Gere Nci Amen To

Embed Size (px)

Citation preview

  • Universidade Federal do Par

    PGGR

    PLANO GERAL DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS DA UFPA

    Belm/Par 2008

  • Universidade Federal do Par

    Reitor Alex Fiza de Melo

    Vice-reitora

    Regina Ftima Feio Barroso

    Pr-reitora de Administrao Simone Baa

    Pr-reitor de Planejamento

    Sinfrnio Brito Moraes

    Pr-reitor de Ensino de Graduao Licurgo Peixoto de Brito

    Pr-reitor de Pesquisa e Ps-graduao

    Roberto de Dall Agnol

    Pr-reitora de Extenso Ney Cristina Monteiro de Oliveira

    Pr-reitora de Desenvolvimento e Gesto de Pessoal

    Sibele Bitar Caetano

    Prefeito do Campus Luiz Otvio Mota Pereira

    Diretoria de Infra-estrutura

    Jos Benevenuto de Andrade Vieira

    Comisso de Gerenciamento de Resduos Adriano Maia Corra

    Andria Ferreira da Silva Denlson Luz da Silva

    Emilia do S. Conceio de Lima Gilmar Wanzeller Siqueira

    Jesus de Nazar Cardoso Brabo Jos Augusto Martins Corra

    Jos Pio Iudice de Souza (Vice-Presidente) Liana Maria Machado Figueira

    Lcia de Ftima Almeida Maria Auxiliadora Pantoja Ferreira

    Maria de Valdvia Costa Norat Gomes Maria Helena Pessa Chaves

    Natalino Valente Moreira de Siqueira Osmarina Pereira da Paixo e Silva

    Renato Ferreira da Silva Samira Maria Leo de Carvalho

    Sandro Percrio Sheyla Farhayldes Souza Domingues

    Wallace Raimundo Arajo dos Santos (Presidente)

  • SUMRIO 1 APRESENTAO 5 2 COGERE: Comisso de Gerenciamento de Resduos da UFPA 6

    2.1 Um breve histrico.....................................................................................6

    2.2 Constituintes da COGERE.........................................................................7

    2.3 Grupos de trabalho constitudos em 07/11/2006........................................9

    2.4 Grupos de trabalho constitudos em 03/10/2007........................................9

    2.5 Atribuies da cogere ................................................................................9

    2.6 Procedimentos de Trabalho.....................................................................10 3 FILOSOFIA DO PGGR 12 4 DIRETRIZES PARA O PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS 13

    4.1 Material acumulado (passivo) ..................................................................13

    4.2 Material a ser gerado...............................................................................15

    4.3 Consideraes sobre o Programa Geral de Gerenciamento de Resduos da UFPA - PGGR ...................................................................................15

    4.4 Consideraes Oramentrias ................................................................17

    4.5 Etapas para a implementao do PGGR na UFPA..................................19 5 PLANO GERAL DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS DA UFPA (PGGR) 20

    5.1 Apresentao ..........................................................................................20

    5.2 Procedimentos bsicos de manejo de resduos.......................................22 5.2.1 Segregao 22 5.2.2 Acondicionamento 22 5.2.3 Identificao 23 5.2.4 Transporte interno 24 5.2.5 Armazenamento temporrio 25 5.2.6 Tratamento 26 5.2.7 Armazenamento externo 26 5.2.8 Coleta e transporte externos 27 5.2.9 Disposio final 27

    5.3 Caracterizao e manejo de diferentes tipos resduos.............................28

    5.4 Resduos do grupo A1.............................................................................28

  • 5.5 Resduos do grupo A2.............................................................................31

    5.6 Resduos do grupo A3.............................................................................32

    5.7 Resduos do grupo A4.............................................................................32

    5.8 Resduos do grupo A5.............................................................................33

    5.9 Resduos do grupo B (em servios de sade) .........................................34

    5.10 Resduos do grupo C...............................................................................37

    5.11 Resduos do grupo D...............................................................................40

    5.12 Resduos do grupo E...............................................................................42 6 PLANO DE IMPLANTAO DO LABORATRIO DE RESDUOS QUMICOS 46

    6.1 Diretrizes de ao....................................................................................46

    6.2 Procedimentos padro de identificao, armazenagem e coleta. ............47 7 APNDICE I - Glossrio 55 8 APNDICE II Siglas 61 9 APNDICE III - Classificao dos resduos 62 10 APNDICE IV Nveis de inativao microbiana 65 11 APNDICE VI Substncias que devem ser segregadas separadamente 67 12 APNDICE VII Incompatibilidade de substncias 68 13 APNDICE VIII Reatividade com PEAD 70 14 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS 71 ANEXO 1. Situao insumos e resduos nas unidades da UFPA (consumo e produo

    mensal) 73 ANEXO 2. Legislao aplicvel e normas tcnicas especficas 74 ANEXO 3. Passo-a-passo: como elaborar e implantar o PGRSS 79 ANEXO 4. Processos de minimizao e segregao no gerenciamento dos RSS 99 ANEXO 5. Sugesto de procedimentos para manejo de resduos biolgicos 102

  • 5

    1 APRESENTAO

    O Plano Geral de Gerenciamento de Resduos da UFPA PGGR tem como objetivo bsico definir as normas e procedimentos, no mbito da UFPA, de maneira a

    garantir que as atividades desenvolvidas, no venham a degradar o meio ambiente

    atravs da emisso indevida de resduos poluentes, nem impactar sobre a sade dos

    profissionais de sade, ensino ou pesquisa, bem como sobre as comunidades que

    circunvizinham as instalaes da UFPA, nos diferentes municpios em que esto

    instaladas.

    Para tanto, a Comisso de Gerenciamento de Resduos da UFPA COGERE, foi criada a partir da percepo da Prefeitura da UFPA - Gerncia Ambiental (atualmente

    Coordenadoria de Meio Ambiente) e, aps cerca de dois anos da sua criao,

    finalizamos nossa atividade com a apresentao deste PGGR, no qual se encontram

    as diretrizes gerais para que cada Unidade Acadmica da UFPA possa redigir seu

    plano individualizado, atendendo ao especificado na legislao vigente.

    Esperamos propiciar com esta iniciativa, no s a minimizao do impacto ambiental e

    sobre a sade das pessoas, mas uma maior integrao entre os vrios grupos de

    pesquisadores da UFPA que, por uma inevitvel contingncia pertinente s diversas

    reas do conhecimento, tem como resultado final, alm dos trabalhos indexados em

    revistas cientficas, anais, relatrios, etc., uma elevada quantidade de resduos nocivos

    ao ambiente e sade.

    Por outro lado, ficaremos torcendo para que mais e mais pesquisas acadmicas desta

    instituio venham somar s investigaes acadmicas sobre resduos qumicos e

    biolgicos, a exemplo de outras instituies que j expandiram suas atividades nesta

    direo. Apostamos tambm que estes

    resultados possam se transformar em importantes instrumentos e influenciar de forma

    decisiva, em um futuro prximo, nas tomadas de deciso poltico-administrativas em

    nossa Universidade.

  • 6

    2 COGERE: Comisso de Gerenciamento de Resduos da UFPA

    2.1 Um breve histrico

    No dia 20 de Julho de 2005 (quinta-feira), por volta das 15h, a Gerncia Ambiental foi

    acionada pelo Departamento de Segurana da UFPA para avaliar um princpio de

    incndio, s proximidades do Laboratrio de Qumica - Pesquisa do Centro de

    Cincias Exatas e Naturais (CCEN). Foi concludo, aps a avaliao que o mesmo foi

    provocado pela m disposio final do composto qumico sdio metlico que, reagiu

    em contato com gua (Figura 01).

    Neste mesmo dia, o Prefeito do Campus convocou uma reunio com o Prof. Dr. Jos

    Pio Iudice de Souza, Coordenador do Curso de Ps-Graduao em Qumica, com os

    tcnicos da Gerncia Ambiental e com os responsveis pelo Departamento de

    Segurana da Prefeitura (Figura 02). Considerando a avaliao tcnica do incidente

    ocorrido no Laboratrio de Qumica - Pesquisa, elevada inflamabilidade do referido

    composto qumico, considerando tambm que tal incidente tenha ocorrido em dia de

    semana em expediente diurno, as conseqncias da ocorrncia no atingiram graves

    propores.

    Figura 1: Sdio metlico

    Figura 2: Reunio dos membros da

    COGERE

    Nesta reunio ficou definida a criao de uma comisso interdisciplinar com o objetivo

    principal de elaborar de um Plano de Gerenciamento de Resduos Qumicos e

    Biolgicos para a UFPA , de acordo com a legislao vigente.

  • 7

    Aps esta reunio e at a criao oficial, a comisso realizou vrias reunies para que

    ficassem estabelecidos os critrios de formao, os contatos com os dirigentes das

    unidades, dentre outras providncias iniciais. Ficou decidido que os setores geradores

    de resduos perigosos (laboratrios de ensino, pesquisa, anlises clnicas, hospitais e

    outros setores geradores), teriam dois ou trs representantes entre docentes e

    tcnicos.

    Com a criao da Comisso de Gerenciamento de Resduos da UFPA atravs da

    Portaria do Magnfico Reitor, N 742/06 de 07 de Maro de 2006, foram realizadas

    vrias atividades, dentre as quais reunies mensais, elaborao do formulrio de

    resduos, promoo e participao em eventos, alm de orientaes para o pessoal da

    limpeza, acerca da destinao correta, principalmente dos materiais perigosos.

    2.2 Constituintes da COGERE

    A constituio atual da COGERE est estabelecida pela Portaria 0544/2007, emitida

    pelo Magnfico Reitor em 14/02/2007, e que especifica os seguintes membros:

    Presidente Wallace Raimundo Arajo dos Santos Instituto de Cincias da Sade - Faculdade de Farmcia Vice-Presidente Jos Pio Iudice de Souza Instituto de Cincias Exatas e Naturais Faculdade de Qumica Membros Adriano Maia Corra Instituto de Cincias da Sade Faculdade de Odontologia Denlson Luz da Silva Instituto Tecnolgico Faculdade de Engenharia Qumica e de Alimentos Emilia do S. Conceio de Lima Campus Castanhal - Central de Diagnsticos Veterinrios (CEDIVET) Gilmar Wanzeller Siqueira Instituto de Cincias Exatas e Naturais - Faculdade de Qumica Jesus de Nazar Cardoso Brabo Ncleo de Pesquisa e Desenvolvimento da Educao Cientfica (NPADC) Jos Augusto Martins Corra Instituto de Geocincias Faculdade de Geoqumica e Petrologia Andria Ferreira da Silva Campus Castanhal Central de Diagnsticos Veterinrios (CEDIVET)

  • 8

    Liana Maria Machado Figueira Prefeitura Coordenadoria de Meio Ambiente Lcia de Ftima Almeida Prefeitura Coordenadoria de Meio Ambiente Maria Auxiliadora Pantoja Ferreira Instituto de Cincias Biolgicas - Faculdade de Histologia Maria Helena Pessa Chaves Instituto de Cincias Biolgicas Faculdade de Patologia Maria de Valdvia Costa Norat Gomes Instituto Tecnolgico Faculdade de Engenharia Sanitria e Ambiental Natalino Valente Moreira de Siqueira Instituto de Geocincias Faculdade de Geoqumica e Petrologia Osmarina Pereira da Paixo e Silva Instituto de Cincias da Sade - Faculdade de Farmcia Renato Ferreira da Silva Hospital Universitrio Betina F. de Souza (HUBFS) Samira Maria Leo de Carvalho Instituto Tecnolgico Faculdade de Engenharia Qumica e de Alimentos Sandro Percrio Ncleo de Medicina Tropical NMT Laboratrio de Anlises Clnicas Sheyla Farhayldes Souza Domingues Campus Castanhal (BIOMEDAN)

