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www.convibra.com.br GINCANA DA OSM: UMA ESTRATÉGIA DE ENSINO E AVALIAÇÃO QUE CONTEMPLA A UTILIZAÇÃO DAS HABILIDADES ADMINISTRATIVAS NOS GRUPOS DE TRABALHO Lígia Ghisi [email protected] Resumo Este artigo procura mostrar a importância da implantação de novas estratégias de ensino e avaliação na disciplina Organização, Sistemas e Métodos do curso de Administração. A proposta apresentada destaca o papel ativo do aluno quando participa do trabalho em equipe na realização de uma atividade lúdica-cognitiva. Esta atividade foi batizada como Gincana da OSM, que por meio do estudo de conteúdos apresentados e discutidos em sala de aula, procurou explicitar a concepção teórico-metodológica e operacional de um curso que tem como objetivo pedagógico proporcionar uma visão global do cenário administrativo, na análise do ambiente organizacional e no exercício de procedimentos para estudo e interpretação de atividades empresariais. A gincana culminou na realização das atividades coletivas norteadas pelas habilidades administrativas. O exercício do uso das habilidades pretendeu contribuir para a formação de profissionais competentes, éticos e capacitados para o gerenciamento e interação com o mercado e a sociedade. Os objetivos da gincana estão voltados para estimular a integração entre os alunos; despertar a importância da organização coletiva nos trabalhos acadêmicos; reforçar os conhecimentos adquiridos e construídos em sala de aula; e exercitar as habilidades administrativas na gestão das equipes. A avaliação esta dinâmica deu-se por meio da análise dos índices do aproveitamento escolar, visto que esta estratégia culminou na avaliação da aprendizagem e na avaliação da opinião dos alunos quanto a realização da gincana. Os resultados atenderam aos objetivos propostos e os alunos mostraram-se favoráveis a gincana por ser uma prática interativa e participativa, recomendando a repetição desta nos próximos períodos. Palavras-chaves: Estratégias de Ensino. Gincana. Habilidades Administrativas.

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GINCANA DA OSM: UMA ESTRATÉGIA DE ENSINO E AVALIAÇÃ O QUE CONTEMPLA A UTILIZAÇÃO DAS HABILIDADES ADMINISTRATI VAS NOS

GRUPOS DE TRABALHO

Lígia Ghisi [email protected]

Resumo Este artigo procura mostrar a importância da implantação de novas estratégias de ensino e avaliação na disciplina Organização, Sistemas e Métodos do curso de Administração. A proposta apresentada destaca o papel ativo do aluno quando participa do trabalho em equipe na realização de uma atividade lúdica-cognitiva. Esta atividade foi batizada como Gincana da OSM, que por meio do estudo de conteúdos apresentados e discutidos em sala de aula, procurou explicitar a concepção teórico-metodológica e operacional de um curso que tem como objetivo pedagógico proporcionar uma visão global do cenário administrativo, na análise do ambiente organizacional e no exercício de procedimentos para estudo e interpretação de atividades empresariais. A gincana culminou na realização das atividades coletivas norteadas pelas habilidades administrativas. O exercício do uso das habilidades pretendeu contribuir para a formação de profissionais competentes, éticos e capacitados para o gerenciamento e interação com o mercado e a sociedade. Os objetivos da gincana estão voltados para �estimular a integração entre os alunos; despertar a importância da organização coletiva nos trabalhos acadêmicos; reforçar os conhecimentos adquiridos e construídos em sala de aula; e exercitar as habilidades administrativas na gestão das equipes. A avaliação esta dinâmica deu-se por meio da análise dos índices do aproveitamento escolar, visto que esta estratégia culminou na avaliação da aprendizagem e na avaliação da opinião dos alunos quanto a realização da gincana. Os resultados atenderam aos objetivos propostos e os alunos mostraram-se favoráveis a gincana por ser uma prática interativa e participativa, recomendando a repetição desta nos próximos períodos. Palavras-chaves: Estratégias de Ensino. Gincana. Habilidades Administrativas.

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1. Introdução

Neste artigo relata-se uma experiência realizada em sala de aula, utilizando uma estratégia de ensino batizada como Gincana da OSM, em que foram oferecidas atividades que possibilitaram conciliar os estudos dos fundamentos teóricos sobre as organizações e suas estruturas na prática administrativa, além de provocar o exercício das diferentes habilidades do administrador nos alunos.

A realização da Gincana da OSM foi impulsionada pela necessidade de estabelecer momentos de maior interação entre os acadêmicos do curso de Administração da Universidade do vale do Itajaí – UNIVALI e o professor, enquanto mediador no processo ensino-aprendizagem dos conteúdos previstos para a disciplina Organização, Sistemas e Métodos. Para tanto, foi necessário pesquisar e refletir previamente sobre a utilização de estratégias de ensino que pudessem contemplar o saber fazer e o saber ser.

