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Director: José Luís Araújo | N.º 196 | 28 de Fevereiro de 2013 | Preço 2,00 Euros www.gazetarural.com Agricultura da Moda ou a Moda da Agricultura? Associação Portuguesa da Castanha quer pôr o país a comer este fruto

Gazeta Rural n 196

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Director: José Luís Araújo | N.º 196 | 28 de Fevereiro de 2013 | Preço 2,00 Euros w w w . g a z e t a r u r a l . c o m

Agricultura da Modaou a Moda da Agricultura?

Associação Portuguesa da Castanha quer pôr o país a comer este fruto

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destaque da capa

outros destaques

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Vila de Rei “Os Quintais nas Praças do Pinhal” O mercado “Os Quintais nas Praças do Pinhal” chega a Vila de Rei no próximo dia 10 de Março, numa iniciativa organizada pela Pinhal Maior em colaboração com os municípios de Mação, Oleiros, Proença-a-Nova, Sertã e Vila de Rei.

Crise põe agricultura e pequenos frutos ‘na moda”O cultivo de pequenos frutos está “na moda” em Portugal, com a crise a disponibilizar a mão-de-obra que faltava para a colheita e a fazer da agricultura um projecto de vida alternativo para muitos jovens de-sempregados.

Oliveira do Hospital XXII Festa do Queijo Serra da Estrela“A maior feira do queijo Serra da Estrela feita em Portugal” é slogan que este ano marca a XII Feira do Queijo Serra da Estrela, Enchidos e Mel, que vai decorrer em Oliveira do Hospital nos dias 9 e 10 de Março, numa organização da Câmara local.

Vila Nova de PaivaII Feira do Fumeiro do DemoA Freguesia de Touro, no concelho de Vila Nova de Paiva, recebe no próximo dia 10 de Março a II edição da Feira do Fumeiro do Demo, uma iniciativa do Município em parceria com a ADDLAP, que terá como atracção, no plano musical, Rebeca.

Vila Real Associação Portuguesa da Castanha A Associação Portuguesa da Castanha (APC) foi oficialmente forma-lizada em Vila Real e quer pôr o país a comer castanha e aumentar a área de produção em pelo menos mais 12 mil hectares. A escritura pública decorreu numa cerimónia na Universidade de Trás-os-Mon-tes e Alto Douro (UTAD), onde vai ficar sediada a associação.

Mangualde Adega Cooperativa festeja 50 anos A Adega Cooperativa de Mangualde iniciou as comemorações dos seus 50 anos de actividade, que vão prolongar-se até ao final do ano, dando destaque à importância da responsabilidade social e da sus-tentabilidade ambiental.

CoimbraInvestigadores desenvolvem dispositivo que detecta nemátodo Uma equipa da Universidade de Coimbra e da Escola Superior Agrária de Coimbra foi distinguida com o “Best Student Paper Award” graças ao desenvolvimento de um dispositivo que detecta a doença do ne-mátodo do pinheiro.

Tel.: 232 424 182E-mail: [email protected]

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2013

09 e 10 março

Ciclo da Lã

Animação de Rua

Música Tradicional

Atividades Infantis

Exposição Animal

Provas de Queijo e Enchidos

Tosquias e Fabrico de Queijo ao Vivo

Feira de Artesanato e Colecionismo

Concurso de Gastronomia

Show Cooking

Atividades Desportivas

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MINISTÉRIO DA AGRICULTURA,

DO MAR, DO AMBIENTE

E DO ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO

UNIÃO EUROPEIA

Fundo Europeu Agrícolade Desenvolvimento Rural

A Europa investe nas zonas rurais

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www.facebook.com/FestadoQueijoOhp

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Os melhores pratos confeccionados com bacalhau e azeite vão voltar a preencher as ementas da restauração de Vila de Rei na época pascal, com a realização do VI Festival Gastronómico do Bacalhau e do Azeite, que decorrerá de 16 a 24 de Março.

Organizado pela Câmara de Vila de Rei, o certame contará com a participação de cinco restaurantes do concelho – Albergaria D. Dinis, Churrasqueira Central, O Cantinho do Petisco, O Cobra e O Paraíso do Zêzere – que, à semelhança dos anos anteriores, espe-ram receber milhares de visitantes à procura destas iguarias.

Para além dos pratos de bacalhau e azeite, a edição deste ano do Festival vai possibilitar que os visitantes saboreiem, como en-trada, uma outra tradicional receita do concelho que é o Queijo de Cabeça de Porco.

Durante os dois fins-de-semana do Festival, os restaurantes aderentes vão ainda oferecer animação musical aos clientes, que estará a cargo do Grupo de Cantares “A Bela Serrana”, Grupo de Concertinas da Casa do Benfica de Vila de Rei e Villa d’el Rei Tuna.

Para Paulo César, vereador do pelouro do Turismo, “depois do sucesso alcançado nas anteriores edições do Festival Gastronómi-co do Bacalhau e do Azeite, esperamos, uma vez mais, valorizar o património gastronómico do nosso concelho, ao mesmo tempo que conseguimos promover a qualidade dos restaurantes vilarre-genses”.

O mercado “Os Quintais nas Praças do Pinhal” chega a Vila de Rei no próximo dia 10 de Março, numa iniciativa organizada pela Pinhal Maior em colaboração com os municípios de Mação, Oleiros, Proença-a-Nova, Sertã e Vila de Rei. O certame pretende que os pequenos produtores da zona do Pinhal possam vender os seus produtos em mercados periódicos, a realizar em cada um dos cinco concelhos.

São esperados em Vila de Rei cerca de 60 expositores, onde se incluem comerciantes de produtos agrícolas, artesanato, cosmética natural e peque-nos produtores licenciados de produtos tradicionais.

Está garantida a animação durante todo o evento, através da partici-pação de vários grupos musicais, de dança e de cantares da zona Centro do País, como o Grupo de Concertinas da Casa do Benfica de Vila de Rei, o Grupo de Cantares “A Bela Serrana”, o Rancho Folclórico e Recreativo do Clube Bonjardim, o Rancho Folclórico e Etnográfico de Oleiros e o Grupo de Cantares da Serra e Rancho “Os Resineiros de Corgas”.

A presidente da Câmara de Vila de Rei convida à visita a esta edição do Mercado, onde a boa gastronomia, a cultura e o lazer vão andar de mãos dadas em Vila de Rei. “O concelho tem inúmeras propostas culturais e turís-ticas de elevada qualidade para oferecer aos seus visitantes que, associados à realização deste evento prometem proporcionar um dia especial, recheado de animação e com o que de melhor se produz na zona centro do País”, refere Irene Barata.

É o slogan que este ano marca a XXII Festa do Queijo Serra da Estrela. “A maior feira do queijo Serra da Estrela feita em Por-tugal” vai decorrer em Oliveira do Hospital nos dias 9 e 10 de Março, numa organização da Câmara local.

“Queremos que a Feira corresponda ao slogan, que seja grande em dimensão, mas também um polo de promoção, di-vulgação e de encontro para todos aqueles que gostam deste produto. Queremos fazer deste certame uma referência na região e, pela sua dimensão, também a nível nacional”, afirmou o presidente da Câmara de Oliveira do Hospital.

Tal como noutros eventos ligados ao sector primário que se realizam no país, também este certame foi muito procurado. “Este ano tivemos mais inscrições que no ano passado e vamos ter que cercear a participação de alguns expositores”, adian-tou José Carlos Alexandrino, defendendo que a feira “não pode seguir o caminho do crescimento desmedido”. Nesse sentido, acrescentou, “definimos como limite, na área do artesanato, a centena de expositores. Na área do queijo, enchidos, mel e doçaria, normalmente reservada a produtores do concelho, não houve um aumento significativo e conseguimos acomodar estes novos expositores, nomeadamente na área da doçaria”.

Mas este evento não se resume ao queijo e ao artesanato. Os visitantes podem ali encontrar outros produtos da terra, que se produzem no concelho, com destaque para o mel, os enchidos e o vinho. “A Feira funciona como uma montra para os nossos produtos agrícolas, que espelham um pouco o regresso à terra, reflexo dos momentos que vivemos”, afirma o autarca, frisan-do que “há uma consciência colectiva da importância desses produtos e das mais-valias que representam, aproveitando aq-uilo que a natureza nos oferece e isso vai reflectir-se na feira”.

No concelho de Oliveira do Hospital há quatro unidades que produzem queijo certificado com Denominação de Origem Pro-tegida (DOP) Serra da Estrela. “Isto deve deixar-nos muito con-tentes, pois essa realidade no concelho, estando na periferia da

No próximo dia 10 de Março

Mercado “Os Quintais nas Praças do Pinhal”

chega a Vila de Rei

De 16 a 24 de Março em Vila de Rei

Festival Gastronómico do Bacalhaue do Azeite regressa com novidades

Nos dias 9 e 10 de Março

Oliveira do Hospital recebe “A maior feira do queijo Serra da Estrela feita em Portugal”

Região Demarcada, é muito importante. Oliveira do Hospital é o segundo concelho em número de queijarias a produzir queijo Serra da Estrela DOP, com quatro num total de 20 na região”, diz José Carlos Alexandrino, referindo que “os nossos produtores estão sensibilizados para as mais-valias que isso representa, embora saibamos que o processo de certificação é caro, o que afasta alguns produtores do processo”, Nesse contexto, sublin-ha o edil, “temos várias queijarias que apostam na certificação como meio diferenciador no mercado e selo de qualidade”.

Com um programa vasto, a feira é uma mostra de produtos do concelho, com destaque para o queijo, realizando-se “alguns subprogramas” dirigidos a vários públicos e a todos os que vêm à feira, seja pelo queijo ou pela festa. O autarca destaca a Rota das Pastorícia, que inclui um passeios equestre, com cerca de 50 cavaleiros, uma prova de BTT, com 250 concorrentes, e um pas-seio de Minis, que sairá de Coimbra, com paragem em Oliveira do Hospital, com uma centena daqueles carros.

Na Tenda de Eventos, decorrerá um Concurso de Gastrono-mia, a Escolinha do Queijo, dirigido aos mais novos, um show cooking, com a reputada Chef de Cozinha Cristina Manso Preto, e uma oficina sobre o lã, desde a tosquia até ao produto final, entre outras actividades. Outra novidade do programa é um at-elier denominado “O ciclo da Lã”, que terá lugar dois dias antes da feira, que incluirá a projecção do filme “Lã em tempo real” e uma comunicação dos realizadores Tiago Pereira e Rosa Pomar.

Rabaçal é “O queijo convidado”

Prosseguindo a iniciativa iniciada no ano passado, denomi-nada “O queijo convidado”, em que esteve presente o queijo S. Jorge, este ano estará presente, como convidado, o queijo Rab-açal, com uma representação de três produtores, associados ao Vinho Terras de Sicó, e que incluirá uma comunicação subordi-nada ao tema “Queijo do Rabaçal – Uma fatia do Sicó”.

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O Festival Internacional de Jardins de Ponte de Lima vai ser reconhecido em Março como “Festival do Ano”, no âmbito de um concurso internacional organizado no Canadá, anunciou fonte municipal.

A decisão sobre a atribuição deste prémio foi tomada este mês pela “North American Garden Tourism Conference”, que destacou as acções realizadas pelo festival de Ponte de Lima, nomeadamente o “contributo para o desenvolvimento do turismo internacional ligado aos jardins”, explicou fonte da autarquia local.

A entrega do prémio acontecerá a 19 de Março, em Toronto, Canadá, sendo o festival minhoto o segundo do género a receber o prémio de “Festival do Ano”, depois do National Blossom Festival (Washington, Estados Unidos da América), vencedor em 2012.

A Ovibeja 2013 assinala, entre 24 e 28 de Abril, o seu XXX aniversário. Com um programa ainda mais ambi-cioso que nas edições anteriores, um dos pontos altos vai ser o cartaz de espectáculos. A noite de 24 de Abril vai estar por conta dos bejenses Virgem Suta e António Zambujo, formações que já dispensam qualquer tipo de apresentação.

No dia 25 de Abril o palco da Ovibeja vai abraçar os inúmeros sucessos dos Xutos e Pontapés numa noite que promete ser longa e inesquecível. Buraka Som Sistema é a proposta para a noite de 26 e, a fechar o cartaz de espectáculos da Ovibeja, sobem ao palco, na noite de sábado, os The Gift, a banda portuguesa de Alcobaça formada em 1994. Em ano de celebração do seu 30º ani-versário, a animação da Ovibeja nas muito aguardadas “ovinoites” vai ainda contar com DJ’s.

A Ovibeja 2013, que este ano tem como tema central a água, a propósito da celebração do “Ano Internacional da Cooperação para a Água”, é organizada pela ACOS – Agricultores do Sul.

De 22 a 24 de Março os amantes da boa gastronomia alentejana, em particular da açorda, demandam Portel, no VII Congresso das Açordas, uma iniciativa da autar-quia local que visa a promoção deste prato que tem di-versas maneiras de ser confeccionado e com diferentes ingredientes.

Do programa fazem parte colóquios e uma Feira Gas-tronómica onde os visitantes podem provar as açordas de “...mil e uma variantes”. Nas tasquinhas variedade é que não falta neste prato tradicional alentejano, onde o pão é indispensável. As açordas são de bacalhau, espinafres, bel-droegas e muitos outros sabores. Haverá também animação com e os muitos espectáculos musicais.

A açorda, elogiada por muitos e considerada como arquétipo da gastronomia alentejana, acompanha-nos desde os nossos primórdios e assume-se ainda hoje como o prato de referência do Alentejo. A frase “quanto mais simples melhor” pode muito bem aplicar-se à açorda, com efeito, o pão mergulhado em caldo, aromatizado e temperado com azeite é reconhecido por todos como uma refeição completa.

Durante estes três dias, Portel será palco de saberes e sabores onde vários oradores irão abordar as raízes históricas, as qualidades nutricionais e a importância da açorda na gastronomia alentejana.

Tel. 232 451 482Estrada de Nelas | Nac. Nº 231 | Cabanões

3500-885 VISEUE-mail: [email protected]

novo concessionário

Certame decorre de 24 e 28 de Abril

Ovibeja comemora 30 anose capricha no cartaz de espectáculos

Num concurso organizado no Canadá

Festival de Jardins de Ponte de Limarecebe prémio internacional a 19 de Março

Nos dias 22, 23 e 24 de Março

Portel prepara VII Congresso das

Açordas

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Ourique prepara-se para receber a Feira do Porco Alentejano, que decorrerá nos dias 22, 23 e 24 de Março, certame que cresce na afirmação das actividades económicas locais e que é visitado por mais de 30 mil pessoas.

Organizada pela Câmara de Ourique e a Associação de Cria-dores de Porco Alentejano, a feira, que inclui as Jornadas Gas-tronómicas Sabores do Porco Alentejano, está inserida numa es-tratégia mais ampla de divulgação e promoção da marca “Porco Alentejano” a nível regional, nacional e internacional. No plano musical, “Os Azeitonas” são cabeça de cartaz e vão actuar na noite de 23 de Março (sábado), às 23 horas.

