28
2 edição a r e v i s t a Transporte Frotas e GERENCIAMENTO DE AMIR MATTAR VALENTE ANTONIO GALVÃO NOVAES EUNICE PASSAGLIA HEITOR VIEIRA

Gerenciamento de Transporte e Frotas, 2ed

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Autores: Amir Mattar Valente, Antonio Galvão Novaes, Eunice Passaglia e Heitor Vieira

Citation preview

Page 1: Gerenciamento de Transporte e Frotas, 2ed

2 ediçãoa

r e v i s t aO setor de transportes está envolvido em um mercado francamente concorrencial e que,

além disso, vem sofrendo profundas alterações oriundas do desenvolvimento tecno-

lógico e da globalização da economia.

Na busca por instrumentos que possam contribuir para a melhoria na gestão das frotas e

para a modernização dos recursos disponíveis, e dada a constatação do êxito da primeira

edição nos meios empresarial e acadêmico, lança-se agora uma edição totalmente

revisada, com destaque para os capítulos 9 e 10, os quais receberam diversas atualizações

notadamente no que se refere a aspectos de legislação e novas tecnologias.

Questões relacionadas a dimensionamento, operação e renovação de frotas, espe-

cificação de veículos, custos, planejamento da manutenção, acomodação de cargas e

passageiros, além da aplicação de inovações tecnológicas no setor, foram pesquisadas a

partir da bibliografia existente e apresentadas pelos autores com base em suas ex-

periências e na prática observada nas empresas.

vem ao encontro das atuais necessidades do

mercado de transportes, que exigem não só a otimização das operações, mas também a

constante atualização dos métodos e equipamentos de trabalho.

Livro-texto para os cursos da área de Logística eTransportes, tanto na graduação como

na pós-graduação. Além do mercado universitário, este livro pode atender empresas,

órgãos de transportes e transportadoras, grandes indústrias e embarcadores.

Gerenciamento de Transporte e Frotas

Aplicações

Outras Obras

Gestão da Cadeia deSuprimentos Integrada àTecnologia da Informação

Logística e Gerenciamentoda Cadeia de Suprimentos2ª edição

Qualidade e Produtividadenos Transportes

Carlos Francisco Simões Gomes e

Priscilla Cristina Cabral Ribeiro

Martin Christopher

Amir Mattar Valente, Eunice

Passaglia, Jorge Alcides Cruz, José

Carlos Mello, Névio Antônio

Carvalho, Sérgio Mayerle e Silvio

dos Santos

GE

RE

NC

IAM

EN

TO

DE

TR

AN

SP

OR

TE

EF

RO

TA

S

Para suas soluções de curso e aprendizado,

visite www.cengage.com.br

TransporteFrotase

GERENCIAMENTO DE

AMIR MATTAR VALENTE

ANTONIO GALVÃO NOVAES

EUNICE PASSAGLIA

HEITOR VIEIRA

TransporteFrotase

GERENCIAMENTO DESobre os Autores

Amir Mattar Valente

Antonio Galvão Novaes

Eunice Passaglia

Heitor Vieira

Engenheiro Civil, Mestre em Engenharia

de Transporte e Doutor em Engenharia de

Produção. Consultor de Projetos na Confederação

Nacional do Transporte (CNT), na Agência

Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e no

Departamento Nacional de Infra-Estrutura de

Transportes (DNIT). Ministrante de diversos

cursos e palestras. Autor de livros, artigos

publicados em anais de congressos, periódicos e

revistas nacionais e internacionais. Professor dos

cursos de graduação, mestrado e doutorado em

Engenharia Civil da UFSC. Supervisor do

Laboratório de Transporte e Logística

(LabTrans/UFSC).

Engenheiro Naval, Mestre em Transportes

Marítimos , Doutor em Engenharia e Pesquisa

Operacional. Senior Analyst, Advanced Marine

Technology Division, Littion Industries. Autor de

oito livros técnicos e de artigos publicados em

periódicos nacionais e internacionais.

Engenheira Civil, Mestre em Planejamento de

Transportes, Doutora em Engenharia de

Produção. Consultora de Empresas. Ministrante

de diversos cursos e palestras. Autora de livros,

artigos publicados em anais de congressos,

periódicos e revistas nacionais e internacionais.

Engenheiro Civil, Mestre em Engenharia de

Transportes, Doutor em Engenharia de Produção

e recentemente concluiu Estágio Pós-Doutoral.

Professor do curso de Pós-Graduação em Gestão

Ambiental em Municípios. Ministrante de

diversos cursos e palestras e autor de vários

artigos publicados, anais de congressos nacionais

e internacionais, periódicos e revistas nacionais e

internacionais.

Page 2: Gerenciamento de Transporte e Frotas, 2ed
Page 3: Gerenciamento de Transporte e Frotas, 2ed

GERENCIAMENTODE TRANSPORTE E FROTAS

1-Iniciais.indd I 29.03.10 13:08:59

Page 4: Gerenciamento de Transporte e Frotas, 2ed

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Índice para catálogo sistemático:

1. Frotas de veículos : Administração 658.9138832

2. Veículos : Frotas : Administração 658.9138832

Gerenciamento de transporte e frotas / Amir Mattar Valente

... [et al.]. — 2. ed. rev. – São Paulo : Cengage Learning,

2008.

Outros autores: Eunice Passaglia, Antônio Galvão

Novaes, Heitor Vieira

Bibliografia.

