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Descortinador de Riqueza Semeador de Idéias GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL LYSÍMACO FERREIRA DA COSTA PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2010 RIO NEGRO 2010

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Descortinador de Riqueza Semeador de Idéias

GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

LYSÍMACO FERREIRA DA COSTA

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2010

RIO NEGRO – 2010

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SUMÁRIO

1 . APRESENTAÇÃO ......................................................................................................... ...4

2. JUSTIFICATIVA ............................................................................................................... ..9

3. MISSÃO DA ESCOLA .................................................................................................... ..10

ORGANIZAÇÃO DO TEMPO ESCOLAR .................................................................... ..10

ORGANIZAÇÃO CURRICULAR UTILIZADA ................................................................. 12

4. IDENTIFICAÇÃO ............................................................................................................. 15

5. ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR .................................................................... 17

6. OBJETIVOS ..................................................................................................................... 26

MARCO SITUACIONAL ....................................................................................................... 30

UNIDADE AGRÍCOLA: ....................................................................................................... 34

Unidade Didático Produtivo de Fruticultura ...................................................... ..............34

Unidade Didático Produtiva de Grandes Culturas ............................................................ 35

Unidade Didático - Produtiva de Olericultura ................................................................... 36

Unidade Didático Produtiva de Agrostologia ................................................................. 37

Unidade Didático Produtiva de Paisagismo .................................................................... 37

Unidade Didático Produtiva de Mecanização Agrícola. ................................................... 37

Unidade Didático Produtiva de Silvicultura .................................................................... 38

Unidade Didático Produtiva Agrossilvipastoril: ............................................................... 39

UNIDADE DIDÁTICO PRODUTIVA DE PECUÁRIA ........................................................... 41

Unidade Didático Produtiva de Avicultura de Corte ...................................................... 41

Unidade Didático Produtiva de Avicultura de Postura ..................................................... 41

Unidade Didático Produtiva de Suinocultura .................................................................... 41

Unidade Didático Produtiva de Ovinocultura ................................................................... 42

Unidade Didático Produtiva de Cunicultura ................................................................... 42

Unidade Didático Produtiva de Bovinocultura de Leite .................................................. 42

Unidade Didático Produtiva de Codornas ........................................................................ 43

Unidade Didático Produtiva de Apicultura........................................................................ 43

INTERNATO E SEMI-INTERNATO...................................................................................... 44

8. MARCO CONCEITUAL .................................................................................................... 47

8.1 Concepção de Educação........................................................................................... 51

8.2 Concepção de Sociedade .......................................................................................... 52

8.3 Concepção de Avaliação .......................................................................................... 54

9.MARCO OPERACIONAL .................................................................................................. 57

ORGANIZAÇÃO CURRICULAR INTEGRADO .................................................................... 59

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ORGANIZAÇÃO CURRICULAR SUBSEQÜENTE .......................................................... 59

10. GESTÃO DEMOCRÁTICA ............................................................................................. 61

11. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO ................... 64

12. REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 68

Matriz Curricular – INTEGRADO AGROPECUÁRIA ........................................................ 69

Matriz Curricular – SUBSEQUENTE AGROPECUÁRIA .................................................. 70

13. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - BASE NACIONAL COMUM .................... 72

ARTE ................................................................................................................................... 78

BIOLOGIA............................................................................................................................ 80

EDUCAÇÃO FÍSICA ............................................................................................................ 85

FILOSOFIA .......................................................................................................................... 88

FÍSICA ................................................................................................................................. 91

AGROECOLOGIA ................................................................................................................ 96

GEOGRAFIA ...................................................................................................................... 99

HISTÓRIA .......................................................................................................................... 104

HORTICULTURA ............................................................................................................... 110

INFRAESTRUTURA RURAL ............................................................................................. 113

LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊS ............................................................... 115

LÍNGUA PORTUGUESA .....................................................................................................118

MATEMÁTICA......................................................................................................................121

PRODUÇÃO ANIMAL...........................................................................................................124

PRODUÇÃO VEGETAL.......................................................................................................127

QUÍMICA..............................................................................................................................131

SOCIOLOGIA.......................................................................................................................133

SOLOS.................................................................................................................................137

CULTURAS..........................................................................................................................140

INFORMÁTICA APLICADA AGROPECUÁRIA....................................................................141

IRRIGAÇÃO E DRENAGEM................................................................................................144

CONSTRUÇÕES E INSTALAÇÕES....................................................................................146

AGROECOLOGIA................................................................................................................150

MECANIZAÇÃO AGRÍCOLA................................................................................................152

ADMINISTRAÇÃO E ECONOMIA RURAL...........................................................................154

Matriz Curricular – INTEGRADO MEIO AMBIENTE ...................................................... 157

Matriz Curricular – SUBSEQUENTE MEIO AMBIENTE ................................................ 158

14. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - DISCIPLINAS DA FORMAÇÃO

ESPECÍFICA EM MEIO AMBIENTE....................................................................................159

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ANÁLISE CONTROLE E QUÍMICA AMBIENTAL................................................................159

EDUCAÇÃO AMBIENTAL....................................................................................................166

ESTATÍSTICA APLICADA....................................................................................................172

FUNDAMENTOS DO TRABALHO.......................................................................................181

GEOGRAFIA AMBIENTAL...................................................................................................185

GESTÃO DE RECURSOS...................................................................................................191

GESTÃO DE RESÍDUOS.....................................................................................................195

INFORMÁTICA APLICADA..................................................................................................199

LEGISLAÇÃO E SEGURANÇA AMBIENTAL......................................................................201

METODOLOGIA CIENTÍFICA E COMUNICAÇÃO..............................................................204

SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL...................................................................................208

ESTÁGIO SUPERVISIONADO............................................................................................212

AULAS PRÁTICAS ..............................................................................................................213

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1 . APRESENTAÇÃO

“Se brincássemos de astronautas e tomássemos distância de nossa escola,

com certeza poderíamos, a partir de nossa visão, fazer esboços de seus

aspectos, se a observássemos através dos anos, anotando e fazendo

comparações, descobriríamos as interdependências e conexões entre as

suas partes, se aí continuássemos e nos fixássemos nas pessoas da

comunidade escolar, muito provavelmente descobriríamos um vai-e-vem

peculiar, diferente de outros vai-e-vem de tantas outras comunidades. “Com

certeza, se nosso olhar aguçado se prendesse à nossa escola,

identificaríamos que dentro dela o vai-e-vem tem suas características

próprias, mas que, de muitas formas, compõem o vai-e-vem maior”.1

Os avanços verificados nas diversas áreas do conhecimento humano, as

transformações sociais, culturais, econômicas e políticas, bem como as

necessidades educacionais decorrentes, constituem fatores que obrigam o

redimensionamento constante da prática pedagógica no contexto educacional, pois,

é nesse aspecto que o Projeto Político Pedagógico é instrumento que vem fortalecer

as ações e a participação política dos integrantes da escola, ainda que de forma

dispare. Escreve SEVERINO (1998) que a educação só pode realizar-se através de

mediações práticas que se desenvolvem a partir de um projeto educacional

vinculado, por sua vez, a um projeto histórico e social, considerando que a escola

age enquanto mediadora e articuladora entre este projeto político, de cunho social, e

projetos pessoais dos sujeitos envolvidos na educação (p. 81).

A escola, portanto, é organismo vivo que interage com a comunidade e que

responde a uma amplitude de realidades no Estado e no país, é uma rede de

valores amarrada através da história da própria instituição, da comunidade onde

está inserida e do contexto social. O entrelaçamento de fatores que permeiam a

prática educativa deve estar assinalado na formatação do Projeto Político

Pedagógico de uma unidade escolar e, neste momento histórico em que o Estado do

Paraná e o Brasil constroem e colocam a disposição do povo brasileiro e

paranaense as DCEs voltadas para a Educação do Campo, quebrando um

1 Adaptado de MOSSATO, Maria Silzi. “A escola enquanto organismo responsável pela manutenção de

valores

e mazelas sociais”. Revista Contato, ano 21 nº 103 jan/fev 2001.

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paradigma que transpôs décadas de descaso para as especificidades das

populações campesinas tratando o produtor rural, o homem do campo como um

cidadão de menor valor ou como se para esses lavradores, trabalhadores rudes,

bastasse uma educação menor, sem a necessária qualidade, com a promulgação

da CF./88 que destacou a educação como um direito inalienável de todos os

cidadãos, independentemente de onde vivessem, e com o advento da LDBEN,

9394/96, cujo bojo contempla pela primeira vez em seus arts. 23, 26 e 28 a

diversidade das pessoas que vivem no campo e reconhece os direitos iguais e a

necessidade de oferecer uma educação do campo com qualidade, respeitando a

diversidade cultural, sem contudo transforma-la em desigualdade. Conscientes de

que, nas ultimas décadas, o setor que mais avançou em tecnologia foi o setor da

agropecuária, sentiu-se a necessidade de levar conhecimentos, educação do

homem do campo.

Nesta oportunidade de construção do Projeto Político Pedagógico, estamos

fazendo uma leitura da nossa realidade, dos avanços e retrocessos que pautaram a

educação do homem do campo mas principalmente, da importância de podermos

construir um Projeto Político Pedagógico capaz de atender as demandas sociais

desse trabalhador do campo, as quais não podem ser analisadas desvinculadas de

seus interesses quer de cunho político quer econômico e cultural, acreditando ser

de fundamental importância ressaltar o relacionamento efetivo da nossa escola com

a comunidade na qual está inserida, considerando a história da cidade e do interior,

sua população originária, formas de organização, características econômicas e

produtivas. A escola é co-partícipe da realidade em que se insere o aluno e que

busca na educação profissional seu projeto de trabalho.

Ë com esta intencionalidade que o Projeto Político Pedagógico deve ser

pensado: um sentido, uma significação articulando todas as medidas e todas as

práticas desenvolvidas para os sujeitos envolvidos na escola.

Tratando-se de educação profissional, é essencial o pensar articulado no

sentido das dimensões do trabalho, da sociedade e da subjetividade:

O trabalho é o elemento fundamental para a configuração de sua existência,

mas o trabalho só pode se dar no contexto de uma sociedade e impregnado

por uma intenção subjetivada; mas a prática social pressupõe a esfera do

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econômico e as ordenações articuladas pelas representações simbólicas,

enquanto que toda atividade simbolizadora pressupõe as esferas do social e

do econômico para terem objetividade. (SEVERINO, 1998, p.84).

É importante assinalar que o progresso técnico modifica inevitavelmente,

bem como as qualificações exigidas pelos novos processos de produção com

sustentabilidade, daí a preocupação em oferecer uma sólida formação geral atrelada

ao favorecimento de conteúdos diversos para a formação profissional desse aluno

que deverá atuar nos mais diversos setores da atividade produtiva da agropecuária,

considerando, como preconiza FRIGOTTO (2005) que “o trabalho não se reduz à

atividade laborativa ou emprego, mas à solução de todas as dimensões da vida

humana”. (p.58), e, especificamente nos dias de hoje, quando o cuidado com o meio

ambiente e a relação produtividade devera dar conta de alimentar milhões de

pessoas, sem causar danos irreversíveis à natureza.

Acredita-se que a construção de uma Proposta Pedagógica Progressista

capacita a Escola para recuperar ou construir sua identidade, como espaço

pedagógico privilegiado à construção do conhecimento, à formação essencial ao

exercício da cidadania, sendo documento teórico-prático que pressupõe relações de

interdependência reciprocidade entre todos da comunidade escolar.

Sendo assim, a construção deste Projeto Político Pedagógico passa pela

reorganização do processo educativo escolar, estabelecendo a Escola como espaço

social de construção dos significados éticos necessários e constitutivos de toda e

qualquer ação de cidadania, conforme o Artigo 22 da LDB 9394/96:

“A Educação Básica tem por finalidades desenvolver o educando,

assegurando-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e

fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos superiores”.

A Educação Básica tem como etapa final e de consolidação, o Ensino

Médio, que objetiva a “preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando

para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a

novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores”.

A Educação Profissional no Estado do Paraná rege-se efetivamente por um

conjunto de princípios que incluem, entre outros, o da sua articulação com os

demais níveis e modalidades de ensino (permitindo sua participação no trabalho e

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nas relações sociais), de gestão democrática, de garantia da Escola Básica e

Profissional Pública, Gratuita e de Qualidade como direito fundamental do cidadão.

Aqui entendemos como FRIGOTTO (idem, p.77): “considerando-se a contingência

de milhares de jovens que necessitam o mais cedo possível, buscar um emprego ou

atuar em diferentes formas de atividades econômicas que gerem sua subsistência,

parece pertinente que se faculte aos mesmos a realização de um ensino-médio que,

ao mesmo tempo em que preserva sua qualidade de educação básica como direito

social e subjetivo, possa situá-los em uma área técnica ou tecnológica”.

A Escola nesta perspectiva de construção de cidadania precisa assumir, de

fato, a valorização da cultura de sua própria comunidade e buscar ao mesmo tempo,

ultrapassar os limites, proporcionando aos indivíduos pertencentes aos diferentes

grupos sociais o acesso ao saber universal. Portanto, nosso desafio quanto a

educação para esse jovem do campo, ´e considerar a sua cultura em sua dimensão

empírica e fortalecer a educação escolar como processo de apropriação e

elaboração de novos conhecimentos.

É preciso então, considerar uma teoria pedagógica que privilegie o

atendimento das diversas questões sociais, políticas e culturais que se colocam

frente ao momento histórico em que nos encontramos. O trabalho educacional,

então para servir de base para essa formação precisa produzir significado isto é,

contribuir para a atribuição de sentido às experiências vividas pelos alunos, bem

como propiciar novas experiências.

Desta forma, o princípio pedagógico capaz de orientar a efetivação do

quadro e planejamento curriculares, está apoiado na certeza que hoje é fundamental

que cada pessoa seja capaz de organizar informações e assim construir seu próprio

conhecimento, e com este ser capaz de atuar no seu cotidiano como cidadão

consciente e livre. Nesta mesma linha, se pensarmos na concepção trabalho como

um princípio de cidadania, nos reportamos às discussões em torno de como esse

trabalho constitui-se em categoria estruturante do ser social, portanto, a sua relação

com a educação enquanto processo de criação cultural, material e produtiva, pois,

“diferente do animal, que vem regulado, programado por sua natureza, e por isso

não projeta sua existência, não a modifica, mas se adapta e responde

instintivamente ao meio, os seres humanos criam e recriam, pela ação consciente do

trabalho, a sua própria existência” (FRIGOTTO, ibidem, p.58).

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Neste sentido, e, compreendida a educação como a capacidade de cada

indivíduo de conhecer, de atuar, de transformar e de ressignificar a realidade (a

sociedade em que vive), está à importância da Escola enquanto espaço-tempo

próprio ao processo ensino aprendizagem, produzir dentro de sua realidade e de

forma integrada (ensino geral e educação profissional ou técnica), seu currículo e

proposta político-pedagógica. O grande desafio, portanto, é a construção coletiva de

um currículo para o Ensino Médio Integrado à Educação Profissional, ou seja,

integrador dos conhecimentos gerais, técnicos e tecnológicos. O bojo da questão

está em que este projeto de ensino deve orientar-se pelo caráter humanista, que é

próprio do ato de educar, consubstanciado em fundamentos políticos, filosófico e

ético que a comunidade deseja praticar, incluídos valores humanos, princípios e

regras de convivência social.

Sendo assim, o sentido do Projeto Político Pedagógico do CEEP “Lysímaco

Ferreira da Costa” reside, num momento inicial, na tentativa da comunidade escolar

de construir, com a parceria de seus diferentes segmentos, uma identidade

institucional que explicite as razões e os propósitos de seu compromisso na

formação dos educandos, sistematizando o trabalho educativo.

Respeitada a especificidade desta Instituição, as discussões e os

encaminhamentos centram-se no papel da instituição escola, seu desempenho, seus

procedimentos, suas relações, suas contribuições sociais, podendo ser desdobradas

nos eixos gerais: o aluno cidadão, a formação escolar, o ensino formativo

pedagógico e profissional, a infra-estrutura escolar, o gerenciamento institucional, a

instituição escolar e as instâncias decisórias, que vão nos permitir estabelecer um

quadro teórico a partir das práticas exercidas pela instituição.

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2. JUSTIFICATIVA

A perspectiva dos jovens brasileiros, considerando o número de matrículas

em todo o ensino superior comparado às matrículas do ensino médio, é obter

qualificação mais ampla para a vida e para o trabalho. Para tanto, é preciso

identificar os pontos de partida para reorganizar constantemente uma escola que

promova a realização pessoal, a qualificação para um trabalho digno, para a

participação social e política, enfim para uma cidadania plena da totalidade de seus

alunos.

Com esta perspectiva é preciso, portanto, traçar como objetivo principal à

independência do ensino tecnológico enquanto maior flexibilidade na escolha da

profissionalização, permitindo ao cidadão buscar uma oportunidade de se qualificar

por meio de um curso técnico, buscando o conhecimento para a vida produtiva.

Neste contexto, atendendo a demanda existente na região Sul do Paraná e

demais regiões do País, insere-se este Estabelecimento de Ensino, como difusor de

tecnologia e instrumento de profissionalização voltada ao meio agropecuário e

ambiental.

As dificuldades por que passam constantemente os setores de agropecuária

e de meio ambiente são generalizadas, e a agricultura familiar, que está inserida

neste contexto não é diferente, afetada cada vez mais pela degradação ambiental a

escassez da água, de forma que há a e tornar a atividade mais produtiva e eficaz,

oferecendo às famílias do meio rural uma melhoria no aspecto sócio-econômico, e

poder de competitividade do seu produto frente aos países vizinhos, mantendo este

produtor no meio rural, pois é menos dispendioso manter um produtor rural ajustado

ao seu meio ambiente de trabalho, do que mantê-lo desajustado no meio urbano.

Deste modo “o homem, em sua ação sobre o meio, busca resultados práticos. O

efeito de transformação que opera no ambiente, de uma forma ou de outra, é pelo

próprio homem apropriado. Ele é, assim, agente e beneficiário de sua ação capaz”

(Pusch, 2005).

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3. MISSÃO DA ESCOLA

Desenvolver um trabalho dentro da Escola, que leve o aluno a adquirir além

de conhecimentos característicos definidos pelo Curso, também uma postura

comprometida com esses conhecimentos que, através deles, também passem a

empregá-los utilizando-se de novos modos de raciocinar, para fazer novas e

pertinentes leituras de mundo e novas formas de interpretá-lo. Oportunizar aos

alunos a aplicação de novas práticas através de diferentes metodologias e

procedimentos inovadores e desta forma transformar a Escola/Fazenda, num centro

inovador de formação e de informação para a agricultura competitiva local, regional,

no Paraná e demais estados, bem como para a área do Meio Ambiente. Uma

Escola de referência e sustentabilidade, onde se aprimorem estudos que

desenvolvam atitudes de preocupação e cuidados com o meio ambiente, que criem

hábitos de preservação desse mesmo meio ambiente, produzindo com qualidade, e

sustentabilidade, sem impactar a natureza de forma agressiva. Preparar os

educandos para atuarem nas diferentes áreas de desempenho na vida presente e

futura, de forma que se tornem profissionais responsáveis, eficazes e efetivos em

seus propósitos, é missão da escola.

Educar para transformar, articulando o conhecimento científico-filosófico

com a realidade, considerando todos os envolvidos no processo educativo como

sujeitos sociais, com responsabilidade coletiva na atuação em sociedade.

Assim, delineamos alguns aspectos da Missão da Escola, voltados para a

“educação para a transformação”:

ORGANIZAÇÃO DO TEMPO ESCOLAR

O tempo escolar compreende o período de vivência pedagógica dos alunos

no ambiente escolar durante o curso, onde ocorrem as aprendizagens significativas

para toda a vida.

Para que o aluno seja bem sucedido é necessário respeitar o seu ritmo, o

seu tempo e as suas experiências.

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A organização curricular dos cursos “Técnico em Agropecuária”, e “Técnico

em Meio Ambiente”, buscam ofertar um conhecimento interdisciplinar e

transdisciplinar, que permita o estabelecimento de relações recíprocas entre

vivências, conteúdos e realidade.

Para unificar o mínimo de desempenho (nível mínimo de domínio para

todos), há que se diversificar o tempo de aprendizagem. É preciso permitir que cada

aluno avance a seu ritmo, mas que tenha também ajuda diferenciada para aprender,

(materiais diversificados, ajuda pontual durante o processo de aprendizagem) para

que o tempo adicional necessário possa ser suportável para a escola e para o

próprio aluno em sua aprendizagem. Para tornar a diversificação do tempo eficaz é

necessário formas apropriadas de ajuda disponíveis para lidar com os diferentes

alunos, considerando seus saberes anteriores, seus tempos escolares e seus ritmos

de aprendizagens.

Em 2009, o Colégio oferta o curso:

Técnico em Agropecuária na modalidade:

Integrado ao Ensino Médio – período integral com disciplinas da Base

Nacional Comum e da Base Técnicas, em três séries, com duração de três

anos;

Em 2010, o Colégio ofertará também:

Técnico em Meio Ambiente nas modalidades:

Subseqüente ao Ensino Médio – período noturno, semestral, com as

disciplinas da Base Técnica e duração de um ano e meio.

CELEM: Curso básico de língua espanhola, com duração de 02 (dois) anos,

com 160 horas/aula/ano, perfazendo um total de 320 horas/aula, em turno,

intermediário e noturno, como mais uma oportunidade para os alunos, bem

como em atendimento à Lei 11.161/2005, que determina tal oferta. O curso

terá quatro horas/aula semanais, sendo duas horas aulas em dois dias da

semana.

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ORGANIZAÇÃO CURRICULAR UTILIZADA

Com a perspectiva de que a escola possa conceber um currículo capaz de

atender aos desafios postos pelas orientações e normas vigentes, além de atender

aos anseios da comunidade escolar, para construí-lo, é preciso olhar de perto essa

escola, seus sujeitos, suas complexidades e rotinas e fazer as indagações sobre

suas condições concretas, sua história, seu retorno e sua organização interna.

Torna-se fundamental, o favorecimento de espaços para que todos os envolvidos se

questionem e busquem novas possibilidades sobre currículo: o que é? Para que

serve? A quem se destina? Como ser constrói? Como se implementa?

Portanto, o currículo não pode ser analisado fora da interação dialógica

entre escola e vida, considerando o desenvolvimento humano, o conhecimento e a

cultura.

Assim, os conteúdos curriculares efetivam-se como a porção da cultura

escolarizada, selecionada no interior da cultura da sociedade, como um conjunto de

saberes que os protagonistas consideram de aprendizagem necessária às novas

gerações, ordenando o campo dos saberes escolares.

Os conteúdos são organizados em disciplinas e trabalhados

interdisciplinarmente, buscando entre as disciplinas os temas comuns e os que

auxiliam e facilitam o processo ensino-aprendizagem entre as mesmas.

Em todas as disciplinas são trabalhados conceitos e valores como:

afetividade, ética, religião, diversidade sem preconceitos (raça, cor, sexo, religião,

cultura, condição econômica, aparência ou condição física) como exercício pleno da

cidadania, além de: respeito mútuo, justiça, diálogo e solidariedade através de

Projetos, entre eles o cuidado e respeito pelo meio ambiente.

Assim sendo, a concepção de currículo, passa pela necessidade de

construir a escola como o espaço e ambiente educativos que ampliem

aprendizagens reafirmando-a como lugar do conhecimento, do convívio e da

sensibilidade, condições imprescindíveis para a constituição da cidadania. Um

currículo que reconheça e contemple interesses, diversidades, diferenças sociais e

que respeite a história e a cultural pedagógica da escola. Um currículo que se

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posicione claramente em defesa de uma escola democrática, que humanize e

assegure a aprendizagem de todos. Que garanta o desenvolvimento biopsicossocial

de seus alunos, que considere seus interesses e de seus pais, suas necessidades,

potencialidades, seus conhecimentos e sua cultura. Um currículo que seja capaz de

abranger todas as dimensões, em especial o desenvolvimento humano dos sujeitos

no processo educativo e procure dialogar com a prática dos sujeitos desse processo.

De acordo com a Deliberação nº 04/06 – C.E.E. será contemplado em todas

as disciplinas a Educação das Relações Étnico-Raciais que tem por objetivo a

divulgação e produção de conhecimentos, atitudes, posturas e valores que preparem

os cidadãos para uma vida de fraternidade e partilha, sem as barreiras estabelecidas

por séculos de preconceitos e discriminações. O ensino de História e Cultura Afro-

Brasileira e Africana busca o reconhecimento e valorização da identidade, história e

cultura dos afro-brasileiros, bem como a garantia de reconhecimento e igualdade de

valorização das raízes africanas da nação brasileira, ao lado das indígenas,

européias e asiáticas.

Com vistas à aplicação dos conhecimentos aprendidos em sala de aula e

no campo, os alunos participam dos seguintes projetos técnicos, tendo como espaço

as UDP.

Perspectiva Didático-Produtiva:

Temos em vista que a missão deste Centro de Educação Profissional é de

formar profissionais críticos e éticos na sua atuação junto aos agricultores,

estabelecendo como princípio básico uma produção agropecuária que promova a

saúde do homem e do meio ambiente, preservando a diversidade biológica,

procurando otimizar os recursos gerados na propriedade e minimizando os custos

de produção.

Para o cumprimento do exposto, esta Escola canalizará esforços no sentido

de direcionar sua produção agropecuária e sua prática pedagógica para sistemas de

produção menos impactantes ao meio ambiente e que privilegiem a qualidade de

vida do produtor rural.

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Perspectiva Ético-Profissional:

Na sua formação, o aluno do CEEP Lysímaco Ferreira da Costa assume sua

inserção na comunidade como um todo e também deveres de ordem profissional

específica.

A dimensão profissional é parte integrante do sistema social e com ele

interage. Neste aspecto, toda a ação profissional reflete e diz interesse para a

comunidade social em geral. Deste raciocínio, pode-se caracterizar a missão da

Escola também enquanto formação adequada, na teoria e na prática, para que, no

exercício da profissão, haja efetiva satisfação dos interesses do homem e da

sociedade. Em última análise, estas são as necessidades vitais do ser humano, para

que ele atinja a felicidade, que é o que todos buscamos.

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4. IDENTIFICAÇÃO

Estabelecimento: Centro Estadual de Educação Profissional “Lysímaco

Ferreira da Costa”

Endereço: BR 116, KM 202 - Tijuco Preto – Rio Negro-PR/ CEP: 83.880-000

Telefone: (47) 3645-2144.

E-mail: [email protected]

Código: 2250

Dependência Administrativa: Estadual

Código: 00417

NRE: Área Metropolitana Sul

Código: 003

Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná

Autorização de Funcionamento da Escola: Decreto nº 31657/60 DOE

28/08/60.

Ato de Reconhecimento da Escola: Resolução nº 676/82 DOE 30/03/82

Ato da Renovação do Reconhecimento da Escola: Resolução nº 1830/2002

de 24/05/2002

Ato Administrativo de Aprovação do Regimento Escolar: Nº 479/04 Parecer

Favorável 181/04 NRE/AM SUL

Distância da Escola do NRE: 115 km

Localização da Escola: Rural

O Município:

Histórico

Rio Negro era território dos tupis-guaranis, tribo dos Botucudos.

Considerando-se as exigências do ciclo econômico do Tropeirismo, havia a

necessidade de se estabelecer uma ligação entre o Sul e o Brasil Central, quando foi

aberto, no final do século XVII o caminho entre as Vilas de Sorocaba e Curitiba.

Entre 1731 e 1732 era reconhecido o caminho entre Viamão e Curitiba.

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Em 1826 foi iniciada a construção da Estrada da Mata pelo Barão de

Antonina. Para dar impulso à povoação chegam os primeiros colonos alemães em

solo paranaense, vindos de Trier em duas levas em 1829. Em 1887 e 1888 chegam

os imigrantes bucovinos e, em 1890, os poloneses. O município teve sua

emancipação em 1870.

Caracterização geográfica e populacional:

Oeste – Lapa/ Norte – Campo do Tenente/ Leste – Piên/ Sul – Estado de

Santa Catarina/.

Área total: 595,10 km2

População: 30.000 habitantes (urbano 78,23% e rural 21,76%).

Renda média: R$ 415,00.

Sistema de Produção:

Avicultura e fumo: integração.

Milho, soja, feijão e salsa: 60% tração mecânica e 40% tração animal.

Madeira: 30% extrativismo, 70% reflorestamento.

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5. ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR (20)

Modalidade de Ensino:

Educação Profissional

( X ) Integrado ( X ) Subseqüente

Cursos Ofertados: Técnico em Agropecuária

Número de turmas: 06

Número de alunos: 186

Técnico em Meio Ambiente

Número de Turmas: 02 ( com seqüência gradativa)

Número de alunos: 80 ( inicialmente )

Número de Professores: 30

Número de Pedagogos: 04

Número de Funcionários: 46

Número de Diretores: Diretor Geral : 01

Diretor Pedagógico: 01 ( auxiliar )

Diretor da Unidade Produtiva:01 ( auxiliar)

Número de Salas de Aula: 07

Turnos de Funcionamento: Técnico em Agropecuário:

(X) período Integral

Técnico em Meio Ambiente:

Diurno:(X)Integrado

Noturno : ( X ) Subseqüente

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Ambientes Pedagógicos

( X ) Biblioteca

( X ) Laboratório de Informática

( X ) Sala de Apoio Pedagógico

( X ) Laboratório de Química e Biologia

( X ) Laboratório de Física e Matemática

( X ) Sala dos Projetos “Viva Escola”.

( X ) Sala de professores

( X ) Sala de Unidade Didático Produtiva

Caracterização da Comunidade Escolar:

Perfil dos alunos

As informações que serviram de base para elaboração do perfil do corpo

discente do CEEP Lysímaco Ferreira da Costa, foram obtidas através de pesquisa

realizada em junho de 2008 com os alunos do Ensino Técnico Profissionalizante.

Foram tabuladas as respostas de 212 questionários devolvidos, que revelaram os

seguintes dados:

O alunado que compõe o CEEP Lysímaco Ferreira da Costa é formado por

adolescentes e jovens na faixa etária que corresponde a: 16 anos (28%), 17 anos

(27%), 15 anos (17%), 18 anos (12%), e a minoria (16%) dos alunos se situa acima

desta faixa etária.

O contingente de alunos é constituído predominantemente pelo gênero

masculino, com 92% do total de alunos e apenas 8% do gênero feminino.

Quanto ao município de origem do alunado, a maioria deles é oriunda do

próprio município de Rio Negro, seguido do município de Quitandinha, Campo do

Tenente, Quitandinha, Piên, Mandirituba, Fazenda Rio Grande, e região norte de

Santa Catarina, dos Municípios de Itaiopolis, Mafra, São Bento do Sul, Rio Negrinho,

além de outras localidades. São provenientes da área rural 58% dos alunos,

enquanto que 42% residem em área urbana.

A descendência dos pesquisados de origem alemã representa (32%), a origem

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polonesa representa 21% dos alunos, a origem italiana é de 15%, a etnia ucraniana

representa 4% , os afro-descentes 4%, portugueses 2% , e 22% não souberam ou

não responderam esta questão. Destes alunos, 53% são alunos internos e 47% são

alunos semi - internos. Dos alunos pesquisados, 57% têm preferência por atividades

relacionadas á pecuária, entretanto, 43% indicaram interesse pela agricultura.

Compõe, ainda a clientela do CEEP, desde o inicio do ano letivo de 2009, um grupo

de seis jovens oriundo do Paraguai, das províncias de Alto Paraná e Canindeju, os

quais estão fazendo o Curso Técnico em Agropecuário no Colégio, através de um

convenio assinado entre os governos do Brasil, (através do Estado do Paraná) e do

Paraguai, os quais buscam em nosso Colégio a competência técnica necessária,

para levar mais desenvolvimento as suas províncias. Descendem de famílias de

baixo poder aquisitivo, muito semelhantes as dos nossos alunos, as quais

descobriram a importância da educação e das oportunidades que através dela são

oferecidas.

A família dos alunos atendidos é composta de quatro a cinco pessoas em sua

maioria, entretanto, existe um número expressivo de família constituída por mais

pessoas. Em média têm dois a três irmãos. A religião predominante é a católica

indicada por 88% dos alunos, seguida da religião evangélica com 6% , entre outras,

como adventista, protestante, alem da filosofia espírita.

Tem acesso a telefone fixo 48% dos alunos pesquisados. A maioria (79%)

utiliza apenas o aparelho celular. Constatou-se que a maioria (98%) tem acesso à

energia elétrica, embora 2% dos pesquisados não tenha ainda a concessão deste

benefício. Quanto à água encanada, 94% dos alunos têm ao seu dispor. Entretanto,

6% ainda carecem deste recurso. Os alunos responderam que 96% têm aparelho de

televisão, porém, 3% não possuem este aparelho e 1% não respondeu. Dos

pesquisados, 43%, afirmaram ter microcomputador doméstico, 55% não possuem e

2% não responderam. Dos 43% que responderam ter microcomputador, 61% têm

acesso à rede mundial de computadores (internet), e 10% não dispõem deste

acesso, e ainda, 29% não responderam devido à inexistência deste equipamento.

Compõe, ainda a clientela do CEEP, desde o inicio do ano letivo de 2009, um

grupo de seis jovens oriundo do Paraguai, das províncias de Alto Paraná e

Canindeju, os quais estão fazendo o curso técnico em agropecuário no Colégio,

através de um convenio assinado entre os governos do Brasil, (através do Estado

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do Paraná) e do Paraguai, os quais buscam em nosso Colégio a competência

técnica necessária, para levar mais desenvolvimento as suas províncias.

Descendem de famílias de baixo poder aquisitivo, muito semelhantes as dos nossos

alunos, as quais descobriram a importância da educação e das oportunidades que

através dela são oferecidas.

Através da pesquisa pôde-se observar que 38% dos pais atuam em

atividades ligadas á agricultura e pecuária. São em sua maioria pequenos

produtores e agricultores. Registraram-se ainda, outras profissões, tais como:

operários, motoristas, mecânicos, serviços gerais, domésticas, diaristas, professoras

e auxiliar de enfermagem. Inclusive, de acordo com o quesito renda familiar, 38%

das famílias recebem até dois salários mensais, 34% recebe quatro salários, 18%

das famílias têm renda mensal de até seis salários, 5% até oito salários, e 4%

responderam ter renda de mais de dez salários por mês. Portanto, podemos afirmar

que 72% dos alunos têm uma renda média de dois a quatro salários por mês,

indicando que o alunado pertence à classe média baixa.

Com relação à pergunta se fez ou faz outro curso, 38% dos alunos responderam que

sim, e, dentre os mais citados estão na área de informática e cursos ofertados pela

própria instituição escolar ou então, através de parcerias com a escola. Entretanto,

46% dos alunos responderam que não faz por falta de tempo ou de impedimento

financeiro. Não responderam a esta questão 16% dos alunos.

Quanto à indagação sobre os estudos após o período de aulas, 72% dos alunos

responderam afirmativamente e 25% negativamente e 3% não respondeu esta

questão. Quanto ao tempo dedicado aos estudos, 71% afirmou estudar trinta

minutos apenas, 24% estuda uma hora por dia, 3% dedica-se aos estudos uma hora

e meia, e 2% dos alunos reserva duas horas diárias aos estudos.

A prática de esportes faz parte do cotidiano escolar, dentre eles o futebol e o

futebol de salão, são os favoritos e respondem por 70% da preferência dos alunos.

O voleibol representa 13% das indicações, além da montaria 14% e laço com 12%

da preferência. Além disso, os alunos desenvolvem atividades opcionais como a

prática da capoeira, para os alunos internos no período noturno. Participam ainda de

aulas de dança, acompanhados pela professora de educação física, e esta atividade

conta com a participação de alunas e acontecem logo após o período de aula. O

CEEP Lysímaco Ferreira da Costa, desenvolve ainda o projeto: “Segundo Tempo”

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onde são desenvolvidas práticas desportivas juntamente com o professor de

educação física, no período noturno, para os alunos internos.

Como fonte de lazer, os alunos apontaram atividades, tais como: ouvir música

(46%), navegar na internet (25%), assistir TV (18%), 16% gostam de desenhar, 15%

preferem dançar, 9% dos alunos preferem interagir com o aparelho celular, 5%

gostam de cantar, 3% apreciam a poesia e 4% têm interesse por teatro. Outras

atividades, indicadas pela pesquisa: assistir filmes 60%, acompanhar o jornal 21%,

as novelas são preferência de 9%, e os desenhos são os preferidos de 8% dos

alunos. Quanto à escolha de leitura, 48% dos alunos preferem as revistas, 19% os

jornais, 18% os gibis e 15% preferem à leitura de livros.

Constatou-se que o estilo de música eleita por 31% dos respondentes é gauchesco,

porém, 27% indicaram a música funk, 14% preferem à música sertaneja e 12%

indicou o estilo dançante.

Com relação à preferência de cardápio, 25% dos alunos preferem arroz,

carne e feijão, 15% preferem lasanha e hambúrguer, 10% indicaram risoto e

churrasco, as massas foram escolhidas por 13%, e, em seguida batata frita com 6%,

feijoada 4% e maionese com 2% das indicações.

A maioria dos alunos é composta por filhos de pequenos produtores rurais,

que residem em propriedades próprias e procuram à educação profissional com o

objetivo de conduzir-se ao permanente desenvolvimento de aptidões para a vida

produtiva, tornando-se empreendedores do campo, capacitados para organizar seu

agronegócio, conscientes de que a baixa escolaridade dificulta o enfrentamento do

acelerado e intensivo processo de mudanças no panorama econômico mundial.

Perfil do Corpo Docente

Os resultados da pesquisa realizada com o corpo docente do CEEP Lysímaco

Ferreira da Costa, possibilitaram traçar um perfil com as informações obtidas através

dos 26 questionários preenchidos, que representam o universo de 30 professores,

envolvendo a equipe pedagógica e direção.

Os dados referentes à idade, revelam que a faixa etária dos docentes, varia

entre 25 a 59 anos, com predominância concentrada na faixa dos 35 aos 45 anos.

Destaca-se a predominância de mulheres (16), porém, com pequena margem, pois

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os homens são em 14, e a maioria dos docentes se declara casada, ou possui

relação estável e tem filhos. E apenas três docentes são solteiros.

A maioria do corpo docente mora no perímetro urbano do município, no centro

e, em bairros próximos e distantes. Há os que residem em áreas rurais localizadas

nas proximidades do CEEP Lysímaco Ferreira da Costa. Observou-se também, que

há professores que residem em Mafra, Campo do Tenente, Ponta Grossa, Rio

Negrinho e São Bento do Sul. A grande maioria (80%) professa a religião católica,

vindo a seguir o espiritismo, com 15% e, em seguida os evangélicos.

Um dado importante para o trabalho pedagógico quanto aos recursos

tecnológicos, é que 88% dos professores possuem computador e (58%) destes, são

conectados a internet. Através da pesquisa, constatou-se que todos os docentes

possuem curso superior, com formação específica em sua área de atuação, dado

que confere qualidade ao trabalho pedagógico realizado. A graduação foi obtida em

instituições públicas (54%) e instituições particulares (38%); destes 62% fizeram

curso de especialização lato sensu e 12% dos docentes estão cursando.

Recentemente, os docentes da área de formação técnica participaram do curso de

formação pedagógica ofertado pela SEED e Departamento de Educação Profissional

em parceria com a UEPG.

Temos ainda, dois professores participando do PDE promovido pelo Governo

Estadual, o que deve propiciar ganhos relevantes no desempenho dos docentes em

sala de aula.

A maioria dos professores demonstra satisfação com o exercício do

magistério e não mudaria de profissão por gostar do que faz. Muitos deles gostariam

de ser mais valorizados, ter melhores salários e melhores condições de trabalho.

(menos estressante).

Quanto ao tempo de serviço prestado na SEED pelos professores

pesquisados varia de seis meses a 10 anos de experiência (62%), com

predominância na faixa dos três anos. E 36% dos docentes, de 11 a 23 anos de

serviço e 2% não respondeu esta questão. A maioria dos professores atua

principalmente no ensino médio, com carga horária semanal de 40 horas.

A forma de lazer preferida entre os professores pesquisados foi assistir a

exibição de filmes em DVD, seguido de programas de TV. Os professores ainda

indicaram sua preferência por viagens, seguida pelos passeios, leituras e

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caminhadas. O grupo masculino destacou-se na escolha de atividades como jogos

de futebol e pescaria.

Com relação às habilidades, o grupo de professores pesquisado indicou sua

preferência pela jardinagem, seguida pela culinária e pela área de informática.

Houve ainda, indicações de habilidades relacionadas a consertos em geral, pintura,

crochê e tricô.

A maioria dos professores (80%) não apresenta problemas de saúde, os

outros 20% indicaram alguns, tais como; hipertensão, colesterol, estresse, rinite,

sinusite e tireoidite. Porém, todos os respondentes declararam que fazem

acompanhamento médico.

Perfil dos Funcionários

De um total de 46 funcionários, as informações que permitiram traçar este

perfil foram retiradas de 19 questionários respondidos e devolvidos:

Dentre as características individuais dos funcionários do CEEP, sobressai a

predominância de mulheres no exercício das funções de auxiliar de serviços gerais,

assistente administrativo, secretaria, e merendeiras, com a média de idade entre

eles de 30 anos. Com relação ao estado civil, 52% dos funcionários se declaram

casados, 32% solteiros e outras situações (16%); a maioria (82%) com filhos. Moram

em sua maioria, nos bairros, do município de Rio Negro, e há registros de

funcionários que residem em Mafra. Na grande maioria a religião praticada é a

católica (90%), aparecendo também a evangélica (5%) e espírita (5%).

Quanto à questão sobre a posse de computador, 50% declaram possuir e

50% não possuem. Quanto ao acesso a Internet, 37% dos funcionários indicou que

tem acesso e 63% não tem. Quanto ao grau de escolaridade, do total pesquisado,

merece destaque: 26% dos pesquisados têm ensino médio completo, 26% tem o

ensino fundamental completo e 10% o ensino fundamental incompleto e 15% está

cursando o ensino superior, 15% tem ensino superior completo; e 1% tem curso de

especialização À maioria dos funcionários tem menos de 10 anos na profissão,

porém existe uma minoria com mais de 10 anos de serviços prestados no CEEP,

chegando até 30 anos.

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No entanto 47% dos pesquisados possui renda familiar de até dois salários

mínimos, 21% recebem mais de quatro salários mensalmente, 21% indicaram que

ganham até seis salários, 5% até oito salários e 5% até dez salários mensais.

No aspecto da saúde, 78%, afirmam estar bem e 22% apresentaram

problemas de artrose, hipertensão, diabetes e tireóide. Entre os passatempos mais

comuns encontramos: passear, fazer caminhadas, jogar futebol, leituras, assistir

filmes, entre outros.

Os funcionários reconhecem suas habilidades especiais em cozinhar, fazer

crochê, tricô, pintura e artesanato, jardinagem, consertos elétricos e informática.

Dados Históricos da Instituição:

O atual Centro Estadual de Educação Profissional “Lysímaco Ferreira da

Costa”, originou-se da Estação Experimental de Viticultura, Enologia e Frutas de

Clima Temperado de Rio Negro, criada em 18 de novembro de 1936.