Com esta iniciativa a organização pretende promover as ac-tividades económicas rurais e valorizar a raça e os produtos deri-vados do porco alentejano a partir da excelência e da qualidade. Tal como em anos anteriores, do programa constam diferentes actividades de animação e de convívio, reforçando um evento de grande sucesso e de participação dos ouriquenses e de visitantes da região sul.

TVI em directo a 24 de Março A Feira do Porco Alentejano, em Ourique, vai receber na tarde

de domingo, 24 de Março, a emissão em directo do programa So-mos Portugal, da TVI. A transmissão, feita a partir do recinto da feira entre as 14 e as 20 horas, é o culminar de um evento que se prevê cheio de animação e visitantes, e que vai contar com a actuação de muitos artistas e bandas portuguesas durante toda a tarde.....

Constância recebe a Festa de Nos-sa Senhora da Boa Viagem/Festas do Concelho nos próximos dias 30 e 31 de Março e 1 de Abril, um evento que já está a ser preparado pela Câmara Mu-nicipal, pela Paróquia, pelos moradores, pelas escolas, pelo comércio e pelas diferentes instituições do concelho.

Para além da animação que mar-ca esta iniciativa, este ano retoma-mos o Grande Prémio da Páscoa em Atletismo, que já vai na sua vigésima quinta edição, a mostra de artesan-ato, exposições, música, ruas floridas, tasquinhas, gastronomia e a doçaria tradicional.

As cerimónias religiosas que têm lugar no dia do Concelho, segunda-fei-ra de Páscoa, são o ponto alto dos fes-tejos, destacando-se a Missa Solene, a Procissão em honra de Nossa Senhora da Boa Viagem e as Bênçãos dos Bar-cos nos rios Tejo e Zêzere e das viaturas na Praça Alexandre Herculano.

Depois de boa adesão do pri-meiro fim-de-semana, prossegue

a 2, 3, 9 e 10 de Março, em São João da Pesqueira, a Festa dos

Saberes e Sabores, iniciativa pro-movida pela autarquia local, que

pretende impulsionar a econo-mia do município, mostrando as

potencialidades locais, ao mesmo tempo que valoriza os produtos

da terra, os sabores dos produtos tradicionais e da boa gastronomia

regional, aproveitando o fluxo de visitantes que nesta altura visitam o nordeste da Beira em busca das

amendoeiras em flor.Os visitantes podem ali en-

contrar o delicioso pão caseiro, confeccionado à moda antiga em

forno de lenha; os enchidos típi-cos, tais como o moiro, a alheira,

a chouriça e a tabafeira; o azeite; o vinho; o mel; a amêndoa e o figo seco. Esta festa inclui ainda a par-

ticipação de diferentes artesãos, trabalhando ao vivo materiais

diversificados, dando a conhecer as artes e ofícios de outrora.

Em conversa com a Gazeta Rural, Nuno Amaral, da Câmara de

São João da Pesqueira, destacou a importância deste evento na

atracção de turistas, mas também na promoção e venda dos produ-

tos gastronómicos e artesanais do concelho.

Nos dias 22, 23 e 24 de Março

Ourique prepara Feira do Porco Alentejano

Nos dias 30 e 31 de Março e 1 de Abril

Festas do Concelho de Constância já mexem

Em São João da Pesqueira

Festa “Saberes e Sabores do Douro” prossegue

a 2, 3, 9 e 10 de MarçoGazeta Rural (GR): Este é um even-

to que para além da vertente promo-cional, é uma boa maneira de animar a economia local?

Nuno Amaral (NA): Ao longo destes seis anos, esta feira tem-se vindo a consol-idar no concelho e na região do nordeste da Beira. A prioridade máxima é escoar os nossos produtos endógenos e gastronómi-co, mas também aproveitar a vertente do artesanato, procurando deste modo incen-tivar os jovens para estas actividades.

Pretendemos também aproveitar este eixo, que existe ao longo de dezenas de anos, que é a Rota das Amendoeiras em Flor.

Basicamente este evento pretende ajudar a economia local, através da venda de produtos gastronómicos e de artesanato, e, com a vertente turística, atrair visitantes que deixam divisas no concelho.

GR: Esta feira tem-se vindo a con-solidar em torno da Rota das Amen-doeiras. Este eixo tem funcionado?

NA: Sim. Existem vários municípios que apostam forte na Rota, como Foz Côa, e, por coincidência, as datas são as mesmas. Há muitas décadas que milhares de pessoas visitam esta região, em ex-cursões, param em S. João da Pesqueira durante a manhã e seguem para outros locais. Não há uma competição nega-tiva, mas sim uma majoração no produto turístico, que são as amendoeiras em flor.

GR: Há quem defenda uma articu-lação das diferentes iniciativas que tem lugar em torno das amendoeiras em flor? Concorda?

NA: Os concelhos no Douro Superior já estão unidos. Nós estamos fora desse cir-cuito, mas aproveitamo-lo, tendo em con-ta que, como disse, muita gente passa pelo nosso concelho, que é o maior produtor de vinho do Porto, mas que tem também como um produto endógeno as amendoeiras.

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O Pavilhão Multiusos de Trancoso recebe nos primeiros dois fins-de-semana de Março a X edição da Feira do Fumeiro 2013, dos Sab-ores e do Artesanato do Nordeste da Beira, um dos certames que constitui já uma mar-ca de qualidade na promoção dos produtos agro-alimentares desta região da Beira Inte-rior Norte e um evento com grande impacto económico e turístico, atraindo milhares de pessoas, incluindo agentes económicos.

A iniciativa, promovida pela AENEBEIRA – Associação Empresarial do Nordeste da Beira e da Câmara Municipal de Trancoso, tem como principal objectivo “a promoção e ven-da de produtos alimentares da região, com-preendida entre o sopé da Serra da Estrela, a sul e, o Douro Superior, a norte”. No certame vão estar presentes os principais produtores de fumeiro, queijos, vinhos, azeite, pão, doces regionais, artesanato e gastronomia regional. O programa do evento integra actividades de animação, música e folclore.

O Município de Vidigueira vai realizar, de 22 a 24 de Março, o Festival Gastronómico “A Pão e Laranjas”, que este ano irá recriar a história baseada no “25 de Abril – Um Mundo Rural”.

Este certame pretende promover os produtos de ex-celência do concelho, em particular o pão, a doçaria e as laranjas, divulgar a riqueza da cozinha tradicional local e oferecer, aos visitantes e população local, actividades lúdicas de recriação histórica. Nesta edição, e porque Vi-digueira foi eleita Cidade do Vinho 2013, pretende dar-se destaque aos produtores de vinho do concelho, através de um espaço privilegiado para exposição, venda, con-tactos de negócios e outras acções temáticas e cientí-ficas.

Durante os dias do Festival, o programa inclui ex-posição e venda de produtos agro-alimentares, arte-sanato, tasquinhas com gastronomia local, animação de rua, espectáculos de música e ateliês para famílias. Destaque para a tertúlia “Certificação da laranja - Re-vitalizar um produto de qualidade” e a apresentação do vencedor do concurso da Imagem de Marca da Laranja da Vidigueira, no dia 26 de Março.

A animação é garantida pelo grupo Viv’Arte, assim como a actuação de vários grupos corais e musicais do concelho, assim como o grupo Galandum Galundaina, de Miranda do Douro.

A Freguesia de Touro, no concelho de Vila Nova de Paiva, recebe no próximo dia 10 de Março a II edição da Feira do Fumeiro do Demo, uma iniciativa do Município em parceria com a ADDLAP, que terá como atracção, no plano musical, Rebeca. Este evento visa recuperar uma tradição de outrora por aquelas terras, mas também divulgar o concelho, mas também os seus produtos endógenos.

“Embora virados e abertos a novas ‘sabedorias e saberes’, pretendemos so-bretudo que este concelho do interior, onde os sons da natureza se ouvem pelas estações, onde o trabalho do campo ainda é contado por sementeiras e colheitas, que estes costumes não desapareçam. O fumeiro é um de entre muitos. Era esse o modo como as nossas gentes alimentavam as famílias, gerando à volta da con-fecção dos mesmos, outras tradições”, refere Delfina Gomes, vice-presidente da Câmara de Vila Nova de Paiva.

Segundo a autarca os objectivos que norteiam a realização deste e de outros eventos “são diversos. Desde logo dar a conhecer a nossa gastronomia, promov-er os produtos de qualidade que reúnem cuidadosamente as potencialidades e a riqueza do nosso meio rural e, através dela, levar a outros conhecimentos”.

A realização da Feira do Fumeiro visou a recuperação de um tradição de out-rora. Eram bem conhecidos, pelos mais antigos, os enchidos e o famoso presunto desta região. Delfina Gomes adianta que “as nossas tradições gastronómicas ain-da se mantêm. Sendo Vila Nova de Paiva um concelho eminentemente rural, ainda é comum a matança do porco, o cozer do pão, as cegadas, carretas e malhas, o árduo trabalho no campo com apoio de animais, permitindo, com isso, produ-tos de excelente qualidade”, refere a autarca, para quem o fumeiro, “atento às características do território, frio e geadeiro, sempre foi um produto de excelência, aliada à tradição de bem saber fazer e receber”.

Segundo a vice-presidente da Câmara de Vila Nova de Paiva, “existem mui-tos produtores particulares que ainda continuam a explorar este antigo costume”. No entanto, “contamos já com dois produtores credenciados, que o fazem ainda de forma artesanal, não descurando por esse motivo, a excelência da produção”, refere Delfina Gomes.

Os primeiros dois fins-de-semana de Março

Feira do Fumeiro em Trancoso é atracção no Nordeste da Beira

De 22 a 24 de Março

Festival Gastronómico ‘põe’ Vidigueira“A Pão e Laranjas”

Em Vila Nova de Paiva a 10 de Março

Freguesia de Touro recebe II Feira do Fumeiro do Demo

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O município de Castro Daire promover de 11 a 15 de Marco a VIII Semana Florestal, iniciativa que conta com um programa preenchido com várias acções, cujo objectivo é sensibilizar a comu-nidade escolar e a população em geral para a defesa da floresta e destacar o seu interesse económico para a região.

No dia 11 de Março terá lugar a abertura da Semana Florestal no auditório do centro municipal de cultura com uma reunião da Comissão Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios e a visita a trabalhos realizados no âmbito do Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios. No dia seguinte terá lugar a plantação de espécies autóctones e aromáticas na EB2,3, na

Decorre até 17 de Março, em Gondomar, a XXII edição da “Festa do Sável e da Lampreia”, iniciativa promovida pelo Pe-louro de Turismo da Câmara de Gondomar, que visa, em primeiro lugar, divulgar as potencialidades gastronómicas do Concelho. Nesta iniciativa, desenvolvida em parceria com várias unidades de restauração, também se assegura a promoção da economia local e dos restaurantes de Gondomar.

No dia 6 de Março, no Auditório Municipal, realiza-se a prova de “Lampreia à Bordalesa” e “Sável Frito”, a que seguirá, no Salão Nobre da Câmara Municipal, a cerimónia de entrega de prémios e diplomas aos restaurantes participantes no con-curso.

Ainda antes do final da “Festa”, os dias 8, 9 e 10 de Março estarão inteiramente reservados, no Multiusos, para o “IX Fim-de-Semana Gastronómico – Sável e Lampreia, um Sabor D’Ouro”, onde também se irá realizar a iniciativa “Artesanato com sabor”.

A Expoflorestal é já conhecida como espaço de encontro dos agentes do sector florestal, e o ano de 2013 não será excepção. Edição após edição, este certame tem provado ser a grande referência do sector florestal nacional, sendo que uma vez mais se perspectiva a melhoria e reforço das relações entre os vários agentes da fileira e a sensibilização geral da sociedade, pela criação de uma consciência ecológ-ica fundamental para a preservação e protecção dos ecossistemas florestais.

O reconhecimento aos níveis ambiental, socio-cultural e económico da floresta, aparecem como factores chaves para o desenvolvimento integrado e sustentado da floresta portuguesa e são lemas para esta nova edição do certame.

Com um programa repleto de conferências, semi-nários, demonstrações e exposições temáticas, a Expo-florestal 2013 será uma oportunidade para quem aposta na diversidade, qualidade, modernização e profissional-ismo, bem como uma ocasião de negócio e de desen-volvimento da actividade das empresas expositoras.

A 8ª edição da Expoflorestal conta com a presença de 30.000 visitantes e mais de 200 expositores, en-tre os institucionais, comerciais, de organizações do sector florestal e do ambiente, bem como de escolas, corporações de bombeiros e organizações de desen-volvimento.

A Associação Interprofissional da Floresta do Oeste (Afloeste) anunciou que vai avançar com o processo de cer-tificação regional de uma área de cerca de 75 mil hectares de floresta, afirmando tratar-se da maior do país.

O presidente da Afloeste, Pedro Santos, explicou que a as-sociação viu aprovada, no final de 2012, uma candidatura ao Fundo Florestal Permanente (FFP), através do qual conseguiu obter 40 mil euros de financiamento e está a avançar com o processo de certificação regional da área florestal. O processo deverá estar concluído dentro de seis meses e “permite valori-zar a produção florestal junto da indústria, quer seja madeira de pinho ou madeira para pasta de papel”, explicou o dirigente.

Pedro Santos considerou “que há um grande potencial florestal na região, a mais importante do país para a indústria da pasta de papel, tendo em conta as características dos solos. Te-mos condições excelentes para produção florestal e é a região florestal com maior potencial industrial”, disse. Um metro cúbico de madeira certificada pode chegar a custar quatro euros, o que significa que um hectare poderá render uma rentabilidade na or-dem dos 600 euros.

Em Gondomar até 17 de Março

“Festa do Sávele da Lampreia”

vai na XII edição

De 11 a 15 de Marco

VII Semana Florestal de Castro Dairecom programa preenchido

EBI de Mões e na Escola Secundária de Castro Daire, com a par-ticipação dos alunos daquelas escolas.

No dia 13 de Março realizar-se-á o percurso pedestre “Trilho dos Carvalhos”, localizado em Gosende, onde se vão realizar ac-tividades relacionadas com a floresta, com os alunos da EB2,3 de Castro Daire, a que seguirá, a 14 de Março, o espectáculo músico-teatral “O Tobias e a Floresta”, dirigido aos alunos do pré-escolar do agrupamento de escolas de Castro Daire, onde se fará uma sensibilização e apelo à conservação da natureza.

A Semana Florestal de Castro Daire encerrará a 15 de Março com o VIII Seminário “Floresta Sem Fronteiras no Montemuro e Paiva”, onde serão abordados temas relacionados com a defesa da floresta contra incêndios e higiene e segurança no trabalho agrícola, florestal e apícola.

A realização de todas estas acções tem como objectivo obter por um lado a sensibilização de todos os participantes para a importância dos espaços florestais na multiplicidade dos seus usos e funções e para a responsabilidade colectiva na sua protecção e valorização, através de um melhor conhecimento do que é a floresta. Por outro obter também a sensibilização dos jovens para as mais correctas práticas ambientais, apontando para a importância da floresta e sua preservação. Apostando desta forma numa faixa etária que está em formação e por isso mais “vulnerável” à aprendizagem, esta iniciativa remeterá um conjunto de práticas que, com certeza, serão interiorizadas por todos.

