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GUIA BAUMGARTEN DE REFERÊNCIA EM ROTULAGEM

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ApresentAçãoGuia Baumgarten de Referência em Rotulagem reúne informações sobre os principais sistemas de decoração

indireta de embalagens (aqueles em que a impressão é feita em substrato a ser aplicado posteriormente sobre o recipiente). Não se trata de material técnico. A abordagem aqui é prática, e tem como objetivo esclarecer as dúvidas mais comuns com que se deparam nossos clientes e as agências de design que trabalham para eles.

Este Guia, portanto, destina-se não somen-te a sistematizar informações e práticas já conhecidas dos profissionais de desenvolvi-mento de embalagens, mas também a ofere-cer um ferramental importante para aqueles que, sem ser especialistas na área, realizam cotidianamente tarefas que possuem interse-ções com o assunto.

Mais que isso, esse material constitui-se num recurso interessante para ajudar os altos níveis de gerência a compreender que, pelo fato de embalagens e rótulos serem ativi-dades complexas, que envolvem diferentes áreas da empresa, é preciso que a execução de projetos seja conduzida de forma crite-riosa. Afinal, são insumos de produção que impactam os custos, mas que têm papel pre-ponderante na criação de valor e no desem-penho das vendas. Por isso, não podem ser vistos de forma estanque, e precisam ser sempre avaliados em função dos impactos gerados ao longo de toda a cadeia de valor.

Nós, da Baumgarten, cientes da impor-

tância de estarmos integrados aos demais elos dessa cadeia, damos com este Guia uma contribuição para que os projetos de nossos clientes comecem e terminem sem sobressal-tos – e sempre com muito êxito. Um pequeno descuido nas etapas iniciais pode resultar em grandes problemas nas linhas produtivas, e a melhor maneira de evitar isso é difundir conhecimento, trabalhar em conjunto, com-partilhar informações.

Boa leitura.

Ronaldo Baumgarten Jr.

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Índice

Introdução ..................................................................................5

Desenvolvimento de embalagens ........................................6

Checklist .................................................................................. 10

Autoadesivos .......................................................................... 13

Termoencolhíveis ................................................................... 27

In-Mould Label ....................................................................... 35

Rótulo Magazine .................................................................... 40

Roll Label ................................................................................. 44

Impressão ................................................................................ 49

Quadro Comparativo – Sistemas de impressão .............. 56

Agradecimentos ..................................................................... 58

ExpEdiEntE

O Guia Baumgarten de Referência em Rotulagem é uma publicação dirigida a designers, profissionais de desenvolvimento de embalagens e demais envolvidos com decisões sobre rótulos em seu dia a dia.

Coordenação, Organização e Revisão Técnica: Baumgarten Gráfica Ltda. Rua Henrique Weise, 299 - Salto Weissbach • Blumenau - SC

(47) 3321-6666 • www.baumgarten.com.br

Edição:                       Bloco de Comunicação Ltda.                               Rua Carneiro da Cunha, 1192 – 6º Andar • São Paulo, SP • 04144-000

(11) 5181-6533 • www.bloco.de.com

Texto:                         Marcos Palhares • [email protected]

Projeto Gráfico:          Bloco de Comunicação • Capa: Carlos Gustavo Curado • Ilustrações: MN Design

Criação dos Rótulos: Baumgarten e Designful • Fotos:                         Carlos Gustavo Curado  e Dreamstime

Este Guia é protegido por direitos autorais.  Proibida a reprodução, total ou parcial, sem autorização expressa da Baumgarten Gráfica Ltda.

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Introduçãoprimeiro passo para que se obtenha um bom rótulo é entender a importân-cia dele para as marcas. Esse insumo,

com impacto tão pequeno na equação de custos, é sem dúvida um dos mais decisivos na geração de vendas. Ao arrematar a iden-tidade visual da embalagem, o rótulo ajuda a diferenciar um produto em meio à gigantesca massa de informações nos pontos de venda. Seja por imposições legais, seja por deman-das da área de marketing, é nele que se incluem as informações destinadas ao consu-midor. É nessa pequena área que os designers traduzem a personalidade das marcas, per-mitindo a sua visibilidade constante durante todo o ciclo de consumo daquele produto. Também nesse espaço se incluem os códigos de barra, tão importantes para a automação comercial, e também as informações para o correto decarte das embalagens vazias.

Por essas e inúmeras outras razões que o espaço nos impede de listar, pode-se afirmar que há poucos itens tão relevantes para as empresas fabricantes de bens de consumo quanto o rótulo. Errar nesse ponto pode ser fatal.

O Guia Baumgarten de Referência em Rotulagem surgiu para ajudar os profissionais que precisam tomar decisões sobre decora-ção de embalagens em sua atividade profis-sional a entender como eles são produzidos, e como se encaixam na cadeia de valor. Nas próximas páginas, serão abordados diferen-tes sistemas de rotulagem indireta – ou seja, quando a impressão não é feita diretamente na embalagem, mas sim num substrato que nela será aplicado posteriormente.

Serão abordados aqui os principais sis-temas de decoração utilizados no mercado

brasileiro de embalagens: autoadesivo, ter-moencolhível, cut and stack label (rótulo pré-cortado ou magazine), roll label e in-mold label (IML).

Cada tecnologia tem suas particularida-des e exigências, que se multiplicam em virtude das variedades de materiais em que os rótulos são impressos, dos tipos de apli-cação e dos objetivos específicos de cada embalagem. Custos e produtividade estão diretamente ligados a esses e a muitos outros fatores, como será visto neste Guia.

Também serão abordados aspectos rela-cionados com diferentes tipos de impressão – offset, flexografia, rotogravura, letterpress, serigrafia e offset digital, além de hot stam-ping e cold foil – de forma a oferecer àqueles que não são especialistas na área gráfica o ferramental necessário para melhor explorar os recursos de cada uma dessas alternativas.

O Guia Baumgarten de Referência em Rotulagem traz ainda um útil check list para que, na concepção de projetos de emba-lagens, designers, engenheiros, gestores e demais profissionais envolvidos possam se antecipar a potenciais problemas, evitando atrasos e desperdícios.

Como criatividade e tecnologia avançam a passos largos, e a performance em linha das novas embalagens nem sempre pode ser antecipada com precisão, a Baumgarten deixa abertas, a todos os seus clientes e às suas agências, as portas de seu departamento de inovação e tecnologia de produto, para que os trabalhos possam ser analisados desde suas etapas iniciais, e para que o conheci-mento adquirido nos mais de 100 anos de história da gráfica possam ser compartilhados em busca de um só objetivo: sucesso.

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desenvolvImento de embAlAgens

A ssim como ocorre com todo produto colocado no mercado, o desenvolvi-mento de embalagens passa por uma

fase de projeto. Existe, contudo, uma diferença básica entre as duas situações.

No caso do desenvolvimento de produtos, o que se estuda é a sua viabilidade mercado-lógica. Mesmo com o uso sistemático de pes-quisas de mercado, e por mais bem feitas que sejam as estimativas e projeções, há sempre um ponto em que estudos mais detalhados passam a consumir recursos (como tempo e dinheiro) que inviabilizariam o projeto se fos-sem conduzidos. Portanto, a incerteza é parte intrínseca desse processo.

Quando se fala em desenvolvimento de embalagens, porém, a decisão de lançar o produto já está tomada. Nessa fase, estu-dar minuciosamente cada possibilidade não é

um custo. Pelo contrário, é a melhor maneira de minimizar os riscos. Algumas decisões, depois de tomadas, tornam-se irreversíveis, e podem comprometer a adoção de soluções que seriam mais adequadas.

Tecnologias de materiais e de transforma-ção e conversão de embalagens e rótulos avançam continuamente, em ritmo acelerado, o que torna muito difícil para designers, enge-nheiros, profissionais de marketing e outros envolvidos na tarefa de criar novas embala-gens acompanharem o que de mais recente existe em todos os campos desse setor pro-dutivo. Por isso, é recomendável que os for-necedores sejam consultados desde as etapas iniciais dos novos desenvolvimentos. A melhor maneira de explorar os recursos disponíveis é avaliar o projeto em sua íntegra, pensando em toda a vida do produto, das linhas de envase

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ao descarte da embalagem, e avaliando os requisitos técnicos necessários para que esse ciclo seja cumprido sem falhas. Para tanto, o briefing que fundamen-ta a criação de novas emba-lagens deve sempre responder duas perguntas simples.

A primeira delas é “Como o produto estra-ga?”. Isso trará à tona requisitos básicos para que o conteúdo mantenha suas propriedades inalteradas durante a vida de prateleira do produto, tais como a necessidade de barreira à luz. Daí derivarão outros estudos, que podem indicar, por exemplo, se a barreira será incor-porada à embalagem ou se essa função caberá ao rótulo.

A segunda pergunta é “Como o produto é comprado e consumido?”. Esse simples ques-tionamento conduzirá não apenas a decisões técnicas, como as especificações para manter o rótulo íntegro em ambientes úmidos, por exemplo, mas também determinará requisitos estéticos, de acordo com as determinações da área de marketing.

É justamente nesse ponto que residem as grandes tensões no desenvolvimento de embalagens. Aqui estão envolvidos aspectos relacionados a custo, desempenho em linha, qualidade e posicionamento de marca, e fre-quentemente os objetivos das áreas responsá-veis por cada um desses quesitos são incom-patíveis. O departamento de marketing pode estar interessado em sofisticar as embalagens, para que elas se destaquem nas gôndolas, e em agregar itens que aumentem a conveniên-cia para o consumidor. O setor industrial, por sua vez, tem a tendência de priorizar soluções que mexam o menos possível nas linhas, a fim de manter os indicadores de produtividade em níveis elevados. Já a área de suprimentos tem a missão de reduzir continuamente os custos.

Achar um equilíbrio entre essas decisões não é tarefa simples.

Por isso, pode-se dizer que o papel das agências de design e dos profissionais de desenvolvimento de embalagem é, acima de tudo, o de negociadores. São eles os respon-sáveis por alinhar esses interesses, chegando à melhor solução para a empresa, ainda que uma ou outra área (ou mesmo todas) precisem abrir mão de alguma coisa. São os famosos trade-offs envolvidos em qualquer projeto que precise conciliar interesses muitas vezes con-flitantes.

