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Director: José Luís Araújo | N.º 262 | 15 de Janeiro de 2016 | Preço 2,00 Euros | www.gazetarural.com Aprecie! É genuíno!

Gazeta Rural nº 262

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As feiras do Fumeiro de Montalegre e Vinhais; a Feira da Caça de Vilar Formoso; Festivais Gastronómicos; as Feiras do Queijo; o novo vinho do Dão, lançado pela Amora Brava; a nova aposta da Lusovini no mercado externo, a aposta no Pistácio; a petição pública por mais verbas para a agricultura e a decisão que os agricultores podem continuar a aplicar pesticidas se fizerem formação até Maio são alguns dos temas em destaque na edição de 15 de Janeiro, a primeira de 2016. Boa leitura

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Director : José Luís Araújo | N.º 262 | 15 de Janeiro de 2016 | Preço 2,00 Euros | www.gazetarural .com

Aprecie! É genuíno!

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Sumário04 Aposta conjunta do Centro e Porto leva estrelas Michelin à Fitur de Madrid05 Feira da Caça e Desenvolvimento Rural mostra potencialidades do território06 Serpa prepara feira do Queijo do Alentejo07 Feira dos Pinhões promove tradição e autenticidade08 Palmela celebra a Fogaça em Fins-de-semana Gastronómicos09 Vouzela recebe o maior evento nacional de fotografia de natureza10 “24 Horas de Agricultura” põe à prova os estudantes do ensino superior agrícola11 Lançada petição pública por mais verbas para a agricultura12 Feira do Fumeiro de Montalegre comemora bodas de prata14 ‘Bísaro Pig Parade’ e presunto em destaque na Feira do Fumeiro de Vinhais16 Palácio da Bolsa recebe XIII edição do Essência do Vinho

17 Amora Brava apresenta-se em Fevereiro com ‘Psique’18 Bairrada reforçou em 2015 liderança nos espumantes nacionais19 Distribuidora Lusovini aposta este ano nos Estados Unidos e na Ásia20 Quinta de Lemos recebe ‘Conversas d'Alfrocheiro’22 Feira do Porco de Boticas repetiu êxitos anteriores23 Estação Agrária de Viseu promoveu acção sobre poda do mirtilo24 Azeite biológico da Reserva da Faia Brava premiado no Green Project Awards27 Fruystach quer dinamizar a cultura do pistácio no interior do país28 Marca Açores alargada a serviços e estabelecimentos29 Agricultores podem continuar a aplicar pesticidas desde que façam formação até Maio30 Associação Nacional da Batata vai nascer brevemente32 Secas e ondas de calor reduzem produtividade agrícola36 Expozoo com muitas actividades para os mais novos e amantes dos animais38 Ruas floridas voltam a ser motivo de atracção nas Festas do Concelho 2016

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As entidades Turismo Centro e Turismo Porto e Norte vão partilhar na Fitur de Madrid um stand de promoção que terá como principal atracção a presença de “chefs” de cozinha por-tugueses distinguidos com estrelas Michelin.

“Se a procura turística cada vez mais se faz pela gastrono-mia e pelos vinhos e se Espanha contribui de forma crescente para os números do turismo nacional, estão concertados os argumentos para que a Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP) e a Turismo do Centro (TCP) se unam e promovam os seus destinos numa das maiores feiras internacionais de turis-mo”, pode ler-se num comunicado divulgado pelas duas enti-dades regionais.

Esta parceria inédita permite às duas entidades uma divisão de custos, proporcionando um palco comum para a apresen-tação dos vinhos e gastronomia das respectivas regiões numa das maiores feiras de turismo do mundo.

A principal atracção do stand comum de 135 metros qua-drados será a presença dos “chefs” André Silva, Pedro Lemos e Mário Ramos, que demonstrarão ao vivo as virtudes que os levaram a ser distinguidos com a ambicionada estrela Michelin, que distingue os melhores restaurantes do mundo.

O Chef André Silva, da Casa da Calçada (Amarante) com es-trela Michelin, e o Chef Mário Ramos, do restaurante Helana (Idanha-a-Nova), apresentam as suas propostas de 20 a 22 de Janeiro; o Chef Pedro Lemos, do restaurante Pedro Lemos (Porto), também com estrela Michelin, apresenta de 23 a 24 de

Feira Internacional de Madrid decorre de 20 a 24 de Janeiro

Aposta conjunta do Centro e Porto leva estrelas Michelin à Fitur de Madrid

Janeiro. Os vinhos das duas regiões vão ser apresentados pelo “wine communicator” Paulo Russell-Pinto.

“Portugal é o segundo destino turístico mundial para Es-panha, com uma quota de 12 por cento no fluxo total de ‘ou-tbound’. Este dado demonstra a importância que o mercado espanhol tem para Portugal. É o primeiro mercado turístico externo para a região Centro”, justifica o presidente da Turis-mo Centro Portugal. Pedro Machado recorda que só em 2015 a procura dos turistas espanhóis cresceu cerca de 12 por cento, gerando mais de 500 mil dormidas na hotelaria regional.

Pelo seu lado, Melchior Moreira, presidente da Turismo Por-to e Norte Portugal (TPNP), diz que “é fundamental apostar no reforço da notoriedade da cozinha portuguesa no país vi-zinho”, acrescentando que “o mercado espanhol tem reagido de forma muito positiva” às propostas da TPNP. “Termos pre-sentes duas estrelas Michelin revela a importância que esta participação representa para nós”, afirma Melchior Pereira, acrescentando que “é fundamental apostar no reforço da no-toriedade da cozinha portuguesa no país vizinho”.

A Fitur é um dos certames mais importantes do sector turísti-co a nível mundial que reúne os principais operadores turísticos de Espanha e de outros mercados europeus, contando igual-mente com inúmeras participações internacionais provenientes de países menos tradicionais como a China, Japão, Rússia, Tur-quia e Emirados Árabes. Em 2015, a Fitur atraiu cerca de 125 mil profissionais de 139 países num total de 222.551 visitantes.

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O pavilhão multiusos de Vilar Formoso recebe de 29 a 31 de Janeiro a oitava edição da Feira da Caça e Desenvolvimento Rural, certame promovido pela Câmara de Almeida que pre-tende mostrar o melhor do território, nomeadamente na caça e pesca, sectores em que a autarquia tem apostado para atrair visitantes à região.

O vice-presidente da Câmara de Almeida, à Gazeta Rural, diz que “o turismo cinegético é muito importante para o con-celho, dada a elevada taxa de ocupação hoteleira verificada no período de caça”, refere José Alberto Morgado, que espera que o certame ultrapasse os 15 mil visitantes da edição do ano passado.

Gazeta Rural (GR): O que se pode esperar da Feira da Caça e Desenvolvimento Rural deste ano?

José Alberto Morgado (JAM): A Feira de Caça e Pesca e Desenvolvimento Rural de Vilar Formoso atingiu o seu pon-to de afirmação porquanto, no último ano, contou com uma enorme adesão de público, quer portugueses quer espanhóis, na ordem das 15.000 pessoas. Esperamos ultrapassar este fluxo turístico, dado a fidelização deste público e um aumento significativo de espanhóis, fruto da proximidade territorial e à expressiva presença de expositores do país vizinho, demons-trando cada vez mais interesse na divulgação e venda dos seus produtos.

A parceria da Acrialmeida, das Associações de Caça de Nave de Haver, Freineda, Vilar Formoso e Ribeiro de Cadelos, permi-te-nos um optimismo acrescido, dada a sua participação ac-tiva no sector da restauração e na realização de montarias ao javali e na largada de perdizes. A animação musical será uma constante ao longo de todo o evento.

GR: Quantos expositores estão presentes e o que mais destaca do programa?

JAM: A Feira está formatada por áreas com conteúdos di-versos, desde a Expo Tasquinhas (10 expositores de tasquinhas e restauração), Expo Canina e Florestal (exposição de fauna e

De 29 a 31 de Janeiro, em Vilar Formoso

Feira da Caça e Desenvolvimento Rural mostra potencialidades do território

flora), Expo Rural (gado suíno, ovino, caprino e quinino), a Expo Pesca e Truta com demonstração de pesca ao vivo, Expo Ter-ma e Bem-estar (SPA das Termas de Almeida-Fonte Santa), Colóquio – Gestão Racional e Sustentada da Caça e Pesca (di-rigido a dirigentes associativos, gestores de caça e caçadores e pescadores do concelho e região, um espaço central dedica-do aos produtos da terra e artesanato local, com cerca de 60 expositores

GR: O turismo cinegético continua a ser uma boa aposta para o concelho?

JAM: O turismo cinegético é muito importante para o con-celho de Almeida, dada a elevada taxa de ocupação hoteleira verificada no período de caça, fundamentalmente ao coelho bravo, lebre, perdiz, tordos, raposa e javali.

Este território apresenta condições climáticas e morfológi-cas favoráveis ao desenvolvimento deste sector e por isso o município de Almeida aposta nesta vertente turística, valori-zando e dinamizando as associações de caça e pesca, parti-lhando novos métodos de gestão de caça e na promoção e divulgação dos produtos da terra, como o queijo, o enchido, o mel, a bola doce e a ginjinha.

GR: O que mudou no sector primário do concelho no último ano?

JAM: O sector primário mantem-se como a principal fonte de riqueza dos residentes, à semelhança de outros concelhos limítrofes do interior, com predomínio no sector agro-pecuário e na produção hortícola em regime de complementaridade a outros rendimentos familiares, onde se destaca o minifúndio.

GR: Quais as actividades que mais cresceram?JAM: Têm sido a pecuária, actualmente com cerca de

30.000 bovinos e 10.000 ovinos e caprinos e um aumento na olivicultura, uma plantação mais resistente ao clima agreste que se tem feito sentir, com invernos de gelo e verões longos sem pluviosidade.

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A terceira edição do Mês das Migas regressa ao concelho de Mora já em Fevereiro, onde 12 restau-rantes locais apresentam esta iguaria com os mais diferentes sabores e feitios.

Os visitantes podem degustar nos restaurantes locais variados pratos de migas para todos os gos-tos, que vão desde as de espargos às de batata, passando pelas de coentros, de ovas, de enchidos, de couve-flor e migas de tomate, entre muitas ou-tras.

A autarquia local promove esta iniciativa, apos-tando na projecção de Mora, uma vez que se mos-tra o que de melhor se faz no concelho em termos gastronómicos, sendo que no ano passado o nú-mero de pratos de migas servidos ultrapassou os cinco mil.

Participam no festival os restaurantes de Brotas, “O Poço”; de Cabeção, “A Palmeira”, “Os Arcos”, “O Fluviário” e o “Solar da Vila”; da freguesia de Mora, o “Afonso”, “Morense”, “Quinta do Espanhol”, “O António” e “Solar dos Lilases”; de Pavia “O Forno” e “Solar de São Dinis”.

Terceira edição presente em 12 restaurantes

Mês das Migas em Mora regressa em Fevereiro

O Pavilhão de Feiras e Exposições de Ser-pa vai receber de 26 e 28 de Fevereiro a XV edição da Feira do Queijo do Alentejo, um dos maiores certames do género em Portugal e que recebe produtores de todo o país, mas onde o queijo de Serpa é rei. O certame pre-tende promover o queijo como um produto emblemático da região e incentivar a melho-ria da qualidade dos produtos regionais e a dinâmica do tecido empresarial.

No Pavilhão de Feiras e Exposições de Ser-pa os visitantes podem encontrar, para além de expositores de queijos de várias regiões, podem também conhecer e degustar outros produtos da terra, como vinho, enchidos, azeite, mel, doçaria e artesanato. Nas tasqui-nhas, a gastronomia da região está presente com os mais variados partos e petiscos.

A Feira do Queijo do Alentejo, que apresen-ta um programa de animação variado, com especial destaque para a música tradicional e o cante alentejano, é organizada pela Câmara de Serpa, em colaboração de outras entida-des da região.

Pavilhão de Feiras e Exposições de 26 a 28 de Fevereiro

Serpa prepara Feira do Queijo do Alentejo

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Numa iniciativa da Câmara de Ansião, vai decorrer nos dias 23 e 24 de Janeiro a Feira dos Pinhões 2016, evento que pretende, mais uma vez, cons-tituir-se como uma mostra do que de melhor oferece a região de Sicó, to-mando como pretexto o precioso fruto seco que dá nome ao evento.

Renovando pouco a pouco a tradição desta Feira secular, estarão pre-sentes produtores de frutos secos, doces, compotas e licores de Sicó, queijo Rabaçal, vinho Terras de Sicó, mel Serra de Sicó, azeite Terras de Sicó, en-chidos Sabores de Sicó e artesanato típico.

