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Crateús-Ce. Terça-feira, 13 de janeiro de 2009 - Ano XII - N o 271 - R$ 2,00 www.gazetacrateus.com.br • e-mail: [email protected] Sob a presidência do vereador Márcio Cavalcante, a Câmara Municipal de Crateús deu posse aos dez vereadores eleitos, elegeu a Mesa Diretora e empossou o prefeito Carlos Felipe e o vice Mauro Soares. Prefeito comemorou com o povo no Ginásio Deromi Melo. Leia matéria completa nas páginas 6, 7 e 8 Contaminou a cidade e acirrou os ânimos de proprietários de terras no distrito de Queimadas, em Crateús, a notícia de que mais de oito mil hectares de terras pertencentes a diversos deles estão sendo reivindicados por comunidades que se dizem “quilombolas”, com o reconhecimento do INCRA. Pág.05 A Câmara Municipal de Novo Oriente, no último dia 1º de janeiro, deu posse a Rodrigo Coelho Sampaio (Rodrigão) (foto) como prefeito daquele município, um gesto que se repetiu depois de 20 anos. Pág.04 No primeiro dia de 2009, o prefeito Odilon Silveira Aguiar (foto) e o vice Júlio César Costa Rêgo, eleitos em outubro de 2008, foram empossados em seus respectivos cargos pelo presidente da Câmara de Vereadores, Wellington Cavalcante, em concorrida solenidade abrilhantada pela ilustre presença do presidente da Assembléia Legislativa do Estado do Ceará, deputado Domingos Filho. Pág.04 O Rutilo Esporte Clube foi o palco da solenidade de posse do prefeito reeleito de Independência, José Valdi Coutinho (foto), de seu vice, Bezaliel Pedrosa e dos nove vereadores eleitos e reeleitos no pleito de 2008. A cerimônia ocorreu às 10 horas da manhã do dia 1º de janeiro, com expressiva presença de público, e foi presidida pelo vereador Francisco Diassis Vieira, que obteve maior votação. Pág.04 CÂMARA EMPOSSA VEREADORES, PREFEITO E VICE “QUILOMBOLAS” REIVINDICAM TERRAS EM CRATEÚS RODRIGÃO, APÓS 20 ANOS, COMANDA NOVO ORIENTE VALDI COUTINHO É “TRI” EM INDEPENDÊNCIA ODILON AGUIAR É O NOVO PREFEITO DE TAUÁ FESTA DA DEMOCRACIA Feliz Natal! Dona Antônia Saraiva Bezerra coloca a faixa de Prefeito de Crateús no filho Carlos Felipe Presidente da Câmara, Márcio Cavalcante dita o juramento para o prefeito Carlos Felipe e o vice Mauro Soares

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Edição Nº 271 - Terça-feira, 13 de janeiro de 2009

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Crateús-Ce. Terça-feira, 13 de janeiro de 2009 - Ano XII - No 271 - R$ 2,00

www.gazetacrateus.com.br • e-mail: [email protected]

Sob a presidência do vereador Márcio Cavalcante, a Câmara Municipal de Crateús deu posse aos dez vereadores eleitos, elegeu a Mesa Diretora e empossou o prefeito Carlos Felipe e o vice Mauro Soares. Prefeito comemorou com o povo no Ginásio Deromi Melo. Leia matéria completa nas páginas 6, 7 e 8

Contaminou a cidade e acirrou os ânimos de proprietários de terras no distrito de Queimadas, em Crateús, a notícia de que mais de oito mil hectares de terras pertencentes a diversos deles estão sendo reivindicados por comunidades que se dizem “quilombolas”, com o reconhecimento do INCRA. Pág. 05

A Câmara Municipal de Novo Oriente, no último dia 1º de janeiro, deu posse a Rodrigo Coelho Sampaio (Rodrigão) (foto) como prefeito daquele município, um gesto que se repetiu depois de 20 anos. Pág. 04

No primeiro dia de 2009, o prefeito Odilon Silveira Aguiar (foto) e o vice Júlio César Costa Rêgo, eleitos em outubro de 2008, foram empossados em seus respectivos cargos pelo presidente da Câmara de Vereadores, Wellington Cavalcante, em concorrida solenidade abrilhantada pela ilustre presença do presidente da Assembléia Legislativa do Estado do Ceará, deputado Domingos Filho. Pág. 04

O Rutilo Esporte Clube foi o palco da solenidade de posse do prefeito reeleito de Independência, José Valdi Coutinho (foto), de seu vice, Bezaliel Pedrosa e dos nove vereadores eleitos e reeleitos no pleito de 2008. A cerimônia ocorreu às 10 horas da manhã do dia 1º de janeiro, com expressiva presença de público, e foi presidida pelo vereador Francisco Diassis Vieira, que obteve maior votação. Pág. 04

CÂMARA EMPOSSA VEREADORES, PREFEITO E VICE

“QUILOMBOLAS” REIVINDICAM TERRAS EM CRATEÚS

RODRIGÃO, APÓS 20 ANOS, COMANDA NOVO ORIENTE

VALDI COUTINHO É “TRI” EM INDEPENDÊNCIA

ODILON AGUIAR É O NOVO PREFEITO DE TAUÁ

FESTA DA DEMOCRACIA

Feliz Natal!

Dona Antônia Saraiva Bezerra coloca a faixa de Prefeito de Crateús no filho Carlos FelipePresidente da Câmara, Márcio Cavalcante dita o juramento para o prefeito Carlos Felipe e o vice Mauro Soares

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2 Terça-feira, 13 de janeiro de 2009

[ Opinião ] [ Política ] [ Cidade ] [ Geral ] [ Cultura ] [ Sociedade ] [ www.gazetacrateus.com.br ]

GeralEditorialLivramo-nos da peste?

O termo ‘peste’ tem várias acepções além da de doença contagiosa. É tudo o que cor-rompe física e moralmente; coisa funesta ou perniciosa, excesso de tudo o que é pre-judicial ou danoso. Assim se define a gestão municipal que ora findou: uma peste que as-solou o município de Crateús durante quatro anos. Não há compará-la ou deixar de vê-la com olhos que não os da ver-dade. Estamos diante de uma página da história política de Crateús que se encerra pro-fundamente trágica, vacilante e sem brilho.

De que modo comentar apenas com a fragilidade da palavra humana fatos escabrosos, tão opostos às conveniências do decoro, que ocorreram com invulgar freqüência, às escâncaras, na administração finda?

Crateús tem sido a mais to-lerante das comunidades fe-ridas, abandonadas e desres-peitadas pelo poder público no supremo valor da pessoa humana, nos seus direitos e na busca da felicidade. Temos a crença de que todo direito implica numa responsabilida-de, toda oportunidade numa obrigação, toda propriedade num dever. Assim, acredita-mos que a lei foi feita para o homem, e não o homem para a lei, que governo é servo do povo e não seu senhor. Todos os conceitos de cidadania foram ignorados e negados aos cidadãos desta terra. Aqui foi urdido um complô contra a decência e contra a ética. Livramo-nos da peste?

“Nasce uma nova ordem de cousas. Começa agora nova era”. Tem início uma “Vida Nova” para Crate-

ús. Vamos procurar novos rumos para este município tardo e desorientado. Falta-nos a orientação tutelar de uma política sadia e de um prefeito empreendedor. Go-vernar não é assinar papéis, mas sentir e compreender. É uma gestão mais ativa, mais minuciosa e mais humana, capaz de solucionar os pro-blemas do município e as dificuldades de vida.

Uma nova era e uma nova ordem que nos inspirem confiança, que nos inspirem em tudo o novo significando mudanças, é o que Crateús espera da gestão que ora se inicia sob o signo da foice e do martelo e da estrela petista, tendo à frente o médico Carlos Felipe Saraiva Bezerra.

Aprendi, em discussões políticas, na velha mercea-ria de meu tio Juvenal, que Crateús era uma cidade de resistência. Que, soberana, não aceitava facilmente os desígnios dos caciques. Melhor dizendo, Crateús era uma cidade rebelde.

A recente eleição muni-cipal veio confirmar essa antiga hipótese. Crateús resiste. Não se entrega aos desmandos. Reage aos con-chavos e acordos de alcovas. Quando soa o momento, ela sabe construir a diferença. Mostra, com coragem, o rumo que deve escolher e seguir.

A vitória do candidato Carlos Felipe é a expressão desse sentimento em cores bem vivas. Agora, é hora de trabalhar.

Pelos jornais de Fortaleza, tomo conhecimento que ele fará da educação sua bandeira principal. Leio no blog do jornalista Eliomar de Lima algumas afirmativas de Carlos Felipe: “Educação se constitui, em termos práticos, uma prioridade

de gestão.”. Que vai apos-tar todas as fichas nesse setor, porque não entende desenvolvimento sem for-mação e capacitação do povo. Para ele: “educação é a principal arma contra os demais problemas.” Em sua óptica, quem tem acesso ao ensino, consegue resolver problemas, avançar e ser cidadão.

Concretamente, promete implantar o piso oficial para os professores. Assim se faz. Busca contatos com outras instituições e autoridades. Está no caminho certo.

Fico muito contente com a decisão do Prefeito de Crateús. Agora, é lutar, com o apoio dos dois que o cercam, na foto que ilustra a matéria - deputado fede-ral Chico Lopes e senador Inácio Arruda - para ver se conseguem uma Escola Técnica Federal ou mesmo uma Universidade para o Centro-Oeste... Crateús es-tava precisando de liderança jovem e corajosa.

A democracia tem essa benfazeja eficácia de trans-

formar abandono, irres-ponsabilidade, maus-tratos da coisa pública, em novas esperanças, em novos ca-minhos.

A sociedade que tanto fez e soube reagir, precisa continuar atenta e mobili-zada. Imagino que o gestor público necessita do conti-nuado apoio e empenho da cidade.

Crateús pode voltar a ser o que eu sempre escutava no Serviço de Auto-Falante “A Voz do Poty”. A sonora locução de Rodrigues Vale - o Goleiro - saudando a ci-dade: Bom dia, bela princesa do Oeste!

Que assim seja.(*) Médico e antropólogo.

Professor Universitário.

Artigo - Antonio Mourão Cavalcante (*)

Crateús tem jeito

CuidarConstruindo a Vida

Aprender a cuidar desenvol-vendo o dom da paciência é importante pra tudo que queremos realizar de bom. Precisamos ter paciência: pra compreender os ritmos e sentir nosso corpo, pra construir a estradas dos sonhos, pra estabelecer um caminho material, nos relacionar, aprender com a ciclicidade de todas as coisas...Precisamos saber cultivar o auto-amor, amar melhor

e também nos permitir ser cuidadosos (as). A impaciência estraga tudo. Sonhamos tantas coisas legais! Mas, infelizmente o imediatismo e a intolerância sabotam muitos projetos. Às vezes não damos nem tempo pra compreender o sentido dos obstáculos que surgem no caminho. Os obstáculos servem também como “situações-testes” pra aprimorarmos as metas... como se o Universo conver-

sasse com a gente. É assim também que podemos nos certificar do que queremos, pra seguir mais seguros pelo caminho certo.

Kitah – taróloga e astró[email protected]

BREVESPERFIL

Os prefeitos que tomaram posse na quinta-feira em mais de 5.560 municípios são na maioria homens com curso superior completo e idade entre 46 e 55 anos, segundo estudo da ONG Transparência Municipal. Apenas 8,99% são mulheres. Os homens são 91,01%, sendo que, do total, 37% têm idade de 46 a 55 anos, enquanto 32,36% têm entre 36 e 45. Pela pesquisa, 43,95% dos prefeitos têm curso superior completo, enquanto 26,32% concluíram o ensino médio e 7,26% o fundamental.

