Upload
ngonhu
View
220
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
Descortinador de Riqueza Semeador de Idéias
GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL
LYSÍMACO FERREIRA DA COSTA
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 2010
RIO NEGRO – 2010
2
SUMÁRIO
1 . APRESENTAÇÃO ......................................................................................................... ...4
2. JUSTIFICATIVA ............................................................................................................... ..9
3. MISSÃO DA ESCOLA .................................................................................................... ..10
ORGANIZAÇÃO DO TEMPO ESCOLAR .................................................................... ..10
ORGANIZAÇÃO CURRICULAR UTILIZADA ................................................................. 12
4. IDENTIFICAÇÃO ............................................................................................................. 15
5. ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR .................................................................... 17
6. OBJETIVOS ..................................................................................................................... 26
MARCO SITUACIONAL ....................................................................................................... 30
UNIDADE AGRÍCOLA: ....................................................................................................... 34
Unidade Didático Produtivo de Fruticultura ...................................................... ..............34
Unidade Didático Produtiva de Grandes Culturas ............................................................ 35
Unidade Didático - Produtiva de Olericultura ................................................................... 36
Unidade Didático Produtiva de Agrostologia ................................................................. 37
Unidade Didático Produtiva de Paisagismo .................................................................... 37
Unidade Didático Produtiva de Mecanização Agrícola. ................................................... 37
Unidade Didático Produtiva de Silvicultura .................................................................... 38
Unidade Didático Produtiva Agrossilvipastoril: ............................................................... 39
UNIDADE DIDÁTICO PRODUTIVA DE PECUÁRIA ........................................................... 41
Unidade Didático Produtiva de Avicultura de Corte ...................................................... 41
Unidade Didático Produtiva de Avicultura de Postura ..................................................... 41
Unidade Didático Produtiva de Suinocultura .................................................................... 41
Unidade Didático Produtiva de Ovinocultura ................................................................... 42
Unidade Didático Produtiva de Cunicultura ................................................................... 42
Unidade Didático Produtiva de Bovinocultura de Leite .................................................. 42
Unidade Didático Produtiva de Codornas ........................................................................ 43
Unidade Didático Produtiva de Apicultura........................................................................ 43
INTERNATO E SEMI-INTERNATO...................................................................................... 44
8. MARCO CONCEITUAL .................................................................................................... 47
8.1 Concepção de Educação........................................................................................... 51
8.2 Concepção de Sociedade .......................................................................................... 52
8.3 Concepção de Avaliação .......................................................................................... 54
9.MARCO OPERACIONAL .................................................................................................. 57
ORGANIZAÇÃO CURRICULAR INTEGRADO .................................................................... 59
3
ORGANIZAÇÃO CURRICULAR SUBSEQÜENTE .......................................................... 59
10. GESTÃO DEMOCRÁTICA ............................................................................................. 61
11. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO ................... 64
12. REFERÊNCIAS ............................................................................................................. 68
Matriz Curricular – INTEGRADO AGROPECUÁRIA ........................................................ 69
Matriz Curricular – SUBSEQUENTE AGROPECUÁRIA .................................................. 70
13. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - BASE NACIONAL COMUM .................... 72
ARTE ................................................................................................................................... 78
BIOLOGIA............................................................................................................................ 80
EDUCAÇÃO FÍSICA ............................................................................................................ 85
FILOSOFIA .......................................................................................................................... 88
FÍSICA ................................................................................................................................. 91
AGROECOLOGIA ................................................................................................................ 96
GEOGRAFIA ...................................................................................................................... 99
HISTÓRIA .......................................................................................................................... 104
HORTICULTURA ............................................................................................................... 110
INFRAESTRUTURA RURAL ............................................................................................. 113
LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊS ............................................................... 115
LÍNGUA PORTUGUESA .....................................................................................................118
MATEMÁTICA......................................................................................................................121
PRODUÇÃO ANIMAL...........................................................................................................124
PRODUÇÃO VEGETAL.......................................................................................................127
QUÍMICA..............................................................................................................................131
SOCIOLOGIA.......................................................................................................................133
SOLOS.................................................................................................................................137
CULTURAS..........................................................................................................................140
INFORMÁTICA APLICADA AGROPECUÁRIA....................................................................141
IRRIGAÇÃO E DRENAGEM................................................................................................144
CONSTRUÇÕES E INSTALAÇÕES....................................................................................146
AGROECOLOGIA................................................................................................................150
MECANIZAÇÃO AGRÍCOLA................................................................................................152
ADMINISTRAÇÃO E ECONOMIA RURAL...........................................................................154
Matriz Curricular – INTEGRADO MEIO AMBIENTE ...................................................... 157
Matriz Curricular – SUBSEQUENTE MEIO AMBIENTE ................................................ 158
14. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - DISCIPLINAS DA FORMAÇÃO
ESPECÍFICA EM MEIO AMBIENTE....................................................................................159
4
ANÁLISE CONTROLE E QUÍMICA AMBIENTAL................................................................159
EDUCAÇÃO AMBIENTAL....................................................................................................166
ESTATÍSTICA APLICADA....................................................................................................172
FUNDAMENTOS DO TRABALHO.......................................................................................181
GEOGRAFIA AMBIENTAL...................................................................................................185
GESTÃO DE RECURSOS...................................................................................................191
GESTÃO DE RESÍDUOS.....................................................................................................195
INFORMÁTICA APLICADA..................................................................................................199
LEGISLAÇÃO E SEGURANÇA AMBIENTAL......................................................................201
METODOLOGIA CIENTÍFICA E COMUNICAÇÃO..............................................................204
SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL...................................................................................208
ESTÁGIO SUPERVISIONADO............................................................................................212
AULAS PRÁTICAS ..............................................................................................................213
5
1 . APRESENTAÇÃO
“Se brincássemos de astronautas e tomássemos distância de nossa escola,
com certeza poderíamos, a partir de nossa visão, fazer esboços de seus
aspectos, se a observássemos através dos anos, anotando e fazendo
comparações, descobriríamos as interdependências e conexões entre as
suas partes, se aí continuássemos e nos fixássemos nas pessoas da
comunidade escolar, muito provavelmente descobriríamos um vai-e-vem
peculiar, diferente de outros vai-e-vem de tantas outras comunidades. “Com
certeza, se nosso olhar aguçado se prendesse à nossa escola,
identificaríamos que dentro dela o vai-e-vem tem suas características
próprias, mas que, de muitas formas, compõem o vai-e-vem maior”.1
Os avanços verificados nas diversas áreas do conhecimento humano, as
transformações sociais, culturais, econômicas e políticas, bem como as
necessidades educacionais decorrentes, constituem fatores que obrigam o
redimensionamento constante da prática pedagógica no contexto educacional, pois,
é nesse aspecto que o Projeto Político Pedagógico é instrumento que vem fortalecer
as ações e a participação política dos integrantes da escola, ainda que de forma
dispare. Escreve SEVERINO (1998) que a educação só pode realizar-se através de
mediações práticas que se desenvolvem a partir de um projeto educacional
vinculado, por sua vez, a um projeto histórico e social, considerando que a escola
age enquanto mediadora e articuladora entre este projeto político, de cunho social, e
projetos pessoais dos sujeitos envolvidos na educação (p. 81).
A escola, portanto, é organismo vivo que interage com a comunidade e que
responde a uma amplitude de realidades no Estado e no país, é uma rede de
valores amarrada através da história da própria instituição, da comunidade onde
está inserida e do contexto social. O entrelaçamento de fatores que permeiam a
prática educativa deve estar assinalado na formatação do Projeto Político
Pedagógico de uma unidade escolar e, neste momento histórico em que o Estado do
Paraná e o Brasil constroem e colocam a disposição do povo brasileiro e
paranaense as DCEs voltadas para a Educação do Campo, quebrando um
1 Adaptado de MOSSATO, Maria Silzi. “A escola enquanto organismo responsável pela manutenção de
valores
e mazelas sociais”. Revista Contato, ano 21 nº 103 jan/fev 2001.
6
paradigma que transpôs décadas de descaso para as especificidades das
populações campesinas tratando o produtor rural, o homem do campo como um
cidadão de menor valor ou como se para esses lavradores, trabalhadores rudes,
bastasse uma educação menor, sem a necessária qualidade, com a promulgação
da CF./88 que destacou a educação como um direito inalienável de todos os
cidadãos, independentemente de onde vivessem, e com o advento da LDBEN,
9394/96, cujo bojo contempla pela primeira vez em seus arts. 23, 26 e 28 a
diversidade das pessoas que vivem no campo e reconhece os direitos iguais e a
necessidade de oferecer uma educação do campo com qualidade, respeitando a
diversidade cultural, sem contudo transforma-la em desigualdade. Conscientes de
que, nas ultimas décadas, o setor que mais avançou em tecnologia foi o setor da
agropecuária, sentiu-se a necessidade de levar conhecimentos, educação do
homem do campo.
Nesta oportunidade de construção do Projeto Político Pedagógico, estamos
fazendo uma leitura da nossa realidade, dos avanços e retrocessos que pautaram a
educação do homem do campo mas principalmente, da importância de podermos
construir um Projeto Político Pedagógico capaz de atender as demandas sociais
desse trabalhador do campo, as quais não podem ser analisadas desvinculadas de
seus interesses quer de cunho político quer econômico e cultural, acreditando ser
de fundamental importância ressaltar o relacionamento efetivo da nossa escola com
a comunidade na qual está inserida, considerando a história da cidade e do interior,
sua população originária, formas de organização, características econômicas e
produtivas. A escola é co-partícipe da realidade em que se insere o aluno e que
busca na educação profissional seu projeto de trabalho.
Ë com esta intencionalidade que o Projeto Político Pedagógico deve ser
pensado: um sentido, uma significação articulando todas as medidas e todas as
práticas desenvolvidas para os sujeitos envolvidos na escola.
Tratando-se de educação profissional, é essencial o pensar articulado no
sentido das dimensões do trabalho, da sociedade e da subjetividade:
O trabalho é o elemento fundamental para a configuração de sua existência,
mas o trabalho só pode se dar no contexto de uma sociedade e impregnado
por uma intenção subjetivada; mas a prática social pressupõe a esfera do
7
econômico e as ordenações articuladas pelas representações simbólicas,
enquanto que toda atividade simbolizadora pressupõe as esferas do social e
do econômico para terem objetividade. (SEVERINO, 1998, p.84).
É importante assinalar que o progresso técnico modifica inevitavelmente,
bem como as qualificações exigidas pelos novos processos de produção com
sustentabilidade, daí a preocupação em oferecer uma sólida formação geral atrelada
ao favorecimento de conteúdos diversos para a formação profissional desse aluno
que deverá atuar nos mais diversos setores da atividade produtiva da agropecuária,
considerando, como preconiza FRIGOTTO (2005) que “o trabalho não se reduz à
atividade laborativa ou emprego, mas à solução de todas as dimensões da vida
humana”. (p.58), e, especificamente nos dias de hoje, quando o cuidado com o meio
ambiente e a relação produtividade devera dar conta de alimentar milhões de
pessoas, sem causar danos irreversíveis à natureza.
Acredita-se que a construção de uma Proposta Pedagógica Progressista
capacita a Escola para recuperar ou construir sua identidade, como espaço
pedagógico privilegiado à construção do conhecimento, à formação essencial ao
exercício da cidadania, sendo documento teórico-prático que pressupõe relações de
interdependência reciprocidade entre todos da comunidade escolar.
Sendo assim, a construção deste Projeto Político Pedagógico passa pela
reorganização do processo educativo escolar, estabelecendo a Escola como espaço
social de construção dos significados éticos necessários e constitutivos de toda e
qualquer ação de cidadania, conforme o Artigo 22 da LDB 9394/96:
“A Educação Básica tem por finalidades desenvolver o educando,
assegurando-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e
fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos superiores”.
A Educação Básica tem como etapa final e de consolidação, o Ensino
Médio, que objetiva a “preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando
para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a
novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores”.
A Educação Profissional no Estado do Paraná rege-se efetivamente por um
conjunto de princípios que incluem, entre outros, o da sua articulação com os
demais níveis e modalidades de ensino (permitindo sua participação no trabalho e
8
nas relações sociais), de gestão democrática, de garantia da Escola Básica e
Profissional Pública, Gratuita e de Qualidade como direito fundamental do cidadão.
Aqui entendemos como FRIGOTTO (idem, p.77): “considerando-se a contingência
de milhares de jovens que necessitam o mais cedo possível, buscar um emprego ou
atuar em diferentes formas de atividades econômicas que gerem sua subsistência,
parece pertinente que se faculte aos mesmos a realização de um ensino-médio que,
ao mesmo tempo em que preserva sua qualidade de educação básica como direito
social e subjetivo, possa situá-los em uma área técnica ou tecnológica”.
A Escola nesta perspectiva de construção de cidadania precisa assumir, de
fato, a valorização da cultura de sua própria comunidade e buscar ao mesmo tempo,
ultrapassar os limites, proporcionando aos indivíduos pertencentes aos diferentes
grupos sociais o acesso ao saber universal. Portanto, nosso desafio quanto a
educação para esse jovem do campo, ´e considerar a sua cultura em sua dimensão
empírica e fortalecer a educação escolar como processo de apropriação e
elaboração de novos conhecimentos.
É preciso então, considerar uma teoria pedagógica que privilegie o
atendimento das diversas questões sociais, políticas e culturais que se colocam
frente ao momento histórico em que nos encontramos. O trabalho educacional,
então para servir de base para essa formação precisa produzir significado isto é,
contribuir para a atribuição de sentido às experiências vividas pelos alunos, bem
como propiciar novas experiências.
Desta forma, o princípio pedagógico capaz de orientar a efetivação do
quadro e planejamento curriculares, está apoiado na certeza que hoje é fundamental
que cada pessoa seja capaz de organizar informações e assim construir seu próprio
conhecimento, e com este ser capaz de atuar no seu cotidiano como cidadão
consciente e livre. Nesta mesma linha, se pensarmos na concepção trabalho como
um princípio de cidadania, nos reportamos às discussões em torno de como esse
trabalho constitui-se em categoria estruturante do ser social, portanto, a sua relação
com a educação enquanto processo de criação cultural, material e produtiva, pois,
“diferente do animal, que vem regulado, programado por sua natureza, e por isso
não projeta sua existência, não a modifica, mas se adapta e responde
instintivamente ao meio, os seres humanos criam e recriam, pela ação consciente do
trabalho, a sua própria existência” (FRIGOTTO, ibidem, p.58).
9
Neste sentido, e, compreendida a educação como a capacidade de cada
indivíduo de conhecer, de atuar, de transformar e de ressignificar a realidade (a
sociedade em que vive), está à importância da Escola enquanto espaço-tempo
próprio ao processo ensino aprendizagem, produzir dentro de sua realidade e de
forma integrada (ensino geral e educação profissional ou técnica), seu currículo e
proposta político-pedagógica. O grande desafio, portanto, é a construção coletiva de
um currículo para o Ensino Médio Integrado à Educação Profissional, ou seja,
integrador dos conhecimentos gerais, técnicos e tecnológicos. O bojo da questão
está em que este projeto de ensino deve orientar-se pelo caráter humanista, que é
próprio do ato de educar, consubstanciado em fundamentos políticos, filosófico e
ético que a comunidade deseja praticar, incluídos valores humanos, princípios e
regras de convivência social.
Sendo assim, o sentido do Projeto Político Pedagógico do CEEP “Lysímaco
Ferreira da Costa” reside, num momento inicial, na tentativa da comunidade escolar
de construir, com a parceria de seus diferentes segmentos, uma identidade
institucional que explicite as razões e os propósitos de seu compromisso na
formação dos educandos, sistematizando o trabalho educativo.
Respeitada a especificidade desta Instituição, as discussões e os
encaminhamentos centram-se no papel da instituição escola, seu desempenho, seus
procedimentos, suas relações, suas contribuições sociais, podendo ser desdobradas
nos eixos gerais: o aluno cidadão, a formação escolar, o ensino formativo
pedagógico e profissional, a infra-estrutura escolar, o gerenciamento institucional, a
instituição escolar e as instâncias decisórias, que vão nos permitir estabelecer um
quadro teórico a partir das práticas exercidas pela instituição.
10
2. JUSTIFICATIVA
A perspectiva dos jovens brasileiros, considerando o número de matrículas
em todo o ensino superior comparado às matrículas do ensino médio, é obter
qualificação mais ampla para a vida e para o trabalho. Para tanto, é preciso
identificar os pontos de partida para reorganizar constantemente uma escola que
promova a realização pessoal, a qualificação para um trabalho digno, para a
participação social e política, enfim para uma cidadania plena da totalidade de seus
alunos.
Com esta perspectiva é preciso, portanto, traçar como objetivo principal à
independência do ensino tecnológico enquanto maior flexibilidade na escolha da
profissionalização, permitindo ao cidadão buscar uma oportunidade de se qualificar
por meio de um curso técnico, buscando o conhecimento para a vida produtiva.
Neste contexto, atendendo a demanda existente na região Sul do Paraná e
demais regiões do País, insere-se este Estabelecimento de Ensino, como difusor de
tecnologia e instrumento de profissionalização voltada ao meio agropecuário e
ambiental.
As dificuldades por que passam constantemente os setores de agropecuária
e de meio ambiente são generalizadas, e a agricultura familiar, que está inserida
neste contexto não é diferente, afetada cada vez mais pela degradação ambiental a
escassez da água, de forma que há a e tornar a atividade mais produtiva e eficaz,
oferecendo às famílias do meio rural uma melhoria no aspecto sócio-econômico, e
poder de competitividade do seu produto frente aos países vizinhos, mantendo este
produtor no meio rural, pois é menos dispendioso manter um produtor rural ajustado
ao seu meio ambiente de trabalho, do que mantê-lo desajustado no meio urbano.
Deste modo “o homem, em sua ação sobre o meio, busca resultados práticos. O
efeito de transformação que opera no ambiente, de uma forma ou de outra, é pelo
próprio homem apropriado. Ele é, assim, agente e beneficiário de sua ação capaz”
(Pusch, 2005).
11
3. MISSÃO DA ESCOLA
Desenvolver um trabalho dentro da Escola, que leve o aluno a adquirir além
de conhecimentos característicos definidos pelo Curso, também uma postura
comprometida com esses conhecimentos que, através deles, também passem a
empregá-los utilizando-se de novos modos de raciocinar, para fazer novas e
pertinentes leituras de mundo e novas formas de interpretá-lo. Oportunizar aos
alunos a aplicação de novas práticas através de diferentes metodologias e
procedimentos inovadores e desta forma transformar a Escola/Fazenda, num centro
inovador de formação e de informação para a agricultura competitiva local, regional,
no Paraná e demais estados, bem como para a área do Meio Ambiente. Uma
Escola de referência e sustentabilidade, onde se aprimorem estudos que
desenvolvam atitudes de preocupação e cuidados com o meio ambiente, que criem
hábitos de preservação desse mesmo meio ambiente, produzindo com qualidade, e
sustentabilidade, sem impactar a natureza de forma agressiva. Preparar os
educandos para atuarem nas diferentes áreas de desempenho na vida presente e
futura, de forma que se tornem profissionais responsáveis, eficazes e efetivos em
seus propósitos, é missão da escola.
Educar para transformar, articulando o conhecimento científico-filosófico
com a realidade, considerando todos os envolvidos no processo educativo como
sujeitos sociais, com responsabilidade coletiva na atuação em sociedade.
Assim, delineamos alguns aspectos da Missão da Escola, voltados para a
“educação para a transformação”:
ORGANIZAÇÃO DO TEMPO ESCOLAR
O tempo escolar compreende o período de vivência pedagógica dos alunos
no ambiente escolar durante o curso, onde ocorrem as aprendizagens significativas
para toda a vida.
Para que o aluno seja bem sucedido é necessário respeitar o seu ritmo, o
seu tempo e as suas experiências.
12
A organização curricular dos cursos “Técnico em Agropecuária”, e “Técnico
em Meio Ambiente”, buscam ofertar um conhecimento interdisciplinar e
transdisciplinar, que permita o estabelecimento de relações recíprocas entre
vivências, conteúdos e realidade.
Para unificar o mínimo de desempenho (nível mínimo de domínio para
todos), há que se diversificar o tempo de aprendizagem. É preciso permitir que cada
aluno avance a seu ritmo, mas que tenha também ajuda diferenciada para aprender,
(materiais diversificados, ajuda pontual durante o processo de aprendizagem) para
que o tempo adicional necessário possa ser suportável para a escola e para o
próprio aluno em sua aprendizagem. Para tornar a diversificação do tempo eficaz é
necessário formas apropriadas de ajuda disponíveis para lidar com os diferentes
alunos, considerando seus saberes anteriores, seus tempos escolares e seus ritmos
de aprendizagens.
Em 2009, o Colégio oferta o curso:
Técnico em Agropecuária na modalidade:
Integrado ao Ensino Médio – período integral com disciplinas da Base
Nacional Comum e da Base Técnicas, em três séries, com duração de três
anos;
Em 2010, o Colégio ofertará também:
Técnico em Meio Ambiente nas modalidades:
Subseqüente ao Ensino Médio – período noturno, semestral, com as
disciplinas da Base Técnica e duração de um ano e meio.
CELEM: Curso básico de língua espanhola, com duração de 02 (dois) anos,
com 160 horas/aula/ano, perfazendo um total de 320 horas/aula, em turno,
intermediário e noturno, como mais uma oportunidade para os alunos, bem
como em atendimento à Lei 11.161/2005, que determina tal oferta. O curso
terá quatro horas/aula semanais, sendo duas horas aulas em dois dias da
semana.
13
ORGANIZAÇÃO CURRICULAR UTILIZADA
Com a perspectiva de que a escola possa conceber um currículo capaz de
atender aos desafios postos pelas orientações e normas vigentes, além de atender
aos anseios da comunidade escolar, para construí-lo, é preciso olhar de perto essa
escola, seus sujeitos, suas complexidades e rotinas e fazer as indagações sobre
suas condições concretas, sua história, seu retorno e sua organização interna.
Torna-se fundamental, o favorecimento de espaços para que todos os envolvidos se
questionem e busquem novas possibilidades sobre currículo: o que é? Para que
serve? A quem se destina? Como ser constrói? Como se implementa?
Portanto, o currículo não pode ser analisado fora da interação dialógica
entre escola e vida, considerando o desenvolvimento humano, o conhecimento e a
cultura.
Assim, os conteúdos curriculares efetivam-se como a porção da cultura
escolarizada, selecionada no interior da cultura da sociedade, como um conjunto de
saberes que os protagonistas consideram de aprendizagem necessária às novas
gerações, ordenando o campo dos saberes escolares.
Os conteúdos são organizados em disciplinas e trabalhados
interdisciplinarmente, buscando entre as disciplinas os temas comuns e os que
auxiliam e facilitam o processo ensino-aprendizagem entre as mesmas.
Em todas as disciplinas são trabalhados conceitos e valores como:
afetividade, ética, religião, diversidade sem preconceitos (raça, cor, sexo, religião,
cultura, condição econômica, aparência ou condição física) como exercício pleno da
cidadania, além de: respeito mútuo, justiça, diálogo e solidariedade através de
Projetos, entre eles o cuidado e respeito pelo meio ambiente.
Assim sendo, a concepção de currículo, passa pela necessidade de
construir a escola como o espaço e ambiente educativos que ampliem
aprendizagens reafirmando-a como lugar do conhecimento, do convívio e da
sensibilidade, condições imprescindíveis para a constituição da cidadania. Um
currículo que reconheça e contemple interesses, diversidades, diferenças sociais e
que respeite a história e a cultural pedagógica da escola. Um currículo que se
14
posicione claramente em defesa de uma escola democrática, que humanize e
assegure a aprendizagem de todos. Que garanta o desenvolvimento biopsicossocial
de seus alunos, que considere seus interesses e de seus pais, suas necessidades,
potencialidades, seus conhecimentos e sua cultura. Um currículo que seja capaz de
abranger todas as dimensões, em especial o desenvolvimento humano dos sujeitos
no processo educativo e procure dialogar com a prática dos sujeitos desse processo.
De acordo com a Deliberação nº 04/06 – C.E.E. será contemplado em todas
as disciplinas a Educação das Relações Étnico-Raciais que tem por objetivo a
divulgação e produção de conhecimentos, atitudes, posturas e valores que preparem
os cidadãos para uma vida de fraternidade e partilha, sem as barreiras estabelecidas
por séculos de preconceitos e discriminações. O ensino de História e Cultura Afro-
Brasileira e Africana busca o reconhecimento e valorização da identidade, história e
cultura dos afro-brasileiros, bem como a garantia de reconhecimento e igualdade de
valorização das raízes africanas da nação brasileira, ao lado das indígenas,
européias e asiáticas.
Com vistas à aplicação dos conhecimentos aprendidos em sala de aula e
no campo, os alunos participam dos seguintes projetos técnicos, tendo como espaço
as UDP.
Perspectiva Didático-Produtiva:
Temos em vista que a missão deste Centro de Educação Profissional é de
formar profissionais críticos e éticos na sua atuação junto aos agricultores,
estabelecendo como princípio básico uma produção agropecuária que promova a
saúde do homem e do meio ambiente, preservando a diversidade biológica,
procurando otimizar os recursos gerados na propriedade e minimizando os custos
de produção.
Para o cumprimento do exposto, esta Escola canalizará esforços no sentido
de direcionar sua produção agropecuária e sua prática pedagógica para sistemas de
produção menos impactantes ao meio ambiente e que privilegiem a qualidade de
vida do produtor rural.
15
Perspectiva Ético-Profissional:
Na sua formação, o aluno do CEEP Lysímaco Ferreira da Costa assume sua
inserção na comunidade como um todo e também deveres de ordem profissional
específica.
A dimensão profissional é parte integrante do sistema social e com ele
interage. Neste aspecto, toda a ação profissional reflete e diz interesse para a
comunidade social em geral. Deste raciocínio, pode-se caracterizar a missão da
Escola também enquanto formação adequada, na teoria e na prática, para que, no
exercício da profissão, haja efetiva satisfação dos interesses do homem e da
sociedade. Em última análise, estas são as necessidades vitais do ser humano, para
que ele atinja a felicidade, que é o que todos buscamos.
16
4. IDENTIFICAÇÃO
Estabelecimento: Centro Estadual de Educação Profissional “Lysímaco
Ferreira da Costa”
Endereço: BR 116, KM 202 - Tijuco Preto – Rio Negro-PR/ CEP: 83.880-000
Telefone: (47) 3645-2144.
E-mail: [email protected]
Código: 2250
Dependência Administrativa: Estadual
Código: 00417
NRE: Área Metropolitana Sul
Código: 003
Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná
Autorização de Funcionamento da Escola: Decreto nº 31657/60 DOE
28/08/60.
Ato de Reconhecimento da Escola: Resolução nº 676/82 DOE 30/03/82
Ato da Renovação do Reconhecimento da Escola: Resolução nº 1830/2002
de 24/05/2002
Ato Administrativo de Aprovação do Regimento Escolar: Nº 479/04 Parecer
Favorável 181/04 NRE/AM SUL
Distância da Escola do NRE: 115 km
Localização da Escola: Rural
O Município:
Histórico
Rio Negro era território dos tupis-guaranis, tribo dos Botucudos.
Considerando-se as exigências do ciclo econômico do Tropeirismo, havia a
necessidade de se estabelecer uma ligação entre o Sul e o Brasil Central, quando foi
aberto, no final do século XVII o caminho entre as Vilas de Sorocaba e Curitiba.
Entre 1731 e 1732 era reconhecido o caminho entre Viamão e Curitiba.
17
Em 1826 foi iniciada a construção da Estrada da Mata pelo Barão de
Antonina. Para dar impulso à povoação chegam os primeiros colonos alemães em
solo paranaense, vindos de Trier em duas levas em 1829. Em 1887 e 1888 chegam
os imigrantes bucovinos e, em 1890, os poloneses. O município teve sua
emancipação em 1870.
Caracterização geográfica e populacional:
Oeste – Lapa/ Norte – Campo do Tenente/ Leste – Piên/ Sul – Estado de
Santa Catarina/.
Área total: 595,10 km2
População: 30.000 habitantes (urbano 78,23% e rural 21,76%).
Renda média: R$ 415,00.
Sistema de Produção:
Avicultura e fumo: integração.
Milho, soja, feijão e salsa: 60% tração mecânica e 40% tração animal.
Madeira: 30% extrativismo, 70% reflorestamento.
18
5. ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR (20)
Modalidade de Ensino:
Educação Profissional
( X ) Integrado ( X ) Subseqüente
Cursos Ofertados: Técnico em Agropecuária
Número de turmas: 06
Número de alunos: 186
Técnico em Meio Ambiente
Número de Turmas: 02 ( com seqüência gradativa)
Número de alunos: 80 ( inicialmente )
Número de Professores: 30
Número de Pedagogos: 04
Número de Funcionários: 46
Número de Diretores: Diretor Geral : 01
Diretor Pedagógico: 01 ( auxiliar )
Diretor da Unidade Produtiva:01 ( auxiliar)
Número de Salas de Aula: 07
Turnos de Funcionamento: Técnico em Agropecuário:
(X) período Integral
Técnico em Meio Ambiente:
Diurno:(X)Integrado
Noturno : ( X ) Subseqüente
19
Ambientes Pedagógicos
( X ) Biblioteca
( X ) Laboratório de Informática
( X ) Sala de Apoio Pedagógico
( X ) Laboratório de Química e Biologia
( X ) Laboratório de Física e Matemática
( X ) Sala dos Projetos “Viva Escola”.
( X ) Sala de professores
( X ) Sala de Unidade Didático Produtiva
Caracterização da Comunidade Escolar:
Perfil dos alunos
As informações que serviram de base para elaboração do perfil do corpo
discente do CEEP Lysímaco Ferreira da Costa, foram obtidas através de pesquisa
realizada em junho de 2008 com os alunos do Ensino Técnico Profissionalizante.
Foram tabuladas as respostas de 212 questionários devolvidos, que revelaram os
seguintes dados:
O alunado que compõe o CEEP Lysímaco Ferreira da Costa é formado por
adolescentes e jovens na faixa etária que corresponde a: 16 anos (28%), 17 anos
(27%), 15 anos (17%), 18 anos (12%), e a minoria (16%) dos alunos se situa acima
desta faixa etária.
O contingente de alunos é constituído predominantemente pelo gênero
masculino, com 92% do total de alunos e apenas 8% do gênero feminino.
Quanto ao município de origem do alunado, a maioria deles é oriunda do
próprio município de Rio Negro, seguido do município de Quitandinha, Campo do
Tenente, Quitandinha, Piên, Mandirituba, Fazenda Rio Grande, e região norte de
Santa Catarina, dos Municípios de Itaiopolis, Mafra, São Bento do Sul, Rio Negrinho,
além de outras localidades. São provenientes da área rural 58% dos alunos,
enquanto que 42% residem em área urbana.
A descendência dos pesquisados de origem alemã representa (32%), a origem
20
polonesa representa 21% dos alunos, a origem italiana é de 15%, a etnia ucraniana
representa 4% , os afro-descentes 4%, portugueses 2% , e 22% não souberam ou
não responderam esta questão. Destes alunos, 53% são alunos internos e 47% são
alunos semi - internos. Dos alunos pesquisados, 57% têm preferência por atividades
relacionadas á pecuária, entretanto, 43% indicaram interesse pela agricultura.
Compõe, ainda a clientela do CEEP, desde o inicio do ano letivo de 2009, um grupo
de seis jovens oriundo do Paraguai, das províncias de Alto Paraná e Canindeju, os
quais estão fazendo o Curso Técnico em Agropecuário no Colégio, através de um
convenio assinado entre os governos do Brasil, (através do Estado do Paraná) e do
Paraguai, os quais buscam em nosso Colégio a competência técnica necessária,
para levar mais desenvolvimento as suas províncias. Descendem de famílias de
baixo poder aquisitivo, muito semelhantes as dos nossos alunos, as quais
descobriram a importância da educação e das oportunidades que através dela são
oferecidas.
A família dos alunos atendidos é composta de quatro a cinco pessoas em sua
maioria, entretanto, existe um número expressivo de família constituída por mais
pessoas. Em média têm dois a três irmãos. A religião predominante é a católica
indicada por 88% dos alunos, seguida da religião evangélica com 6% , entre outras,
como adventista, protestante, alem da filosofia espírita.
Tem acesso a telefone fixo 48% dos alunos pesquisados. A maioria (79%)
utiliza apenas o aparelho celular. Constatou-se que a maioria (98%) tem acesso à
energia elétrica, embora 2% dos pesquisados não tenha ainda a concessão deste
benefício. Quanto à água encanada, 94% dos alunos têm ao seu dispor. Entretanto,
6% ainda carecem deste recurso. Os alunos responderam que 96% têm aparelho de
televisão, porém, 3% não possuem este aparelho e 1% não respondeu. Dos
pesquisados, 43%, afirmaram ter microcomputador doméstico, 55% não possuem e
2% não responderam. Dos 43% que responderam ter microcomputador, 61% têm
acesso à rede mundial de computadores (internet), e 10% não dispõem deste
acesso, e ainda, 29% não responderam devido à inexistência deste equipamento.
Compõe, ainda a clientela do CEEP, desde o inicio do ano letivo de 2009, um
grupo de seis jovens oriundo do Paraguai, das províncias de Alto Paraná e
Canindeju, os quais estão fazendo o curso técnico em agropecuário no Colégio,
através de um convenio assinado entre os governos do Brasil, (através do Estado
21
do Paraná) e do Paraguai, os quais buscam em nosso Colégio a competência
técnica necessária, para levar mais desenvolvimento as suas províncias.
Descendem de famílias de baixo poder aquisitivo, muito semelhantes as dos nossos
alunos, as quais descobriram a importância da educação e das oportunidades que
através dela são oferecidas.
Através da pesquisa pôde-se observar que 38% dos pais atuam em
atividades ligadas á agricultura e pecuária. São em sua maioria pequenos
produtores e agricultores. Registraram-se ainda, outras profissões, tais como:
operários, motoristas, mecânicos, serviços gerais, domésticas, diaristas, professoras
e auxiliar de enfermagem. Inclusive, de acordo com o quesito renda familiar, 38%
das famílias recebem até dois salários mensais, 34% recebe quatro salários, 18%
das famílias têm renda mensal de até seis salários, 5% até oito salários, e 4%
responderam ter renda de mais de dez salários por mês. Portanto, podemos afirmar
que 72% dos alunos têm uma renda média de dois a quatro salários por mês,
indicando que o alunado pertence à classe média baixa.
Com relação à pergunta se fez ou faz outro curso, 38% dos alunos responderam que
sim, e, dentre os mais citados estão na área de informática e cursos ofertados pela
própria instituição escolar ou então, através de parcerias com a escola. Entretanto,
46% dos alunos responderam que não faz por falta de tempo ou de impedimento
financeiro. Não responderam a esta questão 16% dos alunos.
Quanto à indagação sobre os estudos após o período de aulas, 72% dos alunos
responderam afirmativamente e 25% negativamente e 3% não respondeu esta
questão. Quanto ao tempo dedicado aos estudos, 71% afirmou estudar trinta
minutos apenas, 24% estuda uma hora por dia, 3% dedica-se aos estudos uma hora
e meia, e 2% dos alunos reserva duas horas diárias aos estudos.
A prática de esportes faz parte do cotidiano escolar, dentre eles o futebol e o
futebol de salão, são os favoritos e respondem por 70% da preferência dos alunos.
O voleibol representa 13% das indicações, além da montaria 14% e laço com 12%
da preferência. Além disso, os alunos desenvolvem atividades opcionais como a
prática da capoeira, para os alunos internos no período noturno. Participam ainda de
aulas de dança, acompanhados pela professora de educação física, e esta atividade
conta com a participação de alunas e acontecem logo após o período de aula. O
CEEP Lysímaco Ferreira da Costa, desenvolve ainda o projeto: “Segundo Tempo”
22
onde são desenvolvidas práticas desportivas juntamente com o professor de
educação física, no período noturno, para os alunos internos.
Como fonte de lazer, os alunos apontaram atividades, tais como: ouvir música
(46%), navegar na internet (25%), assistir TV (18%), 16% gostam de desenhar, 15%
preferem dançar, 9% dos alunos preferem interagir com o aparelho celular, 5%
gostam de cantar, 3% apreciam a poesia e 4% têm interesse por teatro. Outras
atividades, indicadas pela pesquisa: assistir filmes 60%, acompanhar o jornal 21%,
as novelas são preferência de 9%, e os desenhos são os preferidos de 8% dos
alunos. Quanto à escolha de leitura, 48% dos alunos preferem as revistas, 19% os
jornais, 18% os gibis e 15% preferem à leitura de livros.
Constatou-se que o estilo de música eleita por 31% dos respondentes é gauchesco,
porém, 27% indicaram a música funk, 14% preferem à música sertaneja e 12%
indicou o estilo dançante.
Com relação à preferência de cardápio, 25% dos alunos preferem arroz,
carne e feijão, 15% preferem lasanha e hambúrguer, 10% indicaram risoto e
churrasco, as massas foram escolhidas por 13%, e, em seguida batata frita com 6%,
feijoada 4% e maionese com 2% das indicações.
A maioria dos alunos é composta por filhos de pequenos produtores rurais,
que residem em propriedades próprias e procuram à educação profissional com o
objetivo de conduzir-se ao permanente desenvolvimento de aptidões para a vida
produtiva, tornando-se empreendedores do campo, capacitados para organizar seu
agronegócio, conscientes de que a baixa escolaridade dificulta o enfrentamento do
acelerado e intensivo processo de mudanças no panorama econômico mundial.
Perfil do Corpo Docente
Os resultados da pesquisa realizada com o corpo docente do CEEP Lysímaco
Ferreira da Costa, possibilitaram traçar um perfil com as informações obtidas através
dos 26 questionários preenchidos, que representam o universo de 30 professores,
envolvendo a equipe pedagógica e direção.
Os dados referentes à idade, revelam que a faixa etária dos docentes, varia
entre 25 a 59 anos, com predominância concentrada na faixa dos 35 aos 45 anos.
Destaca-se a predominância de mulheres (16), porém, com pequena margem, pois
23
os homens são em 14, e a maioria dos docentes se declara casada, ou possui
relação estável e tem filhos. E apenas três docentes são solteiros.
A maioria do corpo docente mora no perímetro urbano do município, no centro
e, em bairros próximos e distantes. Há os que residem em áreas rurais localizadas
nas proximidades do CEEP Lysímaco Ferreira da Costa. Observou-se também, que
há professores que residem em Mafra, Campo do Tenente, Ponta Grossa, Rio
Negrinho e São Bento do Sul. A grande maioria (80%) professa a religião católica,
vindo a seguir o espiritismo, com 15% e, em seguida os evangélicos.
Um dado importante para o trabalho pedagógico quanto aos recursos
tecnológicos, é que 88% dos professores possuem computador e (58%) destes, são
conectados a internet. Através da pesquisa, constatou-se que todos os docentes
possuem curso superior, com formação específica em sua área de atuação, dado
que confere qualidade ao trabalho pedagógico realizado. A graduação foi obtida em
instituições públicas (54%) e instituições particulares (38%); destes 62% fizeram
curso de especialização lato sensu e 12% dos docentes estão cursando.
Recentemente, os docentes da área de formação técnica participaram do curso de
formação pedagógica ofertado pela SEED e Departamento de Educação Profissional
em parceria com a UEPG.
Temos ainda, dois professores participando do PDE promovido pelo Governo
Estadual, o que deve propiciar ganhos relevantes no desempenho dos docentes em
sala de aula.
A maioria dos professores demonstra satisfação com o exercício do
magistério e não mudaria de profissão por gostar do que faz. Muitos deles gostariam
de ser mais valorizados, ter melhores salários e melhores condições de trabalho.
(menos estressante).
Quanto ao tempo de serviço prestado na SEED pelos professores
pesquisados varia de seis meses a 10 anos de experiência (62%), com
predominância na faixa dos três anos. E 36% dos docentes, de 11 a 23 anos de
serviço e 2% não respondeu esta questão. A maioria dos professores atua
principalmente no ensino médio, com carga horária semanal de 40 horas.
A forma de lazer preferida entre os professores pesquisados foi assistir a
exibição de filmes em DVD, seguido de programas de TV. Os professores ainda
indicaram sua preferência por viagens, seguida pelos passeios, leituras e
24
caminhadas. O grupo masculino destacou-se na escolha de atividades como jogos
de futebol e pescaria.
Com relação às habilidades, o grupo de professores pesquisado indicou sua
preferência pela jardinagem, seguida pela culinária e pela área de informática.
Houve ainda, indicações de habilidades relacionadas a consertos em geral, pintura,
crochê e tricô.
A maioria dos professores (80%) não apresenta problemas de saúde, os
outros 20% indicaram alguns, tais como; hipertensão, colesterol, estresse, rinite,
sinusite e tireoidite. Porém, todos os respondentes declararam que fazem
acompanhamento médico.
Perfil dos Funcionários
De um total de 46 funcionários, as informações que permitiram traçar este
perfil foram retiradas de 19 questionários respondidos e devolvidos:
Dentre as características individuais dos funcionários do CEEP, sobressai a
predominância de mulheres no exercício das funções de auxiliar de serviços gerais,
assistente administrativo, secretaria, e merendeiras, com a média de idade entre
eles de 30 anos. Com relação ao estado civil, 52% dos funcionários se declaram
casados, 32% solteiros e outras situações (16%); a maioria (82%) com filhos. Moram
em sua maioria, nos bairros, do município de Rio Negro, e há registros de
funcionários que residem em Mafra. Na grande maioria a religião praticada é a
católica (90%), aparecendo também a evangélica (5%) e espírita (5%).
Quanto à questão sobre a posse de computador, 50% declaram possuir e
50% não possuem. Quanto ao acesso a Internet, 37% dos funcionários indicou que
tem acesso e 63% não tem. Quanto ao grau de escolaridade, do total pesquisado,
merece destaque: 26% dos pesquisados têm ensino médio completo, 26% tem o
ensino fundamental completo e 10% o ensino fundamental incompleto e 15% está
cursando o ensino superior, 15% tem ensino superior completo; e 1% tem curso de
especialização À maioria dos funcionários tem menos de 10 anos na profissão,
porém existe uma minoria com mais de 10 anos de serviços prestados no CEEP,
chegando até 30 anos.
25
No entanto 47% dos pesquisados possui renda familiar de até dois salários
mínimos, 21% recebem mais de quatro salários mensalmente, 21% indicaram que
ganham até seis salários, 5% até oito salários e 5% até dez salários mensais.
No aspecto da saúde, 78%, afirmam estar bem e 22% apresentaram
problemas de artrose, hipertensão, diabetes e tireóide. Entre os passatempos mais
comuns encontramos: passear, fazer caminhadas, jogar futebol, leituras, assistir
filmes, entre outros.
Os funcionários reconhecem suas habilidades especiais em cozinhar, fazer
crochê, tricô, pintura e artesanato, jardinagem, consertos elétricos e informática.
Dados Históricos da Instituição:
O atual Centro Estadual de Educação Profissional “Lysímaco Ferreira da
Costa”, originou-se da Estação Experimental de Viticultura, Enologia e Frutas de
Clima Temperado de Rio Negro, criada em 18 de novembro de 1936.