Em 19 de abril de 1941, a Estação Experimental foi transformada em Escola

de Trabalhadores Rurais “Lysímaco Ferreira da Costa”, ministrando o curso primário

até 1955. De 1956 a 1962, ofertou o Curso de Iniciação e Mestria Agrícola,

passando a denominar-se Escola Agrícola “Lysímaco Ferreira da Costa”. Em 1963

iniciou-se o Curso Ginasial, que foi ofertado até o final de 1965, quando sua

denominação foi alterada para Colégio Agrícola Estadual “Lysímaco Ferreira da

Costa”. De 1966 a 1973 ofertou o Curso Colegial Agrícola. De 1974 a 1998 ofertou o

Curso de 2º Grau com Habilitação em Técnico em Agropecuária.

Em 1982 foi criada a Cooperativa Escola dos Alunos do Colégio Agrícola

Estadual “Lysímaco Ferreira da Costa”. A partir de 1996 suspendeu as matrículas

para o Curso de 2º Grau com Habilitação em Técnico em Agropecuária, em virtude

das reformulações ocorridas na LDB, do advento do PROEM e do Decreto

Presidencial nº 2208/97.

Em 1999 passou a ofertar o Curso Técnico em Produção Agrícola com

ênfase em Olericultura na modalidade Pós-Médio. No ano 2000, passou a admitir

novamente alunos do Ensino Médio nos Cursos Técnico em Agricultura e Técnico

em Pecuária. Naquele ano passou a denominar-se Centro Estadual de Educação

Profissional “Lysímaco Ferreira da Costa”. /

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A partir do ano de 2004, em virtude do Decreto Presidencial 5154/04 passou

a ofertar o Curso Técnico em Agropecuária nas modalidades Integrado e

Subseqüente.

Para o ano de 2010, passaremos a ofertar também o Curso Técnico em

Meio Ambiente, conforme Plano de Curso apresentado ao NRE-AMSUL, para

aprovação pelo CEE – Conselho Estadual de Educação.

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6. OBJETIVOS

Dentro de uma visão de educação que procura desenvolver

harmoniosamente nos jovens as faculdades físicas, morais, intelectuais, procurando

fazer amadurecer neles o sentido de liberdade, o espírito de iniciativa, a

personalidade em contexto comunitário, a necessidade de proteção de nosso solo

pátrio, de conservação de nossa flora e fauna, da exploração racional da

Agropecuária visando maior produtividade, padronização, qualidade e quantidade

para alimentação do nosso povo e produção geral de riquezas, despertando, desta

forma o interesse pelo setor primário da economia, através da vivência dos

problemas reais da Agropecuária, proporcionando um constante aprimoramento da

formação profissional, bem como dentro da consciência de que pertencemos todos a

uma única teia que forma a teia da vida, e que preservá-la é preservar a tudo e a

todos como forma de manutenção de todas as espécies e de toda a vida do Planeta

Terra.

A humanidade encontra-se em um momento de definição histórica. Ao

defrontarmo-nos com o risco da perpetuação das disparidades existentes entre as

nações e dentro delas, com o agravamento da pobreza, da fome, das doenças e do

analfabetismo, com a deterioração contínua dos ecossistemas de que depende o

bem estar da todos, percebemos a necessidade e importância do conhecimento.

Não obstante, caso se integrem às preocupações relativas o meio ambiente e se

oportunizem a socialização dos conhecimentos a um número cada vez maior de

pessoas, em especial o conhecimento às pesquisas científicas atuais, ás Leis

ambientais e às causas e conseqüências de todo tipo de agressão ambiental

desencadeada pelo homem em função do progresso a qualquer custo, e a elas se

dedique mais atenção, ainda será possível satisfazer as necessidades básicas e

elevar o nível de vida de todos, obter ecossistemas melhor protegidos e gerenciados

dentro de uma consciência ecologicamente correta, e desta forma construir um

futuro mais próspero e seguro para todos.

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Entendemos que a educação formal profissionalizante, educação essa que

seja capaz de unir teoria e prática, capaz de formar profissionais comprometidos

com a solução desses problemas, não pode ficar à margem desse momento crucial

para a construção de novas formas de gestão dos ecossistemas e de produção de

alimentos em grande escala sem, contudo, causar grande impacto na ordem

ambiental.

Como forma de sedimentar a formação de nossos jovens os quais ao longo

de sua formação deverão ser levados a assumir uma postura voltada para a

superação dos processos meramente mecanicistas, mas adquirirem uma visão mais

sistêmica que seja capaz de compreender e atender as necessidades do mundo

contemporâneo parte-se dos seguintes objetivos:

Técnico em Agropecuária e Técnico em Meio Ambiente:

Formar o cidadão crítico, consciente de seus direitos e de seus limites, capaz de

interagir e transformar o meio em que vive;

Formar profissionais de nível médio na área de agropecuária para atuar nas

atividades voltadas para a produção vegetal, produção animal, produção

agroindustrial, planejamento, gestão de negócio, com competência para realizar

e orientar o desenvolvimento de práticas agropecuárias economicamente viáveis

e com menor impacto ambiental, visando a sustentabilidade dos sistemas

produtivos, e com capacidade para o auto desenvolvimento, visando a

incorporação das inovações tecnológicas da área agropecuária:

Formar profissionais de nível médio Integrado e Subseqüente, aptos ao

desenvolvimento da Agricultura Familiar, tendo como princípio que a educação

para o trabalho é fator que contribui de forma cada vez mais efetiva, para a

inserção do cidadão/aluno no mundo do trabalho produtivo contemporâneo;

Preparar profissionais e, sobretudo pessoas, que sejam capazes de fazer o

enfrentamento necessário na busca de soluções adequadas aos problemas de

produção, com uma consciência ecológica que evidencie a real preocupação

com a “ordem ambiental”, num claro compromisso com o desenvolvimento

humano sustentável das sociedades presentes e futuras, numa perspectiva

transformador;

Efetivar e sedimentar ações educativas voltadas para as áreas de agropecuária e

de meio ambiente, transformando-o num centro de informações técnicas, não

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somente para atender a clientela de alunos, mas também como centro de

referência de conhecimentos, para toda a comunidade;

Proporcionar aos alunos, conhecimentos de técnicas e métodos de agricultura e

pecuária que permitam a compreensão da interligação entre cultura, produção e

meio ambiente e que contemplem princípios éticos que se evidenciem na

busca do desenvolvimento com sustentabilidade;

Focalizar a prática pedagógica numa visão sistêmica de agropecuária que

coloque o homem (produtor e consumidor) e o meio ambiente como centro para

os quais concorrem todas as ações;

Ampliar experiências de agricultura sustentável, diversificando as culturas,

introduzindo diferentes espécies de adubos verdes e espécies para uso

agropecuário;

Promover o conhecimento e incentivar o debate entre os alunos sobre os

problemas e conseqüências da utilização da agricultura, pecuária, meio

ambiente, químico-industriais, buscando o planejamento, a organização e a

administração das propriedades rurais, com base nos princípios e práticas da

agricultura e pecuária sustentáveis, enfatizando os princípios de conservação e

valorização dos recursos naturais renováveis e das áreas de preservação;

Estabelecer uma interação mais dinâmica com outros Centros de Educação

Profissional com o intuito de trocar experiências;

Possibilitar a todos os alunos dos Cursos Técnico em Agropecuária e Técnico em

Meio Ambiente, o conhecimento, o estudo e a análise das leis, acordos, tratados,

que formam a rede de proteção ambiental, a nível Estadual e Nacional;proteção

de nosso solo pátrio, de conservação de nossa flora e fauna, da exploração

racional da Agropecuária, visando maior produtividade, padronização, qualidade

e quantidade para alimentação do nosso povo e produção geral de riquezas.

Despertar nos alunos, através o interesse pelo setor primário da economia,

através da vivência dos problemas reais da Agropecuária e Meio Ambientes

proporcionando um constante aprimoramento da formação profissional;

Ampliar experiências de agricultura sustentável, diversificando as culturas,

introduzindo diferentes espécies de adubos verdes e espécies para uso

agropecuário;

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Promover o conhecimento e incentivar o debate entre os alunos sobre os

problemas e conseqüências da utilização da agricultura e pecuária químico-

industriais, bem como suas com seqüências no meio ambiente buscando, o

planejamento, a organização e a administração das propriedades rurais, com

base nos princípios e práticas da agricultura e pecuária sustentáveis, enfatizando

os princípios de conservação e valorização dos recursos naturais renováveis;

Estabelecer uma interação mais dinâmica com outros Centros de Educação

Profissional com o intuito de trocar experiências.

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7. MARCO SITUACIONAL

Este Centro de Educação Profissional, pela sua estrutura em espaço físico,

área e instalações, assegura condições para o aprendizado do setor da

Agropecuária e de Meio Ambiente, devido à possibilidade de diversificação da

propriedade rural, proporcionando condições para que os educandos permaneçam

na propriedade rural ou ainda que, através do processo de construção do

conhecimento, adquiram condições concretas de cidadãos e profissionais, para que

possam desenvolver os trabalhos inerentes à formação de um Técnico em

Agropecuária e de Meio Ambiente. Com conhecimentos atualizados sobre as

questões que afetam o planeta e suas conseqüências sobre todas as sociedades, é

importante que estejam conscientes das grandes contribuições que se espera de um

profissional dessas áreas, o qual deve propor soluções para esses problemas

comuns ambientais, e perceber os espaços propícios para o desenvolvimento e

aplicabilidade desses conhecimentos, quer na área da agricultura, ou da pecuária,

visto que tudo envolve o Meio Ambiente e o nosso compromisso ético com a

manutenção e seu perfeito equilíbrio. Oportunizar a formação de técnicos nessas

áreas, no que diz respeito à preservação, cuidado e recuperação de áreas e

espécies, respeitando a ordem natural dos eco-sistemas, utilizando tecnologias,

pesquisas e buscando o consenso entre o produzir e o preservar.

É uma Escola que tem buscado de todas as formas, em todas as suas ações

educativas, valorizar, desenvolver e oportunizar os conhecimentos voltados para o

filho do homem do campo, e para garantir a todos o acesso, a permanência e ao

mesmo tempo a apropriação dos conhecimentos objetivados. Para tanto, vem

trabalhando com toda sua equipe de professores, técnicos e funcionários, no sentido

de detectar problemas, analisá-los e dar soluções aos mesmos, dentro de uma

expectativa de que todos os que ingressem, prossigam seus estudos com interesse

e compromisso de forma que concluam seus estudos com sucesso, competência

técnica e cientifica. Para que o acompanhamento seja sistemático, fizemos o estudo

a partir de dados dos resultados dos últimos cinco anos do Colégio, os quais

servirão de base de correção, para todo o trabalho didático pedagógico do CEEP,

tanto da área técnica quanto das disciplinas do núcleo comum, uma vez que

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estamos trabalhando no sentido de construir uma perfeita simbiose entre a teoria e a

prática, para que o aluno entenda melhor a aplicabilidade dos conhecimentos

científicos para a melhoria de todo o seu trabalho.

DADOS DA SÉRIE HISTÓRICA

LEVANTAMENTO DOS ÚLTIMOS CINCO ANOS

ANO SÉRIE TOTAL MATRIC.

POR SÉRIE

A R E

2005 1º 100 69% 17.9% 21.7%

2005 2º 52 94% 5.6% 0%

2005 3º 51 100% 0% 0%

ANO SÉRIE TOTAL MATRIC.

POR SÉRIE

A R E

2006 1º 118 95% 1.6% 3.4%

2006 2º 68 96% 1.4% 2.6%

2006 3º 47 97% -.- 2.3%

ANO SÉRIE TOTAL MATRIC.

POR SÉRIE

A R E

2007 1º 77 94.6% 5.4% -.-

2007 2º 105 96% 2.8% 0%

2007 3º 63 100% -.- -.-

ANO SÉRIE TOTAL MATRIC.

POR SÉRIE

A R E

2008 1º 60 84% 10% -.-

2008 2º 69 91% 4.7% 1.4%

2008 3º 101 96% 1.1% 1.3%

ANO SÉRIE TOTAL MATRIC.

POR SÉRIE

A R E

2009 1º 78

2009 2º 52

2009 3º 57

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ANALISE DOS DADOS:

Analisando os dados da tabela acima, percebemos uma mudança

significativa de número de matrículas nas primeiras séries, nos últimos cinco anos.

O objetivo da atual gestão é o de resgatar o numero de procura pelo Ensino

Médio Profissionalizante, o ensino ofertado cuja divulgação devera ocorrer a partir

de Julho deste ano, quando começaremos a explanar o ensino que ofertamos às

escolas de ensino fundamental do nosso Município e dos municípios vizinhos.

Estamos gradativamente aprendendo a fazer a leitura e a analise dos dados

educacionais, entendendo a importância dos mesmos e valorizando a sua

importância para:

O estabelecimento de metas viáveis e possíveis;

A revisão (ampliação e/ou atualização) dos conteúdos, das

Propostas Pedagógicas Curriculares e dos Planos de Ação Docente

dos professores das áreas técnicas e do núcleo comum.

O planejamento de todas a atividades do CEEP, a curto, médio e

longo prazo;

A definição de projetos de captação de recurso financeiros

necessários ao atendimento e efetivação de cada projeto proposto;

O apontamento das deficiências e consequente busca de soluções

efetivas para cada uma delas;

O entendimento de que cada aluno matriculado, é recurso

garantido através do fundo de financiamento da Educação Básica,

(FUNDEB) o que nos leva a crer que também poderemos melhorar

a qualidade dos equipamentos, tecnologias e espaços físicos do

CEEP;

Que cada aluno que se exclui ou é excluído no processo, ( no ano

de 2005, foram 32% excluídos por razoes diversas, reprovação e

evasão já na primeira serie, fechando em 37% na segunda, sendo

que concluíram desses 100 (cem ) alunos, apenas 63. Essa perda

de alunos, durante o processo vai para além do financeiro, é um

grande ônus social para todos, com danos irreversíveis para a vida

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do aluno, suas famílias e para a escola, que desta forma não

cumpre seu principal papel;

Que os dados resultantes da avaliação, (evasão, reprovação e

aprovação) devem ser cansativamente analisados por todos os

envolvidos no processo ensino aprendizagem;

Que as avaliações devem servir como diagnostico do processo

ensino aprendizagem e dar subsídios para a revisão do trabalho

didático pedagógico de todos os docentes, pois, todo aluno tem

que estar em permanente processo de desenvolvimento e

aprendendo;

Que e fundamental analisarmos os procedimentos dos alunos que

aprendem, (como, por quê) e como trabalham os professores cujos

resultados demonstram que há aprendizagem e compromisso na

relação professor aluno, e consequentemente maiores resultados

com a produção e construção dos seus conhecimentos (professor)

e o dos alunos, desvelando quais as metodologias e

procedimentos utilizados e outras formas de encaminhamentos

e/ou utilização de técnicas e tecnologias, que conseguem um

maior sucesso;

O caminho que estamos buscando em nosso Colégio é fazer com que não se

perca nenhum aluno no processo, ou apenas , o mínimo aceitável.

Nosso compromisso é de que com a matrícula atual (2009), consigamos chegar com

ao menos 96% de todas as séries ao final de cada ano letivo. Isto é, temos 78

alunos na 1º Série, nossa meta é que todos concluam o Ensino Técnico Profissional

até 2011 e recebam mais do que o diploma, levem conhecimentos capazes de

mudar suas vidas e da sua comunidade em inovações necessárias e tecnologias

possíveis de se aplicar.

Assim, pretendemos atingir nosso objetivo de manter mais que quantidade,

isto e todos os alunos na escola, mas também a qualidade, com todos aprendendo e

se desenvolvendo. O Brasil e o Paraná precisam de bons técnicos, urgentemente,

com formação atualizada e com tecnologia de ponta, produzindo mais, no menor

espaço físico e de tempo para que atenda a demanda de todos. Em especial na área

da agropecuária, a qual tem a ver garantia de alimentar, com qualidade milhões de

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brasileiros e outros povos de outros países, garantido mais que sobrevivência, maior

qualidade de vida para as pessoas e para o Planeta.

Acreditamos que, se cada um de nós gestores, fizermos a nossa parte,

estaremos contribuindo com a educação do Paraná e do Brasil. E acreditamos que

o caminho é a educação de qualidade, para todos.

O Brasil teve um aumento de 100% na Educação Profissional, o que vai

fazer com que em poucos anos o País dê um salto de qualidade em seu

setor produtivo e de serviços. (Ex. A Europa tem 1 Engenheiro para cada

26 Técnicos e o Brasil, ate o momento, exatamente o oposto);

O Paraná aumentou 32.4% a oferta do Ensino Profissionalizante,

demanda que precisa crescer ainda mais, nos próximos anos e por

longo tempo;.

De 2007 a 2008, o crescimento do Ensino Profissionalizante no Paraná

foi de 15%;

O Paraná precisa ser além de um Estado que produz, um Estado que

industrializa sua produção, agregando valor e desenvolvimento ao nosso

Estado. E essa é uma outra demanda!

UNIDADE AGRÍCOLA:

Com o objetivo de proporcionar as atividades práticas aos alunos dos

Cursos de Agropecuária e Meio Ambiente do CEEP, efetivando a integração entre a

prática e a teoria bem como de colocar à disposição de todos um centro de difusão

de tecnologia, voltada para as áreas dos Cursos propostos, com atividades que

dêem conta de formar profissionais cujo perfil os coloque de fato, no centro das

atividades a que se destinam, que favoreçam a sustentabilidade nos locais onde

virem a atuar, está à disposição dos educando a infra estrutura que se segue:

Unidade Didático Produtivo de Fruticultura

Estabelecida em uma área de aproximadamente 4 hectares, conta com as

seguintes espécies: pessegueiros, macieiras, caquizeiros, ameixeiras, tangerineiras.

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O sistema de produção adotado é o tradicional, com adubações minerais e

orgânicas, controle químico e orgânico de insetos e plantas invasoras. Apresenta

potencial de expansão e diversificação com perspectiva para introdução de novas

espécies como o figo, a uva, o kiwi e a pêra, além de condições favoráveis para a

adoção de um sistema orgânico. É um espaço didático pedagógico, onde os

profissionais procuram manter uma integração harmoniosa e produtiva com os

demais setores para a realização de todas as atividades, como forma de maior

aproveitamento dos alunos e conseqüente melhoria da qualidade da educação.

Também utilizado como espaço de reaproveitamento, cuja vegetação de cobertura,

serve como pastagem, para o setor de ovinos. Há necessidade de melhoria da

qualidade e aumento da produção de pêssegos, com vistas a utilização desse

produto pela agroindústria, enquanto disciplina curricular e geração de alimentos

para os alunos do Colégio. O pomar didático, implementado com 20 pés de cada

espécie frutífera, numa área de 4000m², servirá como laboratório de pesquisa para a

busca da qualidade das espécies.

Unidade Didático Produtiva de Grandes Culturas

Esta unidade didática pedagógica voltada a aplicação na área de campo dos

conhecimentos adquiridos em sala de aula, é fértil campo de observação e pesquisa

para aliar teoria e prática, o espaço de produção de grandes culturas, o qual está

instalado em uma área de aproximadamente 35 hectares, onde são cultivadas as

seguintes espécies: outono/inverno: aveia (cobertura), trigo e cevada;

primavera/verão: milho, feijão e soja. Os sistemas de produção adotados são o

plantio direto e o convencional, com aplicação racional de agroquímicos (adubação

mineral, herbicidas e inseticidas). Existe a necessidade de se introduzir outras

espécies para compor a rotação de culturas, principalmente leguminosas.

O setor apresenta potencial para a adoção de um sistema orgânico em longo

prazo. Parte da produção de grãos é comercializada com empresas particulares e

parte é utilizada para a fabricação de ração para os animais existentes na Instituição

de Ensino. Com a perspectiva da conquista de novas tecnologias para o uso nos

diversos setores deste Centro Educacional, com um planejamento adequado e

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utilização de novas técnicas científicas para melhoria das culturas, inclusive a

mudança do sistema de irrigação para a técnica de gotejamento, certamente

poderemos dar aos alunos oportunidades de novos e atualizados conhecimentos

que favoreçam ao seu pleno desenvolvimento, com formação integral, dentro de

uma visão sistêmica, que privilegia a produção sem grandes impactos ambientais.

Unidade Didático - Produtiva de Olericultura

Este setor está implantado em uma área de aproximadamente 1,5 hectares,

onde são cultivadas hortaliças locais típicas de cada estação durante o ano todo, (e

sob condições de plasticultura (estufas) para as épocas de baixo calor e luz natural,

ou seja, durante as estações do outono e inverno. Entre as espécies cultivadas no

setor de olericultura temos: alface, beterraba, cenoura, brócolis, rabanete, nabo,

ervilha, feijão de vagem, tomate, beringela, entre outras. Nessa horta, utiliza-se

princípios agro-ecológicos, como plantas-companheiras, plantas – repelentes

(alelopatia), a adubação é feita com composto orgânico e húmus de minhoca

(vermicompostagem), biofertilizantes, defensivos, inseticidas, fungicidas alternativos

naturais.

Atualmente, a produção resultante dos experimentos oriundos dessa

unidade didático produtiva, se destina exclusivamente ao fornecimento ao internato,

havendo excedentes os mesmos são doados para entidades beneficientes da

comunidade. Existe potencial para ampliação e diversificação das culturas , o que

possibilitará a comercialização dos produtos “in natura” e minimamente processados

e de conservas. É um local destinado ao fazer didático pedagógico, e também de

excelência da formação humana e da cidadania do corpo discente, onde é

valorizada a atenção, o detalhamento das observações e o entendimento do aluno

quanto aos conteúdos trabalhados e experimentados, a dedicação, o cuidado de

cada educando no trato com o meio ambiente e com seus semelhantes. O corpo

discente realiza e aprende as principais etapas produtivas das culturas olerícolas

com assessoria e orientação dos técnicos, agrônomos e professores, desde a

semeadura á colheita, tratos culturais e tratos pós – colheita, sempre com o cuidado

da sustentabilidade,

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Unidade Didático Produtiva de Agrostologia

A área estabelecida de pastagens é de aproximadamente 12 hectares, onde

são cultivadas forrageiras anuais (hibernais: azevém, aveia e ervilhaca; estivais:

pasto italiano) e perenes (mombaça, setária). Existe potencial e necessidade de

ampliação da área de forrageiras perenes, principalmente de trevos, capim-elefante,

hemarthria e tifton. O sistema de cultivo é o tradicional, com uso racional de

agroquímicos. Em médio prazo pode ser convertido para o sistema orgânico.

Unidade Didático Produtiva de Paisagismo

É atribuição deste setor a produção de mudas e cultivo de plantas

ornamentais, corte de gramados e a manutenção e limpeza dos pátios e jardins.

Através dessa unidade de trabalho didático pedagógico, procuramos oportunizar aos

alunos o conhecimento e utilização de plantas ornamentais de diversas espécies,

utilizando em especial as da estação.

Com esses conhecimentos pretendemos desenvolver nos alunos o senso de

estética e a ética do cuidado para que compreendam a importância da ocupação dos

espaços de maneira organizada, e ecologicamente correta, buscando a integração

com a natureza, e que mesmo internamente, devemos respeitar a natureza sem

agredi-la, cuidando para que se mantenham fundos de vales, nascentes, e não

transformando os espaços em verdadeiras camadas de cimento e cal, favorecendo o

escoamento e a conservação natural das águas pluviais.

Outro objetivo deste setor é propiciar uma estética mais aprazível no entorno

da Escola, o aproveitamento dos dejetos e o adubo orgânico sem qualquer uso de

agroquímico. Existe potencial para a produção de mudas ornamentais bem como

campo para a comercialização.

Unidade Didático Produtiva de Mecanização Agrícola.

Este setor é de prestação de serviços para os demais. Tem por objetivo

demonstrar aos alunos a função e regulagem dos diversos maquinários, nas

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principais formas de plantio (convencional, reduzido e direto) e nas definições

definições da lavoura adequada às diferentes estações do ano, objetivando a

formação de um gestor capaz de tomar decisões acertadas, considerando a

manutenção dos equipamentos necessários, assim como no planejamento dos

cultivares. Enquanto Unidade Didático produtiva, tem como função essencial apoiar

e complementar a formação dos alunos do Curso técnico em agropecuária,

oportunizando aos mesmos as aulas práticas. É nesse espaço que os alunos têm

contato com equipamentos específicos de sua área de atuação, com os quais deve

se familiarizar para o bom desempenho de sua profissão, inclusive no que diz

respeito aos cuidados com a forma correta de utilização e de manutenção.

Apresenta os seguintes equipamentos: 5 tratores; 1 colhedeira; 2

pulverizador; 2 subsolador; 1 arado de disco; 2 grades niveladoras; 1 grade aradora;

3 semeadeiras; 2 roçadeiras; 2 distribuidor de esterco líquido; 1 distribuidor de

adubo; 2 distribuidor de calcário; 1 carreta graneleira; 1 carreta silageira; 3 carretas

de transporte; 1 aplicador de uréia; 1 ancinho enleirador; 1 segadeira; 1 terraceador;

1 trilhadeira; 1 trado; 1 enxada rotativa; 1 ensiladeira e 1 debulhador/triturador. Sua

inclusão no sistema de produção orgânica reside no uso racional dos implementos,

nos momentos tecnicamente mais apropriados, no trânsito controlado e reduzido de

máquinas de produção agrícola e pecuária na propriedade, bem como no transporte

de resíduos orgânicos.

Unidade Didático Produtiva de Silvicultura

Instalado em uma área de 500 m, possui infra-estrutura adaptada para as

três fases de produção de mudas nativas (características do Bioma Floresta

Ombrófila Mista). São produzidas mudas em pequena escala, mas didaticamente

adequada ás necessidades da fazenda – escola e ao aprendizado do corpo

discente. As mudas passam pelas fases: desenvolvimento inicial, estufa de

sombreamento e fase de rustificação.

O aprendizado dos alunos se dá pela observação/execução de tarefas

rotineiras, como: quebra de dormência de sementes, semeadura, preparo de

substrato, adubação e tratos fitossanitários, irrigação, repicagem, transplantio em

nível de campo. São feitas também incursões nas áreas de preservação do Colégio,

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assim como, reconhecimento de espécies nativas e exóticas. Utiliza – se ainda,

sistema de irrigação por aspersão, onde são produzidas mudas de espécies nativas

em sistema de tubetes e sacos plásticos. São produzidas mudas de araucária,

araçás, goiaba, imbuia, cedro, aroeiras, cerejeira, pitangueira, manduirana. Parte de

produção é plantada na própria fazenda escola, outra parte doada para os alunos

mediante termo de responsabilidade.

Unidade Didático Produtiva Agrossilvipastoril:

Para que os alunos tenham a oportunidade de estudarem e compreenderem

a importância da utilização de técnicas de produção nas quais se integrem arvores,

animais, plantas/pastagens numa mesma área, a Escola/Fazenda vem

desenvolvendo um projeto sobre a importância de integrar os sistemas

agrossilvipastoril, disponibilizando uma área de 15.000 .m2, onde os alunos podem

acompanhar e constatar que, com a utilização adequada desse sistema integrado,

poderemos potencializar a produtividade da terra, aumentando lucros e gerando

real sustentabilidade.

Atualmente, e imprescindível que os profissionais voltados para a área de

agropecuária, tenham consciência da importância de se fazer o uso da terra de

forma alternativa e racional, ecologicamente correta obtendo o máximo de

produtividade no menor espaço possível interferindo o mínimo no meio ambiente de

forma a não degrada-lo, mantendo o compromisso ético do cuidado para com o

Planeta e com todo tipo de vida que nele existe.

Alem disso, esperamos levar nossos alunos a compreenderem a grande

importância que a correta utilização do manejo da terra e de novos sistemas e

técnicas diferenciadas, garantirão benefícios maiores do que produtividade.

Também, que a seleção de culturas, poderão garantir o aumento da taxa de lotação

das pastagens, maior permanência da umidade nos solos, devido as corretas

técnicas de sombreamento, melhoria da

saúde dos animais, conforto térmico aos animais e proteção das plantas/pastagens

nas épocas mais frias do ano.

Visto serem nossos alunos, em sua maioria, oriundos de famílias de

produtores rurais de pequenas propriedades, de poucas posses, os quais

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desenvolvem e sobrevivem da agricultura familiar, onde será de grande valia

saberem aproveitar cada pequeno espaço de terra, tirando dela a maior

produtividade possível, como forma de gerar renda e garantir a permanência das

famílias no campo, com mais qualidade de vida, e com capacidade de também

terem acesso aos bens de consumo produzidos pelo homem. Vemos portanto, na

utilização desse saber e fazer pedagógica, mais uma forma de preparar mais

adequadamente esses futuros profissionais para a competitividade contemporânea e

as necessidade de produção.

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UNIDADE DIDÁTICO PRODUTIVA DE PECUÁRIA

Unidade Didático Produtiva de Avicultura de Corte

Instalada em um aviário de 46,00m², com capacidade para 300 aves

alojadas em sistema intensivo de criação, sobre cama de maravalha, com parte da

ração adquirida no comércio. O destino da produção é exclusivamente para o

consumo do internato. Existe potencial para a ampliação do setor com a introdução

de um sistema diferenciado de produção de frangos (frango caipira), visando a

diversidade (mais oportunidades de aprendizagem ao aluno) e a comercialização da

carne processada. A ração pode ser totalmente processada na própria escola em

médio prazo e, em curto prazo, a adoção de materiais alternativos para cama de

aviário.

Unidade Didático Produtiva de Avicultura de Postura

O aviário de postura conta com uma área de 85,00m² e 300 aves alojadas,

criadas no sistema intensivo com baterias de ninhos e sobre cama de maravalha.

Parte da ração é adquirida no mercado. A produção se destina ao

Consumo do internato e o excedente é comercializado. Existe possibilidade de

ampliação, visando intensificar a comercialização. Esse setor oferece condições

favoráveis à ampliação, visando, principalmente, a aprendizagem e o aumento da

comercialização.

Unidade Didático Produtiva de Suinocultura

Esta unidade com uma área de 556,00m², onde se encontram alojadas 20

matrizes, no sistema tradicional de produção confinada (maternidade, creche e

terminação), com utilização racional de insumos de produção local e outros,

adquiridos. Há a perspectiva de melhorias nas instalações, mudanças para

comedouros automáticos, e a introdução de silagem de milho de grãos úmidos. Os

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medicamentos são adquiridos no mercado. Parte da produção destina-se ao

abastecimento do internato e parte é comercializada. É um setor que apresenta

potencial para ampliação e diversificação, com vistas a propiciar um aprendizado

mais eclético ao aluno e a intensificar a comercialização de animais vivos (leitões) e

de produtos cárneos processados na Escola. O sistema “plain air” foi implantado

em 2004 em unidade demonstrativa bem como o sistema de cama sobreposta.

Unidade Didático Produtiva de Ovinocultura

O setor dispõe de um plantel de 30 matrizes e 01 reprodutor e está

instalado em uma área de 4,0 hectares, exclusivamente a pasto, com

desverminações utilizando produtos comerciais. A produção é destinada para o

suprimento do refeitório do internato, e, exclusivamente para venda de animais.

Apresenta potencial de ampliação do plantel e não apresenta dificuldades para a

conversão para o sistema orgânico.

Unidade Didático Produtiva de Cunicultura

Apresenta um plantel de 10 matrizes e 03 reprodutores criados em

sistema de gaiolas, alimentados com resíduos provenientes da horta, pastagens e

com ração. A produção destina-se exclusivamente ao fornecimento do internato. O

sistema de produção poderá ser ampliado para aumentar o fornecimento do

internato.

Unidade Didático Produtiva de Bovinocultura de Leite

Ocupa uma área construída de 719,00m² e o maior percentual da área

cultivada com forrageiras (10,0 hectares). Possui um plantel constituído

exclusivamente com gado holandês, manejado no sistema de produção tradicional,

em pastagem e suplementado com ração balanceada e silagem de milho, com o uso

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de medicamentos adquiridos no mercado, utilizados de forma racional. A maior parte

da produção é comercializada e parte é consumida no internato “in natura”. Em

médio prazo pretende-se redirecionar o destino da produção para processamento de

queijo, requeijão, ricota, iogurte, doce-de-leite para a utilização interna e

comercialização.

Unidade Didático Produtiva de Codornas

É uma unidade pequena, contando com 50 aves alojadas em gaiolas,

produzidas no sistema de confinamento, com ração comercial. A produção é

consumida totalmente pelo internato. Apresenta potencial para ampliação,

considerando que existe uma alta demanda para a conserva de ovos. A conversão

para o sistema orgânico de produção não apresenta maiores dificuldades neste

setor.

Unidade Didático Produtiva de Apicultura

Setor contando com 10 caixas (famílias) alojadas na cortina de

eucaliptos e tem por objetivo o aprendizado didático de prática extrativista de mel e

tem por finalidade abastecer o economato. Para o ano de 2010, essa unidade

didático produtiva de apicultura, tem por objetivo diversificar as espécies. Para isso

tem buscado estudos e pesquisas sobre a abelho brasileira, “sem ferrão”,-

meliponídias - espécie que vem demonstrando ser muito produtiva, ser bem

adaptada à nossa região e comprovar baixos custos na criação, uma vez que não

oferece nenhum tipo de perigo, tendo baixo custo, inclusive na hora da coleta.

Estamos também viabilizando estudos para melhoria da flora local para

obtermos uma produção maior garantindo também a qualidade.

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INTERNATO E SEMI-INTERNATO

A educação, no sentido da educação para a convivência no

internato e semi-internato, se constitui no processo em que o adolescente convive

com o outro, se transforma espontaneamente, de maneira que seu modo de viver se

faz progressivamente em coerência com o do outro, dentro do espaço de

convivência.

O educar ocorre, portanto, todo o tempo e de maneira recíproca e por

isso é que se faz necessário que ocorra a capacitação de todos os envolvidos com o

sistema de internato, com enfoque dentro do princípio de que todos somos

educadores e que o ambiente do internato deve ser o mais agradável e acolhedor

possível, visto que o alojamento, ainda que psicologicamente, ocupa o lugar do seu

quarto, da sua casa, devendo assumir o sentido do espaço de união e cooperação

de uma família, proporcionando a todos os alunos um ambiente propício ao seu

desenvolvimento, ao estudo e a querer estar entre os colegas. Cabe a todos os

envolvidos na convivências com esses educandos, uma mobilização coletiva no

sentido de acolhê-los, de exercitarmos a nossa competência amorosa de

convivência com sentido de família, com responsabilidade e comprometimento

ativando a nossa capacidade de responder de forma eficiente, criativa e harmônica

às necessidades de todos esses alunos, cujos familiares estão distantes e que

procuram em cada pessoa, um pouco do convívio familiar.

INTERNATO

Sistema de Internato

O internato é um espaço oferecido pela Escola aos alunos que foram

admitidos através de um processo de seleção, não sendo possível, conforme

regulamento interno, ofertar esse espaço a alunos transferidos de outros colégios.

Os serviços do internato somente serão oferecidos nos períodos letivos de

atividades escolares, e para os alunos que estiverem desenvolvendo estágio interno

na Fazenda Escola.

Estrutura

O internato é constituído dos seguintes serviços:

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* Alojamento

* Refeitório

* Acompanhamento Pedagógico.

* Programa de Acompanhamento Escolar – PAE

SEMI-INTERNO

O aluno em regime de semi-internato, permanece na instituição durante o

período letivo, no tempo escolar que concerne o horário normal de aulas, nos

períodos matutino e vespertino.

Estrutura

O semi-internato é constituído dos seguintes serviços:

* Refeitório

* Acompanhamento

* Programa de Acompanhamento Escolar (PAE)

PROGRAMA DE ACOMPANHAMENTO ESCOLAR (PAE)

Os alunos são acompanhados nas suas dificuldades de aprendizagem em:

Intervenção Semanal.

O horário tem aulas fixas de revisão do conteúdo desenvolvido durante as

aulas, para sistematização dos conteúdos trabalhados ou quando os professores

das disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática propõem atividades extras, com

o intuito de investigar as possíveis falhas no desenvolvimento da aprendizagem. Tal

procedimento tem auxiliado no diagnóstico e prevenção dos problemas de

aprendizagem escolar quando são traçados planos de intervenção, evitando,

sobremaneira a evasão e a reprovação dos alunos, mantendo-os mais motivados

por saberem que há condições de recuperação de estudos e de conteúdos durante

todo o processo escolar, bem como têm sua auto-estima aumentada por se verem

capazes de, a cada dia, aumentarem seus conhecimentos.

Percebemos também, a partir dos dados levantados, condições para as

pedagogas atuarem junto aos professores e outros profissionais, buscando novos

encaminhamentos e procedimentos, dando maior suporte para melhoria das

condições do processo de aprendizagem. A experiência nos mostrou que o

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problema de aprendizagem gera comportamentos que sugerem desinteresse,

desatenção ou irresponsabilidade e que infelizmente, essa questão é bem mais

complexa, merecendo uma intervenção apropriada.

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8. MARCO CONCEITUAL

Piletti (2006) considera que a especificidade do Ensino Médio é discussão

constante e não claramente equacionada. Tendo existência formal autônoma a partir

de 1931 persistiu servil ao superior no que concerne à preparação para o vestibular,

“sujeito a uma instabilidade legal que não deixa de repercutir em sua existência

material, dificultando ou mesmo impedindo qualquer consolidação minimamente

duradoura”.

Quanto à preparação para o trabalho até meados da década de setenta, a

formação profissional limitava-se ao treinamento para a produção em série e

padronizada, com a incorporação maciça de operadores semi-qualificados,

adaptados aos postos de trabalho, desempenhando tarefas simples, rotineiras e

previamente especificadas e delimitadas. A partir da década de 80, as novas formas

de organização e de gestão modificaram estruturalmente o mundo do trabalho.

Um novo cenário econômico e produtivo se estabeleceu com o

desenvolvimento e emprego de tecnologias complexas agregadas à produção e à

prestação de serviços e pela crescente internacionalização das relações

econômicas. Em conseqüência, passou-se a requerer sólida base de educação geral

para todos os trabalhadores; educação básica aos não qualificados; qualificação

profissional de técnicos; e educação continuada para atualização, aperfeiçoamento,

especialização e requalificação de trabalhadores.

As escolas e instituições de educação profissional buscaram diversificar

programas e cursos profissionais, atendendo novas áreas e elevando seus níveis de

formação. As empresas passaram a exigir trabalhadores cada vez mais qualificados.

À destreza manual se agregam novas competências relacionadas com a inovação, a

criatividade, o trabalho em equipe e a autonomia na tomada de decisões, mediadas

por novas tecnologias da informação. Ainda, e com igual importância, vale registrar

a necessidade de a escola também desenvolver valores morais, atitudes, faculdade

de discernimento, independência de juízo, respeito aos demais, espírito de

solidariedade e cooperação, desejo de aprender e formar-se para contribuir com o

mundo do qual faz parte.

Foram bastante significativas as reformas ocorridas desde a década de 70,

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entretanto cabe ao momento enfatizarmos a partir do Decreto nº 2208/97, que

definiu a oferta da profissionalização de nível técnico de forma concomitante ou

seqüencial ao Ensino Médio. Materializada pelo PROEP (Programa de Expansão da

Educação Profissional), programa este implantado pelo MEC (Ministério da

Educação) através da então, SEMTEC (Secretaria de Ensino Médio e Tecnológico),

objetivou-se a ampliação de vagas no Ensino Profissional, através do financiamento

de Instituições Federais, Estaduais e Comunitárias, para construção e ampliação de

infra-estruturas, aquisição de equipamentos e capacitação de professores, ao

mesmo tempo em que desvinculou a formação básica da formação profissional.

No Paraná, através do Programa de Expansão, Melhoria e Inovação no

Ensino Médio do Paraná – PROEM (financiado pelo BID – Banco Interamericano de

Desenvolvimento), suprimiu-se a oferta das chamadas “habilitações técnicas” e

passou-se então, a oferecer o Ensino Médio somente em sua forma “propedêutica”.

Da política do PROEM, instituiu-se a Agência para o Desenvolvimento da

Educação Profissional – PARANATEC, empresa de caráter privado que até 2002

“gerenciava” os cursos de nível técnico da Rede Estadual, suas diretrizes,

implicações e conseqüências, que se apresentam até hoje.

Foi com a estruturação da Secretaria de Estado da Educação, através do

departamento de Educação Profissional, que se iniciou a retomada da oferta da

educação profissional pública, no Estado do Paraná, encerrando assim, as

atividades da PARANATEC, devolvendo ao setor público a capacidade gerencial e

pedagógica desse segmento.

A gestão 2003/2006 da Secretaria de Estado da Educação assumiu,

portanto, o desafio da Educação Profissional da Rede Pública Estadual, refletida na

priorização da retomada da oferta de nível técnico à Educação Profissional,

objetivando a formação para o trabalho, com acesso aos saberes técnicos e

tecnológicos e considerando as tendências sócio-econômicas das regiões do

Estado. Assim, os principais eixos e estratégias de ação para o desenvolvimento

sócio-econômico do Estado do Paraná consolidaram-se no documento “Paraná –

Diagnóstico Social Econômico”.

Estes pressupostos básicos considerados na definição da política da

educação profissional levaram à perspectiva de uma educação profissional de nível

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técnico, que privilegiasse propostas curriculares cujos princípios fossem: o trabalho,

a cultura, a ciência e a tecnologia. Desta forma, a reformulação curricular na

perspectiva da articulação com a educação básica, explicita as diretrizes que apoiam

a política de retomada da oferta da educação profissional, com especial foco na

expansão e reestruturação curricular, na instituição do quadro próprio de professores

para esta modalidade, na formação continuada dos profissionais, na melhoria da

estruturação física e material dos estabelecimentos e na sua manutenção sem a

cobrança de taxas de qualquer natureza e, ao mesmo tempo, no favorecimento do

desenvolvimento das atividades pedagógicas de currículo e ensino, contribuindo de

forma efetiva para a melhoria da formação dos alunos. Embasadas em princípios

teóricos que consideram a ciência e a tecnologia, o trabalho e a cultura como

categorias indispensáveis e inerentes à

formação de todo cidadão, tendo a práxis como eixo organizador das atividades de

ensino, suas diversas formas de tratamento metodológico, objetivando a formação

omnilateral do aluno, iniciaram-se diversas frentes de trabalho, dentre elas a

realização do “I Seminário Estadual de Educação Profissional” promovido em

parceria com a Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Promoção Social, em

Curitiba no período de 24 a 27 de junho de 2003, que discutiu a real situação, bem

como apontou as novas perspectivas adotadas pela política nacional, uma vez que

aconteceu logo após a realização do “Seminário Nacional de Educação Profissional

– Concepções, Experiências, Problemas e propostas”, ocorrido em Brasília de 16 a

18 de junho de 2003, alinhando-se principalmente às possibilidades e necessidades

da revogação do Decreto nº 2208/97.

