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Resumo do livro “ Gestão de Recursos Humanos na Administração Pública”
Introdução: as diferenças entre a gestão privada e a pública
Na gestão de recursos humanos da Administração Pública os gestores têm de aceitar objetivos
impostos por organizações exteriores á que gerem, operam em estruturas que lhes são
impostas; o sistema de carreiras está fora do controlo dos gestores e a prossecução de
objetivos tem de ser efetuado em menos tempo que na gestão empresarial.
O modelo de gestão de recursos humanos é estatuário, o que permite colocar funcionários
públicos ao abrigo das pressões políticas e possibilita o investimento em capital humano, sem
risco de desaparecerem os recursos.
As reformas na administração pública, trouxeram algumas mudanças, a centralização do
pessoal deu lugar de forma progressiva a formas descentralizadas.
A estrutura de carreiras foi desarticulada, sendo substituída por modelos mais achatados, e
grande parte das reformas têm-se traduzido em “downsizing”, isto é, em redução de pessoal, o
contrato individual de trabalho tem –se generalizado.
Antecedentes do Modelo Clássico
O modelo de função pública foi analisado e estruturado cientificamente por Weber no estudo
que fez da burocracia.
Podem resumir-se as características básicas da burocracia, desta forma:Hierarquia
Cada funcionário tem competências bem definidas na divisão hierárquica do trabalho e é responsável perante o seu superior pelo seu desempenho
ContinuidadeO emprego constitui uma ocupação a tempo integral, como um sistema de carreira que oferece a perspetiva de avanços regulares
ImpersonalidadeO trabalho é efetuado de acordo com regras, sem arbitrariedades de favorecimento e cada decisão deve constar de despacho ou ata sob forma escrita.
ExpertiseOs funcionários são recrutados de harmonia com o mérito e treinados para as suas funções.
Taylor prossegue com a cientificidade da Administração Pública partindo de dois pressupostos
fundamentais:
É possível e desejável estabelecer através do estudo sistemático e da aplicação dos princípios
científicos a melhor maneira de fazer um trabalho.
Os seres humanos têm predisposição para procurar a máxima recompensa e o mínimo esforço.
Para ultrapassar esta tendência, os gestores devem determinar com detalhe o que cada
trabalhador deve fazer, assegurar através dum controlo apertado que as instruções são
cumpridas e dar o salário correspondente ao desempenho.
Em ordem a que o controlo seja possível e, portanto, que o máximo de eficiência seja obtido, é
necessário concentrar na gestão a capacidade de planeamento, devendo os trabalhadores
deixar de pensar, transformando-se em “máquinas”.
Resumo do livro “ Gestão de Recursos Humanos na Administração Pública”
Os princípios de Taylor são os seguintes:Princípio do
PlaneamentoOs membros da direção devem criar e desenvolver os métodos científicos do estudo exaustivo de cada elemento do processo de trabalho, de forma a que os critérios individuais dos operários e dos capatazes sejam eliminados.
Princípio da Preparação
Após o estudo sistemático do processo de trabalho elaborado pela direção da empresa, dever-se-ão selecionar cientificamente os operários de acordo com as suas aptidões especificas para determinadas tarefas, além disso, formá-los e treiná-los no desempenho dessas tarefas.
Princípio do ControloOs operários devem ser sistematicamente controlados, de forma a que o seu trabalho esteja a ser efetuado segundo os requisitos previamente definidos.
Princípio da Separação entre
Conceção e Execução do Trabalho
Aos membros da direção cabe-lhes estudar todo o processo de trabalho e aos operários compete-lhes apenas executar as tarefas, de harmonia com as regras previamente definidas.
A entrada de Taylor na Administração Pública dá-se na gestão municipal e supunha as seguintes atividades.
