela vida, no s ampliamos os nossos horizontes e nos tornamos mais gabaritados, como tambm dilumos os nossos bloqueios e resolvemos os nossos prprios conflitos.

    Por meio das situaes externas, superamos as dificuldades internas, e, conseqentemente, desenvolvemos habilidades para lidar com as qualidades inerentes ao ser. A conscincia est mergulhada no seu prprio universo inconsciente. A realidade exterior promove a transferncia dos contedos do inconsciente para o domnio consciente.

    Pode-se dizer que o mundo a nossa volta fiel representante das condies internas. Os episdios agradveis equivalem manifestao dos nossos potenciais. J as ocorrncias desagradveis referem-se aos conflitos interiores.

    As coisas existem ou so percebidas ao nosso redor por serem compatveis com nossos contedos. Somente acusamos a presena de algo, se houver algum fator em comum. Caso contrrio, no passa de mero registro, sem despertar qualquer impulso de interao, ou seja, passar desapercebido.

    A prpria regularidade com que identificamos certos eventos baseada na predisposio para percebermos determinados episdios. Geralmente, quando estamos vivenciando uma experincia, deparamos com muitos casos semelhantes. Ao contrairmos uma doena, por exemplo, sero logo observados muitos outros casos. Uma grvida passa a reparar a existncia de muitas outras mulheres grvidas, ao passo que, antes de engravidar, no atentava para esse fato.

    A medida que se vivencia um processo, a percepo e a identificao de casos semelhantes aumentam. J, quando no existe a mesma referncia, o caso passa desapercebido.

    Portanto, o que identificamos ao nosso redor ou o que nos chama a ateno nas pessoas tm relao direta com nossos prprios processos. Certas condutas dos outros que nos afetam, causando irritao ou indignao, representam algo mal

  • resolvido interiormente. Projetamos para fora aquilo que nos incomoda por dentro. Pode-se dizer que o foco da maioria dos problemas identificado nos outros est em ns mesmos, caso contrrio, a experincia alheia no causaria tanto desconforto.

    A afinidade com os acontecimentos exteriores estabelece a conexo com a realidade, possibilitando a interao com o ambiente, como forma de contato com o universo interior.

    Realizamos fora aquilo que cultivamos interiormente. A maneira como nos dirigimos aos outros, equivale forma como nos tratamos. Antes de qualquer ao no ambiente, criamos um modelo em ns. S damos o que temos. Por esse motivo, se a nossa vida requerer alguma mudana, primeiramente precisamos reformular algo em nosso interior, pois nele repousa a causa dos infortnios, bem como a chance de sermos bem-sucedidos.

    No basta simplesmente intervir nos acontecimentos, pois isso tornaria a nossa atuao exaustiva. Para obter um bom desempenho no ambiente necessrio, antes de tomar qualquer medida, elaborar interiormente o que vamos fazer e adotar atitudes favorveis aos resultados almejados. Essa reorganizao interior garantir maior aproveitamento nos afazeres.

    A nossa condio interna determinante sobre as questes externas. Uma condio de vida, porm, refora o padro compatvel quela situao, isso intensifica ainda mais tais episdios. uma espcie de ciclo vicioso, no qual, por se sentir de um jeito, tudo se torna daquele jeito, conseqentemente por nos encontrarmos diante de tais situaes, isso intensifica os sentimentos compatveis aos fatos. Esse sincronismo entre as situaes externas e os padres internos somente ser alterado quando conseguirmos mudar as crenas e implantar um novo comportamento.

    Para compreender melhor essa relao entre as condies internas e a vida e, principalmente, como mudar o quadro, vejamos os exemplos a seguir:

  • Uma pessoa que se encontra desempregada, facilmente se sentir parte da sociedade. Pelo fato de no estar engajada numa empresa, ela se pe fora do contexto social. Esses sentimentos distanciam-na de uma colocao profissional. O mesmo acorre com uma mulher que est sozinha, sem namorado; isso poder desencadear sentimentos de isolamento. Ela no se sente merecedora de uma boa companhia. Isso dificulta atrair um parceiro para estabelecer uma boa relao afetiva.

    medida que a pessoa altera suas estruturas internas, ela cria condies propcias no seu meio. Quando o desempregado, por exemplo, sentir-se integrado na cidade onde mora, vendo-se como um cidado que possui bons atributos profissionais para contribuir com uma empresa, ele estar num padro adequado para atrair uma colocao.

    Quando consegue um emprego, a pessoa passa a se sentir aceita ou reconhecida como profissional; isso abre outras oportunidades. muito comum uma pessoa que ficou procurando emprego por muito tempo, depois que consegue um trabalho, ser alvo de outras chances.

    Na vida afetiva ocorre algo semelhante. Quando se estava sozinho, no aparecia ningum disposto a estabelecer um relacionamento. Quando se est acompanhado, porm, facilmente surgem outras oportunidades afetivas, coisa que antes, quando se estava carente, no acontecia.