  • 9

    2.3 Grupos de trabalho constitudos em 07/11/2006

    Grupo 1: Levantamento e coleta de dados dos formulrios Jesus de N. Cardoso Brabo (NPADC) Samira Maria Leo Carvalho (ITEC) Denilson Luz da Silva (IT) Maria Helena Chaves (ICB) Sheila Farhayldes S. Domingues (Campus Castanhal) Emlia do Socorro Conceio de Lima (Campus Castanhal) Grupo 2: Plano de Gerenciamento de Resduos Perigosos da UFPA Raimundo Wallace dos Santos (ICS) Jos Pio Iudice de Souza (ICEN) Maria de Valdvia da Costa Norat (ITEC) Renato Ferreira da Silva (HUBFS) Natalino Valente Moreira de Siqueira (IG) Osmarina Pereira da P. e Silva (ICS) Sandro Percrio (NMT)

    2.4 Grupos de trabalho constitudos em 03/10/2007

    Grupo 1: Resduos Qumicos Natalino Valente Moreira de Siqueira (IG) Jesus de N. Cardoso Brabo (NPADC) Jos Pio Iudice de Souza Grupo 2: Resduos Biolgicos Wallace Raimundo dos Santos (ICS) Maria Helena Chaves (ICB) Sandro Percrio (NMT) Renato Ferreira da Silva (HUBFS)

    2.5 Atribuies da COGERE

    Prestar assessoria Coordenadoria de Meio Ambientel da Prefeitura da

    UFPA no que diz respeito ao gerenciamento (tratamento e descarte) de

    resduos qumicos e biolgicos produzidos nos diversos laboratrios da

    Instituio, cabendo a Comisso orientar e auxiliar a Coordenadoria de

    Meio Ambiente nas seguintes atividades:

    Fazer o inventrio da natureza e quantidade dos resduos qumicos e

    biolgicos produzidos;

    Elaborar e implantar um Programa de Aes para o gerenciamento dos

    resduos;

  • 10

    Fiscalizar a aplicao das normas estabelecidas no Programa de Aes;

    Definir e implementar aes de divulgao e educao, a respeito do

    tratamento e destinao adequada dos resduos, junto comunidade

    acadmica.

    2.6 Procedimentos de trabalho

    Foram realizadas 6 (seis) reunies no segundo semestre do ano de 2005, com o

    objetivo de elaborar o processo de implantao da comisso e de encaminhar a

    estrutura definitiva da comisso ao Magnfico Reitor. Em 2006 foram realizadas 18

    reunies. No ano de 2007 foram realizadas 9 reunies e em 2008, considerando os

    meses de fevereiro a abril, foram 7 reunies com mais de 100h de trabalho em

    comum, aliado s diversas horas de trabalho individual de membros dos GTs.

    Como primeira medida prtica e, aps discusso da filosofia do PRGSS durante

    diversas reunies, ficou estabelecido que se deveria atuar em duas frentes

    simultneas: primeiramente, seria necessrio conhecer o montante de resduos

    biolgicos, qumicos e radioativos estocados nas vrias unidades da UFPA,

    considerado como PASSIVO e simultaneamente realizar um levantamento da situao

    de gerao contnua desses resduos, oriundos das atividades rotineiras de ensino,

    pesquisa e extenso. O real dimensionamento dessas duas grandes correntes de

    fundamental importncia para a concepo de qualquer sistema de gerenciamento de

    resduos que se queira propor. Paralelamente, parte dos integrantes da comisso se

    dedicaria ao estudo da legislao aplicvel, com fins a apresentar uma proposta para

    o PGGR da UFPA, alinhada com as exigncias legais.

    Para o atendimento da primeira frente, elaborou-se um formulrio que foi encaminhado

    s Unidades Acadmicas, inclusive s externas ao Campus, que solicitou basicamente

    trs tipos de informao:

    1. Se a Unidade era geradora de resduos biolgicos, qumicos e radioativos;

    2. Em caso afirmativo da primeira questo, qual era a quantidade de resduos

    estocados, e;

    3. Qual a natureza dos resduos gerados, bem como a quantidade estimada de

    gerao destes pela Unidade.

    O Anexo 1 uma sntese dos dados coletados mediante o instrumento acima

    mencionado.

  • 11

    Da ao do segundo grupo, estabeleceu-se um acervo de legislao aplicvel, o qual

    se encontra relacionado no Anexo 2. Com o objetivo de apresentar a proposta de

    PGGR, este grupo resolveu se subdividir em dois, um dedicado aos resduos

    biolgicos e outro dedicado aos resduos qumicos. Ao final do processo, as propostas

    de ambos os subgrupos foram apreciadas pela COGERE, que elaborou a forma final

    do PGGR, encaminhando-a para apreciao pelo Magnfico Reitor. Neste momento

    tambm foram encaminhadas sugestes de implementao e fiscalizao do PGGR

    na UFPA.

  • 12

    3 FILOSOFIA DO PGGR

    No entendimento da COGERE, alguns parmetros devem balizar o sistema de

    gerenciamento de resduos. O primeiro deveria ser a co-responsabilidade, ou seja, o

    gerador do resduo (aluno, tcnico, docente e Unidade) co-responsvel em todo

    processo de tratamento e disposio do resduo gerado.

    Outros pontos mais relevantes so apresentados a seguir:

    No devemos ter um sistema de gerenciamento de resduos que tenha qualquer

    semelhana com o descarte do lixo domstico, ou seja, ao retirarmos o lixo de nossas

    casas a nossa responsabilidade sobre ela cessa completamente. necessrio que

    todas as Unidades envolvidas saibam perfeitamente para onde o seu resduo

    biolgico, qumico ou radioativo est sendo enviado e como e como ele est sendo

    tratado at o destino final;

    O sistema de gerenciamento de resduos no gratuito. Ele tem um custo elevado e

    esse custo deve ser rateado entre a UFPA e as Unidades usurias. Os maiores

    usurios (levando em considerao no apenas o volume, mas tambm a dificuldade

    do tratamento e disposio final) pagam a maior parte do rateio;

    Aes que visem minimizar a gerao de resduos devem ser implementadas em

    paralelo com o sistema de gerenciamento. Essas aes vo contribuir para diminuir o

    custo financeiro do tratamento e disposio dos resduos para as Unidades, e por

    conseguinte, para a Universidade;

    Devem ser consideradas aes de tratamento e/ou reciclagem dos resduos gerados.

  • 13

    4 DIRETRIZES PARA O PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS

    4.1 Material acumulado (passivo)

    Ao longo dos seus 50 anos de atividades, as unidades de ensino, pesquisa e extenso

    da UFPA acumularam uma srie de resduos biolgicos, qumicos e radioativos de

    diferentes graus de risco (Anexo I). Infelizmente, a grande maioria desses resduos

    perdeu a rastreabilidade ao longo do tempo. Essa falta de rastreabilidade dificulta e

    onera excessivamente qualquer ao local que tenha como objetivo identificar e

    eventualmente, reaproveitar esses resduos.

    Devido a esse quadro, o Grupo de Trabalho recomenda que todo o passivo

    atualmente estocado nas diversas Unidades Acadmicas da Universidade seja

    redirecionado para um entreposto e paulatinamente encaminhado para a disposio

    final, quer seja via incinerao ou em aterros especializados, ou ainda que seja

    encaminhado para empresa terceirizada especializada.

  • 14

    Tabela 1. Unidades da UFPA que responderam ao questionrio da COGERE

    UNIDADE LABORATRIO Campus Castanhal 1. Laboratrio de Patologia Clnica.

    2. Laboratrio de Anatomia 3. BIOMEDAM 4. CEBRAN

    CCB 1. Biotrio 2. Laboratrio de Neuroregenerao 3. Laboratrio de Imunogentica 4. Laboratrio de Biologia Molecular 5. Laboratrio de Polimorfismo de DNA 6. Laboratrio de Bioqumica do Desenvolvimento do Sistema Nervoso 7. Laboratrio de Erros Inatos do Metabolismo 8. Laboratrio de Neurotoxicologia 9. Laboratrio de Hematologia e Biologia Molecular 10. Laboratrio de Neuroqumica 11. Laboratrio de Eletrofisiologia Experimental 12. Laboratrio de Ecologia e Zoologia dos Vertebrados 13. Laboratrio de Organismos Aquticos 14. Laboratrio LCHGT 15. Herbrio 16. Laboratrio de Biologia Celular 17. Laboratrio de Fertilizao in vitro 18. Laboratrio de Ornitologia e Bioacstica 19. Laboratrio de Reproduo Animal 20. Laboratrio de Cultura de Tecido Vegetal 21. Laboratrio de Histologia Dentria 22. Laboratrio LHAA 23. Laboratrio de Tcnica Histolgica 24. Laboratrio LHEC 25. Laboratrio de Ultraestrutura Celular 26. Laboratrio de Virologia 27. Laboratrio de Extenso de Parasitologia 28. Laboratrio de Microbiologia e Imunologia 29. Laboratrio de Patologia Geral 30. Laboratrio de Parasitologia Mdica 31. Laboratrio de Micologia

    ICA 1. Laboratrio de Artes Visuais Campus Bragana 1. Laboratrio de Moluscos CCEN 1. Laboratrio de Pesquisa Qumica

    2. Laboratrio de Qumica de Ensino CG 1. Laboratrio de Raio-X

    2. Laboratrio de Geologia Isotpica 3. Laboratrio de Sedimentologia e Minerais Pesados 4. Oficina de Laminao 5. Laboratrio de Anlises Qumicas 6. Laboratrio de Absoro Atmica 7. Laboratrio de Hidroqumica

    CT 1. Usina de Operaes 2. Laboratrio de Recursos Hdricos 3. Laboratrio de Controle de Qualidade da gua 4. Laboratrio de Operaes e Separao 5. Laboratrio de Controle Ambiental 6. Laboratrio de Engenharia Civil 7. Laboratrio de Engenharia Qumica I

    Total Laboratrios 53 Laboratrios relacionados

  • 15

    4.2 Material a ser gerado

    Nessa parte do trabalho foram consideradas todas as aes decorrentes da atividade

    de gerao contnua de resduos da Universidade. Como dito anteriormente, esses

    resduos sero to maiores, quanto maiores forem as atividades desenvolvidas pela

    Universidade (ensino, pesquisa, extenso, prestao de servios de sade

    comunidade, etc.).

    Logo, deve ficar claro nesse item que esses resduos so fruto da atividade da

    Universidade em suas vrias reas. No existe nenhum mecanismo que possa ser

    utilizado para zerar a gerao desses resduos, entretanto muito pode ser feito no

    sentido de racionaliz-la e mesmo diminu-lo (Anexo 4). De qualquer maneira, toda e

    qualquer ao nesse sentido tem um grande impacto positivo diretamente sobre os

    custos do programa de gerenciamento e sobre a imagem institucional da UFPA.

