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Guia de Orientação para a Inovação e Empreendedorismo do

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ATP – Associação Têxtil e Vestuário de PortugalRua Fernando Mesquita, 2785, Edifício Citeve4760-034 Vila Nova Famalicão · PortugalT +351 252 303030F +351 252 [email protected]

www.atp.pt

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Fotos na capa por ordem descendente: Anabela Baldaque | Felipe Oliveira Baptista | Luis Buchinho | TM Collection | TM Collection

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INDICE

1. NOTA PRÉVIA 5

2. ENQUADRAMENTO 9

3. O ENVOLVIMENTO DAS PESSOAS NAS EMPRESAS 13

4. O EMPREENDEDORISMO NAS EMPRESAS 174.1. O EMPREENDEDOR E OS PROCESSOS DE INOVAÇÃO 184.2. AS EMPRESAS, A INOVAÇÃO, A ESTRATÉGIA E OS COMPORTAMENTOS 19

5. O EMPREENDEDORISMO, A INOVAÇÃO E A COMPETITIVIDADE 295.1. O CONHECIMENTO E OS IMPACTES DA INOVAÇÃO 315.2. OS PROCESSOS DE INOVAÇÃO RADICAL E INCREMENTAL 345.3. OS PROCESSOS DE INVESTIGAÇÃO E DESENVOLVIMENTO (I&D) 365.4. AS MARCAS E PATENTES 385.5. A INOVAÇÃO E A COMPETITIVIDADE 42

6. ORIENTAÇÕES PARA OS PROCESSOS DE CRIAÇÃO DE EMPRESAS 496.1. COMO PLANIFICAR A IDEIA E O NEGÓCIO 496.2. A FORMALIZAÇÃO LEGAL E A INFORMAÇÃO NECESSÁRIA 576.3. OS LICENCIAMENTOS INDUSTRIAL E COMERCIAL 58

7. OS RECURSOS DE APOIO À INOVAÇÃO E O EMPREENDEDORISMO 657.1. AS REGIÕES DO VALE DO AVE, CÁVADO E LIMA 677.2. AS INFRAESTRUTURAS 78

7.2.1. Os loteamentos Industriais 787.2.2. Os espaços Industriais 94

7.3. AS ORGANIZAÇÕES 997.3.1. Os Centros Tecnológicos 997.3.2. Business Innovation Centres 1037.3.3. Ninhos de Empresas da Fundação da Juventude 1077.3.4. Ninhos de Empresas dos Centros de Apoio à Criação de Empresas do IEFP 1087.3.5 Centros Empresariais da Associação Nacional de Jovens Empresários (Anje) 1117.3.6. As Incubadoras de Base Tecnológica 1137.3.6.1. Os processos das empresas 1137.3.6.2. O papel das Ciências e das novas Tecnologias 114

7.4. OS PROGRAMAS DE APOIOS AO INVESTIMENTO NA INOVAÇÃO 1157.5. OS PRINCIPAIS CONTACTOS COM ENTIDADES ASSOCIATIVAS, ORGANISMOS PÚBLICOS NACIONAIS E REGIONAIS 128

8. NOTA FINAL E AGRADECIMENTOS 131

9. BIBLIOGRAFIA 133

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1. NOTA PRÉVIA

A Industria Têxtil e Vestuário portuguesa é uma atividade económica que apresenta uma invulgar maturi-dade, alicerçada no facto de possuir uma tradição de mais de um século no que respeita aos subsectores a montante, nomeadamente fiações e tecelagens, e seguramente mais de cinco décadas no que se refere aos restantes, as malhas, os têxteis-lar e as confecções.

Importa também evidenciar que a esmagadora maioria das empresas que compõem a ITV são PMEs, estão situadas nos Vales do Ave e do Cávado e são de raiz familiar, mesmo as de maior dimensão, contando-se a sua propriedade e gestão, em algumas delas, já na sua terceira ou quarta geração.

Estas características combinadas permitem classificar o Sector, localizado essencialmente no litoral norte do país, como um “cluster” industrial, naturalmente constituído e desenvolvido, evidenciando uma grande con-sistência e dinâmica sinérgica, a exemplo do que sucede na Itália com os “distritti industriali”.

Trata-se de uma vantagem comparativa que as empresas da ITV portuguesa apresentam quando concorrem no mercado global, pois aproveitam de uma lógica bem definida de fileira, estruturada e integrada, rara à escala europeia e que é altamente valorizada por uma clientela internacional mais orientada para produtos de nicho, onde a resposta rápida, a flexibilidade, a qualidade e o serviço se sobrepõem ao preço.

De sublinhar, igualmente, os processos de permanente reestruturação que o Sector e as suas empresas vêm sofrendo ao longo das últimas duas décadas, adaptando-se, de forma mais ou menos dolorosa, às sucessivas alterações de mercado e dos mercados, à escala internacional, ao crescente aumento da concorrência e ao surgimento e desenvolvimento de novos modelos de negócio, na indústria e na distribuição, e à emergência de novos “players” globais, cada vez mais agressivos, particularmente no preço.

Por inércia de uma análise mais reflectida, vulgarmente se vem considerando que a ITV portuguesa é uma atividade económica permanentemente em crise, estigmatizada social e politicamente, ferida em termos de imagem e, por consequência, tornada pouco atrativa ao investimento, à captação de jovens profissionais e ao aparecimento de novos projetos empresariais no Sector.

Em boa verdade, a Têxtil e o Vestuário, como aliás o negócio da moda em geral, não podem ser considerados sectores em crise, mas antes atividades de grande volatilidade e de grande instabilidade, fortemente sujeitas à influência de factos exógenos que lhe determinam uma especial indefinição e imprevisibilidade, com baixa capacidade de controlo e de orientação.

Tudo influiu e tudo é contexto relevante: o clima, a conjuntura política e económica, interna e externa, a regulamentação, local e internacional, as alterações das tendências culturais e dos hábitos de consumo, a tecnologia, os preços das matérias-primas e o dos combustíveis, os mercados financeiros, numa infindável lista de variáveis que tornam o negócio da moda, e, por conseguinte, do têxtil, num dos mais complexos e arriscados, embora apaixonantes, modos de vida à escala global.

É com este cenário de fundo que procuramos perspectivar a ITV portuguesa para os próximos anos, conside-rando que a mesma continuará a ser fundamental para a economia do país e, em particular, para a das regi-ões onde está tradicionalmente implantada, sob o ponto de vista de criação de emprego, direto e indireto, da coesão económica e social do território, bem como da inestimável contribuição para o equilíbrio da balança comercial, tendo em consideração a sua vocação fortemente exportadora, a qual se admite ainda se possa vir a reforçar ao longo da década.

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Há que, contudo, ter em consideração, num contexto de grande mudança a que estamos sujeitos, não apenas no quadro da atividade do Sector, mas em termos geopolíticos e geoeconómicos, no espaço em que estamos fatalmente inseridos, a Europa e o Ocidente, que novos “drives” de desenvolvimento tem de ser consolidados para que a Têxtil e Vestuário permaneçam importantes.

Poderá parecer redundante afirmar, na cacofonia atual dos discursos de responsáveis governamentais ou de “opinion makers”, mais ou menos assertivos ou consequentes, que a ITV portuguesa terá que desesperada-mente encontrar e afirmar elementos claros de diferenciação face à crescente concorrência global e que esses elementos passam inevitavelmente pela incorporação de mais tecnologia, mais criatividade e maior intensidade de serviço, para poder fazer ascender os seus produtos na cadeia de valor e aumentar margens, sem o que as empresas jamais conseguirão manter-se competitivas. Não se trata de retórica requentada nem de “soundbites” que agradam ao “status quo” político reinante, mas de imperiosa necessidade de encontrar argumentos para que as empresas construam a sua competitividade individual e resistam num mundo cada vez mais implacável para com os mais frágeis.

Vender capacidades produtivas ou custo minuto, ou alardear qualidade, está muito longe de ser a “tábua de salvação” para aqueles que insistem que o mundo não mudou e que resistem a mudar para satisfazer essa mudança. O resultado estará à vista a breve trecho e não adiantarão nada as queixas, o endosso de responsabilidades, à esquerda e à direita, porque quando desaparecerem ficará apenas o vazio absoluto no seu lugar, vazio que temos de forçosamente preencher com vantagem.

Sejamos, pois, lúcidos e pragmáticos e apostemos as nossas energias na sobrevivência e não na lamúria.

Há que investir na regeneração do tecido empresarial do Sector, apoiando a passagem, de forma assistida, da propriedade e da gestão nas empresas familiares, tendo em conta que a esmagadora maioria das em-presas possuem esta particular natureza, a qual, por muitas virtualidades que apresente, encerra em si um espectro vasto e variado de problemas, os quais muitas vezes suplantam a mais elementar racionalidade, tornando-se o principal catalisador de um desastre, que poderia ser facilmente evitável.

A mudança de geração na condução das organizações deve ser uma oportunidade para atualizar o modelo de negócio, de modernização do processo de gestão, sintonizando-o com as exigências do momento, mas mais ainda com as do futuro. Tal não significa colocar todo o histórico em causa, desdenhar do trabalho e mérito das gerações passadas, cujo maior valor está no facto de conseguirem manter as estruturas empresa-riais vivas e transportá-las operacionais até ao nosso tempo. A tradição de poder é, em primeiro lugar, um ato de humildade e de reconhecimento para que nos precede, e, simultaneamente, um manifesto de audácia e ambição para assegurar a passagem a quem, um dia, a seu tempo, de nós tomar as rédeas da organização.

Por outro lado, há que criar condições para que o Sector volte a ser atrativo para novos profissionais e novos empreendedores, fomentando a regeneração externa do tecido empresarial, o que passa por reforçar a ex-pressão pública das suas facetas mais atrativas: a criatividade, por via do “glamour” da moda e da imagem, a inovação tecnológica, enquanto indústria intensivamente receptora de investigação e modernidade, criando continuamente novos produtos, novas funcionalidades e novas necessidades, e o desenvolvimento de servi-ços agregados, entre os quais a logística evoluída, que terciarizem a indústria, melhorando o seu desempe-nho, a sua eficiência e a sua receptividade, assim como fazendo crescer o seu valor e margens.

O futuro vai ser ainda mais exigente com todos os profissionais do Sector e o empreendedorismo, endógeno ou exógeno ao sistema vigente, terá responder com mais profissionalização em todos os níveis das opera-ções, mas igualmente ao nível da gestão e da liderança das organizações, de modo a atingir-se mais produti-vidade, mais eficiência organizativa e mais eficácia na realização dos negócios e na afirmação nos mercados.

Esta década assistirá, com grande probabilidade, um continuado encolhimento do Sector Têxtil e Vestuário português, prosseguindo uma tendência de “downsizing” que se iniciou no início da década de 90 e que está longe de ter estabilizado. Haverá menos empresas e menos trabalhadores em 2020, mas é claramente possível manter o mesmo volume de negócios, na casa dos 6 mil milhões, e segurar as exportações nos 4 mil milhões de euros, o que equivalerá a 2% do PIB e a cerca de 7% das exportações nacionais da altura.

O sector que teremos no final desta década não será o mesmo que temos hoje. Será necessariamente mais ajustado a uma realidade global que não deixará de ser exigente, que manterá ainda com grande dinamismo

modelos de negócio de moda ,“fast fashion”, agora em expansão nos mercados emergentes, mas que, igual-mente, possibilitará a existência da diferença, do crescimento de nichos de mercado com alguma dimensão e relevância, nos quais o paradigma em que se estruturará a ITV portuguesa poderá ter espaço e oportunidades.

Para tanto, o perfil do tecido empresarial da Têxtil e do Vestuário portuguesa tenderá a ser substancialmente diverso, pois muitos empreendedores e profissionais de então serão totalmente novos neste cenário, muitos deles nem sequer imaginando hoje que o virão a ser efetivamente no futuro.

A virtualidade máxima deste Guia de Empreendedorismo e Inovação, agora editado em hora oportuna pela ATP, ciente do alcance estratégico do tema, é precisamente informar com substância e detalhe tudo o que importa e gravita em torno das questões do empreendedorismo e inovação relacionadas com o Sector Têxtil, Vestuário e Moda, não só em termos conceptuais, tão interdependentes que se revelam no contexto atual, importantes para arrumar ideias e vontades, mas, sobretudo, fornecendo com detalhe e precisão informação prática que determine o indispensável passo para aqueles que venham a ensaiar o passo os conduzem a as-sumirem-se como novos empresários, condutores de novos projetos, nesta extraordinária indústria, tão difícil, mas tão singular, que captura para sempre que nela ingressa, tornando a sua vida um desafio avassalador, tão cheio de sacrifícios como de recompensas, mas sempre plena de paixão.

E se as crises, como a que vivemos atualmente com especial brutalidade, são momentos disruptivos, em que nos confrontamos com o medo, muitas vezes com o bloqueio do pânico, elas são igualmente pontos de vira-gem, para corrermos riscos que nunca imaginamos, para nos superarmos e nos afirmarmos perante nós e os outros. É esta vertente positiva que está sempre imanente no Sector Têxtil e Vestuário, sector tradicional e sector de tradição, porque persiste e vence todos os obstáculos, onde outros claudicam.

Hoje, como ontem, como será amanhã.

O Diretor-geral da ATP,

Paulo Vaz

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2. ENQUADRAMENTO

A evolução tecnológica tem provocado profundas alterações nos processos de trabalho, na forma de fazer negócios, nas necessidades de formação profissional e nas relações sociais.

Na última década, as práticas de gestão evoluiram no sentido de incorporar as áreas comportamentais e de organização global, sendo de destacar a implementação de medidas para os Sistemas de Qualidade Total e de Reengenharia dos Processos.

Tais medidas estão relacionadas com as doutrinas japonesas que promovem o envolvimento das pessoas na organização e implementação de processos de melhoria contínua, através de ferramentas ou programas específicos tais como: Kaizen, Kanban, Just in Time, etc., focalizados na flexibilidade operacional, na produ-tividade, na satisfação do cliente e na obtenção de maior rendibilidade do investimento pela optimização dos recursos disponíveis.

A evolução dos processos surge, deste modo, como uma filosofia suportada na ideia que as mudanças são essenciais para energizar as equipas e estimular a inovação e a melhoria da organização nas empresas.

Contudo, nem sempre determinaram resultados positivos devido à ocorrência de excessos que os modelos implantados não foram capazes de colmatar a tempo. Verificou-se, também, que a redução dos custos e das despesas é mais difícil na prática que na teoria e mais difíceis de compatibilizar com as necessidades de crescimento. A redução de custos tem limites que somente os processos de inovação conseguem superar.

É um facto, que se tem registado melhorias de organização, mas as empresas continuam a ser confrontadas com a necessidade de mudança e de criação de dinâmicas inovadoras, pelo que o grande desafio que se coloca é de como as empresas se devem adaptar às novas condições dos mercados protegendo posições adquiridas, o emprego e, ao mesmo tempo, investir nas estruturas e na organização.

Também é um facto, que a competitividade de uma economia, a médio e longo prazo, depende, em parte, da evolução dos preços da produção, do custo da prestação de serviços e de outros fatores estruturais rela-cionados com o níveis de qualificação dos recursos humanos, dos níveis de investimento em Investigação e Desenvolvimento (I&D), na Inovação e no Empreendedorismo.

No caso de Portugal e, em particular o da Indústria Têxtil e Vestuário (ITV), por ser um setor vulnerável à con-corrência de empresas das economias emergentes, o nível de desenvolvimento de fatores estruturais como a Inovação e o I&D é fundamental para a competitividade das empresas e do setor.

Os processos criativos são utilizados para conquistar mercado e obter fatores de diferenciação, principal-mente os de caracter intangível que tendem a durar mais tempo no mercado, tais como: atributos sociais, de design, de bem estar e de status.

Assim, a Inovação serve para melhorar a competitividade das empresas portuguesas e contribuir para a su-peração da crise económica, ao proporcionar a oferta de produtos e serviços diferentes junto dos mercados a preços e margens superiores e, ao mesmo tempo, assegurar o crescimento dos negócios.

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Os processos de Inovação têm originado efeitos positivos que se fazem sentir a vários níveis:

a) Na melhoria da competitividade das empresas quando resulta em ganhos de produtividade e da rendibili-dade das vendas;

b) Nos consumidores pela oferta de benefícios de qualidade no produto e serviço e mais alternativas de es-colha;

c) Na economia em geral, quando permite aumentar a internacionalização, a eficiência na utilização dos re-cursos e a disseminação dos benefícios a outros setores de atividade.

É neste contexto que surgem as novas ideias sobre o Empreendedorismo e a Inovação, no sentido de estimu-lar a criatividade nas empresas existentes e o aparecimento de novas empresas, focalizadas na criação de novos produtos e processos inovadores com vista a obter novas vantagens empresariais e a sustentabilidade dos negócios.

A importância e a oportunidade destes temas é reconhecida nas políticas definidas no programa do atual Gover-no ao criar uma pasta dedicada à Inovação, Empreendedorismo e Internacionalização, assumindo a orientação para a criação de uma rede de incubadoras de negócios de nova geração e de um pacote dirigido a start –ups, incluindo crédito de capital de risco, concentrando as linhas públicas de capital de risco (CaixaCapital,Aicep-Capital e Inovcapital) numa única entidade, com vista a a estruturar e atrair novos investimentos.

O Empreendedorismo e a Inovação requer investimento e capacidade para correr riscos. Nos tempos que correm, os recursos financeiros disponíveis são escassos para o investimento. Mas, por outro lado, é um dado adquirido que existem outros recursos, espaços, organizações, competências, tecnologias, pessoas etc., que importa conhecer e considerar nos projetos para garantir a implementação de estra-tégias simples, exequíveis e mensuráveis que permitem obter resultados.

É um facto que, em qualquer indústria, existem empresas com diferentes graus de sucesso relativo depen-dente das capacidades de fazer melhor que a concorrência para satisfazer o mercado. Ou seja, o sucesso advém de ter vantagem competitiva que pode resultar, designadamente, de ser mais eficiente, produzir com melhor qualidade, ter produtos mais modernos, mais adequados aos clientes, actuar nos melhores mercados, ter bons clientes, melhor serviço, bom relacionamento, melhor logística.

Qualquer destas vantagens competitivas permite gerar valor para o mercado e, consequentemente, margem que traduz o resultado do sucesso devido à existência de recursos adequados para as sustentar.

Tais recursos podem ser múltiplos, por exemplo: a capacidade para produzir mais eficientemente (economias de escala, custos de produção mais baixos, produtividade), a tecnologia, os métodos de produção e gestão, a gama de produtos, a logística, a comunicação com clientes. Na prática, estes fatores não estão distribuídos igualmente pelas empresas.

Assim, estas são obrigadas a desenvolver vantagens competitivas diferentes e adoptam, explícita ou implici-tamente, a sua estratégia concorrencial.

O quadro concorrencial é obviamente dinâmico à escala global. As empresas estão constantemente a adqui-rir e perder recursos e conhecimentos, tanto em resultado da evolução natural da atividade como da ação de-liberada dos gestores, que segue normalmente duas abordagens diferentes: A de imitação e a de inovação.

Na abordagem de imitação:

- as empresas imitadoras procuram emular as estratégias vencedoras das mais bem sucedidas e buscam os recursos e conhecimentos necessários para adoptar estratégias semelhantes e dispor das mesmas vanta-gens competitivas.

Na abordagem de inovação:

- As empresas, seja qual for o seu grau de sucesso, procuram analisar o mercado, a indústria, os recursos e conhecimentos necessários para determinar o que podem oferecer de diferente e melhor aos mercados.

Existem dois momentos: um de análise sobre o que oferecer e outro de concepção sobre como oferecer.

Qualquer destas abordagens é lícita e vantajosa, mas existem diferenças nas implicações económicas de cada uma delas: A abordagem de imitação tem menor risco mas menos retorno potencial. A de inovação tem maior risco e mais potencial de retorno.

Ora, a imitação do sucesso não gera riscos conceptuais, mas unicamente riscos operacionais, de implementação.

A empresa imitadora está a aumentar a oferta já existente no mercado, provocando uma diminuição nas mar-gens, por isso, tende a cobrar um preço mais baixo para competir, posicionando-se em segmentos de baixa rendibilidade o que comporta risco de sustentabilidade a prazo.

Inovar gera riscos, é um facto, mas é essencial para a sustentar a viabilidade dos negócios.

O presente Guia pretende orientar e estimular práticas inovadoras e de empreendedorismo na Moda Têxtil, fazer o levantamento dos recursos existentes tendo em vista orientar os empresários da ITV nas decisões estratégicas sobre estes temas bem como contribuir para melhorar a gestão das empresas, implementar me-didas, atuar na formação profissional, inventariar os apoios logísticos, sinalizar recursos para financiamento dos projetos, registar marcas e patentes.

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3. O ENVOLVIMENTO DAS PESSOAS NAS EMPRESAS

Para estimular o Empreendedorismo e a Inovação é fundamental falar sobre o papel das pessoas na organi-zação das empresas por serem o principal recurso para desenvolver novos produtos e processos, conside-rando que a qualificação técnica e a motivação são decisivas para obter os melhores resultados nos proces-sos de Inovação, Investigação e Desenvolvimento (I&D).

As pessoas de uma empresa são importantes em dois momentos do processo de inovação: o da geração de ideias e o da implementação de inovações.

No momento da geração de ideias as pessoas devem ter um papel positivo, de contribuição.

Na implementação, a realidade mostra que a verdade nua e crua é que as pessoas têm de ter um papel po-sitivo, não criar obstáculos a um processo que gera incerteza e as pode afectar negativamente.

Assim, a gestão de uma empresa inovadora enfrenta um desafio de gestão de “partes interessadas”( stakehol-ders), porque os agentes que contribuem para os processos de inovação não são só os empresários e os recursos humanos da empresa. Todas as pessoas envolvidas pela actividade empresarial são fundamentais: clientes, fornecedores, competidores e detentores de capital.

Deste modo, o desafio de gestão de uma empresa inovadora não é só um desafio de gestão dos recursos humanos, é um desafio de gestão global.

Tal desafio deve ser enfrentado a dois níveis: estratégico e executivo.

A nível estratégico, a resposta passa sobretudo pelo desenvolvimento de uma cultura de compreensão e valorização da inovação.

Se as partes envolvidas compreenderem o que a empresa procura e necessita de inovação é consequente que:

- estarão dispostos a contribuir positivamente para os processo;

- se não o fizerem estarão a violar o acordo implícito existente entre si e a empresa e põem em risco a subsis-tência da sua relação laboral e da própria empresa.

A nível executivo, a resposta passa pelo desenvolvimento de ambientes e processos que incentivem os com-portamentos geradores de contributos positivos.

A análise de empresas inovadoras de sucesso, mostra que existem imensos ambientes e processos incenti-vadores de inovação. Cada indústria, local ou empresa é um caso diferente. Não existem comparações entre as soluções utilizadas pelas empresas de software de Silicon Valey e as soluções de empresas de biotecno-logia da Costa Leste dos EUA, p.e.

Também não existem comparações entre as soluções utilizadas na inovação induzida por clientes industriais das empresas portuguesas de componentes e as soluções utilizadas na inovação comercial de muitas em-presas têxteis nacionais.

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Existem no entanto algumas regras fundamentais:

-Reforço do conhecimento das pessoas;

-Criação de processos de difusão de informação e de ambientes de debate de ideias;

-Valorização de contributos positivos;

-Empenho na gestão da mudança.

O reforço dos conhecimentos das pessoas é fundamental para que tenham os recursos e a disposição psicológi-ca para apoiar a inovação. Só pessoas capazes de compreender tanto os processos da empresa, como a inser-ção da empresa no mercado e na economia global, são capazes de gerar ideias inovadoras e aceitar a inovação.

A falta de conhecimento gera comportamentos de reserva e de aversão à mudança, por isso, a informação tem um papel decisivo na geração de contributos.

O efeito da valorização dos contributos positivos é directo, trata-se de um incentivo ao esforço individual me-dido pelos resultados desse esforço.

É oportuno assinalar que é tão importante não menosprezar os esforços falhados como valorizar os bem sucedidos devido ao efeito desincentivador das críticas, tanto mais importante em processos onde a taxa de transformação de ideias em inovações de sucesso é muito reduzida.

O empenho da gestão na mudança, aplica-se tanto a processos de inovação como a todos os outros que en-volvem alterações, é fundamental para vencer aversão à mudança, a resistências, e suscitar comportamentos adequados durante as fases de implementação de inovações.

Os factos mostram que os paradigmas da gestão e os fatores de sucesso nos negócios sofreram alterações marcantes na última década, tendo por base, principalmente, a importância do papel das pessoas nas empre-sas como a seguir se refere:

ANTES ATUALLevar as pessoas a trabalhar bem Mobilizar e energizar as pessoas

Treinar e controlar o pessoal Liderar e renovar equipas

Remunerar o pessoal Remunerar e envolver

Acabar com disputas internas Privilegiar o colectivo contra a concorrência

Escolher as pessoas certas Constituir equipa com qualidades complementares

A evolução mostra que as pessoas devem ser pró-ativas e menos reativas. Mobilizar, energizar, retribuir e trabalhar em equipa, estimula as capacidades criativas fundamentais para a gestão dos negócios.

Dito de outro modo, as pessoas devem participar na gestão estratégica e operacional das empresas, dado que só assim será possível induzir comportamentos pró-ativos determinantes para:

- Aumentar a produtividade.

- Melhorar a qualidade do produto e serviço.

- Ter novos produtos e serviços diferenciados.

- Inovar processos.

- Aumentar a rendibilidade das vendas.

- Criar uma cultura de inovação nas organizações, desenvolver ideias, mudar atitudes e estimular compor-tamentos.

De fato, um dos estudiosos da matéria, como “De Masi” (1999) dizia “...o novo desafio que marcará o sec. XXI é inventar e definir uma nova organização capaz de melhorar a qualidade de vida e do trabalho“ e que “... os gestores devem assumir o compromisso do crescimento sustentado das organizações utilizando a criatividade adequada para compatibilizar as técnicas de gestão, a flexibilidade e os comportamentos dos colaboradores“.

As mais recentes teorias de gestão empresarial apontam as pessoas como fator central da promoção do empre-endedorismo e da inovação e responsável pela transformação das ideias em realidades comerciais. Na prática, as empresas têm vindo a reconhecer a importância deste facto afetando à Inovação mais recursos humanos.

Vejamos o seguinte quadro :

Evolução dos Recursos Humanos afectos à Inovação

Total de Investigadores por 1000 trabalhadores

Total de Trabahadores em I&D por 1000 trabahadores

(Fonte OCDE MSTI 2010)(Evolução dos Recursos Humanos afectos à Inovação)

O nível de qualificação profissional das pessoas afetas aos projetos de inovação é reconhecido como fator de sucesso e fundamental para promover o empreendedorismo, o emprego e a competitividade das empresas. Tudo isto se aplica à atividade da Moda Têxtil e Vestuário que requer, cada vez mais, pessoas com conheci-mentos sobre design, estilos, tendências e gestão de processos criativos.

10,0

9,0

8,0

7,0

6,0

5,0

4,0

3,0

2,0

1,0

0,02000 2001 2002

4,2 4,3 4,5 4,7 4,7 4,6

5,5

6,3

8,7

9,4

3,2 3,3 3,5 3,7 3,8 3,84,4

5,3

7,2

8,2

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

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4. O EMPREENDEDORISMO NAS EMPRESAS

O termo Empreendedorismo é um neologismo derivado do inglês “entrepreneurship” que é utilizado para designar os estudos relativos ao empreendedor, perfil, origem, atividades e área de atuação. Por sua vez, o termo deriva do francês “entrepreneur” que significa fazer algo de novo ou empreender, tomar posse, utilizar, empregar ou tomar atitude.

O significado da palavra tem sofrido evolução ao longo dos tempos. No passado, empreendedor era aquele que assumia a aventura, corria riscos físicos e emocionais, enquanto o empresário corria riscos de forma passiva.

Podemos sintetizar a evolução histórica no quadro seguinte:

PERÍODO SIGNIFICADO PESSOASIdade Média Administração de grandes projetos O responsável pela gestão do projeto financiado por dinheiros públicos. Não corria riscos

Sec XVII Gestão de projetos com preços fixados O capitalista que assumia riscos. lucros definidos mediante contratos celebrados. O detentor do capital. Os prejuizos eram assumidos pelo empreendedor.

Sec XVIII Gestão de processos de industrialização. O responsável pela criação com vasta utilização de mão de obra. e gestão do empreendimento

Sec XIX a XXI Direção Geral de empresas Gerentes e Administradores de empresas

Como se depreende do quadro, atualmente, o empreededorismo é assumido no mundo dos negócios como sendo: os gestores dos negócios, das ideias e dos investimentos. Ou seja, à semelhante do Sec. XVIII.

Um relatório da empresa consultora “Accenture“ define o empreendedorismo como:

“A criação de valor por pessoas e organizações que conjuntamente implementam ideias através de proces-sos inovadores de transformação, assumindo os riscos inerentes.”

Assim, podemos caracterizar o Empreendedorismo como sendo:

- O despertar para o aproveitamento integral das potencialidades racionais e intuitivas das pessoas.

- Um processo de aprendizagem permanente.

- A atitude de abertura para novas experiências e paradigmas.

- A motivação para mudar e empreender.

Isto significa que o empreendedorismo não tem só a ver com a criação de novas empresas, mas sobretudo com a promoção de novas iniciativas dentro das empresas existentes.

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Trata-se, no fundo, de desenvolver a cultura do intra-empreendedorismo, geradora de novas ideias para criar novos produtos e serviços e melhorar a competitividade das empresas.

Tal cultura poderá envolver ações com outras entidades na procura de complementaridades necessárias às ideias e às experiências a realizar. Contudo, ao fazê-lo, haverá que analisar se a vocação dessas entidades é compatível com os princípios profissionais e éticos a seguir pelo empreendedor. No caso da Moda Têxtil e Vestuário, o processo cultural de intra-empreendedorismo está em evolução como demonstra o surgimento de novos criativos, a presença de estilistas portugueses em desfiles e eventos da Moda em Paris, São Paulo, Nova Iorque e Istambul e o surgimento de internacionalização de marcas nacionais.

4.1. O Empreendedor e os processos de Inovação

O termo empreendedor tem evoluido no seu significado, como se depreende do anteriormente referido.

Ainda hoje, encontramos definições mais ou menos abrangentes tais como:

- Capacidade de inovar mesmo recorrendo a ideias e projetos utilizados.

- Talento para mellhorar eficiência de processos ou produtos tornando-os tecnicamente mais evoluídos e acessíveis.

- Capacidade criativa para conceber algo inédito e útil para a sociedade.

O empreendedor é, principalmente, um agente de mudança e, por isso, tem um papel muito importante nas relações de mercado dado que contribui para:

- Alavancar processos de melhoria nas empresas e na sociedade.

- Inovar e criar valores diferentes.

- Combinar materiais e recursos e transformá-los em produtos transacionáveis.

- Promover o Investimento, criar riqueza e emprego.

O Empreendedor é, como se poderá concluir, todo o profissional que promove a mudança, criando ou desen-volvendo ideias que possam determinar resultados positivos para as empresas e para a sociedade.

Contudo, para que tal possa ocorrer é essencial haver alterações comportamentais nas empresas no senti-do de haver maior abertura para novas atitudes que favoreçam a germinação de ideias e transformá-las em novos projetos.

A prática do empreendedorismo aconselha, por vezes, a criação de novas empresas com autonomia e indepêndencia para criar novas dinâmicas na gestão de processos inovadores, envolvendo e responsabili-zando colaboradores pelos resultados.

Contudo, a criação de novas empresas tem registado elevadas taxas de insucesso, o que aconselha acom-panhamento, percepção das oportunidades e condições de adaptação a ambientes de mercado adversos.

Assim, a recomendação é fazer o “caminho, caminhando” no sentido de germinar e estruturar as ideias, pro-curar competências, transformar colaboradores em parceiros, avaliar recursos financeiros necessários para transformar as ideias em novos produtos ou serviços.

Uma nota para referir que a inovação não surge do nada, e que as probabilidades de uma inovação ter su-cesso são tanto maiores quanto mais próximo da actividade comercial e produtiva de uma empresa estiver a geração da ideia que leva à inovação.

É muito habitual, potenciais empreendedores ou investigadores aplicados, desenvolverem projectos respei-tantes a produtos ou serviços que conhecem de uma forma muito superficial.

O esforço que têm de fazer para analisar todas as vertentes da implementação é enorme, o risco de come-terem um erro de análise é enorme e a probabilidade de não conseguirem os recursos necessários para implementar a inovação é muito grande.

Talvez seja por esta razão que a maioria dos empresários e empreendedores bem sucedidos começaram por ser trabalhadores das indústrias em que agora actuam. O conhecimento prático tem valor excepcional e para lançar uma inovação é muitas vezes decisivo conhecer detalhadamente e de forma vivida aquilo que a inovação pretende substituir ou alterar.

4.2. As Empresas, a Inovação, a Estratégia e os Comportamentos

A Inovação acontece sempre que existe espírito empreendedor e em resultado do agente económico pensar, experimentar, perceber, realizar e vender no mercado.