Em 19 de abril de 1941, a Estação Experimental foi transformada em Escola
de Trabalhadores Rurais “Lysímaco Ferreira da Costa”, ministrando o curso primário
até 1955. De 1956 a 1962, ofertou o Curso de Iniciação e Mestria Agrícola,
passando a denominar-se Escola Agrícola “Lysímaco Ferreira da Costa”. Em 1963
iniciou-se o Curso Ginasial, que foi ofertado até o final de 1965, quando sua
denominação foi alterada para Colégio Agrícola Estadual “Lysímaco Ferreira da
Costa”. De 1966 a 1973 ofertou o Curso Colegial Agrícola. De 1974 a 1998 ofertou o
Curso de 2º Grau com Habilitação em Técnico em Agropecuária.
Em 1982 foi criada a Cooperativa Escola dos Alunos do Colégio Agrícola
Estadual “Lysímaco Ferreira da Costa”. A partir de 1996 suspendeu as matrículas
para o Curso de 2º Grau com Habilitação em Técnico em Agropecuária, em virtude
das reformulações ocorridas na LDB, do advento do PROEM e do Decreto
Presidencial nº 2208/97.
Em 1999 passou a ofertar o Curso Técnico em Produção Agrícola com
ênfase em Olericultura na modalidade Pós-Médio. No ano 2000, passou a admitir
novamente alunos do Ensino Médio nos Cursos Técnico em Agricultura e Técnico
em Pecuária. Naquele ano passou a denominar-se Centro Estadual de Educação
Profissional “Lysímaco Ferreira da Costa”. /
26
A partir do ano de 2004, em virtude do Decreto Presidencial 5154/04 passou
a ofertar o Curso Técnico em Agropecuária nas modalidades Integrado e
Subseqüente.
Para o ano de 2010, passaremos a ofertar também o Curso Técnico em
Meio Ambiente, conforme Plano de Curso apresentado ao NRE-AMSUL, para
aprovação pelo CEE – Conselho Estadual de Educação.
27
6. OBJETIVOS
Dentro de uma visão de educação que procura desenvolver
harmoniosamente nos jovens as faculdades físicas, morais, intelectuais, procurando
fazer amadurecer neles o sentido de liberdade, o espírito de iniciativa, a
personalidade em contexto comunitário, a necessidade de proteção de nosso solo
pátrio, de conservação de nossa flora e fauna, da exploração racional da
Agropecuária visando maior produtividade, padronização, qualidade e quantidade
para alimentação do nosso povo e produção geral de riquezas, despertando, desta
forma o interesse pelo setor primário da economia, através da vivência dos
problemas reais da Agropecuária, proporcionando um constante aprimoramento da
formação profissional, bem como dentro da consciência de que pertencemos todos a
uma única teia que forma a teia da vida, e que preservá-la é preservar a tudo e a
todos como forma de manutenção de todas as espécies e de toda a vida do Planeta
Terra.
A humanidade encontra-se em um momento de definição histórica. Ao
defrontarmo-nos com o risco da perpetuação das disparidades existentes entre as
nações e dentro delas, com o agravamento da pobreza, da fome, das doenças e do
analfabetismo, com a deterioração contínua dos ecossistemas de que depende o
bem estar da todos, percebemos a necessidade e importância do conhecimento.
Não obstante, caso se integrem às preocupações relativas o meio ambiente e se
oportunizem a socialização dos conhecimentos a um número cada vez maior de
pessoas, em especial o conhecimento às pesquisas científicas atuais, ás Leis
ambientais e às causas e conseqüências de todo tipo de agressão ambiental
desencadeada pelo homem em função do progresso a qualquer custo, e a elas se
dedique mais atenção, ainda será possível satisfazer as necessidades básicas e
elevar o nível de vida de todos, obter ecossistemas melhor protegidos e gerenciados
dentro de uma consciência ecologicamente correta, e desta forma construir um
futuro mais próspero e seguro para todos.
28
Entendemos que a educação formal profissionalizante, educação essa que
seja capaz de unir teoria e prática, capaz de formar profissionais comprometidos
com a solução desses problemas, não pode ficar à margem desse momento crucial
para a construção de novas formas de gestão dos ecossistemas e de produção de
alimentos em grande escala sem, contudo, causar grande impacto na ordem
ambiental.
Como forma de sedimentar a formação de nossos jovens os quais ao longo
de sua formação deverão ser levados a assumir uma postura voltada para a
superação dos processos meramente mecanicistas, mas adquirirem uma visão mais
sistêmica que seja capaz de compreender e atender as necessidades do mundo
contemporâneo parte-se dos seguintes objetivos:
Técnico em Agropecuária e Técnico em Meio Ambiente:
Formar o cidadão crítico, consciente de seus direitos e de seus limites, capaz de
interagir e transformar o meio em que vive;
Formar profissionais de nível médio na área de agropecuária para atuar nas
atividades voltadas para a produção vegetal, produção animal, produção
agroindustrial, planejamento, gestão de negócio, com competência para realizar
e orientar o desenvolvimento de práticas agropecuárias economicamente viáveis
e com menor impacto ambiental, visando a sustentabilidade dos sistemas
produtivos, e com capacidade para o auto desenvolvimento, visando a
incorporação das inovações tecnológicas da área agropecuária:
Formar profissionais de nível médio Integrado e Subseqüente, aptos ao
desenvolvimento da Agricultura Familiar, tendo como princípio que a educação
para o trabalho é fator que contribui de forma cada vez mais efetiva, para a
inserção do cidadão/aluno no mundo do trabalho produtivo contemporâneo;
Preparar profissionais e, sobretudo pessoas, que sejam capazes de fazer o
enfrentamento necessário na busca de soluções adequadas aos problemas de
produção, com uma consciência ecológica que evidencie a real preocupação
com a “ordem ambiental”, num claro compromisso com o desenvolvimento
humano sustentável das sociedades presentes e futuras, numa perspectiva
transformador;
Efetivar e sedimentar ações educativas voltadas para as áreas de agropecuária e
de meio ambiente, transformando-o num centro de informações técnicas, não
29
somente para atender a clientela de alunos, mas também como centro de
referência de conhecimentos, para toda a comunidade;
Proporcionar aos alunos, conhecimentos de técnicas e métodos de agricultura e
pecuária que permitam a compreensão da interligação entre cultura, produção e
meio ambiente e que contemplem princípios éticos que se evidenciem na
busca do desenvolvimento com sustentabilidade;
Focalizar a prática pedagógica numa visão sistêmica de agropecuária que
coloque o homem (produtor e consumidor) e o meio ambiente como centro para
os quais concorrem todas as ações;
Ampliar experiências de agricultura sustentável, diversificando as culturas,
introduzindo diferentes espécies de adubos verdes e espécies para uso
agropecuário;
Promover o conhecimento e incentivar o debate entre os alunos sobre os
problemas e conseqüências da utilização da agricultura, pecuária, meio
ambiente, químico-industriais, buscando o planejamento, a organização e a
administração das propriedades rurais, com base nos princípios e práticas da
agricultura e pecuária sustentáveis, enfatizando os princípios de conservação e
valorização dos recursos naturais renováveis e das áreas de preservação;
Estabelecer uma interação mais dinâmica com outros Centros de Educação
Profissional com o intuito de trocar experiências;
Possibilitar a todos os alunos dos Cursos Técnico em Agropecuária e Técnico em
Meio Ambiente, o conhecimento, o estudo e a análise das leis, acordos, tratados,
que formam a rede de proteção ambiental, a nível Estadual e Nacional;proteção
de nosso solo pátrio, de conservação de nossa flora e fauna, da exploração
racional da Agropecuária, visando maior produtividade, padronização, qualidade
e quantidade para alimentação do nosso povo e produção geral de riquezas.
Despertar nos alunos, através o interesse pelo setor primário da economia,
através da vivência dos problemas reais da Agropecuária e Meio Ambientes
proporcionando um constante aprimoramento da formação profissional;
Ampliar experiências de agricultura sustentável, diversificando as culturas,
introduzindo diferentes espécies de adubos verdes e espécies para uso
agropecuário;
30
Promover o conhecimento e incentivar o debate entre os alunos sobre os
problemas e conseqüências da utilização da agricultura e pecuária químico-
industriais, bem como suas com seqüências no meio ambiente buscando, o
planejamento, a organização e a administração das propriedades rurais, com
base nos princípios e práticas da agricultura e pecuária sustentáveis, enfatizando
os princípios de conservação e valorização dos recursos naturais renováveis;
Estabelecer uma interação mais dinâmica com outros Centros de Educação
Profissional com o intuito de trocar experiências.
31
7. MARCO SITUACIONAL
Este Centro de Educação Profissional, pela sua estrutura em espaço físico,
área e instalações, assegura condições para o aprendizado do setor da
Agropecuária e de Meio Ambiente, devido à possibilidade de diversificação da
propriedade rural, proporcionando condições para que os educandos permaneçam
na propriedade rural ou ainda que, através do processo de construção do
conhecimento, adquiram condições concretas de cidadãos e profissionais, para que
possam desenvolver os trabalhos inerentes à formação de um Técnico em
Agropecuária e de Meio Ambiente. Com conhecimentos atualizados sobre as
questões que afetam o planeta e suas conseqüências sobre todas as sociedades, é
importante que estejam conscientes das grandes contribuições que se espera de um
profissional dessas áreas, o qual deve propor soluções para esses problemas
comuns ambientais, e perceber os espaços propícios para o desenvolvimento e
aplicabilidade desses conhecimentos, quer na área da agricultura, ou da pecuária,
visto que tudo envolve o Meio Ambiente e o nosso compromisso ético com a
manutenção e seu perfeito equilíbrio. Oportunizar a formação de técnicos nessas
áreas, no que diz respeito à preservação, cuidado e recuperação de áreas e
espécies, respeitando a ordem natural dos eco-sistemas, utilizando tecnologias,
pesquisas e buscando o consenso entre o produzir e o preservar.
É uma Escola que tem buscado de todas as formas, em todas as suas ações
educativas, valorizar, desenvolver e oportunizar os conhecimentos voltados para o
filho do homem do campo, e para garantir a todos o acesso, a permanência e ao
mesmo tempo a apropriação dos conhecimentos objetivados. Para tanto, vem
trabalhando com toda sua equipe de professores, técnicos e funcionários, no sentido
de detectar problemas, analisá-los e dar soluções aos mesmos, dentro de uma
expectativa de que todos os que ingressem, prossigam seus estudos com interesse
e compromisso de forma que concluam seus estudos com sucesso, competência
técnica e cientifica. Para que o acompanhamento seja sistemático, fizemos o estudo
a partir de dados dos resultados dos últimos cinco anos do Colégio, os quais
servirão de base de correção, para todo o trabalho didático pedagógico do CEEP,
tanto da área técnica quanto das disciplinas do núcleo comum, uma vez que
32
estamos trabalhando no sentido de construir uma perfeita simbiose entre a teoria e a
prática, para que o aluno entenda melhor a aplicabilidade dos conhecimentos
científicos para a melhoria de todo o seu trabalho.
DADOS DA SÉRIE HISTÓRICA
LEVANTAMENTO DOS ÚLTIMOS CINCO ANOS
ANO SÉRIE TOTAL MATRIC.
POR SÉRIE
A R E
2005 1º 100 69% 17.9% 21.7%
2005 2º 52 94% 5.6% 0%
2005 3º 51 100% 0% 0%
ANO SÉRIE TOTAL MATRIC.
POR SÉRIE
A R E
2006 1º 118 95% 1.6% 3.4%
2006 2º 68 96% 1.4% 2.6%
2006 3º 47 97% -.- 2.3%
ANO SÉRIE TOTAL MATRIC.
POR SÉRIE
A R E
2007 1º 77 94.6% 5.4% -.-
2007 2º 105 96% 2.8% 0%
2007 3º 63 100% -.- -.-
ANO SÉRIE TOTAL MATRIC.
POR SÉRIE
A R E
2008 1º 60 84% 10% -.-
2008 2º 69 91% 4.7% 1.4%
2008 3º 101 96% 1.1% 1.3%
ANO SÉRIE TOTAL MATRIC.
POR SÉRIE
A R E
2009 1º 78
2009 2º 52
2009 3º 57
33
ANALISE DOS DADOS:
Analisando os dados da tabela acima, percebemos uma mudança
significativa de número de matrículas nas primeiras séries, nos últimos cinco anos.
O objetivo da atual gestão é o de resgatar o numero de procura pelo Ensino
Médio Profissionalizante, o ensino ofertado cuja divulgação devera ocorrer a partir
de Julho deste ano, quando começaremos a explanar o ensino que ofertamos às
escolas de ensino fundamental do nosso Município e dos municípios vizinhos.
Estamos gradativamente aprendendo a fazer a leitura e a analise dos dados
educacionais, entendendo a importância dos mesmos e valorizando a sua
importância para:
O estabelecimento de metas viáveis e possíveis;
A revisão (ampliação e/ou atualização) dos conteúdos, das
Propostas Pedagógicas Curriculares e dos Planos de Ação Docente
dos professores das áreas técnicas e do núcleo comum.
O planejamento de todas a atividades do CEEP, a curto, médio e
longo prazo;
A definição de projetos de captação de recurso financeiros
necessários ao atendimento e efetivação de cada projeto proposto;
O apontamento das deficiências e consequente busca de soluções
efetivas para cada uma delas;
O entendimento de que cada aluno matriculado, é recurso
garantido através do fundo de financiamento da Educação Básica,
(FUNDEB) o que nos leva a crer que também poderemos melhorar
a qualidade dos equipamentos, tecnologias e espaços físicos do
CEEP;
Que cada aluno que se exclui ou é excluído no processo, ( no ano
de 2005, foram 32% excluídos por razoes diversas, reprovação e
evasão já na primeira serie, fechando em 37% na segunda, sendo
que concluíram desses 100 (cem ) alunos, apenas 63. Essa perda
de alunos, durante o processo vai para além do financeiro, é um
grande ônus social para todos, com danos irreversíveis para a vida
34
do aluno, suas famílias e para a escola, que desta forma não
cumpre seu principal papel;
Que os dados resultantes da avaliação, (evasão, reprovação e
aprovação) devem ser cansativamente analisados por todos os
envolvidos no processo ensino aprendizagem;
Que as avaliações devem servir como diagnostico do processo
ensino aprendizagem e dar subsídios para a revisão do trabalho
didático pedagógico de todos os docentes, pois, todo aluno tem
que estar em permanente processo de desenvolvimento e
aprendendo;
Que e fundamental analisarmos os procedimentos dos alunos que
aprendem, (como, por quê) e como trabalham os professores cujos
resultados demonstram que há aprendizagem e compromisso na
relação professor aluno, e consequentemente maiores resultados
com a produção e construção dos seus conhecimentos (professor)
e o dos alunos, desvelando quais as metodologias e
procedimentos utilizados e outras formas de encaminhamentos
e/ou utilização de técnicas e tecnologias, que conseguem um
maior sucesso;
O caminho que estamos buscando em nosso Colégio é fazer com que não se
perca nenhum aluno no processo, ou apenas , o mínimo aceitável.
Nosso compromisso é de que com a matrícula atual (2009), consigamos chegar com
ao menos 96% de todas as séries ao final de cada ano letivo. Isto é, temos 78
alunos na 1º Série, nossa meta é que todos concluam o Ensino Técnico Profissional
até 2011 e recebam mais do que o diploma, levem conhecimentos capazes de
mudar suas vidas e da sua comunidade em inovações necessárias e tecnologias
possíveis de se aplicar.
Assim, pretendemos atingir nosso objetivo de manter mais que quantidade,
isto e todos os alunos na escola, mas também a qualidade, com todos aprendendo e
se desenvolvendo. O Brasil e o Paraná precisam de bons técnicos, urgentemente,
com formação atualizada e com tecnologia de ponta, produzindo mais, no menor
espaço físico e de tempo para que atenda a demanda de todos. Em especial na área
da agropecuária, a qual tem a ver garantia de alimentar, com qualidade milhões de
35
brasileiros e outros povos de outros países, garantido mais que sobrevivência, maior
qualidade de vida para as pessoas e para o Planeta.
Acreditamos que, se cada um de nós gestores, fizermos a nossa parte,
estaremos contribuindo com a educação do Paraná e do Brasil. E acreditamos que
o caminho é a educação de qualidade, para todos.
O Brasil teve um aumento de 100% na Educação Profissional, o que vai
fazer com que em poucos anos o País dê um salto de qualidade em seu
setor produtivo e de serviços. (Ex. A Europa tem 1 Engenheiro para cada
26 Técnicos e o Brasil, ate o momento, exatamente o oposto);
O Paraná aumentou 32.4% a oferta do Ensino Profissionalizante,
demanda que precisa crescer ainda mais, nos próximos anos e por
longo tempo;.
De 2007 a 2008, o crescimento do Ensino Profissionalizante no Paraná
foi de 15%;
O Paraná precisa ser além de um Estado que produz, um Estado que
industrializa sua produção, agregando valor e desenvolvimento ao nosso
Estado. E essa é uma outra demanda!
UNIDADE AGRÍCOLA:
Com o objetivo de proporcionar as atividades práticas aos alunos dos
Cursos de Agropecuária e Meio Ambiente do CEEP, efetivando a integração entre a
prática e a teoria bem como de colocar à disposição de todos um centro de difusão
de tecnologia, voltada para as áreas dos Cursos propostos, com atividades que
dêem conta de formar profissionais cujo perfil os coloque de fato, no centro das
atividades a que se destinam, que favoreçam a sustentabilidade nos locais onde
virem a atuar, está à disposição dos educando a infra estrutura que se segue:
Unidade Didático Produtivo de Fruticultura
Estabelecida em uma área de aproximadamente 4 hectares, conta com as
seguintes espécies: pessegueiros, macieiras, caquizeiros, ameixeiras, tangerineiras.
36
O sistema de produção adotado é o tradicional, com adubações minerais e
orgânicas, controle químico e orgânico de insetos e plantas invasoras. Apresenta
potencial de expansão e diversificação com perspectiva para introdução de novas
espécies como o figo, a uva, o kiwi e a pêra, além de condições favoráveis para a
adoção de um sistema orgânico. É um espaço didático pedagógico, onde os
profissionais procuram manter uma integração harmoniosa e produtiva com os
demais setores para a realização de todas as atividades, como forma de maior
aproveitamento dos alunos e conseqüente melhoria da qualidade da educação.
Também utilizado como espaço de reaproveitamento, cuja vegetação de cobertura,
serve como pastagem, para o setor de ovinos. Há necessidade de melhoria da
qualidade e aumento da produção de pêssegos, com vistas a utilização desse
produto pela agroindústria, enquanto disciplina curricular e geração de alimentos
para os alunos do Colégio. O pomar didático, implementado com 20 pés de cada
espécie frutífera, numa área de 4000m², servirá como laboratório de pesquisa para a
busca da qualidade das espécies.
Unidade Didático Produtiva de Grandes Culturas
Esta unidade didática pedagógica voltada a aplicação na área de campo dos
conhecimentos adquiridos em sala de aula, é fértil campo de observação e pesquisa
para aliar teoria e prática, o espaço de produção de grandes culturas, o qual está
instalado em uma área de aproximadamente 35 hectares, onde são cultivadas as
seguintes espécies: outono/inverno: aveia (cobertura), trigo e cevada;
primavera/verão: milho, feijão e soja. Os sistemas de produção adotados são o
plantio direto e o convencional, com aplicação racional de agroquímicos (adubação
mineral, herbicidas e inseticidas). Existe a necessidade de se introduzir outras
espécies para compor a rotação de culturas, principalmente leguminosas.
O setor apresenta potencial para a adoção de um sistema orgânico em longo
prazo. Parte da produção de grãos é comercializada com empresas particulares e
parte é utilizada para a fabricação de ração para os animais existentes na Instituição
de Ensino. Com a perspectiva da conquista de novas tecnologias para o uso nos
diversos setores deste Centro Educacional, com um planejamento adequado e
37
utilização de novas técnicas científicas para melhoria das culturas, inclusive a
mudança do sistema de irrigação para a técnica de gotejamento, certamente
poderemos dar aos alunos oportunidades de novos e atualizados conhecimentos
que favoreçam ao seu pleno desenvolvimento, com formação integral, dentro de
uma visão sistêmica, que privilegia a produção sem grandes impactos ambientais.
Unidade Didático - Produtiva de Olericultura
Este setor está implantado em uma área de aproximadamente 1,5 hectares,
onde são cultivadas hortaliças locais típicas de cada estação durante o ano todo, (e
sob condições de plasticultura (estufas) para as épocas de baixo calor e luz natural,
ou seja, durante as estações do outono e inverno. Entre as espécies cultivadas no
setor de olericultura temos: alface, beterraba, cenoura, brócolis, rabanete, nabo,
ervilha, feijão de vagem, tomate, beringela, entre outras. Nessa horta, utiliza-se
princípios agro-ecológicos, como plantas-companheiras, plantas – repelentes
(alelopatia), a adubação é feita com composto orgânico e húmus de minhoca
(vermicompostagem), biofertilizantes, defensivos, inseticidas, fungicidas alternativos
naturais.
Atualmente, a produção resultante dos experimentos oriundos dessa
unidade didático produtiva, se destina exclusivamente ao fornecimento ao internato,
havendo excedentes os mesmos são doados para entidades beneficientes da
comunidade. Existe potencial para ampliação e diversificação das culturas , o que
possibilitará a comercialização dos produtos “in natura” e minimamente processados
e de conservas. É um local destinado ao fazer didático pedagógico, e também de
excelência da formação humana e da cidadania do corpo discente, onde é
valorizada a atenção, o detalhamento das observações e o entendimento do aluno
quanto aos conteúdos trabalhados e experimentados, a dedicação, o cuidado de
cada educando no trato com o meio ambiente e com seus semelhantes. O corpo
discente realiza e aprende as principais etapas produtivas das culturas olerícolas
com assessoria e orientação dos técnicos, agrônomos e professores, desde a
semeadura á colheita, tratos culturais e tratos pós – colheita, sempre com o cuidado
da sustentabilidade,
38
Unidade Didático Produtiva de Agrostologia
A área estabelecida de pastagens é de aproximadamente 12 hectares, onde
são cultivadas forrageiras anuais (hibernais: azevém, aveia e ervilhaca; estivais:
pasto italiano) e perenes (mombaça, setária). Existe potencial e necessidade de
ampliação da área de forrageiras perenes, principalmente de trevos, capim-elefante,
hemarthria e tifton. O sistema de cultivo é o tradicional, com uso racional de
agroquímicos. Em médio prazo pode ser convertido para o sistema orgânico.
Unidade Didático Produtiva de Paisagismo
É atribuição deste setor a produção de mudas e cultivo de plantas
ornamentais, corte de gramados e a manutenção e limpeza dos pátios e jardins.
Através dessa unidade de trabalho didático pedagógico, procuramos oportunizar aos
alunos o conhecimento e utilização de plantas ornamentais de diversas espécies,
utilizando em especial as da estação.
Com esses conhecimentos pretendemos desenvolver nos alunos o senso de
estética e a ética do cuidado para que compreendam a importância da ocupação dos
espaços de maneira organizada, e ecologicamente correta, buscando a integração
com a natureza, e que mesmo internamente, devemos respeitar a natureza sem
agredi-la, cuidando para que se mantenham fundos de vales, nascentes, e não
transformando os espaços em verdadeiras camadas de cimento e cal, favorecendo o
escoamento e a conservação natural das águas pluviais.
Outro objetivo deste setor é propiciar uma estética mais aprazível no entorno
da Escola, o aproveitamento dos dejetos e o adubo orgânico sem qualquer uso de
agroquímico. Existe potencial para a produção de mudas ornamentais bem como
campo para a comercialização.
Unidade Didático Produtiva de Mecanização Agrícola.
Este setor é de prestação de serviços para os demais. Tem por objetivo
demonstrar aos alunos a função e regulagem dos diversos maquinários, nas
39
principais formas de plantio (convencional, reduzido e direto) e nas definições
definições da lavoura adequada às diferentes estações do ano, objetivando a
formação de um gestor capaz de tomar decisões acertadas, considerando a
manutenção dos equipamentos necessários, assim como no planejamento dos
cultivares. Enquanto Unidade Didático produtiva, tem como função essencial apoiar
e complementar a formação dos alunos do Curso técnico em agropecuária,
oportunizando aos mesmos as aulas práticas. É nesse espaço que os alunos têm
contato com equipamentos específicos de sua área de atuação, com os quais deve
se familiarizar para o bom desempenho de sua profissão, inclusive no que diz
respeito aos cuidados com a forma correta de utilização e de manutenção.
Apresenta os seguintes equipamentos: 5 tratores; 1 colhedeira; 2
pulverizador; 2 subsolador; 1 arado de disco; 2 grades niveladoras; 1 grade aradora;
3 semeadeiras; 2 roçadeiras; 2 distribuidor de esterco líquido; 1 distribuidor de
adubo; 2 distribuidor de calcário; 1 carreta graneleira; 1 carreta silageira; 3 carretas
de transporte; 1 aplicador de uréia; 1 ancinho enleirador; 1 segadeira; 1 terraceador;
1 trilhadeira; 1 trado; 1 enxada rotativa; 1 ensiladeira e 1 debulhador/triturador. Sua
inclusão no sistema de produção orgânica reside no uso racional dos implementos,
nos momentos tecnicamente mais apropriados, no trânsito controlado e reduzido de
máquinas de produção agrícola e pecuária na propriedade, bem como no transporte
de resíduos orgânicos.
Unidade Didático Produtiva de Silvicultura
Instalado em uma área de 500 m, possui infra-estrutura adaptada para as
três fases de produção de mudas nativas (características do Bioma Floresta
Ombrófila Mista). São produzidas mudas em pequena escala, mas didaticamente
adequada ás necessidades da fazenda – escola e ao aprendizado do corpo
discente. As mudas passam pelas fases: desenvolvimento inicial, estufa de
sombreamento e fase de rustificação.
O aprendizado dos alunos se dá pela observação/execução de tarefas
rotineiras, como: quebra de dormência de sementes, semeadura, preparo de
substrato, adubação e tratos fitossanitários, irrigação, repicagem, transplantio em
nível de campo. São feitas também incursões nas áreas de preservação do Colégio,
40
assim como, reconhecimento de espécies nativas e exóticas. Utiliza – se ainda,
sistema de irrigação por aspersão, onde são produzidas mudas de espécies nativas
em sistema de tubetes e sacos plásticos. São produzidas mudas de araucária,
araçás, goiaba, imbuia, cedro, aroeiras, cerejeira, pitangueira, manduirana. Parte de
produção é plantada na própria fazenda escola, outra parte doada para os alunos
mediante termo de responsabilidade.
Unidade Didático Produtiva Agrossilvipastoril:
Para que os alunos tenham a oportunidade de estudarem e compreenderem
a importância da utilização de técnicas de produção nas quais se integrem arvores,
animais, plantas/pastagens numa mesma área, a Escola/Fazenda vem
desenvolvendo um projeto sobre a importância de integrar os sistemas
agrossilvipastoril, disponibilizando uma área de 15.000 .m2, onde os alunos podem
acompanhar e constatar que, com a utilização adequada desse sistema integrado,
poderemos potencializar a produtividade da terra, aumentando lucros e gerando
real sustentabilidade.
Atualmente, e imprescindível que os profissionais voltados para a área de
agropecuária, tenham consciência da importância de se fazer o uso da terra de
forma alternativa e racional, ecologicamente correta obtendo o máximo de
produtividade no menor espaço possível interferindo o mínimo no meio ambiente de
forma a não degrada-lo, mantendo o compromisso ético do cuidado para com o
Planeta e com todo tipo de vida que nele existe.
Alem disso, esperamos levar nossos alunos a compreenderem a grande
importância que a correta utilização do manejo da terra e de novos sistemas e
técnicas diferenciadas, garantirão benefícios maiores do que produtividade.
Também, que a seleção de culturas, poderão garantir o aumento da taxa de lotação
das pastagens, maior permanência da umidade nos solos, devido as corretas
técnicas de sombreamento, melhoria da
saúde dos animais, conforto térmico aos animais e proteção das plantas/pastagens
nas épocas mais frias do ano.
Visto serem nossos alunos, em sua maioria, oriundos de famílias de
produtores rurais de pequenas propriedades, de poucas posses, os quais
41
desenvolvem e sobrevivem da agricultura familiar, onde será de grande valia
saberem aproveitar cada pequeno espaço de terra, tirando dela a maior
produtividade possível, como forma de gerar renda e garantir a permanência das
famílias no campo, com mais qualidade de vida, e com capacidade de também
terem acesso aos bens de consumo produzidos pelo homem. Vemos portanto, na
utilização desse saber e fazer pedagógica, mais uma forma de preparar mais
adequadamente esses futuros profissionais para a competitividade contemporânea e
as necessidade de produção.
42
UNIDADE DIDÁTICO PRODUTIVA DE PECUÁRIA
Unidade Didático Produtiva de Avicultura de Corte
Instalada em um aviário de 46,00m², com capacidade para 300 aves
alojadas em sistema intensivo de criação, sobre cama de maravalha, com parte da
ração adquirida no comércio. O destino da produção é exclusivamente para o
consumo do internato. Existe potencial para a ampliação do setor com a introdução
de um sistema diferenciado de produção de frangos (frango caipira), visando a
diversidade (mais oportunidades de aprendizagem ao aluno) e a comercialização da
carne processada. A ração pode ser totalmente processada na própria escola em
médio prazo e, em curto prazo, a adoção de materiais alternativos para cama de
aviário.
Unidade Didático Produtiva de Avicultura de Postura
O aviário de postura conta com uma área de 85,00m² e 300 aves alojadas,
criadas no sistema intensivo com baterias de ninhos e sobre cama de maravalha.
Parte da ração é adquirida no mercado. A produção se destina ao
Consumo do internato e o excedente é comercializado. Existe possibilidade de
ampliação, visando intensificar a comercialização. Esse setor oferece condições
favoráveis à ampliação, visando, principalmente, a aprendizagem e o aumento da
comercialização.
Unidade Didático Produtiva de Suinocultura
Esta unidade com uma área de 556,00m², onde se encontram alojadas 20
matrizes, no sistema tradicional de produção confinada (maternidade, creche e
terminação), com utilização racional de insumos de produção local e outros,
adquiridos. Há a perspectiva de melhorias nas instalações, mudanças para
comedouros automáticos, e a introdução de silagem de milho de grãos úmidos. Os
43
medicamentos são adquiridos no mercado. Parte da produção destina-se ao
abastecimento do internato e parte é comercializada. É um setor que apresenta
potencial para ampliação e diversificação, com vistas a propiciar um aprendizado
mais eclético ao aluno e a intensificar a comercialização de animais vivos (leitões) e
de produtos cárneos processados na Escola. O sistema “plain air” foi implantado
em 2004 em unidade demonstrativa bem como o sistema de cama sobreposta.
Unidade Didático Produtiva de Ovinocultura
O setor dispõe de um plantel de 30 matrizes e 01 reprodutor e está
instalado em uma área de 4,0 hectares, exclusivamente a pasto, com
desverminações utilizando produtos comerciais. A produção é destinada para o
suprimento do refeitório do internato, e, exclusivamente para venda de animais.
Apresenta potencial de ampliação do plantel e não apresenta dificuldades para a
conversão para o sistema orgânico.
Unidade Didático Produtiva de Cunicultura
Apresenta um plantel de 10 matrizes e 03 reprodutores criados em
sistema de gaiolas, alimentados com resíduos provenientes da horta, pastagens e
com ração. A produção destina-se exclusivamente ao fornecimento do internato. O
sistema de produção poderá ser ampliado para aumentar o fornecimento do
internato.
Unidade Didático Produtiva de Bovinocultura de Leite
Ocupa uma área construída de 719,00m² e o maior percentual da área
cultivada com forrageiras (10,0 hectares). Possui um plantel constituído
exclusivamente com gado holandês, manejado no sistema de produção tradicional,
em pastagem e suplementado com ração balanceada e silagem de milho, com o uso
44
de medicamentos adquiridos no mercado, utilizados de forma racional. A maior parte
da produção é comercializada e parte é consumida no internato “in natura”. Em
médio prazo pretende-se redirecionar o destino da produção para processamento de
queijo, requeijão, ricota, iogurte, doce-de-leite para a utilização interna e
comercialização.
Unidade Didático Produtiva de Codornas
É uma unidade pequena, contando com 50 aves alojadas em gaiolas,
produzidas no sistema de confinamento, com ração comercial. A produção é
consumida totalmente pelo internato. Apresenta potencial para ampliação,
considerando que existe uma alta demanda para a conserva de ovos. A conversão
para o sistema orgânico de produção não apresenta maiores dificuldades neste
setor.
Unidade Didático Produtiva de Apicultura
Setor contando com 10 caixas (famílias) alojadas na cortina de
eucaliptos e tem por objetivo o aprendizado didático de prática extrativista de mel e
tem por finalidade abastecer o economato. Para o ano de 2010, essa unidade
didático produtiva de apicultura, tem por objetivo diversificar as espécies. Para isso
tem buscado estudos e pesquisas sobre a abelho brasileira, “sem ferrão”,-
meliponídias - espécie que vem demonstrando ser muito produtiva, ser bem
adaptada à nossa região e comprovar baixos custos na criação, uma vez que não
oferece nenhum tipo de perigo, tendo baixo custo, inclusive na hora da coleta.
Estamos também viabilizando estudos para melhoria da flora local para
obtermos uma produção maior garantindo também a qualidade.
45
INTERNATO E SEMI-INTERNATO
A educação, no sentido da educação para a convivência no
internato e semi-internato, se constitui no processo em que o adolescente convive
com o outro, se transforma espontaneamente, de maneira que seu modo de viver se
faz progressivamente em coerência com o do outro, dentro do espaço de
convivência.
O educar ocorre, portanto, todo o tempo e de maneira recíproca e por
isso é que se faz necessário que ocorra a capacitação de todos os envolvidos com o
sistema de internato, com enfoque dentro do princípio de que todos somos
educadores e que o ambiente do internato deve ser o mais agradável e acolhedor
possível, visto que o alojamento, ainda que psicologicamente, ocupa o lugar do seu
quarto, da sua casa, devendo assumir o sentido do espaço de união e cooperação
de uma família, proporcionando a todos os alunos um ambiente propício ao seu
desenvolvimento, ao estudo e a querer estar entre os colegas. Cabe a todos os
envolvidos na convivências com esses educandos, uma mobilização coletiva no
sentido de acolhê-los, de exercitarmos a nossa competência amorosa de
convivência com sentido de família, com responsabilidade e comprometimento
ativando a nossa capacidade de responder de forma eficiente, criativa e harmônica
às necessidades de todos esses alunos, cujos familiares estão distantes e que
procuram em cada pessoa, um pouco do convívio familiar.
INTERNATO
Sistema de Internato
O internato é um espaço oferecido pela Escola aos alunos que foram
admitidos através de um processo de seleção, não sendo possível, conforme
regulamento interno, ofertar esse espaço a alunos transferidos de outros colégios.
Os serviços do internato somente serão oferecidos nos períodos letivos de
atividades escolares, e para os alunos que estiverem desenvolvendo estágio interno
na Fazenda Escola.
Estrutura
O internato é constituído dos seguintes serviços:
46
* Alojamento
* Refeitório
* Acompanhamento Pedagógico.
* Programa de Acompanhamento Escolar – PAE
SEMI-INTERNO
O aluno em regime de semi-internato, permanece na instituição durante o
período letivo, no tempo escolar que concerne o horário normal de aulas, nos
períodos matutino e vespertino.
Estrutura
O semi-internato é constituído dos seguintes serviços:
* Refeitório
* Acompanhamento
* Programa de Acompanhamento Escolar (PAE)
PROGRAMA DE ACOMPANHAMENTO ESCOLAR (PAE)
Os alunos são acompanhados nas suas dificuldades de aprendizagem em:
Intervenção Semanal.
O horário tem aulas fixas de revisão do conteúdo desenvolvido durante as
aulas, para sistematização dos conteúdos trabalhados ou quando os professores
das disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática propõem atividades extras, com
o intuito de investigar as possíveis falhas no desenvolvimento da aprendizagem. Tal
procedimento tem auxiliado no diagnóstico e prevenção dos problemas de
aprendizagem escolar quando são traçados planos de intervenção, evitando,
sobremaneira a evasão e a reprovação dos alunos, mantendo-os mais motivados
por saberem que há condições de recuperação de estudos e de conteúdos durante
todo o processo escolar, bem como têm sua auto-estima aumentada por se verem
capazes de, a cada dia, aumentarem seus conhecimentos.
Percebemos também, a partir dos dados levantados, condições para as
pedagogas atuarem junto aos professores e outros profissionais, buscando novos
encaminhamentos e procedimentos, dando maior suporte para melhoria das
condições do processo de aprendizagem. A experiência nos mostrou que o
47
problema de aprendizagem gera comportamentos que sugerem desinteresse,
desatenção ou irresponsabilidade e que infelizmente, essa questão é bem mais
complexa, merecendo uma intervenção apropriada.
48
8. MARCO CONCEITUAL
Piletti (2006) considera que a especificidade do Ensino Médio é discussão
constante e não claramente equacionada. Tendo existência formal autônoma a partir
de 1931 persistiu servil ao superior no que concerne à preparação para o vestibular,
“sujeito a uma instabilidade legal que não deixa de repercutir em sua existência
material, dificultando ou mesmo impedindo qualquer consolidação minimamente
duradoura”.
Quanto à preparação para o trabalho até meados da década de setenta, a
formação profissional limitava-se ao treinamento para a produção em série e
padronizada, com a incorporação maciça de operadores semi-qualificados,
adaptados aos postos de trabalho, desempenhando tarefas simples, rotineiras e
previamente especificadas e delimitadas. A partir da década de 80, as novas formas
de organização e de gestão modificaram estruturalmente o mundo do trabalho.
Um novo cenário econômico e produtivo se estabeleceu com o
desenvolvimento e emprego de tecnologias complexas agregadas à produção e à
prestação de serviços e pela crescente internacionalização das relações
econômicas. Em conseqüência, passou-se a requerer sólida base de educação geral
para todos os trabalhadores; educação básica aos não qualificados; qualificação
profissional de técnicos; e educação continuada para atualização, aperfeiçoamento,
especialização e requalificação de trabalhadores.
As escolas e instituições de educação profissional buscaram diversificar
programas e cursos profissionais, atendendo novas áreas e elevando seus níveis de
formação. As empresas passaram a exigir trabalhadores cada vez mais qualificados.
À destreza manual se agregam novas competências relacionadas com a inovação, a
criatividade, o trabalho em equipe e a autonomia na tomada de decisões, mediadas
por novas tecnologias da informação. Ainda, e com igual importância, vale registrar
a necessidade de a escola também desenvolver valores morais, atitudes, faculdade
de discernimento, independência de juízo, respeito aos demais, espírito de
solidariedade e cooperação, desejo de aprender e formar-se para contribuir com o
mundo do qual faz parte.
Foram bastante significativas as reformas ocorridas desde a década de 70,
49
entretanto cabe ao momento enfatizarmos a partir do Decreto nº 2208/97, que
definiu a oferta da profissionalização de nível técnico de forma concomitante ou
seqüencial ao Ensino Médio. Materializada pelo PROEP (Programa de Expansão da
Educação Profissional), programa este implantado pelo MEC (Ministério da
Educação) através da então, SEMTEC (Secretaria de Ensino Médio e Tecnológico),
objetivou-se a ampliação de vagas no Ensino Profissional, através do financiamento
de Instituições Federais, Estaduais e Comunitárias, para construção e ampliação de
infra-estruturas, aquisição de equipamentos e capacitação de professores, ao
mesmo tempo em que desvinculou a formação básica da formação profissional.
No Paraná, através do Programa de Expansão, Melhoria e Inovação no
Ensino Médio do Paraná – PROEM (financiado pelo BID – Banco Interamericano de
Desenvolvimento), suprimiu-se a oferta das chamadas “habilitações técnicas” e
passou-se então, a oferecer o Ensino Médio somente em sua forma “propedêutica”.
Da política do PROEM, instituiu-se a Agência para o Desenvolvimento da
Educação Profissional – PARANATEC, empresa de caráter privado que até 2002
“gerenciava” os cursos de nível técnico da Rede Estadual, suas diretrizes,
implicações e conseqüências, que se apresentam até hoje.
Foi com a estruturação da Secretaria de Estado da Educação, através do
departamento de Educação Profissional, que se iniciou a retomada da oferta da
educação profissional pública, no Estado do Paraná, encerrando assim, as
atividades da PARANATEC, devolvendo ao setor público a capacidade gerencial e
pedagógica desse segmento.
A gestão 2003/2006 da Secretaria de Estado da Educação assumiu,
portanto, o desafio da Educação Profissional da Rede Pública Estadual, refletida na
priorização da retomada da oferta de nível técnico à Educação Profissional,
objetivando a formação para o trabalho, com acesso aos saberes técnicos e
tecnológicos e considerando as tendências sócio-econômicas das regiões do
Estado. Assim, os principais eixos e estratégias de ação para o desenvolvimento
sócio-econômico do Estado do Paraná consolidaram-se no documento “Paraná –
Diagnóstico Social Econômico”.
Estes pressupostos básicos considerados na definição da política da
educação profissional levaram à perspectiva de uma educação profissional de nível
50
técnico, que privilegiasse propostas curriculares cujos princípios fossem: o trabalho,
a cultura, a ciência e a tecnologia. Desta forma, a reformulação curricular na
perspectiva da articulação com a educação básica, explicita as diretrizes que apoiam
a política de retomada da oferta da educação profissional, com especial foco na
expansão e reestruturação curricular, na instituição do quadro próprio de professores
para esta modalidade, na formação continuada dos profissionais, na melhoria da
estruturação física e material dos estabelecimentos e na sua manutenção sem a
cobrança de taxas de qualquer natureza e, ao mesmo tempo, no favorecimento do
desenvolvimento das atividades pedagógicas de currículo e ensino, contribuindo de
forma efetiva para a melhoria da formação dos alunos. Embasadas em princípios
teóricos que consideram a ciência e a tecnologia, o trabalho e a cultura como
categorias indispensáveis e inerentes à
formação de todo cidadão, tendo a práxis como eixo organizador das atividades de
ensino, suas diversas formas de tratamento metodológico, objetivando a formação
omnilateral do aluno, iniciaram-se diversas frentes de trabalho, dentre elas a
realização do “I Seminário Estadual de Educação Profissional” promovido em
parceria com a Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Promoção Social, em
Curitiba no período de 24 a 27 de junho de 2003, que discutiu a real situação, bem
como apontou as novas perspectivas adotadas pela política nacional, uma vez que
aconteceu logo após a realização do “Seminário Nacional de Educação Profissional
– Concepções, Experiências, Problemas e propostas”, ocorrido em Brasília de 16 a
18 de junho de 2003, alinhando-se principalmente às possibilidades e necessidades
da revogação do Decreto nº 2208/97.