Representante em Fortaleza:Fernando Aguiar AlbuquerqueFone: (085) [email protected]

Projeto Gráfico e Diagramação:Fabrício [email protected]

Coordenação e Digitação:Tarcísia Souza

Conselho Editorial:Eduardo Aragão Albuquerque Jr.Sebastião Cesar Aguiar Vale

Assessoria Jurídica:Dr. José de Almeida Bonfim Júnior,OAB 15545 CE

Assessor para assuntos especiais:Francisco Oton Falcão JucáTel.: (85) 3254.5353 / (85)99812637Fax: (85) 3254.8000

Importante:As opiniões assinadas não refletem obrigatoria-mente o pensamento do jornal.

Assinaturas ou renovações:Fortaleza só valerão se feitas através de nosso

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Crateús:Assinatura anual R$ 50,00

Outras localiadadesAssinatura anual R$ 90,00Assinatura semestral R$ 50,00

Sebastião César Aguiar ValeEditor-Geral e jornalista responsávelMat. nº: 01227JP - CE [email protected]

M. Duarte da SilvaCNPJ: 06.327.640/0001-97Rua Cel. Lúcio, 569 - CEP 63700-000, Crateús-CeFone/Fax: (088) 3692.3810

Ortodontia, Ortopedia Facial e Implantodontia

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3Terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Fale com a redação: Tel.: (88) 3691.2006 - Fax: (88) 3692.3810 - E-mail: [email protected]

Opinião

Ouvi a frase acima ou-tro dia numa reunião de trabalho. Um colega advogado disse que, neste início de ano, esta era a frase que pretendia colocar no frontispício de sua luta cotidiana. A oração acima me atravessou a mente. Mais: grudou-se em minha alma.

Esta é a primeira crônica que lapido no alvorecer deste 2009. Obviamente, ao sentar para construí-la, me veio a locução do causídico: Resgatar o essencial!

Nestes tempos paradoxais - que alternam simulta-neamente momentos de límpidos horizontes e céus nebulosos, em que sobre uma aura de aparente prosperidade desce um raio de imensurável crise – o que nos toca buscar?

Extrair o óleo fino e aromático da árvore vital, recolher a seiva especial das coisas, apalpar a raiz fundamental de tudo. Eis o que, possivelmente, todos deveríamos fazer: colocar na ribalta as lições que essa quadra de inquietação reflexiva nos oferece.

Penso que, por sobre essa instabilidade financeira que atormenta os cole-tivos humanos de todos os matizes, palpita um desassossego civilizacional alimentado por razões muito mais profundas, cujas luzes só emergirão se nos dispusermos a ver o essencial. Este, à Saint Exupéry, só vemos bem com o coração.

Como abrir, então, as pál-pebras delicadas do núcleo que comanda a consciên-cia, sedia os sentimentos e produz as emoções?

Quais os meios para transitar por essa via que

destaca o semáforo azul da alegria duradoura?

Comprovado está que, tão importante quanto a saúde mental e/ou emocional, é a saúde espiritual.

O psicólogo pesquisador Lewis Andrews, após dez anos estudando a ligação entre espiritualidade e saú-de mental, concluiu que as pessoas que acreditam em Deus e adotam valores espirituais muito fortes são mais felizes, mais sadias e, na maioria dos casos, mais interessadas intelectual-mente do que as pessoas que não o fazem.

Segundo o Professor José Emilio Menegatti, “na hipótese de você não ser tão entusiástico, como eu, sobre o valor dos conselhos bíblicos, reco-mendo que se lembre do seguinte: de acordo com a Revista Fortune, 91% dos executivos-chefes das “500 Maiores” empresas do país aprenderam aparentemen-te seus valores éticos e morais nas mesmas fontes – na Bíblia e na igreja. Pelo menos todos eles alega-ram freqüentar igrejas protestantes, católicas ou sinagogas. Menos de 7% disseram que não tinham religião”.

Na visão do Professor Menegatti, a espiritualida-de gera em nós qualidades indispensáveis:

Humildade - Um dos princípios cristãos é a humildade. A razão é sim-ples: a humildade reduz o estresse. As pessoas humildes não acreditam que devam ter todas as respostas; conseqüente-mente, não precisam fingir ter essas respostas, o que reduz a ansiedade. Quan-do a ansiedade diminui, a felicidade aumenta. Esse sentimento certamente

melhora os seus relaciona-mentos. Afinal, ninguém gosta de se relacionar com um sabe-tudo. Com isso, seu número de amigos irá aumentar e sua felicidade também.

Amar ao próximo - “Ama-rás o teu próximo como a ti mesmo” (Mateus 22:29). Ajudar ao próximo por ra-zões puramente altruístas, sem ganhar nada, a não ser o prazer de prestar um favor ou praticar uma boa ação. As pessoas que só pensam em si desconhe-cem a alegria proporcio-nada pelo dar. Quem faz as coisas pelos outros sem visar ganho pessoal colhe grandes benefícios.

Saber perdoar - As pesso-as que não têm fé quase sempre guardam mágoas, ressentimentos, rancor e amargura em relação aos outros e raramente, ou nunca, têm paz de espí-rito. A solução para essa situação é o perdão, que é um grande auxiliador para as pessoas espiritualizadas, pois sempre estaremos nos relacionando com pessoas imperfeitas, assim como nós.

Gratidão – agradecer agrada o ser – já disse uma vez. Agradeçamos sempre, porque dádivas recebemos diariamente.

Fortalecimento da fé - Da mesma forma que uma poupança financeira pres-cinde à realização de um bom empreendimento eco-nômico, a reserva espiritual nos mantém firmes ante as intempéries da vida.

Somos uma construção de totalidade composta de corpo, mente e espíri-to. Resgatar o essencial é equilibrar essa tríade. As-sim, nos tornaremos seres melhores!

[CrônicadaCidade]No final da tarde do dia

19 de setembro de 2001, tomei posse como Secretário de Educação de Crateús. O auditório estava lotado. Os professores em luta por me-lhores condições de trabalho agrupavam-se em torno do MOVE – Movimento dos Educadores – um embrião do Sindicato dos Professores, que logo depois tomaria for-ma. Uma enorme e agressiva faixa à direita do palco sina-lizava o alto índice de tensão que orientava as relações entre os profissionais da educação e o comando da Secretaria. Ao falar, externei o interesse em inaugurar um modelo diferente de relacionamento, pautado no respeito mútuo e na construção de consensos possíveis, abstraindo bar-ganhas e cooptações. Nos meses seguintes, evoluímos para uma saudável e civilizada convivência, onde o diálogo permanente era uma marca.

A IMPORTÂNCIA DO DIÁLOGO

Política é, dentre outras, uma arte dialógica. A mais bela das ciências, que trata das questões da polis – ou, pela lição dos gregos, da cidade, da comunidade – a política está diretamente ligada à capacidade de articulação re-lacional entre representantes e representados. Digo isso a propósito do momento em que vive Crateús. Carlos Felipe é, desde primeiro de janeiro deste ano, o prefeito de todos os crateuenses. Plena de significados, sua ascensão ao topo da municipalidade carregou no alforje da trajetó-ria dois grandes desafios: um de verniz político e outro de natureza administrativa.

O DESAFIO POLÍTI-CO

Do primeiro se sobressaiu com galhardia. Através de uma costura coligacional bem feita, passou a imagem de que era o “novo” e derrotou as principais lideranças tradi-cionais do município – que, embora juntas, não estavam unidas e não conseguiram se libertar da atmosfera de saturação. Embora tivesse ingressado na política local através de um partido então dominante, o PSDB, Felipe logo dele se desvencilhou e filiou-se a uma agremiação sem qualquer tradição eleito-ral significativa no município, o PCdoB. Daí trabalhou um

acerto com outros partidos pequenos e granjeou o apoio do PT, detentor de espaços na máquina estadual e das rédeas do governo federal. Por conseqüência, ganhou o direito de exibir a grife de Lula, o mais popular político do País. Esse bordado, aliado a um vigoroso trabalho pes-soal de atendimento eficiente às pessoas, lhe garantiu a mais estupenda vitória da história eleitoral de Crateús.

O DESAFIO ADMI-NISTRATIVO

Passada a eleição, Felipe passou a lidar com o segun-do e mais expressivo desafio da sua vida como político: encarar os problemas admi-nistrativos de Crateús e apre-sentar soluções consistentes. Obter êxito nesse quesito é o obstáculo mais poderoso que deverá transpor. Todos os prefeitos que o antecede-ram ultimamente, em maior ou menor intensidade, fo-ram também eleitoralmente vitoriosos. Tropeçaram no aspecto administrativo. Qual o caminho, então? Inexiste receita pronta. Como disse o poeta, “o caminho se faz ao caminhar”.

INDICATIVO IUm indicativo, porém, há

que ser colocado: é difícil encontrar um gestor bem-sucedido que tenha obtido sustentabilidade na sua cami-nhada sem uma boa capaci-dade de articulação e diálogo. Primeiro, para conseguir a adesão interna, de funcioná-rios e colaboradores. Segun-do, para obter apoio externo e viabilizar os grandes projetos de cunho estruturante que o município reclama. Na seqü-ência, fazer o dever de casa: definir um curso (planejar), afinar o discurso (buscar uni-dade), alocar bem os recursos (humanos e financeiros) e não desviar o percurso (andar nos trilhos da lei).

INDICATIVO IIA abertura ao diálogo na

coisa pública desdobra-se, também, noutra faceta: a aceitação da crítica, que pode ser justa ou injusta. Ouvi, por exemplo, uma observação pertinente: “o prefeito fez uma campanha contra os ex-prefeitos e contra quem não era de Crateús. Hoje, na sua equipe, quem não é de fora esteve ligado aos ex-prefeitos. A única exceção é o Secretário

de Agricultura, que confirma a regra”. É óbvio que esse tipo de crítica não pode irritar o gestor. Ele não está errado em nomear pessoas doutros lugares ou que trabalharam em outras gestões, desde que sejam competentes. Equi-vocado ele estava quando transformou o discurso da aversão às pessoas de fora ou aos ex-gestores em ban-deira de campanha. O grande desafio de Crateús não é de separação, mas de superação, que pressupõe união.

INDICATIVO IIIA grande questão que se co-

loca para o Prefeito é: como dar efetividade ao discurso que inflamou de esperança toda uma população?! Que mecanismos vão ser ofere-cidos ao povo para que este tenha um controle das ações? Como demonstrar que os programas serão transparen-tes? Quais os instrumentos reais de participação popu-lar?

CÂMARANo episódio da eleição da

Câmara Municipal, o Prefeito saiu chamuscado. Entrou em bola dividida, quando não de-veria. Olvidou a lição de Jean Jacques Rousseau: “aquele que governa os homens não deve governar as leis, o que governa as leis não deve tam-bém governar os homens”. Quem se sobressaiu foi o vereador Márcio Cavalcante. Agiu habilmente. De ovelha negra do PSDB passou a ser cortejado como o único edil do partido. Dialogou bem com os demais colegas, articulou-se com as cúpulas partidárias e sagrou-se Pre-sidente de novo. Quando imaginavam que seria um político fadado a sentar-se numa cadeira isolada, abis-coitou o principal assento do Legislativo Crateuense. A sua postura independente vai exigir que o Executivo use de muito jogo de cintura para garantir a materialização do princípio da harmonia.