Como referia, P. Drucker “...a inovação é o instrumento específico dos empreendedores, o meio através do qual exploram a mudança como oportunidade para realizar um negócio ou um serviço diferente”.

Isto significa que o processo de concepção e venda de um produto ou serviço inovador tem especificidades a ter em conta que podem ser decisivas para o sucesso, tais como:

- Identificar a oportunidade para o produto ou serviço inovador.

- Oferta diferenciada para preencher “nichos” ainda não ocupados.

- Manter a atualização em relação à concorrência.

- Assegurar bons níveis de produtividade e competitividade.

Há, ainda, a ter presente, que os processos de Inovação são influenciados por fatores pessoais, sociológicos e organizacionais conforme se sintetiza no seguinte quadro:

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A influência do ambiente da conjuntura económica é relevante para estimular as capacidades criativas, valo-rizar as ideias e disseminar os casos de sucesso como exemplos ou modelos de inovação.

No que refere a fatores pessoais emerge a disponibilidade para assumir riscos, a formação e a experiência como elementos importantes para implementar novas ideias e transformá-las em negócios.

Um dos recursos mais importantes de uma empresa é o conhecimento que dispõe. No entanto, na maior parte das vezes, o conhecimento de uma empresa é de facto conhecimento de um dos seus colaboradores. Tal gera a possibilidade de as empresas adquirirem conhecimento por contratação mas também a possibi-lidade de perderem conhecimento com a saída de um colaborador.

Por isso uma empresa inovadora deve, mais que outra entidade, ter um cuidado muito especial a gerir os seus colaboradores chave. São eles a alavanca da inovação, mesmo quando não gerem directamente ideias inovadoras.

Os fatores sociológicos e os organizacionais podem ser decisivos devido à importância dos seus efeitos nos relacionamentos, rede de contactos, constituição de equipas, definição de estratégias e no conheci-mento sobre o que se poderá contar em termos de burocracia documental, legislação de enquadramento das atividades, eventuais apoios ou condicionamentos, etc.

Assim, para realizar projectos de Inovação é essencial cumulativamente considerar a situação da conjuntura e a análise dos planos de negócio, estruturados no sentido de avaliar e prever a evolução das técnicas, das variáveis económicas, os recursos humanos e financeiros disponíveis para investir e implementar as acções.

A inovação implica, na maioria do casos, investimento e risco, e leva a experiências nem sempre bem suce-didas. A abordagem aos projetos de inovação deverá ter em conta estes factos o que determina: análises prévias sobre a rendibilidade das vendas, disponibilidade de recursos técnicos e financeiros de suporte aos produtos e serviços inovadores. O foco da abordagem nestes pontos conduzirá ao aumento das probabili-dades de sucesso do investimento, considerando a orientação adequada para obter vantagens, quota de mercado e rendibilidade.

O sucesso das inovações é atribuido, em boa parte, à combinação de três fatores:produto certo, lugar certo, e momento certo. Assim, a intuição ou o “feeling” são aspetos a considerar na inovação, o que não impede que o sucesso ou o fracasso possa ser previamente diagnosticado.

As probabilidades de sucesso estão associadas aos casos de inovação adaptativa ou incremental caracteri-zada pela busca permanente de melhoria do desempenho nos atributos do produto ou serviço já existente e mais valorizados pelos clientes. Enquanto que os casos de inovação, dita disruptiva ou radical, relacionados com novo mercado, novo produto ou serviço que pretendem chegar a novos consumidores apresentam ele-vadas probabilidades de insucesso.

É um facto que há inovações, radicais ou não, bem sucedidas que não foram planeadas, mas, por princípio, não se pode deixar ao acaso o aparecimento de ideias inovadoras porque as experiências mostram que a inovação só germina em terreno fértil.

Dito de outro modo, os processos de inovação e empreendedorismo são viáveis em empresas que o procu-ram através de metodologias adequadas e quando abrangem modificações de produtos existentes.

Não há inovação e empreendedorismo sem método, o que requer atitude e disciplina na organização. Isto é, exige comportamentos adequados na criação de equipas e de organização e receptividade para as mudanças.

Existem várias teorias sobre os métodos aplicados ao desenvolvimento de novos produtos industriais que não iremos abordar por nos parecer que o essencial em qualquer método é: tomar a decisão para arrancar com os processos e vencer as resistências à mudança.

Vejamos um exemplo. Uma empresa pretende aumentar a rendibilidade das vendas.

Trata-se de um objectivo de natureza económica e a razão para iniciar um processo de inovação é devida, de-signadamente a:

- O produto ou serviço estar em declínio de vendas.

- A concorrência estar a “mexer” no mesmo segmento de mercado e a conquistar mercado.

- Tem aumentado a pressão de baixar preços para compensar perda de competitividade.

- Tendência dos custos é para aumentar.

Ao pretender agir, a empresa equaciona alternativas para ultrapassar a situação:

- Lançar novo produto ou serviço para substituir um outro.

- Fazer alterações no produto ou serviço existente

- Abandonar o fabrico ou serviço.

Neste contexto, poderemos construir o seguinte quadro:

As decisões para atingir os objetivos devem ser orientados por fatores de mercado e da própria empresa, sendo certo que para inovar ou modificar depende da facilidade ou capacidade para introduzir ou alterar fac-tores que influenciam os resultados.

Assim, podemos exemplificar uma check list, sugestiva como metodologia, desses factores:

Do mercado:

- Nível de oferta

- Tendência do consumo

- Preços

- Percepção dos consumidores

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Da empresa:

- Organização

- Colaboradores afetos.

- Recursos investidos

- Posicionamento

- Rede de distribuição.

Um aspeto importante a considerar é o timing da decisão. A empresa deve preparar os processos com tempo de forma a poder realizá-los na altura certa.

Ou seja, a inovação é também ter métodos de análise que permitam dar o sinal para fazer algo de novo, alterar ou abandonar no tempo certo.

A escolha do momento da decisão requer tempo e preparação. As precipitações determinam quase sempre insucesso e prejuizos materiais e perda de prestígio.

No essencial, as empresas devem realizar a inovação orientada para o mercado, o que requer interacção com os clientes, como forma de identificar as oportunidades e testar as utilidades da inovação. É o ponto de partida para qualquer processo de inovação. A partir daqui, a empresa pode empreender os processos de organização e de estratégia.

Em síntese, recomenda-se a seguinte orientação para desenvolver um novo produto ou serviço ou modi-ficar o existente:

- Analisar o mercado na perspectiva de perceber as necessidades do consumidor.

- Promover no sentido de influenciar e despertar o mercado para as necessidades que novo produto ou serviço pretende satisfazer.

Na prática, as situações não são simples de diagnosticar e muito menos de resolver.No caso de um novo pro-duto ou serviço, é mais difícil de estudar o mercado sobre algo que se desconhece. Daí que os métodos de criação e desenvolvimento de novos produtos devam ter análises e sequência diferente. Ou seja, é primordial começar pela análise das necessidades do consumidor para caracterizar a oferta de novo produto ou serviço. Depois, analisar as capacidades de produção, factores de promoção, recursos da organização (colaborado-res, equipamentos, competências, etc) e, finalmente a definição de estratégia.

Como se pode constatar, estamos na presença de uma sequência ao contrário do que é usual. A estra-tégia aparece no final como forma de dar sequência ao processo de Inovação para responder às neces-sidades do mercado.

Partindo de soluções para a modificar ou lançar um novo produto, a fase seguinte é analisar todas as etapas a seguir dentro e fora da empresa com vista a obter, designadamente, as seguintes melhorias:

- Reduzir custos nos processos.

- Melhorar a flexibilidade (melhorar a relação prazos de entrega e dimensão das séries de produção, etc)

- Equipamentos adequados à dimensão da produção.

Tudo isto requer alterações na organização das empresas que implica novas responsabilidades, mudanças no posto de trabalho, procedimentos de informação focalizados em novos indicadores de gestão , etc.

Contudo a metodologia de desenvolvimento deve ser o mais simples possível e seguir regras de avançar “passo a passo”, para permitir várias decisões intermédias, suportadas num plano funcional do produto.

Cada empresa deverá empreender o seu próprio método para inovar e ser capaz de o gerir, caso contrário dificilmente poderá alcançar sucesso.

Os processos deverão estar integrados numa estratégia bem definida para atingir objetivos de curto e, principalmente, de médio prazo. As estratégias são sempre necessárias quando as ideias e as oportuni-dades aparecem para focalizar o produto no mercado a que se destina.

O consumidor é um alvo difícil de compreender nos negócios instalados, e no caso de novos produtos ainda mais porque exige análises aprofundadas das suas necessidades. Os restantes factores têm implicações na empresa e é fundamental avaliar os recursos existentes.

Porém, a monitorização estratégica dos processos de inovação não é diferente da dos restantes. O facto de não haver histórico, que permita fazer análises temporais, o processo é mais exigente em vários aspetos, tais como:

Em simultâneo, é necessário manter vivo o espírito Empreendedor, ou seja, ter pensamentos e atitudes pró-ativas, abertura à reformulação das estratégias, visão de futuro para a organização da empresa e assumir a necessidade de inovar para melhorar os negócios.

A Inovação e o Empreendedorismo têm a mesma finalidade e complementaridade, exigem perseverança e resistência. Dito de outro modo, para inovar e empreender é imperioso nunca desistir.

As estratégias de inovação devem ser implementadas de forma integrada na organização das empresas e não como uma acção isolada que acontece esporadicamente, podendo, mesmo, integrar novas orientações e diferentes

maneiras de estruturar velhas ideias ou novas aplicações para abordagens tradicionais.

As novas orientações derivam da cultura da organização, podem influenciar a visão e a missão global das empresas, mas dependem da avaliação dos resultados:

− Retorno do investimento.

− Risco do projeto.

− Melhoria na organização (maior produtividade, etc.)

− Mais vantagem competitiva.

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Vejamos o seguinte quadro:

Integração estratégia da inovação e empreendedorismo

A inovação integra, simultaneamente, a fase de divulgação e de distribuição que requer cuidados especiais com o conteúdo da mensagem, com os meios e canal a adoptar, dado tratar-se de comunicar a nova ideia, dar a perceber ao mercado as novas vantagens para a satisfação de necessidades e persuadir para experimentar.

Os resultados da inovação verificam-se, usualmente, nesta fase ao transmitir a percepção do mercado, o im-pacte nas vendas e o efeito de crescimento potencial. Também se avaliam as necessidades de ajustamento e evolução do espírito empreendedor na procura de melhorias para os processos e colaboradores.

Integração dos colaboradores no ambiente da Inovação.

A leitura do quadro acima, mostra as ligações entre os colaboradores e a organização, os elementos do espírito empreendedor para criar ambiente adequado à realização de novos processos e novos negócios. A Inovação proporciona, normalmente, mudanças na cultura e organização mais flexível nas empresas.

No fundo, inovar é integrar para adequar comportamentos, reposicionar a estratégias junto dos mercados, cada vez mais complexos, e em permanente mudança. A essência da inovação e do posicionamento estra-tégico é a mesma, consiste em criar atividades diferentes das da concorrência

A globalização da economia veio transformar o mundo dos negócios e alterar os fatores de competitividade, como é consabido, e, por via disto, colocar novos desafios às pessoas e às empresas.

A resposta das empresas é fazer a inovação acontecer, agir sobre os comportamentos dos colaboradores no sentido de estimular as iniciativas empreendedoras e assumir o risco como fator natural e indissociável dos processos de inovação.

Em linha com a orientação referida está o programa Factores de Competitividade do QREN (2007-2013) que aponta para medidas estratégicas prioritárias de apoio ao investimento que determine inovação, o reforço das capacidades para criar mais valor nas empresas, promoção da incorporação dos respectivos resultados nos processos produtivos de forma a sustentar o aumento da produtividade e da competitividade nos mercados.

As prioridades referidas estão integradas em três Eixos Estratégicos do Plano Tecnológico: Conhecimento, Tecnologia e Inovação.

A definição destas prioridades pretende responder, de forma articulada, a alguns desafios e necessidades identificadas ao nível da Inovação considerando que a maioria das empresas PME,s não dispõe de capacida-des financeiras suficientes e não têm capacidade competitiva sustentável a nível internacional a que se junta a ausência de cultura de inovação e de conhecimento tecnológico.

Pretende, ainda, auxiliar as empresas a enfrentar o ambiente de instabilidade e de incerteza que carac-teriza atualmente os mercados e impulsionar a busca de novos fatores críticos para obter novas vantagens competitivas nos negócios.

Basicamente, pretende dar às empresas estímulos para orientar e realizar projetos de investimento que re-querem:

- Criatividade para dar resposta às necessidades de Inovação.

- Colaboradores motivados

- Abertura para realizar mudanças nas empresas.

- Novas competências que podem ser asseguradas pelos atuais ou novos colaboradores.

- Novas experiências nos negócios.

- Ações simultâneas: fazer melhor e estimular a inovação dos produtos e dos processos.

- Assumpção do risco para inovar.

- Informação e disseminação de resultados.

Porém, subsiste a seguinte questão que se levanta aos promotores:

Como empreender projetos inovadores, se existem vários constrangimentos motivados por:

- o risco sobre a viabilidade dos negócios tem vindo a aumentar;

- o acesso ao crédito está cada vez mais difícil e condiciona o financiamento de novos projetos;

- o ambiente económico da conjuntura não é favorável.

Sendo certo que estes fatores são para a ter em conta, haverá a considerar também, o seguinte:

- sem risco não há negócio;

- é decisivo conceber e implementar novos desenvolvimentos na organização das empresas para proporcio-nar novos ambientes, novas ideias e criar dinâmicas;

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- sem inovação não será possível equacionar a sustentação dos negócios a prazo e despertar o espírito em-preendedor nos comportamentos das pessoas.

A resposta é Inovar, Empreender para melhorar a competitividade.

De referir que a adopção da inovação só faz realmente sentido se enquadrada num processo de reflexão estratégica.

Sem a análise do mercado, da indústria, dos recursos e conhecimentos da empresa é impossível garantir que a nova oferta é exequível e terá aceitação.

Estas análises podem ser mais ou menos elaboradas, mais ou menos formais mas devem ser feitas. Muitas vezes uma breve conversa com um cliente ou um fornecedor é o suficiente para obter quase todos os elemen-tos necessários para a análise e tornar claro que se deve adoptar a inovação.

Mas o processo de reflexão ter de ser feito. Fazer algo novo fora desta metodologia de análise não é um acto racional de gestão, é uma aposta.

A intuição não substitui a análise racional. No caso da Moda Têxtil a criatividade é o resultado da inspiração para produzir inovação nos estilos e a associação de novos conceitos cuja racionalidade está na gestão dos ganhos de notoriedade da moda portuguesa nos mercados internacionais.

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5. O EMPREENDEDORISMO, A INOVAÇÃO E A COMPETITIVIDADE

Para estabelecer e avaliar a relação entre estes conceitos haverá que recorrer aos estudiosos que se dedicam a estes temas.

Genericamente há a uma linha comum quando referem a necessidade de haver novos comportamentos empresariais face ao ambiente de incerteza, de mudanças rápidas que ocorrem nos mercados e de crise conjuntural, que forçam as empresas a desenvolver novas práticas organizacionais para se adaptar às novas condições.

Tais práticas são identificadas como ações de empreendedorismo, de inovação e de competitividade. Numa visão mais abrangente há estudiosos que incluem as de internacionalização.

De facto, há uma nova realidade competitiva nos mercados e as empresas da ITV têm experiência disso. No-vos fatores emergiram dos quais se destaca a necessidade de novas competências e profissionalismo o que significa que os colaboradores passaram a ser importantes para suportar a competitividade. A qualificação profissional é relevante para as empresas, mas não é suficiente. É imprescindível ter espírito empreendedor.

Para os empreendedores a inovação é o seu instrumento de ação para a competitividade a internacionaliza-ção. Pressupõe a ideia de fazer ou captar coisas novas e ter uma atitude pró-ativa em relação ao mercado.

As ideias que interessam têm de ter uma relação com o setor da atividade da empresa e serem passíveis de integração na estratégia de crescimento da empresa. As ideias podem ter várias origens, como refere P. Drucker: inesperadas, por necessidade operativa, alterações demográficas, novos conhecimentos, evolução da moda em grupos etários.

Não existem “receitas” de captação de novas ideias, mas empresas com ambientes abertos, a auscultação a consumidores e distribuidores podem despertar situações que resultam na modificação do produto.

Assim, poderemos dizer que o empreendedorismo numa empresa é fazer negócios hoje e ter presente que, no futuro, é essencial fazer diferente e melhor para ser competitivo.

Por isso, é imprescindível haver capacidades de gestão adequadas para criar ambientes de envolvimento, estimular comportamentos numa lógica de aprendizagem permanente com vista a impulsionar processos inovadores para melhorar a competitividade dos negócios.

No início dos anos 90 Michael Porter afirmou que “a inovação é um elemento essencial para estimular o empre-endedorismo”.

O elogio da inovação e do empreendedorismo foi associado ao desenvolvimento de fatores que consid-erou “chave” para a competitividade, valorizando o papel da agregação territorial de competências, o que designou como “clusters”.

Nesta linha de pensamento, M. Porter veio dizer que Portugal deveria apostar no que sempre soube fazer bem em termos de produtos tradicionais transacionáveis, mas, no futuro, deveria fazê-lo melhor e com inovação.

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Em (2006) Peter Drucker sinalizou a tendência de viragem profunda da economia “de gestão pura” das em-presas para uma economia “empreendedora” e acentuou que o empreendedor não era uma personagem mí-tica, inacessível ao comum dos mortais, bem pelo contrário, ....”o que todos os empreendedores de sucesso revelam não é uma qualquer personalidade especial, mas sim um empenhamento pessoal numa prática sis-temática de inovação. A inovação é a função específica do empreendedor, quer surja num negócio clássico, numa agência pública, ou numa nova empresa criada numa garagem ou num vão de escada”.

Recentemente, em 2010, o Conselho Europeu, definiu, para a U.E. objetivos estratégicos direcionados para uma economia baseada no conhecimento e capaz de garantir a sustentabilidade do crescimento económico.

Tais objetivos contêm subjetividade mas acentuam a orientação para o desenvolvimento de fatores de com-petitividade inovadores no mundo dos negócios.

O que o Conselho Europeu vem dizer é que será necessário conciliar os objetivos de reposição dos principais equilibrios macroeconómicos com o objetivo de convergência real com os países mais desenvolvidos da U.E. e que só será possível através do aumento significativo e sustentado da produtividade e competitividade da economia portuguesa.

As orientações mais recentes, 2011, da Comissão Europeia, contêm várias inspirações e objetivos que refor-çam as linhas de orientação para as políticas no sentido de promover o empreendedorismo, principalmente quando a competitividade e o emprego estão no centro das estratégias.

Trata-se no fundo de:

- Promover a qualidade do desenvolvimento económico dependente do processo de renovação das pes-soas, empresas e instituições no sentido de serem melhores, mais competitivas, mais empreendedoras e capazes de gerar meios adequados para realizar novos investimentos.

- Induzir comportamentos favoráveis à inovação sistemática, criando dinâmicas de gestão de melhoría permanente.

- Acelerar os processos de modernização e de crescimento económico e social.

Como se depreende, esta orientação aponta para:

- Aliar o empreendedorismo, a inovação e a competitividade

- Seguir o princípio de que a viabilidade económica e social se sustenta em compromissos e objetivos tais como:

a) Desenvolvimento económico.

b) Sustentabilidade ambiental

c) Bem estar social.

O atual quadro concorrencial dos negócios à escala global pressupõe um sistema económico baseado no setor empresarial com dimensão e capacidade para promover a evolução tecnológica e o crescimento com qualidade adequada aos objetivos de crescimento da economia.

Assim, os desafios que as empresas e a economia em geral enfrentam devem ter uma resposta que promova os pilares de suporte do crescimento com base nas seguintes capacidades:

- De empreendedorismo

- De Inovação

- De qualidade

Estudos científicos recentes mostram que há uma inequívoca correlação entre a competitividade e a eficiência organizativa aliada à capacidade para inovar. E que tal correlação depende, em parte, do conhecimento de processos que permitam criar condições que estimulem o investimento, a iniciativa empresarial e a inovação.

É neste sentido que as políticas económicas e sociais europeias têm vindo a ser orientadas e adaptadas à realidade nacional. Portugal tem novos desafios e oportunidades para reestruturar a administração pública, o tecido empresarial, estimular a poupança e o investimento.

Assim, as linhas do Programa para a Produtividade e Crescimento da Economia apontam para a Inovação, Investigação e Desenvolvimento económico e o enquadramento das orientações políticas recentes faz a abordagem do Empreendedorismo e da Inovação de forma integrada, uma vez que são promovidos de forma conjunta e concertada, considerando que os empreendedores são agentes de mudança e de crescimento numa economia de mercado, podendo agir para acelerar a geração, a disseminação e a aplicação de ideias inovadoras.

Contudo, os dados sobre a evolução das vendas nos últimos anos mostram que é imprescindível fazer mais para atingir patamares de qualidade superior e fazer a diferenciação pela inovação que corresponde aos mecanismos de mercado da oferta e da procura.

5.1. O conhecimento e os Impactes da Inovação.

O processo de decisão sobre a inovação envolve tempo e ocorre, normalmente, por fases, designadamente: conhecimento; persuasão; decisão e implementação. O conhecimento ocorre quando o empreendedor iden-tifica uma oportunidade de inovação e da sua utilidade prática. A persuasão é sobre a atitude favorável ou desfavorável, no tempo, para avançar. A decisão implica realizar passos para analisar as ações e avaliar os dados do negócio. A implementação é colocar a inovação no mercado, desenvolver ações de divulgação para comunicar os elementos inovadores e vantagens do produto ou serviço.

O conhecimento sobre a inovação vem desde 1934 (Schumpeter) e mais recentemente do Manual de Oslo (OCDE-2005) que refere cinco tipos de inovação:

- Introdução de novos produtos

- Introdução de novos métodos de produção.

- Abertura de novos mercados.

- Desenvolvimento de novas fontes de matérias primas

- Criação de novas estruturas de mercado para a indústria.

Os exemplos associados a esta tipologia referem-se principalmente a:

- Inovação de produto.

- Bens ou serviços novos ou significativamente melhorados em termos técnicos, componentes, materiais, software associado, funcionalidades. (A inovação pode advir de uma nova utilidade para o produto já exis-tente, bem como mudanças de materiais e componentes que melhorem o seu desempenho)

- Inovação do processo.

- Introdução de novos métodos de trabalho ou significativamente melhorados os métodos de produção, dis-tribuição bem como de técnicas para reduzir custos operacionais.

- Inovação em marketing.

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Outros exemplos a considerar são: as alterações significativas na concepção de produto, embalagem, posi-cionamento, promoção e fixação de preço com o objetivo de ir ao encontro das necessidade do consumidor, ou reposicionamento de um produto no mercado para aumentar vendas e a sua rentabilidade. Inovação tam-bém se relaciona com o design e a comunicação ao mercado.

No que se refere a novos métodos de organização, no local de trabalho ou nas relações externas da empresa, são considerados inovação caso determinem significativa redução de custos administrativos e estimulem a produtividade, bem como práticas para melhorar:

- a partilha e a retenção do conhecimento na empresa;

- sistemas de controlo da qualidade;

- reengenharia dos negócios;

- métodos de distribuição de responsabilidade

- a avaliação de novas ideias

A avaliação das ideias inovadoras deve ser feita pelos impactos e efeitos, principalmente, sobre:

- As vendas e a quota de mercado.

- A produtividade e a eficiência operacional.

- Novas competências profissionais

- Os resultados económicos.

A medição dos impactos da inovação no desempenho das empresas pode depender de diversos fatores, entre eles a qualidade da inovação, que poderá depender de setor para setor ou de região para região e da dimensão das mudanças organizativas, acima aludidas, nas empresas, no sentido de obter vantagens competitivas.

Os resultados da inovação do produto devem ser quantificados, por exemplo, pela percentagem nas vendas dos produtos novos ou significativamente melhorados. Igual tratamento pode ser utilizado para medir outro tipo de inovação.

Assim, a inovação é mensurável o que implica ser possível estabelecer a relação entre recursos e resultados e avaliar os indicadores de produtividade.

De algum modo, a inovação e a produtividade estão ligados o que determina: a possibilidade de acesso mais fácil e mais económico a determinados produtos; tendência para reduzir a afectação de materiais mais caros.

Contudo, medir a inovação é mais do que isto, porque, deve resultar, em primeiro lugar, na otimização dos recursos para a melhoria dos resultados. Por outro lado, a busca dos meios para o financiamento também deve começar pela otimização dos fatores de produção, isto é : reduzir o peso dos custos de produção nas vendas; minimizar os custos de imobilização dos stocks.

Dito de outro modo, a empresa ao pretender inovar deve começar por avaliar a sua estrutura de funcionamen-to e produzir o mesmo com menos custos. A inovação só interessa quando resulta em benefícios claros para as empresas, que deverão acautelar a sua capacidade para financiar os processos de inovação.

Existem várias fórmulas ou indicadores que simplicam as análises aos processos de Inovação:

a) Taxa de Rendibilidade do Investimento ou de Retorno:

tx=R/I

tx= taxa de rendibilidade

R= Resultado (Vendas, Produção ou EBITDA)

I= Investimento Total

b) Taxa de cobertura dos Custos Fixos (para determinar a quantidade mínina que é necessário vender para se atingir objetivos de rendibilidade)

Q= It+CF/P-Cv

Q=quantidade

It=Investimento Total

CF=Custos Fixos

P=Preço de Venda

Cv=Custos Variáveis

c) Taxa do valor mínimo de preço de venda (para uma quantidade limitada de produção):

P= (CF/Q)+CV+L

P=Preço de venda por unidade

CF=Custos Fixos

Q=Quantidade vendida

CV=Custo Variável

L=Lucro por unidade

d) Rendibilidade das Vendas:

r= P.Q/I

r=rendibilidade

P=Preço

Q=Quantidade produção

I=Investimento total

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A aplicação destas fórmulas permite avaliar os efeitos dos novos produtos e do investimento na inovação através de:

- Taxa de rendibilidade do Investimento.

- A rendibilidade das Vendas

- O efeito dos custos fixos na rendibilidade das vendas.

- Preço de venda

Estes indicadores poderão conduzir a outros aspetos mais complexos sobre a inovação e o desenvolvimento de novos produtos ou serviços, como:

- A empresa não consegue dimensão para atingir determinada escala que proporciona obter custos de pro-dução mais baixos.

- O preço não ser compensador para o risco.

- Os efeitos da experiência para reduzir custos, etc.

Pese embora os fatores de complexidade e risco, é um fato que os processos de inovação têm vindo a cres-cer a nível mundial, conforme mostra o seguinte gráfico comparativo referente ao número de processos de inovação implementados, por países, entre 1998 e 2010, onde se poderá constatar a posição de Portugal relativamente a países parceiros. A quantidade é um dado importante, contudo os impactos qualitativos é que serão marcantes a prazo.

5.2. Os processos de Inovação Radical e Incremental.

A classificação para a inovação implementada ou a conceber em processos futuros tem proporcionado dife-rentes considerações tendo em vista a avaliação dos impactos e dos métodos de realização dos mesmos. É possível quase sempre estabelecer distinção entre modificação de produtos, novos produtos e abandono de produtos.

A modificação está principalmente relacionada com a composição do processo de fabrico, alteração na apresentação ou na distribuição.

Os processos de inovação determinam diversificação, a introdução de nova gama de produtos, novos méto-dos de organização ou produtos modificados e novo posicionamento no mercado.

De facto, há subjectividade na distinção entre novo produto e produto modificado, já o abandono de um produto é inequívoco, tanto mais que envolve metodologias de decisão sobre opções estratégicas que, na maioria dos casos, configuram processos de inovação radical.

As metodologias de decisão para inovar, modificar ou abandonar são semelhantes dado que se interligam e por isso têm o mesmo grau de importância para a gestão e na prática poderão ter o mesmo grau de comple-xidade, considerando que:

- O produto novo ou modificado pode resultar de processos de inovação radical, incremental ou adaptativa.

- As possibilidades para criar, modificar ou abandonar produtos devem permanecer em aberto.

Na prática, todo o processo de inovação é implementar e colocar no mercado um produto com caracete-rísticas e apresentação diferentes. A inovação pode estar no produto, no processo ou na organização da empresa.

Poder-se-á questionar a relevância da distinção entre Inovação Radical e Inovação Incremental ou Adap-tativa, dado que o importante é inovar. Porém, o sistema de avaliação dos projetos apoiados pelos Fundos Comunitários no âmbito do QREN, tem critérios de avaliação que resultam em pontuações diferentes que influenciam a seleção das candidaturas e a aprovação dos apoios financeiros aos projetos. Por isso, parece-nos útil analisar os conceitos e as diferenças nas tipologias de Inovação:

Inovação Incremental – Significa, por exemplo, a reformulação da estrutura do produto que implica alterações significativas na optimização e mudanças técnológicas parciais, como por exemplo, a evolução tecnológica de um drive disk que se reflete na melhoria do desempenho das aplicações informáticas.

No caso da ITV, novas composições de tecidos, que melhoram a resistência e o conforto, novos desenhos (colecções), acabamentos de telas e fios, por exemplo, são valorizadas nas presenças em eventos da Moda Têxtil internacional.

Inovação Radical – Significa que exige competências tecnológicas muito diferentes, que a dimensão da mudança tecnológica é significativa e sua disseminação determinará novos processos industriais e organi-zacionais.

Inovação Adaptativa - Corresponde à realização de ajustamentos na organização em produtos, em tecnolo-gias de fabrico complementares mas sem mudanças estruturais. No caso da ITV, são exemplos as melhorias da flexibilidade na organização interna, para otimizar a produção de séries mais pequenas, adaptações nos equipamentos e utilização de procesos para melhorar tempos e métodos

A maioria dos processos de inovação desenvolvidos nas empresas da ITV são de natureza Incremental e Adaptativa tanto mais que se inserem na evolução natural do saber fazer bem ao longo do tempo e resul-tam de alterações para melhorar o produto, optimizar a estrutura de custos para sustentar a competitivi-dade dos negócios e entrar em novos mercados.

Naturalmente que os níveis de sucesso e de fracasso são diferentes para a inovação incremental e para a radi-cal. A maioria do sucesso está na incremental, porque é resultante da evolução natural e sistemática de opções de gestão empresarial.

Porém, as novas empresas tendem a explorar inovações radicais, utilizando tecnologia de ponta bem como aplicações específicas para a sua atividade, procurando por este meio evidenciar novas competências, no-vas tecnologias e novos produtos. Implicam, por vezes, ações de I&D específicas que exigem procedimentos adequados à investigação.

70 %

60 %

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36 GUIA DE ORIENTAÇÃO PARA A INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO DO CLUSTER TÊXTIL MODA NOS VALES DO AVE E CÁVADO 37

5.3. Os processos de Investigação e Desenvolvimento (I&D)

A I&D decorre, usualmente, de opções estratégicas no sentido de adquirir ou criar tecnologia aplicável aos processos de inovação industrial que requerem: estudos, testes e conhecimentos específicos em diversas áreas, recursos significativos com a aquisição de meios e tempo.

Para os processos que exigem investigação tecnológica, a maioria das PME,s não dipõe de estruturas profis-sionais para levar a cabo os estudos e testes necessários para o efeito. Nestes casos, as operações devem ser articuladas com organizações especializadas que assegurem as respostas e as implicações da produção do novo produto. Porém, é conveniente avaliar o custo de uma intervenção de entidades externas e o risco de poder ser inviável.

Não obstante o risco, os factos mostram que o recurso a organizações especializadas para realizar estudos e pesquisas tecnológicas têm vindo a aumentar significamente por parte das empresas na última década. A tal ponto que, atualmente, os pedidos das empresas representam mais de 50% do total da atividade das institui-ções de I&D em Portugal e que são os principais responsáveis pelas transações de tecnologia entre países.

Dados da OCDE (2006), mostram que os países com I&D de alta tecnologia adquirem tecnologia a outros países. Reino Unido, Itália e França, por exemplo, as empresas compram entre 20 a 25% do total despendido em I&D, o que evidencia a sua importância nos negócios dos países mais desenvolvidos.

Este fato significa, também, o reconhecimento da necessidade em integrar conhecimentos tecnológicos de outras origens para suportar os processos de I&D internos e mostra que para gerar a inovação é essencial o esforço de investimento complementar. Possuir uma equipa interna de I&D é importante não só para optimizar a tecnologia adquirida bem como impulsionar o esforço interno de I&D .

Contudo, a maioria das empresas portuguesas não dispõe de condições para ter equipas internas dedica-das a I&D devido, principalmente, aos elevados custos de criação de estruturas e de manutenção.

Os elevados custos com a I&D tem determinado o recurso a instituições públicas ou privadas apoiadas pelo Estado (Universidades, Laboratórios e Institutos de Investigação Tecnológica, Centros Tecnólogicos, etc.) no sentido de, experimentar protótipos e testar resultados.

No caso da ITV o recurso ao CITEVE e aos departamentos da Universidade do Minho são exemplos das ex-periências realizadas e mostram a existência de capacidades adequadas às necessidades de investigação dirigidas ao setor.