Este momento demarcou o processo de elaboração das propostas
curriculares com a participação de professores nos diversos cursos, diretores e
coordenadores, sob a coordenação do Departamento, sendo encaminhadas, numa
primeira etapa, ao Conselho Estadual de Educação, culminando com a aprovação,
em dezembro de 2003, do parecer nº 1595/03. Ressalta-se que o referido Conselho
também aprovou o Plano de Expansão dos Cursos de Educação Profissional para
2004, pelo Parecer nº 1028/03. As normas para reformulação curricular dos cursos
técnicos organizados na forma integrada e subseqüente se solidificaram com o
Decreto nº 5154/04, entretanto o currículo integrado iniciou-se com a antecipação a
partir de 2004, sustentado pela revogação do Decreto nº 2208/97, também como
51
uma forma de sinalizar as disputas teóricas e políticas manifestadas durante todo o
processo.
Ou seja, a preocupação que passou então pela proibição a formação
integrada, regulamentando formas fragmentadas e aligeiradas de educação
profissional em função das alegadas necessidades do mercado, acabou por
desencadear a revogação do Decreto que expressava de forma emblemática, a
Regressão social e educacional sob a égide do ideário não condizente com uma
filosofia que busca a não afirmação e não ampliação da desigualdade de classes e
do dualismo na educação. Posto isto, poderia levar a um enfrentamento com as
forças conservadoras, o que seria desfavorável ao tempo político das ações por se
pretender com tal revogação, a (re) construção de princípios e fundamentos da
formação dos trabalhadores para uma concepção emancipatória da classe, o que
fortaleceria as forças progressistas para a disputa por uma transformação mais
estrutural da educação brasileira e que opõe ao dualismo educação geral e
preparação para o trabalho, revelado com maior expressão neste nível de ensino.
Portanto, quanto a Integração Curricular, no caso do ensino médio, ainda
estamos redefinindo as finalidades, metodologias e os conteúdos dos projetos
voltados para a formação das pessoas nesta etapa escolar. A contradição entre
formação geral e formação específica, formação para a vida e para o trabalho,
valorização dos conteúdos ou métodos de ensino, dentre outras, são questões que
precisam constantemente ser repensadas, priorizando a oferta de uma educação de
qualidade.
As discussões sobre possibilidades curriculares e desafios enfrentados no
desenvolvimento da aprendizagem, resultam da nossa concepção de mundo e de
nossos princípios pedagógicos. Sob essa perspectiva, o que se discute sobre a
integração na educação profissional tem como objetivo, portanto, a formação de
pessoas que compreendam a realidade e que possam também atuar como
profissionais, capazes de se desenvolverem e, através de sua visão de mundo e a
partir de seus conhecimentos, ajudarem no desenvolvimento de outras pessoas e
das comunidades onde estão inseridos.
A presença da profissionalização no ensino médio deve ser compreendida
por um lado, como uma necessidade social e por outro lado, como um meio pelo
qual a categoria “trabalho” encontre espaço na formação humana; é o ensino médio
52
sob os princípios da integração entre ciência e tecnologia, da cultura e do trabalho,
em que a profissionalização seja uma possibilidade real, concreta, ou seja, o
trabalho compreendido como o princípio que deve nortear a construção de
conhecimentos no ensino médio, mediada pela prática social, é a possibilidade de
educação para os que vivem do trabalho, e que garanta assim, a participação dos
que sofrem o processo de trabalho na integração do currículo.
Cabe reforçar que a contribuição do currículo integrado para a melhoria da
escolaridade, perpassa por questões fundamentais como de eficácia na utilização do
tempo escolar, de favorecimento da comunicação, de seleção da informação e do
intercâmbio entre os docentes e técnicos, e, consequentemente de
acompanhamento personalizado da aprendizagem dos alunos, entre outros. É
através desta simbiose entre teoria e prática, entre saber científico e aplicabilidade
real no e para um conhecimento que garanta a sustentabilidade, que a escola,
através de seu currículo, deve procurar desempenhar e realizar, através de uma
educação que constrói, forma e transforma o ser humano, as transformações
necessárias, para a melhoria de qualidade de vida de toda a sociedade.
8.1. Concepção de Educação
Em todas as sociedades a educação exerce um papel fundamental na
formação de seus membros, assim como, na legitimação dos valores necessários à
preservação e continuidade da mesma. .
A educação é um fenômeno social, sendo que, uma prática social só
poderá ser compreendida no quadro geral da sociedade da qual faz parte. As
práticas educativas se dão conforme as relações sociais que caracterizam a
estrutura econômica e política de uma sociedade e estão subordinadas a interesses.
O processo educativo se viabiliza, portanto, como prática social por ser
dirigido pedagogicamente. O caráter pedagógico introduz o elemento diferencial nos
processos educativos que se manifestam em situações históricas e sociais
concretas. A prática educativa se desenvolve na relação entre grupos e classes
sociais, resultando na mediação pedagógica para determinar finalidades.
Segundo Paulo Freire, a educação é um processo por meio do qual o ser
humano se forma sujeito na mediação com a natureza e em diálogo com o
53
educador. Assim ele produz cultura e cria sua própria história. Desta forma não
existe um educador exclusivo, pois todos aprendem em comunhão.
Nessa concepção, a educação é processo contínuo de conscientização e
libertação a partir do entendimento de educação como um ato essencialmente
humano. Através do ato educativo o homem forma consciência de seu
“pertencimento”, do “estar no mundo” e, principalmente, da sua participação na
sociedade enquanto agente de transformação.
A educação tem o papel fundamental de proporcionar ao educando a
consciência de ser e estar no mundo e nele agir para a transformação. Fica
evidente, portanto, que é preciso educar para transformar, para desconstruir ou
construir a história. Assim, é necessário desenvolvermos uma educação que
reconheça que a teoria e a prática, quando trabalhadas juntas, poderão dar
respostas a questões e situações diversas geradas pela necessidade de
sobrevivência de tudo e todos no Planeta, e que nesse contexto educacional, não há
espaços para a hierarquização de conhecimentos, nem privilégios para tempos
culturais ou determinadas disciplinas , mas que a educação que pretendemos, deve
levar em conta a diversidade e desenvolver o sentimento de solidariedade na busca
da satisfação das necessidades fundamentais de todos e de uma convivência
harmoniosa com a natureza. É importante que nossos alunos permaneçam muito
mais curiosos, que aprendam a buscar, a questionar, a refletir e questionar a si e
aos outros, do que sintam que estão certos e que seu conhecimento está pronto e
acabado.
8.2. Concepção de Sociedade
A educação é a prática mais fundamental da espécie humana. Na educação
habita a tarefa de nortear e esclarecer o pensamento. Portanto, educar o homem é
construir a sociedade e, principalmente, a sociedade que se espera.O aluno é
reflexo da sociedade em que vive por isso a escola aponta um exercício que seja
fundamental para alimentar uma prática consistente, uma reflexão coletiva, com
apoio teórico que amplie a visão dos alunos para perceberem as relações entre a
educação da escola, no município, na região, estado, país. Uma educação que se
54
fundamente na ética da diversidade, que não esteja dissociado da realidade do
indivíduo, da humanidade e do universo, e que leve em consideração os saberes
gerados pela ciência e a tecnologia, refletindo sobre seu impacto sobre a vida no
planeta e os resultados alarmantes que têm gerados, os quais com maior
consciência poderão ser minorados.
Através da reflexão sobre as causas sociais que interferem na
aprendizagem, a escola realiza projetos e/ou técnicas diversas para solucionar
problemas, bem como procura oportunizar maiores contatos com a família,
procurando responder pelo acesso ao conhecimento que são culturalmente
valorizados pela sociedade em que se insere. A proposta educacional do CEEP
Lysímaco Ferreira da Costa, aproveita as vivências, histórias e experiências de cada
um as quais são enriquecidas na troca com o outro, na descoberta de novos
horizontes. Segundo Alvarez Mendez, J.M., é preciso levar em conta que a escola
está inserida numa comunidade concreta, cuja população tem expectativas e
necessidades específicas.
Ter clareza da função social da escola e do homem que se quer formar, é
fundamental para realizarmos uma prática pedagógica competente e socialmente
comprometida, particularmente num país de contrastes como o nosso, onde existem
grandes desigualdades econômicas, sociais e culturais.
Procura-se a aprendizagem dos conteúdos que são necessários para a
vida em sociedade, onde Nesse sentido poderá contribuir no processo de inserção
social das novas gerações, oferecendo instrumentos de compreensão da realidade
local e, também, favorecendo aos educandos a participação em relações sociais
diversificadas e cada vez mais amplas. A vida escolar possibilita exercer diferentes
papéis, em grupos variados, facilitando a integração dos jovens no contexto maior.
Os alunos não podem ser tratados apenas como “cidadão em formação”,
pois eles já fazem parte do corpo social.
A escola deve trazer para dentro de seus espaços o mundo real, do qual
alunos e professores fazem parte. Ela não pode fazer de conta que o mundo é
harmonioso, que não existe devastação do meio ambiente, a fome, as guerras, a
violência, as desigualdades sociais, porque tudo isso está presente e traz
conseqüências para o momento em que vivemos e para os momentos futuros. O
ambiente da sala de aula e o aluno real, não estão isolados do mundo, portanto, é
55
necessário discutir as desigualdades sociais na escola para que possamos garantir
cidadãos, do futuro, com a consciência de seus papéis na história e no
desenvolvimento das sociedades e da humanidade.
Compreender e assumir o tempo presente, com seus problemas e
necessidades, é uma forma de gerar alternativas humanizadoras para o mundo.
Através de aulas teóricas, práticas, projetos, bem como, dos
relacionamentos na comunidade escolar, buscar ajudar o aluno a construir e
conquistar a sua cidadania, que é um processo ideológico de formação de
consciência pessoal e social e de reconhecimento desse processo em termos de
direitos e deveres, e, também prepará-lo para o mundo do trabalho. Somente
através da cidadania e da capacitação intelectual e profissional teremos uma
sociedade justa, mais igualitária, com uma maior distribuição de renda, de forma que
todos possam, definitivamente ser incluídos, pelo direito conquistado através do
conhecimento que coloca todo cidadão no rol de pertencimento e de participação
aos bens produzidos pela humanidade. E para que seja assegurado, a cada cidadão
esse direito de estar, ser e pertencer, é preciso que se garanta, acima de tudo o seu
direito a uma educação de qualidade. E esse é o papel social da escola
Para cumprir sua função social, a escola precisa considerar as práticas de
nossa sociedade, sejam elas de natureza econômica, política, social, ética ou moral,
mas também deve contar com o ap público e de outros segmentos sociais.
Uma sociedade sonhada, onde haja acesso e igualdade de condições,
precisa superar dualidades estruturais. A escola é importante meio que irá manter ou
superar tais dualidades. Para uma sociedade mais justa é preciso que a escola, em
seus processos pedagógicos, garanta ao aluno a formação articulada ás
capacidades produtiva e criativa, promovendo o conhecimento em um espaço
democrático que dê conta (ou ao menos tente) de superar o individualismo
competitivo e a fragmentação social.
8.3. Concepção de Avaliação
A avaliação, que além de ser uma atividade prática é, sobretudo tudo uma
questão ética, deve ser entendida como um dos aspectos do ensino pelo qual o
56
professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho,
com a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos
alunos, bem como diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valor; assim, a
avaliação deve proporcionar dados que permitam ao professor e à escola promover
reformulação dos conteúdos, metodologias e instrumentos, além de permitir ao
docente, a permanente revisão de sua prática pedagógica. A partir dessa visão, em
que educar é formar e aprender é construir o próprio saber, a avaliação assume
dimensões abrangentes. Portanto, avaliar sob essa perspectiva, não se reduz
meramente a atribuição de notas. Seu sentido se amplia em apurar em que medida
os alunos estão alcançando os objetivos propostos para a consecução do processo
ensino – aprendizagem, possibilitando acompanhar os avanços e dificuldades dos
alunos , visando o redirecionamento do trabalho se necessário e,
conseqüentemente, o aperfeiçoamento da prática pedagógica.
A avaliação deve refletir o desenvolvimento do aluno e considerar as
características individuais deste, no conjunto dos componentes curriculares
cursados com preponderância dos aspectos qualitativos sobre os dados obtidos
quantitativamente.
A avaliação deverá ser realizada em função dos conteúdos curriculares,
utilizando métodos e instrumentos diversificados, claros e coerentes com as
concepções e finalidades educativas expressas na Lei nº 9394/96, Lei de diretrizes e
bases da educação nacional, no P.P.P. do Colégio e evidenciado nos Planos de
Ação Docente de todos os professores. O que pretendemos, é uma avaliação das
aprendizagens dos educandos, (na medida em que lhe é solicitado um papel ativo
em seu processo de aprender) que implique numa proposição de avaliação marcada
pela lógica da inclusão, do diálogo, da construção da autonomia, da mediação, da
participação, da construção da responsabilidade com o coletivo da escola e da
sociedade. Onde a avaliação seja um instrumento voltado para o processo ensino
aprendizagem, em favor do desenvolvimento do aluno para que se evidencie se de
fato houve a partilha e a construção do conhecimento de todos os envolvidos.
A escola deve promover atividades que desenvolvam habilidades cognitivas,
tais como: a capacidade de analisar, comparar, selecionar, produzir, argumentar,
favorecer projetos alternativos, promover atividades de reflexão, visando
57
desenvolver a autonomia intelectual do aluno e o espírito crítico com consciência,
conseqüência e responsabilidade.
Desta forma é que a individualidade do aluno e o seu domínio dos conteúdos
necessários devem ser assegurados nas decisões sobre o processo de avaliação,
preponderando os aspectos “qualitativos” de aprendizagem em processo contínuo,
permanente e cumulativo.
Para a avaliação serão utilizados vários instrumentos: identificações,
comparações, análises, produções, interpretações, sínteses, reestruturação de
textos, aplicação de conhecimentos, esquemas, expressões de opiniões,
levantamento de hipóteses, construções de questões, participações no grupo,
exposições de trabalhos, pesquisa de campo e bibliográfica, participação em
debates, discussões, seminários, palestras, atividades extra classe, observações
com relatórios, auto-avaliações, exames, entre outros. Devem fazer parte integrante
dos processos avaliativos, por parte de todos, o equilíbrio entre equidade e
qualidade de forma que não se utilize, em nome dessa premissa, o nivelamento por
baixo, dos conhecimentos, pois se avaliação deve estar sempre a serviço de quem
aprende, é imprescindível também, que através dessa mesma avaliação, se avalie a
qualidade humana e intelectual de quem ensina, assegurando, em cada caso a
qualidade da aprendizagem que é construída.
58
9.MARCO OPERACIONAL
FORMAÇÃO CONTINUADA
Um trabalho pedagógico de qualidade sustenta-se, concretiza-se e
aperfeiçoa-se através de seus profissionais, pois se reconhece no professor um
sujeito que pensa, cria, produz e trabalha com o conhecimento, valorizando assim,
sua ação reflexiva e sua prática.
Portanto, faz-se necessária uma política institucional que assegure a
capacitação de professores para atuarem de forma integrada, articulando os
conteúdos da Base Nacional Comum com os da Base Técnica de Formação
Específica, envolvendo também os demais profissionais que atuam no curso,
estabelecendo a Escola também como espaço formativo do professor.
Considerando que a concepção educacional passa pelo entendimento do
ensino integrado, deve-se garantir a participação dos profissionais em cursos que
abordem tal concepção, bem como promovê-los e oferecer materiais necessários,
pois, para garantir que a escola seja um ambiente culturalmente rico, é preciso
equipá-la com livros atualizados e recursos audiovisuais, laboratórios, tecnologias,
etc.
Aperfeiçoar o educador deverá ser um modo de auxiliá-lo a adquirir uma
atitude crítica frente ao mundo, de tal forma que o habilite a agir junto a outros seres
humanos, num processo efetivamente educativo, orientando o desenvolvimento
integral do educando.
A proposta desta Escola é também a de agregar o máximo possível a hora
atividade dos professores por área e série, de forma que se possa utilizar e otimizar
tais horários para o aprofundamento das discussões iniciadas com a construção
deste Projeto Político Pedagógico, e de outras que possam surgir durante o ano
letivo, tal como o processo ensino-aprendizagem, o espaço-tempo, áreas do
conhecimento, dificuldades de aprendizagem, encontrada por alguns alunos, etc.
Os temas a serem debatidos são variados, podendo se partir dos problemas
emergentes do cotidiano ou de temas educacionais mais amplos. Em qualquer um
dos casos, é necessário que este trabalho ajude a equipe a relacionar o projeto
59
específico da escola e a prática na sala de aula, integrando as questões particulares
no todo e vice-versa. É fundamental que todas as discussões realizadas resultem
em propostas de ações, portanto, os registros deste trabalho são importantes
instrumentos para pensar e avaliar a prática educativa.
Outra questão que vem sendo tratada na e em forma de formação
continuada do professor, dada a sua importância, é a busca da superação entre
teoria e prática, quando a Escola tem buscado espaços para, junto ao seu corpo
docente, ler , analisar, relacionar e utilizando-se das Diretrizes Curriculares do
Estado do Paraná, interpretando-as e utilizando o currículo por disciplina,
possibilitando aos técnicos e professores uma maior interação favorecendo a
interdisciplinaridade e consequentemente maior aproveitamento pelos alunos ao
momento que fizerem a relação entre o saber e o fazer. A relação teoria e prática
permite entender a teoria como uma luz na escuridão, que ilumina, a cada momento,
um novo ângulo e de modo diferente, nos permitindo decifrar o espaço à nossa
volta, entendê-lo e compreende-lo. Como disse Frei Beto: “ a prática é, em última
instância, quem faz e refaz a teoria”, o professor de uma instituição de Educação
profissionalizante precisa aprender a fazer esse caminho, e para isso temos
procurado abrir espaços e antecipar estudos e discussões. Assim como a teoria é
feita de conceitos que são abstrações da realidade, a prática, em nosso
entendimento, é a construção da própria realidade. Portanto, na medida em que
voltamos nossos esforços na formação continuada, teórica e prática do professor é
por acreditarmos que esse profissional o quanto mais preparado mais contribuirá
para melhorar a qualidade da educação, visto que são as transformações das
pessoas que irão gerar as transformações sociais.
Conceber a formação continuada do professor é garantir também sua
participação de forma efetiva e qualitativa no projeto educativo da escola, uma vez
que essa participação decorre em grande parte de como acontece a produção e o
intercâmbio cultural no interior da Escola. São grandes os desafios que o
profissional da educação enfrenta em seus dia a dia, mas manter-se atualizado e
desenvolver práticas pedagógicas eficientes é um dos maiores, e para que isso se
efetive, a escola, a equipe pedagógica e de direção, todos devem buscar espaços e
formas, em todos os momentos.
60
Além das oportunidades internas, há ainda diversos momentos
oportunizados pela Secretaria de Estado da Educação, através do Núcleo Regional
de Educação em forma de: encontros itinerantes, grupos de estudos, Semanas
Pedagógicas as quais acontecem semestralmente, no início dos períodos letivos.
Um bom acervo de livros, vídeos, periódicos, jornais, revistas, CDs, DVDs,
etc..., é outra forma de mantermos os professores atualizados e motivados para
novas metodologias e novos encaminhamentos com fundamentação consciente e
consequente de sua prática docente.
Por fim, acreditamos que aliada a uma boa graduação, é essencial a
atualização e formação continuada em todo processo de atuação do profissional da
educação, ou seja, há a necessidade da permanente construção, desconstrução e
reconstrução do saber.
ORGANIZAÇÃO CURRICULAR INTEGRADO
O curso Técnico em Agropecuária na modalidade Integrado, privilegia a
organização curricular seriada, disciplinar e por conteúdos, composto pelas
disciplinas da base nacional comum e de formação específica, sendo ministrado em
tempo integral, com oferta em 3 anos e carga horária de 6.480 horas/aula, incluindo
o estágio orientado. Segue em anexo matriz curricular aprovada pelo CEE.
O curso Técnico em Meio Ambiente de nível médio, modalidade Integrado,
presencial, privilegia a organização curricular seriada, disciplinar e por conteúdos,
com quatro anos de duração.
ORGANIZAÇÃO CURRICULAR SUBSEQÜENTE
O curso Técnico em Agropecuária na modalidade Subsequente privilegia a
organização curricular semestral, disciplinar e por conteúdos, composto pelas
disciplinas de formação específica, e será ministrado em tempo integral com oferta
em três semestres e carga horária de 3.360 horas/aula, incluído o Estágio Orientado.
Segue em anexo matriz curricular aprovada pelo Conselho Estadual de Educação.
61
O curso Técnico em Meio Ambiente, na modalidade subsequente, privilegia
a organização curricular semestral, disciplinar e por conteúdos, compostos pelas
disciplinas de formação específica, e será ministrado no período noturno, com oferta
em três semestres e carga horária de 1.480 horas/aula, incluído o Estágio Orientado.
62
10. GESTÃO DEMOCRÁTICA
A partir de uma concepção de Gestão Democrática, o compromisso é de
trabalhar pela melhoria do ensino e pela democratização da escola, atendendo
às necessidades e propostas da comunidade escolar. Levando-se em
consideração que a escola é o local de partilha do conhecimento visto que, a
forma de inclusão de qualquer ser humano no contexto social, nos processos de
produção e dos bens culturais, é o conhecimento democratizado.
Conscientes de que a escola faz parte de um contexto maior, porém, inserida
numa comunidade concreta, cuja população tem expectativas a serem levadas
em conta, a comunidade escolar é chamada a participar na tomada de decisões,
ampliando os canais de participação através de suas instâncias.
O Diretor é o grande articulador das ações de todos os segmentos, o
condutor de projetos, aquele que prioriza as questões pedagógicas e que busca
motivar a todos na construção do trabalho educativo, estabelecendo relações
mais flexíveis e menos autoritárias entre educadores e educandos, de forma que
todos sintam-se responsáveis e comprometidos com as ações e pelas ações da
escola.
Visando melhorias, busca-se explorar possibilidades, respeitar e expandir
limites, estabelecer alianças e parcerias. Em conjunto, trabalha-se para resolver
mais adequadamente problemas como a democratização do acesso, a
permanência do aluno com sucesso durante todo o processo educativo, afim de
diminuir os níveis de reprovação e evasão, combatendo direta e incansavelmente
através de ações e medidas adequadas e imediatas. E num processo de diálogo
e alteridade, com base participativa de todos os segmentos da comunidade e do
colegiado é que se media a tomada de decisões e garante o acesso ao ensino
integrado.
Fazem parte do processo coletivo da Gestão Democrática:
Conselho Escolar é um órgão ligado à Direção, cujo objetivo é
discutir e auxiliar no desenvolvimento da escola. Visa a qualidade de
ensino através de uma educação transformadora que prepare o aluno
para o exercício pleno da cidadania.
63
O Conselho Escolar é constituído por representantes dos segmentos
da comunidade escolar.
É um conselho que se coloca bem atuante e participativo dentro do
Colégio, auxiliando nas tomadas de decisões, na análise de questões
do interesse de alunos, professores, funcionários e equipe diretiva. As
reuniões acontecem a cada dois meses, ordinariamente, conforme
regimento próprio, ou extraordinariamente de acordo com a
necessidade do Colégio, sempre nas dependências da escola e são
abertas a todos os pais.
A Associação de Pais, Mestres e Funcionários é um órgão
formado não somente por pais, mas também com a participação de
toda a comunidade escolar, onde aqueles envolvidos no processo são
igualmente responsáveis pelo sucesso da educação. Objetiva dar
apoio à Direção, primando pelo entrosamento entre pais, alunos,
professores, funcionários e toda a comunidade, através das
atividades sócio-educativas, culturais e desportivas.
A APMF é regida por estatuto próprio. Os membros, eleitos por
processo democrático de voto direto.
O Grêmio Estudantil : Se pretendemos formar pessoas
capazes de assumirem papéis relevantes na sociedade
contemporânea com capacidade para provocar e/ou operacionalizar a
mudanças necessárias, e não apenas como coadjuvante; se
queremos pessoas que se auto -determinem, se auto-organizem,
sejam empreendedoras e tenham a capacidade de serem donas de
seus próprio destinos, com autonomia e discernimento, é fundamental
que a Escola dê aos seus estudantes espaço para essa auto-
organização, para as suas primeiras discussões, pois se isto não for
uma prática em nossa juventude, não teremos, no futuro próximo,
cidadãos de direito e
de deveres, capazes de buscarem as soluções necessárias aos
problemas presentes e futuros. O Grêmio estudantil, é a instância
64
privilegiada para que os estudantes exercitem a participação e a
democracia, no ambiente escolar, o qual deverá estar representado,
por estudantes deste Estabelecimento de Ensino, conforme estabelece
a Lei nº 14436 de 22/06/2004, publicada no Diário Oficial nº 6756 de
23/06/2004, a qual assegura aos estabelecimentos de Ensino
Fundamental e Médio a organização de grêmios estudantis, como
entidades autônomas, representativas dos interesses dos estudantes,
com finalidades educacionais, culturais, cívicas, desportivas e sociais.
O grêmio estudantil deste Estabelecimento de Ensino, que atua de
forma consciente e organizada como órgão colegiado representativo de
todos os alunos regularmente matriculados, têm suas funções claras e
bem desempenhadas, cuja constituição é composta pelos seguintes
componentes, os quais foram eleitos por voto direto, através de
processo eletivo e democrático.
O Conselho de Classe é o órgão coordenador e avaliador da ação
educacional da escola. Composto por professores, técnicos, equipe
pedagógica, direção, equipe técnico-administrativa, e demais
representantes da comunidade escolar, o Conselho de Classe,
estabelece critérios para os trabalhos de acompanhamento,
avaliação e recuperação dos educandos, bem como discute a
prática pedagógica adotada na escola. Este conselho reúne-se
ordinariamente durante cada bimestre, com registro em ata, de
acordo com o Regimento Escolar.
O Centro Estadual de Educação Profissional Lysímaco Ferreira da Costa,
desenvolveu a partir de 2008, o projeto Conselho de Classe Participativo, no
qual resultou em mudanças na realização do mesmo. Esse formato de
Conselho Classe, inicia-se pelo Pré-Conselho o qual é feito com a participação
de alunos e o professor orientador da turma, onde os alunos relatam os
problemas vivenciados pelos alunos da turma.
65
11. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
A avaliação do Projeto Político Pedagógico deste estabelecimento de ensino
perpassa pela análise diagnóstica do Curso Técnico em Agropecuária e Técnico em
Meio Ambiente nas modalidades Integrado e Subseqüente. As formas de avaliação
são diferenciadas oportunizando construir, refletir e debater, centrando as
discussões na perspectiva da construção da aprendizagem de qualidade para todos
os alunos. Esta avaliação envolverá os diversos segmentos da escola, será
constante e terá como estratégias:
Reuniões para análise da compatibilidade do currículo com o
planejamento;
Análise dos dados de aprendizagem/aproveitamento escolar;
Atualização dos conhecimentos por parte dos docentes;
Participação dos docentes em simpósios, encontros, cursos, entre outros
eventos;
Adequação curricular exigida de mercado;
Rastreamento, de alunos egressos, no mercado de trabalho;
Acompanhamento e avaliação de estágios externos.
PROJETOS DESENVOLVIDOS
Considerar o aluno como pessoa em desenvolvimento biopsicossocial é ponto
de partida para que a escola proponha atividades que atendam essas necessidades
na elaboração dos conhecimentos científicos, na formação de valores e na
construção da cidadania.
Diante dessa idéia, várias ações didático-pedagógicas são oferecidas aos
alunos, dentre elas, destacam-se:
Projeto Valores Humanos:
Objetivo: Encorajar o comprometimento pessoal, seguido de plano de ação,
visando às dimensões moral e ética, como forma de despertar a consciência para
os direitos e responsabilidades.
Projeto Cidadania Consciente:
66
Objetivo: Valorizar a vida, a saúde, o bem estar, adotando ações de prevenção
ao abuso de álcool e outras drogas, como também, decidindo sobre a vivência
saudável e responsável de sua sexualidade.
Projeto Viver:
Objetivo: Desenvolver atitudes e hábitos saudáveis de respeito, de cidadania,
solidariedade, responsabilidade, leitura e reflexão, como forma de aumentar a auto-
estima, o convívio social e o sucesso nos estudos.
Projeto de Combate à Violência Moral (Bulling):
Objetivo: Repudiar qualquer forma de violência, em questão - a moral - por
compreender que a escola, além de um local de ensino, é uma escola cidadã, de
respeito aos direitos e deveres, de solidariedade e cooperação.
Projeto Proteção do Meio Ambiente:
Objetivo: Debater as questões sociais e ambientais da comunidade,
percebendo como ela se relaciona com o mundo, bem como, introduzir formas
alternativas de sustentabilidade.
Projeto Silvicultura
Objetivo: Produção de mudas de espécies florestais nativas para recuperação
de matas ciliares, além de funções didáticas para o aprendizado dos alunos.
Gincana Cultural e Desportiva:
Objetivo: Despertar o espírito de equipe na realização de tarefas culturais,
esportivas, intelectuais, artísticas e recreativas, desenvolvendo a liderança, a
criatividade e a cooperação.
Festa Junina:
Objetivo: Valorizar as tradições e festas populares e participar de momentos de
confraternização e de integração entre o corpo docente e discente.
67
Projeto de Hortas Escolares:
Objetivo: Levar conhecimentos específicos sobre a importância da criação de
hortas escolares nas Escolas Públicas Municipais do Município de Rio Negro, como
forma de melhoria e enriquecimento da merenda escolar e como conhecimento que
todos os alunos poderão levar e disseminar em suas famílias, melhorando a
qualidade de vida da população.
Participação em PROJETOS e CAMPANHAS:
Patrulha Escolar
Projeto FERA COM CIÊNCIA
JOCOPs
Projeto: Segundo Tempo
Aulas de violão.
Aulas de capoeira
Aulas de dança
Conquistando a Universidade ( Preparatório para o vestibular) (Viva Escola)
Projeto de Informática (Viva Escola)
Projeto de Jogos Cooperativos (Viva Escola)
Projeto “Xadrez na Escola”
Feiras do Conhecimento
Projeto “Hortas Escolares”.
Visitas
Museus
Mostras e exposições
Espetáculos de dança - Teatro Guaíra
Centro Paranaense de Referência em Agroecologia
Universidade do Litoral
Centro de Ciências e ....
Propriedades Rurais referenciadas
Cooperativas Agrícolas
68
Agroindústrias
Participação em “Dias de Campo”
EVENTOS DO COLÉGIO:
II Seminário da Juventude do Campo
Feira do Conhecimento
Festa Junina
Concurso do Garoto e Garota “Lysimaco”
Agro Arte e Ciência
CURSOS:
Segurança no Trabalho; (Sesi)
Bovinocultura (Senar)
Agricultura Familiar (Senar)
Artesanato (Senar)
Agrotóxicos (Senar)
Paraná Orgânico ( Seab)
Palestras
Palestras de formação para pais, alunos, professores e funcionários.
Reuniões individuais com pais para o acompanhamento do desempenho escolar
Reuniões com a comunidade escolar.
Palestras relacionadas à área de formação técnica: Apicultura, Segurança no
Trabalho Rural, Cooperativismo, Aquecimento Global, DST, Sustentabilidade,
Agroecologia, Empreendedorismo,
A educação que é a preparação de cada ser humano para a vida em
sociedade, deve ser acessível a todos, oportunizando o crescimento intelectual dos
alunos para a sua formação e que possibilite a compreensão dos conhecimentos
historicamente elaborados. Para isso deve existir uma escola autônoma,
participativa, inclusiva e que forme indivíduos críticos, responsáveis, participativos,
atuantes, conscientes, capazes, transformadores e aptos a exercerem a sua
cidadania.
69
12. REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica.
Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Médio.- Brasília: Ministério da Educação/
Secretaria da Educação Média e Tecnológica, 1999.
CADERNOS TEMÁTICOS: AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL. Thelma Alves de Oliveira
et al. – Curitiba: SEED – PR, 2004.
ENSINO MÉDIO INTEGRADO: CONCEPÇÕES E CONTRADIÇÕES.Gaudêncio
Frigotto, Maria Ciavatta, Marise Ramos (orgs.). – São Paulo: Cortez, 2005.
PILETTI, Nelson. Estrutura e Funcionamento do Ensino Médio. Ática. São Paulo,
2006.
PUSCH, Jaime. Ética e Responsabilidade Profissional. Cadernos do CREA PR n. 01
– 2a. Edição. Curitiba, 2005.
SEVERINO, Antonio Joaquim: O Projeto Político Pedagógico: a saída para a escola.
Revista da AEC. Brasília, v.27, nº 107, p.81 – 91, abr/jun/1998.
RIO NEGRO: ASPECTOS GERAIS. Prefeitura de Rio Negro PR/ Secretaria de
Turismo e Cultura. Rio Negro PR, 2005.
ÁLVARES , Méndez:, J. M., Avaliar para conhecer Examinar para excluir.Porto
Alegre: Artmed Editora, 2002.
70
MATRIZES CURRICULARES DO CURSO TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA:
Matriz Curricular – INTEGRADO AGROPECUÁRIA (EM FASE DE CESSAÇÃO)
DISCIPLINAS 1ª 2ª 3ª
Nº. total
horas/aula
BASE
NACI
ONAL
COM
UM
1 LINGUA PORTUGUESA 4 4 4 480 2 ARTES 2 80 3 EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2 240 4 MATEMÁTICA 4 4 4 480 5 FÍSICA 2 2 2 240 6 QUÍMICA 2 2 2 240 7 BIOLOGIA 3 2 3 320 8 HISTÓRIA 2 2 2 240 9 GEOGRAFIA 2 2 2 240 10 L. E. M.- INGLÊS 2 2 160 11 FILOSOFIA 2 80 12 SOCIOLOGIA 2 80
Sub - Total 25 24 23 2880
FOR
MAÇ
ÃO
ESPE
CÍFIC
A
13 ADMINISTRAÇÃO E
ECONOMIA RURAL
2 2 160
14 AGROINDÚSTRIA 2 2 160 15 SOLOS 2 2 160 16 ZOOTECNIA 2 2 2 240
17 CRIAÇÕES 3 3 3 360 18 HORTICULTURA 2 2 2 240 19 MECANIZAÇÃO AGRÍCOLA 2 2 160 20 PRÁTICA AGROPECUÁRIA 8 5 5 720
21 CULTURAS 2 2 3 280 22 IRRIGAÇÃO E DRENAGEM 2 80 23 TOPOGRAFIA 2 80
24 CONSTRUÇÕES E
INSTALAÇÕES RURAIS
2 80
25 EXTENSÃO RURAL 2 80 26 AGROECOLOGIA 2 80 27 FRUTICULTURA 2 80
28
INFORMÁTICA APLICADA À
AGROPECUÁRIA
2 2
160
Sub - Total 25 26 27 3120
TOTAL 50 50 50 6000
ESTAGIO ORIENTADO 480
Total geral de horas do curso 6480
71
Matriz Curricular – SUBSEQUENTE AGROPECUÁRIA (EM FASE DE
CESSAÇÃO)
DISCIPLINAS 1º S 2º S 3º S
nº total
horas/aula
1 ADMINISTRAÇÃO E ECONOMIA
RURAL
4 4 - 160 2 AGROINDÚSTRIA - 4 4 160 3 SOLOS 4 4 - 160 4 ZOOTECNIA 4 4 4 240
5 CRIAÇÕES 6 6 6 360 6 HORTICULTURA 4 4 4 240 7 MECANIZAÇÃO AGRÍCOLA 4 4 - 160 8 PRÁTICA AGROPECUÁRIA 10 8 6 480
9 CULTURAS 4 4 6 280 10 IRRIGAÇÃO E DRENAGEM - - 4 80 11 TOPOGRAFIA - 4 - 80
12 CONSTRUÇÕES E INSTALAÇÕES
RURAIS
-
-
4
80
13 EXTENSÃO RURAL - - 4 80 14 AGROECOLOGIA - - 4 80 15 FRUTICULTURA - - 4 80
16
INFORMÁTICA APLICADA À
AGROPECUÁRIA
4
4
- 160
17
MATEMÁTICA APLICADA À
AGROPECUÁRIA 3 - - 60
18 INICIAÇÃO CIENTÍFICA 3 - - 60
Sub - Total 50 50 50 3000
19 ESTAGIO ORIENTADO 360
TOTAL 3360
Total geral de horas/Rel. do curso 2800
72
Técnico em Agropecuária Integrado ( Implantação gradativa)
Matriz Curricular
Estabelecimento:
Município:
Curso: TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA
Forma: Integrada Implantação gradativa a partir do ano:
Turno: Período Integral
Módulo: 40 Organização: Seriada
DISCIPLINAS
SÉRIE
hora1ª T P 2ª T P 3ª P
T P T P T P
1 2 2 2 240 200
2 AGROINDÚSTRIA 2 80 67
3 ARTE 2 2 160 133
4 BIOLOGIA 2 2 2 240 200
5 EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2 240 200
6 FILOSOFIA 2 2 2 240 200
7 FÍSICA 2 2 2 240 200
8 FUNDAMENTOS DE AGROECOLOGIA 2 2 160 133
9 GEOGRAFIA 2 2 2 240 200
10 HISTÓRIA 2 2 2 240 200
11 HORTICULTURA 1 2 2 2 280 233
12 INFRAESTRUTURA RURAL 2 2 160 133
13 LEM: INGLÊS 2 80 67
14 3 3 3 360 300
15 MATEMÁTICA 3 3 3 360 300
16 PRODUÇÃO ANIMAL 2 2 3 3 400 333
17 PRODUÇÃO VEGETAL 1 2 3 3 360 300
18 QUÍMICA 2 2 2 240 200
19 SOCIOLOGIA 2 2 2 240 200
20 SOLOS 2 2 2 240 200
TOTAL34 6 40 0 40 0
4800 286740 40 40
ESTAGIO SUPERVISIONADO 2 2 160 133
Carga horária: 4800 horas/aula – 4000 horas mais 133 horas de Estágio Supervisionado
hora/ aula
ADMINISTRAÇÃO E EXTENSÃO RURAL
LINGUA PORTUGUESA E LITERATURA
73
13. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DO CURSO TÉCNICO EM
AGROPECUÁRIA – CONFORME ORDEM NA MATRIZ CURRICULAR.
AGROINDÚSTRIA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA:
O setor agroindustrial brasileiro não se diferencia dos demais setores da
economia, onde poucas empresas dominam a cadeia produtiva atual. Este modelo
industrial se fez surtir em nível de propriedade rural, especialmente a pequena e a
média, cuja produção dos chamados produtos coloniais era a base da economia,
especialmente embutidos, defumados, conservas e compotas. No entanto, todo este
conhecimento adquirido vem se perdendo ao longo dos anos.
Neste aspecto, a disciplina de Agroindústria tem como principal
responsabilidade a recuperação deste conhecimento, capacitando o Técnico em
Agropecuária para orientar, além da parte produtiva, a transformação dos produtos
de origem animal e vegetal. Ou seja, ele será um agente do fomento da
agroindústria familiar rural. Esta ação se insere em um ambiente favorável, através
dos programas de incentivo à agroindústria familiar rural, realizados pelo governo do
estado, especialmente através da associação de produtores.
A disciplina visa produzir um conhecimento efetivo, de significado próprio, que
busque a interdisciplinaridade e contextualização e que seja parte essencial na
formação cidadã de sentido universal, e não somente no sentido profissionalizante.
Neste sentido, a disciplina procura apresentar uma proposta que propicie não
somente o conhecimento técnico, mas um aprendizado útil para a vida e ao trabalho,
no qual o conhecimento, as competências, as habilidades e os valores
desenvolvidos sejam instrumentos reais de aprendizagem.
Igualmente conscientizar o aluno a compreender a importância da
agroindústria familiar rural como forma de agregar valores, contribuindo na
permanência da família no meio rural. Motivar os estudantes a aproveitar tudo o que
se produz no meio rural e na busca de novos subprodutos, que irão contribuir para
74
aumentar a renda familiar. Finalmente trabalhar os estudantes com a diversidade
cultural alimentar regional, para a melhoria da qualidade de vida dos integrantes da
família rural.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Indústria rural: importância sócio-econômica; fundamentos de higiene e
sanitização para manipulação dos alimentos, noções da conservação e
armazenamento, noções de processamento e industrialização, legislação aplicada a
produtos de origem animal e vegetal, serviços de inspeção municipal, estadual e
federal.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS:
1º BIMESTRE
Introdução à agroindústria de alimentos
Noções de microbiologia dos alimentos e doenças veiculadas por alimentos
Boas práticas de manipulação de alimentos:
Qualidade da água
Controle de pragas
Higiene e comportamento pessoal
Higiene do ambiente, das superfícies, utensílios e equipamentos
2º BIMESTRE
Tecnologia e processamento de produtos de origem vegetal:
Obtenção higiênica da matéria prima
Princípios da conservação de vegetais
Tecnologia do processamento mínimo de hortaliças
Caracterização e processamento de plantas condimentares e
aromáticas
Tecnologia e processamento para a desidratação de frutas e
75
hortaliças
Tecnologia e processamento de frutas e hortaliças apertizadas
Tecnologia e processamento de polpas e néctares
Tecnologia e processamento de geléias e doces em massa
Tecnologia e processamento de produtos de carnes e derivados
3º BIMESTRE
Tecnologia e processamento de produtos de carnes e derivados:
Estrutura dos músculos e tecidos anexos
Caracterização e composição química das carnes
Abate humanitário das espécies domésticas
Transformação do músculo em carne
Cortes cárneos
Rendimento do abate
Refrigeração e congelamento
Maturação e cura das carnes
Elaboração de produtos derivados, embutidos e defumados
Tecnologia do pescado:
Características gerais do pescado
Composição química e alterações post mortem
Resfriamento e congelamento
Noções de processamento de pescado
4º BIMESTRE
Tecnologia de ovos: características e aspectos nutricionais do ovo e
classificação
Tecnologia do mel:
Composição química do mel
Noções de processamento do mel
76
Análise para detecção de fraudes
Tecnologia do leite e derivados:
Obtenção higiênica da matéria prima
Composição química do leite
Características organolépticas
Microbiologia do leite
Análises do leite
Pasteurização: recepção, controle de qualidade, classificação e
padronização, homogeneização, envase e armazenamento
Tecnologia e processamento da manteiga
Tecnologia e processamento de queijos
Tecnologia e processamento de iogurte e bebida láctea
Tecnologia e processamento do doce de leite
Legislação aplicada a produtos de origem animal e vegetal
METODOLOGIA:
Considerando tratar-se de disciplina técnica, ela será desenvolvida através de
aulas teóricas e práticas.
As aulas teóricas se destinam a fornecer o embasamento necessário para ser
aplicado nas aulas práticas. Para isto serão utilizadas aulas expositivas com
recursos áudio-visuais, como TV Pen Drive, retro projetor, DVDs, programas
educativos da TV Paulo Freire, quando necessários. Além disso, serão utilizados
revistas, periódicos e artigos pertinentes aos temas.
A revisão geral de conhecimentos será realizada através de uma mesa
redonda, onde os alunos poderão debater e tirar as dúvidas referentes aos assuntos
que serão tratados na prova bimestral.
As aulas práticas se destinam ao aprimoramento do técnico, onde os alunos
poderão exercitar os conhecimentos adquiridos nas aulas teóricas. Serão
desenvolvidas nas rotinas diárias da Agroindústria e através de visitas técnicas em
indústrias ou propriedades onde se processem alimentos de origem animal e
vegetal.
77
AVALIAÇÃO:
Os alunos serão avaliados através de relatórios das aulas práticas, bem como
através de uma prova bimestral escrita, com os conteúdos trabalhados ao longo de
cada bimestre, além de uma avaliação individual por parte do professor,
considerando a participação e frequência de cada aluno e o interesse demonstrado
ao longo das atividades práticas.