ISBN 978-85-221-0992-0

1. Frotas de veículos a motor – Administração 2. Trans -

portes – Administração I. Valente, Amir Mattar. II. Pas-

saglia, Eunice. III. Novaes, Antonio Galvão. IV. Vieira,

Heitor.

08-04758 CDD-658.9138832

1-Iniciais.indd II 29.03.10 13:08:59

Page 5: Gerenciamento de Transporte e Frotas, 2ed

GERENCIAMENTODE TRANSPORTE E FROTAS

Austrália • Brasil • Japão • Coréia • México • Cingapura • Espanha • Reino Unido • Estados Unidos

Amir Mattar ValenteAntonio Galvão Novaes

Eunice PassagliaHeitor Vieira

2a edição revista

1-Iniciais.indd III 29.03.10 13:09:00

Page 6: Gerenciamento de Transporte e Frotas, 2ed

Gerenciamento de Transporte e Frotas

2a edição revista

Amir Mattar Valente

Antonio Galvão Novaes

Eunice Passaglia

Heitor Vieira

Gerente Editorial: Patricia La Rosa

Editora de Desenvolvimento: Danielle Mendes Sales

Supervisor de Produção Editorial: Fábio Gonçalves

Produtora Editorial: Ana Lucia Sant’Ana dos Santos

Supervisora de Produção Gráfi ca: Fabiana Alencar

Albuquerque

Copidesque: Iná de Carvalho

Revisão: Adriane Peçanha

Luciane Helena Gomide

Diagramação: Join Bureau

Ilustrações: Eduardo Borges

Capa: FZ. Dáblio

© 2008 Cengage Learning Edições Ltda.

Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste

livro poderá ser reproduzida, sejam quais forem os

meios empregados, sem a permissão, por escrito, da

Editora. Aos infratores aplicam-se as sanções previstas

nos artigos 102, 104, 106 e 107 da Lei no 9.610, de 19 de

fevereiro de 1998.

Para informações sobre nossos produtos, entre em

contato pelo telefone 0800 11 19 39

Para permissão de uso de material desta obra, envie

seu pedido para [email protected]

© 2008 Cengage Learning. Todos os direitos reservados.

ISBN-13: 978-85-221-0992-0

ISBN-10: 85-221-0992-3

Cengage Learning

Condomínio E-Business Park

Rua Werner Siemens, 111 – Prédio 20 – Espaço 04Lapa de Baixo – CEP 05069-900 – São Paulo – SP

Tel.: (11) 3665-9900 – Fax: (11) 3665-9901

SAC: 0800 11 19 39

Para suas soluções de curso e aprendizado, visite

www.cengage.com.br

Impresso no Brasil.Printed in Brazil.1 2 3 4 5 6 7 12 11 10 09 08

1-Iniciais.indd IV 29.03.10 13:09:00

Page 7: Gerenciamento de Transporte e Frotas, 2ed

SUMÁRIO

Apresentação ........................................................................ IX

Prefácio................................................................................ XI

1. INTRODUÇÃO À GESTÃO DE FROTAS............................ 1

1.1. Introdução .................................................................. 1

1.2. Considerações sobre a Estrutura do TransporteRodoviário no Brasil .................................................... 2

1.3. A Estrutura Organizacional das Empresas deTransporte .................................................................. 11

1.4. Indicação dos Setores com Interação Direta ou Indireta na Gestão de Frotas ...................................................... 25

1.5. Importância da Frota no Patrimônio e nos Custos das Empresas de Transporte ............................................... 32

1.6. Importância da Gestão de Frotas ................................... 32

1.7. Referências Bibliográfi cas ............................................. 35

2. DIMENSIONAMENTO DE FROTAS ................................. 37

2.1. Considerações Gerais ................................................... 37

2.2. Previsão de Demanda .................................................. 38

2.3. Dimensionamento da Frota para uma DemandaConhecida ................................................................... 46

2-Sumario.indd V 29.03.10 13:09:39

Page 8: Gerenciamento de Transporte e Frotas, 2ed

VI GERENCIAMENTO DE TRANSPORTE E FROTAS

2.4. Alternativas para Ampliação da Frota .................................... 56

2.5. Conclusões ........................................................................... 64

2.6. Referências Bibliográfi cas ...................................................... 65

3. ESPECIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DE VEÍCULOS .......................... 67

3.1. Descrição de Técnicas e Procedimentos Inerentes àEspecifi cação de Veículos ...................................................... 67

3.2. Descrição de Métodos e Sistemáticas de Avaliação de Desempenho dos Veículos ..................................................... 77

3.3. Implicações da Homogeneidade da Frota na Manutenção e Operação dos Veículos .......................................................... 83

3.4. Referências Bibliográfi cas ...................................................... 84

4. OPERAÇÃO DE FROTAS .......................................................... 87

4.1. Introdução ........................................................................... 87

4.2. Coleta e Distribuição ............................................................. 88

4.3. O Controle da Operação ........................................................ 112

4.4. Operação de Frotas no Transporte Coletivo ............................ 114

4.5. Exemplo: Operação de Frotas ................................................ 125

4.6. Conclusão ............................................................................ 127

4.7. Referências Bibliográfi cas ...................................................... 127

5. PREVISÃO DE CUSTOS OPERACIONAIS ................................... 129

5.1. O Segredo da Boa Decisão ..................................................... 129

5.2. Classifi cação dos Custos ........................................................ 130

5.3. Fatores que Infl uenciam nos Custos ....................................... 133

5.4. Métodos de Cálculo de Custos Operacionais ........................... 134

5.5. Considerações sobre o Cálculo da Depreciação, Manutençãoe Remuneração do Capital ..................................................... 142

