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GUERRA PERIÓDICA: UM JOGO DIDÁTICO VOLTADO PARA ALUNOS DO ENSINO MÉDIO Adriene J. Tavares (IC), Francisca Belkise F. Moreira (IC), Saara Lídia C. Lima (IC) Saara Lidiana Costa Lima (IC) Michele Asley Alencar Lima* (PQ) Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte- IFRN. *[email protected] O estudo da Química é de grande importância para nossas vidas, já que, conhecer essa ciência significa entender as transformações que ocorrem ao nosso meio. Porém, umas das dificuldades mais perceptíveis encontradas entre os alunos é o fato de muitos deles acharem que a Química é uma ciência que estuda fenômenos distantes da realidade. Isso acontece porque muitas pessoas não conseguem entender a ligação dessa ciência com o mundo. A partir daí, percebemos a necessidade de o professor buscar estratégias de ensino que possam trazer motivação para que os alunos se interessem, sintam curiosidade em conhecer, para poderem, assim, vivenciar estes conhecimentos e difundí-los. Uma proposta que contribui para a mudança do ensino tradicional é a utilização de jogos e atividades lúdicas. Segundo Santana (2006), os jogos ou as atividades lúdicas não se resumem apenas em facilitar que o aluno memorize o assunto abordado, mas também a induzi-lo ao raciocínio, à reflexão, ao pensamento e, consequentemente, à construção do seu conhecimento. De acordo com Kishimoto (1994), o jogo, considerado um tipo de atividade lúdica, possui duas funções: a lúdica e a educativa, as quais devem estar em equilíbrio, pois se a função lúdica prevalecer, não passará de um jogo e se a função educativa for predominante será apenas um material didático. É necessário que haja uma preocupação com os métodos de ensino. A forma lúdica de ensinar deve ser analisada pelo professor, para ele saber se os conhecimentos estão sendo adquiridos da maneira correta. Dessa forma, o objetivo do presente trabalho é despertar o interesse do aluno na ciência da Química, sendo que a ferramenta utilizada será um jogo didático que trará conhecimentos expostos de maneira divertida e de fácil compreensão, apresentando assuntos que são estudados em sala de aula, tornando-se, assim, um método simples de auxilio para o ensino. Assim, este trabalho propõe o desenvolvimento de um jogo, que segue as características do jogo “War” tradicional, nomeado por “Guerra Periódica”. Este tratará de assuntos da Tabela Periódica, ajudando

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GUERRA PERIÓDICA: UM JOGO DIDÁTICO VOLTADO PARA ALUNOS DO

ENSINO MÉDIO

Adriene J. Tavares (IC), Francisca Belkise F. Moreira (IC), Saara Lídia C. Lima (IC)

Saara Lidiana Costa Lima (IC) Michele Asley Alencar Lima* (PQ)

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte-

IFRN.

*[email protected]

O estudo da Química é de grande importância para nossas vidas, já que,

conhecer essa ciência significa entender as transformações que ocorrem ao nosso meio.

Porém, umas das dificuldades mais perceptíveis encontradas entre os alunos é o fato de

muitos deles acharem que a Química é uma ciência que estuda fenômenos distantes da

realidade. Isso acontece porque muitas pessoas não conseguem entender a ligação dessa

ciência com o mundo. A partir daí, percebemos a necessidade de o professor buscar

estratégias de ensino que possam trazer motivação para que os alunos se interessem,

sintam curiosidade em conhecer, para poderem, assim, vivenciar estes conhecimentos e

difundí-los. Uma proposta que contribui para a mudança do ensino tradicional é a

utilização de jogos e atividades lúdicas. Segundo Santana (2006), os jogos ou as

atividades lúdicas não se resumem apenas em facilitar que o aluno memorize o assunto

abordado, mas também a induzi-lo ao raciocínio, à reflexão, ao pensamento e,

consequentemente, à construção do seu conhecimento. De acordo com Kishimoto

(1994), o jogo, considerado um tipo de atividade lúdica, possui duas funções: a lúdica e

a educativa, as quais devem estar em equilíbrio, pois se a função lúdica prevalecer, não

passará de um jogo e se a função educativa for predominante será apenas um material

didático. É necessário que haja uma preocupação com os métodos de ensino. A forma

lúdica de ensinar deve ser analisada pelo professor, para ele saber se os conhecimentos

estão sendo adquiridos da maneira correta. Dessa forma, o objetivo do presente trabalho