PlaneamentoConsiste em definir objetivos, desenvolvendo um plano de ação
OrganizaçãoIsto é pensar numa estrutura destinada a implementar os objetivos da organização
Função Pessoal
Implica a capacidade de recrutar e admitir pessoal
DireçãoConsiste em assegurar que os funcionários desempenhem como devem as suas funções, no interesse da organização
CoordenaçãoSignifica ordenar harmoniosamente as atividades da organização de modo a prosseguir os objetivos
InformaçãoImplica comunicar o progresso do trabalho dentro da organização
OrçamentoOu atividades financeiras necessárias para suportar economicamente a implementação dos serviços, programas e atividades
Resumo do livro “ Gestão de Recursos Humanos na Administração Pública”
Caraterização do Modelo Clássico
O modelo clássico da função pública carateriza-se por assumir a existência de uma dicotomia
entre política e administração e, como consequência, a neutralidade da administração. Os
funcionários públicos atuam segundo regras de boa gestão, determinadas por leis ou
regulamentos ou então impostas pela lógica da gestão científica.
O recrutamento com base no mérito, a estrutura hierárquica e o sistema de carreiras
constituem um requisito para a salvaguarda da neutralidade dos funcionários públicos. Neste
sentido os funcionários públicos devem atuar como máquinas.
Disfunções e Transformações do Modelo Clássico
As regras podem tornar-se fins em si mesmas, afastando as pessoas dos objetivos que as
regras visam prosseguir, dando origem á rigidez de comportamentos. A supervisão muito
apertada do cumprimento das regras provoca tensões que a impersonalidade das mesmas
regras visava afastar. Vários estudos confirmar a ideia de que o cumprimento estereotipado da
lei seca as organizações, diminuindo a sua eficiência.
Em resumo
O modelo clássico carateriza-se pela rigidez na tomada de decisões, existência de múltiplos
níveis hierárquicos, especialização minuciosa, procedimentalismo, caráter estatutário da
relação de emprego, defesa da igualdade e mérito no acesso, garantia de emprego para toda a
vida e finalmente centralização.
O alargamento das funções de Estado a áreas não contempladas pelo Estado liberal deu
origem a organizações que, embora estivessem sujeitas aos mesmos princípios, introduziram
uma cultura, valores e formas de atuação diferentes.
Há que perceber que o modelo tradicional está submetido a fortes ataques e atravessa uma
importante crise, mas é complicado pensar a gestão de recursos humanos da administração
pública como se fosse a de uma empresa.
Como o autor defende a hierarquia tem que ser pensada de forma a torna-la compatível com
a participação e o “empworment” de funcionários, além disso, tem que potenciar-se o
trabalho em grupo e a prossecução de objetivos em detrimento do cumprimento estreito
das normas, sem que se destruam as necessárias garantias de objetividade e imparcialidade
do sistema. Em suma a gestão de pessoal da administração pública está a passar por uma
profunda reconfiguração sem pôr de lado os valores democráticos.
O modelo gestionário
O modelo gestionário, carateriza-se pela adoção de estruturas e processos mais flexíveis,
remoção de agências centrais de recrutamento e seleção de pessoal, aumento da
Resumo do livro “ Gestão de Recursos Humanos na Administração Pública”
responsabilidade dos gestores na gestão dos funcionários e insistência na avaliação de
desempenho e criação de medidas dos outputs.
Reforma da Gestão de Recursos Humanos na Administração Pública Portuguesa
A reforma da administração pública visa solucionar o problema orçamental, provocado pelo
aumento de gastos em politicas sociais ou desfazendo-se delas pela entra ao setor privado e á
lógica do mercado, ou através de ganhos em eficiência e controlo de custos.
Esta reforma visa «racionalizar e modernizar as estruturas, reavaliar as funções do Estado e
promover uma cultura de avaliação e responsabilidade, distinguindo o mérito e a excelência».
Planeamento, Direção e Avaliação do Sistema de Gestão de Recursos Humanos
Planeamento de Recursos Humanos
O planeamento de rh consiste na projeção das ações duma dada organização e dos recursos
humanos necessários para implementar uma ação, contanto com o pessoal existente.