Este momento demarcou o processo de elaboração das propostas

curriculares com a participação de professores nos diversos cursos, diretores e

coordenadores, sob a coordenação do Departamento, sendo encaminhadas, numa

primeira etapa, ao Conselho Estadual de Educação, culminando com a aprovação,

em dezembro de 2003, do parecer nº 1595/03. Ressalta-se que o referido Conselho

também aprovou o Plano de Expansão dos Cursos de Educação Profissional para

2004, pelo Parecer nº 1028/03. As normas para reformulação curricular dos cursos

técnicos organizados na forma integrada e subseqüente se solidificaram com o

Decreto nº 5154/04, entretanto o currículo integrado iniciou-se com a antecipação a

partir de 2004, sustentado pela revogação do Decreto nº 2208/97, também como

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uma forma de sinalizar as disputas teóricas e políticas manifestadas durante todo o

processo.

Ou seja, a preocupação que passou então pela proibição a formação

integrada, regulamentando formas fragmentadas e aligeiradas de educação

profissional em função das alegadas necessidades do mercado, acabou por

desencadear a revogação do Decreto que expressava de forma emblemática, a

Regressão social e educacional sob a égide do ideário não condizente com uma

filosofia que busca a não afirmação e não ampliação da desigualdade de classes e

do dualismo na educação. Posto isto, poderia levar a um enfrentamento com as

forças conservadoras, o que seria desfavorável ao tempo político das ações por se

pretender com tal revogação, a (re) construção de princípios e fundamentos da

formação dos trabalhadores para uma concepção emancipatória da classe, o que

fortaleceria as forças progressistas para a disputa por uma transformação mais

estrutural da educação brasileira e que opõe ao dualismo educação geral e

preparação para o trabalho, revelado com maior expressão neste nível de ensino.

Portanto, quanto a Integração Curricular, no caso do ensino médio, ainda

estamos redefinindo as finalidades, metodologias e os conteúdos dos projetos

voltados para a formação das pessoas nesta etapa escolar. A contradição entre

formação geral e formação específica, formação para a vida e para o trabalho,

valorização dos conteúdos ou métodos de ensino, dentre outras, são questões que

precisam constantemente ser repensadas, priorizando a oferta de uma educação de

qualidade.

As discussões sobre possibilidades curriculares e desafios enfrentados no

desenvolvimento da aprendizagem, resultam da nossa concepção de mundo e de

nossos princípios pedagógicos. Sob essa perspectiva, o que se discute sobre a

integração na educação profissional tem como objetivo, portanto, a formação de

pessoas que compreendam a realidade e que possam também atuar como

profissionais, capazes de se desenvolverem e, através de sua visão de mundo e a

partir de seus conhecimentos, ajudarem no desenvolvimento de outras pessoas e

das comunidades onde estão inseridos.

A presença da profissionalização no ensino médio deve ser compreendida

por um lado, como uma necessidade social e por outro lado, como um meio pelo

qual a categoria “trabalho” encontre espaço na formação humana; é o ensino médio

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sob os princípios da integração entre ciência e tecnologia, da cultura e do trabalho,

em que a profissionalização seja uma possibilidade real, concreta, ou seja, o

trabalho compreendido como o princípio que deve nortear a construção de

conhecimentos no ensino médio, mediada pela prática social, é a possibilidade de

educação para os que vivem do trabalho, e que garanta assim, a participação dos

que sofrem o processo de trabalho na integração do currículo.

Cabe reforçar que a contribuição do currículo integrado para a melhoria da

escolaridade, perpassa por questões fundamentais como de eficácia na utilização do

tempo escolar, de favorecimento da comunicação, de seleção da informação e do

intercâmbio entre os docentes e técnicos, e, consequentemente de

acompanhamento personalizado da aprendizagem dos alunos, entre outros. É

através desta simbiose entre teoria e prática, entre saber científico e aplicabilidade

real no e para um conhecimento que garanta a sustentabilidade, que a escola,

através de seu currículo, deve procurar desempenhar e realizar, através de uma

educação que constrói, forma e transforma o ser humano, as transformações

necessárias, para a melhoria de qualidade de vida de toda a sociedade.

8.1. Concepção de Educação

Em todas as sociedades a educação exerce um papel fundamental na

formação de seus membros, assim como, na legitimação dos valores necessários à

preservação e continuidade da mesma. .

A educação é um fenômeno social, sendo que, uma prática social só

poderá ser compreendida no quadro geral da sociedade da qual faz parte. As

práticas educativas se dão conforme as relações sociais que caracterizam a

estrutura econômica e política de uma sociedade e estão subordinadas a interesses.

O processo educativo se viabiliza, portanto, como prática social por ser

dirigido pedagogicamente. O caráter pedagógico introduz o elemento diferencial nos

processos educativos que se manifestam em situações históricas e sociais

concretas. A prática educativa se desenvolve na relação entre grupos e classes

sociais, resultando na mediação pedagógica para determinar finalidades.

Segundo Paulo Freire, a educação é um processo por meio do qual o ser

humano se forma sujeito na mediação com a natureza e em diálogo com o

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educador. Assim ele produz cultura e cria sua própria história. Desta forma não

existe um educador exclusivo, pois todos aprendem em comunhão.

Nessa concepção, a educação é processo contínuo de conscientização e

libertação a partir do entendimento de educação como um ato essencialmente

humano. Através do ato educativo o homem forma consciência de seu

“pertencimento”, do “estar no mundo” e, principalmente, da sua participação na

sociedade enquanto agente de transformação.

A educação tem o papel fundamental de proporcionar ao educando a

consciência de ser e estar no mundo e nele agir para a transformação. Fica

evidente, portanto, que é preciso educar para transformar, para desconstruir ou

construir a história. Assim, é necessário desenvolvermos uma educação que

reconheça que a teoria e a prática, quando trabalhadas juntas, poderão dar

respostas a questões e situações diversas geradas pela necessidade de

sobrevivência de tudo e todos no Planeta, e que nesse contexto educacional, não há

espaços para a hierarquização de conhecimentos, nem privilégios para tempos

culturais ou determinadas disciplinas , mas que a educação que pretendemos, deve

levar em conta a diversidade e desenvolver o sentimento de solidariedade na busca

da satisfação das necessidades fundamentais de todos e de uma convivência

harmoniosa com a natureza. É importante que nossos alunos permaneçam muito

mais curiosos, que aprendam a buscar, a questionar, a refletir e questionar a si e

aos outros, do que sintam que estão certos e que seu conhecimento está pronto e

acabado.

8.2. Concepção de Sociedade

A educação é a prática mais fundamental da espécie humana. Na educação

habita a tarefa de nortear e esclarecer o pensamento. Portanto, educar o homem é

construir a sociedade e, principalmente, a sociedade que se espera.O aluno é

reflexo da sociedade em que vive por isso a escola aponta um exercício que seja

fundamental para alimentar uma prática consistente, uma reflexão coletiva, com

apoio teórico que amplie a visão dos alunos para perceberem as relações entre a

educação da escola, no município, na região, estado, país. Uma educação que se

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fundamente na ética da diversidade, que não esteja dissociado da realidade do

indivíduo, da humanidade e do universo, e que leve em consideração os saberes

gerados pela ciência e a tecnologia, refletindo sobre seu impacto sobre a vida no

planeta e os resultados alarmantes que têm gerados, os quais com maior

consciência poderão ser minorados.

Através da reflexão sobre as causas sociais que interferem na

aprendizagem, a escola realiza projetos e/ou técnicas diversas para solucionar

problemas, bem como procura oportunizar maiores contatos com a família,

procurando responder pelo acesso ao conhecimento que são culturalmente

valorizados pela sociedade em que se insere. A proposta educacional do CEEP

Lysímaco Ferreira da Costa, aproveita as vivências, histórias e experiências de cada

um as quais são enriquecidas na troca com o outro, na descoberta de novos

horizontes. Segundo Alvarez Mendez, J.M., é preciso levar em conta que a escola

está inserida numa comunidade concreta, cuja população tem expectativas e

necessidades específicas.

Ter clareza da função social da escola e do homem que se quer formar, é

fundamental para realizarmos uma prática pedagógica competente e socialmente

comprometida, particularmente num país de contrastes como o nosso, onde existem

grandes desigualdades econômicas, sociais e culturais.

Procura-se a aprendizagem dos conteúdos que são necessários para a

vida em sociedade, onde Nesse sentido poderá contribuir no processo de inserção

social das novas gerações, oferecendo instrumentos de compreensão da realidade

local e, também, favorecendo aos educandos a participação em relações sociais

diversificadas e cada vez mais amplas. A vida escolar possibilita exercer diferentes

papéis, em grupos variados, facilitando a integração dos jovens no contexto maior.

Os alunos não podem ser tratados apenas como “cidadão em formação”,

pois eles já fazem parte do corpo social.

A escola deve trazer para dentro de seus espaços o mundo real, do qual

alunos e professores fazem parte. Ela não pode fazer de conta que o mundo é

harmonioso, que não existe devastação do meio ambiente, a fome, as guerras, a

violência, as desigualdades sociais, porque tudo isso está presente e traz

conseqüências para o momento em que vivemos e para os momentos futuros. O

ambiente da sala de aula e o aluno real, não estão isolados do mundo, portanto, é

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necessário discutir as desigualdades sociais na escola para que possamos garantir

cidadãos, do futuro, com a consciência de seus papéis na história e no

desenvolvimento das sociedades e da humanidade.

Compreender e assumir o tempo presente, com seus problemas e

necessidades, é uma forma de gerar alternativas humanizadoras para o mundo.

Através de aulas teóricas, práticas, projetos, bem como, dos

relacionamentos na comunidade escolar, buscar ajudar o aluno a construir e

conquistar a sua cidadania, que é um processo ideológico de formação de

consciência pessoal e social e de reconhecimento desse processo em termos de

direitos e deveres, e, também prepará-lo para o mundo do trabalho. Somente

através da cidadania e da capacitação intelectual e profissional teremos uma

sociedade justa, mais igualitária, com uma maior distribuição de renda, de forma que

todos possam, definitivamente ser incluídos, pelo direito conquistado através do

conhecimento que coloca todo cidadão no rol de pertencimento e de participação

aos bens produzidos pela humanidade. E para que seja assegurado, a cada cidadão

esse direito de estar, ser e pertencer, é preciso que se garanta, acima de tudo o seu

direito a uma educação de qualidade. E esse é o papel social da escola

Para cumprir sua função social, a escola precisa considerar as práticas de

nossa sociedade, sejam elas de natureza econômica, política, social, ética ou moral,

mas também deve contar com o ap público e de outros segmentos sociais.

Uma sociedade sonhada, onde haja acesso e igualdade de condições,

precisa superar dualidades estruturais. A escola é importante meio que irá manter ou

superar tais dualidades. Para uma sociedade mais justa é preciso que a escola, em

seus processos pedagógicos, garanta ao aluno a formação articulada ás

capacidades produtiva e criativa, promovendo o conhecimento em um espaço

democrático que dê conta (ou ao menos tente) de superar o individualismo

competitivo e a fragmentação social.

8.3. Concepção de Avaliação

A avaliação, que além de ser uma atividade prática é, sobretudo tudo uma

questão ética, deve ser entendida como um dos aspectos do ensino pelo qual o

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professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho,

com a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos

alunos, bem como diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valor; assim, a

avaliação deve proporcionar dados que permitam ao professor e à escola promover

reformulação dos conteúdos, metodologias e instrumentos, além de permitir ao

docente, a permanente revisão de sua prática pedagógica. A partir dessa visão, em

que educar é formar e aprender é construir o próprio saber, a avaliação assume

dimensões abrangentes. Portanto, avaliar sob essa perspectiva, não se reduz

meramente a atribuição de notas. Seu sentido se amplia em apurar em que medida

os alunos estão alcançando os objetivos propostos para a consecução do processo

ensino – aprendizagem, possibilitando acompanhar os avanços e dificuldades dos

alunos , visando o redirecionamento do trabalho se necessário e,

conseqüentemente, o aperfeiçoamento da prática pedagógica.

A avaliação deve refletir o desenvolvimento do aluno e considerar as

características individuais deste, no conjunto dos componentes curriculares

cursados com preponderância dos aspectos qualitativos sobre os dados obtidos

quantitativamente.

A avaliação deverá ser realizada em função dos conteúdos curriculares,

utilizando métodos e instrumentos diversificados, claros e coerentes com as

concepções e finalidades educativas expressas na Lei nº 9394/96, Lei de diretrizes e

bases da educação nacional, no P.P.P. do Colégio e evidenciado nos Planos de

Ação Docente de todos os professores. O que pretendemos, é uma avaliação das

aprendizagens dos educandos, (na medida em que lhe é solicitado um papel ativo

em seu processo de aprender) que implique numa proposição de avaliação marcada

pela lógica da inclusão, do diálogo, da construção da autonomia, da mediação, da

participação, da construção da responsabilidade com o coletivo da escola e da

sociedade. Onde a avaliação seja um instrumento voltado para o processo ensino

aprendizagem, em favor do desenvolvimento do aluno para que se evidencie se de

fato houve a partilha e a construção do conhecimento de todos os envolvidos.

A escola deve promover atividades que desenvolvam habilidades cognitivas,

tais como: a capacidade de analisar, comparar, selecionar, produzir, argumentar,

favorecer projetos alternativos, promover atividades de reflexão, visando

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desenvolver a autonomia intelectual do aluno e o espírito crítico com consciência,

conseqüência e responsabilidade.

Desta forma é que a individualidade do aluno e o seu domínio dos conteúdos

necessários devem ser assegurados nas decisões sobre o processo de avaliação,

preponderando os aspectos “qualitativos” de aprendizagem em processo contínuo,

permanente e cumulativo.

Para a avaliação serão utilizados vários instrumentos: identificações,

comparações, análises, produções, interpretações, sínteses, reestruturação de

textos, aplicação de conhecimentos, esquemas, expressões de opiniões,

levantamento de hipóteses, construções de questões, participações no grupo,

exposições de trabalhos, pesquisa de campo e bibliográfica, participação em

debates, discussões, seminários, palestras, atividades extra classe, observações

com relatórios, auto-avaliações, exames, entre outros. Devem fazer parte integrante

dos processos avaliativos, por parte de todos, o equilíbrio entre equidade e

qualidade de forma que não se utilize, em nome dessa premissa, o nivelamento por

baixo, dos conhecimentos, pois se avaliação deve estar sempre a serviço de quem

aprende, é imprescindível também, que através dessa mesma avaliação, se avalie a

qualidade humana e intelectual de quem ensina, assegurando, em cada caso a

qualidade da aprendizagem que é construída.

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9.MARCO OPERACIONAL

FORMAÇÃO CONTINUADA

Um trabalho pedagógico de qualidade sustenta-se, concretiza-se e

aperfeiçoa-se através de seus profissionais, pois se reconhece no professor um

sujeito que pensa, cria, produz e trabalha com o conhecimento, valorizando assim,

sua ação reflexiva e sua prática.

Portanto, faz-se necessária uma política institucional que assegure a

capacitação de professores para atuarem de forma integrada, articulando os

conteúdos da Base Nacional Comum com os da Base Técnica de Formação

Específica, envolvendo também os demais profissionais que atuam no curso,

estabelecendo a Escola também como espaço formativo do professor.

Considerando que a concepção educacional passa pelo entendimento do

ensino integrado, deve-se garantir a participação dos profissionais em cursos que

abordem tal concepção, bem como promovê-los e oferecer materiais necessários,

pois, para garantir que a escola seja um ambiente culturalmente rico, é preciso

equipá-la com livros atualizados e recursos audiovisuais, laboratórios, tecnologias,

etc.

Aperfeiçoar o educador deverá ser um modo de auxiliá-lo a adquirir uma

atitude crítica frente ao mundo, de tal forma que o habilite a agir junto a outros seres

humanos, num processo efetivamente educativo, orientando o desenvolvimento

integral do educando.

A proposta desta Escola é também a de agregar o máximo possível a hora

atividade dos professores por área e série, de forma que se possa utilizar e otimizar

tais horários para o aprofundamento das discussões iniciadas com a construção

deste Projeto Político Pedagógico, e de outras que possam surgir durante o ano

letivo, tal como o processo ensino-aprendizagem, o espaço-tempo, áreas do

conhecimento, dificuldades de aprendizagem, encontrada por alguns alunos, etc.

Os temas a serem debatidos são variados, podendo se partir dos problemas

emergentes do cotidiano ou de temas educacionais mais amplos. Em qualquer um

dos casos, é necessário que este trabalho ajude a equipe a relacionar o projeto

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específico da escola e a prática na sala de aula, integrando as questões particulares

no todo e vice-versa. É fundamental que todas as discussões realizadas resultem

em propostas de ações, portanto, os registros deste trabalho são importantes

instrumentos para pensar e avaliar a prática educativa.

Outra questão que vem sendo tratada na e em forma de formação

continuada do professor, dada a sua importância, é a busca da superação entre

teoria e prática, quando a Escola tem buscado espaços para, junto ao seu corpo

docente, ler , analisar, relacionar e utilizando-se das Diretrizes Curriculares do

Estado do Paraná, interpretando-as e utilizando o currículo por disciplina,

possibilitando aos técnicos e professores uma maior interação favorecendo a

interdisciplinaridade e consequentemente maior aproveitamento pelos alunos ao

momento que fizerem a relação entre o saber e o fazer. A relação teoria e prática

permite entender a teoria como uma luz na escuridão, que ilumina, a cada momento,

um novo ângulo e de modo diferente, nos permitindo decifrar o espaço à nossa

volta, entendê-lo e compreende-lo. Como disse Frei Beto: “ a prática é, em última

instância, quem faz e refaz a teoria”, o professor de uma instituição de Educação

profissionalizante precisa aprender a fazer esse caminho, e para isso temos

procurado abrir espaços e antecipar estudos e discussões. Assim como a teoria é

feita de conceitos que são abstrações da realidade, a prática, em nosso

entendimento, é a construção da própria realidade. Portanto, na medida em que

voltamos nossos esforços na formação continuada, teórica e prática do professor é

por acreditarmos que esse profissional o quanto mais preparado mais contribuirá

para melhorar a qualidade da educação, visto que são as transformações das

pessoas que irão gerar as transformações sociais.

Conceber a formação continuada do professor é garantir também sua

participação de forma efetiva e qualitativa no projeto educativo da escola, uma vez

que essa participação decorre em grande parte de como acontece a produção e o

intercâmbio cultural no interior da Escola. São grandes os desafios que o

profissional da educação enfrenta em seus dia a dia, mas manter-se atualizado e

desenvolver práticas pedagógicas eficientes é um dos maiores, e para que isso se

efetive, a escola, a equipe pedagógica e de direção, todos devem buscar espaços e

formas, em todos os momentos.

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Além das oportunidades internas, há ainda diversos momentos

oportunizados pela Secretaria de Estado da Educação, através do Núcleo Regional

de Educação em forma de: encontros itinerantes, grupos de estudos, Semanas

Pedagógicas as quais acontecem semestralmente, no início dos períodos letivos.

Um bom acervo de livros, vídeos, periódicos, jornais, revistas, CDs, DVDs,

etc..., é outra forma de mantermos os professores atualizados e motivados para

novas metodologias e novos encaminhamentos com fundamentação consciente e

consequente de sua prática docente.

Por fim, acreditamos que aliada a uma boa graduação, é essencial a

atualização e formação continuada em todo processo de atuação do profissional da

educação, ou seja, há a necessidade da permanente construção, desconstrução e

reconstrução do saber.

ORGANIZAÇÃO CURRICULAR INTEGRADO

O curso Técnico em Agropecuária na modalidade Integrado, privilegia a

organização curricular seriada, disciplinar e por conteúdos, composto pelas

disciplinas da base nacional comum e de formação específica, sendo ministrado em

tempo integral, com oferta em 3 anos e carga horária de 6.480 horas/aula, incluindo

o estágio orientado. Segue em anexo matriz curricular aprovada pelo CEE.

O curso Técnico em Meio Ambiente de nível médio, modalidade Integrado,

presencial, privilegia a organização curricular seriada, disciplinar e por conteúdos,

com quatro anos de duração.

ORGANIZAÇÃO CURRICULAR SUBSEQÜENTE

O curso Técnico em Agropecuária na modalidade Subsequente privilegia a

organização curricular semestral, disciplinar e por conteúdos, composto pelas

disciplinas de formação específica, e será ministrado em tempo integral com oferta

em três semestres e carga horária de 3.360 horas/aula, incluído o Estágio Orientado.

Segue em anexo matriz curricular aprovada pelo Conselho Estadual de Educação.

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O curso Técnico em Meio Ambiente, na modalidade subsequente, privilegia

a organização curricular semestral, disciplinar e por conteúdos, compostos pelas

disciplinas de formação específica, e será ministrado no período noturno, com oferta

em três semestres e carga horária de 1.480 horas/aula, incluído o Estágio Orientado.

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10. GESTÃO DEMOCRÁTICA

A partir de uma concepção de Gestão Democrática, o compromisso é de

trabalhar pela melhoria do ensino e pela democratização da escola, atendendo

às necessidades e propostas da comunidade escolar. Levando-se em

consideração que a escola é o local de partilha do conhecimento visto que, a

forma de inclusão de qualquer ser humano no contexto social, nos processos de

produção e dos bens culturais, é o conhecimento democratizado.

Conscientes de que a escola faz parte de um contexto maior, porém, inserida

numa comunidade concreta, cuja população tem expectativas a serem levadas

em conta, a comunidade escolar é chamada a participar na tomada de decisões,

ampliando os canais de participação através de suas instâncias.

O Diretor é o grande articulador das ações de todos os segmentos, o

condutor de projetos, aquele que prioriza as questões pedagógicas e que busca

motivar a todos na construção do trabalho educativo, estabelecendo relações

mais flexíveis e menos autoritárias entre educadores e educandos, de forma que

todos sintam-se responsáveis e comprometidos com as ações e pelas ações da

escola.

Visando melhorias, busca-se explorar possibilidades, respeitar e expandir

limites, estabelecer alianças e parcerias. Em conjunto, trabalha-se para resolver

mais adequadamente problemas como a democratização do acesso, a

permanência do aluno com sucesso durante todo o processo educativo, afim de

diminuir os níveis de reprovação e evasão, combatendo direta e incansavelmente

através de ações e medidas adequadas e imediatas. E num processo de diálogo

e alteridade, com base participativa de todos os segmentos da comunidade e do

colegiado é que se media a tomada de decisões e garante o acesso ao ensino

integrado.

Fazem parte do processo coletivo da Gestão Democrática:

Conselho Escolar é um órgão ligado à Direção, cujo objetivo é

discutir e auxiliar no desenvolvimento da escola. Visa a qualidade de

ensino através de uma educação transformadora que prepare o aluno

para o exercício pleno da cidadania.

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O Conselho Escolar é constituído por representantes dos segmentos

da comunidade escolar.

É um conselho que se coloca bem atuante e participativo dentro do

Colégio, auxiliando nas tomadas de decisões, na análise de questões

do interesse de alunos, professores, funcionários e equipe diretiva. As

reuniões acontecem a cada dois meses, ordinariamente, conforme

regimento próprio, ou extraordinariamente de acordo com a

necessidade do Colégio, sempre nas dependências da escola e são

abertas a todos os pais.

A Associação de Pais, Mestres e Funcionários é um órgão

formado não somente por pais, mas também com a participação de

toda a comunidade escolar, onde aqueles envolvidos no processo são

igualmente responsáveis pelo sucesso da educação. Objetiva dar

apoio à Direção, primando pelo entrosamento entre pais, alunos,

professores, funcionários e toda a comunidade, através das

atividades sócio-educativas, culturais e desportivas.

A APMF é regida por estatuto próprio. Os membros, eleitos por

processo democrático de voto direto.

O Grêmio Estudantil : Se pretendemos formar pessoas

capazes de assumirem papéis relevantes na sociedade

contemporânea com capacidade para provocar e/ou operacionalizar a

mudanças necessárias, e não apenas como coadjuvante; se

queremos pessoas que se auto -determinem, se auto-organizem,

sejam empreendedoras e tenham a capacidade de serem donas de

seus próprio destinos, com autonomia e discernimento, é fundamental

que a Escola dê aos seus estudantes espaço para essa auto-

organização, para as suas primeiras discussões, pois se isto não for

uma prática em nossa juventude, não teremos, no futuro próximo,

cidadãos de direito e

de deveres, capazes de buscarem as soluções necessárias aos

problemas presentes e futuros. O Grêmio estudantil, é a instância

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64

privilegiada para que os estudantes exercitem a participação e a

democracia, no ambiente escolar, o qual deverá estar representado,

por estudantes deste Estabelecimento de Ensino, conforme estabelece

a Lei nº 14436 de 22/06/2004, publicada no Diário Oficial nº 6756 de

23/06/2004, a qual assegura aos estabelecimentos de Ensino

Fundamental e Médio a organização de grêmios estudantis, como

entidades autônomas, representativas dos interesses dos estudantes,

com finalidades educacionais, culturais, cívicas, desportivas e sociais.

O grêmio estudantil deste Estabelecimento de Ensino, que atua de

forma consciente e organizada como órgão colegiado representativo de

todos os alunos regularmente matriculados, têm suas funções claras e

bem desempenhadas, cuja constituição é composta pelos seguintes

componentes, os quais foram eleitos por voto direto, através de

processo eletivo e democrático.

O Conselho de Classe é o órgão coordenador e avaliador da ação

educacional da escola. Composto por professores, técnicos, equipe

pedagógica, direção, equipe técnico-administrativa, e demais

representantes da comunidade escolar, o Conselho de Classe,

estabelece critérios para os trabalhos de acompanhamento,

avaliação e recuperação dos educandos, bem como discute a

prática pedagógica adotada na escola. Este conselho reúne-se

ordinariamente durante cada bimestre, com registro em ata, de

acordo com o Regimento Escolar.

O Centro Estadual de Educação Profissional Lysímaco Ferreira da Costa,

desenvolveu a partir de 2008, o projeto Conselho de Classe Participativo, no

qual resultou em mudanças na realização do mesmo. Esse formato de

Conselho Classe, inicia-se pelo Pré-Conselho o qual é feito com a participação

de alunos e o professor orientador da turma, onde os alunos relatam os

problemas vivenciados pelos alunos da turma.

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65

11. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

A avaliação do Projeto Político Pedagógico deste estabelecimento de ensino

perpassa pela análise diagnóstica do Curso Técnico em Agropecuária e Técnico em

Meio Ambiente nas modalidades Integrado e Subseqüente. As formas de avaliação

são diferenciadas oportunizando construir, refletir e debater, centrando as

discussões na perspectiva da construção da aprendizagem de qualidade para todos

os alunos. Esta avaliação envolverá os diversos segmentos da escola, será

constante e terá como estratégias:

Reuniões para análise da compatibilidade do currículo com o

planejamento;

Análise dos dados de aprendizagem/aproveitamento escolar;

Atualização dos conhecimentos por parte dos docentes;

Participação dos docentes em simpósios, encontros, cursos, entre outros

eventos;

Adequação curricular exigida de mercado;

Rastreamento, de alunos egressos, no mercado de trabalho;

Acompanhamento e avaliação de estágios externos.

PROJETOS DESENVOLVIDOS

Considerar o aluno como pessoa em desenvolvimento biopsicossocial é ponto

de partida para que a escola proponha atividades que atendam essas necessidades

na elaboração dos conhecimentos científicos, na formação de valores e na

construção da cidadania.

Diante dessa idéia, várias ações didático-pedagógicas são oferecidas aos

alunos, dentre elas, destacam-se:

Projeto Valores Humanos:

Objetivo: Encorajar o comprometimento pessoal, seguido de plano de ação,

visando às dimensões moral e ética, como forma de despertar a consciência para

os direitos e responsabilidades.

Projeto Cidadania Consciente:

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Objetivo: Valorizar a vida, a saúde, o bem estar, adotando ações de prevenção

ao abuso de álcool e outras drogas, como também, decidindo sobre a vivência

saudável e responsável de sua sexualidade.

Projeto Viver:

Objetivo: Desenvolver atitudes e hábitos saudáveis de respeito, de cidadania,

solidariedade, responsabilidade, leitura e reflexão, como forma de aumentar a auto-

estima, o convívio social e o sucesso nos estudos.

Projeto de Combate à Violência Moral (Bulling):

Objetivo: Repudiar qualquer forma de violência, em questão - a moral - por

compreender que a escola, além de um local de ensino, é uma escola cidadã, de

respeito aos direitos e deveres, de solidariedade e cooperação.

Projeto Proteção do Meio Ambiente:

Objetivo: Debater as questões sociais e ambientais da comunidade,

percebendo como ela se relaciona com o mundo, bem como, introduzir formas

alternativas de sustentabilidade.

Projeto Silvicultura

Objetivo: Produção de mudas de espécies florestais nativas para recuperação

de matas ciliares, além de funções didáticas para o aprendizado dos alunos.

Gincana Cultural e Desportiva:

Objetivo: Despertar o espírito de equipe na realização de tarefas culturais,

esportivas, intelectuais, artísticas e recreativas, desenvolvendo a liderança, a

criatividade e a cooperação.

Festa Junina:

Objetivo: Valorizar as tradições e festas populares e participar de momentos de

confraternização e de integração entre o corpo docente e discente.

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Projeto de Hortas Escolares:

Objetivo: Levar conhecimentos específicos sobre a importância da criação de

hortas escolares nas Escolas Públicas Municipais do Município de Rio Negro, como

forma de melhoria e enriquecimento da merenda escolar e como conhecimento que

todos os alunos poderão levar e disseminar em suas famílias, melhorando a

qualidade de vida da população.

Participação em PROJETOS e CAMPANHAS:

Patrulha Escolar

Projeto FERA COM CIÊNCIA

JOCOPs

Projeto: Segundo Tempo

Aulas de violão.

Aulas de capoeira

Aulas de dança

Conquistando a Universidade ( Preparatório para o vestibular) (Viva Escola)

Projeto de Informática (Viva Escola)

Projeto de Jogos Cooperativos (Viva Escola)

Projeto “Xadrez na Escola”

Feiras do Conhecimento

Projeto “Hortas Escolares”.

Visitas

Museus

Mostras e exposições

Espetáculos de dança - Teatro Guaíra

Centro Paranaense de Referência em Agroecologia

Universidade do Litoral

Centro de Ciências e ....

Propriedades Rurais referenciadas

Cooperativas Agrícolas

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Agroindústrias

Participação em “Dias de Campo”

EVENTOS DO COLÉGIO:

II Seminário da Juventude do Campo

Feira do Conhecimento

Festa Junina

Concurso do Garoto e Garota “Lysimaco”

Agro Arte e Ciência

CURSOS:

Segurança no Trabalho; (Sesi)

Bovinocultura (Senar)

Agricultura Familiar (Senar)

Artesanato (Senar)

Agrotóxicos (Senar)

Paraná Orgânico ( Seab)

Palestras

Palestras de formação para pais, alunos, professores e funcionários.

Reuniões individuais com pais para o acompanhamento do desempenho escolar

Reuniões com a comunidade escolar.

Palestras relacionadas à área de formação técnica: Apicultura, Segurança no

Trabalho Rural, Cooperativismo, Aquecimento Global, DST, Sustentabilidade,

Agroecologia, Empreendedorismo,

A educação que é a preparação de cada ser humano para a vida em

sociedade, deve ser acessível a todos, oportunizando o crescimento intelectual dos

alunos para a sua formação e que possibilite a compreensão dos conhecimentos

historicamente elaborados. Para isso deve existir uma escola autônoma,

participativa, inclusiva e que forme indivíduos críticos, responsáveis, participativos,

atuantes, conscientes, capazes, transformadores e aptos a exercerem a sua

cidadania.

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12. REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica.

Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Médio.- Brasília: Ministério da Educação/

Secretaria da Educação Média e Tecnológica, 1999.

CADERNOS TEMÁTICOS: AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL. Thelma Alves de Oliveira

et al. – Curitiba: SEED – PR, 2004.

ENSINO MÉDIO INTEGRADO: CONCEPÇÕES E CONTRADIÇÕES.Gaudêncio

Frigotto, Maria Ciavatta, Marise Ramos (orgs.). – São Paulo: Cortez, 2005.

PILETTI, Nelson. Estrutura e Funcionamento do Ensino Médio. Ática. São Paulo,

2006.

PUSCH, Jaime. Ética e Responsabilidade Profissional. Cadernos do CREA PR n. 01

– 2a. Edição. Curitiba, 2005.

SEVERINO, Antonio Joaquim: O Projeto Político Pedagógico: a saída para a escola.

Revista da AEC. Brasília, v.27, nº 107, p.81 – 91, abr/jun/1998.

RIO NEGRO: ASPECTOS GERAIS. Prefeitura de Rio Negro PR/ Secretaria de

Turismo e Cultura. Rio Negro PR, 2005.

ÁLVARES , Méndez:, J. M., Avaliar para conhecer Examinar para excluir.Porto

Alegre: Artmed Editora, 2002.

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MATRIZES CURRICULARES DO CURSO TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA:

Matriz Curricular – INTEGRADO AGROPECUÁRIA (EM FASE DE CESSAÇÃO)

DISCIPLINAS 1ª 2ª 3ª

Nº. total

horas/aula

BASE

NACI

ONAL

COM

UM

1 LINGUA PORTUGUESA 4 4 4 480 2 ARTES 2 80 3 EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2 240 4 MATEMÁTICA 4 4 4 480 5 FÍSICA 2 2 2 240 6 QUÍMICA 2 2 2 240 7 BIOLOGIA 3 2 3 320 8 HISTÓRIA 2 2 2 240 9 GEOGRAFIA 2 2 2 240 10 L. E. M.- INGLÊS 2 2 160 11 FILOSOFIA 2 80 12 SOCIOLOGIA 2 80

Sub - Total 25 24 23 2880

FOR

MAÇ

ÃO

ESPE

CÍFIC

A

13 ADMINISTRAÇÃO E

ECONOMIA RURAL

2 2 160

14 AGROINDÚSTRIA 2 2 160 15 SOLOS 2 2 160 16 ZOOTECNIA 2 2 2 240

17 CRIAÇÕES 3 3 3 360 18 HORTICULTURA 2 2 2 240 19 MECANIZAÇÃO AGRÍCOLA 2 2 160 20 PRÁTICA AGROPECUÁRIA 8 5 5 720

21 CULTURAS 2 2 3 280 22 IRRIGAÇÃO E DRENAGEM 2 80 23 TOPOGRAFIA 2 80

24 CONSTRUÇÕES E

INSTALAÇÕES RURAIS

2 80

25 EXTENSÃO RURAL 2 80 26 AGROECOLOGIA 2 80 27 FRUTICULTURA 2 80

28

INFORMÁTICA APLICADA À

AGROPECUÁRIA

2 2

160

Sub - Total 25 26 27 3120

TOTAL 50 50 50 6000

ESTAGIO ORIENTADO 480

Total geral de horas do curso 6480

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Matriz Curricular – SUBSEQUENTE AGROPECUÁRIA (EM FASE DE

CESSAÇÃO)

DISCIPLINAS 1º S 2º S 3º S

nº total

horas/aula

1 ADMINISTRAÇÃO E ECONOMIA

RURAL

4 4 - 160 2 AGROINDÚSTRIA - 4 4 160 3 SOLOS 4 4 - 160 4 ZOOTECNIA 4 4 4 240

5 CRIAÇÕES 6 6 6 360 6 HORTICULTURA 4 4 4 240 7 MECANIZAÇÃO AGRÍCOLA 4 4 - 160 8 PRÁTICA AGROPECUÁRIA 10 8 6 480

9 CULTURAS 4 4 6 280 10 IRRIGAÇÃO E DRENAGEM - - 4 80 11 TOPOGRAFIA - 4 - 80

12 CONSTRUÇÕES E INSTALAÇÕES

RURAIS

-

-

4

80

13 EXTENSÃO RURAL - - 4 80 14 AGROECOLOGIA - - 4 80 15 FRUTICULTURA - - 4 80

16

INFORMÁTICA APLICADA À

AGROPECUÁRIA

4

4

- 160

17

MATEMÁTICA APLICADA À

AGROPECUÁRIA 3 - - 60

18 INICIAÇÃO CIENTÍFICA 3 - - 60

Sub - Total 50 50 50 3000

19 ESTAGIO ORIENTADO 360

TOTAL 3360

Total geral de horas/Rel. do curso 2800

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Técnico em Agropecuária Integrado ( Implantação gradativa)

Matriz Curricular

Estabelecimento:

Município:

Curso: TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA

Forma: Integrada Implantação gradativa a partir do ano:

Turno: Período Integral

Módulo: 40 Organização: Seriada

DISCIPLINAS

SÉRIE

hora1ª T P 2ª T P 3ª P

T P T P T P

1 2 2 2 240 200

2 AGROINDÚSTRIA 2 80 67

3 ARTE 2 2 160 133

4 BIOLOGIA 2 2 2 240 200

5 EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2 240 200

6 FILOSOFIA 2 2 2 240 200

7 FÍSICA 2 2 2 240 200

8 FUNDAMENTOS DE AGROECOLOGIA 2 2 160 133

9 GEOGRAFIA 2 2 2 240 200

10 HISTÓRIA 2 2 2 240 200

11 HORTICULTURA 1 2 2 2 280 233

12 INFRAESTRUTURA RURAL 2 2 160 133

13 LEM: INGLÊS 2 80 67

14 3 3 3 360 300

15 MATEMÁTICA 3 3 3 360 300

16 PRODUÇÃO ANIMAL 2 2 3 3 400 333

17 PRODUÇÃO VEGETAL 1 2 3 3 360 300

18 QUÍMICA 2 2 2 240 200

19 SOCIOLOGIA 2 2 2 240 200

20 SOLOS 2 2 2 240 200

TOTAL34 6 40 0 40 0

4800 286740 40 40

ESTAGIO SUPERVISIONADO 2 2 160 133

Carga horária: 4800 horas/aula – 4000 horas mais 133 horas de Estágio Supervisionado

hora/ aula

ADMINISTRAÇÃO E EXTENSÃO RURAL

LINGUA PORTUGUESA E LITERATURA

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13. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DO CURSO TÉCNICO EM

AGROPECUÁRIA – CONFORME ORDEM NA MATRIZ CURRICULAR.

AGROINDÚSTRIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA:

O setor agroindustrial brasileiro não se diferencia dos demais setores da

economia, onde poucas empresas dominam a cadeia produtiva atual. Este modelo

industrial se fez surtir em nível de propriedade rural, especialmente a pequena e a

média, cuja produção dos chamados produtos coloniais era a base da economia,

especialmente embutidos, defumados, conservas e compotas. No entanto, todo este

conhecimento adquirido vem se perdendo ao longo dos anos.

Neste aspecto, a disciplina de Agroindústria tem como principal

responsabilidade a recuperação deste conhecimento, capacitando o Técnico em

Agropecuária para orientar, além da parte produtiva, a transformação dos produtos

de origem animal e vegetal. Ou seja, ele será um agente do fomento da

agroindústria familiar rural. Esta ação se insere em um ambiente favorável, através

dos programas de incentivo à agroindústria familiar rural, realizados pelo governo do

estado, especialmente através da associação de produtores.

A disciplina visa produzir um conhecimento efetivo, de significado próprio, que

busque a interdisciplinaridade e contextualização e que seja parte essencial na

formação cidadã de sentido universal, e não somente no sentido profissionalizante.

Neste sentido, a disciplina procura apresentar uma proposta que propicie não

somente o conhecimento técnico, mas um aprendizado útil para a vida e ao trabalho,

no qual o conhecimento, as competências, as habilidades e os valores

desenvolvidos sejam instrumentos reais de aprendizagem.

Igualmente conscientizar o aluno a compreender a importância da

agroindústria familiar rural como forma de agregar valores, contribuindo na

permanência da família no meio rural. Motivar os estudantes a aproveitar tudo o que

se produz no meio rural e na busca de novos subprodutos, que irão contribuir para

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aumentar a renda familiar. Finalmente trabalhar os estudantes com a diversidade

cultural alimentar regional, para a melhoria da qualidade de vida dos integrantes da

família rural.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

Indústria rural: importância sócio-econômica; fundamentos de higiene e

sanitização para manipulação dos alimentos, noções da conservação e

armazenamento, noções de processamento e industrialização, legislação aplicada a

produtos de origem animal e vegetal, serviços de inspeção municipal, estadual e

federal.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:

1º BIMESTRE

Introdução à agroindústria de alimentos

Noções de microbiologia dos alimentos e doenças veiculadas por alimentos

Boas práticas de manipulação de alimentos:

Qualidade da água

Controle de pragas

Higiene e comportamento pessoal

Higiene do ambiente, das superfícies, utensílios e equipamentos

2º BIMESTRE

Tecnologia e processamento de produtos de origem vegetal:

Obtenção higiênica da matéria prima

Princípios da conservação de vegetais

Tecnologia do processamento mínimo de hortaliças

Caracterização e processamento de plantas condimentares e

aromáticas

Tecnologia e processamento para a desidratação de frutas e

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hortaliças

Tecnologia e processamento de frutas e hortaliças apertizadas

Tecnologia e processamento de polpas e néctares

Tecnologia e processamento de geléias e doces em massa

Tecnologia e processamento de produtos de carnes e derivados

3º BIMESTRE

Tecnologia e processamento de produtos de carnes e derivados:

Estrutura dos músculos e tecidos anexos

Caracterização e composição química das carnes

Abate humanitário das espécies domésticas

Transformação do músculo em carne

Cortes cárneos

Rendimento do abate

Refrigeração e congelamento

Maturação e cura das carnes

Elaboração de produtos derivados, embutidos e defumados

Tecnologia do pescado:

Características gerais do pescado

Composição química e alterações post mortem

Resfriamento e congelamento

Noções de processamento de pescado

4º BIMESTRE

Tecnologia de ovos: características e aspectos nutricionais do ovo e

classificação

Tecnologia do mel:

Composição química do mel

Noções de processamento do mel

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Análise para detecção de fraudes

Tecnologia do leite e derivados:

Obtenção higiênica da matéria prima

Composição química do leite

Características organolépticas

Microbiologia do leite

Análises do leite

Pasteurização: recepção, controle de qualidade, classificação e

padronização, homogeneização, envase e armazenamento

Tecnologia e processamento da manteiga

Tecnologia e processamento de queijos

Tecnologia e processamento de iogurte e bebida láctea

Tecnologia e processamento do doce de leite

Legislação aplicada a produtos de origem animal e vegetal

METODOLOGIA:

Considerando tratar-se de disciplina técnica, ela será desenvolvida através de

aulas teóricas e práticas.

As aulas teóricas se destinam a fornecer o embasamento necessário para ser

aplicado nas aulas práticas. Para isto serão utilizadas aulas expositivas com

recursos áudio-visuais, como TV Pen Drive, retro projetor, DVDs, programas

educativos da TV Paulo Freire, quando necessários. Além disso, serão utilizados

revistas, periódicos e artigos pertinentes aos temas.

A revisão geral de conhecimentos será realizada através de uma mesa

redonda, onde os alunos poderão debater e tirar as dúvidas referentes aos assuntos

que serão tratados na prova bimestral.

As aulas práticas se destinam ao aprimoramento do técnico, onde os alunos

poderão exercitar os conhecimentos adquiridos nas aulas teóricas. Serão

desenvolvidas nas rotinas diárias da Agroindústria e através de visitas técnicas em

indústrias ou propriedades onde se processem alimentos de origem animal e

vegetal.

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AVALIAÇÃO:

Os alunos serão avaliados através de relatórios das aulas práticas, bem como

através de uma prova bimestral escrita, com os conteúdos trabalhados ao longo de

cada bimestre, além de uma avaliação individual por parte do professor,

considerando a participação e frequência de cada aluno e o interesse demonstrado

ao longo das atividades práticas.

