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Glândulas endócrinas Prof a . Marta G. Amaral, Dra. Histofisiologia

Glândulas endócrinas - ufpel.edu.br · Plexo capilar secundário Hormônios do ... das proteínas e dos lipídios Sistema imunológico ... Elevação da glicemia 3

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Glândulas endócrinas

Profa. Marta G. Amaral, Dra. Histofisiologia

Hormônio

É uma secreção que habitualmente, é liberada para os capilares sanguíneos.

Normalmente é transportado por

proteínas e age em tecidos ou

células-alvo.

1.Esteróides:,derivados do

colesterol. Sintetizados pelas

gônadas e córtex da adrenal

2. Peptídeos, polipeptídeos e proteínas: produzidos no hipotálamo, hipófise, tireoide, paratireoide, pâncreas, células enteroendócrinas (digestório e respiratório), insulina, glucagon, ACTH, FSH, GH, LH, ADH, etc.

3. Aminoácidos e análogos e derivados do ácido araquidônico: Catecolaminas (adrenalina e noradrenalina), prostaglandinas,

prostaciclinas, leucotrienos,

hormônios da tireoide.

Produzidos por várias células incluindo neurônios

Mecanismos de controle hormonal

Autócrino hormônios que agem na mesma célula ou em células do mesmo tipo. IGF (fator de crescimento à insulina) é produzido por várias células e pode agir nas mesmas células.

Endócrino Célula G (enteroendócrina) do piloro que age nas glândulas fúndicas do estômago estimulando a secreção de HCl

Parácrino hormônio vai para o espaço extracelular, atua em células próximas. Produção de insulina é inibida pela produção de somatostatina por células da mesma ilhota.

Receptores hormonais

Amplificam o sinal dado pela H-R, são produzidos pela ativação da proteína G associada a membrana. Ex.: o monofosfato cíclico de adenosina (AMPc), 1,2-diacil-glicerol (DAG), 1,4,5-trifosfato de inositol (IP3) e o íon Ca++

Inibidor: monofosfato cíclico de guanosina (GMPc)

1.Receptores da superfície celular Para hormônios peptídicos ou catecloaminas.

Segundo mensageiro: se forma quando ocorre a ligação hormônio-receptor (H-R). Geralmente estimulam o metabolismo celular

2. Receptores intracelulares:

Normalmente são intranucleares.

São usados pelos esteroides e hormônios da tireoide que penetrem facilmente na membrana plasmática e na nuclear.

Agem nos receptores intracelulares, influenciando diretamente a expressão gênica,

sem ajuda do segundo mensageiro.

Os receptores tem 3 domínios de ligação:

Determina a síntese de novas proteínas que regulam o metabolismo celular

c. Região aminoterminal

aumenta transcrição RNAm

ativa RNA polimerase

H-R transformação alostérica do receptor em uma forma que se liga ao DNA

a. Região de ligação ao hormônio:

H-R + DNA

b. Região de ligação ao DNA

Hipófise ou Pituitária

Adulto 0,5 g 10 x 13 x 6 mm

Parte tuberal

Origem embriológica

assoalho do diencéfalo

2

3

4

PLEXO CAPILAR PRIMÁRIO (fenestrado)

5

7

Sistema porta hipofisário Plexo capilar primário + Plexo capilar secundário

Hormônios do hipotálamo chegam direto na adeno-hipófise

PLEXO CAPILAR SECUNDÁRIO (capilar sinusoide)

1

6

Neuro-hipófise Pars nervosa

Adeno-hipófise

Pars distalis

Adeno-hipófise

Maior parte (75%)

Cordões celulares entremeados por capilares

Estroma com poucos fibroblastos produtores de fibras reticulares

1. Pars Distalis

Células Por colorações rotineiras observa-se 3 tipos celulares Cromófobas Cromófilas

Acidófilas (GH, prolactina) Basófilas (LH, FSH, TSH, ACTH)

Tricrômico de Gomori

Basófila e acidófila, tricrômico de Mallory Escarlate cristal brilhante, azul de anilina e amarelo Martius

Controle funcional da pars distalis

Os núcleos hipotalâmicos dorso-mediano, dorso-ventral e infundibular, produzem os hormônios Hipofisiotrópicos/hormônios liberadores (releasing) hipotalâmicos que são de 3 tipos:

Estimuladores: SRH (hormônio liberador de somatotropina), PRH (hormônio liberador de prolactina), GnRH (hormônio liberador de gonodotropina), TRH (hormônio liberador de tireotropina), CRH (hormônio liberador de corticotropina)

Inibidores: Somatostatina (inibe o GH e tireotropina) PIH (hormônio inibidor da prolactina)

INIBINA E ACTIVINA: Peptídeos da familia TGF-β (transforming growth

factor β) São hormônios gonadais que controlam a

secreção de FSH

Mecanismo de retroalimentação (feedback)

Retroalimentação positiva: a resposta aumenta o estímulo original

Retroalimentação negativa: a resposta diminui o estímulo orginal

Ocorre quando a resposta a um estímulo (ação hormonal) tem um efeito sobre o

estímulo original (célula secretora)

O TSH age na tireoide que produz hormônios (T3 , T4). Estes são inibidores da adenohipofise e do hipotalamo, fazem o feed back negativo

2. Pars Tuberalis

Região afunilada em torno do infundíbulo da neuro-hipofise

Cordões celulares secretores de gonadotropinas FSH/LH

3. Pars Intermedia

Região dorsal da antiga bolsa de Rathke, em humanos é rudimentar Cordões celulares e folículos de células fracamente basófilas com grânulos de secreção

Sintetiza a pró-opimelanocortina (POMC), que é clivada e forma o hormônio estimulante de melanócitos α (α MSH) e outros .

α MSH

Estimula a produção de melanina em animais inferiores

Em humanos TALVEZ estimule a liberação de prolactina denominado fator liberador de prolactina (PRH)

Neuro-hipófise Formada pela pars nervosa e infundíbulo

Não tem células secretoras

Pituícito célula sustentação

Mais de 100.000 axônios amielínicos de neurônios secretores dos núcleos supra-óptico e paraventriculares.

Corpos de Herring: neurossecreção que se acumula nas extremidades dos axônios na pars nervosa, composta por vasopressina ou ocitocina

Neurossecreção

A neurossecreção vai para capilares fenestrados da pars nervosa e se distribui para os órgãos alvos.

pressão osmótica

Hipotálamo (núcleo supra-óptico)

ADH Túbulos

coletores do rim

Urina hipertônica

Na diabete insipidus o hipotálamo não produz ADH e o rim perde a capacidade de concentrar urina

1. Vasopressina-arginina ou hormônio antidiurético (ADH): núcleo supra-óptico

2. Ocitocina: núcleo paraventricular

Contração do músculo liso

Parede uterina no coito e parto

Células mioepiteliais das glândulas mamárias

Distensão vaginal e

da cervix uterina Sucção dos mamilos

Hipotálamo Libera ocitocina

Adrenais/supra-renais

O tamanho varia com a idade e condições fisiológicas 2 glândulas pesam cerca de 8g

Dupla origem embriológica Cortical é do mesoderma Medular e da crista neural

Glândula endócrina cordonal Cápsula conjuntiva a) Cortical é amarelada b) Medular é acinzentada

Circulação sanguínea 1

3

2

Arteríola medular

capilar fenestrado da medular com

LB contínua

Arteríola cortical cortical fasciculada capilar sinusóide

Região cortical 1. Zona glomerulosa ou arciforme

cordões de células piramidais ou colunares em forma de arco envolvidos por capilares

2. Zona fasciculada

Cordões com 1-2 células de espessura, retos formando feixes entremeados por capilares. As células são denominadas ESPONGIÓCITOS

3. Zona reticulada

Cordões irregulares, formam uma rede anastomosada entremeada por capilares. Estas células podem conter pigmentos de lipofucsina

Na cortical os hormônios são sintetizados e liberados NÃO FICAM ARMAZENADOS

15%

65%

7%

3%

Espongiócitos gotículas de

lipídios

Hormônios da cortical Esteróides são sintetizados a partir do colesterol

REL: acetil CoA em colesterol

mitocôndrias: colesterol em pregnenolona

equilíbrio eletrolítico, transporte água

Mineralocorticoides (glomerular)

aldosterona

Mucosa gástrica Glândulas salivares Glândulas sudoríparas

Absorção de Na++

Aumenta reabsorção [Na++] e diminui o [K+] Rim TCD

Músculo Adiposo Pele

Queima da glicose, das proteínas e dos lipídios

Sistema imunológico

Anti-inflamatório, inibem a infiltração dos leucócitos e macrófagos Inibem as mitoses dos linfócitos, reduzindo o número de linf. circulantes

cortisona cortisol corticosterona

regulam metabolismo CH, proteínas e lipídios

Hepatócitos

Síntese de proteínas e glicose Gliconeogênese (não glicídicos) Glicogênese (glicose)