Além disso, será realizada uma recuperação paralela no caso do aluno não
atingir as médias mínimas necessárias, proporcionadas através de uma nova
avaliação escrita, visando recuperar o aprendizado.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
BRESSAN, Maria C. ABREU, Luiz Ronaldo. Os alimentos de Origem Animal.
Lavras: UFLA/FAEPE, 1999. 65p.
VALLE, Roberta H. P. CARVALHO, Eliana P. Controle de Qualidade Relacionado
aos Alimentos. Lavras: UFLA/FAEPE, 1999. 137p.
ABREU, Luiz Ronaldo. Tecnologia de Leite e Derivados. Lavras: UFLA/FAEPE,
1999. 215p.
ORDÓNES, Juan A. Tecnologia de Alimentos Volume 1. Porto Alegre: Artmed,
2005. 294p.
ORDÓNES, Juan A. Tecnologia de Alimentos Volume 2. Porto Alegre: Artmed,
2005. 279p.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Departamento de
Ensino Profissional: Livro Público Didático Biologia. 2006. 272p.
Sites de Interesse:
http://www.ctaa.embrapa.br
78
http://www.emater.pr.gov.br
http://www.portaldoagronegocio.com.br
http://www.paginarural.com.br
ARTE
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A arte tem importância em si mesma, como assunto objeto de estudo, devido a
função que ocupa na vida das pessoas e na sociedade, o que a torna um dos fatores
essenciais no processo de humanização do homem, pois este, como criador, se
transforma e transforma a natureza, produzindo novas maneiras de ver e de sentir.
A arte desenvolve no aluno a percepção e a sensibilidade através do trabalho
criador, da aproximação dos conhecimentos artísticos e do contato com a produção
cultural existente.
É fundamental que, através da disciplina Arte, os alunos possam dar
continuidade aos conhecimentos práticos e teóricos sobre arte, apreendidos em
níveis anteriores em sua vida cotidiana, ampliando assim, seus saberes sobre
produção, apreciação e história expressas em música, artes visuais, teatro e
também artes audiovisuais.
METODOLOGIA
Os assuntos trabalhados deverão ser contextualizados, os métodos educativos
e pedagógicos conduzirão os alunos a apreciarem e analisarem os conteúdos de
arte. Os encaminhamentos visarão ajudar os alunos na apreensão viva e
significativa de noções e habilidades culturais em arte.
São a respeito de produções artísticas pessoais e apreciações estéticas ou
análises mais críticas de trabalhos em arte, nas diversas modalidades (artes visuais,
música, teatro, artes audiovisuais).
Replanejar o trabalho a partir dos resultados apresentados pelos alunos,
organizar o roteiro (tempo, espaço, material) para atender as diversidades da classe.
79
Articular os conteúdos com a realidade, criar situações para que os alunos se
conscientizem de seus progressos e dificuldades. Promover debates com o objetivo
de estimular o desenvolvimento do espírito crítico do aluno e também desenvolver a
linguagem e a fluência verbal.
Atuar, observar e criticar são ações fundamentais para a formação da
personalidade do aluno, nas quais adquire ao mesmo tempo domínio da linguagem
gestual e verbal.
AVALIAÇÃO
Os trabalhos realizados pelos alunos tais como: textos, relatórios, desenhos,
composição com gravuras, fantoche e outros, serão avaliados quanto a
apresentação estética, organização, criatividade, limpeza da obra, conteúdo. A
avaliação será organizada com a soma de todos estes elementos fechando uma
nota para cada atividade realizada, também será feita uma auto-avaliação com a
turma.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
História da Arte; Estudo sobre os fatos; Produção e função do fato artístico; A
história no fato artístico: visual, musical, cênica, cultura geral; o folclore brasileiro,
com ênfase em aspectos regionais; festas juninas e festas populares em geral;
origami (dobradura de papel); reciclagem de papel; Dramatização de declamatória;
Improvisação de temas do dia-a-dia (incêndio, bombardeio, naufrágio, os cegos,
procissão, feira, leilão, enterro, casamento e espetáculos em geral); Danças e
folguedos; Sessões culturais (murais varais literários, exposições de objetos de
arte); Concursos de poesia, canto e teatro; Concurso de charadas; Escultura (em
madeira, pedra, argila e ferro); Definição de interpretação de uma peça através da
mímica; Teatro de sombras (slide, papel transparente, nylon, celofane, celulóide);
Teatro de fantoches;Teatro de máscaras; Jornal falado; Coral falado; Música;
Topônimos; Festejos agropecuários regionais–aspectos sócio-culturais.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
80
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio. Arte.
2006. 336p.
_____________________________________. Departamento de Ensino Médio.
Diretrizes Curriculares de Arte. 2005. 14p.
BIOLOGIA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
No mundo atual, a exploração indevida da natureza pelo homem e a
hipertrofia da sociedade de consumo vêm acarretando alterações profundas e
drásticas na biosfera. Tal situação está criando um estado de alerta em relação a
dois grandes problemas de nosso tempo: a poluição e a degradação da natureza.
Esses problemas vêm ocupando cada vez mais a atenção de cientistas, educadores,
políticos e da população em geral. Desse modo, a Biologia está exercendo um papel
extremamente importante dentro do conjunto do conhecimento humano.
Verifica-se que os diferentes setores da sociedade vêm, aos poucos, se
conscientizando de seus papéis e de suas responsabilidades na preservação da
natureza. Em seu livro “Antes que a natureza morra”, o professor Jean Dorst
assinala: “... é necessário, no fundo, reconciliar o homem com a natureza, persuadi-
lo a assinar um novo pacto com ela, pois ele será o primeiro beneficiado. Esse
problema deve ser resolvido globalmente; sua solução permitirá a sobrevivência do
mundo selvagem numa parte do planeta e, simultaneamente, permitirá que o homem
recupere o equilíbrio material e moral que atualmente está faltando. Fará também
com que possa realizar seu próprio destino e preservar, nas melhores condições, um
patrimônio cultural que só a ele pertence.”
Dentro de tal contexto, o conhecimento da Biologia, com todas as suas
divisões, é de fundamental importância no contexto atual e, de modo específico,
num curso técnico em agropecuária onde, na busca da formação do homem,
espera-se, através dela, a reconciliação do homem com o meio onde vive.
81
É objeto de estudo da Biologia o fenômeno vida em toda a sua diversidade de
manifestações. Esse fenômeno se caracteriza por um conjunto de processos
organizados e integrados, quer no nível de uma célula, de um indivíduo ou ainda de
organismos no seu meio. As diferentes formas de vida estão sujeitas a
transformações que ocorrem no tempo e no espaço, sendo, ao mesmo tempo,
transformadas e transformadoras do ambiente.
O conhecimento do campo da Biologia deve subsidiar a análise e reflexão de
questões polêmicas que dizem respeito ao desenvolvimento, ao aproveitamento de
recursos naturais e a utilização de tecnologias que implicam em intensa intervenção
humana no ambiente, levando-se em conta a dinâmica dos ecossistemas, dos
organismos, enfim, o modo como a natureza se comporta e a vida se processa.
Cabe ressaltar qual é o papel da ciência e da sociedade como pontos
articuladores entre e realidade social e o saber científico. Cabe aos seres humanos,
enquanto sujeitos históricos atuantes num determinado grupo social, reconhecerem
suas fragilidades e buscarem novas concepções sobre a natureza que os levem a
quebrar esses paradigmas impostos pelo modo de produção capitalista. É preciso
que esses sujeitos percebam que sua sobrevivência, enquanto espécie, depende do
equilíbrio e do respeito a todas as formas de vida que fazem de nosso planeta, o
maior ser vivo conhecido.
Assim sendo, o ensino da Biologia deve contemplar as seguintes
competências e habilidades:
-DESENVOLVER nos educandos o entendimento dos conteúdos de Biologia em
continuidade aos conhecimentos por eles adquiridos no ensino fundamental;
-PROMOVER a interdisciplinaridade dos conteúdos de Biologia com os conteúdos
das demais áreas do conhecimento, possibilitando uma visão mais ampla do meio
no qual está inserindo e dos fenômenos que nele ocorrem;
-APRIMORAR nos alunos o senso de observação dos fenômenos biológicos em
situações do cotidiano, de modo específico na sua área de formação, justificando-os
frente aos conhecimentos desenvolvidos na disciplina;
82
-INSTRUMENTALIZAR o educando na busca de soluções para os problemas que
envolvam os conhecimentos de Biologia, de forma crítica, científica e criativa;
-DESENVOLVER no educando noções básicas de ética e cidadania, por meio de
trabalhos diversos realizados intra e extra-classe e referendados nos temas
transversais propostos pela atual LDB;
-DIRECIONAR o processo ensino-aprendizagem à preparação dos educandos para:
a) o mercado de trabalho no setor primário da economia nacional; b) à
implementação de projetos de pesquisa dentro do rigor do método científico; c) à
comunicação dos resultados de sua pesquisa, dentro dos padrões estabelecidos
pelas normas técnicas vigentes e d) à continuidade de seus estudos no terceiro
grau, se esta for sua opção.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ORGANIZAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DOS SERES VIVOS:
-Organização celular e molecular;
-Divisão celular;
-Histologia
-Os seres vivos e o ambiente
-Programa de saúde
BIODIVERSIDADE:
-Biomas terrestres e aquáticos
-Ecossistemas
-Ciclos biogeoquímicos
-Desequilíbrio ambiental urbano e rural
PROCESSO DE MODIFICAÇÃO DOS SERES VIVOS:
83
-Origem e evolução da vida
-Origem das espécies
-Genética
-Embriologia
-Fisiologia comparada
IMPLICAÇÕES DOS AVANÇOS BIOLÓGICOS NO CONTEXTO DA VIDA:
-Ciência e saúde
-Pesquisas científicas biológicas
-Bioética
-Biotecnologia
METODOLOGIA
Por se tratar de um curso de ensino médio, com formação técnica, serão
desenvolvidos com os alunos os conhecimentos sistematizados pelo homem no
decorrer de seu processo de evolução, procurando relacionar tais conteúdos, com
aqueles desenvolvidos nas disciplinas técnicas do curso.
O desenvolvimento desses conteúdos em sala de aula, obedecerá ao
cronograma definido nesse documento, que por sua vez, obedece à ementa de
conteúdos solicitada pela Secretaria de Educação do Estado do Paraná. Alterações
são possíveis e são prováveis, em função do grau de dificuldade de cada tópico
proposto, do comprometimento da comunidade escolar, das características
particulares do curso, da turma e/ou de cada educando.
As aulas serão, em sua maioria, expositivas e dialogadas. Sempre que
possível e/ou necessário, diferentes recursos e estratégias serão empregados, tais
como os recursos audiovisuais (retroprojetor, vídeo, DVD, Internet, etc.), além do
material didático e paradidático; acervo da biblioteca do professor; Portal Dia-a-dia
da Educação; o Plano Político Pedagógico (PPP) do CEEP. Também dentro das
possibilidades de recursos físicos, materiais e de calendário, serão desenvolvidas
atividades práticas e projetos de pesquisa, obedecendo as características do método
84
científico, numa visão Kuhniana de Ciência e que terão sempre caráter
interdisciplinar.
Ocasionalmente, no decorrer do ano letivo, serão tratados assuntos
referentes à Ética e Cidadania, numa abordagem caracterizada em CT&S (Ciência,
Tecnologia e Sociedade).
AVALIAÇÃO
Esta deverá ser permanente e executada em todo o decorrer do processo,
abrangendo os aspectos cognitivo e emotivo do aluno. A avaliação se fará por meio
de provas e trabalhos mensais, bem como da elaboração, implementação e
documentação de um projeto de pesquisa que será desenvolvido por equipes de
alunos no decorrer de todo o ano letivo. Considerar-se-á ainda a freqüência e a
participação do aluno nas atividades intra e extra-classe.
A média bimestral será obtida pela somatória de todas as notas atribuídas ao
aluno, excluído o pior resultado por ele obtido – consistindo isso um critério de
recuperação paralela bimestral adotado pelo professor, em consenso com os alunos
sob sua responsabilidade pedagógica . Se necessário for, um novo instrumento de
recuperação paralela poderá ser aplicado aos alunos que ainda não tenham
alcançado a média mínima no bimestre em curso.
O resultado desse algoritmo é então dividido pelo número de avaliações
realizadas no período e consideradas na somatória inicial e terá peso 9,0 (nove).
Será considerada ainda uma nota de campo que, na média final de cada bimestre,
terá peso 1,0 (hum).
REFERÊNCIAS
AMABIS, José M. e MARTHO, Gilberto R. Biologia. São Paulo: Moderna, 2004. 3
vols.
BIZZO, N. Manual de Orientações Curriculares do Ensino Médio. MEC, Brasília,
2004.
85
FRIGOTTO, Gaudêncio e CIAVATTA, Maria. Ensino Médio: ciência, cultura e
trabalho. Secretaria da Educação Média e Tecnológica – Brasília: MEC, SEMTEC,
2004.
KRASILCHIK, Myriam. O professor e o currículo das ciências. São Paulo: Editora
da USP, 1987.
PAULINO, Wilson R. Biologia.. São Paulo: Ática, 2006. vol. Único. 464p.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Departamento de
Ensino Médio. Texto elaborado pelos participantes do I e II Encontro de Relações
(Im) pertinentes. Pinhais (2003) e Pinhão (2004)
_______. Departamento de Ensino Médio – Semana Pedagógica: Orientações
Curriculares. Biologia: Junho/2005
_______. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Profissional.
Educação Profissional na Rede Pública Estadual – Fundamentos Políticos e
Pedagógicos/ versão preliminar, 2005.
_______. Departamento de Ensino Médio. Livro Didático Público. Biologia, 2006.
272 p.
EDUCAÇÃO FÍSICA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
De acordo com a dinâmica evolutiva podemos considerar a Educação Física
enquanto área de conhecimento com uma função social a cumprir no espaço
86
escolar. Essa função deve visar a consciência corporal resgatando historicamente a
cultura produzida pela sociedade ao se situarem na contemporaniedade.
A cultura corporal, como fundamento para o estudo e o ensino da Educação
Física possibilita a análise crítica das mais diversas práticas corporais é o caso da
educação das relações étnicos raciais que sugerem aprendizagens entre brancos e
negros, trocas de conhecimentos, quebra de desconfianças, projeto conjunto para
construção de uma sociedade justa e igual.
Combater o racismo, trabalhar pelo fim da desigualdade social e racial não
são temas único e exclusivamente da escola e da Educação Física, mas passam por
elas.
A Educação Física tem uma função social a cumprir no espaço escolar. Essa
função deve visar à consciência corporal, resgatando historicamente a cultura
produzida pela sociedade ao se situarem na contemporaniedade.
Para tanto faz-se necessário possibilitar ao educando assumir uma postura
ativa na prática de atividades físicas, consciente da importância dela na vida do
cidadão. O educando poderá ainda refletir sobre as informações específicas da
cultura corporal, sendo capaz de discerni-las e reinterpretá-las em bases cientificas.
Poderá reconhecer ainda práticas pacíficas e maneiras de crescimento
coletivo, dialogando, refletindo e adotando uma postura democrática sobre
diferentes pontos de vista. Vivenciar e compreender as diferentes manifestações da
cultura corporal, reconhecendo as diferenças de desempenho, linguagem e
expressão.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
A consciência e suas manifestações: auto estima; o corpo e sua historicidade,
o corpo e sua historicidade; o corpo biológico: constituição óssea, constituição
muscular e articulações; o corpo e a cinestologia: definição, o movimento muscular,
o movimento de alavanca no trabalho agrícola: o corpo e a fisiologia: funcionamento
ósseo e muscular; construção e relacionamento, lesões, comunicação corporal entre
os indivíduos e os grupos sociais, condicionamento físico: esporte e educação física
para todos, rendimento esportivo, performance, exercícios físicos, aptidão física:
87
definição e conceito, educação física e faixa etária, treinamento precoce e suas
implicações, exercício x envelhecimento, riscos e intolerância ao exercício,
obesidade, exercício e dietas, exercícios físicos e esporte: atividades rítmicas,
danças, jogos e brincadeiras, ginástica, esportes, fundamentos das técnicas
esportivas, sistemas de jogos e adaptação de regras das seguintes modalidades
esportivas: atletismo, basquetebol, futebol, handebol, voleibol, tênis de mesa,
xadrez. Interpretação dos fenômenos culturais produzidos historicamente em áreas
como o esporte, a dança os jogos, as atividades corporais, o lazer e a ginástica.
Estudo das práticas corporais da cultura negra. Brincadeiras da cultura africana e
suas manifestações corporais.
METODOLOGIA
Os conteúdos e jogos devem ser trabalhados de uma forma em que sejam
levantadas suas raízes históricas e evolução histórica.
As atividades teóricas poderão ser por meio de debates, relatórios,
exposições de trabalhos.
As aulas práticas serão com jogos de ajuda, coletivos, individuais,
exploração da corporalidade. Construção de jogos adaptados e com regras criadas
pelos próprios alunos.
As atividades em grupos serão exploradas as várias possibilidades de movimentos
que lancem desafios e estimulem a criatividade.
AVALIAÇÃO
Será qualitativa, cumulativa e continua principalmente o crescimento do
educando, respeitando a individualidade de cada um contextualizando os assuntos
trabalhados com a autonomia e a criticidade demonstrada pelo educando durante as
aulas práticas e nos debates realizados acerca de assuntos da atualidade que visem
o corpo e a corporeidade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
88
SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Departamento de
Ensino Médio: Educação Física. 2006.232 p
ORIENTAÇÕES CURRICULARES. Departamento de Ensino Médio. Semana
pedagógica de Educação Física. 2006, 11p
SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO DO Paraná. Departamento de Ensino
Médio: Diretrizes Curriculares de Educação Física, 2006.
FILOSOFIA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
No Brasil, a filosofia enquanto disciplina figura nos currículos escolares
desde o ensino jesuítico, ainda nos tempos coloniais era entendida como formação
moral e intelectual sob os cânones da Igreja católica e do poder cartorial local.
Com a República, a filosofia passou a fazer parte dos currículos oficiais,
porém, essa presença não significou um movimento de crítica a configuração social
e política brasileira, que nesse período oscilou entre a democracia formal, o
populismo e a ditadura.
Com a lei 4.024/61, a filosofia deixa de ser obrigatória e, sobretudo com a lei
5692/71, em pleno regime militar, o currículo não dá espaço para o estudo da
filosofia, o pensamento crítico deveria ser reprimido, bem como as possíveis ações
decorrentes.
A partir da LDB 9.394-94 o ensino de filosofia no nível médio começa a ser
discutido, embora a tendência das políticas curriculares oficiais seja de manter a
filosofia em posição de saber transversal às disciplinas do currículo.
Ao pensar o ensino de filosofia, é preciso definir o local onde é pensado, o que
pode ser ensinado, como ensinar e que sujeitos são esses ao qual esse ensino se
dirige. Isso nos permitirá pensar qual a filosofia será ensinada.
89
Essa diretriz ao pensar o ensino de filosofia faz ver que não há propriamente
ofício filosófico sem sujeitos democráticos e não há como atuar no campo político e
cultural, avançar e consolidar a democracia quando se perde o direito de pensar, a
capacidade de discernimento, o uso autônomo da razão. Quem pensa opõe
resistência.
METODOLOGIA
Quando se trata do ensino de filosofia é comum retornar a clássica questão a
respeito da cisão entre filosofia e filosofar. A filosofia na escola pode significar o
espaço da experiência filosófica, espaço de criação e provocação do pensamento
original, da busca da compreensão, da imaginação, da investigação e da criação de
conceitos. O que se espera é que o estudante, ao tomar contato com os problemas
e textos filosóficos possa pensar e argumentar criticamente.
O conjunto de princípios e o valor educativo atribuído à disciplina precisam ser
observados pelo professor no tratamento dos conteúdos.
A partir disso, procurar transformar o ensino de Filosofia em um questionamento,
desafio de perguntas, e ambiente de problematizacão.
O objetivo central dessa metodologia e o dialogo investigativo, que visa a
transformar os educandos em pequenas comunidades de investigação com atitudes
criticas, reflexivas, criativas e principalmente solidárias, relevantes no processo de
construção coletiva do conhecimento.
Para tanto, é necessário à valorização da troca e da comunicação entre o professor
e aluno, a construção do conhecimento coletivo, a transformação da sala de aula
num espaço de informação, pesquisa, criatividade e dialogo.
Problematizar os temas a partir de possíveis relações com a realidade dos
alunos, possibilitando a ele conhecer mais sobre o mundo, elaborando questões,
buscando respostas para a sistematização do conhecimento e a relação com sua
realidade.
AVALIAÇÃO
90
A avaliação deve ser vista principalmente como um instrumento que ajuda o
aluno a aprender, isto e, deve ser usada para promover a aprendizagem. É preciso
uma reflexão continua tanto das nossas ações quanto do caminho trilhado pelo
aluno na construção do conhecimento, o que nos revela que, tão importante quanto
avaliar, e tomar decisões diante dos resultados obtidos.
Como os alunos possuem ritmos e muitas outras características diferentes uns
dos outros, também devemos diversificar esses instrumentos de avaliação.
A partir da avaliação de caráter diagnostico tanto o educador quanto os
educandos poderão revisitar as praticas desenvolvidas ate então para identificar
lacunas no processo ensino – aprendizagem, bem como planejar e propor outros
encaminhamentos que visem à superação das dificuldades constatadas.
O aprendizado e avaliação poderão ser compreendidos como um fenômeno
compartilhado, que se dará de modo continuo, processual e diversificado, permitindo
uma analise critica das praticas que podem ser constantemente retomadas e
reorganizadas, desmistificando o currículo oculto tradicional que ressalta a
competição e o individualismo excessivos.
Conteúdos Estruturantes
Mito e filosofia;
Teoria do conhecimento;
Ética;
Filosofia política;
Estética e filosofia da ciência;
AVALIAÇÃO
Ao avaliar é importante considerar o conhecimento prévio e o potencial já
consolidado do aluno em desenvolvimento, as hipóteses e os domínios bem como
relacioná-las com as mudanças que ocorrem no processo de ensino aprendizagem.
Cabe ao professor identificar a evolução ou, o desenvolvimento do educando a partir
da construção do conhecimento e a conseqüente apreensão dos estudantes que
devem ser avaliados em forma contínua e cumulativa.
91
A avaliação deve ter um caráter diagnóstico e possibilitar ao educador avaliar o
seu próprio desempenho como docente, refletindo sobre intervenções didáticas e ou
possibilidades de como atuar no processo de aprendizagem dos alunos, não mais
em ser passivo diante dos conteúdos, mais um agente do conhecimento.
Dar condições ao professor de tomar decisões quanto ao aperfeiçoamento das
situações de aprendizagem proporcionando dados para reformulação dos conteúdos
e metodologia de trabalho.
Sendo diagnóstica, permanente e acumulativa, utilizando técnicas e instrumentos
diversificados, criando condições para que os alunos preocupem-se mais com
aplicações dos conhecimentos do que com a memorização.
Vale salientar que havendo necessidade de recuperar o conteúdo, haverá a
possibilidade da recuperação paralela, prevalecendo a maior nota atribuída. Assim
auxiliando o aluno e o estimulando a aprender.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Livro didático público de Filosofia – 2006
APPEL, E. Filosofia nos vestibulares e no ensino médio, 1999.
SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO DO Paraná. Departamento de Ensino
Médio: Diretrizes Curriculares de Filosofia, 2007.
FÍSICA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Física (do grego physis, natureza) é a ciência que se propõe a descrever e
compreender os fenômenos que se desenvolvem na natureza. Ela não é um
conjunto de conhecimentos completos e imutáveis; ao contrário, ela é algo que
92
cresce e também se modifica. Constantemente surgem novos campos de estudo e
fenômenos que aparentavam ser independentes, sem qualquer relação entre si,
passam a revelar-se como aspectos diferentes de um único fenômeno mais geral.
Originalmente, chamavam-se “físicos” todos aqueles que se dedicavam ao
estudo da natureza. Mais tarde, com o desenvolvimento do conhecimento, o campo
de atuação subdividiu-se em várias partes, que se tornaram capítulos separados da
Ciência. Temos assim, a Astronomia, a Biologia, a Química, etc.
É difícil definir com precisão o campo de atuação da Física, porque ela não
tem contornos bem delimitados e se encontra em constante evolução. Há algum
tempo dizia-se que a Física estudava os fenômenos da natureza não viva, nos quais
não houvesse grande participação dos aspectos químicos nem astronômicos. Esta,
porém, é uma definição muito aproximada e um pouco simplista. O que caracteriza a
Física não são tanto seus conteúdos, mas sim o método científico no qual ela se
fundamenta. O método experimental se baseia nas observações e nas experiências
e permite formular as leis físicas, habitualmente expressas por fórmulas
matemáticas.
Busca-se atualmente construir um ensino de Física centrado em conteúdos e
metodologias capazes de levar, aos estudantes, uma reflexão sobre o mundo das
ciências sob a perspectiva de que esta não é somente fruto da pura racionalidade
científica. Entende-se então que a Física deve educar para a cidadania, contribuindo
para o desenvolvimento de um sujeito crítico, capaz de admirar a beleza da
produção científica ao longo da história e compreender a necessidade dessa
dimensão do conhecimento para o estudo e o entendimento do universo e dos
fenômenos que o cerca. Mas também, que percebam a não neutralidade de sua
produção, bem como os aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais dessa
ciência, seu comprometimento e envolvimento com as estruturas que representam
esses aspectos.
Assim sendo, o ensino da Física deve contemplar as seguintes competências
e habilidades:
-DESENVOLVER nos educandos o entendimento dos conteúdos de Física em
continuidade aos conhecimentos por eles adquiridos no ensino fundamental;
93
-PROMOVER a interdisciplinaridade dos conteúdos de Física com os conteúdos das
demais áreas do conhecimento, possibilitando uma visão mais ampla, no educando,
do meio no qual está inserindo e dos fenômenos que nele ocorrem;
-APRIMORAR nos alunos o senso de observação dos fenômenos físicos em
situações do cotidiano, de modo específico na sua área de formação, justificando-os
frente aos conhecimentos desenvolvidos na disciplina;
-INSTRUMENTALIZAR o educando na busca de soluções para os problemas que
envolvam os conhecimentos de Física, de forma crítica, científica e criativa;
-DESENVOLVER no educando noções básicas de ética e cidadania, por meio de
trabalhos diversos realizados intra e extra-classe e referendados nos temas
transversais propostos pela atual LDB;
-DIRECIONAR o processo ensino-aprendizagem à preparação dos educandos para:
a) a compreensão dos fenômenos do universo; b) o seu crescimento como cidadão
consciente e participativo; c) a resolução de problemas no contexto de seu cotidiano
e d) ao preparo para o ingresso no curso superior e/ou no mercado de trabalho.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Os três conteúdos: MECÂNICA (Movimento), TERMODINÃMICA e
ELETROMAGNETISMO foram escolhidos como estruturantes porque indicam
campos de estudo da Física que, a partir de desdobramentos em conteúdos
pontuais, possam garantir os objetos de estudo da disciplina da forma mais
abrangente possível. Eles foram indicados a partir da história da Física enquanto
campo de conhecimento devidamente constituído ao longo do tempo, e o
entendimento, pelos professores, de que o ensino médio deve estar voltado à
formação de sujeitos que, em sua formação e cultura, agreguem a visão da
natureza, das populações e das relações humanas.
Além disso, os conteúdos desenvolvidos no âmbito do estudo do Movimento,
da Termodinâmica e do Eletromagnetismo permitem o aprofundamento, as
94
contextualizações e as relações interdisciplinares, os avanços da Física dos últimos
anos, a tecnologia disso decorrente e as perspectivas para o futuro.
Metodologia da Disciplina
Por se tratar de um curso de ensino médio, com formação propedêutica e ao
mesmo tempo preparatória para o curso superior, serão desenvolvidos com os
alunos os conhecimentos sistematizados pelo homem no decorrer de seu processo
de evolução, procurando relacionar tais conteúdos, com aqueles desenvolvidos nas
demais disciplinas do curso.
O desenvolvimento desses conteúdos em sala de aula, obedecerá ao
cronograma definido nesse documento, que por sua vez, obedece à ementa de
conteúdos solicitada pela Secretaria de Educação do Estado do Paraná. Alterações
são possíveis e são prováveis, em função do grau de dificuldade de cada tópico
proposto, do comprometimento da comunidade escolar, das características
particulares tanto do curso quanto da turma e/ou de cada educando.
As aulas serão, em sua maioria, expositivas e dialogadas. Sempre que
possível e/ou necessário, diferentes recursos e estratégias serão empregados, tais
como os recursos audiovisuais (retroprojetor, vídeo, DVD, Internet, etc.), além do
material didático e paradidático; acervo da biblioteca do professor; Portal Dia-a-dia
da Educação; PCNs e o Plano Político Pedagógico (PPP) do Colégio. Também
dentro das possibilidades de recursos físicos, materiais e de calendário, serão
desenvolvidas atividades práticas e projetos de pesquisa, obedecendo as
características do método científico, numa visão Kuhniana de Ciência e que terão
sempre caráter interdisciplinar.
Ocasionalmente, no decorrer do ano letivo, serão tratados assuntos
referentes à Ética e Cidadania, numa abordagem caracterizada em CT&S (Ciência,
Tecnologia e Sociedade).
AVALIAÇÃO
95
Esta será permanente e executada em todo o decorrer do processo,
abrangendo os aspectos cognitivo e emotivo do aluno. A avaliação se fará por meio
de provas e trabalhos mensais, bem como da elaboração, implementação e
documentação de um projeto de pesquisa que será desenvolvido por equipes de
alunos no decorrer de todo o ano letivo. Considerar-se-á ainda a freqüência e a
participação do aluno nas atividades intra e extra-classe.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AMALDI, Ugo. Imagens da Física. São Paulo: Scipione, 1995. 537 p.
BIZZO, N. Manual de Orientações Curriculares do Ensino Médio. MEC, Brasília,
2004.
FRIGOTTO, Gaudêncio e CIAVATTA, Maria. Ensino Médio: ciência, cultura e
trabalho. Secretaria da Educação Média e Tecnológica – Brasília: MEC, SEMTEC,
2004.
HALLIDAY, David e RESNICK, Jearl. Fundamentos da Física. 4 ed. Rio de
Janeiro: LTC, 1996. 3 v.
KRASILCHIK, Myriam. O professor e o currículo das ciências. São Paulo: Editora
da USP, 1987.
MÁXIMO, Antonio e ALVARENGA, Beatriz. Curso de Física. 3.ed. São Paulo:
Harbra, 1993. 3v.
.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Departamento de
Ensino Médio. Texto elaborado pelos participantes do I e II Encontro de Relações
(Im) pertinentes. Pinhais (2003) e Pinhão (2004)
96
_______. Departamento de Ensino Médio – Semana Pedagógica: Orientações
Curriculares. Física Junho/2005
_______. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Profissional.
Educação Profissional na Rede Pública Estadual – Fundamentos Políticos e
Pedagógicos/ versão preliminar, 2005.
_______. Departamento de Ensino Médio. Livro Didático Público. Física. 2006.
p.272 .
TIPLER, Paul A. Física para cientistas e engenheiros. 4. ed. Rio de Janeiro, LTC,
2000. v.1
FUNDAMENTOS DE AGROECOLOGIA.
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A disciplina agroecologia se justifica devido à necessidade atual de se
“produzir sem poluir” expandindo os conhecimentos dos alunos do Curso Técnico
Agropecuária munindo-os com ferramentas e técnicas de baixo risco ambiental e
buscando alternativas de desenvolvimento sustentável, ecologicamente correto.
Também se insere aqui, na Agroecologia, sua importância em melhorar as
condições socioeconômicas do homem do campo, bem como da saúde dos
consumidores de produtos agropecuários orgânicos, livres de resíduos de tóxicos
em sua constituição, além de mais nutritivos e saborosos ao paladar humano.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / BÁSICOS:
97
Conceito e importância; ecologia agrícola; biodiversidade; agricultura sustentável;
agricultura orgânica; adubação orgânica; manejo de resíduos orgânicos;
compostagem; biodinâmica; controle biológico de pragas e doenças. Legislação:
certificação ambiental, legislação ambiental.
Conteúdos
-Agroecologia – conceito e importância;
-Biodiversidade;
-Problemas ambientais;
- Queimadas, erosão, desmatamento, poluição por agrotóxicos;
-Agricultura sustentável;
-Conceito;
-Histórico;
-Correntes;
-Agricultura orgânica;
-Olericultura;
-Fruticultura;
-Grandes culturas;
-Adubação orgânica;
-Manejo de dejetos;
-Origem animal e origem vegetal;
-Compostagem;
-Controle biológico de pragas e doenças;
- Legislação: certificação de produtos orgânicos, legislação ambiental.
METODOLOGIA
Utilização de textos selecionados; pesquisas de sites confiáveis da internet;
questões para estudo dirigido, trabalhos em equipe, apresentação TV–Pendrive e/ou
Data-Show, aulas expositivas (giz e quadro) diálogo com os alunos; realização com
os alunos de: leitura, sínteses, resumos, resenhas, análise de filmes / documentários
98
pertinentes à temática de Agroecologia; preparo e aplicação de técnica
agroecológicas a nível de campo.
AVALIAÇÃO
Realizada mediante a produção de textos, assiduidade, participação
(diálogo) com o professor, servindo mais para “melhorar o desempenho do
estudante e não somente examinar o quanto sabe em função de produção de um
resultado”.
O trabalho sério do avaliador é “melhorar constantemente, persistentemente,
o que o aluno já adquiriu. É importante analisar a atividade crítica” a capacidade de
síntese e a elaboração pessoal dos alunos.
O objetivo da avaliação sempre será visando o pleno desenvolvimento da
pessoa, seu preparo para a cidadania, sempre atuando qualitativamente do que
quantitativamente.
Buscar-se-á estar avaliando continuamente e cumulativamente para o
melhor desenvolvimento dos alunos.
Instrumento de avaliação:
Possibilidade de se realizar 05 trabalhos / e / ou atividades didáticas por
bimestral valendo1, ponto cada e uma prova valendo 5,0 pontos, perfazendo 10,0
pontos.
Recuperação:
Deve privilegiar a recuperação de conteúdos em que o aluno tenha ficado
em defasagem (explicação do conteúdo) e avaliação diferenciada.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAPORAL, Francisco Roberto; COSTABEBER, José Antônio; PAULUS, Gervásio.
Agroecologia. Matriz disciplinar ou novo paradigma para o desenvolvimento
99
rural sustentável. Brasília (DF). Abril de 2006. Disponível em:
http://www.agricultura.gov.br/. Acessado em: 19/02/2010
GUTERRES, Ivani. Agroecologia militante: contribuições de Enio Guterr/Ivani
Guterres. 1ª ed. Editora Expressão Popular. São Paulo – SP. 2006. Disponível
em: http://www.agricultura.gov.br/. Acessado em: 19/02/2010
EHLERS, Eduardo. Agricultura Sustentável. Ed. Agropecuária, 1999, p. 52 a 56.
Meio Ambiente/Ecologia. História da Agricultura Orgânica. 31/08/2008.
Disponível em: http://www.agricultura.gov.br/. Acessado em: 19/02/2010
KHATOUNIAN, Carlos Armênian. A Reconstrução Ecológica da Agricultura.
Botucatu: Agroecológica, 2001.
MEIRELLES, Laércio Ramos; RUPP, Luis Carlos diel. Coord. Cartilha Agricultura
Ecológica – Princípios Básicos. Secretaria da Agricultura Familiar. Ministério
Desenvolvimento Agrário. Centro Ecológico, março 2005. Disponível em:
http://jornalescolar.org.br/portal/images/PDF/cartilhaagricultura1.pdf. Acessado em:
12/1/2009.
SAMA, M. Alicerce do Paraíso, Agricultura Natural, Arte e Sociedade. São Paulo:
Fundação Mokiti Okada, 2007.
GEOGRAFIA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A sociedade incumbe a escola da formação de cidadãos conscientes e
críticos. Como a Geografia contribui para que se compreenda como se estabelecem
as relações locais com as universais, como um contexto mais próximo e está contido
em um contexto mais amplo e quais as implicações que estas dimensões possuem é
100
de fundamental importância que se pratique uma disciplina dinâmica e envolvente
que aproxime o educando da teoria que se aplique à sua prática cotidiana.
Desde os tempos mais remotos, já na Pré-história, o homem necessitava de
conhecimentos geográficos em termos de localização para garantir a sua
sobrevivência.
Com a evolução das sociedades e o avanço do capitalismo a partir da Idade
Moderna, a Geografia passa a ter um papel ainda mais importante no sentido de
denunciar a exploração irracional dos recursos naturais no espaço geográfico e
também apontar as possíveis soluções para os problemas.
Os próprios PCNs do Ensino Médio para a disciplina de Geografia apontam
para a necessidade de uma mudança nos seus paradigmas conceituais e teóricos,
estabelecendo críticas contundentes à maneira como a produção do espaço
geográfico é tratado pelas vertentes tradicionais e críticas.
O espaço geográfico, objeto de estudo da Geografia, pode ser definido como
espaço produzido e apropriado pela sociedade composto por objetos naturais,
culturais e técnicos, permeado por relações sociais, políticas, culturais e
econômicas.
O estudo da Geografia a nível médio deve contribuir para que o aluno
desenvolva uma leitura crítica do mundo atual. A proposta é que o aluno seja
preparado para a leitura do espaço geográfico, considerando as relações de classe
e a atuação do homem na transformação do espaço, considerando também as
diferentes escalas geográficas.
Torna-se necessário no conjunto das disciplinas escolares a presença da
Geografia que se propõe e eliminar ou pelo menos minimizar a distância entre o
saber escolar, acadêmico em relação à realidade que o aluno vivência no seu dia a
dia.
Desta forma, a Geografia surge como uma disciplina extremamente
importante para o crescimento individual do educando no sentido de possibilitar uma
visão mais ampla e contextualizada acerca do lugar onde vive.
Estamos falando exatamente do principal conceito da Geografia – o espaço
geográfico. Ao trabalhar esse conceito, o professor inicia sua tarefa: ajudar o aluno a
entender a diversidade e as mudanças que acontecem no espaço geográfico,
tornando-o capaz de “pensar” esse espaço e perceber-se como parte integrante
101
dele. Adquirir o pleno domínio da linguagem cartográfica, como mapas, gráficos,
imagens de satélites, que constituem a maneira de representar os fatos e os
fenômenos no espaço geográfico, dominar as noções de escala no conhecimento
geográfico que vão ajudá-lo a reconhecer e comparar os fenômenos, identificar as
particularidades de uma paisagem, lugar ou território no espaço geográfico. Desta
maneira estaremos desenvolvendo no aluno dois aspectos fundamentais na
formação de cidadão crítico: a visão interdisciplinar dos fatos e fenômenos do
espaço geográfico e como aplicar e reconhecer em sua vida os conceitos da
Geografia. Sendo assim, de uma maneira holística, estaremos contextualizando a
todo o momento, inserindo a formação de seu país, estado e cidade no contexto de
espaço geográfico.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Dimensão econômica da produção do/no espaço
0Geopolítica
1Dimensão socioambiental
2Dinâmica cultural e demográfica.
METODOLOGIA
Os conteúdos propostos para o ensino médio na área de conhecimentos da
Geografia devem ser trabalhados de forma crítica e dinâmica, considerando a
atuação antrópica no espaço geográfico.
Não há separação do ponto de vista metodológico entre os conteúdos pois
existe uma relação entre os mesmos já que as transformações no espaço são
concebidas pela ação do homem em um determinado momento histórico.
As diferentes escalas espaciais devem ser trabalhadas de forma a
considerar a interface entre o geral e o particular no universo das transformações
sócio-econômicas no processo de produção do espaço geográfico.
Os conteúdos devem ser abordados de forma contextualizada aliando
exemplos práticos do cotidiano com o conhecimento vivenciado pelo aluno.
102
No ensino da Geografia, o professor deve utilizar todas as ferramentas
necessárias como: computador, internet, vídeo, jornal, revistas, cursos didáticos,
livro público estadual, TV Paulo Freire, Paraná Digital etc, atividades e proporcionar
o diálogo entre os alunos e o professor.
Outro tipo de metodologia valiosa para o estudo do espaço geográfico são
as aulas de campo. A realização de saídas de campo permite ao aluno estabelecer
um vínculo entre o conteúdo trabalhado em sala de aula e o conhecimento dos
processos geográficos visualizados na prática. Para que uma visita ou estudo de
campo seja proveitoso, sugere-se que o professor tenha no seu planejamento o
cuidado de organizar a observação sistemática do lugar visitado com seus alunos,
realizando a descrição, seleção e ordenação das informações ora obtidas e o
registro final destas impressões sob a forma de croquis, maquetes, desenhos,
figuras, debates, poster, figuras, gráficos, etc.
Também o uso de imagens não animadas (poster, slides, cartões postais,
fotografias) e de filmes podem ser utilizados como importante ferramenta
metodológica desde que o professor leve em consideração o tipo de clientela
atingida, o conteúdo a ser trabalhado e também a abordagem do tema.
Enfim, o uso da cartografia nas aulas de Geografia também deve ser
encarado como um importante recurso metodológico no sentido de possibilitar a
espacialização do conteúdo trabalhado em sala de aula, possibilitando ao aluno uma
melhor visualização dos aspectos inerentes a produção do espaço geográfico.
AVALIAÇÃO
A avaliação como parte de um processo no ensino-aprendizagem não é uma
mera classificação de alunos, mas sim um processo de verificação das dificuldades
desses alunos que permite ao professor intervir no modo de fazer com que possam
progredir na busca pelo conhecimento. A avaliação deve propiciar ao professor a
possibilidade de verificar o alcance do próprio trabalho e, se necessário, reformulá-
lo. Assim, a avaliação é um processo que integra a aprendizagem ao ensino
devendo, portanto, implicar num diálogo permanente entre professor e aluno.
Deve ser um processo contínuo e vinculado à realidade da sala de aula. Para
isto, o professor deve utilizar vários instrumentos de observação desta
103
aprendizagem do aluno, tais como; pesquisas, leituras, auto-avaliação, etc. Por isto,
no lugar de avaliar somente através de provas, o professor deve utilizar outros
instrumentos de avaliação que possibilitem reconhecer as diferentes formas de
expressão de seus alunos.
Não se trata, porém de excluir a avaliação formal somativa do sistema
escolar, mas sim de desenvolver duas formas de avaliação: formativa e a somativa,
registradas de forma organizada e criteriosa.
O professor deve mostrar ao aluno como ele é capaz de estabelecer a
articulação entre a teoria e a prática, considerando o homem como agente
transformador do espaço geográfico em que vive através de várias formas de
expressão dos alunos como: leitura e interpretação de textos, produção de textos,
leitura e interpretação de fotos, imagens, gráficos, tabelas e mapas; pesquisas
bibliográficas; relatórios de aulas de campo; apresentação de seminários e
construção e análise de maquetes entre outros.
Sobre os critérios que devem nortear todo o processo de avaliação, os
principais em Geografia é o entendimento das relações socioespaciais, relações de
poder, de espaço-tempo e de sociedade-natureza para que o aluno possa, ao final
do percurso, avaliar melhor a realidade em que vive, sob a perpectiva de transformá-
la, onde quer que esteja.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ESTADO DO PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação
Básica. 2007.