Na elaboração de um planejamento dinâmico de aula, comprometido com as propostas do projeto pedagógico do curso, buscou-se atender aos itens que promovem a formação focada para o cenário profissional, apresentando soluções para as questões ético-política e técnico-científica, que por meio de uma visão global interfira nas atividades empresariais voltadas para a análise do ambiente econômico e organizacional.

Estes pressupostos foram garantidos quando foi desenvolvido pela ementa da disciplina de Organização, Sistemas e Métodos, um conteúdo que contemple citações formuladas pelos autores: Araujo (2001); Chiavenato (2003); Chiavenato (2005); Cury (2000); Drucker (1998); Oliveira (2002); Robbins (2002); Robbins; Decenzo (2004) quando afirmam a necessidade em ter uma compreensão detalhada das organizações, por meio da: - Busca dos produtos organizacionais; - Fixação dos objetivos estratégicos; - Identificação dos maiores obstáculos organizacionais; - Elaboração de estruturas alternativas; - Participação e elaboração de sistemas de informação.

Diante dos itens mostrados acima, coube ao professor escolher uma estratégia dinâmica com as características de uma gincana, a fim de realizar as atividades em meio da integração e descontração e oferecer, ao mesmo tempo, o momento de aprendizagem sobre a compreensão das estruturas organizacionais, aplicando métodos, analisando processos e sistemas gerenciais. Assim, não só a aprendizagem, mas buscou-se pela estratégia da gincana a integração entre os grupos de trabalho e o grande grupo, o exercício do desempenho profissional pelo uso das habilidades (conceitual, humana e técnica), possibilitando identificar e analisar as atividades organizacionais dentro de uma abordagem gerencial, reconhecendo a importância que os executivos da área da Administração consideram a atividade de organização, métodos e os sistemas como um instrumento facilitador do processo decisório, bem como a operacionalização das decisões tomadas e do controle e avaliação dos resultados.

Durante a execução da gincana percebeu-se que a aceitação pelos alunos foi o fator mais importante e que determinou o seu sucesso. Tornou-se um instrumento facilitador da aprendizagem e da avaliação, sendo um vetor de integração entre os participantes e um ambiente propício para o exercício das habilidades do administrador.

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2. Gincana da OSM como Estratégia de Ensino e Avaliação

A concepção de aprendizagem é um processo complexo, não linear, ou seja, não acontece por acréscimo e acumulação propriamente. Segundo Piaget (1976) o aprendizado apresenta uma estrutura em redes de conexão, no qual cada sujeito reelabora conceitos, experiências, associando os elementos para permitir a ampliação do conhecimento e desenvolver novas relações, esclarecendo novas questões para chegar a aprendizagens mais complexas.

A afirmação de Piget (1976) associada a Bordenave e Pereira (2001) mostra que o processo de ensino e aprendizagem segundo a educação apresenta-se sob duas formas: educação bancária e educação problematizadora. Na educação bancária dá-se ênfase na transmissão do conhecimento e experiência do professor, no qual o aluno procura absorver os conhecimentos e experiências. O aluno deveria ser o sujeito a ser transformado e envolvido pelo conhecimento, mas acaba sofrendo apenas uma simples assimilação daquilo que o professor entende como relevante no objeto a ser estudado. Na educação problematizadora espera-se do aluno um papel mais dinâmico, com participação ativa no diálogo que deve ser promovido entre alunos e professores, permitindo uma visão analítica e reflexiva por parte de todos os sujeitos.

A metodologia de ensino para cursos do ensino superior na Universidade do Vale do Itajaí preza pela relação política entre educação e sociedade, procurando trabalhar com o conhecimento, por meio de um referencial teórico que favoreça uma prática pedagógica dialética. De acordo com Santana (1991), na concepção dialética pode-se aprender a desenvolver um processo que inicie da prática social, superando não só o nível de concepção, de conhecimento, mas do próprio processo de construção do conhecimento. Assim esta prática pedagógica possibilita levar os alunos a exercitarem a cadeia dialética de ação - reflexão - ação, ou seja, a relação prática - teoria - prática, tendo como ponto de partida e de chegada do processo de ensino e aprendizagem, a realidade social, que neste caso a teoria e a prática jamais poderão estar desvinculadas.

Tesser (1989, p.45) também afirma que: “O vetor principal na unidade teoria/prática não deve ser buscado simplesmente na teoria crítica, mas na atividade prático-crítica.”. Tal afirmação explica que o conceito de teoria e prática está sempre relacionado na ação pedagógica de formar o pensamento, mais voltado para as questões teóricas e a experiência e a ação, ambas voltadas para a prática. Estes elementos devem estar juntos e presentes, sem os quais não acontece a ação de ensinar e de aprender. A articulação da teoria e prática permite a transformação do conhecimento. Bottomore (1988, p.122) acrescenta:

“O conhecimento é algo sempre em construção; seu ponto de partida o viver, o experimentar, seu processo é o refletir sobre o vivido em todas as suas dimensões e articulações. O próprio conhecimento universal acumulado ao longo da história resulta da reflexão crítica e criativa sobre a natureza, a existência e a prática social humana. Há uma unidade dialética entre o experimentar e o conceitualizar, o agir e o conhecer.”