O plano pressupõe:
Um inventário e uma previsão das necessidades de pessoal. Esta análise inicia-se com a
recompilação dos dados sobre a estrutura organizativa e os postos de trabalho e sobre o
pessoal com o que pode contar. Esta informação supõe informação sobre a taxa de rotação,
nível de absentismo, níveis de conhecimento, características que exigem cada posto de
trabalho e ainda outros dados demográficos.
O inventário de recursos humanos é posteriormente confrontado com o plano de atividades da
organização pública. E se existem discrepâncias entre a análise da situação e as necessidades
de pessoal marcadas pelos objetivos e estratégias formuladas pela organização, pode concluir-
se:
- pela suficiência de recursos humanos adequados aos objetivos definidos, recursos humanos
necessariamente insuficientes;
- recursos humanos em excesso;
- recursos humanos inadequados;
No primeiro caso, o problema não existe, já nas últimas três situações, impõe-se determinadas
atuações.
O despedimento na administração pública torna-se muito complicado, dada a característica da
função pública em que existe relativa segurança de emprego, apesar da atual lei da
mobilidade.
Quando os recursos humanos são inadequados, o problema pode ser suprido através da
formação, já que a rigidez do sistema de carreiras tem impedido qualquer flexibilidade.
Quando os recursos humanos são insuficientes o problema torna-se mais complicado. A
necessidade de mais pessoal só pode ser suprida pelo descongelamento ou pela mobilidade.
Resumo do livro “ Gestão de Recursos Humanos na Administração Pública”
O sistema de congelamento foi criado para forçar a integração de funcionários das ex-colónias.
Na realidade tem continuado como forma de evitar a entrada excessiva de funcionários.
Concurso Público
A regra do concurso como forma de permitir o acesso á função pública tem assento
constitucional no artigo 47º, nº2
“Todos os cidadãos têm direito de acesso à função pública, em condições de igualdade e
liberdade, em regra por via de concurso”.
Esta norma constitucional assegura uma real igualdade de oportunidades para aqueles que se
candidatam ao ingresso ou promoção e ainda possibilita que sejam escolhidos os melhores
(principio de mérito). Aplica-se a todos os funcionários, exceto á escolha para cargos dirigentes
cuja forma é a nomeação da comissão de serviço. Em ordem a prosseguir os objetivos do
concurso público, isto é, a tutelar a igualdade de oportunidades, a lei prevê garantias, que
integram o procedimento.
- Neutralidade de composição do júri, o que significa que os membros do júri devem estar
numa posição alheia aos interesses dos candidatos, regendo-se apenas pelo interesse público.
- Divulgação atempada dos métodos de seleção a utilizar, do programa de provas de
conhecimentos e sistema de classificação final.
- Aplicação de métodos e critérios objetivos de avaliação. Este princípio remete-nos para as
técnicas de seleção iremos desenvolver impondo que essas técnicas permitam uma avaliação
objetiva e não subjetiva.
-Direito ao recurso em todas as situações consideradas lesivas dos direitos dos concorrentes,
quer se trate de recursos hierárquicos, quer contenciosos.
Modelos e técnicas de recrutamento e seleção
O recrutamento na administração pública pode se fazer no interior da organização. Nem
sempre a cada vaga corresponde o recrutamento de um substituto. A organização tem outras
opções:
- Reorganizar o trabalho de tal forma que os trabalhadores restantes possam fazer todo o
trabalho;
- Recursos a horas extraordinárias;
- Automatização do trabalho;
- Horário flexível;
- Contratação a tempo parcial;
- Recursos á subcontratação, transferindo as obrigações e deveres emergentes do contrato de
trabalho para outra entidade que não a organização para a qual trabalha efetivamente;
- uso de agências. Constitui exemplo os trabalhos de limpeza e segurança.
Resumo do livro “ Gestão de Recursos Humanos na Administração Pública”
Se apesar das alternativas enunciadas, a organização decidir recrutar, há que ter em conta as
seguintes questões:
- Em que consiste o trabalho
- Quais os aspetos que especificam o tipo de candidatos;
- Quais os aspetos de trabalho que os candidatos desejam conhecer, designadamente, o
contexto da equipa onde se vai integrar e o estilo de liderança.