As implicações das concessões feitas por cada área, porém, devem estar claras – e prefe-rencialmente registradas na documentação do projeto – desde o início, sendo comunicadas a todas as partes envolvidas. É importante, tam-bém, que (na medida do possível) os fornece-dores participem dessa etapa, para que todos possam fazer as ressalvas técnicas necessárias.

Enquanto todo esse processo acontece, a embalagem vai tomando forma. As alternati-vas que não se encaixam nas linhas existentes (desde que não haja a decisão de se investir em novos equipamentos, evidentemente) e as que não atendem pré-requisitos técnicos ou mercadológicos vão, aos poucos, sendo eliminadas, e o trabalho chega à etapa do design propriamente dito. E aqui os perigos que podem determinar o fracasso do projeto inteiro ainda estão presentes.

Primeiro, porque nesse ponto ainda have-rá, provavelmente, mais de um caminho a

desIgners e profIssIonAIs de embAlAgem devem AtuAr como negocIAdores. são eles os responsáveIs por AlInhAr Interesses muItAs vezes conflItAntes dAs dIferentes áreAs dA

empresA, em buscA dA melhor solução.

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seguir – em termos de material da emba-lagem primária, do tipo de decoração, do fechamento mais apropriado, entre muitas outras decisões – e uma rota menos favorá-vel ainda pode ser escolhida. Por isso, toda a trajetória do produto e de sua embalagem, do nascimento ao descarte, deve ser avaliada cuidadosamente. Como, e em que condições, é feito o processo de envase? Como se trans-porta o produto da fábrica ao distribuidor, e de lá ao ponto de venda? De que forma o produto é exposto? Como o consumidor manuseia, armazena e descarta a embala-gem? Ao esmiuçar esse trajeto, algumas alter-nativas de embalagem irão se mostrar mais adequadas que outras. Trata-se de uma fase de refinamento do projeto, onde contatos individuais com os fornecedores de cada item da embalagem e reuniões com a presença de todos são fundamentais.

Em segundo lugar, porque a avaliação dos custos envolvidos em cada uma das possíveis soluções de embalagem é uma tarefa que envolve muitos fatores além do custo unitário. É preciso que se faça uma avaliação do custo total envolvido naquele sistema de embala-gem. Avaliemos alguns dos impactos que uma simples mudança no sistema de rotulagem – tema deste Guia – podem gerar sobre o custo.

O fator mais visível, obviamente, é o preço do rótulo em si. Mas há que se levar em consideração a produtividade na aplicação, paradas de máquina, redução de inventário e até eventuais modificações na própria embala-gem primária, entre muitos outros itens. Mais que isso, precisa-se olhar para o outro lado da equação de lucro, o das receitas. Uma simples alteração no rótu-lo, como comprovam diversos exemplos de sucesso, é capaz de elevar consideravelmente as vendas, e ainda pode permitir um reposicionamento do pro-

duto, propiciando margens melhores para o brand owner. Uma avaliação simplista desse ponto crucial pode conduzir à escolha pela embalagem menos favorável.

Finalmente, porque mesmo embalagens bem projetadas podem ter problemas de execução. Tome-se o exemplo das limitações impostas pela morfologia do frasco para a etapa de rotulagem – tema que será abor-dado nos capítulos seguintes deste Guia. Determinados tipos de decoração não podem ser aplicados em embalagens com qualquer formato, e exigem desenvolvimentos que con-siderem uma área tecnicamente rotulável.

Entretanto, frascos, potes ou garrafas podem apresentar pequenas variações em relação ao projeto original, por questões ine-rentes ao seu processo produtivo. As imperfei-ções vão desde irregularidades na superfície em que o rótulo será aplicado até deformações das paredes causadas pelo peso do próprio conteúdo, quando a ânsia por aliviamentos de peso leva à produção de paredes mais finas do que as que seriam recomendáveis, resultando nas indesejáveis “barrigas” após o enchimen-to. A embalagem real, portanto, pode apresen-tar variações em relação ao projeto técnico – algumas, grandes o suficiente para impactar a rotulagem adequada.

Observa-se, portanto, a importância de se estudar cuidadosamente novos desenvolvi-mentos de embalagem, com todos os seus itens sendo pensados em conjunto desde o início do projeto. Não sendo possível o envol-vimento dos fornecedores desde o início, o ideal é fazê-lo o quanto antes.

todA A trAjetórIA do produto, do nAscImento Ao descArte, precIsA ser cuIdAdosAmente

AvAlIAdA. Isso é fundAmentAl pArA A especIfIcAção AdequAdA dA embAlAgem e pArA A mensurAção

do custo totAl envolvIdo no sIstemA

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checKlIst

p reparamos uma lista sucinta de pontos que devem ser considerados em proje-tos de embalagens e no desenvolvimen-

to de rótulos. O objetivo é chamar a atenção para pequenas “armadilhas” que podem (e devem) ser desarmadas a fim de evitar proble-mas de qualidade, prazo e custo. Em desenvol-vimento de embalagens, vale a máxima de que é melhor prevenir do que remediar.

Lembre-se. Envolva os fornecedores o quanto antes no projeto. O trabalho integrado dos provedores de diferentes itens de emba-lagem é o caminho para o sucesso.

A equipe da Baumgarten está à disposição de seus clientes para esclarecer dúvidas téc-nicas, auxiliar no desenvolvimento dos rótu-los e ajudar a buscar, sempre, os melhores caminhos disponíveis.

cOMO O PRODUTO SERÁ ENVASADO?

Identifique se o produto será envasado a quente, a frio, em ambientes úmidos ou em outra condição que possa afetar a especificação dos itens de embalagem

qUANDO O PRODUTO SERÁ ROTULADO?

Veja se a aplicação do rótulo será feita antes ou depois do envase

qUAL(IS) O(S) EQUIPAMENTO(S) SERÁ(ÃO) UTILIZADO(S) NA ROTULAGEM?

Explore as possibilidades de rotulagem em sua empresa. É necessário investir em novos equipamentos? Levante dados com relação à velocidade de aplicação, à confiabilidade do equipamento e à redundância, nos casos em que seja necessário fazer a manutenção da rotuladora.

O SISTEMA DE DECORAÇÃO ESTÁ DEFINIDO OU A ESCOLHA AINDA DEPENDE DE ESTUDOS?

Verifique se existe alguma determinação sobre a tecnologia de rotulagem a ser utilizada – autoadesivo, termoencolhível, in-mould, roll label ou magazine. Caso esta decisão esteja em aberto, converse com a equipe da Baumgarten, que trabalha com todos esses sistemas e pode ajudar a avaliar as alternativas viáveis para o seu projeto.

ONDE ESTÁ O GARGALO DA LINHA PRODUTIVA?

Certifique-se de que a rotulagem não se torne um fator de constrição na produção, ou defina estratégias para superar esse problema, caso ele seja irreversível.

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qUAL(IS) O(S) VOLUME(S)? SERÁ UMA ARTE ÚNICA OU HAVERÁ VARIAÇÕES? cOMO SERÁ A PROGRAMAÇÃO DE ENTREGA?

Essas informações podem fazer com que um sistema de impressão se torne mais atraente, do ponto de vista de custos, do que outro.

qUAL(IS) O(S) REQUISITO(S), SE HOUVER, DO PONTO DE VISTA DO DESIGN GRÁFICO? HAVERÁ ÁREAS CHAPADAS? dEGRADÊS? cROMIAS?

Essas informações podem fazer com que um sistema de impressão se torne mais atraente, do ponto de vista do impacto visual, do que outro.

O RÓTULO DEVE ESCONDER OU MOSTRAR O CONTEÚDO?

Há produtos com grande apelo visual, ou cuja visualização é desejada pelo consumidor. Outros, em contrapartida, precisam ser escondidos, seja por questões estéticas (como a ocultação de variações no nível de enchimento), seja por necessidade de proteger o conteúdo da ação da luz.

EM QUE CONDIÇÕES O PRODUTO SERÁ ENVASADO, TRANSPORTADO DA FÁBRICA PARA O DISTRIBUIDOR, E DE LÁ PARA O PONTO DE VENDA OU DE CONSUMO?

Avalie se o produto ficará exposto às intempéries, se passará por processos de pasteurização ou lavagem, se haverá atrito ou algum outro tipo de interação do rótulo com o ambiente que possa danificá-lo.

cOMO O PRODUTO SERÁ MANUSEADO APÓS A ROTULAGEM?

Pense em como a embalagem é manuseada na linha produtiva, no processo de distribuição e no consumo, identificando situações em que a integridade do rótulo pode ser afetada.

REVISE AS INFORMAÇÕES LEGAIS

Textos legais são, via de regra, chatos. Mas pequenos erros nessas informações podem significar a perda de todo o lote de rótulos.

AVALIE SE O CÓDIGO DE BARRAS ESTÁ ADEQUADO AOS PADRÕES DA GS bRASIL

O uso indevido de cores e dimensões, ou mesmo a incorporação descuidada do código de barras à arte do rótulo, podem gerar problemas de leitura nos scanners.

TODOS OS IMPACTOS AMBIENTAIS FORAM CONSIDERADOS?

Uma avaliação criteriosa desse aspecto pode alterar sensivelmente as decisões de embalagem. Considere, sempre, o ecodesign como ferramenta de apoio, e consulte seus fornecedores em busca de soluções ambientalmente melhores.

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AutoAdesIvo

e todas as opções para a decoração de embalagens, aquela que vem se consolidando como a mais popular na

maioria dos países industrializados, inclusive no Brasil, é a feita com rótulo autoadesivo, também chamado, eventualmente, de rótu-lo sensível a pressão (do inglês Pressure Sensitive Label - PSL). Trata-se de uma estru-tura laminada composta por suporte (também chamado de release liner, liner ou backing), adesivo e frontal.

Os rótulos autoadesivos são encontrados em produtos que vão dos mais simples aos mais sofisticados, destinados a mercados dos mais variados. Os conceitos básicos, no entan-to, valem para todos os tipos de aplicação – e essa talvez seja uma das fontes mais comuns de erros com projetos de embalagem que utilizam esse tipo de decoração. São tantas as variáveis envolvidas nesse sistema de rotula-gem que cada novo desenvolvimento precisa

Estrutura do rótulo autoadesivo

ADESIVO

LINER

FRONTAL

dser olhado com todo o cuidado, desde o início, como um projeto único.