O experimentar de Bottomore (1988) pode ser associado às idéias de Freire (1975), afirmando que quando se enfatiza que os problemas a serem estudados, este precisam valer-se de um cenário real, ou seja, precisa-se fazer a observação da realidade, manifestando-se em contradições que são positivas para obter uma postura crítica de educação. Assim, o conteúdo deve estar sempre se renovando e ampliando, inserido criticamente na realidade em transformação.

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Para Bordenave e Pereira (2001) esta concepção permite que o aluno aprenda cognitivamente, e vai além, porque necessita agir, praticar atitudes e habilidades, desenvolvendo a capacidade e habilidades de decidir e assumir responsabilidade social e política, levando-o a ter uma nova postura diante dos problemas presentes no mercado de trabalho. Cabem as equipes de professores ou instrutores utilizarem uma tecnologia formada por materiais que permitam planejar, orientar e controlar a aprendizagem do aluno, isto é, uma tecnologia formada por materiais e pelas técnicas pedagógicas.

As técnicas pedagógicas ou estratégias diversificam o momento da sala de aula com objetivos muito maiores que uma mera acumulação de conteúdos, por considerar as diversas partes aprendidas da realidade buscando suas relações e inter-relações. Segundo Meirieu (1998) cada estratégia de ensino tem suas finalidades predeterminadas, no qual o professor pode desenvolver uma dinâmica intencional e propícia para o fazer pedagógico, sendo uma experiência que permite relacionar os conteúdos com a prática e consequentemente a aquisição de novas competências e habilidades.

A avaliação da aprendizagem deve estar associada da metodologia de ensino-aprendizagem empregada pelo professor. Para Silva (2006) a avaliação é uma forma de estabelecer uma ligação com a orientação da ação pedagógica, que se origina e se fortalece como a prática dialética. Ao mencionar a avaliação da aprendizagem como um procedimento que permite interagir com o processo de aprendizagem Luckesi (1996) observa que ela possibilita acompanhar o desenvolvimento humano.

A avaliação deve ser considerada como elemento natural do processo educativo, que proporciona a autonomia e a emancipação do aluno. Bordenave; Pereira (2001, p. 105) afirmam ainda que “a avaliação seria essencialmente um processo de negociação, como um ambiente comunal para o processo de transformação (...) seria usada como um feedback, parte do processo interativo de fazer, criticar, fazer, criticar.

Anastasiou; Alves (2004) recomendam que o professor apresente diversas “estratégias de ensinagem”, descreva cada estratégia, detalhando as dinâmicas da atividade, a forma de uso e os critérios de avaliação. Silva (2006) complementa quando afirma que são grandes as alternativas de instrumentos avaliativos, porém o que vai ser utilizado, como estratégia de avaliação, precisa estar inserida em uma sistemática elaborada pelo professor. Destaca ainda, que a utilização de instrumentos de avaliação precisa ser diversificada e esclarecedora, a fim de prover uma melhor compreensão do aluno que está sendo avaliado.

3. A Organização e as Habilidades e Competências Administrativas

A própria disciplina de Organização, Sistemas e Métodos permite a articulação da teoria com a prática na construção de exemplos empresariais que permitem aumentar as referências cognitivas e comportamentais, conforme afirma Chiavenato (2003). Se conduzidas por canais que propiciem situações da realidade empresarial, a direção das aulas facilita o entendimento do conteúdo, na busca de novos conhecimentos, na troca de experiências e na identificação das variáveis que permite relacionar a dinamicidade de ambientes às alternativas de gerenciamento.

A Gincana OSM foi criada com a intenção de oferecer uma metodologia de ensino que promovesse a articulação da teoria com a prática e que possibilitasse ampliar a rede de

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conhecimento entre professor e alunos. Sob o ponto de vista operacional, buscou-se estabelecer uma relação entre o conteúdo e os instrumentos de OSM com as pessoas que compõem uma organização.

Ao definir a gincana como estratégia de ensino e avaliação, esta como passou a ser uma ferramenta de articulação do contexto teórico-prático. Para tanto, buscou-se oferecer um processamento diferenciado de atividades, contribuindo para a construção do comportamento do aluno-administrador no exercício das habilidades administrativas.

Conforme as definições de Chiavenato (2003); Cury (2000); Oliveira (2002); Robbins (2002); Robbins; Decenzo (2004); Albuquerque; Rocha (2005) a organização é conhecida como uma instituição social composta por pessoas, recursos e processos que quando estruturados são orientados para a realização dos objetivos organizacionais.