Além disso, será realizada uma recuperação paralela no caso do aluno não

atingir as médias mínimas necessárias, proporcionadas através de uma nova

avaliação escrita, visando recuperar o aprendizado.

BIBLIOGRAFIA BÁSICA:

BRESSAN, Maria C. ABREU, Luiz Ronaldo. Os alimentos de Origem Animal.

Lavras: UFLA/FAEPE, 1999. 65p.

VALLE, Roberta H. P. CARVALHO, Eliana P. Controle de Qualidade Relacionado

aos Alimentos. Lavras: UFLA/FAEPE, 1999. 137p.

ABREU, Luiz Ronaldo. Tecnologia de Leite e Derivados. Lavras: UFLA/FAEPE,

1999. 215p.

ORDÓNES, Juan A. Tecnologia de Alimentos Volume 1. Porto Alegre: Artmed,

2005. 294p.

ORDÓNES, Juan A. Tecnologia de Alimentos Volume 2. Porto Alegre: Artmed,

2005. 279p.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Departamento de

Ensino Profissional: Livro Público Didático Biologia. 2006. 272p.

Sites de Interesse:

http://www.ctaa.embrapa.br

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78

http://www.emater.pr.gov.br

http://www.portaldoagronegocio.com.br

http://www.paginarural.com.br

ARTE

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A arte tem importância em si mesma, como assunto objeto de estudo, devido a

função que ocupa na vida das pessoas e na sociedade, o que a torna um dos fatores

essenciais no processo de humanização do homem, pois este, como criador, se

transforma e transforma a natureza, produzindo novas maneiras de ver e de sentir.

A arte desenvolve no aluno a percepção e a sensibilidade através do trabalho

criador, da aproximação dos conhecimentos artísticos e do contato com a produção

cultural existente.

É fundamental que, através da disciplina Arte, os alunos possam dar

continuidade aos conhecimentos práticos e teóricos sobre arte, apreendidos em

níveis anteriores em sua vida cotidiana, ampliando assim, seus saberes sobre

produção, apreciação e história expressas em música, artes visuais, teatro e

também artes audiovisuais.

METODOLOGIA

Os assuntos trabalhados deverão ser contextualizados, os métodos educativos

e pedagógicos conduzirão os alunos a apreciarem e analisarem os conteúdos de

arte. Os encaminhamentos visarão ajudar os alunos na apreensão viva e

significativa de noções e habilidades culturais em arte.

São a respeito de produções artísticas pessoais e apreciações estéticas ou

análises mais críticas de trabalhos em arte, nas diversas modalidades (artes visuais,

música, teatro, artes audiovisuais).

Replanejar o trabalho a partir dos resultados apresentados pelos alunos,

organizar o roteiro (tempo, espaço, material) para atender as diversidades da classe.

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Articular os conteúdos com a realidade, criar situações para que os alunos se

conscientizem de seus progressos e dificuldades. Promover debates com o objetivo

de estimular o desenvolvimento do espírito crítico do aluno e também desenvolver a

linguagem e a fluência verbal.

Atuar, observar e criticar são ações fundamentais para a formação da

personalidade do aluno, nas quais adquire ao mesmo tempo domínio da linguagem

gestual e verbal.

AVALIAÇÃO

Os trabalhos realizados pelos alunos tais como: textos, relatórios, desenhos,

composição com gravuras, fantoche e outros, serão avaliados quanto a

apresentação estética, organização, criatividade, limpeza da obra, conteúdo. A

avaliação será organizada com a soma de todos estes elementos fechando uma

nota para cada atividade realizada, também será feita uma auto-avaliação com a

turma.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

História da Arte; Estudo sobre os fatos; Produção e função do fato artístico; A

história no fato artístico: visual, musical, cênica, cultura geral; o folclore brasileiro,

com ênfase em aspectos regionais; festas juninas e festas populares em geral;

origami (dobradura de papel); reciclagem de papel; Dramatização de declamatória;

Improvisação de temas do dia-a-dia (incêndio, bombardeio, naufrágio, os cegos,

procissão, feira, leilão, enterro, casamento e espetáculos em geral); Danças e

folguedos; Sessões culturais (murais varais literários, exposições de objetos de

arte); Concursos de poesia, canto e teatro; Concurso de charadas; Escultura (em

madeira, pedra, argila e ferro); Definição de interpretação de uma peça através da

mímica; Teatro de sombras (slide, papel transparente, nylon, celofane, celulóide);

Teatro de fantoches;Teatro de máscaras; Jornal falado; Coral falado; Música;

Topônimos; Festejos agropecuários regionais–aspectos sócio-culturais.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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80

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio. Arte.

2006. 336p.

_____________________________________. Departamento de Ensino Médio.

Diretrizes Curriculares de Arte. 2005. 14p.

BIOLOGIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

No mundo atual, a exploração indevida da natureza pelo homem e a

hipertrofia da sociedade de consumo vêm acarretando alterações profundas e

drásticas na biosfera. Tal situação está criando um estado de alerta em relação a

dois grandes problemas de nosso tempo: a poluição e a degradação da natureza.

Esses problemas vêm ocupando cada vez mais a atenção de cientistas, educadores,

políticos e da população em geral. Desse modo, a Biologia está exercendo um papel

extremamente importante dentro do conjunto do conhecimento humano.

Verifica-se que os diferentes setores da sociedade vêm, aos poucos, se

conscientizando de seus papéis e de suas responsabilidades na preservação da

natureza. Em seu livro “Antes que a natureza morra”, o professor Jean Dorst

assinala: “... é necessário, no fundo, reconciliar o homem com a natureza, persuadi-

lo a assinar um novo pacto com ela, pois ele será o primeiro beneficiado. Esse

problema deve ser resolvido globalmente; sua solução permitirá a sobrevivência do

mundo selvagem numa parte do planeta e, simultaneamente, permitirá que o homem

recupere o equilíbrio material e moral que atualmente está faltando. Fará também

com que possa realizar seu próprio destino e preservar, nas melhores condições, um

patrimônio cultural que só a ele pertence.”

Dentro de tal contexto, o conhecimento da Biologia, com todas as suas

divisões, é de fundamental importância no contexto atual e, de modo específico,

num curso técnico em agropecuária onde, na busca da formação do homem,

espera-se, através dela, a reconciliação do homem com o meio onde vive.

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É objeto de estudo da Biologia o fenômeno vida em toda a sua diversidade de

manifestações. Esse fenômeno se caracteriza por um conjunto de processos

organizados e integrados, quer no nível de uma célula, de um indivíduo ou ainda de

organismos no seu meio. As diferentes formas de vida estão sujeitas a

transformações que ocorrem no tempo e no espaço, sendo, ao mesmo tempo,

transformadas e transformadoras do ambiente.

O conhecimento do campo da Biologia deve subsidiar a análise e reflexão de

questões polêmicas que dizem respeito ao desenvolvimento, ao aproveitamento de

recursos naturais e a utilização de tecnologias que implicam em intensa intervenção

humana no ambiente, levando-se em conta a dinâmica dos ecossistemas, dos

organismos, enfim, o modo como a natureza se comporta e a vida se processa.

Cabe ressaltar qual é o papel da ciência e da sociedade como pontos

articuladores entre e realidade social e o saber científico. Cabe aos seres humanos,

enquanto sujeitos históricos atuantes num determinado grupo social, reconhecerem

suas fragilidades e buscarem novas concepções sobre a natureza que os levem a

quebrar esses paradigmas impostos pelo modo de produção capitalista. É preciso

que esses sujeitos percebam que sua sobrevivência, enquanto espécie, depende do

equilíbrio e do respeito a todas as formas de vida que fazem de nosso planeta, o

maior ser vivo conhecido.

Assim sendo, o ensino da Biologia deve contemplar as seguintes

competências e habilidades:

-DESENVOLVER nos educandos o entendimento dos conteúdos de Biologia em

continuidade aos conhecimentos por eles adquiridos no ensino fundamental;

-PROMOVER a interdisciplinaridade dos conteúdos de Biologia com os conteúdos

das demais áreas do conhecimento, possibilitando uma visão mais ampla do meio

no qual está inserindo e dos fenômenos que nele ocorrem;

-APRIMORAR nos alunos o senso de observação dos fenômenos biológicos em

situações do cotidiano, de modo específico na sua área de formação, justificando-os

frente aos conhecimentos desenvolvidos na disciplina;

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-INSTRUMENTALIZAR o educando na busca de soluções para os problemas que

envolvam os conhecimentos de Biologia, de forma crítica, científica e criativa;

-DESENVOLVER no educando noções básicas de ética e cidadania, por meio de

trabalhos diversos realizados intra e extra-classe e referendados nos temas

transversais propostos pela atual LDB;

-DIRECIONAR o processo ensino-aprendizagem à preparação dos educandos para:

a) o mercado de trabalho no setor primário da economia nacional; b) à

implementação de projetos de pesquisa dentro do rigor do método científico; c) à

comunicação dos resultados de sua pesquisa, dentro dos padrões estabelecidos

pelas normas técnicas vigentes e d) à continuidade de seus estudos no terceiro

grau, se esta for sua opção.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ORGANIZAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DOS SERES VIVOS:

-Organização celular e molecular;

-Divisão celular;

-Histologia

-Os seres vivos e o ambiente

-Programa de saúde

BIODIVERSIDADE:

-Biomas terrestres e aquáticos

-Ecossistemas

-Ciclos biogeoquímicos

-Desequilíbrio ambiental urbano e rural

PROCESSO DE MODIFICAÇÃO DOS SERES VIVOS:

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-Origem e evolução da vida

-Origem das espécies

-Genética

-Embriologia

-Fisiologia comparada

IMPLICAÇÕES DOS AVANÇOS BIOLÓGICOS NO CONTEXTO DA VIDA:

-Ciência e saúde

-Pesquisas científicas biológicas

-Bioética

-Biotecnologia

METODOLOGIA

Por se tratar de um curso de ensino médio, com formação técnica, serão

desenvolvidos com os alunos os conhecimentos sistematizados pelo homem no

decorrer de seu processo de evolução, procurando relacionar tais conteúdos, com

aqueles desenvolvidos nas disciplinas técnicas do curso.

O desenvolvimento desses conteúdos em sala de aula, obedecerá ao

cronograma definido nesse documento, que por sua vez, obedece à ementa de

conteúdos solicitada pela Secretaria de Educação do Estado do Paraná. Alterações

são possíveis e são prováveis, em função do grau de dificuldade de cada tópico

proposto, do comprometimento da comunidade escolar, das características

particulares do curso, da turma e/ou de cada educando.

As aulas serão, em sua maioria, expositivas e dialogadas. Sempre que

possível e/ou necessário, diferentes recursos e estratégias serão empregados, tais

como os recursos audiovisuais (retroprojetor, vídeo, DVD, Internet, etc.), além do

material didático e paradidático; acervo da biblioteca do professor; Portal Dia-a-dia

da Educação; o Plano Político Pedagógico (PPP) do CEEP. Também dentro das

possibilidades de recursos físicos, materiais e de calendário, serão desenvolvidas

atividades práticas e projetos de pesquisa, obedecendo as características do método

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científico, numa visão Kuhniana de Ciência e que terão sempre caráter

interdisciplinar.

Ocasionalmente, no decorrer do ano letivo, serão tratados assuntos

referentes à Ética e Cidadania, numa abordagem caracterizada em CT&S (Ciência,

Tecnologia e Sociedade).

AVALIAÇÃO

Esta deverá ser permanente e executada em todo o decorrer do processo,

abrangendo os aspectos cognitivo e emotivo do aluno. A avaliação se fará por meio

de provas e trabalhos mensais, bem como da elaboração, implementação e

documentação de um projeto de pesquisa que será desenvolvido por equipes de

alunos no decorrer de todo o ano letivo. Considerar-se-á ainda a freqüência e a

participação do aluno nas atividades intra e extra-classe.

A média bimestral será obtida pela somatória de todas as notas atribuídas ao

aluno, excluído o pior resultado por ele obtido – consistindo isso um critério de

recuperação paralela bimestral adotado pelo professor, em consenso com os alunos

sob sua responsabilidade pedagógica . Se necessário for, um novo instrumento de

recuperação paralela poderá ser aplicado aos alunos que ainda não tenham

alcançado a média mínima no bimestre em curso.

O resultado desse algoritmo é então dividido pelo número de avaliações

realizadas no período e consideradas na somatória inicial e terá peso 9,0 (nove).

Será considerada ainda uma nota de campo que, na média final de cada bimestre,

terá peso 1,0 (hum).

REFERÊNCIAS

AMABIS, José M. e MARTHO, Gilberto R. Biologia. São Paulo: Moderna, 2004. 3

vols.

BIZZO, N. Manual de Orientações Curriculares do Ensino Médio. MEC, Brasília,

2004.

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FRIGOTTO, Gaudêncio e CIAVATTA, Maria. Ensino Médio: ciência, cultura e

trabalho. Secretaria da Educação Média e Tecnológica – Brasília: MEC, SEMTEC,

2004.

KRASILCHIK, Myriam. O professor e o currículo das ciências. São Paulo: Editora

da USP, 1987.

PAULINO, Wilson R. Biologia.. São Paulo: Ática, 2006. vol. Único. 464p.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Departamento de

Ensino Médio. Texto elaborado pelos participantes do I e II Encontro de Relações

(Im) pertinentes. Pinhais (2003) e Pinhão (2004)

_______. Departamento de Ensino Médio – Semana Pedagógica: Orientações

Curriculares. Biologia: Junho/2005

_______. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Profissional.

Educação Profissional na Rede Pública Estadual – Fundamentos Políticos e

Pedagógicos/ versão preliminar, 2005.

_______. Departamento de Ensino Médio. Livro Didático Público. Biologia, 2006.

272 p.

EDUCAÇÃO FÍSICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

De acordo com a dinâmica evolutiva podemos considerar a Educação Física

enquanto área de conhecimento com uma função social a cumprir no espaço

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escolar. Essa função deve visar a consciência corporal resgatando historicamente a

cultura produzida pela sociedade ao se situarem na contemporaniedade.

A cultura corporal, como fundamento para o estudo e o ensino da Educação

Física possibilita a análise crítica das mais diversas práticas corporais é o caso da

educação das relações étnicos raciais que sugerem aprendizagens entre brancos e

negros, trocas de conhecimentos, quebra de desconfianças, projeto conjunto para

construção de uma sociedade justa e igual.

Combater o racismo, trabalhar pelo fim da desigualdade social e racial não

são temas único e exclusivamente da escola e da Educação Física, mas passam por

elas.

A Educação Física tem uma função social a cumprir no espaço escolar. Essa

função deve visar à consciência corporal, resgatando historicamente a cultura

produzida pela sociedade ao se situarem na contemporaniedade.

Para tanto faz-se necessário possibilitar ao educando assumir uma postura

ativa na prática de atividades físicas, consciente da importância dela na vida do

cidadão. O educando poderá ainda refletir sobre as informações específicas da

cultura corporal, sendo capaz de discerni-las e reinterpretá-las em bases cientificas.

Poderá reconhecer ainda práticas pacíficas e maneiras de crescimento

coletivo, dialogando, refletindo e adotando uma postura democrática sobre

diferentes pontos de vista. Vivenciar e compreender as diferentes manifestações da

cultura corporal, reconhecendo as diferenças de desempenho, linguagem e

expressão.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

A consciência e suas manifestações: auto estima; o corpo e sua historicidade,

o corpo e sua historicidade; o corpo biológico: constituição óssea, constituição

muscular e articulações; o corpo e a cinestologia: definição, o movimento muscular,

o movimento de alavanca no trabalho agrícola: o corpo e a fisiologia: funcionamento

ósseo e muscular; construção e relacionamento, lesões, comunicação corporal entre

os indivíduos e os grupos sociais, condicionamento físico: esporte e educação física

para todos, rendimento esportivo, performance, exercícios físicos, aptidão física:

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definição e conceito, educação física e faixa etária, treinamento precoce e suas

implicações, exercício x envelhecimento, riscos e intolerância ao exercício,

obesidade, exercício e dietas, exercícios físicos e esporte: atividades rítmicas,

danças, jogos e brincadeiras, ginástica, esportes, fundamentos das técnicas

esportivas, sistemas de jogos e adaptação de regras das seguintes modalidades

esportivas: atletismo, basquetebol, futebol, handebol, voleibol, tênis de mesa,

xadrez. Interpretação dos fenômenos culturais produzidos historicamente em áreas

como o esporte, a dança os jogos, as atividades corporais, o lazer e a ginástica.

Estudo das práticas corporais da cultura negra. Brincadeiras da cultura africana e

suas manifestações corporais.

METODOLOGIA

Os conteúdos e jogos devem ser trabalhados de uma forma em que sejam

levantadas suas raízes históricas e evolução histórica.

As atividades teóricas poderão ser por meio de debates, relatórios,

exposições de trabalhos.

As aulas práticas serão com jogos de ajuda, coletivos, individuais,

exploração da corporalidade. Construção de jogos adaptados e com regras criadas

pelos próprios alunos.

As atividades em grupos serão exploradas as várias possibilidades de movimentos

que lancem desafios e estimulem a criatividade.

AVALIAÇÃO

Será qualitativa, cumulativa e continua principalmente o crescimento do

educando, respeitando a individualidade de cada um contextualizando os assuntos

trabalhados com a autonomia e a criticidade demonstrada pelo educando durante as

aulas práticas e nos debates realizados acerca de assuntos da atualidade que visem

o corpo e a corporeidade.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Departamento de

Ensino Médio: Educação Física. 2006.232 p

ORIENTAÇÕES CURRICULARES. Departamento de Ensino Médio. Semana

pedagógica de Educação Física. 2006, 11p

SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO DO Paraná. Departamento de Ensino

Médio: Diretrizes Curriculares de Educação Física, 2006.

FILOSOFIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

No Brasil, a filosofia enquanto disciplina figura nos currículos escolares

desde o ensino jesuítico, ainda nos tempos coloniais era entendida como formação

moral e intelectual sob os cânones da Igreja católica e do poder cartorial local.

Com a República, a filosofia passou a fazer parte dos currículos oficiais,

porém, essa presença não significou um movimento de crítica a configuração social

e política brasileira, que nesse período oscilou entre a democracia formal, o

populismo e a ditadura.

Com a lei 4.024/61, a filosofia deixa de ser obrigatória e, sobretudo com a lei

5692/71, em pleno regime militar, o currículo não dá espaço para o estudo da

filosofia, o pensamento crítico deveria ser reprimido, bem como as possíveis ações

decorrentes.

A partir da LDB 9.394-94 o ensino de filosofia no nível médio começa a ser

discutido, embora a tendência das políticas curriculares oficiais seja de manter a

filosofia em posição de saber transversal às disciplinas do currículo.

Ao pensar o ensino de filosofia, é preciso definir o local onde é pensado, o que

pode ser ensinado, como ensinar e que sujeitos são esses ao qual esse ensino se

dirige. Isso nos permitirá pensar qual a filosofia será ensinada.

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Essa diretriz ao pensar o ensino de filosofia faz ver que não há propriamente

ofício filosófico sem sujeitos democráticos e não há como atuar no campo político e

cultural, avançar e consolidar a democracia quando se perde o direito de pensar, a

capacidade de discernimento, o uso autônomo da razão. Quem pensa opõe

resistência.

METODOLOGIA

Quando se trata do ensino de filosofia é comum retornar a clássica questão a

respeito da cisão entre filosofia e filosofar. A filosofia na escola pode significar o

espaço da experiência filosófica, espaço de criação e provocação do pensamento

original, da busca da compreensão, da imaginação, da investigação e da criação de

conceitos. O que se espera é que o estudante, ao tomar contato com os problemas

e textos filosóficos possa pensar e argumentar criticamente.

O conjunto de princípios e o valor educativo atribuído à disciplina precisam ser

observados pelo professor no tratamento dos conteúdos.

A partir disso, procurar transformar o ensino de Filosofia em um questionamento,

desafio de perguntas, e ambiente de problematizacão.

O objetivo central dessa metodologia e o dialogo investigativo, que visa a

transformar os educandos em pequenas comunidades de investigação com atitudes

criticas, reflexivas, criativas e principalmente solidárias, relevantes no processo de

construção coletiva do conhecimento.

Para tanto, é necessário à valorização da troca e da comunicação entre o professor

e aluno, a construção do conhecimento coletivo, a transformação da sala de aula

num espaço de informação, pesquisa, criatividade e dialogo.

Problematizar os temas a partir de possíveis relações com a realidade dos

alunos, possibilitando a ele conhecer mais sobre o mundo, elaborando questões,

buscando respostas para a sistematização do conhecimento e a relação com sua

realidade.

AVALIAÇÃO

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A avaliação deve ser vista principalmente como um instrumento que ajuda o

aluno a aprender, isto e, deve ser usada para promover a aprendizagem. É preciso

uma reflexão continua tanto das nossas ações quanto do caminho trilhado pelo

aluno na construção do conhecimento, o que nos revela que, tão importante quanto

avaliar, e tomar decisões diante dos resultados obtidos.

Como os alunos possuem ritmos e muitas outras características diferentes uns

dos outros, também devemos diversificar esses instrumentos de avaliação.

A partir da avaliação de caráter diagnostico tanto o educador quanto os

educandos poderão revisitar as praticas desenvolvidas ate então para identificar

lacunas no processo ensino – aprendizagem, bem como planejar e propor outros

encaminhamentos que visem à superação das dificuldades constatadas.

O aprendizado e avaliação poderão ser compreendidos como um fenômeno

compartilhado, que se dará de modo continuo, processual e diversificado, permitindo

uma analise critica das praticas que podem ser constantemente retomadas e

reorganizadas, desmistificando o currículo oculto tradicional que ressalta a

competição e o individualismo excessivos.

Conteúdos Estruturantes

Mito e filosofia;

Teoria do conhecimento;

Ética;

Filosofia política;

Estética e filosofia da ciência;

AVALIAÇÃO

Ao avaliar é importante considerar o conhecimento prévio e o potencial já

consolidado do aluno em desenvolvimento, as hipóteses e os domínios bem como

relacioná-las com as mudanças que ocorrem no processo de ensino aprendizagem.

Cabe ao professor identificar a evolução ou, o desenvolvimento do educando a partir

da construção do conhecimento e a conseqüente apreensão dos estudantes que

devem ser avaliados em forma contínua e cumulativa.

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A avaliação deve ter um caráter diagnóstico e possibilitar ao educador avaliar o

seu próprio desempenho como docente, refletindo sobre intervenções didáticas e ou

possibilidades de como atuar no processo de aprendizagem dos alunos, não mais

em ser passivo diante dos conteúdos, mais um agente do conhecimento.

Dar condições ao professor de tomar decisões quanto ao aperfeiçoamento das

situações de aprendizagem proporcionando dados para reformulação dos conteúdos

e metodologia de trabalho.

Sendo diagnóstica, permanente e acumulativa, utilizando técnicas e instrumentos

diversificados, criando condições para que os alunos preocupem-se mais com

aplicações dos conhecimentos do que com a memorização.

Vale salientar que havendo necessidade de recuperar o conteúdo, haverá a

possibilidade da recuperação paralela, prevalecendo a maior nota atribuída. Assim

auxiliando o aluno e o estimulando a aprender.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Livro didático público de Filosofia – 2006

APPEL, E. Filosofia nos vestibulares e no ensino médio, 1999.

SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO DO Paraná. Departamento de Ensino

Médio: Diretrizes Curriculares de Filosofia, 2007.

FÍSICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Física (do grego physis, natureza) é a ciência que se propõe a descrever e

compreender os fenômenos que se desenvolvem na natureza. Ela não é um

conjunto de conhecimentos completos e imutáveis; ao contrário, ela é algo que

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cresce e também se modifica. Constantemente surgem novos campos de estudo e

fenômenos que aparentavam ser independentes, sem qualquer relação entre si,

passam a revelar-se como aspectos diferentes de um único fenômeno mais geral.

Originalmente, chamavam-se “físicos” todos aqueles que se dedicavam ao

estudo da natureza. Mais tarde, com o desenvolvimento do conhecimento, o campo

de atuação subdividiu-se em várias partes, que se tornaram capítulos separados da

Ciência. Temos assim, a Astronomia, a Biologia, a Química, etc.

É difícil definir com precisão o campo de atuação da Física, porque ela não

tem contornos bem delimitados e se encontra em constante evolução. Há algum

tempo dizia-se que a Física estudava os fenômenos da natureza não viva, nos quais

não houvesse grande participação dos aspectos químicos nem astronômicos. Esta,

porém, é uma definição muito aproximada e um pouco simplista. O que caracteriza a

Física não são tanto seus conteúdos, mas sim o método científico no qual ela se

fundamenta. O método experimental se baseia nas observações e nas experiências

e permite formular as leis físicas, habitualmente expressas por fórmulas

matemáticas.

Busca-se atualmente construir um ensino de Física centrado em conteúdos e

metodologias capazes de levar, aos estudantes, uma reflexão sobre o mundo das

ciências sob a perspectiva de que esta não é somente fruto da pura racionalidade

científica. Entende-se então que a Física deve educar para a cidadania, contribuindo

para o desenvolvimento de um sujeito crítico, capaz de admirar a beleza da

produção científica ao longo da história e compreender a necessidade dessa

dimensão do conhecimento para o estudo e o entendimento do universo e dos

fenômenos que o cerca. Mas também, que percebam a não neutralidade de sua

produção, bem como os aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais dessa

ciência, seu comprometimento e envolvimento com as estruturas que representam

esses aspectos.

Assim sendo, o ensino da Física deve contemplar as seguintes competências

e habilidades:

-DESENVOLVER nos educandos o entendimento dos conteúdos de Física em

continuidade aos conhecimentos por eles adquiridos no ensino fundamental;

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-PROMOVER a interdisciplinaridade dos conteúdos de Física com os conteúdos das

demais áreas do conhecimento, possibilitando uma visão mais ampla, no educando,

do meio no qual está inserindo e dos fenômenos que nele ocorrem;

-APRIMORAR nos alunos o senso de observação dos fenômenos físicos em

situações do cotidiano, de modo específico na sua área de formação, justificando-os

frente aos conhecimentos desenvolvidos na disciplina;

-INSTRUMENTALIZAR o educando na busca de soluções para os problemas que

envolvam os conhecimentos de Física, de forma crítica, científica e criativa;

-DESENVOLVER no educando noções básicas de ética e cidadania, por meio de

trabalhos diversos realizados intra e extra-classe e referendados nos temas

transversais propostos pela atual LDB;

-DIRECIONAR o processo ensino-aprendizagem à preparação dos educandos para:

a) a compreensão dos fenômenos do universo; b) o seu crescimento como cidadão

consciente e participativo; c) a resolução de problemas no contexto de seu cotidiano

e d) ao preparo para o ingresso no curso superior e/ou no mercado de trabalho.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Os três conteúdos: MECÂNICA (Movimento), TERMODINÃMICA e

ELETROMAGNETISMO foram escolhidos como estruturantes porque indicam

campos de estudo da Física que, a partir de desdobramentos em conteúdos

pontuais, possam garantir os objetos de estudo da disciplina da forma mais

abrangente possível. Eles foram indicados a partir da história da Física enquanto

campo de conhecimento devidamente constituído ao longo do tempo, e o

entendimento, pelos professores, de que o ensino médio deve estar voltado à

formação de sujeitos que, em sua formação e cultura, agreguem a visão da

natureza, das populações e das relações humanas.

Além disso, os conteúdos desenvolvidos no âmbito do estudo do Movimento,

da Termodinâmica e do Eletromagnetismo permitem o aprofundamento, as

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contextualizações e as relações interdisciplinares, os avanços da Física dos últimos

anos, a tecnologia disso decorrente e as perspectivas para o futuro.

Metodologia da Disciplina

Por se tratar de um curso de ensino médio, com formação propedêutica e ao

mesmo tempo preparatória para o curso superior, serão desenvolvidos com os

alunos os conhecimentos sistematizados pelo homem no decorrer de seu processo

de evolução, procurando relacionar tais conteúdos, com aqueles desenvolvidos nas

demais disciplinas do curso.

O desenvolvimento desses conteúdos em sala de aula, obedecerá ao

cronograma definido nesse documento, que por sua vez, obedece à ementa de

conteúdos solicitada pela Secretaria de Educação do Estado do Paraná. Alterações

são possíveis e são prováveis, em função do grau de dificuldade de cada tópico

proposto, do comprometimento da comunidade escolar, das características

particulares tanto do curso quanto da turma e/ou de cada educando.

As aulas serão, em sua maioria, expositivas e dialogadas. Sempre que

possível e/ou necessário, diferentes recursos e estratégias serão empregados, tais

como os recursos audiovisuais (retroprojetor, vídeo, DVD, Internet, etc.), além do

material didático e paradidático; acervo da biblioteca do professor; Portal Dia-a-dia

da Educação; PCNs e o Plano Político Pedagógico (PPP) do Colégio. Também

dentro das possibilidades de recursos físicos, materiais e de calendário, serão

desenvolvidas atividades práticas e projetos de pesquisa, obedecendo as

características do método científico, numa visão Kuhniana de Ciência e que terão

sempre caráter interdisciplinar.

Ocasionalmente, no decorrer do ano letivo, serão tratados assuntos

referentes à Ética e Cidadania, numa abordagem caracterizada em CT&S (Ciência,

Tecnologia e Sociedade).

AVALIAÇÃO

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Esta será permanente e executada em todo o decorrer do processo,

abrangendo os aspectos cognitivo e emotivo do aluno. A avaliação se fará por meio

de provas e trabalhos mensais, bem como da elaboração, implementação e

documentação de um projeto de pesquisa que será desenvolvido por equipes de

alunos no decorrer de todo o ano letivo. Considerar-se-á ainda a freqüência e a

participação do aluno nas atividades intra e extra-classe.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AMALDI, Ugo. Imagens da Física. São Paulo: Scipione, 1995. 537 p.

BIZZO, N. Manual de Orientações Curriculares do Ensino Médio. MEC, Brasília,

2004.

FRIGOTTO, Gaudêncio e CIAVATTA, Maria. Ensino Médio: ciência, cultura e

trabalho. Secretaria da Educação Média e Tecnológica – Brasília: MEC, SEMTEC,

2004.

HALLIDAY, David e RESNICK, Jearl. Fundamentos da Física. 4 ed. Rio de

Janeiro: LTC, 1996. 3 v.

KRASILCHIK, Myriam. O professor e o currículo das ciências. São Paulo: Editora

da USP, 1987.

MÁXIMO, Antonio e ALVARENGA, Beatriz. Curso de Física. 3.ed. São Paulo:

Harbra, 1993. 3v.

.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Departamento de

Ensino Médio. Texto elaborado pelos participantes do I e II Encontro de Relações

(Im) pertinentes. Pinhais (2003) e Pinhão (2004)

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_______. Departamento de Ensino Médio – Semana Pedagógica: Orientações

Curriculares. Física Junho/2005

_______. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Profissional.

Educação Profissional na Rede Pública Estadual – Fundamentos Políticos e

Pedagógicos/ versão preliminar, 2005.

_______. Departamento de Ensino Médio. Livro Didático Público. Física. 2006.

p.272 .

TIPLER, Paul A. Física para cientistas e engenheiros. 4. ed. Rio de Janeiro, LTC,

2000. v.1

FUNDAMENTOS DE AGROECOLOGIA.

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A disciplina agroecologia se justifica devido à necessidade atual de se

“produzir sem poluir” expandindo os conhecimentos dos alunos do Curso Técnico

Agropecuária munindo-os com ferramentas e técnicas de baixo risco ambiental e

buscando alternativas de desenvolvimento sustentável, ecologicamente correto.

Também se insere aqui, na Agroecologia, sua importância em melhorar as

condições socioeconômicas do homem do campo, bem como da saúde dos

consumidores de produtos agropecuários orgânicos, livres de resíduos de tóxicos

em sua constituição, além de mais nutritivos e saborosos ao paladar humano.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / BÁSICOS:

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Conceito e importância; ecologia agrícola; biodiversidade; agricultura sustentável;

agricultura orgânica; adubação orgânica; manejo de resíduos orgânicos;

compostagem; biodinâmica; controle biológico de pragas e doenças. Legislação:

certificação ambiental, legislação ambiental.

Conteúdos

-Agroecologia – conceito e importância;

-Biodiversidade;

-Problemas ambientais;

- Queimadas, erosão, desmatamento, poluição por agrotóxicos;

-Agricultura sustentável;

-Conceito;

-Histórico;

-Correntes;

-Agricultura orgânica;

-Olericultura;

-Fruticultura;

-Grandes culturas;

-Adubação orgânica;

-Manejo de dejetos;

-Origem animal e origem vegetal;

-Compostagem;

-Controle biológico de pragas e doenças;

- Legislação: certificação de produtos orgânicos, legislação ambiental.

METODOLOGIA

Utilização de textos selecionados; pesquisas de sites confiáveis da internet;

questões para estudo dirigido, trabalhos em equipe, apresentação TV–Pendrive e/ou

Data-Show, aulas expositivas (giz e quadro) diálogo com os alunos; realização com

os alunos de: leitura, sínteses, resumos, resenhas, análise de filmes / documentários

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pertinentes à temática de Agroecologia; preparo e aplicação de técnica

agroecológicas a nível de campo.

AVALIAÇÃO

Realizada mediante a produção de textos, assiduidade, participação

(diálogo) com o professor, servindo mais para “melhorar o desempenho do

estudante e não somente examinar o quanto sabe em função de produção de um

resultado”.

O trabalho sério do avaliador é “melhorar constantemente, persistentemente,

o que o aluno já adquiriu. É importante analisar a atividade crítica” a capacidade de

síntese e a elaboração pessoal dos alunos.

O objetivo da avaliação sempre será visando o pleno desenvolvimento da

pessoa, seu preparo para a cidadania, sempre atuando qualitativamente do que

quantitativamente.

Buscar-se-á estar avaliando continuamente e cumulativamente para o

melhor desenvolvimento dos alunos.

Instrumento de avaliação:

Possibilidade de se realizar 05 trabalhos / e / ou atividades didáticas por

bimestral valendo1, ponto cada e uma prova valendo 5,0 pontos, perfazendo 10,0

pontos.

Recuperação:

Deve privilegiar a recuperação de conteúdos em que o aluno tenha ficado

em defasagem (explicação do conteúdo) e avaliação diferenciada.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CAPORAL, Francisco Roberto; COSTABEBER, José Antônio; PAULUS, Gervásio.

Agroecologia. Matriz disciplinar ou novo paradigma para o desenvolvimento

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rural sustentável. Brasília (DF). Abril de 2006. Disponível em:

http://www.agricultura.gov.br/. Acessado em: 19/02/2010

GUTERRES, Ivani. Agroecologia militante: contribuições de Enio Guterr/Ivani

Guterres. 1ª ed. Editora Expressão Popular. São Paulo – SP. 2006. Disponível

em: http://www.agricultura.gov.br/. Acessado em: 19/02/2010

EHLERS, Eduardo. Agricultura Sustentável. Ed. Agropecuária, 1999, p. 52 a 56.

Meio Ambiente/Ecologia. História da Agricultura Orgânica. 31/08/2008.

Disponível em: http://www.agricultura.gov.br/. Acessado em: 19/02/2010

KHATOUNIAN, Carlos Armênian. A Reconstrução Ecológica da Agricultura.

Botucatu: Agroecológica, 2001.

MEIRELLES, Laércio Ramos; RUPP, Luis Carlos diel. Coord. Cartilha Agricultura

Ecológica – Princípios Básicos. Secretaria da Agricultura Familiar. Ministério

Desenvolvimento Agrário. Centro Ecológico, março 2005. Disponível em:

http://jornalescolar.org.br/portal/images/PDF/cartilhaagricultura1.pdf. Acessado em:

12/1/2009.

SAMA, M. Alicerce do Paraíso, Agricultura Natural, Arte e Sociedade. São Paulo:

Fundação Mokiti Okada, 2007.

GEOGRAFIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A sociedade incumbe a escola da formação de cidadãos conscientes e

críticos. Como a Geografia contribui para que se compreenda como se estabelecem

as relações locais com as universais, como um contexto mais próximo e está contido

em um contexto mais amplo e quais as implicações que estas dimensões possuem é

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de fundamental importância que se pratique uma disciplina dinâmica e envolvente

que aproxime o educando da teoria que se aplique à sua prática cotidiana.

Desde os tempos mais remotos, já na Pré-história, o homem necessitava de

conhecimentos geográficos em termos de localização para garantir a sua

sobrevivência.

Com a evolução das sociedades e o avanço do capitalismo a partir da Idade

Moderna, a Geografia passa a ter um papel ainda mais importante no sentido de

denunciar a exploração irracional dos recursos naturais no espaço geográfico e

também apontar as possíveis soluções para os problemas.

Os próprios PCNs do Ensino Médio para a disciplina de Geografia apontam

para a necessidade de uma mudança nos seus paradigmas conceituais e teóricos,

estabelecendo críticas contundentes à maneira como a produção do espaço

geográfico é tratado pelas vertentes tradicionais e críticas.

O espaço geográfico, objeto de estudo da Geografia, pode ser definido como

espaço produzido e apropriado pela sociedade composto por objetos naturais,

culturais e técnicos, permeado por relações sociais, políticas, culturais e

econômicas.

O estudo da Geografia a nível médio deve contribuir para que o aluno

desenvolva uma leitura crítica do mundo atual. A proposta é que o aluno seja

preparado para a leitura do espaço geográfico, considerando as relações de classe

e a atuação do homem na transformação do espaço, considerando também as

diferentes escalas geográficas.

Torna-se necessário no conjunto das disciplinas escolares a presença da

Geografia que se propõe e eliminar ou pelo menos minimizar a distância entre o

saber escolar, acadêmico em relação à realidade que o aluno vivência no seu dia a

dia.

Desta forma, a Geografia surge como uma disciplina extremamente

importante para o crescimento individual do educando no sentido de possibilitar uma

visão mais ampla e contextualizada acerca do lugar onde vive.

Estamos falando exatamente do principal conceito da Geografia – o espaço

geográfico. Ao trabalhar esse conceito, o professor inicia sua tarefa: ajudar o aluno a

entender a diversidade e as mudanças que acontecem no espaço geográfico,

tornando-o capaz de “pensar” esse espaço e perceber-se como parte integrante

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dele. Adquirir o pleno domínio da linguagem cartográfica, como mapas, gráficos,

imagens de satélites, que constituem a maneira de representar os fatos e os

fenômenos no espaço geográfico, dominar as noções de escala no conhecimento

geográfico que vão ajudá-lo a reconhecer e comparar os fenômenos, identificar as

particularidades de uma paisagem, lugar ou território no espaço geográfico. Desta

maneira estaremos desenvolvendo no aluno dois aspectos fundamentais na

formação de cidadão crítico: a visão interdisciplinar dos fatos e fenômenos do

espaço geográfico e como aplicar e reconhecer em sua vida os conceitos da

Geografia. Sendo assim, de uma maneira holística, estaremos contextualizando a

todo o momento, inserindo a formação de seu país, estado e cidade no contexto de

espaço geográfico.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Dimensão econômica da produção do/no espaço

0Geopolítica

1Dimensão socioambiental

2Dinâmica cultural e demográfica.

METODOLOGIA

Os conteúdos propostos para o ensino médio na área de conhecimentos da

Geografia devem ser trabalhados de forma crítica e dinâmica, considerando a

atuação antrópica no espaço geográfico.

Não há separação do ponto de vista metodológico entre os conteúdos pois

existe uma relação entre os mesmos já que as transformações no espaço são

concebidas pela ação do homem em um determinado momento histórico.

As diferentes escalas espaciais devem ser trabalhadas de forma a

considerar a interface entre o geral e o particular no universo das transformações

sócio-econômicas no processo de produção do espaço geográfico.

Os conteúdos devem ser abordados de forma contextualizada aliando

exemplos práticos do cotidiano com o conhecimento vivenciado pelo aluno.

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No ensino da Geografia, o professor deve utilizar todas as ferramentas

necessárias como: computador, internet, vídeo, jornal, revistas, cursos didáticos,

livro público estadual, TV Paulo Freire, Paraná Digital etc, atividades e proporcionar

o diálogo entre os alunos e o professor.

Outro tipo de metodologia valiosa para o estudo do espaço geográfico são

as aulas de campo. A realização de saídas de campo permite ao aluno estabelecer

um vínculo entre o conteúdo trabalhado em sala de aula e o conhecimento dos

processos geográficos visualizados na prática. Para que uma visita ou estudo de

campo seja proveitoso, sugere-se que o professor tenha no seu planejamento o

cuidado de organizar a observação sistemática do lugar visitado com seus alunos,

realizando a descrição, seleção e ordenação das informações ora obtidas e o

registro final destas impressões sob a forma de croquis, maquetes, desenhos,

figuras, debates, poster, figuras, gráficos, etc.

Também o uso de imagens não animadas (poster, slides, cartões postais,

fotografias) e de filmes podem ser utilizados como importante ferramenta

metodológica desde que o professor leve em consideração o tipo de clientela

atingida, o conteúdo a ser trabalhado e também a abordagem do tema.

Enfim, o uso da cartografia nas aulas de Geografia também deve ser

encarado como um importante recurso metodológico no sentido de possibilitar a

espacialização do conteúdo trabalhado em sala de aula, possibilitando ao aluno uma

melhor visualização dos aspectos inerentes a produção do espaço geográfico.

AVALIAÇÃO

A avaliação como parte de um processo no ensino-aprendizagem não é uma

mera classificação de alunos, mas sim um processo de verificação das dificuldades

desses alunos que permite ao professor intervir no modo de fazer com que possam

progredir na busca pelo conhecimento. A avaliação deve propiciar ao professor a

possibilidade de verificar o alcance do próprio trabalho e, se necessário, reformulá-

lo. Assim, a avaliação é um processo que integra a aprendizagem ao ensino

devendo, portanto, implicar num diálogo permanente entre professor e aluno.

Deve ser um processo contínuo e vinculado à realidade da sala de aula. Para

isto, o professor deve utilizar vários instrumentos de observação desta

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aprendizagem do aluno, tais como; pesquisas, leituras, auto-avaliação, etc. Por isto,

no lugar de avaliar somente através de provas, o professor deve utilizar outros

instrumentos de avaliação que possibilitem reconhecer as diferentes formas de

expressão de seus alunos.

Não se trata, porém de excluir a avaliação formal somativa do sistema

escolar, mas sim de desenvolver duas formas de avaliação: formativa e a somativa,

registradas de forma organizada e criteriosa.

O professor deve mostrar ao aluno como ele é capaz de estabelecer a

articulação entre a teoria e a prática, considerando o homem como agente

transformador do espaço geográfico em que vive através de várias formas de

expressão dos alunos como: leitura e interpretação de textos, produção de textos,

leitura e interpretação de fotos, imagens, gráficos, tabelas e mapas; pesquisas

bibliográficas; relatórios de aulas de campo; apresentação de seminários e

construção e análise de maquetes entre outros.

Sobre os critérios que devem nortear todo o processo de avaliação, os

principais em Geografia é o entendimento das relações socioespaciais, relações de

poder, de espaço-tempo e de sociedade-natureza para que o aluno possa, ao final

do percurso, avaliar melhor a realidade em que vive, sob a perpectiva de transformá-

la, onde quer que esteja.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ESTADO DO PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação

Básica. 2007.