Mas além desta componente de valorização dos sabores endógenos, a Feira integra também um programa de animação que conta, na manhã do primeiro dia, com a presença do Grupo de Concertinas da Lagoa Parada, em simultâneo com um espaço de animação infantil. A abertura oficial da Fei-ra acontece pelas 15 horas, seguindo-se as actuações do Grupo Folclórico Cantares de Santiago e do Rancho Infantil das Serras de Ansião.

No último dia a Feira dos Pinhões prossegue com muita música e anima-ção com o programa Somos Portugal, da TVI, levando um pouco de Ansião a qualquer local onde exista um português.

O nata de maçã idealizado e produzido pela EPAV – Escola de Hotelaria de Colares é agora uma marca registada com o nome de Maçãnata. O pastel de nata reinventado pela EPAV tem a característica distintiva de juntar à receita original a Maçã Reineta, um produto característico de Colares, a região de maior produção deste tipo de maçã.

De acordo com o chef Bruno Gaspar, da EPAV, “com este pastel, procura-se a partir de um produto já existente e com grande divulgação - o Pastel de Nata - alterá-lo e adicionar--lhe a maçã reineta, sendo um processo de ligação e equilíbrio entre açúcares, texturas e bases de confecção”. A receita do

Em Ansião, nos dias 23 e 24 de Janeiro

Feira dos Pinhões promove tradição

e autenticidade

É marca registada da Escola de Hotelaria de Colares

‘Maçãnata’ é um pastel de nata reinventado com maçã Reineta

Maçãnata está registada e foi desenvolvida pelo Chef de Pas-telaria Hugo Florentino (formador da Escola de Hotelaria Co-lares).

Para se adquirir esta iguaria certificada, onde a surpresa são os pedacinhos de maçã reineta que se descobrem a cada den-tada, pode-se fazê-lo por encomenda ou junto das instalações da EPAV.

A EPAV está inserida numa quinta de 12 hectares em Cola-res, no mesmo local onde se inserem o Restaurante Sarrazola e Hotel Sarrazola House, abertos ao público e onde os alunos prestam apoio ao longo da sua formação.

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O programa “Palmela, Experiências com Sabor!” está inte-grado na estratégia de promoção da gastronomia do concelho e, depois de um ano com novidades e excelentes resultados, o calendário 2016 arranca neste mês de Janeiro com especial atenção dedicada à Fogaça de Palmela.

A Câmara de Palmela, a Associação da Rota de Vinhos da Península de Setúbal e a Confraria Gastronómica de Palmela mantêm a tradição, associada ao Dia de Santo Amaro, e pro-movem um conjunto de iniciativas que apostam numa cres-cente valorização e divulgação da rainha da nossa doçaria.

Os Fins-de-semana Gastronómicos da Fogaça decorrem nos dias 15, 16, 17, 22, 23 e 24 de Janeiro, desafiando os restau-rantes do concelho a integrar e valorizar a rainha da doçaria local nas suas propostas culinárias.

A tradicional cerimónia de Bênção das Fogaças, confeccio-nadas por particulares, associações e estabelecimentos, teve lugar na Igreja de S. Pedro, numa organização do Município, em parceria com a Confraria Gastronómica de Palmela e a Paró-quia de Palmela.

No dia 30, às 15 horas, o Centro Comunitário de Águas de Moura recebe um Show Cooking de Fogaça, com participação gratuita mediante inscrição onde a formadora Lourdes Ma-chado vai desvendar os segredos da sua receita familiar. Des-taque, ainda, para mais uma edição do Concurso de Fogaça de Palmela, que vai eleger a melhor Fogaça do ano, no dia 17 de Janeiro, na Casa Mãe da Rota de Vinhos

A Feira das Tradições e Actividades Económicas do concelho de Pinhel regressa novamente em 2016 e afirma-se uma vez mais como “a montra do concelho” e como o maior certame de Inverno da Beira Interior.

Contando com mais de duas décadas de existência, a XXI edição da Feira das Tradições vai realizar-se de 5 a 7 de Feve-reiro e tem como primordial objectivo a promoção do concelho de Pinhel através do impulsionar do tecido comercial, indus-trial e institucional, a valorização do artesanato e a comercia-lização de produtos endógenos regionais enquanto marcas identitárias regionais.

Ao longo destes anos, o certame tem promovido milhares de empresas e instituições através da divulgação dos seus produ-tos e serviços, proporcionando um ambiente de oportunidades para a realização de contactos e negócios.

Para a XXI edição deste certame o tema seleccionado foi Granito Cinza Pinhel, um tema que pela sua abrangência e va-lor no concelho fará com que todos se envolvam numa viagem pelas potencialidades e riqueza natural de um dos principais recursos endógenos do concelho.

Durante este mês de Janeiro

Palmela celebra a Fogaça em Fins-de-semana Gastronómicos

Feira das Tradições e Actividades Económicas decorre de 5 a 7 de Fevereiro

Pinhel promove o maior certame de Inverno da Beira Interior

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Os grandes nomes nacionais da fotografia de natureza vão voltar a reunir-se em Vouzela nos dias 29, 30 e 31 de Janeiro, em mais uma edição do Cinclus Fest, onde vão partilhar o seu trabalho através de palestras, workshops e exposições. O VI Festival de Imagem de Natureza de Vouzela, evento de refe-rência do género em todo o país, é uma organização do Muni-cípio de Vouzela e conta este ano novamente com o apoio do Grupo GENERG.

Consolidando ainda mais a sua dimensão nacional, o Cin-clus Fest volta a inovar, ao atribuir pela primeira vez o prémio GENERG – Fotógrafo de Natureza do Ano, uma das grandes novidades desta edição. Os convidados internacionais con-vidados deste ano são Bruno D’Amicis, vencedor do primeiro prémio individual de fotografia de natureza no World Press Photo 2014, e Joaquín Gutiérrez Acha, realizador e operador de câmara de documentários de vida selvagem, com várias produções premiadas. Destaque ainda para a presença no Mu-seu de Vouzela da exposição “Natureza Portuguesa”, de Luís Quinta, colaborador regular da National Gographic Magazine e da revista Visão.

O Cinclus Fest tem como grande objectivo a promoção e conservação da natureza através da imagem, enquadrando--se na estratégia do Município de valorização do Parque Na-tural Local Vouga-Caramulo (Vouzela) e dos seus recursos. O enorme sucesso da iniciativa deve-se muito ao forte empenho do Município e à grande dedicação da Comissão Organizadora,

Cinclus Fest decorre nos dias 29 a 31 de Janeiro

Vouzela recebe o maior evento nacional de fotografia de natureza

em que se destacam os reconhecidos fotógrafos João Cosme, vouzelense, Luís Quinta e Ricardo Guerreiro.

Prémio nacional para distinguir melhor fotógrafo de natureza

O Cinclus Fest – Festival de Imagem de Natureza de Vouzela vai distinguir, pela primeira vez em Portugal, o melhor fotógra-fo de natureza. O vencedor do prémio GENERG – Fotógrafo de Natureza do Ano será anunciado no dia 29 de Janeiro, o pri-meiro dia da sexta edição do Cinclus Fest.

Trata-se de um prémio inovador, o primeiro a nível nacio-nal dedicado especificamente à fotografia de natureza, e vem consolidar ainda mais a dimensão do Cinclus Fest, enquanto evento de referência nacional dedicado à fotografia de natu-reza.

A este prémio puderam candidatar-se fotógrafos amadores ou profissionais de nacionalidade portuguesa, com idade su-perior a 16 anos, concorrendo em cinco categorias: Paisagem; Flora; Fauna; Parque Natural Local Vouga-Caramulo; Parque Eólico do Caramulo.

Para além do grande prémio GENERG – Fotógrafo de Natu-reza do Ano, no montante de 1500 euros, serão também pre-miadas as melhores fotografias em cada uma das categorias, com um primeiro prémio no valor de 500 euros e um segundo prémio em material fotográfico.

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Nos dias 9 e 10 do próximo mês de Abril alunos do Ensino Superior Agrário de todo o país vão desafiar-se, pondo à prova conhecimentos e competências na maior competição do ano dedicada a estudantes de Engenharia Agronómica ou área afins. As “24 Horas de Agricultura Syngenta” é um evento ino-vador que decorrerá no Instituto Superior de Agronomia, em Lisboa.

Esta iniciativa é um evento formativo e competitivo que simula situações técnico-científicas na área da agricultura, desafiando as equipas participantes a encontrar soluções em mercados simulados, bem como respostas a necessidades agronómicas. Estima-se participação de 150 concorrentes, distribuídos por 30 equipas.

As “24 Horas de Agricultura Syngenta” têm um forte carác-ter formativo, simulando situações do quotidiano da profissão agronómica, com vista a pôr à prova aptidões técnicas, orga-nizativas e colaboracionais dos concorrentes, a quem será exi-gida destreza intelectual e física para superar uma bateria de provas durante um período contínuo de 24 horas.

O evento, subordinado ao tema “Valor Agrícola de Nova Ge-ração”, incluirá provas onde serão utilizadas tecnologias avan-çadas, incluindo agricultura de precisão, e durante as quais os futuros Engenheiros Agrónomos serão desafiados a encontrar soluções para problemas técnicos e de gestão da exploração agrícola, numa lógica de criação de valor em organizações.

As “24 Horas de Agricultura Syngenta” recorrem a meto-

Nos dias 9 e 10 do próximo mês de Abril

“24 Horas de Agricultura” põe à prova os estudantes do ensino superior agrícola

dologias e contextos inovadores, apoiando toda a estratégia pedagógica na associação entre a realidade empresarial e o comportamento organizacional, e mantêm um compromisso com a investigação e actualização contínua dos conhecimen-tos. O evento conta com um itinerário pedagógico que con-templa processos e ferramentas destinadas à promoção das competências pessoais dos alunos.

As equipas concorrentes podem ser compostas por estu-dantes da mesma Escola ou por estudantes, que não frequen-tando a mesma instituição de ensino superior, decidam consti-tuir uma equipa para participar na competição.

A competição terá lugar no Instituto Superior de Agronomia (ISA), em Lisboa, prestigiada Escola de graduação e pós-gra-duação em Ciências Agrárias, que dispõe de excelentes condi-ções no seu campus de 100 hectares no centro de Lisboa. As provas decorrerão em ambiente outdoor, indoor e misto.

Os patrocinadores principais do evento terão oportunida-de de participar na definição de algumas provas e de interagir com os concorrentes durante o evento, dando visibilidade às suas marcas. A Syngenta é o patrocinador Platina desta com-petição.

Este é iniciativa conjunta da Associação Portuguesa de Hor-ticultura (APH), da IAAS Portugal - International Association of Students in Agricultural and Related Sciences e da SFORI. A APH garante a credibilidade científica e pedagógica das pro-vas, bem como o seu interesse profissional.

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O consultor e engenheiro agrónomo José Martino lançou uma petição pública onde apela ao ministro das Finanças que canalize para a Agricultura os fundos necessários a uma maior dinâmica do Programa de Desenvolvimento Rural (PDR) 2020.

“Apela-se ao Ministro das Finanças que canalize para o Mi-nistério da Agricultura os fundos financeiros necessários para promover uma maior dinâmica e operacionalidade ao PDR 2020, por forma a defender o sector agrícola como nicho ma-croeconómico fundamental para a robustez e sustentabilidade do nosso modelo social, do crescimento da nossa economia e da nossa riqueza”, pode ler-se na petição publicada numa plataforma online e que pelas 20:00 contava com 184 assina-turas.

O responsável pede ainda que “a Comissão Parlamentar de Agricultura e Mar aprove com carácter de urgência uma reso-lução recomendando ao governo para colocar no Orçamento de Estado para 2016 o montante necessário para a contra-partida nacional das ajudas europeias consignadas no PDR 2020”.

José Martino, que enviou a petição para a Assembleia da Re-pública, disse temer que o Orçamento do Estado para 2016 não contemple as verbas necessárias para que a agricultura pos-sa receber os fundos de Bruxelas e que se assista a um “corte

José Martino é o promotor da iniciativa

Lançada petição pública por mais verbas para a agricultura

cego das finanças” sobre esta área.A petição, com a qual espera ser chamado à Comissão de

Agricultura e Pescas para debater ideias, começa por lembrar a “importância do apoio público europeu e de Portugal ao inves-timento para a competitividade do sector agrícola e agroin-dustrial nacional, quer ao nível da aprovação dos projectos, quer no pagamento atempado das ajudas”.

“O Estado Português não pode ser lesto a cobrar e aplicar coimas e alcavalas nos atrasos do cidadão e não ter os mes-mos critérios para os seus compromissos com os agricultores”, assinala o documento no qual José Martino destaca ser “im-perioso colocar a aprovação e o pagamento do PDR 2020 em dia”.

O consultor, que em 2010 lançou uma petição pública para a criação de um banco de terras público, considera também “decisivo” para a economia nacional que “o tecido empresarial agrícola ganhe sustentabilidade, competitividade, dinamismo e atractividade”. “A agricultura portuguesa foi, nestes últimos quatro anos, um factor decisivo de amortecedor social, cria-dora de emprego líquido, exportações e de riqueza”, defende o promotor da petição que espera que reúna as quatro mil as-sinaturas necessárias para levar ao debate na Assembleia da República.