é despertar o interesse do aluno na ciência da Química, sendo que a ferramenta utilizada

será um jogo didático que trará conhecimentos expostos de maneira divertida e de fácil

compreensão, apresentando assuntos que são estudados em sala de aula, tornando-se,

assim, um método simples de auxilio para o ensino. Assim, este trabalho propõe o

desenvolvimento de um jogo, que segue as características do jogo “War” tradicional,

nomeado por “Guerra Periódica”. Este tratará de assuntos da Tabela Periódica, ajudando

na aquisição de conhecimentos sobre os elementos químicos e sua localização na tabela.

Para a elaboração desse jogo, utilizaremos um tabuleiro, 8 grupos de cores diferentes,

111 cartas representando cada elemento, 6 cartas curingas, 20 cartas com objetivos que

deverão ser alcançados ao longo do jogo, um bloco de perguntas, 6 dados, sendo 3 de

uma cor e 3 de outra. O jogo Guerra Periódica, assim como todos possui regras, as quais

são:

Cada jogador escolhe o exército da cor que preferir, dentre as 8 possíveis.

Cada participante recebe uma carta-objetivo por sorteio. Ao tomar conhecimento

do seu objetivo, o jogador não revela aos seus adversários.

Cada jogador pega um dado e o lança, aquele que obtiver mais pontos será o

distribuidor.

O distribuidor pega o conjunto de cartas dos elementos, retira os Hidrogênios e

distribui as cartas para os participantes.

Neste momento, cada jogador deve colocar 1 átomo da sua cor em cada um dos

elementos recebidos durante o sorteio, ao final dessa operação, todos os

elementos estarão ocupados por um átomo de algum dos participantes.

Em seguida, o distribuidor recolhe as cartas de elementos, recoloca os

hidrogênios e embaralha as cartas.

Na primeira rodada, cada um dos jogadores, na sua vez, deve receber 6 átomos e

colocá-los na tabela de acordo com sua estratégia.

A cada final de rodada o participante pegará uma carta dos elementos, se

conseguir conquistar um novo elemento, que futuramente servirão como trocas

por átomos, essa troca acontecerá quando o participante obtiver 3 cartas de

símbolos iguais ou uma de cada símbolo.

A partir da segunda rodada, o participante soma a quantidade de elementos

conquistados que tem e em seguida divide por dois, o resultado será o numero de

átomos que irá colocar no tabuleiro.

Se, no início da sua vez de jogar, o jogador possuir um grupo inteiro, além dos

átomos recebidos pela contagem dos elementos, receberá outros átomos, de

acordo com os valores da tabela impressa no tabuleiro. Lembrando que, os

átomos recebidos por direito, só poderão ser colocado dentro do grupo

conquistado.

A partir da segunda rodada, os jogadores podem ou não atacar algum adversário,

tentando conquistar mais elementos. Para isso é necessário que haja ao menos

um átomo em cada elemento ocupado.

Para atacar a partir de um elemento, são necessários, no mínimo, 2 átomos neste

elemento.

O ataque, a partir de um elemento qualquer, só pode ser dirigido a um elemento

adversário que tenha fronteiras ou que esteja ligado através de uma linha.

O atacante deve anunciar de que elemento vai partir o ataque e qual o elemento

que será atacado, bem como quantos átomos estará usando para atacar. Vence o

ataque o participante que, nos dados obtiver os números maiores.

O participante que conquistar um grupo da tabela, na rodada seguinte, só

colocará os átomos de direito se conseguir responder uma das perguntas

referente ao grupo conquistado ou aos elementos nele inserido.

Vence o jogo, o participante que for o primeiro a conseguir conquistar o seu

objetivo.

A imagem abaixo é uma ilustração do jogo “Guerra Periódica”.

Referências:

SANTANA, E. M. A Influência de atividades lúdicas na aprendizagem de conceitos químicos. Universidade de São Paulo, Instituto de Física - Programa de Pós-Graduação Interunidades em Ensino de Ciências, 2006.

KISHIMOTO, Tizuko Morchida. O jogo e a educação infantil. São Paulo: Pioneira, 1994.

FELTRE, Ricardo. Química 1 - Química Geral. Vol. 1, 6ª Ed. São Paulo: Moderna, 2004.