Vejamos alguns fundamentos sobre a importância dos processos de I&D aplicados aos negócios:

a) - O desenvolvimento da industrialização demonstra que é na construção de ideias e na experimentação que se obtém o desenvolvimento tecnológico essencial para obter ganhos de quota de mercado e sustentar os modelos de negócio.

b) - As políticas estratégicas, a liderança, a aquisição de conhecimento, a formação profissional e os proces-sos de comunicação são práticas de gestão e de retenção do conhecimento.

c) - A I&D é também, a gestão do conhecimento e envolve, normalmente, práticas de aquisição de novos co-nhecimentos e a eventual interação com outras empresas, bem como a partilha e utilização do conhecimento dentro da empresa.

Assim, a I&D não é mais do que um processo para repensar os negócios e estimular a inovação que pode envolver mudanças significativas nas práticas de gestão do conhecimento e outras.

A gestão do conhecimento envolve a aquisição, utilização e partilha do conhecimento, incluindo métodos, procedimentos de busca de conhecimentos externos e promoção de relacionamentos mais profundos entre empresas (fornecedores e concorrentes) e consumidores.

Ou seja, a I&D é um processo que ocorre de forma interativa que envolve múltiplos relacionamentos no domí-nio do conhecimento, necessidades sociais, procura de mercado, recursos financeiros, marketing e desenho industrial, ou como refere OCDE-2005 “....as decisões sobre o uso e troca de conhecimentos existentes são fundamentais para as empresas, porque os sistemas adequados à gestão do conhecimento podem melhorar a competitividade e a capacidade inovadora”.

Os modelos de gestão da Inovação apontam, geralmente para três Eixos:

− Ambiente Organizacional

− Inovação

− Programa de Acção.

Vejamos a figura seguinte que sintetiza o processo:

A Inovação envolve a fase industrial que implica:

− os testes de pré-produção

− produção propriamente dita

− distribuição.

Incluiu, também, atividades de outras áreas como, formação profissional, estudos de mercado, novos méto-dos de marketing-mix e de organização operacional.

Contudo, há empresas que desenvolvem atividades de gestão da Inovação sem I&D, mas que envolvem os colaboradores na criação e desenvolvimento de novos produtos e serviços, dirigidos sobretudo para o mercado da exportação.

Nesta situação enquadram-se várias empresas da Indústria Têxtil e Vestuário (ITV) quando desenvolvem:

− Colecções próprias de tecidos ou fios.

− Colecções próprias de vestuário para senhora, homem e criança.

− Melhorias organizacionais para redução de tempos de fabrico. (Lead Time)

− Novas composições e funcionalidades para tecidos não tecidos.

− Incorporação de acabamentos para obter efeitos anti-alérgicos, anti-fungos, e anti-odor.

Eixo do Ambiente Organizacional• Planeamento estratégico• Direcção e controle• Processos

Eixo da Acção• Projectos e actividades• Produtos e metas

Eixo da Inovação• Gestão do conhecimento• Propriedade intelectual• Indústria

Page 21: Guia de Orientação para a Inovação e Empreendedorismo do

38 GUIA DE ORIENTAÇÃO PARA A INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO DO CLUSTER TÊXTIL MODA NOS VALES DO AVE E CÁVADO 39

Na ITV são conhecidos casos de sucesso, o que vem demonstrar que a inovação e o desenvolvimento estão pre-sentes nas empresas do Sector e que têm contribuido para ultrapassar as fases de dificuldades nos negócios.

Trata-se, na maioria dos casos, de Inovação Incremental ou Adaptativa suportada no domínio do conhe-cimento técnico dos processos e na vasta experiência profissional que abrange as atividades da fileira do têxtil e vestuário.

Nos processos de fabrico em regime de “private label”, também se verificam situações de inovação realiza-das em cooperação com os clientes, contribuindo, designadamente, para:

− Melhorar a incorporação e aplicação dos materiais e acessórios.

− Melhorar os modelos, propondo alterações ao nível da concepção e dos acabamentos com vista a assegu-rar maior eficiência na manufactura e reduzir significativamente custos operacionais.

− Criar novas amostras com base na ideia dos clientes.

− Desenvolver o marketing industrial e relacional.

Muitas empresas da ITV aplicam, regularmente, os três Eixos matriciais da Inovação ao utilizar:

− Eixo da Inovação

através da gestão do conhecimento dos processos

− Eixo do Ambiente Organizacional

através da Direção e controlo dos processos industriais.

− Eixo da Ação

através dos novos Produtos e Metas.

As atividades acima referidas são recorrentes na ITV, de tal modo que não são consideradas pelos seus autores como processos de Inovação e, daí, não haver qualquer plano para criar patentes ou marcas com base nas experiências realizadas.

Ou seja, na ITV há várias empresas que realizam processos de Invoção sem se aperceber que tais ativi-dades se enquadram nos parâmetros internacionalmente classificados como Inovadoras susceptíveis de serem patenteadas.

5.4. As Marcas e Patentes.

As marcas e patentes constituem um direito de propriedade intelectual sobre uma invenção ou criação de processo original, cujo registo é fundamental para:

-Proteger a propriedade.

− Publicitar a denominação de origem

− Indicar a localização geográfica.

− Defender a Imagem de marca

− Dar garantias de qualidade

Um pedido de registo de marca ou patente tem de cumprir determinados requisitos e é válido num determi-nado país e durante um período limitado, geralmente 10 a 20 anos (in,OCDE-2005)

As patentes atribuídas são utilizadas como um dos indicadores de I&D nos países e nas empresas, refletindo o dinamismo tecnológico e sinalizando as tendências de evolução tecnológica. Contudo muitas inovações não são patenteadas enquanto outras são protegidas por patentes múltiplas.

Existe o Tratado de Cooperação de Patentes (TCP) da Organização Mundial de Propriedade Intelectual (WIPO) que permite a protecção da patente ou invenção em vários países simultaneamente mediante a formalização de um pedido internacional de patente.

Os registos no PCT são excelentes indicadores para avaliar o grau de evolução do conhecimento e da inova-ção tecnológica. Se não vejamos alguns dados referente a 2007:

Convém referir que os elevados custos de registo de patentes a nível internacional determinam que muitas das PME,s que criam produtos ou processos inovadores não o façam.

Portugal - Principais indicadores de inovação

Indicadores Unidade Fontes 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

Despesas em I&D financiadas por:

Nº do total

Eurostat

Empresas 27,0 31,5 31,6 31,7 34,2 36,3 43,0 47,0

Estado 64,8 61,0 60,5 60,1 57,5 55,2 46,6 44,6

Estrangeiro 5,2 5,1 5,0 5,0 4,8 4,7 5,2 5,4

Despesas totais em I&D, por sectores, das quais:

Nº do PIB

Todos os sectores 0,76 0,80 0,76 0,74 0,77 0,81 1,00 1,18 1,55 1,71

Empresariais 0,21 0,26 0,25 0,24 0,28 0,31 0,47 0,61 0,80 0,80

Estatal 0,18 0,17 0,14 0,12 0,12 0,12 0,11 0,11 0,12 0,13

Ensino Superior 0,28 0,29 0,29 0,28 0,28 0,29 0,32 0,35 0,51 0,60

Propriedade Intelectual p/ milhão

de habitantes Pedidos de patentes comunitárias (EPO) 4,12 3,98 3,94 5,79 5,39 10,90 10,10 11,40

Pedido de patentes Nacionais INPI 240,0 265,0 258,0 233,0 231,0 272,0 319,0 388,0 514,0 723,0

Produção Científica OPEARI/

MOTES Publicações Nº 3791 4114 4748 5220 6003 6449 8006 8079 9623 10061

Fonte: GPEARI/ MCTES, Inquérito Comunitário à Inovação – CIS 4 (2002-2004), CIS 2006 (2004-2006) e CIS 2008 (2006 -2008)

40,00 %

35,00 %

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Page 22: Guia de Orientação para a Inovação e Empreendedorismo do

40 GUIA DE ORIENTAÇÃO PARA A INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO DO CLUSTER TÊXTIL MODA NOS VALES DO AVE E CÁVADO 41

Pedidos de patentes EPO (2007) e novas marcas comunitárias (2007), em permilagem da população

Pedido de Patentes Novas MarcasUE27 116,5 124,6

UE15 n.d . n .d.

Alemanha 290,7 187,7

Austria 217,0 237,1

Bélgica 139,0 121,4

Dinamarca 194,1 212,1

Espanha 32,6 163,8

Finlândia 250,8 137,3

França 132,4 94,4

Grécia 9,8 41,9

Holanda 223,5 195,8

Irlanda 66,8 172,5

Itália 86,4 120,0

Luxemburgo 230,2 122,0

Portugal 11,4 118,5

Reino Unido 89,2 153,1

Suécia 298,4 201,9

Estados Unidos 105,8 n .d.

Japão 161,7 n .d.

Fonte: Eurostat, Indicadores de Ciência e Tecnologia e European Innovation Survey 2009 (EIS 2009)

O quadros mostram a posição relativa de Portugal no âmbito de países da UE27 bem como a evolução regis-tada nos últimos cinco anos.

A partir de 2006 registou-se um aumento significatico das despesas públicas no investimento em processos de I&D o que influenciou a subida. Os dados revelam que em 2006 as despesas em I&D representavam cerca de 1% do PIB e em 2008 passaram para 1,7%.. O crescimnento do investimento resulta em parte das políticas pú-blicas de apoio à I&D. O setor privado também acompanhou o aumento do investimento ao longo deste período.

Os recursos humanos afectos à I&D também subiram significativamente, a saber:

- Número Global de colaboradores – 4,2 por mil em 2000 e 9,4 por mil em 2009.

- Investigadores – 3,2 por mil em 2010 e 8,2 por mil em 2009.

- Número de patentes European Patent Office (EPO) por mil habitantes, 4,1 em 2000 e de 11,4 em 2007.

- Publicações científicas – 3891 em 2000 e 10 081 em 2009.

O aumento das despesas de investimento em I &D e dos recursos disponíveis não resultam, por si só, e no imediato um melhor aproveitamento dos recursos disponíveis mas perspectivam, a prazo, impacte positivo no crescimento da economia e da produtividade.

Despesa em I&D em % do PIB

Total EmpresasUE27 1,9 1,21

UE15 1,99 1,28

Alemanha 2,63 1,84

Austria 2,67 1,88

Bélgica 1,92 1,32

Dinamarca 2,72 1,91

Espanha 1,35 0,74

Finlândia 3,73 2,77

França 2,02 1,27

Grécia 0,58 0,16

Holanda 1,63 0,89

Irlanda 1,43 0,93

Itália 1,18 0,6

Luxemburgo 1,62 1,32

Portugal 1,51 0,76

Reino Unido 1,88 1,21

Suécia 3,75 2,78

Estados Unidos 2,76 2

Japão 3,44 2,68

Fonte: Eurostat, Indicadores de Ciência e Tecnologia e European Innovation Survey 2009 (EIS 2009)

Pese embora os aumentos referidos, Portugal está ainda abaixo da média europeia UE27 na generalidade dos indicadores da Inovação e de I&D. Os dados do Eurostat mostram que a média do investimento da UE27 é de 1,9% do PIB enquanto que Portugal está nos 1,5%. Esta situação agrava-se quando os dados do baró-metro UE27 mostram os resultados do inquérito onde os jovens portugueses mais qualificados são dos que evidenciam maior predisposição para trabalhar noutros países da União Europeia, em busca de experiências profissionais, onde possam aplicar os seus talentos.

No resgisto de pedidos de marcas e patentes no EPO, Portugal também se encontra abaixo da média da UE27.

Contudo, os dados da Community Innovation Survey registam como inovadoras cerca de 58% das empresas portuguesas. A tendência é de crescimento e em termos proporcionais está acima da média de UE27. que é de 51%, mas os dados referentes ao número de empresas em cooperação com Universidades e outras en-tidades do sistema científico é inferior à média, o que condiciona os efeitos de desenvolvimento de clusters.

As estratégias associadas à formação de pólos de competitividade e tecnologia de clusters procurou colma-tar esta situação através de diversas medidas entre as quais o investimento em capital de risco para financiar parcialmente os projetos de inovação enquadráveis nas estratégias definidas para o efeito.

Page 23: Guia de Orientação para a Inovação e Empreendedorismo do

42 GUIA DE ORIENTAÇÃO PARA A INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO DO CLUSTER TÊXTIL MODA NOS VALES DO AVE E CÁVADO 43

Inovação Empresarial (%) 2008

Fonte: Eurostat, Community Innovation Survey 2008 (CIS 2008)

Investimento em capital de risco, em % do PIB, 2008

Fonte: Ocde science, Technology and Industry Scoreboard, 2009

A atual posição de Portugal na Inovação tem de ser entendida neste quadro que deverá manter-se nos pró-ximos anos.

5.5. A Inovação e a Competitividade

A inovação é considerada como um meio mais eficaz para melhorar a competitividade. As melhores em-presas, sejam grandes ou PME’s, reconhecidas como inovadoras, são as que apresentam melhores resul-tados a nível internacional e superam as crises.

Vejamos os seguintes quadros:

European Innovation Scoreboard (EIS) 2009

Fonte: Comissão Europeia, European Innovation Scoreboard (EIS) 2009

World Competitiveness Yearbook (WCY) 2010

Fonte: Institute for Management Development, World Competitiveness Yearbook 2010

Os processos de inovação partem usualmente de um invento ou uma transformação significativa do que exis-te e só se consideram completos após as fases de criação, testes e aplicação no mercado.

O teste do mercado é decisivo para avaliar a resposta dos utilizadores, definir o nível de sucesso do novo produto ou serviço e para o investimento no desenvolvimento tecnológico.

A inovação pode ser realizada por qualquer agente económico ou organização com ou sem fins lucrativos, o Estado ou associação de entidades e há consenso entre os técnicos e empresários sobre os efeitos positivos na competitividade das empresas e dos países.

A análise ao desenvolvimento das economias mundiais mais competitivas, mostra que:

− Não há um modelo único para atingir elevados níveis nos principais fatores de competitividade.

− A competitividade é uma resultante dos processos de inovação que podem assumir diferentes aborda-gens.

Nos EUA, por exemplo, favorecem a abordagem da experiência: Os jovens empresários devem aprender com empresas próprias, sejam de comércio ou de indústria.

Na Suécia e na Noruega seguem a formação e a orientação: Os jovens empresários devem ser formados no sentido de modificar comportamentos para aceitar e correr riscos empresariais.

No Reino Unido, e em Portugal seguem as duas abordagens.

De acordo com a (OCDE-2006) regista-se elevado interesse no empreendedorismo e na inovação, mas sem conceitos e definições pré-estabelecidas, o que de algo modo revela estados de cultura aberta, evoluída e empreendedora.

18,0 %

16,0 %

14,0 %

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10,0 %

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10,0 %

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% PME com inovação tecnológica (produtos e processos)

% PME com processos inovação desenvolvidos em cooperação com outras empresas e instituições

% volume de negócios de produtos novos ou significativamente melhorados atribuído a PME (escala da direita)

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Suécia

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Luxemburgo

Dinamarca

0,01

0,03

0,03

0,04

0,04

0,05

0,05

0,05

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0,10

0,11

0,12

0,21

0,21

0,23

0,29

0,30

0,00 0,05 0,15 0,250,10 0,20 0,30

Page 24: Guia de Orientação para a Inovação e Empreendedorismo do

44 GUIA DE ORIENTAÇÃO PARA A INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO DO CLUSTER TÊXTIL MODA NOS VALES DO AVE E CÁVADO 45

Por outro lado, verifica-se que, as capacidades tecnológicas são essenciais para gerar inovação e estão na origem de vantagens competitivas sustentáveis, na medida em que podem usufruir de proteção de patentes, para os processos tecnológicos que estiveram na origem do novo produto e assim obstar a imitação por parte da concorrência.

Assinale-se que as políticas governamentais, no nosso país, têm vindo a dedicar maior atenção e apoio às iniciativas empresariais no domínio da Inovação com registo de patentes e marcas.

Bastará observar os critérios que suportam as medidas de apoio ao investimento na inovação através do programa do SI – Inovação no âmbito do QREN e que se dirigem, fundamentalmente, a projetos inovadores para criar novos produtos ou melhoria significativa dos processos, estimular o investimento e criar emprego.

Também se tem evidenciado a aposta na criação de novas competências através de ações formativas desen-volvidas em diferentes níveis, individual e em grupos, no sentido de colmatar necessidades formativas para lidar com a inovação tecnológica, modificar comportamentos e correr riscos.

No fundo trata-se de implementar medidas para criar condições adequadas à melhoria da competitividade das empresas por via da inovação, suscitar interesse no empreendedorismo e perspetivar melhores im-pactes económicos e sociais no futuro.

Em síntese, importa referir, que o desenvolvimento de vantagens competitivas no setor produtivo é realizado, através de:

− ajustamentos à realidade atual de um modelo de inovação já existente

− construindo assim um novo modelo que integra tecnologia

− experiência profissional

− relacionamentos com vista a obter melhorias nas variáveis críticas dos negócios

− e maior valor acrescentado do produto.

A procura de vantagens competitivas baseada em processos de inovação necessita, também, de enquadra-mento estratégico dado que é fundamental integrar a gestão operacional da inovação no planeamento global.

No fundo, trata-se de evoluir na definição de estratégias e implementar medidas adequadas ao desenvolvi-mento dos processos de inovação e dedicar atenção especial à emergência de novos elementos.

Esquema para a inovação

O desenvolvimento de novos fatores de competitividade tem vindo a exigir a aplicação de ferramentas de controlo que requerem:

− Informação necessária para avaliar o desempenho das empresas e dos profissionais.

− Dados para comparar resultados com outras organizações do setor no país e no estrangeiro.

− Estratégias de ajustamento.

Um estudo realizado a nível internacional, em setenta países, “Management Tools Survey” – 2007 mostra quais as ferramentas de gestão mais utilizadas e avalia a taxa de sucesso e as circunstâncias em que são aplicadas.

Vejamos algumas conclusões do estudo:

1. Toda a ferramenta tem pontos fortes e fracos.

2. A utilidade resulta da compreensão sobre os conceitos e a eficácia de controlo.

3. Uma ferramementa de gestão só será útil se contribuir para:

− Identificar as necessidades dos clientes.

− Melhorar capacidades de gestão.

− Obter vantagens sobre a concorrência.

− Desenvolver estratégias de inovação.

4. A ferramenta de gestão deve estar adaptada às necessidades de informação do empresário.

5. O nível de satisfação com a utilização das ferramentas é moderamente positiva.

6. As ferramentas são eficientes quando integradas em métodos de organização abrangentes.

7. Os gestores dedicam mais tempo à carteira de clientes no sentido de manter ou de aumentar quotas.

8. A evolução dos mercados na busca de condições de preço e qualidade tem determinado maior utilização de ferramentas para o controlo da eficiência operacional.

9. As ferramentas tradicionais e as que incorporam componentes tecnológicos têm vindo a ser pouco utiliza-das.

O estudo considera que a maioria das ferramentas conhecidas são “Incipientes” dado baixo nível de utilização.

Por outro lado as ferramentas de impacte e especializadas têm bom nível de utilização e de satisfação.

Assim, será útil conhecer a opinião dos gestores que integraram o estudo, sobre as ferramentas mais utiliza-das e o nível de satisfação.

Page 25: Guia de Orientação para a Inovação e Empreendedorismo do

46 GUIA DE ORIENTAÇÃO PARA A INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO DO CLUSTER TÊXTIL MODA NOS VALES DO AVE E CÁVADO 47

Ferramentas Global E.U.A. União Europeia Países Asiáticos América LatinaRelações c/clientes -CRM Muit- Muit- Muit- Muit- Média

Segmentação clientes Muit- Muit- Muit- Muit- Média

Planeamento Muit- Muit- Muit- Muit- Média

Benchmarking Média Média Média Pouc- Pouco

Marketing relacional Média Muit- Muit- Média Média

Reengenharia de Processos Muit- Muit- Muit- Muit- Pouco

Tableaux Board Pouc- Média Média Pouc- Pouco

Fidelização de clientes Muit- Muit- Muit- Muit- Média

Optimização por Etapas (Lean+Kaizen)) Muit- Muit- Muit- Muit- Muito

( Tabela de classificação: Muito=>55%; Média =>30%<55%; Pouco=>5%<30% )

A leitura do quadro acima mostra que existe um grupo reduzido de ferramentas que são as que reunem a pre-ferência dos gestores dado que, supostamente, correspondem aos níveis de avaliação e impacto esperado.

Para as empresas da ITV, inovar o produto, os processos e a organização é fulcral para obter ganhos de pro-dutividade e de competitividade.

As recomendações vão no sentido de:

− Abertura total a ideias novas.

− Refletir, pensar o que fazer, caso haja viabilidade de realização da ideia

− Analisar o mercado a que se destina, auscultando distribuidores, consumidores sobre a inovação da oferta.

− Saber quanto custa e como financiar.

− Estudar cenários de custos e proveitos.

− Avaliar os recursos internos (equipa, maquinismos, etc).

− Analisar os Programas de Apoio ao Investimento.

− Planear o projeto de produção para testes e experiências piloto no mercado.

− Avançar, monitorizar e ajustar “passo a passo”, com estratégias integradas.

Page 26: Guia de Orientação para a Inovação e Empreendedorismo do

49

6. ORIENTAÇÕES PARA OS PROCESSOS DE CRIAÇÃO DE EMPRESAS

A abordagem neste ponto pretende responder a questões práticas, tais como:

− Quais os passos a dar para o Empreendedor criar uma empresa

− Como planificar a ideia e o negócio

− O que se devo fazer para formalizar legalmente a empresa

− Que tipo de informação deve ter presente

A ênfase deste capítulo é prática, procurando sistematizar de uma forma simples a sequência de todos os passos que um empreendedor tem de dar para dar início a uma nova actividade. Por isso abrange tanto questões económicas relacionadas com a ideia e o negócio como questões jurídicas relacionadas com for-malismos legais que têm de ser cumpridos.

Assim este capítulo serve de orientação para empresas já estabelecidas que queiram desenvolver um novo projecto inovador. Estas só têm de não tomar em consideração o que é dito sobre determinados passos rela-cionados com a criação de novas empresas.

São factos conhecidos que muitas empresas têm dificuldades nos primeiros anos de vida e que a taxa de mortalidade de empresas novas é elevada.

Tal resulta das naturais dificuldades de fazer algo novo com recursos escassos e por isso, chamar a atenção para as dificuldades e os erros mais comuns cometidos pelos empreendedores, sejam eles responsáveis por novas empresas ou gestores inovações em empresas já estabelecidas.

O processo de aprendizagem por tentativa e erro pode ser feito à custa dos erros dos outros.

6.1. Como planificar a ideia e o negócio

Para criar uma empresa que integre o Setor do Têxtil e Vestuário, deve consultar a associação empresarial que o representa, a ATP – Associação Têxtil e Vestuário, por exemplo, tendo em conta as seguintes fases:

1 – Saber o que se pretende fazer é o primeiro passo para definir o tipo de empresa a criar e os seus objetivos. Trata-se da fase de preparação e submissão da ideia tendo em vista arquitetar o projeto empresarial.

2 – Planificar a ideia e o negócio, ou seja, dar lugar à quantificação do negócio que necessita:

o Análise às necessidades do mercado,

Page 27: Guia de Orientação para a Inovação e Empreendedorismo do

50 GUIA DE ORIENTAÇÃO PARA A INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO DO CLUSTER TÊXTIL MODA NOS VALES DO AVE E CÁVADO 51

o Estudos sobre o produto e concorrência,

o Posicionamento, diferenciação e comunicação.

o Conhecimentos sobre preços, rede de distribuição, etc.

o Conhecer os programas comunitários de apoio ao investimento

É a fase que integra as variáveis de marketing, económica e financeira.

Os valores mostrarão a viabilidade do projeto, os riscos a ter em conta, as necessidades de financiamento, os recursos a alocar (capitais próprios, permanentes e empréstimos a obter). A análise do mercado deverá envolver cenários para vendas, preços, quantidades e margens de contribuição do produto para os resul-tados.

O posicionamento e diferenciação devem apontar para a escolha do mercado alvo e do segmento a que o produto se destina, clarificar as especificidades do produto e as necessidades e preferências que vai satisfa-zer. A comunicação deve seleccionar a forma mais eficaz para divulgar com alternativas dos meios a utilizar e os custos de promoção.

3 – Definir a forma jurídica para a sociedade e o contrato de sociedade. É a fase da apresentação da iniciativa a um balcão Empresa na Hora ou a qualquer Centro de Formalização de Empresas mais próximo da residên-cia da empresa.

Existem outras entidades onde se poderá recolher informação para o efeito:

− Ministério da Economia e da Inovação

− NET-Novas Empresas e Tecnologia

− IEFP-Instituto de Emprego e Formação Profissional.

− ANE-Associação Nacional das Empresárias.

− ANJE-Associação Nacional de Jovens Empresários.

− Agência de Inovação

4 – No caso do registo de Marca ou Patente de nova empresa, o processo é muito simples e rápido, dado que pode ser feito aquando da constituição da empresa no respetivo Centro de Formalização.

Contudo, no caso do registo de uma nova marca ou patente de uma empresa já existente deve-se proceder ao pedido do registo no INPI-Instuituto de Propriedade Industrial, site: www.inpi.pt que permite:

a) Fazer os registos online, solicitar actos de Propriedade Industrial, tais como, pedidos de Marca e outros sinais distintivos do comércio, bem como o pagamento de taxas periódicas e outros actos de manutenção.

Não é necessário qualquer registo prévio no Portal do INPI nem a instalação de software comercial.

b) Efetuar o pagamento dos registos através de Caixa Multibanco ou Homebanking (pagamento de com-pras).

Outro tipo de informações relativas ao registo da Marca poderão ser obtidas junto do GAPI-Gabinete de Apoio à Propriedade Industrial, na TecMinho ou na AvePark, designadamente, sobre:

• Os processos de protecção das inovações empresariais (patentes, modelos de utilidade, desenhos e modelos),

• Os processos de registo dos sinais de identificação da actividade empresarial (marcas, logótipos, insígnias

e nomes de estabelecimento)

• Os direitos de autor e nomes de domínio.

• Matéria de protecção das criações empresariais.

• Pesquisas prévias respeitantes à situação jurídica dos vários direitos da propriedade industrial;

• Protecção das empresas na obtenção de direitos de exclusivo, tanto na fase preparatória como na sua utilização

• Preenchimento e encaminhamento dos pedidos de registo de:

− Patentes de Invenção;

− Modelos de Utilidade;

− Desenhos ou Modelos;

− Modelos Industriais;

− Desenhos Industriais;

− Marcas;

− Logótipos;

− Nomes de Estabelecimentos;

− Insígnias de Estabelecimentos;

− Formalização de candidaturas ao SIUPI - Sistema de Incentivo à Utilização da Propriedade Industrial.

De forma sucinta, descrevemos os processos para estruturar a ideia e o negócio. Contudo, o primeiro passo de um novo projeto nem sempre é a geração da ideia, mas o desenvolvimento do Empreendedor sem o qual não há inovação.

Nesta perspetiva, iremos analisar com mais detalhe os passos necessários, colocando a seguinte questão:

Como se realiza o desenvolvimento do Empreendedor na ITV ?

Um empreendedor pode e deve fazer-se. Grande parte do desenvolvimento é devido à educação, ao am-biente familiar e à formação. Ou seja: São particularmente importantes a vida e experiência profissional, a formação académica ou profissional, a convivência social e, talvez a mais importante de todas, o auto desen-volvimento.

Assim um processo de empreendedorismo têm a ver com o desenvolvimento das seguintes capacidades e conhecimentos:

1) Auto-análise.

2) Comparação entre as capacidades e conhecimentos necessários

3) Definição de uma estratégia pessoal de desenvolvimento

4) Implementação da estratégia pessoal

Vejamos o conteúdo de cada uma delas:

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52 GUIA DE ORIENTAÇÃO PARA A INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO DO CLUSTER TÊXTIL MODA NOS VALES DO AVE E CÁVADO 53

- A análise das capacidades deve ser séria, profunda e objectiva, não estando condicionada à partida pelos planos do potencial empreendedor ou pelo que ele pensa que são as características para o sucesso.

Porém, a questão seguinte que se coloca é:

Para um potencial empreendedor, dotado de autoconhecimento e senso comum, será suficiente fazer uma auto-análise e validá-la através de duas ou três conversas com familiares e conhecidos ?

Convém referir que conhecimento não é qualificação. Não interessam os graus académicos, o que interessa é o que de facto sabe e consegue fazer.

A comparação entre capacidades e conhecimentos necessários pode mudar de projeto para projeto. Não há receitas sobre este tema, mas existe um certo consenso sobre algumas características fundamentais, como:

• Capacidade de arriscar, em termos económicos e profissionais e pessoais;

• Articulação de ideias sobre objectivos e caminhos a seguir;

• Capacidade de organização e de liderança;

• Iniciativa, decisão e persistência, tanto no campo das relações humanas como no campo das ideias e dos métodos;

• Capacidade psicológica para aguentar rejeições e falhanços;

• Sociabilidade e capacidade de comunicação

• Capacidade de aprendizagem e de adaptação, tanto sobre pessoas como sobre gestão e negócio;

• Disponibilidade de tempo

Assim, o empreendedor necessita de conhecimentos chave sobre :

• Aspectos técnicos e económicos do mercado e da indústria em que vai actuar;

• Os concorrentes e os seus produtos e serviços, e respectivos pontos fortes e fracos;

• O enquadramento legal da sua actividade e os actuais métodos de gestão estratégica e operacional;

• Os princípios de comunicação e vendas e de liderança e gestão de pessoal;

• Como aprender a conhecer, a fazer, a conviver e aprender a estar.

A definição de uma estratégia pessoal de desenvolvimento tem de ser feita caso a caso. Por exemplo, um empreendedor com insuficiências de conhecimentos, em início de carreira e com uma situação financeira segura, pode optar por recorrer ao ensino ou a um estágio profissional.

Por outro lado, se tem as mesmas deficiências, mas menos jovem e com mais responsabilidades financeiras, terá de procurar uma mudança de funções ou formação.

De qualquer forma os recursos disponíveis para fazer um upgrade das capacidades e conhecimentos po-derão ser:

• Formação académica e profissional;

• Autoformação;

• Coaching;

• Trabalho por conta de outrem;

• Estágios profissionais;

• Estágios não remunerados;

• Prestação de serviços;

• Colaborações e parcerias;

• Desenvolvimento pessoal;

No que respeita à formação académica, convém referir que um empreendedor necessita é de conhecimento, não de habilitações.

O recurso a uma escola, instituto ou universidade terá como objectivo aprender. O diploma será um subpro-duto. O fundamental é aprender. O empreendedor precisa de conhecer, de saber comunicar, de relacionar-se e de aprender.

No que respeita à formação profissional, é importante saber avaliar muito bem o conteúdo e a qualidade da oferta disponível. Quem quer seriamente desenvolver capacidades não pode estar a perder tempo e dinheiro com formações formatadas que pouco acrescentam ao conhecimento.

A autoformação serve para adquirir conhecimentos de muitas áreas técnicas e profissionais e para desenvol-ver matérias específicas.

O coaching é uma colaboração entre pessoas, designadamente profissionais, onde há o orientador ou treina-dor, que apoia e orienta a realização dos objectivos de outra entidade, auxiliando-a a identificar e desenvolver as suas competências e a superar as suas fragilidades.

O trabalho por conta de outrem é a forma mais tradicional e segura de desenvolver capacidades. É o instru-mento mais importante, talvez o único, para o desenvolvimento de trabalho colectivo e de conhecimentos nas áreas empresariais e do potencial mercado do projecto.

É muito mais provável um trabalhador de uma indústria ter sucesso como empreendedor nessa mesma indústria do que um não trabalhador, isto independentemente da formação académica.

O trabalho em part-time, os estágios profissionais, os estágios não remunerados e as prestações de serviços são, no fundo, variações do trabalho por conta de outrem.

As colaborações e parcerias podem ser utilizadas por quem já desenvolve uma actividade com autonomia e precisa de adquirir novos conhecimentos, eventualmente sobre outro ramo do negócio. São formas de, com recursos mínimos, ir conhecendo realidades diferentes.

O desenvolvimento pessoal inclui todas as actividades e técnicas utilizadas no desenvolvimento cognitivo e comportamental de uma pessoa. Abrange capacidades fundamentais para o autoconhecimento, a gestão do tempo, a comunicação interpessoal, o relacionamento social, a liderança, a motivação, entre outras.

A implementação da estratégia pessoal implica, na maior parte das vezes, um grande esforço quando se tem de mudar o estilo de vida e suportar os custos financeiros e pessoais de juntar às suas actividades normais novas actividades.

Como se extrai do exposto, o conhecimento e desenvolvimento de capacidades são contributos importantes para a geração de ideias.

Também se pode concluir que a geração de ideias não é algo de isolado, é antes um passo de um conjunto de passos que deve seguir uma sequência bem definida, mas não têm de ser dados de forma consciente.