VIII Expoflorestal abre portas a 3 de Maio, em Albergaria-a-Velha.

O maior certame nacional do sectorflorestal está de volta!

O certame ficará ainda marcado pela dinâmica e interactividade iner-ente às demonstrações de corte e rechega que ocorrerão numa área de 4 hectares de eucaliptal, durante os 3 dias de feira, motivo pelo qual a Expo-florestal só abrirá portas em Maio.

A Expoflorestal 2013 é uma organização tripartida entre a Associ-ação Florestal do Baixo Vouga, a Associação dos Bombeiros Voluntários de Albergaria-a-Velha, e a ANEFA - Associação Nacional de Empresas Florestais, Agrícolas e do Ambiente, e conta com o apoio do Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente ou do Ordenamento do Território, e do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas.

Na sequência de uma candidatura da Afloeste ao FFP

Oeste quer ter maior área florestaldo país com certificação regional

No Oeste, existem 75 mil hectares de floresta, capazes de gerar receitas na ordem dos 45 milhões de euros. A Afloeste es-tima que até 2045, a área florestal pode aumentar 45%, ou seja, mais 15 mil hectares. O investimento na floresta é uma oportuni-dade para “gerar riqueza na região”, onde muitos terrenos agrí-colas estão incultos e podem ser reconvertidos.

A floresta pode ser uma alternativa ao abandono agrícola e poderá estar ao alcance dos proprietários. O povoamento flore-stal de um terreno poderá custar entre 1000 a 1500 euros por hectare, seja eucaliptal ou pinhal. Face ao potencial económico da floresta na região, o número de produtores florestais tem vindo a aumentar, de acordo com a Afloeste.

A associação, que representa quatro organizações da região e um total de mil produtores, promoveu, em Torres Vedras, um seminário sobre certificação florestal com o intuito de apresen-tar o projecto de certificação para eucalipto, pinheiro e sobreiro e sensibilizar os produtores a aderirem.

No Oeste, a indústria da pasta de papel é o principal destino da produção florestal, seguindo-se a indústria da madeira.

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A internacionalização da marca AGRO é a grande aposta do Parque de Exposições de Braga (PEB), com a realização da AGRO 2013, 46.ª Feira Internacional de Agricultura, Pecuária e Alimenta-ção, que se realiza de 11 a 14 de Abril.

Posicionar a marca AGRO a nível internacional, sobretudo nos mercados angolano e moçambicano, é a grande novidade desta edição. Além da realização de um seminário sobre o tema, haverá ainda uma ronda de negócios e visitantes internacionais. O objectivo do PEB é demonstrar que em Portugal existe um forte know how na área agrícola e com grande potencial de internacionalização.

Sendo uma das principais feiras agrícolas do país organizada no norte de Portugal, o certame integra a elite das feiras representa-das na União de Feiras Internacionais (UFI) e no Comité Europeu de Sociedades Agrícolas e Organizadores de Feiras (EURASCO).

A AGRO vai continuar a alargar o conceito mais abrangente de promoção da «Economia Rural», criando uma nova e importante janela de oportunidades neste segmento de negócios e apostando também na agricultura biológica.

A organização irá apoiar, mais uma vez, as fileiras mais represen-tativas do sector agrário, sobretudo no contributo para a qualifica-ção dos profissionais agrícolas. Depois do sucesso da edição ante-rior, o PEB irá manter a aposta no sector do leite, com a realização do III Concurso Regional de Raça Holstein Frísia, onde estarão repre-sentados mais de 60 animais, e a atribuição do prémio presença.

Outra das mais-valias da AGRO é ser palco do principal concurso pecuário do país das Raças Autóctones, com o XXIV Concurso Nacional da Raça Barrosã e Concursos das Raças Arouquesa, Minhota e Maronesa, entre outros). Com o apoio das associações estarão ao todo mais de três centenas de animais das raças Barrosã, Arouquesa, Minhota e Maronesa. Em exposição estarão ainda a raça de origem francesa Limousine e a raça germânica Holstein Frísia, mais conhecida em Portugal como Turina.

A Associação Portuguesa da Castanha (APC) foi oficialmente formalizada em Vila Real e quer pôr o país a comer castanha e aumentar a área de produção em pelo menos mais 12 mil hectares. A escritura pública decorreu numa cerimónia na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), onde vai ficar sediada a associação.

Esta organização nasce no seio da rede nacional da fileira da castanha – RefCast –, que há três anos defende um aumento da área de produção e quer incentivar o consumo no país.

José Gomes Laranjo, investigador da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), o grande dinamizador deste projecto, vai liderar a comissão instaladora da associação até à realização de eleições, acto que deverá decorrer nos próximos dois meses. A Associação Portuguesa da Castanha conta com cerca de 30 asso-ciados fundadores, pessoas colectivas ou singulares, associações, empresas e instituições públicas.

Aquele responsável salientou que a RefCast quer ajudar a responder a alguns desafios do sector, nomeadamente o “aumento da produção e da produtividade das áreas de souto”. Para produ-zir mais, segundo o investigador, é preciso “ensinar os agricultores” e recorrer aos meios disponíveis, como os porta enxertos híbridos, que ajudam a controlar o problema da tinta, ou fazer análises de solo para corrigir a fertilidade do mesmo. “Isto pode aumentar a quan-tidade de castanha e é isso que nós precisamos”, frisou. Através da associação será ainda possível apresentar candidaturas a fundos comunitários.

José Gomes Laranjo apontou como grandes desafios para a fileira da castanha o aumento da produção nacional e ensinar os portugueses a comer este produto, referindo que é o mercado inter-nacional, que absorve grande parte da produção nacional, que está na base desta necessidade de crescimento. Por isso mesmo, frisou que o objectivo é aumentar a área de souto em mais 12 mil hectares e reforçar a capacidade produtiva em mais seis mil hectares.

Estes projectos estão inseridos numa candidatura apresentada em 2011 à rede rural e que ainda aguarda por aprovação. Depois, através da RefCast, pretende-se ainda ajudar a “combater as doen-ças que afectam os castanheiros, como o cancro e a tinta. “Uma boa parte dos nossos soutos sofre de problemas graves de doen-ças e de fertilidade, que lhes tiram capacidade produtiva”, referiu. Depois, salientou, é ainda preciso pôr os portugueses a comer este fruto para além da época de produção e da tradicional castanha assada. “Entendemos que a castanha tem um enorme potencial alimentar”, frisou.

Este fruto é considerado por muitos como o petróleo ou o ouro da montanha. Em Portugal, existem cerca de 35 mil hectares de soutos e, segundo José Gomes Laranjo, estima-se que poderão estar envolvidas na produção cerca de 17 mil a 20 mil famílias.

A produção nacional rondará entre as 45 a 50 mil toneladas, que renderão aos produtores cerca de 50 milhões de euros. Num ano de produção média, Portugal pode exportar uma média de 12 mil toneladas.

Evento decorre em Braga de 11 e 14 de Abril

Aposta na internacionalizaçãoé novidade na AGRO 2013

A AGRO tem na sua longevidade uma das garantias da sua relevância enquanto montra da agricultura portuguesa. A feira tem vindo a crescer ao longo dos anos, não só em número de exposi-tores e visitantes mas também em número de iniciativas. Em 2012, passaram pela AGRO mais de 76 mil visitantes (+32,24% do que em 2011), 201 expositores (+ de 5,97%) e foram realizados 29 eventos (17 em 2011).

No que toca a animação, Augusto Canário (11 Abril), José Malhoa (12 Abril) e Zé Amaro (13 Abril) são os artistas convidados para animar as noites da AGRO 2013.

Produtos tradicionais

Nesta edição marcam também presença entidades dedicadas aos produtos tradicionais, fiéis aos processos de produção arte-sanais, aos exigentes critérios de selecção dos ingredientes e das matérias-primas, de origem natural. Presunto, chouriças, alheiras, tripas enfarinhadas, entre outros, são só alguns dos produtos que serão apresentados ao longo do certame e que vão fazer a delí-cia dos visitantes.

Salão de vinhos e sabores

O vinho faz parte da cultura portuguesa e a vitivinicultura é um dos sectores mais importantes da agricultura nacional. Ciente deste facto, a organização da AGRO 2013 servirá de montra ao vasto património nacional ligado à produção de vinho, acolhendo vários expositores desta área.

Organização nasceu no âmbito do RefCast e tem sede em Vila Real

Associação Portuguesa da Castanha quer pôr portugueses a comer castanha

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O cultivo de pequenos frutos está “na moda” em Portugal, com a crise a disponibilizar a mão-de-obra que faltava para a colheita e a fazer da agricultura um projecto de vida alternativo para muitos jovens desempregados.

“Os pequenos frutos já existem em Portugal há 20 anos, mas, como são uma actividade que incorpora muita mão-de-obra, sobretudo na colheita, antes da crise não eram muito apetecíveis, porque não havia pessoas desempregadas com necessidade de trabalhar na colheita”, afirmou o engenheiro agrónomo José Martino.

A esta “oportunidade” criada pela crise, que disponibilizou mão-de-obra disponível em fartura para responder às solici-tações da colheita, juntou-se a percepção, por parte dos muitos jovens sem emprego, de que a agricultura “é uma alternativa de trabalho e de projecto de vida”.

Segundo José Martino, as “aliciantes” ajudas do Programa de Desenvolvimento Rural (ProDer) fizeram o resto, facilitando bastante o “empreendedorismo na agricultura”. Entre as plan-tações preferidas pelos jovens agricultores, desde logo assumi-ram lugar de destaque os pequenos frutos – kiwis, mirtilos, mor-angos, amoras, framboesas e groselhas – seguidos das plantas medicinais e aromáticas e dos cogumelos.

No caso dos pequenos frutos, o engenheiro agrónomo dest-aca o facto de poderem ser “rentabilizados com áreas muito pequenas, o que se adapta quer à estrutura do minifúndio, quer ao valor do investimento” dominantes no país.

Segundo adiantou, o investimento num hectare de peque-nos frutos pode custar entre 75 e 100 mil euros, incluindo plan-tações, infra-estruturas e melhoramentos fundiários, sendo as ajudas públicas disponíveis “muito interessantes”: No caso dos jovens agricultores (até 40 anos) e de um investimento até 75 mil euros, os apoios são de 100% numa região desfavorecida e de 90% nas regiões favorecidas.

Neste contexto, José Martino diz estarem actualmente a lançar-se na agricultura em Portugal “280 jovens por mês”, a “grande maioria” dos quais na área dos pequenos frutos.

O sistema de financiamento que vai suceder ao Programa de Desenvolvimento Rural (Proder) “está a ser preparado com muita antecedência”, adiantou o secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, Francisco Gomes da Silva.

O governante falava na sessão de abertura do II Seminário Ibérico “Intervenções Raianas no Combate à Desertificação”, que decorreu no Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB), para preparar o próximo quadro comunitário de apoio, de 2014 a 2020.

Segundo referiu, o sucessor do Proder “está a ser preparado com muita antecedên-cia”, num trabalho sectorial “com todos os níveis do Ministério da Agricultura”, como é o caso de todos os envolvidos na temática da desertificação. “Está a ser dada uma ênfase muito grande às questões do desenvolvimento rural, propriamente dito, para além do investimento puro e duro mais ligado às actividades tradicionais da agricultura e floresta”, descreveu o governante.

Francisco Gomes da Silva espera que este “trabalho de antecipação” de Portugal permita avançar rapidamente para a aplicação do novo programa, “quando da parte da Comissão tudo estiver aprovado”, evitando “hiatos que normalmente ocorrem entre perí-odos de programação” financeira.

Por outro lado, os regulamentos estão a ser preparados “em cada Estado membro” com uma lógica “multifundos”, para articular os diferentes financiamentos estruturais com o Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural (FEADER). O objectivo é “conse-guir levar para o terreno acções que têm dimensões ligadas ao mundo rural mais estrito, mas que também devem beneficiar de apoios que estão normalmente dentro de outros fundos”.

Na presença de técnicos espanhóis, o governante sublinhou o compromisso de cooperação entre Portugal e Espanha no combate à desertificação, sobretudo nas zonas raianas. O secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural respondia assim aos receios demonstrados pelo presidente da Câmara de Castelo Branco, Joaquim Morão. “Se não reorientarmos a política dos quadros comunitários de apoio, os nossos netos só terão aqui uma zona desertificada”, alertou, referindo que, sem o apoio do poder central, os autarcas não têm condições “para dar solução a este problema”.

O vinho medieval de Ourém, classificado desde 2005, “corre o risco de desaparecer devido ao abandono do mundo rural”, disse o vice-presidente da autarquia, José Alho. “Aquele que era um património interessante a todos os níveis, que é o vinho medieval, como a própria paisa-gem de vinhedos característica de algumas décadas, tem vindo a desaparecer”, salientou José Alho, à margem do seminário “Vinho, Autarquias e Agentes Locais - O Vinho Medieval”, que se realizou naquele concelho, integrado no Congresso Nacional “O vinho e o mundo rural”.

A emigração, a falta de rentabilidade na exploração das terras e a migração das pessoas para o litoral estão a ameaçar a produção de um vinho que “tem origem na fundação de Portugal, quando D. Afonso Henriques permite o cultivo de terras por parte dos Monges de Cister, que ensinaram aos oureenses este método ances-tral de produção de vinho”, pode ler-se numa nota divul-gada pela autarquia.

Produção de pequenos frutos é a mais procurada

Crise põe agriculturae pequenos frutos ‘‘na moda”

De acordo com o engenheiro agrónomo, Portugal tem, na cultura destes frutos, “uma vantagem competitiva muito forte”, designadamente no Algarve e no sudoeste alentejano, devido ao clima, conseguindo-se “uma precocidade na produção que cria uma mais-valia no mercado, pois, dependendo das es-pécies, podem produzir durante o inverno ou a primavera, sem ser necessário aquecer, como acontece na maioria da Europa”, explica.

Apesar da actual produção de pequenos frutos em Portugal ser ainda modesta, o engenheiro agrónomo nota que tem já al-gum significado em valor, devido ao preço elevado praticado ao consumidor.

Vendidos em cuvetes de 125 gramas, cujo preço varia entre os dois e os quatro euros, os pequenos frutos permitem um val-or por quilo “relativamente elevado, entre os 16 e os 32 euros”. “Mesmo tirando a margem do supermercado e do grossista, dá sempre um preço à produção entre os quatro e os oito euros e esta é a parte aliciante do negócio”, sustentou José Martino.

Outra “grande vantagem” do negócio dos pequenos frutos é estarem “em linha com o novo posicionamento dos consumi-dores na alimentação”, pois são frutos muito ricos em antioxi-dantes, pelo que podem ser consumidos em quantidade com benefícios para a saúde. Adicionalmente, têm grande procura por parte de mercados “com grande poder de compra”, sendo a quase totalidade da produção nacional exportada para os países do norte e centro da Europa. O circuito habitual, explicou, é a venda para a Holanda, Bélgica e Alemanha, de onde depois se dissemina para os países nórdicos.