GARCIA, Helio Carlos. Geografia: de olho no mundo do trabalho. São Paulo:
Scipione. 2005.
LUCCI, Elian Alabi. Geografia – Homem/ Espaço. São Paulo: Saraiva. 2005.
SANTOS, M. Por uma outra globalização. Rio de Janeiro: Record. 2000.
104
VESENTINI, José Willian. Geografia – Série Brasil. São Paulo: Ática. 2005.
TÉRCIO, Marina Lúcia. Geografia – Ensino Médio. São Paulo: Ática. 2005.
HISTÓRIA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
No momento em que vivemos, em uma sociedade mundial, sem limites
territoriais, inserida, portanto em um contexto globalizante, se faz necessário que
repensemos nossas atitudes, modos de interpretação da realidade em que vivemos
e que busquemos novas formas, novos modos de nos apropriarmos do
conhecimento.
As transformações sociais e econômicas se processam com uma rapidez
difícil de ser acompanhada se não utilizarmos os recursos da informática, da internet
dos meios de comunicação de massa de que dispomos e que muitas vezes são sub
aproveitadas, como por exemplo, TV, radio, jornais locais, entre outros. Vivemos em
um mundo cada vez menor, ou seja, os avanços, os conhecimentos multiplicam-se
com maior velocidade que nossa capacidade de apreensão. Precisamos, contudo,
lembrar que o centro de toda esta criação é o homem, socialmente envolvido com
todas as transformações que se processam. È próprio do ser humano, desde os
primórdios, a busca incessante em construir sua própria existência. Se antes a
busca por alimentos era a principal necessidade do homem, atualmente suas
necessidades são outras. Não apenas por alimento, mas também por sentido de
vida, arte, prazer, viver intensamente o seu cotidiano. Lembramos de uma musica do
grupo Titãs, que afirma: “... a gente não quer só comida. A gente quer comida,
diversão e arte. A gente não quer só bebida. A gente quer saída para qualquer
parte.”.
As necessidades individuais e coletivas do homem atual são diversas das
necessidades há alguns anos atrás. Buscamos mudanças sociais, e o homem quer
encontrar sentido em todas estas mudanças. A sociedade preocupa-se com questão
105
Trabalho, Família, Estado, mas também esta interessada em que se desenvolvam
atitudes, métodos e técnicas que possibilitem ao ser humano aprender a ser
humano, pois o conhecimento esta presente entre tantas outras situações. A ação
que educa é fundamenta, superando a visão da ação que ensina. O aprimoramento
da pessoa humana, sua formação ética, o desenvolvimento da autonomia intelectual
e o pensamento critico, bem como a preparação para o exercício consciente da
cidadania e para o mundo do trabalho são essenciais para a existência de uma
escola verdadeiramente cidadã.
O homem atual necessita também, melhor relacionar-se com seus
semelhantes, refletir sua ação no mundo em que vive, revendo suas posturas diante
das transformações pelas quais passou nossa sociedade, preparando-se para os
desafios que estão por vir. Somos o que podemos ser. Nossa inserção na sociedade
globalizada passa por termos acesso a todos os avanços tecnológicos, sabermos
dispor dos mesmos com consciência e desafios da sociedade presente e futura Os
instrumentos estão disponíveis, cabe a todo o envolvimento necessário para a
utilização correta destes mecanismos que nos auxiliam na conquista do saber,
direito de aprender do aluno, condição fundamental de educadores. E nossa escola
considera tal meta possível para a formação de uma sociedade mais justa.
OBJETIVOS GERAIS
Inserção no contexto histórico, mostrando-lhes sua importância.
Levar a entender e a diferenciar o meio de produção entre as sociedades
teocráticas e escravistas.
Perceber-se na razão do momento histórico: de onde veio, perceber sua
origem, a sua existência e os rumos definidos pela humanidade.
Construir a identidade social e individual e suas relações com as
gerações passadas.
Transformação da realidade.
Conhecer os movimentos sociais reivindicatórios no transcorrer da
historia.
106
Visualizar no cenário mundial o nascimento e a ruptura de sistemas
econômicos, sociais, políticos, religiosos e ideológicos.
Localizar os momentos históricos em seu processo de sucessão,
simultaneidade e duração.
Redimensionar o presente em processos contínuos e nas relações que
mantém com o passado.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Relações de Trabalho
Conceito de trabalho.
O mundo do trabalho em diferentes sociedades.
A construção do trabalho assalariado.
Transição do trabalho assalariado para o trabalho livre: a Mão de obra no
contexto de consolidação do capitalismo nas sociedades: brasileira e
estadunidense.
Relações de dominação e resistência no mundo do trabalho contemporâneo
(séculos XVIII e XIX).
Urbanização e industrialização no Brasil.
O trabalho na sociedade contemporânea.
Relações de Poder
O Estado nos mundos Antigo e Medieval.
O Estado e as relações de poder: Formação dos Estados nacionais.
Relações de poder e violência no Estado.
Urbanização e industrialização no Paraná.
Relações Culturais
As cidades na Historia.
Relações culturais nas sociedades Grega e Romana na antiguidade:
mulheres, plebeus, e escravos.
107
Relações culturais na sociedade medieval européia: camponeses, artesãos,
mulheres, hereges e doentes.
Movimentos sociais, políticos, culturais e religiosos na sociedade moderna.
Urbanização e industrialização no século XIX
Movimentos sociais, políticos e culturais na sociedade contemporânea: é
proibido proibir?
Urbanização e industrialização na sociedade contemporânea
CONTEUDOS COMPLEMENTARES:
A produção do conhecimento histórico
Historia: concepção e temporalidade
A construção Histórica: métodos, fontes, etc.
Pré História
Historia Antiga
Historia Medieval
Historia Moderna
Historia Contemporânea
Brasil e Américas
METODOLOGIA
O papel do professor e proporcionar situações que permitam a construção
do processo ensino-aprendizagem, recorrendo aos diversos recursos didático-
pedagógicos a sua disposição respeitando sempre as diferenças e dificuldades
de nossos educandos.
O trabalho devera ser conduzido de forma harmoniosa, priorizando o coletivo
através do dialogo e da interação, criando assim situações satisfatórias entre
professor e aluno, entre ensinar e aprender.
Dentre os recursos disponíveis poderão ser utilizados livros, jornais, revistas,
objetos, musica, filmes, etc. Como meio de atingirmos nossos objetivos os
108
conteúdos deverão ser trabalhados de forma que os alunos possam reconhecer
a sua importância e aplicabilidade no decorrer de sua formação.
Diante de uma realidade tão diversa, se faz necessário que escola seja
dinâmica, ofertando diversas formas e possibilidades para que se produza o
conhecimento e que este seja vivenciado, praticado constantemente e que tenha
sentido para a vida dos alunos.
A área de Ciências Humanas irá desenvolver suas atividades utilizando-se
dos recursos tecnológicos existentes como facilitadores dos trabalhos a serem
desenvolvidos sempre lembrando que o ser humano é o objetivo fundamental do
trabalho educativo. Dentre as diversas formas de atividades que serão
desenvolvidas, pode-se elencar:
Visitas a órgãos públicos como Câmara de Vereadores para a compreensão
das formas de participação política, na elaboração das leis e na
aplicabilidade das mesmas, possibilitando assim a formação da
consciência política de nossos jovens e posteriormente promover debates
com a presença de nossos representantes do legislativo e do executivo;
Visitas a hospitais públicos, com posterior elaboração de relatórios, mesas
redondas e apresentação de conclusões orais e escritas sobre a situação
da saúde em nosso município.
Realizar pesquisas aprofundadas sobre a situação da agropecuária em nossa
região, comparando com a realidade nacional e internacional, sempre
buscando soluções e alternativas para os problemas detectados;
Elaboração de projetos interdisciplinares visando a utilização racional e a
preservação de nossos recursos hídricos, bem como identificar a realidade
existente, agindo junto a comunidade para solucionar os problemas que
forem identificados, mas ,fundamentalmente agir de forma preventiva,
buscando a conscientização da população frente aos desafios que a
questão água nos coloca para o terceiro milênio;
Realizaremos pesquisas sobre espécies vegetais nativas e sua preservação,
desenvolvendo a consciência ecológica. Promovendo junto a órgãos
governamentais movimentos para reflorestamento das matas ciliares,
fundamentais para a proteção de nossos mananciais;
109
Valorização da cultura local, com a preservação da identidade cultural dos
grupos étnicos representativos em nossa região;
Palestras, simpósios, exposições de maquetes com apresentações á
comunidade, viagens a pontos turísticos ou históricos com aulas de
campo, pesquisas sobre aspectos do solo e subsolo;
Trabalhos em grupo visando o desenvolvimento das capacidades individuais
coletivas, respeitando as características individuais, permitindo que os
alunos desenvolvam o espírito de equipe e aprofundem seus
conhecimentos, bem como possam se expor diante das apresentações
necessárias.
AVALIAÇÃO
A avaliação será diagnóstica e continua, visando avaliar a capacidade de análise
e compreensão dos conteúdos propostos, bem como o seu desenvolvimento ao
longo de todo o processo educacional.
Serão utilizados instrumentos como aplicação de provas, trabalhos individuais e
em grupos, com apresentação oral, produção e interpretação de textos com análise
crítica e reflexiva e vídeos.
A recuperação será planejada em conformidade com a LDB e regimento interno
do CEEP Lysímaco Ferreira da Costa.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALBORWOZ, Suzana. O que é trabalho. São Paulo: Brasiliense, 2004.
DUBY, Georges. Guerreiros e Camponeses: Os primórdios de crescimento
econômico europeu século VIII - Lisboa; Estampa,1993.
HOBSBAWM, Eric J. Sobre História. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.
ESTADO DO PARANÁ, Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação
Básica, Curitiba, 2006.
110
HORTICULTURA
CONTEÚDOS
Agricultura: história e importância da agricultura.Noções de doenças e pragas
agrícolas, importância e danos na agricultura; Características morfológicas dos
insetos, fatores que influenciam no ataque de pragas e doenças; Fungos, Bactérias
e Vírus. Noções de ervas daninhas: características morfológicas e fisiológicas,
formas de controle. Noções de paisagismo e manejo de jardim: tipos, formas e
manutenção de jardins. Olericultura: principais culturas; técnicas de produção e
manejo; colheita e comercialização; manejo pós-colheitas. Fruticultura: principais
culturas, técnicas de produção e manejo; colheita e comercialização, manejo pós-
colheita. Silvicultura: principais culturas, técnicas de produção e manejo; colheita e
comercialização, manejo pós-colheita
CONTEÚDOS
Iniciação a agricultura;
Noções de pragas;
Noções de doenças;
Noções de ervas daninhas;
Métodos de propagação de plantas;
Anatomia e fisiologia vegetal;
Melhoramento vegetal;
Noções de agrotóxicos;
Segurança no trabalho rural;
Noções de paisagismo e manejo de jardim: tipos, formas e manutenção de
jardins
Olericultura Geral:
Classificação climática;
Métodos de propagação;
111
Vegetativa (assexuada);
Semeadura (Sexuada);
Sementeira;
Viveiro (Repicagem);
Implantação de hortas;
Elaboração de cronograma de cultivo;
Tratos culturais;
Olericultura especial:
Classificação Botânica;
Olerícolas
regionais:alface, cenoura, beterraba,batata,alho,cebola,rabanete,couve-
flor,brócolis,tomate...
Fruticultura Geral:
Classificação climática (espécies tropicais, subtropicais, temperadas);
Classificação botânica;
Métodos de propagação;
Estaquia (assexuada);
Enxertia (assexuada);
Borbulhia (assexuada);
Sementes (sexuada);
Viveiros;
Implantação – escolha do terreno;
Preparo do solo – métodos de adubação/calagem;
Escolha de mudas;
Plantio;
Condução;
Podas (condução/manutenção;
Controle de pragas,doenças, ervas-daninhas;
Colheita e comercialização;
Fruticultura especial:
Frutíferas regionais: abacaxi, maçã, pêra, videira, ameixa, pêssego, kiwi,
citros, caqui,figo...
112
OBJETIVOS
- Levar aos alunos o conhecimento inerente à espécie olerícola, a fim de que
o mesmo, sinta-se recompensado e, que juntos possamos compartilhar deste
aprendizado para a elevação cultural e científica, arrancando o nosso estado e pátria
dessa situação onde faltam os alimentos básicos, transformando num celeiro
agrícola;
- O aluno verificar a importância da utilização de uma espécie vegetal de tão
relevante importância numa área considerada pequena.
METODOLOGIA
- Aulas expositivas e práticas nas dependências da instituição de ensino;
- Utilização de recursos áudio-visuais (data show, DVD, retro projetos, TV pen
drive);
- Revistas, jornais e todo tipo de acervo que possa contribuir com o assunto
proposto.
AVALIAÇÃO
- Almeja-se na avaliação o conhecimento concreto e não puramente abstrato;
- Avaliar não é apenas quantificar, mas sim, qualificar;
- Será realizada uma avaliação escrita por olerícola, cujo valor ficará entre 0
(zero) a 7 pontos, onde o aluno descreverá aquilo proposto e explanado ao longo da
apresentação da olerícola;
- Também será solicitado um trabalho escrito por equipe, esta constituída no
máximo por quatro alunos. Este trabalho realizado e entregue na data estipulada
terá um valor de 0 (zero) a 1,5 (um ponto e meio);
- Na data da avaliação escrita, esta terá também um item onde o aluno
discorrerá sobre o trabalho entregue, este terá um valor de 0 (zero) a 1,5 (um ponto
e meio);
113
- Portanto, a média bimestral será o somatório da avaliação escrita, do trabalho
escrito e, nota referente aquilo descrito do trabalho na avaliação.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- Figueira, F.A.R; Novo Manual de Olericultura;
- Jornais, revistas, DVD;
- Circulares e boletins técnicos da IAPAR, EMBRAPA, EPAGRI;
- Sites referentes à olericultura.
INFRAESTRUTURA RURAL
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
No cotidiano da prática profissional do Técnico em Agropecuária, os
maquinários e ferramentas são instrumentos de trabalhos fundamentais para a
execução de atividades rurais, seja em nível de propriedades, empresas públicas ou
privadas. Desta forma, será oportunizado ao aluno o conhecimento das principais
máquinas e implementos agrícolas, assim como o reconhecimento da importância
da utilização adequada à realidade da exploração agropecuária, com vistas ao
aumento da produtividade.
No estudo de cada tipo de máquina ou implemento agrícola serão abordadas
as vantagens e desvantagens da sua utilização, o manejo, funcionamento e, com
enfoque todo especial, a manutenção, o custo hora/máquina e o rendimento do
trabalho, que constituem-se em elementos fundamentais para a realidade
econômica de qualquer empreendimento agropecuário, especialmente para as
pequenas e médias propriedades.
Ainda dentro da disciplina, o aluno deverá obter conceitos básicos para a
elaboração de projetos de instalações rurais, no que se refere aos principais
materiais para construção, bem como na elaboração de planta baixa e a construção
114
propriamente dita, além de condições para a execução dos projetos de construções
e instalações econômicas e adequadas às atividades agropecuárias.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Noções de manutenção:
Vantagens e desvantagens do uso da tração animal.
Regulagem, constituição, operação e manutenção de implementos.
Formas de utilização de ferramentas.
Ferramentas necessárias em uma microficina.
Motores.
Tratores.
Implementos mecanizados.
Tipos, constituição, regulagem e manutenção de implementos
mecanizadores.
Custo hora/máquina.
Rendimento do trabalho.
Considerações sobre dimensionamento.
Normas de segurança aplicadas no uso de máquinas.
Instalações agropecuárias e técnicas de construções rurais:
Considerações para a escolha de local para construções zootécnicas.
Principais materiais para construção.
Elaboração de planta baixa.
Elaboração de projetos zootécnicos e agrícolas.
Cálculo de material de construção.
Legislação pertinente.
METODOLOGIA
Considerando tratar-se de disciplina técnica, ela será desenvolvida através de
aulas explicativas, demonstração em apostilas de manutenção periódica de tratores
115
e colheitadeiras, recursos audiovisuais, diálogo e debate em grupos, bem como
acompanhamento no campo das atividades do uso de equipamentos.
AVALIAÇÃO
Os alunos serão avaliados através de provas objetivas, trabalhos em grupo,
relatórios individuais e participação das atividades em campo, com os conteúdos
trabalhados ao longo de cada bimestre, além de uma avaliação individual por parte
do professor, considerando a participação individual e coletiva e frequência de cada
aluno, bem como o interesse e a assiduidade demonstrados ao longo das atividades
práticas.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
GALETTI, Paulo A. Mecanização Agrícola, Preparo do Solo. Campinas: ICEA,
1981. 220p. 2 volumes.
MIALHE, Luiz Geraldo. Manual de Mecanização Agrícola. São Paulo: Agronômica
Ceres, 1974. 301p.
SILVEIRA, Gastão Moraes da. O preparo do solo, implementos, carretos. 3ª ed.
São Paulo: Globo, 1989. 243 p.
GUIA DO TÉCNICO AGROPECUÁRIO. Construções e instalações rurais.
Campinas. ICEA, 1982. 158p.
LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – INGLÊS
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
116
A aprendizagem em Língua Estrangeira Moderna é um importante
instrumento de acesso a informações de outras culturas e grupos sociais, dando
condições ao aluno do Ensino Médio de mobilizar-se para interagir com o meio em
que vive e o mundo que o cerca, pois estamos na era da globalização, da
informatização e tudo ao nosso redor exige o conhecimento de uma segunda língua
para poder interagir e fazer parte deste mundo globalizado, onde o que é novidade
hoje, amanhã torna-se obsoleto.
Desta forma, precisa-se assumir que, o papel da LEM no currículo é o de
contribuir para a formação de um sujeito crítico, preparando-o para que seja capaz
de interferir criticamente na sociedade.
Porém, precisa-se descobrir quem é este sujeito, que conhecimento da
língua que possui em que realidade está inserido, quais são suas aspirações, para
então definirmos os conteúdos e de que maneira trabalhá-los.
No entanto, devemos oportunizar a compreensão de enunciados de LEM,
possibilitando competência comunicativa, levando o educando a considerar o estudo
da Língua Inglesa como um meio de inserção da cultura de outros países que falam
inglês, levando-os a integrar-se no mundo atual e interdependente, caracterizado
pelo avanço tecnológico e pelo grande intercâmbio entre povos com vasta
pluralidade cultural, percebendo a importância da Língua Inglesa – considerada hoje
como instrumento de comunicação universal.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Antes de pensar em conteúdos estruturantes para a disciplina de língua
estrangeira moderna, é preciso delimitar o objeto de ensino da disciplina.
Se assumirmos a interação como fundamento para o nosso trabalho,
precisamos pensar o ensino-aprendizagem de uma LEM como algo significativo para
o aluno, que realmente garanta a sua interação, ou seja, a sua compreensão e
expressão na língua meta. Isso se dará através da apresentação ao aluno de uma
variedade de textos orais, escritos, visuais, ou seja, o discurso nos seus mais
variados gêneros, que estimulem a entrar no universo da LEM e a interagir com ele.
A partir destes textos, desenvolver-se-ão os seguintes tópicos:
117
3Greetings
4Personal pronouns
5Verb to be (af., neg. and int.)
6Verb there to be (af., neg. and int.)
7Days of the week (Months/ Seasons and Comemoratives Dates)
8Present Continuous
9Simple Present Tense
10Ocupations and Nationalites
11Adjectives
12Past continuous
13Anomolous verbs: should, may, might and must, can.
14The Human Body
15Imperative form
16Verb to be and there to be in the past tense
17Present perfect tense
18Invitation: let’s go, would you like, I’m sorry, I’d love to, I can’t
19Proverbs
20Advertaiments
21Past perfect tense
22Passive voice
23Adverbs of manner, time, frequency, place
24Direct and indirect speech
25Phrasal verbs
26Simple future and conditional
27Health, drugs, CIDA, alcoholism
28Articles, horoscope
29Prepositions
30Numbers, hours, numbers: ordinal
31Comprehension texts about: drugs, nature, disease and others, related to
the course
32Vocabulary: clothes, food, technology, services, music, types of dances,
objects, sports, hygiene products, brandsand labels
118
33Possessive pronouns, demonstrative pronouns, interrogative pronouns,
colors, plural of nouns, family, animals.
34Correspondência comercial.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A Língua Estrangeira tem um papel valoroso e construtivo como parte
integrante na educação formal e envolve um complexo processo de reflexão sobre a
realidade social, política e econômica com um valor intrínseco importante no
processo da capacitação que leva à libertação.
Ao ensinar uma língua estrangeira é essencial uma compreensão teórica do
que é a linguagem, tanto do ponto de vista dos conhecimentos necessários para
usá-la quanto em relação ao uso que fazem desses conhecimentos para construir
conhecimentos no mundo social.
Pensando na realidade do nosso educando e no objetivo que o mesmo
deseja almejar, procurar-se-á dar ênfase na exploração de textos voltados às
atividades agropecuárias, oportunizando assim uma identificação de seus estudos e
técnicas com a língua estrangeira (LEM). A participação poderá ocorrer nas diversas
atividades a serem realizadas: leituras, trabalhos a serem abordados através de
músicas, filmes, documentários, tradução, interpretação, produção textual, jogos,
análises de textos diversificados, uso do computador com acesso do Portal Dia a Dia
Educação (SEED), livros didáticos, enfim, utilizar-se de todos os meios possíveis e
acessíveis para produzir conhecimento e entendimento da Língua Estrangeira.
LÍNGUA PORTUGUESA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
As diretrizes da proposta estão registradas na LDB e têm como referência a
perspectiva de criar uma identidade para a disciplina que tenha como eixo principal
preparar o aluno para o mundo contemporâneo.
119
Na disciplina de Língua Portuguesa devem coexistir a respeito á diversidade,
a interatividade, a construção de significados. Para tanto, é importante a análise e a
interpretação de diferentes textos literários, contextualizados culturalmente.
Assim, a principal razão de qualquer ato que pretenda trabalhar a Língua
Portuguesa e a produção de sentido. O estudo da disciplina não acontece no vazio;
interage, comunica-se com os outros estudos. A Língua Portuguesa dever ser
compreendida como herança social que, uma vez assimilada, envolve os indivíduos.
Pelo seu simbolismo, língua e literatura não podem ser dissociadas enquanto
objetos de estudo e trabalho, da mesma forma que a produção textual e as
referencias gramaticais. Portanto, há que se entender a linguagem enquanto objeto
de estudo, em abordagem transdisciplinar.
METODOLOGIA
Trabalhar o hábito da reflexão sobre o uso da Língua portuguesa através da
realidade e da escrita;
Utilizar textos diversos para a construção de significações;
Promover a transdisciplinaridade;
AVALIAÇÃO
Será contínua, considerando a importância da diversidade de instrumentos e
situações que demonstrem o desenvolvimento do aluno. A avaliação será através de
observação do aluno na realização de tarefas em grupo ou individuais e também em
produções escritas.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Comunicação humana - elementos da comunicação; funções da linguagem;
tipos de texto; origens e domínios da Língua Portuguesa; figuras de linguagem;
denotação e conotação; linguagem, língua, fala e discurso; as funções da literatura;
linguagem literária e não-literária; gêneros literários; o texto poético; estilo individual
120
e estilos de época; trovadorismo e Humanismo; teatro português; novelas de
cavalaria e poesia palaciana; classicismo (Camões Lírico e Épico); literatura de
Informação e literatura dos jesuítas; crase e pontuação; estruturas das palavras;
classes de palavras; Barroco e Arcadismo; concordância nominal e verbal; narração;
leitura e Interpretação de textos; texto narrativo; narrativa longa; técnicas de
descrição; o que é um texto; esquema de comunicação; tipos de discursos; vícios de
linguagem; técnicas argumentativas; romantismo; poesia; prosa romântica; principais
autores e obras; realismo e naturalismo; parnasianismo; simbolismo; pré-
modernismo; classes gramaticais; regência nominal e verbal; ortografia; obras
completas e fragmentos da literatura correspondente; textos de jornais, revistas e
livros; modalidades de redação; leitura, análise interpretação, reprodução - oral e
escrita; análise da estrutura do texto; reconstrução do plano do texto e dos
parágrafos; análise de opções expressivas variações lingüísticas (vocabulário);
análise de características lingüísticas e estilos; nível de conteúdo, clareza,
coerência, consistência argumentativa; redundâncias, paragrafação, adequação à
norma padrão; superação de marcas inadequadas de oralidade; pontuação, funções
textuais das conjunções, advérbios, pronomes, verbos, ou seja, as classes
gramaticais; regência verbal e nominal, variantes; período composto - subordinação
e coordenação; representação gráfica adequada (ortografia e acentuação); a
ciência; a natureza do conhecimento, cronologia do conhecimento; metodologia da
Pesquisa; tema, delimitação do tema, problema, hipótese, objetivo geral e objetivos
específicos, fundamentação teórica, metodologia, orçamento, cronograma,
referências bibliográficas e/ou bibliografia; enunciação e Análise de Discurso; tipos
de textos; coesão e coerência textual; principais elementos da coesão no texto
científico; metodologia do trabalho científico; normas de redação e de apresentação;
artigo; relatório; trabalho de conclusão de curso; texto argumentativo; resenha;
método científico; princípios de metodologia científica redação técnica, científica e
comercial; análise e interpretação da consulta bibliográfica; organização de Relatório
de Estágio; apresentação oral de Trabalhos Científicos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
121
AMARAL, Emília. FERREIRA, Mauro. Novas palavras. Literatura, Gramática,
Redação – Português. São Paulo: FTD. 2000. 575p.
_______________________________. Novas palavras. Literatura: a Arte
da Palavra. Português. Ensino Médio. São Paulo: FTD. 2003. 624p.
AGUILERA, Vanderci de Andrade. Técnica de Redação. Departamento de Letras
Vernáculas. Londrina: UEL. 1995. 88p.
FARACO, Carlos Alberto. Português: Língua e Cultura. 1ª e 2ª séries. Curitiba.
2005. 200p.
MAGALHÃES, Roberto. Texto Criativo – Mexendo com as Palavras. Caderno de
Redação. São paulo: Brasil S/ª 2000. 55p.
MAIA, João Domingues. Gramática – Teoria e Exercício. São Paulo; Ática. 2001.
327p.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio. Livro
Didático Público. Língua Portuguesa e Literatura. Ensino Médio. 2006. 208 p.
MATEMÁTICA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A matemática tem o duvidoso privilégio de ser recomendada, invariavelmente,
por duas virtudes essenciais:
* Pela utilidade na resolução de problemas práticos, como linguagem natural
para prospecção quantitativa e qualitativa da realidade.
* Pelo seu efeito no desenvolvimento do raciocínio lógico em todos seus
movimentos, de análise, abstração, síntese e generalização, etc.
122
A matemática deve ser vista como instrumento para a compreensão, a
investigação, a inter-relação com o ambiente, e seu papel de agente de
modificações no indivíduo, provando mais que simples acúmulo de conhecimento
técnico.
O tratamento metodológico pressupõe uma articulação natural para os
conteúdos e um tratamento baseado no princípio de que, sempre que possível, um
conteúdo não deva ser esgotado numa única abordagem, devendo ser retomado
para aprofundamento ou complementação.
Tendo em mente que o interesse do indivíduo por um assunto é maior quando
ele sente que este o auxilia na compreensão do mundo físico, ou na interação com a
sociedade, é possível e recomendável que no tratamento da maioria dos assuntos
se aplique os conceitos enfocados na solução de cotidiano, sem, contudo incorrer-se
em artificialismos.
METODOLOGIA
As aulas serão expositivas e dialogadas. Também serão utilizados vários
recursos pedagógicos e estratégias relacionando com a agropecuária e demais
disciplinas.
AVALIAÇÃO
Terá sentido de rever algumas das questões práticas com que se iniciou o
aprendizado, dando aos alunos a condição de avaliarem por si próprios, o sentido do
aprendizado que adquiriram, superando a concepção regulatória – punitiva.
Devemos considerar as aptidões dos alunos como a atenção, pontualidade,
responsabilidade e participação nos trabalhos em equipe.
Usarei vários instrumentos de avaliação, dentre eles destaco: Trabalhos
individuais e em grupos, pesquisas individuais e em grupos, elaborações de
conclusões, resolução de tarefas, provas escritas interesse e participação durante as
aulas e, frequência. A avaliação será processual e de caráter contínuo, e os alunos
terão oportunidade de fazer recuperação paralela que será registrado no diário de
classe.
123
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
História da matemática; álgebra: Símbolos da Matemática; Cálculo numérico
e algébrico; Propriedades da adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação e
radiciação; Conjuntos; Funções; Função do 1o grau; Função Quadrática; Função
Modular; Função Exponencial; Função Logarítmica; Sequencia, Progressões
Aritméticas e Geométricas; Matrizes; Determinantes; Sistemas Lineares; Análise
Combinatória; Teoria das Probabilidades; Polinômios; MATEMÁTICA FINANCEIRA:
Razões e Proporções; Regra de três simples e composta; Porcentagem; Juros
simples e compostos; TRIGONOMETRIA: História da Trigonometria; Razões
trigonométricas no Triângulo Retângulo; Unidades de medida de Arcos e Ângulo;
Circunferência Trigonométrica; Funções trigonométricas; Equações e Inequações
trigonométricas; Transformações trigonométricas; Números complexos; Resolução
de Triângulos quaisquer: Lei dos Senos e Lei dos Cossenos; GEOMETRIA:
Geometria Plana; Geometria Espacial; Geometria Analítica; Sistemas de Medidas:
Medidas de comprimento; Unidade fundamental; Múltiplos e submúltiplos; Perímetro;
Oficinas envolvendo as medidas de comprimento na horta; Medidas de superfície;
Unidade fundamental; área de figuras planas; Medidas agrárias; Alqueire e
resolução de situações problemas; Números reais e racionais; Cálculo de Montante;
Cálculo de taxa; Prazo e Tempo; Taxa nominal; Taxa real; Taxa proporcionais;
Taxas equivalentes; Taxa de descontos; Razão e proporção ESTATÍSTICA:
População e Amostra; Estatística Descritiva e Indutiva. Variáveis contínuas e
discretas; Gráficos; Distribuição de frequências; Histograma, polígono de
freqüências e ogiva; Média, mediana e moda; Amplitude total, desvio médio e desvio
padrão.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Livros Didáticos
Portal Dia a Dia Educação – SEED.
Sites específicos da área.
124
Diretrizes Curriculares Estaduais.
PRODUÇÃO ANIMAL APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA:
A criação animal desempenha papel fundamental na sustentabilidade da
cadeia produtiva, os animais representam, portanto, fonte importante de alimentos
para a família – leite, ovos e carne –, além de significar renda monetária e poupança
a médio e longo prazos.
Os animais significam melhoria da fertilidade do solo e força de trabalho. Por
essa diversidade de usos é comum encontrar várias espécies de animais mesmo em
propriedades muito pequenas. E essa diversidade é escolhida empiricamente,
buscando sempre animais que mais se adaptem ao clima, tamanho, uso e finalidade
das propriedades.
Enfim, as práticas agrícolas desenvolvidas nas propriedades permitem
aproveitar eficientemente a biodiversidade disponível. Recursos vegetais e espaço
são distribuídos entre os animais e vegetação, segundo a época do ano, mas
também segundo o tipo de animal e a função que cumpre dentro da estratégia de
produção.
Além disso, nos dias de hoje devemos sempre ter em mente a necessidade
de práticas que respeitem o meio ambiente e que evitem sempre os desperdícios,
desse modo, formam-se sistemas integrados de criação animal, onde manejos
corretos de dejetos podem servir de sustentação para outras criações.
Assim, faz-se necessário, ao Técnico Agrícola, amplo conhecimento sobre
espécies animais, bem como, seus usos e formas de criação. Um manejo adequado
permite uma exploração racional dos animais bem como de recursos naturais dentro
das propriedades, permitindo uma auto-sustentabilidade e uma maior lucratividade,
evitando assim o êxodo de famílias rurais e um crescimento na Agropecuária
nacional.
Neste contexto a disciplina de produção animal tem por objetivo fornecer as
noções e conceitos fundamentais sobre Reprodução, Nutrição e Alimentação das
125
diferentes espécies pecuárias, que possibilitem um melhor conhecimento dos
sistemas de produção.
A metodologia de trabalho a ser utilizada prioriza o enfoque sistêmico, a ação
coletiva e a participação dos alunos como atores co-responsáveis pelo
desenvolvimento de tecnologias e de soluções locais para os problemas
encontrados.
CONTEÚDOS
Introdução à Zootecnica; Importância sócio-econômica; Principais espécies de
interesse Zootécnico; Sistemas de criação animal; Noções e técnicas de manejo
animal; Noções e técnicas de manejo sanitário animal; Noções e técnicas de
forragicultura; Noções e técnicas de nutrição animal; Noções de melhoramento
animal.
Definição e conceituação de zootecnia;
Importância sócio econômica da criação de animais domésticos;
Estudo de animais domésticos:
Domesticação;
Estágios;
Fases;
Atributos dos animais domésticos;
Origem dos animais;
Taxonomia zootécnica;
Atributos étnicos:
Morfológicos;
Fisiológicos;
Influencia do meio ambiente sobre os animais de interesse zootécnicos;
Sistemas de criação:
Intensivo;
Semi-intensivo;
Extensivo;
126
Orgânico;
Noções de melhoramento animal;
Anatomia e fisiologia do aparelho reprodutor masculino e feminino das espécies
de interesse zootécnico;
Reprodução animal aplicada:
Tipos de monta;
Métodos de analise e coleta de sêmen;
Inseminação artificial;
Tranferência de embrião;
Nutrição animal:
Anatomia e fisiologia do aparelho digestivo de monogástricos ruminantes;
Alimentos: definição, composição e classificação;
Nutrição animal:
Estudo dos nutrientes;
Estudo dos principais alimentos aditivos utilizados na alimentação animal;
Métodos de balanceamento das rações;
Sanidade animal: Epidemiologia, farmacologia, desinfetante e desinfecção;
Principais doenças infecto contagiosas e parasitárias;
Defesa sanitária animal;
Noções e técnicas de forragicultura.
METODOLOGIA
As aulas teóricas destinam-se a fornecer embasamento para as aulas práticas
e serão ministradas nos seguintes procedimentos:
* Aulas expositivas com auxílio de recursos audiovisuais; (TV pen-drive, DVDs,
multimídia);
* Dinâmicas de grupo para pesquisa e discussão dos conteúdos; (utilizando livros,
apostilas, revistas, jornais;
* Pesquisas na internet;
* Leitura e resumo de textos de interesse pessoal dentro das áreas da disciplina.
127
As aulas práticas ajudam no desenvolvimento de conceitos científicos, além
de permitir que os estudantes aprendam como abordar objetivamente o seu mundo
e como desenvolver soluções para problemas complexos (LUNETTA, 1991).
Desta forma as aulas práticas serão utilizadas para retomada de conteúdos já
trabalhados, possibilitando uma nova visão dos mesmos e ampliando as formas de
visão de um tema.
Assim espera-se a geração de discussões sobre técnicas utilizadas
propiciando a exposição de idéias, a troca de conhecimento e respeito por opiniões
divergentes. As mesmas serão ministradas dentro das instalações da UDP (Unidade
Didático-Produtiva)
AVALIAÇÃO:
A avaliação consistirá de duas (2) provas escritas e individuais com igual
peso, perfazendo o total de dez pontos, versando sobre o conteúdo teórico [caráter
objetivo e/ou dissertativo]. A periodicidade será acordada com os alunos de acordo
com as diferentes etapas trabalhadas no conteúdo programático.
Serão avaliados relatórios de aulas práticas onde cada relatório valerá dez
pontos e a participação dos alunos nas mesmas com mesmo peso.
Trabalhos extraclasse também serão avaliados e cada um deles valerá dez
pontos.
A recuperação dos conteúdos será em caráter paralelo para os alunos que
não atingirem a média mínima visando à recuperação dos conteúdos.
PRODUÇÃO VEGETAL
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
128
Principais culturas de interesse econômico e social. Importância socio-
econômico; Técnicas de plantio, tratos culturais, colheita e armazenamento das
principais culturas; cultura de interesse bioenergético: cana-de-açúcar, girassol e
oleaginosas em geral.
CONTEÚDOS:
- Culturas secundárias : Algodão, café, cana-de-açúcar,arroz.
Importância socioeconômica;
Classificação botânica;
Morfologia das plantas;
Variedades recomendadas (zoneamento);
Época de plantio;
Técnicas de preparo do solo;
Adubação e calagem;
Plantio;
Densidade;
Lotação por área;
Tratos culturais;
Pragas,doenças,e ervas daninhas;
Colheita;
Beneficiamento e armazenagem;
Comercialização e transporte;
-Culturas de Fumo, Girassol, Pinhão manço.
Importância socioeconômica;
Classificação botânica;
Morfologia das plantas;
Variedades recomendadas (zoneamento);
Época de plantio;
Técnicas de preparo do solo;
Adubação e calagem;
Plantio;
Densidade;
129
Lotação por área;
Tratos culturais;
Pragas,doenças,e ervas daninhas;
Colheita;
Beneficiamento e armazenagem;
Comercialização e transporte;
-Forragicultura;
Classificação Geral das forrageiras;
Espécies anuais e perenes;
Métodos de propagação: vegetativos e por sementes;
Conservação das forrageiras;
-Culturas de verão:milho, soja,feijão, trigo, triticale, cevada
Importância socioeconômica;
Classificação botânica;
Morfologia das plantas;
Variedades recomendadas (zoneamento);
Época de plantio;
Técnicas de preparo do solo;
Adubação e calagem;
Plantio;
Densidade;
Lotação por área;
Tratos culturais;
Pragas,doenças,e ervas daninhas;
Colheita;
Beneficiamento e armazenagem;
Comercialização e transporte;
Objetivos:
- Os alunos terão noção da história e da importância da olericultura, ao tipo
de exploração, conhecendo também a classificação botânica das olerícolas;
130
- Irão dar mais atenção aos fatores externos, como luz, temperatura, umidade,
bem como a importância e viabilidade do emprego do emprego do cultivo protegido
para olerícolas;
- Os alunos terão noções para que servem os nutrientes específicos conforme
exigência das diferentes cultivações, além dos diferentes controles adotados contra
pragas, doenças e plantas daninhas ou invasoras;
- Destaque também, para que antes da produção devem ater-se aos
princípios da comercialização;
- Os alunos, a demais obterão conhecimento abrangendo algumas olerícolas
no tocante ao mecanismo de produção das mesmas;
Metodologia e Recursos (Didáticos e tecnológicos).
- Aulas expositivas com auxílio dos recursos áudio-visuais (TV pen drive, retro
projetor e data show);
- Acompanhamento a campo nas aulas práticas;
- Monitoramento no manejo da horta da instituição, colocando na prática o
conhecimento adquirido em sala de aula;
- Visita às propriedades rurais produtoras de olerícolas.
Avaliação
- Buscar uma avaliação qualitativa antes de quantitativas;
- Resgatar o conhecimento concreto antes do abstrato;
- A cada aula ministrada onde couber apresentação do assunto proposto,
utilizando recurso tecnológico (ex. DVD), será solicitado para o aluno um relatório;
131
- Será solicitado a realização de um trabalho escrito por equipe de alunos (no
máximo com quatro componentes) por bimestre, o qual será entregue na data da
realização da avaliação escrita. O valor deste ficará compreendido entre 0 (zero) a
1,5 (um ponto e meio);
- A avaliação escrita terá como enfoque questão única com valor de 0 (zero) a
7 pontos, esta abrangendo todos os tópicos decorridos no bimestre, onde o aluno
discorrerá sobre os mesmos;
- Para perfazer o valor de 0 (zero) a 10, o aluno descreverá sobre o referido
trabalho proposto e entregue, o qual terá um valor de 0 (zero) a 1,5 (um ponto e
meio).
- Desta forma, o trabalho escrito e entregue, avaliação escrita e descrição
escrita do trabalho, fechará a nota bimestral do aluno.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- Manuais técnicos da Embrapa, EPAGRI, IAPAR, EMATER.
- Circulares técnicos das estatais, Fundações e autarquias citadas acima;
- Internet;
- Manual de olericultura Vol II – Filgueira, F. A. R.;
- Periódicos e revistas sobre olericultura.
QUÍMICA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A química enquanto ciência, estrutura através de teorias os conhecimentos e
interpretações que o homem adquire da natureza. Ela reagrupa a multiplicidade das
observações e das experiências em relação às transformações em conjunto, cujos,
elementos são unidos por meio de leis.
132
A cada dia, novos produtos são lançados no mercado e todos esses produtos
têm uma mesma base: arranjos diferenciados de átomos, por exemplo, rações,
adubos, etc.
Essa busca do conhecimento e interpretação da natureza, da procura de
novas fontes de energia, do entendimento dos mecanismos da vida, tem levado o
homem a compreender o seu meio e as grandes forças que o dominam.
O aluno deve ser levado a entender as idéias fundamentais dessa ciência,
levando-o a utilizá-las para compreender melhor as manifestações da Química nos
vários aspectos da vida atual.
A Química deve permitir a compreensão do que ocorre na natureza e os
benefícios que ela concede ao homem, ao mostrar a necessidade de respeitar o
equilíbrio da natureza.
A Química proporcionará a discussão da função da ciência química na
sociedade e despertará o espírito crítico e pensamento científico, formando
indivíduos pensantes e produtivos em busca da melhoria da qualidade de vida.
A Química baseia-se no estudo de matéria e suas transformações, o objeto
da química. A matéria é formada por elementos químicos (caracterização). A
interação destes elementos, através de ligações químicas, dá origem às substâncias
químicas que, por sua vez, ao interagirem entre si (transformação) produzem novos
materiais.
METODOLOGIA
As aulas serão expositivas e dialogadas. Sempre que possível far-se-á aulas
práticas no laboratório. Também serão utilizados vários recursos pedagógicos e
estratégias relacionando ocasionalmente com a agropecuária e demais disciplinas.
AVALIAÇÃO
Terá sentido de rever algumas das questões práticas com que se iniciou o
aprendizado, dando aos alunos a condição de avaliarem por si próprios, o sentido do
aprendizado que adquiriram, superando a concepção regulatória - punitiva. Serão
utilizados vários instrumentos de avaliação, dentre eles destaco: trabalhos
133
individuais e em grupos, elaborações de conclusões, resolução de tarefas, provas
escritas, interesse e participação durante as aulas e, freqüência. A avaliação será
processual e de caráter continuo.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Modelos atômicos; alotropia; elementos químicos; aspectos técnicos da
química moderna; tabela periódica; número de oxidação; sistemas substância e
misturas; funções e reações inorgânicas; Leis das Reações Químicas; massa
atômica, molecular e mol; estudo dos gases; estequiometria; soluções;
termoquímica; oxirredução; química orgânica suas funções e reações; isomeria;
compostos orgânicos; solos – formação micro e macro nutrientes, reações;
esterilização e desinfecção.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Médio. Livro
Didático Público. Química. 2006. 248p.
MACEDO, M. Urbano de. Carvalho, Antonio. Química. São Paulo. 2001. Instituto
Brasileiro de Edições Pedagógicas. 407p.
SARDELLA, Antonio. Química. São Paulo: Ática. 2003. 361p.