De facto, alguns dos passos são fundamentais para criar as condições para a produção de ideias válidas enquanto outros são fundamentais para validar a viabilidade das ideias geradas. A omissão de certas fases

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pode provocar a incapacidade de gerar ideias ou a inadequação das ideias geradas a qualquer negócio economicamente viável.

A ideia é fundamental para um novo projeto. No entanto, não é uma ideia qualquer, abstracta, um sonho ou um desejo. É uma ideia susceptível de ser aplicada a um negócio, a processos produtivos e comerciais para criar um bem ou serviço susceptível de ser vendido a consumidores a preços competitivos.

Qualquer negócio está ancorado nos seus clientes, fornecedores e trabalhadores, na realidade dos merca-dos, indústria e economia e nas restrições e constrangimentos que esta realidade impõe. O mesmo se deve aplicar a uma nova ideia de negócio.

Assim o principal atributo de uma boa ideia de negócio é o seu realismo.

A ideia tem de responder a uma necessidade relevante dos consumidores, tem de ser susceptível de aplica-ção, tem de ser economicamente rentável.

É por isso que o processo em que se integra geração da ideia tem de ser iniciado perto da realidade e termi-nado ainda mais perto dessa mesma realidade.

Grandiosas ideias abstractas com um potencial fantástico são normalmente impossíveis de gerar. É mais provável gerar um negócio fantasticamente lucrativo por acaso (ver 3M ou Facebook) do que a partir de uma ideia grandiosa.

É esta necessidade de estarem próximas da realidade que fazem com que a geração das ideias esteja inte-grada num processo com os seguintes passos:

-Criação de condições.

-Geração da ideia

-Avaliação da ideia

-Teste da ideia

Convém conhecer o conteúdo concreto de cada um destes.

Na criação de condições, o principal atributo é o seu realismo. Para as ideias terem este atributo devem ser geradas num ambiente o mais próximo possível, física e intelectualmente, do ambiente onde vão ser aplicadas.

Por outro lado as ideias viáveis são normalmente derivadas de um acto criativo que consiste em modificar algo já existente, ou seja adaptativo ou incremental.

Este passo consiste em criar as condições de proximidade do ambiente em que se podem gerar ideias e disponibilizar para:

a) Escolher uma área de interesse. Esta condição é relevante por duas razões. Por um lado, porque gerar ideias viáveis não é fácil. A não existência de uma área definida de geração de ideias vai levar a uma dis-persão de esforços e prejudicar o processo de geração e selecção de ideias. Por outro lado, porque ser um empreendedor não é fácil. É importante escolher áreas e ideias de que o empreendedor gosta, como forma de aumentar a sua motivação.

b) Arranjar tempo e disponibilidade mental, o que exige dedicação, esforço e tempo. Para poder pensar criativamente e trabalhar na produção de novas ideias, longe da pressão e das preocupações do dia-a-dia, é necessário tempo.

c) Manter a humildade e o rigor. É importante não pensar que sem esforço, sem seguir o processo adequado e sem seguir as regras adequadas se conseguem ideias de sucesso. O trunfo do empreendedor é o trabalho e não nenhuma qualidade que o torna especial e superior. Também é importante pensar que por muito que se conheça existe sempre alguém com que se pode aprender algo e esse algo pode ser a pedra de toque de uma ideia fantástica.

d) Aumentar a atenção para perceber as situações e oportunidades que rodeiam. O empreendedor tem de se preparar para saber e conhecer como funciona o ambiente global que o rodeia.

e) Libertar a criatividade exige a criação de um estado psicológico adequado. É essencial estar disposto a grar muitas ideias entre as quais estarão muitas ridículas. É um acto criativo, diferente do de selecção de ideias que é racional. A racionalidade tem o seu espaço no momento certo.

f) Criar um registo que deve ser actualizado em tempo real com toda a informação obtida durante o processo de geração e análise de ideias. Permite evitar perdas de informação e disciplina todo o processo de geração de ideias e todo o próprio processo empreendedor.

g) Aumentar o conhecimento sobre a sua área de interesse e indústria. O empreendedor vai gerar ideias so-bre uma dada área, que vai trabalhar. A importância do conhecimento é clara. Este conhecimento pode vir da experiência, do estudo, da pesquisa e de muitas outras fontes.

h) Ouvir mais e melhor. As pessoas serão uma fonte primordial de ideias, além de um excelente recurso para a sua validação e implementação. Todo o tipo de conversas podem ser úteis ao projecto. Importante é estar receptivo para ouvir pessoas da indústria. Tal permite conhecer o que se passa na indústria escolhida, qual é a sua dinâmica e os seus problemas.

i) Procurar e definir problemas. A descoberta de problemas numa indústria é meio caminho para descobrir uma ideia que o resolva. Para detetar problemas é preciso olhar para uma dada indústria e ver necessidades não integralmente satisfeitas e problemas organizativos, financeiros, tecnológicos e laborais.

O passo seguinte é a geração da ideia, que é a fase mais criativa para o empreendedor. A criatividade é das áreas mais estudadas pelas ciências humanos, existe uma infinidade de teorias sobre como estimular a criatividade e produzir ideias.

O presente Guia preocupa-se com as orientações e as restrições que se devem colocar às ideias e como tratar o conjunto numa atividade da ITV. Ou seja, é importante que durante o processo de geração de ideias o empreendedor esteja:

• Inteiramente focado na área de atividade escolhida e que corresponda a interesses de mercado. Senão, muito provavelmente as ideias não serão aplicáveis.

• Verdadeiramente interessado e concentrado. Senão, não irá ser produtivo.

• Preocupado em procurar soluções para problemas. Cada solução é uma oportunidade de negócio.

Para tratar as ideias, é importante:

• Pensar que cada ideia é uma possível solução de um conjunto muito alargado de soluções que vão aparecer.

• Trabalhar e desenvolver a ideia até ser perfeitamente clara.

• Analisar detalhadamente todas as ideias geradas algum tempo depois da sua geração. A ideia será anali-sada na sua plenitude mas já com algum distanciamento emocional.

No que se refere à avaliação preliminar da ideia deve ser feita pelo próprio empreendedor de uma forma rá-pida mas profunda para não o distanciar do processo criativo

Para tal deve procurar a resposta para as seguintes questões:

• A ideia é realmente nova?

• A ideia é útil? Existe quem possa beneficiar com a sua aplicação?

• Para o custo de produção estimado existirá um número suficientemente de potenciais clientes?

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56 GUIA DE ORIENTAÇÃO PARA A INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO DO CLUSTER TÊXTIL MODA NOS VALES DO AVE E CÁVADO 57

• O que é diferente acerca desta ideia de outras já no mercado? Essas diferenças relacionam-se com factores determinantes da compra?

• A ideia permite gerar uma oferta credível, atraente e fácil de usar?

• A ideia pode ser aplicada legalmente?

• A ideia permite gerar uma oferta sustentada e fazer negócios repetidos?

• É possível fazer um modelo de oferta a preços atrativos ?

As respostas servem para perceber se é possível passar ao passo do Teste ou Avaliação sobre a viabilidade da ideia e ter a certeza que é possível de implementar no mercado.

A avaliação engloba tarefas de desenvolvimento de amostras, protótipos de apresentação ao mercado. Tem, por vezes, muitas dificuldades devido a circunstâncias várias que vão desde os custos de desenvolvimento dos protótipos à comunicação eficiente junto dos potenciais clientes. Contudo são fundamentais para testar o projeto, as ideias inviáveis, os custos e o interesse dos mercados.

Trata-se de verificar se a ideia e o projeto são viáveis técnica e economicamente.

Nesta fase, recomenda-se o apoio técnico de profissionais experientes para auxiliar as tarefas de avaliação e de comunicação aos mercados.

Uma boa ideia de negócio, mesmo que realista e validada por um teste, não garante o sucesso de um negó-cio.

Também têm de se verificar algumas condições técnicas e económicas, caso contrário pode provocar muitos problemas, como a incapacidade de implementar a ideia ou o desenvolvimento de projectos insustentáveis.

A ideia tem de ser susceptível de ser aplicada a um negócio, a processos produtivos e comerciais para criar um bem ou serviço susceptível de ser vendido a consumidores a preços razoáveis.

O mesmo acontece com o negócio que aplica a ideia que tem de capaz de reunir todos os recursos para produzir e comercializar a oferta com rendibilidade. Para tal é necessário realizar:

-Análise produtiva e logística

-Análise económica e financeira.

A primeira tem a ver com a capacidade de responder com recursos técnicos e logísticos para o necessário abastecimento produtivo.

A segunda visa avaliar se é o negócio será economica e financeiramente viável e o recursos financeiros ne-cessários para o projeto.

É a fase de elaboração do Plano de Negócios que engloba as seguintes vertentes:

• Os recursos a afetar ao projeto – informação sobre o empreendedor e a sua equipa e as suas capacidades e conhecimentos .

• A situação na indústria e no mercado – informação sobre a estrutura da industria, o comportamento dos concorrentes, a sua rentabilidade e a dinâmica de evolução; e sobre o mercado, quem são os clientes, o que procuram, como escolhem, qual a sua dimensão e valor e a sua dinâmica;

• A ideia – o que é, quais as suas vantagens e os seus inconvenientes e riscos;

• A implementação – a forma de implementar a ideia, os responsáveis, os processos a aplicar, os recursos necessários e respectivos custos;

• Os proveitos – os benefícios financeiros da implementação da ideia para os envolvidos seja sob a forma de proveitos para a empresa seja sob a forma de remuneração de outros factores envolvidos;

• O financiamento – o total dos recursos financeiros necessários e a forma os obter para financiar a implemen-tação da ideia, tanto em termos de origens como em termos de remuneração;

• Os resultados previstos e cenários de variação.

A leitura de um Plano de Negócios permite equacionar resposta para o seguinte:

• Qual a vantagem competitiva do negócio? É sustentável?

• Porque é que as pessoas ou empresas vão usar o produto ou serviço?

• A que preço o vão adquirir?

• Quem é a concorrência? Como vai reagir ao novo projecto?

• Quais serão os resultados ?

• Quem são as pessoas que vão estar à frente do projecto? Quais os seus conhecimentos?

• Como será feita a produção e a distribuição?

• Qual o financiamento total necessário para suportar o investimento inicial e o funcionamento até ao projecto entrar em velocidade de cruzeiro?

• Quanto tempo demorará para o projecto se tornar rentável?

• Quais os riscos que enfrenta?

O Plano de Negócios permite, ainda quantificar os recursos necessários para implementar a ideia: comunica-ções, mão-de-obra não especialidade, matérias-primas, mão-de-obra especializada, algumas mercadorias e licenças e, sobretudo, capital próprio e alheio. Antes de iniciar a implementação do projecto e de suportar as associadas despesas é importante assegurar a obtenção destes recursos.

Os empreendedores, por mais certos que estejam sobre o mérito da sua ideia, podem contar com objeções contrárias ao projecto, por efeito de aversão ao risco e à mudança e a assimetria de informação. É importante vencer esta desconfiança garantindo aos detentores dos recursos a compensação motivadora.

6.2. A formalização legal e a informação necessária

Nos processos de inovação nas empresas, formalizar a relação directa entre propriedade industrial e inova-ção, é muito importante para definir as estratégias empresariais e perceber eventuais riscos e vantagens, equacionando o seguinte :

− Quais os riscos de inovar e de não inovar;

− Quais as vantagens de proteger os resultados de I&D;

− Como explorar esses resultados através de patentes;

− O que é ou não patenteável;

− Como patentear uma invenção;

− Quais as possibilidades de protecção como o Segredo e a Confidencialidade;

Vejamos, ainda, as seguintes situações práticas que frequentemente se levantam ao empreendedor:

1 – Há necessidade de registar a minha marca ou patente ?

Sim, porque é o único meio para obter um direito de propriedade e exclusividade para a ideia, produto ou serviço inovador e impede a utilização por terceiros.

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58 GUIA DE ORIENTAÇÃO PARA A INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO DO CLUSTER TÊXTIL MODA NOS VALES DO AVE E CÁVADO 59

2 - A Marca ou Patente pode ser registada com a criação da empresa ?

Ao criar e registar a empresa pode registar a marca que corresponde à designação da sociedade. Pode ser realizada a empresa e a marca na hora.

3 – Quando se trata de uma Marca ou Patente com designação diferente da empresa pode registar no ato da empresa e marca na hora?

Não é possível. Deve consultar o Instituto Nacional de Propriedade Industrial para fazer o respetivo pedido de registo e conhecer:

• Se a marca ou patente já está a ser utilizada por outra entidade nacional ou internacional.

• Os proprietários das marcas comunitárias e mundiais e áreas de proteção para a utilização

4 – Qual é o prazo de validade da protecção para uma Marca ?

O registo da Marca é válido para um período de dez anos, renovável pelo mesmo peíodo.

5 – Quais são as entidades a contactar para o registo das Marcas a nível internacional ?

Os contatos podem ser realizados através dos sites:

− OAMI – Depatrtamento da EU para Marcas e Patentes. (www.oami.europa.eu)

− Organização Mundial da Propriedade Industrial (www.wipo.int)

6.3. Os Licenciamentos Industrial e Comercial

O exercício da atividade empresarial está sujeita a licenciamento obrigatório em conformidade com o tipo de negócio e estabelecimento. Há o Licenciamento da atividade Industrial e o Licenciamento de estabelecimen-tos comerciais . Os requisitos legais e enquadramento são:

Da atividade Industrial

O Decreto-Lei n.º 209/2008, de 29 de Outubro, regula o novo regime de exercício da actividade industrial (REAI), com o objectivo de prevenir:

− os riscos e inconvenientes resultantes da exploração dos estabelecimentos industriais;

− salvaguardar a saúde pública e dos trabalhadores;

− a segurança de pessoas e bens;

− a higiene e segurança dos locais de trabalho;

− a qualidade do ambiente e um correcto ordenamento do território;

− um desenvolvimento sustentável e de responsabilidade social das empresas.

Recomendação: O empresário deve arquivar, em dossiê organizado, toda a documentação sobre os pro-cedimentos do REAI e os elementos relativos a todas as alterações introduzidas na unidade industrial, que deverá ser disponibilizado à entidade coordenadora do processo de licenciamento e às entidades com competências de fiscalização sempre que estas o solicitem.

O referido decreto-lei aplica este mesmo princípio à generalidade das actividades industriais, fazendo corres-ponder a uma diferente classificação em função do risco potencial - a principal mudança operada em 2003 - graus de intensidade distintos de controlo prévio.

Subclasse CAE — rev. 3 Tipologia dos estabelecimentos Entidade coordenadora08920

19201

24460 Todos os tipos. . . Direcção - Geral de Energia e Geologia.

08931

10110 a 10412 Direcção regional de agricultura

10510 e 10893 e pescas territorialmente competente

10911 a 10920 Tipos 1 e 2 . . . . ou entidade gestora da ALE.

11011 a 11013

11021 a 11030

35302 Câmara municipal territorialmente

56210 e 56290 Tipo 3 . . . . . . . competente ou entidade gestora da ALE.

Subclasses previs-tas na secção 1 do anexo I Direcção regional de economia territorialmente

e não identificadas nas linhas anteriores desta coluna. Tipos 1 e 2 . . . . competente ou entidade gestora da ALE.

Câmara municipal territorialmente competente

Tipo 3 . . . . . . . ou entidade gestora da ALE.

Os estabelecimentos industriais estão classificados em três tipologias, a saber:

Tipo 1 - Os estabelecimentos cujos projectos de instalações industriais se encontrem abrangidos por, pelo menos, um dos seguintes regimes jurídicos:

a) Avaliação de impacte ambiental, previsto no Decreto-Lei n.º 69/2000, de 3 de Maio;

b) Prevenção e controlo integrados da poluição, previsto no Decreto-Lei n.º 173/2008, de 26 de Agosto;

c) Prevenção de acidentes graves que envolvam substâncias perigosas, previsto no Decreto-Lei n.º 254/2007, de 12 de Julho;

d) Operações de gestão de resíduos, nomeadamente os previstos nos Decretos-Leis n.os 152/2002, de 23 de Maio, 3/2004, de 3 de Janeiro, 85/2005, de 28 de Abril, e 178/2006, de 5 de Setembro, quando estejam em causa resíduos perigosos, de acordo com a lista europeia de resíduos constante da Portaria n.º 209/2004, de 3 de Março.

Tipo 2 - Os estabelecimentos industriais não incluídos no tipo 1 e que se encontrem abrangidos por, pelo menos, uma das seguintes circunstâncias:

a) Potência eléctrica contratada superior a 40 kVA;

b) Potência térmica superior a 8,10 (elevado a 6) kJ/h;

c) Número de trabalhadores superior a 15.

Tipo 3 - Os estabelecimentos industriais não abrangidos pelos tipos 1 e 2, bem como os estabelecimentos da actividade produtiva similar e os operadores da actividade produtiva local previstos respectivamente nas secções 2 e 3 do anexo i do dec.-lei.

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60 GUIA DE ORIENTAÇÃO PARA A INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO DO CLUSTER TÊXTIL MODA NOS VALES DO AVE E CÁVADO 61

Nota: Sempre que num estabelecimento industrial sejam exercidas actividades industriais a que correspon-deriam tipos diferentes, o estabelecimento é incluído no tipo mais exigente.

Orientações e recomendações:

a) Para o caso de estabelecimentos do tipo 1 ou 2, deve:

− celebrar um contrato de seguro de responsabilidade civil que cubra os riscos inerentes às instalações e às actividades exercidas,

− apresentar comprovativo à entidade coordenadora no prazo de 30 dias a contar do início da exploração.

b) A instalação e a exploração de estabelecimento industrial ficam sujeitas aos seguintes procedimentos:

− Autorização prévia, para estabelecimentos industriais do tipo 1

− Declaração prévia, para estabelecimentos industriais do tipo 2

− Registo, para estabelecimentos incluídos no tipo 3.

c) Com a entrada em vigor (em 27 de Janeiro de 2009) do Decreto-Lei acima referido, os estabelecimentos dos tipos 2 e 3 deixam de ficar sujeitos a vistoria prévia, salvo no caso de estabelecimentos que utilizem matéria-prima de origem animal não transformada, cujo início de exploração depende de vistoria por imposi-ção de acto legislativo comunitário.

d) Nos estabelecimentos de tipo 1 continua a exigir-se a vistoria prévia, mas é permitido ao empresário re-correr a entidades acreditadas para substituir a intervenção administrativa em ordem a ultrapassar eventuais atrasos da Administração Central e ou Local.

O licenciamento da instalação de um estabelecimento industrial requer as seguintes intervenções:

− da Administração Central e/ou Local, na vertente do licenciamento da actividade em causa.

− da Administração Local, na vertente do licenciamento das obras necessárias a tal instalação.

Em função da classificação económica da actividade industrial projectada, da classificação do estabelecimento e da área do território onde se localiza será identificada a entidade coordenadora competente de entre aquelas passíveis de o serem:

− Direcções Regionais da Economia (DRE);

− Direcção-Geral de Energia e Geologia (DGEG);

− Câmaras Municipais;

− Sociedades Gestoras de ALE - Áreasde Localização Empresarial.

Vejamos, por exemplo, os seguintes casos práticos sobre a coordenação dos licenciamentos :

Estabelecimentos industriais situados em ALEA entidade coordenadora do processo de licenciamento é a respectiva sociedade gestora do ALE

Estabelecimentos industriais dos tipos 1 e 2Correspondem a atividades económicas com maior grau de risco potencial, a entidade coordenadora será um serviço da Administração Central

Um estabelecimento industrial de Tipo 3A entidade coordenadora será a Câmara Municipal da respectiva área de localização

Relatórios e outros requisitos legais para o licenciamento :

TIPO 1Estabelecimentos sujeitos a pelo menos um dos seguintes regimes jurídicos:

- Avaliação de impacte ambiental.

- Prevenção e controlo integrado da poluição.

- Prevenção de acidentes graves que envolvam substâncias perigosas; ou

- Operação de gestão de resíduos perigosos. A este tipo de estabelecimentos aplica -se um regime de autorização prévia que culmina na atribuição de

uma licença de exploração

TIPO 2 Estabelecimentos industriais não incluídos no tipo 1 que se encontrem abrangidos por, pelo menos, uma das seguintes circunstâncias:

- Potência eléctrica contratada superior a 40 kVA;

- Potência térmica superior a 8,106 kJ/h;

- Número de trabalhadores superior a 15.

TIPO 3Estrabelecimentos abrangidos pelas seguintes circunstâncias:

- Não se enquadrar nos tipos 1 e 2

- Número de trabalhadores igual ou inferior a 15.

- Potencia eléctrica contratada ≤ 40 kVA

- Potência térmica ≤ 8,106 kJ/h

- Actividade produtiva simillar (actividades previstas na secção 3 do anexo I do Decreto-Lei n.º 209/2008, de 29 de Outubro1, com os limites estabelecidos

para os estabelecimentos industriais tipo 3)

- Actividade produtiva local: as actividades cujo exercício tem lugar a título individual ou em microempresa até cinco trabalhadores, em estabelecimento

industrial com potência eléctrica contratada não superior a 15 KVA e potência térmica não superior a 4 x 105 kJ/h

As DRE são os canais do Ministério da Economia e da Inovação para efeitos da recepção e encaminhamento dos pedidos de licenciamento, nomeadamente ao nível da aprovação de projectos de estabelecimentos in-dustriais e do licenciamento, designadamente, de:

Estabelecimentos industriais, bem como a sua reabertura ou transferência de local;

Instalações de armazenagem de combustíveis líquidos e gasosos;

Instalações eléctricas de serviço particular e público;

Redes de distribuição de gás natural;

Recipientes sob pressão.

A DGEG tem atribuições de licenciamento ao nível da Energia Eléctrica.

Para além da entidade coordenadora, podem pronunciar-se neste procedimento as seguintes entidades públicas:

Administração de Região Hidrográfica

Agência Portuguesa do Ambiente (APA);

Autoridade Nacional de Protecção Civil

Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT);

Câmara municipal territorialmente competente

Comissão de coordenação e desenvolvimento regional (CCDR)

Direcção-Geral de Saúde (DGS);

Outras entidades previstas em legislação específica

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62 GUIA DE ORIENTAÇÃO PARA A INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO DO CLUSTER TÊXTIL MODA NOS VALES DO AVE E CÁVADO 63

Contactos

Todos os contactos considerados necessários à boa instrução e apreciação de pedido de licenciamento, de declaração prévia ou de registo, devem ser feitos junto da entidade coordenadora competindo-lhe a condu-ção, monitorização e dinamização dos procedimentos administrativos.

Na zona Norte temos:

Direcção Regional de Economia do NorteRua Direita do Viso, 1204269 - 002 PortoTel: +351 22 619 20 00Fax: +351 22 619 21 99Email: [email protected]: www.dre-norte.min-economia.pt

O Licenciamento comercial

Para empresas com atividade comercial, nos casos do têxtil e do vestuário, CAEs 46 e 47, os processos correm nos Municípios da área de localização das instalações da empresa. Contudo há normas que são de âmbito nacional.

Assim, o licenciamento dos estabelecimentos comerciais é actualmente, regra geral, da competência ex-clusiva da Administração Local, sendo-lhe aplicável o regime jurídico da urbanização e da edificação e atenta igualmente a legislação aplicável, para efeitos das licenças de construção e de utilização, às obras particulares,constante do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro, republicado pela Lei n.º 60/2007, de 04-09.

Existem, todavia, dois regimes especiais de licenciamento de estabelecimentos comerciais que, pela sua relevância prática e em termos empresariais, merecem uma menção particular:

a) O primeiro diz respeito à instalação dos estabelecimentos de comércio ou armazenagem de produtos ali-mentares, bem como dos estabelecimentos de comércio de produtos não alimentares e de prestação de ser-viços cujo funcionamento envolve riscos para a saúde e segurança das pessoas, cujo regime se encontra pre-visto no Decreto-Lei n.º 259/2007, de 17 de Julho, que revogou o Decreto-Lei n.º 370/99, de 18 de Setembro.

b) O segundo, previsto no Decreto-Lei n. 21/2009, de 19 de Janeiro que revogou a Lei n.º 12/2004, de 30 de Março que exclui do regime de autorização as empresas de comércio por grosso e as micro empresas, refere-se à instalação e à modificação dos estabelecimentos de comércio a retalho e dos conjuntos comerciais, que apresentem características de:

Estabelecimentos de comércio a retalhoa) Com uma área de venda igual ou superior a 2 000 m2; ou

b) Que pertençam a uma empresa que utilize uma ou mais insígnias ou estejam integrados num grupo, que disponha, a nível nacional, de uma área de

venda acumulada, igual ou superior a 30 000 m2.

Conjuntos comerciais Com uma área bruta locável igual ou superior a 8 000 m2.

Estão fora deste regime os estabelecimentosa) Das micro empresas, juridicamente distintas, mas que utilizem uma insígnia comum;

b) As sociedades cujo capital seja subscrito maioritariamente por micro empresas.

De acordo com este novo regime de declaração prévia, o titular da exploração deverá apenas, até 20 dias úteis antes da abertura ou modificação do estabelecimento, apresentar:

a) Uma declaração na respectiva Câmara Municipal;

b) Cópia na Direcção-Geral das Actividades Económicas (DGAE), na qual se responsabiliza que o estabele-cimento cumpre todos os requisitos adequados ao exercício da actividade ou do ramo de comércio.

Após a entrega da declaração, cujo modelo é disponibilizado electronicamente ou em papel pelas Câmaras Municipais e pela DGAE, estas devem emitir: um comprovativo da apresentação da declaração e, na posse deste, o titular do estabelecimento pode desde logo proceder à sua abertura ou modificação.

No caso de haver obras de adaptação:

A abertura ou modificação só podem ocorrer após o deferimento da autorização de utilização ou de alter-ação da mesma.

A instalação e funcionamento destes estabelecimentos deve, em função dos produtos comercializados, obe-decer a requisitos específicos, que constam de diplomas legais próprios (veja-se a portaria n.º 789/2007, de 23 de Julho).

No que respeita aos horários de funcionamento:

É necessário de obter a autorização da Câmara Municipal ou Associações Comerciais, assim como a obriga-ção de comunicar ao Centro Regional da Segurança Social respectivo a admissão dos trabalhadores antes do momento destes serem admitidos.

O pedido de inscrição no cadastro dos estabelecimentos comerciais, junto da Direcção-Geral das Activi-dades Económicas ou da Direcção Regional do Ministério da Economia ou ainda junto de uma Associação Comercial, impõe-se sempre que se esteja na presença de:

• abertura do estabelecimento comercial;

• encerramento do estabelecimento;

• alteração da actividade económica exercida no estabelecimento;

• mudança do titular do estabelecimento;

• mudança de nome ou de insígnia do estabelecimento.

Importa referir, sempre que aplicável, o registo de nome, insígnia de estabelecimento, marca de produtos e/ou serviços, deverá ser feito junto do Instituto Nacional de Propriedade Industrial.

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65

7. OS RECURSOS DE APOIO À INOVAÇÃO E O EMPREENDEDORISMO

Neste capítulo iremos sinalizar as infraestruturas e os objetivos das organizações existentes, inventariar os recursos e caracterizar as respetivas competências destinadas ao apoio à Inovação e ao Empreendedorismo.

Por outro lado, importa considerar a situação da conjuntura económica nacional e o panorama internacional bem como compatibilizar as capacidades existentes com as necessidades de desenvolvimento empresarial e otimizar a oferta que temos.

Portugal apresenta uma considerável dinâmica de empreendedorismo quando olhamos para entrada e saída de empresas na economia em percentagem com o total das empresas existentes.

Os dados mostram que a grande questão que se poderá colocar é de a maioria das empresas criadas não estarem focalizadas em atividades de significativo valor acrescentado.

Um estudo do “Global Entrepreneurship Monitor” evidencia que os empresários portugueses criam empresas mais por “necessidade” do que por “oportunidade”, o que levanta um problema de ordem estratégica à partida.

Contudo, os estudos realizados a nível europeu mostram que Portugal mais que duplicou o número de empre-sas com atividades de I&D nos anos 90. Isto significa que estão a ser criadas condições para emergir fatores de competitividade com base em I&D e Inovação na economia portuguesa.

De acordo “Global Competittiveness Report”, Portugal ocupa as seguintes posições comparativas:

Sofisticação Empresarial Inovação

Índice Global Global Estado de Desenvolvimento de Clusters

Natureza das Vantagens Competitivas

Sofisticação dos Processos da Produção

Global Capacidade de Inovação

Qualidade das Instituições de Investigação Científica

Despesa em I&D das Empresas

Colaboração em I&D entre Universidades-Indústria

Mercados Públicos de Bens Tecnológicos Avançados

Disponibilidade de cientistas e engnheiros

Patentes de Utilidade

Alemanha 5º 3º 12º 3º 2º 8º 1º 6º 4º 9º 32º 27º 9º

Reino Unido 12º 9º 10º 9º 17º 14º 15º 3º 14º 4º 53º 29º 20º

França 15º 12º 30º 15º 13º 19º 8º 19º 13º 44º 48º 12º 21º

Irlanda 29º 20º 32º 17º 21º 22º 31º 16º 21º 17º 75º 16º 23º

Espanha 42º 35º 36º 32º 40º 46º 42º 43º 47º 46º 88º 47º 28º

Portugal 46º 51º 54º 45º 36º 32º 39º 28º 45º 30º 17º 38º 45º

Itália 48º 23º 1º 11º 27º 50º 27º 65º 39º 70º 117º 54º 25º

Grécia 83º 74º 99º 50º 70º 79º 105º 88º 126º 112º 108º 21º 37º

Fonte: World Economic Forum, Global Competitiveness Report 2010-2011

Porém, Portugal ainda investe em inovação e tecnologia menos de metade que a média europeia e o finan-ciamento médio por investigador é um terço da média da UE27.

É um facto que o ambiente tecnológico está em mudança para melhor e que existe crescente reconhecimento geral sobre a necessidade em reforçar a capacidade das estruturas para a Inovação dado que favorecem comportamentos potenciadoras do aparecimento de novos produtos, novas patentes e novos serviços.

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66 GUIA DE ORIENTAÇÃO PARA A INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO DO CLUSTER TÊXTIL MODA NOS VALES DO AVE E CÁVADO 67

A Inovação passou, digamos, a ser um “lugar comum” nas abordagens sobre o crescimento económico e competitividade das empresas, mas tem exigências a ter conta, conforme anteriormente referido:

1 - Haver mercado

2 - As novas ideias serem tecnicamente possíveis.

3 - Haver recursos financeiros sustentáveis.

Tais exigências colocam a questão sobre como dar prioridade às políticas de Inovação nas empresas ? Senão vejamos:

a) As dificuldades económicas da atual conjuntura condicionam as opções de investimento em I&D e na Ino-vação considerando que estes processos requerem, para muitos casos, recursos financeiros significativos.

b) Todavia, os dados sobre o impato dos processos de Inovação mostram que:

− o crescimento económico está dependente da Inovação e da acumulação de conhecimento;

− têm requisitos específicos que somente o investimento e políticas públicas podem responder.

c) É de assinalar o crescimento do investimento público em I&D na última década e os resultados assinalá-veis apresentados pelas Universidades e outros estabelecimentos de Ensino Superior, Institutos e Centros de Investigação em diversos domínios e que podem ser úteis para as empresas. Nesse sentido há que sinalizar a existência de várias entidades vocacionadas para estimular o investimento e desenvolver processos de Inovação e de Empreendedorismo.

Estão em plena atividade as seguintes organizações:

Agência para a Inovação

O INPI – Instituto Nacional da Propriedade Industrial

Os Centros Tecnológicos

Os Parques Tecnológicos

Os Business Innovation Centres (BIC,s)

Estas entidades, tendo por base as experiências já realizadas, dispõem de meios que permitem formular orien-tações para a Inovação e o Empreendedorismo e competências para sintetizar e gerir prioridades, tais como:

Recolher informação sobre as medidas de apoio existentes;

Verificar se às necessidades de Inovação e de I&D resultantes da identificação correspondem às oportunidades nos mercados;

Qualificar a mão-de-obra;

Testar e avaliar os novos “modelos”.

Recomendar alterações nos processos do tecido produtivo para ajustar os “ modelos “.

d) Convém ter presente que, não obstante a disponibilidade de recursos para apoiar projetos, é certo que não há fórmula para obter sucesso na Inovação, mas há algumas “chaves” fundamentais para abrir portas e facilitar os percursos organizativos.

e) Também é de considerar que a inovação serve para diferenciar da concorrência e entrar em nichos de mercado que de outra forma não se conseguiria. Estudos recentes (Alma Consulting 2009) mostram que:

61% das empresas consideram que a Inovação deve ser uma das prioridades estratégicas para sair da crise;

40% das PME,s têm uma atitude conservadora face às tecnologias;

30% das PME,s são relutantes ao investimento na Inovação.

O conservadorismo e a relutância estão, para a maioria, relacionados com as débeis capacidades financeiras das PME’s para investir.

A situação que se coloca sobre as condições de financiamento dos projetos é determinante.

Na prática, a questão é:

Poderão as empresas da ITV investir na Inovação sem que tal se revele demasiado pesado para a sua es-trutura financeira ?

A resposta a esta questão não é simples mas pode ser colmatada, em parte, mediante recurso aos sistemas de incentivos criados precisamente para ajudar as organizações a inovar e a modernizar as estruturas com vista a melhorar a competitividade.