Actualmente, os dados do Gabinete de Planeamento e Políti-ca do Ministério da Agricultura apontam que a fileira nacional dos pequenos frutos representa mais de 36 milhões de euros de exportações, mas José Martino antecipa que, “nos próximos cinco anos, vai ultrapassar os 50 milhões de euros e, dentro de 10 anos, aproximar-se muito do valor das exportações de azeite, cerca de 215 milhões de euros”. “E é uma previsão relativamente contida, porque neste momento, com a motivação que há para plantar e pelo número de projectos, previsivelmente será muito superior”, sustentou.

Adiantou o secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural

Sucessor do Proder “está a ser preparado com muita antecedência”

Alertou o vice-presidente da autarquia

Vinho medieval de Ourém “corre risco de desaparecer”

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A Adega de Borba apresentou o novíssimo DOC Alentejo 2008 ‘Eusébio’, um vinho produzido especialmente para homenagear o melhor marcador de sempre do Sport Lisboa e Benfica, numa edição limitada de apenas 1000 garrafas numeradas. Marcaram presença no evento Eusébio, Rui Gomes da Silva, João Malheiro e os ‘Campões do SLB’ Chalana, Néné, Carlos Manuel, Adolfo Calisto, Artur Santos, José Bastos e José Augusto.

O vinho ‘Eusébio’, da Adega de Borba, vem celebrar uma figura ímpar do futebol benfiquista, considerado um dos melhores jogado-res de todos os tempos. Eusébio da Silva Ferreira jogou pelo Benfica 15 dos seus 22 anos como jogador de futebol, sendo o melhor marcador de sempre da equipa, com 638 golos em 614 jogos oficiais.

Manuel Rocha, CEO da Adega de Borba, refere que “Eusébio é mais do que um futebolista, é um homem ímpar e uma referência nacional. É uma grande honra para a Adega de Borba associar-se a quem tanto deu ao país e ao seu clube de sempre. Uma perso-nalidade que levou sempre longe e aos pontos mais altos o nome de Portugal. Uma personalidade especial merece também um vinho especial, por isso, fizemos uma edição especial a que demos o nome do goleador. Trata-se de um vinho para marcar grandes momentos e saudar Eusébio da Silva Ferreira.”

Já o vice-presidente do Benfica, Rui Gomes da Silva, comenta esta parceria afirmando que “Eusébio é o símbolo maior do Sport Lisboa e Benfica. Com ele e outros grandes atletas expandimos o nome do Clube pelos quatro cantos do Mundo e, desde então, nunca deixou de manifestar o seu carinho e dedicação a esta instituição centenária. Quer no Benfica quer ao serviço da Selecção, Eusébio soube sempre elevar a bandeira nacional. Por isso, quisemos brindá-lo com um vinho que espelhasse todo o respeito e gratidão que temos pela sua pessoa. Associámo-nos à Adega de Borba, produ-

A Adega Cooperativa de Mangualde iniciou as comemorações dos seus 50 anos de actividade, que vão prolongar-se até ao final do ano, dando destaque à importância da responsabilidade social e da sustentabilidade ambiental. O presidente da adega, António Mendes, disse que, enquanto cooperativa, “tem de haver um grande sentido de responsabilidade social”, perante os associados e a sociedade em geral.

Por isso, e no âmbito de um protocolo com a Associação Portu-guesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM) de Viseu, crianças portadoras de deficiência vão produzir rótulos para 50 garrafas de vinho. “Serão dez garrafas por cada década. Vamos dar-lhes cinco motivos para cinco rótulos diferentes, que eles vão desenhar”, explicou António Mendes. As garrafas, de três litros, “serão depois vendidas em leilão, revertendo o dinheiro para a asso-ciação”, acrescentou.

A Adega Cooperativa de Mangualde, constituída a 04 de Dezem-bro de 1963, vai também lançar, em Abril, um vinho comemorativo do 50º aniversário. Segundo o presidente da adega, será um tinto “topo de gama”, feito com a casta touriga nacional e que “terá uma imagem alusiva aos 50 anos”.

Até ao final do ano, está preparado um programa com activi-dades mensais. Algumas delas irão decorrer nas freguesias onde a adega tem um maior número de associados, como Alcafache e

tora de vinhos de grande qualidade, para fazer mais esta homena-gem a Eusébio”.

Relembre-se que este é o segundo vinho da Adega de Borba dedicado à história do Benfica. Em 2011 foi lançado um vinho tinto para celebrar os 50 anos da conquista da primeira Taça dos Campe-ões Europeus, pelo Sport Lisboa em Benfica, em 1960/61.

Um vinho tinto premium da colheita de 2008 A edição limitada de 1000 garrafas numeradas do vinho ‘Eusé-

bio’ é um DOC Alentejo 2008 elaborado a partir das castas Trinca-deira, Alicante Bouschet e Cabernet Sauvignon, com uvas seleccio-nadas em vinhas velhas de solos xistosos. A fermentação malolác-tica ocorreu em barricas de primeira utilização de carvalho francês, americano e castanho, à qual se seguiu um estágio de 12 meses nas mesmas barricas.

Este néctar verdadeiramente premium apresenta uma cor granada com profundidade e boa intensidade aromática, com desta-que nas notas de frutos vermelhos em compota, pimento vermelho e especiaria rosa. O seu sabor é macio, com frescura frutada, exce-lente estrutura, ligeira adstringência especiada, tostada, a choco-late e café, com taninos suaves e encorpados. O final gordo muito prolongado denota equilíbrio, elegância e persistência.

Com um teor alcoólico de 14,5%, é ideal para acompanhar vitela, borrego, caça ou doces conventuais. Este DOC Alentejo 2008 pode ser consumido de imediato, mas de preferência deve ser guardado até 10 anos.

Numa edição limitada de apenas 1000 garrafas numeradas

Adega de Borba lança vinho de homenagem a Eusébio da Silva Ferreira

Comemorações vão prolongar-se até ao final do ano

Adega de Mangualde festeja 50 anoscom várias iniciativas

Fornos de Maceira Dão.A Adega tem 751 associados, trabalhando regularmente com

364. Foi fundada em 1963 por um grupo de agricultores, com o objectivo de resolver os problemas de laboração das suas uvas e da comercialização dos seus vinhos. Em 1972, a adega tinha sede própria e laborava pela primeira vez aproximadamente meio milhão de quilos de uvas dos seus associados.

No princípio da década de noventa (século XX) iniciou-se o processo de transformação da adega, recorrendo, pela primeira vez, a fundos estatais e comunitários para a construção de um centro de vinificação e estabilização para vinhos tintos. Em 1995, com o aumento registado nas vendas dos vinhos engarrafados e sem qual-quer apoio financeiro, foi feito investimento numa linha de engar-rafamento.

Hoje, a direcção da adega admite que as instalações estão sobredimensionadas e, por isso, tem apostado em estratégias para as rentabilizar. “Na campanha passada comprámos uvas a produ-tores não associados e prestámos serviços a cinco parceiros”, expli-cou António Mendes.

O responsável garantiu que “esta é uma estratégia para o futuro”, de forma a “utilizar a capacidade instalada e optimizar os recursos”.

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Numa iniciativa da Confraria Gastronó-mica de Sever do Vouga, em colaboração com a autarquia local e a Entidade Regional da Turismo Centro de Portugal, decorre em Sever do Vouga, de 9 a 17 de Março, a XIII Festa da Lampreia e da Vitela Assada com Arroz do Forno.

Marcado para o período de 9 a 17 de Março, este evento gastronómico conta com a parti-cipação de restaurantes do concelho, desig-nadamente, “Santiago”, “Quinta do Barco”, “ Mira Vouga” , “Manjar da Pedra”, “ O Cortiço” e o “O Vitorino ” integrando assim, a “Rota da Lampreia e da Vitela”.

Este evento visa promover, divulgar e contribuir para o desenvolvimento económico do concelho, através da concertação de meios e sinergias na valorização de produtos locais - a lampreia e a vitela – que são um motivo de visita e de promoção do concelho e da região de Aveiro. É neste ambiente de festa que Sever do Vouga convida os visitantes a saborear a sua gastronomia local nomeadamente, o “Arroz de Lampreia”, a “Lampreia à Bordalesa” e a Vitela Assada com Arroz do Forno.

A lampreia em Sever do Vouga, é conhe-cida desde a idade média, onde esta iguaria se prestava como forma de pagamento de impos-tos aos senhores feudais.

Com um cariz mais internacional, o Concurso Vinhos de Portugal regressa a Santarém de 13 a 17 de Maio. As inscrições estão abertas até 24 de Abril, mas os produtores interessados em submeter os seus vinhos a concurso poderão beneficiar de um desconto de 10% se efectuarem a inscrição até 12 de Março.

No âmbito da parceria estabelecida entre a ViniPortugal, ANDOVI, CNEMA, IVBAM, IVDP e IVV, o Wines of Portugal Chal-lenge apresenta um formato moderno, dando continuidade a uma iniciativa que sempre constituiu uma importante fer-ramenta de promoção e valorização dos vinhos portugueses. Neste novo figurino a ViniPortugal espera reforçar a partici-pação dos melhores vinhos portugueses.

Para o presidente da ViniPortugal “o concurso foi relança-do com o objectivo de reforçar e estimular a promoção da produção de vinhos de qualidade, não só no mercado domés-tico, no qual o concurso tinha já um indiscutível impacto, mas sobretudo no mercado internacional, proporcionando que um largo espectro de vinhos portugueses possa ser apreciado por um prestigiado painel de prova internacional”.

“A crescente internacionalização da fileira portuguesa do vinho motivou a evolução do formato do concurso, que anual-mente era organizado no CNEMA, em Santarém, atribuindo-lhe uma maior orientação internacional, de modo a potenciar e fortalecer a comunicação dos vinhos portugueses, tanto a nível nacional como internacional” acrescenta Jorge Monteiro.

Quinta da Tapada – Bobadela – 3400-000 – Oliveira do Hospital – Portugal Telef. + 351 238 600 720 Fax. + 351 238 600 727 E-mail : [email protected]

Desde 1981 na defesa, divulgação e melhoramento/selecção

da Ovelha Serra da Estrela

Vendem-se Reprodutores com: Avaliação Genética Dados de Produções

Em Sever do Vouga de 9 a 17 de Março

Confraria organiza XIII Festa da Lampreia e da Vitela Assada com Arroz do Forno”

Inscrições abertas até 24 de Abril

ConcursoVinhos de Portugal

relançado comcariz internacional

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O sector agro-alimentar aumentou as exportações em 6,2% em 2012 e já tem sete mercados extra-comunitários entre os seus prin-cipais clientes, disse o ministro Paulo Portas no Salão Internacional do Sector Alimentar e Bebidas (SISAB).

O ministro dos negócios Estrangeiros salientou que este ano a exposição teve um número record de expositores (mais de 500) e compradores (mais de 1.500), o que comprova “a pujança deste sector económico”.

O ministro salientou o trabalho “extraordinário” das empresas que, em ano de recessão, conseguiram aumentar as exportações agro-alimentares em 6,2% no ano passado.

“Significa que, mesmo quando há uma recessão, o agro-alimentar que, em Portugal junta o mais tradicional com o que é mais moderno, conseguiu dar um contributo extraordinariamente positivo para a economia”, disse o governante.

Paulo Portas acrescentou que espera que em 2013 volte a haver um crescimento do sector, mas não se quis comprometer com estima-tivas, sublinhando antes que para isso é muito importante o apoio do programa Poder (Programa de Desenvolvimento Rural) cuja aplicação foi “negligenciada durante muitos anos”.

Os vinhos portugueses apresentam-se na Wines of Portugal Annual Tasting, em Londres, que será realizada a 5 de Março, na RHS The Lindley Hall, entre as 10 e as 18 horas. Os 130 produto-res participantes prometem surpreender os visitantes colocando à prova vinhos novos e vintages, oriundos das regiões vinícolas chave nacionais.

Com esta acção a ViniPortugal pretende cativar a atenção de público de referência deste mercado em torno do valor e da varie-dade oferecida pelos vinhos portugueses, demonstrando que são uma boa escolha mesmo para consumidores mais exigentes, mantendo margens de valor muito positivas.

Antecipando a London International Wine Fair, a decorrer em Maio, a Wines of Portugal Annual Tasting afigura-se como uma

Serpa recebeu mais uma edição da Feira do Queijo do Alentejo, certame que recebeu queijos de várias regi-ões do país, desde o queijo Terrincho, de Trás-os-Montes, Serra da Estrela, Beira Baixa, Azeitão, Açores e outros. Apesar disto, o presidente da Câmara de Serpa não assume este certame como uma grande mostra de queijo nacional, preferindo que outros lhe atribuam tal epiteto. Tomé Pires defende uma aposta de crescimento na qualidade do certame, daquela que considera ser a “dimensão ideal da Feira”.

Num balanço ao certame, o autarca mostrou-se satisfeito, sublinhando o êxito desta edição, apesar da crise que atravessa o país.

Gazeta Rural (GR): A feira correspon-deu às expectativas?

Tomé Pires (TP): A feira correspon-deu plenamente às nossas espectativas. Os produtores do queijo, de uma forma geral, obtiveram vendas semelhantes às do ano passado e a renovação do espaço da feira, mais alargado, recebeu críticas positivas de visitantes e expositores.

Este ano houve condições de melhorar o espaço para os expositores e para quem nos visita. Criámos mais um espaço, um salão polivalente, onde ficaram as entidades

“Cada euro do ProDeR mobiliza cinco do sector privado, o que signi-fica que põe a economia a funcionar”, afirmou.

O ministro disse ainda que para o sucesso das exportações do agro-alimentar, que representa 10% do total das exportações nacionais (20% considerando todo o sector agrícola, incluindo as florestas), é essencial apostar nos mercados europeus e não comunitários.

“Na Europa, há demasiada recessão e demasiada estagnação. O que é que as empresas fizeram agilmente? Foram para fora dos merca-dos europeus”, sublinhou.

Dos 15 maiores mercados internacionais do sector agro-alimen-tar actualmente, sete são extra-comunitários, sendo particularmente importantes os de língua portuguesa, como Angola e Brasil, para onde o crescimento da exportação de produtos agrícolas é muito significativo.

Paulo Portas adiantou que o Governo tem trabalhado para desblo-quear entraves burocráticos e alfandegários, o que já conseguiu ao nível do azeite e do vinho no Brasil e está a ser conseguido com a China de quem espera receber este ano autorizações para vários produtos.

“Uma economia para avançar tem de vender e as empresas têm de vender sobretudo para mercados onde há dinheiro para comprar”, concluiu.

Salão Internacional do Sector Alimentar e Bebidas

Sector agro-alimentar aumentouexportações em 6,2% em 2012

130 produtores participam na Wines of Portugal Annual Tasting

Vinhos portugueses à prova em Londres oportunidade única para a promoção dos vinhos portugueses junto dos distribuidores, pois potencia o desenvolvimento de novos contactos com o público de trade e a afirmação do favoritismo junto dos contactos privilegiados. Na London International Wine Fair o enfoque será dado à selecção dos 50 melhores vinhos para o Reino Unido, escolhidos este ano por Olly Smith.