GARCIA, Helio Carlos. Geografia: de olho no mundo do trabalho. São Paulo:

Scipione. 2005.

LUCCI, Elian Alabi. Geografia – Homem/ Espaço. São Paulo: Saraiva. 2005.

SANTOS, M. Por uma outra globalização. Rio de Janeiro: Record. 2000.

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VESENTINI, José Willian. Geografia – Série Brasil. São Paulo: Ática. 2005.

TÉRCIO, Marina Lúcia. Geografia – Ensino Médio. São Paulo: Ática. 2005.

HISTÓRIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

No momento em que vivemos, em uma sociedade mundial, sem limites

territoriais, inserida, portanto em um contexto globalizante, se faz necessário que

repensemos nossas atitudes, modos de interpretação da realidade em que vivemos

e que busquemos novas formas, novos modos de nos apropriarmos do

conhecimento.

As transformações sociais e econômicas se processam com uma rapidez

difícil de ser acompanhada se não utilizarmos os recursos da informática, da internet

dos meios de comunicação de massa de que dispomos e que muitas vezes são sub

aproveitadas, como por exemplo, TV, radio, jornais locais, entre outros. Vivemos em

um mundo cada vez menor, ou seja, os avanços, os conhecimentos multiplicam-se

com maior velocidade que nossa capacidade de apreensão. Precisamos, contudo,

lembrar que o centro de toda esta criação é o homem, socialmente envolvido com

todas as transformações que se processam. È próprio do ser humano, desde os

primórdios, a busca incessante em construir sua própria existência. Se antes a

busca por alimentos era a principal necessidade do homem, atualmente suas

necessidades são outras. Não apenas por alimento, mas também por sentido de

vida, arte, prazer, viver intensamente o seu cotidiano. Lembramos de uma musica do

grupo Titãs, que afirma: “... a gente não quer só comida. A gente quer comida,

diversão e arte. A gente não quer só bebida. A gente quer saída para qualquer

parte.”.

As necessidades individuais e coletivas do homem atual são diversas das

necessidades há alguns anos atrás. Buscamos mudanças sociais, e o homem quer

encontrar sentido em todas estas mudanças. A sociedade preocupa-se com questão

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Trabalho, Família, Estado, mas também esta interessada em que se desenvolvam

atitudes, métodos e técnicas que possibilitem ao ser humano aprender a ser

humano, pois o conhecimento esta presente entre tantas outras situações. A ação

que educa é fundamenta, superando a visão da ação que ensina. O aprimoramento

da pessoa humana, sua formação ética, o desenvolvimento da autonomia intelectual

e o pensamento critico, bem como a preparação para o exercício consciente da

cidadania e para o mundo do trabalho são essenciais para a existência de uma

escola verdadeiramente cidadã.

O homem atual necessita também, melhor relacionar-se com seus

semelhantes, refletir sua ação no mundo em que vive, revendo suas posturas diante

das transformações pelas quais passou nossa sociedade, preparando-se para os

desafios que estão por vir. Somos o que podemos ser. Nossa inserção na sociedade

globalizada passa por termos acesso a todos os avanços tecnológicos, sabermos

dispor dos mesmos com consciência e desafios da sociedade presente e futura Os

instrumentos estão disponíveis, cabe a todo o envolvimento necessário para a

utilização correta destes mecanismos que nos auxiliam na conquista do saber,

direito de aprender do aluno, condição fundamental de educadores. E nossa escola

considera tal meta possível para a formação de uma sociedade mais justa.

OBJETIVOS GERAIS

Inserção no contexto histórico, mostrando-lhes sua importância.

Levar a entender e a diferenciar o meio de produção entre as sociedades

teocráticas e escravistas.

Perceber-se na razão do momento histórico: de onde veio, perceber sua

origem, a sua existência e os rumos definidos pela humanidade.

Construir a identidade social e individual e suas relações com as

gerações passadas.

Transformação da realidade.

Conhecer os movimentos sociais reivindicatórios no transcorrer da

historia.

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Visualizar no cenário mundial o nascimento e a ruptura de sistemas

econômicos, sociais, políticos, religiosos e ideológicos.

Localizar os momentos históricos em seu processo de sucessão,

simultaneidade e duração.

Redimensionar o presente em processos contínuos e nas relações que

mantém com o passado.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Relações de Trabalho

Conceito de trabalho.

O mundo do trabalho em diferentes sociedades.

A construção do trabalho assalariado.

Transição do trabalho assalariado para o trabalho livre: a Mão de obra no

contexto de consolidação do capitalismo nas sociedades: brasileira e

estadunidense.

Relações de dominação e resistência no mundo do trabalho contemporâneo

(séculos XVIII e XIX).

Urbanização e industrialização no Brasil.

O trabalho na sociedade contemporânea.

Relações de Poder

O Estado nos mundos Antigo e Medieval.

O Estado e as relações de poder: Formação dos Estados nacionais.

Relações de poder e violência no Estado.

Urbanização e industrialização no Paraná.

Relações Culturais

As cidades na Historia.

Relações culturais nas sociedades Grega e Romana na antiguidade:

mulheres, plebeus, e escravos.

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Relações culturais na sociedade medieval européia: camponeses, artesãos,

mulheres, hereges e doentes.

Movimentos sociais, políticos, culturais e religiosos na sociedade moderna.

Urbanização e industrialização no século XIX

Movimentos sociais, políticos e culturais na sociedade contemporânea: é

proibido proibir?

Urbanização e industrialização na sociedade contemporânea

CONTEUDOS COMPLEMENTARES:

A produção do conhecimento histórico

Historia: concepção e temporalidade

A construção Histórica: métodos, fontes, etc.

Pré História

Historia Antiga

Historia Medieval

Historia Moderna

Historia Contemporânea

Brasil e Américas

METODOLOGIA

O papel do professor e proporcionar situações que permitam a construção

do processo ensino-aprendizagem, recorrendo aos diversos recursos didático-

pedagógicos a sua disposição respeitando sempre as diferenças e dificuldades

de nossos educandos.

O trabalho devera ser conduzido de forma harmoniosa, priorizando o coletivo

através do dialogo e da interação, criando assim situações satisfatórias entre

professor e aluno, entre ensinar e aprender.

Dentre os recursos disponíveis poderão ser utilizados livros, jornais, revistas,

objetos, musica, filmes, etc. Como meio de atingirmos nossos objetivos os

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conteúdos deverão ser trabalhados de forma que os alunos possam reconhecer

a sua importância e aplicabilidade no decorrer de sua formação.

Diante de uma realidade tão diversa, se faz necessário que escola seja

dinâmica, ofertando diversas formas e possibilidades para que se produza o

conhecimento e que este seja vivenciado, praticado constantemente e que tenha

sentido para a vida dos alunos.

A área de Ciências Humanas irá desenvolver suas atividades utilizando-se

dos recursos tecnológicos existentes como facilitadores dos trabalhos a serem

desenvolvidos sempre lembrando que o ser humano é o objetivo fundamental do

trabalho educativo. Dentre as diversas formas de atividades que serão

desenvolvidas, pode-se elencar:

Visitas a órgãos públicos como Câmara de Vereadores para a compreensão

das formas de participação política, na elaboração das leis e na

aplicabilidade das mesmas, possibilitando assim a formação da

consciência política de nossos jovens e posteriormente promover debates

com a presença de nossos representantes do legislativo e do executivo;

Visitas a hospitais públicos, com posterior elaboração de relatórios, mesas

redondas e apresentação de conclusões orais e escritas sobre a situação

da saúde em nosso município.

Realizar pesquisas aprofundadas sobre a situação da agropecuária em nossa

região, comparando com a realidade nacional e internacional, sempre

buscando soluções e alternativas para os problemas detectados;

Elaboração de projetos interdisciplinares visando a utilização racional e a

preservação de nossos recursos hídricos, bem como identificar a realidade

existente, agindo junto a comunidade para solucionar os problemas que

forem identificados, mas ,fundamentalmente agir de forma preventiva,

buscando a conscientização da população frente aos desafios que a

questão água nos coloca para o terceiro milênio;

Realizaremos pesquisas sobre espécies vegetais nativas e sua preservação,

desenvolvendo a consciência ecológica. Promovendo junto a órgãos

governamentais movimentos para reflorestamento das matas ciliares,

fundamentais para a proteção de nossos mananciais;

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Valorização da cultura local, com a preservação da identidade cultural dos

grupos étnicos representativos em nossa região;

Palestras, simpósios, exposições de maquetes com apresentações á

comunidade, viagens a pontos turísticos ou históricos com aulas de

campo, pesquisas sobre aspectos do solo e subsolo;

Trabalhos em grupo visando o desenvolvimento das capacidades individuais

coletivas, respeitando as características individuais, permitindo que os

alunos desenvolvam o espírito de equipe e aprofundem seus

conhecimentos, bem como possam se expor diante das apresentações

necessárias.

AVALIAÇÃO

A avaliação será diagnóstica e continua, visando avaliar a capacidade de análise

e compreensão dos conteúdos propostos, bem como o seu desenvolvimento ao

longo de todo o processo educacional.

Serão utilizados instrumentos como aplicação de provas, trabalhos individuais e

em grupos, com apresentação oral, produção e interpretação de textos com análise

crítica e reflexiva e vídeos.

A recuperação será planejada em conformidade com a LDB e regimento interno

do CEEP Lysímaco Ferreira da Costa.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALBORWOZ, Suzana. O que é trabalho. São Paulo: Brasiliense, 2004.

DUBY, Georges. Guerreiros e Camponeses: Os primórdios de crescimento

econômico europeu século VIII - Lisboa; Estampa,1993.

HOBSBAWM, Eric J. Sobre História. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.

ESTADO DO PARANÁ, Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação

Básica, Curitiba, 2006.

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HORTICULTURA

CONTEÚDOS

Agricultura: história e importância da agricultura.Noções de doenças e pragas

agrícolas, importância e danos na agricultura; Características morfológicas dos

insetos, fatores que influenciam no ataque de pragas e doenças; Fungos, Bactérias

e Vírus. Noções de ervas daninhas: características morfológicas e fisiológicas,

formas de controle. Noções de paisagismo e manejo de jardim: tipos, formas e

manutenção de jardins. Olericultura: principais culturas; técnicas de produção e

manejo; colheita e comercialização; manejo pós-colheitas. Fruticultura: principais

culturas, técnicas de produção e manejo; colheita e comercialização, manejo pós-

colheita. Silvicultura: principais culturas, técnicas de produção e manejo; colheita e

comercialização, manejo pós-colheita

CONTEÚDOS

Iniciação a agricultura;

Noções de pragas;

Noções de doenças;

Noções de ervas daninhas;

Métodos de propagação de plantas;

Anatomia e fisiologia vegetal;

Melhoramento vegetal;

Noções de agrotóxicos;

Segurança no trabalho rural;

Noções de paisagismo e manejo de jardim: tipos, formas e manutenção de

jardins

Olericultura Geral:

Classificação climática;

Métodos de propagação;

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Vegetativa (assexuada);

Semeadura (Sexuada);

Sementeira;

Viveiro (Repicagem);

Implantação de hortas;

Elaboração de cronograma de cultivo;

Tratos culturais;

Olericultura especial:

Classificação Botânica;

Olerícolas

regionais:alface, cenoura, beterraba,batata,alho,cebola,rabanete,couve-

flor,brócolis,tomate...

Fruticultura Geral:

Classificação climática (espécies tropicais, subtropicais, temperadas);

Classificação botânica;

Métodos de propagação;

Estaquia (assexuada);

Enxertia (assexuada);

Borbulhia (assexuada);

Sementes (sexuada);

Viveiros;

Implantação – escolha do terreno;

Preparo do solo – métodos de adubação/calagem;

Escolha de mudas;

Plantio;

Condução;

Podas (condução/manutenção;

Controle de pragas,doenças, ervas-daninhas;

Colheita e comercialização;

Fruticultura especial:

Frutíferas regionais: abacaxi, maçã, pêra, videira, ameixa, pêssego, kiwi,

citros, caqui,figo...

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OBJETIVOS

- Levar aos alunos o conhecimento inerente à espécie olerícola, a fim de que

o mesmo, sinta-se recompensado e, que juntos possamos compartilhar deste

aprendizado para a elevação cultural e científica, arrancando o nosso estado e pátria

dessa situação onde faltam os alimentos básicos, transformando num celeiro

agrícola;

- O aluno verificar a importância da utilização de uma espécie vegetal de tão

relevante importância numa área considerada pequena.

METODOLOGIA

- Aulas expositivas e práticas nas dependências da instituição de ensino;

- Utilização de recursos áudio-visuais (data show, DVD, retro projetos, TV pen

drive);

- Revistas, jornais e todo tipo de acervo que possa contribuir com o assunto

proposto.

AVALIAÇÃO

- Almeja-se na avaliação o conhecimento concreto e não puramente abstrato;

- Avaliar não é apenas quantificar, mas sim, qualificar;

- Será realizada uma avaliação escrita por olerícola, cujo valor ficará entre 0

(zero) a 7 pontos, onde o aluno descreverá aquilo proposto e explanado ao longo da

apresentação da olerícola;

- Também será solicitado um trabalho escrito por equipe, esta constituída no

máximo por quatro alunos. Este trabalho realizado e entregue na data estipulada

terá um valor de 0 (zero) a 1,5 (um ponto e meio);

- Na data da avaliação escrita, esta terá também um item onde o aluno

discorrerá sobre o trabalho entregue, este terá um valor de 0 (zero) a 1,5 (um ponto

e meio);

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- Portanto, a média bimestral será o somatório da avaliação escrita, do trabalho

escrito e, nota referente aquilo descrito do trabalho na avaliação.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

- Figueira, F.A.R; Novo Manual de Olericultura;

- Jornais, revistas, DVD;

- Circulares e boletins técnicos da IAPAR, EMBRAPA, EPAGRI;

- Sites referentes à olericultura.

INFRAESTRUTURA RURAL

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

No cotidiano da prática profissional do Técnico em Agropecuária, os

maquinários e ferramentas são instrumentos de trabalhos fundamentais para a

execução de atividades rurais, seja em nível de propriedades, empresas públicas ou

privadas. Desta forma, será oportunizado ao aluno o conhecimento das principais

máquinas e implementos agrícolas, assim como o reconhecimento da importância

da utilização adequada à realidade da exploração agropecuária, com vistas ao

aumento da produtividade.

No estudo de cada tipo de máquina ou implemento agrícola serão abordadas

as vantagens e desvantagens da sua utilização, o manejo, funcionamento e, com

enfoque todo especial, a manutenção, o custo hora/máquina e o rendimento do

trabalho, que constituem-se em elementos fundamentais para a realidade

econômica de qualquer empreendimento agropecuário, especialmente para as

pequenas e médias propriedades.

Ainda dentro da disciplina, o aluno deverá obter conceitos básicos para a

elaboração de projetos de instalações rurais, no que se refere aos principais

materiais para construção, bem como na elaboração de planta baixa e a construção

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propriamente dita, além de condições para a execução dos projetos de construções

e instalações econômicas e adequadas às atividades agropecuárias.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

Noções de manutenção:

Vantagens e desvantagens do uso da tração animal.

Regulagem, constituição, operação e manutenção de implementos.

Formas de utilização de ferramentas.

Ferramentas necessárias em uma microficina.

Motores.

Tratores.

Implementos mecanizados.

Tipos, constituição, regulagem e manutenção de implementos

mecanizadores.

Custo hora/máquina.

Rendimento do trabalho.

Considerações sobre dimensionamento.

Normas de segurança aplicadas no uso de máquinas.

Instalações agropecuárias e técnicas de construções rurais:

Considerações para a escolha de local para construções zootécnicas.

Principais materiais para construção.

Elaboração de planta baixa.

Elaboração de projetos zootécnicos e agrícolas.

Cálculo de material de construção.

Legislação pertinente.

METODOLOGIA

Considerando tratar-se de disciplina técnica, ela será desenvolvida através de

aulas explicativas, demonstração em apostilas de manutenção periódica de tratores

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e colheitadeiras, recursos audiovisuais, diálogo e debate em grupos, bem como

acompanhamento no campo das atividades do uso de equipamentos.

AVALIAÇÃO

Os alunos serão avaliados através de provas objetivas, trabalhos em grupo,

relatórios individuais e participação das atividades em campo, com os conteúdos

trabalhados ao longo de cada bimestre, além de uma avaliação individual por parte

do professor, considerando a participação individual e coletiva e frequência de cada

aluno, bem como o interesse e a assiduidade demonstrados ao longo das atividades

práticas.

BIBLIOGRAFIA BÁSICA:

GALETTI, Paulo A. Mecanização Agrícola, Preparo do Solo. Campinas: ICEA,

1981. 220p. 2 volumes.

MIALHE, Luiz Geraldo. Manual de Mecanização Agrícola. São Paulo: Agronômica

Ceres, 1974. 301p.

SILVEIRA, Gastão Moraes da. O preparo do solo, implementos, carretos. 3ª ed.

São Paulo: Globo, 1989. 243 p.

GUIA DO TÉCNICO AGROPECUÁRIO. Construções e instalações rurais.

Campinas. ICEA, 1982. 158p.

LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊS

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

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A aprendizagem em Língua Estrangeira Moderna é um importante

instrumento de acesso a informações de outras culturas e grupos sociais, dando

condições ao aluno do Ensino Médio de mobilizar-se para interagir com o meio em

que vive e o mundo que o cerca, pois estamos na era da globalização, da

informatização e tudo ao nosso redor exige o conhecimento de uma segunda língua

para poder interagir e fazer parte deste mundo globalizado, onde o que é novidade

hoje, amanhã torna-se obsoleto.

Desta forma, precisa-se assumir que, o papel da LEM no currículo é o de

contribuir para a formação de um sujeito crítico, preparando-o para que seja capaz

de interferir criticamente na sociedade.

Porém, precisa-se descobrir quem é este sujeito, que conhecimento da

língua que possui em que realidade está inserido, quais são suas aspirações, para

então definirmos os conteúdos e de que maneira trabalhá-los.

No entanto, devemos oportunizar a compreensão de enunciados de LEM,

possibilitando competência comunicativa, levando o educando a considerar o estudo

da Língua Inglesa como um meio de inserção da cultura de outros países que falam

inglês, levando-os a integrar-se no mundo atual e interdependente, caracterizado

pelo avanço tecnológico e pelo grande intercâmbio entre povos com vasta

pluralidade cultural, percebendo a importância da Língua Inglesa – considerada hoje

como instrumento de comunicação universal.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Antes de pensar em conteúdos estruturantes para a disciplina de língua

estrangeira moderna, é preciso delimitar o objeto de ensino da disciplina.

Se assumirmos a interação como fundamento para o nosso trabalho,

precisamos pensar o ensino-aprendizagem de uma LEM como algo significativo para

o aluno, que realmente garanta a sua interação, ou seja, a sua compreensão e

expressão na língua meta. Isso se dará através da apresentação ao aluno de uma

variedade de textos orais, escritos, visuais, ou seja, o discurso nos seus mais

variados gêneros, que estimulem a entrar no universo da LEM e a interagir com ele.

A partir destes textos, desenvolver-se-ão os seguintes tópicos:

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3Greetings

4Personal pronouns

5Verb to be (af., neg. and int.)

6Verb there to be (af., neg. and int.)

7Days of the week (Months/ Seasons and Comemoratives Dates)

8Present Continuous

9Simple Present Tense

10Ocupations and Nationalites

11Adjectives

12Past continuous

13Anomolous verbs: should, may, might and must, can.

14The Human Body

15Imperative form

16Verb to be and there to be in the past tense

17Present perfect tense

18Invitation: let’s go, would you like, I’m sorry, I’d love to, I can’t

19Proverbs

20Advertaiments

21Past perfect tense

22Passive voice

23Adverbs of manner, time, frequency, place

24Direct and indirect speech

25Phrasal verbs

26Simple future and conditional

27Health, drugs, CIDA, alcoholism

28Articles, horoscope

29Prepositions

30Numbers, hours, numbers: ordinal

31Comprehension texts about: drugs, nature, disease and others, related to

the course

32Vocabulary: clothes, food, technology, services, music, types of dances,

objects, sports, hygiene products, brandsand labels

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33Possessive pronouns, demonstrative pronouns, interrogative pronouns,

colors, plural of nouns, family, animals.

34Correspondência comercial.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

A Língua Estrangeira tem um papel valoroso e construtivo como parte

integrante na educação formal e envolve um complexo processo de reflexão sobre a

realidade social, política e econômica com um valor intrínseco importante no

processo da capacitação que leva à libertação.

Ao ensinar uma língua estrangeira é essencial uma compreensão teórica do

que é a linguagem, tanto do ponto de vista dos conhecimentos necessários para

usá-la quanto em relação ao uso que fazem desses conhecimentos para construir

conhecimentos no mundo social.

Pensando na realidade do nosso educando e no objetivo que o mesmo

deseja almejar, procurar-se-á dar ênfase na exploração de textos voltados às

atividades agropecuárias, oportunizando assim uma identificação de seus estudos e

técnicas com a língua estrangeira (LEM). A participação poderá ocorrer nas diversas

atividades a serem realizadas: leituras, trabalhos a serem abordados através de

músicas, filmes, documentários, tradução, interpretação, produção textual, jogos,

análises de textos diversificados, uso do computador com acesso do Portal Dia a Dia

Educação (SEED), livros didáticos, enfim, utilizar-se de todos os meios possíveis e

acessíveis para produzir conhecimento e entendimento da Língua Estrangeira.

LÍNGUA PORTUGUESA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

As diretrizes da proposta estão registradas na LDB e têm como referência a

perspectiva de criar uma identidade para a disciplina que tenha como eixo principal

preparar o aluno para o mundo contemporâneo.

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Na disciplina de Língua Portuguesa devem coexistir a respeito á diversidade,

a interatividade, a construção de significados. Para tanto, é importante a análise e a

interpretação de diferentes textos literários, contextualizados culturalmente.

Assim, a principal razão de qualquer ato que pretenda trabalhar a Língua

Portuguesa e a produção de sentido. O estudo da disciplina não acontece no vazio;

interage, comunica-se com os outros estudos. A Língua Portuguesa dever ser

compreendida como herança social que, uma vez assimilada, envolve os indivíduos.

Pelo seu simbolismo, língua e literatura não podem ser dissociadas enquanto

objetos de estudo e trabalho, da mesma forma que a produção textual e as

referencias gramaticais. Portanto, há que se entender a linguagem enquanto objeto

de estudo, em abordagem transdisciplinar.

METODOLOGIA

Trabalhar o hábito da reflexão sobre o uso da Língua portuguesa através da

realidade e da escrita;

Utilizar textos diversos para a construção de significações;

Promover a transdisciplinaridade;

AVALIAÇÃO

Será contínua, considerando a importância da diversidade de instrumentos e

situações que demonstrem o desenvolvimento do aluno. A avaliação será através de

observação do aluno na realização de tarefas em grupo ou individuais e também em

produções escritas.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Comunicação humana - elementos da comunicação; funções da linguagem;

tipos de texto; origens e domínios da Língua Portuguesa; figuras de linguagem;

denotação e conotação; linguagem, língua, fala e discurso; as funções da literatura;

linguagem literária e não-literária; gêneros literários; o texto poético; estilo individual

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e estilos de época; trovadorismo e Humanismo; teatro português; novelas de

cavalaria e poesia palaciana; classicismo (Camões Lírico e Épico); literatura de

Informação e literatura dos jesuítas; crase e pontuação; estruturas das palavras;

classes de palavras; Barroco e Arcadismo; concordância nominal e verbal; narração;

leitura e Interpretação de textos; texto narrativo; narrativa longa; técnicas de

descrição; o que é um texto; esquema de comunicação; tipos de discursos; vícios de

linguagem; técnicas argumentativas; romantismo; poesia; prosa romântica; principais

autores e obras; realismo e naturalismo; parnasianismo; simbolismo; pré-

modernismo; classes gramaticais; regência nominal e verbal; ortografia; obras

completas e fragmentos da literatura correspondente; textos de jornais, revistas e

livros; modalidades de redação; leitura, análise interpretação, reprodução - oral e

escrita; análise da estrutura do texto; reconstrução do plano do texto e dos

parágrafos; análise de opções expressivas variações lingüísticas (vocabulário);

análise de características lingüísticas e estilos; nível de conteúdo, clareza,

coerência, consistência argumentativa; redundâncias, paragrafação, adequação à

norma padrão; superação de marcas inadequadas de oralidade; pontuação, funções

textuais das conjunções, advérbios, pronomes, verbos, ou seja, as classes

gramaticais; regência verbal e nominal, variantes; período composto - subordinação

e coordenação; representação gráfica adequada (ortografia e acentuação); a

ciência; a natureza do conhecimento, cronologia do conhecimento; metodologia da

Pesquisa; tema, delimitação do tema, problema, hipótese, objetivo geral e objetivos

específicos, fundamentação teórica, metodologia, orçamento, cronograma,

referências bibliográficas e/ou bibliografia; enunciação e Análise de Discurso; tipos

de textos; coesão e coerência textual; principais elementos da coesão no texto

científico; metodologia do trabalho científico; normas de redação e de apresentação;

artigo; relatório; trabalho de conclusão de curso; texto argumentativo; resenha;

método científico; princípios de metodologia científica redação técnica, científica e

comercial; análise e interpretação da consulta bibliográfica; organização de Relatório

de Estágio; apresentação oral de Trabalhos Científicos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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AMARAL, Emília. FERREIRA, Mauro. Novas palavras. Literatura, Gramática,

Redação – Português. São Paulo: FTD. 2000. 575p.

_______________________________. Novas palavras. Literatura: a Arte

da Palavra. Português. Ensino Médio. São Paulo: FTD. 2003. 624p.

AGUILERA, Vanderci de Andrade. Técnica de Redação. Departamento de Letras

Vernáculas. Londrina: UEL. 1995. 88p.

FARACO, Carlos Alberto. Português: Língua e Cultura. 1ª e 2ª séries. Curitiba.

2005. 200p.

MAGALHÃES, Roberto. Texto Criativo – Mexendo com as Palavras. Caderno de

Redação. São paulo: Brasil S/ª 2000. 55p.

MAIA, João Domingues. Gramática – Teoria e Exercício. São Paulo; Ática. 2001.

327p.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio. Livro

Didático Público. Língua Portuguesa e Literatura. Ensino Médio. 2006. 208 p.

MATEMÁTICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A matemática tem o duvidoso privilégio de ser recomendada, invariavelmente,

por duas virtudes essenciais:

* Pela utilidade na resolução de problemas práticos, como linguagem natural

para prospecção quantitativa e qualitativa da realidade.

* Pelo seu efeito no desenvolvimento do raciocínio lógico em todos seus

movimentos, de análise, abstração, síntese e generalização, etc.

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A matemática deve ser vista como instrumento para a compreensão, a

investigação, a inter-relação com o ambiente, e seu papel de agente de

modificações no indivíduo, provando mais que simples acúmulo de conhecimento

técnico.

O tratamento metodológico pressupõe uma articulação natural para os

conteúdos e um tratamento baseado no princípio de que, sempre que possível, um

conteúdo não deva ser esgotado numa única abordagem, devendo ser retomado

para aprofundamento ou complementação.

Tendo em mente que o interesse do indivíduo por um assunto é maior quando

ele sente que este o auxilia na compreensão do mundo físico, ou na interação com a

sociedade, é possível e recomendável que no tratamento da maioria dos assuntos

se aplique os conceitos enfocados na solução de cotidiano, sem, contudo incorrer-se

em artificialismos.

METODOLOGIA

As aulas serão expositivas e dialogadas. Também serão utilizados vários

recursos pedagógicos e estratégias relacionando com a agropecuária e demais

disciplinas.

AVALIAÇÃO

Terá sentido de rever algumas das questões práticas com que se iniciou o

aprendizado, dando aos alunos a condição de avaliarem por si próprios, o sentido do

aprendizado que adquiriram, superando a concepção regulatória – punitiva.

Devemos considerar as aptidões dos alunos como a atenção, pontualidade,

responsabilidade e participação nos trabalhos em equipe.

Usarei vários instrumentos de avaliação, dentre eles destaco: Trabalhos

individuais e em grupos, pesquisas individuais e em grupos, elaborações de

conclusões, resolução de tarefas, provas escritas interesse e participação durante as

aulas e, frequência. A avaliação será processual e de caráter contínuo, e os alunos

terão oportunidade de fazer recuperação paralela que será registrado no diário de

classe.

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

História da matemática; álgebra: Símbolos da Matemática; Cálculo numérico

e algébrico; Propriedades da adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação e

radiciação; Conjuntos; Funções; Função do 1o grau; Função Quadrática; Função

Modular; Função Exponencial; Função Logarítmica; Sequencia, Progressões

Aritméticas e Geométricas; Matrizes; Determinantes; Sistemas Lineares; Análise

Combinatória; Teoria das Probabilidades; Polinômios; MATEMÁTICA FINANCEIRA:

Razões e Proporções; Regra de três simples e composta; Porcentagem; Juros

simples e compostos; TRIGONOMETRIA: História da Trigonometria; Razões

trigonométricas no Triângulo Retângulo; Unidades de medida de Arcos e Ângulo;

Circunferência Trigonométrica; Funções trigonométricas; Equações e Inequações

trigonométricas; Transformações trigonométricas; Números complexos; Resolução

de Triângulos quaisquer: Lei dos Senos e Lei dos Cossenos; GEOMETRIA:

Geometria Plana; Geometria Espacial; Geometria Analítica; Sistemas de Medidas:

Medidas de comprimento; Unidade fundamental; Múltiplos e submúltiplos; Perímetro;

Oficinas envolvendo as medidas de comprimento na horta; Medidas de superfície;

Unidade fundamental; área de figuras planas; Medidas agrárias; Alqueire e

resolução de situações problemas; Números reais e racionais; Cálculo de Montante;

Cálculo de taxa; Prazo e Tempo; Taxa nominal; Taxa real; Taxa proporcionais;

Taxas equivalentes; Taxa de descontos; Razão e proporção ESTATÍSTICA:

População e Amostra; Estatística Descritiva e Indutiva. Variáveis contínuas e

discretas; Gráficos; Distribuição de frequências; Histograma, polígono de

freqüências e ogiva; Média, mediana e moda; Amplitude total, desvio médio e desvio

padrão.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Livros Didáticos

Portal Dia a Dia Educação – SEED.

Sites específicos da área.

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Diretrizes Curriculares Estaduais.

PRODUÇÃO ANIMAL APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA:

A criação animal desempenha papel fundamental na sustentabilidade da

cadeia produtiva, os animais representam, portanto, fonte importante de alimentos

para a família – leite, ovos e carne –, além de significar renda monetária e poupança

a médio e longo prazos.

Os animais significam melhoria da fertilidade do solo e força de trabalho. Por

essa diversidade de usos é comum encontrar várias espécies de animais mesmo em

propriedades muito pequenas. E essa diversidade é escolhida empiricamente,

buscando sempre animais que mais se adaptem ao clima, tamanho, uso e finalidade

das propriedades.

Enfim, as práticas agrícolas desenvolvidas nas propriedades permitem

aproveitar eficientemente a biodiversidade disponível. Recursos vegetais e espaço

são distribuídos entre os animais e vegetação, segundo a época do ano, mas

também segundo o tipo de animal e a função que cumpre dentro da estratégia de

produção.

Além disso, nos dias de hoje devemos sempre ter em mente a necessidade

de práticas que respeitem o meio ambiente e que evitem sempre os desperdícios,

desse modo, formam-se sistemas integrados de criação animal, onde manejos

corretos de dejetos podem servir de sustentação para outras criações.

Assim, faz-se necessário, ao Técnico Agrícola, amplo conhecimento sobre

espécies animais, bem como, seus usos e formas de criação. Um manejo adequado

permite uma exploração racional dos animais bem como de recursos naturais dentro

das propriedades, permitindo uma auto-sustentabilidade e uma maior lucratividade,

evitando assim o êxodo de famílias rurais e um crescimento na Agropecuária

nacional.

Neste contexto a disciplina de produção animal tem por objetivo fornecer as

noções e conceitos fundamentais sobre Reprodução, Nutrição e Alimentação das

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diferentes espécies pecuárias, que possibilitem um melhor conhecimento dos

sistemas de produção.

A metodologia de trabalho a ser utilizada prioriza o enfoque sistêmico, a ação

coletiva e a participação dos alunos como atores co-responsáveis pelo

desenvolvimento de tecnologias e de soluções locais para os problemas

encontrados.

CONTEÚDOS

Introdução à Zootecnica; Importância sócio-econômica; Principais espécies de

interesse Zootécnico; Sistemas de criação animal; Noções e técnicas de manejo

animal; Noções e técnicas de manejo sanitário animal; Noções e técnicas de

forragicultura; Noções e técnicas de nutrição animal; Noções de melhoramento

animal.

Definição e conceituação de zootecnia;

Importância sócio econômica da criação de animais domésticos;

Estudo de animais domésticos:

Domesticação;

Estágios;

Fases;

Atributos dos animais domésticos;

Origem dos animais;

Taxonomia zootécnica;

Atributos étnicos:

Morfológicos;

Fisiológicos;

Influencia do meio ambiente sobre os animais de interesse zootécnicos;

Sistemas de criação:

Intensivo;

Semi-intensivo;

Extensivo;

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Orgânico;

Noções de melhoramento animal;

Anatomia e fisiologia do aparelho reprodutor masculino e feminino das espécies

de interesse zootécnico;

Reprodução animal aplicada:

Tipos de monta;

Métodos de analise e coleta de sêmen;

Inseminação artificial;

Tranferência de embrião;

Nutrição animal:

Anatomia e fisiologia do aparelho digestivo de monogástricos ruminantes;

Alimentos: definição, composição e classificação;

Nutrição animal:

Estudo dos nutrientes;

Estudo dos principais alimentos aditivos utilizados na alimentação animal;

Métodos de balanceamento das rações;

Sanidade animal: Epidemiologia, farmacologia, desinfetante e desinfecção;

Principais doenças infecto contagiosas e parasitárias;

Defesa sanitária animal;

Noções e técnicas de forragicultura.

METODOLOGIA

As aulas teóricas destinam-se a fornecer embasamento para as aulas práticas

e serão ministradas nos seguintes procedimentos:

* Aulas expositivas com auxílio de recursos audiovisuais; (TV pen-drive, DVDs,

multimídia);

* Dinâmicas de grupo para pesquisa e discussão dos conteúdos; (utilizando livros,

apostilas, revistas, jornais;

* Pesquisas na internet;

* Leitura e resumo de textos de interesse pessoal dentro das áreas da disciplina.

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As aulas práticas ajudam no desenvolvimento de conceitos científicos, além

de permitir que os estudantes aprendam como abordar objetivamente o seu mundo

e como desenvolver soluções para problemas complexos (LUNETTA, 1991).

Desta forma as aulas práticas serão utilizadas para retomada de conteúdos já

trabalhados, possibilitando uma nova visão dos mesmos e ampliando as formas de

visão de um tema.

Assim espera-se a geração de discussões sobre técnicas utilizadas

propiciando a exposição de idéias, a troca de conhecimento e respeito por opiniões

divergentes. As mesmas serão ministradas dentro das instalações da UDP (Unidade

Didático-Produtiva)

AVALIAÇÃO:

A avaliação consistirá de duas (2) provas escritas e individuais com igual

peso, perfazendo o total de dez pontos, versando sobre o conteúdo teórico [caráter

objetivo e/ou dissertativo]. A periodicidade será acordada com os alunos de acordo

com as diferentes etapas trabalhadas no conteúdo programático.

Serão avaliados relatórios de aulas práticas onde cada relatório valerá dez

pontos e a participação dos alunos nas mesmas com mesmo peso.

Trabalhos extraclasse também serão avaliados e cada um deles valerá dez

pontos.

A recuperação dos conteúdos será em caráter paralelo para os alunos que

não atingirem a média mínima visando à recuperação dos conteúdos.

PRODUÇÃO VEGETAL

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

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Principais culturas de interesse econômico e social. Importância socio-

econômico; Técnicas de plantio, tratos culturais, colheita e armazenamento das

principais culturas; cultura de interesse bioenergético: cana-de-açúcar, girassol e

oleaginosas em geral.

CONTEÚDOS:

- Culturas secundárias : Algodão, café, cana-de-açúcar,arroz.

Importância socioeconômica;

Classificação botânica;

Morfologia das plantas;

Variedades recomendadas (zoneamento);

Época de plantio;

Técnicas de preparo do solo;

Adubação e calagem;

Plantio;

Densidade;

Lotação por área;

Tratos culturais;

Pragas,doenças,e ervas daninhas;

Colheita;

Beneficiamento e armazenagem;

Comercialização e transporte;

-Culturas de Fumo, Girassol, Pinhão manço.

Importância socioeconômica;

Classificação botânica;

Morfologia das plantas;

Variedades recomendadas (zoneamento);

Época de plantio;

Técnicas de preparo do solo;

Adubação e calagem;

Plantio;

Densidade;

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Lotação por área;

Tratos culturais;

Pragas,doenças,e ervas daninhas;

Colheita;

Beneficiamento e armazenagem;

Comercialização e transporte;

-Forragicultura;

Classificação Geral das forrageiras;

Espécies anuais e perenes;

Métodos de propagação: vegetativos e por sementes;

Conservação das forrageiras;

-Culturas de verão:milho, soja,feijão, trigo, triticale, cevada

Importância socioeconômica;

Classificação botânica;

Morfologia das plantas;

Variedades recomendadas (zoneamento);

Época de plantio;

Técnicas de preparo do solo;

Adubação e calagem;

Plantio;

Densidade;

Lotação por área;

Tratos culturais;

Pragas,doenças,e ervas daninhas;

Colheita;

Beneficiamento e armazenagem;

Comercialização e transporte;

Objetivos:

- Os alunos terão noção da história e da importância da olericultura, ao tipo

de exploração, conhecendo também a classificação botânica das olerícolas;

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- Irão dar mais atenção aos fatores externos, como luz, temperatura, umidade,

bem como a importância e viabilidade do emprego do emprego do cultivo protegido

para olerícolas;

- Os alunos terão noções para que servem os nutrientes específicos conforme

exigência das diferentes cultivações, além dos diferentes controles adotados contra

pragas, doenças e plantas daninhas ou invasoras;

- Destaque também, para que antes da produção devem ater-se aos

princípios da comercialização;

- Os alunos, a demais obterão conhecimento abrangendo algumas olerícolas

no tocante ao mecanismo de produção das mesmas;

Metodologia e Recursos (Didáticos e tecnológicos).

- Aulas expositivas com auxílio dos recursos áudio-visuais (TV pen drive, retro

projetor e data show);

- Acompanhamento a campo nas aulas práticas;

- Monitoramento no manejo da horta da instituição, colocando na prática o

conhecimento adquirido em sala de aula;

- Visita às propriedades rurais produtoras de olerícolas.

Avaliação

- Buscar uma avaliação qualitativa antes de quantitativas;

- Resgatar o conhecimento concreto antes do abstrato;

- A cada aula ministrada onde couber apresentação do assunto proposto,

utilizando recurso tecnológico (ex. DVD), será solicitado para o aluno um relatório;

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- Será solicitado a realização de um trabalho escrito por equipe de alunos (no

máximo com quatro componentes) por bimestre, o qual será entregue na data da

realização da avaliação escrita. O valor deste ficará compreendido entre 0 (zero) a

1,5 (um ponto e meio);

- A avaliação escrita terá como enfoque questão única com valor de 0 (zero) a

7 pontos, esta abrangendo todos os tópicos decorridos no bimestre, onde o aluno

discorrerá sobre os mesmos;

- Para perfazer o valor de 0 (zero) a 10, o aluno descreverá sobre o referido

trabalho proposto e entregue, o qual terá um valor de 0 (zero) a 1,5 (um ponto e

meio).

- Desta forma, o trabalho escrito e entregue, avaliação escrita e descrição

escrita do trabalho, fechará a nota bimestral do aluno.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

- Manuais técnicos da Embrapa, EPAGRI, IAPAR, EMATER.

- Circulares técnicos das estatais, Fundações e autarquias citadas acima;

- Internet;

- Manual de olericultura Vol II – Filgueira, F. A. R.;

- Periódicos e revistas sobre olericultura.

QUÍMICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A química enquanto ciência, estrutura através de teorias os conhecimentos e

interpretações que o homem adquire da natureza. Ela reagrupa a multiplicidade das

observações e das experiências em relação às transformações em conjunto, cujos,

elementos são unidos por meio de leis.

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A cada dia, novos produtos são lançados no mercado e todos esses produtos

têm uma mesma base: arranjos diferenciados de átomos, por exemplo, rações,

adubos, etc.

Essa busca do conhecimento e interpretação da natureza, da procura de

novas fontes de energia, do entendimento dos mecanismos da vida, tem levado o

homem a compreender o seu meio e as grandes forças que o dominam.

O aluno deve ser levado a entender as idéias fundamentais dessa ciência,

levando-o a utilizá-las para compreender melhor as manifestações da Química nos

vários aspectos da vida atual.

A Química deve permitir a compreensão do que ocorre na natureza e os

benefícios que ela concede ao homem, ao mostrar a necessidade de respeitar o

equilíbrio da natureza.

A Química proporcionará a discussão da função da ciência química na

sociedade e despertará o espírito crítico e pensamento científico, formando

indivíduos pensantes e produtivos em busca da melhoria da qualidade de vida.

A Química baseia-se no estudo de matéria e suas transformações, o objeto

da química. A matéria é formada por elementos químicos (caracterização). A

interação destes elementos, através de ligações químicas, dá origem às substâncias

químicas que, por sua vez, ao interagirem entre si (transformação) produzem novos

materiais.

METODOLOGIA

As aulas serão expositivas e dialogadas. Sempre que possível far-se-á aulas

práticas no laboratório. Também serão utilizados vários recursos pedagógicos e

estratégias relacionando ocasionalmente com a agropecuária e demais disciplinas.

AVALIAÇÃO

Terá sentido de rever algumas das questões práticas com que se iniciou o

aprendizado, dando aos alunos a condição de avaliarem por si próprios, o sentido do

aprendizado que adquiriram, superando a concepção regulatória - punitiva. Serão

utilizados vários instrumentos de avaliação, dentre eles destaco: trabalhos

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individuais e em grupos, elaborações de conclusões, resolução de tarefas, provas

escritas, interesse e participação durante as aulas e, freqüência. A avaliação será

processual e de caráter continuo.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Modelos atômicos; alotropia; elementos químicos; aspectos técnicos da

química moderna; tabela periódica; número de oxidação; sistemas substância e

misturas; funções e reações inorgânicas; Leis das Reações Químicas; massa

atômica, molecular e mol; estudo dos gases; estequiometria; soluções;

termoquímica; oxirredução; química orgânica suas funções e reações; isomeria;

compostos orgânicos; solos – formação micro e macro nutrientes, reações;

esterilização e desinfecção.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio. Livro

Didático Público. Química. 2006. 248p.

MACEDO, M. Urbano de. Carvalho, Antonio. Química. São Paulo. 2001. Instituto

Brasileiro de Edições Pedagógicas. 407p.