SOCIOLOGIA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
134
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9.394, de 1996) abriu
perspectivas para a inclusão da Sociologia nas grades curriculares, uma vez que em
seu art.36, §1º, inciso III, expressa a importância do “domínio dos conhecimentos de
Filosofia e Sociologia necessários ao exercício da cidadania”.
A partir do segundo semestre de 2007, todas as escolas têm de oferecer as
disciplinas em duas aulas por semana durante pelo menos um dos três anos do
curso, porque em 7 de julho de 2006, o Conselho Nacional de Educação aprovou,
com base na Lei 9.394/96, a inclusão da Filosofia e da Sociologia no Ensino Médio.
A década de 1980 foi pródiga em manifestações pró-inserção da disciplina de
Sociologia no ensino médio, em vários estados brasileiros, aproveitando o momento
propiciado pela redemocratização do país. Mobilizações sociais ganham força
quando carreiam ações de diferentes agentes institucionais e, no Paraná, uma
campanha teve à frente o Sindicato dos Sociólogos do Estado do Paraná.
Com a conclusão, em 1988, da Proposta de Reestruturação do 2º grau no
Paraná, implementada em 1990 oficialmente, a Sociologia não chegou a ser
considerada disciplina obrigatória e às escolas foi dada a prerrogativa de implantá-la
ou não. Em 1991, foi implantada proposta de conteúdos e metodologias para a
Sociologia da Educação nos cursos de magistério da rede estadual, elaborada
anteriormente em ação conjunta da Secretaria de Educação do Estado e a
Universidade Federal do Paraná.
Secretaria Estadual de Educação (SEED), de 1991 a 1994, desenvolve ações
para fortalecer a Sociologia. Outro indicativo deste direcionamento institucional em
prol da Sociologia é a elaboração entre 1993 e 1994 de uma proposta de conteúdos,
como a diretriz estadual para a Sociologia, sob a responsabilidade de técnicos
pedagógicos do Departamento de Ensino de 2º grau da SEED (DESG) com a
consultoria de professores de diferentes instituições de Ensino Superior, entre elas:
FE-USP; UFSC e UFPR.
A Lei de Diretrizes e Bases (LDB) é promulgada em 1996 e reabre o debate
sobre a inclusão da Sociologia no Ensino de 2º grau, que ganhou âmbito nacional.
Poucas escolas, no Paraná, ofertavam a disciplina em seu programa, uma vez que a
autonomia das escolas trazia flexibilidade para que cada estabelecimento de ensino
criasse novas disciplinas e as incluísse nas respectivas matrizes curriculares. Nesse
contexto foi criado, em 1998, na Universidade Estadual de Londrina, um projeto de
135
extensão denominado “A Sociologia no Ensino Médio”, que resultou na
implementação da disciplina em todas as escolas do Núcleo Regional da Educação
de Londrina no ano de 1999.
Em 1997 e 1998, a disciplina foi incluída na base nacional comum dos
currículos e introduzida também nas escolas estaduais paranaenses, em 2000, a
determinação da diminuição da carga horária total das aulas semanais.
Em 2002 e 2003, a disciplina de Sociologia se manteve em 50% das escolas
paranaenses que, a partir de 2005, recebem professores concursados, em 2004.
A obrigatoriedade do ensino da disciplina a partir de 2007, determinada pelo
Conselho Nacional de Educação, levou à inclusão da Sociologia em todas as
escolas de Ensino Médio do estado. A escola é livre para determinar a série em a
disciplina será ofertada, mas na instrução normativa n. 015/2006 – SUED/SEED é
defendido o princípio de eqüidade entre as disciplinas, de modo a garantir um
mínimo de duas aulas semanais para todas as disciplinas nas séries em que são
ofertadas.
Todo conhecimento é histórico e guarda um potencial de mudança da
realidade, quando se investe tempo e recursos na formação humanística e crítica de
um jovem, ele será um profissional mais consciente do seu papel social, não apenas
com vistas à remuneração e status que possa auferir. Com certeza, conquistará a
condição de cidadão muito antes de se tornar adulto. E para a cidadania é
importante que ele se sinta um entre iguais e não apenas um entre outros com os
quais não se identifica. Como se expressa Sarandy (2001): “Quando o aluno
compreende que os cheiros, os gestos, as gírias, as tensões e conflitos, as lágrimas
e alegrias, enfim, o drama concreto dos seus pares, é em grande medida resultante
de uma configuração específica de seu mundo, então a Sociologia cumpriu sua
finalidade pedagógica”.
METODOLOGIA
Em sociologia contemplamos levantamento de problematizações,
contextualizações, investigações e análises, encaminhamentos que podem também
ser enriquecidos, através de recursos audiovisuais e tecnológicos a fim de que o
aluno seja colocado como sujeito de seu aprendizado, faz-se necessária a
136
articulação constante entre as teorias sociológicas e as análises, problematizações e
contextualizações propostas, assim permitindo que os conteúdos estruturantes
dialoguem constantemente entre si. É importante garantir a relação com a atualidade
e conseqüente contextualização com as outras áreas do conhecimento.
AVALIAÇÃO
Ao avaliar é importante considerar o conhecimento prévio e o potencial já
consolidado do aluno em desenvolvimento, as hipóteses e os domínios bem como
relacioná-las com as mudanças que ocorrem no processo de ensino aprendizagem.
Cabe ao professor identificar a evolução ou, o desenvolvimento do educando a partir
da construção do conhecimento e a conseqüente apreensão dos estudantes que
devem ser avaliados de forma contínua e cumulativa.
A avaliação deve ter um caráter diagnóstico e possibilitar ao educador avaliar
o seu próprio desempenho como docente, refletindo sobre intervenções didáticas e
ou possibilidades de como atuar no processo de aprendizagem dos alunos, não
mais em ser passivo diante dos conteúdos, mais um agente do conhecimento.
Dar condições ao professor de tomar decisões quanto ao aperfeiçoamento
das situações de aprendizagem proporcionando dados para reformulação dos
conteúdos e metodologia de trabalho.
Sendo diagnóstica, permanente e acumulativa, utilizando técnicas e
instrumentos diversificados, criando condições para que os alunos preocupem-se
mais com aplicações dos conhecimentos do que com a memorização.
Observando a socialização, a participação, o interesse do educando e o
crescimento do mesmo na aquisição de conhecimentos associados a todos, de
acordo com as necessidades que ele apresente.
Vale salientar que todas as atividades propostas como referencial de
avaliação possuem o peso de 0 a 10.
Havendo necessidade de recuperar o conteúdo, haverá a possibilidade da
recuperação paralela, prevalecendo a maior nota atribuída. Assim auxiliando o aluno
e o estimulando a aprender.
137
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO DO Paraná. Departamento de Ensino
Médio: Diretrizes Curriculares de Sociologia, 2007.
Livro Didático Público do Paraná - Sociologia
Portal Dia-a-Dia Educação do Paraná
JOHNSON, Allan G. Dicionário de Sociologia: guia prático da linguagem sociológica.
Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1997.
Revista Ciência &Vida Sociologia Especial, 2008.
SOLOS
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Nesta proposta pedagógica curricular da disciplina de Solos busca-se atingir e
formar o conhecimento dos alunos pela abordagem dos conteúdos explicativos da
formação (geologia) e correta conservação dos solos, bem como a sua correta,
correção e adubação para o incremento da produtividade agropecuária.
O aluno deverá adquirir os conhecimentos e práticas relativos ao
planejamento, execução, manejo e uso racional e equilibrado do solo, bem como
dos recursos hídricos.
Deverá conhecer as classificações de solos das principais regiões brasileiras
e do mundo; bem como suas possíveis limitações e técnicas corretivas, práticas de
controle da erosão – mecânicas e vegetativas. Ao identificar as classes de
capacidade de uso do solo, recomendar as vocações das terras.
Ao reconhecer os componentes do solo e interpretar sua análise
corretamente, recomendar os corretivos e adubos necessários a cada cultura.
Dentre os métodos de conservação do solo, dominar as técnicas do plantio
direto e adubação verde; bem como os benefícios da adubação orgânica e técnicas
alternativas de agricultura.
138
Dá-se ênfase ä formação de uma consciência humanista e de pluralidade
cultural que visa o bem comum e a preservação dos recursos naturais e eventual
recuperação dos mesmos.
METODOLOGIA
Na disciplina de Solos serão utilizados múltiplos métodos de aquisição do
conhecimento e do saber, tais como: aulas expositivas dialogadas, provocativas,
investigativas. Utilização de recursos variados (datashow, retroprojetor, DVD, vídeo
cassete, etc.), TV, canais rurais e cursos audio-visuais, com os respectivos estudos
e relatórios. Utilização do laboratório de informática para pesquisas nos sites da
EMBRAPA, IAPAR, UFPR, SEED. Consultas na biblioteca a livros, manuais e
compêndios agronômicos, florestais (silvicultura) e ecológicos. Abordagem de
conteúdos em estudos em grupo, debates e questionários. Estudos práticos ao ar
livre – plantio de árvores (nativas, exóticas, frutíferas). Visitas técnicas à
propriedades rurais e aulas práticas na fazenda escola.
Gênese e formação do solo; características físicas, químicas e biológicas do
solo; análise de solo; adubos e adubação; classificação dos solos; capacidade de
uso de solo; adubação verde; rotação de culturas; plantio direto; práticas
conservacionistas; legislação de uso e manejo de solo.
AVALIAÇÃO
A avaliação na disciplina de Solos leva em conta a aprendizagem qualitativa,
cumulativa e contínua. Detectando-se e interpretando-se os dados do progresso e
evolução da aprendizagem do aluno e do trabalho do professor, objetiva-se
acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem, o conhecimento e
entendimento adquirido no dia-a-dia escolar. Outro objetivo é avaliar a necessidade
de inclusão de conteúdos pertinentes à disciplina de Solos, bem como reformulação
de conteúdos antigos e suas metodologias de estudo e aprendizagem.
Serão utilizados os seguintes instrumentos de avaliação: identificações,
práticas, comparações, análises, produções de texto e imagens, interpretações de
139
análises, sínteses, reestruturação de conhecimentos, esquemas, expressã9o de
opiniões, auto-avaliações, palestras, seminários.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, Fernando S. A alelopatia e as plantas. Circular nº 53. Outubro/88.
Instituto Agronômico do Paraná.
ANDA. Associação Nacional para Difusão de Adubos. Vocação da Terra.
__________________________________________ . Boletim Técnico nº 08.
Micronutrientes, filosofias de aplicação e eficiência agronômica.
BOLETIM Nº. 200, IAC (Vários Autores)
CASTRO, Paulo Santana. Recuperação e conservação de Nascentes. EMATER.
Análise de Solos. Inf. Téc. 31.
GALETI, Paulo Anestar. Instituto Campineiro de Ensino Agrícola. Práticas de
Controle da Erosão.
IFA. International Fertilizer Industry Associaton. Trad. ANDA Associação Nacional
para Difusão de Adubos. O uso de Fertilizantes Minerais e o Meio Ambiente.
LEPSCH, I.F. Formação e conservação de solos.
LORENZI, Harri. Árvores Exóticas do Brasil. Madeireiras, ornamentais e
aromáticas. São Paulo: Plantarum. 2003.
____________. Manual de Identificação e Controle de Plantas Daninhas –
Plantio Direto e Convencional. São Paulo; Palntarum. 2006.
MALAVOLTA, E. Adubos e adubações.
140
MARTINS, Sueli Sato. Recomposição de Matas Ciliares no Estado do Paraná.
SEMA/ COCAMAR/ UEM/ IAP/ OCEPAR. Clichetec. 2005. 32p.
MAZUCHOWSKI, T.Z. Planejamento Conservacionista (Emater- PR)
VIEIRA, LUCIO S. Manual da Ciência do Solo.
Sites: Clipping Agropecuário, EMBRAPA, IAPAR, EMATER, SEED, SEAB, Página
Rural.
DISCIPLINAS DA GRADE DE CESSAÇÃO:
CULTURAS
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A disciplina de Culturas tem uma importância muito grande dentro da
formação técnica, pois a busca por produção de alimento é constante frente às
demandas da população mundial.
A disciplina visa um profissional com uma responsabilidade tal que expresse
na produção local, regional, nacional e global, aplicando seus conhecimentos dentro
de uma “empresa” agrícola para que consiga explorar de forma racional os recursos
naturais existentes na propriedade, respeitando as tendências de mercado bem
como a cultura regional.
No decorrer dos estudos, o aluno deve ser capacitado para o planejamento,
condução e finalização de todo o ciclo de uma cultura, identificando a anatomia,
fisiologia, fito, entomologia – aspectos relacionados à cultura. Essencial também o
aprendizado no que se refere às técnicas de preparo de solo, tratos culturais,
colheita, beneficiamento, armazenagem, transporte e comercialização da cultura
estudada.
141
Ementa
Culturas primárias e culturas secundárias: importância sócio-econômica;
classificação botânica; variedades; época de plantio; técnicas de preparo de solo;
tratos culturais; colheita; beneficiamento e armazenagem; comercialização e
transporte.
METODOLOGIA
Exposição dialogada, provocativa e investigativa.
Utilização de manuais relativos ao assunto
Utilização de vídeos, softwares e outros multimeios.
Aulas práticas na fazenda escola, complementando os conteúdos das aulas teóricas.
AVALIAÇÃO
Acompanhar o desempenho do aluno através de avaliações práticas/ teóricas
onde se possa identificar a apreensão do conteúdo. A avaliação será de forma
qualitativa, cumulativa e contínua utilizando vários recursos:
Identificações e comparações (de pragas, doenças, adubação, tipos de solo, etc).
Interpretações de textos relativos à cultura estudada.
Levantamento de dados (análises de produtividade).
Visitas técnicas (propriedades produtoras das principais culturas)
Relatórios (diagnósticos de pragas e doenças).
Pesquisa de campo (desenvolvimento das culturas).
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Sítios na Internet: EMBRAPA, IAPAR, CIDASC, EPAGRI, EMATER, SEAB.
http://www.seed.pr.gov.br
Compêndio de Culturas.
142
INFORMÁTICA APLICADA À AGROPECUÁRIA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O setor agropecuário, apesar de ser um dos maiores e mais importantes da
economia brasileira, até poucos anos atrás encontrava-se completamente à margem
da verdadeira revolução que varreu o mundo de ponta a ponta, mudando
radicalmente o comportamento e desempenho da maioria dos setores da economia
mundial: a chamada “revolução da informação”.
A informática, principalmente desta revolução, surgiu justamente para
possibilitar o acúmulo de grandes volumes de informações, possibilitar a pesquisa
sobre estes dados de forma rápida e eficiente; possibilitar a sua transmissão por
todo o planeta de forma quase instantânea.
Ao contrário dos demais setores da economia do país, este setor, na época
de início da “revolução da informação”, possuíam uma característica muito própria: a
falta de concorrência externa.
O produtor rural, até bem pouco tempo atrás, para ganhar dinheiro e
sobreviver em suas atividades não precisava ser melhor do que o seu vizinho pois,
literalmente, não existiam concorrentes para lhe tirar o mercado.
Mas o mundo mudou as portas entre os países se abriram, e o setor
agropecuário desta vez não pode ficar imune a estas mudanças, ele sabe que tem
necessidade de se tornar competitivo.
E é justamente devido a esta nova consciência que está se formando que o
setor primário está abrindo as suas portas à revolução da informação da mesma
forma que os setores urbanos o fizeram há mais de trinta anos.
Neste contexto é que o estudante deve reconhecer o papel da informática na
organização da vida sócio-cultural e na compreensão da realidade, relacionando o
manuseio do computador a casos reais, ligados ao cotidiano do estudante, seja no
mundo do trabalho, na educação ou na vida privada, devendo reconhecer a
informática como ferramenta para novas estratégias de aprendizagem, capaz de
contribuir de forma significativa para o processo de construção do conhecimento nas
diversas áreas.
143
Ementa
Hardware, software, sistemas operacionais, editores de texto, planilhas
eletrônicas, softwares de apresentação, Internet, navegadores pela Internet,
Metodologia do Planejamento de Pesquisa, fases da elaboração de um projeto
utilizando ferramentas de sistemas operacionais (escolha do tema, formulação do
problema, construção de hipóteses, revisão bibliográfica, amostragem, seleção de
métodos e técnicas, construção de instrumentos de pesquisa e coleta de dados,
tabulação, análise de instrumentos e procedimentos metodológicos),softwares
aplicados à agropecuária, softwares agropecuários.
METODOLOGIA
Considerando a busca e a necessidade de informações atualizadas, serão
utilizados recursos educacionais encontrados na rede mundial de computadores.
Serão utilizados softwares procurando a interdisciplinaridade com as
disciplinas do núcleo comum e da agricultura e pecuária, sendo utilizada exposição
dialogada, provocativa e investigativa.
AVALIAÇÃO
Tem por finalidade acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem,
proporcionando informações que permitam a reformulação de conteúdos,
metodologia e instrumentos, estudando e interpretando os dados da aprendizagem e
do trabalho do professor, de forma qualitativa, cumulativa e contínua.
Serão utilizados os seguintes instrumentos: identificações, comparações,
análises, produções, interpretações, sínteses, reestruturação de textos, aplicação de
conhecimentos, expressão de opiniões, palestras e seminários.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
144
http://www.infowester.com/linux5.php
http://www.pr.gov.br/telecentros
http://www.seed.pr.gov.br
http://www.br-linux.org
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Departamento de
Ensino Profissional: Diretrizes Curriculares Nacionais. Linguagens, Códigos e suas
Tecnologias. 1999. 133p.
FERRARI, Fabricio A. Curso Prático de Linux. São Paulo: Universo dos Livros,
2007. 128p.
IRRIGAÇÃO E DRENAGEM
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A disciplina de irrigação e drenagem aborda a importância do fornecimento do
nutriente H2O as plantas cultivadas bem como o controle do seu excedente
(drenagem), de maneira a atingir o incremento da produção Agropecuária, esta
disciplina capacita o Técnico em Agropecuária a planejar, executar, assessorar
projetos de irrigação e drenagem.
Na atualidade o técnico agropecuário torna-se um mediador destas tecnologias
ao agricultor no campo disponibilizando-lhe informações técnicas e ações de
soluções de baixo custo para disponibilizar o fator água nos cultivos agrícolas de
que se faz necessário.
Ementa
Importância, qualidade da água para irrigação, relação solo – água – clima –
planta, infiltração, ponto de murcha, evapotranspiração, turno de rega, captação e
145
condução de água para irrigação, equipamentos de irrigação, métodos de irrigação,
importância da drenagem, tipos de drenos, cálculos, condutividade.
METODOLOGIA
Utilização de copias xerox de textos selecionados, com levantamento de
questões para estudo dirigido, individual ou em equipe, elaboração de síntese,
resumo, textos (papers), aulas expositivas com giz e quadro, datashow, TV-
Pendrive, vídeos K-7, DVD, construção de cartazes, projetos, cálculos, exposição de
equipamentos e tecnologias, dinamização de equipes.
AVALIAÇÃO
Utilização de provas objetivas e subjetivas, trabalhos individuais ou em grupo,
papers, projetos, avaliação da participação do aluno, capacidade de pesquisar com
objetividade em livros, sites técnico-pedagógicos, compêndios agrícolas, interpretar
gráficos, tabelas, equipamentos. Avaliação do interesse e dedicação aos assuntos
da disciplina no seu contexto humano também.
Os alunos que não atingirem a nota mínima devem ter acesso a recuperação
paralela através de trabalhos e/ ou provas. Os critérios utilizados na avaliação vão
desde a simples presença dos alunos, sua freqüência, realização de exercícios e
atividades didáticas e o diálogo com o professor nos trabalhos em equipe, seu grau
de participação, interesse e desempenho.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SALASSIER,Bernardo; Manual de Irrigação; Editora UFV; Viçosa – 2005.
Withers, Bruce; Irrigação: projeto e pratica. Editora Nobel. São Paulo.
146
Catálogos de Empresas: Schneider Motobombas - manual de irrigação:
considerações gerais sobre culturas agrícolas, dimensionamento de sistemas de
irrigação, tabelas para dimensionamento e informações gerais.
CONSTRUÇÕES E INSTALAÇÕES
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Os primeiros Homo Sapiens refugiaram-se nos lugares que a natureza lhes
oferecia. Esses locais poderiam ser aberturas nas rochas, cavernas, grutas ao pé de
montanhas ou até no alto delas. Mais tarde eles começariam a construir abrigos com
as peles dos animais que caçavam ou com as fibras vegetais das árvores das
imediações, que aprenderam a tecer, ou então combinando ambos os materiais.
É somente no final do neolítico e início da idade do bronze que surgem as
primeiras construções de pedra, principalmente entre os povos do Mediterrâneo e os
da costa atlântica. No entanto, como esses monumentos colossais tinham a função
de templo ou de câmaras mortuárias, não se tratando de moradias, seu advento não
melhorou as condições de habitação, quando foi eleito o abrigo, como sendo a
construção predominante nas sociedades primitivas, será o elemento principal da
organização espacial de diversos povos. Este tipo de construção ainda pode ser
observado em sociedades não totalmente integradas na civilização ocidental, como
os povos ameríndios, africanos, aborígines, entre outros.
A presença do abrigo no inconsciente coletivo destes povos é tão forte, que ela
marcará a cultura de diversas sociedades posteriores: vários teóricos da arquitetura,
em momentos diversos da história, na Antiguidade e na mais recentemente)
evocarão o mito da cabana primitiva. Este mito, variando de acordo com a fonte,
prega que o ser humano recebeu dos deuses a Sabedoria para a construção de seu
abrigo, configurado como uma construção de madeira composta por quatro paredes
À medida que as comunidades humanas evoluíam e aumentava também a
necessidade de novas construções com utilização de diversos materiais como
147
madeira, argila, pedras, galhos, troncos etc. tanto para morar, como para armazenar
alimentos, confinar animais, armazenar água, represar água irrigar a terra etc.
Dentre as atividades do técnico em agropecuária, definida pela Lei nº 5.24/68
e Decreto nº 90.902/85, que regulamentam o exercício profissional desta categoria
destacam-se a elaboração de projetos de instalações rurais, de menor
complexidade; portanto o Técnico em Agropecuária deverá ter ao longo de sua
formação os conceitos básicos para elaboração desses projetos, no que se refere à
elaboração das plantas e a construção propriamente dita. Para o desenvolvimento
dos conteúdos referentes à elaboração dos projetos de locação da obra para
execução, são necessários os conteúdos Matemáticos, como desenho geométrico,
trigonometria, medidas de comprimento, superfície e volume, proporção.
Dessa forma, a disciplina de Construção e Instalações Rurais deverá proporcionar
ao futuro Técnico em Agropecuária as condições para a execução dos projetos de
construções e instalações econômicas e adequadas às atividades agropecuárias,
como: Pequenos açudes e poços para coleta de água, fossas, cercas e muros,
abrigo para animais, instalações elétricas e hidráulicas, silos, galpões, pontes,
pontilhões, bueiros, portões e estufas.
Ementa
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO, Origem, classificação, utilização, durabilidade,
custo.
NOÇÕES DE MARCENARIA E CARPINTARIA, tipo de madeiras, bitola, tipos de
ferramentas, serras manuais e elétricas, esquadro, nível, e instrumentos de medidas
como: trena, metro, paquímetro etc.
NOÇÕES DE ALVENARIA, alinhamento, nível, ângulos, noção de proporção na
mistura de argamassa, confecção das ferragens.
OBJETIVOS: Identificar o material mais adequado para o tipo de construção
desejado, observando a disponibilidade, durabilidade e custo.
Realizar o alinhamento, o esquadro e nível de uma construção.
148
PRINCIPAIS ETAPAS DE CONSTRUÇÃO DE UMA OBRA, projeto, escolha e
preparação do local, fundação, execução da obra.
CONSTRUÇÃO DE MADEIRAS E ALVENARIA, pontes, pontilhões, abrigos para
animais, cochos, cercas, bueiros, portões, cocheiras, galpões, garagens, silos,
armazéns, esterqueiras, biodigestores etc.
OBJETIVOS: Identificar o tipo de madeira mais adequado para a obra.
Identificar a bitola de: pregos, parafusos mais adequado para fixação da madeira.
Realizar cortes em ângulos e encaixes.
Conhecer e aplique o conceito de prumo, nível e alinhamento.
Realizar o caimento adequado para cada construção.
Realizar a mistura de argamassa, de acordo com a proporção para cada tipo de obra
ou acabamento.
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS, cuidados no manuseio de eletricidade, voltagem,
monofásico, trifásico, disjuntores, chave geral, tipos de ligações elétricas, bitola de
fios elétricos, símbolos utilizados, aterramento, isolantes, circuitos elétricos, tipos de
corrente elétrica, consumo de energia elétrica, unidades de medidas.
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS, caimento, bitolas de tubos e conexões, tipos de
bombas, registros e torneiras, reservatórios,
OBJETIVOS: identificar o tipo de fio correto para cada instalação elétrica.
Isolar corretamente fios elétricos.
Utilizar sempre ferramentas isoladas.
Compreender os circuitos elétricos.
Realizar um encanamento e identificar o tipo de bitola de cano e conexões.
ACABAMENTO E PINTURA, colocação de lajotas, azulejos, ladrilhos, forro, beraus,
rodapés, meia cana, portas e janelas. Etc. pintura de paredes de alvenaria, de
madeira e de ferro com rolo, pincel e com pistola de ar.
149
CONSERVAÇÃO E REPAROS: troca de telhas de barro e de eternit, substituição de
vigas, caibros, tabuas, portas, portões, janelas, canos e conexões, fiações elétricas,
fechaduras, travas, dobradiças etc.
OBJETIVOS: Realizar pequenos consertos nas propriedades rurais.
Realizar cálculo de quantidade de tinta de acordo com a metragem quadrada.
Realizar pintura com rolo pincel ou pistola em madeira, alvenaria e ferro.
METODOLOGIA
Na concepção tradicional de ensino, o conceito de ensinar está ligado a um
sujeito (professor) que por suas ações, transmite conhecimento e experiências a um
aluno, que tem por obrigação receber, absorver e reproduzir as informações
recebidas. Já em outra perspectiva, o professor é figura fundamental no processo de
aprendizagem, tendo a oportunidade de desenvolver o papel de mediador,
facilitador, incentivador e motivador na construção da aprendizagem do aluno.
Nesse sentido, o papel explícito do professor é o de intervir, na zona de
desenvolvimento proximal dos alunos, provocando avanços que não aconteceriam
espontaneamente. Tão importante quanto à transmissão de conhecimento é a
promoção de situações que motivem os alunos rumo ao conhecimento, que seja
através de troca de informações com colegas, quer seja no aprendizado de
conceitos científicos. Tendo em vista a esta matéria à metodologia empregada será
a situações do dia a dia em uma propriedade rural, priorizando a situações praticas,
mas sempre que necessário aulas teóricas de acordo com o conteúdo em questão,
motivando o aluno da importância econômica que pequenos reparos ou até mesmo
algumas construções, gera em uma propriedade, tendo em vista os altos custos de
mão de obra especializada.
AVALIAÇÃO
“Avaliar é uma atividade intrínseca e indissociável a qualquer tipo de ação que
vise provocar mudanças” Darsie (1995, P.48). Nesse sentido, a avaliação é uma
150
atividade da prática pedagógica no que se refere à avaliação da aprendizagem.
Cabe a nós professores debruçarmo-nos e dirigirmos um olhar reflexivo sobre a
avaliação e sobre este significado enquanto atividade humana intencional. O
trabalho de avaliação em aula não é isolado, uma vez que está ligado diretamente a
uma intenção-objetivo, que perpassa o projeto político pedagógico, os objetivos do
ensino e da aprendizagem e a perspectiva de formação de sujeitos com potencial
para problematizar o real, vivê-lo e recriá-lo.
O grau de conhecimento será avaliado com pesos variando de zero a dez,
através de trabalhos de pesquisa individual e em grupos, relatórios, provas escrita e
oral, trabalhos práticos, debates, servindo também como diagnóstico para replanejar
novas atividades envolvendo conteúdos, objetivos, constatados a partir da correção,
envolvendo o conjunto de alunos, mas em especial aqueles que precisam superar
dificuldades, revendo a forma de ministrar o conteúdo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares Estaduais.
FAGHERAZZI, Maristela Aparecida. Didática: Uma Perspectiva da Prática Docente
Florianópolis, 2002.
AGROECOLOGIA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Esta disciplina visa a apropriar ao aluno do curso Técnico em Agropecuária dos
conhecimentos e capacidades de atuar no âmbito agropecuário utilizando técnicas
de baixo risco ambiental reduzindo e/ou anulando a poluição ambiental e buscando
alternativas de desenvolvimento sustentável, ecologicamente corretas.
A importância da disciplina Agroecologia no curso Técnico em Agropecuária decorre
da crescente demanda por produtos de origem vegetal e animal com certificação
151
orgânica, e da grande necessidade de se produzir com responsabilidade ambiental
“produzir sem poluir”, e produzir produtos agropecuários mais nutritivos e saborosos
ao paladar humano.
Ementa
Agroecologia: conceitos agro-ecológicos e importâncias, ecologia agrícola,
biodiversidade, agrícola sustentável, agrícola orgânica, adubação orgânica, manejo
de resíduos orgânicos, compostagem, biodinâmica,, controle biológico de pragas e
doenças, manejo de dejetos, uso sustentável de recursos naturais renováveis,
processos de conversão de sistemas produtivos convencionais em agro-ecologicos.
Metodologia
Utilização de copias xérox de textos selecionados, com levantamento e questões
para o estudo dirigido, individual ou em equipe, elaboração de sínteses, resumos,
textos (papers), aulas expositivas com giz e quadro, datashow, TV-Pendrive, vídeos
K-7, DVD, construção de cartazes, projetos, cálculos, exposições de equipamentos e
tecnologias, dinamização de equipes.
AVALIAÇÃO
Utilização de provas objetivas e subjetivas, trabalhos individuais ou em grupo,
papers, projetos, avaliação da participação do aluno, capacidade de pesquisar com
objetividade em livros, sites técnico-pedagógicos, compêndios agrícolas, interpretar
gráficos, tabelas, equipamentos. Avaliação do interesse e dedicação aos assuntos
da disciplina no seu contexto humano também.
Os alunos que não atingirem a nota mínima devem ter acesso a recuperação
paralela através de trabalhos e/ ou provas. Os critérios utilizados na avaliação vão
desde a simples presença dos alunos, sua freqüência, realização de exercícios e
atividades didáticas e o diálogo com o professor nos trabalhos em equipe, seu grau
de participação, interesse e desempenho.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
152
Khatounian, C.A., A reconstrução ecológica da agricultura, Editora Agroecológica
– Botucatu – SP – 2002.
Koefp, Herbert. H., Agricultura Biodinâmica, Editora Nobel – São Paulo – SP –
1983.
Primavesi, A.M., Manejo Ecológico do Solo. Boletins, publicações, informes do
IAPAR, Embrapa, Emater/PR, CATI-SP.
Apostila PROAF – Teorias e Praticas Agro-ecológicas – Programa de Fomento
de Oportunidades Comerciais a Agricultura Familiar. Território de Mafra/SC.
MECANIZAÇÃO AGRÍCOLA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Na vida profissional do técnico em Agropecuária, todos os equipamentos
voltados ä agricultura são de vital importância, independentemente de sua natureza
e a atividade, estarão intimamente ligados às propriedades rurais.
Esta disciplina tem como característica demonstrar conteúdos mínimos
necessários para o correto uso e funcionamento das principais máquinas agrícolas e
seus implementos, além de demonstrar as possibilidades de benfeitorias.
Visando uma forma adequada de trabalhar os conhecimentos inerentes da
disciplina, independentemente das realidades das propriedades agrícolas nas quais
os futuros técnicos pretendem trabalhar (baixa ou alta tecnologia), há que se
exercitar a leitura crítica acerca das metas e usos adequados dos equipamentos e
trações, proporcionando ao produtor, principalmente, melhoria de sua qualidade de
vida.
Dentro do estudo do equipamento voltado à agricultura, serão abordados
todas as principais vantagens e desvantagens da utilização, funcionamento
153
adequado, manutenção, capacidade de uso, riscos de acidentes e economia de
tempo – tudo com vistas à facilitar o empreendimento do produtor rural.
Ementa
Técnicas de manutenção, regulagem e operação de motores, máquinas,
equipamentos, implementos de tração motorizada, humana e animal; normas de
segurança no uso de maquinários, implementos e equipamentos; técnicas de
direção defensiva; uso de softwares aplicados ao gerenciamento de máquinas e
equipamentos.
METODOLOGIA
Aulas teóricas, dialogadas.
Quadro e giz para explanação de cálculos.
Aulas práticas com maquinário e implementos.
Conceitos de informática para diminuição de custos na produção.
Demonstração de condução de equipamentos.
Vídeos que ilustrem perdas de lavouras (cuidados e prevenção).
Interpretação de manuais.
Leitura e comparação através de catálogos de empresas de maquinários.
Auxílio à colheita dentro da Fazenda Escola, reforçando as características
dos materiais utilizados.
Aulas investigativas, provocando o desenvolvimento crítico do aluno.
Visitas técnicas.
AVALIAÇÃO
Na disciplina de Mecanização devemos ter a nítida interpretação dos dados
em sua aprendizagem, tendo sempre finalidade de acompanhar e aperfeiçoar todo o
processo de conhecimento dos alunos, tendo conteúdos, metodologia e
154
instrumentos voltados à formação do técnico em um processo cumulativo e
contínuo.
Para a avaliação da aprendizagem serão utilizados recursos como
identificações, comparações, análise de produção, interpretação de resultados,
aplicação prática, opiniões e debates, levantamento de hipóteses acerca de
desempenho de máquinas, seminários, relatórios, demonstrações, entre outros.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
EMBRAPA. Capacidade de Trabalho das Máquinas Agrícolas: Centro Nacional
de Pesquisa de Soja. 1981. 11p.
NEW HOLLAND. Manual do Operador. Curitiba, 1996. 122p.
NEW HOLLAND. Manual do Operador de Trator. Curitiba, 2001. 120p.
http://www.portaldoagronegocio.com.br
SILVEIRA, Gastão Moraes de. O preparo do solo com implementos corretores.
São Paulo: Globo Rural, 1989. 243p.
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM RURAL. Trabalhador em Operação e
Manutenção de Colheitadeiras Automotrizes. 2003. 50p.
ADMINISTRAÇÃO E ECONOMIA RURAL
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Através da Administração e Economia Rural o aluno deverá adquirir
conhecimento para gerir uma propriedade rural. No decorrer do trabalho o aluno
deverá compreender que a saúde do animal ou da planta é importante, contudo não
155
valerá se o resultado econômico da propriedade não proporcionar uma vida digna e
humana para a sua família.
A disciplina é um instrumento didático que proporciona ao aluno adquirir
conhecimentos acerca dos fatores econômicos aos quais a agricultura e a pecuária
estão subordinadas, assim como, no desenvolvimento do ementário, o aluno terá
noção das políticas de crédito, de preço, de armazenagem e conservação do
alimento, tecnologia e organização da produção e conhecimento da dinâmica de
mercado agrícola.
A disciplina deverá levar o aluno a uma maior compreensão de Administração
Rural, da produção agrosilvopastoril em um contexto de economia mais competitiva
e globalizada, sendo capazes de minimizar os problemas que envolvem questões
econômicas, financeiras, de gestão e tecnologia de suas propriedades.
Ementa
Princípios de administração; organização de empresas; recursos humanos;
princípios de contabilidade; matemática financeira; noções de estatística; fatores de
produção; planejamento estratégico; comercialização.
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A disciplina será desenvolvida através de aulas práticas e teóricas. Nas
atividades práticas será possível a familiarização com as futuras atividades da
propriedade na qual estiver trabalhando. As aulas teóricas, através de exposição
dialogada e outros recursos, estarão fazendo os “elos” necessários para a
compreensão das atividades.
AVALIAÇÃO
A avaliação servirá como instrumento importante para o acompanhamento da
aprendizagem e redimensionamento da prática. A avaliação será cumulativa e
processual, praticada através de vários instrumentos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
156
ANDRADE, José Geraldo de. Introdução à Administração Rural. Lavras:
UFLA/FAEPE. 1998. 75p.
DRUCKER, Peter Ferdinand. Administração para o futuro. São Paulo: Pioneira.
1992. 242p.
GRIFFIN, Gerald R. Maquiavel na Administração. São Paulo: Atlas. 1993. 258p.
GUIMARÀES, José Mario Patto. Planejamento e gestão financeira. Lavras:
UFLA/FAEPE. 1999. 64p.
SALAZAR, German Torres. Administração Geral. Lavras: UFLA/FAEPE.
2001.152p.
_______________________.Administração Financeira. Lavras: UFLA/FAEPE.
2000. 153p.
157
MATRIZES CURRICULARES DO CURSO TÉCNICO EM MEIO AMBIENTE:
CURSO INTEGRADO
MATRIZ CURRICULAR
ESTABELECIMENTO:
MUNICÍPIO:
CURSO: TÉCNICO EM MEIO AMBIENTE
FORMA: INTEGRADA IMPLANTAÇÃO GRADATIVA A PARTIR DO ANO
TURNO: C H: 4.000 H/A 3.333 HORAS MAIS 100 HORAS DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO
MÓDULO: 40 ORGANIZAÇÃO: SERIADA
Disciplinas
SÉRIES
H/A HORAS
1ª 2ª 3ª 4ª
T P T P T P T P
1 Arte 2 80 67
2 Biologia 2 3 2 2 360 300
3 Educação Física 2 2 2 2 320 267
4 Filosofia 2 80 67
5 Física 2 2 2 240 200
6 Geografia 2 2 2 3 360 300
7 História 2 2 2 240 200
8 Língua Portuguesa e Literatura 2 2 3 2 360 300
9 Matemática 2 2 1 1 2 320 267
10 Química 3 2 2 280 233
11 Sociologia 2 80 67
12 LEM – Inglês 2 80 67
13 Informática Aplicada 1 1 80 67
14 Análise, controle e Química Ambiental
2 1 1 1 1 240 200
15 Educação Ambiental 2 80 67
16 Gestão de Recursos Naturais 2 1 1 1 1 240 200
17 Gestão de Resíduos 2 1 1 160 133
18 Legislação e Segurança Ambiental 2 2 160 133
19 Metodologia Científica e Comunicação
2 80 67
20 Sistema de Gestão Ambiental 1 1 1 1 160 133
Total 25 25 25 25 4000 3333
Estágio Supervisionado 1 2 120 100
158
CURSO SUBSEQUENTE
MATRIZ CURRICULAR
ESTABELECIMENTO:
MUNICÍPIO:
CURSO: TÉCNICO EM MEIO AMBIENTE
FORMA: SUBSEQUENTE IMPLANTAÇÃO GRADATIVA A PARTIR DO ANO
TURNO: C H: 1480 H/A 1233 HORAS MAIS 100 HORAS DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO
MÓDULO: 20 ORGANIZAÇÃO: SEMESTRAL
Disciplinas
SEMESTRES
H/A HORAS 1ª 2ª 3ª
T P T P T P
1 Análise, Controle e Química Ambiental
2 2 2 1 2 2 220 183
2 Educação Ambiental 2 2 2 120 100
3 Estatística Aplicada 2 1 2 1 120 100
4 Fundamentos do Trabalho 2 40 33
5 Geografia Ambiental 2 2 1 2 1 160 133
6 Gestão de Recursos Naturais 3 1 3 1 3 1 240 200
7 Gestão de Resíduos 2 3 2 1 160 133
8 Informática Aplicada 1 1 1 1 80 67
9 Legislação e Segurança Ambiental
2 2 2 120 100
10 Metodologia Científica e Comunicação
3 60 50
11 Sistemas de Gestão Ambiental 2 2 1 2 1 160 133
Total 25 25 24 1480 1233
Estágio Supervisionado 3 3 120 100
159
ANÁLISE, CONTROLE E QUÍMICA AMBIENTAL
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A disciplina de Análise, Controle e Química Ambiental está inserida na
grade curricular do curso técnico em Meio Ambiente, tem como foco principal
entender e mitigar vários problemas contemporâneos relacionados ao meio
ambiente como: Poluição do Ar, Água, Solo e alterações antrópicas nos
ecossistemas aquáticos e terrestres.
Esta disciplina agrega ao discente informações para prevenção, remediação
ou minimização de alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas,
causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades
humanas que, direta ou indiretamente afetam a saúde, o bem estar da população e
a qualidade do meio ambiente.
Serão desenvolvidos durante a disciplina técnicas e práticas para a
recuperação de áreas degradadas e a diminuição e o monitoramento dos processos
e atividades causadores de impactos ambientais. Será propiciado ao aluno formação
nos conteúdos científicos e nos conhecimentos específicos que caracterizam o
técnico em meio ambiente.
A disciplina tem uma duração de 3 semestres, com ênfase em aulas práticas
e de laboratório, além do Trabalho de Conclusão de Curso, que deve abranger
conhecimentos específicos relacionados, no qual o estudante exercitará a
capacidade de resolver problemas, de trabalhar em equipe e de comunicar-se, além
de desenvolver atitudes como iniciativa e determinação.
OBJETIVOS GERAIS
• A disciplina tem como objetivo formar o profissional técnico de nível pós médio
para desempenhar atividades nos mais diferentes locais de trabalho, visando
sempre o controle e à melhoria da qualidade em processos ambientais, em uma
perspectiva de desenvolvimento social, econômico, político e ambiental.• Utilizar
métodos de análises para identificação dos processos de degradação natural e dos
160
parâmetros de qualidade ambiental do solo, da água e do ar;
• Analisar os aspectos sociais, econômicos, culturais e éticos envolvidos nas
questões de exploração dos recursos naturais;
- Conhecer e aplicar a legislação ambiental;
- Aplicar as tecnologias de tratamento e controle de emissões para o solo, água e ar;
- Desenvolver atividades voltadas para o uso racional da água, tratamentos
simplificados de sistemas de águas e efluentes e de limpeza urbana;
- Desenvolver estudos práticos para a conservação e preservação do meio ambiente
e da qualidade de vida;
- Planejar ações preventivas e corretivas em vigilância ambiental e atuar em projetos
de saúde ambiental;
- Auxiliar na implementação de sistemas de gestão ambiental em organizações
diversas.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / CONTEÚDOS BÁSICOS
• Conceitos gerais sobre a química ambiental;
• Poluição e contaminação;
• Conceitos gerais de química;
• Tipos de reações químicas;
• Estequiometria em reações simples;
• Cinética de reações simples;
• Equilíbrio químico;
• Polímeros.
Poluição das águas
• Indicadores de qualidade das águas;
• Padrões de qualidade de águas;
• Principais fontes de poluição das águas;
• Elementos de ecologia aquática;
• Algas e sua importância no tratamento de águas residuárias;
161
• Problemas causados por microorganismos ao abastecimento da água: parasitismo,
toxidez, sabor e odor, cor e turbidez, interferência na floculação e decantação,
obstrução de filtros, corrosão;
• Organismos aquáticos de interesse sanitário e suas características e as doenças
por eles transmitidas: vírus, bactérias, algas, protozoários, fungos, animais
invertebrados;
• Conseqüências da poluição aquática;
• Os metais de importância biológica;
• Os metais pesados e o meio ambiente;
• Autodepuração dos corpos aquáticos;
• Consumo de oxigênio dissolvido;
• Curva de autodepuração: Oxigênio dissolvido;
• Demanda bioquímica de oxigênio (DBO);
• Quantificação de cargas poluidoras;
• Eutrofização;
• Contaminação por microorganismos;
• Indicadores de poluição fecal;
• Estimativas de cargas poluidoras: vazão/concentração/carga/eficiência/noções
básicas de balanço de massa;
• Doenças de veiculação hídrica;
• Controle da poluição hídrica.