PARA REFLETIR“Posso não concordar com

nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las”. (Voltaire)

[Observatório]Júnior Bonfim

www.juniorbonfim.blogspot.com

SaboresCaseirosBALA DE CAFÉ

Marguê Freire

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“Resgatar o essencial”Júnior Bonfim

Ingredientes:04(Quatro) xícaras de leite.02(Duas) xícaras de café forte sem açúcar.04(Quatro) colheres (sopa) de manteiga. 04(Quatro) colheres (sopa) de farinha de trigo. 06(Seis) colheres (sopa) de mel. 02(Duas) gemas. 04(Quatro) xícaras de açúcar.

Preparo:Misture todos os ingredientes numa panela e leve ao fogo, mexendo de vez em quando até ferver. Mexa sempre até obter uma massa bem pesada, que se descola do fundo da panela. Jogue uma porção sobre uma superfície fria: ela deverá esfriar e se esparramar muito. Despeje a massa sobre uma superfície lisa - de preferência de mármo-

re - untada ou assadeira untada. Deixe esfriar. Corte em pedaços e embrulhe em papel impermeá-vel ou celofane. Dá 150 balas.

OBSERVAÇÃO: Para facilitar o corte das balas, passe a faca na farinha de trigo de vez em quando.(Fonte: Diário do Nordeste)

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4 Terça-feira, 13 de janeiro de 2009

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Regional

Informe Publicitário Tauá

Informe Publicitário Novo Oriente Informe Publicitário Independência

Reeleito, Valdi Coutinho vai para o 3º mandato

Odilon Aguiar é o novo prefeito de Tauá

Rodrigão, após 20 anos, volta a comandar Novo Oriente

Odontologia: novo profissional em Crateús

Secretariado de Rodrigão

O Rutilo Esporte Clube foi o palco da solenidade de posse do prefeito reeleito de Independência, José Valdi Coutinho(foto), de seu vice, Bezaliel Pedrosa e dos nove vereadores eleitos e reeleitos no pleito de 2008. A cerimô-nia ocorreu às 10 horas da manhã do dia 1º de janeiro, com expressiva presença de público, e foi presidida pelo vereador Francisco Diassis Vieira, que obteve maior votação.

Inicialmente, foram empos-sados os 09 vereadores que, a seguir, deram posse ao prefei-to e ao vice, respectivamente reeleitos.

Valdi Coutinho iniciou sua

carreira política como verea-dor, exercendo o mandato de 1993/1996. Foi eleito prefeito em 1996 e cumpriu mandato de 1997 a 2000. Em 2005, foi eleito pela segunda vez e, em 2008, foi reeleito para o 2º mandato consecutivo, e o 3º da sua carreira, que irá até 2012.

No seu discurso de posse, o prefeito Valdi Coutinho afirmou que o povo de Inde-pendência agiu inteligente-mente ao escolher a coligação eleita, pois tinha, com certeza, escolhido e reelegido os que tinham melhor propostas. Declarou que isto não lhe envaidecia; pelo contrário, cada vez mais era motivo de

aumentar a responsabilidade de administrar melhor, com muito mais critérios, otimi-zando os recursos e investin-do no essencial, ou seja: na promoção da saúde, educa-ção, cultura, esporte e lazer, além do social e moradia.

No primeiro dia de 2009, o prefeito Odilon Silveira Aguiar(foto) e o vice Júlio César Costa Rêgo, eleitos em outubro de 2008, foram empossados em seus respec-tivos cargos pelo presidente da Câmara de Vereadores, Wellington Cavalcante, em concorrida solenidade abri-lhantada pela ilustre presença do presidente da Assembléia Legislativa do Estado do Ceará, deputado Domingos Filho.

Antes da posse, foi celebra-da missa em ação de graças, na Igreja de São José e, às 21 horas, no Centro Administra-tivo José Fernandes Castelo, a ex-prefeita Patrícia Aguiar e o ex-Vice-Prefeito, Francisco Alves Passos, transmitiram os cargos, respectivamente, a Odilon e Júlio César, em evento que contou com ex-pressivo público. O prefeito Odilon Aguiar é advogado e tem 40 anos; seu vice, Júlio César, tem a mesma idade

e é engenheiro civil. Ambos estarão enfrentando o desafio de suceder a premiada gestão de Patrícia Aguiar.

A Câmara Municipal de Novo Oriente, no último dia 1º de janeiro, deu posse a Rodrigo Coelho Sampaio (Rodrigão) como prefeito daquele município, um gesto que se repetiu depois de 20 anos.

Rodrigão tomou posse juntamente com o seu vice, Godofredo Lima Vieira, que ocupou o mesmo cargo na gestão do ex-prefeito Valdecy Coelho, que não concorreu à

reeleição. Rodrigão retorna à Prefeitura com a proposta de administrar Novo Oriente para toda a população, sem discriminar seja qual for o partido. Aos 70 anos de idade, tem uma invejável carreira política: Em 1988 foi eleito prefeito pela primeira vez. Em 2002, elegeu Expedito Teixeira. Em 2006 elegeu o seu filho Nenen Coelho que foi reeleito em 2.000 e elegeu Valdecy Coelho em

2004. Em 2008 Rodrigão foi eleito novamente Prefeito de sua cidade, impondo uma maioria de 1.231 votos ao seu adversário.

Rodrigo Coelho Sampaio é homem simples e trabalhador, como tantos outros novorien-tenses. Mais uma vez o povo o escolheu para entregar-lhe o destino do município. Com certeza Rodrigão fará um bom trabalho, de par com a sua equipe de secretários.

A equipe de governo de Rodrigo Sampaio já se en-contra definida e constará dos seguintes nomes: Antônia Coelho Sampaio (Finanças); Agacy de Castro (Agricultura e Meio Ambiente); Chichi-

co Martins (administração); Elenilda S. Martins (Serviços Públicos e Segurança Patri-monial); Gerardo Bonfim (Obras e Infra-estrutura); Jaime Alexandre (Esporte e Turismo); Joana Martins

(Saúde); Lídia Maria Chaves (Assistência Social); Maria Sampaio Coelho Cavalcante (Educação); Neurismar Mi-guel N. Oliveira (Trabalho e Empreendedorismo).

Crateús é uma cidade em constante evolução nos mais diversos e especiali-zados segmentos da saúde, mormente na Medicina e na Odontologia, e isto é sinal positivo, indicativo de que todos estão cuidando melhor da saúde.A cidade recebe mais um competente profissional na área da Odontologia; trata-se do Dr. Antônio Teixeira

Cavalcanti Neto (foto), clínico geral e especializado em Endodontia (tratamen-to de canal), que acaba de montar consultório em Cra-teús, à Rua Santos Dumont, 363, no Centro da cidade.Dr. Antônio Teixeira é den-tista do Exército, servindo atualmente no 40º BI e, anteriormente, clinicou por dois anos na vizinha cidade de Independência.

Prefeito Rodrigo Coelho Sampaio e vice Godofredo Lima Vieira ladeados pelo dep. Nenen Coelho e ex-prefeito Valdecir Coelho

ORTOGRAFIAO acordo ortográfico (1990) a partir de 2009 vai mudar sistematicamente algumas regras.

Trata-se de uma mudança necessária, representando um perfil singular das palavras que terão a escrita alterada. O português é a terceira língua ocidental mais falada após o inglês e espa-nhol. As regrinhas vão atrapalhar um pouco. Vejamos: o acento diferencial permanece em “pôr”(verbo) em oposição a “por”(preposição); o acento deixará de ser usado para diferen-ciar “pára” (verbo) de “para”(preposição). Em Portugal, elimina-se o “h” inicial de algumas palavras, por exemplo “húmido”, passando a ser grafado como no Brasil “úmido”. Alguns cearenses, preocupados, desconhecendo as novas regras, pensando que a eliminação do ”h” fosse também para o Brasil, ficaram preocupados, senão,vejamos: “será que perdendo o “h” de homem vai ficar tudo mulher, omem”!

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5Terça-feira, 13 de janeiro de 2009

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CidadeSEBRAE encerra Programa Empreendedor Rural na Região

“Quilombolas” reivindicam terras em Crateús

Vítima de falência múltipla de órgãos faleceu na manhã do dia 30 de dezembro de 2008 , em Fortaleza, onde residia, Maria Gláucia Meneses Teixeira Albuquerque(foto), 55 anos, doutora em Educação, casada com o engenheiro Bismarck Albuquerque.

Gláucia era filha de Raimundo Cândido Teixeira (in memoriam) e da educadora Maria Delite de Meneses Teixeira, e deixa na or-fandade as filhas Ingrid e Érica. O corpo foi velado na residência de sua mãe, na Rua Dr. José Coriolano, na Praça da Catedral.

O sepultamento da Dra. Maria Gláucia Meneses Teixeira Albu-querque ocorreu na manhã, do dia 31. A morte da Dra. Gláucia causou imensa consternação no seio familiar, bem como no grande círculo de amizade nas cidades de Crateús e Fortaleza.

Contaminou a cidade e acirrou os ânimos de pro-prietários de terras no distrito de Queimadas, em Crateús, a notícia de que mais de oito mil hectares de terras pertencentes a diversos deles estão sendo reivindicados por comunidades que se dizem “quilombolas”, com o reco-nhecimento do INCRA.

A notícia causou surpresa e preocupa o fato de aquela zona rural de Crateús vir a se transformar numa zona de sérios e preocupantes confli-tos, porquanto as terras serão disputadas por proprietários documentados com escri-turas públicas, de um lado, e por supostos quilombolas sem qualquer raiz histórica, do outro.

QUILOMBO DE QUEIMADAS?

A História do Ceará, pelos seus principais historiadores, Antônio Bezerra de Meneses, Ismael Pordeus, Gustavo Barroso, Barão de Studart, Nertan Macedo, Dr. P. Thé-berge, Rodolpho Theóphilo, João Brígido e outros, não re-gistra a presença de escravos em nossa região, de senhores de escravos, donos de Casa Grande equipada com sen-zala, de objetos de suplício como o tronco, correntes, argolas para pescoço e pés, ferro de marcar, bem como a Vila de Príncipe Imperial jamais ostentou pelourinho,

o que era simbólico, onde ne-gros eram castigados à vista de todos. Não temos quaisquer registros, recibos de compra e venda de escravos, testa-mentos em que escravos eram objetos de herança, templos ou cemitérios destinados a negros cativos. Nada disso foi realidade por aqui. E se não foi, o que justifica a existência do “Quilombo de Queima-das”? O Cartório Bezerra do Nascimento, de Crateús, cuja origem é anterior ao próprio município, pois que guarda ainda processos de inventá-rio do início do Século XIX, quando o município ainda era Marvão, será a melhor fonte de pesquisa para contestação da pretensão de supostos “quilombolas”. Ademais, quem andar por Crateús, pela cidade ou pelo interior, vai se deparar com a dificuldade em encontrar negros nesta região, ao contrário do que se vê em Pernambuco, Bahia, Minas, São Paulo e Rio de Janeiro.

Enquanto isso, a história registra a Vila encravada numa região pobre, casti-gada por constantes secas, sem agricultura de produção, sem comercialização e, por tais características, inóspita e sem atrativos, quer pelas condições climáticas, quer pela dificuldade de água. Há registro apenas da Vila de Príncipe Imperial como zona de pastoreio, de criação de gado, que nunca necessitou

de mão-de-obra escrava, até pela inaptidão do negro a essa atividade. Aqui imperou a “grande pobreza da civili-zação do couro, dos fins do Século XVII ao Século XIX”. Além do mais, se a escravidão não chegou à fértil região da Ibiapaba, com clima e terras excepcionais, por que teria chegado a Crateús? Que se-gurança oferecia ao negro um quilombo nas Queimadas? De onde fugiam os negros para ali se acoitarem e como sobreviviam e se organiza-vam? Que outro quilombo tem história no Ceará?