Segundo Albuquerque; Rocha (2005) uma organização é o ambiente usado pelas pessoas para coordenar suas ações na obtenção de algo que desejam ou possui valor. A organização é um cenário intangível, na qual permite conhecer os produtos ou serviços produzidos e lidar com seus empregados, mas não permite mensurar o quanto são motivados a produzir tais bens e serviços. Os mesmos autores afirmam que uma organização é formada pelos níveis hierárquicos: estratégico, gerencial e operacional.

Lacombe; Heilborn (2003), argumentam que uma organização deve estar em constante construção, fortalecendo um entendimento ideológico de ser uma reunião de comportamentos sociais interligados por participantes, considerando-os como instrumentos vitais de uma sociedade. Chiavenato (2005) afirma que os participantes estão distribuídos no ambiente organizacional, no qual conceitua como o ambiente em que a organização opera, caracterizando-se como a principal fonte de incerteza. O autor explica ainda, que o nível de incerteza acontece quando os clientes deixam de usar seus produtos e serviços, quando os fornecedores não podem garantir o fornecimento de algum recurso ou quando alguns stakeholders podem ameaçar a empresa.

Chiavenato (2003); Robbins; Decenzo (2004); Albuquerque; Rocha (2005) observam que um sistema organizacional contém elementos materiais e humanos que, orientados por uma rede de informações e sustentados por seus elementos, formam o ambiente interno. Este ambiente estabelece dois níveis de relação: o micro ambiente, que é a conexão da organização com o cliente e fornecedores, capital, materiais, equipamentos e informações e o macro ambiente, sendo uma referencia menos freqüente, mas não menos importante, representado pelos fatores tecnológicos, institucionais, econômicos, sociais, demográficos e ecológicos.

Na junção destes ambientes e seus fatores, uma organização precisa conviver com parâmetros naturais de seus ambientes, criando um universo de objetivos. Adizes (2004) afirma que o importante é constatar que uma organização se apresenta como um ciclo ações interdependentes e de características específicas que definem a direção para a execução dos objetivos. Chiavenato (2005) acrescenta que a organização implanta a construção de ciclos próprios para o alcance dos seus objetivos e as pessoas por meio do desenvolvimento de determinada atividades e processos provem transformações de determinada realidade organizacional.

Segundo Lacombe; Heilborn (2003) as transformações são feitas por profissionais com qualidades para dominar o conhecimento e saber produzir o conhecimento, configurando-se como: ação, reflexão crítica, curiosidade, questionamento exigente, inquietação e incerteza. Acrescenta ainda, que a essência do trabalho do administrador é obter resultados por meio das

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pessoas que ele coordena. Esta afirmação vem ao encontro das idéias de Drucker (1998) quando menciona que administrar é garantir o desenvolvimento dos ciclos, mantendo a organização coesa e que os ciclos são compostos pelas atividades internas. A garantia do funcionamento da organização é feita por pessoas que realizam atitudes administrativas.

Mintzberg (1977), afirma que as atitudes são de responsabilidade dos executivos que desempenham dez papéis administrativos, podendo agrupar de acordo com as características básicas e são resumidos por três temas: relações interpessoais, transferências de informações e tomada de decisões. Os temas geraram os papéis gerenciais: interpessoal, informacional e decisorial.

Para Mintzberg (1977) apud Lacombe; Heilborn (2003) o papel interpessoal, é marcado pela imagem do chefe que desempenha atividades de cunho legal ou social. Este usufrui do status e autoridade inerente aos cargos administrativos, e o principal objetivo é estabelecer o relacionamento do gerente com representantes da organização, com os subordinados e com indivíduos ou grupos externos à organização, interagindo na organização com subordinados, clientes, fornecedores, etc.

O papel informacional é desempenhado pelo contato com fornecedores de informação para os executivos, buscando e disseminando informações, a fim de estabelecer uma relação entre os ambientes internos e externos. É considerado o porta-voz da unidade/organização, falando em seu nome. O objetivo principal é buscar informações com pares, subordinados e outros contatos pessoais sobre qualquer coisa que possa afetar o seu trabalho e suas responsabilidades.

O papel decisorial engloba quatro atores: empreendedores, controladores de conflitos, alocadores de recursos e negociadores. As funções deste papel estão ligadas diretamente às tarefas da tomada de decisão, no desenvolvimento de ações para o planejamento organizacional e solução de problemas, alocação de recursos, comunicação, articulação e negociação.

Dependendo do papel do gestor conforme Mintzberg (1977), o sujeito utilizará as habilidades administrativas que foram estudadas por Katz (1974) apud Lacombe; Heilborn (2003), tais como: habilidade técnica, humana e conceitual. - Habilidade Técnica diz respeito à utilização dos conhecimentos (instrução, experiência e

educação), dos métodos, das técnicas equipamentos necessários para a realização de suas tarefas específicas. Esta habilidade requer experiência e conhecimento técnico.