    O que mudou entre uma fase e outra, uma de escassez e outra repleta de oportunidade, foi a condio interior. Melhor dizendo, quando a pessoa foi contratada, ela passou a se sentir integrada sociedade; isso possibilitou o surgimento de novas oportunidades de trabalho. A pessoa, quando comeou um relacionamento afetivo, passou a se sentir aceita por algum, acreditando tratar-se de uma boa companhia; isso gerou um padro que atraiu novas chances de parceria.

    Assim sendo, antes de agir para mudar as condies de vida e superar uma fase difcil, necessrio promover algumas reformulaes internas. Antes de sair em busca de algum

  • emprego, por exemplo, procure sentir-se parte integrante da sociedade e merecedor de uma boa oportunidade profissional. Para ser feliz no amor importante, antes de tudo, elevar a estima e sentir-se uma boa pessoa na vida de algum; acreditar que voc merece ser feliz afetivamente.

    Portanto, quem tem algo bom porque se sente merecedor do que usufrui e integrado com as situaes agradveis.

    J aquele que no tem bons frutos porque no foi capaz de assumir o que almeja nem se sente digno de ter uma melhor condio de vida. Por se colocar distante do que bom, a prpria pessoa impede as oportunidades de conquista e, conseqentemente, no goza dos privilgios de ser bem-sucedida.

    Por outro lado, a atuao convergida para o externo no deixa de ser um caminho para a reformulao interior. Por certo, um caminho mais rduo, no entanto, a busca de soluo para uma situao desagradvel, torna-se um meio de aprimoramento interior. Enquanto o desempregado, por exemplo, perambula pela cidade, buscando ostensivamente um trabalho, ele estar fazendo uma trajetria que o levar a sentir-se integrado quela sociedade, conseqentemente, merecedor de um emprego; afinal, ele batalha muito para isso. Esse estado interior pe fim a sua busca e ele consegue ser contratado.

    O mesmo se aplica trajetria de especializao. Quando uma pessoa ingressa no meio acadmico ou d incio a um trabalho de ps-graduao, ou faz um curso de especializao, alm do preparo, propriamente dito, para o exerccio daquela profisso, ela tambm adquire uma atitude compatvel atuao naquela rea. Essas atuaes promovem um desenvolvimento simultneo. Tanto gabarita a pessoa para exercer uma funo na rea de formao, quanto gera uma postura profissional necessria para atrair oportunidade de trabalho, na rea de especializao.

    No tocante sade, observa-se semelhante processo durante os tratamentos das doenas. As sucessivas consultas mdicas, o cerimonial de tomar o remdio, bem como a pausa

  • nas atividades rotineiras, imposta pela necessidade de convalescena, torna-se um rduo caminho para reformular os padres metafsicos causadores da doena.

    Portanto, as pessoas perspicazes, que buscam se trabalhar interiormente, reformulando as crenas, revendo os padres, ao mesmo tempo em que atuam na realidade exterior, adquirem os meios para alcanar os seus objetivos. Elas tm melhor desempenho nas suas atuaes. Por outro lado, aqueles que se dedicam a agir com foco nas situaes exteriores, buscando os meios para sanar os obstculos impostos pela vida, tambm conseguem promover as reformulaes interiores necessrias para obter melhor qualidade de vida.

    Assim sendo, a busca pela conscincia ou a dedicao pela reformulao interior no so as nicas formas de aprimoramento ou mudana de atitude. As prprias experincias de vicia proporcionam os recursos necessrios para as devidas reformulaes interiores. Dedicar-se s conquistas materiais refora as crenas positivas, tais como: "eu mereo, sou bom o bastante etc", que so necessrias para conquistar melhores recursos existenciais.

    Esse um processo, por meio do qual a pessoa vai, gradativamente, integrando-se ao que conquistou, reforando assim as crenas necessrias para consolidar as conquistas existenciais. Portanto, a mudana de vida, bem como a reformulao interior, acontecem em ambos os casos.

    Pode-se dizer que s no progride quem no se trabalha nem atua na realidade. Aqueles que forem passivos s condies de vida, mesmo elas no sendo agradveis, nada fazem para alterar o curso de sua existncia, tampouco buscam os meios para reformular suas crenas. Acabam sendo absorvidos pela situao ruim, e suas posturas tendem a piorar ainda mais o que no est nada bom. Isso se estende at o ponto em que a vida se torna insuportvel. Quando a pessoa estiver num estado existencial deplorvel, "fundo do poo", por fora das circunstncias, ela reage, acionando os processos de transformao interior, bem como da sua vida.

  • Vale ressaltar que a reformulao interior um significativo passo para atrair oportunidades, mas no substitui a atuao na vida material. Para ser bem-sucedido primordial ter crenas favorveis ao sucesso, que atraem as oportunidades e propiciam as chances de atuao. A situao boa, porm, consolidada tambm pela nossa interao com o ambiente; afinal, estamos no mundo material, e nele, para se ter algo, faz-se necessrio pelo menos um gesto nesse sentido.