Há muita coisa para ser esclarecida neste episódio de quilombolas em Queimadas, inclusive, as bases em que foi confeccionado o laudo antropológico, como e por quem foi preparada toda a documentação que “fundou”, de um dia para o outro o “Quilombo de Queimadas”. (CV)

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Cea-rá – FAEC, o SENAR – Ser-viço Nacional de Aprendiza-gem Rural, em parceria com o Sebrae/CE, estão encerrando o Programa Empreendedor Rural - PER. O curso com-posto de 14 módulos, sendo 03 da área comportamental, ministrados pelo consultor Ítalo Mourão Dias, e 11 da área técnica e de gestão, pela consultora Lourdenelle Ma-cedo Oliveira, abrangendo a chamada Região 10, formada por Tauá, Independência e Crateús, teve início em 04 de agosto e encerramento a 13 de dezembro de 2008, na cidade de Crateús com o módulo “O Empreendedor e

o seu Papel Social”. O treinamento, excelente

instrumento de estímulo ao Empreendedorismo Rural, trabalha a visão de merca-do e dos agronegócios e a montagem de um projeto de viabilidade econômica das propriedades rurais. Toma como base dados reais le-vantados das propriedades, dos participantes, no início do curso, e se encerra com a apresentação dos planos de negócios dessas propriedades, mostrando como se encon-tram os empreendimentos e o que pode ser melhorado a partir dos indicadores eco-nômicos e financeiros dos referidos projetos.

Essa metodologia desen-

volvida pelo SENAR do Estado do Paraná propiciará aos agropecuaristas infor-mações e conhecimentos e modernas técnicas de gestão, com foco no mercado e na comercialização dos produtos agropecuários. O resultado dessa ação de capacitação é considerado plenamente sa-tisfatório, já que a estimativa é a conclusão e a entrega de 35 projetos de fazendas da região, dos quase 60 empre-sários, alunos das turmas do PER, dos municípios de Tauá, Crateús e Independência. Os produtores da região de Crateús e Inhamuns estão de parabéns. (Por Alfredo José C. Alves – analista-técnico do Sebrae/CE)

Nota de Falecimento

Artigo - Francisco Soares Neto (Cabo Chico)

Porque e para que mudar

Mudar significa deslocar-se de um lugar a outro, substituir objetos, pessoas, paradigmas, idéias, processos. As mudanças podem causar grandes impac-tos na vida das pessoas ou ser quase imperceptíveis. Podem acontecer de forma rápida ou ocupar período histórico. Tam-bém podem ser conseqüências de decisão de uma ou poucas pessoas. Mas, existem mudan-ças que exigem o concurso de muitos e às vezes até de uma geração inteira.

O município de Crateús está vivendo um desses processos, onde observamos a presen-ça de várias manifestações que apontam no sentido de profundas mudanças. Já no processo eleitoral podemos ver um conjunto de forças popu-lares permeadas por diversos grupos sociais, desde simples trabalhadores urbanos e ru-rais, bem como, empresários, profissionais liberais, jovens, mulheres, segmentos religiosos, etc. conjugando esforços para eleger Carlos Felipe, prefeito deste município, e mais que isso, tornar vitorioso um con-junto de idéias que apregoavam

o compromisso com o desen-volvimento econômico, social, educacional e, acima de tudo, uma prática política assentada na convivência democrática, em padrões éticos capazes de aplicar o artigo 78 da Lei Or-gânica, a qual estabelece que a administração pública deva ter, como princípios basilares, a legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade dos atos. Outro aspecto que de-monstra inovação tem sido a forma de escolha da equipe gestora. É visível a liberdade que o prefeito tem para montar sua equipe. Não que o faça de forma solitária, individualista, autoritária; ao contrário, tem consultado sua base, segmentos e personalidades que não se enquadram na base partidária. A liberdade provém do fato de não está garroteado por par-tidos nem por interesses cor-porativos para lotear cargos e recursos do município. Obser-vamos que vários fatores estão se conjugando dialeticamente para que aconteça um grande avanço no desenvolvimento econômico, social e político do município. O prefeito tem cen-

trado seus esforços no sentido de focar as ações em três eixos principais: 1) elevar a qualidade dos serviços prestados à po-pulação, tendo como pilares a transparência no processo de gestão, qualificação e motiva-ção do servidor; 2) desenvolver e expandir o ensino superior e tecnológico; 3) construir obras de infra-estrutura hídrica, urba-nistas e estradas

Por fim, catalisando todos esses eixos, é imprescindível que se constitua mecanismos de participação popular para transformar propósitos em programa de governo, consig-nados no plano plurianual e nas leis orçamentárias futuras, num processo de grande debate com a sociedade e a Câmara, para que se estabeleça a atualização da Lei Orgânica, bem como, o plano diretor do município para dar ordenamento jurídico às mudanças pretendidas.

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6 Terça-feira, 13 de janeiro de 2009

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CidadeCâmara empossa vereadores, elege mesa e dá posse a Carlos Felipe e Mauro

Mesa Diretora

Interpretação e repercussão

Márcio Cavalcante

Surpresa na votação

Em sessão solene instalada às 09hs30min do primeiro dia de 2009, sob a presidência do vereador Antônio Márcio Cavalcante Soares, a Câmara Municipal de Crateús

empossou os 10 vereadores eleitos no pleito de 05 de outubro de 2008, a saber: Elisabeth Morais Machado (Betinha Machado), Antônio Luiz Lopes Mourão Júnior, Antônio

Márcio Cavalcante Soares, Antônio Jaime Sobreira Lima (Nego do Ben-to), Adriano Jorge Bonfim Ferreira (Adriano das Flores), Paulo Roberto Teles de Sousa, Manuel Conegundes

Soares, Francisco das Chagas Soares Apolônio (Bibi Apolônio), João de Deus Ferreira e José Lourenço Mar-tins Torres.

A solenidade da posse dos eleitos

ocorreu em clima de absoluta paz e cordialidade, sem registro de qual-quer dissonância ou de algo hostil à realidade do momento.

Tão logo empossados os edis, o presidente do Legisla-tivo, Márcio Cavalcante, deu continuidade à sessão para o procedimento da eleição da Mesa Diretora da Casa que, conforme o Regimento Interno, deu-se em votação aberta.

Duas chapas foram apre-sentadas para disputar a presidência do Legislativo Municipal. A chapa nº 1 (opo-

sicionista) foi formada por um grupo de três partidos po-líticos e encabeçada pelo edil Márcio Cavalcante (PSDB), com Conegundes Soares (DEM) na vice-presidência e Antônio Luiz Júnior (DEM) na segunda vice-presidência, e os vereadores João de Deus Ferreira, Bibi Apolônio e Pau-lo Teles, (os três do PMDB), respectivamente, na primeira, segunda e terceira secreta-

rias.A chapa nº 2, (situacionista)

que constou apenas de quatro participantes, foi encabeçada pela vereadora Betinha Ma-chado

(PR), a mais bem votada no pleito de 05 de outubro, tendo ao seu lado os edis Adriano das Flores, Nego do Bento e Lourenço Torres para preenchimento dos de-mais cargos.

Sobre a ocorrência deste fato, sem fazermos juízo de valor, constatou-se a reper-cussão negativa contra o edil estreante, quando muitos interpretaram como propo-sital aquele ato, em virtude de Lourenço haver ocupado uma secretaria na gestão do prefeito José Almir (PMDB), durante quase quatro anos e, por tal motivo quis, talvez, de-monstrar gratidão ao seu pro-tetor. Visto por este ângulo a ocorrência decepcionaria. Por outro lado, como partícipe da coligação que elegeu o pre-feito Carlos Felipe, denotaria

que o vereador teria cometido um ato de infidelidade, ao votar contrário à chapa que ele mesmo compunha. No entanto, tudo não deixa de ser objeto de opinião e especula-ção, quando uns crêem numa versão e outros na mesma não acreditam. Também, tem-se que levar em conta a advertência de Lourenço ao colega Bibi Apolônio, no ato da votação, para que este não votasse errado, acontecendo justamente o contrário: Lou-renço é que votou errado. Há ainda a considerar a consciên-cia e a retratação de Lourenço

feita de público, bem como o reconhecimento cortês do presidente do Legislativo, Márcio Cavalcante, ao não levar em consideração o voto que recebeu involuntária e inesperadamente, muito em-bora esta atitude não modifi-que o placar. Certo, porém, é que este fato passará para o folclore político de Crateús e juntar-se-á a outro ocorrido há 36 anos, (1972) na mesma Câmara Municipal, quando o vereador Dionísio Soares, votou contra si em episódio semelhante.

O presidente do Legislativo Municipal, Márcio Cavalcan-te, que já havia assumido a chefia da Casa, na legislatura passada, quando substituiu o ex-presidente João Fran-cisco Ferreira (Joãozinho) que renunciou o cargo em 1º de janeiro de 2008, volta a conquistar a presidência da Câmara por mais dois anos, (2009/2010) após exaustivo trabalho de costura política que sua habilidade conseguiu realizar.

Ao sentir-se reinvestido na presidência da Câmara cuidou de imediato, em consertar o erro do vereador Lourenço Torres, declarando que o mesmo havia votado errado e que ele Márcio não obti-vera sete votos. Em seguida declarou-se agradecido ao grupo de edis que o levaram à presidência da augusta Casa. Numa deferência aos seus pares e em atitude igualitária declarou que cada vereador tem o mesmo peso e a mesma

missão. Disse ter conversado com cada um, em particular, destacando ainda a reunião que manteve com a colega Betinha Machado, quando com ela tratou de episódios não esclarecidos durante a campanha eleitoral, momento em que todas as divergências foram sanadas. Adiante, em sua fala, falou de democra-cia e, em nome dela, levaria o Legislativo a ser parceiro do Executivo pelo bem de Crateús.

Dada como favorita para bater a chapa situacionista, por seis votos a quatro, na eleição da Mesa Diretora, a chapa encabeçada por Már-cio Cavalcante apresentou o inesperado placar de sete votos contra três, surpreen-dendo não apenas Márcio e os demais da chapa nº 1, mas,

de resto, três componentes da chapa nº 2 e a platéia que assistia àquela histórica sessão. A surpresa ficou por conta do voto do vereador Lourenço Torres (PT) que, no momento da votação, ao invés de assinalar com um X o nome de Betinha Machado, involuntariamente ou não, fez

o contrário, aplicou o X na chapa que elegeu presidente Márcio Cavalcante, elaste-cendo o placar para 7 X 3, resultado que ficou registra-do em ata daquela sessão. O vereador Lourenço Torres, após a contagem dos votos, fez pedido de desculpas pelo erro cometido.

Elisabeth Morais Machado (Betinha Machado)

Antônio Luiz Lopes Mourão Júnior Antônio Márcio Cavalcante Soares Antônio Jaime Sobreira Lima (Nego do Bento)

Adriano Jorge Bonfim Ferreira (Adriano das Flores)

Paulo Roberto Teles de Sousa Manuel Conegundes Soares Francisco das Chagas Soares Apolônio (Bibi Apolônio)

João de Deus Ferreira José Lourenço Martins Torres

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7Terça-feira, 13 de janeiro de 2009

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Posse de Carlos Felipe

Festa no Ginásio Discurso de Carlos Felipe

A vez de Zé AlmirO prefeito eleito Carlos

Felipe Saraiva Bezerra, antes de ser empossado no cargo, pelo presidente da Câmara Municipal, Márcio Cavalcante, compareceu à Catedral do Se-nhor do Bonfim, onde assistiu a uma missa solene celebrada em ação de graças pela vitória obtida e pelo sucesso da nova administração municipal. Por volta de 10hs45min adentrou a Câmara e tomou assento na Mesa Diretora juntamente como o seu vice Antônio Mauro Rodrigues Soares, onde também se encontrava o pre-feito José Almir para fazer-lhe a transmissão do cargo.