Isso não significa que a tarefa seja compli-cada. Ela apenas requer atenção com os pro-cedimentos, e cuidado para que não se caia na tentação de buscar atalhos para encurtar o tempo de lançamento. Por mais semelhan-

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ça que um novo projeto guarde com outros trabalhos executados com êxito, é nos deta-lhes que se escondem as armadilhas. Um simples aditivo antiestática aplicado em um frasco com morfologia idêntica à de outros da mesma linha, por exemplo, pode gerar problemas sérios de adesão.

importÂnciA do ciclo do produtoAs condições em que o produto será enva-sado, rotulado, transportado, manuseado, exposto e consumido devem, sempre, direcio-nar a especificação da estrutura autoadesiva apropriada para cada rótulo. A combinação do melhor adesivo com o frontal mais apropria-do depende de uma análise criteriosa de todo

o ciclo do produto, das etapas de produção até o descarte da embalagem.

É crucial que todas as situações a que o rótulo será exposto sejam cuidadosamente esmiuçadas, a fim de que o resultado cor-reto seja produzido no final. Estruturas que não sejam atacadas por temperaturas eleva-das e resistam a processos de pasteurização, por exemplo, são completamente distintas daquelas destinadas a aguentar longos perío-dos em ambientes úmidos e frios, como gela-deiras e câmaras refrigeradas. Rótulos que se mantenham íntegros quando expostos a substâncias agressivas não necessariamente são produzidos a partir dos mesmos mate-riais destinados à conversão de etiquetas que

A especificação de um rótulo deve levar

em conta as condições a que a embalagem estará exposta

durante o seu ciclo de vida

ENvASE

TRANSpORTE

armaZEnaGEm

comErcialiZação

0ºC

cONSUMO

pÓS-cONSUMO

Plástico

rotUlaGEm

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serão submetidas às intempéries ou ao atrito durante o transporte, assim como o coeficien-te de estiramento necessário na decoração de embalagens squeezable (“espremíveis”, como bisnagas plásticas) é maior do que na de frascos rígidos.

A escolhA do Adesivo ideAlA ampla difusão dos autoadesivos em todo o mundo deve-se, sem dúvida, à versatilidade oferecida aos fabricantes de bens de con-sumo. Além da vasta gama de alternativas em termos de resultado visual, e da enorme variedade de formatos de embalagens que se pode decorar com esse sistema, existem fatores menos visíveis que dão muita força a essa solução.

Conforme o tipo de adesivo usado, o rótulo pode ter adesão permanente, ou ter a propriedade ser removível ou reposicioná-vel. A definição da característica de adesão depende da função a ser desempenhada pelo rótulo, e deve ser discutida no início do projeto.

O tipo mais recorrente de adesivo é o per-manente, que visa a assegurar que o rótulo mantenha-se bem aplicado até que se encer-re o consumo do conteúdo da embalagem. Existem também adesivos ultra-permanen-tes, destinados a aplicações em que é reco-mendável impedir, ou ao menos dificultar bastante, a retirada do rótulo. Etiquetas téc-nicas e rótulos de medicamentos e produtos perigosos que precisam manter instruções de uso sempre à vista do consumidor ilus-tram bem essa situação.

Em outros casos, porém, é preciso permi-tir a remoção completa do rótulo. Etiquetas para eletrodomésticos e pequenos selos aplicados em louças e cristais são casos típicos de utilização de adesivos removíveis. Embalagens colecionáveis, como copos de requeijão decorados, são outro bom exem-

tIpos de frontAlExistem dois grandes grupos de subs-

tratos utilizados nos frontais de rótulos autoadesivos: papéis e filmes. Apesar da popularidade das opções celulósicas, a demanda crescente por característi-cas como transparência, brilho e capa-cidade de estiramento vem fazendo com que, globalmente, as opções sintéticas ganhem espaço.

Papéis• Revestidos ou Coated

(couché brilho ou fosco).• Não-revestidos ou Uncoated

(etiquetas de caixas de despacho).• Térmicos

(etiquetas impressas com ribbon, como as usadas em supermercados).

Filmes• Transparentes.• Brancos.• Metalizados

(aqui incluem-se os holográficos).

plo. Dentro da mesma família de adesivos estão os reposicionáveis, que podem ser retirados facilmente sem deixar vestígios de cola, mantendo adesividade suficiente para serem novamente grudados. São úteis, por exemplo, em ações promocionais, como a inclusão de figurinhas nas embalagens. São usados também nas etiquetas resseláveis de pacotes de lenços umedecidos e em outras embalagens flexíveis que precisam ser refe-chadas após a abertura, a fim de conservar o conteúdo por mais tempo em condições adequadas para o consumo.

Há, ainda, uma ampla gama de adesivos

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técnicos que podem ser uti-lizados em etiquetas e rótu-los autoadesivos destinados a finalidades específicas. Alguns tipos comuns são os homo-logados para manter contato direto com alimentos, os des-tinados a ambientes úmidos, aqueles que suportam o contato com pro-dutos agressivos, os que resistem a tem-peraturas extremas, e outros dotados de funcionalidades, como a indicação de que o produto foi exposto a situações inadequadas (ambientes com elevada acidez ou umidade, por exemplo).

Também determinantes para essa esco-lha são as características do objeto em que serão aplicados os rótulos ou etiquetas. O leque de soluções varia desde as destinadas às superfícies de adesão mais fácil, como o papel, àquelas mais complicadas, como gar-rafas de vidro molhadas.

liner AdequAdoDiferentemente do frontal e do adesivo, o tipo de liner a ser utilizado (papel ou filme) é definido fundamentalmente em função da

etapa de aplicação dos rótulos, e está dire-tamente relacionado com os equipamentos que serão utilizados no processo. Um des-cuido nesse detalhe pode significar redução na velocidade e nos índices de eficiência na fase de rotulagem. Outros aspectos, no entanto, também precisam ser levados em conta.

Uma bobina com liner fílmico pode con-ter, em média, entre 20% a 35% a mais de rótulos que um rolo do mesmo tamanho produzido com liner de papel, em função da diferença de espessura dos materiais. Além de vantagens logísticas, como a redução com custos de transporte e estocagem, isso significa maior produtividade em linha, uma vez que serão necessárias menos paradas de máquina para que se efetuem trocas de bobinas.

Mais fino, o liner fílmico permite incluir até 35% mais rótulos por bobina

com linEr dE papEl com linEr dE filmE

atÉ 35% MAIS RÓTULOS por BoBina

A escolhA corretA dA estruturA utIlIzAdA (lIner, AdesIvo e frontAl) é

fundAmentAl não ApenAs pArA o bom desempenho em lInhA. delA pode

depender o sucesso nAs gôndolAs.

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A vasta gama de substratos disponíveis para a produção de rótulos autoadesivos já oferece, por si só, um leque gigantesco de possibilida-des para o desenvolvimento de embalagens diferenciadas. Mas designers e profissionais

estruturAs especIAIs pArA sAIr do lugAr-comum

Peel off ou Bula – Rótulo feito em duas camadas impressas. A primeira adere ao substrato. Sobre ela, uma outra camada é laminada com adesivo removível. O layer externo, ao ser retirado total ou parcialmente, revela o que está impresso na outra – mensagens de marketing, instruções de uso ou outras informações. É uma solução muito encontrada em desodorantes roll-on.

Booklet – Rótulo que pode ser aberto na forma de um pequeno livro, ampliando a área disponível para aplicação de informações. É relativamente comum nos mercados farmacêutico e veteri-nário, mas pode ser usado em ações promocionais, como a inclusão de um pequeno livro de receitas.

Destrutivos – Servem para garantir a inviolabilidade da embalagem. Se forem removidos, rompem de maneira a tornar impossível a reco-locação no lugar. Recomendável como item de segurança.

Leaflet – É uma variação do Booklet, com a diferença de que o rótulo se desdobra em uma folha contínua, ao invés de ter formato de livreto.

de marketing têm hoje a tecnologia como aliada, e podem desenvolver, sem comprometimento da produtividade em linha, estruturas especiais que saem do lugar-comum.

Alguns exemplos são:

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Outro benefício dos filmes está na recicla-bilidade dos materiais, pois os liners de papel trazem uma camada de silicone (necessária para evitar a adesão definitiva do frontal ao suporte) que impede que o material seja incluído no processo normal de reciclagem de papéis.

Finalmente, é preciso levar em conta a parte estética. Rótulos com elevado grau de transparência, muito usados em produtos com maior valor agregado, como bebidas

finas e itens de cuida-dos pessoais, reque-rem liners fílmicos, que por terem a superfície menos porosa que os de papel garantem uma dispersão mais homo-gênea do adesivo, pro-porcionando melhores resultados visuais. Esse tipo de rótulo autoa-desivo é conhecido

estruturAs especIAIs pArA sAIr do lugAr-comum Além dos formatos diferenciados, recursos táteis e visuais, viabilizados com o uso de tintas e ver-nizes especiais, consolidam a posição dos rótulos autoadesivos como a solução mais versátil entre os sistemas de decoração. Dentre essas possibilidades, destacam-se:

“Raspadinha” – Verniz que cobre parte do rótulo onde se aplica um código único ou informação variável. Ferramenta interessante em campanhas promocionais.

RASPE AQUÍ RASPE AQUÍ

1 2 345678 9 0

A decoração com filmes transparentes pode ser trabalhada para gerar o efeito de decoração direta (no-label look)

com todos as vantagens vusuais, logísticas e de custo oferecidas pelos

autoadesivos

Efeito Glitter – Partículas metálicas conferem efeito purpurina a áreas específicas do rótulo. Recurso normalmente usado em embalagens que têm as meninas como público-alvo.

Braille – Com a aplicação de uma camada de verniz transparente consegue-se aplicar caracteres da lin-guagem dirigida a pessoas com deficiência visual, sem prejuízo do grafismo do rótulo. Vem ganhando espaço com o crescimento do design inclusivo.

Estruturado – Combinação de processos para gerar impacto visual ou diferenciação pelo tato. Incluem-se nesse grupo os efeitos lixa, couro e pele de cobra.

Soft touch – Sensação de toque suave, macio, comu-mente encontrada em rótulos de produtos de cuida-dos pessoais destinados a cuidar da pele.

Rótulos “Inteligentes” – Não se trata, aqui, das famo-sas etiquetas de identificação por rádio-frequência (RFID), mas sim de rótulos que agregam funcionali-dades. Um exemplo típico são as tintas termocrômi-cas, ativadas quando submetidas a uma temperatura determinada, usadas para indicar o ponto ideal para o consumo de bebidas.