    Por fim, as crenas so fundamentalmente importantes para conquistar o que almejamos. No entanto, no devemos nos esquecer de que a atuao direta na situao tem o seu valor na obteno dos resultados pretendidos, pois, como vimos, a prpria atuao refora os padres positivos e desperta crenas favorveis s conquistas.

  • SINAPSE

    Sentimento de aptido. A unidade estrutural responsvel pela funo do sistema

    nervoso o neurnio ou clula nervosa. Cada neurnio constitudo por um corpo celular e prolongamentos, que podem ser um ou vrios, dependendo do tipo de neurnio.

    Um impulso nervoso percorre o interior do neurnio at atingir toda sua extenso. Ele tambm conduzido de um neurnio para outro, ou de um neurnio para outras clulas, tais como as fibras musculares e os tecidos glandulares (glndulas endcrinas). Esse processo denominado sinapse juno entre as clulas.

    A sinapse ocorre por meio de um processo qumico. O sinal eltrico, enquanto percorre o interior do neurnio, denominado impulso nervoso. Assim que ele atinge a extremidade dos prolongamentos das clulas nervosas, numa regio chamada vescula sinptica, convertido em substncias qumicas, denominadas neurotransmissores, que so liberados pelos neurnios e atuam nos receptores de neurotransmissores do neurnio seguinte ou das clulas musculares e glandulares.

    No aspecto metafsico, a sinapse representa a manifestao do ser na vida. Tanto a percepo, quanto a identificao dos eventos interiores (do prprio organismo) e tambm exteriores (provenientes do ambiente), bem como a atuao no meio exterior, esto intimamente relacionadas com a sinapse.

    A maneira como nos relacionamos com a vida, o que sentimos ou pensamos acerca daquilo que se passa ao nosso redor, representa suma importncia para a atividade qumica do corpo. Esse estado interior proporciona tambm a lucidez, por meio da qual se pode processar as informaes recebidas com base no que foi aprendido anteriormente e que agora serve de contedo para identificar os episdios atuais.

  • Tudo o que se manifesta em ns conseqncia da prpria concepo a respeito dos estmulos gerados, tanto pelo organismo quanto pelo meio externo. Baseados nos elementos interiores, interpretamos os episdios exteriores e desenvolvemos determinados conceitos acerca do que nos acontece. Tambm geramos sensaes, impulsos e sentimentos, que invadem nosso ser, estabelecendo um determinado estado interior. Pode-se dizer que tudo acontece de acordo com o que ns mesmos concebemos a respeito dos fatos.

    Os sentimentos no so atributos exclusivamente da espontaneidade; eles tambm so decorrentes do que cultivamos em nosso interior. Do mesmo modo que o sentimento gera pensamentos compatveis ao que sentimos, tambm os pensamentos manifestam sentimentos equivalentes ao que pensamos.

    Quando somos invadidos por um sentimento, imediatamente surgem os pensamentos. O amor, por exemplo, faz-nos pensar na pessoa amada; sentir medo leva-nos a ventilar possibilidades assustadoras. E assim sucessivamente, basta sentir que vamos pensar em algo correspondente quilo que sentimos.

    O oposto tambm verdadeiro. De acordo com os pensamentos que cultivamos, so gerados os sentimentos. Os bons pensamentos geram sentimentos agradveis; j os maus pensamentos provocam sentimentos ruins.

    Ao conceber possibilidades favorveis a um evento importante, passamos a nos sentir bem e confiantes em relao quela ocasio. Pensar positivamente desperta sentimentos favorveis ao bom resultado, fortalece a segurana, reacendendo a "chama" da motivao. Conseqentemente, pensamentos amorosos causam mais amor e assim, sucessivamente.

    Por outro lado, quando nos colocamos a pensar nos acontecimentos desagradveis, somos invadidos por uma onda de negativismo, gerando maus sentimentos. A lembrana de

  • algum de quem no gostamos piora o nosso sentimento de desagravo.

    Em suma, amor e dio so sentimentos antagnicos, porm, ambos podem ser semeados e cultivados pelos pensamentos. A freqente lembrana contribui significativamente para aumentar a intensidade do afeto ou minimizar os desafetos. Do mesmo modo, quando evitamos os pensamentos perturbadores, preservamos os bons sentimentos e/ou evitamos o dio.

    A proximidade da pessoa amada considerada uma condio favorvel para cultivar o sentimento, enquanto a distncia geralmente amortece o amor. O mesmo ocorre em relao convivncia com uma pessoa de quem no gostamos: a presena constante leva-nos a ficar olhando para as coisas que ela faz; refletindo sobre os absurdos, intensificamos os desagrados, gerando o dio. Nesse caso, pode ocorrer o contrrio, passamos a entender a situao dela e convertemos o sentimento, passando a gostar ou respeit-la.

    Os pensamentos representam um caminho para o sentimento. Pensar investir energia naquilo que detm nossa ateno, enquanto sentir produzir energia, dando vida e significado a tudo o que existe.

    O sentimento valioso. O pensamento o seu maior guardio; ele zela, cultiva ou converge o contedo mais precioso do nosso ser, o amor.