SARDELLA, Antonio. Química. São Paulo: Ática. 2003. 361p.

SOCIOLOGIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

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A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9.394, de 1996) abriu

perspectivas para a inclusão da Sociologia nas grades curriculares, uma vez que em

seu art.36, §1º, inciso III, expressa a importância do “domínio dos conhecimentos de

Filosofia e Sociologia necessários ao exercício da cidadania”.

A partir do segundo semestre de 2007, todas as escolas têm de oferecer as

disciplinas em duas aulas por semana durante pelo menos um dos três anos do

curso, porque em 7 de julho de 2006, o Conselho Nacional de Educação aprovou,

com base na Lei 9.394/96, a inclusão da Filosofia e da Sociologia no Ensino Médio.

A década de 1980 foi pródiga em manifestações pró-inserção da disciplina de

Sociologia no ensino médio, em vários estados brasileiros, aproveitando o momento

propiciado pela redemocratização do país. Mobilizações sociais ganham força

quando carreiam ações de diferentes agentes institucionais e, no Paraná, uma

campanha teve à frente o Sindicato dos Sociólogos do Estado do Paraná.

Com a conclusão, em 1988, da Proposta de Reestruturação do 2º grau no

Paraná, implementada em 1990 oficialmente, a Sociologia não chegou a ser

considerada disciplina obrigatória e às escolas foi dada a prerrogativa de implantá-la

ou não. Em 1991, foi implantada proposta de conteúdos e metodologias para a

Sociologia da Educação nos cursos de magistério da rede estadual, elaborada

anteriormente em ação conjunta da Secretaria de Educação do Estado e a

Universidade Federal do Paraná.

Secretaria Estadual de Educação (SEED), de 1991 a 1994, desenvolve ações

para fortalecer a Sociologia. Outro indicativo deste direcionamento institucional em

prol da Sociologia é a elaboração entre 1993 e 1994 de uma proposta de conteúdos,

como a diretriz estadual para a Sociologia, sob a responsabilidade de técnicos

pedagógicos do Departamento de Ensino de 2º grau da SEED (DESG) com a

consultoria de professores de diferentes instituições de Ensino Superior, entre elas:

FE-USP; UFSC e UFPR.

A Lei de Diretrizes e Bases (LDB) é promulgada em 1996 e reabre o debate

sobre a inclusão da Sociologia no Ensino de 2º grau, que ganhou âmbito nacional.

Poucas escolas, no Paraná, ofertavam a disciplina em seu programa, uma vez que a

autonomia das escolas trazia flexibilidade para que cada estabelecimento de ensino

criasse novas disciplinas e as incluísse nas respectivas matrizes curriculares. Nesse

contexto foi criado, em 1998, na Universidade Estadual de Londrina, um projeto de

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extensão denominado “A Sociologia no Ensino Médio”, que resultou na

implementação da disciplina em todas as escolas do Núcleo Regional da Educação

de Londrina no ano de 1999.

Em 1997 e 1998, a disciplina foi incluída na base nacional comum dos

currículos e introduzida também nas escolas estaduais paranaenses, em 2000, a

determinação da diminuição da carga horária total das aulas semanais.

Em 2002 e 2003, a disciplina de Sociologia se manteve em 50% das escolas

paranaenses que, a partir de 2005, recebem professores concursados, em 2004.

A obrigatoriedade do ensino da disciplina a partir de 2007, determinada pelo

Conselho Nacional de Educação, levou à inclusão da Sociologia em todas as

escolas de Ensino Médio do estado. A escola é livre para determinar a série em a

disciplina será ofertada, mas na instrução normativa n. 015/2006 – SUED/SEED é

defendido o princípio de eqüidade entre as disciplinas, de modo a garantir um

mínimo de duas aulas semanais para todas as disciplinas nas séries em que são

ofertadas.

Todo conhecimento é histórico e guarda um potencial de mudança da

realidade, quando se investe tempo e recursos na formação humanística e crítica de

um jovem, ele será um profissional mais consciente do seu papel social, não apenas

com vistas à remuneração e status que possa auferir. Com certeza, conquistará a

condição de cidadão muito antes de se tornar adulto. E para a cidadania é

importante que ele se sinta um entre iguais e não apenas um entre outros com os

quais não se identifica. Como se expressa Sarandy (2001): “Quando o aluno

compreende que os cheiros, os gestos, as gírias, as tensões e conflitos, as lágrimas

e alegrias, enfim, o drama concreto dos seus pares, é em grande medida resultante

de uma configuração específica de seu mundo, então a Sociologia cumpriu sua

finalidade pedagógica”.

METODOLOGIA

Em sociologia contemplamos levantamento de problematizações,

contextualizações, investigações e análises, encaminhamentos que podem também

ser enriquecidos, através de recursos audiovisuais e tecnológicos a fim de que o

aluno seja colocado como sujeito de seu aprendizado, faz-se necessária a

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articulação constante entre as teorias sociológicas e as análises, problematizações e

contextualizações propostas, assim permitindo que os conteúdos estruturantes

dialoguem constantemente entre si. É importante garantir a relação com a atualidade

e conseqüente contextualização com as outras áreas do conhecimento.

AVALIAÇÃO

Ao avaliar é importante considerar o conhecimento prévio e o potencial já

consolidado do aluno em desenvolvimento, as hipóteses e os domínios bem como

relacioná-las com as mudanças que ocorrem no processo de ensino aprendizagem.

Cabe ao professor identificar a evolução ou, o desenvolvimento do educando a partir

da construção do conhecimento e a conseqüente apreensão dos estudantes que

devem ser avaliados de forma contínua e cumulativa.

A avaliação deve ter um caráter diagnóstico e possibilitar ao educador avaliar

o seu próprio desempenho como docente, refletindo sobre intervenções didáticas e

ou possibilidades de como atuar no processo de aprendizagem dos alunos, não

mais em ser passivo diante dos conteúdos, mais um agente do conhecimento.

Dar condições ao professor de tomar decisões quanto ao aperfeiçoamento

das situações de aprendizagem proporcionando dados para reformulação dos

conteúdos e metodologia de trabalho.

Sendo diagnóstica, permanente e acumulativa, utilizando técnicas e

instrumentos diversificados, criando condições para que os alunos preocupem-se

mais com aplicações dos conhecimentos do que com a memorização.

Observando a socialização, a participação, o interesse do educando e o

crescimento do mesmo na aquisição de conhecimentos associados a todos, de

acordo com as necessidades que ele apresente.

Vale salientar que todas as atividades propostas como referencial de

avaliação possuem o peso de 0 a 10.

Havendo necessidade de recuperar o conteúdo, haverá a possibilidade da

recuperação paralela, prevalecendo a maior nota atribuída. Assim auxiliando o aluno

e o estimulando a aprender.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO DO Paraná. Departamento de Ensino

Médio: Diretrizes Curriculares de Sociologia, 2007.

Livro Didático Público do Paraná - Sociologia

Portal Dia-a-Dia Educação do Paraná

JOHNSON, Allan G. Dicionário de Sociologia: guia prático da linguagem sociológica.

Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1997.

Revista Ciência &Vida Sociologia Especial, 2008.

SOLOS

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Nesta proposta pedagógica curricular da disciplina de Solos busca-se atingir e

formar o conhecimento dos alunos pela abordagem dos conteúdos explicativos da

formação (geologia) e correta conservação dos solos, bem como a sua correta,

correção e adubação para o incremento da produtividade agropecuária.

O aluno deverá adquirir os conhecimentos e práticas relativos ao

planejamento, execução, manejo e uso racional e equilibrado do solo, bem como

dos recursos hídricos.

Deverá conhecer as classificações de solos das principais regiões brasileiras

e do mundo; bem como suas possíveis limitações e técnicas corretivas, práticas de

controle da erosão – mecânicas e vegetativas. Ao identificar as classes de

capacidade de uso do solo, recomendar as vocações das terras.

Ao reconhecer os componentes do solo e interpretar sua análise

corretamente, recomendar os corretivos e adubos necessários a cada cultura.

Dentre os métodos de conservação do solo, dominar as técnicas do plantio

direto e adubação verde; bem como os benefícios da adubação orgânica e técnicas

alternativas de agricultura.

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Dá-se ênfase ä formação de uma consciência humanista e de pluralidade

cultural que visa o bem comum e a preservação dos recursos naturais e eventual

recuperação dos mesmos.

METODOLOGIA

Na disciplina de Solos serão utilizados múltiplos métodos de aquisição do

conhecimento e do saber, tais como: aulas expositivas dialogadas, provocativas,

investigativas. Utilização de recursos variados (datashow, retroprojetor, DVD, vídeo

cassete, etc.), TV, canais rurais e cursos audio-visuais, com os respectivos estudos

e relatórios. Utilização do laboratório de informática para pesquisas nos sites da

EMBRAPA, IAPAR, UFPR, SEED. Consultas na biblioteca a livros, manuais e

compêndios agronômicos, florestais (silvicultura) e ecológicos. Abordagem de

conteúdos em estudos em grupo, debates e questionários. Estudos práticos ao ar

livre – plantio de árvores (nativas, exóticas, frutíferas). Visitas técnicas à

propriedades rurais e aulas práticas na fazenda escola.

Gênese e formação do solo; características físicas, químicas e biológicas do

solo; análise de solo; adubos e adubação; classificação dos solos; capacidade de

uso de solo; adubação verde; rotação de culturas; plantio direto; práticas

conservacionistas; legislação de uso e manejo de solo.

AVALIAÇÃO

A avaliação na disciplina de Solos leva em conta a aprendizagem qualitativa,

cumulativa e contínua. Detectando-se e interpretando-se os dados do progresso e

evolução da aprendizagem do aluno e do trabalho do professor, objetiva-se

acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem, o conhecimento e

entendimento adquirido no dia-a-dia escolar. Outro objetivo é avaliar a necessidade

de inclusão de conteúdos pertinentes à disciplina de Solos, bem como reformulação

de conteúdos antigos e suas metodologias de estudo e aprendizagem.

Serão utilizados os seguintes instrumentos de avaliação: identificações,

práticas, comparações, análises, produções de texto e imagens, interpretações de

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análises, sínteses, reestruturação de conhecimentos, esquemas, expressã9o de

opiniões, auto-avaliações, palestras, seminários.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA, Fernando S. A alelopatia e as plantas. Circular nº 53. Outubro/88.

Instituto Agronômico do Paraná.

ANDA. Associação Nacional para Difusão de Adubos. Vocação da Terra.

__________________________________________ . Boletim Técnico nº 08.

Micronutrientes, filosofias de aplicação e eficiência agronômica.

BOLETIM Nº. 200, IAC (Vários Autores)

CASTRO, Paulo Santana. Recuperação e conservação de Nascentes. EMATER.

Análise de Solos. Inf. Téc. 31.

GALETI, Paulo Anestar. Instituto Campineiro de Ensino Agrícola. Práticas de

Controle da Erosão.

IFA. International Fertilizer Industry Associaton. Trad. ANDA Associação Nacional

para Difusão de Adubos. O uso de Fertilizantes Minerais e o Meio Ambiente.

LEPSCH, I.F. Formação e conservação de solos.

LORENZI, Harri. Árvores Exóticas do Brasil. Madeireiras, ornamentais e

aromáticas. São Paulo: Plantarum. 2003.

____________. Manual de Identificação e Controle de Plantas Daninhas –

Plantio Direto e Convencional. São Paulo; Palntarum. 2006.

MALAVOLTA, E. Adubos e adubações.

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MARTINS, Sueli Sato. Recomposição de Matas Ciliares no Estado do Paraná.

SEMA/ COCAMAR/ UEM/ IAP/ OCEPAR. Clichetec. 2005. 32p.

MAZUCHOWSKI, T.Z. Planejamento Conservacionista (Emater- PR)

VIEIRA, LUCIO S. Manual da Ciência do Solo.

Sites: Clipping Agropecuário, EMBRAPA, IAPAR, EMATER, SEED, SEAB, Página

Rural.

DISCIPLINAS DA GRADE DE CESSAÇÃO:

CULTURAS

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A disciplina de Culturas tem uma importância muito grande dentro da

formação técnica, pois a busca por produção de alimento é constante frente às

demandas da população mundial.

A disciplina visa um profissional com uma responsabilidade tal que expresse

na produção local, regional, nacional e global, aplicando seus conhecimentos dentro

de uma “empresa” agrícola para que consiga explorar de forma racional os recursos

naturais existentes na propriedade, respeitando as tendências de mercado bem

como a cultura regional.

No decorrer dos estudos, o aluno deve ser capacitado para o planejamento,

condução e finalização de todo o ciclo de uma cultura, identificando a anatomia,

fisiologia, fito, entomologia – aspectos relacionados à cultura. Essencial também o

aprendizado no que se refere às técnicas de preparo de solo, tratos culturais,

colheita, beneficiamento, armazenagem, transporte e comercialização da cultura

estudada.

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Ementa

Culturas primárias e culturas secundárias: importância sócio-econômica;

classificação botânica; variedades; época de plantio; técnicas de preparo de solo;

tratos culturais; colheita; beneficiamento e armazenagem; comercialização e

transporte.

METODOLOGIA

Exposição dialogada, provocativa e investigativa.

Utilização de manuais relativos ao assunto

Utilização de vídeos, softwares e outros multimeios.

Aulas práticas na fazenda escola, complementando os conteúdos das aulas teóricas.

AVALIAÇÃO

Acompanhar o desempenho do aluno através de avaliações práticas/ teóricas

onde se possa identificar a apreensão do conteúdo. A avaliação será de forma

qualitativa, cumulativa e contínua utilizando vários recursos:

Identificações e comparações (de pragas, doenças, adubação, tipos de solo, etc).

Interpretações de textos relativos à cultura estudada.

Levantamento de dados (análises de produtividade).

Visitas técnicas (propriedades produtoras das principais culturas)

Relatórios (diagnósticos de pragas e doenças).

Pesquisa de campo (desenvolvimento das culturas).

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Sítios na Internet: EMBRAPA, IAPAR, CIDASC, EPAGRI, EMATER, SEAB.

http://www.seed.pr.gov.br

Compêndio de Culturas.

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INFORMÁTICA APLICADA À AGROPECUÁRIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O setor agropecuário, apesar de ser um dos maiores e mais importantes da

economia brasileira, até poucos anos atrás encontrava-se completamente à margem

da verdadeira revolução que varreu o mundo de ponta a ponta, mudando

radicalmente o comportamento e desempenho da maioria dos setores da economia

mundial: a chamada “revolução da informação”.

A informática, principalmente desta revolução, surgiu justamente para

possibilitar o acúmulo de grandes volumes de informações, possibilitar a pesquisa

sobre estes dados de forma rápida e eficiente; possibilitar a sua transmissão por

todo o planeta de forma quase instantânea.

Ao contrário dos demais setores da economia do país, este setor, na época

de início da “revolução da informação”, possuíam uma característica muito própria: a

falta de concorrência externa.

O produtor rural, até bem pouco tempo atrás, para ganhar dinheiro e

sobreviver em suas atividades não precisava ser melhor do que o seu vizinho pois,

literalmente, não existiam concorrentes para lhe tirar o mercado.

Mas o mundo mudou as portas entre os países se abriram, e o setor

agropecuário desta vez não pode ficar imune a estas mudanças, ele sabe que tem

necessidade de se tornar competitivo.

E é justamente devido a esta nova consciência que está se formando que o

setor primário está abrindo as suas portas à revolução da informação da mesma

forma que os setores urbanos o fizeram há mais de trinta anos.

Neste contexto é que o estudante deve reconhecer o papel da informática na

organização da vida sócio-cultural e na compreensão da realidade, relacionando o

manuseio do computador a casos reais, ligados ao cotidiano do estudante, seja no

mundo do trabalho, na educação ou na vida privada, devendo reconhecer a

informática como ferramenta para novas estratégias de aprendizagem, capaz de

contribuir de forma significativa para o processo de construção do conhecimento nas

diversas áreas.

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Ementa

Hardware, software, sistemas operacionais, editores de texto, planilhas

eletrônicas, softwares de apresentação, Internet, navegadores pela Internet,

Metodologia do Planejamento de Pesquisa, fases da elaboração de um projeto

utilizando ferramentas de sistemas operacionais (escolha do tema, formulação do

problema, construção de hipóteses, revisão bibliográfica, amostragem, seleção de

métodos e técnicas, construção de instrumentos de pesquisa e coleta de dados,

tabulação, análise de instrumentos e procedimentos metodológicos),softwares

aplicados à agropecuária, softwares agropecuários.

METODOLOGIA

Considerando a busca e a necessidade de informações atualizadas, serão

utilizados recursos educacionais encontrados na rede mundial de computadores.

Serão utilizados softwares procurando a interdisciplinaridade com as

disciplinas do núcleo comum e da agricultura e pecuária, sendo utilizada exposição

dialogada, provocativa e investigativa.

AVALIAÇÃO

Tem por finalidade acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem,

proporcionando informações que permitam a reformulação de conteúdos,

metodologia e instrumentos, estudando e interpretando os dados da aprendizagem e

do trabalho do professor, de forma qualitativa, cumulativa e contínua.

Serão utilizados os seguintes instrumentos: identificações, comparações,

análises, produções, interpretações, sínteses, reestruturação de textos, aplicação de

conhecimentos, expressão de opiniões, palestras e seminários.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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http://www.infowester.com/linux5.php

http://www.pr.gov.br/telecentros

http://www.seed.pr.gov.br

http://www.br-linux.org

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Departamento de

Ensino Profissional: Diretrizes Curriculares Nacionais. Linguagens, Códigos e suas

Tecnologias. 1999. 133p.

FERRARI, Fabricio A. Curso Prático de Linux. São Paulo: Universo dos Livros,

2007. 128p.

IRRIGAÇÃO E DRENAGEM

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A disciplina de irrigação e drenagem aborda a importância do fornecimento do

nutriente H2O as plantas cultivadas bem como o controle do seu excedente

(drenagem), de maneira a atingir o incremento da produção Agropecuária, esta

disciplina capacita o Técnico em Agropecuária a planejar, executar, assessorar

projetos de irrigação e drenagem.

Na atualidade o técnico agropecuário torna-se um mediador destas tecnologias

ao agricultor no campo disponibilizando-lhe informações técnicas e ações de

soluções de baixo custo para disponibilizar o fator água nos cultivos agrícolas de

que se faz necessário.

Ementa

Importância, qualidade da água para irrigação, relação solo – água – clima –

planta, infiltração, ponto de murcha, evapotranspiração, turno de rega, captação e

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condução de água para irrigação, equipamentos de irrigação, métodos de irrigação,

importância da drenagem, tipos de drenos, cálculos, condutividade.

METODOLOGIA

Utilização de copias xerox de textos selecionados, com levantamento de

questões para estudo dirigido, individual ou em equipe, elaboração de síntese,

resumo, textos (papers), aulas expositivas com giz e quadro, datashow, TV-

Pendrive, vídeos K-7, DVD, construção de cartazes, projetos, cálculos, exposição de

equipamentos e tecnologias, dinamização de equipes.

AVALIAÇÃO

Utilização de provas objetivas e subjetivas, trabalhos individuais ou em grupo,

papers, projetos, avaliação da participação do aluno, capacidade de pesquisar com

objetividade em livros, sites técnico-pedagógicos, compêndios agrícolas, interpretar

gráficos, tabelas, equipamentos. Avaliação do interesse e dedicação aos assuntos

da disciplina no seu contexto humano também.

Os alunos que não atingirem a nota mínima devem ter acesso a recuperação

paralela através de trabalhos e/ ou provas. Os critérios utilizados na avaliação vão

desde a simples presença dos alunos, sua freqüência, realização de exercícios e

atividades didáticas e o diálogo com o professor nos trabalhos em equipe, seu grau

de participação, interesse e desempenho.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SALASSIER,Bernardo; Manual de Irrigação; Editora UFV; Viçosa – 2005.

Withers, Bruce; Irrigação: projeto e pratica. Editora Nobel. São Paulo.

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Catálogos de Empresas: Schneider Motobombas - manual de irrigação:

considerações gerais sobre culturas agrícolas, dimensionamento de sistemas de

irrigação, tabelas para dimensionamento e informações gerais.

CONSTRUÇÕES E INSTALAÇÕES

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Os primeiros Homo Sapiens refugiaram-se nos lugares que a natureza lhes

oferecia. Esses locais poderiam ser aberturas nas rochas, cavernas, grutas ao pé de

montanhas ou até no alto delas. Mais tarde eles começariam a construir abrigos com

as peles dos animais que caçavam ou com as fibras vegetais das árvores das

imediações, que aprenderam a tecer, ou então combinando ambos os materiais.

É somente no final do neolítico e início da idade do bronze que surgem as

primeiras construções de pedra, principalmente entre os povos do Mediterrâneo e os

da costa atlântica. No entanto, como esses monumentos colossais tinham a função

de templo ou de câmaras mortuárias, não se tratando de moradias, seu advento não

melhorou as condições de habitação, quando foi eleito o abrigo, como sendo a

construção predominante nas sociedades primitivas, será o elemento principal da

organização espacial de diversos povos. Este tipo de construção ainda pode ser

observado em sociedades não totalmente integradas na civilização ocidental, como

os povos ameríndios, africanos, aborígines, entre outros.

A presença do abrigo no inconsciente coletivo destes povos é tão forte, que ela

marcará a cultura de diversas sociedades posteriores: vários teóricos da arquitetura,

em momentos diversos da história, na Antiguidade e na mais recentemente)

evocarão o mito da cabana primitiva. Este mito, variando de acordo com a fonte,

prega que o ser humano recebeu dos deuses a Sabedoria para a construção de seu

abrigo, configurado como uma construção de madeira composta por quatro paredes

À medida que as comunidades humanas evoluíam e aumentava também a

necessidade de novas construções com utilização de diversos materiais como

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madeira, argila, pedras, galhos, troncos etc. tanto para morar, como para armazenar

alimentos, confinar animais, armazenar água, represar água irrigar a terra etc.

Dentre as atividades do técnico em agropecuária, definida pela Lei nº 5.24/68

e Decreto nº 90.902/85, que regulamentam o exercício profissional desta categoria

destacam-se a elaboração de projetos de instalações rurais, de menor

complexidade; portanto o Técnico em Agropecuária deverá ter ao longo de sua

formação os conceitos básicos para elaboração desses projetos, no que se refere à

elaboração das plantas e a construção propriamente dita. Para o desenvolvimento

dos conteúdos referentes à elaboração dos projetos de locação da obra para

execução, são necessários os conteúdos Matemáticos, como desenho geométrico,

trigonometria, medidas de comprimento, superfície e volume, proporção.

Dessa forma, a disciplina de Construção e Instalações Rurais deverá proporcionar

ao futuro Técnico em Agropecuária as condições para a execução dos projetos de

construções e instalações econômicas e adequadas às atividades agropecuárias,

como: Pequenos açudes e poços para coleta de água, fossas, cercas e muros,

abrigo para animais, instalações elétricas e hidráulicas, silos, galpões, pontes,

pontilhões, bueiros, portões e estufas.

Ementa

MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO, Origem, classificação, utilização, durabilidade,

custo.

NOÇÕES DE MARCENARIA E CARPINTARIA, tipo de madeiras, bitola, tipos de

ferramentas, serras manuais e elétricas, esquadro, nível, e instrumentos de medidas

como: trena, metro, paquímetro etc.

NOÇÕES DE ALVENARIA, alinhamento, nível, ângulos, noção de proporção na

mistura de argamassa, confecção das ferragens.

OBJETIVOS: Identificar o material mais adequado para o tipo de construção

desejado, observando a disponibilidade, durabilidade e custo.

Realizar o alinhamento, o esquadro e nível de uma construção.

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PRINCIPAIS ETAPAS DE CONSTRUÇÃO DE UMA OBRA, projeto, escolha e

preparação do local, fundação, execução da obra.

CONSTRUÇÃO DE MADEIRAS E ALVENARIA, pontes, pontilhões, abrigos para

animais, cochos, cercas, bueiros, portões, cocheiras, galpões, garagens, silos,

armazéns, esterqueiras, biodigestores etc.

OBJETIVOS: Identificar o tipo de madeira mais adequado para a obra.

Identificar a bitola de: pregos, parafusos mais adequado para fixação da madeira.

Realizar cortes em ângulos e encaixes.

Conhecer e aplique o conceito de prumo, nível e alinhamento.

Realizar o caimento adequado para cada construção.

Realizar a mistura de argamassa, de acordo com a proporção para cada tipo de obra

ou acabamento.

INSTALAÇÕES ELÉTRICAS, cuidados no manuseio de eletricidade, voltagem,

monofásico, trifásico, disjuntores, chave geral, tipos de ligações elétricas, bitola de

fios elétricos, símbolos utilizados, aterramento, isolantes, circuitos elétricos, tipos de

corrente elétrica, consumo de energia elétrica, unidades de medidas.

INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS, caimento, bitolas de tubos e conexões, tipos de

bombas, registros e torneiras, reservatórios,

OBJETIVOS: identificar o tipo de fio correto para cada instalação elétrica.

Isolar corretamente fios elétricos.

Utilizar sempre ferramentas isoladas.

Compreender os circuitos elétricos.

Realizar um encanamento e identificar o tipo de bitola de cano e conexões.

ACABAMENTO E PINTURA, colocação de lajotas, azulejos, ladrilhos, forro, beraus,

rodapés, meia cana, portas e janelas. Etc. pintura de paredes de alvenaria, de

madeira e de ferro com rolo, pincel e com pistola de ar.

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CONSERVAÇÃO E REPAROS: troca de telhas de barro e de eternit, substituição de

vigas, caibros, tabuas, portas, portões, janelas, canos e conexões, fiações elétricas,

fechaduras, travas, dobradiças etc.

OBJETIVOS: Realizar pequenos consertos nas propriedades rurais.

Realizar cálculo de quantidade de tinta de acordo com a metragem quadrada.

Realizar pintura com rolo pincel ou pistola em madeira, alvenaria e ferro.

METODOLOGIA

Na concepção tradicional de ensino, o conceito de ensinar está ligado a um

sujeito (professor) que por suas ações, transmite conhecimento e experiências a um

aluno, que tem por obrigação receber, absorver e reproduzir as informações

recebidas. Já em outra perspectiva, o professor é figura fundamental no processo de

aprendizagem, tendo a oportunidade de desenvolver o papel de mediador,

facilitador, incentivador e motivador na construção da aprendizagem do aluno.

Nesse sentido, o papel explícito do professor é o de intervir, na zona de

desenvolvimento proximal dos alunos, provocando avanços que não aconteceriam

espontaneamente. Tão importante quanto à transmissão de conhecimento é a

promoção de situações que motivem os alunos rumo ao conhecimento, que seja

através de troca de informações com colegas, quer seja no aprendizado de

conceitos científicos. Tendo em vista a esta matéria à metodologia empregada será

a situações do dia a dia em uma propriedade rural, priorizando a situações praticas,

mas sempre que necessário aulas teóricas de acordo com o conteúdo em questão,

motivando o aluno da importância econômica que pequenos reparos ou até mesmo

algumas construções, gera em uma propriedade, tendo em vista os altos custos de

mão de obra especializada.

AVALIAÇÃO

“Avaliar é uma atividade intrínseca e indissociável a qualquer tipo de ação que

vise provocar mudanças” Darsie (1995, P.48). Nesse sentido, a avaliação é uma

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atividade da prática pedagógica no que se refere à avaliação da aprendizagem.

Cabe a nós professores debruçarmo-nos e dirigirmos um olhar reflexivo sobre a

avaliação e sobre este significado enquanto atividade humana intencional. O

trabalho de avaliação em aula não é isolado, uma vez que está ligado diretamente a

uma intenção-objetivo, que perpassa o projeto político pedagógico, os objetivos do

ensino e da aprendizagem e a perspectiva de formação de sujeitos com potencial

para problematizar o real, vivê-lo e recriá-lo.

O grau de conhecimento será avaliado com pesos variando de zero a dez,

através de trabalhos de pesquisa individual e em grupos, relatórios, provas escrita e

oral, trabalhos práticos, debates, servindo também como diagnóstico para replanejar

novas atividades envolvendo conteúdos, objetivos, constatados a partir da correção,

envolvendo o conjunto de alunos, mas em especial aqueles que precisam superar

dificuldades, revendo a forma de ministrar o conteúdo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares Estaduais.

FAGHERAZZI, Maristela Aparecida. Didática: Uma Perspectiva da Prática Docente

Florianópolis, 2002.

AGROECOLOGIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Esta disciplina visa a apropriar ao aluno do curso Técnico em Agropecuária dos

conhecimentos e capacidades de atuar no âmbito agropecuário utilizando técnicas

de baixo risco ambiental reduzindo e/ou anulando a poluição ambiental e buscando

alternativas de desenvolvimento sustentável, ecologicamente corretas.

A importância da disciplina Agroecologia no curso Técnico em Agropecuária decorre

da crescente demanda por produtos de origem vegetal e animal com certificação

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orgânica, e da grande necessidade de se produzir com responsabilidade ambiental

“produzir sem poluir”, e produzir produtos agropecuários mais nutritivos e saborosos

ao paladar humano.

Ementa

Agroecologia: conceitos agro-ecológicos e importâncias, ecologia agrícola,

biodiversidade, agrícola sustentável, agrícola orgânica, adubação orgânica, manejo

de resíduos orgânicos, compostagem, biodinâmica,, controle biológico de pragas e

doenças, manejo de dejetos, uso sustentável de recursos naturais renováveis,

processos de conversão de sistemas produtivos convencionais em agro-ecologicos.

Metodologia

Utilização de copias xérox de textos selecionados, com levantamento e questões

para o estudo dirigido, individual ou em equipe, elaboração de sínteses, resumos,

textos (papers), aulas expositivas com giz e quadro, datashow, TV-Pendrive, vídeos

K-7, DVD, construção de cartazes, projetos, cálculos, exposições de equipamentos e

tecnologias, dinamização de equipes.

AVALIAÇÃO

Utilização de provas objetivas e subjetivas, trabalhos individuais ou em grupo,

papers, projetos, avaliação da participação do aluno, capacidade de pesquisar com

objetividade em livros, sites técnico-pedagógicos, compêndios agrícolas, interpretar

gráficos, tabelas, equipamentos. Avaliação do interesse e dedicação aos assuntos

da disciplina no seu contexto humano também.

Os alunos que não atingirem a nota mínima devem ter acesso a recuperação

paralela através de trabalhos e/ ou provas. Os critérios utilizados na avaliação vão

desde a simples presença dos alunos, sua freqüência, realização de exercícios e

atividades didáticas e o diálogo com o professor nos trabalhos em equipe, seu grau

de participação, interesse e desempenho.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Khatounian, C.A., A reconstrução ecológica da agricultura, Editora Agroecológica

– Botucatu – SP – 2002.

Koefp, Herbert. H., Agricultura Biodinâmica, Editora Nobel – São Paulo – SP –

1983.

Primavesi, A.M., Manejo Ecológico do Solo. Boletins, publicações, informes do

IAPAR, Embrapa, Emater/PR, CATI-SP.

Apostila PROAF – Teorias e Praticas Agro-ecológicas – Programa de Fomento

de Oportunidades Comerciais a Agricultura Familiar. Território de Mafra/SC.

MECANIZAÇÃO AGRÍCOLA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Na vida profissional do técnico em Agropecuária, todos os equipamentos

voltados ä agricultura são de vital importância, independentemente de sua natureza

e a atividade, estarão intimamente ligados às propriedades rurais.

Esta disciplina tem como característica demonstrar conteúdos mínimos

necessários para o correto uso e funcionamento das principais máquinas agrícolas e

seus implementos, além de demonstrar as possibilidades de benfeitorias.

Visando uma forma adequada de trabalhar os conhecimentos inerentes da

disciplina, independentemente das realidades das propriedades agrícolas nas quais

os futuros técnicos pretendem trabalhar (baixa ou alta tecnologia), há que se

exercitar a leitura crítica acerca das metas e usos adequados dos equipamentos e

trações, proporcionando ao produtor, principalmente, melhoria de sua qualidade de

vida.

Dentro do estudo do equipamento voltado à agricultura, serão abordados

todas as principais vantagens e desvantagens da utilização, funcionamento

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adequado, manutenção, capacidade de uso, riscos de acidentes e economia de

tempo – tudo com vistas à facilitar o empreendimento do produtor rural.

Ementa

Técnicas de manutenção, regulagem e operação de motores, máquinas,

equipamentos, implementos de tração motorizada, humana e animal; normas de

segurança no uso de maquinários, implementos e equipamentos; técnicas de

direção defensiva; uso de softwares aplicados ao gerenciamento de máquinas e

equipamentos.

METODOLOGIA

Aulas teóricas, dialogadas.

Quadro e giz para explanação de cálculos.

Aulas práticas com maquinário e implementos.

Conceitos de informática para diminuição de custos na produção.

Demonstração de condução de equipamentos.

Vídeos que ilustrem perdas de lavouras (cuidados e prevenção).

Interpretação de manuais.

Leitura e comparação através de catálogos de empresas de maquinários.

Auxílio à colheita dentro da Fazenda Escola, reforçando as características

dos materiais utilizados.

Aulas investigativas, provocando o desenvolvimento crítico do aluno.

Visitas técnicas.

AVALIAÇÃO

Na disciplina de Mecanização devemos ter a nítida interpretação dos dados

em sua aprendizagem, tendo sempre finalidade de acompanhar e aperfeiçoar todo o

processo de conhecimento dos alunos, tendo conteúdos, metodologia e

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instrumentos voltados à formação do técnico em um processo cumulativo e

contínuo.

Para a avaliação da aprendizagem serão utilizados recursos como

identificações, comparações, análise de produção, interpretação de resultados,

aplicação prática, opiniões e debates, levantamento de hipóteses acerca de

desempenho de máquinas, seminários, relatórios, demonstrações, entre outros.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

EMBRAPA. Capacidade de Trabalho das Máquinas Agrícolas: Centro Nacional

de Pesquisa de Soja. 1981. 11p.

NEW HOLLAND. Manual do Operador. Curitiba, 1996. 122p.

NEW HOLLAND. Manual do Operador de Trator. Curitiba, 2001. 120p.

http://www.portaldoagronegocio.com.br

SILVEIRA, Gastão Moraes de. O preparo do solo com implementos corretores.

São Paulo: Globo Rural, 1989. 243p.

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL. Trabalhador em Operação e

Manutenção de Colheitadeiras Automotrizes. 2003. 50p.

ADMINISTRAÇÃO E ECONOMIA RURAL

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Através da Administração e Economia Rural o aluno deverá adquirir

conhecimento para gerir uma propriedade rural. No decorrer do trabalho o aluno

deverá compreender que a saúde do animal ou da planta é importante, contudo não

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valerá se o resultado econômico da propriedade não proporcionar uma vida digna e

humana para a sua família.

A disciplina é um instrumento didático que proporciona ao aluno adquirir

conhecimentos acerca dos fatores econômicos aos quais a agricultura e a pecuária

estão subordinadas, assim como, no desenvolvimento do ementário, o aluno terá

noção das políticas de crédito, de preço, de armazenagem e conservação do

alimento, tecnologia e organização da produção e conhecimento da dinâmica de

mercado agrícola.

A disciplina deverá levar o aluno a uma maior compreensão de Administração

Rural, da produção agrosilvopastoril em um contexto de economia mais competitiva

e globalizada, sendo capazes de minimizar os problemas que envolvem questões

econômicas, financeiras, de gestão e tecnologia de suas propriedades.

Ementa

Princípios de administração; organização de empresas; recursos humanos;

princípios de contabilidade; matemática financeira; noções de estatística; fatores de

produção; planejamento estratégico; comercialização.

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A disciplina será desenvolvida através de aulas práticas e teóricas. Nas

atividades práticas será possível a familiarização com as futuras atividades da

propriedade na qual estiver trabalhando. As aulas teóricas, através de exposição

dialogada e outros recursos, estarão fazendo os “elos” necessários para a

compreensão das atividades.

AVALIAÇÃO

A avaliação servirá como instrumento importante para o acompanhamento da

aprendizagem e redimensionamento da prática. A avaliação será cumulativa e

processual, praticada através de vários instrumentos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ANDRADE, José Geraldo de. Introdução à Administração Rural. Lavras:

UFLA/FAEPE. 1998. 75p.

DRUCKER, Peter Ferdinand. Administração para o futuro. São Paulo: Pioneira.

1992. 242p.

GRIFFIN, Gerald R. Maquiavel na Administração. São Paulo: Atlas. 1993. 258p.

GUIMARÀES, José Mario Patto. Planejamento e gestão financeira. Lavras:

UFLA/FAEPE. 1999. 64p.

SALAZAR, German Torres. Administração Geral. Lavras: UFLA/FAEPE.

2001.152p.

_______________________.Administração Financeira. Lavras: UFLA/FAEPE.

2000. 153p.

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MATRIZES CURRICULARES DO CURSO TÉCNICO EM MEIO AMBIENTE:

CURSO INTEGRADO

MATRIZ CURRICULAR

ESTABELECIMENTO:

MUNICÍPIO:

CURSO: TÉCNICO EM MEIO AMBIENTE

FORMA: INTEGRADA IMPLANTAÇÃO GRADATIVA A PARTIR DO ANO

TURNO: C H: 4.000 H/A 3.333 HORAS MAIS 100 HORAS DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

MÓDULO: 40 ORGANIZAÇÃO: SERIADA

Disciplinas

SÉRIES

H/A HORAS

1ª 2ª 3ª 4ª

T P T P T P T P

1 Arte 2 80 67

2 Biologia 2 3 2 2 360 300

3 Educação Física 2 2 2 2 320 267

4 Filosofia 2 80 67

5 Física 2 2 2 240 200

6 Geografia 2 2 2 3 360 300

7 História 2 2 2 240 200

8 Língua Portuguesa e Literatura 2 2 3 2 360 300

9 Matemática 2 2 1 1 2 320 267

10 Química 3 2 2 280 233

11 Sociologia 2 80 67

12 LEM – Inglês 2 80 67

13 Informática Aplicada 1 1 80 67

14 Análise, controle e Química Ambiental

2 1 1 1 1 240 200

15 Educação Ambiental 2 80 67

16 Gestão de Recursos Naturais 2 1 1 1 1 240 200

17 Gestão de Resíduos 2 1 1 160 133

18 Legislação e Segurança Ambiental 2 2 160 133

19 Metodologia Científica e Comunicação

2 80 67

20 Sistema de Gestão Ambiental 1 1 1 1 160 133

Total 25 25 25 25 4000 3333

Estágio Supervisionado 1 2 120 100

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CURSO SUBSEQUENTE

MATRIZ CURRICULAR

ESTABELECIMENTO:

MUNICÍPIO:

CURSO: TÉCNICO EM MEIO AMBIENTE

FORMA: SUBSEQUENTE IMPLANTAÇÃO GRADATIVA A PARTIR DO ANO

TURNO: C H: 1480 H/A 1233 HORAS MAIS 100 HORAS DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

MÓDULO: 20 ORGANIZAÇÃO: SEMESTRAL

Disciplinas

SEMESTRES

H/A HORAS 1ª 2ª 3ª

T P T P T P

1 Análise, Controle e Química Ambiental

2 2 2 1 2 2 220 183

2 Educação Ambiental 2 2 2 120 100

3 Estatística Aplicada 2 1 2 1 120 100

4 Fundamentos do Trabalho 2 40 33

5 Geografia Ambiental 2 2 1 2 1 160 133

6 Gestão de Recursos Naturais 3 1 3 1 3 1 240 200

7 Gestão de Resíduos 2 3 2 1 160 133

8 Informática Aplicada 1 1 1 1 80 67

9 Legislação e Segurança Ambiental

2 2 2 120 100

10 Metodologia Científica e Comunicação

3 60 50

11 Sistemas de Gestão Ambiental 2 2 1 2 1 160 133

Total 25 25 24 1480 1233

Estágio Supervisionado 3 3 120 100

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ANÁLISE, CONTROLE E QUÍMICA AMBIENTAL

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A disciplina de Análise, Controle e Química Ambiental está inserida na

grade curricular do curso técnico em Meio Ambiente, tem como foco principal

entender e mitigar vários problemas contemporâneos relacionados ao meio

ambiente como: Poluição do Ar, Água, Solo e alterações antrópicas nos

ecossistemas aquáticos e terrestres.

Esta disciplina agrega ao discente informações para prevenção, remediação

ou minimização de alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas,

causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades

humanas que, direta ou indiretamente afetam a saúde, o bem estar da população e

a qualidade do meio ambiente.

Serão desenvolvidos durante a disciplina técnicas e práticas para a

recuperação de áreas degradadas e a diminuição e o monitoramento dos processos

e atividades causadores de impactos ambientais. Será propiciado ao aluno formação

nos conteúdos científicos e nos conhecimentos específicos que caracterizam o

técnico em meio ambiente.

A disciplina tem uma duração de 3 semestres, com ênfase em aulas práticas

e de laboratório, além do Trabalho de Conclusão de Curso, que deve abranger

conhecimentos específicos relacionados, no qual o estudante exercitará a

capacidade de resolver problemas, de trabalhar em equipe e de comunicar-se, além

de desenvolver atitudes como iniciativa e determinação.

OBJETIVOS GERAIS

• A disciplina tem como objetivo formar o profissional técnico de nível pós médio

para desempenhar atividades nos mais diferentes locais de trabalho, visando

sempre o controle e à melhoria da qualidade em processos ambientais, em uma

perspectiva de desenvolvimento social, econômico, político e ambiental.• Utilizar

métodos de análises para identificação dos processos de degradação natural e dos

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parâmetros de qualidade ambiental do solo, da água e do ar;

• Analisar os aspectos sociais, econômicos, culturais e éticos envolvidos nas

questões de exploração dos recursos naturais;

- Conhecer e aplicar a legislação ambiental;

- Aplicar as tecnologias de tratamento e controle de emissões para o solo, água e ar;

- Desenvolver atividades voltadas para o uso racional da água, tratamentos

simplificados de sistemas de águas e efluentes e de limpeza urbana;

- Desenvolver estudos práticos para a conservação e preservação do meio ambiente

e da qualidade de vida;

- Planejar ações preventivas e corretivas em vigilância ambiental e atuar em projetos

de saúde ambiental;

- Auxiliar na implementação de sistemas de gestão ambiental em organizações

diversas.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / CONTEÚDOS BÁSICOS

• Conceitos gerais sobre a química ambiental;

• Poluição e contaminação;

• Conceitos gerais de química;

• Tipos de reações químicas;

• Estequiometria em reações simples;

• Cinética de reações simples;

• Equilíbrio químico;

• Polímeros.

Poluição das águas

• Indicadores de qualidade das águas;

• Padrões de qualidade de águas;

• Principais fontes de poluição das águas;

• Elementos de ecologia aquática;

• Algas e sua importância no tratamento de águas residuárias;

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• Problemas causados por microorganismos ao abastecimento da água: parasitismo,

toxidez, sabor e odor, cor e turbidez, interferência na floculação e decantação,

obstrução de filtros, corrosão;

• Organismos aquáticos de interesse sanitário e suas características e as doenças

por eles transmitidas: vírus, bactérias, algas, protozoários, fungos, animais

invertebrados;

• Conseqüências da poluição aquática;

• Os metais de importância biológica;

• Os metais pesados e o meio ambiente;

• Autodepuração dos corpos aquáticos;

• Consumo de oxigênio dissolvido;

• Curva de autodepuração: Oxigênio dissolvido;

• Demanda bioquímica de oxigênio (DBO);

• Quantificação de cargas poluidoras;

• Eutrofização;

• Contaminação por microorganismos;

• Indicadores de poluição fecal;

• Estimativas de cargas poluidoras: vazão/concentração/carga/eficiência/noções

básicas de balanço de massa;

• Doenças de veiculação hídrica;

• Controle da poluição hídrica.