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por no-label look, expressão em inglês para designar o aspecto de uma decoração sem rótulo, como se o grafismo estivesse gravado diretamente na embalagem.

Os autoadesivos são muito ecléticos tam-bém no que se refere às dimensões dos rótulos e das embalagens com que se pode trabalhar, sendo possível rotular, com alto desempenho, desde pequenas ampolas até galões e bombonas. Há, porém, restrições quanto à geometria do objeto a ser rotulado,

que precisa ter uma linha reta em ao menos um dos sentidos, horizontal ou vertical – as embalagens não podem, em nenhuma hipó-tese, possuir distorção no eixo perpendicular à direção em que os rótulos são aplicados.

Formatos cilíndricos, cônicos e elípticos, bem como painéis retos, são os mais apro-priados para a aplicação dos autoadesivos. Por outro lado, não é aconselhável usar esse tipo de decoração nas embalagens irregu-lares sem faces planas, ou mesmo naquelas

Autoadesivos necessitam de painéis planos, e não funcionam em frascos com dupla geometria

Uma verificação simples e empírica da área rotulável pode ser feita com o uso de uma régua. Se a régua se mantiver colada à pare-de, como na foto da esquerda, é um indicativo

de que não há distorção nesse eixo, o que per-mite o uso de autoadesivos. Já quando surge uma área sem contato, como na imagem à direita, esse tipo de decoração não é indicado.

tIre A provA com o teste dA réguA

ÁrEa tEcnicamEntE rotUlÁVEl

EmBalaGEm com dUpla GEomEtria

marGEm dE SEGURANÇA(3mm)

TAMANHO mÁximo do rÓtUlo

A decoração com autoadesivos depende de haver ao menos um eixo plano, como na foto à esquerda

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que, sendo regulares, apresentam distorção nos dois eixos (a chamada “dupla geome-tria”), como as esféricas. Ainda que as curvas não sejam acentuadas, quando há essa dupla distorção formam-se vincos na aplicação.

Antes de se desenvolver um rótulo, por-tanto, é preciso entender qual é a área que, em teoria, pode ser decorada. Normalmente, a avaliação do desenho técnico da embala-gem pode dar uma boa ideia do espaço dis-ponível. Na prática, porém, sabe-se que, por causas muitas vezes inerentes ao processo de fabricação, as embalagens podem apresentar pequenas variações em sua morfologia – não apenas em relação ao projeto técnico, mas também entre embalagens supostamente idênticas vindas de lotes diferentes. Por isso, é fundamental que, com o máximo de ante-cedência, sejam encaminhadas à Baumgarten amostras do recipiente para o qual serão desenvolvidos os rótulos – já devidamente aprovadas como padrão, e mantidas assim até quando, por ventura, houver um redesenho intencional.

Como regra básica, vale a premissa de que quaisquer alterações podem gerar impactos na rotulagem, e por isso precisam ser comu-nicadas de imediato a todos os elos envolvidos.

Definida a área rotulável, deve-se considerar uma peque-

na margem de segurança para acomodar varia-ções na aplicação, algo que é intrínseco ao processo. Por isso, é recomendável que se deixe sempre uma reserva de cerca de 3 milí-metros entre o limite da área tecnicamente decorável e o dimensionamento proposto para o rótulo, quando se trata de uma decoração que não envolva toda a embalagem (neste caso, é necessário que haja uma área de sobre-posição, normalmente de 5 milímetros).

Além dos inconvenientes causados pela geometria inadequada das embalagens, um problema relativamente recorrente visto em desenvolvimentos com autoadesivos é a for-mação de bolhas. As causas mais comuns para esse efeito indesejado são a irregularidade da superfície em que a decoração é aplica-da, e o descompasso entre a velocidade de dispensamento dos rótulos e a velocidade da esteira de alimentação das embalagens na rotuladora.

O maior gerador de problemas na aplica-ção dos rótulos autoadesivos, contudo, é o meio corte mal executado, que pode causar o rompimento da bobina durante a apli-

Meio corte é um ponto crítico na conversão de autoadesivos, e exige precisão. Faca deve romper frontal e adesivo, mas não pode afetar o liner

faca

frontal

AdESIvO

linEr

A morfologIA dA embAlAgem é determInAnte pArA A defInIção dA áreA rotulável. é precIso

AvAlIAr mAIs que o desenho técnIco, contudo. em seu processo produtIvo, As embAlAgens podem

ApresentAr vArIAções em relAção Ao projeto

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cação, interrompendo as linhas produtivas. Isso ocorre quando a faca de corte age não somente sobre o frontal e o adesivo, e danifi-ca também o liner. Por outro lado, se o corte não vazar completamente o frontal, o rótulo não se desprenderá do suporte de maneira adequada. Por isso, esse trabalho deve ser extremamente preciso.

como é feitA A AplicAçãoOs rótulos autoadesivos podem ser apli-

cados na linha de envase do usuário ou na planta do transformador da embalagem. As bobinas são fornecidas pelo convertedor já sem o esqueleto, que é a sobra de material do frontal adesivado retirada após o meio-corte no formato dos rótulos.

As velocidades de aplicação variam de acordo com a rotuladora utilizada. Há equi-pamentos rotativos e outros lineares, com níveis de tecnologia variados, abrangendo desde máquinas semiautomáticas até avan-çadas rotuladoras automáticas dotadas de servomotores.

Em qualquer dos casos, porém, o princípio básico de aplicação é o mesmo. A bobina com os rótulos é colocada na rotuladora, e come-ça a ser puxada, com tensão e velocidade controladas. Numa área próxima de onde as

embalagens chegam, trazidas por uma esteira de alimentação, há uma faca de aplicação, que entra em contato com a parte traseira do liner. A fita com os rótulos, nesse ponto, muda radicalmente de sentido, fazendo uma das pontas do rótulo que passa nessa área come-çar a se desprender do liner. Nesse momento, a embalagem entra em contato com a parte adesivada do rótulo que começou a se des-prender, puxando-o com o seu movimento na esteira. Com o auxílio de rolos de borracha (ou de espuma) ou de escovas, o rótulo é ali-sado sobre a embalagem.

Existem rotuladoras em que o processo varia após o rótulo se desprender do suporte. Há equipamentos que o transferem com jatos de ar, com a ajuda de um braço mecânico ou mesmo com o auxílio de dispositivos a vácuo, que seguram o rótulo pelo frontal até o seu correto posicionamento. Mas os cuidados bási-cos com a geometria do frasco são os mesmos.

Vale ressaltar que a especificação enviada à Baumgarten deve incluir o sentido dos rótulos na bobina, informação que depende da rotula-dora que será utilizada. Um pequeno descuido nesse detalhe aparentemente pouco impor-tante pode resultar no descarte de todo o material, como alternativa à improvável deci-são de se aplicar os rótulos de ponta-cabeça.

ESqUELETO (wASTE MATRIx)

bObINA cOM RÓTULOS

Após o meio corte, esqueleto é separado dos rótulos ainda no processo de conversão, deixando as bobinas

prontas para a aplicação da decoração nas embalagens

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Glossário

AdESIvO: Componente responsável por con-ferir a aderência do rótulo ao frasco. É apli-cado no verso do frontal, que por sua vez é laminado sobre um suporte.

cAbEÇOTE ROTULAdOR: É o dispositivo, na rotuladora, que faz a aplicação dos rótulos nas embalagens.

ESqUELETO (wASTE MATRIx): É o resíduo de material autoadesivo retirado da bobina impressa após o meio-corte. Trata-se da área que fica no espaçamento entre os rótulos impressos, retirada no rebobinamento, duran-te o processo de conversão.

ESTRUTURA AUTOAdESIvA (OU ESTRUTURA LAMINAdA): É a combinação do frontal, do adesivo e do suporte. Muitas vezes, chama--se de estrutura autoadesiva simplesmente o frontal adesivado.

FAcA dE ApLIcAÇãO: Cunha localizada no cabeçote aplicador sobre a qual a bobina com os rótulos passa, mudando de direção num ângulo acentuado. Esse movimento faz o rótu-lo se descolar do liner, iniciando a aplicação na embalagem.

FAcA dE cORTE: Objeto cortante, plano ou rotativo, responsável por fazer o meio-corte da estrutura laminada.

FRONTAL: É a parte da estrutura laminada onde a arte é impressa.

LINER (RELEASE LINER, bAckING OU SUpOR-TE): Componente da estrutura laminada dos rótulos autoadesivos, é um papel ou filme que recebe uma camada de silicone, sobre a qual será aplicado o adesivo, antes da laminação com o frontal. É separado das outras camadas da estrutura no momento da aplicação.

MEIO-cORTE (dIE cUTTING): É o corte feito na bobina laminada impressa que permitirá retirar os rótulos na aplicação. Uma faca com o formato dos rótulos corta o frontal, mantendo o liner intacto. Imperfeições nesse processo causam grandes problemas durante a aplica-ção dos rótulos. Mais recentemente, vem se desenvolvendo o corte a laser como alternati-vas a pequenas produções.

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termoencolhível

m dos sistemas de decoração de emba-lagens que mais avançam globalmente é o rótulo termoencolhível (heat shrink

sleeve). Impresso em um substrato contrátil no sentido transversal, esse tipo de rótulo encolhe quando é submetido ao calor, confor-mando-se a embalagens com os mais diferen-tes formatos, mesmo irregulares – algo que não se consegue com nenhuma outra opção de rotulagem.

Essa grande flexibilidade para se adaptar a potes, frascos e garrafas com formas inu-sitadas, aliada à possibilidade de se fazer a chamada decoração 360º (ao redor de toda a embalagem), de alto a baixo, é o grande trunfo dos termoencolhíveis. As alternativas que essas características abrem em termos de diferenciação nas gôndolas são enormes, e têm sido a mola propulsora do avanço desse sistema de decoração nos últimos anos.

Além dos aspectos meramente estéticos

e mercadológicos, entretanto, a “decoração total” pode trazer outros benefícios. Com a cobertura completa, é possível, por exemplo, eliminar o uso de masterbatches ou pigmentos na embalagem primária, viabilizando o uso

u

Após o encolhimento, rótulos assumem o formato da embalagem e viabilizam decoração 360º

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de um mesmo recipiente em diferentes ver-sões de uma mesma linha, gerando vantagens na gestão de estoques e reduzindo custos. Também é possível utilizar o rótulo termoen-colhível para bloquear a luz, papel normal-mente executado pela embalagem primária.