    4.3 Consideraes sobre o Programa Geral de Gerenciamento de Resduos da UFPA - PGGR

    Para estabelecermos uma proposta de Gerenciamento para a UFPA, consideramos as

    experincias acumuladas em vrias unidades geradoras de resduos que j tinham

    algum tipo de gerenciamento em curso. Assim sendo, tomamos como exemplo todo

    trabalho produzido na UNICAMP, no qual boa parte do trabalho foi baseado.

    O sistema de gerenciamento dever ser montado em vrios nveis de

    responsabilidade, incluindo entre esses o pessoal envolvido nos trabalhos, as

    Unidades e a Universidade.

    Devero ser criados fluxogramas envolvendo os vrios tipos de resduos gerados, com

    as suas especificidades.

    O PGGR foi concebido como um conjunto de normas a serem aplicadas a todas as

    Unidades da UFPA, abrangendo todos os setores geradores de resduos qumicos,

    biolgicos ou radioativos de cada Unidade. Dever balizar a redao de um Plano de

    Gerenciamento de Resduos (PGR) individualizado para cada Unidade da UFPA, que

    levar em considerao todas as especificidades dos resduos gerados, bem como

    dos processos e infra-estrutura de tratamento/disposio dos resduos pela Unidade.

    Boa parte do texto do PGGR est dirigido aos Servios de Sade, uma vez que a

    legislao aplicvel foi destinada a este setor. No entanto, setores no diretamente

  • 16

    ligados ao servio de sade, mas geradores de resduos qumicos, biolgicos ou

    radioativos, tambm devero atender aos preceitos estabelecidos no PGGR.

    Em associao ao PGGR, apresentamos o Plano de Gerenciamento de Resduos

    Perigosos da UFPA PGRP, o qual apresenta os procedimentos especficos para

    disposio dos resduos qumicos e dever ser considerado pela Unidade na redao

    de seu PGR.

    Para operacionalizar o Programa de Gerenciamento de Resduos Biolgicos,

    Qumicos e Radioativos recomendvel a criao de um Grupo Gestor dos Resduos

    da UFPA, com autonomia e que teria como papis principais a fiscalizao do

    processo, alm de orientar sobre a metodologia de implantao do sistema de

    gerenciamento em todas as Unidades da UFPA, onde seriam consideradas as vrias

    etapas de trabalho a serem efetivadas, tais como :

    Envolvimento da administrao da Unidade

    Nomeao de gerente e/ou grupo gestor local

    Diagnstico da situao dos resduos na unidade

    Realizao de seminrio/palestra de sensibilizao

    Mapeamento da Unidade

    Elaborao do PGR

    Implantao do PGR

    Monitoramento

    Reviso e adaptao do PGR

  • 17

    4.4 Consideraes Oramentrias

    4.4.1. Infra-estrutura e equipamentos

    O PGGR proposto nesse documento para a UFPA, necessitar de uma dotao

    financeira constante. A verba necessria para darmos incio ao programa poder advir

    de quatro fontes principais:

    a) da prpria Universidade;

    b) das Unidades usurias do sistema e de projetos de pesquisa atrelados aos seus docentes (p.ex. projetos FADESP);

    c) da prestao de servios a terceiros;

    d) de parcerias com instituies pblicas e/ou privadas.

    Independente disso importante que fique claro que o Gerenciamento de Resduos da

    Universidade no pode ficar a merc de injunes de natureza poltica. No entender

    da COGERE deve ser criada uma rubrica no oramento que contemple essas

    atividades, e que elas faam parte da dinmica da Universidade e da poltica

    administrativa da UFPA.

    Para implementao do Programa ser necessria realizar alguns investimentos. A

    prioridade para esses investimentos dever ser decidida atravs de um trabalho

    conjunto do Grupo Gestor dos Resduos da UFPA e da Reitoria.

    Ser necessria a aquisio de equipamentos para o tratamento desses resduos

    perigosos (p.ex. pequenos reatores para destilao, reatores para dissoluo e

    neutralizao de meios reacionais, agitadores mecnicos, autoclaves de maiores

    propores, bombonas e recipientes adequados para estocagem, equipamentos de

    segurana, software dedicado ao trabalho de gerenciamento, computador para

    centralizar o arquivo da universidade, capelas, bancadas e sistemas de segurana

    predial, veculos para remoo dos resduos, etc.), bem como recursos humanos

    dedicados e com formao especfica. Adicionalmente, a passivao em alguns casos

    necessria antes do descarte final. Essa passivao poder ser efetuada em

    laboratrios dedicados, de preferncia por pessoal treinado. Entre os equipamentos,

    ser necessrio adquirir computadores e software dedicado para recebimento e

    controle dos resduos, dentre outros.

  • 18

    Fica claro que essa rubrica oramentria apresentar um investimento inicial elevado,

    que ser consideravelmente reduzida proporo que o Programa seja

    implementado. Ressaltamos que, alm do retorno positivo sobre a sade dos

    profissionais da UFPA e do impacto sobre a imagem pblica da Universidade, este

    Programa trar a perspectiva de prestao de um servio por parte da UFPA,

    altamente especfico e com elevado potencial de remunerao financeira.

    4.4.2. Recursos Humanos

    Ser necessrio contar com diversos profissionais, incluindo administradores para a

    gesto do processo, engenheiros sanitaristas e qumicos com boa formao em

    processos, tcnicos com experincia em qumica e biologia e que tenham treinamento

    contnuo nas tcnicas de tratamento e passivao de resduos qumicos e biolgicos,

    tcnicos treinados para gerenciamento de rejeitos radioativos, bem como estagirios

    dos cursos de qumica, engenharia qumica, engenharia sanitria ou reas afins e

    motorista profissional habilitado para operar com transporte de substncias perigosas.

    O custeio desses treinamentos talvez possa ser financiado pela Universidade ou

    atravs de programas da Fadesp. O apoio a parte radioativa poder ser dado pela

    estrutura j existente. Os tcnicos podero auxiliar no gerenciamento dos resduos

    dependendo se so biolgicos, qumicos ou radioativos. Essa definio s poder ser

    feita aps o decaimento radioativo.

    A formao dos recursos humanos alocados no Programa de Resduos da

    Universidade poder ser discutida futuramente, em conversas entre o Grupo Gestor

    dos Resduos da UFPA e a Reitoria. Cabe ressaltar que de importncia crucial que

    essa Comisso Gestora seja revestida de autoridade suficiente frente s Unidades da

    UFPA para poder implementar todas as aes necessrias ao desenvolvimento do

    Programa. Qualquer dvida nesse sentido pode inviabilizar a eficcia do Programa.

  • 19

    4.5 Etapas para a implementao do PGGR na UFPA

    No entendimento da COGERE a implantao do PGGR no ser uma tarefa fcil e

    rpida, mas necessitar obedecer a um esquema rigoroso, com cronograma definido e

    que dever contemplar as seguintes etapas:

    1. Regulamentao do PGGR pela UFPA;

    2. Estabelecimento dos recursos de infra-estrutura e logstica geral para

    operacionalizao. necessrio o provimento de recursos humanos e

    financeiros, tais como a construo de entreposto para resduos qumicos,

    laboratrio de resduos qumicos (LRQ), estrutura fsica, equipamentos e

    material de apoio para o Grupo Gestor de Resduos da UFPA, viaturas

    para remoo dos resduos, elaborao de fluxogramas para cada tipo de

    RSS, alm de outros listados no item 8;

    3. Solicitao da Reitoria s Unidades para

    Nomeao de Subcomisso permanente para Gerenciamento do

    Plano;

    Levantamento da situao dos RSS na Unidade (ativo e passivo);

    Redao do PGR especfico para cada Unidade e que contemple

    as particularidades de todos os geradores de RSS da mesma, em

    conformidade com as instrues gerais da UFPA, contidas no

    PGGR;

    4. Sensibilizao da comunidade da UFPA, atravs de seminrios, palestras,

    ou outros meios;

    5. Complementao do PGGR, com a incluso dos PGR das Unidades;

    6. Monitoramento da aplicao do PGGR pela Comisso Gestora, a qual

    dever fomentar o processo permanente de reviso e atualizao dos PGR

    nas Unidades.

  • 20

    5 PLANO GERAL DE GERENCIAMENTO DE RESDUOS DA UFPA (PGGR)

    Cada Unidade Acadmica da UFPA dever redigir um Plano de Gerenciamento de

    Resduos - PGR prprio, a ser elaborado de forma compatvel com as normas (Anexo

    II) relativas ao manejo dos resduos gerados nos servios de sade, estabelecidas

    pelos rgos locais responsveis por estas etapas e que contemple as

    particularidades de todos os setores da Unidade que sejam geradores desses

    resduos. O Anexo 3 apresenta um roteiro para elaborao e implantao de PGR,

    transcrito do manual Gerenciamento de Resduos de Servios de Sade, da ANVISA.

    5.1 Apresentao

    A gesto dos resduos biolgicos na Universidade Federal do Par, sua concepo, o

    equacionamento da gerao, do armazenamento, da coleta at a disposio final, tm

    sido um constante desafio colocado no meio acadmico assim como aos servidores

    desta universidade. A existncia de uma Poltica Nacional de Resduos Slidos

    fundamental para disciplinar a gesto integrada, contribuindo para mudana dos

    padres de produo e consumo no pas, melhoria da qualidade ambiental e das

    condies de vida da populao, assim como para a implementao mais eficaz da

    Poltica Nacional do Meio Ambiente e da Poltica Nacional de Recursos Hdricos, com

    destaque aos seus fortes componentes democrticos, descentralizadores e

    participativos. A preocupao com a questo ambiental torna o gerenciamento de

    resduos um processo de extrema importncia na preservao da qualidade da sade

    e do meio ambiente. A gesto integrada de resduos deve priorizar a no gerao, a

    minimizao da gerao e o reaproveitamento dos resduos, a fim de evitar os efeitos

    negativos sobre o meio ambiente e a sade pblica. A preveno da gerao de

    resduos deve ser considerada tanto no mbito das indstrias como tambm no mbito

    de projetos e processos produtivos, baseada na anlise do ciclo de vida dos produtos

    e na produo limpa para buscar o desenvolvimento sustentvel.

    Alm disso, as polticas pblicas de desenvolvimento nacional e regional devem

    incorporar uma viso mais pr-ativa com a adoo da avaliao ambiental estratgica

  • 21

    e o desenvolvimento de novos indicadores ambientais que permitam monitorar a

    evoluo da eco-eficincia da sociedade. importante, ainda, identificar ferramentas

    ou tecnologias de base socioambiental relacionadas ao desenvolvimento sustentvel e

    responsabilidade total, bem como s tendncias de cdigos voluntrios setoriais e

    polticas pblicas emergentes nos pases desenvolvidos, relacionados viso

    sistmica de produo e gesto integrada de resduos slidos.

    Portanto, a implantao de processos de segregao dos diferentes tipos de resduos

    em sua fonte e no momento de sua gerao conduz certamente minimizao de

    resduos, em especial queles que requerem um tratamento prvio disposio final.