Carlos Felipe apresentou-se com uma postura de sereni-dade e aparência de cansaço,

em virtude da extensa agenda de compromissos. O vice-prefeito Mauro Soares, ocu-pando a tribuna da Casa do Povo, relembrou os oito anos que nela havia passado como vereador, e que esta vivência política havia se transformado em sólida base política que o elevou à condição de vice-prefeito de Crateús.

O prefeito Carlos Felipe, ao se dirigir aos presentes àquela solenidade, declarou que o futuro de Crateús estava em jogo, e recomendou que os vereadores não votassem por influência de caciques políti-cos e, nesse sentido, pediu o compromisso do presidente da Câmara Márcio Cavalcante. Na ocasião, narrou episódio

O prefeito eleito Carlos Felipe Saraiva Bezerra, antes de ser empossado no cargo, pelo presidente da Câmara Municipal, Márcio Cavalcan-te, compareceu à Catedral do Senhor do Bonfim, onde assistiu a uma missa solene celebrada em ação de graças pela vitória obtida e pelo sucesso da nova administra-ção municipal. Por volta de 10hs45min adentrou a Câma-ra e tomou assento na Mesa Diretora juntamente como o seu vice Antônio Mauro Rodrigues Soares, onde tam-bém se encontrava o prefeito José Almir para fazer-lhe a transmissão do cargo.

Carlos Felipe apresentou-se com uma postura de sere-nidade e aparência de can-saço, em virtude da extensa agenda de compromissos. O

O então ex-prefeito José Almir Claudino Sales ocupou a tribuna da Casa, de onde fez a entrega solene do cargo de prefeito ao médico Carlos Felipe, após a saudação aos vereadores, ao vice-prefeito, à sua própria mulher e à antiga professora Maggy Bonfim de Morais. Desejou sucesso e êxito ao novo prefeito. Alu-diu que Carlos Felipe precisa contar com a população de-sarmada do espírito de briga e que todos precisam vestir a camisa da colaboração, da paz, a camisa branca no Dia Mundial da Paz. Afirmou

que a Câmara será parceira e fará o seu papel. Fez votos de acerto ao novo prefeito e que este não viesse a passar pelas dificuldades que ele sofreu, e tivesse as condições de traba-lhar e trabalhar bem. Referiu-se aos mais de 24 mil votos obtidos por Carlos Felipe e ao peso dessa responsabilidade, e invocou a Deus para que ele não chegasse ao final do mandato da maneira como ele havia chegado. Encerrou sua fala afirmando que Felipe, hoje, era o prefeito de todos, e que o acerto do prefeito seria o acerto de todos.

O prefeito Carlos Feli-pe iniciou seu discurso no Ginásio, dirigindo uma sau-dação aos que de longe vie-ram para aquele momento, estendendo-a ao povo, aos trabalhadores, aos simples e comuns e aos políticos que ali se encontravam. Disse de sua vitória como a maior já vista nos Sertões de Crateús e dos Inhamuns, vitória da honra, da consciência do povo e da democracia. Deu-lhe o nome de “legitimidade”, que proporcionou o direito de exercer com grandeza, com moral e responsabilidade os destinos de Crateús. Citou o exemplo de pessoas humildes como padre Alfredinho, com quem conheceu a Bondade. De dom Fragoso, a força da ideologia e a fé, e ainda a figura do médico Fábio Landim. Neste momento, teve a voz embargada pela emoção. Com ele aprendeu o significado maior da cons-ciência profissional, da ética e do compromisso com a vida. Com ele aprendeu a sentir a dor e a tristeza. Uniu, pois, exemplos de três pessoas simples, todas comprometi-das com a vida, no sentido mais amplo.

Conclamou seu secreta-riado ao exercício da missão com dignidade, honestidade e muito trabalho. Aos vere-

adores, que não se subme-tessem ao jugo de caciques políticos e votassem com a consciência. Declarou estar consciente da responsabilida-de e da maior missão de sua vida, e reiterou sua crença no povo, na família, na ética, na dignidade e na vida. Invocou Deus para guiá-lo na difícil jornada e deu a certeza de que, juntamente com o povo, construirá o futuro tão espe-rado de sua terra – Crateús. Ao fim, agradeceu as ações políticas que se anteciparam ao seu mandato, nascidas de compromissos assumidos e cumpridos, destacando emendas parlamentares que garantiram a construção do Lago de Fronteiras, do CE-FET, da Praça Olímpica, etc. Ao final da sua fala, declarou a chegada da “Vida Nova para Crateús”, quando rece-beu os aplausos do povo.

em que um colega indagava os motivos que o tinham levado a deixar de lado a Medicina, onde se encontrava tão bem aquinhoado e desfrutando de alto prestígio, para enveredar na política, respondendo-lhe que, a razão que o levou à Me-

dicina foi a mesma que o levou a entrar na política. Declarou que naquele momento estava sendo escrita a nova página da política de Crateús. Exter-nou sua confiança na Câmara Municipal, pelo conhecimento que tinha de cada vereador.

Prefeito Carlos Felipe é empossado pelo edil Márcio Cavalcante, presidente do Legislativo Municipal

vice-prefeito Mauro Soares, ocupando a tribuna da Casa do Povo, relembrou os oito anos que nela havia passado como vereador, e que esta vivência política havia se transformado em sólida base política que

o elevou à condição de vice-prefeito de Crateús.

O prefeito Carlos Felipe, ao se dirigir aos presentes àquela solenidade, declarou que o futuro de Crateús estava em jogo, e recomendou que os

vereadores não votassem por influência de caciques políti-cos e, nesse sentido, pediu o compromisso do presidente da Câmara Márcio Cavalcante. Na ocasião, narrou episódio

Carlos Felipe e Mauro liderraram caminhada cívica da Câmara ao Ginásio Deromi Melo

Dona Antônia Saraiva Bezerra, Mauro Soares, prefeito Carlos Felipe, dep. estadual Lula Morais, dep. Chico Lopes e senador Inácio Arruda na festa da democracia

Carlos Felipe discursando no Ginásio

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8 Terça-feira, 13 de janeiro de 2009

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CidadeAtleta cria escolinhade futsal

Prefeito empossa o Secretariado

Aos 31 anos, em plena forma física e no auge da car-reira esportiva que adotou - o futsal - o atleta Jean Douglas Pinho Amâncio, crateuense de nascimento e amante de sua terra natal, possui um dos mais belos currículos esportivos nesse esporte que é bem brasileiro.

Pois, este jovem, que aprendeu aqui a dar os pri-meiros dribles e a fazer os primeiros gols, projetou-se, mercê de seu talento, no cenário esportivo estadual, nacional e internacional, defendendo, com denodo, raça e disciplina, as cores de 14 clubes, voltou para sua terra, sem abdicar da carreira. Aqui, ele acaba de lançar a “pedra fundamental” de um valoroso projeto – A Escolinha J 10 de Futsal. O evento foi realizado na noite de sábado, dia 3, na Quadra Esportiva do Colégio Sônia Burgos, com a presença de muitos convidados.

O projeto, em parceria com o Colégio Sônia Burgos, é destinado à faixa etária em cinco categorias: SUB 09 (Fraldinha) 08 e 09 anos; SUB 11 (PRÉ-MIRIM) 10 e 11 anos; SUB 13 (MIRIM) 12 e 13 anos; SUB 15 (INFAN-TIL) 14 e 15 anos, e SUB 17 (INFANTO) 16 e 17 anos.

Com a Escolinha J 10, Jean deseja, através do seu amplo conhecimento, proporcionar às crianças de Crateús e da região, o privilégio da apren-dizagem da arte de jogar

futsal, de forma organizada e coordenada, dispondo de todo o acervo de técnicas e táticas que o esporte exige.

TÍTULOS CONQUIS-TADOS

Na esteira de sua ainda não encerrada carreira, vale destacar que Jean possui 17 títulos de Campeão, desde o Intermunicipal de Crateús, ao SUMOV de Fortaleza, da Taça Brasil e da Liga Nacio-nal pelo Vasco da Gama-RJ e pelo Malwee de Santa Catarina, por clubes do Rio Grande do Sul, do Paraná e do Espírito Santo, e ainda sete títulos de vice-campeão. Jean Douglas possui ainda sete títulos individuais, ou sejam: Melhor Jogador do Intermunicipal (1997); Arti-lheiro do Campeonato Cea-rense (1999); Melhor Jogador e Artilheiro no Torneio de Macau-RN (1998); Melhor Jogador no Campeonato Capixaba (2001). Destaque do Campeonato Paranaense (2002) e Melhor Jogador da Equipe de Futsal da Rússia (2005).

Crateús, que inicia o ano de 2009 com uma nova ad-ministração municipal, sem dúvida, que terá vista voltada para os esportes e não deverá abrir mão do aproveitamento do talento do jovem Jean Douglas que, antes de ser uma glória para o futsal bra-sileiro, é também uma glória para Crateús.

A posse do secretariado do prefeito Carlos Felipe ocorreu em cerimônia reali-zada no Teatro Rosa Moraes, na manhã do último dia 02. Chamados pelo cerimonial, o prefeito ocupou seu lugar no centro da mesa. Em seguida, foram chamados os secretá-rios Francisco Elder Veras Leitão (Sec. de Governo); Raimundo Romildo Martins

Marçal (Chefia do Gabinete); Marcos Mota de Freitas (Sec. de Gestão Orçamentária e Financeira); Luiz Alberto Siqueira Campos (Sec. de In-fra-estrutura); Maria Luciene Moreira Rolim Bezerra (Sec. de Ação Social); Tarcísio Melo Rodrigues (Sec. de Desportos e Turismo); Francisco de Assis Bezerra Lima (Guarda Municipal); Odijas de Paula

Frota (Procuradoria-Geral do Município); Maria da Paz Ga-delha (Sec. de Saúde); Fran-cisco Carlos Soares Almeida (Sec. de Negócios Rurais, Urbanos e Meio Ambiente); Francisco Soares Neto (Sec. de Administração) e Antônio Avelar Macedo Neri (Sec. de Educação). Dos nomes acima citados, deixaram de comparecer o cel. Francisco

de Assis Bezerra Lima, que havia tomado posse na Guar-da Municipal minutos antes, e Francisco Elder Veras Leitão, que solucionava problema de última hora, da Prefeitura. Tomarão parte ainda na atual administração, em funções de subsecretários, Deoclides Machado e Aldo dos Santos e Sílvio Werta.

Falando aos presentes, o prefeito Carlos Felipe disse ser aquele dia, o segundo dia de vida nova para Crateús. Destacou a escolha pessoal de cada secretário sem qual-quer influência política, e que vai trabalhar com o que há de melhor no município. Aos novos secretários disse: “Somos intocáveis”, “Não

haverá corrupção”. Referiu-se, o prefeito, à biografia do secretário Marcos Mota, com sua experiência de 22 anos na auditoria do antigo Banco do Estado do Ceará (BEC) e outras funções de relevo que desempenhou desafiando a corrupção. Fez referência a cada novo secretário, desta-cando o currículo de cada

um e também as referências. Sobre o caso das licitações, disse de sua pretensão de eli-minar a corrupção no setor, e da economia que o município fará em suas compras, citando ainda a oportunidade históri-ca de enfrentar a corrupção. Referiu à merenda escolar e à utilização de produtos oriun-dos da Agricultura Familiar.