Para Jorge Monteiro, presidente da ViniPortugal, “os vinhos portugueses apresentam uma excelente relação qualidade preço crucial num mercado tão competitivo como o do Reino Unido. Muito embora se trate de um mercado maduro, existem ainda muitas oportunidades a explorar e o Reino Unido continua a ser uma refe-rência a nível internacional.”

institucionais, deixando mais espaço livre para produtores e expositores de queijo. Por isso, demos melhores condições para quem vende e quem nos visita.

Mesmo num período de crise acentu-ada tivemos milhares de visitantes. Foi uma boa feira e que sentido de nos dá motiva-ção para continua a trabalhar para a melho-rar ainda mais.

GR: Em certames do género, noutras regiões, houve uma grande corrida de expositores. Isso também de verificou para esta feira?

TP: Temos crescido em todas as edições. Temos vindo a subir gradualmente o número de lugares de exposição, mas nunca chegam. Perante isso, temos de fazer uma selecção. O principal motivo desta feira é o queijo, embora estejam expostos outros produtos, como os enchidos, o vinho, o azeite, a doçaria tradicional, entre outros.

O que temos vindo a fazer ao longo do tempo é aumentar o número de produtores de queijo. Este ano dos 102 stands, cerca de metade eram de produtores de queijo, o que vai de encontro ao que pretendemos deste certame, onde o queijo de Serpa tem natu-ral destaque.

GR: Há dois anos disse que queria transformar este certame na grande

Feira Nacional do Queijo. Esse objectivo mantem-se?

TP: O nosso objectivo é melhorá-la, sempre. Todavia, não vamos ser nós a dizer que é a Feira Nacional. Nós vamos traba-lhando, tentando fazer sempre mais e melhor. Depois, se houver quem ache que esta é uma feira de cariz nacional ficaremos contentes.

Temos um evento que é a Feira do Queijo do Alentejo, mas temos aqui queijo Serra da Estrela, Terrincho (Trás-os-Montes), Azeitão, Beira Baixa, Açores e já tivemos queijos de outros países, como Espanha, França, Grécia, entre outros, Tivemos vários contactos, mas com esta crise que vivemos foi difícil outros países estarem presentes. Deste modo, até poderíamos dizer que era a Feira do Queijo do Mundo, mas não é esse o nosso objectivo. O que queremos é traba-lhar para que esta feira continue a crescer, - não em quantidade, mas em qualidade -, porque entendemos esta é a dimensão ideal. Se houver alguém que a classifique como Feira do Queijo de Portugal ficare-mos satisfeitos com o elogio.

Presidente da Câmara de Serpa e o balanço da edição deste ano

“Se considerarem este certame como a Feira do Queijo de Portugal ficamos satisfeitos”

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O largo junto à Camara de Tondela foi o palco da III edição do Mercado de Produtos Locais “Ao’Sabor”, muito concorrido, tanto por parte de produtores como de visitantes. Os pequenos produ-tores locais tiveram oportunidade de expor e vender parte das suas produções, enquanto os consumidores puderam ali encontrar produtos que se encontram fora dos circuitos comerciais.

Nandufe foi a freguesia convidada para esta edição, numa mostra onde se podiam encontrar produtos agrícolas, doçaria, vinhos e artesanato. O Grupo de Cavaquinhos de Nandufe e o Grupo de Cantares da Casa do Povo de Lobão da Beira animaram a manhã.

O êxito da iniciativa deixa expositores e a autarquia satisfeitos. “A nossa grande preocupação é fazer as coisas de forma sustentada e ponderada, sempre numa perspectiva de crescimento”, adiantou o vice-presidente da Câmara de Tondela à Gazeta Rural. José Antó-

A Câmara de Caminha anunciou que vai disponibilizar uma bolsa de terras para cultivo, sementes, aves e até suínos, a dis-tribuir pelos munícipes que pretendam trabalhar o campo.

Segundo fonte da autarquia, a bolsa de terras vai permitir a quem não possuiu terras “voluntariar-se” para cultivar o terreno de proprietários “que não dão uso” a essas áreas.

As inscrições para esta bolsa já arrancam e serão geridas pelo município de Caminha com apoio das juntas de freguesia do concelho. “As potencialidades e a aptidão dos solos para a prática agrícola são evidentes no concelho, mas a verdade é que é crescente o abandono das práticas agroflorestais e silvopas-toris nas freguesias do interior”, admitiu o vice-presidente da Câmara. Flamiano Martins assume que esta medida “pretende contrariar precisamente o abandono das terras”.

Neste processo, o proprietário que cede voluntariamente o terreno a um voluntário interessado “não perde qualquer direito de propriedade, nem a sua propriedade poderá de alguma forma

Numa lógica de promoção das boas práticas culturais na fruticultura, o Centro Ciência Viva da Floresta, em co-laboração com a Escola Superior Agrária de Castelo Branco, promoveu mais uma oficina de enxertia. Como e para quê enxertar, quais as técnicas mais corretas e adequadas a cada espécie, quais os factores biológicos, climáticos e san-itários que podem interferir positiva ou negativamente no êxito dos enxertos foram alguns dos pontos tratados nesta oficina muito participada, excedendo largamente o número previsto de participantes, o que obrigou à realização de duas sessões.

O enxerto em árvores frutíferas é uma das mais antigas práticas hortícolas, remontando aos tempos de Teofasto, que viveu cerca de 300 anos antes de Cristo. Os romanos desenvolveram e empregaram diversas técnicas de enxertia ainda em uso nos nossos dias.

Manuel Silva, técnico superior de fruticultura da ESACB, abordou a enxertia como método de obtenção de novas plan-tas a partir de uma planta mãe, com a intervenção humana. Esta técnica baseada na união dos tecidos de plantas, geral-mente de diferentes espécies, permite formar uma nova planta com duas partes: o enxerto (garfo) e o porta-enxerto (cavalo). Durante a parte da manhã abordaram-se os conteúdos teóri-cos, relacionados com épocas e as técnicas mais adequadas a cada espécie, como por exemplo a enxertia por garfo muito utilizada nas fruteiras, a de borbulha nos citrinos e a de cunha em oliveiras. A tarde foi um tempo predominantemente prático, durante o qual os participantes tiveram a oportunidade de ob-servar a execução das técnicas a usar e experimentar individ-ualmente algumas delas.

Vítor Bairrada

Próxima edição está marcada para 23 de Março

Mercado de produtos locais anima sector primário de Tondela

nio Jesus frisou que “as edições anteriores demostram que este tipo de iniciativas responde, por um lado, à produção local, mas também deve ser o palco para que jovens empresários agrícolas encontrem aqui uma forma de realização financeira e possam ter, neste espaço, um ponto de venda dos seus produtos”.

Por outro lado, acrescenta o autarca, “esta iniciativa serve também de animação do espaço urbano”. É que “no âmbito das transformações que operámos, é determinante que, após a requali-ficação urbana, exista uma revitalização do tecido urbano, em parti-cular com este tipo de actividades”. Para José António Jesus “a pers-pectiva é positiva e olhamos para ela com optimismo, sempre com ponderação, mas apontando-a como uma meta que se quer cada vez mais alcançada e com resultados mais projectados”.

Com este Mercado de Produtos Locais a autarquia de Tondela pretende não só revitalizar o sector primário, mas também “animar as pequenas economias, as vivências locais, as dinâmicas do conce-lho, procurando trazer gente para o interior da cidade, mas também que, por este caminho, a actividade económica e os nossos produ-tos locais sejam valorizados e entrem na rede de comércio”, frisa o autarca, para que, deste modo, o consumidor ali encontre “produtos de qualidade a preços competitivos, animando e valorizando a economia do concelho”.

Quanto ao futuro da iniciativa o vice presidente da Câmara de Tondela diz que “ainda há espaço para crescer, mas também de potenciar a quali-dade deste espaço”.

A próxima edição está marcada para 23 de Março.

Em colaboração com a Escola Superior Agrária de Castelo Branco

Centro Ciência Viva da Floresta promoveu oficina de enxertia

Para contrariar a tendência do abandono

Câmara de Caminha lança bolsa de terrase oferece sementes e animais à população

ser modificada ao nível dos seus limites inscritos”, esclarece fonte da autarquia.

“Da mesma forma que aos produtores aderentes não lhes é conferido qualquer direito de posse do terreno. A relação entre proprietário e produtor deve ser estabelecida através de assinatura de protocolo de cedência, cujo apoio jurídico para a definição dos termos do mesmo é assegurado pela Câmara Mu-nicipal”, sublinha a mesma fonte.

Além desta bolsa de terrenos para produção agrícola, a au-tarquia de Caminha vai disponibilizar gratuitamente sementes, aves de capoeira para criação e um suíno para quem trabalhe um campo de milho.

O projecto “Semear para Colher” pretende “promover a ocupação de terrenos não cultivados”, bem como a “promoção da agricultura familiar”, tradicional e biológica, explica o execu-tivo daquela Câmara.

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Cerca de duas centenas de agricultores participaram no VII Seminário promovido pela Cooperativa Agrícola de Montemor-o-Velho. O presidente da instituição destacou as qualidades agrícolas da região e sublinhou que “não há um hectare por cul-tivar no Vale do Mondego!”.

Na sessão da abertura do VII Seminário, subordinado ao tema “Efeitos da PAC 2014 – 2020 na Agricultura do Baixo Mon-dego”, José Armindo Valente sublinhou que “o Vale do Mondego, com cerca de 13 mil hectares, é um dos melhores lugares agrí-colas do país” e que, no âmbito do actual quadro comunitário de apoio, “quando os três blocos em obras estiverem concluídos – adutores da margem esquerda, Bolão e passagem da A-14 Fôja – as infra-estruturas da obra hidroagrícola vão ultrapassar os 50%”. Contudo, o dirigente alertou que “dada a especificidade do Vale, em que uma grande parte está a cotas baixas e não há a possibilidade de fazer a sua reconversão da produção de arroz para outras culturas, é importante que o próximo quadro comu-nitário tenha em conta esta particularidade”. “Sabemos que há muito trabalho a fazer”, asseverou.

O dirigente aproveitou o momento para destacar, igual-mente, que “somos uma referência no milho, com produções de 13 a 14 toneladas por hectare”, e que “a cultura da batata e das horto-industriais (brócolos e pimentos) são um nicho de mer-cado importante e que não podemos descurar”.

A ocasião, o presidente da Câmara de Montemor-o-Velho, Luís Leal, referiu que “seremos mais fortes se olharmos para o conjunto do território” e avançou que “é fundamental estarmos

A promoção é um dos mais importantes desafios que se colocam à dinamização da fileira do azeite, alertou a secretária geral da Casa do Azeite, Mariana Matos, defendendo que só quem conhece verdadeiramente um produto o pode valorizar.

À margem do II Encontro Ibérico do Azeite, em Abrantes, Mariana Matos afirmou que o azeite é como o vinho: “não existe um, existem tantos azeites quanto produtores, pois cada um terá as suas características distintas”.

Segundo a responsável da Casa do Azeite, “aprender a distinguir e a valorizar essas características é um grande desafio e todos - sector e consumidores - teríamos muito a ganhar com um maior conhecimento e divulgação séria e correcta deste produto”.

O Encontro Ibérico do Azeite, que decorreu em Abrantes, pretende afirmar-se como um ponto de reflexão e transmissão de conhecimento, numa fileira que tem reforçado a sua importância nos últimos anos e que caminha, em Portugal, para a auto-sustentabili-dade. “O consumo per capita tem crescido um pouco e as quebras da última campanha são meramente circunstanciais e devem-se às más condições climatéricas. Existe ainda um potencial de crescimento significativo em Portugal, portanto a tendência para a auto-sustentabilidade mantém-se”, afirmou.

Segundo a secretária geral da Casa do Azeite, que congrega produtores de 95% de todo o azeite de marca embalado em Portugal, o volume de negócios em 2012 rondará os 400 milhões de euros e as exportações representam um pouco mais de metade desse volume de negócios. “O principal país de destino do azeite português continua a ser o Brasil, com grande relevância, e outro destino com importância crescente é Angola, que é já o segundo mercado no ranking das exportações nacionais”, destacou a responsável.

Mariana Matos defendeu ainda parcerias no espaço luso-espanhol (Portugal é o quinto maior produtor mundial e Espanha o principal), beneficiando da experiência e do saber fazer dos produtores espanhóis de azeite. “Nunca poderemos ter a dimensão de Espa-nha, em termos de produção, mas temos uma tradição de colaboração e de boa vizinhança neste sector que, inclusivamente, se tem reforçado muito nos últimos anos”, disse.

Segundo a responsável, “Espanha tem feito muita investigação e investido muito no sector do azeite, coisa que Portugal só nos últimos anos tem feito, aproveitando muito desse conhecimento”.

A quebra de produção do azeite pode implicar um aumento de preços e retracção no consumo, sobretudo nos países não produto-res, estimou a responsável dos mercados europeus do azeite Gallo.

“Este ano houve efectivamente uma quebra acentuada na produção e, daquilo que nos é permitido conhecer do passado, normalmente, sobretudo em países não produtores, por via do aumento de preços que se gera pela falta de oferta, poderá gerar alguma quebra na procura”, afirmou Rita Vilaça, à margem do Salão Internacional do Sector Alimentar e Bebidas (SISAB).

Rita Vilaça justificou que “pela lei da oferta e da procura, há um aumento de preço na produção que tem de ser repercutido nos consumidores e nalguns países poderá haver alguma retracção”, sem especificar quais.

O Instituto Nacional de Estatísticas antecipa uma quebra de 25% na produção de azeite, na campanha de 2012/2013, devido às condições meteorológicas adversas.

unidos numa estratégia em que a agricultura e o desenvolvi-mento rural se mantenham”. “A ruralidade tem que fazer parte do desenvolvimento, sendo um factor diferenciador,” e “é funda-mental que o produtor continue a ter suportes de apoio finan-ceiro porque só assim pode continuar a criar emprego, oferecer um produto agrícola de qualidade e, ao mesmo tempo, criar um território que ofereça a excelência um produto turístico ambien-tal, paisagístico e gastronómico”.

De igual modo, a directora da Direcção Regional de Ag-ricultura e Pescas do Centro, Adelina Martins, referiu que “é uma região extremamente importante na produção nacional” e enalteceu “a capacidade empresarial que todos têm demon-strado”. Ao esclarecer que “para melhorar a capacidade de produção não se deve descurar a vertente da experimentação”, a Directora Regional destacou ainda a importância de uma es-tratégia de desenvolvimento da região, do território e das pes-soas, e reiterou que “é fundamental que a obra hidroagrícola não fique por concluir”.

Ao longo do dia, o seminário, que se realizou no Pavilhão Multiusos da Carapinheira, abordou temáticas como Qualidade da água, Novos Produtos / Novas soluções ADP, Fisiologia do milho. Nova tecnologia Pioneer, Herbicidas para a Cultura do Arroz e Milho, A cultura do arroz, realidade de Espanha, Apre-sentação dos resultados do ensaio de variedades de arroz 2012, Candidaturas 2013 (RPU) / Serviços de Aconselhamento Agrí-cola e Efeitos da PAC 2014 – 2020 na Agricultura do Baixo Mon-dego.

Afirmou o presidente da Cooperativa Agrícola de Montemor-o-Velho

“Não há um hectarepor cultivar no Vale do Mondego!”