Glicorticoides (fascicular)

Também transportam íons

Hormônios sexuais (reticular)

Andrógenos • deidroepiandrosterona (DEHA) • androstenediona • 11 β-hidroxiandrostenediona • testosterona

São andrógenos fracos, só agem depois da conversão em testosterona

Controle da secreção cortical

Região medular Cordões ou aglomerados de células poliédricas, misturadas a neurônios ganglionares simpáticos, entremeados por vasos sanguíneos.

Estroma rico em fibras reticulares

Grânulos de secreção contém:

• catecolaminas: epinefrina ou norepinefrina,

• cromogranina (proteína de ligação com a catecolamina)

• Dopamina β-hidroxilase (converte dopamina em norepinefrina)

• Encefalinas (Peptídios semelhantes a opiáceos)

• ATP (energia)

Papel das organelas na síntese dos grânulos de secreção

Controle da secreção medular

1. Grânulos de adrenalina ou noradrenalina

2. Concentração hormonal varia de acordo com a resposta a intensas reações emocionais

Vaso constrição Hipertensão Aumento frequência cardíaca Elevação da glicemia

3. Reação de defesa do organismo em resposta a situações de emergência

Não há feed back em relação ao controle de secreção da medular

Ilhotas de Langerhans

Pâncreas humano tem mais de 1 milhão de ilhotas (1-2%) predominam na cauda, com Ø = 100-200µm

Cordões de células poligonais, entremeadas por capilares fenestrados Grânulos de secreção coram de acordo com a composição química. Delgada cápsula conjuntiva.

Malolory-Azan Grimelius

Principais tipos celulares

Estimula: liberação de glicose para o sangue gliconeogênese glicogenólise proteólise para promover a gliconeogênese lipase hepática e Mobiliza a gordura dos adipócitos

α/acidófilas, 15-20%, porção periférica, glucagon, no MET grânulos arredondados

Por imunocitoquímica revela produção de: GIP ( peptídeo inibitório gástrico), CCK e ACTH-endorfina

Age no músculo, fígado e adiposo. Captação de glicose para os tecidos, através dos

receptores de membrana estimula a síntese de glicogênio, por armazenamento de

glicose no fígado

β/basófilas, 70%, porção central, insulina, no MET grânulos irregulares, com cristais de insulina no centro.

No adiposo • Estimula a síntese de glicerol • Inibe a lipase

Pode aumentar a captação de aminoácidos pelas células e Inibir o catabolismo proteico.

Grânulos arredondados

Grânulos irregulares com cristais de insulina

Diferenças dos grânulos no microscópio eletrônico de

transmissão

Síntese de

insulina

δ 5-10%, localização variada, somatostatina

Inibe a liberação de hormônios das outras células da ilhota (α e β) por ação parácrina

Tipos celulares secundários

F ou PP, secreta o polipeptídio pancreático, localização variada

• a secreção de bile • a motilidade intestinal • enzimas pancreáticas • secreção de HCO3

-

Estimula as células principais do estômago Inibe

D-1, secreta o peptídeo intestinal vaso ativo (VIP), localização entre os ácinos e ductos

EC, localização entre os ácinos e ductos, produz

Estimula: liberação de glicose para o sangue secreções e motilidade intestinal atividade exócrina do pâncreas

Secretina: estimula a secreção de HCO3- e de enzimas

pancreáticas Motilina: estimula a motilidade gástrica e intestinal Substância P: propriedades neurotransmissoras

Tireoide e Paratireoide

Tireoide Folicular ou vesicular

Medem cerca 0,2 a 0,9 mm

Epitélio simples cúbico baixo à cilíndrico

Entremeados por capilares sanguíneos e linfáticos

Coloide/gel= produto de secreção

Cápsula conjuntiva

Células parafoliculares ou

células C Ficam entre os folículos ou fazem parte deles.