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Gazeta Rural (GR): A Feira de Montalegre comemora as bodas de prata, que é uma data marcante?

Orlando Alves (OA): Claro que sim. Falamos da idade, da qualidade, do aprumo e da visibilidade que este evento dá a Montalegre e a toda região. Este não é um certame de cariz folclórico, mas sim mercantilista. É uma feira onde predomina o conceito de dinamização económica local e onde impera tam-bém uma deriva comercial, que é extraordinariamente relevante e importante para a sobrevivência dos resistentes, das pessoas que ainda teimam em viver e lutam para que o território tenha sustentabilidade. É de eventos como este que se criam condi-ções para que o homem tenha presença garantida no mundo rural.

De 21 a 24 de Janeiro

Feira do Fumeiro de Montalegre comemora bodas de prata

GR: Consegue fazer um balanço destes 25 anos? OA: É um balanço deveras positivo. Foram 25 anos de afirma-

ção do território, de transversalidade de políticas, de conceitos e de interacções. O grande êxito da Feira do Fumeiro passa ao lado das notícias e do folclore das televisões, que se instalam a marcar números de telefone e a fazer negócios à distância.

Na Feira impera um propósito de afirmação e de comercia-lização de produtos locais, com um envolvimento grande dos produtores e a garantia pré-consagrada que temos um evento com agressividade comercial, que vai perdurar no tempo, o que para mim é reconfortante.

Este é o grande balanço que posso fazer. Afirmou-se um pro-duto, desenvolveu-se uma ideia, estabeleceram-se sinergias entre o município, que organiza, os produtores que se empe-nham e os agentes económicos que souberam agarrar esta ini-ciativa, que a potenciaram ao ponto de há 25 anos, quando co-meçámos, não haver um hotel, uma unidade hoteleira decente, e hoje temos 350 camas e onde impera o conforto e o bom gosto. Esta transversalidade tem que ser assinalada e, sobretudo, o grande ganho está, objectivamente, na afirmação do território, que passou a ser conhecido, valorizado e apreciado em todo o país e não só.

GR: Os 25 anos reflectidos na Feira são também a afirmação de Montalegre?

OA: Certamente. Se não fosse o grande rigor que temos na feira, impondo que os animais sejam alimentados com produ-tos da terra, teríamos mais território abandonado, mais cam-pos por cultivar, mais incêndios, mais despovoamento e menos dinâmicas internas.

A Feira foi, é e será um motor muito importante. Prova dis-so é que a revista do jornal Expresso, que é insuspeita, colo-ca Montalegre como sendo o concelho do país onde se fazem

Montalegre vai estar em festa de 21 a 24 de Janeiro com a realização da tradicional Feira do Fumeiro de Montale-gre, que comemora 25 anos, certame que se tornou num dos maiores eventos gastronómicos do norte do país. O presidente da Câmara de Montalegre, em conversa com a Gazeta Rural, realça a importância do certame e faz um balanço positivo de 25 anos “de afirmação do território, de transversalidade de políticas, de conceitos e de inte-racções”.

Orlando Alves é considerado o ‘pai’ da Feira do Fumeiro, a ‘galinha de ovos de ouro’ que colocou Montalegre, há um quarto de século, no mapa da procura e da atracção turística. Num certame que gera cerca de três milhões de euros e conta este ano com 100 expositores, o autarca lembra que Montalegre é o concelho do país “onde se fa-zem mais movimentos nas caixas multibanco”.

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5460-304 Boticas – Trás-os-Montes

mais movimentos nas caixas multibanco e onde, em média, se tira o maior montante. Isso resulta dos movimentos que con-seguimos gerar através dos eventos que organizamos, como a Feira do Fumeiro, as Sextas-feiras 13, o Mundial de Rally Cross, o Congresso de Medicina Popular, a animação que fazemos no Verão ou a neve que por esta altura nos ‘visita’ e que é a compensação que a natureza nos dá por aguentarmos um ano inteiro debaixo de temperaturas menos simpáticas.

São estas dinâmicas, umas criadas por nós, outras intrin-secamente endémicas, associadas ao que somos, que fazem com que a projecção do território seja aquilo que é, com re-flexo naquilo que atrás referi. As pessoas vêm, consumem e vão ao multibanco, deixando Montalegre no primeiro lugar dos concelhos do país onde se levanta mais dinheiro.

GR: Qual o ganho que a feira deixa na região?OA: Directa e indirectamente, estimamos um ganho de

cerca de três milhões de euros, isto quantificando os produ-tos que entram na feira, mas também fazendo uma avaliação, com algum rigor, da quantidade de fumeiro e outros produtos que é feita fora da feira, bem como uma estimativa dos ganhos da ocupação hoteleira e restauração. É um encaixe financeiro significativo.

GR: Quantos expositores vão estar na Feira?OA: Cerca de 100 expositores. Todos os anos temos vindo a

crescer e este ano apareceu muita gente jovem a inscrever-se e a produzir fumeiro, o que para nós é motivo de extraordinária satisfação.

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Vinhais prepara-se para receber mais uma edição da Feira do Fumeiro, um grande evento gastronómi-co da região Norte do país, que este ano decorrerá de 4 a 7 de Fevereiro, uma semana antes do Carna-val.

Um dos pontos altos do certame é uma ‘Bísaro Pig Parade’, réplica das famosas Cow Parade, num de-safio lançado aos artistas plásticos transmontamos para apresentarem peças, em pintura ou escultura, tendo como elemento principal o porco Bísaro. Car-la Alves, responsável pelo certame, adiantou à Ga-zeta Rural que as peças irão ficar expostas no novo Centro Interpretativo do Porco e do Fumeiro, a inau-gurar durante o certame.

De 4 a 7 de Fevereiro, no nordeste transmontano

‘Bísaro Pig Parade’ e presunto em destaque na Feira do Fumeiro de Vinhais

A Feira contará com cerca de 400 expositores, dos quais 60 produtores de fumeiro. O destaque vai também para o presunto Bísaro de Vinhais, que me-recerá atenção especial.

Gazeta Rural (GR): Como estão os preparativos para a Feira?

Carla Alves (CA): Estão a correr bem. Este ano vamos ter a feira uma semana antes do que é normal, por causa do Car-naval. É um grande certame do norte do país, que toda a gente conhece, e que é muito mais que uma feira de fumeiro.

Este ano teremos cerca de 60 produtores no pavilhão do fumeiro. Tal como em anos anteriores, não alteramos muito, dado que são pessoas que já estão connosco há muitos anos, mas sempre entra um ou outro novo produtor.

Este ano decidimos dar destaque especial ao presunto Bí-

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saro de Vinhais, que entendemos tem que ser mais valorizado. Para isso estará presente um Chef, especialista em presunto, que fará várias demonstrações ao longo da feira da forma de cortar, empratar e servir o presunto. Haverá também acções de formação para os produtores nesta matéria.

GR: Mas há uma novidade na Feira deste ano?CA: Sim. A Feira terá este ano um momento alto, que é uma

‘Bísaro Pig Parade’, uma réplica da Cow Parade, - não com va-cas, mas com porcos bísaros -, que aconteceu em Genebra em 1998 e que já ocorreu em muitas cidades do mundo.

São vários os artistas plásticos transmontanos convidados, que estão a preparar e a decorar peças pintadas ou esculturas, todas diferentes, de porco bísaro. O ponto alto será no dia 6 de Fevereiro, com a apresentação pública destas obras de arte, que ficarão expostas no novo Centro Interpretativo do Porco e do Fumeiro, que será inaugurado nessa altura, e que fica insta-lado no centro da Vila de Vinhais, num solar lindíssimo, que foi recuperado para o efeito. As peças ficarão ali expostas perma-nentemente, mas temos pensado vários eventos onde poderão ser expostas, não só em Trás-os-Montes, mas também noutras regiões do país.

Parece-nos uma ideia interessante, não só para a preser-vação de uma raça autóctone, mas também o de permitir um olhar diferente por parte dos artistas plásticos transmontanos.

GR: As notícias do final do Verão de 2015 não afecta-ram a confianças dos consumidores?

CA: A Feira em Vinhais é em Fevereiro, mas durante este mês houve em Boticas, a que seguem Montalegre e Bragança, e to-das têm como ponto comum a promoção do fumeiro tradicio-nal e acho que não é pelas notícias do final do verão que vamos ter menos gente. Bem pelo contrário.

Aliás, os consumidores têm uma grande confiança nestes produtos, porque acreditam na sua genuinidade e a Feira do

Fumeiro de Vinhais destaca-se de todas as outras, porque sa-bemos, e para nós é a grande preocupação, que toda a maté-ria-prima usada nos produtos expostos é de porco bísaro. Não é só o modo de fabrico, mas é também a sua origem e nós, em Vinhais, temos garantido isso ao longo dos anos e continua-mos com essa preocupação, marcando a diferença em relação a outros certames congéneres.

GR: É possível quantificar o volume de negócios em torno da Feira?

CA: O ano passado apontámos um valor de cerca de seis milhões de euros, que envolve a produção e comercialização de fumeiro, mas também as áreas de restauração, hotelaria e outras. O valor de fumeiro vendido na feira andará acima dos 300 mil euros.

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O mais aguardado evento anual de vinhos que se realiza no nosso país terá lugar de 25 a 28 de Fevereiro, no Palácio da Bolsa. Os interessados já podem adquirir bilhetes online para a XIII edição do Essência do Vinho – Porto, que ao longo de quatro dias apresentará mais de 3.000 vinhos de mais de 350

De 25 a 28 de Fevereiro, no Porto

Palácio da Bolsa recebe XIII edição

do Essência do Vinhoprodutores, elegerá o “TOP 10 Vinhos Portugueses”, promove-rá um programa exclusivo de provas comentadas com grandes referências e convidará a mais representativa comitiva inter-nacional de especialistas.

Adquirida online – através do portal www.essenciadovinho.com, menu “Loja EV” – , a entrada de um dia tem um valor de 20€ e inclui copo de provas Riedel. No local e nos dias de re-alização do evento, a mesma entrada será possível de adquirir por 25€.

Nas próximas semanas, Essência do Vinho – Porto divulga-rá ainda a imagem oficial desta edição e também o programa detalhado de um evento que continua a ter um impacto muito positivo no público que o visita.

O grau de satisfação dos visitantes aumentou 9% entre as edições de 2014 e 2015. Na mais recente edição, 52,5% do pú-blico revelou-se “muito satisfeito” com o evento, fasquia que havia registado 43,5% de considerações em 2014. No patamar “satisfeito”, 48,8% dos visitantes expressaram esse sentimento por comparação com os 43,1% do ano anterior.

Estes dados estatísticos integram as conclusões do estudo de públicos realizado pelo ISAG – Instituto Superior de Admi-nistração e Gestão durante as XI e XII edições do Essência do Vinho – Porto.

Por entre uma amostra de 1.232 inquiridos, realce ainda para o facto de 89% expressarem a vontade de regressar em 2016, sendo que 70% deslocaram-se propositadamente à cidade do Porto com o objectivo de visitar o maior evento exclusivamen-te dedicado ao vinho em Portugal.

Passear na cidade, visitar as caves de Vinho do Porto, mo-numentos e património foram as actividades mais referidas por quem pernoitou no Porto. Em 2016, Essência do Vinho – Porto apresenta um acréscimo de 9% de produtores representados face ao ano anterior.

Realizado pela primeira vez em 2004, o evento é uma orga-nização da empresa EV-Essência do Vinho, em parceria com a Associação Comercial do Porto.

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Criar, promover e comercializar, sobretudo além-fronteiras, os melhores vinhos do Dão é a meta traçada pela empresa Amora Brava, que tem como sócia-gerente Susana de Melo Abreu.

O objectivo é oferecer vinhos únicos e diferenciadores, que se-jam marcantes para quem os faz, mas especialmente para um con-sumidor cada vez exigente e que procura algo novo num vinho.

Formada pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) em Engenharia Agrícola, mestre em Controlo de Qua-lidade pela Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto (FFUP) e com doutoramento europeu em Enologia pela Facul-dade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), ainda du-rante este ano, que não foi o seu último ciclo de estudos, foi viver para Itália, onde desenvolveu o seu inato empreendedorismo, aliado ao gosto pelas tradições e culturas do mundo.

De regresso a Portugal, iniciou em 2014 o projecto de famí-lia a que chamou Amora Brava, por considerar que o estava a construir para as suas filhas, gémeas, que têm como pai, como afirma, “O melhor enólogo do Dão!”, Carlos Silva.