Posto isto, torna-se necessário saber se existem candidatos no interior da organização e se é
adequado recorrer a estes. Na administração pública não existem entradas laterais para as
carreiras, estando o recrutamento externo limitado, por norma ao inicio da carreira.
Recrutamento interno e recrutamento externo
Para se fazer o recrutamento interno, isto é, no interior da organização, tem de ter-se em
conta:
- Resultados dos testes de seleção; Avaliação do desempenho; Informação sobre a formação
profissional;
- Análise e descrição de funções;
- Planeamento de carreiras;
- Condições de promoção nas carreiras.
O recrutamento interno tem vantagens e desvantagens.
- Maior economia para a organização;
- Maior rapidez no preenchimento da vaga;
- Maior probabilidade de acerto na escolha do candidato;
- Fator de motivação para o bom desempenho; aproveitamento dos investimentos feitos na
formação de pessoal.
Porém, o uso em exagero do recrutamento interno tem algumas consequências,
designadamente:
- Pode atingir-se o Principio de Peter, isto é, as posições na hierarquia tendem a ser ocupadas
por incompetentes;
- Problemas de desmotivação para os não promovidos;
- Dificuldades de escolha por parte da chefia, o que pode gerar conflitos, se não há consenso.
Diz-se recrutamento externo quando se procura preencher a vaga com pessoas estranhas á
organização, isto é, com candidatos atraídos por métodos e técnicas de recrutamento.
As vantagens:
- Dá sangue novo e novas perspetivas à organização;
- É, em muitos casos, mais barato que formar um profissional;
Resumo do livro “ Gestão de Recursos Humanos na Administração Pública”
- Pode trazer novos conhecimentos do mercado e da indústria, importantes para a expansão
da organização.
Relativamente às desvantagens:
- É geralmente mais demorado e mais caro que o recrutamento interno;
- É menos seguro, podendo recrutar-se a pessoa inadequada;
- Pode levar á desmotivação dentro da empresa;
- Exige da parte do recrutado um período de ajustamento e orientação.
Análise Critica do Regime Jurídico de Recrutamento e Seleção
Indiscutivelmente, que o novo regime jurídico ao institucionalizar o mapa de pessoal como
documento estratégico ao qual se deve reportar a gestão dos recursos humanos, apresenta
um grande avanço relativamente ao modelo anterior, onde se não descortinava qualquer
estratégia. Mas falha em alguns aspetos, sobretudo se o confrontarmos com os princípios de
nova gestão pública.
Em primeiro lugar, o recrutamento e seleção continuam sujeitos a regras rígidas que dificultam
a gestão. Por outro lado, e embora a lei o permita, a fixação do salário de novos trabalhadores,
na prática, não vai ser negociada. Finalmente, e este é o aspeto mais importante, a
centralização não desapareceu, já que a procura de pessoal com competências no mercado de
trabalho só é possível depois do recurso aos trabalhadores em mobilidade especial e aos
trabalhadores do serviço. A ser assim, supõe-se uma flexibilidade total e o desaparecimento do
conceito de função, dominante entre os trabalhadores de administração pública. Além disso,
implica também uma gestão das competências e da formação que, na verdade, continuam
ausentes das organizações públicas.
Em conclusão, estamos para ver como o sistema funciona, mas temos receio que se caia nas
malhas do formalismo jurídico e da cultura centralista.
Sistemas de Carreira vs. Sistema de Emprego
Costumam distinguir-se dois tipos de gestão de recursos humanos na administração pública:
sistema de carreira e sistema de emprego. O primeiro modelo, carateriza-se pelo fato de os
funcionários públicos serem recrutados para uma determinada carreira, sendo promovidos e
recrutados de harmonia com determinado estatuto regulamentar; por norma, a entrada
obedece a determinados requisitos. Os funcionários gozam de garantia de emprego, depois de
algum tempo de experiencia na função. As condições de trabalho, remuneração e reforma
estão previstas legalmente. No sistema de emprego os funcionários não são admitidos para
uma carreira, mas para um particular trabalho. O conteúdo funcional do posto de trabalho é
definido pela agência ou departamento. Não existe segurança de emprego e as condições de
trabalho são reguladas por contratos de trabalho. O sistema é muito parecido com o do setor
Resumo do livro “ Gestão de Recursos Humanos na Administração Pública”
privado. O contraste entre os dois modelos de relações de trabalho está muito bem explicitado
no quadro seguinte:
Sistema de Carreira Sistema de Emprego
I. Condições de Acesso 1. Recrutamento só na
entrada da carreira
2. Requisitos de habilitações
académicas à entrada.