    No conseguimos controlar os sentimentos diretamente, porm os pensamentos podero ser coordenados por ns. Eles, por sua vez, vo conduzir os sentimentos. Melhor dizendo, conseguimos interceder nos sentimentos por meio dos pensamentos. Portanto, quando algum sentimento ruim invadir nosso ser, devemos evitar os pensamentos compatveis a ele; com o tempo conseguiremos transform-lo ou minimiz-lo.

    Cultivar determinados pensamentos e sentimentos, metafisicamente, proporciona um aumento ou diminuio da qumica do sistema nervoso central, ocasionando ausncia ou presena de neurotransmissores, favorveis ao bem viver.

  • A maneira como nos sentimos em relao aos eventos existenciais estimula diretamente a produo ou inibio de determinado neurotransmissor. Cada mediador qumico corresponde a determinado sentimento. Melhor dizendo, os neurotransmissores so decorrentes de determinados pensamentos, que, se forem cultivados com muita freqncia, geram sentimentos. Esses, por sua vez, interferem na qumica do organismo. O prximo passo do nosso estudo ser compreender essa relao metafsica existente entre a atitude interior e a produo dos neurotransmissores.

    Pode-se dizer que o sentimento acrescenta animao vida e os neurotransmissores so os ingredientes orgnicos dessa condio existencial, melhorando a qualidade de vida. Os sentimentos agradveis promovem uma boa condio orgnica, j os sentimentos ruins causam variaes qumicas do corpo, podendo inclusive ocasionar as doenas.

    NEUROTRANSMISSORES

    Caracterstica do elo estabelecido com os acontecimentos. Neurotransmissores so conjuntos de substncias qumicas

    produzidas e liberadas pelas clulas nervosas em resposta a um estmulo. So lanados no espao sinptico e se unem a um neuroreceptor especfico no neurnio seguinte. Eles so responsveis pelos processos qumicos de transmisso do sinal nervoso nas sinapses, possibilitando a comunicao entre os neurnios.

    Os neurotransmissores atuam basicamente de duas maneiras: transmisses excitatrias, que produzem um novo impulso nervoso; transmisses inibitrias, que impedem a propagao dos impulsos nervosos.

  • Entre os neurotransmissores destacam-se: a acetilcolina, a miastenia e as monoaminas (dopamina, noradrenalina, adrenalina, serotonina etc.).

    A ao ou ausncia dessas substncias reflete diretamente na sade, no humor, bem como na qualidade de vida.

    Os neurotransmissores esto presentes em todas as sensaes que o corpo registra, tanto na identificao do mundo exterior, quanto na manifestao em forma de aes dirigidas ao meio externo; e tambm na atividade do pensamento. Pode-se dizer que a percepo do mundo, as sensaes e os estados de conscincia esto, de alguma forma, relacionados com os neurotransmissores ou dependem exclusivamente deles.

    Na metafsica eles referem-se ao tipo de sentimento gerado por algo que acontece no prprio organismo ou no ambiente exterior.

    A nossa interao com o mundo se d basicamente de duas maneiras: quimicamente (por meio das aes dos neurotransmissores) e conscientemente (por meio das sensaes e dos sentimentos gerados pelos acontecimentos exteriores).

    Pode-se dizer que a maneira como reagimos ao que acontece dentro e fora do organismo, determina nosso estado emocional, que, por sua vez, influencia na produo dos neurotransmissores.

    A seguir vamos compreender cada um dos principais neurotransmissores, bem como as respectivas relaes metafsicas associadas a eles.

    ACETILCOLINA

    Disposio para interagir. Trata-se de um mediador qumico encontrado no crtex

    cerebral, no sistema nervoso autnomo e em todas as junes

  • neuromusculares esquelticas. E uma substncia excitatria, que favorece a contrao muscular, promovendo os movimentos corporais.

    Por se tratar de um neurotransmissor responsvel pela atividade muscular, metafisicamente, a acetilcolina se refere atitude favorvel interao com os acontecimentos externos, disposio para fazer o que cabe a si, sem exageros.

    Sentir-se integrado ao meio e apto para realizar o que for necessrio, sem deixar a desejar para os outros, evita os comportamentos arrogantes, com desejos de sobressair-se ou boicotar aqueles que esto sua volta.

    Quando a pessoa no se sente integrada ao grupo, ela pode tanto se isolar quanto extrapolar suas aes. Tambm o esforo para agradar os outros e ser aceita uma prova dessa falta de incluso.

    Para uma pessoa ser aceita num grupo necessrio, antes de tudo, que ela se sinta parte integrante daquele conjunto e no, parte dele. A pessoa que se sente excluda, conseqentemente no aceita pelos outros; apesar de buscar a integrao, ela leva consigo um ingrediente nocivo ao relacionamento interpessoal, o sentimento de excluso.

    Para assumir uma postura integrada faz-se necessrio conquistar primeiramente uma boa relao consigo mesmo e transformar o sentimento de excluso em aceitao. Posteriormente, voc estar apto para estabelecer relaes interpessoais.