Este projecto visa dedicar-se sobretudo à comercialização de marcas próprias de vinhos, mas também de azeites e outros pro-dutos gourmet tradicionais portugueses. O primeiro vinho tinto D.O.C. Dão chama-se ‘Psique’ e será lançado muito brevemente.

“A ideia foi a de criar nomes únicos e muito especiais para nós e para as pessoas com quem queremos compartilhar emoções.

Uma nova referência nos vinhos do Dão

Amora Brava apresenta-se em Fevereiro com ‘Psique’

‘Psique’ é Alma, é Ego, é Mente, é Vida, é Prazer! É tudo o que podemos sentir ao beber este vinho feito pelo Carlos Silva”, diz Susana Abreu.

Mas nada melhor do que o deixarmos falar sobre o seu Primei-ro Vinho. “Evidentemente é o primeiro vinho depois de tantos, mas o primeiro pessoal e de família. O desafio é grande, assim como o entusiamo de fazer algo diferente no Dão, que trans-forme o rosto da sua história. Criado da partir da harmonia das castas Alfrocheiro e Tourigo, não fosse eu descendente desse nome, é um vinho que expressa a minha paixão pela enologia. ‘Psique’ tem efectivamente vida, cor e elegância. Reúne os bons elementos do Dão, a mineralidade, o terroir, a finura, o aroma complexo e rico da bergamota, da violeta e, claro, da Amora Brava, aliados às fragrâncias dos bosques que nos rodeiam. É a expressão do carácter do vinho do Dão, revelando forte perso-nalidade, calor e grandeza”, refere Carlos Silva.

Mas Psique não é só vinho. É a garrafa escolhida em harmonia com a cápsula, o rótulo e o contra-rótulo desenvolvidos por Su-sana Abreu. A rolha, descoberta na última SIMEI (International Enological and Bottling Equipment Exhibition), será usada pela primeira vez num vinho português e a representação em Portu-gal será também da Amora Brava. Um produto a descobrir, tam-bém brevemente, completamente inovador. Assim acontecerá com os próximos vinhos, já em desenvolvimento.

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A produção de vinho espumante na Bairrada registou um 2015 um aumento de mais de 25 por cento em relação ao ano anterior, reforçando a liderança desta região demarcada na produção de espumantes nacionais.

A estimativa do aumento de produção foi feita pelo presi-dente da Comissão Vitivinícola da Bairrada (CRVB), Pedro So-ares, e tem como base o crescimento “entre 25 a 30 por cento” da venda na região demarcada dos selos de garantia do Insti-tuto da Vinha e do Vinho.

O Selo de Garantia certifica em cada garrafa a autenticidade e genuinidade do vinho das regiões demarcadas, garantindo a sua origem e o controlo rigoroso efetuado a todas as fases do processo de produção.

Em 2015, ano em que se assinalaram 125 anos de produção de espumantes na Bairrada, a venda de selos na região deverá ter rondado os dois milhões de unidades, contra pouco mais de um milhão e meio em 2014. “O ano de 2015 foi muito positivo”, diz Pedro Soares, que espera que as suas estimativas sejam confirmadas a curto prazo pelos dados oficiais do Instituto da Vinha e do Vinho, que vai divulgar este mês os números de pro-dução de vinho por regiões demarcadas.

No início do ano o IVV divulgou os totais nacionais, que

Venda de selos deverá ter rondado os dois milhões de unidades

Bairrada reforçou em 2015 liderança nos espumantes nacionais

apontam para a produção de mais de sete milhões de hecto-litros de vinho em 2015, o que representa um aumento de 13% face à campanha anterior. De acordo com dados oficiais, qua-se dois terços dos vinhos espumantes nacionais são produzi-dos na Bairrada, região que é responsável pela venda anual de cerca de 5,5 milhões a 6 milhões de garrafas.

A percentagem de vendas em mercados externos ainda é re-duzida, entre os 8% e os 11%, tendo como principais países de destino Angola e Brasil, mas os responsáveis da CRVB acredi-tam que é possível alterar esta situação a médio prazo, tendo em conta a cada vez maior aceitação que os vinhos da Bairra-da (espumantes e os chamados “vinhos tranquilos”, sem gás) estão a obter no mercado internacional.

Neste sentido, em 2015 a CRVB apostou fortemente no pro-jecto Baga, definindo critérios para a consolidação de um es-pumante monovarietal feito a partir da casta Baga, dominante na região. O projecto, a que aderiram numa primeira fase os enólogos de algumas da principais caves da região (Primavera, Aliança Messias, São João, Quinta do Encontro) e os produto-res Luís Pato e António Selas, passa por criar um produto dife-renciado com novas regras e uma identidade gráfica própria, a fim de promover a região no país e além-fronteiras.

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A Lusovini, que é especializada na produção e distribuição de vinhos portugueses pelo mundo, anunciou que vai avan-çar com a internacionalização para os Estados Unidos (EUA) e para a Ásia.

Em comunicado, a Lusovini justifica que “os estudos apon-tam os Estados Unidos como o principal mercado potencial para o vinho português” e que o Oriente “é o maior mercado mundial”. Neste âmbito, “decidiu avançar para a criação de uma empresa própria de distribuição nos EUA, com sede em New Jersey”, que começará a funcionar em Abril, refere.

No segundo semestre do ano será a vez de abrir, em Taiwan (Formosa), um escritório de representações que “funcionará

Com a criação de uma empresa em New Jersy e um escritório em Taiwan

Distribuidora Lusovini aposta este ano

nos Estados Unidos e na Ásia

como base logística para a equipa comercial que irá traba-lhar todos os mercados do Extremo Oriente, a começar pelo da China”. Desta forma, a Lusovini “responde ao arrefecimento dos mercados da lusofonia em 2015, nos quais tem empresas de direito local em Angola, Brasil e Moçambique”.

O presidente da Lusovini, Casimiro Gomes, justificou a opção com o facto de os principais estudos de mercado (como o da ViniPortugal) apontarem os EUA “como o principal mercado potencial para o vinho português durante os próximos anos”. “Por outro lado, o Oriente é o maior mercado mundial e conti-nuará a sê-lo no futuro”, frisou, acrescentando que a Lusovini já lá tinha um delegado comercial permanente mas, a partir do segundo semestre deste ano, terá “uma equipa liderada por um dos administradores executivos do grupo, Pedro Dourado”.

No que respeita ao mercado norte-americano, as perspec-tivas para os vinhos portugueses este ano são animadoras. Em 2015, as exportações para os EUA aumentaram 19,5% en-tre Janeiro e Maio, transformando-os “no quarto mercado de exportação de vinhos portugueses, o segundo em termos de vinhos de mesa”. Este foi também “o mercado de maior cres-cimento dentro dos cinco maiores mercados de exportação de Portugal”.

O facto de a revista norte-americana Wine Enthusiast ter escolhido, em Outubro de 2014, o Pedra Cancela Selecção do Enólogo (vinho tinto do Dão produzido e distribuído pela Lusovini) como a sétima melhor escolha mundial nos vinhos vendidos em 2015 a menos de 15 dólares também deixa boas perspectivas.

“Para aproveitarmos todo o potencial dos Estados Unidos, para além do portfólio que já temos, vamos criar referências específicas só para este mercado”, avançou Casimiro Gomes.

A nova marca irá chamar-se Nelus, numa referência a Nelas, concelho da região do Dão onde a Lusovini tem a sua principal base logística.

Segundo Casimiro Gomes, estes serão “vinhos com um fru-tado um pouco mais exuberante do que é típico na região de-vido a um protagonismo maior de certas castas, como o alfro-cheiro”.

“Nos vinhos do Porto, para além do branco Cambridge ICE (lançado em Setembro), vamos ter um Tawny e um LBV da mesma marca que, pelo menos numa primeira fase, serão ex-clusivos para o mercado dos Estados Unidos”, acrescentou.

O grupo Lusovini produz e distribuiu quase 90 marcas de vinhos portugueses em todo o mundo. Com nova empresa norte-americana e o futuro escritório em Taiwan, prevê que as vendas cresçam 20% ao ano, ou seja, dupliquem nos próximos cinco anos.

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‘Conversas d’Alfrocheiro’ é a proposta da Quinta de Lemos para o próximo dia 25 de Janeiro, um dia dedicado a esta casta nobre do Dão, através de uma abordagem abordagem técni-ca sobre a sua viticultura, vinificação e enologia. Esta primeira edição está reservada a convidados, mas o objectivo é orga-nizar este evento anualmente e alargar ao público em geral.

Neste evento, em representação do Dão, estará a anfitriã Quinta de Lemos bem como a Quinta do Perdigão, mas tam-bém a Quinta do Gradil, da região de Lisboa, e a Paulo Laure-ano Vinus, do Alentejo, que são dos poucos produtores nacio-nais que apresentam Alfrocheiro em vinhos monocasta.

Cada produtor fará uma apresentação técnica das diferen-ças do Alfrocheiro nas várias regiões de Portugal. A origem da casta, a sua história e evolução, bem como o clima e o solo a influenciam (terroir), a viticultura e a enologia por região serão alguns dos temas abordados. O dia incluirá uma visita guiada à vinha e um almoço na Adega da Quinta de Lemos.

O chef Diogo Rocha vai preparar, a partir das 19,30 horas, o jantar de encerramento das ‘Conversas d’Alfrocheiro’, no res-taurante Mesa de Lemos, que estará aberto ao público, me-diante reserva, num menu harmonizado com vinhos de cada um dos produtores presentes (Quinta de Lemos Alfrocheiro 2010, Quinta do Perdigão Alfrocheiro 2010, Quinta do Gradil Alfrocheiro 2015 e Paulo Laureano Genus Generations Miguel Maria). O objectivo é constatar as diferenças do Alfrocheiro quando produzido nas diferentes regiões do país.

“Penso que é fundamental investir e promover esta casta, difícil de encontrar fora do Dão, mas cuja qualidade é tão ele-vada”, diz o enólogo da Quinta de Lemos. “O objectivo deste evento é juntar produtores de renome nacional das várias regi-ões do país, que também acreditam no Alfrocheiro e que o sa-bem trabalhar de forma a produzir vinhos que expressam bem o seu terroir. Juntos, podemos trabalhar para que seja mais valorizada, quer a nível nacional como internacional”, afirma Hugo Chaves.

No próximo dia 25 de Janeiro, com quatro produtores nacionais

Quinta de Lemos recebe ‘Conversas d’Alfrocheiro’

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Boticas abre, anualmente, o calendário de eventos ligados ao fumeiro e este ano, na XVIII edição, a Feira Gastronómica do Porco não deixou os seus créditos por mãos alheias, repetin-do êxitos anteriores. Cerca de 70 mil visitantes passaram pelo evento, que gerou um volume de negócios de perto de meio milhão de euros.

Para o presidente da Câmara de Boticas este evento “é fun-damental” para a economia do concelho, de base rural, e para a sustentabilidade da sua agricultura. Fernando Queiroga su-blinha que a Feira “é o culminar de um ano intenso de trabalho dos produtores, na forma como criam os animais e na própria confecção dos produtos”. Segundo o autarca, o certame é de cariz “impar e singular, diferente de muitos outros que se fazem na região, porque associa a componente gastronómica”.

Os visitantes puderem degustar as melhores iguarias, com pratos à base de carne de porco. E foram muitos que passaram pelos quatro restaurantes do pavilhão do fumeiro, onde não houve mãos a medir.

O aumento de visitantes espelha o sucesso da Feira. Fernan-do Queiroga diz que isso tem muito a ver com a qualidade do

Com mais de 70 mil visitantes

Feira do Porco de Boticas repetiu êxitos anteriores

fumeiro exposto. “Há uma coisa de que não abdicamos, que é o rigor no controlo e na qualidade dos produtos, para que se-jam mais facilmente vendidos, e porque são a sustentabilidade dos produtores e das suas famílias, mas também porque são produções pequenas, familiares, de excelente qualidade e de características ímpares”.

Uma das novidades da edição deste ano foi a realização de um Workshop de corte de presunto com a participação do conceituado chef Vítor Oliveira. Com uma assistência bastan-te significativa, o chef da Academia de Corte ensinou algumas das técnicas que devem ser utilizadas no momento de corte do presunto e que permitem aos apreciadores desta iguaria sentir e apreciar o verdadeiro sabor deste produto típico da região do Barroso.

No exterior do Pavilhão Multiusos decorreu um dos momen-tos mais importantes e um dos grandes atractivos da feira. As tradicionais e conceituadas Chegas de Bois atraíram centenas de visitantes que, apesar do estado do tempo não ser o me-lhor, fizeram questão de assistir ao imponente despique entre os animais.

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Mais de meia centena de produtores de mirtilo compareceu na Estação Agrária de Viseu, numa acção sobre “Poda do Mir-tilo”. O êxito da iniciativa deixou os técnicos daquele serviço da Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Centro (DRAPC) bastante satisfeitos, o que revela o interesse em adquirir novos conhecimentos, numa área, como reconheceu Sérgio Portu-gal, onde “ainda há alguma inexperiência.