Poluição do solo

• Ciclos do nitrogênio;

• Fontes de contaminação;

• Padrões de contaminação;

• Tecnologias de tratamento de solos contaminados;

• Modificações antropogênicas do solo;

• A química verde.

Poluição do ar

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• Ciclos do O2 e do CO2;

• Fontes de contaminação;

• Fatores que influenciam na poluição;

• Conseqüências da poluição do ar;

• Poluição do ar em ambientes internos;

• Efeito estufa;

• Chuva ácida;

Poluição sonora

• Som e ruído;

• Fontes de poluição sonora;

• Conseqüências da poluição sonora;

• Padrão de emissão de ruídos;

• Controle da poluição sonora.

METODOLOGIA

As aulas serão ministradas de diversas formas, aulas expositivas (utilizando

TV Pen Drive, projetor multimídia além do quadro negro). Aulas práticas dentro e

fora do recinto escolar, para verificação “in loco” dos impactos antrópicos e as

possíveis ações mitigatórias, e aulas práticas laboratoriais para os alunos

experimentarem na prática a rotina de trabalho.

O Centro Estadual de Educação Profissional “Lysímaco Ferreira da Costa” –

Ensino Profissional possui o espaço para o laboratório, onde será desenvolvida

várias práticas e experiências para enriquecer e complementar as aulas teóricas,

sendo que os equipamentos e reagentes ainda não estão disponíveis, devem ser

entregues ainda no ano corrente.

Nas dependências escolares existe grande espaço físico, contando com

recursos hídricos lênticos (Lago), campos agricultáveis, pomares contando com

várias espécies de frutíferas e reflorestamento com exóticas, que servirão para os

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alunos do curso Técnico em Meio Ambiente entender o papel do profissional

ambiental em gerir as diversas modificações feitas pelo homem e mitigar possíveis

impactos ambientais, capacitando o aluno a desenvolver técnicas que visam à

proteção e à recuperação da natureza.

Promover projetos ambientais como o monitoramento de águas fluviais de

rios regionais, utilizando os equipamentos futuramente disponíveis no laboratório.

Formar parcerias com ONGs locais como VOZ DO RIO e Grupo Ecológico

Canforeira, além de firmar parceria com projetos de longa data com o projeto Verde

é Vida.

AVALIAÇÃO

Podemos considerar como avaliação o momento de transformação da

postura do aluno em relação ao conhecimento estruturado e a sua prática diária. Os

procedimentos avaliativos devem ser diversificados, ou seja, modalidades variadas

que visem atender as necessidades dos alunos, de forma que exista condição de

revisão e apropriação do conteúdo não assimilado.

Para tanto o grau de exigência deverá ser mantido e dosado em função de não

ocorrer à banalização deste conhecimento, logo as formas de avaliação estarão

distribuídas de acordo com as habilidades auditivas, sinestésicas e visuais,

proporcionando igualdade de condições aos alunos.

A avaliação não pode ser entendida como um mecanismo excludente ou

classificatório, mas sim, como uma ferramenta sensorial que fornecerá informações

e dados a serem revistos. Promovendo uma modificação estratégica que venha

suprir as demais necessidades.

Logo alguns critérios deverão ser elencados para que assim possamos

efetuar um trabalho de qualidade com contempla as necessidades atuais dos

alunos. Sendo assim os critérios mencionados serão os seguintes:

Coerência nas definições científicas;

Condições de associar o científico com o prático na rotina de trabalho;

Capacidade de trabalhar em grupo;

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Capacidade de promover questionamentos;

Debates entre os alunos e possíveis aberturas a comunidade;

Demonstrações de painéis temáticos;

Aulas práticas seguidas de produção de relatórios;

Elaboração de cartilhas sobre os temas associados a disciplina;

Resolução de exercícios;

Análise crítica de notícias em jornais, revistas e internet;

Interpretação de documentários científicos específicos;

Resolução de avaliação escrita com base nos conteúdos abordados.

É importante destacar que outros meios de avaliação poderão ser

incluídos, tendo em vista o momento oportuno para esta nova inserção.

RECUPERAÇÃO PARALELA

A recuperação paralela ocorrerá após a verificação dos índices de

aproveitamento dos alunos, onde será necessária uma nova reestruturação da

prática pedagógica, ou seja, uma mudança nas estratégias de abordagem dos

conteúdos que tenham por finalidade garantir o preenchimento da lacuna

apresentada pelo aluno. Observando que em caso de reincidência deverá existir

uma nova posição até que esta falha seja solucionada.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BACKER, P. Gestão ambiental: a administração verde. Rio de Janeiro:

Qualitymark Editora Ltda, 1995.

BARROS, R.T.V. et al. Manual de saneamento e proteção ambiental para

pequenos municípios. Belo Horizonte: Escola de Engenharia da UFMG, 1995.

Volume 2.

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165

BRAGA, Benedito. ET al. Introdução a Engenharia Ambiental. São Paulo: Prentice

Hall, 2002

BRANCO, S.M. Hidrobiologia aplicada à engenharia sanitária. São Paulo:

CETESB, 1986

CONRADO, D. A qualificação de recursos humanos para a implantação e

manutenção de Sistemas de Gestão Ambiental - um estudo em dois países,

1998. Porto Alegre.

DOROTHY, Casarini. ET.al. Relatório de Estabelecimento de valores

orientadores para solos e águas subterrâneas no estado de São Paulo, São

Paulo: CETESB, 2001. Disponível em http://www.cwetesb.sp.gov.br

ESTEVES, F.A . Fundamentos de limnologia. Rio de Janeiro: Interciência, 1988

HELLER, L. Saneamento e saúde. Brasília: OPAS/OMS, 1997.

MOTA, Suetônio. Introdução a Engenharia Ambiental. Rio de Janeiro: ABES,

1997.

MOTA, Suetônio. Urbanização e Meio Ambiente. Rio de Janeiro: ABES, 1999.

REIS, M. J. L. ISO 14000 - Gerenciamento ambiental - um novo desafio para a

sua competitividade. Rio de Janeiro: Quality Mark Editora Ltda, 1996.

UMEDA, M. ISO e TQC: o caminho em busca de GQT. Belo Horizonte: UFMG,

1996.

VON SPERLING. Princípios básicos do tratamento biológico de água

residuária: Princípios básicos do tratamento de esgotos. V.2. Belo Horizonte: Escola

de Engenharia da UFMG, 1996.

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EDUCAÇÃO AMBIENTAL

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A disciplina de Educação Ambiental tem grande importância no atual

contexto mundial, onde cada vez mais as pessoas se preocupam com os problemas

ambientais e procuram informações sobre práticas ambientalmente corretas.

Entendem-se por Educação Ambiental os processos por meio dos quais o

indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades,

atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de

uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.

Esta disciplina deve ser trabalhada transversalmente dentro de todas as

disciplinas do Ensino Médio e Fundamental lei n° 9795/99 (Política Nacional de

Educação Ambiental), ela é dividida em duas concepções básicas: A Educação

Ambiental formal, ou seja a Educação Ambiental desenvolvida dentro dos

estabelecimentos de ensino, e a Educação Ambiental informal, desenvolvida fora do

ambiente escolar.

A dimensão cultural resgata saberes e práticas de manejo do ambiente,

significados, valores e crenças que certos grupos sociais apresentam, sendo assim

dentro da disciplina de Educação Ambiental será trabalhada a lei n° 11645/08

(História e Cultura Afro Brasileira, Indígena e Africana) para acentuar o papel

histórico das diversas etnias encontradas no estado do Paraná e suas contribuições

para a sustentabilidade.

Hoje a Educação Ambiental voltada para o ensino técnico precisa utilizar

técnicas que atentem para os do processo de ensino-aprendizagem num contexto

mais amplo. A educação está vinculada a uma realidade socioeconômica e cultural

gerada e organizada através de relações sociais no tempo e no espaço.

A Educação ambiental tomou novos rumos a partir dos anos 90, um período

de crescimento da dimensão institucional da EA (Educação Ambiental), um clima

cultural de valorização das práticas ambientais, incrementado com a realização da

Conferencia da ONU sobre Meio ambiente e desenvolvimento, em 1992 (ECO-92).

A inclusão da EA como item necessário em documentos internacionais como

a Agenda 21; nos grandes projetos de desenvolvimento firmados entre governos e

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bancos; bem como a inclusão da variável ambiental em políticas públicas nacionais

(vide, por exemplo, o caso da inclusão da educação ambiental nos Parâmetros

Curriculares definidos pelo MEC em 1998 e da aprovação da Política Nacional de

EA em 1999, tem sido um fator de expansão e visibilidade da EA nos últimos anos).

OBJETIVOS GERAIS

• Conscientização contribuindo para que indivíduos e grupos adquiram consciência e

sensibilidade em relação ao meio ambiente como um todo e quanto aos problemas

relacionados com ele.

• Gerar conhecimento e propiciar uma compreensão básica sobre o meio ambiente,

principalmente quanto às influências do ser humano e de suas atividades.

• Propiciar a aquisição de valores e motivação para induzir uma participação ativa na

proteção ao meio ambiente e na resolução dos problemas ambientais.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / CONTEÚDOS BÁSICOS

• Marcos histórico da Educação Ambiental;

• Política Nacional de Educação Ambiental Lei n° 9795/99;

• Sustentabilidade e desenvolvimento humano;

• Indicadores socioambientais;

• Temáticas ambientais básicas;

• Agenda 21 Global, Nacional, Estadual e Local;

• Agenda ambiental empresarial;

• Política Nacional de Educação Ambiental e Programa Nacional de Educação

Ambiental;

• Programas e projetos de Educação Ambiental em empresas, escolas e

comunidades;

• Participação comunitária e a Educação Ambiental;

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• Atividades pedagógicas de Educação e conscientização ambiental, envolvendo

técnicas e recursos de ensino, para ações de educação ambiental individual e

coletiva;

• Dinâmicas em grupo voltadas para atividade de sensibilização em educação

ambiental;

• Sistemas racionais/responsáveis de aproveitamento dos recursos naturais;

• Saúde e Meio Ambiente;

• Doenças de veiculação hídrica os sistemas de prevenção e a relação com a

educação sanitária e ambiental;

• Preservação e conservação ambiental;

• Experiências de Educação Ambiental no Brasil;

• Turismo em áreas naturais protegidas e ecoturismo sustentado.

• Atividades pedagógicas de educação e conscientização ambiental;

• Estratégias de Educação Ambiental;

• Experiências de Educação Ambiental no Brasil;

• Práticas em Projetos de Educação Ambiental;

• Educação sanitária e ambiental;

• Educação ambiental para evitar zoonoses.

METODOLOGIA

As aulas serão ministradas de diversas formas, aulas expositivas (utilizando

TV Pen Drive, projetor multimídia além do quadro negro), seminários e debates

abordando temas ambientais internacionais, regionais e locais.

Aulas práticas dentro e fora do recinto escolar, para verificação “in loco” dos

impactos antrópicos e as possíveis ações para conscientização e sensibilização

ambiental. Realização de aulas práticas utilizando trilhas ecológicas em diversos

tipos de ambiente como: Ambientes antropizados; Ambientes em Estagio inicial de

Sucessão Ecológica e Ambientes Preservados. O Centro Estadual de Educação

Profissional “Lysímaco Ferreira da Costa” – Ensino Profissional possui o espaço

para o laboratório, onde será desenvolvida várias práticas e experiências para

enriquecer e complementar as aulas teóricas, sendo que os equipamentos e

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reagentes ainda não estão disponíveis, devem ser entregues ainda no ano corrente.

Nas dependências escolares existe grande espaço físico, contando com

recursos hídricos lênticos (Lago), campos agricultáveis, pomares contando com

várias espécies de frutíferas e reflorestamento com exóticas, áreas em estágio inicial

de sucessão ecológica alem de áreas preservadas. Todas essas áreas servirão para

os alunos do curso Técnico em Meio Ambiente entender o papel do Educador

Ambiental.

Promover projetos ambientais e apoiar projetos existentes como o SOS rio

Negro, edição de material para educação ambiental com temas locais e formar

parcerias com ONGs regionais como VOZ DO RIO e Grupo Ecológico Canforeira,

além de firmar parceria com projetos de longa data com o projeto Verde é Vida.

AVALIAÇÃO

Podemos considerar como avaliação o momento de transformação da

postura do aluno em relação ao conhecimento estruturado e a sua prática diária. Os

procedimentos avaliativos devem ser diversificados, ou seja, modalidades variadas

que visem atender as necessidades dos alunos, de forma que exista condição de

revisão e apropriação do conteúdo não assimilado.

Para tanto o grau de exigência deverá ser mantido e dosado em função de não

ocorrer à banalização deste conhecimento, logo as formas de avaliação estarão

distribuídas de acordo com as habilidades auditivas, sinestésicas e visuais,

proporcionando igualdade de condições aos alunos.

A avaliação não pode ser entendida como um mecanismo excludente ou

classificatório, mas sim, como uma ferramenta sensorial que fornecerá informações

e dados a serem revistos. Promovendo uma modificação estratégica que venha

suprir as demais necessidades.

Logo alguns critérios deverão ser elencados para que assim possamos

efetuar um trabalho de qualidade com contempla as necessidades atuais dos

alunos. Sendo assim os critérios mencionados serão os seguintes:

Coerência nas definições científicas;

Condições de associar o científico com o prático na rotina de trabalho;

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Capacidade de trabalhar em grupo;

Capacidade de promover questionamentos;

Debates entre os alunos e possíveis aberturas a comunidade;

Demonstrações de painéis temáticos;

Aulas práticas seguidas de produção de relatórios;

Elaboração de cartilhas sobre os temas associados a disciplina;

Resolução de exercícios;

Análise crítica de notícias em jornais, revistas e internet;

Interpretação de documentários científicos específicos;

Resolução de avaliação escrita com base nos conteúdos abordados.

Realização de seminários com temas diversos.

Formulação de material didático sobre Educação Ambiental com temas

regionais.

É importante destacar que outros meios de avaliação poderão ser

incluídos, tendo em vista o momento oportuno para esta nova inserção.

RECUPERAÇÃO PARALELA

A recuperação paralela ocorrerá após a verificação dos índices de

aproveitamento dos alunos, onde será necessária uma nova reestruturação da

prática pedagógica, ou seja, uma mudança nas estratégias de abordagem dos

conteúdos que tenham por finalidade garantir o preenchimento da lacuna

apresentada pelo aluno. Observando que em caso de reincidência deverá existir

uma nova posição até que esta falha seja solucionada.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARBIERI, José Carlos – Desenvolvimento e Meio Ambiente: as estratégias de

mudanças da agenda 21 – Petrópolis, RJ : Vozes, 1997.

BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é educação. São Paulo: Brasiliense, 1981.

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CADERNOS TEMÁTICOS – Lei nº 10.639/03 – A inserção dos conteúdos de

história e Cultura Afro-brasileira e africano nos currículos escolares. Curitiba:

2005.

TANNER, R Thomas. Educação ambiental. São Paulo, Summus, 1978. 158p.

SATO, Michèle. Educação ambiental. São Carlos: Rima, 2003. 66p.

Educação ambiental : no consenso um embate? / 2000 - Livros -

GUIMARÃES, Mauro. Educação ambiental: no consenso um embate?. Campinas,

SP: Papirus, 2000. 94p.

GONÇALVES, Carlos Walter Porto. Os (des) caminhos do meio ambiente. São

Paulo: Contexto, 1989.

PEREIRA, Antonio Batista – Ensino de Botânica e Ecologia: proposta

metodológica - Porto Alegre : Sagra-luzzatto, 1996.

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA – Casa Civil. Inserção dos Conteúdos de

história e cultura Afro-Brasileira nos Currículos Escolares: O que diz a Lei.

Brasília: janeiro de 2003.

Diretrizes Curriculares de Ciências: 2008

SOUZA,M.M. África e Brasil africano. São Paulo:Ática ,2006.

VYGOTSKY, L. S. Thought and language. Trad. por Hanfamann e Vakar.

Cambridge: MIT, 1962.

ZAKRZEVSKI, Sônia Beatris Balvedi; BARCELOS, Valdo Hermes de Lima.

Educação ambiental e compromisso social: pensamentos e ações. Erechim:

EdiFAPES, 2004. 351p.

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ESTATÍSTICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

“(...) a Matemática constitui um patrimônio cultural da humanidade e

um medo de pensar. A sua apropriação é um direito de todos. Nesse

sentido seria impensável que não se proporcionasse a todos a

oportunidade de aprender matemática de um modo realmente

significativo, do mesmo modo seria inconcebível eliminar da escola

básica a educação literária, científica ou artística. Isso implica que

todas as crianças e jovens devam ter a possibilidade de contatar, a

um nível apropriado, as idéias e os métodos fundamentais da

matemática e de aprender o seu valor e sua natureza.”

(Abrantes,1999,p.17)

A matemática é uma ciência exata, ao longo da história, podemos observar

suas diversas concepções, fruto das tendências que se estabeleceram em cada

época.

Historicamente as antigas civilizações conseguiram desenvolver

conhecimentos rudimentares de matemática que compõe a matéria que se tem

conhecimento hoje. Podemos citar a álgebra elementar que foi identificada graças

aos babilônios há muitos anos antes de Cristo que caracterizou o nascimento da

matemática.

Com Pitágoras na Grécia, se estabeleceu o marco inicial sobre a importância

na matemática, na formação de pessoas, seu ensinamento, já para os platônicos, a

aritmética, seria um instrumento para instigar o homem a raciocinar mais.

No século V d.C na Idade Média o ensino teve caráter unicamente religioso e

no Oriente, os hindus, árabes, persas e chineses produziram conhecimentos

algébricos que inovaram essa ciência e a partir do século VIII surgiram escolas em

que a organização do sistema de ensino privilegiou o aspecto empírico da

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matemática. No século XV, tais escolas tinham a função de atender as demandas

das produções exigidas pela navegação, comércio e indústrias.

Foi no século XVI que o conhecimento matemático alcançou um novo período

de sistematização, que foi a matemática de grandes variáveis (Ribnikov 1987),

Neste momento o ensino da matemática, servia para preparar os jovens para o

exercício de atividades ligadas ao comércio, arquitetura, música, geografia,

astronomia, artes da navegação, da medicina e da guerra.

Apesar de a Estatística ser uma ciência relativamente recente na área da

pesquisa, ela remota à antiguidade, onde operações de contagem populacional já

eram utilizadas para obtenção de informações sobre os habitantes, riquezas e

poderio militar dos povos. Após a idade média, os governantes na Europa Ocidental,

preocupados com a difusão de doenças endêmicas, que poderiam devastar

populações e, também, acreditando que o tamanho da população poderia afetar o

poderio militar e político de uma nação, começaram a obter e armazenar

informações sobre batizados, casamentos e funerais. Entre os séculos XVI e XVIII

as nações, com aspirações mercantilistas, começaram a buscar o poder econômico

como forma de poder político. Os governantes, por sua vez, viram a necessidade de

coletar informações estatísticas referentes a variáveis econômicas tais como:

comércio exterior, produção de bens e de alimentos.

No final do século XIX e início do século XX, levantaram-se preocupações

relativamente ao ensino de matemática resultante de discussões internacionais de

matemática que já elaboravam propostas com preocupação pedagógica.

Com o desenvolvimento social e econômico faz-se necessário a elaboração

de novas ciências, entre elas surge a Estatística, palavra derivada do termo latino

«status» (estado), parece ter sido introduzida na Alemanha, em 1748, por

Achenwall.

Atualmente, é definida como uma ciência capaz de obter, sintetizar, prever e

tirar inferências sobre dados. Porém no século XVII em Inglaterra a estatística era a

«Aritmética do Estado» (Political Arithmetic), consistindo basicamente na análise dos

registros de nascimentos e mortes, originando mais tarde as primeiras tábuas de

mortalidade.

Para a estatística adquirir o estatuto de disciplina científica nomotetica, e não

puramente ideográfica ou descritiva, teve que esperar pelo desenvolvimento do

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cálculo das probabilidades, que lhe viria a fornecer a linguagem e o aparelho

conceptual permitindo a formulação de conclusões com base em regras indutivas.

No século XVII, iniciou o estudo sistemático dos problemas ligados aos

fenômenos aleatórios, começando a ser manifesta a necessidade de instrumentos

matemáticos, aptos a analisar este tipo de fenômenos, em todas as ciências que

põem o problema do tratamento e interpretação de um grande número de dados.

Pode datar-se dos fins do século XIX o desenvolvimento da estatística

matemática e suas aplicações, com F. Galton (1822-1911), K. Pearson (1857-

1936) e W. S. Gosset (1876-1936), conhecido sob o pseudônimo de Student,

sendo lícito afirmar-se que a introdução sistemática dos métodos estatísticos na

investigação experimental se fica a dever, fundamentalmente, aos trabalhos de K.

Pearson e R. A. Fisher (1890-1962). A partir de Pearson e Fisher o

desenvolvimento da estatística matemática, por um lado, e dos métodos

estatísticos aplicados, por outro, têm sido tal que é praticamente impossível referir

nomes.

Na tendência Histórico- Crítica a aprendizagem da matemática consiste em

criar estratégias que possibilitam ao aluno atribuir sentido e construir significado às

idéias matemáticas de modo a tornar-se capaz de estabelecer relações, justificar,

analisar,discutir e criar. O professor por sua vez, tem como ação articular o

processo pedagógico interligando os conceitos científicos à visão de mundo do

aluno bem como suas opções diante da vida por meio da reflexão histórica.

Desta forma, o aprendizado da estatística matemática em todos os níveis

sociais e econômicos torna-se arma poderosa de conhecimento oportunizando ao

aluno compreender melhor as informações que lhe são apresentadas em um

enfoque global. Portanto, se faz necessário, que se dê, a todos os alunos, em

especial das escolas públicas brasileiras esse saber capaz de instrumentalizá-los

para o enfrentamento da contemporaneidade que os aguarda o que significará

estarem lado a lado com biólogos, geólogos, astrônomos, físicos, tecnólogos,

profissionais de marketing, em todos os campos da química, nas mais importantes e

cruciais tomadas de decisões na agricultura, pecuária, ocupação do solo, uso das

águas, e qualidade de vida nas áreas de grandes ocupações demográficas, nas

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futuristas e ecologicamente corretas construções arquitetônicas, as frias e perfeitas

histórias demonstradas e evidenciadas pela estatística.

O conhecimento matemático deve estar sempre, à disposição do

desvelamento dos fenômenos da vida, das previsões de desastres naturais, bem

como de problemas financeiros que abalam os empreendedores. Essa é a

estatística matemática que se propõe trabalhar na escola, e que não pode estar

dissociada do progresso humano, portanto em permanente construção.

OBJETIVOS GERAIS

- Reconhecer um trabalho de organização das informações necessárias à

execução de qualquer atividade, obedecendo às técnicas estatísticas;

- Selecionar, organizar e produzir informações relevantes, para interpretá-las

e avaliá-las criticamente;

Estatística Descritiva e Probabilidade, tendo em vista a necessidade do

emprego da mesma na área ambiental;

- Familiarizar o estudante com a terminologia e as principais técnicas da

estatística,

- Apresentar ao estudante o ambiente que envolve a estatística e a sua

importância para o técnico em Meio Ambiente;

- Desenvolver a capacidade crítica e analítica do estudante por meio da

discussão de exercícios e problemas.

- Capacitar o estudante a desenvolver os principais modelos de elaboração de

gráficos, identificando o mais apropriado para cada situação.

- Demonstrar os fundamentos teóricos e práticos de duas importantes

medidas da estatística: Medidas de Posição e Medidas de Dispersão.

- Fazer com que o estudante seja capaz de criticar cada modelo apresentado

a partir de sua experiência profissional e do material bibliográfico disponibilizado.

- Interagir com seus pares de forma cooperativa, trabalhando coletivamente

na busca de soluções para problemas propostos, identificando aspectos

consensuais ou não na discussão de um assunto, respeitando o modo de pensar

dos colegas e aprendendo com eles;

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- Desenvolver a capacidade de: analisar, relacionar, comparar, classificar,

ordenar, sintetizar, avaliar, abstrair, generalizar, criar situações novas, utilizando o

método dedutivo.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

- Introdução definições e fases do método estatístico;

- Dados e amostragem: definições,dados absolutos e relativos;

- Tabelas, gráficos e diagramas

- Distribuição de freqüência

- Elementos de uma distribuição de freqüência;

- Medidas de posição: média, moda e mediana

- Medidas de separatrizes;

- Medidas de dispersão: desvio médio simples, variância e desvio padrão;

- Medidas de dispersão simples;

- Coeficiente de variação e variação relativa;

METODOLOGIA

A Estatística Aplicada apresenta um papel social fundamental que consiste

em buscar transformações para diminuir, e quiçá resolver vários problemas

decorrentes de ordem social. Para tanto, não podemos lançar mão de metodologias

que apontem para a investigação e para a produção de conhecimentos que

possibilitem aos educandos análises, discussões, conjecturas, apropriação de

conceitos e formulação de idéias.

Contudo a estatística no curso Técnico em Meio Ambiente, deverá ser

apresentada e trabalhada ressaltando os pré-requisitos e dando ênfase a todos os

conjuntos numéricos, tomando-se o cuidado e o zelo para que todos aprendam, pois

antes de tudo aprender matemática, significa aprender a resolver problemas, da vida

e da sociedade onde se está inserido.

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As atividades de desenvolvidas devem incorporar elementos estruturais e

práticos, resolução de problemas do dia a dia, uso da calculadora e de tabelas, bem

como fórmulas designadas para aprimoramento das questões. Mas o uso de

fórmulas estará comprometido com a construção, bem como a estruturação da

mesma, sua aplicação, e não somente uma mera substituição de letras por números.

Os conteúdos trabalhados envolvem diferentes tipos de aula, desde as

expositivas, as de vídeo, as de pesquisa, leitura e elaboração de gráficos de tabelas

e atividades práticas, geralmente realizadas nos laboratórios ou demais

dependências do próprio colégio, visitas.

As atividades serão realizadas individualmente, em duplas, trios, equipes, ou

até com a turma toda, dependendo da ocasião e do conteúdo trabalhado.

As aulas de pesquisa serão de levantamento de dados sobre água, prática de

esporte, saúde, saneamento básico, alimentação, coleta seletiva, etc., e de

laboratório dando enfoque à informática com pesquisas na internet, operações,

Sendo assim, o ensino da Estatística Aplicada, destaca-se em dois aspectos

básicos: um consiste em relacionar observações do mundo real com representações

(esquemas, tabelas, figuras, escritas numéricas); outro consiste em relacionar essas

representações com princípios e conceitos matemáticos. Nesse processo, a

comunicação tem grande importância e deve ser estimulada, levando o aluno a falar

e escrever sobre Matemática, a trabalhar com representações gráficas, desenhos,

construções e aprender como organizar e tratar dados.

Os recursos didáticos como livros, dicionário de matemática, vídeos,

televisão, calculadoras, informática, conhecimento não formal também serão usados

para resolução de situações reais, integrando situações que levem ao exercício da

análise e da reflexão.

A elaboração de situações problemas estará embasada na perspectiva de

oportunizar o conhecer e entender a matemática como campo de conhecimento, em

permanente construção, bem como a matemática investigativa será desenvolvida,

em especial em experimentos, feiras, mostras e outras situações que partam da

vivência dos alunos, sempre buscando transcender para o conhecimento validado

cientificamente.

Garantindo o desenvolvimento de capacidades como: observação,

estabelecimento de relações, comunicação, argumentação e validação de processos

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e o estímulo às formas de raciocínio como intuição, indução, dedução, analogia,

estimativa.Os conteúdos serão desenvolvidos por intermédio de aulas expositivas

dialogadas, seminários de leitura, interpretação e discussão de textos e artigos

científicos, estudos de caso, estudos dirigidos, apresentação de filmes (vídeos) e,

visitas técnicas, com o objetivo de despertar uma postura crítico-reflexiva sobre os

temas abordados.

AVALIAÇÃO

Avaliar exige, antes que se defina aonde se quer chegar, que se

estabeleçam os critérios, para, em seguida, escolherem-se os procedimentos,

inclusive aqueles referentes à coleta de dados, comparados e postos em cheque

com o contexto e a forma em que foram produzidos.

Para Hadji (2001), a passagem

de uma avaliação normativa para a formativa, implica necessariamente uma

modificação das práticas do professor em compreender que o aluno é, não só o

ponto de partida, mas também o de chegada. Seu progresso só pode ser percebido

quando comparado com ele mesmo: Como estava? Como está? As ações

desenvolvidas entre as duas questões compõem a avaliação formativa. O valor da

avaliação encontra-se no fato do aluno poder tomar conhecimento de seus avanços

e dificuldades. Cabe ao professor desafia-lo a superar as dificuldades e continuar

progredindo na construção dos conhecimentos. (Luckesi, 1999)

No entender de Luckesi (1999, p.43) “para não ser autoritária e conservadora,

a avaliação tem a tarefa de ser diagnóstica, ou seja, deverá ser o instrumento

dialético do avanço, terá de ser o instrumento da identificação de novos rumos”. Na

página 44, coloca o autor “a avaliação deverá verificar a aprendizagem não só a

partir dos mínimos possíveis, mas a partir dos mínimos necessários”. Enfatiza

também a importância dos critérios, pois a avaliação não poderá ser praticada sob

dados inventados pelo professor, apesar da definição desses critérios não serem

fixos e imutáveis, modificando-se de acordo com a necessidade de alunos e

professores. Modificar a forma de avaliar implica na reformulação do processo

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didático-pedagógico, deslocando também a idéia da avaliação do ensino para a

avaliação da aprendizagem.

Saviani, (2000, p.41), afirma que o caminho do conhecimento “É perguntar

dentro da cotidianidade do aluno e na sua cultura; mais que ensinar e aprender um

conhecimento, é preciso concretizá-lo no cotidiano, questionando, respondendo,

avaliando, num trabalho desenvolvido por grupos e indivíduos que constroem o seu

mundo e o fazem por si mesmos”.

Avaliar é ler cada momento do processo para oferecer o alimento cognitivo

adequado e definir a continuidade da aprendizagem Inclui a utilização de

instrumentos quantitativos, como provas, trabalhos em grupo, fatos que ocorrem em

sala de aula. Trabalhos em grupo é fundamental para o desenvolvimento intelectual

do ser humano porque, compartilhando idéias informações,

responsabilidades,decisões o individuo opera mentalmente.Colocado diante de

pontos de vistas diferentes do seu, deve ser capaz de compreendê-los,justificando

objetivamente ações e pensamentos.

Nesta concepção serão elaboradas situações graduais e seriadas que

estimulem o aluno a resolver problemas,ensaios através de criação, descoberta de

respostas, ensaio e erro, pesquisas, levantamento de hipóteses, viabilizando a

construção do conhecimento.

Desta forma, desconsidera-se apenas o resultado final das questões

propostas, abrindo espaço para reflexões sobre a relação do aluno com o

conhecimento, sua interpretação e discussão sobre os conteúdos trabalhados,

considerando as noções que já possui a partir de sua vivência.

Neste processo então, o professor poderá observar, intervir e revisar quando

necessário, buscando alternativas avaliativas que possibilitem esta análise do

processo de construção do raciocínio.

A avaliação terá que apoiar-se em estratégias que possam fornecer subsídios

necessários para a consolidação ou transformação tais como :registros diários das

atividades e situações significativas surgidas arquivos e registros de trabalhos

produzido coletivo e individual.Discussões de avaliações com os alunos para

resolução de problemas específicos e freqüentes para analisar procedimentos e

dificuldades.Atividades propostas pelo professor como : pesquisas, exercícios de

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fixação, revisão , etc. participação na execução de experimentos e outros trabalhos

extra classe e mesmo nas atividades em sala de aula.Pontualidade na entrega de

tarefas e trabalhos. Relatórios de atividades, aulas práticas, aulas de vídeo, visitas a

feiras exposições, etc. provas e testes realizados no período, participação e

interesse em atividades desenvolvidas.

Assim, a avaliação ocorrerá durante todo o processo de ensino e

aprendizagem e não apenas em momentos específicos caracterizados como

fechamento de grandes etapas de trabalho. Compreenderá provas, atividades

lúdicas, atividades escritas, atividades orais, indicações de acompanhamento

escolar e comportamento em sala, e trabalhos pré-estabelecidos, demonstrações,

trabalhos em laboratório (feiras e amostras), possibilidades de intervenções no

cotidiano. Ou seja, a avaliação dar-se-á de forma global e individual, em sala de

aula, através de observações sistemáticas, análise das produções dos alunos a

atividades específicas, deixando bem claro para os alunos o quê se pretende avaliar,

e qual a função da avaliação.

O registro se dará através do livro de chamada, e representará em que

medida o aluno atribui significado ao que aprendeu e em que medida consegue

materializar situações que exigem raciocínio matemático, abordando principalmente

as de relevância social. De forma processual, com objetivo diagnóstico, nos dará a

clareza necessária para reavaliarmos, permanentemente nossa prática pedagógica,

nossas metodologias, bem como: quais conteúdos, quando, a quem e de que forma

oferecermos a recuperação paralela, como mais uma oportunidade aos educandos ,

de acesso aos conhecimentos matemáticos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação.

Departamento de Ensino de Segundo Grau. Reestruturação do ensino de

segundo grau no Paraná. Curitiba, 1993.

MANN, Prem S.Introdução a estatística.LTC.5ª edição 2006,774p.ISBN 85-216-

1506-X

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MILONE,Guiseppe.Estatística Geral e Aplicada. Thomson Pioneira.498p.1ª edição

2003.ISBN85-221-0339-9

MOORE, David S. A Estatística Básica e sua prática. LTC.3ª edição

2005.688p.ISBN85-216-1443-8

RAMOS, M. N. Os contextos no ensino médio e os desafios na construção de

conceitos. Brasília: MEC, 2004.

SAVIANI, D. Do senso comum à consciência filosófica. São Paulo: Cortez, 1991.

SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. 2.ª Ed. São

Paulo: Cortez, 1991.

TRIOLA, Mário F. Introdução a Estatística .LTC10a edição 2008.722p.ISBN 85-

216-1586-8

FUNDAMENTOS DO TRABALHO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Trabalho e educação são atividades especificamente humanas. Isso significa

que, rigorosamente falando, apenas o ser humano trabalha e educa. Assim, a

pergunta sobre os fundamentos ontológicos da relação trabalho-educação traz

imediatamente à mente a questão: quais são as características do ser humano que

lhe permitem realizar as ações e trabalhar e de educar? Ou: o que é que está

inscrito no ser do homem que lhe possibilita trabalhar e educar?

Perguntas desse tipo pressupõem que o homem esteja previamente

constituído como ser possuindo propriedades que lhe permitem trabalhar e educar.

Pressupõe-se, portanto, uma definição de homem que indique em que ele consiste,

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isto é, sua característica essencial a partir da qual se possa explicar o trabalho e a

educação como atributos do homem. E, nesse caso, fica aberta a possibilidade de

que trabalho e educação sejam considerados atributos essenciais do homem, ou

acidentais.

Na definição de homem mais difundida (animal racional), o atributo essencial

é dado pela racionalidade, consoante o significado clássico de definição

estabelecido por Aristóteles: uma definição dá-se pelo gênero próximo e pela

diferença específica. Pelo gênero próximo indica-se aquilo que o objeto definido tem

em comum com outros seres de espécies diferentes (no caso em tela, o gênero

animal); pela diferença específica indica-se a espécie, isto é, o que distingue

determinado ser dos demais que pertencem ao mesmo gênero (no caso do homem,

a racionalidade). Conseqüentemente, sendo o homem definido pela racionalidade, é

esta que assume o caráter de atributo essencial do ser humano.

Ora, assim entendido o homem, vê-se que, embora trabalhar e educar

possam ser reconhecidos como atributos humanos, eles o são em caráter acidental,

e não substancial. Com efeito, o mesmo Aristóteles, considerando como próprio do

homem o pensar, o contemplar, reputa o ato produtivo, o trabalho, como uma

atividade não digna de homens livres.

Diversamente, Bergson, ao analisar o desenvolvimento do impulso vital na

obra Evolução criadora, observa que “torpor vegetativo, instinto e inteligência” são

os elementos comuns às plantas e aos animais. E, definindo a inteligência pela

fabricação de objetos, fenômeno identificado como comum aos animais, encontra no

homem a articularidade da fabricação de objetos artificiais, o que lhe permite

avançar a seguinte conclusão:

Se pudéssemos nos despir de todo

orgulho, se, para definir nossa espécie, nos

ativéssemos estritamente ao que a história

e a pré-história nos apresentam como a

característica constante do homem e da

inteligência, talvez não disséssemos Homo

sapiens, mas Homo faber. Em conclusão, a

inteligência, encarada no que parece ser o

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seu empenho original, é a faculdade de

fabricar objetos artificiais,

sobretudo ferramentas para fazer

ferramentas e de

diversificar ao infinito a fabricação delas.

(Bergson, 1979, p. 178-179, grifos do

original)

Se a existência humana não é garantida pela natureza, não é uma dádiva

natural, mas tem de ser produzida pelos próprios homens, sendo, pois, um produto

do trabalho, isso significa que o homem não nasce homem. Ele forma-se homem.

Ele não nasce sabendo produzir-se como homem. Ele necessita aprender a ser

homem, precisa aprender a produzir sua própria existência. Portanto, a produção do

homem é, ao mesmo tempo, a formação do homem, isto é, um processo educativo.

A origem da educação coincide, então, com a origem do homem mesmo.

OBJETIVOS

- Adquirir os conhecimentos através da história dos diferentes modos de produção.

- Entender a necessidade de industrializarmos a nossa produção, sabendo utilizar

meios humanizados, preservando o emprego do ser humano.

- Aprender a preservar o meio ambiente, utilizando o bom senso na tomada de

decisões, sem esquecer-se da ética profissional que deverá nortear o indivíduo.

- Valorizar os padrões de qualidade sem infringir as leis e comprometer a moral e a

conduta do ser humano, bem como questionar as políticas dos Agentes

fiscalizadores.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:

A perspectiva ontológica do trabalho: O trabalho como condição de

sobrevivência e de realização humana. A perspectiva histórica do trabalho:

Mudanças no mundo do trabalho, alienação, desemprego, qualificação do trabalho e

do trabalhador.

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CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

1º. SEMESTRE

- O trabalho humano: ação sobre o ambiente, produção de cultura e humanização.

- Perspectiva histórica.

- Diferentes modos de produção.

- Industrialismo.

- Alienação e exploração de mais valia.

- Emprego, desemprego e subemprego.

- Organizações dos trabalhadores.

- O papel do estado na proteção aos incapacitados.

METODOLOGIA

Aulas Expositivas, com recursos áudio-visuais (Video, TV Pendrive),

pesquisas na internet, reportagens da mídia e de periódicos.

AVALIAÇÃO

Atividades avaliativas durante o semestre e uma avaliação final, todas

valendo 10 pontos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

CORADI, Carlos Daniel. O comportamento humano em administração de

empresas. São Paulo: Pioneira, 1985.

COTRIM, Gilberto. Fundamentos da filosofia. São Paulo: Saraiva, 2002.

COVEY, Stephen. O 8º. Hábito. São Paulo: Campus, 2005.

DRUCKER, Peter F. Administrando para o futuro. São Paulo: Pioneira, 1992.

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ROSENBERG, Lia. Educação e Desigualdade Social. São Paulo: Loyola, 1984.

SAVIANI, Dermeval. Sobre a concepção de politecnia. Rio de Janeiro: Fundação

Oswaldo Cruz, 1989.

____________. O trabalho como princípio educativo frente às novas

tecnologias. In: FERRETTI, Celso J.; ZIBAS, Dagmar M. L.; MADEIRA, Felicias R.;

FRANCO, Maria Laura P. B. (Orgs.). Novas tecnologias, trabalho e educação: um

debate multidisciplinar.Petrópolis: Vozes, 1994. p. 151-168.

TOFLER, Alvin. Aprendendo para o futuro. São Paulo: Artenova, 1977.

GEOGRAFIA AMBIENTAL

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A sociedade moderna esta cada vez mais consciente do impacto ambiental

associado ao desenvolvimento. O uso intensivo dos recursos naturais e a cada vez

maior geração de resíduos representam, paradoxalmente, um limite para o próprio

desenvolvimento.

O espaço mundial é caracterizado, hoje, por aceleradas transformações

ambientais, cujas causas só podem ser compreendidas e analisadas dentro de um

campo que ofereça um entendimento global dessas mudanças. Esse campo chama-

se Geografia, ciência que estuda as diversas interações do homem socialmente

constituído com o seu meio e a correlação dessas interações na construção de uma

realidade espacial cada vez mais complexa.

O estudo da geografia, portanto, permite ao aluno conhecer profundamente

os meio ambientes gerados pelas relações sociais, políticas, econômicas e culturais

dos homens na superfície da Terra, e pela força e dinâmica da própria natureza, a

partir dos seus eventos.

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A Geografia Ambiental estuda os efeitos das ações do homem sobre o

ambiente terrestre, as mudanças climáticas globais, aumento do nível dos oceanos,

desmatamento, processos de desertificação, poluição dos rios, lagos e mananciais

de água, dentre outros efeitos no ambiente. Estuda o espaço geográfico levando em

conta os lugares, as regiões, os territórios e as paisagens.

Os problemas ambientais que afetam o planeta são as mudanças

atmosféricas, a perda de biodiversidade e a contaminação dos mares, por serem

recursos comuns de todos os países. Os problemas ambientais que afetam mais

diretamente os países são o desflorestamento, a erosão e a contaminação; no

entanto, a interconexão dos elementos afetados, água, solo, atmosfera e espécies

animais e vegetais, faz com que, apesar de os impactos serem produzidos em uma

área local, seus efeitos repercutam em âmbito global (Carabias & Arizpe, 1994).

As razões que justificam a oferta da disciplina de Geografia Ambiental estão

ancoradas no entendimento das relações sociais, econômicas e culturais que

explicam a sua dinâmica, e o seu constante processo de transformação.

A disciplina Geografia Ambiental no Curso Técnico em Meio Ambiente na

Modalidade da Educação Profissional favorece o desenvolvimento intelectual do

aluno enquanto parte integrante do meio ambiente e também agente ativo das

transformações das paisagens terrestres. O conhecimento ambiental se comporta

como algo essencial nos dias atuais, ele é a base do pensar sustentável dos seres

humanos, uma vez que já é nítida a degradação do meio ambiente e apropriação

exacerbada de recursos naturais renováveis e não renováveis.

É necessário entender a natureza como elemento fundamental do ambiente e

construir um conceito de natureza que seja instrumentalizador das práticas

cotidianas dos educandos em vários níveis, sem uma visão romântica e naturalista

perante o mundo, perante a história como se os homens não participassem da

relação homem/natureza. O tema meio ambiente é particularmente importante para

o Brasil considerando-se o seu porte continental, sua extraordinária dotação de

recursos naturais, seu elevado peso específico de produtos intensivos em recursos

naturais, seu potencial energético e seu histórico de degradação ambiental.