    Nos resduos onde predominam os riscos biolgicos, deve-se considerar o conceito de

    cadeia de transmissibilidade de doenas, que envolve caractersticas do agente

    agressor, tais como capacidade de sobrevivncia, virulncia, concentrao e

    resistncia, da porta de entrada do agente s condies de defesas naturais do

    receptor.

    Considerando esses conceitos, foram publicadas diversas normativas, das quais

    vigoram as Resolues RDC ANVISA no 306/04 e CONAMA no 358/05 que dispem,

    respectivamente, sobre o gerenciamento interno e externo dos RSS. Dentre os vrios

    pontos importantes das resolues destaca-se a importncia dada segregao na

    fonte, orientao para os resduos que necessitam de tratamento e possibilidade

    de soluo diferenciada para disposio final, desde que aprovada pelos rgos de

    Meio Ambiente, Limpeza Urbana e de Sade. Embora essas resolues sejam de

    responsabilidades dos Ministrios da Sade e do Meio Ambiente, ambos hegemnicos

    em seus conceitos, refletem a integrao e a transversalidade no desenvolvimento de

    trabalhos complexos e urgentes.

    A gesto compreende as aes referentes s tomadas de decises nos aspectos

    administrativo, operacional, financeiro, social e ambiental e tem no planejamento

    integrado um importante instrumento no gerenciamento de resduos em todas as suas

    etapas - gerao, segregao, acondicionamento, transporte, at a disposio final -,

    possibilitando que se estabeleam de forma sistemtica e integrada, em cada uma

    delas, metas, programas, sistemas organizacionais e tecnologias, compatveis com a

    realidade local.

    Segundo a RDC ANVISA no 306/04, o gerenciamento dos RSS consiste em um

    conjunto de procedimentos planejados e implementados, a partir de bases cientficas e

    tcnicas, normativas e legais. Tem o objetivo de minimizar a gerao de resduos e

    proporcionar aos mesmos um manejo seguro, de forma eficiente, visando proteo

  • 22

    dos trabalhadores, a preservao da sade, dos recursos naturais e do meio

    ambiente.

    Com o planejamento, a adequao dos procedimentos de manejo, o sistema de

    sinalizao e o uso de equipamentos apropriados, no s possvel diminuir os riscos,

    como reduzir as quantidades de resduos a serem tratados e, ainda, promover o

    reaproveitamento de grande parte dos mesmos pela segregao de boa parte dos

    materiais reciclveis, reduzindo os custos de seu tratamento e disposio final que

    normalmente so altos (para saber mais sobre processos de minimizao e

    segregao, consulte o anexo 4).

    Para facilitar o entendimento dos conceitos e premissas apresentados, o Apndice I

    traz um glossrio de terminologia e o Apndice II uma lista de siglas.

    Manejo dos Resduos

    As orientaes a seguir so transcritas da RDC ANVISA N 306, de 7 de dezembro de

    2004 que dispe sobre o Regulamento Tcnico para o gerenciamento de resduos de

    servios de sade. Esto apontados os locais de adequao s especificidades de

    cada Unidade da UFPA, marcadas em vermelho. Em substituio a esses testos, na

    redao final do PGR de cada Unidade, dever ser redigido texto contemplando os

    aspectos individuais da Unidade.

    5.2 Procedimentos bsicos de manejo de resduos

    O manejo dos RSS entendido como a ao de gerenciar os resduos em seus

    aspectos intra e extra estabelecimento, desde a gerao at a disposio final,

    incluindo as seguintes etapas:

    5.2.1 Segregao Consiste na separao dos resduos no momento e local de sua gerao, de acordo

    com as caractersticas fsicas, qumicas, biolgicas, o seu estado fsico e os riscos

    envolvidos.

    5.2.2 Acondicionamento Consiste no ato de embalar os resduos segregados, em sacos ou recipientes que

    evitem vazamentos e resistam s aes de punctura e ruptura. A capacidade dos

    recipientes de acondicionamento deve ser compatvel com a gerao diria de cada

    tipo de resduo.

    5.2.2.1 Os resduos slidos devem ser acondicionados em saco constitudo de material

    resistente a ruptura e vazamento, impermevel, baseado na NBR 9191/2000

  • 23

    da ABNT, respeitados os limites de peso de cada saco, sendo proibido o seu

    esvaziamento ou reaproveitamento.

    5.2.2.2 Os sacos devem estar contidos em recipientes de material lavvel,

    resistente punctura, ruptura e vazamento, com tampa provida de

    sistema de abertura sem contato manual, com cantos arredondados e ser

    resistente ao tombamento.

    5.2.2.3 Os recipientes de acondicionamento existentes nas salas de cirurgia e

    nas salas de parto no necessitam de tampa para vedao.

    5.2.2.4 Os resduos lquidos devem ser acondicionados em recipientes

    constitudos de material compatvel com o lquido armazenado,

    resistentes, rgidos e estanques, com tampa rosqueada e vedante. No

    caso de resduos perigosos, seguir os procedimentos especificados no

    Plano de Implantao do Laboratrio de Resduos Qumicos da UFPA

    (Captulo 6).

    Na redao do PGR de cada Unidade, os itens 5.2.2.1 a 5.2.2.4 devero ser

    substitudos por texto que dever especificar as formas de acondicionamento

    especficas para a Unidade, mencionando o local de armazenamento das mesmas, de

    acordo com o especificado na norma

    5.2.3 Identificao Consiste no conjunto de medidas que permite o reconhecimento dos resduos contidos

    nos sacos e recipientes, fornecendo informaes ao correto manejo dos RSS.

    5.2.3.1 A identificao deve estar aposta nos sacos de acondicionamento, nos

    recipientes de coleta interna e externa, nos recipientes de transporte

    interno e externo, e nos locais de armazenamento, em local de fcil

    visualizao, de forma indelvel, utilizando-se smbolos, cores e frases,

    atendendo aos parmetros referenciados na norma NBR 7500 da ABNT

    (Anexo 2), alm de outras exigncias relacionadas identificao de

    contedo e ao risco especfico de cada grupo de resduos (vide Captulo

    6). Estas identificaes especficas devero ser relacionadas no PGR de

    cada Unidade.

    5.2.3.2 A identificao dos sacos de armazenamento e dos recipientes de

    transporte poder ser feita por adesivos, ou outros, desde que seja

    garantida a resistncia destes aos processos normais de manuseio dos

    sacos e recipientes. Estas identificaes especficas devero ser

    relacionadas no PGR de cada Unidade.

  • 24

    5.2.3.3 O Grupo A identificado pelo smbolo de substncia infectante constante

    na NBR-7500 da ABNT, com rtulos de fundo branco, desenho e

    contornos pretos.

    5.2.3.4 O Grupo B identificado atravs do smbolo de risco associado, de

    acordo com a NBR 7500 da ABNT e com discriminao de substncia

    qumica e frases de risco (Vide Captulo 6).

    5.2.3.5 O Grupo C representado pelo smbolo internacional de presena de

    radiao ionizante (triflio de cor magenta) em rtulos de fundo amarelo e

    contornos pretos, acrescido da expresso REJEITO RADIOATIVO.

    5.2.3.6 O Grupo E identificado pelo smbolo de substncia infectante constante

    na NBR 7500 da ABNT, com rtulos de fundo branco, desenho e

    contornos pretos, acrescido da inscrio de RESDUO

    PERFUROCORTANTE, indicando o risco que apresenta o resduo.

    5.2.4 Transporte interno Consiste no traslado dos resduos dos pontos de gerao at local destinado ao

    armazenamento temporrio ou armazenamento externo com a finalidade de

    apresentao para a coleta.

    5.2.4.1 O transporte interno de resduos deve ser realizado atendendo roteiro

    previamente definido e em horrios no coincidentes com a distribuio

    de roupas, alimentos e medicamentos, perodos de visita ou de maior

    fluxo de pessoas ou de atividades. Deve ser feito separadamente de

    acordo com o grupo de resduos e em recipientes especficos a cada

    grupo de resduos. Cada unidade dever especificar o horrio e dias da

    remoo do RSS.

    5.2.4.2 Os recipientes para transporte interno devem ser constitudos de material

    rgido, lavvel, impermevel, provido de tampa articulada ao prprio corpo

    do equipamento, cantos e bordas arredondados, e serem identificados

    com o smbolo correspondente ao risco do resduo neles contidos, de

    acordo com este Regulamento Tcnico. Devem ser providos de rodas

    revestidas de material que reduza o rudo. Os recipientes com mais de

    400 L de capacidade devem possuir vlvula de dreno no fundo. O uso de

    recipientes desprovidos de rodas deve observar os limites de carga

    permitidos para o transporte pelos trabalhadores, conforme normas

    reguladoras do Ministrio do Trabalho e Emprego (Anexo 2). Na redao

    do PGR de cada Unidade, este texto dever ser substitudo por outro que

  • 25

    dever especificar o recipiente utilizado, mencionando o local de

    armazenamento do mesmo, considerando que a norma acima dever ser

    seguida.

    5.2.5 Armazenamento temporrio Consiste na guarda temporria dos recipientes contendo os resduos j

    acondicionados, em local prximo aos pontos de gerao, visando agilizar a coleta

    dentro do estabelecimento e otimizar o deslocamento entre os pontos geradores e o

    ponto destinado apresentao para coleta externa. No poder ser feito

    armazenamento temporrio com disposio direta dos sacos sobre o piso, sendo

    obrigatria a conservao dos sacos em recipientes de acondicionamento (vide

    Captulo 6).

    5.2.5.1 O armazenamento temporrio poder ser dispensado nos casos em que

    a distncia entre o ponto de gerao e o armazenamento externo

    justifique.

    5.2.5.2 A sala para guarda de recipientes de transporte interno de resduos deve

    ter pisos e paredes lisas e lavveis, sendo o piso ainda resistente ao

    trfego dos recipientes coletores. Deve possuir ponto de iluminao

    artificial e rea suficiente para armazenar, no mnimo, dois recipientes

    coletores, para o posterior traslado at a rea de armazenamento

    externo. Quando a sala for exclusiva para o armazenamento de resduos,

    deve estar identificada como SALA DE RESDUOS.

    5.2.5.3 A sala para o armazenamento temporrio pode ser compartilhada com a

    sala de utilidades. Neste caso, a sala dever dispor de rea exclusiva de

    no mnimo 2 m2, para armazenar dois recipientes coletores para posterior

    traslado at a rea de armazenamento externo.

    5.2.5.4 No armazenamento temporrio no permitida a retirada dos sacos de

    resduos de dentro dos recipientes ali estacionados.

    5.2.5.5 Os resduos de fcil putrefao que venham a ser coletados por perodo

    superior a 24 horas de seu armazenamento, devem ser conservados sob

    refrigerao, e quando no for possvel, serem submetidos a outro

    mtodo de conservao.

    5.2.5.6 O armazenamento de resduos qumicos deve atender NBR 12235 da

    ABNT (vide Captulo 6).

  • 26

    Na redao do PGR de cada Unidade, os itens 5.1.5.1 a 5.2.5.6 devero ser

    substitudos por texto que dever especificar as formas de armazenamento

    especficas para a Unidade, mencionando o acesso ao local de armazenamento, de

    acordo com o especificado na norma.