Este técnico da DRAPC, à Gazeta Rural, deixou alguns con-selhos, nomeadamente “pensar antes de agir”, pois a poda “depende muito de cada cultivar”, que têm “comportamento distintos e, perante cada planta, temos que parar e pensar a estratégia adequada”. Uma estratégia mal definida pode com-prometer a produção, mas também a longevidade da cultura.

Gazeta Rural (GR): Foi uma acção muito participa-da, o que revela o interesse do sector?

Sérgio Portugal (SP): Sim. Esta vem na sequência do que fizemos em 2014. Esta acção, intitulada “Poda do Mirtilo”, no fundo visou a caracterização exaustiva de todo o ciclo cultura de 2015, em comparação com os dados de 2014.

Tivemos uma grande adesão, o que revela por parte dos jovens mirticultores uma tendência e necessidade de adqui-rir conhecimento, pois, dentro das nossas limitações, o nosso campo experimental é uma referência.

GR: Foram colocadas algumas questões em relação à condução da planta, o que não é tão fácil quanto possa parecer?

SP: Para nós constitui uma grande preocupação. A nossa estratégia tem passado, juntamente com outros técnicos da DRAPC, por discutirmos, internamente, o que fazer e a estra-tégia a adoptar no campo experimental, no sentido de termos melhor conhecimento para, quando na presença de qualquer mirticultor, termos respostas para dar sobre a condução. A poda depende muito da cultivar, pois trata-se de um arbusto, com comportamentos bastante distintos e, perante cada plan-ta, temos que parar e pensar a estratégia adequada.

GR: A poda que pode ser fundamental para a planta e para o futuro da exploração?

SP: Sem dúvida, pois não temos experiência concreta nesta matéria e podem aparecer um conjunto de curiosos que defi-

“Pensar antes de agir” é o conselho

Estação Agrária de Viseu promoveu acção sobre poda do mirtilo

nam uma estratégia que pode comprometer não só a produ-ção daquele ano, mas também a longevidade da cultura.

GR: Uma outra questão tem a ver com o número de plantas por hectares. A que conclusão chegaram no campo de ensaio da Estação Agrária?

SP: Temos um compasso de 2,7 metros na entrelinha por um metro na linha. Como é possível verificar, e o campo tem três anos, já temos cultivares que já se tocam na linha. Pela experi-ência que temos é que a intensificação do pomar na linha pode ser complicado, pois não havendo luz no interior da planta não há diferenciação, comprometendo não só a produção do ciclo, mas também a longevidade da mesma.

Penso que compassos mais apertados, de menos de um me-tro na linha, podem ser um problema no futuro, a não ser que se arranque uma ou outra planta. Há quem defina que a intensi-ficação do pomar leva à mortização, pelo que o arranque uma ou outra planta possa criar maior espaço entre elas.

GR: Como está hoje o sector?SP: O ciclo correu muito bem. O facto de termos uma an-

tecipação da cultura, com colheitas no início de Maio, foi uma grande vantagem, pois estamos a competir com um mercado bastante apetecível, que é o nórdico. As produções foram bas-tante interessantes e, em termos de parâmetros qualitativos e embora não tenhamos grande experiência, parece-nos que a fruta foi de excelente qualidade e o preço pago ao produtor foi bastante satisfatório, por aquilo que vamos ouvindo das pes-soas.

GR; É possível antever como será a campanha des-te ano?

SP: A nossa maior preocupação tem a ver com a falta de horas de frio, pois sem ele não há diferenciação. Estamos bas-tante preocupados de, até ao momento, termos um deferen-cial de horas de frio relativamente a anos anteriores substan-cialmente elevado, o que pode levar a que haja menos fruto no ciclo seguinte.

De qualquer modo, ainda temos até ao fim do mês de Feve-reiro para fazer a contabilização de horas de frio e estamos em querer que agora apareça e que proporcione um rendimento de colheita similar ou melhor que o ano que findou.

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Uma garrafa de azeite que cria espaços para a natureza

Azeite biológico Faia Brava premiado no Green Project Awards

O Azeite biológico da Reserva da Faia Brava foi galardoado na oitava edição do Green Project Awards, com uma menção honrosa na categoria de produto ou serviço. Na Reserva da Faia Brava, a primeira área protegida privada do país, o azei-te é produzido com um propósito inovador: comprar terrenos para a conservação da natureza. Mais de 42 hectares foram já adquiridos com este modelo de negócio, que alia práticas agrí-colas sustentáveis à preservação da biodiversidade do Vale do Côa.

O galardão de reconhecimento de boas práticas sustentá-veis foi recebido por Pedro Prata, coordenador da Associação Transumância e Natureza (ATN, entidade proprietária e ges-tora da Reserva da Faia Brava), na cerimónia de entrega de prémios do Green Project Awards, que decorreu no edifício da Culturgest, em Lisboa.

Os motivos da atribuição prenderam-se com o modo de produção biológico aliado à promoção da biodiversidade e do território, bem como com o estímulo à participação do público em acções de conservação da natureza.

As azeitonas são colhidas manualmente na Reserva da Faia Brava pela equipa da ATN e por um conjunto de voluntários. O azeite extra virgem biológico é depois produzido na Casa Agrí-cola Roboredo Madeira (CARM) e comercializado em Portugal e na Holanda. Apesar de uma produção de apenas 1500 garra-fas por ano, as verbas angariadas com a sua comercialização permitiram já a aquisição 42 hectares até 2014, provando que o modelo de negócio tem potencial para crescer.

“A aquisição de propriedades é a forma mais eficaz de fazer conservação da natureza em Portugal. Na Faia Brava não há incêndios há mais de 10 anos e importantes espécies como o Abutre-do-Egipto ou a Águia-de-Bonelli encontram aqui um local seguro para nidificarem”, diz Pedro Prata, Coordenador Executivo da ATN.

Depois de ser distinguida em 2015 pelo Mapa de Inovação e Empreendedorismo Social (MIES) como uma das iniciativas em Portugal de “Elevado Potencial de Empreendedorismo Social”, a ATN é agora reconhecida como impulsionadora da economia local e motor para a conservação ambiental, na sua missão de criar espaços para a natureza.

O Azeite Biológico Faia Brava pode ser adquirido na loja on-line da Associação Transumância e Natureza em http://atna-tureza.org/index.php/loja

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Uma fábrica de transformação e comercialização de amêndoa, mas também de outros frutos secos, como nozes e avelãs, está em construção em Ferreira do Alentejo, num investimento de 800 mil euros da empresa Migdalo.

As obras arrancaram no início deste ano, no Parque de Em-presas local, e a unidade deve estar pronta até Junho, revelou em comunicado a Câmara de Ferreira do Alentejo, no distrito de Beja.

O presidente da câmara de Ferreira do Alentejo, Aníbal Reis Costa, diz tratar-se de “um projecto muito importante”, não só por criar postos de trabalho e envolver um investimento “de quase um milhão de euros”, mas também por “todo o potencial da cultura da amêndoa”.

Com a seca existente na região norte-americana da Califórnia, a “maior produtora de amêndoa do mundo”, há necessidade de “muita matéria-prima”, argumentou, indicando que, para fazer face a essa procura, “a produção de amêndoa na área do Alqueva pode vir a ser muito importante”.

A fábrica da Migdalo (que significa amêndoa em esperanto), empresa ligada à Agrobeja, já sediada naquele parque empre-sarial, envolve um investimento “na ordem dos 800 mil euros” e prevê criar, numa primeira fase, entre seis a oito novos postos de trabalho.

A unidade, segundo o município, vai servir para a transforma-ção de frutos secos, nomeadamente para a despela e descasque

Num investimento de 800 mil euros

Fábrica para transformar frutos secos em Ferreira do Alentejo arranca em Junho

da amêndoa, e posterior comercialização destes produtos. “Vai poder receber amêndoa, mas também outros frutos secos, como nozes e avelãs”, acrescentou Aníbal Reis Costa, frisando tratar-se de “uma fábrica grande”, que está a ser implantada “numa área superior a meio hectare”, nos cinco lotes de terreno adquiridos pela Migdalo.

O objectivo da empresa promotora é que a fábrica labore, “não só com a produção própria, mas também e sobretudo com a amêndoa produzida na região, que abrange uma área entre os 15 e os 20 mil hectares”. “Estamos a falar de todo o distrito de Beja, cujos produtores, naturalmente, irão deixar aqui o seu produto”, sublinhou o autarca.

Aníbal Reis Costa manifestou estar seguro de que, com este investimento, a cultura da amêndoa, que tem “grande aceitação internacional”, vai “proliferar em Ferreira do Alentejo e em con-celhos vizinhos”. “Vai aumentar de certeza a área plantada, até porque é uma cultura relativamente fácil de se desenvolver”, va-ticinou.

A Câmara de Ferreira do Alentejo insistiu que esta unidade po-derá estimular o surgimento de novos produtores e apoiar tecni-camente a instalação de novos pomares de frutos secos. O que poderá contribuir para o desenvolvimento do sector, com “eleva-do potencial” e que “pode constituir mais uma alternativa rentável para o regadio da região”, referiu.

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A divulgação do negócio do pistácio, como forma de travar a desertificação do interior do país, dinamizar a economia local e regional, criar riqueza e emprego, tem sido uma das apostas nos últimos meses de José Martino, CEO da Espaço Visual - Consul-tores de Engenharia Agronómica.

O culminar desta aposta foi a criação da Fruystach, empresa detida por produtores de pistácio, com sede no Fundão. A ideia é privilegiar as zonas do interior de Portugal, mais deprimidas e onde o clima é mais adequado à cultura do pistácio, com frio no Inverno e quente no Verão, para produzir e exportar este fruto, contribuindo para gerar mais riqueza na região.

A Espaço Visual é uma empresa que já potenciou outros ne-gócios no país na área agrícola dos pequenos frutos - mirtilo, morango, framboesa, amora e kiwi -, e que aposta agora em toda faixa interior de Portugal, desde Bragança a Beja, para pro-mover a produção em larga escala de pistácio.

José Martino, CEO da Espaço Visual, quer arrancar já com as primeiras plantações, com a perspectiva de chegar, em dois anos, a mais de 3.000 hectares de uma cultura praticamente inexistentes em Portugal. Trata-se de um negócio rentável, que implica um baixo investimento e baixos custos de produção. Para o efeito foi constituída a primeira organização de produto-res de pistácio, em Portugal, que, além da comercialização e dis-tribuição, dará assistência técnica aos associados. José Martino garante que o escoamento da produção está assegurado para a União Europeia, onde a procura supera em muito a oferta. Na sua perspectiva, para suprir as necessidades dos mercados da União Europeia será necessário plantar mais 120 mil hectares.

Os frutos secos estão na moda, pelos benefícios para a saúde, pelo que José Martino defende que o pistácio é uma oportuni-dade única para dar dinâmica económica a regiões deprimidas.

Uma cultura praticamente inexistentes em Portugal

Fruystach quer dinamizar a cultura do pistácio no interior do país

Nas contas deste especialista, o pistácio pode gerar, em plena produção, um rendimento superior a 10 mil euros por hectare. Para José Martino, não há muitas actividades na agricultura que se aproximem desta cultura em regadio.

Fruystach vai passar a Organização de Produtores

A Fruystach, empresa detida por produtores de pistácio com o objectivo ser uma referência na fileira dos frutos secos, entrou em funcionamento no início deste ano e tem sede no Fundão, no Centro de Negócios e Serviços da autarquia. A escolha do Fun-dão para a sua justifica-se por ficar no centro de gravidade do Interior de Portugal, entre Bragança e Beja.

O projecto, que se irá transformar numa Organização de Pro-dutores (OP), tem como prioridades criar riqueza, postos de tra-balho, e dinamizar a economia das regiões mais desfavorecidas de Portugal, concentrando o foco da sua actividade nos distri-tos de Bragança, Vila Real, Guarda, Castelo Branco, Portalegre, Évora e Beja. Para além disso, a Fruystach quer, ainda, contribuir para travar a desertificação destas regiões, desenvolvendo o apoio à criação de projectos agrícolas sustentáveis.

A Fruystach está aberta a accionistas que sejam produtores de pistácio, tendo como perfil empresarial o rigor e a disciplina na sua actividade de produção, factor chave para a qualidade do pro-duto e para a promoção da competitividade da fileira. A empre-sa fornece aos seus associados assistência técnica organizada, assegura a comercialização das produções dos seus accionistas, através da exportação para os países da União Europeia, maiores consumidores deste tipo de produto, o que gera valor acrescen-tado e mais-valias para a dinamização do negócio.