5.6. Exemplo de Cálculo do Custo Operacional ............................. 152

5.7. Conclusões ........................................................................... 171

5.8. Referências Bibliográfi cas ...................................................... 171

2-Sumario.indd VI 29.03.10 13:09:39

Page 9: Gerenciamento de Transporte e Frotas, 2ed

SUMÁRIO VII

6. CONTROLE DE CUSTOS OPERACIONAIS ................................ 173

6.1. A Importância do Controle de Custos Operacionais ................ 173

6.2. Métodos e Formulários de Controle ....................................... 175

6.3. O Uso dos Resultados do Controle ......................................... 191

6.4. Conclusões ........................................................................... 197

6.5. Referências Bibliográfi cas ...................................................... 197

7. PLANEJAMENTO DA MANUTENÇÃO ...................................... 199

7.1. A Importância da Manutenção .............................................. 199

7.2. Alternativas de Apoio à Manutenção de Frotas ...................... 200

7.3. Objetivos de um Programa de Manutenção de Frotas .............. 202

7.4. Sistemas de Manutenção ....................................................... 202

7.5. O Controle da Manutenção .................................................... 212

7.6. Considerações Finais ............................................................. 219

7.7. Referências Bibliográfi cas ...................................................... 220

8. SUBSTITUIÇÃO DE FROTAS ..................................................... 221

8.1. Introdução ........................................................................... 221

8.2. Por que Substituir Equipamentos .......................................... 222

8.3. Fatores que Infl uem na Vida Útil dos Veículos ........................ 223

8.4. Idade do Veículo e Custo ....................................................... 224

8.5. Um Método Simplifi cado ...................................................... 226

8.6. Análise pela Matemática Financeira ....................................... 232

8.7. Difi culdades e Estratégias na Substituição da Frota ................ 238

8.8. Referências Bibliográfi cas ...................................................... 240

9. ACOMODAÇÃO DE CARGAS E DE PASSAGEIROS .................... 243

9.1. Introdução ........................................................................... 243

9.2. Acomodação de Cargas ......................................................... 244

9.3. Normas Técnicas e Legislação................................................ 275

9.4. Lotação de Passageiros .......................................................... 291

2-Sumario.indd VII 29.03.10 13:09:40

Page 10: Gerenciamento de Transporte e Frotas, 2ed

VIII GERENCIAMENTO DE TRANSPORTE E FROTAS

9.5. Legislação para o Transporte de Passageiros ........................... 300

9.6. Considerações Finais sobre o Transporte de Passageiros .......... 301

9.7. Conclusões ........................................................................... 303

9.8. Referências Bibliográfi cas ...................................................... 303

10. INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS ............................................... 307

10.1. A Importância da Tecnologia nas Empresas de Transportes ..... 307

10.2. Inovações Tecnológicas Relevantes ........................................ 309

10.3. Inovações Tecnológicas Aplicadas à Gestão do TransporteColetivo por Ônibus ............................................................. 333

10.4. ITS – O Futuro Começa Agora ............................................... 338

10.5. Referências Bibliográfi cas ...................................................... 339

2-Sumario.indd VIII 29.03.10 13:09:40

Page 11: Gerenciamento de Transporte e Frotas, 2ed

APRESENTAÇÃO

Por meio da oportunidade oferecida, em 1995, pelo Serviço Social do Transporte/Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Sest/Senat), a qual viabilizava a pesquisa e a produção de material instrucional (textos e fi tas de vídeo) sobre o tema “Gestão de Fro-tas”, pudemos, já na ocasião, vivenciar a carência de bibliografi a sobre tal assunto no Brasil.

A partir desse momento, iniciamos uma jornada de pesquisa, levantamento de dados e informações, consultas e redação, visando não somente atingir os objetivos inicialmente estabelecidos, mas também a elaboração deste livro.

Durante essa jornada, muitos foram aqueles que nos ajudaram direta ou indiretamente, fornecendo informações, dados, apoio e estímulo. Cabe destacar a atenção recebida da Confederação Nacio-nal dos Transportes (CNT), do Sest/Senat e do Instituto de Desen-volvimento, Assistência Técnica e Qualidade em Transporte (IDAQ). Igualmente não nos faltou apoio dos empresários do setor de trans-portes. São eles quem vivenciam os problemas, e deles pudemos colher relatos de diversas experiências e de casos práticos. Gostaría-mos, nesta oportunidade, de agradecer a todos aqueles que colabo-raram e, em especial, ao dr. Telmo Joaquim Nunes.

Da Universidade Federal de Santa Catarina tivemos suporte, não somente de uma infra-estrutura de trabalho, mas também de

3-Apresentacao.indd IX 29.03.10 13:10:10

Page 12: Gerenciamento de Transporte e Frotas, 2ed

X GERENCIAMENTO DE TRANSPORTE E FROTAS

diversos colaboradores, entre os quais professores, funcionários e alunos de graduação e de pós-graduação.

Finalmente, gostaríamos de agradecer nossos familiares, que não so-mente souberam ceder parte do precioso tempo de convívio como também nos incentivaram para que tal projeto pudesse se tornar realidade.

Estamos, em 2008, com nova edição e com a vivência do contato com os leitores. Com base na experiência até aqui vivida, mantemos a motiva-ção e a certeza de que este livro seguirá fi rme em seu papel de contribuir com a evolução da prática dos transportes no Brasil, bem como com a formação e o aperfeiçoamento de profi ssionais para o setor. Permanecere-mos sempre atentos para que novos conhecimentos, tecnologias e práticas possam ser contemplados na continuidade desta obra.