Defende a secretária geral da Casa do Azeite

Promoção é o principal desafiopara a fileira do azeite

Rita Vilaça garantiu que “todo o azeite Gallo vendido em Portu-gal é 100% português”, mas a insuficiência da produção impossibi-lita que o mesmo se verifique nas exportações. “Tentamos sempre incorporar o azeite português ao máximo mas a produção ainda não é suficiente para as exportações que fazemos”, declarou.

O Brasil, onde o azeite Gallo tem uma quota de mercado de 30%, representa a maior fatia das exportações desta empresa, que tem outros destinos importantes na Venezuela, Angola e, mais recente-mente, na China. “Entrámos na China há cerca de dois anos. Obvia-mente ainda é um mercado que está muito centrado em óleos e a mudança para o azeite não é imediata, mas o mercado tem muito potencial. É o maior mercado em termos de população a nível mundial e, se conseguir fazer a viragem, e olhar para o mercado de azeite com o mercado de saúde que ele é, acreditamos que pode ter um potencial bastante interessante”, sublinhou a mesma respon-sável.

Adianta a responsável dos mercados europeus do azeite Gallo

Quebra de produção do azeitepode levar a aumento dos preços

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Um grupo de investigadores do Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB), pert-encentes à Escola Superior Agrária (ESACB), estão a testar um modelo estatístico que permite calcular um preço de referência para o leite nacional, informou hoje a instituição.

A equipa, constituída pelos docentes António Moitinho Rodrigues, Deolinda Al-berto e Edgar Vaz, tem vindo a testar, desde Setembro de 2012, um modelo estatís-tico que permite calcular um preço de referência para o leite nacional.

O trabalho de investigação foi encomendado, em Junho do ano passado, pela Associação dos Produtores de Leite de Portugal (APROLEP).

Moitinho Rodrigues, que é também investigador do International Farm Compari-son Network (IFCN), explica que “o modelo permite estimar o preço do leite a pagar aos produtores portugueses em função de diferentes variáveis”.

O docente da ESACB dá como exemplos de variáveis “os preços do leite dos cinco países da União Europeia que mais leite e produtos lácteos exportam para Portugal (Alemanha, França, Holanda a Espanha e a Polónia), os preços de alguns produtos lácteos (queijo e manteiga) à saída da fábrica, os preços, no mercado na-cional, de duas matérias-primas (soja 44 e milho) e ainda o preço do combustível (gasóleo), que nos últimos anos tem tido uma curva ascendente”.

Tendo essas variáveis em atenção, o investigador refere que “aplicando o modelo aos preços de Outubro de 2012, em que o preço médio do leite pago aos produtores nacionais foi de 30,0 cêntimos/litro, o preço mínimo a pagar pelos rec-olhedores/transformadores aos produtores, para assegurar a sustentabilidade da produção, deveria ter sido de 33,9 cêntimos/litro”.

Em comunicado, o IPCB revela que o modelo tem como objectivo “fornecer à produção valores de referência para o leite nacional que possam ser utilizados nos contratos com as empresas compradoras e transformadores já a partir de 01 de Abril de 2013, no âmbito do chamado Pacote Leite da União Europeia”.

A carne de raça Minhota vai passar a ostentar uma

garantia de origem depois de o caderno de es-

pecificações ter sido aprovado pelo Min-istério da Agricultura, divulgou o agrupa-mento de produtores responsável pelo

processo. “Até agora, a carne

de raça Minhota chegava aos talhos apenas como

carne indeterminada, ou seja, o consumidor não podia escolher um produto diferen-ciado, era apenas carne de vaca. Não podia ser certificada a sua origem, nem o seu sistema de produção”, explicou a presidente do Agrupamento de Produtores de Carne, Leite e Queijo de Raça Minhota. Segundo Teresa Moreira, trata-se de uma produção que envolve actualmente 2.075 criadores e 11.965 animais vivos na totalidade das explorações nacionais.

Esta raça teve o seu desenvolvimento sobretudo em al-guns concelhos do Alto Minho, como Viana do Castelo, Ponte de Lima, Vila Nova de Cerveira e Caminha. “Olhando ao pano-rama nacional actual e à realidade da raça Minhota, onde todas

Os produtores e industriais do leite criticaram as conclusões de um relatório realizado pelo Ministério da Agricultura sobre o índice de preços na cadeia alimentar por ser “totalmente contraditório” e com uma metodologia sem credibilidade.

Em comunicado conjunto, a Associação Nacional dos Industriais de Lacticínios (ANIL) e a Federação Nacional das Cooperativas de Produtores de Leite (Fenalac) referem que o relatório é “contraditó-rio com um relatório recente da Autoridade da Concorrência no que se refere à repartição de valor ao longo da cadeia” e “esquece todo o impacto sobre os preços das relações contratuais entre fornece-dores e distribuidores”.

O relatório, de Dezembro de 2012, refere por, exemplo, que o preço das rações, um dos principais custos de produção do leite, aumentou 6,6% entre 2005 e 2011, dez vezes mais do que o preço pago aos produtores e que “esta evolução revela a incapacidade de reflectir as grandes subidas dos custos inerentes à actividade agrí-cola nos anos mais recentes, traduzindo-se numa diminuição das margens ligadas à produção”.

O relatório conclui ainda que, nos últimos anos, verificou-se em Portugal um crescimento dos preços da fileira do leite “tendencial-mente inferior à inflação”, para o produtor e consumidor, contra-riando a tendência observada na União Europeia (UE27), onde os preços do leite acompanharam a inflação.

As duas instituições criticam o facto de, em 2010, a Autoridade da Concorrência ter publicado um relatório sobre as relações na cadeia alimentar, “sendo que as respectivas conclusões apresentam sentido totalmente distinto”, porque “não se ficou pela mera análise dos preços facturados pelos fornecedores aos seus clientes, tendo também avaliado as implicações dos contratos de fornecimento e das sucessivas penalizações que os mesmos geram”.

Assim, a ANIL e a FENALAC consideram que “os dados incluí-dos no actual documento, estão longe de corresponder aos preços efectivamente recebidos pelos operadores da indústria de lacticí-nios e, por via disso, são desajustadamente empoladas as conclu-sões a partir deles extraídos”.

Em conclusão, as duas associações são da opinião que o rela-tório do Governo “em nada corresponde aos objectivos de melhoria da qualidade da informação e reforço da transparência no seio da cadeia alimentar que constituem os pilares sobre os quais assentou a constituição da Plataforma para o Acompanhamento das Rela-ções na Cadeia Alimentar (PARCA)”.

as semanas têm surgido novos criadores, muitos deles sendo quase que obrigados a enveredar pelo caminho da agricultura, esperámos que esta classificação seja mais uma alavanca para os produtores e para a preservação desta excelente raça autóc-tone portuguesa”, sublinhou.

O processo para obtenção da Denominação de Origem Pro-tegida (DOP) para a carne de raça bovina Minhota foi lançado por aquele agrupamento de produtores em 2002 e, após dois “chumbos”, a Direcção-geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural aprovou, a 08 de Fevereiro, o caderno de especificações que tornará possível a rotulagem facultativa com o título “Carne Minhota”. Trata-se de uma solução alternativa enquanto, pa-ralelamente, decorre um terceiro processo para obtenção da DOP para a carne daquela raça. Por parte dos produtores, existe a expectativa da sua aprovação durante este ano.

Em 2012, segundo dados dos produtores, foram abatidos mais de 2.800 animais e a criação, além do distrito de Viana do Castelo, está hoje dispersa por todo o noroeste do país com criadores aderentes ao Livro Genealógico da raça nos distritos de Braga, Vila Real, Porto, Aveiro e Castelo Branco. Existe ainda um grupo de criadores da raça Minhota na ilha da Madeira.

“Com esta classificação ire mos ter um produto reconhecido e diferenciado no mercado, enaltecendo as potencialidades da raça Minhota e incentivando os seus produtores a continuarem e a melhorarem o trabalho reali-zado ao longo dos anos”, rematou Teresa Moreira.

Divulgou o agrupamento de produtores responsável pelo processo

Carne Minhota vai passar a apresentar garantia de origem

Estudo encomendado pela APROLEP

ESACB desenvolve modelopara determinar preços do leite

ANIL e Fenalac criticam conclusões

Fileira do leite contesta relatóriodo Governo sobre preços na cadeia alimentar

Custo de produção do leite sobe 10 vezes mais do que o preço pago aos agricultores

O preço das rações, um dos principais custos de produção do leite, aumentou 6,6% entre 2005 e 2011, dez vezes mais do que o preço pago aos produtores, segundo um relatório do ministério da Agricultura.

O relatório “Índices de Preços na Cadeia de Abastecimento Alimentar”, produzido pelo Gabinete de Planeamento e Políticas (GPP) e datado de Dezembro de 2012, sublinha que “esta evolu-ção revela a incapacidade de reflectir as grandes subidas dos custos inerentes à actividade agrícola nos anos mais recentes, traduzindo-se numa diminuição das margens ligadas à produção”.

Segundo o documento, os preços do leite cresceram 0,7% em média anual, enquanto os preços da alimentação animal aumen-taram 6,6% em média, acompanhando a tendência de subida dos cereais, um sector caracterizado por grande volatilidade.

Por seu lado, os preços do leite na indústria (leite embalado à saída da fábrica e indústria dos lacticínios) evidenciaram uma melhoria face aos preços do leite no produtor, com uma média anual de 1,1% e 1,9%, para a indústria de lacticínios e leite embalado, respectivamente)

Quanto ao preço do leite no consumidor, observou-se uma ligeira deterioração, com um crescimento de 0,3% ao ano.

O estudo destaca que, a partir de 2008, os preços associados à fileira cresceram de forma significativa, tendência que se inver-teu em 2009, “com uma queda acentuada dos preços no produ-tor e no consumidor, com excepção do preço na indústria, que se manteve estável”.

No período pós-2008, a evolução dos preços para produtor e consumidor foi inferior à inflação, reflectindo a crescente importa-ção de leite em Portugal, que aumentou quase 27% entre 2005 e 2011 (4,1% em média anual). “Este período coincidiu com o consumar da abertura do mercado de aprovisionamento do leite de origem não nacional”, destaca o documento do GPP.

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Foi publicada no dia 15 de Fevereiro a Portaria n.º 74/2013 que estabelece as normas complementares de execução do Re-gime de Apoio à Reestruturação e Reconversão das Vinhas do Continente e fixa os procedimentos administrativos aplicáveis à concessão das ajudas previstas para a campanha vitivinícola de 2013/2014.

À concessão das ajudas previstas para a campanha vitivinícola de 2013-2014 são aplicáveis as regras e os procedimentos admin-istrativos estabelecidos na Portaria n.º 1144/2008, de 10 de Outu-bro, alterada e republicada pela Portaria n.º 495-A/2010, de 13 de Julho, e alterada pelas Portarias n.ºs 987/2010, de 28 de Setembro, 281/2011, de 17 de Outubro e 313/2012, de 10 de Outubro, com as especificidades introduzidas pela Portaria n.º 74/2013.

Apresentação e decisão das candidaturasNos termos do disposto no n.º 1 do artigo 4.º da Portaria n.º

74/2013 de 15 de Fevereiro, a apresentação das candidaturas, para a campanha vitivinícola de 2013-2014, tem início a 16 de Fevereiro e termina a 31 de Março de 2013.

A apresentação das candidaturas é efectuada nos serviços das Direcções Regionais de Agricultura e Pescas.

As candidaturas recepcionadas são analisadas até 31 de maio de 2013, ficando a decisão final condicionada à dotação financeira atribuída pela Comissão Europeia

Execução das medidas e apresentação dos pedidos de pag-amento

As candidaturas aprovadas na campanha vitivinícola de 2013-2014 devem encontrar-se integralmente executadas até 30 de Junho do ano seguinte ao da apresentação da candidatura.

Medidas e acções elegíveis

Direção de Serviços de Desenvolvimento Agroalimentar, Rural e Licenciamento

ATENÇÃO SENHOR VITICULTOR

Novo Período de Candidaturas ao Regime de Apoio à Reconversão e Reestruturação da Vinha

- Campanha 2013/2014 -

Foi publicada no dia 15 de Fevereiro a Portaria n.º 74/2013 que estabelece as normas complementares de execução do Regime de Apoio à Reestruturação e Reconversão das Vinhas do Continente e fixa os procedimentos administrativos aplicáveis à concessão das ajudas previstas para a campanha vitivinícola de 2013/2014.

À concessão das ajudas previstas para a campanha vitivinícola de 2013-2014 são aplicáveis as regras e os procedimentos administrativos estabelecidos na Portaria n.º 1144/2008, de 10 de outubro, alterada e republicada pela Portaria n.º 495-A/2010, de 13 de julho, e alterada pelas Portarias n.ºs 987/2010, de 28 de setembro, 281/2011, de 17 de outubro e 313/2012, de 10 de outubro, com as especificidades introduzidas pela Portaria n.º 74/2013.

Apresentação e decisão das candidaturas

Nos termos do disposto no n.º 1 do artigo 4.º da Portaria n.º 74/2013 de 15 de Fevereiro, a apresentação das candidaturas, para a campanha vitivinícola de 2013-2014, tem início a 16 de Fevereiro e termina a 31 de março de 2013.

A apresentação das candidaturas é efetuada nos serviços das Direções Regionais de Agricultura e Pescas.

As candidaturas rececionadas são analisadas até 31 de maio de 2013, ficando a decisão final condicionada à dotação financeira atribuída pela Comissão Europeia

Execução das medidas e apresentação dos pedidos de pagamento

As candidaturas aprovadas na campanha vitivinícola de 2013-2014 devem encontrar-se integralmente executadas até 30 de junho do ano seguinte ao da apresentação da candidatura.

Com o objectivo de esclarecer os agricultores das novas regras sobre a “Aplicação de Produtos Fito-farmacêuticos”, a Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Centro promoveu na Estação Agraria de Viseu uma acção de esclarecimento em torno da aplicação de produtos fitofarmacêuticos, uma práti-ca fundamental na defesa e protecção das culturas. A sua realização exige que os operadores se encontrem devidamente informados sobre os procedimentos e cumprimento dos normativos legais em vigor.

Esta acção, que contou com a colaboração das empresas AMBI3Q, Pulverizadores Rocha e Lofilas-siste, abordou os requisitos para o armazenamento e aplicação de produtos fitofarmacêuticos, a importân-cia da aplicação de produtos fitofarmacêuticos no controlo fitossanitário das culturas e a calibração e inspecção dos equipamentos de aplicação.

Quinze mil agricultores foram em 2012 abrangidos pelo Seguro Vitícola de Colheitas (SVC), o que representou uma poupança para o Estado superior a dois milhões de euros, se-gundo dados do Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP).

Ao intervir num colóquio sobre “Seguros Agrícolas”, que decorreu na Estação Agraria de Viseu, Joaquim Sampaio, do IFAP, disse que, no seu primeiro ano, o SVC abrangeu “um núme-ro de agricultores já muito expressivo (15.200)” e que se traduziu “numa poupança de 38% relativamente ao que era o custo com os seguros de vinhas quando ele era exclusivamente integrado no SIPAC (Sistema Integrado de Protecção Contra Aleatorie-dades Climáticas)”.