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O Governo Regional dos Açores anunciou que vai conceder neste mês de Janeiro um apoio extraordinário de 45 euros por animal a cerca de 87% dos produtores de leite do arquipéla-go, num total de 3,3 milhões de euros. “Este apoio, relativo ao último ano, é extensivo a 2016 e integra o pacote de medidas determinadas pelo executivo regional face aos efeitos nega-tivos do prolongamento do embargo russo e da recessão dos mercados emergentes nos preços pagos à produção em toda a Europa”, frisou a secretaria regional da Agricultura e Ambiente, numa nota publicada pelo Gabinete de Apoio à Comunicação Social do Governo Regional.

Segundo o executivo açoriano, o apoio orçado em 3,3 mi-lhões de euros é suportado pelo orçamento regional, não ten-do implicações nas dotações das ajudas do POSEI, programa de apoio comunitário específico para as regiões ultraperiféri-cas (RUP) como os Açores. No orçamento regional para 2016, as verbas destinadas à agricultura foram reforçadas em cerca de 12 milhões de euros.

A secretaria regional da Agricultura e Ambiente salientou, na mesma nota, que vai aplicar em 2016 um programa de reestru-turação do sector leiteiro, que permite “a saída condigna aos produtores que, eventualmente, pretendam deixar actividade,

A adesão à marca Açores, criada há quase um ano para as-sociar “os atributos mais distintivos” do arquipélago à produ-ção regional, vai ser alargada a serviços e estabelecimentos, anunciou hoje o governo açoriano. Cerca de 250 produtos, a esmagadora maioria do sector agroalimentar, ostentam já a marca Açores.

Uma resolução do Governo Regional, publicada em Jornal Oficial, alarga a adesão ao selo Açores a serviços e estabele-cimentos, visando reforçar a importância desta identificação e, dessa forma, fidelizar novos mercados e fomentar a expor-tação.

Parte significativa dos produtos que ostentam a marca Aço-res corresponde à área dos frescos, nomeadamente carnes, enchidos, peixe, frutas e legumes, com 81 produtos. Na lista surgem também 94 produtos de mercearia, lacticínios (45), bebidas (24) e artesanato, esta última actividade com sete produtos.

Recentemente, o vice-presidente do executivo açoriano, Sérgio Ávila, adiantou que a marca é transversal a todos os produtos que se considerava terem potencialidade para pos-suir a distinção.

Para Sérgio Ávila, o facto de os produtos com marca Aço-res serem em grande parte do sector agroalimentar revela que este é o que “tem grande potencialidade de produção e expor-

contribuindo para o rejuvenescimento do sector e emparcela-mento das explorações e, por esta via, para o aumento da sua competitividade”.

A tutela adiantou ainda que será disponibilizada aos agri-cultores “uma linha de crédito semelhante à que existiu com a designação de SAFIAGRI, para aliviar os custos financeiros decorrentes de empréstimos bancários já contraídos para in-vestimento na modernização e inovação das explorações”.

O executivo açoriano frisou também que vai “reforçar a pro-cura de novos mercados para os lacticínios dos Açores”, acres-centando que as negociações com o Canadá e com o Irão são os dois processos que estão “mais avançados”.

Conta já com cerca de 250 produtos

Marca Açores alargada a serviços e estabelecimentos

tação”.Os registos e o pedido de adesão ao selo Marca Açores po-

dem ser feitos através do ‘site’ www.marcaacores.pt.A marca da região, baseada na natureza, pode ser utilizada

por entidades públicas e privadas para certificação e promo-ção dos seus produtos.

Com o slogan “Açores: certificado pela natureza”, a marca destina-se a produtos tradicionais, incluindo o turismo, que se diferenciem “por serem originários de uma região com uma pe-gada ecológica de elevado valor ambiental”.

Apoio orçado em 3,3 milhões de euros

Governo dos Açores atribui apoio extraordinário aos produtores de leite

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O ministro da Agricultura anunciou que os 260 mil agricul-tores que estavam impossibilitados de utilizar pesticidas nas suas explorações por falta de certificação vão poder continuar a fazê-lo desde que façam formação até 31 de Maio.

Capoulas Santos visitou algumas explorações hortícolas no concelho de Évora, para perceber como este problema está a ser avaliado pelos agricultores e ouvir as suas opiniões. O go-vernante explicou que, desde 26 de Novembro - dia em que o actual Governo tomou posse -, os agricultores e cidadãos es-tão impedidos de aplicar ou adquirir pesticidas se não tiverem certificação.

Em causa está uma directiva comunitária que foi transposta em 2013 para a legislação portuguesa e que determinou que, a partir de 26 de Novembro de 2015, qualquer agricultor ou ci-dadão que não tivesse um curso de formação sobre aplicação de pesticidas ficasse impedido de o fazer. “A situação com a qual fui confrontado foi a de que, em cerca de 300 mil agricul-tores que existem em Portugal, apenas 40 mil tinham feito este curso”, disse Capoulas Santos. Isto quer dizer que os restantes 240 mil e mais os “muitos milhares de cidadãos que aplicam fitofarmacêuticos nos seus jardins ou noutras circunstâncias ficam impossibilitados de o fazer ou até de adquirir estes pro-dutos nas lojas de especialidades”, por razões de segurança, adiantou.

Perante esta situação, o ministro disse que foi necessário “encontrar uma solução” que permitisse aos agricultores con-tinuar a exercer a sua actividade sem problemas. Nesse senti-do, foi publicado um decreto-lei no dia 30 de Dezembro, que

Desde que façam formação até Maio

Agricultores podem continuar a aplicar pesticidas

entrou em vigor no dia seguinte, que permite que os agricul-tores possam continuar a adquirir e a aplicar produtos fitofar-macêuticos até Maio, desde que estejam inscritos numa acção de formação no Ministério da Agricultura, nas organizações de agricultores ou em entidades privadas que organizem esta for-mação. “Pretende-se desta forma que este enorme universo de 240 mil pessoas para as quais não foi possível encontrar so-lução nos últimos dois anos possam agora continuar a exercer a sua actividade e possam ser organizadas as acções que per-mitam que ao longo deste tempo seja possível” conferir-lhes formação, sublinhou Capoulas Santos.

Questionado sobre as razões pelas quais estes agricultores não fizeram formação, o ministro disse que “escapam um pou-co” à sua compreensão porque houve dois anos para tratar este problema. “Ou não houve suficiente divulgação ou não houve percepção da existência deste problema. Enfim, não posso responder pelo passado, compete-me agora responder pelo futuro e, para já, a solução encontrada foi esta”, adiantou.

Esta solução continua a exigir que a formação seja minis-trada, mas “permite que os agricultores continuem a sua ac-tividade e não sejam punidos”, disse Capoulas Santos, expli-cando que outra consequência da falta de formação era uma eventual perda de ajudas comunitárias, quando os agricultores fossem controlados.

Segundo o ministro, o sistema de controlo para atribuição dos apoios comunitários começa em 01 de Junho, sendo por esta razão que foi fixada a data de 31 de Maio para a conclusão do primeiro módulo do curso.

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Está prevista, para o início de 2016, a constituição oficial da Associação Nacional da Batata, desafio que a TerraProjectos – Consultora, Marketing e Design Agroalimentar abraça com especial entusiasmo, tendo presente a experiência adquirida, nesse sentido, ao longo dos anos.

Mobilizar empresas, consciencializá-las da importância do facto de que “ juntas serão mais fortes”», definindo planos es-tratégicos e operacionalizando-os, quer ao nível de investi-mentos e candidaturas aos apoios comunitários (PDR2020), quer ao nível dos mercados, marketing, design e comunica-ção, tem sido a sua demanda.

No mercado há já 16 anos, a TerraProjectos tem procu-rado, contribuir para a união, cooperação e associação dos vários agentes do sector agroalimentar. Sob o mote ‘Colher Ideias, Semear Futuro’ tem abraçado projectos embrionários em prol da maior competitividade e dimensão crítica dos seus clientes, nos mercados nacionais e internacionais. O tecido cooperativo e empresarial agroalimentar português, as asso-ciações, os municípios e os novos empreendedores, no con-texto de projectos individuais de jovens agricultores, têm sido dos seus principais clientes.

Na demanda pela organização dos sectores, em prol de um bem comum, maior, destacam-se projectos como o Plano de Acção para os Azeites do Alentejo, desenvolvido entre 2005 e 2006, promovido pelo CEPAAL - Centro De Estudos E Pro-moção Do Azeite Do Alentejo, associação que visa aglutinar e promover os Azeites do Alentejo na região, no país e no mun-

TerraProjectos abraça mais um projeto de fileira

Associação Nacional da Batata vai nascer brevemente

do. Em meados de 2010, apoiava a constituição da Portugal-Fresh – Associação para a Promoção das Frutas, Legumes e Flores de Portugal, dando início ao que viria a chamar, mais tarde, uma “verdadeira volta a Portugal em frutas, legumes e flores”, pela mobilização e estruturação de um conceito, de uma associação que tivesse a capacidade de mobilizar os sectores internamente para conquistar uma maior noto-riedade e visibilidade internacional, enquanto país produtor de frutas, legumes e flores de referência e de elevado valor acrescentado. Nesse sentido apoiou a sua constituição jurí-dica, estruturação organizacional; o desenvolvimento do seu plano de actividades; a organização das primeiras grandes participações de Portugal em eventos de referência inter-nacionais, verdadeiras plataformas comerciais, como sejam a Fruit Logística, em Berlim, a Fruit Attraction em Espanha, entre outros.

É no final do ano de 2015 que recebe um outro desafio em prol da organização, mobilização e união da fileira da bata-ta, com a constituição da Associação Nacional da Batata, que procurará “dar voz ao sector”, representando os seus interesses ao nível nacional e internacional; defendendo as empresas e libertar estrangulamentos que interfiram com a competitividade e sustentabilidade; monitorizando, compi-lando, produzindo e difundindo informação relevante nome-adamente de carácter comercial e de mercado; promovendo o consumo e a exportação; potenciando sinergias com outras organizações do sector agro-alimentar.

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O valor pago aos suinicultores portugueses vai ser aumentado em cinco cêntimos por cada quilo de carne, mas os produtores esperam que nas próximas semanas o valor suba até ao preço que é pago em Espanha.

“Foi dado o primeiro passo para o que julgamos ser o necessá-rio para que a suinicultura portuguesa ganhe sustentabilidade. Não houve condições para fazer o encosto ao preço de Lérida, Espanha, mas sai daqui uma subida de cinco cêntimos do preço”, disse João Correia, um dos promotores do movimento de suini-cultores que desde o início de Dezembro tem protestado contra o baixo preço pago aos produtores pela carne de porco.

O concelho do Montijo recebeu a primeira Bolsa do Porco do ano de 2016, que se realiza todas as quintas-feiras, e indica o valor da carne do porco em Portugal a cada semana, estando à mesa das cotações representantes das associações de suinicul-tores e dos industriais de carnes.

“Acredito que dentro duas semanas os suinicultores portu-gueses possam receber o preço que se recebe em Espanha. En-tendemos que começam a existir condições para que preço ao produtor nacional possa ser o mesmo do produtor de Espanha”, explicou.

João Correia acrescentou que a Bolsa do Porco ainda não de-finiu esta semana um valor indicativo do preço ao quilo da car-ne de porco, como acontece em Espanha e que é actualmente ligeiramente superior a 1,23 euros, mas acredita que em breve pode ser concretizado. “Acreditamos que em duas semanas não vamos ter uma tendência mas sim um preço indicativo em Bolsa. Agora o mercado tem a indicação de uma subida do preço de cinco cêntimos e cada um vai fazer o melhor negócio possível”, explicou.

Vítor Menino, presidente da Federação Portuguesa das Asso-

Bolsa do Porco realiza-se todas as quintas-feiras

Suinicultores consideram positivo aumento do apoio de cinto cêntimos por quilo de carne

ciações de Suinicultores, referiu que a primeira sessão da Bolsa do Porco deste ano permitiu “uma redução do diferencial com Espanha em cinco cêntimos”. “Esperamos nas próximas sema-nas encostar a Espanha, desde que os compromissos sejam cumpridos. Estes cinco cêntimos são migalhas que são essen-ciais para nós e queremos que os produtores portugueses rece-bam o mesmo que os espanhóis e para isso precisamos que suba mais 10 ou 15 cêntimos”, afirmou.

O responsável destacou também o acordo com a cadeia de hipermercados Continente para a transacção de 10 mil porcos. “São 10 mil porcos para serem abatidos nas próximas semanas, pena não existirem mais cadeias a pretenderem o mesmo, por-que precisamos todos uns dos outros. O negócio foi feito a uma média de 1,20 euros por quilo”, concluiu.