Citou a morosidade da admi-nistração anterior, que levou um ano para escolher um terreno para a construção da futura Policlínica, enquanto que, em Baturité, a construção já foi iniciada. Por fim, o pre-feito garantiu que a cidade de Crateús, na sua administração, passará para a história.

A FALA DO PREFEITO

Elder Veras Leitão

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9Terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Fale com a redação: Tel.: (88) 3691.2006 - Fax: (88) 3692.3810 - E-mail: [email protected]

Geral

Reconstruir o municípioSou acostumado a tratar do câncer das pessoas. Agora, vou tentar

tratar do câncer da corrupção da administração pública, do subde-senvolvimento regional, da miséria e da falta de oportunidade do nosso povo. (Carlos Felipe Saraiva Bezerra, prefeito de Crateús)

CriseÉ preferível comungarmos

com o otimismo do presidente Lula do que alimentar com o fel jorrado dos profetas do apoca-lipse ou de empresários opor-tunistas que tentam eliminar os direitos sagrados do traba-lhador. A crise não tem só uma natureza material e econômica,

mas uma dimensão psíquica e de ânimo. A tentativa de eter-nizar a crise é um ato insensato de antecipá-la e agravar os seus efeitos. Daí que a popularidade do Lula deriva de sua sensibili-dade de traduzir a alma do povo brasileiro: o eterno profissional da esperança. (Fernando Carta-xo – sociólogo)

Tipos de políticosNos dias de hoje, têm-se exemplos de agentes políticos que se

apropriam de dinheiro público por meio de emissão de notas fis-cais “frias” para justificar despesas não realizadas e de percentuais em processos licitatórios, assim como de parcela das verbas da assessoria de gabinete, conhecida essa última como “rachadinha” ou, “vômito”. (Jânio Pereira da Cunha – professor universitário e Mestre em Direito Constitucional)

Aí voa... Na meritória e cara ação de

cuidar dos nossos índios, a Fundação Nacional de Saúde contratou, com apenas uma em-presa de táxi aéreo de Rondônia, nada menos de 5.100 horas de

vôo. Isso corresponde a um avião voando dia e noite, sem pousar, durante mais de sete meses. Mais de um milhão de quilômetros, quase três vezes a distância da terra à lua, se for desses lentos. (Rangel Cavalcan-te – jornalista)

Comunicando

FORÇA POLÍTICA A FAVOR DA CIDADE

O capital político que se acolhe na liderança de Car-los Felipe precisa ser usado, por exemplo, na execução de um projeto para limpar o visual da cidade. Trata-se de uma ação que não pode mais esperar. É hora de a cidade limpar sua fachada e expurgar a parafernália de publicidade de mau gosto que a torna feia e poluída. É hora, pois, de se criar mecanismos que retirem o comércio que é pratica-do sobre as calçadas, no meio das ruas, em cima das praças. O caos de nossas ruas centrais denuncia uma cidade tomada de assalto, e que o poder público não consegue dar resposta às suas necessidades. Cidade que se pretende moderna é a cidade que garante os espa-ços públicos livres para que todos que assim o queiram possam usufruir.

CÓDIGO DE POSTU-RAS

O Código de Posturas Municipal é um conjunto de leis que regulamentam a vida da cidade, mas a sua existên-cia é ignorada por prefeitos e vereadores, ditos fiscais da cidade. Por sua vez, o Ministério Público, por tão desfalcado de representan-tes na cidade (apenas dois promotores), não consegue atender a demanda dos pro-blemas que lhe dizem res-peito. Crateús, de há muito, vive sem ordem e à margem

da Lei, no que concerne à aplicação da cidadania, vigilância às leis ambientais, poluição sonora e visual e à concessão de alvarás e licenças irregulares para funcionamento de ativida-des noturnas que ignoram o direito das pessoas.

MEIO AMBIENTEQuem se pretende a ser

bom prefeito deve ter a consciência de que jamais irá agradar a todos. Deve ter em mente que o “mal” se faz de uma vez e o bem aos pou-cos. O melhor caminho para agradar a maioria é perseguir a lei e aplicá-la para nivelar os cidadãos, para evitar que uns sejam mais iguais que outros. O meio ambiente, em Crateús, constantemen-te, é agredido pelos que se julgam mais iguais. Aqui, a Guarda Municipal atribuiu-se da concessão de licença a R$ 30,00 para o fecha-mento de ruas e ocupação de praças, para que nelas se realizem serestas e forrós e nelas se instalem mesas de bebidas. Desses ambientes emana a infernal música de mau gosto e a zoada que inferniza e deixa o cidadão sem dormir, qualquer que seja a idade. R$ 30,00 que “engordam” o cofre da Guarda, é o quanto custa o sossego do cidadão desigual, vítima da poluição sonora e da Lei do Silêncio. Aqui, cortam-se árvores pelo tron-co, para dar visibilidade a uma placa comercial, para que não se estacione carro

à sua sombra. Podam-se árvores, radicalmente, por esses e por outros motivos. A Praça da Estação é um cartão de visita negativo da cidade e a sua maior ver-gonha. Tudo o que é ruim para a cidade converge para aquele logradouro. Sujeira, poluição visual e sonora e apropriação de espaços públicos. Não demora: se o novo prefeito não retomar aquela praça, os donos de “dogões” requererão, cada um, usucapião dos espaços.

NEGO DO BENTO, O “INDEZ”?

Vereador Nego do Bento tomou conhecimento de que o ex-prefeito Zé Almir, durante almoço na Chur-rascaria Parque Recreio, em Fortaleza, havia confi-denciado a um conterrâneo que ele seria o “indez” da bancada de Carlos Felipe, tomando-se, no caso, “in-dez”, por coisa muito ruim, não gostou nem pouco. E rebateu: Indez é ele mesmo, que fez a pior administração da história de Crateús. É ele mesmo, afastado do poder por improbidade adminis-trativa e que não vai ter mais sossego, com a Justiça no calcanhar, não se sabe até quando.

IPTUUma das principais fontes

de renda do município é o IPTU – Imposto Predial e Territorial Urbano, que vem sendo cobrado sem obedecer aos devidos cri-

térios, sem a medição de imóveis e a definição da área construída dos mesmos. É necessária a aplicação de um estudo deste setor de arrecadação do município para fazer correções, elimi-nar injustiças, e implantar o alargamento da base de ar-recadação, com tarifas justas e accessíveis para que todos possam pagar. Necessário se faz a presença de um espe-cialista em tributação, para que também seja alargada a base de contribuintes do ISS – Imposto Sobre Serviços, tão sonegado na cidade.

NOVOS SECRETÁ-RIOS

Cada novo secretário mu-nicipal deve procurar “estar por dentro” de tudo o que se passou na gestão de seu antecessor, vasculhando li-citações de obras, empresas, fornecedores, pagamentos e, sobretudo, notificar o patrimônio recebido. Des-de o Gabinete do Prefeito até o último departamento, cada titular deve ter a noção exata daquilo com que está lidando. O ritmo de trabalho é outro, e outra é a visão de comando. Que nenhum dos novos permita a continui-dade de tantos erros enrai-zados e imprima a marca e o seu jeito de comandar. A melhor maneira de detectar irregularidades e não repeti-las, é rever as contas das secretarias através do CD do TCM, fácil de ser conse-guido, ano por ano junto ao Tribunal de Contas.

AdivinhemDepois de ganhar mais de R$ 1 milhão e pensão vitalícia pela co-

ragem com que combateu a ditadura bebendo uísque em Ipanema, o cartunista Ziraldo vendeu os direitos de uma série de programas de televisão para a TV Pública por R$ 1.854.000,00. E adivinhem quem a TV estatal contratou para apresentar o programa, que se chamou “Ziraldão”? O próprio Ziraldo, por mais R$ 150 mil. (Rangel Cavalcante – jornalista)

AplausosAos que compuseram as leis

por que se rege o País. Pois não é que Cláudio Orlando do Nascimento – o Ratinho-, con-denado a 23 anos, por haver tor-turado e morto o jornalista Tim Lopes, foi, agora, beneficiado com o regime semi-aberto? Agora, quem não gostou nada

disso foi o Cacciola, pois não esperava tomar champanhe na cadeia. Paciência, deixa de ser banqueiro (sem trocadilho), que tua vez chegará. Que mal fizeste, para tanta ferocidade? Emenda: O crime não compen-sa. Mas cometido no Brasil... (Carlos Augusto Viana – colu-nista político)

De volta ao póNo dia 26 de janeiro de 2008, o ator Fábio Assunção foi preso

pela Polícia Federal num apartamento de São Paulo, em companhia de um cidadão em cuja casa encontraram 70 gramas de cocaína. O ator negou que mexesse com drogas e divulgou uma nota dizendo o seguinte: “agradeço pela preocupação, mas apenas dei um depoimento num caso que corre em segredo de Justiça, sobre o qual não posso falar e que não me diz respeito diretamente”. Fábio Assunção poderia ter enfrentado a realidade. Continuou levando a sua vida e em novembro viu-se obrigado a abandonar as gravações da novela Negócio da China, partindo em busca de tratamento para o vício. (Elio Gaspari – jornalista)

Recomenda-se cau-tela

Claro que é importante a ma-nutenção do consumo, para que sejam mantidos os empregos e a economia continue crescendo. No entanto, o que não se pode é incentivar uma população que já está endividada a gastar aquilo que não tem. Por que aqui no Brasil, em especial na terrinha, onde as pessoas adoram manter

a aparência a todo custo, muita gente para continuar dando uma de bacana, vive pendurada no cheque especial e no cartão de crédito. Incentivar consumo, principalmente em final de ano, é muito perigoso, já que as pes-soas se sentem estimuladas a ir às compras. E além da recessão, o mês de janeiro é recheado de contas e impostos a pagar. (Re-gina Marshall – jornalista).

Pedro Fariseu era pro-prietário de um posto de gasolina em Fortaleza, e fornecia combustíveis para uma prefeitura do interior cearense que, a princípio, manteve os pagamentos em dia, mas, depois, enten-deu de relaxar. Promessa e conversa mole fizeram com que o dono do posto cortasse definitivamente o fornecimento de combus-tíveis. Conta pendurada, cobrança, promessa e coi-sa e tal deram motivo a que Pedro ameaçasse baixinho: “ Um dia, tu me paga, fela da gaita”.

Sucedeu que a ambulân-cia do município trouxe para Fortaleza um doente em estado muito grave, vindo este a falecer dentro do veículo. O motoris-ta, aflito, comunicou a morte ao prefeito, com

este ordenando-lhe a volta imediata com o defunto. O motorista disse-lhe que o tanque do carro tava na reserva. O prefeito, então, ordenou o reabastecimento no Posto de Pedro Fariseu. Ao encostar o carro à bomba o motorista contou a história da morte do doente, mas

Pedro negou-se a abastecer o carro. Telefonou outra vez ao prefeito contando a negativa do proprietário. O prefeito, então, ligou para Pedro e explicou a situação vexatória. Pedro continuou irredutível: não abasteço. Aí o prefeito perguntou se ele não pode-ria fornecer apenas 10 litros

de gasolina, que davam para ir até Pacajus, ao que Pedro respondeu: “ Olha, Marquim (era o prefeito), a única coi-sa que eu posso fazer para um velhaco da tua marca, é comprar dois quilos de sal pra o teu motorista salgar o defunto...