Pese embora as medidas de apoio financeiro existentes, os níveis de confiança são insuficientes para superar o fator risco associado ao investimento.

A propósito do risco nos processos de inovação, julgamos oportuno citar Peter Drucker:

“qualquer atividade económica é de alto risco e não inovar, - isto é preservar o passado- é muito mais ar-riscado do que construir o futuro”

7.1. As regiões do Vale do Ave, Cávado e Lima.

A Região Norte de Portugal, onde se concentra a esmagadora maioria das empresas da ITV, designadamente, no Vale do Ave, Cávado e Lima, reune condições adequadas ao investimento produtivo, comercial, logístico e tecnológico dado que dispõe de infraestruturas técnicas e sociais imprescindíveis à Inovação e ao Empre-endedorismo, tais como: Empresas exportadoras e Empresários experientes, Quadros técnicos qualificados, Centros Tecnológicos, Parques de Ciência e Tecnologia, Escolas Profissionais, Associações empresarias e estabelecimemntos de ensino superior

A população residente regista crescimento, é a mais jovem do país. Os recursos humanos, a logística e infra-estruturas disponíveis são adequados para apoiar os projetos empresariais. Tem, ainda, património de conhe-cimento e experiência de gestão industrial, equipamentos culturais e desportivos essenciais para assegurar qualidade de vida.

A Região Norte é um dos pilares da economia portuguesa devido à dinâmica industrial exportadora e criadora de emprego. Se no passado o modelo de desenvolvimento se baseava no baixo custo da mão-de-obra pouco qualificada, hoje, pelo contrário, vive num ciclo baseado na formação intensiva dos seus recursos humanos, colocando o conhecimento, a tecnologia e a inovação no centro das suas prioridades, numa verdadeira apos-ta nas pessoas e sua qualificação.

Com redes de infra-estruturas, modernas e de elevado potencial, de ensino, de ciência, de saúde, de despor-to, de cultura e de comunicações, é possível afirmar que a Região Norte aposta no desenvolvimento futuro de uma forma integrada e sustentável.

A rede de ensino superior, de ciência e tecnologia, integrando as universidades e institutos politécnicos, os centros e os institutos de investigação, constituem hoje em dia um exemplo de qualidade e capacidade de ligação com as empresas, havendo mais projetos conjuntos entre as empresas e as instituições de I&D.

É neste contexto que devem ser identificadas e divulgadas as capacidades existentes que possam contribuir para a definição de estratégias inovadoras suportadas no conhecimento do potencial das regiões tendo em vista:

- Apoiar os empreendedores na construção de novos negócios.

- Criar empresas com recursos humanos qualificados.

- Promover a Região como local receptivo ao investimento na inovação e no conhecimento dos setores de atividade, principalmente nos relacionados com a indústria têxtil e do vestuário.

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68 GUIA DE ORIENTAÇÃO PARA A INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO DO CLUSTER TÊXTIL MODA NOS VALES DO AVE E CÁVADO 69

- Oferecer ao mercado produtos e serviços diferenciados e de maior valor acrescentado.

Vejamos os gráficos e quadros seguintes:

População Residente na Região do Vale do Ave por grupos etários (2001,2006 e 2010)

População Residente na Região do Cávado por grupos etários (2001,2006 e 2010)

Os números da população residente nas regiões do Ave e Cávado e a distribuição por grupos etários evi-denciam a concentração de recursos na faixa etária da população ativa, mostram dimensão adequada para implementar negócios e denotam potencial significativo para o desenvolvimento da atividade económica.

Os quadros seguintes permitem confrontar dados sobre o pessoal em I&D, a tempo integral, e o nível de utilização nas regiões.

Pessoal em Investigação e Desenvolvimento (I&D) por NUTS III, 2008

Pessoal em I&D (Equivalente a Tempo Integral)

Total Por sector de execução

Empresas Estado Ensino superior Instituições privadas sem fins lucrativos

Portugal 47 882 14 510 4 582 24 412 4 378

Continente 46 947 14 417 4 339 23 909 4 281

Norte 12 409 4 138 349 6 536 1 386

Minho-Lima 425 214 15 196 0

Cávado 1 739 345 33 1 358 3

Ave 1 145 587 8 493 56

Grande Porto 7 413 2 258 257 3 574 1 323

Tâmega 283 139 2 142 0

Entre Douro e Vouga 587 558 0 29 0

Douro 471 16 18 432 5

Alto Trás-os-Montes 346 20 15 311 0

Fonte: Anuário Estatístico da Região Norte, 2009

Os valores acima mostram que o número de pessoas alocadas em I&D na região Norte representa 26,4% do total nacional e de cerca de 28%, nas empresas, com destaque para o Grande Porto, Vale do Ave e Cávado

Despesa em Investigação e Desenvolvimento (I&D) por NUTS III, 2008

Despesa em I&DPor sector de execução Por fonte de financiamento

Unidades de investigação

Total Empresas Estado Ensino superior

Instituições privadas sem fins lucrativos

Empresas Estado Ensino superior Instituições privadas sem fins lucrativos

Estrangeiro

N.º milhares de euros

Portugal 3 275 2 585 075 1 295 099 188 316 891 266 210 394 1 242 828 1 129 914 92 381 42 762 77 190

Continente 3 213 2 549 403 1 286 210 181 142 873 338 208 712 1 234 671 1 106 766 91 790 41 827 74 349

Norte 1 029 590 423 311 683 13 748 214 704 50 288 289 454 238 793 32 555 13 835 15 787

Minho-Lima 39 17 206 11 064 725 5 416 0 10 136 4 749 2 252 0 69

Cávado 103 69 150 14 189 679 54 164 118 13 741 51 096 1 741 354 2 217

Ave 126 108 215 81 607 360 21 389 4 860 72 578 27 922 2 361 4 190 1 165

Grande Porto 540 326 012 164 746 10 614 105 499 45 153 155 877 129 677 20 026 9 085 11 347

Tâmega 49 9 871 6 186 175 3 510 0 5 681 1 189 2 931 69 0

Entre Douro e Vouga 107 32 020 31 370 0 649 0 29 291 1 558 582 0 588

Douro 42 18 807 1 846 924 15 880 157 1 482 16 731 136 136 321

Alto Trás-os-Montes 23 9 142 674 271 8 198 0 667 5 871 2 525 0 79

As despesas em I&D a Norte equivalem a cerca de 32% do total nacional. Por setor de execução, as Empresas representam cerca de 24% do total. Quanto às fontes de financiamento estas assumiram maior valor que o Estado.

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70 GUIA DE ORIENTAÇÃO PARA A INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO DO CLUSTER TÊXTIL MODA NOS VALES DO AVE E CÁVADO 71

Indicadores de inovação empresarial por NUTS II, segundo as actividades económicas, 2006-2008

Unidade: %

Empresas com actividades de inovação Empresas com financiamento público para inovação Empresas com cooperação para a inovação

Total Indústria Construção Serviços Total Indústria Construção Serviços Total Indústria Construção Serviços

Portugal 58,1 54,4 81,4 63,8 11,1 10,9 15,6 11,3 24,8 23,6 39,6 26,4

Continente 58,1 54,4 82,9 63,9 11,0 10,8 17,7 11,2 25,5 24,0 44,8 27,4

Norte 51,5 48,5 87,2 60,1 11,4 10,1 21,1 14,3 21,3 20,2 44,1 23,7

Centro 62,6 63,5 39,1 61,0 13,9 13,2 x 15,4 28,5 29,4 x 26,5

Lisboa 67,1 63,5 88,9 68,8 8,6 9,1 17,6 8,3 27,3 21,4 52,3 29,8

Alentejo 52,4 50,9 100,0 54,3 7,3 9,2 x 4,8 24,8 33,5 x 13,6

Algarve 61,9 54,7 x 66,4 8,8 8,1 x 9,2 17,9 17,3 x 18,1

R.A. Açores 57,8 58,1 50,0 57,7 19,1 22,1 x 17,2 26,9 20,0 x 32,7

R.A. Madeira 58,3 46,7 100,0 67,0 10,4 13,0 x 9,1 24,0 28,9 x 21,8

Intensidade de inovação Volume de negócios resultantes da venda de produtos novos

Total Indústria Construção Serviços Total Indústria Construção Serviços

Portugal 1,3 1,9 0,3 1,0 22,3 24,7 45,8 20,7

Continente 1,4 1,9 0,3 1,1 22,5 24,5 49,1 21,1

Norte 1,8 2,6 0,4 1,3 17,6 24,8 7,3 12,0

Centro 3,7 4,5 x 1,6 25,1 25,4 x 23,8

Lisboa 0,9 0,9 0,3 0,9 23,1 24,6 65,6 22,0

Alentejo 1,9 1,9 x 2,0 34,3 15,9 x 61,7

Algarve 0,9 2,4 x 0,5 21,9 33,4 x 17,5

R.A. Açores 0,9 1,5 ə 0,4 33,7 66,1 x 10,2

R.A. Madeira 0,5 0,4 x 0,5 16,0 7,2 5,0 18,5

Fonte: Anuário Estatístico da Região Norte, 2009

Os indicadores sobre a inovação empresarial revelam que a percentagem de 51% a Norte é inferior às restantes regiões, porém, os da intensidade da inovação, o conjunto Norte e Centro assumem os valores mais elevados.

Indicadores demográficos das empresas por NUTS III, 2008

Taxa de natalidade Taxa de natalidade nas indústrias transformadoras

Taxa de natalidade na construção

Taxa de natalidade nos serviços

“Taxa de sobrevivência(a dois anos)”

Número médio de pessoal ao serviço nos nascimentos de empresas

% N.º

Portugal 14,17 7,30 10,68 15,50 54,07 1,35

Continente 14,11 7,26 10,32 15,46 53,98 1,35

Norte 13,51 7,94 9,39 14,93 56,98 1,44

Minho-Lima 11,97 6,38 8,85 13,60 61,15 1,43

Cávado 13,55 8,48 9,58 15,19 59,33 1,55

Ave 13,63 8,89 10,00 15,26 59,96 1,57

Grande Porto 14,52 7,56 9,62 15,59 53,25 1,31

Fonte: Anuário Estatístico da Região Norte, 2009

Indicadores de empresas por NUTS III, 2008 Unidade: %

Proporção do VAB das empresas em sectores de alta e média-alta tecnologia

Proporção dos nascimentos de empresas em sectores de alta e média-alta tecnologia

Proporção de pessoal ao serviço em actividades de tecnologias da informação e da comunicação (TIC)

Proporção de pessoal ao serviço das empresas maioritariamente estrangeiras

Indicador de concentração do volume de negócios dos municípios

Indicador de concentração do valor acrescentado bruto dos municípios

Portugal 10,9 2,1 1,9 8,0 64,3 63,7

Continente 11,3 2,1 1,9 8,2 63,7 63,1

Norte … 1,8 … 4,2 59,0 57,5

Minho-Lima 9,6 1,7 0,3 8,1 45,4 46,0

Cávado … 2,1 2,2 2,1 46,2 45,8

Ave 6,8 1,3 0,4 4,2 38,9 38,8

Grande Porto 9,3 2,3 2,2 5,0 35,6 36,5

Fonte: Anuário Estatístico da Região Norte, 2009

Os indicadores da demografia empresarial servem para analisar a dinâmica de natalidade e de sobrevivência das empresas. O confronto dos indicadores: VAB das empresas de média e alta tecnologia, a proporção dos nascimentos de empresas, pessoal ao serviço, atividades das TIC e volume de negócios mostra a consistên-cia económica das unidades de I&D nas regiões.

Pessoal ao serviço nas empresas por município da sede, segundo a CAE-Rev.3, 2008 Unidade: N.º

Portugal

Total 3 861 726

Indústria Transformadora 773 090

% Indústria Transformadora 20,02%

Norte Minho-Lima Cávado Ave Grande Porto Tâmega Entre Douro e Vouga

Douro Alto Trás-os-Montes

Total 1 274 318 70 156 141 081 194 410 511 480 170 857 109 857 38 931 37 546

Indústria Transformadora 398 705 17 833 46 353 100 865 97 369 68 888 57 818 4 869 4 710

% Indústria Transformadora 31,29% 25,42% 32,86% 51,88% 19,04% 40,32% 52,63% 12,51% 12,54%

Minho-Lima Arcos de Valdevez

Caminha Melgaço Monção Paredes de Coura

Ponte da Barca

Ponte de Lima

Valença Viana do Castelo

Vila Nova de Cerveira

Total 70 156 4 010 4 543 1 295 4 255 1 474 2 231 10 309 5 299 32 631 4 109

Indústria Transformadora 17 833 943 610 213 940 327 266 2 402 1 128 8 854 2 150

% Indústria Transformadora 25,42% 23,52% 13,43% 16,45% 22,09% 22,18% 11,92% 23,30% 21,29% 27,13% 52,32%

Cávado Amares Barcelos Braga Esposende Terras de Bouro

Vila Verde

Total 141 081 4 805 45 741 64 802 13 076 1 047 11 610

Indústria Transformadora 46 353 877 22 809 15 434 3 929 122 3 182

% Indústria Transformadora 32,86% 18,25% 49,87% 23,82% 30,05% 11,65% 27,41%

Ave Fafe Guimarães Póvoa de Lanhoso

Santo Tirso Trofa Vieira do Minho

Vila Nova de Famalicão

Vizela

Total 194 410 15 314 65 779 5 630 25 216 16 827 2 295 54 618 8 731

Indústria Transformadora 100 865 6 984 35 892 2 079 13 299 7 720 217 28 838 5 836

% Indústria Transformadora 51,88% 45,61% 54,56% 36,93% 52,74% 45,88% 9,46% 52,80% 66,84%

Grande Porto Espinho Gondomar Maia Matosinhos Porto Póvoa de Varzim

Valongo Vila do Conde

Vila Nova de Gaia

Total 511 480 9 565 34 803 63 530 91 389 145 722 21 934 24 633 28 290 91 614

Indústria Transformadora 97 369 1 817 9 135 16 111 11 672 12 593 4 823 5 851 10 574 24 793

% Indústria Transformadora 19,04% 19,00% 26,25% 25,36% 12,77% 8,64% 21,99% 23,75% 37,38% 27,06%

Fonte: Anuário Estatístico da Região Norte, 2009

Page 38: Guia de Orientação para a Inovação e Empreendedorismo do

72 GUIA DE ORIENTAÇÃO PARA A INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO DO CLUSTER TÊXTIL MODA NOS VALES DO AVE E CÁVADO 73

Os dados sobre o pessoal ao serviço na indústria transformadora por municípios aponta para elevada concentra-ção do volume de emprego nas zonas do Ave, Cávado e Grande Porto, onde a ITV tem a sua maior implantação.

Rácios económico-financeiros das empresas por NUTS III, 2008

Produtividade do capital fixo

Produtividade aparente do trabalho

Custos com o pessoal per capita

Peso dos custos com o pessoal no VAB

Taxa de investimento Taxa de valor acrescentado bruto

Rendibilidade operacional das vendas

N.º milhares de euros %

Portugal 0,26 22,21 13,40 60,18 29,43 34,28 4,24

Continente 0,26 22,23 13,42 60,18 28,96 34,13 4,23

Norte 0,31 17,96 11,62 64,42 26,88 35,03 3,79

Minho-Lima 0,31 15,53 10,07 66,43 29,33 31,57 3,90

Cávado 0,39 16,55 10,91 65,71 28,46 34,66 4,03

Ave 0,32 16,28 11,03 68,08 18,23 34,32 3,55

Grande Porto 0,28 21,45 13,36 61,66 29,73 34,90 3,97

Tâmega 0,43 12,93 9,48 72,97 18,67 39,85 2,63

Entre Douro e Vouga 0,33 17,79 11,90 66,32 18,39 31,17 3,29

Douro 0,26 14,43 9,17 63,51 36,70 42,10 3,62

Alto Trás-os-Montes 0,24 16,12 8,16 50,78 58,13 44,71 5,97

Coeficiente capital-emprego

Rentabilidade dos capitais próprios

Cobertura do imobilizado

Autonomia financeira

Solvabilidade Endividamento Liquidez reduzida

Liquidez imediata

milhares de euros % N.º

Portugal 45,53 4,28 1,40 0,28 0,40 0,72 0,86 0,19

Continente 44,68 4,24 1,37 0,27 0,37 0,73 0,82 0,18

Norte 30,73 3,50 1,39 0,28 0,39 0,72 0,87 0,20

Minho-Lima 26,91 6,23 1,19 0,28 0,39 0,72 0,73 0,21

Cávado 21,28 5,53 1,52 0,24 0,32 0,76 0,84 0,17

Ave 20,08 2,84 1,41 0,32 0,46 0,68 0,95 0,26

Grande Porto 44,74 3,45 1,36 0,27 0,37 0,73 0,85 0,19

Tâmega 13,84 0,52 1,44 0,30 0,42 0,70 0,87 0,20

Entre Douro e Vouga 20,24 3,15 1,58 0,32 0,47 0,68 0,87 0,15

Douro 33,00 4,50 1,09 0,27 0,38 0,73 0,78 0,20

Alto Trás-os-Montes 43,00 6,51 1,24 0,22 0,29 0,78 1,16 0,34

Fonte: Anuário Estatístico da Região Norte, 2009

Os rácios económicos da produtividade do capital fixo revelam que a Norte é mais elevada que a média do país. Mas, o indicador dos custos com o pessoal “per capita” está a baixo da média, o que denota a existên-cia de condições para novos investimentos.

Empresas por município da sede, segundo a CAE-Rev.3, 2008

Unidade: N.º

Portugal

Total 1 096 255

Indústria Transformadora 79 589

% Indústria Transformadora 7,26%

Norte Minho-Lima Cávado Ave Grande Porto

Tâmega Entre Douro e Vouga

Douro Alto Trás-os-Montes

Total 355 991 22 826 39 533 45 399 142 978 42 053 28 849 16 503 17 850

Indústria Transformadora 37 872 1 739 5 198 7 660 9 766 6 685 4 672 1 026 1 126

% Indústria Transformadora 10,64% 7,62% 13,15% 16,87% 6,83% 15,90% 16,19% 6,22% 6,31%

Minho-Lima Arcos de Valdevez

Caminha Melgaço Monção Paredes de Coura

Ponte da Barca

Ponte de Lima

Valença Viana do Castelo

Vila Nova de Cerveira

Total 22 826 1 679 2 055 674 1 839 681 921 3 366 1 531 9 122 958

Indústria Transformadora 1 739 116 97 47 132 46 53 284 93 799 72

% Indústria Transformadora 7,62% 6,91% 4,72% 6,97% 7,18% 6,75% 5,75% 8,44% 6,07% 8,76% 7,52%

Cávado Amares Barcelos Braga Esposende Terras de Bouro

Vila Verde

Total 39 533 1 580 11 194 18 767 3 581 500 3 911

Indústria Transformadora 5 198 116 2 906 1 343 409 18 406

% Indústria Transformadora 13,15% 7,34% 25,96% 7,16% 11,42% 3,60% 10,38%

Ave Fafe Guimarães Póvoa de Lanhoso

Santo Tirso Trofa Vieira do Minho

Vila Nova de Famalicão

Vizela

Total 45 399 4 541 14 213 1 809 6 110 3 908 944 12 036 1 838

Indústria Transformadora 7 660 900 2 511 271 1 018 668 54 1 845 393

% Indústria Transformadora 16,87% 19,82% 17,67% 14,98% 16,66% 17,09% 5,72% 15,33% 21,38%

Grande Porto Espinho Gondomar Maia Matosinhos Porto Póvoa de Varzim

Valongo Vila do Conde

Vila Nova de Gaia

Total 142 978 3 700 15 134 14 887 19 483 37 001 6 463 9 138 7 189 29 983

Indústria Transformadora 9 766 238 1 822 1 061 990 1 408 515 878 625 2 229

% Indústria Transformadora 6,83% 6,43% 12,04% 7,13% 5,08% 3,81% 7,97% 9,61% 8,69% 7,43%

Fonte: Anuário Estatístico da Região Norte, 2009

Page 39: Guia de Orientação para a Inovação e Empreendedorismo do

74 GUIA DE ORIENTAÇÃO PARA A INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO DO CLUSTER TÊXTIL MODA NOS VALES DO AVE E CÁVADO 75

Ganho médio mensal dos trabalhadores por conta de outrem nos estabelecimentos por município, se-gundo o sector de actividade (CAE-Rev.3) e o sexo, 2008

Unidade: €

Total Primário Secundário Terciário

HM H M HM H M HM H M HM H M

Portugal 1 008,0 1 112,4 871,6 714,5 761,8 614,5 915,4 985,4 747,3 1 067,0 1 227,9 915,3

Norte 877,3 961,2 765,6 619,4 645,2 568,4 801,9 880,0 656,8 949,9 1 064,5 836,5

Minho-Lima 790,4 869,5 697,6 633,2 705,7 511,1 775,6 850,4 642,9 806,8 898,2 731,8

Arcos de Valdevez 699,4 752,4 648,9 530,6 545,6 470,9 669,9 733,8 602,0 741,0 785,8 704,5

Caminha 812,3 887,5 729,8 937,3 1 209,0 492,8 788,8 865,1 602,3 821,4 891,6 773,0

Melgaço 708,9 768,6 653,5 485,3 515,8 446,2 648,1 659,5 611,6 739,6 870,9 663,8

Monção 701,8 758,1 633,6 592,9 631,6 494,1 682,2 730,1 552,0 719,2 801,8 663,1

Paredes de Coura 814,9 820,3 811,0 640,6 606,0 856,9 620,3 657,9 589,4 950,3 972,4 937,2

Ponte da Barca 718,0 717,6 718,6 617,8 648,4 … 690,7 689,9 697,1 737,6 754,6 722,9

Ponte de Lima 705,4 761,6 631,4 550,7 600,7 508,1 639,3 682,4 559,9 781,5 878,6 688,6

Valença 792,4 890,1 673,1 576,5 603,5 541,7 824,7 896,0 657,3 782,4 895,2 680,5

Viana do Castelo 848,0 949,1 725,4 662,0 730,1 492,8 859,4 950,6 685,1 840,2 951,9 749,7

Vila Nova de Cerveira 830,7 931,0 730,2 524,9 527,5 517,2 849,4 994,6 709,3 811,4 864,0 756,8

Cávado 812,2 892,2 708,2 559,8 585,0 515,1 773,7 846,1 654,4 861,5 966,5 758,0

Amares 753,8 812,4 644,6 567,9 628,8 514,8 756,5 780,5 668,5 762,5 877,9 641,7

Barcelos 728,3 804,9 647,5 559,4 581,8 519,2 698,1 783,8 606,5 801,1 862,9 739,1

Braga 900,4 982,6 781,1 569,5 585,9 527,0 880,9 935,0 758,3 917,3 1 036,5 793,0

Esposende 719,1 785,6 640,1 490,4 479,2 512,7 706,1 767,0 602,0 739,9 829,6 673,9

Terras de Bouro 746,6 879,2 621,8 460,4 481,8 433,8 1 004,1 1 034,0 805,7 656,2 744,5 610,2

Vila Verde 688,4 729,1 629,3 585,9 619,7 500,0 650,2 698,4 549,3 751,5 806,4 705,7

Ave 773,6 852,5 681,8 571,5 592,3 531,2 739,0 832,1 618,8 842,5 903,0 785,2

Fafe 661,7 717,9 610,9 499,9 506,5 492,4 614,5 675,4 563,7 745,5 786,2 703,6

Guimarães 745,4 807,6 675,1 553,6 576,3 516,8 704,1 773,2 617,6 830,7 891,0 775,0

Póvoa de Lanhoso 685,1 729,7 633,6 571,1 595,9 519,8 646,0 702,0 565,5 756,8 801,6 722,0

Santo Tirso 759,6 846,1 667,0 646,5 663,8 607,4 718,3 816,9 603,2 842,6 916,0 777,2

Trofa 884,6 958,3 758,2 526,2 558,7 491,5 904,7 965,4 774,1 855,5 948,9 743,6

Vieira do Minho 648,7 658,3 633,8 525,3 501,9 655,8 590,4 598,3 560,8 699,2 751,0 655,5

Vila Nova de Famalicão 842,9 937,9 725,0 586,9 608,5 537,3 809,8 932,1 634,9 907,7 959,1 858,6

Vizela 640,0 707,2 583,1 497,7 516,2 442,3 614,4 690,2 550,3 716,0 760,3 679,1

Grande Porto 1 037,6 1 136,9 899,3 653,3 673,7 605,1 966,7 1 036,0 784,3 1 071,9 1 204,6 930,1

Espinho 791,7 869,7 715,0 // // // 755,9 822,6 644,6 807,5 899,4 735,8

Gondomar 800,2 846,7 729,1 599,0 599,0 // 755,7 791,1 656,6 830,4 900,8 755,7

Maia 1 065,3 1 161,9 890,9 583,4 596,3 553,8 1 017,5 1 081,7 845,4 1 101,2 1 235,9 913,0

Matosinhos 1 099,2 1 221,4 918,5 889,1 859,3 1 011,7 1 157,2 1 217,1 930,5 1 077,4 1 226,5 916,2

Porto 1 193,9 1 335,2 1 032,3 920,9 1 037,2 773,3 1 155,1 1 231,6 938,5 1 200,5 1 360,5 1 040,5

Póvoa de Varzim 811,6 921,1 678,3 621,9 647,5 560,1 782,8 906,1 578,1 839,0 950,2 731,8

Valongo 843,5 920,3 730,6 545,7 581,2 458,9 826,5 888,4 679,9 859,2 958,4 755,8

Vila do Conde 885,5 965,7 751,6 577,8 599,1 528,8 894,0 972,2 730,1 890,4 978,7 778,8

Vila Nova de Gaia 950,2 1 021,9 841,8 555,2 551,1 564,6 909,7 962,0 768,5 978,0 1 079,7 869,6

Fonte: Anuário Estatístico da Região Norte, 2009

Os valores referentes ao Ganho Mensal Médio dos trabalhadores nas regiões do Ave e Cávado situam-se abaixo dos praticados no Grande Porto e da média nacional. A situação reflete que o custo da mão de obra não será obstáculo para novos investimentos.

Trabalhadores por conta de outrem nos estabelecimentos por município, segundo o nível de habilita-ções, 2008

Unidade: N.º

Total Nível de habilitações

Inferior ao 1º ciclo do ensino básico

1º ciclo do ensino básico

2º ciclo do ensino básico

3º ciclo do ensino básico

Ensino secundário

Bacharelato Licenciatura Mestrado Doutoramento

Portugal 2 267 915 26 640 434 894 435 319 525 037 502 989 51 269 259 846 14 229 2 969

Norte 767 668 8 437 163 361 188 690 171 854 143 080 14 753 71 126 4 105 1 157

Minho-Lima 42 308 328 6 359 10 932 11 917 8 511 753 3 321 111 38

Arcos de Valdevez 3 408 15 620 870 921 694 30 243 9 0

Caminha 2 438 … 479 536 590 501 41 252 … …

Melgaço 821 4 105 245 181 203 10 70 3 0

Monção 2 411 20 420 584 672 505 43 160 5 0

Paredes de Coura 1 097 16 167 260 301 155 20 172 0 5

Ponte da Barca 1 373 … 331 328 315 266 13 92 … 0

Ponte de Lima 6 607 34 781 2 078 2 046 1 081 118 446 10 10

Valença 3 046 42 522 682 979 598 34 180 … …

Viana do Castelo 18 229 133 2 499 4 686 5 030 3 929 396 1 475 51 17

Vila Nova de Cerveira 2 878 16 435 663 882 579 48 231 14 …

Cávado 86 791 770 16 021 25 164 20 612 15 596 984 7 008 379 113

Amares 3 055 27 823 949 611 399 32 200 7 6

Barcelos 26 726 245 5 112 9 864 6 304 3 582 198 1 328 63 13

Braga 43 558 332 7 506 9 793 10 764 9 392 630 4 705 250 88

Esposende 6 411 54 1 100 2 275 1 314 1 199 57 372 … …

Terras de Bouro 831 38 182 166 221 152 19 50 … 0

Vila Verde 6 210 74 1 298 2 117 1 398 872 48 353 27 3

Ave 128 901 1 511 32 182 38 270 28 242 18 884 1 356 7 445 719 159

Fafe 9 379 88 1 783 3 431 2 481 1 148 65 337 30 11

Guimarães 43 476 497 11 875 12 963 8 892 6 326 377 2 259 205 39

Póvoa de Lanhoso 3 857 39 864 1 205 998 542 29 149 … …

Santo Tirso 16 589 150 4 777 5 034 3 247 2 213 144 938 48 16

Trofa 10 715 127 2 511 2 605 2 552 1 790 176 851 66 24

Vieira do Minho 1 394 10 273 439 384 207 … 67 0 …

Vila Nova de Famalicão 37 655 530 8 082 10 830 8 538 6 017 532 2 687 340 62

Vizela 5 836 70 2 017 1 763 1 150 641 … 157 … …

Grande Porto 295 195 2 847 53 783 53 282 66 370 67 725 8 446 39 599 2 083 598

Espinho 4 503 101 1 069 936 1 000 938 95 329 18 7

Gondomar 18 462 324 4 194 4 043 4 532 3 767 333 1 171 68 10

Maia 37 895 336 7 213 6 932 8 830 8 819 1 055 4 351 240 70

Matosinhos 42 146 495 7 323 6 714 9 358 10 431 1 647 5 746 289 51

Porto 94 155 535 13 550 12 734 19 535 24 492 3 293 18 514 991 383

Póvoa de Varzim 12 832 136 2 461 3 555 3 182 2 063 213 1 143 45 3

Valongo 12 721 184 2 898 2 806 3 198 2 463 218 892 35 11

Vila do Conde 17 990 194 3 496 4 569 4 535 3 298 381 1 405 63 22

Vila Nova de Gaia 54 491 542 11 579 10 993 12 200 11 454 1 211 6 048 334 41

Fonte: Anuário Estatístico da Região Norte, 2009

O quadro evidencia que a população ativa a Norte está concentrada em cerca de 66,5% nas áreas do Cáva-do, Ave e Grande Porto. No que se refere ao nível das habilitações a maioria está no 1º. e 2º. Ciclo do ensino básico. Esta situação condiciona o desenvolvimento de atividades. Contudo, verifica-se que o número de licenciaturas a Norte representa cerca de 27,3% da média nacional.