OBJETIVOS GERAIS

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Cabe a Geografia Ambiental apropriar-se do seu papel, estudo do homem, do

meio, das condições climáticas e das relações estabelecidas no espaço, para

evidenciar a importância de cada indivíduo no contexto socioambiental em que está

inserido.

Assim, poderemos formar profissionais críticos conscientes e capazes de

atuar no presente e ajudar a construir o futuro, pois exercer a cidadania é ter

sentimento de pertencer a uma realidade em que as relações entre sociedade e

natureza formam um todo integrado, do qual fazemos parte.

- Mostrar o panorama da Geografia Física no Brasil e a necessidade de

conscientização acerca da questão ambiental.

- Expor as transformações ambientais no cenário brasileiro e demonstrar a

necessidade de delinear o posicionamento da Geografia Física em relação às

mudanças ambientais.

- Tratar das interações entre a atmosfera, a hidrosfera, os solos, a vegetação

e as atividades humanas.

- Entender a origem, formação, dinâmica e estrutura do planeta Terra visando

contextualizá-la como o meio físico de interação do homem e o meio ambiente.

- Entender as relações da sociedade e da natureza, educando participantes

responsáveis e comprometidos historicamente com os valores humanísticos.

CONTEUDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS

Estruturante Básico

Meio Ambiente

Relações sociedade e natureza

Uso e ocupação dos recursos naturais local, regional,

nacional e planetário

Princípios da ecogeografia, biogeografia, cartografia,

geologia e globalização

Apropriação dos recursos naturais e suas conseqüências

ambientais

Topografia Mapeamento com uso de bússola e trena e GPS

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Climatologia Noções de Climatologia e Meteorologia

Estudo aquecimento global

Cartografia

Cartografia básica e instrumental

Leitura e interpretação de mapas

Construção de mapas, gráficos, tabelas, perfis

topográficos, curvas de nível, escalas

Organização e planejamento cartográfico

Fotogametria Noções de fotogrametria, sensoriamento remoto/

Estereoscopia

Uso de cartas topográficas e imagens satellite

Geomorfologia

Ambiental Noções de Geomorfologia Ambiental

Geologia

Introdução ao estudo da geologia

Escala geológica do tempo

A estrutura interna e externa da Terra e a Tectônica de

places

Minerais: propriedades físicas e químicas e principais

minerais formadores de rochas

Plutonismo e vulcanismo: rochas ígneas

Ciclo sedimentar: rochas sedimentares

Substâncias minerais exploradas economicamente e a

questão ambiental

Impactos e Riscos

Ambientais

Princípios básicos para a conceituação de impacto

ambiental

Definição de impacto ambiental: conceituações, atributos

dos impactos ambientais, características dos impactos

ambientais

Identificação dos impactos ambientais

Impactos ambientais nos principais ecossistemas

brasileiros

Ações humanas e os impactos ambientais: agropecuária,

produção vegetal e produção animal

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Aspectos e impactos ambientais em áreas urbanas e

agrícolas

Acompanhamento de AIA / EIA / RIMA / PBA

Auditoria ambiental

Impactos ambientais decorrentes de agroquímicos, lixo,

esgoto, projetos de irrigação, drenagem e outros

Recuperação de áreas degradadas

Leis de biossegurança

Combate a desmatamentos, queimadas e incêndios

florestais

Poluição ambiental (água, ar e solo), Impactos ambientais

na saúde humana

Agroindústria

Indústria têxtil

Indústria de couro

Indústria química

Construção civil

Indústria da madeira

Indústria de cerâmica

Turismo

Mineração

Saneamento

Irrigação

Estradas

Represas

Principais métodos de avaliação de impacto ambiental

(AIA) , matrizes, estudos de casos

METODOLOGIA

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O estudo da Geografia Ambiental requer uma metodologia adequada para o

melhor desenvolvimento das aulas, sendo assim será utilizado para exploração dos

conteúdos aulas teóricas, expositivas, dialogadas e atividades em grupo, resolução

de listas de exercícios, dinâmicas de grupo e estudo dirigido, utilização de quadro

branco, projetor multimídia, TV pen drive.

AVALIAÇÃO

A avaliação do desempenho escolar da disciplina será feita considerando os

aspectos de freqüência, participação e o aproveitamento do conteúdo. A freqüência

às aulas teóricas, aos trabalhos escolares, aos exercícios de aplicação e às

atividades práticas. O aproveitamento será avaliado através do acompanhamento

contínuo do estudante e dos resultados por ele obtido nas atividades avaliativas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BERTRAND, G. Paisagem e Geografia Física Global - Esboço metodológico.

Cadernos de Ciências da Terra, vol. 13, IG-USP, 1968.

CASSETI, V. Ambiente e Apropriação do relevo. São Paulo, Editora Contexto,

1991.

CHRISTOFOLETTI, A. Análise de sistemas em Geografia. São Paulo, Editora

Hucitec, 1979.

CHRISTOFOLETTI, A. Modelagem de Sistemas Ambientais. São Paulo, Ed.

Edgard Blücher, 1999.

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GESTÃO DOS RECURSOS NATURAIS

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O estudo dos conteúdos desta disciplina se justifica devido a sua

essencialidade, indispensável à vida.

Esta disciplina visa a desenvolver ao aluno do Curso Técnico em Meio

Ambiente os conhecimentos necessários para perceber e caracterizar os recursos

naturais para atuar profissionalmente em sua proteção; orientação de uso correto e

sustentável, em benefício de toda a população e do planeta Terra.

A disciplina Gestão dos Recursos Naturais visa também desenvolver o

conhecimento dos alunos em relação as commodities Ambientais – 7 matrizes

ambientais (água, energia, biodiversidade, madeira, minério, reciclagem, controle de

emissão de poluentes em água/solo/ar; e o estudo dos componentes do meio

ambiente – recursos naturais sua gênese e desenvolvimento, bem como seu

equilíbrio e manutenção.

OBJETIVOS GERAIS

Possibilitar capacitação técnica e humana no âmbito das tecnologias de

manutenção, avaliação, e sustentabilidade dos recursos naturais, aumentando a

formação profissionalizante do Técnico em Meio Ambiente e de sua

empregabilidade, enquanto cidadão critico e atuante, em sua realidade.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Conteúdos Básicos: Recursos Hídricos, Noções de Silvicultura, Áreas

Protegidas, Pedologia e Edafologia, Energia Alternativas.

CONTEÚDOS BÁSICOS

Recursos hídricos:

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Gestão de bacias hidrográficas, água superficiais e subterrâneas;

Comitês de bacias;

Participação comunitária nos Comitês de Bacia e Agencias;

Agencias Nacional de Água – ANA;

Políticas nacional e estadual de recursos hídricos;

Desequilíbrio dos sistemas hídricos;

Poluição e degradação hídrica;

Ciclo hidrológico;

Diagnostico de bacias hidrográficas;

Manejo de micro bacias hidrográficas;

Bacias hidrográficas paranaenses;

Hidrografia municipal. Lei 9433/97 e Lei 4771/65 e suas implicações na rede

de bacias hidrográficas.

Gerenciamento de bacias hidrográficas como unidade territorial de

planejamento.

Noções de silvicultura, áreas protegidas e paisagismo:

Reconhecimento das espécies florestais;

Propagação sexuada: conceitos, características, germinação, vigor,

dormência, qualidade das sementes e qualidade de sementes.

Propagação assexuada: conceitos, características, planta matriz e

classificação;

Viveiros: localização, instalação e manejo;

Legislações para produção de sementes e mudas;

Implantação de florestal;

Princípios de manejo florestal;

Planejamento e manejo de unidades de conservação, praças e arborização

urbana;

Uso público: recreação e lazer, noções de turismo, turismo em áreas

naturais protegidas;

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Noções de paisagismo;

Pedologia/edafologia:

Conhecer as principais formações rochosas das camadas da Terra e sua

correlação com o solo;

Compreender o processo de intemperismo físico e químico.

Alterações de rochas e minerais e formação do perfil do solo;

Fatores de formação do solo (relevo, clima, organismos, material de origem

e tempo cronológico);

Conhecer as principais características morfológicas do solo;

Relacionar características morfológicas e propriedades dos solos;

Conceituar conservação de solo do ponto de vista produtiva e ambiental;

Conhecer práticas de conservação vegetativas e mecânicas;

Processos de salinização e acidificação;

Erosão em solos agrícolas e urbanos;

Pedogênese;

Edafologia;

Energias alternativas:

Conservação de energia e eficiências energética;

Sistema de energia;

Fontes alternativas de energia;

Energia solar térmica, termoelétrica e fotovoltaica;

Energia eólica;

Energia de biomassa, biocombustíveis (algas etc.);

Energia a hidrogênio e pilha de combustível;

Energia a CO2 (efeito estufa);

Biodiesel;

Geotérmica;

Hidráulica;

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Energia Marinha;

Energia e meio ambiente.

METODOLOGIA

Utilização de textos selecionados; pesquisas de sites confiáveis da internet;

questões para estudo dirigido, trabalhos em equipe, apresentação TV–Pendrive e/ou

Data-Show, aulas expositivas (giz e quadro) diálogo com os alunos; realização com

os alunos de: leitura, sínteses, resumos, resenhas, análise de filmes / documentários

pertinentes à temática de recursos naturais. Aulas práticas a nível de campo na

fazenda-escola,bem como visitas técnicas a empresas de destaque no âmbito

ambiental , e também aulas práticas em laboratório;visitas de pesquisa no

componente Natureza a nível municipal local e na região próxima ao município de

Rio Negro.

AVALIAÇÃO

Realizada mediante a produção de textos, assiduidade, participação

(diálogo) com o professor, servindo mais para “melhorar o desempenho do

estudante e não somente examinar o quanto sabe em função de produção de um

resultado”.

O trabalho sério do avaliador é “melhorar constantemente, persistentemente,

o que o aluno já adquiriu. É importante analisar a atividade crítica” a capacidade de

síntese e a elaboração pessoal dos alunos.

O objetivo da avaliação sempre será visando o pleno desenvolvimento da

pessoa, seu preparo para a cidadania, sempre atuando qualitativamente do que

quantitativamente.

Buscar-se-á estar avaliando continuamente e cumulativamente para o

melhor desenvolvimento dos alunos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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195

ACOT, Pascal. História da Ecologia. Rio de Janeiro: Campus,1990.

BRESSAN, Delmar. Gestão Racional da Natureza. São Paulo: Hucitec, 1996.

BECKER, Dinizar (org.). Desenvolvimento Sustentável- Necessidade e/ou

Possibilidade?. Santa Cruz do Sul-RS: Edunisc, 1997.

FURTADO, Celso. A Formação Econômica do Brasil. São Paulo:Editora Nacional,

1995

GONÇALVES, Walter Porto Gonçalves. Os (Des) Caminhos do Meio Ambiente. 4

ed.,São Paulo: Contexto,1993.

GESTÃO DE RESIDUOS

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Ao longo da existência humana sobre a Terra, o ser humano origina-se de

uma situação mais integra à Natureza, sem uma “capacidade” de deixar resíduos no

meio ambiente que pudesse prejudicar este meio; após o período de industrialização

mundial, até os dias atuais, esta capacidade de criar e utilizar substâncias e

materiais, não prontamente assimiláveis pelos ciclos da Natureza, tornou a

humanidade altamente capaz de prejudicar a Natureza, não distinguindo como

reorganizar estes resíduos e dar-lhes destino sempre útil.

A Disciplina de Gestão de Resíduos justifica seu estudo (ensino-

aprendizagem) para participar deste resgate histórico em se reorganizar e aprimorar

as técnicas quanto ao correto encaminhamento, processamento de resíduos,

capacitando profissionalmente os alunos do Curso Técnico em Meio Ambiente.

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OBJETIVOS

Possibilitar capacitação técnica e humana no âmbito das tecnologias dos

corretos procedimentos quanto ao destino, tratamento, transformação e reciclagem

de resíduos, sua gestão e o correto gerenciamento, atendendo às normas técnicas

(NBR) e as políticas públicas pertinentes ao tema.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / CONTEÚDOS BÁSICOS

Gestão de Resíduos sólidos, orgânicos e políticas públicas, veículos

coletores, caracterização de resíduos sólidos urbanos, lixões, aterros controlados,

aterros sanitários, contaminação por agrotóxicos.

Gestão de resíduos sólidos e políticas públicas;

Sistema de coleta e triagem de resíduos;

Processo de tratamento/usinas de incineração;

Dispositivo final/aterros, lixões, valas sépticas;

Reciclagem/reutilização;

Coleta seletiva de resíduos;

Resíduos perigosos/tóxico e outros;

Contaminação ambiental/classes;

Elementos para compreensão da problemática dos resíduos sólidos urbanos:

aspectos econômicos, institucionais, sanitários e ambientais;

Características dos resíduos sólidos urbanos;

Coleta convencional: parâmetros de coleta (freqüência, horário,

acondicionamento, pontos e formas de coleta) e veículos coletores;

Estação de transbordo ou transferência de resíduos sólidos urbanos;

Gestão de resíduos sólidos urbanos e rurais;

Reciclagem dos diferentes materiais;

Técnicas de disposição dos resíduos sólidos em aterros sanitários;

Técnicas de tratamento através da incineração;

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Técnicas de tratamento de resíduos orgânicos através da compostagem

termofílica;

Normas e legislação ambiental vigentes sobre resíduos sólidos;

Técnicas de acondicionamento, transporte, tratamento e disposição final de

resíduos sólidos dos serviços de saúde;

Caracterização de resíduos;

Princípios da microbiologia do tratamento de água residuárias;

Composição dos esgotos domésticos;

Importância sanitária dos microorganismos;

Biodegradação aeróbia e anaeróbia;

Características físicas, químicas e biológicas dos esgotos;

Processo de tratamento de água residuárias;

Sistema de tratamento de efluentes: lodos ativados, reatores anaeróbios e lagoas

de estabilização;

NBR 7229/93 – Projeto, construção e operação de tanques sépticos;

Alternativas para disposição final do lodo de esgoto.

METODOLOGIA

Para o desenvolvimento da disciplina, será utilizada uma metodologia

construtivista com base na elaboração e reelaboração do saber historicamente

construído, embasados no conhecimento científico. Para explorar os conteúdos

serão realizadas atividades diversificadas.

Utilização de textos selecionados, apostilas; pesquisas em sites confiáveis

da INTERNET, questões para estudos dirigidos, trabalhos em equipe.

Apresentação de TV-Pendrive e Data-Show e projetor, apresentações e

estudos de vídeos – documentários sobre os temas da disciplina, aulas expositivas

(giz e quadro) utilização de jogos didáticos, diálogo com os alunos, leituras, sínteses,

resumos, resenhas.

Atividades práticas extra-classe: reconhecimento de condições de gestão de

resíduos na realidade dos alunos e no Município em que morem.

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AVALIAÇÃO

Realizada mediante a produção de textos, assiduidade, participação

(diálogo) com o professor, servindo mais para “melhorar o desempenho do

estudante e não somente examinar o quanto sabe em função de produção de um

resultado”.

O trabalho sério do avaliador é “melhorar constantemente, persistentemente,

o que o aluno já adquiriu. É importante analisar a atividade crítica” a capacidade de

síntese e a elaboração pessoal dos alunos.

O objetivo da avaliação sempre será visando o pleno desenvolvimento da

pessoa, seu preparo para a cidadania, sempre atuando qualitativamente do que

quantitativamente.

Buscar-se-á estar avaliando continuamente e cumulativamente para o

melhor desenvolvimento dos alunos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10004: Resíduos

sólidos - Classificação. Rio de Janeiro, 2004.

BRASIL, MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, CONSELHO NACIONAL DO MEIO

AMBIENTE – CONAMA. Brasília, DF, nº 136, 17 de julho de 2002. Seção 1, p. 95-

96.

FERREIRA, Oswaldo Poffo (Org.). Madeira: uso sustentável na construção civil.

São Paulo: Instituto de Pesquisas Tecnológicas:

PIRES, Maria Cecília (Org.). Guia para avaliação do potencial de contaminação

em imóveis. São Paulo: CETESB: GTZ,

2003.

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199

INFORMATICA APLICADA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A informática surgiu justamente para possibilitar o acumulo de grandes volumes

de informações, possibilitar a pesquisa sobre estes dados de forma rápida e

eficiente; possibilitar a sua transmissão por todo o planeta de forma quase

instantânea.

O técnico de meio ambiente deve reconhecer o papel da informática na

organização da vida sócio-cultural e na compreensão da realidade, relacionando o

manuseio do computador a casos reais, ligados ao cotidiano do estudante, seja no

mundo do trabalho, na educação ou na vida privada, devendo reconhecer a

informática como ferramenta para novas estratégias de aprendizagem, capaz de

contribuir de forma significativa para o processo de construção do conhecimento nas

diversas áreas.

OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

Aspectos teóricos e práticos para o uso da informação no meio ambiente.

Aplicação das ferramentas informatizadas. Operação de Computadores e de

sistemas operacionais. Planilhas sobre emissões atmosféricas (fumaças, material

particulado) Pesquisas sobre efeito estufa, chuva acida, desmatamento e

queimadas. Utilização da legislação com a internet. Métodos e analises de

resultados.

CONTEUDOS ESTRUTURANTES

- Hardware

- Software

- Sistemas Operacionais

- Editores de Texto

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- Planilhas Eletrônicas

- Software de Apresentações

- Internet

- Navegadores de Internet

-Metodologia do planejamento de pesquisa : fases de elaboração de um

projeto utilizando write e calc e impress.

-Utilização de softwares para elaboração alimentar de trabalhos científicos,

projetos ambientais e o uso da normas da ABNT utilizadas em meio

eletrônico.

- Software livre : Linux e seus Aplicativos.

- Softwares específicos para área ambiental GIS – Arc. View, Idrisi, Mapinfo,

Spring, Google .

- Implementação de um sistema de visualização / Monitoramento de aspectos

ambientais utilizando a ferramenta Excel.

- Utilização de planilhas em Quantificações ambientais

METODOLOGIA

Considerando a busca e a necessidade de informações atualizadas, serão

utilizados recursos educacionais encontrados na rede mundial de computadores.

Serão utilizados softwares procurando a interdisciplinaridade com as disciplinas do

núcleo comum, sendo utilizada exposição dialogada, provocativa e investigativa.

Uso da TV Pend-drive, DVD, e uso do laboratório de informática para pesquisa e

aulas praticas.

AVALIAÇÃO

Prepoderão os aspectos qualitativos da aprendizagem, a interdisciplinaridade

e a multiplicinaridade dos conteúdos, com relevância a atividade critica, a

capacidade de síntese e a elaboração sobre a memorização, num processo

continuo. Sendo utilizados a identificação, comparações, analises, produções,

interpretações e aplicação dos conhecimentos.

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REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

CAPRON, H.L.,J.A.:Introdução a Informática. São Paulo: Pearson/Prentice Hall,

2004.

MARILYN M.;Roberta B., Nosso futuro e o computador. 3.ed. Bookman, 2000.

NORTON, Peter, Introdução a Informática, Editora Makron Books, 1997.

WHITE, R., Como Funciona o computador, 8.ed. Editora QUARK, 1998.

LEGISLAÇÃO E SEGURANÇA AMBIENTAL

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Legislação Ambiental é o conjunto de normas jurídicas que se destinam a

disciplinar a atividade humana, para torná-la compatível com a proteção do meio

ambiente. No Brasil, as leis voltadas para a conservação ambiental começaram a

ser votadas a partir de 1981, com a lei que criou a Política Nacional do Meio

Ambiente.

A legislação ambiental brasileira, para atingir seus objetivos de preservação,

criou direitos e deveres para o cidadão, instrumentos de conservação do meio

ambiente, normas de uso dos diversos ecossistemas, normas para disciplinar

atividades relacionadas à ecologia e ainda diversos tipos de unidades de

conservação.

As leis proíbem a caça de animais silvestres, com algumas exceções, à pesca

fora de temporada, a comercialização de animais silvestres, a manutenção em

cativeiro desses animais por particulares (com algumas exceções), regulam a

extração de madeiras nobres, o corte de árvores nativas, a exploração de minas que

possam afetar o meio, a conservação de uma parte da vegetação nativa nas

propriedades particulares e a criação de animais em cativeiro.

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A disciplina de legislação ambiental apresenta o tratamento concedido pelo

ordenamento jurídico brasileiro ao meio ambiente, abordando a tutela constitucional

do meio ambiente, sua relação com o Estado através da Política Nacional do Meio

Ambiente, a sua estrutura legal formada pelo Sistema Nacional do Meio Ambiente, o

conhecimento da legislação específica que trata da proteção da fauna, flora,

recursos hídricos, poluição, resíduos, responsabilidade administrativa e penal do

gestor ambiental, através do reconhecimento e conhecimento da Lei dos Crimes

Ambientais.

OBJETIVOS GERAIS

Apresentar o aluno a importância da legislação ambiental como instrumento

jurídico e legal de proteção do meio ambiente, bem como fazer com que o mesmo

compreenda a necessidade de adequar à legislação nas práticas de gestão

ambiental.

Conhecer e interpretar a legislação ambiental brasileira de maior interesse;

Conhecer as fontes, princípios, características e hierarquia das leis

ambientais;

Identificar a base constitucional de proteção do meio ambiente;

Conhecer a estrutura jurídica da Política Nacional do Meio Ambiente;

Reconhecer os atos do gestor ambiental nas responsabilidades civil e penal;

Acessar e consultar bancos de dados sobre a legislação ambiental;

Conhecer e interpretar a legislação dos recursos hídricos;

Conhecer e interpretar a legislação referente a poluição atmosférica, poluição

e de resíduos.

Aprender como devem ser feitos os processos de licenciamento ambiental;

Conhecer a estrutura dos estudos de impacto ambiental;

Aprender como devem ser feitos os processos de outorga de direito pelo uso

da água;

Conhecer os procedimentos para gestão do uso de resíduos perigosos;

Aprender como indicar e organizar a legislação em uma matriz de aspectos e

impactos ambientais;

Realizar exercícios para incorporar os conceitos apresentados

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CONTEUDOS ESTRUTURANTES/CONTEUDOS BASICOS

Estruturante Básico

Legislação

Constituições Federais e Estaduais

Noções de Legislação Ambiental

Estrutura organizacional da legislação ambiental

brasileira

Código Florestal Brasileiro e Gestão de Florestas

Legislação Nacional de Recursos Hídricos

Licenciamento Ambiental: normas e legislação

Compensação Ambiental

Política Nacional do Meio Ambiente: Lei 6938/81

Legislação Estadual do Meio Ambiente

Planos Diretores – Estatuto da Cidade

Objetivos do Milênio

Legislação Municipal de Meio Ambiente

Lei de Crimes Ambientais – Lei 9605/98 alterada

pela Lei 6514/08 e regulamentado pelo Decreto 3179/99

Resoluções CONAMA

Indicadores ambientais de poluição e risco

ambiental para diagnóstico e tomada de decisões.

Noções sobre Normas Reguladoras de Segurança

Ambiental e do Trabalho – (PPRA, Mapa de Risco etc....)

METODOLOGIA

O estudo da Legislação e Segurança Ambiental será feito utilizando para

exploração dos conteúdos aulas teóricas, expositivas, dialogadas e atividades em

grupo, debates, resolução de listas de exercícios, dinâmicas de grupo e estudo

dirigido, utilização de quadro branco, projetor multimídia, TV pen drive.

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AVALIAÇÃO

A avaliação do desempenho escolar da disciplina será feita considerando os

aspectos de freqüência, participação e o aproveitamento do conteúdo. A freqüência

às aulas teóricas, aos trabalhos escolares, aos exercícios de aplicação e às

atividades práticas. O aproveitamento será avaliado através do acompanhamento

contínuo do estudante e dos resultados por ele obtido nas atividades avaliativas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANTUNES, Paulo de Bessa, Curso de Direito Ambiental, 2ª ed., Renovar, Rio -

1992.

BECHARA, Erika. Licenciamento e Compensação Ambiental na Lei do Sistema

Nacional das Unidades de Conservação (SNUC). 1ed. São Paulo: Atlas, 2009.

MEDAUAR, Odete. Coletânea de Legislação do Direito Ambiental. 3. ed. São

Paulo:

Revista dos Tribunais, 2004.

Revista Meio Ambiente Industrial – Editora Tocalino.

METODOLOGIA CIENTÍFICA E COMUNICAÇÃO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

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A metodologia científica exige rigor ao descrever o caminho percorrido

para a produção do saberes, de modo que os outros possam trilhar percursos

semelhantes, comparando com seus próprios resultados e ampliando os

conhecimentos existentes sobre o assunto. O que caracteriza a Ciência é seu

método. Sendo crítica, ela oferece como metodologia a busca de elementos para o

julgamento de verdades.

Ao longo da era moderna, o método científico passa a ser aplicado para

criticar o que se tem como verdades sobre fatos do mundo, inicialmente do mundo

natural, passando, aos poucos, ao mundo social. Muitos pensadores contribuíram

para construir uma forma do pensar científico que auxilia na busca de respostas a

questões relacionadas ao mundo natural e social.

Para descrever os fatos da natureza ou sociais, devemos partir de uma série

de procedimentos de observação criteriosa, ou mediante a experimentação, que é

um controle obtido por meio de uma intervenção planejada sobre as ocorrências

desses fatos.

Sendo assim, a Metodologia cientifica tem a função de nortear ao

pesquisador o “caminho das pedras” da pesquisa ajudá-lo a refletir e instigar um

novo olhar sobre o meio em que vivemos. Buscar respostas para solucionar os

problemas que aflige o homem nesse milênio. Um olhar curioso, indaga-dor e

criativo.

A elaboração e o desenvolvimento de um projeto de pesquisa necessita,

para que seus resultados sejam satisfatórios, estarem embasadas em planejamento

cuidadoso, reflexões conceituais sólidas e alicerçados em conhecimentos já

existentes.

Pesquisar é um trabalho que envolve um planejamento, com problemas

definidos e objetivos claros aonde se quer chegar.

O sucesso de uma pesquisa também dependerá do procedimento seguido,

do seu envolvimento com a pesquisa e de sua habilidade em escolher o caminho

para atingir os objetivos da pesquisa.

A pesquisa é um trabalho em processo não totalmente controlável ou

previsível e adotar uma metodologia significa escolher um caminho, um percurso

global do espírito. O percurso, muitas vezes, requer ser reinventado a cada etapa.

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Precisa então, não somente de regras e sim de muita criatividade e imaginação,

aprestando momentos especiais para a comunicação dos resultados, socializando

os conteúdos para propiciar intervenções mais consistentes, oferecendo seriedade e

segurança ao grupo.

Desta forma, todas as pesquisas realizadas por meio do Curso Técnico em

Meio Ambiente,serão consideradas com grande seriedade tanto na dimensão de

geração de conhecimentos quanto em seu poder de comunicar com outros públicos

fora do espaço escolar, e até em propor políticas públicas locais que gerem

mudanças. Para isso é essencial, divulgar as aprendizagens para a comunidade

escolar e para os órgãos interessados por meio de diferentes formas de

comunicação.

OBJETIVOS GERAIS

- Elaborar e desenvolver projetos de pesquisa em meio ambiente.

- Instrumentalizar o aluno na busca de soluções para os problemas do meio

ambiente que envolva os conhecimentos da ciência, de forma critica e criativa.

- Direcionar o processo ensino-aprendizagem preparando o futuro técnico em meio

ambiente para o seu campo profissional.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS:

- Ciência e conhecimento;

- Método científico;

- Pesquisa científica;

- Elaboração, planejamento e desenvolvimento de projetos;

- Técnicas de pesquisa;

- Estudos de processos de leitura e de produção escrita de textos;

- Normas ABNT de pesquisa de projetos

METODOLOGIA

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Tendo como finalidade que os conhecimentos que venham orientar as

soluções da pesquisa sejam científicos. No entanto não serão desenvolvidas por

cientistas em laboratórios sofisticados ou centros especializados, mas por alunos de

um curso profissionalizante sabedores que o conhecimento popular oferece riquezas

fundamentais para o conhecimento científico e a escola torna-se um espaço onde

conhecimento científico e popular se encontram, faz-se necessário uni-los para

contribuírem para o crescimento de todos.

Cada aluno deve participar de todas as etapas da pesquisa. As inquietações,

curiosidades e sonhos dos jovens devem ser trabalhados desde a definição da

pesquisa, seus caminhos e resultados, até sua apresentação e a avaliação final da

atividade.

Serão utilizadas copias xerox de textos selecionados, com levantamento e

questões para o estudo dirigido, individual ou em equipe, elaboração de sínteses,

resumos, textos, aulas expositivas com giz e quadro, data show, TV Pendrive, DVD

e dinamização de equipes..

Proporcionando a cada participante contribuir com suas ideias, textos e registros, o

professor terá subsídios para avaliar o desempenho de cada um na elaboração das

experiências, ajudando-os na construção do pensamento científico, por meio de

descobertas, do diálogo, com pessoas da região, com técnicos, acadêmicos,

pesquisadores e com os livros.

AVALIAÇÃO

Utilização de provas objetivas e subjetivas, trabalhos individuais ou em grupo,

projetos, avaliação da participação do aluno, capacidade de pesquisar com

objetividade em livros, sites técnico-pedagógicos, compêndios agrícolas, interpretar

gráficos, tabelas, equipamentos. Avaliação do interesse e dedicação aos assuntos

da disciplina no seu contexto humano também.

Os alunos que não atingirem a nota mínima devem ter acesso a recuperação

paralela através de trabalhos e/ ou provas. Os critérios utilizados na avaliação vão

desde a simples presença do aluno, sua freqüência, realização de exercícios e

atividades didáticas e o diálogo com o professor nos trabalhos em equipe, seu grau

de participação, interesse e desempenho.

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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SILVA, Edna Lúcia da. Metodologia da pesquisa e elaboração de dissertação. 4.

ed. rev. atual. – Florianópolis: UFSC, 2005.138p.

LUNA, S.V.de. Planejamento de pesquisa: uma introdução. São Paulo: Educ,

1997.26p.

SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O processo de Sistema de Gestão Ambiental é voltado para a resolução e/ou

prevenção de problemas de caráter ambiental, com vistas ao desenvolvimento

sustentável. Define-se Sistema de Gestão Ambiental (SGA), segundo a NBR ISSO

14001, como parte do sistema de gestão que compreende a estrutura

organizacional, as responsabilidades, as práticas, os procedimentos, os processos e

recursos para aplicar, elaborar, revisar e manter a política ambiental de uma

instituição ou empresa.

Dessa forma a abordagem dada pela disciplina englobará a discussão sobre a

importância da inserção da dimensão ambiental no contexto sócio econômico bem

como suas vantagens competitivas relacionando a visão da interação entre o setor

produtivo e o Meio Ambiente.

Para tanto se faz necessário se apropriar dos conceitos técnicos legais

relacionados ao sistema de gestão ambiental reconhecendo sua importância social,

econômica e em estratégica de incorporação da dimensão ambiental na gestão das

organizações. Com este enfoque, fundamenta–se nas normas da série ISO 14000

no conceito de Sistema de Gestão Ambiental, seus requisitos e etapas de

implantação, bem como nos instrumentos de gestão ambiental e sua integração nos

demais sistemas de gestão.

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Atualmente há uma tendência mundial para o desenvolvimento de um sistema de

gestão que integre as áreas da Qualidade, Saúde, Segurança do Trabalho e de

Responsabilidade Social com a do Meio Ambiente, visando à redução de custos das

empresas, evitando–se a elaboração de vários programas, ações e metas que, em

muitos casos, se sobrepõem.

OBJETIVOS:

- Estudar os conceitos relacionados com sistemas de gestão ambiental, referenciais

normativos e requisitos.

- Reconhecer os vários instrumentos voluntários destinados à promoção ambiental e

social das organizações e seus produtos.

- Compreender das analogias entre sistemas de gestão da qualidade, do ambiente e

de higiene e segurança.

- Elaborar elementos do SGA – políticas, procedimentos e instruções de trabalho,

formulários de registro, planos de ação - e de estabelecer indicadores de

desempenho ambiental.

- Realizar pequenas auditorias e de elaborar os planos e relatórios respectivos.

- Conhecer os conceitos relacionados com análise de ciclo e vida e respectiva

metodologia.

- Trabalhar em equipe desenvolvendo a comunicação escrita e oral.

CONTEÚDOS

1º Semestre.

- Importância sócio-econômica do meio ambiente.

- Constituição da republica federativa do Brasil, Art.225. Do meio ambiente.

- A questão ambiental com relação ao meio empresarial.

- As normas ISO 14.000, OHAS 18.000.

- Norma BS 7750.

- Sistemas de gestão ambiental, especificação e diretrizes para uso.

- Política ambiental, planejamento, implementação e operação.

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- Verificação e ações corretivas.

- Auditorias ambientais.

- Rotulagem ambiental.

- Aspectos do tema meio ambiente em praticas de conservação.

- Analise do ciclo de vida dos produtos.

- Prevenção à poluição.

2º Semestre.

- Relação das empresas com o meio ambiente, multas e termos de conduta.

- Influencia do consumidor final de produtos.

- Substituição de materiais e insumos.

- Mudanças de procedimento.

- Melhorar a organização ( Housekeeping).

- Programas educacionais.

- Prevenção e redução, reciclagem e reuso, tratamento, disposição.

- Prevenção da poluição na indústria.

- Questões ambientais relevantes, retrospectiva de fatos marcantes e a

implantação de sistema de gestão.

- Benefícios potenciais relacionados a implantação de programas.

3º Semestre.

- Auditorias ambientais.

- Principais instituições certificadoras.

- Políticas ambientais.

- Software para gestão ambiental.

- Ecomarketing.

- Ecobusiness.

- Responsabilidade ambiental, e seus afazeres.

- Órgãos de regulação ambiental.

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METODOLOGIA

O processo ensino aprendizagem será efetuado por meio de aulas

expositivas, debates em grupos, pesquisas extra classe, discussões sobre normas e

leis do meio ambiente, visualização de problemas cotidianos em relação ao meio

ambiente, perspectivas reais da população empregada e saídas para visitas

técnicas.

AVALIAÇÃO

Considerando que a avaliação é um processo contínuo que visa a percepção

da relação entre o ensino e a aprendizagem, busca-se por meio de trabalhos

individuais e em grupos, atividades de pesquisa, relatórios de visitação,

apresentação em seminários e atividades individuais analisar a apropriação dos

conceitos científicos trabalhados pela disciplina a fim de aperfeiçoar a didática

ensino.

Sendo assim, a disciplina de Sistema de Gestão Ambiental proporcionará ao

aluno diversificadas formas de demonstrar o que aprendeu durante o semestre

valendo-se do direito à recuperação de estudos sempre que necessário.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MOREIRA, Maria Suely. Estratégia e Implantação do Sistema de Gestão

Ambiental, Modelo ISO 14000. Nova Lima: INDG Tecnologia e Serviços Ltda,

2006.

SEIFFERT, Maria Elizabete Bernardini. ISO 14000, Sistema de Gestão Ambiental:

Implantação objetiva e econômica. 3a Ed. São Paulo;Atlas, 2007.

VÁRIOS AUTORES. Cuidando do Planeta Terra - Uma Estratégia para o Futuro

da Vida, UICN, PNUMA, WWF, Ed. CL-A Cultura Ltda, São Paulo, 1991

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ESTÁGIO PROFISSIONAL SUPERVISIONADO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O estágio é uma forma de proporcionar ao futuro técnico em meio ambiente,

um vasto campo de informações significativas, em relação à gestão e manejo dos

recursos naturais de forma sustentável, para sua formação e encaminha-o para a

prática profissional e, além disso, é um processo de aprendizagem onde o próprio

aluno entra em contato direto com a realidade, o que na maioria das vezes o

transforma, e oferece suportes para seu futuro profissional, e contribui na sua

formação pessoal.

No entanto, para que se possam entender de fato as atividades relacionadas

à formação de qualquer profissional, é importante o contato direto com as áreas que

se inter relacionam, tornando-o um profissional capaz de analisar todas as situações

de maneira mais ampla, ao contrário do conhecimento comum.

O estagio Profissional Supervisionado, de caráter obrigatório, previsto na legislação

vigente, atende as exigências do curso, decorrente da própria natureza do eixo

tecnológico do curso de técnico em meio ambiente. Devendo ser planejado,

executado e avaliado de acordo com o perfil de um profissional, com competência

técnica, e ética para gerir e manejar de forma sustentável os recursos naturais e o

meio ambiente, para garantir o desenvolvimento das gerações futuras.

OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

- Conhecer formas de gestão e manejo dos recursos naturais e ambientais.

- Buscar alternativas de produção sustentável com respeito ao meio ambiente.

- Executar e planejar projetos de desenvolvimento sustentável com respeito as leis e

normas ambientais.

- Relacionar conhecimento teórico com a prática profissional a partir da observação

das experiências realizadas.

CONTEÚDOS Estruturantes / Básicos:

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- Normas de orientação de estagio.

- Projeto de estagio em meio ambiente.

- Relatório de estagio em meio ambiente.

- Apresentação do relatório de estágio em banca.

METODOLOGIA

Para realizar as atividades relacionadas à disciplina serão utilizadas pesquisas

bilbiográficas

Utilização de copias xérox de textos selecionados, com levantamento e

questões para o estudo dirigido, individual ou em equipe, elaboração de sínteses,

resumos, textos, aulas expositivas com giz e quadro, data show, TV Pendrive, DVD

e dinamização de equipes..

AVALIAÇÃO

Serão realizadas avaliações do técnico em meio ambiente pela: participação e

desenvolvimento do estágio na empresa, relatório de estagio e apresentação em

banca do estagio.

AULAS PRÁTICAS

A questão ecológica encontra-se cada vez mais presente no cotidiano da

sociedade em geral, seja através da divulgação pela mídia, seja devido a nítidas

alterações da paisagem e clima. É nesse contexto que se insere a Educação

Ambiental, importante ferramenta para subsidiar o debate ecológico e expandir o

número de pessoas capacitadas e envolvidas na prática da conservação e da

conscientização ambiental, fundamental para a formação de cidadãos plenos.

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No Brasil, país com altíssima biodiversidade e que enfrenta graves problemas

ambientais, já têm sido implantados vários programas focalizando a conscientização

e a formação ambiental.

Porém, são necessários diversos componentes para se atingir todas as

dimensões inseridas na Educação Ambiental: amor e respeito à vida, interesse e

conhecimento acerca do meio ambiente, postura crítica e consciência diante dos

próprios hábitos.

Uma questão crucial para sucesso do Curso Técnico em Meio Ambiente é a

adoção de ferramentas adequadas para que cada aluno atinja o nível esperado de

conhecimento ambiental. É com este propósito que serão implementadas as Aulas

Práticas.

As aulas práticas serão atividades sistemáticas desenvolvidas pelos

professores, juntamente com a equipe pedagógica com o objetivo de integrar os

conhecimentos teóricos com os conhecimentos práticos, serão promovidas

situações de vivências, onde os alunos poderão confrontar, analisar e elaborar suas

próprias conclusões, transformando-as em aprendizagem significativa.

O Curso Técnico em Meio Ambiente é rico em espaços que proporcionam

aulas práticas, podendo ser explorados e transformados em laboratórios

promovendo um ambiente estimulador da aprendizagem, onde os alunos terão

acesso ao conhecimento ambiental, tecnológico e científico em sua essência.

Sendo assim, as disciplinas de: Análise, Controle e Química Ambiental,

Estatística Aplicada, Gestão de Recursos Naturais, Geografia Ambiental, Gestão de

Resíduos, Sistemas de Gestão Ambiental e Informática Aplicada, contempladas com

aulas práticas no decorrer do curso poderão aprofundar os conteúdos trabalhados

em sala de aula, por meio de visitas a empresas, parques ecológicos, espaço da

fazenda-escola, ou qualquer lugar que possibilite estudos e sugestões de

intervenções visando um ambiente ecologicamente correto.

Estas atividades visam capacitar os alunos do Curso Técnico em Meio

Ambiente para exercerem sua cidadania com espírito científico, preparados para

conhecer e pesquisar a respeito dos sistemas naturais, tão ricos em beleza e

diversidades de espécies, bem como sobre as culturas humanas e o

desenvolvimento tecnológico com os quais convivemos muitas vezes de forma

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respeitosa e integrada, outras vezes modificando e destruindo sem limites,

principalmente ao longo das últimas décadas.

Não só em uma concepção de reduzir os impactos ou monitorar os estragos,

reduzir a produção do lixo, de cobrar pelo uso ou poluição das águas, mas de propor

uma mudança na forma de ver o mundo, a sociedade e os valores que realmente

contribuem para a sobrevivência humana com qualidade de vida, pensar com

responsabilidade pelo presente e projetar o futuro numa perspectiva de

desenvolvimento sustentável.

OBJETIVOS:

- Desenvolver nos alunos do Curso Técnico em Meio Ambiente a capacidade de

observação e o espírito de pesquisa.

- Promover a ampliação do conhecimento científico na área ambiental.

- Proporcionar visitas de estudos durantes as aulas práticas para ampliar a visão de

mundo dos alunos.

- Enriquecer e contextualizar os conhecimentos teóricos.

CONTEÚDOS

Os conteúdos que embasam o Curso Técnico em Meio Ambiente foram

selecionados e propostos de acordo com os objetivos do curso, os quais encontram

no conhecimento científico sua essência e mantêm determinadas relações sociais e

de valores, nelas estabelecem formas de atuação peculiares, entre elas podemos

citar as aulas práticas.

Sendo as aulas práticas extensão dos conteúdos explorados em sala de aula,

os mesmos correspondem aos relacionados nas disciplinas contempladas com essa

atividade,

METODOLOGIA

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Quando o aluno sai do universo da sala de aula para realizar uma atividade

extraclasse, sente-se mais motivado e interessado pela disciplina, porém cabe ao

professor, planejar, quais as intervenções serão mais relevantes.

Sendo assim, ele poderá elaborar questões, situações problemas envolvendo

os conteúdos, bem como estudos de casos, visto que, para cada aula prática o

aluno deverá realizar um relatório.

Os objetivos deverão ser claros e definidos para que promovam a interação

da teoria com o contexto, proporcionando a ampliação do conhecimento voltado

para a análise crítica na construção de uma sociedade com desenvolvimento

econômico, tecnológico e ambiental.

O aluno deve ter em mente que a educação ambiental voltada para a

sustentabilidade depende de uma visão ampla das questões ambientais, bem como

da conscientização de que somente com o conhecimento necessário e atitudes

adequadas estaremos promovendo o desenvolvimento e preservando a vida do

planeta para as futuras gerações.

AVALIAÇÃO

Como a avaliação deve ser um processo contínuo e permanente no decorrer

do período do curso a participação nas aulas práticas será avaliada, de acordo com

os critérios estabelecidos anteriormente, no que diz respeito ao interesse pelas

questões abordadas, a realização do relatório técnico, bem como a apropriação do

dos conteúdos.

Sendo assim, as disciplinas contempladas com as aulas práticas terão mais

um instrumento de avaliação valioso, pois oportunizará a revisão dos conceitos na

integra, ou seja, em sua totalidade.