3. Formação e tempo de
experiência na entrada para a
carreira.
1. Recrutamento em
qualquer altura e para
qualquer posição.
2. Inexistência de requisitos
académicos, mas de
capacidade para o exercício
da função.
3. Inexistência de formação
ou período de experiência
II. Desenvolvimento da
Carreira
4. Existência de modelos de
promoção
4. Inexistência de modelos de
promoção
III. Emprego 5. Emprego para toda a vida 5. Emprego com base no
contrato
IV. Sistemas de Remuneração 6. Esquema estatutário 6. Contrato coletivo de
trabalho ou negociação
individual
V. Sistema de Pensões 7. Previsto na lei 7. Acordo coletivo
VI. Legislação Disciplinar 8. Estabelecida por lei 8. Inexistência de regulação
específica para o serviço
público
Além disso, independentemente do sistema de emprego ou de carreira, o trabalho nas
organizações públicas tem que ser estruturado possibilitando-se a subida, através duma série
de promoções, implicando um aumento de responsabilidades.
Sistemas de Remuneração na Administração Pública
Em teoria a fixação de salários é feita
sobre a forma de lei ou qualquer
instrumento regulamentar, obedece a
considerações de ordem politica e
Resumo do livro “ Gestão de Recursos Humanos na Administração Pública”
implica a consideração de três variáveis: competitividade externa e mercado de trabalho;
consistência interna e contribuição individual.
Em Portugal, a atualização de salários faz-se pelo poder politico, tendo em conta a politica
macroeconómica e através de portaria conjunta do primeiro ministro, ministro das finanças e
responsável pela reforma da administração pública.
Na fixação de salários e sua atualização há que ter em conta três variáveis:
- Competitividade externa;
- Análise e avaliação de funções;
- Contribuição individual, medida pela avaliação de desempenho e competências.
Quanto ao primeiro ponto, tem sido norma que os salários da administração pública
acompanhem, com algum atraso, os salários do setor privado. Esta, porém, não tem sido a
regra em Portugal, em que os salários dos funcionários públicos têm crescido a taxas
superiores á do setor privado da económica.
Em segundo lugar, a estrutura salarial depende da avaliação de funções. Isto significa que ao
mesmo conteúdo funcional deve atribuir-se salário igual, e que os salários são tanto mais
elevados, quanto maior for a complexidade funcional.
Em terceiro lugar, o salario final depende de ajustamentos que têm a ver com o tempo de
serviço, resultado da avaliação de desempenho, competência profissional e participação nos
resultados da organização, já que no setor público não se pode falar em lucros.
Justifica-se o aumento do salario com a idade, enquanto se entender que o valor do
funcionário para a organização, como resultado da formação e desenvolvimento, aumenta ao
longo do tempo. Fala-se em sistemas salariais em diuturnidades, isto é, aumentos dos salários
por força da idade. As diuturnidades foram de algum modo substituídas pelos escalões que
significam igualmente aumentos salariais apenas dependentes do decurso do tempo.
O uso de incentivos pecuniários com base no desempenho constitui igualmente um
instrumento de gestão salarial. A crítica a este modelo levou á consideração das competências
como base de subida dos salários.
Já o salario como base em resultados ou ganhos de produtividade é difícil aplicação á
administração pública.
Regime atual de renumeração
A remuneração dos trabalhadores é composta por:
- Remuneração base;
- Suplementos remuneratórios;
- Prémios de desempenho;
Resumo do livro “ Gestão de Recursos Humanos na Administração Pública”