Page 40: Guia de Orientação para a Inovação e Empreendedorismo do

76 GUIA DE ORIENTAÇÃO PARA A INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO DO CLUSTER TÊXTIL MODA NOS VALES DO AVE E CÁVADO 77

Ganho médio mensal dos trabalhadores por conta de outrem nos estabelecimentos por município, se-gundo o nível de habilitações, 2008

Unidade: €

Total Nível de habilitações

Inferior ao 1º ciclo do ensino básico

1º ciclo do ensino básico

2º ciclo do ensino básico

3º ciclo do ensino básico

Ensino secundário

Bacharelato Licenciatura Mestrado Doutoramento

Portugal 1 008,0 636,4 727,0 741,3 837,8 1 083,9 1 786,5 1 954,5 2 017,6 2 221,8

Continente 1 010,4 631,3 723,6 739,7 837,9 1 085,6 1 784,5 1 957,3 2 016,0 2 233,0

Norte 877,3 597,8 681,8 681,2 765,1 976,1 1 593,9 1 738,7 1 697,3 2 044,3

Minho-Lima 790,4 593,3 675,5 670,9 702,8 832,0 1 280,5 1 488,4 1 480,2 1 479,6

Arcos de Valdevez 699,4 500,8 595,0 593,7 633,6 745,0 1 272,3 1 386,3 1 275,4 //

Caminha 812,3 597,9 701,8 664,8 703,1 802,8 1 133,0 1 528,2 1 506,0 …

Melgaço 708,9 525,2 597,9 552,9 639,5 788,3 1 216,4 1 273,8 1 501,1 //

Monção 701,8 527,3 623,7 642,7 651,6 732,7 1 010,8 1 134,7 1 991,5 //

Paredes de Coura 814,9 637,5 621,7 597,6 615,7 796,0 1 719,5 1 613,6 // 669,5

Ponte da Barca 718,0 617,0 635,6 625,7 644,4 802,5 1 369,3 1 288,8 … //

Ponte de Lima 705,4 595,4 622,0 621,8 617,2 834,7 1 021,8 1 240,5 943,4 1 284,4

Valença 792,4 658,6 685,2 700,8 718,2 868,9 1 580,6 1 454,5 1 503,1 1 588,8

Viana do Castelo 848,0 585,2 731,8 718,2 757,7 860,8 1 342,0 1 591,1 1 531,5 1 567,1

Vila Nova de Cerveira 830,7 581,5 642,6 686,3 745,2 848,3 1 375,4 1 697,7 1 711,1 …

Cávado 812,2 607,9 691,5 672,3 726,2 897,7 1 485,5 1 527,8 1 510,3 1 890,8

Amares 753,8 581,9 632,7 642,0 702,0 841,2 1 371,0 1 654,0 1 125,9 1 604,9

Barcelos 728,3 610,9 657,9 635,8 682,3 860,0 1 271,5 1 466,4 1 165,1 1 117,3

Braga 900,4 623,2 744,8 734,2 775,9 938,6 1 598,1 1 571,1 1 629,9 2 084,0

Esposende 719,1 578,1 635,6 629,3 644,8 779,7 1 326,8 1 427,4 1 683,3 1 134,0

Terras de Bouro 746,6 581,2 607,2 615,7 699,8 830,9 1 615,7 1 433,7 … //

Vila Verde 688,4 574,1 611,6 620,0 633,0 811,6 1 103,6 1 228,5 1 127,8 904,5

Ave 773,6 579,0 644,1 640,9 720,2 923,2 1 572,3 1 647,2 1 392,5 2 053,1

Fafe 661,7 537,3 590,3 585,4 627,7 821,7 1 119,8 1 310,4 1 930,1 1 993,4

Guimarães 745,4 591,0 625,7 633,3 701,5 905,0 1 494,9 1 586,0 1 368,1 1 391,2

Póvoa de Lanhoso 685,1 595,6 615,0 609,1 624,3 813,6 1 256,2 1 363,3 1 554,2 1 970,4

Santo Tirso 759,6 572,5 626,1 637,0 715,1 920,7 1 586,0 1 705,3 1 744,2 1 940,4

Trofa 884,6 618,6 712,4 727,4 804,4 951,4 1 579,0 1 752,2 1 592,0 3 198,8

Vieira do Minho 648,7 546,4 629,7 575,5 594,6 776,1 1 089,8 1 042,6 // …

Vila Nova de Famalicão 842,9 571,5 692,2 664,8 773,1 979,9 1 707,7 1 731,7 1 262,2 2 101,7

Vizela 640,0 541,6 578,8 578,3 624,8 821,1 1 515,7 1 417,2 1 119,4 …

Grande Porto 1 037,6 617,6 739,4 761,4 861,4 1 074,7 1 714,6 1 874,0 1 853,1 2 231,6

Espinho 791,7 552,9 656,5 634,5 663,3 935,7 1 420,2 1 461,4 2 066,3 1 864,4

Gondomar 800,2 547,3 688,1 687,5 727,5 881,4 1 288,1 1 501,7 1 466,5 1 401,4

Maia 1 065,3 624,7 743,5 831,1 900,9 1 135,9 1 783,9 1 950,0 2 002,0 2 609,1

Matosinhos 1 099,2 703,9 825,4 836,3 927,2 1 071,1 1 758,8 1 894,9 1 760,3 1 576,4

Porto 1 193,9 601,7 740,3 792,5 934,7 1 165,6 1 786,6 1 962,4 1 922,6 2 430,0

Póvoa de Varzim 811,6 632,3 702,1 662,7 715,7 895,5 1 493,3 1 495,2 1 515,0 836,4

Valongo 843,5 606,1 714,9 694,5 772,7 949,8 1 472,5 1 559,7 1 495,6 1 078,5

Vila do Conde 885,5 579,7 724,8 731,9 779,5 958,8 1 614,0 1 736,7 2 016,6 1 912,6

Vila Nova de Gaia 950,2 618,0 726,1 734,9 822,6 1 003,9 1 652,7 1 772,9 1 739,3 1 396,0

Fonte: Anuário Estatístico da Região Norte, 2009

Volume de negócios nas empresas por município da sede, segundo a CAE-Rev.3, 2008 Unidade: milhares de euros

Portugal

Total 368 392 426

Industria Transformadora 83 071 315

% Indústria Transformadora 22,55%

Norte Minho-Lima Cávado Ave Grande Porto Tâmega Entre Douro e Vouga

Douro Alto Trás-os-Montes

Total 96 879 051 4 557 268 9 777 776 12 675 934 48 808 525 8 154 147 8 460 018 2 154 717 2 290 667

Industria Transformadora 29 378 998 1 771 831 2 731 822 6 029 942 10 708 676 2 610 264 4 737 494 366 094 422 875

% Indústria Transformadora 30,33% 38,88% 27,94% 47,57% 21,94% 32,01% 56,00% 16,99% 18,46%

Minho-Lima Arcos de Valdevez

Caminha Melgaço Monção Paredes de Coura

Ponte da Barca

Ponte de Lima Valença Viana do Castelo

Vila Nova de Cerveira

Total 4 557 268 191 566 187 979 56 381 203 107 71 483 110 301 654 603 350 106 2 325 951 405 791

Industria Transformadora 1 771 831 48 913 16 326 8 857 46 235 13 919 10 362 215 268 84 445 1 052 811 274 696

% Indústria Transformadora 38,88% 25,53% 8,68% 15,71% 22,76% 19,47% 9,39% 32,89% 24,12% 45,26% 67,69%

Cávado Amares Barcelos Braga Esposende Terras de Bouro

Vila Verde

Total 9 777 776 571 854 2 520 296 5 252 784 773 218 44 988 614 636

Industria Transformadora 2 731 822 67 533 1 071 682 1 144 228 313 067 11 503 123 809

% Indústria Transformadora 27,94% 11,81% 42,52% 21,78% 40,49% 25,57% 20,14%

Ave Fafe Guimarães Póvoa de Lanhoso

Santo Tirso Trofa Vieira do Minho

Vila Nova de Famalicão

Vizela

Total 12 675 934 725 732 3 896 883 284 519 1 719 345 1 528 658 94 108 4 072 627 354 064

Industria Transformadora 6 029 942 312 960 1 832 816 102 931 757 278 711 525 4 968 2 096 872 210 592

% Indústria Transformadora 47,57% 43,12% 47,03% 36,18% 44,04% 46,55% 5,28% 51,49% 59,48%

Grande Porto Espinho Gondomar Maia Matosinhos Porto Póvoa de Varzim

Valongo Vila do Conde

Vila Nova de Gaia

Total 48 808 525 539 978 2 694 014 7 068 896 10 333 687 14 312 528 1 551 922 1 590 519 3 381 480 7 335 502

Industria Transformadora 10 708 676 99 270 549 004 2 049 034 1 750 590 1 633 457 203 386 328 147 1 765 914 2 329 874

% Indústria Transformadora 21,94% 18,38% 20,38% 28,99% 16,94% 11,41% 13,11% 20,63% 52,22% 31,76%

Fonte: Anuário Estatístico da Região Norte, 2009

Page 41: Guia de Orientação para a Inovação e Empreendedorismo do

78 GUIA DE ORIENTAÇÃO PARA A INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO DO CLUSTER TÊXTIL MODA NOS VALES DO AVE E CÁVADO 79

Valor acrescentado bruto nas empresas por município da sede, segundo a CAE-Rev.3, 2008

Unidade: milhares de euros

Portugal

Total 85 969 967

Industria Transformadora 18 923 047

% Indústria Transformadora 22,01%

Norte Minho-Lima Cávado Ave Grande Porto Tâmega Entre Douro e Vouga

Douro Alto Trás-os-Montes

Total 22 994 346 1 063 864 2 341 674 3 150 794 11 082 361 2 218 549 1 971 691 562 273 603 140

Industria Transformadora 7 676 425 370 658 755 170 1 788 524 2 512 872 846 786 1 218 616 89 110 94 687

% Indústria Transformadora 33,38% 34,84% 32,25% 56,76% 22,67% 38,17% 61,81% 15,85% 15,70%

Minho-Lima Arcos de Valdevez

Caminha Melgaço Monção Paredes de Coura

Ponte da Barca

Ponte de Lima Valença Viana do Castelo

Vila Nova de Cerveira

Total 1 063 864 51 479 50 319 16 549 51 668 17 097 21 419 146 290 72 507 555 966 80 569

Industria Transformadora 370 658 18 374 5 750 3 137 15 442 4 533 2 890 41 561 17 775 206 895 54 301

% Indústria Transformadora 34,84% 35,69% 11,43% 18,95% 29,89% 26,52% 13,49% 28,41% 24,52% 37,21% 67,40%

Cávado Amares Barcelos Braga Esposende Terras de Bouro

Vila Verde

Total 2 341 674 81 872 669 204 1 182 873 249 956 11 532 146 238

Industria Transformadora 755 170 17 899 316 326 303 328 75 984 2 418 39 215

% Indústria Transformadora 32,25% 21,86% 47,27% 25,64% 30,40% 20,96% 26,82%

Ave Fafe Guimarães Póvoa de Lanhoso

Santo Tirso Trofa Vieira do Minho

Vila Nova de Famalicão

Vizela

Total 3 150 794 183 238 981 779 75 656 397 552 366 891 22 337 1 023 263 100 078

Industria Transformadora 1 788 524 90 140 531 828 25 788 226 915 203 874 1 996 639 230 68 753

% Indústria Transformadora 56,76% 49,19% 54,17% 34,09% 57,08% 55,57% 8,94% 62,47% 68,70%

Grande Porto Espinho Gondomar Maia Matosinhos Porto Póvoa de Varzim

Valongo Vila do Conde

Vila Nova de Gaia

Total 11 082 361 166 331 564 310 1 640 464 2 158 216 3 413 829 392 378 403 341 586 454 1 757 038

Industria Transformadora 2 512 872 31 365 146 926 469 635 421 145 317 836 67 724 101 911 305 683 650 647

% Indústria Transformadora 22,67% 18,86% 26,04% 28,63% 19,51% 9,31% 17,26% 25,27% 52,12% 37,03%

Fonte: Anuário Estatístico da Região Norte, 2009

7.2. As infraestruturas

7.2.1. Os loteamentos Industriais

Os loteamentos industriais surgiram por volta do anos 30 no Reino Unido e disseminaram-se por toda a Euro-pa nos anos 40 e 50 numa lógica de agrupamento estrutural das atividades industriais para obter vantagens pela optimização dos espaços, racionalidade no ordenamento territorial e melhorar condições de segurança para os agentes económicos.

Em Portugal, no ano de 1973, surge a primeira regulamentação dos espaços industriais e a figura de Parque Industrial através do Dec. Lei 133/73 “....uma aglomeração planeada de unidades industriais cujo estabeleci-mento visa objetivos de fomento industrial”

A partir daqui, verificou-se a evolução significativa dos processos de criação e oferta que procuravam, em simultâneo, promover benefícios para as empresas e para o ordenamento dos espaços, fomentar o desenvol-vimento económico e social das regiões, captando investimentos e criando emprego.

Nos dias de hoje, os Parques Industriais estão disseminados por todo o país. Contudo há diferenças marcan-tes de qualidade quando se confronta a oferta existente com as exigências atuais do licenciamento industrial e condições nos domínios do ambiente, higiéne e segurança.

Assim, podemos distinguir as zonas industriais que correspondem a três fases de evolução dos processos de construção:

− 1 ª Fase: Zonas concebidas com o objetivo de promoção da construção de infraestruturas ordenadas e adequadas para instalações industriais.

− 2ª. Fase - Zonas criadas com vasta oferta de espaços qualificados que permitem criar condições vantajo-sas com acesso a vias rodoviárias, e oferta de equipamentos sociais e serviços de apoio que proporcionam economias às empresas industriais, comerciais e de serviços.

− 3ª. Fase - Áreas de Acolhimento Empresarial que têm por objetivo criar condições para apoiar e promover o Empreendedorismo local, incentivar as iniciativas e projectos de pequena e média dimensão e dinamizar processos de cooperação em rede optimizando as plataformas públicas de apoio e promover a Inovação.

A criação das Áreas de Acolhimento Empresarial (AAE) tem apresentado vários modelos correspondendo às orientações das políticas definidas para o ordenamento do solo industrial fora dos centros urbanos mas com acessibilidades rápidas para auto-estradas, aeroportos, portos de mar, por exemplo.

Porém, ao fazer a escolha das AAE que mais se adequam aos projetos das empresas há que ter em atenção o seguinte:

- Se o espaço for Zona Industrial destina-se à indústria e obedece a um Plano de Ordenamento Municipal. Normalmente tem limitações decorrentes do Plano Director que convém conhecer para avaliar as condicio-nantes ao crescimento da atividade empresarial e perspetivar eventuais custos de mudança a prazo.

- Se for Parque Industrial, é um espaço com infraestruturas para acolher indústrias. Pode estar ordenado ou não, poderá ter infraestruturas de apoio ou não. Trata-se de situações que devem merecer análise prévia por parte das empresas que se queiram instalar, no sentido de verificar a existência de infraestruturas adequadas ao cum-primento das obrigações legais.

- Parque Comercial – tem características adequadas para instalar espaços comerciais, de serviços e de lazer com dimensão muito variada. São exemplos os casos ligados a grupos de distribuição (Hipermercados, Cen-tros Comerciais e outros similares).

- Centros de Escritórios- A maioria tem por objetivo satisfazer necessidades para instalar serviços que reque-rem localização nos centros urbanos, status empresarial e vocacionados para ser Central de Negócios.

- Parque Empresarial – Tal como os Centros de Escritórios têm por objetivo instalar serviços de grandes e médias organizações mas fora dos centros urbanos. São espaços, normalmente, com boas infraestruturas em edifícios, zonas verde, estacionamento e meios de transporte público assegurado desde que o movimento de pessoas o justifique. Também há Parques Empresariais com o objetivo de agrupar atividades industriais numa lógica de gestão do condomínio empresarial.

- Parque de Distribuição Logística – Como o nome indica trata-se de espaços com atividades e funções liga-das à distribuição e à logística do transporte, bem como de outros serviços relacionados que se situam nas proximidades de eixos viários, ferroviários e aéreos.

- Parque de Incubação de Empresas – Os objetivos é criar condições de acolhimento que favoreça empresas em fase de início de atividade “start up”. Normalmente disponibiliza espaços físicos em dimensão adequada, presta apoio à gestão na fase de arranque. É nestes espaços que se incluem:

• Os Ninhos de Empresas

• Os BIC – Business and Innovation Centre.

(Os Parques e incubação estão vocacionados para apoiar atividades inovadoras e ou de forte componente tecnológica, em condições favoráveis dado que na maioria dos casos são suportadas por uma rede de insti-tuições com interesse em promover o empreendedorismo e a inovação)

Page 42: Guia de Orientação para a Inovação e Empreendedorismo do

80 GUIA DE ORIENTAÇÃO PARA A INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO DO CLUSTER TÊXTIL MODA NOS VALES DO AVE E CÁVADO 81

Como se pode depreender, a localização das empresas nas áreas de acolhimento (AAE) tem benefícios a avaliar. Vejamos as seguintes vantagens:

o As infraestruturas das AAE são adequadas para instalar as empresas porque foram concebidas por espe-cialistas numa lógica de complementaridade e de arrumação dos espaços, layout, eliminando desperdícios e custos de manutenção

o Reduz custos de movimentação de cargas e de deslocações, na maioria dos casos, devido à facilidade de acesso aos principais eixos viários e dispor de espaço para estacionamento.

o Facilidades para o Licenciamento industrial

o As entidades gestoras dos parques AAE podem disponibilizar vários serviços (limpeza, cooperação inter-empresarial, vigilância e segurança, espaços verdes) a preços que possibilitam economias de escala e liber-tam a gestão da empresas dessas tarefas.

Rede Nacional de Plataformas Logísticas

Os Parques de Ciência e Tecnologia e Incubadoras em Portugal, foram criados na última decada e estão em plena atividade com desempenho positivo sob o ponto de vista qualitativo dos projetos e das organizações que integram.

Na Região Norte, existem sete Parques Técnológicos de média dimensão, e um Parque Científico, que co-brem o espaço geográfico, sendo:

- Portuspark – Rede de Parques C&T e Incubadoras

- Avepark – Parque da Ciência e Tecnologia –Taipas.

- Encubadora de Santo Tirso.

- Regia-Douro Park.

- Tecmaia Parque da Ciência e Tecnologia da Maia

- Sanjotec – S. João da Madeira

- Feirapark – Santa Maria da Feira

- CRIVO (capital de semente) – Maia.

- UPTEC-Parque da Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto – Pólo Tecnológico

Importa caracterizar estas organizações, descrevendo as infraestruturas e os serviços disponíveis para oferta à Inovação e ao Empreededorismo, o formato da constituição e gestão dos mesmos

PORTUSPARK – REDE DE PARQUES C&T E INCUBADORASRua Eng. Frederico Ulrich 26504470-605 Moreira da MaiaTel: +351 229 431 690 · Fax: +351 229 431 699 · www.portuspark.org · [email protected]

A PortusPark – Rede de Parques de Ciência e Tecnologia e Incubadoras da Região Norte (Associação do Parque de Ciência e Tecnologia do Porto) é um organização de capitais privados e públicos, sem fins lucrati-vos e classificada de utilidade pública, que tem como tem como missão a criação de uma Rede de Parques de C&T no norte do país, propiciadora do estabelecimento de empresas de base tecnológica, desde a in-cubação do projecto até ao seu desenvolvimento à escala empresarial; associando universidades e outros centros de saber, e institutos de investigação, desenvolvimento e inovação; com o objectivo de contribuir para o “Up-Grading” tecnológico e para a consequente competitividade da economia portuguesa, permitindo o crescimento consolidado do emprego qualificado na Região.

O conceito PortusPark baseia-se em três pontos fundamentais:

• Criação de uma Rede de Parques C&T e de Incubadoras que cubra harmoniosamente o espaço geográfico correspondente à Região Norte de Portugal.

• Participação nos capitais sociais e na gestão dos Parques e das Incubadoras membros da Rede.

• Fornecimento de serviços avançados em áreas de consultadoria e aconselhamento (por ex. financiamento de projectos, relações públicas e comunicação, promoção e marketing, assessoria jurídica, relações interna-cionais) de maneira a que as empresas utentes dos Parques possam concentrar-se no seu ‘core business’.

A Rede PortusPark definiu vários objectivos estratégicos para a Região Norte que guiam os seus projectos e actividades:

• Promover e gerir a transferência de conhecimento entre as universidades, instituições de I&D, empresas e o mercado;

• Promover uma cultura de I+D+i no mundo empresarial, em particular nas PME’s em cooperação com as universidades e institutos politécnicos;

• Apoiar os empreendedores na constituição de novos negócios e no respectivo crescimento;

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82 GUIA DE ORIENTAÇÃO PARA A INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO DO CLUSTER TÊXTIL MODA NOS VALES DO AVE E CÁVADO 83

• Captar centros de investigação de grandes empresas;

• Criar condições essenciais para desenvolver nas empresas e demais instituições a necessidade de recorrer a recursos humanos qualificados pela natureza dos seus negócios, criando emprego qualificado (ajustado às qualificações dos recursos humanos existentes);

• Promover a Região Norte como um local apetecível para o investimento que aposte na inovação e no conhe-cimento como critérios preferenciais nas suas actividades e projectos;

• Amadurecer um modelo de desenvolvimento sustentável baseado no conhecimento, tecnologia e inovação, consubstanciando-se na prática em empresas de base tecnológica com quadros altamente qualificados e que ofereçam ao mercado produtos e serviços diferenciadores e de valor acrescentado no mercado global.

Serviços

Os serviços oferecidos pela Rede de Parques de Ciência e Tecnologia da PortusPark são de dois níveis distintos:

• Serviços partilhados (tipo-condomínio) que passam por actividades de recepção/atendimento, segurança, limpeza, gestão das comunicações, espaços verdes, disponibilização de salas de conferências e de reuni-ões, manutenção e conservação de infra-estruturas comuns bem como a disponibilização de bares, zonas de lazer e convívio que promovam a interacção entre todos os elementos que façam parte de qualquer instituição instalada no PCT.

• Serviços avançados decorrem das mais-valias decorrentes de se trabalhar em redes devidamente pensa-das e estruturadas no apoio à inovação que acabam por fazer toda a diferença, das quais destacamos:

- Cooperação empresa - ensino superior;

- Sistema de incentivos financeiros e fiscais orientados a projectos de base tecnológica;

- Potencialização de redes de parceiros, como exemplo os clubes de business angels.

A Rede Portuspark

Actualmente, a rede Portuspark é composta pelos seguintes Parques de Ciência e Tecnologia:

• SANJOTEC (S. João da Madeira)

• FEIRAPARK (Santa Maria da Feira)

• CIDEB (Porto)

• UPTEC (Porto)

• TECMAIA (Maia)

• INCUBADORA DE SANTO TIRSO (Santo Tirso)

• INSTITUTO EMPRESARIAL DO MINHO (Vila Verde)

• AVEPARK (Caldas das Taipas)

• SPINPARK (Caldas das Taipas)

• TECVAL (Paços de Ferreira)

• BRIGANTIA ECOPARK (Bragança)

• RÉGIA DOURO PARK (Vila Real)

SANJOTEC – ASSOCIAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICARua de Fundões - Apartado 2353701-956 S. João da MadeiraTel: + 351 256 200 270 · Fax: + 351 256 200 296 · [email protected] · www.sanjotec.com

A Sanjotec – Associação Científica e Tecnológica de S. João da Madeira, foi fundada em finais de 2006 por iniciativa da Câmara Municipal de S. João da Madeira em colaboração ccom a Associação do Parque de Ciência e Tecnologia do Porto (PortusPark).

Fazem parte da Associação as seguintes entidades:

• Câmara Municipal de S. João da Madeira,

• Universidade de Aveiro,

• Centro Tecnológico do Calçado,

• Faurécia – Assentos para Automóveis, S.A.,

• Associação do Parque de Ciência e Tecnologia do Porto (PortusPark)

• Clube de Empresários de S. João da Madeira.

O Centro Empresarial e Tecnológico tem como base um núcleo central, constituído pelo Edifício-Sede e pelo Centro de Incubação, em funcionamento desde Setembro de 2008.. Inclui também um Centro de Inovação e Formação Empresarial, composto por auditório, salas de formação e videoconferência, áreas para funcio-namento de empresas e uma área de expansão do núcleo industrial, abrangendo uma área total de 80 mil metros quadrados.

O papel da Sanjotec é o de agente facilitador e dinamizador na aproximação entre o tecido empresarial e a co-munidade científica, apoiando o desenvolvimento e modernização das empresas existentes e a implementação de projectos empresariais inovadores, contribuindo para a promoção e o aumento da produtividade e competi-tividade do concelho e da região.

A Sanjotec dará apoio, fundamentalmente, às indústrias de calçado e de componentes para a indústria auto-móvel, com particular incidência nas tecnologias da automação e da robótica.

Com o Centro de Incubação, a SANJOTEC pretende promover o empreendedorismo e a criação de emprego, através do apoio ao lançamento de empresas de base tecnológica que incorporem conceitos inovadores.

O Centro de Incubação de empresas de base tecnológica disponibiliza um conjunto integrado de serviços visando acelerar e sistematizar o processo de criação de empresas, nomeadamente serviços básicos (espaço físico, utilities, rede de telecomunicações, etc.), consultadoria científica e técnica, assessoria jurídica e finan-ceira, consultadoria de negócio e gestão, marketing (estudos de mercado, publicidade, relações públicas), secretariado, tradução, formação, financiamento, etc.

O Centro Empresarial e Tecnológico de S. João da Madeira, está dotado de um conjunto de recursos e valên-cias que contribuem para a modernização e desenvolvimento do tecido empresarial da região, consubstan-ciados na oferta de vários serviços e conteúdos, nomeadamente:

• Avaliação de projectos inovadores e de empreendedores de elevado potencial;

• Serviços de Incubação e de Partilha de Recursos Físicos e Humanos;

• Promoção e divulgação do trabalho cientifico e tecnológico desenvolvido;

• Formação Especializada;

• Aconselhamento Estratégico, Apoio à Implementação de Projectos e Acompanhamento à Gestão;

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• Apoio aos Esforços de Internacionalização e de Cooperação Empresarial;

• Estabelecimento e Promoção de Redes de Conhecimento;

• Benchmarking, Estudos Prospectivos, traduzidos na necessidade de antecipação das realidades, no senti-do de uma tomada de decisão mais eficaz.

FEIRAPARKParque de Ciência e Tecnologia de Santa Maria da FeiraRua da Gândara 4520-153 - São João de VerTel: + 351 256 333 158 · Fax: + 351 256 333 158 · [email protected]

A FeiraPark, S.A é a entidade responsável pela gestão do Parque de Ciência e Tecnologia (PCT) de Santa Maria da Feira.

A empresa é detida pela AEP- Associação Empresarial de Portugal, Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, e a PortusPark - Associação do Parque de Ciência e Tecnologia do Porto.

O FeiraPark situa-se numa área de 14 hectares numa localização privilegiada entre Aveiro e o Porto servido pelas auto-estradas A1 e A29, estando vocacionado para receber investimentos que promovam o desenvolvi-mento científico e tecnológico, com grande enfoque na atracção de empresas em termos de inovação e I+D+i.

O FeiraPark pretende incubar e acolher empresas inovadoras geradoras de valor, disponibilizando para o efeito infra-estruturas de qualidade para a incubação de empresas e prestando ainda um conjunto de servi-ços de valor acrescentado que visam potenciar junto dos utentes as melhores condições para o sucesso das iniciativas empresariais.

Instalações: 26 LOTES PARA INDÚSTRIA E SERVIÇOS DE 960 A 2.000m²

INCUBAÇÃO

INCUBAR - ACOLHER - APOIAR

Edifício âncora e multivalente com 2.000m² e 16 salas para incubação (física e virtual), acolhimento empresa-rial, serviços e apoio às empresas instaladas. O Edifício FeiraPark visa atrair projectos de empreendedorismo de base local e tecnológico.

INSTALAÇÕES

Incubação: 8 salas (30, 50 e 70m²)

Acolhimento Empresarial: 5 salas (140m²)

Seminários & Formação: 1 sala (140m² )

Sala Reunião: 1 sala (50m² )

Restauração: 1 sala (100m² )

ACOLHIMENTO EMPRESARIAL

O edifício FeiraPark é a primeira infra-estrutura do Parque de Ciência e Tecnologia de Santa Maria da Feira a entrar em funcionamento. Dispõe de uma tipologia de salas entre 30 a 140m² complementada com um con-junto de serviços prestados pela entidade gestora ou entidade parceiras.

O PCT disporá de lotes e pavilhões para acolhimento de indústria e serviços que se enquadrem em termos de projectos preferenciais e que incorporem I+D+i.

SERVIÇOS

• Serviços de condomínio: vigilância, manutenção, limpeza de áreas comuns, jardinagem e sinalética.

• Serviços gerais de suporte: energia, água, telecomunicações, recepcionismo, ar condicionado.

• serviços empresariais: jurídico, contabilidade, gestão administrativa e de recursos humanos, fiscalidade.

• Serviços de incubação: mobiliário, telecomunicações (facultativo), hardware e software operativo (facul-tativo), internet.

• Serviços business office: fax e fotocopiadora, correio, atendimento telefónico, sala de reunião e formação.

• Serviços de valor acrescentado: formação e coaching, apoio ao financiamento, marketing & vendas, inter-nacionalização, consultadoria gestão de recursos humanos, protecção da inovação

CIDEB - CENTRO DE INCUBAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE EMPRESASEscola Superior de BiotecnologiaUniversidade Católica PortuguesaRua Dr. António Bernardino de Almeida4200-072 PortoTel.: +351 22 5580001 · Fax: +351 22 5090351 · [email protected]

O CiDEB, Centro de incubação e desenvolvimento de Empresas de Biotecnologia, é uma incubadora de empresas de base tecnológica, vocacionada para as áreas da bio-economia, alimentar, ambiente e saúde, que funciona de forma articulada com a política para o Empreendedorismo do Centro Regional do Porto da Universidade Católica Portuguesa (UCP-CRP).

O CiDEB foi fundado em Abril de 2004, em resultado de actividades de incubação iniciadas em Março de 1989 e que ao longo dos anos deram origem a mais de uma dezena de projectos, alguns dos quais são hoje empresas de referência dos seus sectores a nível nacional e internacional. São Associados do CiDEB, para além da UCP, a AESBUC, a FLAD, a FIP, a SPBT, a APBIO, a ANJE, a Beta – Sociedade Capital de Risco, S.A. e a Fundação da Juventude.

O edifício do CiDEB encontra-se inserido no Campus da Asprela da UCP-CRP, podendo assim usufruir duma interacção forte com a envolvente académica e com o Centro de Investigação em Biotecnologia, CBQF – La-boratório Associado.

O CiDEB presta serviços de apoio ao empreendedorismo a projectos e empresas, para o que está dotado de espaços para pré-incubação, incubação e espaços comuns para reuniões, formação e eventos.

Os serviços de apoio incluem a promoção do desenvolvimento empresarial desde a ideia à saída da incuba-ção, com e havendo cada vez mais interacção com os Alumni da UCP. É ainda prestado apoio a empresas em incubação virtual, que, por limitações de espaço da incubadora ou requisitos específicos do projecto, não po-dem ser incubadas fisicamente. Neste modelo o apoio difere apenas no facto dos empreendedores não terem o seu espaço próprio, mas podendo usufruir de espaços comuns, para além de todas as acções de apoio.

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UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do PortoRua Actor Ferreira da Silva, 1004200-298 Porto Tel: + 351 220 301 500 · Fax: + 351 220 301 511 · [email protected] · www.uptec.up.pt

O Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto é um espaço de valorização mútua de compe-tências entre o meio universitário e empresarial, destinando-se a todos os empreendedores (alunos, empre-sários, investigadores, docentes) que acreditam no potencial de uma ideia ou projecto, e ambicionam que este se desenvolva rapidamente do ponto de vista tecnológico e de negócio, de modo a que exista uma maior probabilidade de vencer no mercado global.

Organizado em quatro pólos - Pólo Tecnológico, Pólo de Biotecnologia, Pólo das Indústrias Criativas e Pólo do Mar, o UPTEC integra dois tipos de estruturas: Incubadoras e Centros de Inovação Empresarial.

Nas Incubadoras, os empreendedores encontram apoio para transformar as suas ideias em projectos empre-sariais sólidos. Beneficiam, para isso, de um conjunto de estruturas e serviços especializados, desenvolvidos para atender às necessidades típicas do arranque de actividade empresarial, sem nunca descurar as espe-cificidades de cada projecto.

Nos Centros de Inovação Empresarial, empresas nacionais e internacionais encontram espaço e infra-estru-turas tecnológicas ideais para sediar e operacionalizar as suas actividades de Inovação. Usufruem ainda das sinergias com os departamentos de I&D+i e institutos de interface da Universidade do Porto.

O UPTEC oferece, assim, um ambiente favorável à inovação e à criação de empresas sustentáveis, concen-trando um conjunto de Startups e centros de inovação privados em torno da Universidade do Porto.

O UPTEC assume-se, portanto, como uma ponte privilegiada de ligação entre o Conhecimento e o Mercado, capaz de valorizar o tecido socioeconómico da região.

Entre os serviços gerais que o UPTEC oferece as suas empresas, destacam-se:

• Atendimento, recepção e encaminhamento de pessoas e mensagens (telefónico e pessoal);

• Gestão das autorizações de acesso às instalações;

• Segurança e vigilância geral das instalações;

• Limpeza geral das instalações (espaços comuns);

• Limpeza da área arrendada três vezes por semana;

• Ligação à rede de voz (interna e para exterior);

• Infra-estrutura de dados com pré-conectividade Internet activa;

• Gestão de entrada e saída de correio;

• Acesso a sala de reuniões partilhada e espaços comuns;

• Lugares de parque automóvel;

• Parque para convidados e visitantes, observada a sua capacidade máxima de instalação;

• Manutenção e conservação de áreas e infra-estruturas comuns: arruamentos, espaços verdes, zonas de circulação, incluindo escadas;

• Manutenção e conservação das redes secundárias de serviços de água, electricidade, telecomunicações, esgotos e ar condicionado nas áreas comuns;

• Manutenção e conservação dos equipamentos de interesse colectivo: sinalização, iluminação exterior, áreas de lazer, etc.;

• Água, electricidade e demais fornecimentos relativos às áreas de circulação e aos espaços de uso geral, bem como dos espaços ocupados no que destes fornecimentos for aplicável.

TECMAIA – PARQUE DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA MAIA, S.A.Rua Eng.º Frederico Ulrich, 2650 Moreira da Maia 4470-605 Maia Tel: + 351 229 408 200 · Fax: + 351 229 408 201

O Tecmaia - Parque de Ciência e Tecnologia da Maia, S.A., foi constituído em 1999 tendo como principal pro-motor a Câmara Municipal da Maia e a participação, entre outros, da AICEP – Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, da APCTP - Associação do Parque de Ciência e Tecnologia do Porto (Portus-Park), do IAPMEI -Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e ao Investimento, da PME INVESTI-MENTOS, da MAIÊUTICA - Cooperativa de Ensino Superior, Crl.

O objectivo fundamental da organização é o aumento da riqueza da comunidade, promovendo a inovação e a competitividade das empresas e das instituições a instalar no Parque. Para tal, dinamizará a criação e o crescimento de empresas inovadoras, proporcionando serviços de valor acrescentado, assim como espaço e instalações de grande qualidade e estimulará fluxos de conhecimento e tecnologia entre universidades, instituições de investigação, empresas e mercados.

O espaço é composto por 5 edifícios, onde se encontram instaladas 56 empresas, incluindo diversas Spin-offs de sucesso da Universidade do Porto. Em edifício próprio, funciona o Centro para a Excelência e Inovação da Industria Automóvel – CEIIA.