Os autores

3-Apresentacao.indd X 29.03.10 13:10:10

Page 13: Gerenciamento de Transporte e Frotas, 2ed

PREFÁCIO

O Sistema CNT procura seguir uma linha estratégica, política, em-presarial e institucional, em que o aperfeiçoamento contínuo das empresas é um dos pontos fundamentais. Na economia cada vez mais globalizada dos dias de hoje, é imprescindível compreender, em detalhes, toda a estrutura de funcionamento do nosso setor. Este livro é uma contribuição nesse sentido.

Por isso, o Sistema CNT, por intermédio do Instituto de Desen-volvimento, Assistência Técnica e Qualidade em Transporte (IDAQ), está apoiando a colocação desta obra à disposição não apenas dos transportes, mas da sociedade em geral.

O tema é de grande importância para todo o empresariado de transporte, seja de carga ou passageiro, porque se trata do principal processo de produção dos nossos serviços: a operação da frota.

A forma adequada de gerenciar garante a lucratividade. Apro-fundar os conhecimentos nessa área, aliando o conhecimento da-queles que se dedicam ao estudo das questões levantadas pela complexa operação de uma frota de veículos à experiência prática, garante melhores resultados na empresa e no sistema de transporte como um todo.

Daí a publicação deste livro. Também por isso, um maior estrei-tamento das relações da CNT e do empresariado de transporte com o meio acadêmico, um parceiro importante no processo de evolução do setor e do país, é um objetivo permanente da CNT.

4-Prefacio.indd XI 29.03.10 13:10:39

Page 14: Gerenciamento de Transporte e Frotas, 2ed

XII GERENCIAMENTO DE TRANSPORTE E FROTAS

À medida que revisamos e aperfeiçoamos nossos processos de pro-dução, ampliando nossa compreensão do que realmente acontece, esta-remos avançando na consolidação de uma empresa sólida, preparada para os desafi os dos novos tempos. E o Sistema CNT tem compromisso com a austeridade, competência e qualidade, que são também os objetivos deste livro.

Clésio AndradePresidente da CNT/IDAQ

4-Prefacio.indd XII 29.03.10 13:10:39

Page 15: Gerenciamento de Transporte e Frotas, 2ed

CAPÍTULO 1INTRODUÇÃOÀ GESTÃO DE FROTAS

1.1. Introdução

O termo “gestão de frotas” representa a atividade de reger, adminis-trar ou gerenciar um conjunto de veículos pertencentes a uma mesma empresa. Essa tarefa tem uma abrangência bastante ampla e envolve diferentes serviços, como dimensionamento, especifi cação de equipamentos, roteirização, custos, manutenção e renovação de veículos, entre outros.

O presente livro abordará tais assuntos, e também serão estuda-das alternativas de técnicas e procedimentos a serem aplicados na prática da gestão, bem como realizados estudos de casos específi cos.

Neste capítulo é feita, inicialmente, uma análise sobre a estru-tura do transporte rodoviário de cargas e passageiros no Brasil. É apresentado também um panorama do mercado de serviços em suas diferentes categorias, sua realidade e como estão genericamente or-ganizadas, nos níveis macro e micro, as empresas desse segmento.

Posteriormente, são identifi cados e analisados os setores de uma transportadora que interagem direta ou indiretamente com a gestão de frotas.

Finalmente, aborda-se a participação da frota no patrimônio e nos custos das empresas, bem como a importância da gestão de fro-tas, tanto para as transportadoras como para os usuários e para a economia nacional.

Cap01.indd 1 29.03.10 13:11:12

Page 16: Gerenciamento de Transporte e Frotas, 2ed

2 GERENCIAMENTO DE TRANSPORTE E FROTAS

1.2. Considerações sobre a Estrutura do Transporte Rodoviário no Brasil

1.2.1. O Transporte de Cargas

qs Alguns Dados da Estrutura Existente

O transporte de cargas pelo sistema rodoviário no Brasil tem uma estru-tura respeitável e é responsável pelo escoamento, que vai desde safras inteiras da agricultura até simples encomendas.

Essa estrutura, maior que a da maioria dos outros países, gira em torno de 7,5% do nosso Produto Interno Bruto (PIB), ou seja, chega a aproximadamente 30 bilhões de dólares por ano.

Tal sistema é o principal meio de transporte de cargas no país e de-sempenha um papel vital para a economia e o bem-estar da nação. Sabe-se que assumir essa responsabilidade implica uma busca constante de efi -ciência e de melhoria no nível dos serviços oferecidos, o que passa neces-sariamente pela absorção de novas tecnologias e novos procedimentos. A prática dessa política, com certeza, contribui e continuará ajudando esse sistema a se manter em tal posição.

O transporte rodoviário de carga no Brasil opera em regime de livre mercado, regulado segundo a Lei no 11.442, de 5 de janeiro de 2007, que dispõe sobre o transporte rodoviário de cargas por conta de terceiros e mediante remuneração, mudando esse cenário.

Para o exercício dessa atividade econômica, em regime de livre con-corrência, o transportador depende de prévia inscrição no Registro Na-cional de Transportadores Rodoviários de Cargas (RNTRC) da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), nas seguintes categorias:

• a ANTT assume a regulamentação e fi scalização dos serviços pres-tados pelos transportadores, objetivando expandir e qualifi car o setor. A atuação da ANTT abrange mais de 85% do transporte de cargas no Brasil e, nesse total, estão os 60,48% operados pelo mo-dal rodoviário.