    5.2.6 Tratamento Consiste na aplicao de mtodo, tcnica ou processo que modifique as

    caractersticas dos riscos inerentes aos resduos, reduzindo ou eliminando o risco de

    contaminao, de acidentes ocupacionais ou de dano ao meio ambiente. O tratamento

    pode ser aplicado no prprio estabelecimento gerador ou em outro estabelecimento,

    observadas nestes casos, as condies de segurana para o transporte entre o

    estabelecimento gerador e o local do tratamento. Os sistemas para tratamento de

    resduos de servios de sade devem ser objeto de licenciamento ambiental, de

    acordo com a Resoluo CONAMA n 237/1997 e so passveis de fiscalizao e de

    controle pelos rgos de vigilncia sanitria e de meio ambiente. No caso de resduos

    qumicos, vide tambm o plano de implantao do Laboratrio de Resduos Qumicos

    da UFPA (Captulo 6).

    5.2.6.1 O processo de autoclavao aplicado em laboratrios para reduo de

    carga microbiana de culturas e estoques de microorganismos est

    dispensado de licenciamento ambiental, ficando sob a responsabilidade

    dos servios que as possurem, a garantia da eficcia dos equipamentos

    mediante controles qumicos e biolgicos peridicos devidamente

    registrados.

    5.2.6.2 Os sistemas de tratamento trmico por incinerao devem obedecer ao

    estabelecido na Resoluo CONAMA n. 316/2002.

    Na redao do PGR de cada Unidade, os itens 5.2.6.1 e 5.2.6.2 devero ser

    substitudos por texto que dever especificar as formas de tratamento especficas para

    a Unidade, caso existentes, de acordo com o especificado na norma.

    5.2.7 Armazenamento externo Consiste na guarda dos recipientes de resduos at a realizao da etapa de coleta

    externa, em ambiente exclusivo com acesso facilitado para os veculos coletores.

    5.2.7.1 No armazenamento externo no permitida a manuteno dos sacos de

    resduos fora dos recipientes ali estacionados.

    Dever se definir o local para armazenamento externo, bem como a forma de acesso.

  • 27

    5.2.8 Coleta e transporte externos Consistem na remoo dos RSS do abrigo de resduos (armazenamento externo) at

    a unidade de tratamento ou disposio final, utilizando-se tcnicas que garantam a

    preservao das condies de acondicionamento e a integridade dos trabalhadores,

    da populao e do meio ambiente, devendo estar de acordo com as orientaes dos

    rgos de limpeza urbana.

    5.2.8.1 A coleta e transporte externos dos resduos de servios de sade devem

    ser realizados de acordo com as normas NBR 12810 e NBR 14652 da

    ABNT.

    Dever se definir os procedimentos para coleta e transporte externos pela UFPA.

    5.2.9 Disposio final Consiste na disposio de resduos no solo, previamente preparado para receb-los,

    obedecendo a critrios tcnicos de construo e operao, e com licenciamento

    ambiental de acordo com a Resoluo CONAMA n 237/97.

    Dever se definir os procedimentos para disposio final pela UFPA.

    Para fins de aplicabilidade deste Regulamento, o manejo dos RSS nas fases de

    Acondicionamento, Identificao, Armazenamento Temporrio e Destinao Final,

    ser tratado segundo a classificao dos resduos constante do Apndice III.

  • 28

    5.3 Caracterizao e manejo de diferentes tipos resduos

    5.4 Resduos do grupo A1

    Culturas e estoques de microorganismos resduos de fabricao de produtos

    biolgicos, exceto os hemoderivados; meios de cultura e instrumentais utilizados para

    transferncia, inoculao ou mistura de culturas; resduos de laboratrios de

    manipulao gentica. Estes resduos no podem deixar a unidade geradora sem

    tratamento prvio.

    5.4.1 Devem ser inicialmente acondicionados de maneira compatvel com o

    processo de tratamento a ser utilizado.

    5.4.2 Devem ser submetidos a tratamento, utilizando-se processo fsico ou outros

    processos que vierem a ser validados para a obteno de reduo ou

    eliminao da carga microbiana, em equipamento compatvel com Nvel III de

    Inativao Microbiana (Apndices IV).

    5.4.3 Aps o tratamento, devem ser acondicionados da seguinte forma:

    5.4.4 Se no houver descaracterizao fsica das estruturas, devem ser

    acondicionados conforme o item 5.3.1.2, em saco branco leitoso, que devem

    ser substitudos quando atingirem 2/3 de sua capacidade ou pelo menos uma

    vez a cada 24 horas e identificados conforme item 5.2.3.3.

    Havendo descaracterizao fsica das estruturas, podem ser acondicionados

    como resduos do Grupo D.

    5.4.5 Resduos resultantes de atividades de vacinao com microorganismos vivos

    ou atenuados, incluindo frascos de vacinas com expirao do prazo de

    validade, com contedo inutilizado, vazios ou com restos do produto, agulhas

    e seringas. Devem ser submetidos a tratamento antes da disposio final.

    5.4.6 Devem ser submetidos a tratamento, utilizando-se processo fsico ou outros

    processos que vierem a ser validados para a obteno de reduo ou

    eliminao da carga microbiana, em equipamento compatvel com Nvel III de

    Inativao Microbiana (Apndices IV).

    5.4.7 Os resduos provenientes de campanha de vacinao e atividade de

    vacinao em servio pblico de sade, quando no puderem ser submetidos

    ao tratamento em seu local de gerao, devem ser recolhidos e devolvidos s

  • 29

    Secretarias de Sade responsveis pela distribuio, em recipiente rgido,

    resistente punctura, ruptura e vazamento, com tampa e devidamente

    identificado, de forma a garantir o transporte seguro at a unidade de

    tratamento.

    5.4.8 Os demais servios devem tratar estes resduos conforme o item 5.2.1 em

    seu local de gerao. Aps o tratamento, devem ser acondicionados da

    seguinte forma:

    5.4.9 Se no houver descaracterizao fsica das estruturas, devem ser

    acondicionados conforme o item 1.2 , em saco branco leitoso, que devem ser substitudos quando atingirem 2/3 de sua capacidade ou pelo menos uma vez

    a cada 24 horas e identificados conforme item 5.2.3.3.

    5.4.10 Havendo descaracterizao fsica das estruturas, podem ser acondicionados

    como resduos do Grupo D.

    5.4.11 Resduos resultantes da ateno sade de indivduos ou animais, com

    suspeita ou certeza de contaminao biolgica por agentes Classe de Risco 4

    (Apndice V), microorganismos com relevncia epidemiolgica e risco de

    disseminao ou causador de doena emergente que se torne

    epidemiologicamente importante ou cujo mecanismo de transmisso seja

    desconhecido. Devem ser submetidos a tratamento antes da disposio final.

    a) A manipulao em ambiente laboratorial de pesquisa, ensino ou

    assistncia deve seguir as orientaes contidas na publicao do

    Ministrio da Sade - Diretrizes Gerais para o Trabalho em Conteno

    com Material Biolgico, correspondente aos respectivos microrganismos

    (ANEXO 2).

    b) Devem ser acondicionados conforme o item 1.2, em sacos vermelhos,

    que devem ser substitudos quando atingirem 2/3 de sua capacidade ou

    pelo menos uma vez a cada 24 horas e identificados conforme item

    5.2.2.3.

    c) Devem ser submetidos a tratamento utilizando-se processo fsico ou

    outros processos que vierem a ser validados para a obteno de reduo

    ou eliminao da carga microbiana, em equipamento compatvel com

    Nvel III de Inativao Microbiana (Apndice IV).

    d) Aps o tratamento, devem ser acondicionados da seguinte forma:

    5.4.12 Se no houver descaracterizao fsica das estruturas, devem ser

    acondicionados conforme o item 1.2 , em saco branco leitoso, que devem ser

  • 30

    substitudos quando atingirem 2/3 de sua capacidade ou pelo menos uma vez

    a cada 24 horas e identificados conforme item 5.2.2.3.

    Havendo descaracterizao fsica das estruturas, podem ser acondicionados

    como resduos do Grupo D.

    5.4.13 Bolsas transfusionais contendo sangue ou hemocomponentes rejeitadas por

    contaminao ou por m conservao, ou com prazo de validade vencido, e

    aquelas oriundas de coleta incompleta; sobras de amostras de laboratrio

    contendo sangue ou lquidos corpreos, recipientes e materiais resultantes do

    processo de assistncia sade, contendo sangue ou lquidos corpreos na

    forma livre. Devem ser submetidos a tratamento antes da disposio final.

    a) Devem ser acondicionados conforme o item 1.2 , em sacos vermelhos, que devem ser substitudos quando atingirem 2/3 de sua capacidade ou

    pelo menos uma vez a cada 24 horas e identificados conforme item

    5.2.2.3.

    b) Devem ser submetidos a tratamento utilizando-se processo fsico ou

    outros processos que vierem a ser validados para a obteno de reduo

    ou eliminao da carga microbiana, em equipamento compatvel com Nvel

    III de Inativao Microbiana (Apndice IV) e que desestruture as suas

    caractersticas fsicas, de modo a se tornarem irreconhecveis.

    c) Aps o tratamento, podem ser acondicionados como resduos do Grupo D.

    d) Caso o tratamento previsto no item 5.3.1. venha a ser realizado fora da

    unidade geradora, o acondicionamento para transporte deve ser em

    recipiente rgido, resistente punctura, ruptura e vazamento, com tampa

    provida de controle de fechamento e devidamente identificado, conforme

    item 5.2.2.3., de forma a garantir o transporte seguro at a unidade de

    tratamento.

    e) As bolsas de hemocomponentes contaminadas podero ter a sua

    utilizao autorizada para finalidades especficas tais como ensaios de

    proficincia e confeco de produtos para diagnstico de uso in vitro, de

    acordo com Regulamento Tcnico a ser elaborado pela ANVISA. Caso

    no seja possvel a utilizao acima, devem ser submetidas a processo de

    tratamento conforme definido no item 5.3.1.2.

    f) As sobras de amostras de laboratrio contendo sangue ou lquidos

    corpreos, podem ser descartadas diretamente no sistema de coleta de

    esgotos, desde que atendam respectivamente as diretrizes estabelecidas

  • 31

    pelos rgos ambientais, gestores de recursos hdricos e de saneamento

    competentes.

    5.5 Resduos do grupo A2

    Carcaas, peas anatmicas, vsceras e outros resduos provenientes de animais

    submetidos a processos de experimentao com inoculao de microorganismos, bem

    como suas forraes, e os cadveres de animais suspeitos de serem portadores de

    microorganismos de relevncia epidemiolgica e com risco de disseminao, que

    foram submetidos ou no a estudo anatomopatolgico ou confirmao diagnstica.

    Devem ser submetidos a tratamento antes da disposio final.

    5.5.1 Devem ser inicialmente acondicionados de maneira compatvel com o

    processo de tratamento a ser utilizado. Quando houver necessidade de

    fracionamento, em funo do porte do animal, a autorizao do rgo de

    sade competente deve obrigatoriamente constar do PGR.

    5.5.2 Resduos contendo microorganismos com alto risco de transmissibilidade e

    alto potencial de letalidade (Classe de risco 4) devem ser submetidos, no

    local de gerao, a processo fsico ou outros processos que vierem a ser

    validados para a obteno de reduo ou eliminao da carga microbiana, em

    equipamento compatvel com Nvel III de Inativao Microbiana (Apndice IV)

    e posteriormente encaminhados para tratamento trmico por incinerao.