- Habilidade Humana tem a propriedade para trabalhar com pessoas, compreendendo suas atitudes, motivações. É preciso comunicar-se e aplicar uma liderança eficaz. Esta habilidade requer o exercício da empatia.

- Habilidade Conceitual é responsável pela compreensão da complexidade da organização e o ajustamento do comportamento da pessoa à organização, como um todo e não somente nom olhar departamental. Esta habilidade requer maturidade, conhecimento e experiência.

Chiavenato (2003) relaciona os níveis organizacionais com a necessidade do exercício das habilidades administrativas, destacando que o nível institucional ou estratégico necessita mais das habilidades conceituais que o nível operacional e que as habilidades humanas devem estar presentes e com destaque em todos os níveis.

Estes fundamentos sobre as organizações e as habilidades administrativas permitem construir um mapa conceitual baseado em Lacombe; Heilborn (2003); Chiavenato (2005); Robbins; Decenzo (2004); no qual apresenta a integração entres os três pilares organizacionais (processos, pessoas e recursos) que encontram-se predominantemente distribuídos quanto as

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características funcionais de cada nível e o cruzamento das habilidades administrativas quando as necessidades de uso. O mapa encontra-se representado no quadro 1.

Quadro 1 – Habilidade administrativas e a Organização Fonte: adaptado de Chiavenato (2005, p. 5)

Deste modo, as abordagens apresentadas sobre contexto organizacional, tanto o conceito, quanto aos perfis para gestão, constituem-se num referencial teórico, no qual a Gincana da OSM foi construída.

4. Metodologia da Gincana da OSM

A Gincana da OSM é uma estratégia de ensino que complementa a ação da aula baseada na exposição de conteúdos. Ela busca a integração entre professor e alunos, envolvendo-se no trabalho colaborativo para a resolução dos desafios que foram definidos pelas tarefas, ou atividades.

As tarefas estão voltadas para permitir a reelaboração do conhecimento, articulando a teoria e a prática, a fim de fortalecer a formação do perfil profissional, bem como das competências previstas para o curso de Administração na Universidade do Vale do Itajaí.

A metodologia da gincana está estruturada em: aprendizagem baseada problemas numa situação lúdica, por exemplo, uma das tarefas requer a descrição da situação e definição do problema, os pontos-chave de estudo, a solução sobre o problema, vantagens e desvantagens da proposta. Observa-se que os conteúdos e atividades que propiciam a realização de pesquisas, tais como estudo de casos.

A intensão de criar a dinâmica da gincana como um jogo está direcionada a integração, incentivo a realização das tarefas com sucesso, mas também oportuniza a auto-avaliação por meio da reflexão sobre as facilidades e dificuldades encontradas do grupo de trabalho, assim como fortalece as habilidades e competências individuais.

Acredita-se que as atividades lúdicas desenvolvidos durante a realização das tarefas da gincana, além de contribuírem para o desenvolvimento das habilidades administrativas possibilitaram a exploração de outras áreas como: motivação, criatividade, cognição percepção, atenção, cooperação e solidariedade.

Técnicas

Conceituais

Humanas

Operacional Supervisão

Gerencial Intermediário

Estratégico Institucional

Habilidades Administrativas

Nív

eis

Ad

min

istr

ativ

os

Processos

Pessoas

Recursos

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A forma de organizar a gincana permitiu propiciar um ambiente de ensino e aprendizagem que favorece o envolvimento e a atividade dos alunos, por meio do engajamento deles na realização de tarefas, mediadas pela interação com seus pares e com o professor.

Ao selecionar esta estratégia foi necessário integrar os sujeitos: professor e alunos, montando analogamente uma organização, conforme as definições de Chiavenato (2005); Cury (2000); Oliveira (2002); Robbins (2002); Robbins; Decenzo (2004); Albuquerque; Rocha (2005) é conhecida como uma instituição social composta por pessoas, recursos e processos que quando estruturados são orientados para a realização dos objetivos organizacionais e que uma organização é formada pelos níveis hierárquicos: estratégico, gerencial e operacional. Desta forma, a gincana tornou-se uma instituição, formada pelos três pilares: as pessoas – professor, alunos e colaboradores da instituição, os recursos – tecnologia, informação, infra-estrutura da universidade e os processos – atividades pedagógicas. A estrutura desta organização foi pautada nas idéias de Chiavenato (2003) quando distribui as habilidades administrativas conforme os níveis organizacionais.

O nível estratégico foi responsável pela definição das questões da gincana, que estava diretamente relacionado à gestão dos recursos, tais como: definição do regulamento da gincana, formulação das tarefas, estabelecimento da pontuação e critérios de avaliação, controle do tempo, escolha e reserva do local para a realização do evento, alocação de recursos audiovisuais. Estas atividades estratégicas foram exercidas pelo professor da disciplina.