Cap01.indd 2 29.03.10 13:11:12

Page 17: Gerenciamento de Transporte e Frotas, 2ed

INTRODUÇÃO À GESTÃO DE FROTAS 3

qs Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Carga (RNTRC)

O Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Carga (RNTRC) é a certifi cação, de porte obrigatório, para a prestação do serviço de trans-porte rodoviário de cargas por empresas transportadoras, cooperativas e transportadores autônomos do Brasil. A ANTT administra o RNTRC que veio atender a uma antiga reivindicação dos transportadores.

A medida visa regularizar o exercício da atividade, mediante habili-tação formal, e disciplinar o mercado de transporte rodoviário de cargas. A ANTT sugere as seguintes vantagens:

• manter atualizados os dados da oferta do transporte rodoviário de cargas; distribuição espacial, composição e idade da frota; á reas de atuação (urbana, estadual e regional) dos transportadores;

• especialização da atividade econômica (empresas, cooperativas e autônomos) e fi scalização do exercício da atividade;

• mais informação sobre a oferta de transporte, maior segurança ao se contratar um transportador, redução de perdas e roubos de cargas e redução de custos dos seguros;

• melhora na fi scalização, já que o porte do documento (RNTRC) tem caráter obrigatório e é fi scalizado pela Polícia Rodoviária Federal, em todas as rodovias federais do país, e pelos fi scais da ANTT.

qs Alguns Números sobre o Transporte Rodoviário de Cargas segundo a ANTT

Até dezembro de 2006, estavam inscritos 834.471 transportadores, sendo 703.545 autônomos, 130.293 empresas e 633 cooperativas, totali-zando uma frota de 1.595.133 veículos habilitados ao transporte rodoviá-rio de cargas.

Com relação à distribuição espacial da frota pelo território brasileiro, 48% dos veículos estão localizados na região Sudeste, 29% na região Sul, 11% na Nordeste, 8% na Centro-Oeste e 4% na região Norte.

Cap01.indd 3 29.03.10 13:11:13

Page 18: Gerenciamento de Transporte e Frotas, 2ed

4 GERENCIAMENTO DE TRANSPORTE E FROTAS

A idade média dos veículos de carga chega a 16,2 anos, e para os transportadores autônomos, que respondem por 56,9% do total de veí-culos, o valor sobe para 20,6 anos. Os veículos das empresas, que partici-pam com 42,5% do total, apresentam uma idade média de 10,3 anos, e os veículos das cooperativas, que participam com 0,5% na frota total, têm em média 12,9 anos.

As ações de regulamentação da ANTT, além de consolidarem em um único instrumento todos os atos relativos ao transporte rodoviário inter-nacional de cargas, incluindo as disposições legais já existentes, também estabeleceram novos procedimentos para a habilitação e o recadastramento das empresas que realizam esse tipo de transporte.

Atualmente, o mercado internacional, que é atendido por mais de 2.500 empresas nacionais e estrangeiras, sofreu alterações signifi cativas em virtude da ação da ANTT, pela regulamentação que procura simplifi -car os procedimentos de habilitação.

A ANTT regula e fi scaliza seis contratos de concessão em rodovias federais nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, que são administrados e man-tidos pela iniciativa privada. Ela também regula e fi scaliza os transportes

Tabela 1.1 Empresas habilitadas por país

OrigemHabilitadas

Empresas Frota

Brasileiras 575 50.186

Estrangeiras 1.306 28.284

Empresas brasileiras habilitadas

País de Destino Empresas Frota

Argentina 455 43.895

Bolívia 65 8.875

Chile 249 27.653

Paraguai 166 26.045

Peru 17 2.570

Uruguai 180 22.903

Venezuela 20 1.241

Fonte: SCF – Sistema de Controle de Frotas – 07/06 ANTT.

Cap01.indd 4 29.03.10 13:11:13

Page 19: Gerenciamento de Transporte e Frotas, 2ed

INTRODUÇÃO À GESTÃO DE FROTAS 5

interestadual e internacional de passageiros, além dos transportes nacio-nal e internacional de cargas.

A prestação do serviço de transporte rodoviário internacional de car-gas depende de prévia habilitação da ANTT, mediante outorga na moda-lidade de autorização, sendo esta uma das atribuições da Agência.

qs Sistema de Controle da Frota Rodoviária Internacional de Cargas

O sistema foi desenvolvido para agilizar o fl uxo de informações, ofere-cendo segurança e confi abilidade ao controle da frota, em consonância com o Acordo sobre o Transporte Internacional Terrestre (ATIT), princi-pal instrumento de regulamentação desse tipo de transporte no Cone Sul. Possibilita maior controle do transporte internacional de cargas e automa-tiza processos internos, além de garantir maior rigidez na manutenção das informações sobre o transporte de cargas, suas frotas e licenças.

1.2.2. O Transporte de Passageiros

qs O Transporte Público Urbano

A Constituição determina que compete privativamente à União legislar sobre o transporte e trânsito. Diz também que compete aos municípios organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permis-são, os serviços públicos de interesse local, bem como o de transporte coletivo, que tem caráter essencial. Diz ainda que cabe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, mas sempre por meio de licitação, a prestação de serviços públicos.

Assim, a responsabilidade maior fi ca com os municípios, os quais pas-sam a ter de compreender como está estruturado o setor de transporte e como administrá-lo.