Poluição do solo
• Ciclos do nitrogênio;
• Fontes de contaminação;
• Padrões de contaminação;
• Tecnologias de tratamento de solos contaminados;
• Modificações antropogênicas do solo;
• A química verde.
Poluição do ar
162
• Ciclos do O2 e do CO2;
• Fontes de contaminação;
• Fatores que influenciam na poluição;
• Conseqüências da poluição do ar;
• Poluição do ar em ambientes internos;
• Efeito estufa;
• Chuva ácida;
Poluição sonora
• Som e ruído;
• Fontes de poluição sonora;
• Conseqüências da poluição sonora;
• Padrão de emissão de ruídos;
• Controle da poluição sonora.
METODOLOGIA
As aulas serão ministradas de diversas formas, aulas expositivas (utilizando
TV Pen Drive, projetor multimídia além do quadro negro). Aulas práticas dentro e
fora do recinto escolar, para verificação “in loco” dos impactos antrópicos e as
possíveis ações mitigatórias, e aulas práticas laboratoriais para os alunos
experimentarem na prática a rotina de trabalho.
O Centro Estadual de Educação Profissional “Lysímaco Ferreira da Costa” –
Ensino Profissional possui o espaço para o laboratório, onde será desenvolvida
várias práticas e experiências para enriquecer e complementar as aulas teóricas,
sendo que os equipamentos e reagentes ainda não estão disponíveis, devem ser
entregues ainda no ano corrente.
Nas dependências escolares existe grande espaço físico, contando com
recursos hídricos lênticos (Lago), campos agricultáveis, pomares contando com
várias espécies de frutíferas e reflorestamento com exóticas, que servirão para os
163
alunos do curso Técnico em Meio Ambiente entender o papel do profissional
ambiental em gerir as diversas modificações feitas pelo homem e mitigar possíveis
impactos ambientais, capacitando o aluno a desenvolver técnicas que visam à
proteção e à recuperação da natureza.
Promover projetos ambientais como o monitoramento de águas fluviais de
rios regionais, utilizando os equipamentos futuramente disponíveis no laboratório.
Formar parcerias com ONGs locais como VOZ DO RIO e Grupo Ecológico
Canforeira, além de firmar parceria com projetos de longa data com o projeto Verde
é Vida.
AVALIAÇÃO
Podemos considerar como avaliação o momento de transformação da
postura do aluno em relação ao conhecimento estruturado e a sua prática diária. Os
procedimentos avaliativos devem ser diversificados, ou seja, modalidades variadas
que visem atender as necessidades dos alunos, de forma que exista condição de
revisão e apropriação do conteúdo não assimilado.
Para tanto o grau de exigência deverá ser mantido e dosado em função de não
ocorrer à banalização deste conhecimento, logo as formas de avaliação estarão
distribuídas de acordo com as habilidades auditivas, sinestésicas e visuais,
proporcionando igualdade de condições aos alunos.
A avaliação não pode ser entendida como um mecanismo excludente ou
classificatório, mas sim, como uma ferramenta sensorial que fornecerá informações
e dados a serem revistos. Promovendo uma modificação estratégica que venha
suprir as demais necessidades.
Logo alguns critérios deverão ser elencados para que assim possamos
efetuar um trabalho de qualidade com contempla as necessidades atuais dos
alunos. Sendo assim os critérios mencionados serão os seguintes:
Coerência nas definições científicas;
Condições de associar o científico com o prático na rotina de trabalho;
Capacidade de trabalhar em grupo;
164
Capacidade de promover questionamentos;
Debates entre os alunos e possíveis aberturas a comunidade;
Demonstrações de painéis temáticos;
Aulas práticas seguidas de produção de relatórios;
Elaboração de cartilhas sobre os temas associados a disciplina;
Resolução de exercícios;
Análise crítica de notícias em jornais, revistas e internet;
Interpretação de documentários científicos específicos;
Resolução de avaliação escrita com base nos conteúdos abordados.
É importante destacar que outros meios de avaliação poderão ser
incluídos, tendo em vista o momento oportuno para esta nova inserção.
RECUPERAÇÃO PARALELA
A recuperação paralela ocorrerá após a verificação dos índices de
aproveitamento dos alunos, onde será necessária uma nova reestruturação da
prática pedagógica, ou seja, uma mudança nas estratégias de abordagem dos
conteúdos que tenham por finalidade garantir o preenchimento da lacuna
apresentada pelo aluno. Observando que em caso de reincidência deverá existir
uma nova posição até que esta falha seja solucionada.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BACKER, P. Gestão ambiental: a administração verde. Rio de Janeiro:
Qualitymark Editora Ltda, 1995.
BARROS, R.T.V. et al. Manual de saneamento e proteção ambiental para
pequenos municípios. Belo Horizonte: Escola de Engenharia da UFMG, 1995.
Volume 2.
165
BRAGA, Benedito. ET al. Introdução a Engenharia Ambiental. São Paulo: Prentice
Hall, 2002
BRANCO, S.M. Hidrobiologia aplicada à engenharia sanitária. São Paulo:
CETESB, 1986
CONRADO, D. A qualificação de recursos humanos para a implantação e
manutenção de Sistemas de Gestão Ambiental - um estudo em dois países,
1998. Porto Alegre.
DOROTHY, Casarini. ET.al. Relatório de Estabelecimento de valores
orientadores para solos e águas subterrâneas no estado de São Paulo, São
Paulo: CETESB, 2001. Disponível em http://www.cwetesb.sp.gov.br
ESTEVES, F.A . Fundamentos de limnologia. Rio de Janeiro: Interciência, 1988
HELLER, L. Saneamento e saúde. Brasília: OPAS/OMS, 1997.
MOTA, Suetônio. Introdução a Engenharia Ambiental. Rio de Janeiro: ABES,
1997.
MOTA, Suetônio. Urbanização e Meio Ambiente. Rio de Janeiro: ABES, 1999.
REIS, M. J. L. ISO 14000 - Gerenciamento ambiental - um novo desafio para a
sua competitividade. Rio de Janeiro: Quality Mark Editora Ltda, 1996.
UMEDA, M. ISO e TQC: o caminho em busca de GQT. Belo Horizonte: UFMG,
1996.
VON SPERLING. Princípios básicos do tratamento biológico de água
residuária: Princípios básicos do tratamento de esgotos. V.2. Belo Horizonte: Escola
de Engenharia da UFMG, 1996.
166
EDUCAÇÃO AMBIENTAL
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A disciplina de Educação Ambiental tem grande importância no atual
contexto mundial, onde cada vez mais as pessoas se preocupam com os problemas
ambientais e procuram informações sobre práticas ambientalmente corretas.
Entendem-se por Educação Ambiental os processos por meio dos quais o
indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades,
atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de
uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.
Esta disciplina deve ser trabalhada transversalmente dentro de todas as
disciplinas do Ensino Médio e Fundamental lei n° 9795/99 (Política Nacional de
Educação Ambiental), ela é dividida em duas concepções básicas: A Educação
Ambiental formal, ou seja a Educação Ambiental desenvolvida dentro dos
estabelecimentos de ensino, e a Educação Ambiental informal, desenvolvida fora do
ambiente escolar.
A dimensão cultural resgata saberes e práticas de manejo do ambiente,
significados, valores e crenças que certos grupos sociais apresentam, sendo assim
dentro da disciplina de Educação Ambiental será trabalhada a lei n° 11645/08
(História e Cultura Afro Brasileira, Indígena e Africana) para acentuar o papel
histórico das diversas etnias encontradas no estado do Paraná e suas contribuições
para a sustentabilidade.
Hoje a Educação Ambiental voltada para o ensino técnico precisa utilizar
técnicas que atentem para os do processo de ensino-aprendizagem num contexto
mais amplo. A educação está vinculada a uma realidade socioeconômica e cultural
gerada e organizada através de relações sociais no tempo e no espaço.
A Educação ambiental tomou novos rumos a partir dos anos 90, um período
de crescimento da dimensão institucional da EA (Educação Ambiental), um clima
cultural de valorização das práticas ambientais, incrementado com a realização da
Conferencia da ONU sobre Meio ambiente e desenvolvimento, em 1992 (ECO-92).
A inclusão da EA como item necessário em documentos internacionais como
a Agenda 21; nos grandes projetos de desenvolvimento firmados entre governos e
167
bancos; bem como a inclusão da variável ambiental em políticas públicas nacionais
(vide, por exemplo, o caso da inclusão da educação ambiental nos Parâmetros
Curriculares definidos pelo MEC em 1998 e da aprovação da Política Nacional de
EA em 1999, tem sido um fator de expansão e visibilidade da EA nos últimos anos).
OBJETIVOS GERAIS
• Conscientização contribuindo para que indivíduos e grupos adquiram consciência e
sensibilidade em relação ao meio ambiente como um todo e quanto aos problemas
relacionados com ele.
• Gerar conhecimento e propiciar uma compreensão básica sobre o meio ambiente,
principalmente quanto às influências do ser humano e de suas atividades.
• Propiciar a aquisição de valores e motivação para induzir uma participação ativa na
proteção ao meio ambiente e na resolução dos problemas ambientais.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / CONTEÚDOS BÁSICOS
• Marcos histórico da Educação Ambiental;
• Política Nacional de Educação Ambiental Lei n° 9795/99;
• Sustentabilidade e desenvolvimento humano;
• Indicadores socioambientais;
• Temáticas ambientais básicas;
• Agenda 21 Global, Nacional, Estadual e Local;
• Agenda ambiental empresarial;
• Política Nacional de Educação Ambiental e Programa Nacional de Educação
Ambiental;
• Programas e projetos de Educação Ambiental em empresas, escolas e
comunidades;
• Participação comunitária e a Educação Ambiental;
168
• Atividades pedagógicas de Educação e conscientização ambiental, envolvendo
técnicas e recursos de ensino, para ações de educação ambiental individual e
coletiva;
• Dinâmicas em grupo voltadas para atividade de sensibilização em educação
ambiental;
• Sistemas racionais/responsáveis de aproveitamento dos recursos naturais;
• Saúde e Meio Ambiente;
• Doenças de veiculação hídrica os sistemas de prevenção e a relação com a
educação sanitária e ambiental;
• Preservação e conservação ambiental;
• Experiências de Educação Ambiental no Brasil;
• Turismo em áreas naturais protegidas e ecoturismo sustentado.
• Atividades pedagógicas de educação e conscientização ambiental;
• Estratégias de Educação Ambiental;
• Experiências de Educação Ambiental no Brasil;
• Práticas em Projetos de Educação Ambiental;
• Educação sanitária e ambiental;
• Educação ambiental para evitar zoonoses.
METODOLOGIA
As aulas serão ministradas de diversas formas, aulas expositivas (utilizando
TV Pen Drive, projetor multimídia além do quadro negro), seminários e debates
abordando temas ambientais internacionais, regionais e locais.
Aulas práticas dentro e fora do recinto escolar, para verificação “in loco” dos
impactos antrópicos e as possíveis ações para conscientização e sensibilização
ambiental. Realização de aulas práticas utilizando trilhas ecológicas em diversos
tipos de ambiente como: Ambientes antropizados; Ambientes em Estagio inicial de
Sucessão Ecológica e Ambientes Preservados. O Centro Estadual de Educação
Profissional “Lysímaco Ferreira da Costa” – Ensino Profissional possui o espaço
para o laboratório, onde será desenvolvida várias práticas e experiências para
enriquecer e complementar as aulas teóricas, sendo que os equipamentos e
169
reagentes ainda não estão disponíveis, devem ser entregues ainda no ano corrente.
Nas dependências escolares existe grande espaço físico, contando com
recursos hídricos lênticos (Lago), campos agricultáveis, pomares contando com
várias espécies de frutíferas e reflorestamento com exóticas, áreas em estágio inicial
de sucessão ecológica alem de áreas preservadas. Todas essas áreas servirão para
os alunos do curso Técnico em Meio Ambiente entender o papel do Educador
Ambiental.
Promover projetos ambientais e apoiar projetos existentes como o SOS rio
Negro, edição de material para educação ambiental com temas locais e formar
parcerias com ONGs regionais como VOZ DO RIO e Grupo Ecológico Canforeira,
além de firmar parceria com projetos de longa data com o projeto Verde é Vida.
AVALIAÇÃO
Podemos considerar como avaliação o momento de transformação da
postura do aluno em relação ao conhecimento estruturado e a sua prática diária. Os
procedimentos avaliativos devem ser diversificados, ou seja, modalidades variadas
que visem atender as necessidades dos alunos, de forma que exista condição de
revisão e apropriação do conteúdo não assimilado.
Para tanto o grau de exigência deverá ser mantido e dosado em função de não
ocorrer à banalização deste conhecimento, logo as formas de avaliação estarão
distribuídas de acordo com as habilidades auditivas, sinestésicas e visuais,
proporcionando igualdade de condições aos alunos.
A avaliação não pode ser entendida como um mecanismo excludente ou
classificatório, mas sim, como uma ferramenta sensorial que fornecerá informações
e dados a serem revistos. Promovendo uma modificação estratégica que venha
suprir as demais necessidades.
Logo alguns critérios deverão ser elencados para que assim possamos
efetuar um trabalho de qualidade com contempla as necessidades atuais dos
alunos. Sendo assim os critérios mencionados serão os seguintes:
Coerência nas definições científicas;
Condições de associar o científico com o prático na rotina de trabalho;
170
Capacidade de trabalhar em grupo;
Capacidade de promover questionamentos;
Debates entre os alunos e possíveis aberturas a comunidade;
Demonstrações de painéis temáticos;
Aulas práticas seguidas de produção de relatórios;
Elaboração de cartilhas sobre os temas associados a disciplina;
Resolução de exercícios;
Análise crítica de notícias em jornais, revistas e internet;
Interpretação de documentários científicos específicos;
Resolução de avaliação escrita com base nos conteúdos abordados.
Realização de seminários com temas diversos.
Formulação de material didático sobre Educação Ambiental com temas
regionais.
É importante destacar que outros meios de avaliação poderão ser
incluídos, tendo em vista o momento oportuno para esta nova inserção.
RECUPERAÇÃO PARALELA
A recuperação paralela ocorrerá após a verificação dos índices de
aproveitamento dos alunos, onde será necessária uma nova reestruturação da
prática pedagógica, ou seja, uma mudança nas estratégias de abordagem dos
conteúdos que tenham por finalidade garantir o preenchimento da lacuna
apresentada pelo aluno. Observando que em caso de reincidência deverá existir
uma nova posição até que esta falha seja solucionada.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARBIERI, José Carlos – Desenvolvimento e Meio Ambiente: as estratégias de
mudanças da agenda 21 – Petrópolis, RJ : Vozes, 1997.
BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O que é educação. São Paulo: Brasiliense, 1981.
171
CADERNOS TEMÁTICOS – Lei nº 10.639/03 – A inserção dos conteúdos de
história e Cultura Afro-brasileira e africano nos currículos escolares. Curitiba:
2005.
TANNER, R Thomas. Educação ambiental. São Paulo, Summus, 1978. 158p.
SATO, Michèle. Educação ambiental. São Carlos: Rima, 2003. 66p.
Educação ambiental : no consenso um embate? / 2000 - Livros -
GUIMARÃES, Mauro. Educação ambiental: no consenso um embate?. Campinas,
SP: Papirus, 2000. 94p.
GONÇALVES, Carlos Walter Porto. Os (des) caminhos do meio ambiente. São
Paulo: Contexto, 1989.
PEREIRA, Antonio Batista – Ensino de Botânica e Ecologia: proposta
metodológica - Porto Alegre : Sagra-luzzatto, 1996.
PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA – Casa Civil. Inserção dos Conteúdos de
história e cultura Afro-Brasileira nos Currículos Escolares: O que diz a Lei.
Brasília: janeiro de 2003.
Diretrizes Curriculares de Ciências: 2008
SOUZA,M.M. África e Brasil africano. São Paulo:Ática ,2006.
VYGOTSKY, L. S. Thought and language. Trad. por Hanfamann e Vakar.
Cambridge: MIT, 1962.
ZAKRZEVSKI, Sônia Beatris Balvedi; BARCELOS, Valdo Hermes de Lima.
Educação ambiental e compromisso social: pensamentos e ações. Erechim:
EdiFAPES, 2004. 351p.
172
ESTATÍSTICA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
“(...) a Matemática constitui um patrimônio cultural da humanidade e
um medo de pensar. A sua apropriação é um direito de todos. Nesse
sentido seria impensável que não se proporcionasse a todos a
oportunidade de aprender matemática de um modo realmente
significativo, do mesmo modo seria inconcebível eliminar da escola
básica a educação literária, científica ou artística. Isso implica que
todas as crianças e jovens devam ter a possibilidade de contatar, a
um nível apropriado, as idéias e os métodos fundamentais da
matemática e de aprender o seu valor e sua natureza.”
(Abrantes,1999,p.17)
A matemática é uma ciência exata, ao longo da história, podemos observar
suas diversas concepções, fruto das tendências que se estabeleceram em cada
época.
Historicamente as antigas civilizações conseguiram desenvolver
conhecimentos rudimentares de matemática que compõe a matéria que se tem
conhecimento hoje. Podemos citar a álgebra elementar que foi identificada graças
aos babilônios há muitos anos antes de Cristo que caracterizou o nascimento da
matemática.
Com Pitágoras na Grécia, se estabeleceu o marco inicial sobre a importância
na matemática, na formação de pessoas, seu ensinamento, já para os platônicos, a
aritmética, seria um instrumento para instigar o homem a raciocinar mais.
No século V d.C na Idade Média o ensino teve caráter unicamente religioso e
no Oriente, os hindus, árabes, persas e chineses produziram conhecimentos
algébricos que inovaram essa ciência e a partir do século VIII surgiram escolas em
que a organização do sistema de ensino privilegiou o aspecto empírico da
173
matemática. No século XV, tais escolas tinham a função de atender as demandas
das produções exigidas pela navegação, comércio e indústrias.
Foi no século XVI que o conhecimento matemático alcançou um novo período
de sistematização, que foi a matemática de grandes variáveis (Ribnikov 1987),
Neste momento o ensino da matemática, servia para preparar os jovens para o
exercício de atividades ligadas ao comércio, arquitetura, música, geografia,
astronomia, artes da navegação, da medicina e da guerra.
Apesar de a Estatística ser uma ciência relativamente recente na área da
pesquisa, ela remota à antiguidade, onde operações de contagem populacional já
eram utilizadas para obtenção de informações sobre os habitantes, riquezas e
poderio militar dos povos. Após a idade média, os governantes na Europa Ocidental,
preocupados com a difusão de doenças endêmicas, que poderiam devastar
populações e, também, acreditando que o tamanho da população poderia afetar o
poderio militar e político de uma nação, começaram a obter e armazenar
informações sobre batizados, casamentos e funerais. Entre os séculos XVI e XVIII
as nações, com aspirações mercantilistas, começaram a buscar o poder econômico
como forma de poder político. Os governantes, por sua vez, viram a necessidade de
coletar informações estatísticas referentes a variáveis econômicas tais como:
comércio exterior, produção de bens e de alimentos.
No final do século XIX e início do século XX, levantaram-se preocupações
relativamente ao ensino de matemática resultante de discussões internacionais de
matemática que já elaboravam propostas com preocupação pedagógica.
Com o desenvolvimento social e econômico faz-se necessário a elaboração
de novas ciências, entre elas surge a Estatística, palavra derivada do termo latino
«status» (estado), parece ter sido introduzida na Alemanha, em 1748, por
Achenwall.
Atualmente, é definida como uma ciência capaz de obter, sintetizar, prever e
tirar inferências sobre dados. Porém no século XVII em Inglaterra a estatística era a
«Aritmética do Estado» (Political Arithmetic), consistindo basicamente na análise dos
registros de nascimentos e mortes, originando mais tarde as primeiras tábuas de
mortalidade.
Para a estatística adquirir o estatuto de disciplina científica nomotetica, e não
puramente ideográfica ou descritiva, teve que esperar pelo desenvolvimento do
174
cálculo das probabilidades, que lhe viria a fornecer a linguagem e o aparelho
conceptual permitindo a formulação de conclusões com base em regras indutivas.
No século XVII, iniciou o estudo sistemático dos problemas ligados aos
fenômenos aleatórios, começando a ser manifesta a necessidade de instrumentos
matemáticos, aptos a analisar este tipo de fenômenos, em todas as ciências que
põem o problema do tratamento e interpretação de um grande número de dados.
Pode datar-se dos fins do século XIX o desenvolvimento da estatística
matemática e suas aplicações, com F. Galton (1822-1911), K. Pearson (1857-
1936) e W. S. Gosset (1876-1936), conhecido sob o pseudônimo de Student,
sendo lícito afirmar-se que a introdução sistemática dos métodos estatísticos na
investigação experimental se fica a dever, fundamentalmente, aos trabalhos de K.
Pearson e R. A. Fisher (1890-1962). A partir de Pearson e Fisher o
desenvolvimento da estatística matemática, por um lado, e dos métodos
estatísticos aplicados, por outro, têm sido tal que é praticamente impossível referir
nomes.
Na tendência Histórico- Crítica a aprendizagem da matemática consiste em
criar estratégias que possibilitam ao aluno atribuir sentido e construir significado às
idéias matemáticas de modo a tornar-se capaz de estabelecer relações, justificar,
analisar,discutir e criar. O professor por sua vez, tem como ação articular o
processo pedagógico interligando os conceitos científicos à visão de mundo do
aluno bem como suas opções diante da vida por meio da reflexão histórica.
Desta forma, o aprendizado da estatística matemática em todos os níveis
sociais e econômicos torna-se arma poderosa de conhecimento oportunizando ao
aluno compreender melhor as informações que lhe são apresentadas em um
enfoque global. Portanto, se faz necessário, que se dê, a todos os alunos, em
especial das escolas públicas brasileiras esse saber capaz de instrumentalizá-los
para o enfrentamento da contemporaneidade que os aguarda o que significará
estarem lado a lado com biólogos, geólogos, astrônomos, físicos, tecnólogos,
profissionais de marketing, em todos os campos da química, nas mais importantes e
cruciais tomadas de decisões na agricultura, pecuária, ocupação do solo, uso das
águas, e qualidade de vida nas áreas de grandes ocupações demográficas, nas
175
futuristas e ecologicamente corretas construções arquitetônicas, as frias e perfeitas
histórias demonstradas e evidenciadas pela estatística.
O conhecimento matemático deve estar sempre, à disposição do
desvelamento dos fenômenos da vida, das previsões de desastres naturais, bem
como de problemas financeiros que abalam os empreendedores. Essa é a
estatística matemática que se propõe trabalhar na escola, e que não pode estar
dissociada do progresso humano, portanto em permanente construção.
OBJETIVOS GERAIS
- Reconhecer um trabalho de organização das informações necessárias à
execução de qualquer atividade, obedecendo às técnicas estatísticas;
- Selecionar, organizar e produzir informações relevantes, para interpretá-las
e avaliá-las criticamente;
Estatística Descritiva e Probabilidade, tendo em vista a necessidade do
emprego da mesma na área ambiental;
- Familiarizar o estudante com a terminologia e as principais técnicas da
estatística,
- Apresentar ao estudante o ambiente que envolve a estatística e a sua
importância para o técnico em Meio Ambiente;
- Desenvolver a capacidade crítica e analítica do estudante por meio da
discussão de exercícios e problemas.
- Capacitar o estudante a desenvolver os principais modelos de elaboração de
gráficos, identificando o mais apropriado para cada situação.
- Demonstrar os fundamentos teóricos e práticos de duas importantes
medidas da estatística: Medidas de Posição e Medidas de Dispersão.
- Fazer com que o estudante seja capaz de criticar cada modelo apresentado
a partir de sua experiência profissional e do material bibliográfico disponibilizado.
- Interagir com seus pares de forma cooperativa, trabalhando coletivamente
na busca de soluções para problemas propostos, identificando aspectos
consensuais ou não na discussão de um assunto, respeitando o modo de pensar
dos colegas e aprendendo com eles;
176
- Desenvolver a capacidade de: analisar, relacionar, comparar, classificar,
ordenar, sintetizar, avaliar, abstrair, generalizar, criar situações novas, utilizando o
método dedutivo.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
- Introdução definições e fases do método estatístico;
- Dados e amostragem: definições,dados absolutos e relativos;
- Tabelas, gráficos e diagramas
- Distribuição de freqüência
- Elementos de uma distribuição de freqüência;
- Medidas de posição: média, moda e mediana
- Medidas de separatrizes;
- Medidas de dispersão: desvio médio simples, variância e desvio padrão;
- Medidas de dispersão simples;
- Coeficiente de variação e variação relativa;
METODOLOGIA
A Estatística Aplicada apresenta um papel social fundamental que consiste
em buscar transformações para diminuir, e quiçá resolver vários problemas
decorrentes de ordem social. Para tanto, não podemos lançar mão de metodologias
que apontem para a investigação e para a produção de conhecimentos que
possibilitem aos educandos análises, discussões, conjecturas, apropriação de
conceitos e formulação de idéias.
Contudo a estatística no curso Técnico em Meio Ambiente, deverá ser
apresentada e trabalhada ressaltando os pré-requisitos e dando ênfase a todos os
conjuntos numéricos, tomando-se o cuidado e o zelo para que todos aprendam, pois
antes de tudo aprender matemática, significa aprender a resolver problemas, da vida
e da sociedade onde se está inserido.
177
As atividades de desenvolvidas devem incorporar elementos estruturais e
práticos, resolução de problemas do dia a dia, uso da calculadora e de tabelas, bem
como fórmulas designadas para aprimoramento das questões. Mas o uso de
fórmulas estará comprometido com a construção, bem como a estruturação da
mesma, sua aplicação, e não somente uma mera substituição de letras por números.
Os conteúdos trabalhados envolvem diferentes tipos de aula, desde as
expositivas, as de vídeo, as de pesquisa, leitura e elaboração de gráficos de tabelas
e atividades práticas, geralmente realizadas nos laboratórios ou demais
dependências do próprio colégio, visitas.
As atividades serão realizadas individualmente, em duplas, trios, equipes, ou
até com a turma toda, dependendo da ocasião e do conteúdo trabalhado.
As aulas de pesquisa serão de levantamento de dados sobre água, prática de
esporte, saúde, saneamento básico, alimentação, coleta seletiva, etc., e de
laboratório dando enfoque à informática com pesquisas na internet, operações,
Sendo assim, o ensino da Estatística Aplicada, destaca-se em dois aspectos
básicos: um consiste em relacionar observações do mundo real com representações
(esquemas, tabelas, figuras, escritas numéricas); outro consiste em relacionar essas
representações com princípios e conceitos matemáticos. Nesse processo, a
comunicação tem grande importância e deve ser estimulada, levando o aluno a falar
e escrever sobre Matemática, a trabalhar com representações gráficas, desenhos,
construções e aprender como organizar e tratar dados.
Os recursos didáticos como livros, dicionário de matemática, vídeos,
televisão, calculadoras, informática, conhecimento não formal também serão usados
para resolução de situações reais, integrando situações que levem ao exercício da
análise e da reflexão.
A elaboração de situações problemas estará embasada na perspectiva de
oportunizar o conhecer e entender a matemática como campo de conhecimento, em
permanente construção, bem como a matemática investigativa será desenvolvida,
em especial em experimentos, feiras, mostras e outras situações que partam da
vivência dos alunos, sempre buscando transcender para o conhecimento validado
cientificamente.
Garantindo o desenvolvimento de capacidades como: observação,
estabelecimento de relações, comunicação, argumentação e validação de processos
178
e o estímulo às formas de raciocínio como intuição, indução, dedução, analogia,
estimativa.Os conteúdos serão desenvolvidos por intermédio de aulas expositivas
dialogadas, seminários de leitura, interpretação e discussão de textos e artigos
científicos, estudos de caso, estudos dirigidos, apresentação de filmes (vídeos) e,
visitas técnicas, com o objetivo de despertar uma postura crítico-reflexiva sobre os
temas abordados.
AVALIAÇÃO
Avaliar exige, antes que se defina aonde se quer chegar, que se
estabeleçam os critérios, para, em seguida, escolherem-se os procedimentos,
inclusive aqueles referentes à coleta de dados, comparados e postos em cheque
com o contexto e a forma em que foram produzidos.
Para Hadji (2001), a passagem
de uma avaliação normativa para a formativa, implica necessariamente uma
modificação das práticas do professor em compreender que o aluno é, não só o
ponto de partida, mas também o de chegada. Seu progresso só pode ser percebido
quando comparado com ele mesmo: Como estava? Como está? As ações
desenvolvidas entre as duas questões compõem a avaliação formativa. O valor da
avaliação encontra-se no fato do aluno poder tomar conhecimento de seus avanços
e dificuldades. Cabe ao professor desafia-lo a superar as dificuldades e continuar
progredindo na construção dos conhecimentos. (Luckesi, 1999)
No entender de Luckesi (1999, p.43) “para não ser autoritária e conservadora,
a avaliação tem a tarefa de ser diagnóstica, ou seja, deverá ser o instrumento
dialético do avanço, terá de ser o instrumento da identificação de novos rumos”. Na
página 44, coloca o autor “a avaliação deverá verificar a aprendizagem não só a
partir dos mínimos possíveis, mas a partir dos mínimos necessários”. Enfatiza
também a importância dos critérios, pois a avaliação não poderá ser praticada sob
dados inventados pelo professor, apesar da definição desses critérios não serem
fixos e imutáveis, modificando-se de acordo com a necessidade de alunos e
professores. Modificar a forma de avaliar implica na reformulação do processo
179
didático-pedagógico, deslocando também a idéia da avaliação do ensino para a
avaliação da aprendizagem.
Saviani, (2000, p.41), afirma que o caminho do conhecimento “É perguntar
dentro da cotidianidade do aluno e na sua cultura; mais que ensinar e aprender um
conhecimento, é preciso concretizá-lo no cotidiano, questionando, respondendo,
avaliando, num trabalho desenvolvido por grupos e indivíduos que constroem o seu
mundo e o fazem por si mesmos”.
Avaliar é ler cada momento do processo para oferecer o alimento cognitivo
adequado e definir a continuidade da aprendizagem Inclui a utilização de
instrumentos quantitativos, como provas, trabalhos em grupo, fatos que ocorrem em
sala de aula. Trabalhos em grupo é fundamental para o desenvolvimento intelectual
do ser humano porque, compartilhando idéias informações,
responsabilidades,decisões o individuo opera mentalmente.Colocado diante de
pontos de vistas diferentes do seu, deve ser capaz de compreendê-los,justificando
objetivamente ações e pensamentos.
Nesta concepção serão elaboradas situações graduais e seriadas que
estimulem o aluno a resolver problemas,ensaios através de criação, descoberta de
respostas, ensaio e erro, pesquisas, levantamento de hipóteses, viabilizando a
construção do conhecimento.
Desta forma, desconsidera-se apenas o resultado final das questões
propostas, abrindo espaço para reflexões sobre a relação do aluno com o
conhecimento, sua interpretação e discussão sobre os conteúdos trabalhados,
considerando as noções que já possui a partir de sua vivência.
Neste processo então, o professor poderá observar, intervir e revisar quando
necessário, buscando alternativas avaliativas que possibilitem esta análise do
processo de construção do raciocínio.
A avaliação terá que apoiar-se em estratégias que possam fornecer subsídios
necessários para a consolidação ou transformação tais como :registros diários das
atividades e situações significativas surgidas arquivos e registros de trabalhos
produzido coletivo e individual.Discussões de avaliações com os alunos para
resolução de problemas específicos e freqüentes para analisar procedimentos e
dificuldades.Atividades propostas pelo professor como : pesquisas, exercícios de
180
fixação, revisão , etc. participação na execução de experimentos e outros trabalhos
extra classe e mesmo nas atividades em sala de aula.Pontualidade na entrega de
tarefas e trabalhos. Relatórios de atividades, aulas práticas, aulas de vídeo, visitas a
feiras exposições, etc. provas e testes realizados no período, participação e
interesse em atividades desenvolvidas.
Assim, a avaliação ocorrerá durante todo o processo de ensino e
aprendizagem e não apenas em momentos específicos caracterizados como
fechamento de grandes etapas de trabalho. Compreenderá provas, atividades
lúdicas, atividades escritas, atividades orais, indicações de acompanhamento
escolar e comportamento em sala, e trabalhos pré-estabelecidos, demonstrações,
trabalhos em laboratório (feiras e amostras), possibilidades de intervenções no
cotidiano. Ou seja, a avaliação dar-se-á de forma global e individual, em sala de
aula, através de observações sistemáticas, análise das produções dos alunos a
atividades específicas, deixando bem claro para os alunos o quê se pretende avaliar,
e qual a função da avaliação.
O registro se dará através do livro de chamada, e representará em que
medida o aluno atribui significado ao que aprendeu e em que medida consegue
materializar situações que exigem raciocínio matemático, abordando principalmente
as de relevância social. De forma processual, com objetivo diagnóstico, nos dará a
clareza necessária para reavaliarmos, permanentemente nossa prática pedagógica,
nossas metodologias, bem como: quais conteúdos, quando, a quem e de que forma
oferecermos a recuperação paralela, como mais uma oportunidade aos educandos ,
de acesso aos conhecimentos matemáticos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação.
Departamento de Ensino de Segundo Grau. Reestruturação do ensino de
segundo grau no Paraná. Curitiba, 1993.
MANN, Prem S.Introdução a estatística.LTC.5ª edição 2006,774p.ISBN 85-216-
1506-X
181
MILONE,Guiseppe.Estatística Geral e Aplicada. Thomson Pioneira.498p.1ª edição
2003.ISBN85-221-0339-9
MOORE, David S. A Estatística Básica e sua prática. LTC.3ª edição
2005.688p.ISBN85-216-1443-8
RAMOS, M. N. Os contextos no ensino médio e os desafios na construção de
conceitos. Brasília: MEC, 2004.
SAVIANI, D. Do senso comum à consciência filosófica. São Paulo: Cortez, 1991.
SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. 2.ª Ed. São
Paulo: Cortez, 1991.
TRIOLA, Mário F. Introdução a Estatística .LTC10a edição 2008.722p.ISBN 85-
216-1586-8
FUNDAMENTOS DO TRABALHO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Trabalho e educação são atividades especificamente humanas. Isso significa
que, rigorosamente falando, apenas o ser humano trabalha e educa. Assim, a
pergunta sobre os fundamentos ontológicos da relação trabalho-educação traz
imediatamente à mente a questão: quais são as características do ser humano que
lhe permitem realizar as ações e trabalhar e de educar? Ou: o que é que está
inscrito no ser do homem que lhe possibilita trabalhar e educar?
Perguntas desse tipo pressupõem que o homem esteja previamente
constituído como ser possuindo propriedades que lhe permitem trabalhar e educar.
Pressupõe-se, portanto, uma definição de homem que indique em que ele consiste,
182
isto é, sua característica essencial a partir da qual se possa explicar o trabalho e a
educação como atributos do homem. E, nesse caso, fica aberta a possibilidade de
que trabalho e educação sejam considerados atributos essenciais do homem, ou
acidentais.
Na definição de homem mais difundida (animal racional), o atributo essencial
é dado pela racionalidade, consoante o significado clássico de definição
estabelecido por Aristóteles: uma definição dá-se pelo gênero próximo e pela
diferença específica. Pelo gênero próximo indica-se aquilo que o objeto definido tem
em comum com outros seres de espécies diferentes (no caso em tela, o gênero
animal); pela diferença específica indica-se a espécie, isto é, o que distingue
determinado ser dos demais que pertencem ao mesmo gênero (no caso do homem,
a racionalidade). Conseqüentemente, sendo o homem definido pela racionalidade, é
esta que assume o caráter de atributo essencial do ser humano.
Ora, assim entendido o homem, vê-se que, embora trabalhar e educar
possam ser reconhecidos como atributos humanos, eles o são em caráter acidental,
e não substancial. Com efeito, o mesmo Aristóteles, considerando como próprio do
homem o pensar, o contemplar, reputa o ato produtivo, o trabalho, como uma
atividade não digna de homens livres.
Diversamente, Bergson, ao analisar o desenvolvimento do impulso vital na
obra Evolução criadora, observa que “torpor vegetativo, instinto e inteligência” são
os elementos comuns às plantas e aos animais. E, definindo a inteligência pela
fabricação de objetos, fenômeno identificado como comum aos animais, encontra no
homem a articularidade da fabricação de objetos artificiais, o que lhe permite
avançar a seguinte conclusão:
Se pudéssemos nos despir de todo
orgulho, se, para definir nossa espécie, nos
ativéssemos estritamente ao que a história
e a pré-história nos apresentam como a
característica constante do homem e da
inteligência, talvez não disséssemos Homo
sapiens, mas Homo faber. Em conclusão, a
inteligência, encarada no que parece ser o
183
seu empenho original, é a faculdade de
fabricar objetos artificiais,
sobretudo ferramentas para fazer
ferramentas e de
diversificar ao infinito a fabricação delas.
(Bergson, 1979, p. 178-179, grifos do
original)
Se a existência humana não é garantida pela natureza, não é uma dádiva
natural, mas tem de ser produzida pelos próprios homens, sendo, pois, um produto
do trabalho, isso significa que o homem não nasce homem. Ele forma-se homem.
Ele não nasce sabendo produzir-se como homem. Ele necessita aprender a ser
homem, precisa aprender a produzir sua própria existência. Portanto, a produção do
homem é, ao mesmo tempo, a formação do homem, isto é, um processo educativo.
A origem da educação coincide, então, com a origem do homem mesmo.
OBJETIVOS
- Adquirir os conhecimentos através da história dos diferentes modos de produção.
- Entender a necessidade de industrializarmos a nossa produção, sabendo utilizar
meios humanizados, preservando o emprego do ser humano.
- Aprender a preservar o meio ambiente, utilizando o bom senso na tomada de
decisões, sem esquecer-se da ética profissional que deverá nortear o indivíduo.
- Valorizar os padrões de qualidade sem infringir as leis e comprometer a moral e a
conduta do ser humano, bem como questionar as políticas dos Agentes
fiscalizadores.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
A perspectiva ontológica do trabalho: O trabalho como condição de
sobrevivência e de realização humana. A perspectiva histórica do trabalho:
Mudanças no mundo do trabalho, alienação, desemprego, qualificação do trabalho e
do trabalhador.
184
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
1º. SEMESTRE
- O trabalho humano: ação sobre o ambiente, produção de cultura e humanização.
- Perspectiva histórica.
- Diferentes modos de produção.
- Industrialismo.
- Alienação e exploração de mais valia.
- Emprego, desemprego e subemprego.
- Organizações dos trabalhadores.
- O papel do estado na proteção aos incapacitados.
METODOLOGIA
Aulas Expositivas, com recursos áudio-visuais (Video, TV Pendrive),
pesquisas na internet, reportagens da mídia e de periódicos.
AVALIAÇÃO
Atividades avaliativas durante o semestre e uma avaliação final, todas
valendo 10 pontos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
CORADI, Carlos Daniel. O comportamento humano em administração de
empresas. São Paulo: Pioneira, 1985.
COTRIM, Gilberto. Fundamentos da filosofia. São Paulo: Saraiva, 2002.
COVEY, Stephen. O 8º. Hábito. São Paulo: Campus, 2005.
DRUCKER, Peter F. Administrando para o futuro. São Paulo: Pioneira, 1992.
185
ROSENBERG, Lia. Educação e Desigualdade Social. São Paulo: Loyola, 1984.
SAVIANI, Dermeval. Sobre a concepção de politecnia. Rio de Janeiro: Fundação
Oswaldo Cruz, 1989.
____________. O trabalho como princípio educativo frente às novas
tecnologias. In: FERRETTI, Celso J.; ZIBAS, Dagmar M. L.; MADEIRA, Felicias R.;
FRANCO, Maria Laura P. B. (Orgs.). Novas tecnologias, trabalho e educação: um
debate multidisciplinar.Petrópolis: Vozes, 1994. p. 151-168.
TOFLER, Alvin. Aprendendo para o futuro. São Paulo: Artenova, 1977.
GEOGRAFIA AMBIENTAL
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A sociedade moderna esta cada vez mais consciente do impacto ambiental
associado ao desenvolvimento. O uso intensivo dos recursos naturais e a cada vez
maior geração de resíduos representam, paradoxalmente, um limite para o próprio
desenvolvimento.
O espaço mundial é caracterizado, hoje, por aceleradas transformações
ambientais, cujas causas só podem ser compreendidas e analisadas dentro de um
campo que ofereça um entendimento global dessas mudanças. Esse campo chama-
se Geografia, ciência que estuda as diversas interações do homem socialmente
constituído com o seu meio e a correlação dessas interações na construção de uma
realidade espacial cada vez mais complexa.
O estudo da geografia, portanto, permite ao aluno conhecer profundamente
os meio ambientes gerados pelas relações sociais, políticas, econômicas e culturais
dos homens na superfície da Terra, e pela força e dinâmica da própria natureza, a
partir dos seus eventos.
186
A Geografia Ambiental estuda os efeitos das ações do homem sobre o
ambiente terrestre, as mudanças climáticas globais, aumento do nível dos oceanos,
desmatamento, processos de desertificação, poluição dos rios, lagos e mananciais
de água, dentre outros efeitos no ambiente. Estuda o espaço geográfico levando em
conta os lugares, as regiões, os territórios e as paisagens.
Os problemas ambientais que afetam o planeta são as mudanças
atmosféricas, a perda de biodiversidade e a contaminação dos mares, por serem
recursos comuns de todos os países. Os problemas ambientais que afetam mais
diretamente os países são o desflorestamento, a erosão e a contaminação; no
entanto, a interconexão dos elementos afetados, água, solo, atmosfera e espécies
animais e vegetais, faz com que, apesar de os impactos serem produzidos em uma
área local, seus efeitos repercutam em âmbito global (Carabias & Arizpe, 1994).
As razões que justificam a oferta da disciplina de Geografia Ambiental estão
ancoradas no entendimento das relações sociais, econômicas e culturais que
explicam a sua dinâmica, e o seu constante processo de transformação.
A disciplina Geografia Ambiental no Curso Técnico em Meio Ambiente na
Modalidade da Educação Profissional favorece o desenvolvimento intelectual do
aluno enquanto parte integrante do meio ambiente e também agente ativo das
transformações das paisagens terrestres. O conhecimento ambiental se comporta
como algo essencial nos dias atuais, ele é a base do pensar sustentável dos seres
humanos, uma vez que já é nítida a degradação do meio ambiente e apropriação
exacerbada de recursos naturais renováveis e não renováveis.
É necessário entender a natureza como elemento fundamental do ambiente e
construir um conceito de natureza que seja instrumentalizador das práticas
cotidianas dos educandos em vários níveis, sem uma visão romântica e naturalista
perante o mundo, perante a história como se os homens não participassem da
relação homem/natureza. O tema meio ambiente é particularmente importante para
o Brasil considerando-se o seu porte continental, sua extraordinária dotação de
recursos naturais, seu elevado peso específico de produtos intensivos em recursos
naturais, seu potencial energético e seu histórico de degradação ambiental.