    5.5.3 Os resduos no enquadrados no item 5.3.2.2. devem ser tratados utilizando-

    se processo fsico ou outros processos que vierem a ser validados para a

    obteno de reduo ou eliminao da carga microbiana, em equipamento

    compatvel com Nvel III de Inativao Microbiana (Apndice IV). O

    tratamento pode ser realizado fora do local de gerao, mas os resduos no

    podem ser encaminhados para tratamento em local externo ao servio.

    5.5.4 Aps o tratamento dos resduos do item 5.3.2.3, estes podem ser

    encaminhados para aterro sanitrio licenciado ou local devidamente

    licenciado para disposio final de RSS, ou sepultamento em cemitrio de

    animais.

    5.5.5 Quando encaminhados para disposio final em aterro sanitrio licenciado,

    devem ser acondicionados conforme o item 1.2, em sacos brancos leitosos,

    que devem ser substitudos quando atingirem 2/3 de sua capacidade ou pelo

  • 32

    menos uma vez a cada 24 horas e identificados conforme item 5.2.2.3. e a

    inscrio de "PEAS ANATMICAS DE ANIMAIS".

    5.6 Resduos do grupo A3

    Peas anatmicas (membros) do ser humano; produto de fecundao sem sinais

    vitais, com peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25 centmetros ou

    idade gestacional menor que 20 semanas, que no tenham valor cientfico ou legal e

    no tenha havido requisio pelo paciente ou seus familiares.

    5.6.1 Aps o registro no local de gerao, devem ser encaminhados para: I -

    Sepultamento em cemitrio, desde que haja autorizao do rgo competente

    do Municpio, do Estado ou do Distrito Federal ou; II - Tratamento trmico por

    incinerao ou cremao, em equipamento devidamente licenciado para esse

    fim.

    5.6.2 Se forem encaminhados para sistema de tratamento, devem ser

    acondicionados conforme o item 1.2, em sacos vermelhos, que devem ser substitudos quando atingirem 2/3 de sua capacidade ou pelo menos uma vez

    a cada 24 horas e identificados conforme item 5.2.2.3 e a inscrio "PEAS

    ANATMICAS".

    5.6.3 O rgo ambiental competente nos Estados, Municpios e Distrito Federal

    pode aprovar outros processos alternativos de destinao.

    5.7 Resduos do grupo A4

    Kits de linhas arteriais, endovenosas e dialisadores; filtros de ar e gases aspirados de

    rea contaminada; membrana filtrante de equipamento mdico-hospitalar e de

    pesquisa, entre outros similares; sobras de amostras de laboratrio e seus recipientes

    contendo fezes, urina e secrees, provenientes de pacientes que no contenham e

    nem sejam suspeitos de conter agentes Classe de Risco 4, e nem apresentem

    relevncia epidemiolgica e risco de disseminao, ou microorganismo causador de

    doena emergente que se torne epidemiologicamente importante ou cujo mecanismo

    de transmisso seja desconhecido ou com suspeita de contaminao com prons;

    tecido adiposo proveniente de lipoaspirao, lipoescultura ou outro procedimento de

    cirurgia plstica que gere este tipo de resduo; recipientes e materiais resultantes do

    processo de assistncia sade, que no contenham sangue ou lquidos corpreos

  • 33

    na forma livre; peas anatmicas (rgos e tecidos) e outros resduos provenientes de

    procedimentos cirrgicos ou de estudos anatomopatolgicos ou de confirmao

    diagnstica; carcaas, peas anatmicas, vsceras e outros resduos provenientes de

    animais no submetidos a processos de experimentao com inoculao de

    microorganismos, bem como suas forraes; cadveres de animais provenientes de

    servios de assistncia; bolsas transfusionais vazias ou com volume residual ps-

    transfuso.

    5.7.1 Estes resduos podem ser dispostos, sem tratamento prvio, em local

    devidamente licenciado para disposio final de RSS.

    5.7.2 Devem ser acondicionados conforme o item 1.2, em sacos brancos leitosos, que devem ser substitudos quando atingirem 2/3 de sua capacidade ou pelo

    menos uma vez a cada 24 horas e identificados conforme item 5.2.2.3.

    5.8 Resduos do grupo A5

    rgos, tecidos, fluidos orgnicos, materiais perfurocortantes ou escarificantes e

    demais materiais resultantes da ateno sade de indivduos ou animais, com

    suspeita ou certeza de contaminao com prons.

    5.8.1 Devem sempre ser encaminhados a sistema de incinerao, de acordo com o

    definido na RDC ANVISA n 305/2002.

    5.8.2 Devem ser acondicionados conforme o item 1.2, em sacos vermelhos, que devem ser substitudos aps cada procedimento e identificados conforme

    item 5.2.2.3.

    5.8.3 Devem ser utilizados dois sacos como barreira de proteo, com

    preenchimento somente at 2/3 de sua capacidade, sendo proibido o seu

    esvaziamento ou reaproveitamento.

    Os resduos do Grupo A, gerados pelos servios de assistncia domiciliar, devem ser

    acondicionados e recolhidos pelos prprios agentes de atendimento ou por pessoa

    treinada para a atividade, de acordo com este Regulamento, e encaminhados ao

    estabelecimento de sade de referncia.

  • 34

    5.9 Resduos do grupo B (em servios de sade)1

    Resduos qumicos que apresentam risco sade ou ao meio ambiente, quando no

    forem submetidos a processo de reutilizao, recuperao ou reciclagem, devem ser

    submetidos a tratamento ou disposio final especficos.

    5.9.1 As caractersticas dos riscos destas substncias so as contidas na Ficha de

    Informaes de Segurana de Produtos Qumicos - FISPQ, conforme NBR

    14725 da ABNT e Decreto/PR 2657/98.

    5.9.2 A FISPQ no se aplica aos produtos farmacuticos e cosmticos

    5.9.3 Resduos qumicos no estado slido, quando no tratados, devem ser

    dispostos em aterro de resduos perigosos - Classe I

    5.9.4 Resduos qumicos no estado lquido devem ser submetidos a tratamento

    especfico, sendo vedado o seu encaminhamento para disposio final em

    aterros.

    5.9.5 Os resduos de substncias qumicas constantes do Apndice VI, quando no

    fizerem parte de mistura qumica, devem ser obrigatoriamente segregados e

    acondicionados de forma isolada.

    5.9.6 Devem ser acondicionados observadas as exigncias de compatibilidade

    qumica dos resduos entre si (Apndice VII), assim como de cada resduo

    com os materiais das embalagens de forma a evitar reao qumica entre os

    componentes do resduo e da embalagem, enfraquecendo ou deteriorando a

    mesma, ou a possibilidade de que o material da embalagem seja permevel

    aos componentes

    5.9.7 Quando os recipientes de acondicionamento forem constitudos de PEAD,

    dever ser observada a compatibilidade constante do Apndice VIII.

    5.9.8 Quando destinados reciclagem ou reaproveitamento, devem ser

    acondicionados em recipientes individualizados, observadas as exigncias de

    compatibilidade qumica do resduo com os materiais das embalagens de

    1 Vide tambm Plano de Implantao do Laboratrio de Resduos Qumicos da UFPA Captulo 6.

  • 35

    forma a evitar reao qumica entre os componentes do resduo e da

    embalagem, enfraquecendo ou deteriorando a mesma, ou a possibilidade de

    que o material da embalagem seja permevel aos componentes do resduo.

    5.9.9 Os resduos lquidos devem ser acondicionados em recipientes constitudos

    de material compatvel com o lquido armazenado, resistentes, rgidos e

    estanques, com tampa rosqueada e vedante. Devem ser identificados de

    acordo com o item 5.2.3.4 deste Regulamento Tcnico.

    5.9.10 Os resduos slidos devem ser acondicionados em recipientes de material

    rgido, adequados para cada tipo de substncia qumica, respeitadas as suas

    caractersticas fsico-qumicas e seu estado fsico, e identificados de acordo

    com o item 5.2.3.4 deste Regulamento Tcnico.

    5.9.11 As embalagens secundrias no contaminadas pelo produto devem ser

    fisicamente descaracterizadas e acondicionadas como Resduo do Grupo D,

    podendo ser encaminhadas para processo de reciclagem.

    5.9.12 As embalagens e materiais contaminados por substncias caracterizadas no

    item 5.4.2 deste Regulamento devem ser tratados da mesma forma que a

    substncia que as contaminou.

    5.9.13 Os resduos gerados pelos servios de assistncia domiciliar devem ser

    acondicionados, identificados e recolhidos pelos prprios agentes de

    atendimento ou por pessoa treinada para a atividade, de acordo com este

    Regulamento, e encaminhados ao estabelecimento de sade de referncia. O

    estabelecido neste item se aplica tambm aos RSS gerados em pesquisa de

    campo.

    5.9.14 As excretas de pacientes tratados com quimioterpicos antineoplsicos

    podem ser eliminadas no esgoto, desde que haja Sistema de Tratamento de

    Esgotos na regio onde se encontra o servio. Caso no exista tratamento de

    esgoto, devem ser submetidas a tratamento prvio no prprio

    estabelecimento.

    5.9.15 Resduos de produtos hormonais e produtos antimicrobianos; citostticos;

    antineoplsicos; imunossupressores; digitlicos; imunomoduladores; anti-

    retrovirais, quando descartados por servios assistenciais de sade,

    farmcias, drogarias e distribuidores de medicamentos ou apreendidos,

    devem ter seu manuseio conforme o item 7.2.

  • 36

    5.9.16 Os resduos de produtos e de insumos farmacuticos, sujeitos a controle

    especial, especificados na Portaria MS 344/98 e suas atualizaes devem

    atender legislao sanitria em vigor.

    5.9.17 Os reveladores utilizados em radiologia podem ser submetidos a processo de

    neutralizao para alcanarem pH entre 7 e 9, sendo posteriormente

    lanados na rede coletora de esgoto ou em corpo receptor, desde que

    atendam as diretrizes estabelecidas pelos rgos ambientais, gestores de

    recursos hdricos e de saneamento competentes.

    5.9.18 Os fixadores usados em radiologia podem ser submetidos a processo de

    recuperao da prata ou ento serem submetidos ao constante do item 7.16.

    5.9.19 O descarte de pilhas, baterias e acumuladores de carga contendo Chumbo

    (Pb), Cdmio (Cd) e Mercrio (Hg) e seus compostos, deve ser feito de

    acordo com a Resoluo CONAMA n 257/1999.

    5.9.20 Os demais resduos slidos contendo metais pesados podem ser

    encaminhados a Aterro de Resduos Perigosos-Classe I ou serem submetidos

    a tratamento de acordo com as orientaes do rgo local de meio ambiente,

    em instalaes licenciadas para este fim. Os resduos lquidos deste grupo

    devem seguir orientaes especficas dos rgos ambientais locais.

    5.9.21 Os resduos contendo Mercrio (Hg) devem ser acondicionados em

    recipientes sob selo d'gua e encaminhados para recuperao.