A primeira providência é, então, a criação e a estruturação de um órgão para planejar e controlar esse setor. Para o município, fi ca o dever

Cap01.indd 5 29.03.10 13:11:13

Page 20: Gerenciamento de Transporte e Frotas, 2ed

6 GERENCIAMENTO DE TRANSPORTE E FROTAS

de atender às necessidades de deslocamento da população com segurança e confi abilidade, tendo como objetivos:

• desenvolver a qualidade ambiental do espaço urbano;• melhorar o sistema viário existente; • ampliar seu potencial de uso;• minimizar o tempo de viagem;• dar prioridade ao transporte coletivo;• prestar informações/orientações aos usuários;• promover a segurança do tráfego.

Essas são ações fundamentais para atender a população que se dirige a escolas, comércio, serviços, indústrias etc., independente da complexi-dade e dos problemas de cada município.

É comum a existência, nas cidades de pequeno porte, de um Conselho de Trânsito e Transporte ligado diretamente ao prefeito, que procura so-luções de deslocamento para a sua população. Essa estrutura é conveniente para cidades com menos de cinqüenta mil habitantes, nas quais os proble-mas de trânsito exigem soluções relativamente simples.

Prefeito

Secretarias

Chefe de GabineteConselho de Trânsito e Transporte

Figura 1.1.

Conselho de trânsito e transporte (cidades de pequeno porte).

Cap01.indd 6 29.03.10 13:11:14

Page 21: Gerenciamento de Transporte e Frotas, 2ed

INTRODUÇÃO À GESTÃO DE FROTAS 7

Figura 1.2.

Coordenadoria de transportes (cidades de médio porte).

Nas cidades de porte médio, com a população um pouco maior, entre 50 a 80 mil habitantes, o Conselho deve tomar a forma de uma Coordena-doria de Transporte e Trânsito, exigindo para sua direção pessoas especia-lizadas no assunto, pois há necessidade de maior capacidade para lidar com problemas mais complexos.

Para as cidades de grande porte, o transporte passa a ser cuidado por uma Secretaria com orçamento próprio (ver Figura 1.4).

Esses quatro modelos de microestrutura de órgãos responsáveis pelo transporte em municípios podem ser montados, considerando-se os se-guintes fatores:

• área do município;• estrutura da administração municipal;• recursos humanos e fi nanceiros necessários.

O último item apresentado é, normalmente, a principal difi culdade enfrentada pelos municípios.

Prefeito

Secretarias

Chefe de Gabinete

Conselho de Trânsito e Transporte

Coordenadoria de Transportes

Cap01.indd 7 29.03.10 13:11:14

Page 22: Gerenciamento de Transporte e Frotas, 2ed

8 GERENCIAMENTO DE TRANSPORTE E FROTAS

Figura 1.3.

Divisão ou departamento de uma secretaria.

Prefeito

Departamento ouDivisão de Trânsito

e Transporte

Departamentos(outros)

Secretaria deServiços Urbanos

Chefe deGabinete

Conselho de Trânsitoe Transporte

Secretarias(outras)

Prefeito

Secretaria deTransportes

Chefe deGabinete

Conselho de Trânsitoe Transporte

Secretarias(outras)

Figura 1.4.

Secretaria de transportes (cidades de grande porte).

Cap01.indd 8 29.03.10 13:11:14

Page 23: Gerenciamento de Transporte e Frotas, 2ed

INTRODUÇÃO À GESTÃO DE FROTAS 9

As administrações municipais normalmente preferem – por uma questão de vocação, efi ciência etc. – conceder tal tarefa à iniciativa priva-da, sob regimes de concessão, permissão ou autorização. É, genericamen-te, esse o modelo que predomina nas cidades brasileiras e que viabiliza os deslocamentos e as atividades cotidianas da vida urbana.

Cabe, portanto, às empresas, executar com efi ciência e segurança tão nobre tarefa, a qual requer, entre outros quesitos, uma boa gestão de suas frotas.

qs O Transporte Rodoviário de Passageiros

A exemplo do transporte público urbano, os transportes rodoviários in-termunicipal, interestadual e internacional de passageiros também ope-ram sob regime de concessão, permissão ou autorização.

Cabe aos Órgãos Concedentes Estaduais regulamentarem o transporte intermunicipal, fi cando a ANTT incumbida da regulamentação e fi scaliza-ção dos transportes interestadual e internacional de passageiros no terri-tório brasileiro.

Quanto aos serviços oferecidos, tem-se aqueles que operam sob o re-gime de linha regular e os serviços especiais, os quais não podem efetuar concorrência com os primeiros e visam atender basicamente os transpor-tes turístico e de fretamento.

A empresa deve garantir o transporte do passageiro, com sua respec-tiva bagagem, além de malas postais. Cumprindo essa exigência, a trans-portadora pode – respeitadas, entre outras, as disposições referentes ao peso bruto total máximo do veículo, aos pesos brutos por eixo ou conjun-to de eixos, e à capacidade de tração – utilizar o espaço remanescente para o transporte de encomendas.

Em uma análise comparativa com o transporte coletivo urbano, po-de-se encontrar, também, diferenças signifi cativas e óbvias de operação, como a possibilidade do transporte de encomendas, os motivos das via-gens (casa–trabalho, casa–escola, turismo e negócios, entre outros), as características das linhas e dos veículos etc.

Cap01.indd 9 29.03.10 13:11:14

Page 24: Gerenciamento de Transporte e Frotas, 2ed

10 GERENCIAMENTO DE TRANSPORTE E FROTAS

Entretanto, não obstante tais semelhanças e diferenças, o transporte coletivo rodoviário também ocupa papel de destaque no sistema de trans-porte nacional, apresentando-se como responsável por boa parte dos des-locamentos que ocorrem em sua área de atuação.