Ministro da Agricultura defende que prejuízos dos suiniculto-res devem ser “suavizados”

O ministro da Agricultura reconheceu que os produtores na-cionais de carne de porco estão a ser pagos a um preço inferior à média de referência e assinalou que é importante “suavizar o prejuízo” dos suinicultores. “Temos uma pressão da oferta que tem vindo a pressionar os preços em baixa o que torna a vida muito difícil para os produtores”, afirmou Capoulas Santos à sa-ída de uma reunião, em Lisboa, que visou “aprofundar e fomen-tar o diálogo” entre as diversas partes envolvidas na cadeia de valor: produção, indústria e distribuição. O mais importante no imediato, destacou o ministro, “é procurar que os preços per-mitam suavizar os prejuízos dos produtores”, sendo necessário também “encontrar soluções de futuro com a abertura de novos mercados”.

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Secas e ondas de calor reduziram as colheitas em 10% desde 1964 até 2007, com perdas mais acentuadas nas últimas dé-cadas e nas economias mais ricas, revela um estudo recente-mente divulgado.

A primeira apreciação global sobre a forma como os eventos extremos climáticos afectam a produção de grão é divulgada quando os cientistas do clima prevêem um aquecimento mais severo e frequente nos próximos 50 anos. Ao mesmo tempo, outras investigações mostram que a produção alimentar deve precisar de duplicar até 2050 para sustentar uma população de mais de nove mil milhões de pessoas.

O estudo “ilustra os importantes efeitos históricos dos even-tos climáticos extremos na agricultura”, apontam os autores no estudo publicado pela revista Nature. No documento tam-bém “se enfatiza a urgência com que o sistema da produção cerealífera mundial tem de adaptar aos extremos num clima em mudança”.

Três investigadores, liderados por Corey Lesk, da Universi-dade de McGill, em Montreal, Canadá, estudaram informação relativa a cerca de três mil ondas de calor, secas e inundações, verificadas em 177 países. Com produções médias como re-ferência, os cientistas analisaram a forma como os eventos climáticos extremos afectaram a produção de 16 cereais, in-cluindo trigo, milho e arroz. “Até agora, desconhecíamos exac-tamente quanta produção tinha sido perdida”, afirmou o co--autor Navin Ramankutty, também de McGill.

Revela um estudo recentemente divulgado

Secas e ondas de calor reduzem produtividade agrícola

Durante o período de 43 anos considerado, a estimativa de perdas de grão por ondas de calor foi quantificada em 1,2 mil milhões de toneladas, e por secas em 1,8 mil milhões de tone-ladas - quantidades equivalentes à produção de trigo e milho em 2013.

Como esperado, o impacto das ondas de calor foi mais curto do que o das secas, que por vezes se estendeu por mais do que uma época de colheitas. As perdas ao longo do período 1985 - 2007 foram superiores, com uma média de 14%, levantando a questão da maior influência das alterações climáticas. Os au-tores apontaram também para a possibilidade do aumento de um grau Celsius na temperatura pode reduzir as colheitas entre seis a sete por cento em algumas regiões.

Mas as perdas adicionais de colheitas no final do século XX também se podem dever de outras causas, como a monocul-tura. As ondas de calor e as secas reduziram as produções agrícolas mais fortemente (20%) nos EUA, Canadá e Europa do que no designado mundo em desenvolvimento.

Os cientistas atribuíram esta disparidade à monocultura re-alizada à escala industrial - promover uma única cultura em vastas áreas de terreno. “Se uma seca ocorrer de forma a afec-tar essa colheita, ela vai ser toda afectada”, afirma Corey Lesk. “Pelo contrário, em muito do mundo em desenvolvimento, o sistema de cultura é uma mistura de pequenos campos com várias sementeiras. Se a seca se manifesta, algumas das cul-tura podem ser afectadas, mas outras sobrevivem”, comparou.

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A seca é uma das questões mais graves que se colocam à re-gião de Bragança com as alterações climáticas que podem, por outro lado, proporcionar também novas oportunidades na agri-cultura, aponta um estudo apresentado na cidade transmontana.

Uma das evidências das mudanças do tempo é que o clima está mais quente na chamada Terra Fria Transmontana, o que significa que há culturas que se vão ressentir, mas também outras, como muitos frutos e hortícolas, que podem passar a produzir-se em Bragança e que antes não eram viáveis.

A conclusão foi avançada por Luísa Schmidt do projeto Cli-mAdaPT.Local, que está a ser desenvolvido em 26 municípios portugueses com o propósito de apontar vulnerabilidades, ris-cos, oportunidades e medidas para a adaptação dos respecti-vos municípios às Alterações Climáticas.

O projecto é coordenado pela Fundação da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e financiado pelo Meca-nismo Financeiro do Espaço Económico Europeu (MFEEE/EEA-Grants) e pelo Fundo Português de Carbono, inserido na estratégia europeia e nacional de Adaptação às Alterações Climáticas.

A equipa promoveu em Bragança um encontro com os agen-tes locais intervenientes e ligados à temática para apresentar resultados e ouvir sugestões com vista a que os municípios possam adoptar uma estratégia de adaptação às alterações do clima. Bragança tem, segundo Luísa Schmidt, um “amorte-

Aponta um estudo apresentado na cidade transmontana

Alterações climáticas podem proporcionar novas oportunidades para Bragança

cedor” na natural dos impactos das alterações climáticas, que é o Parque de Montesinho e o seu papel na biodiversidade, mas que por si só não resolverá os problemas.

À chamada de atenção para a necessidade de preservar e ordenar a floresta autóctone junta-se o alerta para as amea-ças que serão mais frequentes como os fenómenos extremos de precipitação excessiva repentina, que pode criar cheias, e as secas com ondas de calor no verão e o consequente pro-blema de saúde pública.

A seca tem exposto, nos últimos anos, as falhas no abas-tecimento de água, aquela que era a principal debilidade do concelho com mais de 30 mil habitantes e que o presidente da Câmara, Hernâni Dias, reiterou que está resolvida.

Com uma segunda barragem, a de Veiguinhas, já construída, o autarca garante que o concelho irá ter verões “seguramen-te mais folgados no abastecimento de água à população”. Na terra dos “nove meses de inverno e três de inferno”, as altera-ções climáticas vaticinam menos inverno e verões ainda mais quentes.

O autarca de Bragança assegurou que, além das medidas e planos municipais existentes para fazer face a eventos mais frequentes na região, como a neve, por exemplo, o município transmontano irá adaptar nos processos de planeamento e decisão, as medidas que resultarem deste projecto de adapta-ção às alterações climáticas.

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A Casa S. Cristóvão é um espaço que passou por várias ge-rações e foi reabilitado com o intuito de preservar o patrimó-nio local. Situada no centro histórico de Boticas, era uma casa rústica tornada num dos mais belos e acolhedores locais para se pernoitar.

A elegância e a sobriedade arquitectónica sugerem a har-monia entre a tradição e a modernidade, que se traduzem no conforto e bem-estar de quem por ali passa. A pureza do ar e da água, a excepcional gastronomia regional e um ambiente familiar e discreto fazem da Casa S. Cristóvão um espaço de excelência na região.

Pelas mãos de Maria da Conceição, “Mariazinha”, saem os melhores petiscos e paladares da verdadeira carne de porco e de vitela. Da simpatia de “Mariazinha” e seu marido, José Moura, o convite de momentos bem passados, de convívio e amizade.

A Casa S. Cristóvão é um espaço de traços ancestrais, re-cuperado e adaptado ao turismo rural. José Moura diz que “é espaço que junta o útil ao agradável; o útil de recuperar uma casa antiga e o agradável de permitir aos clientes mais do que um simples local para descansar, mas também aberto a novas amizades para quem por aqui passa”.

A Casa S. Cristóvão abriu portas em Abril de 1999 e a adesão tem sido crescente, um factor justificado pela forma como to-dos os clientes são acolhidos. Mais do que um lugar para per-noitar, é um lar onde todos os hóspedes são tidos como “ami-gos da família”. De resto, José Moura não esconde que “é muito difícil lidarmos comercialmente com os nossos clientes, porque não os conseguimos olhar como tal, mas antes como amigos”.

Mais importante do que o dinheiro que se recebe, José Moura admite que “melhor é a relação humana que se estabelece e que se torna no principal lucro da nossa casa”. A Casa de S. Cristóvão é uma oportunidade inigualável para dar a conhecer a terra e os seus costumes.

O belo espaço, de magnífico encanto, é formado por seis

Casa de S. Cristóvão: O requinte do Turismo Rural em Boticas

quartos e complementado por oito apartamentos permitindo o alojamento a grupos mais numerosos. Sem ter um público--alvo delineado, José Moura acredita que “não são os pre-ços, acessíveis a qualquer carteira, mas antes a localização e acessibilidades que afastam algumas pessoas”. Porém, os que mais procuram aquele espaço são pessoas da classe mé-dia e média-alta. Ainda assim, o responsável refere que “para nós as pessoas são mais importantes que o dinheiro que pos-sam ter”.

Os donos da casa esperam que o ano de 2016 seja “uma continuidade nos serviços que prestamos, em defesa da preservação de um espaço cultural e histórico” esperando que “continue a ser satisfatório e que possamos continuar a responder a todas as solicitações dos nossos clientes”. José Moura não deixa, contudo, de lamentar o facto da autarquia local olhar mais para o hotel local.

A Casa S. Cristóvão prima pelo bom gosto da decoração com objectos típicos da região que lhe acrescentam o tom de ruralidade visível já nos traços exteriores. A qualidade e riqueza do trato dos seus responsáveis exigem um imediato sorriso de simpatia. Os quartos são espaçosos, com cama enorme, com mobília antiga e requintada e uma casa de ba-nho que prima pela limpeza e pelas cores claras. Da varanda pode ver-se uma bela paisagem.

Situada perto do Centro Histórico, permite um passeio pe-las ruas de Boticas, onde inúmeros espaços revelam a tradi-ção ancestral que fazem parte do dia-a-dia da população.

Entretanto, um passeio pela ruralidade das freguesias do concelho permite constatar a extrema simpatia e acolhimen-to das gentes da terra. Quase todas as freguesias têm peque-nos aglomerados populacionais mas enorme tamanho em termos de terrenos graníticos e de arvoredo.

Depois do passeio, um repasto com as melhores iguarias da cozinha desta região. Depois a subida aos quartos para des-cansar, sugerindo a ideia que “estamos mesmo em casa”!

Descobrir

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A relação entre abelhas e as plantas é benéfica para ambas as partes, uma vez que estas fornecem alimentos, nomeada-mente néctar, meladas, pólen e outros componentes essen-ciais para a vida das abelhas. Já as plantas recebem das abe-lhas o serviço de polinização, importante para o seu sucesso reprodutivo.

Os alimentos para as abelhas podem dividir-se em natu-rais e artificiais, sendo que os naturais são provenientes dos nectários florais e extra-florais das plantas, como é o caso do néctar e do pólen.

A quantidade de pólen que a colónia necessita depende da quantidade de criação aberta existente. As abelhas não armazenam iguais quantidades de mel e de pólen nos alvé-olos, por isso a quantidade de pólen em stock (necessária à alimentação da criação) tem de ser reposta com alguma frequência, podendo para isso percorrer distâncias superio-res aquelas que andariam em busca de alimento energético. O pólen recolhido sofre um processo que evita a sua germi-nação, sendo depois fermentado, de modo a que seja mais facilmente digerido no futuro, passando a denominar-se pão de abelha.

As abelhas, tal como todos os organismos, necessitam que as suas exigências nutricionais sejam satisfeitas através do fornecimento de água, hidratos de carbono, proteínas, vita-minas, sais minerais e lípidos. O néctar fornece hidratos de carbono e sais minerais e o pólen, para além dos sais mine-rais, é também uma fonte de proteínas, vitaminas e lípidos.

Uma alimentação deficiente nestes compostos pode com-prometer quer o desenvolvimento, manutenção e até mesmo a reprodução das colónias, favorecendo a redução do tempo de vida das abelhas e aumentando os níveis de stress, que podem desencadear também o aparecimento de doenças e diminuição na produtividade apícola.

Os hidratos de carbono são importantes, pois fornecem energia necessária, sendo que as obreiras mais velhas podem sobreviver com uma dieta constituída por aqueles e por água.

Vitaminas e sais minerais não são considerados factores

Alimentação das colmeiaslimitantes na dieta das abelhas, uma vez que são necessárias quantidades mínimas, que facilmente se encontram nas fon-tes naturais de alimentos.

A alimentação artificial pode ser líquida, pastosa ou sólida, podendo ser do tipo energética ou energética e proteica, de-pendendo das necessidades da colónia e dos objectivos do apicultor.

O alimento energético mais comum é o xarope de açúcar com água (50% água + 50% açúcar) ou o xarope invertido (5kg açúcar + 1,7L de água + 5g de ácido tartárico ou ácido cí-trico). Estes são alimentos estimulantes e visam incrementar a criação antes do fluxo de néctar principal.

A alimentação de emergência deve ser fornecida quando há insuficientes reservas de inverno; a primavera é tardia devido ao mau tempo; os enxames estão em núcleos recém--estabelecidos ou quando há manipulação com uniões de colónias e em criação de rainhas.