OBJETIVOS GERAIS
187
Cabe a Geografia Ambiental apropriar-se do seu papel, estudo do homem, do
meio, das condições climáticas e das relações estabelecidas no espaço, para
evidenciar a importância de cada indivíduo no contexto socioambiental em que está
inserido.
Assim, poderemos formar profissionais críticos conscientes e capazes de
atuar no presente e ajudar a construir o futuro, pois exercer a cidadania é ter
sentimento de pertencer a uma realidade em que as relações entre sociedade e
natureza formam um todo integrado, do qual fazemos parte.
- Mostrar o panorama da Geografia Física no Brasil e a necessidade de
conscientização acerca da questão ambiental.
- Expor as transformações ambientais no cenário brasileiro e demonstrar a
necessidade de delinear o posicionamento da Geografia Física em relação às
mudanças ambientais.
- Tratar das interações entre a atmosfera, a hidrosfera, os solos, a vegetação
e as atividades humanas.
- Entender a origem, formação, dinâmica e estrutura do planeta Terra visando
contextualizá-la como o meio físico de interação do homem e o meio ambiente.
- Entender as relações da sociedade e da natureza, educando participantes
responsáveis e comprometidos historicamente com os valores humanísticos.
CONTEUDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS
Estruturante Básico
Meio Ambiente
Relações sociedade e natureza
Uso e ocupação dos recursos naturais local, regional,
nacional e planetário
Princípios da ecogeografia, biogeografia, cartografia,
geologia e globalização
Apropriação dos recursos naturais e suas conseqüências
ambientais
Topografia Mapeamento com uso de bússola e trena e GPS
188
Climatologia Noções de Climatologia e Meteorologia
Estudo aquecimento global
Cartografia
Cartografia básica e instrumental
Leitura e interpretação de mapas
Construção de mapas, gráficos, tabelas, perfis
topográficos, curvas de nível, escalas
Organização e planejamento cartográfico
Fotogametria Noções de fotogrametria, sensoriamento remoto/
Estereoscopia
Uso de cartas topográficas e imagens satellite
Geomorfologia
Ambiental Noções de Geomorfologia Ambiental
Geologia
Introdução ao estudo da geologia
Escala geológica do tempo
A estrutura interna e externa da Terra e a Tectônica de
places
Minerais: propriedades físicas e químicas e principais
minerais formadores de rochas
Plutonismo e vulcanismo: rochas ígneas
Ciclo sedimentar: rochas sedimentares
Substâncias minerais exploradas economicamente e a
questão ambiental
Impactos e Riscos
Ambientais
Princípios básicos para a conceituação de impacto
ambiental
Definição de impacto ambiental: conceituações, atributos
dos impactos ambientais, características dos impactos
ambientais
Identificação dos impactos ambientais
Impactos ambientais nos principais ecossistemas
brasileiros
Ações humanas e os impactos ambientais: agropecuária,
produção vegetal e produção animal
189
Aspectos e impactos ambientais em áreas urbanas e
agrícolas
Acompanhamento de AIA / EIA / RIMA / PBA
Auditoria ambiental
Impactos ambientais decorrentes de agroquímicos, lixo,
esgoto, projetos de irrigação, drenagem e outros
Recuperação de áreas degradadas
Leis de biossegurança
Combate a desmatamentos, queimadas e incêndios
florestais
Poluição ambiental (água, ar e solo), Impactos ambientais
na saúde humana
Agroindústria
Indústria têxtil
Indústria de couro
Indústria química
Construção civil
Indústria da madeira
Indústria de cerâmica
Turismo
Mineração
Saneamento
Irrigação
Estradas
Represas
Principais métodos de avaliação de impacto ambiental
(AIA) , matrizes, estudos de casos
METODOLOGIA
190
O estudo da Geografia Ambiental requer uma metodologia adequada para o
melhor desenvolvimento das aulas, sendo assim será utilizado para exploração dos
conteúdos aulas teóricas, expositivas, dialogadas e atividades em grupo, resolução
de listas de exercícios, dinâmicas de grupo e estudo dirigido, utilização de quadro
branco, projetor multimídia, TV pen drive.
AVALIAÇÃO
A avaliação do desempenho escolar da disciplina será feita considerando os
aspectos de freqüência, participação e o aproveitamento do conteúdo. A freqüência
às aulas teóricas, aos trabalhos escolares, aos exercícios de aplicação e às
atividades práticas. O aproveitamento será avaliado através do acompanhamento
contínuo do estudante e dos resultados por ele obtido nas atividades avaliativas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BERTRAND, G. Paisagem e Geografia Física Global - Esboço metodológico.
Cadernos de Ciências da Terra, vol. 13, IG-USP, 1968.
CASSETI, V. Ambiente e Apropriação do relevo. São Paulo, Editora Contexto,
1991.
CHRISTOFOLETTI, A. Análise de sistemas em Geografia. São Paulo, Editora
Hucitec, 1979.
CHRISTOFOLETTI, A. Modelagem de Sistemas Ambientais. São Paulo, Ed.
Edgard Blücher, 1999.
191
GESTÃO DOS RECURSOS NATURAIS
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O estudo dos conteúdos desta disciplina se justifica devido a sua
essencialidade, indispensável à vida.
Esta disciplina visa a desenvolver ao aluno do Curso Técnico em Meio
Ambiente os conhecimentos necessários para perceber e caracterizar os recursos
naturais para atuar profissionalmente em sua proteção; orientação de uso correto e
sustentável, em benefício de toda a população e do planeta Terra.
A disciplina Gestão dos Recursos Naturais visa também desenvolver o
conhecimento dos alunos em relação as commodities Ambientais – 7 matrizes
ambientais (água, energia, biodiversidade, madeira, minério, reciclagem, controle de
emissão de poluentes em água/solo/ar; e o estudo dos componentes do meio
ambiente – recursos naturais sua gênese e desenvolvimento, bem como seu
equilíbrio e manutenção.
OBJETIVOS GERAIS
Possibilitar capacitação técnica e humana no âmbito das tecnologias de
manutenção, avaliação, e sustentabilidade dos recursos naturais, aumentando a
formação profissionalizante do Técnico em Meio Ambiente e de sua
empregabilidade, enquanto cidadão critico e atuante, em sua realidade.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Conteúdos Básicos: Recursos Hídricos, Noções de Silvicultura, Áreas
Protegidas, Pedologia e Edafologia, Energia Alternativas.
CONTEÚDOS BÁSICOS
Recursos hídricos:
192
Gestão de bacias hidrográficas, água superficiais e subterrâneas;
Comitês de bacias;
Participação comunitária nos Comitês de Bacia e Agencias;
Agencias Nacional de Água – ANA;
Políticas nacional e estadual de recursos hídricos;
Desequilíbrio dos sistemas hídricos;
Poluição e degradação hídrica;
Ciclo hidrológico;
Diagnostico de bacias hidrográficas;
Manejo de micro bacias hidrográficas;
Bacias hidrográficas paranaenses;
Hidrografia municipal. Lei 9433/97 e Lei 4771/65 e suas implicações na rede
de bacias hidrográficas.
Gerenciamento de bacias hidrográficas como unidade territorial de
planejamento.
Noções de silvicultura, áreas protegidas e paisagismo:
Reconhecimento das espécies florestais;
Propagação sexuada: conceitos, características, germinação, vigor,
dormência, qualidade das sementes e qualidade de sementes.
Propagação assexuada: conceitos, características, planta matriz e
classificação;
Viveiros: localização, instalação e manejo;
Legislações para produção de sementes e mudas;
Implantação de florestal;
Princípios de manejo florestal;
Planejamento e manejo de unidades de conservação, praças e arborização
urbana;
Uso público: recreação e lazer, noções de turismo, turismo em áreas
naturais protegidas;
193
Noções de paisagismo;
Pedologia/edafologia:
Conhecer as principais formações rochosas das camadas da Terra e sua
correlação com o solo;
Compreender o processo de intemperismo físico e químico.
Alterações de rochas e minerais e formação do perfil do solo;
Fatores de formação do solo (relevo, clima, organismos, material de origem
e tempo cronológico);
Conhecer as principais características morfológicas do solo;
Relacionar características morfológicas e propriedades dos solos;
Conceituar conservação de solo do ponto de vista produtiva e ambiental;
Conhecer práticas de conservação vegetativas e mecânicas;
Processos de salinização e acidificação;
Erosão em solos agrícolas e urbanos;
Pedogênese;
Edafologia;
Energias alternativas:
Conservação de energia e eficiências energética;
Sistema de energia;
Fontes alternativas de energia;
Energia solar térmica, termoelétrica e fotovoltaica;
Energia eólica;
Energia de biomassa, biocombustíveis (algas etc.);
Energia a hidrogênio e pilha de combustível;
Energia a CO2 (efeito estufa);
Biodiesel;
Geotérmica;
Hidráulica;
194
Energia Marinha;
Energia e meio ambiente.
METODOLOGIA
Utilização de textos selecionados; pesquisas de sites confiáveis da internet;
questões para estudo dirigido, trabalhos em equipe, apresentação TV–Pendrive e/ou
Data-Show, aulas expositivas (giz e quadro) diálogo com os alunos; realização com
os alunos de: leitura, sínteses, resumos, resenhas, análise de filmes / documentários
pertinentes à temática de recursos naturais. Aulas práticas a nível de campo na
fazenda-escola,bem como visitas técnicas a empresas de destaque no âmbito
ambiental , e também aulas práticas em laboratório;visitas de pesquisa no
componente Natureza a nível municipal local e na região próxima ao município de
Rio Negro.
AVALIAÇÃO
Realizada mediante a produção de textos, assiduidade, participação
(diálogo) com o professor, servindo mais para “melhorar o desempenho do
estudante e não somente examinar o quanto sabe em função de produção de um
resultado”.
O trabalho sério do avaliador é “melhorar constantemente, persistentemente,
o que o aluno já adquiriu. É importante analisar a atividade crítica” a capacidade de
síntese e a elaboração pessoal dos alunos.
O objetivo da avaliação sempre será visando o pleno desenvolvimento da
pessoa, seu preparo para a cidadania, sempre atuando qualitativamente do que
quantitativamente.
Buscar-se-á estar avaliando continuamente e cumulativamente para o
melhor desenvolvimento dos alunos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
195
ACOT, Pascal. História da Ecologia. Rio de Janeiro: Campus,1990.
BRESSAN, Delmar. Gestão Racional da Natureza. São Paulo: Hucitec, 1996.
BECKER, Dinizar (org.). Desenvolvimento Sustentável- Necessidade e/ou
Possibilidade?. Santa Cruz do Sul-RS: Edunisc, 1997.
FURTADO, Celso. A Formação Econômica do Brasil. São Paulo:Editora Nacional,
1995
GONÇALVES, Walter Porto Gonçalves. Os (Des) Caminhos do Meio Ambiente. 4
ed.,São Paulo: Contexto,1993.
GESTÃO DE RESIDUOS
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Ao longo da existência humana sobre a Terra, o ser humano origina-se de
uma situação mais integra à Natureza, sem uma “capacidade” de deixar resíduos no
meio ambiente que pudesse prejudicar este meio; após o período de industrialização
mundial, até os dias atuais, esta capacidade de criar e utilizar substâncias e
materiais, não prontamente assimiláveis pelos ciclos da Natureza, tornou a
humanidade altamente capaz de prejudicar a Natureza, não distinguindo como
reorganizar estes resíduos e dar-lhes destino sempre útil.
A Disciplina de Gestão de Resíduos justifica seu estudo (ensino-
aprendizagem) para participar deste resgate histórico em se reorganizar e aprimorar
as técnicas quanto ao correto encaminhamento, processamento de resíduos,
capacitando profissionalmente os alunos do Curso Técnico em Meio Ambiente.
196
OBJETIVOS
Possibilitar capacitação técnica e humana no âmbito das tecnologias dos
corretos procedimentos quanto ao destino, tratamento, transformação e reciclagem
de resíduos, sua gestão e o correto gerenciamento, atendendo às normas técnicas
(NBR) e as políticas públicas pertinentes ao tema.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES / CONTEÚDOS BÁSICOS
Gestão de Resíduos sólidos, orgânicos e políticas públicas, veículos
coletores, caracterização de resíduos sólidos urbanos, lixões, aterros controlados,
aterros sanitários, contaminação por agrotóxicos.
Gestão de resíduos sólidos e políticas públicas;
Sistema de coleta e triagem de resíduos;
Processo de tratamento/usinas de incineração;
Dispositivo final/aterros, lixões, valas sépticas;
Reciclagem/reutilização;
Coleta seletiva de resíduos;
Resíduos perigosos/tóxico e outros;
Contaminação ambiental/classes;
Elementos para compreensão da problemática dos resíduos sólidos urbanos:
aspectos econômicos, institucionais, sanitários e ambientais;
Características dos resíduos sólidos urbanos;
Coleta convencional: parâmetros de coleta (freqüência, horário,
acondicionamento, pontos e formas de coleta) e veículos coletores;
Estação de transbordo ou transferência de resíduos sólidos urbanos;
Gestão de resíduos sólidos urbanos e rurais;
Reciclagem dos diferentes materiais;
Técnicas de disposição dos resíduos sólidos em aterros sanitários;
Técnicas de tratamento através da incineração;
197
Técnicas de tratamento de resíduos orgânicos através da compostagem
termofílica;
Normas e legislação ambiental vigentes sobre resíduos sólidos;
Técnicas de acondicionamento, transporte, tratamento e disposição final de
resíduos sólidos dos serviços de saúde;
Caracterização de resíduos;
Princípios da microbiologia do tratamento de água residuárias;
Composição dos esgotos domésticos;
Importância sanitária dos microorganismos;
Biodegradação aeróbia e anaeróbia;
Características físicas, químicas e biológicas dos esgotos;
Processo de tratamento de água residuárias;
Sistema de tratamento de efluentes: lodos ativados, reatores anaeróbios e lagoas
de estabilização;
NBR 7229/93 – Projeto, construção e operação de tanques sépticos;
Alternativas para disposição final do lodo de esgoto.
METODOLOGIA
Para o desenvolvimento da disciplina, será utilizada uma metodologia
construtivista com base na elaboração e reelaboração do saber historicamente
construído, embasados no conhecimento científico. Para explorar os conteúdos
serão realizadas atividades diversificadas.
Utilização de textos selecionados, apostilas; pesquisas em sites confiáveis
da INTERNET, questões para estudos dirigidos, trabalhos em equipe.
Apresentação de TV-Pendrive e Data-Show e projetor, apresentações e
estudos de vídeos – documentários sobre os temas da disciplina, aulas expositivas
(giz e quadro) utilização de jogos didáticos, diálogo com os alunos, leituras, sínteses,
resumos, resenhas.
Atividades práticas extra-classe: reconhecimento de condições de gestão de
resíduos na realidade dos alunos e no Município em que morem.
198
AVALIAÇÃO
Realizada mediante a produção de textos, assiduidade, participação
(diálogo) com o professor, servindo mais para “melhorar o desempenho do
estudante e não somente examinar o quanto sabe em função de produção de um
resultado”.
O trabalho sério do avaliador é “melhorar constantemente, persistentemente,
o que o aluno já adquiriu. É importante analisar a atividade crítica” a capacidade de
síntese e a elaboração pessoal dos alunos.
O objetivo da avaliação sempre será visando o pleno desenvolvimento da
pessoa, seu preparo para a cidadania, sempre atuando qualitativamente do que
quantitativamente.
Buscar-se-á estar avaliando continuamente e cumulativamente para o
melhor desenvolvimento dos alunos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10004: Resíduos
sólidos - Classificação. Rio de Janeiro, 2004.
BRASIL, MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, CONSELHO NACIONAL DO MEIO
AMBIENTE – CONAMA. Brasília, DF, nº 136, 17 de julho de 2002. Seção 1, p. 95-
96.
FERREIRA, Oswaldo Poffo (Org.). Madeira: uso sustentável na construção civil.
São Paulo: Instituto de Pesquisas Tecnológicas:
PIRES, Maria Cecília (Org.). Guia para avaliação do potencial de contaminação
em imóveis. São Paulo: CETESB: GTZ,
2003.
199
INFORMATICA APLICADA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A informática surgiu justamente para possibilitar o acumulo de grandes volumes
de informações, possibilitar a pesquisa sobre estes dados de forma rápida e
eficiente; possibilitar a sua transmissão por todo o planeta de forma quase
instantânea.
O técnico de meio ambiente deve reconhecer o papel da informática na
organização da vida sócio-cultural e na compreensão da realidade, relacionando o
manuseio do computador a casos reais, ligados ao cotidiano do estudante, seja no
mundo do trabalho, na educação ou na vida privada, devendo reconhecer a
informática como ferramenta para novas estratégias de aprendizagem, capaz de
contribuir de forma significativa para o processo de construção do conhecimento nas
diversas áreas.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
Aspectos teóricos e práticos para o uso da informação no meio ambiente.
Aplicação das ferramentas informatizadas. Operação de Computadores e de
sistemas operacionais. Planilhas sobre emissões atmosféricas (fumaças, material
particulado) Pesquisas sobre efeito estufa, chuva acida, desmatamento e
queimadas. Utilização da legislação com a internet. Métodos e analises de
resultados.
CONTEUDOS ESTRUTURANTES
- Hardware
- Software
- Sistemas Operacionais
- Editores de Texto
200
- Planilhas Eletrônicas
- Software de Apresentações
- Internet
- Navegadores de Internet
-Metodologia do planejamento de pesquisa : fases de elaboração de um
projeto utilizando write e calc e impress.
-Utilização de softwares para elaboração alimentar de trabalhos científicos,
projetos ambientais e o uso da normas da ABNT utilizadas em meio
eletrônico.
- Software livre : Linux e seus Aplicativos.
- Softwares específicos para área ambiental GIS – Arc. View, Idrisi, Mapinfo,
Spring, Google .
- Implementação de um sistema de visualização / Monitoramento de aspectos
ambientais utilizando a ferramenta Excel.
- Utilização de planilhas em Quantificações ambientais
METODOLOGIA
Considerando a busca e a necessidade de informações atualizadas, serão
utilizados recursos educacionais encontrados na rede mundial de computadores.
Serão utilizados softwares procurando a interdisciplinaridade com as disciplinas do
núcleo comum, sendo utilizada exposição dialogada, provocativa e investigativa.
Uso da TV Pend-drive, DVD, e uso do laboratório de informática para pesquisa e
aulas praticas.
AVALIAÇÃO
Prepoderão os aspectos qualitativos da aprendizagem, a interdisciplinaridade
e a multiplicinaridade dos conteúdos, com relevância a atividade critica, a
capacidade de síntese e a elaboração sobre a memorização, num processo
continuo. Sendo utilizados a identificação, comparações, analises, produções,
interpretações e aplicação dos conhecimentos.
201
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
CAPRON, H.L.,J.A.:Introdução a Informática. São Paulo: Pearson/Prentice Hall,
2004.
MARILYN M.;Roberta B., Nosso futuro e o computador. 3.ed. Bookman, 2000.
NORTON, Peter, Introdução a Informática, Editora Makron Books, 1997.
WHITE, R., Como Funciona o computador, 8.ed. Editora QUARK, 1998.
LEGISLAÇÃO E SEGURANÇA AMBIENTAL
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Legislação Ambiental é o conjunto de normas jurídicas que se destinam a
disciplinar a atividade humana, para torná-la compatível com a proteção do meio
ambiente. No Brasil, as leis voltadas para a conservação ambiental começaram a
ser votadas a partir de 1981, com a lei que criou a Política Nacional do Meio
Ambiente.
A legislação ambiental brasileira, para atingir seus objetivos de preservação,
criou direitos e deveres para o cidadão, instrumentos de conservação do meio
ambiente, normas de uso dos diversos ecossistemas, normas para disciplinar
atividades relacionadas à ecologia e ainda diversos tipos de unidades de
conservação.
As leis proíbem a caça de animais silvestres, com algumas exceções, à pesca
fora de temporada, a comercialização de animais silvestres, a manutenção em
cativeiro desses animais por particulares (com algumas exceções), regulam a
extração de madeiras nobres, o corte de árvores nativas, a exploração de minas que
possam afetar o meio, a conservação de uma parte da vegetação nativa nas
propriedades particulares e a criação de animais em cativeiro.
202
A disciplina de legislação ambiental apresenta o tratamento concedido pelo
ordenamento jurídico brasileiro ao meio ambiente, abordando a tutela constitucional
do meio ambiente, sua relação com o Estado através da Política Nacional do Meio
Ambiente, a sua estrutura legal formada pelo Sistema Nacional do Meio Ambiente, o
conhecimento da legislação específica que trata da proteção da fauna, flora,
recursos hídricos, poluição, resíduos, responsabilidade administrativa e penal do
gestor ambiental, através do reconhecimento e conhecimento da Lei dos Crimes
Ambientais.
OBJETIVOS GERAIS
Apresentar o aluno a importância da legislação ambiental como instrumento
jurídico e legal de proteção do meio ambiente, bem como fazer com que o mesmo
compreenda a necessidade de adequar à legislação nas práticas de gestão
ambiental.
Conhecer e interpretar a legislação ambiental brasileira de maior interesse;
Conhecer as fontes, princípios, características e hierarquia das leis
ambientais;
Identificar a base constitucional de proteção do meio ambiente;
Conhecer a estrutura jurídica da Política Nacional do Meio Ambiente;
Reconhecer os atos do gestor ambiental nas responsabilidades civil e penal;
Acessar e consultar bancos de dados sobre a legislação ambiental;
Conhecer e interpretar a legislação dos recursos hídricos;
Conhecer e interpretar a legislação referente a poluição atmosférica, poluição
e de resíduos.
Aprender como devem ser feitos os processos de licenciamento ambiental;
Conhecer a estrutura dos estudos de impacto ambiental;
Aprender como devem ser feitos os processos de outorga de direito pelo uso
da água;
Conhecer os procedimentos para gestão do uso de resíduos perigosos;
Aprender como indicar e organizar a legislação em uma matriz de aspectos e
impactos ambientais;
Realizar exercícios para incorporar os conceitos apresentados
203
CONTEUDOS ESTRUTURANTES/CONTEUDOS BASICOS
Estruturante Básico
Legislação
Constituições Federais e Estaduais
Noções de Legislação Ambiental
Estrutura organizacional da legislação ambiental
brasileira
Código Florestal Brasileiro e Gestão de Florestas
Legislação Nacional de Recursos Hídricos
Licenciamento Ambiental: normas e legislação
Compensação Ambiental
Política Nacional do Meio Ambiente: Lei 6938/81
Legislação Estadual do Meio Ambiente
Planos Diretores – Estatuto da Cidade
Objetivos do Milênio
Legislação Municipal de Meio Ambiente
Lei de Crimes Ambientais – Lei 9605/98 alterada
pela Lei 6514/08 e regulamentado pelo Decreto 3179/99
Resoluções CONAMA
Indicadores ambientais de poluição e risco
ambiental para diagnóstico e tomada de decisões.
Noções sobre Normas Reguladoras de Segurança
Ambiental e do Trabalho – (PPRA, Mapa de Risco etc....)
METODOLOGIA
O estudo da Legislação e Segurança Ambiental será feito utilizando para
exploração dos conteúdos aulas teóricas, expositivas, dialogadas e atividades em
grupo, debates, resolução de listas de exercícios, dinâmicas de grupo e estudo
dirigido, utilização de quadro branco, projetor multimídia, TV pen drive.
204
AVALIAÇÃO
A avaliação do desempenho escolar da disciplina será feita considerando os
aspectos de freqüência, participação e o aproveitamento do conteúdo. A freqüência
às aulas teóricas, aos trabalhos escolares, aos exercícios de aplicação e às
atividades práticas. O aproveitamento será avaliado através do acompanhamento
contínuo do estudante e dos resultados por ele obtido nas atividades avaliativas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANTUNES, Paulo de Bessa, Curso de Direito Ambiental, 2ª ed., Renovar, Rio -
1992.
BECHARA, Erika. Licenciamento e Compensação Ambiental na Lei do Sistema
Nacional das Unidades de Conservação (SNUC). 1ed. São Paulo: Atlas, 2009.
MEDAUAR, Odete. Coletânea de Legislação do Direito Ambiental. 3. ed. São
Paulo:
Revista dos Tribunais, 2004.
Revista Meio Ambiente Industrial – Editora Tocalino.
METODOLOGIA CIENTÍFICA E COMUNICAÇÃO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
205
A metodologia científica exige rigor ao descrever o caminho percorrido
para a produção do saberes, de modo que os outros possam trilhar percursos
semelhantes, comparando com seus próprios resultados e ampliando os
conhecimentos existentes sobre o assunto. O que caracteriza a Ciência é seu
método. Sendo crítica, ela oferece como metodologia a busca de elementos para o
julgamento de verdades.
Ao longo da era moderna, o método científico passa a ser aplicado para
criticar o que se tem como verdades sobre fatos do mundo, inicialmente do mundo
natural, passando, aos poucos, ao mundo social. Muitos pensadores contribuíram
para construir uma forma do pensar científico que auxilia na busca de respostas a
questões relacionadas ao mundo natural e social.
Para descrever os fatos da natureza ou sociais, devemos partir de uma série
de procedimentos de observação criteriosa, ou mediante a experimentação, que é
um controle obtido por meio de uma intervenção planejada sobre as ocorrências
desses fatos.
Sendo assim, a Metodologia cientifica tem a função de nortear ao
pesquisador o “caminho das pedras” da pesquisa ajudá-lo a refletir e instigar um
novo olhar sobre o meio em que vivemos. Buscar respostas para solucionar os
problemas que aflige o homem nesse milênio. Um olhar curioso, indaga-dor e
criativo.
A elaboração e o desenvolvimento de um projeto de pesquisa necessita,
para que seus resultados sejam satisfatórios, estarem embasadas em planejamento
cuidadoso, reflexões conceituais sólidas e alicerçados em conhecimentos já
existentes.
Pesquisar é um trabalho que envolve um planejamento, com problemas
definidos e objetivos claros aonde se quer chegar.
O sucesso de uma pesquisa também dependerá do procedimento seguido,
do seu envolvimento com a pesquisa e de sua habilidade em escolher o caminho
para atingir os objetivos da pesquisa.
A pesquisa é um trabalho em processo não totalmente controlável ou
previsível e adotar uma metodologia significa escolher um caminho, um percurso
global do espírito. O percurso, muitas vezes, requer ser reinventado a cada etapa.
206
Precisa então, não somente de regras e sim de muita criatividade e imaginação,
aprestando momentos especiais para a comunicação dos resultados, socializando
os conteúdos para propiciar intervenções mais consistentes, oferecendo seriedade e
segurança ao grupo.
Desta forma, todas as pesquisas realizadas por meio do Curso Técnico em
Meio Ambiente,serão consideradas com grande seriedade tanto na dimensão de
geração de conhecimentos quanto em seu poder de comunicar com outros públicos
fora do espaço escolar, e até em propor políticas públicas locais que gerem
mudanças. Para isso é essencial, divulgar as aprendizagens para a comunidade
escolar e para os órgãos interessados por meio de diferentes formas de
comunicação.
OBJETIVOS GERAIS
- Elaborar e desenvolver projetos de pesquisa em meio ambiente.
- Instrumentalizar o aluno na busca de soluções para os problemas do meio
ambiente que envolva os conhecimentos da ciência, de forma critica e criativa.
- Direcionar o processo ensino-aprendizagem preparando o futuro técnico em meio
ambiente para o seu campo profissional.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS:
- Ciência e conhecimento;
- Método científico;
- Pesquisa científica;
- Elaboração, planejamento e desenvolvimento de projetos;
- Técnicas de pesquisa;
- Estudos de processos de leitura e de produção escrita de textos;
- Normas ABNT de pesquisa de projetos
METODOLOGIA
207
Tendo como finalidade que os conhecimentos que venham orientar as
soluções da pesquisa sejam científicos. No entanto não serão desenvolvidas por
cientistas em laboratórios sofisticados ou centros especializados, mas por alunos de
um curso profissionalizante sabedores que o conhecimento popular oferece riquezas
fundamentais para o conhecimento científico e a escola torna-se um espaço onde
conhecimento científico e popular se encontram, faz-se necessário uni-los para
contribuírem para o crescimento de todos.
Cada aluno deve participar de todas as etapas da pesquisa. As inquietações,
curiosidades e sonhos dos jovens devem ser trabalhados desde a definição da
pesquisa, seus caminhos e resultados, até sua apresentação e a avaliação final da
atividade.
Serão utilizadas copias xerox de textos selecionados, com levantamento e
questões para o estudo dirigido, individual ou em equipe, elaboração de sínteses,
resumos, textos, aulas expositivas com giz e quadro, data show, TV Pendrive, DVD
e dinamização de equipes..
Proporcionando a cada participante contribuir com suas ideias, textos e registros, o
professor terá subsídios para avaliar o desempenho de cada um na elaboração das
experiências, ajudando-os na construção do pensamento científico, por meio de
descobertas, do diálogo, com pessoas da região, com técnicos, acadêmicos,
pesquisadores e com os livros.
AVALIAÇÃO
Utilização de provas objetivas e subjetivas, trabalhos individuais ou em grupo,
projetos, avaliação da participação do aluno, capacidade de pesquisar com
objetividade em livros, sites técnico-pedagógicos, compêndios agrícolas, interpretar
gráficos, tabelas, equipamentos. Avaliação do interesse e dedicação aos assuntos
da disciplina no seu contexto humano também.
Os alunos que não atingirem a nota mínima devem ter acesso a recuperação
paralela através de trabalhos e/ ou provas. Os critérios utilizados na avaliação vão
desde a simples presença do aluno, sua freqüência, realização de exercícios e
atividades didáticas e o diálogo com o professor nos trabalhos em equipe, seu grau
de participação, interesse e desempenho.
208
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SILVA, Edna Lúcia da. Metodologia da pesquisa e elaboração de dissertação. 4.
ed. rev. atual. – Florianópolis: UFSC, 2005.138p.
LUNA, S.V.de. Planejamento de pesquisa: uma introdução. São Paulo: Educ,
1997.26p.
SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O processo de Sistema de Gestão Ambiental é voltado para a resolução e/ou
prevenção de problemas de caráter ambiental, com vistas ao desenvolvimento
sustentável. Define-se Sistema de Gestão Ambiental (SGA), segundo a NBR ISSO
14001, como parte do sistema de gestão que compreende a estrutura
organizacional, as responsabilidades, as práticas, os procedimentos, os processos e
recursos para aplicar, elaborar, revisar e manter a política ambiental de uma
instituição ou empresa.
Dessa forma a abordagem dada pela disciplina englobará a discussão sobre a
importância da inserção da dimensão ambiental no contexto sócio econômico bem
como suas vantagens competitivas relacionando a visão da interação entre o setor
produtivo e o Meio Ambiente.
Para tanto se faz necessário se apropriar dos conceitos técnicos legais
relacionados ao sistema de gestão ambiental reconhecendo sua importância social,
econômica e em estratégica de incorporação da dimensão ambiental na gestão das
organizações. Com este enfoque, fundamenta–se nas normas da série ISO 14000
no conceito de Sistema de Gestão Ambiental, seus requisitos e etapas de
implantação, bem como nos instrumentos de gestão ambiental e sua integração nos
demais sistemas de gestão.
209
Atualmente há uma tendência mundial para o desenvolvimento de um sistema de
gestão que integre as áreas da Qualidade, Saúde, Segurança do Trabalho e de
Responsabilidade Social com a do Meio Ambiente, visando à redução de custos das
empresas, evitando–se a elaboração de vários programas, ações e metas que, em
muitos casos, se sobrepõem.
OBJETIVOS:
- Estudar os conceitos relacionados com sistemas de gestão ambiental, referenciais
normativos e requisitos.
- Reconhecer os vários instrumentos voluntários destinados à promoção ambiental e
social das organizações e seus produtos.
- Compreender das analogias entre sistemas de gestão da qualidade, do ambiente e
de higiene e segurança.
- Elaborar elementos do SGA – políticas, procedimentos e instruções de trabalho,
formulários de registro, planos de ação - e de estabelecer indicadores de
desempenho ambiental.
- Realizar pequenas auditorias e de elaborar os planos e relatórios respectivos.
- Conhecer os conceitos relacionados com análise de ciclo e vida e respectiva
metodologia.
- Trabalhar em equipe desenvolvendo a comunicação escrita e oral.
CONTEÚDOS
1º Semestre.
- Importância sócio-econômica do meio ambiente.
- Constituição da republica federativa do Brasil, Art.225. Do meio ambiente.
- A questão ambiental com relação ao meio empresarial.
- As normas ISO 14.000, OHAS 18.000.
- Norma BS 7750.
- Sistemas de gestão ambiental, especificação e diretrizes para uso.
- Política ambiental, planejamento, implementação e operação.
210
- Verificação e ações corretivas.
- Auditorias ambientais.
- Rotulagem ambiental.
- Aspectos do tema meio ambiente em praticas de conservação.
- Analise do ciclo de vida dos produtos.
- Prevenção à poluição.
2º Semestre.
- Relação das empresas com o meio ambiente, multas e termos de conduta.
- Influencia do consumidor final de produtos.
- Substituição de materiais e insumos.
- Mudanças de procedimento.
- Melhorar a organização ( Housekeeping).
- Programas educacionais.
- Prevenção e redução, reciclagem e reuso, tratamento, disposição.
- Prevenção da poluição na indústria.
- Questões ambientais relevantes, retrospectiva de fatos marcantes e a
implantação de sistema de gestão.
- Benefícios potenciais relacionados a implantação de programas.
3º Semestre.
- Auditorias ambientais.
- Principais instituições certificadoras.
- Políticas ambientais.
- Software para gestão ambiental.
- Ecomarketing.
- Ecobusiness.
- Responsabilidade ambiental, e seus afazeres.
- Órgãos de regulação ambiental.
211
METODOLOGIA
O processo ensino aprendizagem será efetuado por meio de aulas
expositivas, debates em grupos, pesquisas extra classe, discussões sobre normas e
leis do meio ambiente, visualização de problemas cotidianos em relação ao meio
ambiente, perspectivas reais da população empregada e saídas para visitas
técnicas.
AVALIAÇÃO
Considerando que a avaliação é um processo contínuo que visa a percepção
da relação entre o ensino e a aprendizagem, busca-se por meio de trabalhos
individuais e em grupos, atividades de pesquisa, relatórios de visitação,
apresentação em seminários e atividades individuais analisar a apropriação dos
conceitos científicos trabalhados pela disciplina a fim de aperfeiçoar a didática
ensino.
Sendo assim, a disciplina de Sistema de Gestão Ambiental proporcionará ao
aluno diversificadas formas de demonstrar o que aprendeu durante o semestre
valendo-se do direito à recuperação de estudos sempre que necessário.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MOREIRA, Maria Suely. Estratégia e Implantação do Sistema de Gestão
Ambiental, Modelo ISO 14000. Nova Lima: INDG Tecnologia e Serviços Ltda,
2006.
SEIFFERT, Maria Elizabete Bernardini. ISO 14000, Sistema de Gestão Ambiental:
Implantação objetiva e econômica. 3a Ed. São Paulo;Atlas, 2007.
VÁRIOS AUTORES. Cuidando do Planeta Terra - Uma Estratégia para o Futuro
da Vida, UICN, PNUMA, WWF, Ed. CL-A Cultura Ltda, São Paulo, 1991
212
ESTÁGIO PROFISSIONAL SUPERVISIONADO
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O estágio é uma forma de proporcionar ao futuro técnico em meio ambiente,
um vasto campo de informações significativas, em relação à gestão e manejo dos
recursos naturais de forma sustentável, para sua formação e encaminha-o para a
prática profissional e, além disso, é um processo de aprendizagem onde o próprio
aluno entra em contato direto com a realidade, o que na maioria das vezes o
transforma, e oferece suportes para seu futuro profissional, e contribui na sua
formação pessoal.
No entanto, para que se possam entender de fato as atividades relacionadas
à formação de qualquer profissional, é importante o contato direto com as áreas que
se inter relacionam, tornando-o um profissional capaz de analisar todas as situações
de maneira mais ampla, ao contrário do conhecimento comum.
O estagio Profissional Supervisionado, de caráter obrigatório, previsto na legislação
vigente, atende as exigências do curso, decorrente da própria natureza do eixo
tecnológico do curso de técnico em meio ambiente. Devendo ser planejado,
executado e avaliado de acordo com o perfil de um profissional, com competência
técnica, e ética para gerir e manejar de forma sustentável os recursos naturais e o
meio ambiente, para garantir o desenvolvimento das gerações futuras.
OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
- Conhecer formas de gestão e manejo dos recursos naturais e ambientais.
- Buscar alternativas de produção sustentável com respeito ao meio ambiente.
- Executar e planejar projetos de desenvolvimento sustentável com respeito as leis e
normas ambientais.
- Relacionar conhecimento teórico com a prática profissional a partir da observação
das experiências realizadas.
CONTEÚDOS Estruturantes / Básicos:
213
- Normas de orientação de estagio.
- Projeto de estagio em meio ambiente.
- Relatório de estagio em meio ambiente.
- Apresentação do relatório de estágio em banca.
METODOLOGIA
Para realizar as atividades relacionadas à disciplina serão utilizadas pesquisas
bilbiográficas
Utilização de copias xérox de textos selecionados, com levantamento e
questões para o estudo dirigido, individual ou em equipe, elaboração de sínteses,
resumos, textos, aulas expositivas com giz e quadro, data show, TV Pendrive, DVD
e dinamização de equipes..
AVALIAÇÃO
Serão realizadas avaliações do técnico em meio ambiente pela: participação e
desenvolvimento do estágio na empresa, relatório de estagio e apresentação em
banca do estagio.
AULAS PRÁTICAS
A questão ecológica encontra-se cada vez mais presente no cotidiano da
sociedade em geral, seja através da divulgação pela mídia, seja devido a nítidas
alterações da paisagem e clima. É nesse contexto que se insere a Educação
Ambiental, importante ferramenta para subsidiar o debate ecológico e expandir o
número de pessoas capacitadas e envolvidas na prática da conservação e da
conscientização ambiental, fundamental para a formação de cidadãos plenos.
214
No Brasil, país com altíssima biodiversidade e que enfrenta graves problemas
ambientais, já têm sido implantados vários programas focalizando a conscientização
e a formação ambiental.
Porém, são necessários diversos componentes para se atingir todas as
dimensões inseridas na Educação Ambiental: amor e respeito à vida, interesse e
conhecimento acerca do meio ambiente, postura crítica e consciência diante dos
próprios hábitos.
Uma questão crucial para sucesso do Curso Técnico em Meio Ambiente é a
adoção de ferramentas adequadas para que cada aluno atinja o nível esperado de
conhecimento ambiental. É com este propósito que serão implementadas as Aulas
Práticas.
As aulas práticas serão atividades sistemáticas desenvolvidas pelos
professores, juntamente com a equipe pedagógica com o objetivo de integrar os
conhecimentos teóricos com os conhecimentos práticos, serão promovidas
situações de vivências, onde os alunos poderão confrontar, analisar e elaborar suas
próprias conclusões, transformando-as em aprendizagem significativa.
O Curso Técnico em Meio Ambiente é rico em espaços que proporcionam
aulas práticas, podendo ser explorados e transformados em laboratórios
promovendo um ambiente estimulador da aprendizagem, onde os alunos terão
acesso ao conhecimento ambiental, tecnológico e científico em sua essência.
Sendo assim, as disciplinas de: Análise, Controle e Química Ambiental,
Estatística Aplicada, Gestão de Recursos Naturais, Geografia Ambiental, Gestão de
Resíduos, Sistemas de Gestão Ambiental e Informática Aplicada, contempladas com
aulas práticas no decorrer do curso poderão aprofundar os conteúdos trabalhados
em sala de aula, por meio de visitas a empresas, parques ecológicos, espaço da
fazenda-escola, ou qualquer lugar que possibilite estudos e sugestões de
intervenções visando um ambiente ecologicamente correto.
Estas atividades visam capacitar os alunos do Curso Técnico em Meio
Ambiente para exercerem sua cidadania com espírito científico, preparados para
conhecer e pesquisar a respeito dos sistemas naturais, tão ricos em beleza e
diversidades de espécies, bem como sobre as culturas humanas e o
desenvolvimento tecnológico com os quais convivemos muitas vezes de forma
215
respeitosa e integrada, outras vezes modificando e destruindo sem limites,
principalmente ao longo das últimas décadas.
Não só em uma concepção de reduzir os impactos ou monitorar os estragos,
reduzir a produção do lixo, de cobrar pelo uso ou poluição das águas, mas de propor
uma mudança na forma de ver o mundo, a sociedade e os valores que realmente
contribuem para a sobrevivência humana com qualidade de vida, pensar com
responsabilidade pelo presente e projetar o futuro numa perspectiva de
desenvolvimento sustentável.
OBJETIVOS:
- Desenvolver nos alunos do Curso Técnico em Meio Ambiente a capacidade de
observação e o espírito de pesquisa.
- Promover a ampliação do conhecimento científico na área ambiental.
- Proporcionar visitas de estudos durantes as aulas práticas para ampliar a visão de
mundo dos alunos.
- Enriquecer e contextualizar os conhecimentos teóricos.
CONTEÚDOS
Os conteúdos que embasam o Curso Técnico em Meio Ambiente foram
selecionados e propostos de acordo com os objetivos do curso, os quais encontram
no conhecimento científico sua essência e mantêm determinadas relações sociais e
de valores, nelas estabelecem formas de atuação peculiares, entre elas podemos
citar as aulas práticas.
Sendo as aulas práticas extensão dos conteúdos explorados em sala de aula,
os mesmos correspondem aos relacionados nas disciplinas contempladas com essa
atividade,
METODOLOGIA
216
Quando o aluno sai do universo da sala de aula para realizar uma atividade
extraclasse, sente-se mais motivado e interessado pela disciplina, porém cabe ao
professor, planejar, quais as intervenções serão mais relevantes.
Sendo assim, ele poderá elaborar questões, situações problemas envolvendo
os conteúdos, bem como estudos de casos, visto que, para cada aula prática o
aluno deverá realizar um relatório.
Os objetivos deverão ser claros e definidos para que promovam a interação
da teoria com o contexto, proporcionando a ampliação do conhecimento voltado
para a análise crítica na construção de uma sociedade com desenvolvimento
econômico, tecnológico e ambiental.
O aluno deve ter em mente que a educação ambiental voltada para a
sustentabilidade depende de uma visão ampla das questões ambientais, bem como
da conscientização de que somente com o conhecimento necessário e atitudes
adequadas estaremos promovendo o desenvolvimento e preservando a vida do
planeta para as futuras gerações.
AVALIAÇÃO
Como a avaliação deve ser um processo contínuo e permanente no decorrer
do período do curso a participação nas aulas práticas será avaliada, de acordo com
os critérios estabelecidos anteriormente, no que diz respeito ao interesse pelas
questões abordadas, a realização do relatório técnico, bem como a apropriação do
dos conteúdos.
Sendo assim, as disciplinas contempladas com as aulas práticas terão mais
um instrumento de avaliação valioso, pois oportunizará a revisão dos conceitos na
integra, ou seja, em sua totalidade.