Outro recurso comum é a inclusão, no rótu-lo, de picotes que exercem a função de lacre antiviolação, além de facilitarem a abertura da embalagem. Picotes semelhantes podem ser incorporados na extensão completa do rótulo, para permitir a sua remoção completa, dando acesso a mensagens de marketing ou informações (bulas e receitas, por exemplo) impressas no verso.

Para que essas vantagens sejam explora-das adequadamente, contudo, há que se tra-balhar com muito rigor no desenvolvimento do projeto.

Em primeiro lugar, é fundamental consi-derar que, no processo de encolhimento, a embalagem primária também será exposta ao calor. Precisa, portanto, ser dimensionada para não contrair ou deformar. Descuidos nesse detalhe podem gerar problemas sérios, como alterações na capacidade volumétrica do recipiente. Nos casos em que a rotulagem é efetuada já com o produto envasado, tam-bém é preciso avaliar se essa exposição ao calor, ainda que por curto espaço de tempo, pode ter algum impacto sobre o conteúdo.

muitAs soluções nA pré-impressãoO encolhimento adequado do rótulo requer um trabalho cuidadoso na etapa de pré--impressão. Atenção especial deve ser dada à área de selagem, que – assim como as bordas superior e infe-rior do rótulo – não pode ser impressa. Também é preciso que, nessa região, as extremi-dades da decoração se encon-trem, e por isso a arte deve

prever a continuidade dos grafismos. Por motivos óbvios, informações importantes e textos legais devem ser diagramados em áreas com baixo encolhimento. O mesmo se aplica aos códigos de barra, que necessaria-mente devem ser impressos na vertical, para evitar que a distorção prejudique a leitura.

Um dos maiores segredos na produção dos termoencolhíveis está na compensação das distorções que a contração causará na arte – não apenas nos grafismos, mas também nas cores, uma vez que as áreas com maior contração tendem a escurecer devido à maior concentração de tinta. Esse trabalho de “dis-torções preventivas” é feito por softwares especiais, que recriam a arte original fazendo os ajustes necessários para que imagens e tex-tos fiquem naturais após a contração do filme. Pequenos acertos manuais, contudo, sempre são feitos para assegurar bom aspecto visual, e por isso é recomendável que sejam enviados à Baumgarten os arquivos abertos, com algumas amostras da embalagem que será rotulada para a realização de testes.

especificAção do filmeEntre os fatores críticos para a obtenção de bons resultados com rótulos termocontráteis está a definição do material em que se impri-mirá o trabalho. Os substratos mais utilizados são o PETG, cujos atributos principais são a alta resistência química e física à abrasão, alto brilho, boa reciclabilidade e elevados índices de encolhimento (entre 75% e 79%), e o PVC, popular pelo baixo custo e pelas boas propriedades de impressão, apesar do

o trAbAlho de pré-Impressão é vItAl pArA o sucesso de projetos com rótulos

termoencolhíveIs. é precIso compensAr As dIstorções, pensAr nA áreA de selAgem e defInIr

onde colocAr InformAções e códIgo de bArrAs

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menor coeficiente de contração (até cerca de 68%). Além dessas opções, também são encontrados trabalhos realizados em filme de amido de milho biodegradável (PLA), com encolhimento na faixa entre 68% e 75%, e OPS, um tipo de filme com baixa resistên-cia química e com coeficiente de contração próximo ao do PETG, mas que é acionado por temperaturas muito baixas, tornando-se pouco recomendável para regiões em que o calor supera os 30ºC.

Mas a escolha correta do material a ser utilizado não é suficiente, uma vez que há grandes variações na qualidade dos filmes disponíveis no mercado. Isso faz com que a procedência da matéria-prima se torne elemento crucial na avaliação do projeto. Substratos com espessuras menos homogê-neas naturalmente resultam em rótulos com encolhimento menos regular. É preciso, tam-bém, observar o prazo de validade do subs-trato, pois há uma piora nos coeficientes de contração com o passar do tempo.

Além disso, é necessário certificar-se de

que, durante o manuseio, as bobinas (lisas ou já impressas), não tenham sido expostas a temperaturas elevadas, o que pode fazer com que se inicie o processo de contração. É importante saber se o convertedor controla essa variável no transporte do fornecedor para a gráfica, e posteriormente na entre-ga do material ao cliente, já que o interior das caçambas dos caminhões expostas ao sol pode atingir temperaturas elevadas o suficiente para fazer o material trabalhar. É recomendável, pelo mesmo motivo, inspecio-nar como é feito o armazenamento do filme, antes e depois da impressão.

Atenção com os tÚneisMesmo quando bem desenvolvidos e bem impressos, utilizando-se substratos apropria-dos, os rótulos podem falhar. Um dos motivos para isso é a falta de regulagem nos túneis de calor, que pode causar desde encolhimentos imprecisos até situações em que o filme sim-plesmente não contrai.

Por isso, uma das variáveis mais relevantes em projetos com esse sistema de decora-ção é o equipamento utilizado para aplicar os rótulos. Existem túneis de encolhimento com diferentes tecnologias, que podem ser combinadas na busca da melhor solução para cada desenvolvimento. Os mais usuais são:• Vapor – Esse tipo de equipamento dá mais brilho ao rótulo e propicia melhor distribui-ção do encolhimento.• Ar quente – Com essa tecnologia viabiliza-se o direcionamento do calor para áreas especí-ficas do rótulo que demandem encolhimento diferenciado.• Infravermelho – Sistema menos preciso, mas de fácil instalação.

A infindável variedade de formatos de embalagens que podem ser rotuladas com termoencolhíveis, somada a essa diversida-de dos túneis disponíveis no mercado e ao

O grau de encolhimento do filme deve ser definido pela área de maior contração

55%

70%

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impacto que a regulagem desses equipa-mentos pode ter sobre os resultados, torna imprescindível a produção de lotes piloto para fazer ajustes finos no projeto. Como é comum que sejam necessários pequenos acertos, é também muito importante que essa avaliação não seja deixada para a fase final do desenvolvimento. Convém, também, envolver o fornecedor do túnel de encolhi-mento na concepção do projeto. Essa medida simples ajuda a definir a melhor rota a seguir, e o conhecimento técnico agregado deixará todos os envolvidos mais confortáveis.

Em um desenvolvimento com termoen-colhíveis, pense na tríade Rótulo, Frasco e Túnel. Nos termoencolhíveis, a impressão (em flexografia, rotogravura, offset ou mesmo off-set digital) normalmente é feita pelo verso, o que lhes confere brilho e lhes garante maior proteção ao atrito e ao contato com o conte-údo das embalagens. A impressão externa, contudo, é uma opção para quando se escolhe trabalhar com resultado visual sem brilho.

Calços brancos são utilizados para melho-

rar a luminosidade das cores, ou simplesmen-te quando se quer destacar o branco, uma vez que os substratos sobre os quais se imprime são transparentes. Detalhes em hot stamping são inviáveis, pois a película é aplicada com uso de calor, mas recursos visuais interessan-tes podem ser obtidos com serigrafia e cold foil, em condições especiais. Nesses casos, contudo, é indispensável que a equipe da Baumgarten seja consultada logo no início do projeto, por se tratar de desenvolvimentos complexos.

como é feitA A AplicAçãoA aplicação dos rótulos pode ser feita com equipamentos com diferentes graus de com-plexidade e velocidade, que vão das alter-nativas operadas manualmente àquelas totalmente automatizadas. Dependendo das exigências do processo produtivo do usuá-rio, a decoração é efetuada antes ou depois do processo de envase. Essa definição pode determinar se a rotulagem será feita na pró-pria linha de enchimento, na Baumgarten

Os rótulos chegam à máquina aplicadora em bobinas (1). Depois de cortados, são abertos e lançados sobre a embalagem (2). No túnel de encolhimento, com temperatura regulada

para diferentes áreas de contração (3), assume o formato da embalagem (4)

1 2

3 4

pASSO A pASSO dA ApLIcAÇãO dE RÓTULOS TERMOENcOLHÍvEIS

70%

55%

15%

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(que disponibiliza este serviço a projetos especiais) ou na planta do transformador da embalagem. Em qualquer dos casos, contudo, o princípio básico de aplicação segue três etapas principais.

A primeira consiste em dar formato tubular à bobina impressa, efetuando a junção sobrepos-ta das laterais da bobina, formando um tubo. A largura deste tubo, quando achatado, chama--se layflat. No momento em que a embalagem chega à posição de rotulagem, a aplicadora dá o comando para que o rótulo seja cortado.

Em seguida, o tubo de filme é aberto e lançado sobre a embalagem, por uma peça chamada torpedo (ou formador). Para que se mantenha boa produtividade na aplicação, é

Glossário

AvANÇO (OU pASSO): Distância entre a base de um rótulo e a base do próximo.

coEficiEntE dE contração: Grau de enco-lhimento do substrato, no sentido transversal. Na maior parte das aplicações, um coeficiente por volta de 50% a 60% é suficiente. Mas embalagens que tenham grandes diferenças de diâmetro (garrafas, por exemplo) reque-rem filmes capazes de encolher entre 55% a 79%.

cONvITE: Para receber os rótulos, as emba-lagens precisam ter a parte superior com diâmetro menor do que o de sua base (ou

o inverso, se for rotulada de ponta-cabeça). Quando isso ocorre, diz-se que a embalagem tem um bom “convite”.

LAyFLAT: Largura do rótulo fechado.

TORpEdO: Mecanismo da máquina aplicadora que abre os rótulos, já formados em tubos, e os lançam sobre as embalagens.

TúNEL dE ENcOLHIMENTO: Equipamento que, com o uso de ar quente, vapor ou raios infra-vermelhos, encolhe os rótulos para que esses assumam a forma da embalagem.

necessário que a embalagem tenha um “con-vite” (diâmetro da parte superior menor que o da inferior) adequado, e também um ponto de travamento (área com diâmetro maior que impede que o rótulo escape da embalagem).

Por fim, as embalagens passam pelo túnel de encolhimento, fazendo o filme se contrair até adquirir o formato do objeto decorado.

Apesar dos grandes avanços que essa tec-nologia vem registrando em anos recentes, a existência de múltiplos fatores que, em momentos distintos, podem afetar a qualida-de da rotulagem impõe uma regra básica aos desenvolvimentos com termoencolhíveis. É preciso envolver o convertedor na fase inicial do projeto. Quanto antes, melhor.