No outono a alimentação artificial deve ser dada a col-meias que não tenham pelo menos três quadros de mel e re-alizada quando a temperatura baixa, numa concentração de xarope de 2kg de açúcar por 1 litro de água.

Quando há fraca disponibilidade de pólen, devido ao mau tempo, ou quando as colónias estão fracas, deve-se optar pela alimentação proteica, sendo que se podem usar os se-guintes suplementos: pólen (sujeito a irradiação para evitar contaminações com Loque os Ascofera); farinha de soja; le-vedura de cerveja inactiva, entre outros.

Exemplo de uma receita proteica: pólen 10-25% + farinha de soja 20-100% + leveduras 20-25%+ açúcar/mel/água 20-25% (Quantidade: 200g por semana)

NOTA: Se utilizar mel na alimentação apícola, este deve ser proveniente da anterior colheita, do próprio apiário, de forma a evitar a transmissão de doenças e contaminação das abe-lhas com agentes patogénicos vindos de outras localidades.

Associação de Apicultores da Beira Alta

Informação apícola

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36 www.gazetarural.comF I C H A T É C N I C A

Ano XI - N.º 262Director José Luís Araújo (CP n.º 7515), [email protected] | Editor Classe Média C. S. Unipessoal, Lda.Redacção Luís Pacheco | Departamento Comercial Filipe Figueiredo e Fernando FerreiraOpinião Miguel Galante | Apoio Administrativo Jorge Araújo Redacção Praça D. João I Lt 362, Loja 11, Fracção AH - 3510-076 Viseu | Telefones 232436400 / 968044320E-mail: [email protected] | Web: www.gazetarural.comICS - Inscrição nº 124546Propriedade Classe Média - Comunicação e Serviços, Unipessoal, Limitada | Administração José Luís AraújoSede Lourosa de Cima - 3500-891 ViseuCapital Social 5000 Euros | CRC Viseu Registo nº 5471 | NIF 507021339 | Dep. Legal N.º 215914/04Execução Gráfica NovelGráfica | Telf. 232 411 299 | E-mail: [email protected] | Rua Cap. Salomão 121-123, 3510-106 ViseuTiragem média Mensal Versão Digital: 80000 exemplares | Versão Impressa: 2000 exemplaresNota: Os textos de opinião publicados são da responsabilidade dos seus autores.

A Expozoo - X Exposição do Mundo Animal, a primeira feira do ano da Exponor, irá decorrer nos dias 23 e 24 de Janeiro, na Feira Internacional do Porto, em Leça da Palmeira.

Na edição do ano passado, a Expozoo, que também decor-reu em Janeiro, contou com mais de 31 mil visitantes, 58 expo-sitores, 1.000 criadores de cães estrangeiros, 8.000 animais exóticos e de companhia (mais de 5.000 cães - de todas as raças -, 150 gatos e aves, das mais variadas espécies, peixes de aquário, insectos, répteis, roedores, coelhos anões, ouriços pigmeus africanos, cavalos e, até, um papaformigas e duas su-ricatas).

A nível económico, a Expozoo ocupa já um lugar significa-tivo, uma vez que cada vez mais se confirma que o fenómeno ‘pet’ já não é uma moda passageira, mas sim uma área de ne-gócio em crescimento a nível nacional.

Apesar de ter como público-alvo os apaixonados pelos ani-mais de companhia e os profissionais das áreas da medicina e saúde veterinária, zootecnia, distribuição, produção, pesquisa

Dias 23 e 24 de Janeiro, na Exponor – Feira internacional do Porto

Expozoo com muitas actividades para os mais novos e amantes dos animais

e investigação e pet grooming, a Expozoo tem atraído à Expo-nor cada vez mais famílias, que aproveitam o fim-de-semana para assistir aos vários concursos e competições de beleza animal, alguns de nível internacional, e apreciar as várias cen-tenas de animais raros e das mais diversas espécies que irão estar em exposição.

Este ano, a Expozoo contará com inúmeras actividades pa-ralelas, de carácter lúdico e didáctico, especialmente dedi-cadas aos elementos mais novos da família. Entre poder ser veterinário por um dia, simulando o dia-a-dia num hospital veterinário, passando por uma festa de aniversário para cães, com 6 “cãovidados”, e pela Quinta Pedagógica, vão ser muitas outras as actividades que irão permitir às crianças interagirem com diversos animais.

A Expozoo é o maior evento nacional dedicado aos animais. Para além de produtos e serviços para animais, a exposição também apresenta terrários, aquários, gaiolas, acessórios, medicamentos e produtos veterinários e zoo-sanitários.

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Breves

Fornos de Algodres realiza a Feira do Queijo Ser-ra da Estrela a 12 e 13 de Março

Fornos de Algodres volta a realizar, nos dias 12 e 13 de Março, a Feira do Queijo Serra da Estrela, certame que é uma imagem de marca do município e da região. Neste evento autêntico de pro-moção da identidade e ruralidade, do concelho os pastores, as queijarias tradicionais, os produtores de queijo DOP serão, mais uma vez, as principais figuras de cartaz.

Estarão igualmente presentes outros produtos regionais, como azeite, enchidos, mel, Vinho do Dão, os doces regionais e os produtos com urtiga. Destaque ainda para os artesãos, mú-sica e folclore, cão Serra da Estrela e para o elemento mais dife-renciador, a Ovelha Serra da Estrela.

A Feira pretende mostrar e manter viva a autenticidade e a genuinidade da produção do Queijo Serra da Estrela, a Sétima Maravilha da Gastronomia Nacional, num evento que se insere na estratégia do Município de Fornos de Algodres de fomentar e valorizar os produtos endógenos, os recursos, a cultura e as tradições locais.

V Encontro Nacional de Produtores de Mirtilo re-aliza-se em Santa Maria da Feira

O V Encontro Nacional de Produtores de Mirtilo vai ter lugar nos próximos dias 30 e 31 de janeiro na Biblioteca Municipal de Santa Maria da Feira. A organização, a cargo de um grupo de produtores de mirtilos daquela região, irá proporcionar dois dias de conhecimento e troca de experiências entre produtores, téc-nicos e outros agentes ligados a esta fileira.

“Pretendemos enriquecer este encontro com testemunhos de produtores, nomeadamente da sua experiência de comer-cialização”, explica a organização que, para o evento, inúmeros convidados que irão falar, no primeiro dia, de diversos temas de interesse para a cultura do mirtilo, nomeadamente a rega e fer-tirrega, fertilização, pragas e doenças, além da comercialização já referida. Serão ainda apresentados os resultados de alguns ensaios de fitorreguladores em mirtilo e apresentado o livro “Cultura do mirtilo”, da autoria de Bernardo Madeira.

Entre os vários oradores convidados, destaque para a presen-ça do espanhol Juan Carlos Garcia, que irá partilhar a sua ex-periência cooperativa com produtores da região espanhola de Huelva e falará dos seus conhecimentos sobre fertilização.

O V Encontro Nacional de Produtores de Mirtilo fica concluído na manhã de domingo com a visita a três pomares de mirtilos nas zonas de Romariz (Santa Maria da Feira) e Avanca (Estarre-ja). As inscrições podem ser feitas para o e-mail [email protected] ou pelo número 912010596.

AGIM organiza workshop de produção doméstica de cogumelos

A Agim – Associação para os Pequenos Frutos e Inovação Empresarial vai organizar um workshop de produção doméstica de cogumelos. A sessão irá decorrer no próximo dia 22 de Janei-ro, pelas 17 horas, no Edifício VougaPark, em Paradela do Vouga (Sever do Vouga).

Nesta sessão, os participantes irão ficar a conhecer as téc-nicas de cultivo caseiro de cogumelos, participar nos passos necessários para a produção de cogumelos em borra de café e papelão e identificar algumas variedades de cogumelos e quais os que podem ser produzidos. Serão demonstrados quais os passos necessários para a construção de um “kit” de produção

caseira de cogumelos e explicado como proceder à sua poste-rior manutenção.

No final, além dos conhecimentos adquiridos, os participan-tes irão levar para casa um “kit” para produção doméstica de cogumelos.

Câmara da Amadora vencedora dos Green Project Awards (GPA)

A Câmara da Amadora foi vencedora dos Green Project Awar-ds (GPA) na área da Gestão Eficiente de Recursos. Segundo o GPA, “o projecto piloto de controlo de regas dos espaços verdes, que recorre a dois pequenos aparelhos com um cartão de dados com ligação à internet para o acompanhamento do funciona-mento da rega, possibilitando a interrupção a qualquer momen-to, através de um comando no telemóvel ou computador, e que levou à poupança de 16.411 metros cúbicos de água, equivalente a 12 mil euros”, foi merecedor de destaque da oitava edição des-tes prémios.

A oitava edição do Green Project Awards (GPA) destaca inicia-tivas promotoras da partilha de boas práticas, de empreende-dorismo, inovação, desenvolvimento sustentável e da economia verde, e distinguiu várias entidades, distribuídas por sete cate-gorias, entre vencedores e menções honrosas.

Os prémios são uma iniciativa da Consultora de Public Enga-gement (GCI), da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e da Associação Nacional de Conservação da Natureza (Quercus).

ACOS recebe Certificação de Qualidade e reforça melhoria de desempenho

A ACOS – Associação de Agricultores do Sul recebeu, no início de 2016, a Certificação de Qualidade NP EN ISO 9001 em resul-tado da melhoria contínua do seu desempenho e da qualidade dos serviços prestados.

A Certificação do Sistema de Gestão de Qualidade da ACOS, atribuída pela SGS ICS – Serviços Internacionais de Certifica-ção, atesta a qualidade e a conformidade dos serviços da Asso-ciação com princípios e regras de rigor, transparência e esforço continuado de melhoria tanto em termos de gestão como de desempenho profissional com vista à cada vez maior satisfação dos seus associados e clientes.

A Certificação da ACOS – de reconhecimento internacio-nal – apresenta-se como mais um estímulo para a melhoria da qualidade dos serviços prestados, bem como da visibilidade da Associação na região e no País, para a optimização da gestão e dos métodos de trabalho, do envolvimento e da qualificação dos seus trabalhadores e demais colaboradores. Esta é também uma ferramenta que encoraja a criação de novos serviços e res-postas inovadoras em função das novas necessidades e desa-fios emergentes na região e no País.

A Certificação agora recebida engloba as actividades do Ser-viço de Formação Profissional, Serviço de Produção e Sanidade Animal, Serviço de Apoio Técnico, Serviço de Vendas (Ovibeja, Leilões e Loja), Serviço de Laboratório, Serviço de SIRCA – Sis-tema de Recolha de Cadáveres Mortos na Exploração.

De destacar que o Laboratório Veterinário e o Laboratório de Química da ACOS (para análises à azeitona e azeite) estão ainda acreditados por Norma de Reconhecimento Internacional, a NP EN ISO/IEC 17025. O de Química é, neste momento, o único em Portugal acreditado para análises à azeitona. Os ensaios que se encontram acreditados são os métodos de referência da azeito-na e os da qualidade do azeite.

Também o Serviço de Formação Profissional está certificado pela DGERT. Através da formação a ACOS investe na qualifica-ção especializada de agentes agrícolas e agro-pecuários, foca-da na competitividade económica a nível nacional.

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As ruas de Constância voltarão a encher-se de cor e de flores, por ocasião da Festa de Nossa Senhora da Boa Viagem/Festas do Concelho, um evento que decorrerá por ocasião da Páscoa, nos dias 26, 27 e 28 de Março.

Entre outros assuntos, a decoração das ruas e becos da vila foi o principal tema da reunião promovida pela Câmara Munici-pal com os munícipes e os responsáveis das instituições, do co-mércio e das forças vivas do concelho. Além dos moradores, as instituições do concelho voltarão a ter um papel fundamental na festa, pois além de outras participações assumirão a decoração de muitas ruas da vila. Os materiais necessários para os enfeites estão já disponíveis no Posto de Turismo, um serviço que asse-gurará a coordenação de todo o processo.

Paralelamente às ruas floridas integram as Festas do Conce-lho 2016, um vasto programa de animação, a Tarde de Folclo-re, o Grande Prémio da Páscoa em Atletismo, uma Caminhada, a Mostra Nacional de Artesanato, a Mostra de Doces Sabores, Saberes e Sabores do Concelho, as tasquinhas típicas, diversas exposições, a chegada das embarcações a Constância e um es-pectáculo piromusical.

Ponto alto dos festejos serão as cerimónias religiosas que têm lugar no dia do Concelho, segunda-feira de Páscoa, das quais se destacam a Missa Solene, a procissão em honra de Nossa Se-nhora da Boa Viagem e as Bênçãos dos Barcos nos rios Tejo e Zêzere e das viaturas na Praça Alexandre Herculano.

Em Constância nos dias 26, 27 e 28 de Março

Ruas floridas são atracção nas Festas do Concelho 2016

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