    5.9.22 Resduos qumicos que no apresentam risco sade ou ao meio ambiente.

    5.9.22.1 No necessitam de tratamento, podendo ser submetidos a processo de

    reutilizao, recuperao ou reciclagem.

    5.9.22.2 Resduos no estado slido, quando no submetidos reutilizao,

    recuperao ou reciclagem, devem ser encaminhados para sistemas de

    disposio final licenciados.

    5.9.22.3 Resduos no estado lquido podem ser lanados na rede coletora de

    esgoto ou em corpo receptor, desde que atendam respectivamente as

    diretrizes estabelecidas pelos rgos ambientais, gestores de recursos

    hdricos e de saneamento competentes.

    5.9.23 Os resduos de produtos ou de insumos farmacuticos que, em funo de seu

    princpio ativo e forma farmacutica, no oferecem risco sade e ao meio

    ambiente, conforme definido no item 3.1, quando descartados por servios

  • 37

    assistenciais de sade, farmcias, drogarias e distribuidores de

    medicamentos ou apreendidos, devem atender ao disposto no item 7.18.

    5.9.24 Os resduos de produtos cosmticos, quando descartados por farmcias,

    drogarias e distribuidores ou quando apreendidos, devem ter seu manuseio

    conforme item 7.2 ou 7.18, de acordo com a substncia qumica de maior

    risco e concentrao existente em sua composio, independente da forma

    farmacutica.

    5.9.25 Os resduos qumicos dos equipamentos automticos de laboratrios clnicos

    e dos reagentes de laboratrios clnicos, quando misturados, devem ser

    avaliados pelo maior risco ou conforme as instrues contidas na FISPQ e

    tratados conforme o item 7.2 ou 7.18.

    5.10 Resduos do grupo C

    5.10.1 Os rejeitos radioativos devem ser segregados de acordo com a natureza

    fsica do material e do radionucldeo presente, e o tempo necessrio para

    atingir o limite de eliminao, em conformidade com a norma NE-6.05 da

    CNEN. Os rejeitos radioativos no podem ser considerados resduos at que

    seja decorrido o tempo de decaimento necessrio ao atingimento do limite de

    eliminao.

    5.10.2 Os rejeitos radioativos slidos devem ser acondicionados em recipientes de

    material rgido, forrados internamente com saco plstico resistente e

    identificados conforme o item 8.2 deste Regulamento.

    5.10.3 Os rejeitos radioativos lquidos devem ser acondicionados em frascos de at

    dois litros ou em bombonas de material compatvel com o lquido

    armazenado, sempre que possvel de plstico, resistentes, rgidos e

    estanques, com tampa rosqueada, vedante, acomodados em bandejas de

    material inquebrvel e com profundidade suficiente para conter, com a devida

    margem de segurana, o volume total do rejeito, e identificados conforme o

    item 6.2 deste Regulamento.

    5.10.4 Os materiais perfurocortantes contaminados com radionucldeos devem ser

    descartados separadamente, no local de sua gerao, imediatamente aps o

    uso, em recipientes estanques, rgidos, com tampa, devidamente

    identificados, sendo expressamente proibido o esvaziamento desses

    recipientes para o seu reaproveitamento. As agulhas descartveis devem ser

  • 38

    desprezadas juntamente com as seringas, sendo proibido reencap-las ou

    proceder a sua retirada manualmente.

    5.10.5 Identificao

    5.10.5.1 O Grupo C representado pelo smbolo internacional de presena de

    radiao ionizante (triflio de cor magenta) em rtulos de fundo amarelo e

    contornos pretos, acrescido da expresso REJEITO RADIOATIVO,

    indicando o principal risco que apresenta aquele material, alm de

    informaes sobre o contedo, nome do elemento radioativo, tempo de

    decaimento, data de gerao, nome da unidade geradora, conforme

    norma da CNEN NE-6.05 e outras que a CNEN determinar.

    5.10.5.2 Os recipientes para os materiais perfurocortantes contaminados com

    radionucldeo devem receber a inscrio de "'PERFUROCORTANTE" e a

    inscrio REJEITO RADIOATIVO, e demais informaes exigidas.

    5.10.5.3 Aps o decaimento do elemento radioativo ao nvel do limite de

    eliminao estabelecido pela norma CNEN NE-6.05, o rtulo de REJEITO

    RADIOATIVO deve ser retirado e substitudo por outro rtulo, de acordo

    com o Grupo do resduo em que se enquadrar.

    5.10.5.4 O recipiente com rodas de transporte interno de rejeitos radioativos, alm

    das especificaes contidas no item 1.3 deste Regulamento, deve ser provido de recipiente com sistema de blindagem com tampa para

    acomodao de sacos de rejeitos radioativos, devendo ser monitorado a

    cada operao de transporte e ser submetido descontaminao,

    quando necessrio. Independente de seu volume, no poder possuir

    vlvula de drenagem no fundo. Deve conter identificao com inscrio,

    smbolo e cor compatveis com o resduo do Grupo C.

    5.10.6 Tratamento

    5.10.6.1 O tratamento dispensado aos rejeitos do Grupo C Rejeitos Radioativos

    o armazenamento, em condies adequadas, para o decaimento do

    elemento radioativo. O objetivo do armazenamento para decaimento

    manter o radionucldeo sob controle at que sua atividade atinja nveis

    que permitam liber-lo como resduo no radioativo. Este armazenamento

    poder ser realizado na prpria sala de manipulao ou em sala

    especfica, identificada como sala de decaimento. A escolha do local de

    armazenamento, considerando as meia-vidas, as atividades dos

    elementos radioativos e o volume de rejeito gerado, dever estar definida

  • 39

    no Plano de Radioproteo da Instalao, em conformidade com a norma

    NE-6.05 da CNEN. Para servios com atividade em Medicina Nuclear,

    observar ainda a norma NE-3.05 da CNEN.

    5.10.6.2 Os resduos do Grupo A de fcil putrefao, contaminados com

    radionucldeos, depois de atendido os respectivos itens de

    acondicionamento e identificao de rejeito radioativo, devem observar as

    condies de conservao mencionadas no item 1.5.5, durante o perodo de decaimento do elemento radioativo.

    5.10.6.3 O tratamento preliminar das excretas de seres humanos e de animais

    submetidos terapia ou a experimentos com radioistopos deve ser feito

    de acordo com os procedimentos constantes no Plano de Radioproteo.

    5.10.6.4 As sobras de alimentos provenientes de pacientes submetidos terapia

    com Iodo 131, depois de atendidos os respectivos itens de

    acondicionamento e identificao de rejeito radioativo, devem observar as

    condies de conservao mencionadas no item 1.5.5 durante o perodo de decaimento do elemento radioativo. Alternativamente, poder ser

    adotada a metodologia de triturao destes alimentos na sala de

    decaimento, com direcionamento para o sistema de esgotos, desde que

    haja Sistema de Tratamento de Esgotos na regio onde se encontra a

    unidade.

    5.10.6.5 O tratamento para decaimento dever prever mecanismo de blindagem

    de maneira a garantir que a exposio ocupacional esteja de acordo com

    os limites estabelecidos na norma NE-3.01 da CNEN. Quando o

    tratamento for realizado na rea de manipulao, devem ser utilizados

    recipientes blindados individualizados. Quando feito em sala de

    decaimento, esta deve possuir paredes blindadas ou os rejeitos

    radioativos devem estar acondicionados em recipientes individualizados

    com blindagem.

    5.10.6.6 Para servios que realizem atividades de Medicina Nuclear e possuam

    mais de trs equipamentos de diagnstico ou pelo menos um quarto

    teraputico, o armazenamento para decaimento ser feito em uma sala

    de decaimento de rejeitos radioativos com no mnimo 4 m, com os

    rejeitos acondicionados de acordo com o estabelecido no item 8.1 deste Regulamento.

  • 40

    5.10.6.7 A sala de decaimento de rejeitos radioativos deve ter o seu acesso

    controlado. Deve estar sinalizada com o smbolo internacional de

    presena de radiao ionizante e de rea de acesso restrito, dispondo de

    meios para garantir condies de segurana contra ao de eventos

    induzidos por fenmenos naturais e estar de acordo com o Plano de

    Radioproteo aprovado pela CNEN para a instalao.

    5.10.6.8 O limite de eliminao para rejeitos radioativos slidos de 75 Bq/g, para

    qualquer radionucldeo, conforme estabelecido na norma NE-6.05 da

    CNEN. Na impossibilidade de comprovar-se a obedincia a este limite,

    recomenda-se aguardar o decaimento do radionucldeo at nveis

    comparveis radiao de fundo.

    5.10.6.9 A eliminao de rejeitos radioativos lquidos no sistema de esgoto deve

    ser realizada em quantidades absolutas e concentraes inferiores s

    especificadas na norma NE-6.05 da CNEN, devendo esses valores ser

    parte integrante do plano de gerenciamento.

    5.10.6.10 A eliminao de rejeitos radioativos gasosos na atmosfera deve ser

    realizada em concentraes inferiores s especificadas na norma NE-

    6.05 da CNEN, mediante prvia autorizao da CNEN.

    5.10.6.11 O transporte externo de rejeitos radioativos, quando necessrio, deve

    seguir orientao prvia especfica da CNEN.

    5.11 Resduos do grupo D

    5.11.1 Acondicionamento

    5.11.1.1 Devem ser acondicionados de acordo com as orientaes dos servios

    locais de limpeza urbana, utilizando-se sacos impermeveis, contidos em

    recipientes e receber identificao conforme o item 9.2 deste Regulamento.

    5.11.1.2 Os cadveres de animais podem ter acondicionamento e transporte

    diferenciados, de acordo com o porte do animal, desde que submetidos

    aprovao pelo rgo de limpeza urbana, responsvel pela coleta,

    transporte e disposio final deste tipo de resduo.

  • 41

    5.11.2 Identificao

    5.11.2.1 Para os resduos do Grupo D, destinados reciclagem ou reutilizao, a

    identificao deve ser feita nos recipientes e nos abrigos de guarda de

    recipientes, usando cdigo de cores e suas correspondentes nomeaes,

    baseadas na Resoluo CONAMA n 275/2001, e smbolos de tipo de

    material reciclvel:

    I - azul - PAPIS

    II- amarelo - METAIS

    III - verde - VIDROS

    IV - vermelho - PLSTICOS

    V - marrom - RESDUOS ORGNICOS.

    5.11.2.2 Para os demais resduos do Grupo D deve ser utilizada a cor cinza nos

    recipientes.

    5.11.2.3 Caso no exista processo de segregao para reciclagem, no existe

    exigncia para a padronizao de cor destes recipientes.

    5.11.2.4 So admissveis outras formas de segregao, acondicionamento e

    identificao dos recipientes destes resduos para fins de reciclagem, de

    acordo com as caractersticas especficas das rotinas de cada servio,

    devendo estar contempladas no PGR.

    5.11.3 Tratamento

    5.11.3.1 Os resduos lquidos provenientes de esgoto e de guas servidas de

    estabelecimento de sade devem ser tratados antes do lanamento no

    corpo receptor ou na rede coletora de esgoto, sempre que no houver

    sistema de tratamento de esgoto coletivo atendendo a rea onde est

    localizado o servio, conforme definido na RDC ANVISA n 50/2002.