Em 2012, os agricultores podiam ter as suas vinhas seguras através do SVC ou do SIPAC, mas a partir deste ano só podem usar o novo sistema. No SIPAC, o Estado bonificava os prémios dos seguros dos viticultores (e continua a bonificar ainda para outras culturas que não a da vinha).

O SVC - que é financiado a cem por cento pelo Fundo Eu-ropeu Agrícola de Garantia (FEAGA) - surgiu da necessidade de tornar mais simples, mais célere e mais racional, do ponto de vista económico, o sistema existente.

Instalação da vinha, que compreende as acções:i. Plantação da vinha, que compreende a preparação do

terreno, podendo incluir a alteração do perfil do terreno, e a colocação do material vegetativo no terreno, quer se trate de enxertos prontos, quer de porta-enxertos e respectiva enxertia e instalação do sistema de suporte;

ii. Melhoria das infra-estruturas fundiárias, que apenas é elegível quando realizada cumulativamente com a acção plan-tação da vinha;

Sobreenxertia ou reenxertia. As parcelas de vinha, após reestruturação, devem ser es-

tremes

Ajudas previstasComparticipação financeira para os investimentos realiza-

dos através do pagamento de uma ajuda;Compensação pela perda de receita inerente à reconversão

e reestruturação podendo assumir uma das seguintes formas:Nos casos de replantação de vinhas instaladasa. Manutenção da vinha velha durante três campanhas

subsequentes àquela em que foi plantada a vinha nova, ou;b. Compensação financeira paga após a apresentação

do documento comprovativo do arranque a emitir pela Direcção Regional de Agricultura e Pescas (DRAP);

Nos casos de sobreenxertia ou reenxertiac. Compensação financeira paga após a apresentação

do pedido de pagamento da execução da medida.

Nota: Esta informação não dispensa a consulta de legislação em vigor ou o pedido de esclarecimento junto dos serviços lo-cais da Direcção Regional de Agricultura e Pescas

Novo Período de Candidaturas ao Regime de Apoio à Reconversão e Reestruturação da VinhaCampanha 2013/2014

Estação Agrária de Viseu recebeu colóquio sobre Seguros Agrícolas

Estado poupou dois ME em 2012 com novo

sistema de Seguro Vitícola de Colheitas

Joaquim Sampaio afirmou que, em 2012, no que respeita ao SVC, “o capital seguro foi de praticamente 40 milhões de euros e as bonificações correspondentes a 2.389 mil euros”, tendo este dinheiro sido poupado pelo Estado. “Ao se ter criado um novo modelo de seguro no âmbito da OCM (Organização Comum do Mercado) da vinha, isso permite que o financiamento da bonifi-cação dos prémios, sendo a 100%, é 100% cofinanciado. Portanto, o Estado português não tem encargo com o pagamento destas bonificações”, explicou. Desta forma, se o Estado “teve uma poupança muito significativa já no primeiro ano do SVC, em 2013, no que diz respeito à vinha, terá uma poupança total”, frisou.

O responsável do IFAP disse que o objectivo é que todos os viticultores, “não só aqueles que já habitualmente faziam o seg-uro, mas também outros, passem a fazer o seguro através deste novo sistema”. Segundo Joaquim Sampaio, o novo sistema “está assente numa operacionalização completamente diferente, mui-to mais simples e muito mais célere”. “Muitas das fases podem ser feitas “online”, designadamente a questão da consulta prévia, a candidatura e os contratos das seguradoras”, explicou, acres-centando que “o sistema está montado para que as respostas e os pagamentos sejam muito rápidos”.

Face à nova legislação

DRAP Centro promoveu acção sobre“Aplicação de Produtos Fitofarmacêuticos”

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O início do ano ficou marcado pelo debate comunitário em torno da Reforma da PAC, no horizonte 2014-2020. Nesse âm-bito, o “relatório Capoulas”, aprovado na Comissão de Agricul-tura do Parlamento Europeu no final de Janeiro, constituiu um contributo importante para o debate político e, sobretudo, para um recentramento da PAC nas questões sociais, do emprego e da qualificação profissional.

De Estrasburgo, resultou um mandato para o Parlamento Europeu negociar com a Comissão Europeia e com o Conselho Europeu um conjunto significativo de alterações à proposta original de regulamento do FEADER, nomeadamente a inclusão da competitividade da floresta como uma das prioridades da política de desenvolvimento rural.

Numa análise sucinta sobre o enquadramento das florestas na política de desenvolvimento rural europeia, constata-se que as medidas florestais representavam cerca de 9% do orçamento comunitário suportado pelo FEADER, num claro desequilíbrio entre a importância das florestas (37% do território da União Europeia) e do sector florestal europeu (8% do valor acrescen-tado gerado pela industria transformadora) e o peso que lhe era atribuído no orçamento comunitário.

Em Portugal Continental, o Programa de Desenvolvimento Rural 2007-2013 compreendia inicialmente 441 milhões de eu-ros de despesa pública para as medidas florestais, que repre-sentavam cerca de 10% do envelope financeiro global. A floresta constituiu (e bem) uma das quatro fileiras estratégicas do ProD-eR, com as medidas florestais inscritas nos eixos da Competi-tividade e da Sustentabilidade, dando cumprimento à Estratégia Nacional para as Florestas.

Ao nível da Promoção da Competitividade, a Medida 1.3 compreendia um conjunto de apoios financeiros destinados ao aumento da competitividade do sector florestal, nomeada-mente ao nível da promoção dos investimentos produtivos na melhoria económica da floresta (gestão florestal), para a gestão multifuncional (promoção do uso múltiplo da floresta – recursos cinegético, dulçaquícolas e silvestres) e também para a mod-ernização e capacitação das empresas florestais.

No domínio da Sustentabilidade do Território, os apoios destinavam-se à florestação, à protecção da floresta contra os incêndios florestais e os agentes bióticos e também para a conservação da biodiversidade (ex. manutenção das galerias ripícolas), dispersos numa multiplicidade de Acções e subacções da Medida 2.3.

Porém, da consulta dos relatórios de avaliação externa do ProDeR, constata-se que as medidas florestais não só arran-caram tarde (os regulamentos de aplicação dos apoios apenas foram aprovados em Agosto de 2008), como arrancaram com dificuldade, devido à falta de capacidade nas Direcções Re-gionais de Agricultura para proceder à análise dos pedidos de apoio. Em termos práticos, apenas em 2010 foi possível arran-car efectivamente com as medidas florestais, sobretudo após as alterações introduzidas na Portaria n.º 814/2010, de 27 de Agosto, que permitiram a simplificação do acesso e majoração dos níveis de apoio.

No final de 2012, a Autoridade de Gestão do ProDeR conta-bilizava 279,5 M€ de compromisso assumidos, dos quais haviam sido pagos 82,1 M€ aos beneficiários. No entanto, apesar dos sinais positivos do aumento da capacidade de absorção dos fundos disponíveis nas Medidas

Uma equipa da Universidade de Coimbra e da Escola Su-perior Agrária de Coimbra foi distinguida com o “Best Student Paper Award” graças ao desenvolvimento de um dispositivo que detecta a doença do nemátodo do pinheiro.

De acordo com nota da Universidade de Coimbra (UC), a “tecnologia, já protegida por patente provisória, acaba de ser distinguida com o prémio ‘Best Student Paper Award’ na Confer-ência Biodevices 2013, que decorreu em Barcelona, uma con-ferência internacional de topo que reúne cientistas e profission-ais de todo o mundo, das mais diversas áreas do conhecimento”.

Este dispositivo, de acordo com a UC, “permite detectar a doença do nemátodo do pinheiro, conhecida por murchidão do pinheiro, muito antes de os sintomas se revelarem”. “Recorren-do ao método designado cientificamente por Espectroscopia de Impedância Eléctrica, a equipa liderada por Elisabeth Borges, aluna de doutoramento em Engenharia Biomédica da Universi-dade de Coimbra, desenvolveu um dispositivo muito simples, que permite aceder rapidamente à assinatura eléctrica de um mate-rial biológico (qualquer material, biológico ou não, possui uma assinatura eléctrica, quando estimulado por uma corrente ou tensão alternada), isto é, consegue-se obter informação acerca da fisiologia do material”, explica a UC.

A investigadora esclarece que este método é “capaz de identificar precocemente se um tecido está saudável ou danifi-cado, o nível de dano, o que no caso do nemátodo do pinheiro assume particular relevância porque pode invalidar o avanço da doença e consequente corte dos pinheiros”. “Actualmente,

Premiado no “Best Student Paper Award’, em Barcelona

Investigadoresde Coimbradesenvolvemdispositivoque detectanemátododo pinheiro

as técnicas utilizadas não impedem o abate das árvores: após a detecção e identificação do nemátodo, a única solução é o abate imediato dos pinheiros e a sua destruição, de acordo com a legislação em vigor”, sintetiza.

A grande mais-valia da tecnologia desenvolvida, esclarece Elisabeth Borges, é o facto de “ser minimamente invasiva, rápida e mais vantajosa financeiramente em comparação com as téc-nicas laboratoriais actuais”. “Com este dispositivo, que ainda terá de ser optimizado para poder entrar no mercado, é possível obter um prognóstico quase instantâneo”, sublinha.

O dispositivo é composto por dois eléctrodos, colocados no tronco a cerca de 30 centímetros do solo – um eléctrodo injecta um sinal de corrente ou tensão e o outro coleta o sinal gerado por essa estimulação – e por um sistema de aquisição de dados, desenvolvido pela equipa, que permite converter estes sinais analógicos em sinais digitais para posterior análise.

Através da análise da resposta à “provocação” injectada em múltiplas frequências, obtém-se a assinatura eléctrica do mate-rial. Aparentemente simples, a interpretação dos sinais obtidos é um processo de elevada complexidade, porque a resposta fisi-ológica tem muitas variantes.

“Durante a investigação, iniciada em 2010, foram utilizados pinheiros jovens. A equipa induziu a doença nas árvores, rec-olheu e processou as respostas fisiológicas. Agora, os investi-gadores vão também explorar a utilização desta tecnologia na análise de sementes de ‘Jatropha’ para a produção de biodiesel e em alimentos para avaliação das condições de segurança ali-mentar”, diz a Universidade de Coimbra.

Florestais, em Janeiro 2012 a Autoridade de Gestão do ProDeR procedeu a um pedido de alteração junto da Comissão Europeia, que se traduziu numa redução significativa das verbas disponíveis para as Medidas florestais, com previsíveis conse-quência na negociação do envelope financeiro para a floresta no próximo PDR.

Importa, nesta fase, analisar o que correu bem e menos bem com o ProDeR e, sobretudo, preparar o futuro! A Comissão Eu-ropeia está apostada na simplificação das medidas, propondo a existência de uma única medida florestal. Também, deseja maior flexibilidade no desenho dessa medida florestal, por forma a permitir uma melhor adequação à especificidade da floresta a apoiar - a esse propósito, recordo a proposta apresentada pela FORESTIS de uma “regionalização” dos apoios florestais, que deve merecer reflexão.

A proposta de regulamento do FEADER apresentada pela Comissão e as emendas propostas pelo Parlamento Europeu antecipam uma boa cobertura das necessidades de apoio ao sector florestal europeu. Na minha leitura, os apoios para os in-vestimentos produtivos para a melhoria económica das florestas mereciam uma redacção mais esclarecedora do entendimento de Bruxelas sobre os investimentos elegíveis …

Todavia, centrando-me em Portugal, na minha opinião, at-endendo à importância que o sector florestal tem na economia nacional (nomeadamente, nas exportações), para o emprego no meio rural e para o desenvolvimento e sustentabilidade dos ter-ritórios rurais, justificava-se a existência de um “position paper” florestal, com origem nos agentes da fileira florestal, quer ao nível da produção, quer ao nível da transformação. Um docu-mento de orientação, que reportasse ao Governo as principais preocupações e os factores críticos de desenvolvimento, bem como as oportunidades do sector florestal no curto e médio prazo e que afirmasse as expectativas do sector na preparação da nova medida florestal a inscrever no PDR 2014-2020.

Miguel Galante (Eng. Florestal)

A floresta no novo PDROPINIÃO

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As cidades de Viseu e Lisboa receberam três dezenas de participantes, oriundos de 13 países da Europa e resto do Mundo, no Curso Mundial de Dirigentes Associativos da Diáspora, evento organizado pela Confraria de Saberes e Sabores da Beira “Grão Vasco”, com o Alto Patrocínio do Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas. A abertura oficial do evento ocor-reu no auditório do IPDJ de Viseu e contou com o Almoxarife da Confraria, José Ernesto Silva, o Secretário de Estado das Comu-nidades Portuguesas, José Cesário, o presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas, Natália Mendes, em representação do IPDJ de Viseu, bem como os representantes do Instituto Politéc-nico de Viseu e da Entidade Regional de Turismo do Centro.

Os participantes tiveram ocasião de realizar diferentes visi-tas de trabalho a algumas instituições (Câmara Municipal de Vi-seu, Instituto Politécnico de Viseu, Associação Juvenil e Cultural

Chama-se Schlafen im Weinfass e é um alojamento construído num conjunto de bar-ris de vinho gigantes com vista para as vinhas da Floresta Negra alemã. O alojamento é for-mado por cinco quartos, situados numa quinta da aldeia de Sasbachwalden, uma pequena comunidade conhecida pela produção de vin-hos e processamento de madeira.

Os quartos, cujo nome lembra o tipo de vinho que foi armazenado em cada um dos barris de carvalho, foram cuidadosamente restaurados para este efeito, têm aquecimen-to, o que permite a estadia também durante o Inverno. São acompanhados de uma casa de banho, um pequeno jardim rochoso, flores e um banco exterior. Os barris foram colocados em local estratégico, permitindo usufruir das incríveis paisagens de colinas verdes de que Sasbachwalden goza.

Em cada barril existe uma cama de casal, embora possa ser separada em duas de solteiro, se assim for pedido. Uma cesta de doces alemães é também oferecida à che-gada dos hóspedes.

Este hotel disponibiliza ainda promoções permanentes. Uma delas consiste no aloja-mento de uma noite para duas pessoas, com direito a pequeno-almoço, uma cesta com queijo, salsichas e vinho – tudo por 176 euros.

Green Savers

Com vista para as vinhas da Floresta Negra,

Hotel foi construídoem barris de vinho gigantes

Evento organizado pela Confraria de Saberes e Sabores da Beira

Dirigentes associativos da Diásporareuniram em Viseu e Lisboa

“Adamastor”, Quinta de Lemos, Associação de Vila Chã e Asso-ciação de Passos de Silgueiros), onde tiveram contacto com dif-erentes realidades e experiências, conhecimento e informação diversa, que os deixou muito entusiasmados pelas ferramentas e conhecimentos que poderão pôr em prática nas comunidades dos diferentes países de onde são oriundos.

O sentimento dos participantes foi muito positivo, indo de encontro àquilo que são os objectivos propostos para este evento, nomeadamente dotar estes dirigentes associativos da diáspora de ferramentas e competências que lhes permita po-tenciar os projectos e as iniciativas das associações a que pert-encem, estimular a participação e, sobretudo, reforçar a ligação a Portugal. Deste encontro estão já, inclusivamente, a surgir projectos e desafios que serão concretizados posteriormente.