    A conquista de relaes amistosas depende basicamente de uma atitude interior compatvel, ou seja, atribuir a si mesmo as qualidades pertinentes a um bom amigo. No se envergonhe pelo que voc ainda no sabe, mostre o seu interesse em aprender. preciso tambm, preservar as prprias habilidades; assumir o que se tem de bom, sem negar os potenciais, tampouco esconder o que j conquistou.

    Essa condio deve existir como uma atitude interior e no como uma conduta constantemente anunciada aos outros. Quem vive se exibindo porque no se sente bom o bastante. Em

  • geral, esse um mecanismo de compensao da prpria inferioridade. Ele ocorre porque a pessoa no integrou as prprias habilidades. Quando ela as incorporar e passar a se sentir hbil, no ter mais necessidade de provar aos outros as suas capacidades.

    Por outro lado, a autopromoo pode ser tambm uma forma de convencer a si mesmo o que vive anunciando aos outros.

    Em alguns casos, a necessidade de falar sobre o que realizou, uma maneira de fortalecimento interior. No se trata do desejo de sobressair-se perante o outro nem um ato meramente vaidoso. Mas sim, um meio de angariar elogios, que, por sua vez, promovem o autovalor.

    Pode-se dizer que, em certos momentos, prestigiar as boas aes dos outros contribui para torn-los mais seguros e melhorar a auto-estima.

    Um elogio sempre bem-vindo, no para massagear o ego, mas sim, como uma maneira de fazer com que a pessoa elogiada se sinta melhor em relao s prprias habilidades que ela possui. Na auto-avaliao dificilmente se atribui a si mesmo todo o potencial que se tem. Isto , as pessoas costumam ser melhores do que elas prprias imaginam.

    Portanto, enaltecer o bom desempenho contribui para nivelar o sentimento com as habilidades e promove um estado interior compatvel com as prprias habilidades, fazendo a pessoa sentir-se hbil.

    Geralmente, as boas aes passam desapercebidas, no so prestigiadas nem reconhecidas pelas pessoas. Isso faz com que aquele que as realizou, no tenha uma referncia positiva para valorizar-se. Na queixa por falta de reconhecimento est embutida a necessidade de fortalecer a segurana.

    A falta de autovalorizao um ingrediente do sentimento de inferioridade. Aquele que se sente menos que os outros, no consegue um bom desempenho no grupo. Portanto, reconhecer as obras alheias representa, no meramente massagear o ego dos

  • outros, mas sim, promover a auto-estima, conseqentemente, melhorar a integrao do grupo.

    Cada um vive to bitolado na sua prpria vida, que no sai da sua viso egica para prestigiar as boas aes alheias. No que isso deva ser uma prtica constante, mas uma maneira de incluir os outros na situao. Tambm colabora com o aprimoramento da autovalorizao daqueles que esto ao nosso redor e compartilham da mesma situao. Vale lembrar que se todos os que esto ao seu lado tiverem um bom estado interior, isso melhora a qualidade cio grupo.

    E mais comum criticar do que considerar as boas aes dos outros. Isso faz com que as pessoas, em vez de se fortalecerem, fiquem mais frgeis e menos motivadas, acabando por comprometer a qualidade do grupo e o bom desempenho dos seus integrantes.

    As crticas dirigidas ao desempenho alheio, em alguns casos, refletem a frustrao por parte de quem vive criticando os outros. Os bons resultados alheios, intensificam o sentimento de incompetncia, provocando a mania de pr defeito em tudo o que os outros fazem. Alm disso, aqueles que se apegam aos defeitos, cultivam o negativismo e fortalecem a ineficincia, no s dos outros, mas tambm de si prprio. A ateno dirigida inabilidade das pessoas ao redor uma atitude contrria ao prprio fortalecimento interior.

    Quem cultiva as boas aes, sendo capaz de identificar um gesto bom nos outros, tambm realiza boas obras.

    No podemos depender exclusivamente do prestgio dos outros para nos sentirmos qualificados. O melhor nos basearmos nos resultados concretos do nosso prprio desempenho, tais como o retorno financeiro do trabalho executado e as novas chances que nos so dadas. Isso representa fatores positivos para o autovalor, comprovando a nossa eficincia.

    Por fim, o bom nvel de acetilcolina no organismo, metafisicamente, uma conseqncia do sentimento de qualificao, da segurana para agir e da atitude de se incluir

  • perante os outros. Em suma, ser o que somos e sentirmo-nos competentes para agir.

    Essa condio interna colabora tanto para a produo desse neurotransmissor, como tambm favorece a nossa incluso numa nova realidade de vida. Por exemplo, um novo grupo de trabalho, novos amigos, quando mudamos para outra cidade etc. Para sermos bem-sucedidos em experincias como essas, fundamental que nos sintamos bem interiormente e em condies de desempenharmos uma funo no grupo ou, simplesmente fazer parte dele.

    Essa atitude torna a pessoa socivel. Em qualquer lugar que ela se encontra, no ter dificuldade para se aproximar dos presentes, estabelecendo uma relao amistosa com os demais componentes do grupo. Possui bom desembarao, vencendo qualquer timidez e constrangimento.