Foi estabelecido que o nível gerencial estivesse sob a autoridade e responsabilidade de um representante de cada grupo de trabalho. Este procurou exercitar com maior freqüência as habilidades humanas, promovendo o direcionamento e a motivação dos acadêmicos envolvidos, buscou a negociação e a administração de conflitos.

Os demais colegas dos grupos de trabalho encontravam-se no nível operacional e exercitaram com maior ênfase a habilidade técnica, requerendo conhecimento do conteúdo, facilidade em utilizar ferramentas e instrumentos e criatividade para realizar as tarefas. 4.1 Operacionalização da Gincana

A Gincana da OSM foi realizada em 3 encontros e contou com a participação de 52

alunos. O seu início foi marcada pela formação de 8 grupos de trabalho e indicação do representante de cada grupo. O professor apresentou na primeira semana, conforme as indicações de Anastasiou; Alves (2004) as regras da gincana, as 5 tarefas, o tempo de execução e o critério de avaliação de cada tarefa aos representantes dos grupos de trabalho e posteriormente foram transmitidos para os colegas de cada grupo.

Para a realização das tarefas, cada grupo de trabalho e seus representantes escolheram uma cor, servindo de identificação perante o grande grupo e através de sorteio foi estabelecida uma seqüência de apresentações das equipes.

A primeira tarefa foi destinada à simulação de uma entrevista com um analista de OSM, em que os alunos deveriam elaborar perguntas e respostas abordando as atividades da área de OSM e o perfil profissional deste departamento. A entrevista foi socializada com o grande grupo e resultou em diversas situações organizacionais que propiciaram a compreensão da teoria e prática, e quanto ao desempenho para a realização da tarefa, foi bastante interessante. Desde um

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programa ao vivo de rádio, em que as pessoas ligavam e faziam perguntas ao um especialista, até um programa de entrevista na TV, conforme Figura 1.

Os critérios de avaliação da primeira tarefa foram: criatividade, análise das informações estabelecendo relações entre as idéias propostas, aplicabilidade e coerência dos conteúdos.

Figura 1 – Alunas realizando a 1ª tarefa da gincana da OSM – Entrevista com um especialista em OSM A segunda tarefa permitiu a criação de uma seção de palavras cruzadas com 15 palavras-

chaves sobre os modelos de organização: orgânica e mecânica. A realização desta tarefa resultou numa aprendizagem coletiva, porque enquanto uma equipe apresentava as questões, o grande grupo procurava resolve-las, conforme figura 2. As sucessivas apresentações deste exercício permitiram reforçar o conteúdo estudado, e possibilitaram perceber que o tempo despendido para a resolução das questões foi gradativamente diminuindo. Foram empregados os seguintes critérios de avaliação: formulação de síntese coerente com o conteúdo estudado, localização da idéia central e secundária do texto, criatividade.

Figura 2 – Alunas cumprindo a 2ª tarefa da gincana da OSM – Palavras Cruzadas

A terceira tarefa foi o momento mais descontraído da gincana, em que consistiu na

elaboração de no mínimo 4 estrofes rimadas sobre os tipos de departamentalização, conforme a

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figura 3. Foi permitida, na apresentação desta tarefa, a utilização de músicas conhecidas formando uma paródia, ou composição de letra e música ou declamação de poesia composta pelo conteúdo citado. Foram usados como critérios de avaliação a capacidade de análise crítica, argumentação e aprofundamento do tema.

Figura 3 – Alunos cumprindo a 3ª tarefa da gincana da OSM – Estrofes rimadas

A quarta tarefa consistiu na preparação uma apresentação de 5 minutos para explicar os

conceitos de centralização e descentralização. Foi permitido a utilização de qualquer recurso audiovisual e dinâmica livre, abordando o tema estabelecido. Foram usados como critérios de avaliação: logicidade e criatividade, coerência do tema, aplicabilidade e pertinência dos argumentos apresentados. Os alunos criaram cenários práticos para representar as duas situações organizacionais, permitindo a compreensão conceitual sob ações da empresa, conforme figura 4.

Figura 4 – Alunos cumprindo a 4ª tarefa da gincana da OSM – Apresentação livre A ultima tarefa consistiu na simulação do cenário: reunião estratégica, em que a empresa

está estudando uma nova estrutura organizacional, e o profissional de OSM identificou a situação organizacional, apresentando problemas e necessidades em implantar uma nova estrutura como

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uma solução organizacional. Esta tarefa possibilitou realizar atividade cênica, e a maioria dos grupos demonstraram conhecimento teórico e prático sobre o tema e a contextualização foi muito bem explorada.

Os critérios de avaliação foram: logicidade e criatividade, coerência do tema, aplicabilidade e pertinência dos conteúdos apresentados e desempenho na descoberta da solução apropriada ao problema.