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36 www.gazetarural.com 37www.gazetarural.comFICH

A TÉ

CNIC

AÚLTIMASÚLTIMASAno VI - N.º 196

DirectorJosé Luís Araújo (CP n.º 7515)[email protected]

EditorClasse Média C. S. Unipessoal, Lda.

RedacçãoLuís Pacheco

Departamento ComercialFilipe Figueiredo

Delegação LisboaJoão Silva

OpiniãoPedro PimentelMiguel Galante

Correspondente em BejaTeixeira Correia

Correspondente em SetubalRaúl Tavares

Apoio AdministrativoJorge Araújo

RedacçãoLourosa de Cima - 3500-891 Viseu

Telefone232436400 / 968044320Fax: 232461614E-mail: [email protected]: www.gazetarural.com

ICS - Inscrição nº 124546

PropriedadeClasse Média - Comunicação e Serviços,Unipessoal, Limitada

AdministraçãoJosé Luís Araújo

SedeLourosa de Cima - 3500-891 Viseu

Capital Social5000 Euros

CRC Viseu Registo nº 5471

NIF 507021339

Dep. Legal N.º 215914/04

Execução GráficaSá Pinto Encadernadores - Telf. 232 422 364E-mail: [email protected] - Viseu

Tiragem média mensalVersão Digital: 65000 exemplaresVersão Impressa: 2500 exemplares

Nota: Os textos de opinião publicadosSão da responsabilidade dos seus autores

BREVESBREVESIntrodução

No seguimento da estratégia da ecologia e valor a Verallia Portugal passou a identificar todos os produtos da gama ECOVA com a gravação do respectivo símbolo no fundo de cada modelo.

A gama ECOVA jà se deu a conhecer e revelou todas as suas mais-valias em termos de produto e sustentabilidade. Assim, para reforçar a sua posição no mercado e rápida identi-ficação, todos os produtos ECOVA produzidos pela Verallia Portugal têm no fundo o símbolo representando o infinito, gravado no vidro. Deste modo, a empresa revela uma “ECOVA At-titude” baseada no design, na qualidade, no meio ambiente e na inovação.

A Verallia Portugal dinamizou o Concurso “Escolas Amigas do Vidro”

A Verallia Portugal promoveu nos meses de Outu-bro 2012 e de Novembro de 2012, o Concurso “Esco-las Amigas do Vidro”, que reuniu 432 trabalhos oriun-dos das escolas do 1º Ciclo do Conselho da Figueira da Foz. De facto, os alunos puderam participar de maneira a promoverem o vidro e os seus benefícios através de trabalhos fotográficos, manuais ou desen-hos. A originalidade, criatividade e dinamismo por parte dos alunos foram notórios e os professores tor-naram este Concurso ainda mais pedagógico na me-dida em que a importância e benefícios do vidro e da

reciclagem para o planeta foram abordados. O júri revelou alguma dificuldade em escolher os 3 primeiros prémios devido à elevada qualidade dos trabalhos enviados para este Concurso.

Com este Concurso, a Verallia Portugal demonstrou estar próxima da comunidade envol-vente procurando dinamizar atividades educativas para diversas faixas etárias.

A Casa Remondes de Alfândega

da Fé, decidiu dar uma embalagem de qualidade e prestígio ao seu Azeite Re-mondes, tendo escolhido a marca Se-lective Line para dar todo o glamour ao produto. De facto, o Azeite Remondes é um azeite virgem extra de qualidade superior. Desde 1935 que esta empresa de olivicultores se dedica a produtos que marcam a diferença no mercado, sendo que agora, para além do produto, a visi-bilidade é dada através do topo de gama e da garrafa Moonea da Selective Line.

Presidente da CAPdiz que “exportações

estarão em risco”se economia continuar

“a afundar”O presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal

(CAP), João Machado, afirmou que “as exportações estarão em risco” se a economia portuguesa continuar “a afundar”.

Destacando que a agricultura é um sector que “tem investi-do nos últimos anos, que tem criado emprego, que tem crescido ao contrário do resto da economia, que tem exportado cada vez mais”, João Machado alertou que, com a economia a “afundar”, “as exportações também estarão em risco”.

“Para a agricultura (...) é doloroso ver que a economia se está a afundar e que todo o esforço que os agricultores estão a fazer pode estar em perigo porque a economia está a afundar e, sem consumo interno, não haverá nenhum milagre, isso é uto-pia”, disse João Machado aos jornalistas, após uma reunião com o secretário-geral do Partido Socialista.

Projecto educativodo museu mostra “Ciclodo Pão” em Aljustrel

Está patente ao público até ao dia 24 de Março no Museu Municipal de Aljustrel a exposição “O Ciclo do Pão”, mostra que pretende apresentar às crianças e alunos do pré-escolar e 1º ciclo do ensino básico, mas também ao público em geral, todo o processo tradicional de confecção do pão, desde a semen-teira, até à moagem do trigo e transformação da farinha, ingre-diente essencial no fabrico do mesmo e base da alimentação alentejana.

Esta exposição está integrada no Projecto Educativo do Museu intitulado “Do Grão ao Pão”, iniciado no mês de Outubro.

De Realçar que, no âmbito deste projecto, de 14 de Janeiro a 5 de Fevereiro foi apresentado nas bibliotecas escolares do concelho, um teatro de fantoches baseado no conto de Cris-tina Quental e Mariana Magalhães, intitulado “O Ciclo do Pão”.

Semana Gastronómicado Galo 2013 em Barcelos

Vai decorrer em Barcelos, nos fins-de-semana de 8 a 10 e de 16 e 17 de Março, a Semana Gastronómica do Galo – Sab-ores com Tradição 2013, a que aderiram 32 restaurantes do concelho, que vão servir os pratos tradicionais ligados ao galo.

O galo será confeccionado de diversas maneiras, con-soante o restaurante: galo assado na forca, de churrasco, estu-fado com ervilhas, à lavrador, no forno com recheio de castan-has, na púcara, à peregrino, recheado, na caçarola, peito de galo, entre outras variedades.

Nos restaurantes de Tomar

XXIV Mostrada Lampreia decorreaté 10 de Março

Os restaurantes do concelho aderentes à iniciativa voltam a mostrar porque é que cada vez mais pessoas se deslocam propositadamente a Tomar para comer lampreia. Pescada na zona e temperada à moda local, nalguns casos confeccionada como em mais lado nenhum, inclusive em sopa, em paté ou em empada, no arroz de cabidela como é tradicional ou vis-tosamente empratada para surpresa e delícia de muita gente, a lampreia pode ser degustada em todos os restaurantes ad-erentes.

E para quem mesmo assim não vá em conversas, há sempre a lampreia de ovos, essa mais consensual, servida em doses in-dividuais não só nos restaurantes, mas também nalgumas das melhores pastelarias da cidade.

Promovida pela Associação Interna-cional de Estudantes de Agricultura

UTAD recebe VII Jornadas Internacionais de Suinicultura

A Associação Internacional de Estudantes de Agricultura da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (IAAS - UTAD) vai realizar nos dias 15 e 16 de Março de 2013 as VII Jornadas Inter-nacionais de Suinicultura.

Ao longo dos dois dias, as jornadas serão organizadas em sessões que irão abordar temas como a nutrição, ambiente, re-produção, maneio, bem-estar animal, instalações e equipamen-tos e sanidade animal, para além de uma Mesa Redonda com o tema a definir.

Com a realização destas jornadas “pretendemos fomentar a troca de ideias e conhecimentos entre a comunidade científica nacional e internacional, estudantes universitários, empresários e produtores nesta área. É nossa pretensão que estas Jornadas constituam um importante fórum de debate e reflexão sobre os problemas e ânsias com que se debate o sector”, revela a or-ganização.

As VI Jornadas Internacionais de Suinicultura foram um grande sucesso e contaram com a presença de mais de 300 participantes, O objectivo da organização passa por repetir o número de inscritos das últimas jornadas “se não mesmo su-perá-lo”.

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“Espaço Verallia Portugal”

Introdução

No seguimento da estratégia da ecologia e valor a Verallia Portugal passou a identificar todos

os produtos da gama ECOVA com a gravação do respectivo símbolo no fundo de cada

modelo.

Símbolo ECOVA gravado no fundo das garrafas

A gama ECOVA jà se deu a conhecer e revelou todas as suas mais-valias em termos de

produto e sustentabilidade. Assim, para reforçar a sua posição no mercado e rápida

identificação, todos os produtos ECOVA produzidos pela Verallia Portugal têm no fundo o

símbolo representando o infinito, gravado no vidro. Deste modo, a empresa revela uma

“ECOVA Attitude” baseada no design, na qualidade, no meio ambiente e na inovação.

A Verallia Portugal dinamizou o Concurso “Escolas Amigas do Vidro”

A Verallia Portugal promoveu nos

meses de Outubro 2012 e de

Novembro de 2012, o Concurso

“Escolas Amigas do Vidro”, que reuniu

432 trabalhos oriundos das escolas do

1º Ciclo do Conselho da Figueira da

Foz. De facto, os alunos puderam

participar de maneira a promoverem o

vidro e os seus benefícios através de

trabalhos fotográficos, manuais ou

desenhos. A originalidade, criatividade

e dinamismo por parte dos alunos foram notórios e os professores tornaram este Concurso

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“Espaço Verallia Portugal”

Introdução

No seguimento da estratégia da ecologia e valor a Verallia Portugal passou a identificar todos

os produtos da gama ECOVA com a gravação do respectivo símbolo no fundo de cada

modelo.

Símbolo ECOVA gravado no fundo das garrafas

A gama ECOVA jà se deu a conhecer e revelou todas as suas mais-valias em termos de

produto e sustentabilidade. Assim, para reforçar a sua posição no mercado e rápida

identificação, todos os produtos ECOVA produzidos pela Verallia Portugal têm no fundo o

símbolo representando o infinito, gravado no vidro. Deste modo, a empresa revela uma

“ECOVA Attitude” baseada no design, na qualidade, no meio ambiente e na inovação.

A Verallia Portugal dinamizou o Concurso “Escolas Amigas do Vidro”

A Verallia Portugal promoveu nos

meses de Outubro 2012 e de

Novembro de 2012, o Concurso

“Escolas Amigas do Vidro”, que reuniu

432 trabalhos oriundos das escolas do

1º Ciclo do Conselho da Figueira da

Foz. De facto, os alunos puderam

participar de maneira a promoverem o

vidro e os seus benefícios através de

trabalhos fotográficos, manuais ou

desenhos. A originalidade, criatividade

e dinamismo por parte dos alunos foram notórios e os professores tornaram este Concurso

Espaço Verallia Portugal”

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ainda mais pedagógico na medida em que a importância e benefícios do vidro e da

reciclagem para o planeta foram abordados. O júri revelou alguma dificuldade em escolher os

3 primeiros prémios devido à elevada qualidade dos trabalhos enviados para este Concurso.

Com este Concurso, a Verallia Portugal demonstrou estar próxima da comunidade

envolvente procurando dinamizar atividades educativas para diversas faixas etárias.

Azeite Remondes na garrafa Moonea da Selective Line

A Casa Remondes de Alfândega da Fé, decidiu dar uma embalagem de qualidade e

prestígio ao seu Azeite Remondes, tendo escolhido a marca Selective Line para dar

todo o glamour ao produto. De facto, o Azeite Remondes é um azeite virgem extra de

qualidade superior. Desde 1935 que esta empresa de olivicultores se dedica a produtos

que marcam a diferença no mercado, sendo que agora, para além do produto, a

visibilidade é dada através do topo de gama e da garrafa Moonea da Selective Line.

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Sob o lema “Mirtilo – uma jane-la de oportunidades”, tem lugar no próximo dia 9 de Março, no auditório da aula magna do Instituto Politéc-nico de Viseu, uma jornada dirigida a produtores e potenciais interessados na produção de mirtilo.

A iniciativa é promovida pela Di-recção Regional de Agricultura e Pescas do Centro (DRAPC), Escola Superior Agrária de Viseu (ESAV), Confederação Nacional das Coopera-tivas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal (CONFAGRI), Associação para a Gestão, Inovação e Moderni-zação do Centro urbano de Sever do Vouga (AGIM) e Espaço Visual.

Pretende-se, com estas jornadas, abordar aspectos relacionados com os paradigmas da produção, os es-trangulamentos ao nível da implan-tação, rega, fertilização, colheita e outros. A abordagem estará a cargo de Juan Carlos Rubio, um reputado es-pecialista espanhol, com larga exper-iência técnica e de produção.

Será apresentada, também por Francisco Correia, da DRAPC, a cara-cterização dos investimentos em mirtilo na região Centro. Esta realidade ajudará à discussão e debate da mel-hor estratégia para a logística da pós-colheita e comercialização.

Haverá uma mesa redonda com os principais players da comercialização, que apresentarão as suas entidades e indicarão as respectivas regras para a colheita, controlo de qualidade e comercialização.

Esta jornada culminará num painel sobre as perspectivas da comerciali-zação. Será apresentada por Marta Batista, da CONFAGRI, a mais-valia das organizações de produtores, na estratégia da comercialização dos mirtilos. Por outro lado Lurdes Barata, da CASES, dará a perspectiva do co-operativismo como alternativa a con-siderar na valorização da produção.

A organização juntou um reputado grupo de comentadores, massa crítica desta fileira, que demarcará o debate, forçando a emergência de estratégias e soluções que farão do mirtilo “uma janela de oportunidades”.

Com a primavera a caminhar a passos largos, renasce com ela o brilho dos campos, que se começam a encher de cor com o florir das Amendoeiras, tornando as paisagens de Figueira de Castelo Rodrigo num espectáculo que vale a pena descobrir.

É a natureza em festa que convida a uma visita em família a esta região do Vale do Côa. Deste modo, até 10 de Março, sob o lema ‘Onde a primavera acontece mais cedo’, o Município de Figueira de Castelo Rodrigo leva a cabo a Festa da Amendoeira em Flor, apresentando, para o efeito, um cartaz bastante diversi-ficado, com actividades culturais e desportivas, artesanato, bem como o ‘Mercado da Amendoeira em Flor’, que pretende promo-ver os produtos do Concelho.

A Festa da Amendoeira em Flor é o cartaz turístico mais antigo da região, contando já com 72 anos de existência, recebendo milhares de visitantes anualmente, que procuram, nestas terras de Riba – Côa, a natureza em todo o seu esplendor. É esta natu-reza ímpar, aliada ao vasto património arquitectónico, à gastro-nomia e às gentes afáveis e hospitaleiras, que fazem deste conce-lho, um destino turístico de excelência. Um dos principais objecti-vos deste programa festivo é dinamizar todo o potencial turístico da região, numa tentativa de promover e divulgar ainda mais o concelho turisticamente, e de dar a conhecer os nossos produtos endógenos, o artesanato e a gastronomia de Figueira de Castelo Rodrigo.

Cartaz turístico mais antigo da região apela a uma visita

Figueira de Castelo Rodrigofesteja as Amendoeira em Flor

Dia 9 de Março na aula magna do Instituto Politécnico de Viseu

Mirtilo “uma janela de oportunidades” é temade jornadas

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