    Para finalizar essa concepo metafsica queremos transmitir a voc um reforo ao seu estado interior. No se inferiorize perante os outros. Voc to bom quanto qualquer um que se apresenta como vitorioso. Se no possui conquistas concretas porque voc no idealizou nem se dedicou a se aperfeioar naquela rea em que o outro bem-sucedido.

    Nunca se sinta inferior a ningum, acredite, voc tambm capaz de alcanar o que o outro conquistou. Tudo uma questo de objetivo e de dedicao, que voc tambm pode conquistar. Pode-se dizer que possvel alcanar os ideais, se voc acreditar em si mesmo e se esforar.

    Valorize-se enquanto pessoa, procure no depender de nada para sentir-se aceito num grupo; nem da aprovao dos outros. Pode ser que os outros tambm tenham suas inadequa-es e inferioridades, sendo incapazes de reconhecer o valor de algum. Para admitir as qualidades alheias, precisariam encarar as suas prprias frustraes. Em vez disso, alguns preferem criticar ou encontrar um meio de sobressair-se a reconhecerem suas prprias limitaes.

  • Geralmente, quando existe algum num grupo, que insiste em exibir suas conquistas, impondo-se para inferiorizar os que o cercam, esse, em geral, tambm se sente inferior.

    Voc acha que algum nessas condies capaz de admitir um gesto nobre de sua parte? E praticamente impossvel arrancar um elogio de uma pessoa soberba, que vive vangloriando-se de que as coisas dela so as melhores. Por tudo isso, seja seu prprio sensor de qualidade. E, se precisar de algum reforo externo para elevar sua estima, considere os resultados obtidos, em vez de buscar a aprovao dos outros.

    Assim, sua condio interior se nivela com as qualidades do seu ser. Acredite: voc grandioso e competente. No dependa da valorizao dos outros nem dos bons resultados da sua obra. Sinta-se eficiente pelo simples fato de realizar o que idealizou e no pelo quanto voc conquistou no mundo material. Lembre-se de que os grandes homens no alcanaram excelncia em tudo o que existe, mas fizeram muito bem aquilo que idealizaram. Os bons resultados so conseqncias do empenho e principalmente do sentimento de competncia empregado naquilo que se faz.

    Quem depende das conquistas materiais para sentir-se competente, passa a viver em funo do mundo fsico e torna-se displicente para com as necessidades emocionais. Em vez de voc realizar o que verdadeiramente gosta e faz bem, torna-se compulsivo, altera os valores, substituindo a importncia da condio interior pelos aspectos exteriores, passando a ser dominado pelo desejo de posse de objetos materiais.

    MIASTENIA

    Auto-sabotagem. Miastenia grave um distrbio auto-imune causado por

    anticorpos que impedem a fixao da acetilcolina (Ach) na

  • musculatura. Provoca o enfraquecimento dos msculos esquelticos, causando sua inatividade funcional, principalmente os mais ativos como o do olho.

    Alm do sentimento de inferioridade discorrido no tema anterior, ainda que disfarado por uma conduta arrogante de falsa superioridade, apresentado por algumas pessoas que sofrem de miastenia, o principal componente emocional o boicote que sofrem, no por parte dos outros, mas de si mesmas.

    Boicotar-se uma condio em que a pessoa sabe que capaz de realizar uma determinada tarefa. No entanto, quando est em vias de execuo, constrange-se perante os outros, deixando ser vencida pelo acanhamento ou medo do suposto julgamento alheio.

    Por falta de consistncia interior, a pessoa no se sente segura para fazer o que se prope. Na hora de executar suas tarefas, caso no conte com o apoio dos outros, desiste. No consegue realizar nada se no for incentivada.

    A fragilidade interior causa uma dependncia da aprovao dos outros, que torna ainda mais difcil qualquer atividade que a pessoa pretende desempenhar. Isso faz com que ela, em vez de recorrer aos prprios potenciais, preocupe-se excessivamente com as opinies alheias e com os resultados que vai obter.

    Para reverter esse processo interior importante fortalecer a confiana em si mesmo, sentindo-se competente. A segurana contribui para um bom desempenho no meio em que vivemos e promove uma boa integrao com as pessoas em volta, melhorando a qualidade das relaes interpessoais.

  • DOPAMINA

    Capacidade de conduzir os acontecimentos com leveza e naturalidade.

    A dopamina concentra-se no encfalo. Normalmente sua

    transmisso excitatria, produzindo novos impulsos nervosos, que se propagam pelos neurnios. Esse neurotransmissor est envolvido nas respostas emocionais e nos movimentos corporais subconscientes, promovendo as respostas automticas dos msculos esquelticos.

    Esse neurotransmissor pertence ao grupo das monoaminas que inclui a noradrenalina, adrenalina, serotonina e histamina. Portanto, os aspectos metafsicos apresentados na dopamina aplicam-se em parte a esses outros neurotransmissores. Mais adiante ser feita uma apresentao de alguns fatores especficos de cada um deles.