Figura 5 – Alunos cumprindo a 5ª tarefa da gincana da OSM – Solução Organizacional Ao final de cada tarefa o professor publicava a pontuação, de acordo com os critérios de

avaliação. Com a seqüência das tarefas, os alunos realizaram suas próprias avaliações, que normalmente coincidiram com as do professor. Os representantes conduziram muito bem todo gerenciamento da dinâmica, inclusive ao discutir a avaliação do seu grupo, promovendo a auto-avaliação, que aconteceu naturalmente.

4.2 A Avaliação da Gincana A gincana permitiu praticar o uso das habilidades do administrador por meio das

competências, em que são comprovadas por Fleury; Fleury (2000) quando afirmam que as competências representam fonte de valor para o indivíduo e para a organização, na aplicabilidade do saber agir, saber aprender, saber se engajar, mobilizar recursos, reconhecer a integração dos conhecimentos, assumindo responsabilidades, norteados sempre por uma visão estratégica.

Cada representante do grupo de trabalho procurou distribuir as atividades para os membros de acordo com sua singular metodologia. Observou-se que alguns representantes diretivamente distribuíram as tarefas e as responsabilidades para seus colegas, outros optaram pela negociação e respeitaram a vontade de cada em realizar ou não, determinada tarefa, dando oportunidade de escolha do que fazer, e um representante centralizou as decisões e atividades, oferecendo ao grupo ações menores.

Os colegas que desempenharam as atividades do nível operacional, exercitando as habilidades técnicas, demonstraram coesão de idéias e domínio técnico.

A realização das diferentes tarefas requereu conhecimento, criatividade, organização, comprometimento de todo o grupo envolvido, tal como uma empresa. O exercício de liderança

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foi reforçado pelos papéis gerenciais, descrito por Mintzberg (1977) no qual o acadêmico, enquanto representante do seu grupo utilizou-se do papel interpessoal para estabelecer relações dentro e fora da organização (equipe) na busca de soluções coletivas, exerceu o papel informacional durante o período da gincana coordenando e facilitando ativamente sua equipe para a realização das tarefas tanto na obtenção quanto na transmissão de informações e fez uso do papel decisório na busca e identificação de soluções, no controle dos conflitos internos e negociação e na gestão dos recursos.

A relevante participação na gincana deve-se ao desempenho das habilidades humanas porque o representante do grupo motivou cada membro da equipe e administrou harmonicamente a autoridade e responsabilidade, e as decisões eram tomar pelo grupo de trabalho que no exercício das habilidades técnicas cumpriram a maioria das tarefas com absoluto sucesso.

Por fim, a gincana tornou-se um instrumento facilitador da aprendizagem e da avaliação da aprendizagem, por atingindo os objetivos e configurando-se como uma estratégia que diversifica ação do professor no processo de ensino-aprendizagem, além de possibilitar um ambiente propício para o treinamento das atitudes administrativas e ser um vetor de integração entre os participantes.

Na semana do término da gincana, o professor solicitou aos alunos que respondessem um questionário de avaliação do evento, com o objetivo de identificar os pontos fortes e fracos desta prática.

Segundo os resultados da avaliação, os alunos validaram o sucesso da gincana, conforme os depoimentos apresentados a seguir: - “Com a gincana percebemos que o grupo mostrou muita empolgação, integração e todos

estavam super empenhados.” - “A gincana ampliou conhecimentos.”

Os pontos fortes e fracos são mostrados na tabela 1. Tabela 1- Avaliação pelos alunos sobre a gincana

Pontos fortes Pontos fracos Envolvimento da turma em relação aos

trabalhos realizados na sala de aula Tempo prolongado

Ter exigido um aprofundamento da matéria através de uma dinâmica diferente

Pouco tempo para preparar as tarefas

Todos os alunos que estavam na sala estavam interagindo e entretidos uns com os outro

Nem todos fizeram o que tinham que fazer

Troca de informações, durante as apresentações, entre os colegas da sala

Gerou competição desordenada na briga por pontos

Amplo esclarecimento e colocou em prática situações que abrangem a matéria – ensinou

muito

Falta de colaboração de alguns amigos que assistiam a realização das tarefas

Comunicação e cooperação Desunião de algumas pessoas Podemos ver o desenvolvimento de cada grupo

Interatividade e dinamismo Integração e aprendizado ao mesmo tempo

Aprendizado em forma de brincadeira Faz ir atrás do conteúdo

Reconhecimento de habilidade que nos eram

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desconhecidas A tabela 1 representa a opinião dos alunos que participaram da gincana. Estas servirão de

referência para o próximo semestre, no qual o professor irá repetir a estratégia. Os pontos fortes apontam para o que se pretendia com a gincana, quando foram estabelecidos os seus objetivos e os fracos foram cuidadosamente estudados para tentar inverter a situação.