Nesse cenário, considerando-se a concorrência existente entre as transportadoras e com outros meios de transporte, como o aéreo e o auto-móvel, torna-se imperativo, por parte dessas empresas, a realização de uma boa gestão de suas frotas.

1.2.3. Algumas Difi culdades Encontradas na Evolução dos Processos de Gestão de Frotas

Há, na verdade, levando-se em conta a realidade brasileira, inúmeros fa-tores que difi cultam a tão almejada maximização da efi ciência e racionali-zação nos processos de gestão de frotas. Entre eles, pode-se citar:

• tecnicamente, os problemas relacionados com a gestão de frotas e a programação dos serviços de transporte, por sua própria na-tureza, já são bastante complexos. Essa condição leva à adoção de procedimentos empíricos e intuitivos que, muitas vezes, estão dis-tantes do ótimo ou do bom;

• os avanços em áreas como a informática, telecomunicações, senso-riamento remoto etc. são relativamente recentes e estão sendo ab-sorvidos lentamente pelos transportadores;

• esses, muitas vezes, não conhecem ou não crêem em determina-das técnicas ou ferramentas novas e sofi sticadas que, em algumas circunstâncias, podem auxiliar na excecução de suas tarefas;

• existe insegurança e resistência para incluir alterações em um sis-tema de trabalho que, de certa forma, vem funcionando há certo tempo.

• para determinadas atividades, há uma carência de ferramentas ou sistemas computacionais capazes de, a um custo acessível, ajudar as transportadoras a planejar e a executar suas operações.

Cap01.indd 10 29.03.10 13:11:15

Page 25: Gerenciamento de Transporte e Frotas, 2ed

INTRODUÇÃO À GESTÃO DE FROTAS 11

1.3. A Estrutura Organizacional das Empresas de Transporte

1.3.1. Empresas de Transporte de Cargas

qs Alguns Segmentos do Mercado

Segundo G. H. Schlüter, são inúmeros os segmentos do mercado brasileiro de transporte rodoviário de carga, entre os quais, pode-se citar:

• carga geral;• cargas sólidas a granel;• cargas unitizadas;• encomendas;• carga viva;• cargas perigosas;• madeira;• cargas indivisíveis;• móveis;• produtos sob temperatura controlada;• produtos siderúrgicos;• valores;• veículos automotores;• cargas líquidas.

Para entender melhor o que é uma empresa de transporte, vamos analisar a sua estrutura em dois níveis: macro e micro.

qs Macroestrutura de uma Empresa de Transporte

A macroestrutura de uma empresa de transporte é representada pela existên-cia de uma matriz que coordena as fi liais e as agências (G. H. Schlüter). Essa coordenação é feita a partir de uma estratégia operacional, administrativa e mercadológica, que visa aproveitar toda a potencialidade do segmento.

Cap01.indd 11 29.03.10 13:11:15

Page 26: Gerenciamento de Transporte e Frotas, 2ed

12 GERENCIAMENTO DE TRANSPORTE E FROTAS

Tal plano é feito com o objetivo de garantir o retorno dos investimen-tos realizados e de avaliar sua capacidade de expansão. Defi ne-se, assim, a instalação e a localização geográfi ca de fi liais e agências. O transporte de cargas entre elas é realizado por veículos apropriados para deslocamentos de longo curso, os quais têm maior capacidade estática do que os empre-gados para as operações de coleta e distribuição.

FILIALB

FILIALC

FROTADE LONGO

CURSO

FILIALA

AGÊNCIAA

AGÊNCIAB

MATRIZ

Figura 1.5.

Representação da macroestrutura de uma transportadora.

As unidades que compõem uma empresa de transporte rodoviário de cargas operam juntas na prestação do serviço, mas, para efeito de análise e avaliação, são elementos distintos. A partir desse conceito, é possível medir a potencialidade de cada fi lial ou agência, para trabalhar em con-junto com as demais e com a matriz.

qs A Microestrutura de uma Empresa de Transporte

Descrição Básica

A microestrutura de uma empresa de transporte caracteriza-se pela hie-rarquização das funções dentro da matriz e das suas demais unidades. Em geral, são divididas em diretoria, gerência e chefi a.

Cap01.indd 12 29.03.10 13:11:15

Page 27: Gerenciamento de Transporte e Frotas, 2ed

INTRODUÇÃO À GESTÃO DE FROTAS 13

A matriz, como era de se esperar, tem, em sua microestrutura, uma área de atuação que atinge toda a macroestrutura da empresa. É nela que estão os principais diretores e gerentes. Eles orientam as ações da empresa para outras microestruturas existentes nas fi liais e nas agências.

Nesse nível de microestrutura da matriz, a diretoria trabalha consi-derando um funcionamento simultâneo da empresa. Isso evita decisões isoladas de uma unidade, já que existe uma interdependência dela com a matriz.

As microestruturas das fi liais são distintas à da matriz e, como verifi -cado na prática, são esquematizadas conforme o plano estratégico de cada unidade. Assim sendo, as funções da diretoria, gerência e chefi as podem ser reestruturadas em outros patamares. Temos, por exemplo, a alter nativa de criar uma diretoria executiva subordinada a uma diretoria de supervi-são. Já na gerência, é possível formalizar uma gerência de área e outra de unidade. A gerência de área funciona com uma ou mais funções e, nade unidade, a atuação é mais ampla e engloba todas as funções, pois é a responsável pelos seus destinos.