    Na concepo metafsica, existem certas semelhanas com o padro metafsico da dopamina e do grupo das monoaminas, com a acetilcolina, vista anteriormente, no que diz respeito atitude realizadora. Na dopamina, porm, o sentimento de aptido imediatamente se converge em ao ou resposta automtica aos acontecimentos exteriores.

    Naturalmente a pessoa faz o que compete a ela, sem mistrio nem dificuldades. Quem bom numa rea de atuao, faz o que lhe diz respeito com grande facilidade. No h segredo para aquele que possui habilidades.

    Para ser bem-sucedida, a pessoa precisa ser competente e dedicar-se ao que ela tem aptido. A inclinao para certas funes equivale vocao, que inata, porm precisa ser aprimorada com exerccios e qualificaes que se adquirem com muito empenho. A dedicao imprescindvel para tornar uma pessoa competente, conseqentemente bem-sucedida. No possvel alcanar o sucesso sem dedicao.

  • A vocao um ingrediente do ser, j o aperfeioamento, obtido por meio de estudos tericos e experincias prticas, angariam contedos do mundo exterior que, somados aptido, possibilitam o sucesso e a realizao pessoal.

    Tudo isso ocorre de maneira natural, sem grandes esforos. Envolver-se com o que se gosta, faz parte da vida, no gera desconforto e proporciona satisfao. O trabalho se torna agradvel, como se fosse um entretenimento que envolve a pessoa, a ponto de ela no se dar conta, por exemplo, do tempo que passa realizando suas tarefas.

    Quem v a pessoa atuando de fora, tem a impresso de que a tarefa exaustiva, porm aquele que tem aptido, sente-se bem no que faz e no se desgasta tanto. Tudo fica simples e fcil para quem hbil. J aquele que encara o labor como um desempenho rduo e se dedica como se fosse um fardo que tivesse de carregar todos os dias, no possui os principais ingredientes para o sucesso: destreza na maneira de atuar e sensao agradvel de participar dos afazeres, conhecida como amor pelo que faz.

    O sucesso um conjunto de fatores, entre os quais o prazer deve ser um estado constante durante toda a atuao. A pessoa precisa gostar do que faz. Para isso, a aptido fundamental, ela torna o trabalho agradvel e prazeroso.

    Durante o percurso para o trabalho, o indivduo esboa a satisfao por mais um dia de atividade. A mesma disposio que tem para iniciar as funes, permanece praticamente durante todo o perodo de trabalho. Quando menos espera, o tempo j passou e chegada a hora de parar. Isso ocorre por causa do envolvimento e persuaso no trabalho. Para alcanar esse estado preciso manter-se compenetrado, no deslocar a ateno para outras atividades, enquanto se dedica aos afazeres. Por exemplo, ficar conjeturando que poderia estar num lugar agradvel naquele momento, gozando de lazer, comparando com o desconforto de estar preso ao labor. Isso no leva a nada, somente ao desprazer, que interfere negativamente no desempenho das funes. Quando as horas de trabalho no passam, porque a pessoa no est num nvel de dedicao

  • suficientemente bom. Ficar entediada por estar ali, naquele momento, fazendo algo que deixou de ser agradvel, torna a atuao exaustiva.

    Vale lembrar que para usufruir o melhor da vida, necessrio dar o melhor de si no que se faz. Prova disso a necessidade de recursos financeiros que advm do bom desempenho no trabalho.

    Geralmente, a vocao manifesta-se em forma de fascnio na pessoa, por alguma rea de atuao, para a qual ela possui forte inclinao ou tendncia inata.

    Existem alguns casos em que as pessoas mostravam-se arredias em relao a alguma rea de atuao; no entanto, movidas pelas necessidades ou pela sincronicidade da vida, tiveram que se prestar a fazer aquilo que ofereciam resistncia. Com o passar do tempo, descobriram seu talento exatamente naquela rea de dificuldade. A superao dos obstculos promove o sucesso. Pode-se dizer que por trs dos grandes desafios repousam os maiores talentos da pessoa. Nesse caso, vence aquele que for corajoso para enfrentar seus prprios limites e superar os seus medos.

    Na vida somos assediados por atividades que nos convocam para interagir e desenvolver as aptides. Vamos sendo norteados por oportunidades que surgem inesperadamente e por impossibilidades de atuar na rota traada. Num determinado momento, podemos deparar com certas interrupes do que vnhamos fazendo, tais como: afastamento de um projeto, ser demitido etc. Em compensao, outras possibilidades podem aparecer, lanando-nos para uma nova direo.

    Uma espcie de roda-viva nos conduz para uma direo muitas vezes impossvel de ser prevista. Quando menos esperamos estamos fazendo algo que nem imaginvamos ou o que tanto sonhvamos. A verdade que cada momento do processo est constituindo o passo seguinte; por isso, enquanto estamos desempenhando uma funo, imprescindvel fazer da

  • melhor maneira possvel, para angariar contedos necessrios ao novo curso de atuao.