AfrouxandooRiso

Defunto salgado

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10 Terça-feira, 13 de janeiro de 2009

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Geral

Cuba tem um forte sig-nificado para o século XX. Significa rebeldia. Seu alinhamento á União Soviética num momento de explosão da guerra fria mudou a geopolítica americana em relação á América Latina. Assim, ao proteger as elites con-servadoras da região, com receio de nova Cuba, os EUA contribuíram para adiar o fortalecimento do mercado interno latino, preservando forte desi-gualdade social. Os refu-giados cubanos consegui-ram o boicote comercial áquela ilha, contra todos os princípios liberais da liderança americana, que o tornaram refém de sua lógica eleitoral, que não reflete a diversidade de

sua sociedade civil, mas a diversidade cultural. Os refugiados cubanos se apropriaram do colégio eleitoral de Flórida, con-seguindo desmoralizar o liberalismo como suporte ideológico do Império. Outros fatores de desta-que naquela pequena ilha são o carisma e a liderança de Fidel Castro. Na fase da guerra fria, ele se man-teve no poder a despeito das conspirações adver-sas. Na transição para um mundo multipolar, evita que migrantes cubanos voltem áquela ilha para liderarem a economia lo-cal. O papel do exército tem sido crucial para esse desfecho, os mais novos empreendedores. A aber-tura lenta e gradual para o

mundo globalizado, sob a liderança do irmão, Raúl, vem consolidando esse processo.

A América Latina vai recuperando o tempo per-dido para fortalecer seu mercado interno e incluin-do as massas no processo político de representação democrática. Pela 2ª vez as massas chegam á política. Na 1ª vez, as elites foram protegidas. Na nova fase, a democracia se institu-cionaliza. Cuba, servindo de símbolo e inspiração para parte das novas lide-ranças, é bandeira para o grito de independência da tutela política americana por parte de novas lide-ranças latinas. Simbólica, repito, e não econômica. Nesse comportamento

não há volta ao passado ideológico da guerra fria. O pragmatismo latino é evidente. No final de 2008, na reunião para a Inte-gração Latino-americana, na Bahia, Raúl Castro fez sua 1ª viagem internacio-nal, na esteira do apoio latino contra o boicote americano a Cuba. Um recado claro a Obama. Meio século se passou e o povo cubano espera ser incluído, via movimento pela integração latina, para ter espaço na nova ordem internacional. Cuba não é mais um calo, pois o império se retrai e a ge-ração cubana em Flórida envelheceu. A guerra fria acabou... A luta por um mundo mais justo e hu-mano continua.

“FÉRIAS NO CEARÁ” chega a Crateús

O Governo do Estado do Ceará, através da Secretaria de Turismo, dentro do projeto cultural FÉRIAS NO CEARÁ - Um Festival de Alegria - programou para Crateús dois mega-eventos culturais que ocorrerão na cidade nos dias 15 e 25 de janeiro.Dia 15, quinta-feira, estará se apresentando na Praça da Catedral, o pianista Arthur Moreira Lima, que figura entre os 10 maiores do mundo e o maior do Brasil. O artista, que percorre o País, através do projeto “UM PIANO PELA ESTRADA” é um dos maiores intérpretes dos clássicos Chopin, Beethoven e Mozart e, no Brasil é conhecido pelo o Pianista do Cho-ro. Apenas quatro cidades foram escolhidas para as apresentações de Arthur Moreira Lima e das bandas de Rock Jota Quest, Titãs, Biquíni Cavadão e Paralamas: Fortaleza, Ubajara, Crateús e Barbalha. No dia 25, dentro do mesmo projeto

do Governo do Estado, estará se apresentando em Crateús a banda J. Quest, uma das que, na atualida-de, fazem mais sucesso no Brasil.A inclusão de Crateús, cidade escolhida para apresentação destes dois mega-eventos culturais, é fruto do reconhecimento do Go-verno à seriedade da nova gestão municipal que ora se inicia.

O (des) acordo ortográfico (1)

Acordo ortográfico ainda gera incertezas

Cuba: a luta continua

Embora já tenha sido sancionado pelo presidente da República Portuguesa, o Acordo ainda não foi regulamentado por lá, o que significa que ainda não vigora na terra de Camões. Moral da história: começamos o baile sem a presença de um importantíssimo membro da orquestra. E existe a suspeita de que esse “músico” jamais comparecerá. É bom que se diga que até 31/12/2012 ninguém (no Brasil) está obrigado a cumprir as regras impostas pelo Acordo. Até lá, pode-se continuar com a escrita “velha” ou optar pela nova. E o que muda afinal? São três os itens: 1) o alfabeto; 2) os acentos; 3) o emprego do hífen.O alfabeto passa a incorporar o “k”, o “w” e o “y”, que tinham sido banidos na reforma de 1943. Passamos a ter, portanto, 26 letras. Quanto aos acentos, só há quedas, eliminações,

ou seja, nenhuma palavra que não tinha acento passará a tê-lo. Na verdade, há um meio caso (sim, meio caso) de acento “novo”: a palavra “forma” (com o “o” fechado, ou seja, como sinônimo de “molde”), que pela norma “antiga” não tinha acento, passa a ter circunflexo optativo. Sim, optativo! O acento vai ficar a gosto do freguês! Desde a zero hora da última quinta-feira, pode-se escrever “Preciso comprar uma forma de bolo” ou “Preciso comprar uma fôrma de bolo”. Haja criatividade!Pois bem. Que palavras perderão (ou já perderam) o acento? Vamos lá. Morre o acento agudo nos grupos “ei” e “oi” das palavras paroxítonas. Palavras como “geleia”, “assembleia”, “ideia”, “heroico”, “apoiam”, e “joia”, (que antes se escreviam com agudo no “e” e no “o”dos grupos “ei” e “oi”) passam a ser escritas sem

o agudo. O acento não morre nas oxítonas, por isso continuamos a acentuar “coronéis”, “dói”, “herói”, “anéis” etc. outro acento que morre é o dos grupos “ee” e “oo”, em palavras como “creem”, “deem”, “leem”, “veem”, “enjoo”, “voo”, “magoo”, etc. (Estou escrevendo a coluna, e o meu computador, avesso ás reformas, vai colocando acento em tudo que perdeu o sinalzinho. Pobre computador! Envelheceu da noite para o dia!) Mais um falecido: o trema. Na verdade, o trema entrou em coma, já que sua morte “definitiva” só se dará em 31/12/2012 (assim como a morte dos outros acentos). Muita gente acha que, com o fim do trema, o grupo “gui” de “lingüiça” será lido como o de “enguiça”. Nada disso! O trema morre, mas a pronuncia não muda.

Brasília. Em 1° de janeiro de 2009, o Brasil se tornou o primeiro país de língua portuguesa a adotar as novas regras ortográficas, enquanto no resto do mundo lusófono o acordo ainda está cercado de polêmica e incerteza. Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Portugal também já ratificaram o acordo, mas nenhum deles tem data marcada para implementar a nova ortografia. Os governos de Timor leste, Guiné-Bissau, Moçambique e Angola se dizem interessados em aprovar o acordo, mas ainda não o fizeram.

Segundo Godofredo de Oliveira Neto, presidente da Comissão de Língua Portuguesa, órgão ligado ao Ministério da Educação brasileiro, os outros países de língua portuguesa acompanham com atenção o inicio do acordo no Brasil, assim como situação em Portugal, e devem definir nos próximos meses como será feita a implementação das novas regras internamente. “A expectativa é de que todos os oito países tenham ratificado até a metade de 2009”, diz ele. A iniciativa do Brasil

de ser o primeiro país a colocar em vigor as novas regras ortográficas foi vista como “um impulso” aos demais países pelo ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Luís Amado.Apesar da reforma já estar em vigor na ordem jurídica internacional e de ter sido ratificada por quatro países, a polêmica sobre o valor do acordo ainda resiste. Em Portugal, uma petição com milhares de assinaturas pela suspensão do acordo está sendo avaliada pela Assembléia da República.

Josênio Parente Cientista político e prof° universitário

PONTO DE VISTA

Pasquale Cipro Neto

Dr Eliézio Torres MartinsORTODONTIA - CRO-CE: 2491

Dr Bruno Cavalcanti MartinsCIRURGIÃO-DENTISTA - CRO-CE: 4875

CRATEÚS: Rua Cel. Lúcio, 495 - Centro - Fone: (88) 3691.8050NOVO ORIENTE: Rua Cazuza Rocha, 56 - Centro - Fone: (88) 3629.1477E-mail: [email protected]

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11Terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Fale com a redação: Tel.: (88) 3691.2006 - Fax: (88) 3692.3810 - E-mail: [email protected]

Cultura

É salutar relembrar as boas coisas acontecidas no pas-sado. Em meio a muitas lembranças na área da edu-cação, registro na memória o Ginásio Pio XII que, em quatro décadas de profícua existência, foi responsável pela educação de milhares de jovens, concedendo à maioria deles futuro glorioso.

O Pio XII iniciou as ativi-dades, à época, com o curso ginasial, mudando, depois, para Colégio Pio XII, ca-pacitando-se para o ensino do segundo grau. Naquele tempo, os alunos que ter-minavam o ensino primário submetiam-se ao exame de admissão ao ginasial. Daí que, os que ingressaram no Pio XII foram testados através daquele exame.

Ao terminar o curso pri-mário, não frequentei o PIO XII, mas, por lá passaram, além de meus irmãos Aldenor e Izautônio Machado, meus filhos Izauro Neto, Betinha,

Eliane e Flaviana, em diferen-tes épocas. Através deles e de resultados positivos demons-trados ao longo do tempo, com o ingresso de alunos em concursos e vestibulares, pode-se avaliar a sólida base educacional conquistada na-quele educandário.

O Ginásio Pio XII foi fundado em março de 1958, pelo então vigário de Crateús, padre Bonfim.

Na solenidade de fundação estavam presentes, além do fundador do ginásio, autorida-des que primavam pela mag-nitude da educação em nossa terra, como os Drs. Samuel Lins e Claudino Sales, ten. Noé Rabelo, representando o 4º BEC, professores Luiz Bezerra e João Crisóstomo de Azevedo, (que escreveu a ata), e o então Prefeito Raimundo Resende, que cortou a fita simbólica.

As atividades do PIO XII iniciaram no antigo Patronato Senhor do Bonfim, na Rua

Francisco Sá e, no início da década de 1960, mudou-se para o então Salão Paroquial, na Rua Firmino Rosa, imóvel adquirido pelo padre Bonfim à Paróquia. Lá, permaneceu até o encerramento de suas atividades, em 1998.

Impossível citar nomes de alunos que por lá passaram, mas sei de muitos que contri-buíram para a educação em nossa terra, além do fundador e diretor padre Bonfim: Nilce Bonfim, secretária, Expedito Paiva, bedel, professores Rosa Morais, Rosa Virgínia, Crisóstomo Azevedo, Ele-nita Bezerra, Machadinha, as irmãs Toti, Joaninha, Socorro e Madalena Azevedo, Miriam Monteiro, Arquimedes, Zezé e Toinha Bonfim, Etim So-ares, Luzanira Aurélia, De-montiê, Dedé Loiola, irmãs Magui e Maria José Bonfim, Aurélia Soares, Lindalva de Carvalho, Lucineide Soares, Neide Nogueira, irmãs Diva e Luzanira Coutinho, Ana

Lins, Ciene Cruz, Maria da Glória, Avelar e José Neide, e Luiza (secretária nos últimos anos), e outros que voaram da memória.