A sua capacidade permite maior variedade de serviços de apoio às empresas e de novas infraestruturais como um auditório para 350 lugares e salas polivalentes, Centro de Incubação e Desenvolvimento Empre-sarial, restaurantes, cafetarias, health club, campos de jogos, espaços verdes para servir uma população permanente de 2 000 pessoas

Possui ainda um Welcome bus, que presta o serviço de transfere entre as Estações do Metro de Pedras Ru-bras e Zona Industrial, para o Parque e vice-versa

INCUBADORA DE SANTO TIRSORua Dr. Oliveira Salazar, nº 884780-453 Santo TirsoTel: +351 252 809 1200 · Fax: +351 252 859 298 · [email protected]

A funcionar desde 2009, a Incubadora de Santo Tirso é uma iniciativa da Fundação de Santo Thyrso, institui-ção privada, sem fins lucrativos, criada pele Câmara Municipal de Santo Tirso em Setembro de 2006, com a finalidade de contribuir para a promoção da Inovação e do Empreendedorismo e a criação de Emprego Qua-

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lificado, apoiando a criação de negócios de caracteristicas inovadoras com impacto no rejuvenescimento, modernização e competitividade do tecido económico regional e nacional.

Através da acção do seu Centro de Incubação de Empresas de Base Tecnológica, a Fundação pertende fomentar a criação de empresas inovadoras, com grande potencial de crescimento e com ligação ao tecido económico e empresarial da Região, proporcionando aos empreendedores um ambiente propício à concre-tização dos seus projectos empresariais e apoiando de forma sólida e constante o crescimento e projecção externa dessas iniciativas.

Nesse sentido, a Incubadora de Santo Tirso disponibiliza aos promotores dos projectos, espaços equipados para instalação das suas empresas, a partilha de espaços e serviços de utilização comum, apoio ao desenvolvimento e consolidação da ideia de negócio e a sua implementação, ligação a Instituições do Sistema Cientifico e Tecno-lógico e a entidades ligadas ao financiamento de projectos empresariais, nomeadamente Sociedades de Capital de Risco e Business Angels, além de aconselhamento sobre programas de incentivos no âmbito do QREN.

Instalações

O edifício da Incubadora de Santo Tirso dispõe de 14 espaços para a incubação de empresas, com áreas que oscilam entre os 23 m2 e os 65 m2.

O edifício acondiciona ainda áreas de uso comum, como salas de reunião e formação, auditório, recepção e bar.

Destinando-se à incubação de projectos inovadores, de forte componente tecnológica, o edifício disponibiliza ainda aos empreendedores as mais modernas tecnologias em termos de comunicação e informação (fibra óptica, rede wireless, videoconferência e serviço VOIP)

Serviços

o sentido de estimular a criação e o desenvolvimento de micro e pequenas empresas de prestação de servi-ços, a INCUBADORA disponibiliza:

Acomodação e Logística de Apoio

•Espaço individualizado para a instalação de cada empresa;

• Kit de mobiliário e equipamento informático;

• Ligação por fibra óptica, rede Wireless e serviço VOIP;

• Fornecimento de água e electricidade;

• Espaço partilhado para as actividades de suporte (salas de reunião e formação, auditório, videoconferên-cia, serviços de apoio, etc.);

• Recepção de correspondência, atendimento telefónico e serviço de Fax e cópias.

Serviços de Apoio

• Orientação técnica na fase de constituição e arranque da empresa;

• Acompanhamento na elaboração do Plano de Negócios da empresa.

• Divulgação da empresa na página web da INCUBADORA;

• Divulgação de projectos ou iniciativas da empresa através de mailings, newsletter ou outras iniciativas de comunicação da INCUBADORA;

• Promoção das empresas incubadas em eventos e iniciativas da INCUBADORA;

• Aconselhamento sobre programas de incentivo a que as empresas incubadas possam recorrer;

• Facilitação do contacto com investidores institucionais e/ou privados (banca, garantia mútua, sociedades de capital de risco, business angels);

• Acesso a bolsa de consultores especializados em distintas áreas (Gestão, Investimentos, Marketing, Fiscal, Tecnologias, Qualidade, SHST, etc) em condições vantajosas;

• Ligações e contactos com Universidades parceiras da INCUBADORA, diversos centros de investigação nacio-nais e internacionais, outras fontes de conhecimento e outras instituições e empresas parceiras da incubadora;

• Condições especiais para participação em acções de formação em áreas tecnológicas e relacionadas com gestão e empreendedorismo desenvolvidas na INCUBADORA;

• Condições especiais para a participação das empresas incubadas em eventos de promoção da inovação e do empreendedorismo organizados pela INCUBADORA (seminários, workshops, mostras tecnológicas, en-contros com empresários, etc).

IEMINHO – INSTITUTO EMPRESARIAL DO MINHOLugar de Casal4730-575 Soutelo - Vila VerdeTel: 253 320 000 · Fax: (00351) 253 320 050 · [email protected] · www.ieminho.pt

O I.E.M. – Instituto Empresarial do Minho é uma instituição privada sem fins lucrativos, criada em 2002, que um papel activo como agente de intervenção no desenvolvimento do empreendedorismo e da inovação, promovendo diversas actividades cujo objectivo é a dinamização e qualificação do tecido empresarial. Tem como associados alguns dos principais agentes regionais de desenvolvimento empresarial tecnológico: A Câmara Municipal de Vila Verde, a Associação Industrial do Minho, a Universidade do Minho, a Associação Comercial de Braga, a Expoente – Serviços de Economia e Gestão, S.A. e o IDITE-Minho.

A principal actividade do IEMinho consiste na dinamização de um Centro de Incubação de Empresas de Base Tecnológica, dando apoio à criação e dinamização de empresas, cedendo espaço físico para alocação do empreendedor e provendo serviços de suporte administrativo e de apoio à gestão na fase de desenvolvimen-to e prospecção comercial, uma fase crítica de implantação de um novo negócio.

Serviços

Apoio à criação e dinamização de empresas:

• Apoio à criação de empresas;

• Apoio na elaboração do Plano de Negócios;

• Suporte para o desenvolvimento de visões de negócios e pensamento estratégico;

• Participação em sessões de formação e assessorias em grupo;

• Consultorias técnicas especializadas;

• Apoio na realização e na participação em feiras e eventos;

• Serviços de Consultoria nas áreas da contabilidade, da fiscalidade, administrativa e gestão global, etc.;

• Facilitação do acesso a instrumentos financeiros;

• Uso regulamentado dos serviços informáticos

Apoio às empresas incubadas:

• Disponibilização de espaço físico devidamente equipado (gabinetes, salas de reunião, sala polivalente e salas de formação);

• Recepção;

• Secretaria;

• Recursos de comunicação electrónica;

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90 GUIA DE ORIENTAÇÃO PARA A INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO DO CLUSTER TÊXTIL MODA NOS VALES DO AVE E CÁVADO 91

• Manutenção e limpeza das áreas internas e externas;

• Correio interno e externo;

• Utilização de Centro de Documentação e facilitação do acesso às bibliotecas dos associados;

• Segurança física e electrónica;

• Optimização das sinergias possíveis entre as incubadas: seguros; aquisição de meios (equipamentos, via-turas comerciais, etc.); serviços jurídicos e subcontratação de entidades externas.

AVEPARK - PARQUE DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA, SAZona Industrial da Gandra, S. Claudio do Barco - Apartado 41524806-909 Caldas das TaipasTel: 253 470 600 · Fax: 253 470 609 · [email protected] · www.avepark.pt

A sociedade gestora do Avepark – Parque de Ciência e Tecnologia, S.A., foi constituída em Maio de 2004 por iniciativa da Associação do Parque de C&T do Porto (PortusPark) e com a participação da Câmara Municipal de Guimarães, da Universidade do Minho, da Associação Industrial do Minho e da Associação Comercial e Industrial de Guimarães. O edifício do seu Núcleo Central ficou totalmente operacional em Maio de 2007. A partir de então, o Avepark começou a instalar um conjunto de empresas de base tecnológica, centros de investigação e desenvolvimento e instituições universitárias.

Já concluídos, e ao lado do Núcleo Central do Parque, encontram-se os Edifícios destinados à instalação do Instituto de Excelência em Engenharia de Tecidos e Medicina Regenerativa, da Spinpark – Incubadora de Base Tecnológica da Universidade do Minho e de um Contact Center.

Serviços Centrais

• Serviços de transporte para estação de combiois de Braga (Alfa Pendular) e Aeroporto Francisco Sá Car-neiro (Porto)

• Serviço de restauração (bar, catering)

• Espaços para reuniões e workshops equipados com tecnologia de ponta audio e vídeo.

- Auditório para 120 pessoas

- Salas de reuniões

- Sala video-conferência

- Espaço Multiusos (ex: Showroom, Exposições, Cocktails,...)

Imobiliária

• Aluguer de espaços no Núcleo Central, Incubadora e Edifício I&D Semi-Instrial.

Estudo de soluções alternativas de aluguer para empresas que pretendem instalar-se durante longos perío-dos mas não tenham condições de construção do edifício próprio.

• Solução chave na mão para instalação de empresas que disponibiliza:

- projecto tipo ou à medida

- gestão do processo burocrático

- construção

- fiscalização

- entre outros benefícios a estudar caso a caso.

TecnoIogias de Informação

Serviços de consultoria em:

- sistemas e arquitectura de informação

- redes

- equipamento informático

O Avepark está dotado de uma infra-estrutura VoIP e disponibiliza aos seus utentes pacotes de voz + dados em condições especiais.

Dispõe ainda de um data-center que oferece todas as condições de segurança para os seus servidores

SPINPARK - CENTRO DE INCUBAÇÃO DE BASE TECNOLÓGICA,Avepark - Zona Industrial da GandraApartado 41524806-909 Caldas das Taipas - GuimarãesTel: (+351) 253 540 303 · Fax : (+351) 253 540 304 · [email protected]

A associação SPINPARK – Centro de Incubação de Base Tecnológica é uma entidade privada sem fins lu-crativos criada em 2006 por iniciativa da universidade do minho, do avepark e da associação do parque de ciência e tecnologia do porto (apctp) que promove e apoia actividades de tecnologia avançada, intensivas em conhecimento servindo simultaneamente de plataforma ao lançamento e difusão da inovação no contexto da economia do conhecimento.

A missão da associação Spinpark é, em articulação com a cadeia de valorização do conhecimento da Uni-versidade do Minho apoiar os spin-off’s ao longo do seu processo evolutivo, providenciando não apenas um espaço físico no sentido mais estrito mas de igual modo, consultoria, formação, networking, acesso a seed e venture capital. A actuação da incubadora em articulação com a Universidade do Minho tem como objec-tivos incrementar a probabilidade de sobrevivência e o potencial crescimento das novas empresas de base tecnológica, especialmente daquelas que se inserem em sectores estratégicos para a região; contribuir para o desenvolvimento económico e aumento do emprego na região, através do sistema de apoio e incentivo ao desenvolvimento de empresas inovadoras.

PARCERIAS

• APCTP

• Avepark

• IAPMEI

• Ministério da Economia e Inovação

• Universidade do Minho

• Spinvalor

• Câmara Municipal de Guimarães

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92 GUIA DE ORIENTAÇÃO PARA A INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO DO CLUSTER TÊXTIL MODA NOS VALES DO AVE E CÁVADO 93

O processo de apoio a empresas centra-se nos seguintes vectores:

• a incubação de empresas

• cinco programas chave

1. START-UP,

2. LABORATÓRIO DE EMPRESAS,

3. ACELERAR NEGÓCIOS,

4. PORTUGAL GLOBAL

5. FINANCIAMENTO.

Procurando ir de encontro às necessidades dos seus clientes, o Spinpark propõe espaços com característi-cas adaptáveis às diferentes necessidades das empresas:

• Espaços industriais com uma área mínima de cerca de 130m²

• Escritórios para empresas de serviços com áreas entre 50 a 100 m².

INSTALAÇÕES E SERVIÇOS

• Instalação chave na mão (mobiliário, telefone, internet, electricidade, água);

• Serviço de recepção e secretariado básico;

• Salas de reuniões e multiusos;

• Equipamentos partilhados

• Parque de estacionamento

• Segurança

• Organização de eventos;

• Divulgação das empresas em iniciativas do Spinpark;

• Networking;

Em colaboração com o núcleo central do Avepark:

• Sala de videoconferência,

• Auditório com capacidade para 120 pessoas;

• Reprografia;

• Serviço de restauração, bar e catering

TECVAL - CENTRO DE INCUB. DE EMPRESAS DO VALE DO SOUSAComplexo da ProfisousaAv. Drº Nicolau Carneiro4590-512 Paços de FerreiraTel: 255 880 250 · Fax: 225 880 259 · [email protected] · www.tecval.pt

A TECVAL é uma associação sem fins lucrativos que foi criada com o fim de criar condições estruturais para que empresas de cariz tecnológico possam actuar na região do Vale do Sousa de uma forma eficaz, tornando esta região num foco potenciador da inovação tecnológica.

A TECVAL nasceu com a missão de fomentar as actividades tecnológicas no município e região de forma a actuar como agente catalisador da vocação tecnológica de Paços de Ferreira.

Esta associação gere um centro de incubação de empresas de cariz eminentemente tecnológico, com vista a permitir que start-ups que possam gerar externalidades positivas no tecido empresarial pacense possuam condições infra-estruturais e técnicas para a sua instalação e desenvolvimento.

A TECVAL – Centro de Incubação de Empresas de Novas Tecnologia do Vale do Sousa, Associação acolhe na sua estrutura 7 empresas de carácter tecnológico e de interface e assistência tecnológica.

Note-se com a aposta neste nicho de mercado, a TECVAL pretende, a par do aumento da rentabilidade que se está a criar, oferecer aos empresários e a todos os empreendedores da região um leque variado e ho-rizontalmente pensado de serviços. Este tipo de actuação é naturalmente pensado tendo em conta fins de rentabilidade mas também pela função social e de responsabilidade adjacente a uma instituição deste tipo.

Incubação Física

No seu formato convencional, a incubação física na TECVAL confere o direito à utilização do espaço corres-pondente a uma sala com uma área aproximada de 30 m2, destinado ao desenvolvimento de actividades empresariais, devidamente equipada e mobilada.

Para além disso ficam convencionados os seguintes serviços:

• Atendimento e recepção de pessoas e mensagens (pessoal e telefónico);

• Gestão das autorizações de acesso às instalações;

• Encaminhamento de visitantes;

• Segurança e vigilância geral das instalações;

• Limpeza geral das instalações (apenas os espaços comuns);

• Limpeza da área arrendada duas vezes por semana e remoção de resíduos sólidos domésticos;

• 1 (um) telefone ligado à rede de voz (ligação interna e para exterior, mobiliário e 2 computadores);

• Infra-estrutura de dados com pré-conectividade activa;

• Caixa de correio;

• Parque para convidados e visitantes, sempre observando a sua capacidade máxima;

• Manutenção e conservação de áreas e infra-estruturas comuns: arruamentos, espaços verdes, zonas de circulação, incluindo escadas;

• Manutenção e conservação das redes secundárias de serviços de água, electricidade, telecomunicações, esgotos e ar condicionado, nas áreas comuns;

• Manutenção e conservação dos equipamentos de interesse colectivo: sinalização, iluminação exterior, áreas de lazer, etc.;

• Água, electricidade e demais fornecimentos relativos às áreas de circulação e aos espaços de uso comum.

O valor mensal relativo à utlização dos espaços e dos serviços é de 350 €.

A incubação virtual aproveita a projectos de negócios ainda que não constituídos juridicamente sob a forma de empresa e empresas já constituídas em fase de consolidação ou expansão.

Incubação Virtual

A incubação virtual contempla, pelas razões antes indicadas, duas modalidades:

1. STAGE WARM UP – Para empresas em fase de implementação do negócio. Valor (mensal): 40 €

2. STAGE SET – Para empresas em fase de consolidação do negócio. Valor (mensal): 70 €

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94 GUIA DE ORIENTAÇÃO PARA A INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO DO CLUSTER TÊXTIL MODA NOS VALES DO AVE E CÁVADO 95

BRIGANTIA ECOPARKa/c Instituto Politécnico de BragançaCampus de Santa Apolónia · Apartado 11385301-854 BragançaTel.: + 351 273 303 000 · Fax: + 351 273 325 405 · [email protected] · www.ipb.pt

O campo de acção do Brigantia Ecopark será maioritariamente direccionado para as energias renováveis e o ambiente.

Será feita uma aposta na inovação, sobretudo nas “áreas da eco-energia, ecoturismo, ecoprodutos e eco-construção”, explica o autarca.

REGIA-DOURO PARKa/c de Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro · Apartado 10135001-801 Vila RealTel.: + 351 259 350 000 · Fax: + 351 259 350 480 · [email protected] · www.utad.pt

A sua actividade será maioritariamente direccionada para a área agro-alimentar e os sectores do Vinho e da Vinha.

O Brigantia Eco Park e o Régia-Douro Parkresultam da parceria entre a Câmara Municipal de Vila Real, a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, a Câmara Municipal de Bragança, o Instituto Politécnico de Bragança e a PortusPark – Associação do Parque de Ciência e Tecnologia do Porto.

Este projecto está inserido no Parque de Ciência e Tecnologia de Trás-os-Montes e Alto Douro, vai custar 19,3 milhões de euros e divide-se entre Bragança e Vila Real.

O projecto prevê:

• área de incubação,

• outra de laboratórios de investigação

• ainda outra de apoio a empresas.

A obra é de interesse para o concelho e a região no sentido de proporcionar oportunidade para uma maior qualificação da actividade económica, criação de emprego e fixação de empresas tecnológicas

É um projecto necessário para a qualificação futura da economia, criando condições de base para a inova-ção e, a partir daí, gerar actividade económica relacionada com a transformação de ideias inovadoras em produtos e serviços.”

A expectativa da autarquia de Bragança é acolher mais de duas dezenas de empresas. A construção das infra-estruturas deve arrancar em 2012, estando concluída em meados de 2013.

Prevê-se que, no período de uma década, o Parque de Ciência e Tecnologia possa criar mais de mil postos de trabalho e cerca de 180 empresas de base tecnológica. Terá uma comparticipação de 15,4 milhões de euros do Programa Operacional Regional do Norte ON.2.

7.2.2. Os espaços IndustriaisNo país, existem várias zonas industriais que correspondem a áreas delimitadas pelo plano de ordenamento de território.

As câmaras municipais são as principais agentes de promoção deste tipo de estrutura dado que na maioria dos casos são responsáveis pela gestão.

As zonas industriais oferecem estruturas para a instalação de empresas em condições vantajosas, contudo

há que considerar que não foram concebidas para desenvolver atividades ligadas à criação de novas empre-sas nem para apoiar processos de Inovação e I&D.

Por outro lado, os Parques Empresariais e Industriais são infraestruturas vocacionadas para acolher indústrias e fomentar a Inovação mediante a oferta de facilidades:

• na transferência de tecnologia das instituições de I&D para as empresas.

• no estabelecimento de ligações com entidades que dedicam ao desenvolvimento científico e tecnológico.

A dinâmica da concepção e oferta dos espaços e serviços está, ligada às Associações Empresariais e aos Municípios com o objetivo de construir, promover, comercializar e gerir o condomínio do Parque e outras ativi-dades relacionadas com a logística dos equipamentos sociais para assegurar o cumprimento das obrigações legais, tais como:

• Rede de distribuição de energia eléctrica - BT e MT

• Rede de telecomunicações

• Rede de distribuição de gás natural

• Rede de drenagem de águas residuais

• Rede de drenagem de águas pluviais

• Rede de distribuição de água potável

• Rede de combate a incêndios

• Rede de rega

• Arruamentos e passeios

• Zonas de estacionamento

Os parques dispõem de áreas de terreno necessárias para o seu desenvolvimento e expansão bem como oferecer infra-estruturas e serviços de apoio às empresas, de forma a beneficiar o conjunto.

Os parques empresariais existentes têm localização que permite boas acessibilidades, inserção na rede de transportes públicos, infra-estruturas ambientais.

Por vezes asseguram equipamentos sociais e públicos (creches, escolas, restaurantes, cantinas), serviços de apoio a inovação, desenvolvimento e qualificação (centros de formação profissional, entidades de I&D).

Parque-Invest – Sociedade Promotora de Parques Industriais, SA Edifício AEP – Avenida Dr. António Macedo4450-617 Leça da PalmeiraTel: +351 229 982 320 · Fax: +351 229 982 329 · [email protected]

A organização Parquinvest - Sociedade Promotora de Parques Industriais, SA é uma estrutura detida pela AEP- Associação Empresarial de Portugal que se tem especializado na promoção de infraestruturas para apoiar as empresas na implementação dos seus negócios, procura fomentar o Empreendedorismo e Qualifi-cação da actividade empresarial, com base no seguinte:

− A localização geográfica adequada para a construção de infraestruturas em espaços qualificados que as-segurem o cumprimento dos requisitos legais nos domínios do ambiente, higiéne e segurança.

− A instalação das empresas, criando mecanismos de simplificação e ajuda ao processo de mudança.

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96 GUIA DE ORIENTAÇÃO PARA A INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO DO CLUSTER TÊXTIL MODA NOS VALES DO AVE E CÁVADO 97

− A disponibilização de serviços de apoio à actividade das empresas instaladas.

− A constituição de parcerias com Câmaras Municipais e Associações Empresariais Sectoriais e Regionais, de forma a fazer convergir para os projectos os contributos necessários à realização.

− A criação de uma rede de âmbito nacional, que facilite a interligação entre as empresas, entidades públicas e privadas, com vista à desburocratizar processos.

Em todos os espaços estão instaladas redes de energia e telecomunicações, gás, saneamento e tratamento de águas residuais e edifícios onde podem ser disponibilizados serviços de apoio à actividade, como cor-reios, restauração, salas de reunião, serviços bancários, etc.

Actualmente integra os seguintes Parques Empresariais na zona Norte do país:

− Valença

− Lanheses – Viana do Castelo

− Paredes

− Santo Tirso

− Santa Maria da Feira

Vejamos a sua caracterização:

PARQUE EMPRESARIAL DE VALENÇA Interminho - Sociedade Gestora de Parques Empresariais Av. Espanha, Edf. Antiga Alfândega4930-677 ValençaTel: 251 825 450 · Tlm: 966 298 872 · Fax: 251 823 834 · [email protected]

O Parque Empresarial de Valença apresenta-se como o projecto que se desenvolve dentro de uma estratégia do território delineada no seguimento de um estudo de identificação de factores de competitividade e oportu-nidades de investimento em matéria de desenvolvimento empresarial do Vale do Minho.

A estrutura Accionista

− Associação Municípios do Vale do Minho

− Câmara Municipal de Valença

− Parque-Invest

O Parque Empresarial dispõe de área de 90 hectares, com zonas destinadas a instalação de empresas indus-triais, de serviços administrativos, de armazéns e de oficinas.

Dispõe, ainda, de espaços reservados para equipamentos comuns de apoio às empresas e entidades resi-dentes, tais como:

− Edifício Central de Serviços,

− ETAR, o EcoCentro,

− Centro de Protecção Civil,

− Posto de abastecimento de combustíveis,

− Zona de restauração e espaços verdes e de lazer.

O Edifício Central de Serviços integra o seguinte:

− Área administrativa e de gestão do Parque Empresarial;

− Espaço para instalação de serviços de apoio directo às empresas, nomeadamente banca, seguros, forma-ção profissional e similares;

− Área de apoio às populações residentes (cafetaria e restauração, creche, etc.);

− Centro de Incubação de micro-empresas.

O Parque está localizado no centro da Euro-Região Norte-Galiza, contribuindo para interligação das econo-mias regionais da Galiza e da Região Norte de Portugal, mercado com cerca de 7 milhões de consumidores.

Por outro lado, tem boa acessibilidade, ao eixo rodoviários da auto-estrada A3 - a 500 metros do Parque - que liga os principais centros urbanos do Norte de Portugal e da Galiza.

A localização permite facilidades de acesso a:

− Três aeroportos internacionais (Porto, Vigo e Santiago de Compostela)

− Portos marítimos de alta capacidade (Leixões, Viana do Castelo e Vigo).

− Estação ferroviária com entreposto comercial

PARQUE EMPRESARIAL DE LANHESES GestinViana - Parques Empresariais de Viana do Castelo, S.A.Parque Empresarial de Lanheses - 4900 Viana do CasteloTel: 258 813 673 · Tlm: 918 755 827 · Fax: 258 813 674 · [email protected]

O Parque Empresarial de Lanheses, situado junto ao Vale do Lima e do Vale do Ave coloca à disposição das empresas um conjunto de equipamentos e serviços, permitindo a obtenção de economias de escala e boa localização.

É uma Área de Localização Empresarial ajustada aos novos requisitos de ordenamento do território e de qua-lificação ambiental, com condições que permitem melhorar a competitividade das empresas.

Área de Intervenção: 20 ha

Nº de Lotes 1ª Fase: 14

Nº de Lotes total 1ª, 2ª , 3ª fase: 31

Tipologia: 1147 m² - 12906 m²

Equipamentos:

− Edifício de serviços

− ETAR

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98 GUIA DE ORIENTAÇÃO PARA A INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO DO CLUSTER TÊXTIL MODA NOS VALES DO AVE E CÁVADO 99

− Ecocentro

− Ecopontos

− Portaria

PARQUE EMPRESARIAL DE PAREDESParedesIndustrial - Parques Industriais, S.A.Edifício dos Paços do Concelho - Parque José Guilherme4580-229 ParedesTel: 229 982 331 · Tlm: 918 215 203 · Fax: 229 982 329 · www.paredes-industrial .com

As instalações do Parque oferecem às empresas condições que permitem melhorar as atividades e optimizar recursos mediante:

− Boas acessibilidades

− Infra-estruturas com qualidade.

− Serviços de apoio logístico

− Promoção de parcerias;

Características

Área de Intervenção: 46 ha.

Nº de Lotes 1ª Fase: 20.

Tipologia: 1050 m² - 5000 m².

Equipamentos em Rede:

− distribuição de energia eléctrica - BT e MT

− telecomunicações

− distribuição de gás natural

− drenagem de águas residuais

− drenagem de águas pluviais

− distribuição de água potável

− combate a incêndios

− rega

Acessibilidades às Vias de Comunicação:

Rodoviárias

Auto-estrada A4 -0.5 Km (1 mn)

EN 319 - 0.5 Km (1 mn)

EN 15 - 3 Km (3 mn)

Ferroviária

Terminal Ferroviário - 18 km (20 mn)

Aeroporto

Porto - 35 Km (25 mn)

Porto Marítimo

Leixões - 30 Km (20 mn)

Proximidade às principais Cidades

Porto - 25 Km (15 mn)

Braga - 70 Km (40 mn)

Lisboa - 330 Km (3 h)

7.3. As OrganizaçõesPara facilitar os processos de criação e licenciamento industrial e comercial das empresas existem organiza-ções que se dedicam à oferta de serviços especializados para a incubação de empresas, auxiliar os projetos de inovação e apoiar os processos de licenciamento obrigatório.

Neste capítulo iremos referir as sediadas no norte do país e que poderão auxiliar os projetos para empresas do STV.

7.3.1. Os Centros Tecnológicos

Os Centros Tecnológicos e de Inovação estão distribuidos por várias entidades e foram criados com o objeti-vo de desenvolver a área tecnológica em diversos setores de atividade.

A sua Missão é apoiar o desenvolvimento das capacidades técnicas e tecnológicas dos setores a que estão ligados, divulgar e promover a inovação e a melhoria da qualidade do produto final e do serviço.

Assim, temos:

− CITEVE - Centro Tecnológico das Indústria Têxtil e do Vestuário de Portugal

− CENTI - Centro de Nanotecnologia e Materiais Técnicos, Funcionais e Inteligentes

− CATIM - Centro de Apoio Tecnológico à Indústria Metalomecânica

− CENFIM - Centro de Formação Prof. Indústria Metalúrgica e Metalomecânica

− CITMA - Centro da Ciência e Tecnologia da Madeira

− CTCP - Centro Tecnológico do Calçado de Portugal.

− CTCOR - Centro Tecnológico da Cortiça

− CTCV - Centro Tecnológico da Cerâmica e do Vidr-

− CTIC - Centro Tecnológico das Indústrias do Couro.

Destes centros importa referir as ações do CITEVE e do CENTI

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100 GUIA DE ORIENTAÇÃO PARA A INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO DO CLUSTER TÊXTIL MODA NOS VALES DO AVE E CÁVADO 101

CITEVE – Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário de Portugal Rua Fernando Mesquita, nº 2785, 4760-034 Vila Nova de FamalicãoTel: + 351 252 300300 · Fax: + 351 252 300317 · [email protected]

O CITEVE está vocacionado para a ITV e interessa evidenciar a importância da sua contribuição para a ino-vação e o empreendedorismo no setor.

A tipologia dos serviços prestados é a seguinte:

− Testes e ensaios técnicos.

− Consultoria e Assistência Técnica.

− Desenvolvimento tecnológico de Novos Produtos.

− Idem de novos processos.

− Transferência de Tecnologia

− Valorização dos Recursos Humanos.

− Vigilância Tecnológica.

− Normalização e Certificação

− Propriedade Industrial

− Benchmarking.

Dispõe de competências em Tecnologias setoriais específicas (Materiais, processos, etc.) bem como de tecno-logias horizontais (TIC, Sistema de Gestão Ambiental, Higiéne e Segurança, Energia e Gestão da Qualidade)

Centro está apetrechado com as seguintes tecnologias:

− Laminagem,

− hotmelt,

− Coating/ revestimento,

− Malhas tridimensionais,

− Malha trama,

− Tecnologia seamless,

− Estamparia digital

− Linha de união e consolidação de materiais por termocolagem e corte a laser.

Dispõe de oferta de serviços de apoio ao Empreendedorismo em parceria com outras entidades, tais como:

O CITEVE, em parceria com o LIFTOFF - Gabinete do Empreendedor da Associação Académica da Uni-versidade do Minho e o spin-off EDIT VALUE® Consultoria Empresarial, vai oferecer apoio técnico especial-izado para elaboração de Planos de Negócio a oito empreendedores com idei ideias inovadoras de base tecnológica relacionadas com o sector da Moda (Têxtil, Vestuário, Calçado e Ourivesaria).

Tem programas de seleção e apoio a novas ideias ideias com base nos seguintes critérios:

− ligação da ideia ao sector da Moda;

− carácter inovador;

− aplicabilidade prática;

− potencial de mercado e internacionalização;

− perfil do(s) promotore(s).

Promove ações para estimular o Empreendedorismo e a Inovação direccionadas para a criação de produtos de elevado valor acrescentado e orientadas para o mercado.

O CITEVE promove uma forte interacção com os mais diversos parceiros e agentes institucionais, europeus e nacionais, numa lógica de funcionamento em rede através com a participação activa do Centro em várias redes de excelência, tais como:

− Plataforma Tecnológica Europeia para o Futuro do Têxtil e Vestuário,

− Textranet – Rede Europeia de Institutos de Investigação Têxtil,

− Pólo de Competitividade da Moda,

− Health Cluster Portugal,

− Plataforma CentroHabitat,

− Pólo de Competitividade das Indústrias da Moda,

− Associação Internacional OEKO-TEX®,

Uma das funções do CITEVE é tutelar e garantir o funcionamento da CT4 – Comissão Técnica dos Têxteis e Vestuário.

Também participa nos grupos técnicos de trabalho no âmbito da normalização, aos níveis europeu (CEN) e internacional (ISO).

A certificação OEKO-TEX® e a Marcação CE para EPI (Equipamentos de Protecção Individual) são exemplos dos servilços que presta nestes domínios.

O Centro de Alto Rendimento em IDT do CITEVE (CAR-IDT), que está disponível para albergar nas suas ins-talações projectos empresariais de base tecnológica.

O Centro destina-se a apoiar dois tipos de projetos:

− Novas empresas de base tecnológica;

− Departamentos de IDT de empresas existentes.

O CAR-IDT é também um espaço de incubação do CITEVE, em Vila Nova de Famalicão com as seguintes infraestruturas:

400 m2 distribuídos por 7 gabinetes equipados que variam entre os 40m2 e os 50m2-

− 2 salas de reuniões equipadas;

− Sala de recepção e acolhimento de clientes;

− Pavilhão industrial com 450m2;

− equipamento industrial para prototipagem (Tricotagem, Tinturaria / Acabamentos, Coating, Laminagem, Confecção, etc)

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102 GUIA DE ORIENTAÇÃO PARA A INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO DO CLUSTER TÊXTIL MODA NOS VALES DO AVE E CÁVADO 103

O CAR-IDT do CITEVE pretende ser o parceiro ideal dos projectos empreendedores e empresas da ITV de cariz inovador, promovendo a cultura de permanente inovação e suporte tecnológico nos domínios que con-tribuam para melhorar a competitividade das empresas.

Nos processos de Inovação têxtil o CITEVE desenvolve políticas no sentido de:

− GERIR CONHECIMENTO, GERAR VALOR

− Aumentar a valorização económica dos resultados da I&D+I, a GESTÃO DO PROCESSO DE INOVAÇÃO

− Mobilizar grupos de empresas e entidades complementares para uma resposta mais eficaz a oportunida-des e solicitações de mercado .