Justifica-se o tempo prolongado, como ponto fraco, considerando que a gincana teve duração de três encontros. Para diminuir este tempo é necessário o cumprimento das regras no que diz respeito a duração de cada tarefa. Na realização da gincana o professor ficou menos preocupado com o cronômetro, por prezar pela qualidade da apresentação da tarefa. Acredita-se que com o amadurecimento desta dinâmica, por parte do professor, será possível conciliar as duas variáveis: o tempo e a qualidade.

Outro ponto fraco apontado, que pode ser melhorado é o pouco tempo para preparar as tarefas. Como as tarefas foram divulgadas no primeiro dia da gincana cabendo um tempo em sala de aula para a elaboração de algumas das tarefas, sabe-se que a maioria destas requer encontros extra-classe e que os alunos têm outras atividades também a realizar, se divulgadas com antecedência, as tarefas poderão ser mais bem elaboradas.

Quanto aos outros pontos fracos encontrados na avaliação, estão diretamente relacionados ao comportamento dos participantes da gincana. Estes problemas foram expressos por alguns alunos quando afirmaram: “Nem todos fizeram o que tinham que fazer”, “Gerou competição desordenada na briga por pontos”, “Falta de colaboração de alguns amigos que assistiam a realização das tarefas” e ainda “Desunião de algumas pessoas”. Para tentar evitar o descontentamento de alguns em relação a falta de engajamento de colegas durante a gincana, cabe ao professor destacar a importância do exercício das habilidades administrativas e sua interdependência. Enquanto o representante do grupo de trabalho motiva o grupo, os colegas precisam encarar com responsabilidade cada tarefa e sua individual ou coletiva capacidade em realizá-la.

A avaliação pelos alunos sobre a gincana permitiu identificar algumas sugestões que serão estudadas, quanto a sua viabilidade, para implantar na próxima versão, tais como: - “Talvez se tivesse menos tarefas seria mais rápido e com mais qualidade” - “Premiação para a equipe vencedora” - “Assistir um filme e fazer encenação sobre o mesmo” - “Estudar mais os conteúdos antes de fazer a gincana” - “Uma programação mais antecipada das tarefas”

Alguns alunos também deram sua opinião espontânea sobre a repetição nos próximos semestres: - “Continue fazendo esse método de ensinar. É uma forma de quebrar as barreiras, unindo os

alunos.” - “Continue, precisamos de novas idéias. Apresentação do ensino tem que ser estimulada. Esse

tipo de trabalho é sempre bem-vindo: diversifica e anima a aula, tornando-a mais interessante.”

- “Fazer mais estas gincanas, pois é a forma de aprender mais fácil e divertido, além de deixar os colegas mais unidos.”

Sobre as habilidades administrativas os alunos registraram as seguintes opiniões:

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“Nosso representante de equipe demonstrou um perfil característico de uma pessoa dedicada a organizar o grupo, sempre exigindo dos integrantes a devida participação, fazendo com que os mesmos procurassem desenvolver e apresentar o melhor de si em prol do grupo para uma melhor apresentação diante da turma.”

“Nosso grupo estava muito engajado pela coordenação e participação de todos os membros. Diante da incumbência do representante em usar a habilidade humana, ele procurou garantir a realização das tarefas de cada um, cuidando de nos manterem informados e unidos para discutir diversos assuntos relacionados. Manteve o contato com equipe de várias formas, como por exemplo, não estando em sala de aula, por via e-mail, pela internet ou algo nesse meio, fazendo dele uma ponte de informação entre nós onde tirávamos dúvidas e fazíamos também conclusões das atitudes a serem tomadas quanto às obrigações.”

“O nosso líder conduziu o grupo a ter um bom desempenho da melhor maneira possível, com leves motivações. Diante dos conflitos de idéias analisou as que surgiam e procurou mostrar sempre um método mais eficaz para que obtivéssemos sucesso em nossas realizações diante das atividades nos impostas. Deixou claro que tínhamos que contribuir na medida do possível na aquisição dos materiais que necessitaríamos para confecção, gravação, cópias, e tudo que viéssemos a utilizar para nossas apresentações.”

A realização da gincana mostrou que, para o bom desenvolvimento do trabalho, a participação harmônica entre os três níveis organizacionais é indispensável e o uso das habilidades administrativas, pois o emprego sistemático das habilidades pode justificar o bom desempenho dos grupos de trabalho. Todas as equipes tiveram bons resultados, mesmo no surgimento de conflitos internos, todos desenvolveram maturidade para contorná-los.

Com a realização da gincana foi possível criar um ambiente que permitisse simular situações e atitudes que estão presentes nos cenários organizacionais, tais como o uso pertinente das habilidades administrativas para encarar os desafios encontrados e vencidos pelas variáveis tempo e qualidade.

A gincana como instituição composta por recursos, processos e pessoas, que desenvolvem suas atividades para atingir os objetivos, poderá estender-se para outras ações e conciliando outras disciplinas do mesmo período, visando praticar o conceito da gestão sistêmica REFERÊNCIAS

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