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In-mould lAbel

rótulo in-mould, ou in-mould label (IML), como indica o nome, é aquele que é aplicado no interior do molde

na confecção de peças plásticas injetadas ou sopradas. Esse sistema de decoração de obje-tos, também utilizado em embalagens, teve suas primeiras aparições na Europa (predomi-nantemente no processo de injeção) no início dos anos 1970, e poucos anos depois debutou nos Estados Unidos (onde se difundiu mais fortemente no campo do sopro).

O princípio básico desse tipo de decoração é a união, de forma irreversível, do rótulo à superfície da embalagem – um atributo interessante para quem trabalha com o con-ceito de potes e frascos reutilizáveis, já que a marca se mantém visível permanentemente. Colocado por um robô aplicador no interior do molde, o rótulo se funde às paredes da peça plástica no momento do sopro ou da injeção. Pode-se dizer, então, que o IML fica integrado

à embalagem, enquanto os demais tipos de rótulo se posicionam sobre ela. Por isso, os rótulos in-mould não delaminam, possuem elevada resistência ao atrito, à umidade e ao contato com produtos agressivos.

Na escolha do substrato, aconselha-se bus-car compatibilidade com o material da emba-lagem, pois a decoração em si não interfere no processo de reciclagem, já que não há conta-minação com adesivos. Reciclabilidade, por-tanto, é um dos pontos fortes desse sistema.

Os filmes mais usados na conversão desses rótulos são aqueles à base de poliolefinas, nas versões transparente, branco liso, bran-co fosco, branco craquelado (orange peel) e metalizado craquelado (este último recomen-dável apenas para uso com moldes de sucção). Filmes de PS são também encontrados com frequência em embalagens com IML.

Impressos em offset, flexografia ou digital-mente, os rótulos in-mould, com a adesão per-

o

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feita à embalagem, têm no apelo visual uma de suas vantagens. O impacto nas gôndolas pode ser potencializado com aplicação de cold foil (sendo viável, inclusive, imprimir sobre a película). Desenvolvimentos nessa linha, con-tudo, são complexos e por isso devem neces-sariamente ser conduzidos em conjunto com a equipe da Baumgarten.

Por ser feita durante a moldagem do plás-tico, a decoração com IML elimina uma etapa produtiva (justamente a de rotulagem), bem como os equipamentos e a mão de obra asso-ciados a ela. Com exceção dos casos em que a planta industrial é verticalizada, isso constitui uma grande vantagem para os brand owners. O reverso da moeda é a necessidade de manu-tenção de inventários de embalagens já deco-radas para cada variante do produto.

Essa união do rótulo com a embalagem constitui uma das principais vantagens da aplicação do IML, pois permite ganhos com o aliviamento de peso, uma vez que o próprio rótulo contribui para a rigidez das paredes do recipiente.

Os rótulos in-mould normalmente são fornecidos já cortados1 pelo convertedor, prontos para serem alocados nos magazines de onde são puxados pelo robô, que os aco-moda em alta velocidade nas cavidades do molde. Para reduzir a possibilidade de que o

robô puxe mais de um rótulo por vez, é preciso que os materiais utilizados (filme, tintas e ver-nizes) tenham propriedades antiestáticas. Isto é importante porque uma das formas de fixar os rótulos nos moldes é justamente com a apli-cação de uma carga de estática (veja abaixo em “Como é feita a aplicação”).

Para que o IML seja uma alternativa compe-titiva em relação a outros sistemas de decora-ção de embalagens mais tradicionais, porém, é fundamental que o processo de aplicação tenha elevados índices de eficiência e pro-dutividade. E isso não depende apenas da qualidade do substrato. Robôs inadequados podem tornar os ciclos de sopro ou injeção mais lentos, e também aumentar as perdas por posicionamento incorreto no molde.

Adicionalmente, deve-se ter muito cuidado

nAs termoformAdAs tAmbémApesar de o in-mould ser mais comum em processos de injeção e sopro, existe tecno-logia também para aplicações em termofor-magem, em máquinas FFS (Form/Fill/Seal, ou que formam, enchem e selam as embalagens). Bandejas de iogurtes são um bom exemplo.Apesar dos avanços nessa tecnologia registra-dos nos últimos anos, a menor produtividade das linhas de termoformagem com aplicação de IML ainda é uma barreira importante para a maior difusão desse sistema de decoração.

1 Outra possibilidade é o fornecimento em bobinas, que são cortadas no próprio processo de transforma-ção das embalagens, imediatamente antes de haver a inserção no molde. Esse processo, chamado de cut-in-place, não tem aplicação conhecida no Brasil.

A adesão perfeita, resultado da fusão do rótulo com a embalagem, faz do apelo visual um dos

pontos fortes da decoração com in-mould

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com as dimensões do próprio rótulo, para garantir uma margem de segurança que com-porte pequenas variações que inevitavelmen-te ocorrem na aplicação. Nos casos em que as extremidades do rótulo se encontram (emba-lagens cilíndricas e cônicas, por exemplo), às vezes é necessário fazer alguns ajustes na faca para que o encaixe fique perfeito, sem sobre-posições ou espaçamentos. Isso porque, no processo de transformação das embalagens, pode haver pequenas variações dimensionais em relação ao desenho técnico. Dessa forma, recomenda-se, no desenvolvimento da arte, deixar previstas área de sangria e margem de segurança para comportar esses acertos.

E, naturalmente, é preciso ter muita aten-ção com os formatos de embalagens que não

podem ser decoradas com esse sistema. Para os rótulos in-mould valem as mesmas regras aplicáveis aos autoadesivos com relação à morfologia na hora da rotulagem (ver página 20). Peças com dupla geometria (aquelas que possuem distorções nos eixos vertical e hori-zontal), como as embalagens esféricas e ovais, não podem receber IML.

Como se vê, antes de se fazer a opção pelo IML deve-se sempre levar em conta a comple-xidade da cadeia produtiva e a interdependên-cia de seus elos. Fornecedor do filme, fabrican-te do molde, convertedor do rótulo, provedor da solução de automação (robô aplicador) e fabricante da máquina de injeção ou sopro (ou termoformagem – veja no quadro da página 36) devem, preferencialmente, ser envolvidos

formAtos tÍpicosEm peças sopradas, pelo menor custo de produção de moldes, é comum haver maior variedade nos formatos das embalagens – e, por consequ-ência, também dos rótulos. No caso das embalagens injetadas, contudo, alguns tipos de rótulos são mais recor-rentes.• cruz de Malta (rótulo aplicado nas

quatro laterais e na base de embala-gens com formato de paralelepípedo)

• plano (aplicado em tampas, por exemplo)

• Faixa (comum em potes cônicos)• cintas (faixas que decoram duas

laterais e a base de potes com for-mato de paralelepípedo)

cinta

rÓtUlo plano

“crUZ dE malta”

plano

faixa

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no início do projeto de embalagem, para que contribuam com seus conhecimentos espe-cíficos a fim de evitar problemas futuros. O desenvolvimento do rótulo in-mould depende de muitas variáveis, e por isso não pode ser deixado para a última hora.

como é feitA A AplicAçãoA situação mais comum é aquela em que os rótulos são cortados no convertedor e envia-dos em fardos para o transformador da emba-lagem, que os acondiciona em um magazine integrado à sua linha de produção.

Um robô manipulador retira os rótulos do magazine, por sucção, para posicioná-los nas cavidades do molde aberto. Já dentro da cavi-dade, o robô dá uma carga eletrostática no rótulo, o que o mantém corretamente posicio-nado durante a injeção (ou sopro) da peça. Em

moldes em que não é possível trabalhar com carga eletrostática (os de alumínio, por exem-plo), utiliza-se vácuo. Esse processo precisa ser realizado em tempos muito curtos, a fim de não prejudicar a velocidade das linhas de produção.

Quando o molde se fecha e entra em conta-to com a resina fundida, o rótulo adere defini-tivamente ao corpo do objeto formado, sem a necessidade de uso de adesivo. Dado o caráter irreversível da aplicação, contudo, qualquer problema nessa operação resulta na necessi-dade de descarte da embalagem – que pode, entretanto, ser reciclada e reaproveitada na própria linha de transformação. Por isso, todo o processo precisa ser muito bem projetado, com cada um de seus elementos – injetoras ou sopradoras, moldes, rótulos e robôs – sendo pensados de maneira integrada.

Glossário

MAGAZINES: Local onde os rótulos pré-corta-dos ficam armazenados, e de onde são puxa-dos pelo robô aplicador.

roBÔ aplicador: É o equipamento que reti-ra, por sucção, o rótulo do magazine e posi-ciona no molde.

1 2 3Exemplo de aplicação de IML processo de extrusão e sopro: os rótulos são acomodados por um robô nas cavidades do molde, e se fundem definitivamente à parede da embalagem soprada

SOpRO

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rótulo mAgAzIne

sados há muitos anos na decoração de embalagens rígidas (plásticas, metáli-cas e de vidro), os rótulos magazine são

entregues pré-cortados aos clientes (e não em bobinas), no formato final e em fardos – daí o nome cut and stack pelo qual o sistema é conhecido em inglês (“cortar e empilhar”, na tradução livre para o português). Na rotula-dora, são colocados em um recipiente similar a uma caixa, chamado magazine – termo que, por sua vez, explica a forma como essa alter-nativa de rotulagem é conhecida no Brasil.

Os rótulos normalmente são finalizados em guilhotinas (cortes retos), mas podem ser produzidos em formatos diferenciados, com o uso de facas especiais (troquéis). A adesiva-ção é feita na própria rotuladora, com cola fria (sintética ou à base de caseína, uma proteína do leite) ou quente (hot melt).

Trata-se de uma solução com produtivida-de elevada, atraente para grandes volumes.

Negócios baseados em embalagens retor-náveis, como o de cervejas, podem ainda se aproveitar de uma vantagem importante desses rótulos, que é a facilidade com que são retirados nas linhas de lavagem e esteri-lização das garrafas.

Por seu apelo de baixo custo, é comum que se associem os rótulos magazine a merca-dos de menor valor agregado. Mas sua forte presença em produtos como vinhos finos e bebidas quentes desmonta essa crença. Entre os fatores que podem explicar essa apa-rente contradição, talvez o mais importante seja o grande número de linhas instaladas que estão preparadas para aplicar esse tipo de rótulo. Mas há, também, outras questões mercadológicas envolvidas, muitas delas de ordem estética. A possibilidade de aplicação de vernizes especiais (UV e base água), por exemplo, inclusive com efeitos texturizados e perolizados, além da viabilidade de utilização

u

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de aspectos metalizados diferenciados, gera-dos com a aplicação de cold foil, são recursos muito explorados pelos mercados premium.