    5.11.3.2 Os resduos orgnicos, flores, resduos de podas de rvore e jardinagem,

    sobras de alimento e de pr-preparo desses alimentos, restos alimentares

    de refeitrios e de outros que no tenham mantido contato com

    secrees, excrees ou outro fluido corpreo, podem ser encaminhados

    ao processo de compostagem.

    5.11.3.3 Os restos e sobras de alimentos citados no item 9.3.2 s podem ser

    utilizados para fins de rao animal, se forem submetidos ao processo de

    tratamento que garanta a inocuidade do composto, devidamente avaliado

  • 42

    e comprovado por rgo competente da Agricultura e de Vigilncia

    Sanitria do Municpio, Estado ou do Distrito Federal.

    5.12 Resduos do grupo E

    Os materiais perfurocortantes devem ser descartados separadamente, no local de sua

    gerao, imediatamente aps o uso ou necessidade de descarte, em recipientes,

    rgidos, resistentes punctura, ruptura e vazamento, com tampa, devidamente

    identificados, atendendo aos parmetros referenciados na norma NBR 13853/97 da

    ABNT, sendo expressamente proibido o esvaziamento desses recipientes para o seu

    reaproveitamento. As agulhas descartveis devem ser desprezadas juntamente com

    as seringas, quando descartveis, sendo proibido reencap-las ou proceder a sua

    retirada manualmente.

    5.12.1 O volume dos recipientes de acondicionamento deve ser compatvel com a

    gerao diria deste tipo de resduo.

    5.12.2 Os recipientes mencionados no item 10.1 devem ser descartados quando o preenchimento atingir 2/3 de sua capacidade ou o nvel de preenchimento

    ficar a 5 (cinco) cm de distncia da boca do recipiente, sendo proibido o seu

    esvaziamento ou reaproveitamento.

    5.12.3 Os resduos do Grupo E, gerados pelos servios de assistncia domiciliar,

    devem ser acondicionados e recolhidos pelos prprios agentes de

    atendimento ou por pessoa treinada para a atividade, de acordo com este

    Regulamento, e encaminhados ao estabelecimento de sade de referncia. O

    estabelecido neste item se aplica tambm aos RSS gerados em pesquisa de

    campo.

    5.12.4 Os recipientes devem estar identificados de acordo com o item 1.3.6, com smbolo internacional de risco biolgico, acrescido da inscrio de

    "PERFUROCORTANTE" e os riscos adicionais, qumico ou radiolgico.

    5.12.5 O armazenamento temporrio, o transporte interno e o armazenamento

    externo destes resduos podem ser feitos nos mesmos recipientes utilizados

    para o Grupo A.

    5.12.6 Tratamento

    5.12.6.1 Os resduos perfurocortantes contaminados com agente biolgico Classe

    de Risco 4, microrganismos com relevncia epidemiolgica e risco de

    disseminao ou causador de doena emergente que se torne

  • 43

    epidemiologicamente importante ou cujo mecanismo de transmisso seja

    desconhecido, devem ser submetidos a tratamento, utilizando-se

    processo fsico ou outros processos que vierem a ser validados para a

    obteno de reduo ou eliminao da carga microbiana, em

    equipamento compatvel com Nvel III de Inativao Microbiana (Apndice

    IV).

    5.12.6.2 Dependendo da concentrao e volume residual de contaminao por

    substncias qumicas perigosas, estes resduos devem ser submetidos

    ao mesmo tratamento dado substncia contaminante.

    5.12.6.3 Os resduos contaminados com radionucldeos devem ser submetidos ao

    mesmo tempo de decaimento do material que o contaminou, conforme

    orientaes constantes do item 8.3.

    5.12.6.4 As seringas e agulhas utilizadas em processos de assistncia sade,

    inclusive as usadas na coleta laboratorial de amostra de paciente e os

    demais resduos perfurocortantes no necessitam de tratamento. As

    etapas seguintes do manejo dos RSS sero abordadas por processo, por

    abrangerem mais de um tipo de resduo em sua especificao, e devem

    estar em conformidade com a Resoluo CONAMA n 283/2001.

    5.12.7 Armazenamento externo

    5.12.7.1 O armazenamento externo, denominado de abrigo de resduos, deve ser

    construdo em ambiente exclusivo, com acesso externo facilitado coleta,

    possuindo, no mnimo, um ambiente separado para atender o

    armazenamento de recipientes de resduos do Grupo A juntamente com o

    Grupo E e um ambiente para o Grupo D. O abrigo deve ser identificado e

    restrito aos funcionrios do gerenciamento de resduos, ter fcil acesso

    para os recipientes de transporte e para os veculos coletores. Os

    recipientes de transporte interno no podem transitar pela via pblica

    externa edificao para terem acesso ao abrigo de resduos.

    5.12.7.2 O abrigo de resduos deve ser dimensionado de acordo com o volume de

    resduos gerados, com capacidade de armazenamento compatvel com a

    periodicidade de coleta do sistema de limpeza urbana local. O piso deve

    ser revestido de material liso, impermevel, lavvel e de fcil

    higienizao. O fechamento deve ser constitudo de alvenaria revestida

    de material liso, lavvel e de fcil higienizao, com aberturas para

  • 44

    ventilao, de dimenso equivalente a, no mnimo, 1/20 (um vigsimo) da

    rea do piso, com tela de proteo contra insetos.

    5.12.7.3 O abrigo referido no item 11.2 deste Regulamento deve ter porta provida de tela de proteo contra roedores e vetores, de largura compatvel com

    as dimenses dos recipientes de coleta externa, pontos de iluminao e

    de gua, tomada eltrica, canaletas de escoamento de guas servidas

    direcionadas para a rede de esgoto do estabelecimento e ralo sifonado

    com tampa que permita a sua vedao.

    5.12.7.4 Os resduos qumicos do Grupo B devem ser armazenados em local

    exclusivo com dimensionamento compatvel com as caractersticas

    quantitativas e qualitativas dos resduos gerados.

    5.12.7.5 O abrigo de resduos do Grupo B, quando necessrio, deve ser projetado

    e construdo em alvenaria, fechado, dotado apenas de aberturas para

    ventilao adequada, com tela de proteo contra insetos. Ter piso e

    paredes revestidos internamente de material resistente, impermevel e

    lavvel, com acabamento liso. O piso deve ser inclinado, com caimento

    indicando para as canaletas. Deve possuir sistema de drenagem com ralo

    sifonado provido de tampa que permita a sua vedao. Possuir porta

    dotada de proteo inferior para impedir o acesso de vetores e roedores.

    5.12.7.6 O abrigo de resduos do Grupo B deve estar identificado, em local de fcil

    visualizao, com sinalizao de segurana-RESDUOS QUMICOS, com

    smbolo baseado na norma NBR 7500 da ABNT.

    5.12.7.7 O armazenamento de resduos perigosos deve contemplar ainda as

    orientaes contidas na norma NBR 12.235 da ABNT. O abrigo de

    resduos deve possuir rea especfica de higienizao para limpeza e

    desinfeco simultnea dos recipientes coletores e demais equipamentos

    utilizados no manejo de RSS. A rea deve possuir cobertura, dimenses

    compatveis com os equipamentos que sero submetidos limpeza e

    higienizao, piso e paredes lisos, impermeveis, lavveis, ser provida de

    pontos de iluminao e tomada eltrica, ponto de gua, preferencialmente

    quente e sob presso, canaletas de escoamento de guas servidas

    direcionadas para a rede de esgotos do estabelecimento e ralo sifonado

    provido de tampa que permita a sua vedao.

    5.12.7.8 O trajeto para o traslado de resduos desde a gerao at o

    armazenamento externo deve permitir livre acesso dos recipientes

  • 45

    coletores de resduos, possuir piso com revestimento resistente

    abraso, superfcie plana, regular, antiderrapante e rampa, quando

    necessria, com inclinao de acordo com a RDC ANVISA n. 50/2002.

    5.12.7.9 O estabelecimento gerador de RSS cuja gerao semanal de resduos

    no exceda a 700 l e a diria no exceda a 150 l, pode optar pela

    instalao de um abrigo reduzido exclusivo, com as seguintes

    caractersticas:

    a) Ser construdo em alvenaria, fechado, dotado apenas de aberturas

    teladas para ventilao, restrita a duas aberturas de 10 x 20 cm cada

    uma delas, uma a 20 cm do piso e a outra a 20 cm do teto, abrindo

    para a rea externa. A critrio da autoridade sanitria, estas aberturas

    podem dar para reas internas da edificao.

    b) Piso, paredes, porta e teto de material liso, impermevel e lavvel.

    Caimento de piso para ao lado oposto ao da abertura com instalao

    de ralo sifonado ligado instalao de esgoto sanitrio do servio.

    c) Identificao na porta com o smbolo de acordo com o tipo de resduo

    armazenado.

    d) Ter localizao tal que no abra diretamente para a rea de

    permanncia de pessoas e circulao de pblico, dando-se

    preferncia a locais de fcil acesso coleta externa e prxima a reas

    de guarda de material de limpeza ou expurgo.

  • 46

    6 PLANO DE IMPLANTAO DO LABORATRIO DE RESDUOS QUMICOS

    6.1 Diretrizes de ao

    6.1.1 Atribuies dos Laboratrios geradores de resduos qumicos

    a) Rotulagem in situ dos recipientes contendo resduos qumicos;

    b) Acondicionamento dos resduos para transporte seguro;

    c) Envio de memorando ao LRQ-UFPA solicitando a retirada dos resduos

    qumicos;

    d) Disposio final de resduos no recuperados

    6.1.2 Atribuies do Laboratrio de Resduos Qumicos (LRQ):

    a) Coleta dos resduos qumicos gerados pelo Campus da UFPA;

    b) Gerenciamento do Entreposto de Resduos Qumicos;

    c) Estabelecimento de procedimentos tcnicos adequados para

    recuperao resduos qumicos;

    d) Certificao qumica dos produtos recuperados;

    e) Disponibilizao dos produtos recuperados;

    f) Disposio final de resduos no recuperados.

  • 47

    6.2 Procedimentos padro de identificao, armazenagem e coleta.

    6.2.1 Rotulagem in situ dos recipientes contendo resduos qumicos

    A rotulagem adotada ser o protocolo denominado "Diamante do Perigo

    NFPA 704". O Diamante do Perigo (DP) dividido em quatro quadrantes.

    Os trs primeiros so sees coloridas indicando a toxicidade, a

    inflamabilidade e a reatividade de produtos qumicos perigosos, cujo

    nmero, que varia de 1 a 4, est associado periculosidade do material.

    Quanto maior o nmero, maior o risco. O quarto quadrante reserva-se a

    caractersticas especiais desse material (Figura 1).

    Esse rtulo possui sinais de fcil reconhecimento e entendimento, os

    quais podem dar uma idia geral do comportamento do material, assim

    como de seu grau de periculosidade.

    As normas para a rotulagem so as seguintes:

    a) A etiqueta deve ser colocada no frasco antes de se inserir o resduo

    qumico para evitar erros;

    b) Abreviao e frmulas no so permitidas;

    c) Os frascos contendo os resduos devem estar devidamente etiquetados

    seguindo o DP;

    d) O DP deve ser completamente preenchido, ou seja, devem constar os

    nmeros referentes aos trs itens: risco sade, inflamab