O Ginásio e Colégio Pio XII, a exemplo da Escola Normal e Escola de Comér-cio, tornaram-se referências na educação em Crateús. Ajudaram a encaminhar para a vida milhares de jovens, muitos, residindo fora do torrão natal e desfrutando de privilegiadas situações, gente que, atuando nos mais diver-sos setores, contribuiu para o progresso desta Nação.

Esta coluna tem o patrocínio do crateuense Antônio Frederico Aguiar (Dodó Aguiar) e da família de João Crisóstomo de Azevedo.

Hermenegildo, urgente! Sar-cástico e irreverente, irônico, mordaz e inteligente, saudan-do a vida nova e a reestréia do onanista da internet que, por mandado calativo e supressivo judicial, data venia, ressanfoni-nou por um quarto de ano. É a volta do exilado cibernético. Lá vem ele, esbaforido, tra-zendo as novidades de 2005. Alô, canalha pôde! Feliz 2059 de chibata pra vocês. E tascou esta: Vou-me embora pra Shushuaia... Vai, avinagrado do gelo! Arriba daqui, quilom-bola da neve, forasteiro desco-nhecido do Cudum, currupto do Pio XII!!! Vai daqui, sibricu de avestruz, sacristão do Bel-zebu, e vai cuidar da doença do final do tubo digestivo! Vai pro Pólo Sul, carrapato de gambá, juntar bosta de baleia pra adubar o sertão! Traz num navio, que o preço tá bom.

E o prefeito Carlos Felipe acertou em cheio na escolha de nomes: Pra Saúde, Maria da Paz, Nossa Senhora Rainha da Paz. Pra dirigir São Lucas, chamou Zeus Perón: um deus grego e um ditador argentino. Um santo abaixo de um deus e um ditador. Pra administrar o hospital do Santo, escolheu IV

ONE. Reparando bem, são quatro romanos e um inglês. Ao invés de uma unidade, uma quinquindade: IVONE. Cinco homens distintos e uma só mulher verdadeira. Agora, vai!!!

E a Câmara, além de refor-mada e bonita, tá renovada. Betinha Machado vai reinar sozinha sem concorrente. O Adriano vai trazer todas as flores pra enfeitar a Casa; o Nêgo vai deixar tudo Bento. Na Comunicação, o Paulo fica com as Teles e o Lourenço com as Torres. O João de Deus continuará como papa e eterno secretário. O Bibi vai ficar no bibibi, buzinando o tempo todo, e o Conegun-des deve irradiar tudo para o Antônio Luiz. O Márcio, este sim, é um marciano que vai continuar amarciando a ve-readorzada, pra todo mundo ficar na marciota.

E este Hermenegildo, que tava “mais calado que uma quenga nas quaresmas de anti-gamente”, tá deitando falação nos mofados de 2005, pra não se submeter ao “julgo” das empresas chantagistas com “everestianas” dificuldades.

E nesta nova empreitada, se “olhar para trás virará estátua de sal feito Ló”, aquele que fa-zia o pão-de-ló de Abraão no Velho Testamento. E saibam todos que “estou escrevendo como comunista que não sou e nem nunca fui”. Não estou aqui como “um bando de cor-vos a entoar o Te Deum” nem como os “avinagrados”.

E um anônimo disse, quan-do lhe perguntaram sobre o voto do vereador Dionísio Lourenço Torres na eleição da Câmara: Home... Rapaz... Seu menino!!! Sei não... O que você achou daquela en-rolatriz? Home, eu num achei nada. Mas tem muita gente achando, num sei o que, num sei o que... Que aquele X tava muito alto ou muito baixo; que o home tava sem os óculos de perto, a mão tava tremendo de emoção, o pa-letó tava meio frouxo e o nó da gravata muito apertado; O Bibi fez bibibi, buzinando pra ele, e isso atrapalhou; os olhos do Conegundes pareciam os duma cobra verde no rumo da mão dele; o João de Deus apontou o X com o beiço porque o home se encandeou; o Márcio tava que nem trata-

dora de fato, com um olho na caneta e o outro no gato; aí o home fechou os olhos e disse: perdido por seis, perdido por sete a três; eu quero é ficar na história logo no primeiro dia. E sapecou o Xisão de Xaruto e de Xaropada em cima da cha-pa quente, que quase queima a mão. Mas, tem gente ainda, falando que aquilo foi num sei o que, num sei o que... Que foi uma equação mal resolvida no primeiro e segundo grau; que era pra ser 1+3+2=6 no pri-meiro grau, e 1+3+2-2+1=5, no segundo; que, pelo meio, tinha um cambirote saltando e cambalhotando; ontonce que, tem gente achando que é num sei o que, num sei o que... gente dizendo que tudo é supositório besta que pessoas desconfiadas querem introduzir nos outros. Mas, pelo sim e pelo não, muitos acreditam que aquele voto foi por num sei o que, num sei o que...

E vamos em frente, porque, num sei o que, num que sei o que vem atrás da gente. Ade-mã que vou em frente. Os cães latem, mas a caravana passa.

Ginásio e Colégio Pio XII

Lembro-me bem, eu era ainda adolescente. Chico Cabo-co, vaqueiro de Tobias Rezende, adoeceu de tétano. Pela primeira vez escutava o nome dessa terrível doença. Dr. Sales era médico novo na cidade e eu trabalhava na Far-mácia Aguiar, de Eduardo Albuquerque. Chico Caboco ficou numa casa pertinho da bodega de Pedro Severino, em cima de uma cama, com o corpo rígido e os dentes cerrados em tremores de frio.

Não vai escapar, diziam. Chico pegara o tétano do suor do cavalo em cima de um pequeno ferimento. É muito difícil, mas vamos tentar, disse Dr. Sales. Vá buscar estes remédios na farmácia, ordenou-me. Voltei com uma caixa cheia de remédios, aparelhos para injeção e soro, além de outros objetos.

Aplique esta injeção, disse-me Dr. Sales. Era o Soro Antitetânico do Instituto Pinheiros, numa dosagem forte. Junte agora estas três injeções e aplique no músculo do braço. Era um coquetel de Amplictil, Fenergan e Dolan-tina. Agora, prepare o Soro Glico-fisiológico. As injeções você aplica de oito em oito horas e o Soro é dia e noite.

No segundo dia, Chico apresentou melhora. As injeções relaxavam o corpo, induziam-no ao sono e, com certeza o anestesiavam das dores. E assim, aos poucos, ele venceu a doença. Ao lado de um bom médico, tinha um excelente patrão, Tobias Rezende, de saudosa memória que, pelo meu trabalho, presenteou-me com uma garrota. Este episódio se passou há mais de 50 anos e ficou gravado na memória. Bem que gostaria de saber se Chico Caboco ainda vive.

Há outro caso de tétano, do qual tomei parte ativa-mente. Creio que o fato se repetiu um ano depois do primeiro. O doente ainda está aí para contar a história. Trata-se de Gerardo Araújo, morador do Montenebo e, segundo fui informado, trabalha no cartório daquele dis-trito de Crateús. É filho de Divino Araújo, já falecido, e, à época, residia na Rua Cel. Lúcio, antes do Corte. Salvo engano, na mesma casa onde morou Cícero Pedrinho, ou vizinha à esta. Ele contraiu o mal depois que extraiu um dente. A medicação aplicada nele foi a mesma aplicada em Chico Caboco, sendo também o mesmo médico e o então adolescente auxiliar.

Há muito tempo, sim, que não te escrevoFicaram velhas todas as notícias.Eu mesmo envelheci. Olha, em relevo,Estes sinais em mim, não são das carícias

(Tão leves) que fazias no meu rosto:São golpes, são espinhos, são lembrançasDa Vida a teu menino, que ao sol-postoPerde a sabedoria das crianças.

A falta que me fazes não é tantoÀ hora de dormir, quando dizias“Deus te abençoe”, e a noite abria em sonho.

É quando, ao despertar, revejo a um cantoA noite acumulada de meus dias,E sinto que estou vivo e que não sonho.

CartaCrateús de Ontem

Flávio MachadoCantinhodaPoesia

FlashdoPassado César Vale

Dois casos de tétano

Carlos Drummond de Andrade

Assinatura da Gazeta: Um bom presente para um bom amigo.Crateús - Fone/Fax: (88) 3692.3810 - E-mail: [email protected]: (85) 9997.2085 - Fernando Aguiar - Acesse o site: www.gazetacrateus.com.br

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Maria Gomes de Freitas Vale (Dona Senhora de Zé do Vale) completou 99 anos, dia 06, e comemorou ao lado de Expedita G. F. do Vale, sua irmã e concunhada; ambas, são viúvas de dois irmãos. Expedita veio com o filho William e sobrinho Wagner. Ao redor, as cunhadas Lindete e Socorro, o irmão João Gomes e muitos sobrinhos, todos a desejarem mais felicidade à aniversariante.

Janeiro é pródigo em aniversariantes na minha família. Ontem, 12, abracei, pessoalmente, em Fortaleza, a meu irmão Gabriel Vale, auditor da SEFAZ , pelo seu nat e, amanhã, 14, por telefone, abraçarei a outro irmão, dos mais chegados, Chico Vale, pelo mesmo motivo. Aos queridos manos desejo um rio de felicidades.

Lucineide Leitão, entusiasta da campanha de Car-los Felipe, posa ao seu lado após este ter recebido de sua mãe a faixa de prefeito.

Sofia e cel. Erasmo, e cel. Hélcio Weiss e Valéria

Cel. Erasmo, prefeito Carlos Felipe e cel. Hélcio Weiss

40º Batalhão de Infan-taria promoveu jantar festivo, dia 9, em torno da despedida do cel. Hélcio Weiss, eximido da função de comando, e da apre-sentação à sociedade, do ten. cel. Erasmo Albu-querque Souza Filho, que o substituirá.

Empresário Ernando Leitão conversa com o senador Inácio Arruda e se deixa fotografar ao lado do excelen-te político, durante a festa de Carlos Felipe.

Na árvore genealógica da família Aguiar Vale brotou mais um galho para perpetuar a espécie – Júlio Aguiar Vale Neto – filho de Gesilane Meneses e Antônio Júlio Martins Vale, nascido em 02 de janeiro, em Fortaleza.

De férias, em Fortaleza, ilustre crateuense Estenio Campelo promoveu suculento churrasco em seu apê da Beira Mar, para seleto grupo de amigos, entre os quais participaram seu irmão Evandro Campelo, Cel. Vidal Bezerra, Estenio Campelo, Gabriel Vale, Gutemberg Campelo, Valmir Campelo, Hugo Vale e Lindomar Coutinho.

Festa do povo no Ginásio Deromi Melo: médico Nonato Melo posa ao lado do prefeito Carlos Felipe, ratificando antiga amizade.

Passou pelo calendário, no último dia 03, a dileta sobrinha Inês Vale Melo, médica das mais conceitu-adas e humanitárias de Fortaleza que, por telefone, recebeu meu abraço.

Com muita alegria pela data, registro o aniversário da belíssima adolescente Edite Carvalho Machado, filha do casal Lindalva e Flávio Machado e Silva, ocorrido no último dia 03.

Dodó Aguiar, grande amigo e irmão, marcou folhinha no último dia 04 ao lado de Anites, da filha Kátia, de netos e muitos sobrinhos e familiares. Um abraço em nome da família Aguiar Vale.

Dedé Freire, amigo velho de fé e irmão camarada, ferrou idade nova, sábado 10 e comemorou ao lado da esposa Cláudia e da filhinha Laís.

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