Há uma diferenciação a ser feita, no caso das gerências, em relação ao aspecto hierárquico das unidades. Como a matriz coordena as demais, suas gerências podem situar-se em um plano superior às gerências das fi liais. Da mesma forma, as chefi as podem ser estruturadas em vários patamares.

A seguir, apresenta-se, conforme G. H. Schlüter, um exemplo de mi-croestrutura de empresa de transporte rodoviário de bens.

Note que, nesse exemplo, a subordinação direta dos gerentes das fi -liais à matriz ocorre por meio da diretoria de marketing. Isso se deve à orientação estratégica dessa empresa, na qual se tem uma orientação vol-tada para essa área.

O conceito de interdependência entre as unidades da macroestrutura resulta de uma metodologia denominada gestão sistêmica. Essa atuação sistêmica da matriz faz com que os dirigentes tenham mais poder para a alocação de recursos a cada unidade, em função da sua importância den-tro do plano estratégico da empresa.

Quando ocorrem deformações na atuação da matriz, em função da atribuição de cargos que não seguem o conceito de gestão sistêmica, o seu papel principal, de coordenar as demais unidades, fi ca prejudicado.

Cap01.indd 13 29.03.10 13:11:15

Page 28: Gerenciamento de Transporte e Frotas, 2ed

2 ediçãoa

r e v i s t aO setor de transportes está envolvido em um mercado francamente concorrencial e que,

além disso, vem sofrendo profundas alterações oriundas do desenvolvimento tecno-

lógico e da globalização da economia.

Na busca por instrumentos que possam contribuir para a melhoria na gestão das frotas e

para a modernização dos recursos disponíveis, e dada a constatação do êxito da primeira

edição nos meios empresarial e acadêmico, lança-se agora uma edição totalmente

revisada, com destaque para os capítulos 9 e 10, os quais receberam diversas atualizações

notadamente no que se refere a aspectos de legislação e novas tecnologias.

Questões relacionadas a dimensionamento, operação e renovação de frotas, espe-

cificação de veículos, custos, planejamento da manutenção, acomodação de cargas e

passageiros, além da aplicação de inovações tecnológicas no setor, foram pesquisadas a

partir da bibliografia existente e apresentadas pelos autores com base em suas ex-

periências e na prática observada nas empresas.

vem ao encontro das atuais necessidades do

mercado de transportes, que exigem não só a otimização das operações, mas também a

constante atualização dos métodos e equipamentos de trabalho.

Livro-texto para os cursos da área de Logística eTransportes, tanto na graduação como

na pós-graduação. Além do mercado universitário, este livro pode atender empresas,

órgãos de transportes e transportadoras, grandes indústrias e embarcadores.

Gerenciamento de Transporte e Frotas

Aplicações

Outras Obras

Gestão da Cadeia deSuprimentos Integrada àTecnologia da Informação

Logística e Gerenciamentoda Cadeia de Suprimentos2ª edição

Qualidade e Produtividadenos Transportes

Carlos Francisco Simões Gomes e

Priscilla Cristina Cabral Ribeiro

Martin Christopher

Amir Mattar Valente, Eunice

Passaglia, Jorge Alcides Cruz, José

Carlos Mello, Névio Antônio

Carvalho, Sérgio Mayerle e Silvio

dos Santos

GE

RE

NC

IAM

EN

TO

DE

TR

AN

SP

OR

TE

EF

RO

TA

S

Para suas soluções de curso e aprendizado,

visite www.cengage.com.br

TransporteFrotase

GERENCIAMENTO DE

AMIR MATTAR VALENTE

ANTONIO GALVÃO NOVAES

EUNICE PASSAGLIA

HEITOR VIEIRA

TransporteFrotase

GERENCIAMENTO DESobre os Autores

Amir Mattar Valente

Antonio Galvão Novaes

Eunice Passaglia

Heitor Vieira

Engenheiro Civil, Mestre em Engenharia

de Transporte e Doutor em Engenharia de

Produção. Consultor de Projetos na Confederação

Nacional do Transporte (CNT), na Agência

Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e no

Departamento Nacional de Infra-Estrutura de

Transportes (DNIT). Ministrante de diversos

cursos e palestras. Autor de livros, artigos

publicados em anais de congressos, periódicos e

revistas nacionais e internacionais. Professor dos

cursos de graduação, mestrado e doutorado em

Engenharia Civil da UFSC. Supervisor do

Laboratório de Transporte e Logística

(LabTrans/UFSC).

Engenheiro Naval, Mestre em Transportes

Marítimos , Doutor em Engenharia e Pesquisa

Operacional. Senior Analyst, Advanced Marine

Technology Division, Littion Industries. Autor de

oito livros técnicos e de artigos publicados em

periódicos nacionais e internacionais.

Engenheira Civil, Mestre em Planejamento de

Transportes, Doutora em Engenharia de

Produção. Consultora de Empresas. Ministrante

de diversos cursos e palestras. Autora de livros,

artigos publicados em anais de congressos,

periódicos e revistas nacionais e internacionais.

Engenheiro Civil, Mestre em Engenharia de

Transportes, Doutor em Engenharia de Produção

e recentemente concluiu Estágio Pós-Doutoral.

Professor do curso de Pós-Graduação em Gestão

Ambiental em Municípios. Ministrante de

diversos cursos e palestras e autor de vários

artigos publicados, anais de congressos nacionais

e internacionais, periódicos e revistas nacionais e

internacionais.