Vale ressaltar, porém, que o rótulo maga-zine, nos últimos anos, tem perdido espaço, no mundo todo, para outros tipos de decora-ção, especialmente a feita com autoadesivos. Contribui para isso a difusão do conceito de Custo Total Aplicado, que consiste na men-suração dos impactos financeiros envolvidos em todo o processo de decoração, e não apenas na comparação do preço unitário do rótulo – o que, em muitas situações, relativiza algumas das vantagens que o senso comum atribuiria aos rótulos magazine.

Os substratos mais utilizados nesse sis-tema de decoração são os papéis (principal-mente fosco, couché e metalizado), mas há também aplicações com papéis especiais, filmes plásticos (especialmente BOPP), e até com folhas de alumínio (comuns em garga-leiras, ou neck labels, de garrafas de cerveja e espumante). Já os processos de impressão mais associados aos rótulos pré-cortados são o offset (convencional e UV) e flexografia (base água e UV).

Apesar da grande difusão dos rótulos magazine no mercado (e consequentemente do elevado número de fornecedores dispo-níveis), muito cuidado deve ser tomado na conversão dos rótulos, pois alguns dos prin-cipais problemas na aplicação são gerados nessa fase, com efeitos negativos sobre a produtividade. Tintas e vernizes mal curados e rebarbas (burrs) surgidas no corte são cau-sas comuns de paradas de máquina, porque podem fazer com que os rótulos empilhados fiquem unidos. Quando isso ocorre, os rótulos acabam sendo puxados juntos do magazine – e não individualmente, como deveriam. Na Baumgarten, o uso de tintas UV e a manu-tenção permanente de guilhotinas e facas minimizam esses problemas de blocagem e

de puxada na rotuladora, assegurando maior tranqüilidade no processo de rotulagem.

como é feitA A AplicAçãoNa linha de produção, num sistema que lem-bra o abastecimento de um grampeador de mesa, os rótulos armazenados no magazine vão sendo empurrados. Uma paleta, em movi-mento rotatório, entra em contato primeiro com um cilindro em que há uma fina camada de cola (rolo adesivador), depois com o maga-zine, de onde puxa o rótulo (pelo verso, que fica adesivado), e finalmente com o cilindro de transferência. Este, também em movimento rotatório, pega o rótulo por sucção (pela parte da frente) para aplicá-lo, com pressão, na embalagem. É, portanto, um sistema de trans-ferência indireta do rótulo, intermediado por um mecanismo que trabalha em sincronia com o transporte das embalagens.

A elevada produtividade das linhas de aplicação torna o rótulo magazine atraente em altos volumes

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Esse tipo de equipamento pode colar múl-tiplos rótulos, tais como o frontal, o contrarró-tulo e a gargaleira, em embalagens cilíndricas, cônicas ou com outros formatos, desde que tenham paredes regulares.

Existem também máquinas de aplicação direta, em que o rótulo é transferido do maga-zine para a embalagem sem nenhum mecanis-mo intermediário. Nesse tipo de rotuladora, a cola é aplicada na embalagem, que faz um

ExEmplo dE aplicação dE rÓtUlo maGaZinEROLO AdESIvAdOR

palEta

maGaZinE

EScOvA

cilindro dE pinça

Glossário

MAGAZINE: Receptáculo onde os rótulos já cortados são armazenados na rotuladora

ROLO AdESIvAdOR: Cilindro em que uma camada controlada de cola é aplicada. As pale-tas entram em contato com esse rolo antes de puxar o rótulo do magazine, pelo verso.

palEta: É o dispositivo que, após entrar em contato com o rolo adesivador, coleta o rótulo no magazine para passá-lo ao cilindro de transferência.

cILINdRO dE pINÇA (OU dE TRANSFERêNcIA): É o mecanismo que retira os rótulos das paletas para posterior transferência à embalagem. Puxa o rótulo pela parte frontal.

EScOvA: Alisa os rótulos logo após estes serem transferidos à embalagem, garantindo uma adesão mais homogênea.

movimento de rotação sobre seu próprio eixo para puxar o rótulo do magazine. No final, uma nova faixa de adesivo é aplicada no verso do rótulo, na área de sobreposição. Ao contrário do sistema indireto, portanto, não há aplica-ção de cola em todo o verso do rótulo. Essas máquinas são menos versáteis que as de apli-cação indireta, e em geral são utilizadas para colar rótulos que envolvem todo o perímetro da embalagem (pre-cut wrap-around labels).

O rótulo pré-cortado é puxado do magazine por uma paleta com uma fina camada de adesivo

aplicada. Em seguida, é transferido para a embalagem, onde é alisado por uma escova

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roll lAbel

s chamados roll labels são aqueles fornecidos pelo convertedor à indús-tria usuária em bobinas, e aplicados

(antes ou depois do envase) em torno de todo o perímetro da embalagem (daí a desig-nação reel-fed wrap-around label, expressão em inglês que significa, em tradução livre, rótulo envolvente alimentado por bobina, pela qual esse sistema também é conhecido).

Por sua característica de aplicação a partir de rolos, é um processo contínuo de rotula-gem (em contraposição ao processo intermi-tente de aplicação dos rótulos pré-cortados), com alta produtividade. São aplicáveis em diversos tipos de embalagens de vidro, plás-tico e metal, normalmente com adesivos quentes (hot melt). Com elevados índices de produtividade na aplicação, os roll labels são largamente utilizados em produtos de massa, como bebidas carbonatadas, sucos, água,

óleos vegetais e itens de limpeza doméstica.Para a produção desses rótulos são geral-

mente utilizados filmes de polipropileno biorientado (BOPP) nas suas variações mais comuns (branco, metalizado e transparente), apesar de ser possível encontrar muitos pro-dutos com rótulos de papel. A predominância dos substratos fílmicos se explica pela maior resistência (mecânica e à umidade) desse tipo de material – atributo especialmente importante no caso das bebidas carbonata-das, já que a pressão do gás normalmente expande o perímetro das garrafas, o que demanda uma capacidade de estiramento dos rótulos, para evitar rupturas e desco-lamento nas áreas de sobreposição. Além desse motivo, bebidas carbonatadas costu-mam ser refrigeradas, o que significa umida-de, mais difícil de suportar se o substrato for celulósico.

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Impressos normalmente em flexografia, rotogravura ou offset convencional (ou digi-tal, no caso de tiragens pequenas), os roll labels podem receber acabamento fosco e brilhante, com a aplicação de vernizes. Mas as possibilidades visuais são muito mais amplas. Nesse tipo de rótulo, é possível trabalhar também com efeitos metalizados, aplicados com cold foil, e com uma série de outros recursos premium, como textura e efeitos de cor diferenciados, gerados com insumos especiais (tintas e vernizes reativos e termocrômicos, por exemplo).

como é feitA A AplicAçãoDepois de impressos, os trabalhos são

entregues para o cliente em rolos (cortados na altura final do rótulo a ser aplicado), que são posicionados no suporte de bobina da rotuladora.

O filme impresso passa pela estação de corte, composta por uma faca fixa e outra rotativa. Uma fotocélula indica o local onde o corte deve ser feito, e um servomotor efetua pequenos ajustes na velocidade da bobina a fim de garantir maior precisão na operação.

Por sucção, o rótulo já cortado é puxado pelo cilindro de transferência. Pontos de

Na aplicação, o roll label, já cortado,

recebe uma faixa de adesivo em uma de suas extremidades,

que adere à embalagem.

Um movimento de rotação e puxa o

rótulo, que é colado com uma segunda faixa de adesivo, aplicada na

outra extremidade.

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adesivo são aplicados em uma extremidade do rótulo, no verso. O movimento do cilindro de transferência faz a parte adesivada entrar em contato com a embalagem, que é rotacio-nada, de modo que o rótulo a envolva. Uma faixa de adesivo aplicada na outra extremi-

Glossário

SUpORTE dE bObINA: É onde o rolo com os rótulos impressos é apoiado na rotuladora.

rolo dE alimEntação: Com velocidade controlada por computador e servo-motor, é o dispositivo que puxa a fita impressa para a estação de corte.

ESTAÇãO dE cORTE: Formada por uma faca fixa e outra rotativa, é um elemento crucial da rotuladora. Quanto maior a precisão do conjunto, menos paradas de máquina serão necessárias para ajuste, e menor a espessura dos substratos com que se poderá trabalhar.

Um tambor garante, com vácuo, o correto posicionamento do rótulo até a passagem deste para o cilindro de transferência.

cILINdRO dE TRANSFERêNcIA: Por sucção, puxa o rótulo já cortado para passá-lo no con-junto adesivador, e depois o transfere para a embalagem.

cONjUNTO AdESIvAdOR: É o sistema onde a cola é aquecida para atingir a temperatura ideal para aplicação, a fim de ser transferida em camadas controladas a um cilindro para ser aplicada nas extremidades do rótulo.

dade do rótulo cola as duas pontas, na área de sobreposição.

Controles de tensão e de alinhamento da bobina durante o processo de rotulagem são fundamentais para assegurar bons índices de produtividade na aplicação.

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impacto visual de um rótulo depende da qualidade do design. Porém, por mais bem escolhidas que sejam as ima-

gens, as mensagens e as cores, e por mais acer-tada que seja a disposição desses elementos no espaço destinado à decoração, há um últi-mo detalhe que pode significar o sucesso ou fracasso nas gôndolas: o sistema de impressão escolhido para executar o trabalho.

Existem, hoje, maneiras alternativas de se imprimir uma mesma arte, e não se pode afir-mar, a priori, que uma é intrinsecamente supe-rior às outras. Todas elas possuem pontos for-tes, assim como há aspectos menos favoráveis em cada uma das tecnologias. Por isso, o que se pode dizer com segurança é que o tipo mais adequado de impressão varia de acordo com o trabalho a ser executado. Parques gráficos modernos, como o da Baumgarten, permitem, inclusive, combinar diferentes processos na busca pelos melhores resultados.