    Nada em vo ou meramente passageiro. Tudo o que fazemos importante para o nosso aprimoramento, de alguma forma, contribui para o processo existencial, quer seja diretamente, por meio do aprendizado necessrio para exercer outras funes, ou para nos tornar seguros, quanto capacidade de desempenhar qualquer tarefa.

    Esse fortalecimento interior conta positivamente para o exerccio de qualquer funo que venhamos a exercer. Ainda que no tenhamos aprendido a desempenhar uma tarefa, o fato de nos sentirmos em condies de aprend-la, j de grande valor na constituio interna.

    Portanto, a dopamina refere-se, metafisicamente, ao estado interior de disposio da pessoa para atuar nas situaes, conduzindo os eventos agradveis, e sentir-se merecedora do que bom ou mesmo em condies de transformar os episdios ruins. A atitude interior de destreza e a confiana promovem o sucesso das nossas aes; tambm desenvolvem a competncia e preciso no que fazemos.

    NORADRENALINA E ADRENALINA

    Predisposio para a vida e disposio para lidar com as

    adversidades do cotidiano. Esses dois neurotransmissores pertencem ao grupo das

    monoaminas. Com os nomes de noradrenalina e adrenalina existem tambm dois importantes "hormnios", isto , substncias produzidas pelas glndulas supra-renais, que so

  • lanadas na corrente sangunea5. Os aspectos metafsicos dos hormnios e dos neurotransmissores possuem semelhantes interpretaes.

    No tocante a esses dois neurotransmissores, eles referem-se, metafisicamente, ao sentimento de aptido para lidar com os episdios existenciais, de maneira eficiente e bem-sucedida. Sentir-se seguro quanto capacidade de responder s adversidades da vida, sem causar maiores prejuzos materiais nem comprometimento do estado de humor.

    A noradrenalina mais eficiente no estado de viglia, mantendo o corpo apto para as atividades diurnas. J a adrenalina favorece a uma resposta eficiente do organismo nas situaes emergenciais, como, diante de um perigo eminente, possibilita a resposta de luta ou fuga.

    A confiana nos prprios atributos e na competncia para lidar com os fatos inusitados ou, simplesmente, com os acontecimentos cotidianos, alm de fortalecer a auto-estima e proporcionar o bem-estar, propicia a propagao desses neurotransmissores.

    Essa atitude diante da vida resulta em disposio durante o dia ou na viglia, visto que as aes desses neurotransmissores no organismo promovem condies adequadas para reagir nos momentos emergenciais.

    SEROTONINA

    Confiana e liberao.

    A serotonina um neurotransmissor que tambm pertence ao grupo das monoaminas. de natureza inibitria e favorece a

    5 Para enriquecer os seus conhecimentos acerca da atitude metafsica desses hormnios, consulte: Metafsica da Sade, volume 3, p. 97 (NA).

  • induo do sono e a percepo sensorial, suavizando os estmulos da dor etc.

    medida que confiamos em ns e no processo existencial, relaxamos os mecanismos de defesa e paramos de nos auto-agredir. Respeitamos nossa maneira de ser e garantimos uma boa relao tambm com as pessoas que nos rodeiam.

    Tudo flui naturalmente quando existe o respeito prprio e mtuo. No ficamos indignados facilmente nem revoltados com os eventos exteriores. Despojados da reao mais veemente aos acontecimentos, agimos de maneira complacente, prevalecendo a harmonia interior; mesmo diante de situaes turbulentas no perdemos o equilbrio.

    Para melhorar a qualidade de vida imprescindvel estar bem consigo mesmo e integrado ao ambiente, tornando a atuao existencial o mais agradvel possvel e extraindo o melhor dos fatos, com o mnimo de transtorno.

    Assim sendo, durante a viglia somos ativos, e no momento de repouso, conseguimos uma boa qualidade de sono, digno de quem se sente vitorioso pelo que fez e no direito de gozar de um merecido descanso, ao trmino de um dia exaustivo.

    Alm da induo ao sono, que equivale a essa postura metafsica, a serotonina tambm suaviza os estmulos da dor. Essa condio fsica equivale metafisicamente a se poupar dos transtornos excessivos, no se massacrar diante de episdios ruins, e evitar que os aborrecimentos perturbem o descanso. Essas atitudes so favorveis presena desse neurotransmissor no organismo.

    Agindo assim, alm de uma boa qualidade de sono, obtm-se um anestsico natural que produzido pelo prprio organismo.

    Se voc daqueles que mergulha nos problemas e no consegue se desligar dos emaranhados, ruminando interiormente a confuso, ficando obsediado pelos prprios pensamentos, cultivando atitudes dessa natureza, voc poder reduzir a produo de serotonina, ocasionando perturbaes

  • fsicas, pela falta do referido neurotransmissor. Tambm se predispe dificuldade de dormir e persistncia da dor.

    Comportar-se dessa maneira como se voc tivesse uma lmina afiada ferindo-o permanentemente; sem dar-se o direito de se recompor, sequer por alguns instantes, para angariar foras necessrias para enfrentar os problemas.

    Adote atitudes metafsicas: se d o direito de poupar-se da confuso; saiba o momento