Pouco RER Mitocôndrias alongadas Complexo de Golgi grande Numerosos grânulos de calcitonina

Inibe reabsorção óssea de Cálcio

Diminuição do cálcio sérico

O aumento da concentração de cálcio estimula a síntese

de calcitonina

Células foliculares Única glândula endócrina que acumula o

produto de secreção em grande quantidade

1. Síntese de tireoglobulina RER, Golgi e RER glicolisação, liberação de vesículas com TIREOGLOBULINA no lúmen do folículo 2. Captação de iodeto circulante Proteína co-transportadora Na/I de membrana baso-lateral. A [Iodeto] no citoplasma é 20-50 vezes > que no plasma. 3. Oxidação do iodeto pela tireoperoxidase o iodo é transportado para o gel pela pendrina

4. Iodadação da tirosina no coloide, o iodeto ativado entra no gel e se liga a tirosina

6. Reabsorção do coloide por endocitose mediada por receptores do TSH

7. Digestão enzimática do gel liberando o T3 e T4 para o sangue

5. Formação do MIT, DIT e depois do T3 e T4 no coloide por reações de acoplamento oxidativo

• Aumentam a taxa do metabolismo basal

• Estimulam a transcrição de muitos genes que codificam vários tipos de proteínas e o consumo de oxigênio

• Aumentam o número de mitocôndrias e suas cristas para a oxidação fosforilativa

• Aumentam a absorção de CH no intestino

• Aumentam a síntese de ácidos graxos e a captação de varias vitaminas

• Diminuem a síntese do colesterol, fosfolipídios e triglicerídeos

• Influenciam no crescimento do sistema nervoso durante a vida fetal

Funções do T3 e T4

Hipotireoidismo diminuição do hormônios T3 eT4

Bócio por deficiência de Iodo

• Fadiga • Sono por mais de 14-16h por dia • Fraqueza muscular, • Baixa frequência cardíaca • Diminuição do débito cardíaco e

do volume sanguíneo • Lentidão mental • Falência das funções corporais • Constipação • Intolerância ao frio, • Perda de crescimento de pelos • Mixedema

Cretinismo

Hipotireoidismo extremo, geralmente, é detectado na infância , por deficiência de iodo ou pode haver ausência congênita da tireoide

Ocorre desde a vida fetal até a infância

Retardo mental

Falência do crescimento

2 irmãos com cretinismo endemico, manifestação tardia do hipotiroidismo congenito

Hipertireoidismo Excesso de hormônio T3 T4

• Diminuição do peso corporal • Aumento da frequência cardíaca, do metabolismo, da respiração do funcionamento muscular e do apetite. • Causam tremores musculares • Cansaço • Impotência masculina • Redução ou ausência de sangramento menstrual

Doença de Graves ou bócio exoftálmico

É auto-imunie, a IgG se liga aos receptores de TSH

Baixo peso

Exoftalmia

Nervosismo

Astenia

Ritmo cardíaco acelerado

Paratireoide

Células oxífilas Surgem em torno dos 7 anos Maiores que as principais, são poligonais Grânulos acidófilos e mitocôndrias com numerosas cristas Função desconhecida

Células principais Em maior número e pequenas São poligonais Núcleo vesiculoso e citoplasma fracamente acidófilo

Secretam o PARATORMÔNIO

Pineal/Epífise Extremidade posterior do 3º ventrículo, sobre o teto do diencéfalo e esta conectada a ele por um pedúnculo

Mede 5 x 8 mm,

pesa 150mg

Revestida pela pia-máter que a divide em lóbulos irregulares

Pinealócitos formam 95% da glândula

Citoplasma basófilo, núcleos grandes com nucléolos evidentes

Produzem melatonina a partir do

Triptofano

Células

Células intersticiais ou Astrócitos Ficam entre os pinealócitos, tem prolongamentos com filamentos intermediários, microtúbulos e micro- filamentos

Função

Inibe o hormônio do crescimento e de gonadotrofinas que são liberados pela hipófise e hipotálamo

Produz melatonina no escuro, induzindo a sensação de sono

Ritmo circadiano

Responde a estímulos luminosos recebidos pela retina que são transmitidos ao córtex cerebral estimulando as gônadas

Areia cerebral

Fosfato e carbonato de cálcio, mais encontrados em adultos, são depositados no conjuntivo

Não se sabe a função

Obrigada!!