Adiante, listamos as características princi-pais dos sistemas de impressão utilizados na conversão de rótulos (veja o quadro compa-rativo no final deste capítulo). Sabendo quais elementos visuais devem ser valorizados – uma cromia, um degradê ou áreas com cores chapadas, por exemplo – é possível pensar, ainda no desenvolvimento da arte, que tec-nologia poderia ser utilizada para a obtenção de maior qualidade visual. Ou, inversamente, tendo definido o sistema de impressão a que se recorrerá, torna-se viável adaptar o desen-volvimento do design de forma a se benefi-ciar dos pontos fortes da tecnologia escolhi-da, evitando situações que podem se mostrar problemáticas no processo produtivo.

Como regra, contudo, fica a sugestão de que se envolva a equipe da Baumgarten ainda nos estágios iniciais do desenvolvi-mento, para que se avaliem os prós e os con-tras de cada alternativa existente.

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OffsetSistema comum na impressão comercial, o

offset tem boa presença no mercado de rótu-los magazine e in-mould, principalmente com máquinas planas (alimentadas por folhas). Nos últimos anos, houve uma grande evolu-ção dos equipamentos rotativos (alimentados por bobinas) voltados para a conversão de rótulos (autoadesivos, termoencolhíveis e in--mould labels, entre outros), especialmente em serviços que demandam passagens sua-ves de tons.

O princípio básico dessa tecnologia de impressão é a gravação de uma chapa (nor-malmente de alumínio) em que, por uma reação química, as áreas de grafismo tornam--se receptivas à tinta (oleosa) e repelem água, enquanto as áreas de contragrafismo (não-imagem) absorvem água e repelem tinta. Essa distinção entre o que será ou não impresso, portanto, não é criada por diferen-ças superficiais nas matrizes (alto ou baixo relevo), como ocorre em outros processos.

A tinta absorvida nas áreas de imagem das chapas são transferidas para outra superfície (a blanqueta), de onde são finalmente aplica-das no substrato. Por isso, diz-se que o offset é um sistema de impressão indireta (em con-traposição àqueles em que a imagem é pas-sada diretamente da matriz para o substrato).

Os pontos fortes dessa tecnologia são o baixo custo de gravação das matrizes e a ele-vada qualidade das cromias e dos degradês. Em contrapartida, o offset gera tons chapados menos consistentes e possui menor cobertu-ra de tinta que alguns processos alternativos.

DigitalA crescente fragmentação dos merca-

dos de consumo, a proliferação de SKUs nas empresas fabricantes de bens de consumo e os avanços de ações promocionais que usam a embalagem como veículo principal vêm fortalecendo a impressão digital em todo o mundo.

Baixas tiragens são o foco principal dessa tecnologia hoje, mas um grande potencial existe ainda para ser explorado em ações de marketing, já que é possível produzir, na mesma tiragem, rótulos diferentes entre si.

Existem, basicamente, duas linhas distin-tas de tecnologia que se consolidam: a com-posta por impressoras ink jet, e a represen-tada pelo offset digital (em que a qualidade de impressão é superior). Na Baumgarten, como nas grandes gráficas da Europa e dos Estados Unidos, a opção foi trilhar o segundo caminho.

No offset digital, como ocorre no siste-ma tradicional, as imagens são gravadas em uma chapa especial, transferidas para uma blanqueta antes de serem transferidas para o substrato. A diferença é que essa chapa é regravada novamente a cada ciclo da máqui-na. Da mesma forma que no offset convencio-nal, a qualidade de impressão de degradês e cromias é muito grande, havendo limitações no que diz respeito à cobertura de tinta e aos tons chapados.

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flexOgrafiaA flexografia é, provavelmente, o sistema

mais popular na impressão de rótulos (à exceção dos rótulos magazine, onde o offset talvez seja mais utilizado), graças à boa equa-ção custo-benefício que proporciona e aos notáveis avanços em qualidade alcançados nos últimos anos.

Resumidamente, a impressão flexográfica é feita por clichês flexíveis, fixados nos rolos de impressão por meio de fitas dupla-face. As partes que não serão impressas são retiradas do clichê durante a gravação das matrizes, o que deixa as áreas de imagem em alto relevo. Um sistema de entintagem, em que o cilindro anilox é a personagem principal, espalha uma camada uniforme de tinta (líquida e de seca-gem rápida) sobre o clichê, que em seguida a transfere para o substrato, num mecanismo semelhante ao de um “carimbo”.

Como a matriz é flexível e a transferência ocorre com a aplicação de pressão, a flexogra-fia traz bons resultados em traços e chapados. Pelos mesmos motivos, há maior dificuldade nos trabalhos com cromias e degradês (espe-cialmente aqueles com menor carga de tinta), por causa de um fenômeno chamado “ganho de ponto” (os pontos de meio tom, quando impressos, tornam-se ligeiramente maiores do que na matriz, o que pode ser compensado parcialmente com um bom trabalho de pré- impressão).

letterpressO letterpress é um sistema de impressão

semelhante ao offset convencional, com duas diferenças básicas. A primeira delas é que essa tecnologia utiliza clichês de fotopolíme-ro gravados em relevo (e não chapas planas, como o offset). A segunda é que o processo não utiliza água – a tinta (pastosa) é aplicada nas áreas de imagem do clichê (que ficam em alto relevo), para ser transferida ao substrato.

Pelas características intrínsecas da tecno-logia, trabalhos em letterpress devem evitar áreas com degradês e cromias finas. O ponto forte é o custo relativamente baixo da grava-ção dos clichês.

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serigrafiaHoje, a serigrafia é muito utilizada na

produção de rótulos autoadesivos, sozinha ou como processo complementar a outros sistemas de impressão. É um processo rela-tivamente simples, em termos conceituais. Baseia-se na utilização de uma tela que per-mite a passagem de tinta para o substrato apenas nas áreas de imagem, o que é feito com a ação de uma espátula (chamada de racle ou squeegee). Pode ser realizada em linha ou em etapa à parte.

Uma das maiores virtudes da serigrafia é a possibilidade de se aplicar camadas espessas de tintas (algo impossível, em outros proces-sos, com uma única passagem em máquina), de maneira controlada e consistente, propi-ciando cores vibrantes e resistentes ao atrito. Essa característica minimiza problemas de desbotamento dos tons com o passar do tempo, e garante boa cobertura de bran-co, um desafio para muitos dos processos de impressão (benefício importante, entre outros aspectos, para assegurar a legibilidade dos códigos de barra). Os depósitos espessos de tinta que a serigrafia viabiliza permitem, ainda, que se criem efeitos táteis, como a sensação de relevo e a aplicação de textos em braile.

A aplicação de serigrafia em rótulos pode ser feita de duas formas. Com o uso de telas planas, que implicam um movimento tipo “stop and go”, em que a bobina precisa ser parada em cada aplicação, ou com a utilização de telas rotativas, que tornam contínuo o pro-cesso e aumentam a produtividade.

rOtOgravuraImagens reticuladas e degradês suaves são

pontos em que a rotogravura apresenta bons resultados. Muito utilizada na impressão de embalagens flexíveis, essa tecnologia avan-çou para o mercado de rótulos, entre outras coisas, pela consistência com que permite aplicar vernizes e tintas metalizadas. O ele-vado custo de gravação da matriz – cilindro metálico corroído por uma reação química que deixa as áreas de imagem em baixo rele-vo – é um dos pontos menos favoráveis desse sistema de impressão.

Em linhas gerais, a rotogravura é um siste-ma simples. Células com diferentes profun-didades são gravadas nos cilindros. As mais fundas carregam mais tintas e, consequente-mente, são usadas para imprimir áreas mais escuras. Pela grande durabilidade dos cilin-dros, a rotogravura torna-se especialmente vantajosa em tiragens longas. Com a crescen-te segmentação de mercado, no entanto, a regra tem sido a impressão de lotes cada vez menores. Por isso, é mais comum encontrar essa tecnologia como processo complemen-tar de outros sistemas de impressão.

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HOt stampingResumidamente, hot stamping é a trans-

ferência, por pressão e calor, de uma película decorativa (foil) para o substrato. O mecanis-mo de aplicação é simples. O foil é pressiona-do, durante um intervalo de tempo controlado, por um clichê aquecido, com a área de imagem gravada em alto relevo, sobre o substrato. A camada externa da fita é um adesivo ativado pelo calor, o que faz com que haja a adesão – e a consequente transferência da película – à área a ser decorada.

Dessa forma, são três as variáveis que devem ser rigorosamente controladas no pro-cesso: temperatura, pressão e tempo de conta-to. Como estão interrelacionadas, podem ser feitas compensações entre elas, em busca de objetivos específicos de produção. É possível, por exemplo, trabalhar com tempos menores de contato – o que eleva a produtividade – desde que se aumentem temperatura e pres-são do clichê.

Muito comum como recurso gráfico de agregação de valor em rótulos impressos em outros sistemas, o hot stamping pode ser uti-lizado também sozinho, sempre em artes sem retículas. Tonalidades prateadas ou douradas são as mais recorrentes, apesar de haver uma vasta gama de cores disponíveis, inclusive com efeitos holográficos.

Apesar de ser mais comum encontrar ima-gens planas em hot stamping, é possível apli-car o recurso simultaneamente com alto rele-vo, ou mesmo com filigranas (hot stamping estruturado). O que varia, nesses casos, é a complexidade do clichê.

COlD fOilUm processo relativamente novo para apli-

cação de películas metalizadas, alternativo ao hot stamping, tem se desenvolvido rapi-damente nos últimos anos. Trata-se do cold foil, método pelo qual se aplica, primeiro, uma camada de adesivo no substrato, para onde o foil será transferido apenas nas áreas adesivadas (inclusive em linhas muito finas, e com ótimo registro) por meio de um cilindro de pressão. Em outras palavras, a película é laminada no substrato.

Na conversão de rótulos, normalmente a aplicação de adesivo é feita por uma estação de impressão flexográfica (processos offset ou letterpress, no entanto, também podem ser utilizados) em substratos celulósicos ou fílmicos (geralmente estruturas de polietile-no ou polipropileno). A gravação da matriz é mais rápida (e geralmente mais barata) do que no processo de hot stamping, motivos que ajudam a explicar o acelerado avanço dessa tecnologia.

Em geral, a adesivação e a subsequen-te aplicação do foil são feitas na entrada da máquina, pois a película pode receber sobreimpressão, o que multiplica o leque de recursos visuais à disposição dos designers. O uso de tintas transparentes sobre película prateada, por exemplo, pode gerar diferentes tonalidades (e até cromias) com efeito meta-lizado.

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AGRAdEcIMENTOS

A Baumgarten agradece às empresas que apoiaram este projeto:

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