As vertentes de intervenção são as seguintes:

− dinamização e formatação de consórcios e parcerias com vista ao desenvolvimento de projectos de I&D+I, de âmbito nacional e internacional;

− suporte ao processo de inovação, nomeadamente benchmarking e gestão da propriedade industrial;

− apoio na identificação e selecção de parceiros científicos, tecnológicos e empresariais e acesso a uma vasta rede de contactos nacionais e internacionais.

No que respeita ao Programa de Incubação Residencial o preço praticado (está indexado à área ocupada pela empresa).

Valor Mensal:

Base Ano 1 Ano 2 Ano 3100,00€ + 7,00 € / m2 7,50 € / m2 8,00 € / m2

CENTI - Centro de Nanotecnologia e Materiais Técnicos, Funcionais e Inteligentes Rua Fernando Mesquita, 27854760-034 Vila Nova de Famalicão - PortugalTel: 252104152 · Fax: 252327358 · [email protected] · www.centi.pt

O Centro de Nanotecnologia e Materiais Inteligentes (CENTI) localiza-se em Portugal e o seu papel é o de impulsionar o desenvolvimento de novos materiais, a fim de contribuir para a inovação de produto ao longo de todas as etapas de desenvolvimenento necessárias.Foi fundado pelo CITEVE (Centro Tecnológico das In-dústrias Têxtil e do Vestuário), da Universidade do Minho, da Universidade do Porto, a Universidade de Aveiro e CTIC (Centro Tecnológico para a Indústria do Couro).

A sua etratégia segue 5 directrizes:

1. Criação de um grupo multi-disciplinar (química, física, engenharia- química, materiais, electrônica e biomédica)

2. Actividades experimentais (prototipagem, amostragem, ampliação), com apoio científico

3. Atividade do laboratório para a industrialização (lab2fab)

4. Alta qualidade, serviço exclusivo a preços R & D s acessíveis

5. Benefícios real e comprovados, a baixos custos de produção

O CENTI conta com 25 investigadores a tempo inteiro e com a colaboração a tempo parcial de cerca de 24 técnicos e investigadores. Em termos das engenharias, as áreas abrangidas por estes recursos humanos vão desde as engenharias química, têxtil, polímeros, materiais, biotecnologia e electrónica. Em termos das ciên-cias, o CENTI conta com especialistas nos domínios da química, física e biologia.

Toda a sua actividade de IDT é desenvolvida em torno da temática dos materiais, desde a sua síntese ou modificação, passando pela sua aplicação em diferentes substratos (que poderá ser efectuada por diferentes tecnologias desde as convencionais a tecnologias inovadoras que o CENTI terá disponível nas suas instala-ções), até à obtenção do produto final que se pretende que possua valor acrescentado.

O Centro possui um Laboratório de Caracterização de Materiais , que conta com um conjunto alargado de técnicas de caracterização que correspondem ao estado da arte na caracterização de materiais e que estão disponíveis para os parceiros/clientes, com acompanhamento técnico especializado, para apoio ao nível do processo, controlo de qualidade, avaliação de falhas ou em desenvolvimentos internos das empresas.

Para além das técnicas acima referidas, o CENTI tem vindo a estabelecer diversos protocolos de cooperação com os seus parceiros fundadores para recorrer a outras técnicas complementares de caracterização de materiais.

7.3.2. Business Innovation CentresOs BIC – Business Innovation Centres/Centros Europeus de Empresas e Inovação, têm como objetivo facilitar a criação de negócios com características inovadoras e com grande potencial de crescimento, bem como a modernização das PME. Os processos de Incubação de Empresas integram a oferta de espaços adequados com equipamentos de apoio administrativo essenciais para o arranque dos projetos empresariais, bem oferta formativa ao nível da gestão empresarial e comercial, entre outras.

Estas organizações estão associadas às Universidades e às Associações Empresariais e integradas na Rede Europeia EBN (European Business and Innovation Centres Network) ligada a 25 países da União Europeia.

Em Portugal foi criada a BICS - Associação dos Centros de Empresa e Inovação Portugueses, uma instituição sem fins lucrativos, representativa dos BICS Portugueses, quer a nível nacional, quer a nível internacional.

Aassociação tem por fim congregar todos os European Business Innovation Centres, reconhecidos como tal pela Comissão Europeia, que possuam sede em território nacional, com a finalidade de partilha de recursos, metodologias, meios, actividades e experiências, que permita a realização concertada de acções conjuntas e potenciar a actividade de todos os seus membros.

A cooperação internacional dos BIC’s tem contribuido para:

• Criar uma nova geração de empresários.

• Apoiar projetos inovadores prestando serviços de assistência técnica especializada.

• Dinamizar rede de contatos nacionais e internacionais.

• Promover o empreendedorismo.

As experiências desenvolvidas têm permitido:

• Qualificar o emprego na região de atuação.

• Apoiar à criação de empresas de base tecnológica.

• Assegurar a logística para funcionamento durante o período de incubação de novas empresas

• Prestar assistência técnica na elaboração de Planos de Negócios.

• Orientar para obtenção de financiamentos.

• Facilitar o acesso a informação nacional e comunitária-

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104 GUIA DE ORIENTAÇÃO PARA A INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO DO CLUSTER TÊXTIL MODA NOS VALES DO AVE E CÁVADO 105

O know how adquirido pela experiência faz dos BIC’s centros de competências para os novos empreendedo-res e para a criação de empresas que pretendem iniciar processos de Inovação.

Os BIC,s integram, também, as atividades de “Incubação de empresas “ e de desenvolvimento da Inovação.

Na década de 50 surgiram na Europa Central e nos EUA. Hoje, existem cerca de 3000 incubadoras em todo o mundo.

“As Incubadoras” de empresas têm os seguintes objetivos:

− Estimular a criação de novas empresas.

− Proteger o desenvolvimento dos projetos empresariais.

− Dar “abrigo” a novos negócios por um tempo limitado.

− Criar ambientes de motivação para transformar os resultados de pesquisas em novos produtos e serviços.

As Incubadoras, localizam-se nas proximidades das Universidades Técnicas, Institutos de Investigação e atuam numa lógica de aproveitar os recursos técnicos e humanos destas instituições e assim oferecer às empresas serviços com o apoio à Inovação com o uso partilhado de infraestruras adequadas para o efeito.

Actualmente, exitem em Portugal 10 BIC acreditados pela Comissão Europeia, dos quais oito possuem cen-tros de incubação nos quais se encontram instaladas fisicamente cerca de 75 empresas, predominando empresas ligadas às biotecnologias, agro-indústrias, sextor auxiliar do naval, TIC, electrónica, energias e ambiente, indústrias criativas, turismo, entre outras.

Constituindo-se como centros de conhecimento e competências, assumem o papel de agentes impulsiona-dores do desenvolvimento e do empreendedorimo.

As experiências realizadas mostram que as Incubadoras geram emprego qualificado, rendimentos e estimu-lam a atividade empreendedora.

De acordo com os últimos dados disponíveis, referentes ao ano de 2008, os BIC portugueses registaram uma taxa média de sobrevivência das novas iniciativas empresariais, de 94% acima dos 88% registados pela mé-diado conjunto dos BIC europeus.

As BIC oferecem um sistema “à medida” de:

• serviços integrados, adaptados aos contextos locais e regionais com a flexibilidade necessária, na detec-ção, selecção, orientação estratégica e acompanhamento de projectos inovadores;

• serviços especializados de inovação, de modo aumentar eficácia das PME;

• apoio à captação ao financiamento;

• avaliação de projectos inovadores e do perfil empreendedor dos promotores;

• orientação estratégica e apoio técnico especializado;

• apoio à internacionalização;

• oferta de programa de formação;

• promoção e divulgação.

Tal é feito de forma integrada e adaptada à realidade de cada projecto.

Vejamos os BIC,s que estão instalados a Norte do país, e que fazem parte da vasta Rede Europeia da EBN, constituindo actualmente a maior rede de Empreendedorismo e Inovação da União reconhecida pela Comis-são Europeia como uma entidade de qualidade pelas suas competências no desempenho da sua missão, fazendo parte dos BIC nos 27 países da UE coordenados pela EBN – European Business and Innovation Centre Network, e com interesse para projetos da ITV:

BIC – Minho – Oficina da Inovação, SA

BragaAv. João XXI, 627, 1º · 4715-035 BragaTel.: 253 204 040 · Fax: 253 204 049

Viana do CasteloCampo Sr.ª d’Agonia · 4900-360 Viana do CasteloTlf: 258 822 400 · Fax: 258 806 248www.bicminho.com · [email protected]

A BIC MINHO – Business and Innovation Centre do Minho (Oficina da Inovação – Empreendedorismo e Inova-ção Empresarial, S.A.) é uma entidade sem fins lucrativos, constituída no ano 2000 por promotores públicos e privados, que têm como missão promover o Empreendedorismo e a Inovação Empresarial, através do apoio à criação e à modernização de empresas contribuindo assim para o desenvolvimento e competitividade da Região do Minho.

Os principais objectivos do BIC MINHO passam pelo seguinte:

• Contribuir para o desenvolvimento regional;

• Promover a diversificação de PME com projectos e empreendedores inovadores;

• Promover a criação de novas PME inovadoras e com espírito empresarial;

• Dotar a região dos serviços que deverão complementar o suporte à actividade empresarial.

Centro de competências, com forte know-how na área da Gestão Empresarial e afins, o BIC MINHO posi-ciona-se quer como generalista quer como catalisador entre os empreendedores e/ou PMEs e as entidades operacionais especializadas que estejam nas áreas da transferência de tecnologia, da internacionalização, da área económico-financeira, da formação e do apoio jurídico, entre outros.

Para além disso o BIC MINHO funciona também como centro de Incubação de empresas, dispondo de infra-estruturas e serviços para apoiar os potenciais empreendedores e PME existentes em fase de modernização, em Braga e Viana do Castelo.

PROMONET - Associação Promotora de Novas Empresas e Tecnologias NET - Novas Empresas e Tecnologias, S.A.Business and Innovation Centre do PortoRua de Salazares, 842 4149-002 Porto Tlf: +351 225 322 000 · Fax: +351 226 177 662 · [email protected]

A PROMONET - Associação Promotora de Novas Empresas e Tecnologias, é uma associação sem fins lucrativos, tendo como maior associado a NET - Novas Empresas e Tecnologias, S.A. Localizada no Pólo Tecnológico do Porto.

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106 GUIA DE ORIENTAÇÃO PARA A INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO DO CLUSTER TÊXTIL MODA NOS VALES DO AVE E CÁVADO 107

A NET – Novas Empresas e Tecnologias, S A foi constituída com o objectivo contribuir para o desenvolvimento económico da Região do Norte de Portugal, através da promoção e apoio à criação de negócios de carac-terísticas inovadoras, com grande potencial de crescimento e baixa taxa de insucesso, através da promoção do lançamento de pequenas empresas e a modernização de PME’s já existentes.

Sendo um Business Inovation Centre, a NET, actua segundo os seguintes princípios

• Promover com carácter permanente a atitude empresarial;

• Apoiar a criação de novas empresas inovadoras ou PME’s existentes que desejem diversificar ou moderni-zar as suas actividades e que sejam susceptíveis de gerar novas oportunidades de emprego;

• Promover a inovação tecnológica na Região Norte através da transferência de tecnologia e criando um clima favorável à inovação como motor do progresso económico;

• Apoiar e orientar o promotor no desenvolvimento do Plano de Empresa numa perspectiva de formação em gestão empresarial;

• Assentar a sua competência numa pequena estrutura e apostando fundamentalmente no eficiente uso dos recursos da Região;

• Procurar uma fácil relação com os restantes BIC’s e organizações similares com vista a melhorar a eficiência da sua acção;

• Não perseguir fins lucrativos, sendo os benefícios da sua actuação avaliados em termos de contributo para o desenvolvimento regional.

Instalações:

O Edifício PROMONET tem capacidade para acolher 28 empresas nas áreas dos serviços e da indústria ligei-ra, em salas que variam entre os 18 e os 86 m2.

Dispõe de um auditório com capacidade para 60 pessoas, sala de formação, salas de reuniões, bar e parque de estacionamento.

O Centro de Incubação PROMONET, tem uma área total de 3.100 m2 e uma área de Construção de 2.000m2.

Serviços prestados:

• Identificação e desenvolvimento de novas oportunidades de negócios.

• Promoção, selecção e avaliação de ideias/projectos e pessoas.

• Desenvolvimento das capacidades de gestão

• Formação dos promotores nas diversas áreas funcionais da empresa:

• Apoio ao desenvolvimento do Plano de Negócios

• Assistência e conselho nas áreas técnicas e tecnológica, comercial, marketing e económico-financeira

• Acesso a fontes de financiamento e sistemas de incentivos

• Apoio à constituição Jurídica da empresa

• Acesso a redes de especialistas, nacionais e estrangeiros

• Incubação

• Seguimento e acompanhamento do projecto, após o período de arranque

• Cooperação e internacionalização de empresas

7.3.3. Ninhos de Empresas da Fundação da Juventude

NINHOS DE EMPRESAS PORTO

Casa da Companhia - Rua das Flores nº 69, 4050-265 Porto

Tel. 22 339 35 30

Fax. 22 339 35 44

Email. [email protected]

O programa Ninhos de Empresas é promovido pelas seguintes entidades:

• Ministério da Economia, Inovação e Desenvolvimento, através do IAPMEI, IP.

• Ministério da Ciência e do Ensino Superior, através da Fundação para a Ciência e Tecnologia

• Secretaria de Estado da Juventude e Desporto, através do IPJ, IP.

• Associação Nacional de Jovens Empresários

cabendo a sua gestão à Fundação da Juventude.

Os Ninhos de Empresas são espaços físicos de incubação, dotados de estruturas de apoio técnico, material e logístico, proporcionando os apoios necessários à criação ou desenvolvimento de empresas de actividades empresariais.

Destinam-se aos jovens entre os 18 e os 35 anos, recém licenciados, com formação profissional especializa-da, ou experiência profissional comprovada, que individualmente ou em grupo, até ao limite de 4 elementos, queiram construir a sua empresa na área de consultadoria e serviços.

As empresas a criar instalam-se em gabinetes, pagando uma renda simbólica desse espaço, por um período de 3 anos, não renovável.

O sucesso deste programa com mais de 20 anos de existência permitiu já a criação e desenvolvimento de 500 empresas e 2.500 posto de trabalho

Serviços de apoio:

• Fotocópias

• Apoio secretariado

• Telefones e fax

• Impressão a laser

• Sala de reuniõesAuditório

• Sala de exposições

• Equipamento audiovisual

• Projectores Multimédia

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108 GUIA DE ORIENTAÇÃO PARA A INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO DO CLUSTER TÊXTIL MODA NOS VALES DO AVE E CÁVADO 109

Condições em vigor

O Ninho de Empresas do Porto dispõe de 14 gabinetes mobilados, entre 11,5 m2 e os 30,5 m2. O valor mensal de cada gabinete varia conforme a área (10€ /m2), incluindo água, electricidade e limpeza.

7.3.4. Ninhos de Empresas dos Centros de Apoio à Criação de Empresas do IEFPOs Centros de Apoio à Criação de Empresas, habitualmente reconhecidos como CACE’s, são infra-estruturas do Instituto de Emprego e Formação Profissional, criadas em 1997, dotadas de autonomia funcional e orgâni-ca e cuja actuação tem por objectivo contribuir para a modernização empresarial.

Estes Centros promovem o aparecimento e consolidação de novas empresas, com projectos viáveis do ponto de vista técnico, económico e financeiro e geradoras dedesenvolvimento nas áreas social, económica e tec-nológica na sua região de implantação.

Os Centros de Apoio à Criação de Empresas (CACE) têm por objectivo fomentar o aparecimento de novas empresas, na área geográfica em que estão implantados,proporcionando-lhes condições técnicas e físicas para um desenvolvimento e crescimento sustentados, através dos Ninhos de Empresas, tendo em vista a criaçãode postos de trabalho.

São espaços físicos e geograficamente definidos pelos CACE, destinados a promover a constituição, desen-volvimento e consolidação de empresas, através da prestação de apoios técnicos, com a finalidade de permi-tir a sua posterior integração no mercadocom total autonomia. Podem candidatar-se pessoas singulares, com idade igual ou superior a dezoito anos e Entidades privadas com fins lucrativos. Não são admitidos projectos de criação de empresas apresentadas por sociedades que já desenvolvam actividades empresariais no ex-terior do Ninho.

Estas estruturas:

• organizam e desenvolvem acções de formação empresarial destinadasaos potenciais promotores;

• fazem acompanhamento técnico na fase de arranque e desenvolvimentodas iniciativas empresariais;

• cedem espaços modulados e respectivos serviços de logística.Portanto ao nível da CRIAÇÃO DE EMPRE-SAS, apoiam nas seguintes etapas:

- ETAPA 1: A ideia

- ETAPA 2: Elaboração do projecto de investimento

- ETAPA 3: Constituição formal da empresa

- ETAPA 4: Implementação do projecto

- ETAPA 5: Arranque da actividade

Ao nível dos SISTEMAS DE INCENTIVOS FINANCEIROS/FISCAIS, destacamos:

• Apoio à Criação do Próprio Emprego/Empresa:

- ILE - Apoios a Iniciativas Locais de Emprego;

- Iniciativas Locais de Emprego e de Apoio à Família;

- CPE - Apoios a Projectos de Emprego promovidos porbeneficiários das prestações de desemprego.

• Consultoria, Formação e Apoio à Gestão de Pequenas Empresas:

- Programa REDE:

• Linha I - Rede Anual;

• Linha II - Rede Expresso;

• Linha III - Rede Curta Duração.

• Apoios à Contratação/Formação de Trabalhadores:

- Apoios à Contratação;

- Programa Estágios Profissionais;

- Programa Rotação - Emprego – Formação

Para além destes incentivos e apoios à criação do Próprio Emprego, o IEFP estabelece parcerias com Asso-ciações Empresariais, no sentido de promover oEmpreendedorismo, por exemplo, com a ANJE desde 1997, no âmbito de um projecto com abrangêcia nacional denominado “Academia dos Empreendedores”.

O IEFP concebeu um modelo de gestão de instalações inovador: abdicou do recebimento de rendas pelo espaço cedido, criando um Fundo de Apoio para os CACE’s, reembolsável, para estimular a poupança para o “dia seguinte” à saída das empresas para o exterior.

Esse Fundo de Apoio, consiste no pagamento mensal de quotas por parte de cada empresa, sendo o plano de quotizações gradual e progressivo ao longo do período de três anos de incubação.

No final do período de incubação, as empresas serão reembolsadas do montante das quotas pagas durante período de permanência no Ninho de Empresas, desde que continuem a exercer a sua actividade no no ex-terior dos CACE.

A norte, os CACE são os seguintes:

Centro de Apoio Criação de Empresas do Vale do AveRua das Nova Empresas, Fontiscos4780-511 SANTO TIRSOTelef. 252 80 02 30 · Fax: 2252 80 02 39

Estrutura situada em Santo Tirso, disponibilizando 20 espaços de incubação de empresas para empresas de serviços ou empresas do sector industrial, não poluentes, por um período de 3 anos, podendo ir até aos 5.

Estes espaços possuem todas as infraestruturas necessárias ao arranque da actividade empresarial. Além disso o CACE ainda apoia os empreendedores através do apoio de consultoria, quer ao nível da elaboração do plano de negócios, quer em termos empresariais.

Disponibiliza ainda:

− apoio administrativo

− formação profissional

− incentivos ao investimento e à contratação de recursos humanos no âmbito da criação da empresa.

Preços e condições

Empresas de serviços: Gabinetes até 50 metros quadrados: valor mensal de 1,80€ por metro quadrado.

Empresas do sector industrial: Pavilhões até 240 metros quadrados: valor mensal de 1,65€ por metro quadrado.

Os valores pagos serão restituidos no final do período de incubação

Centro de Apoio Criação de Empresas do Nordeste TransmontanoZona Industrial Norte, Mirandela 5370-565 MIRANDELATelef: 278 20 14 00 · Fax: 278 20 14

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110 GUIA DE ORIENTAÇÃO PARA A INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO DO CLUSTER TÊXTIL MODA NOS VALES DO AVE E CÁVADO 111

O CACENT- foi criado em 1993, com o objectivo de apoiar os empresários da zona de Bragança. Este espaço, permite:

− o acesso a telefone, fax efotocopiadora;

− acesso a Internet;

− acesso a bases de dados;

− limpeza e manutenção;utilização de salas de reunião;

− consumo de electricidade e água;

− estacionamento.

Serviços Prestados

− Tutoria e acompanhamento

− Apoio às empresas em criação na obtenção de financiamentos externos.

Preços e condições

Valor mensal de 2,50€ por metro quadrado:

Os valores pagos serão restituidos no final do período de incubação

Centro de Apoio Criação de Empresas do Porto Rua do Freixo, 10714300-219 PortoTel: +351 22 519 16 00

O CACE Cultural do Porto destina-se a acolher novas empresas na área cultural e artística. O edifício destina-do ao Ninho de Empresas é composto por 16 gabinetes distribuídos em 2 pisos, com uma área em média de 72m2/gabinete. Os gabinetes não se encontram equipados com computador nem mobilados.

Centro de Apoio à Criação de Empresas do Vale do Vouga e Baixo Tâmega Zona Industrial Felgueiras, Sobrado4550-161 CASTELO DE PAIVATel: 255 69 02 70/1 · Fax: 255 69 02 79

O Centro de Apoio à Criação de Empresas do Vale do Sousa e Baixo Tâmega localiza-se na antiga estrutura industrial da multinacional CJ Clark’s.

Tem como objectivo o apoio de iniciativas empresariais que visem a sua instalação no concelho de Castelo de Paiva e que:

− sejam relevantes para o desenvolvimento sustentável do Concelho;

− contribuam para a criação de novos postos de trabalho;

− contribuam para a diversificação do tecido empresarial local;

− contribuam para o reordenamento industrial do concelho;

sejam inovadoras.

As instalações aproveitadas correspondem a um pavilhão de cinco mil metros quadrados, e uma área envol-vente de 25 mil metros quadrados.

7.3.5 Centros Empresariais da Associação Nacional de Jovens Empresários (Anje)A ANJE - Associação Nacional de Jovens Empresários, juntamente com a administração local (autarquias), projectou uma rede nacional de Centros Empresariais.

Estes centros têm como finalidade incentivar os jovens empreendedores a criar a sua própria empresa, pro-porcionando-lhes as condições favoráveis para um crescimento sustentado e com maiores probabilidades de sucesso no início de actividade.

As infra-estruturas do centros estão vocacionadas para a incubação de empresas resultantes de projectos de jovens entre os 18 e os 40 anos. Estão dotadas de espaços físicos equipados e mobilados, onde os jovens podem exercer a sua actividade empresarial e incluem serviços de apoios a essas empresas assim como, permitem a criação de escritórios virtuais

As empresas incubadas podem dispor de instalações adequadas à actividade que desenvolvem, pagando uma renda simbólica pela ocupação desse espaço, por um período de tempo determinado (máximo de 3 anos, não renovável, salvo excepções).

Para além do espaço físico de incubação de empresas, existe a possibilidade de incubação virtual através dos escritórios virtuais.

Serviços

• Utilização de morada de instalações do Centro Empresarial para efeitos de Sede Social.

• Atendimento telefónico de chamadas da empresa

• Recepção de correio

• Apoio administrativo

• Serviços de recepção e envio de fax’s

• Utilização da sala de reuniões (2 horas mensais incluídas na mensalidade)

Os preços variam entre os 25 € e os 50€, dependendo da quantidade de serviços requeridos.

Centro empresarial da Maia

O Centro Empresarial da Maia foi o primeiro Centro Empresarial do universo da ANJE, projectado e edificado em parceria com a Câmara Municipal da Maia.

O Centro está inserido no Fórum Jovem da Maia, um empreendimento da Câmara Municipal que dirige a sua acção, essencialmente, para os jovens e integra juntamente com o Centro Empresarial da Maia o Gabinete da Juventude, além de outras associações locais. Este Centro tem por objectivo criar as condições propícias à criação de empresas por Jovens Empresários.

Dispõe de infra-estruturas para o exercício da actividade empresarial, compostas por:

• 10 Gabinetes, entre os 13 e os 19,2 metros quadrados

• 1 Sala de Reuniões;

• 1 Bar/Sala de Exposições

• Auditório (com capacidade para 115 pessoas) para acções de formação, seminários e outras iniciativas, Sala de Exposições (com cerca de 140 m2) e bar.

Preços: Valor mensal de 10 € por metro quadrado (s/IVA)

Centro Empresarial de Matosinhos (CEM)

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112 GUIA DE ORIENTAÇÃO PARA A INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO DO CLUSTER TÊXTIL MODA NOS VALES DO AVE E CÁVADO 113

É o resultado da parceria entre a ANJE e a Câmara Municipal de Matosinhos e está Integrado no Edifício Nova Centralidade, as instalações do são compostas por:

• 8 Gabinetes equipados, entre os 17,5 m2 e os 35,7 m2.

• 1 Sala de Reuniões.

• Duas salas de formação, das quais uma está equipada com material informático;

• Espaços para exposições

• Restaurante

Preços: Valor mensal de 10 € por metro quadrado (s/IVA)

Centro Empresarial da Trofa

Este centro resulta da parceria entre a ANJE e a antiga Comissão Instaladora do Município da Trofa (CIMT).

O Centro está integrado no edifício do FIJE – Fórum de Inovação e Jovens Empreendedores, dotado de infra-estruturas propícias à actividade empresarial, compostas por:

• 11 Gabinetes equipados, com áreas entre os 20,8 e os 31,4 m2.

• Sala de Reuniões.

• Sala de formação, para acções de formação.

• Sala de exposições.

• Cyber-espaço, para o contacto com as novas tecnologias da informação.

Preços: Valor mensal entre 4€ e os 5,8€ por metro quadrado (s/IVA)

O Centro Empresarial de Aveiro

Centro Empresarial de Aveiro (CEA) foi criado com o apoio da Câmara Municipal de Aveiro.

O Centro é uma infra-estrutura que oferece as condições necessárias para a incubação de empresas e para a realização de uma diversidade de eventos, nomeadamente, acções de formação, conferências, seminários e exposições.

Instalações:

• 13 Gabinetes : 9 simples e 2 duplos, com áreas entre os 22m2 e os 52,5 m2

• Sala de Formação

• Sala de Reuniões

• Sala Polivalente - espaço amplo para conferências, exposições de arte e almoços/jantares;

• Recepção;

• Restaurante/Bar.

• 12 Pavilhões, de 250m2.

Preços:

Gabinetes: Valor mensal entre 6,90€ e os 8,50€ por metro quadrado (s/IVA)

Pavilhões : Valor mensal 2,60€ por metro quadrado (s/IVA)

7.3.6. As Incubadoras de Base TecnológicaO Departamento de Comércio e Tecnologia, no seu relatório anual de 2003 caracterizou dois tipos de estraté-gias para realizar processos inovadores:

- Foco dos investimentos nas grandes empresas de tecnologia.

- Criação de empresas “start-up” de base tecnológica.

Em Portugal não existem grandes empresas de alta tecnologia por isso as iniciativas conhecidas vão no sen-tido de criar incubadoras vocacionadas, principalmente, para start-ups.

As ditas incubadoras abrigam empresas cujos produtos, processos ou serviços são resultado de pesquisa científica e têm potencial de alto valor acrescentado.

Assim, é comum, surgirem empresas de tecnologia de informação, biotecnologia, eletrónica, ambiente, ramo da saúde, etc, que se posicionam como centros de trabalho de profissionais com capacidade técnica espe-cífica para apoiar PME,s no desenvolvimento dos seus negócios.

Nos casos de incubadoras implantados em Portugal podemos sintetizar os seus objetivos:

- Contribuir para o desenvolvimento regional mediante criação de emprego.

- Implementar processos de integração entre as empresas e a universidade.

- Abrir oportunidades para transformar ideias em produtos, processos ou serviços baseados em tecnologias inovadoras.

- Promover a formação profissional, no sentido de levar os investidores a estruturar negócios.

- Facilitar aos empreendedores o uso de serviços, infraestruturas em condições vantajosas.

- Facilitar o acesso à inovação tecnológica.

Não há exemplos marcantes das empresas da ITV recorrerem a serviços das sociedades sediadas nas incu-badoras.

Contudo, as atividades do design, de trabalhos relacionados com imagem corporativa e outros serviços po-dem vir a ser subcontratados às empresas start-up das Incubadoras.

7.3.6.1. Os processos das empresasO processo de incubação de empresas surgiu na década de 70 com o caso do Sillycon Valley no estado da Califórnia em resultado do esforço de promoção da Stanford University.

O projeto teve como objetivo principal proporcionar infraestruturas a universitários recém formados para criar empresas assegurando meios de assistência, tais como, de apoio jurídico, administrativo e técnico aos pro-jetos-empresa até à fase de auto-sustentação.

O sucesso teve a ver com o relacionamento entre as empresas de alta tecnologia e a universidade e ao apareci-mento da microeletrónica que permitiu reduzir o preço dos chips, processadores de memória, disco rígido, etc.

Como se depreende trata-se de um caso excepcional e em condições (técnicas e de proximidade) difíceis de repetir, mas tem servido como exemplo para outros modelos como é o caso francês, também da década de 70, ao fundar a Agência Nacional para a Criação de Empresas (ANCE) no sentido de estimular escolas e universidades na formação de empreendedores, simplificando a burocracia para a criação e registo de em-presa, isenção de impostos para o inicio da atividade.

Mais recentemente, têm sido criados pólos científicos junto das universidades europeias para apoiar jrojetos de empresas de alta tecnologia seguindo o exemplo dos E.U.A. :

− Em Inglaterra com a os “Science Parks” junto dos campus universitários que albergam indústrias emergen-tes de tecnologia de ponta com livre acesso a partilha de computadores e laboratórios. O “New Enterprise

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114 GUIA DE ORIENTAÇÃO PARA A INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO DO CLUSTER TÊXTIL MODA NOS VALES DO AVE E CÁVADO 115

Program” que oferece cursos para desenvolver novas competências e capacitação para abrir novos negócios.

− Na Alemanha para estimular “a cultura do empreendimento” com o projeto BIG entre a Universidade Técni-ca de Berlim, o Estado de Berlim e empresas de alta tecnologia.

− Em Portugal, a partir de 2005, passou a haver políticas com orientação dedicada ao empreendedorismo através de projetos de incubação de empresas( tecnológicas, mistas ou tradicionais) com ligação às Univer-sidades Técnicas, bem como a criação de Pólos Tecnológicos para facilitar e estimular a investigação nos domínios da saúde, tecnologia da informação, software informático e nanotecnologias.

A evolução da alta tecnologia em Portugal tem sido marcante no que se refere a:

− desburocratização processual, na criação de empresas;

− novos produtos;

− simplificação dos licenciamentos;

− instalação de plataformas informáticas de consulta “on line” aos organismos oficiais;

− prestação de contas, etc.

Os impactes na economia destas ações serão sentidas a médio prazo as experiências realizadas mostram que as incubadores de empresas são um meio qualificado para a promoção e o aparecimento de novas em-presas PME,s, bem como para optimizar o conteúdo tecnológico dos produtos e serviços.

7.3.6.2. O papel das Ciências e das novas Tecnologias.A investigação e o desenvolvimento tecnológico (I&DT) são elementos fundamentais para assegurar o cres-cimento e a competitividade das empresas sejam de base industrial ou não, e contribuem para a solução de problemas humanos e ambientais, melhoram o conhecimento, a informação, a cultura e o bem estar das sociedades.

As ciências e as novas tecnologias requerem investimento, em muitos casos avultado, mas produzem o co-nhecimento que é a base da inovação e do progresso tecnológico. Esta realidade tem determinado atenção crescente em I&DT nas economias da OCDE principalmente após 1990.

Mesmo em países de economias menos desenvolvidas tem-se assistido a uma maior atenção para I&DT alocando mais recursos para a aquisição de tecnologia tendo em vista dar maior eficácia às políticas e estra-tégias concebidas para colmatar carências económicas e sociais .

Verifica-se também que, a inovação não poder ser separada da ciência e que envolve conceitos políticas de desenvolvimento para as empresas de qualquer setor ou dimensão no sentido de aumentar os níveis de competitividade à escala universal.

É devido a estes factos que as políticas têm sido orientadas para:

− Apoios estruturados aos processos de inovação.

− Novas atitudes profissionais e políticas estratégicas.

− Novas formas de organização e formação.

− Maior colaboração entre o setor público e privado.

Por outro lado, o reconhecimento da I&DT na competitividade dos setores produtivos deve determinar:

− Programas de disseminação dos processos de inovação junto dos setores produtivos.

− Criar condições adequadas para melhorar as capacidades dos centros tecnológicos nacionais.

− Criar condições de partilha de conhecimentos e resultados da aplicação das tecnologias.

Ou seja, é fundamental haver convergência dos processos de inovação com as políticas oficiais de promoção e apoio às novas tecnologias.

Os indicadores nacionais denotam os efeitos das políticas públicas no apoio à inovação que podem ser aferi-dos, em parte, pelo conteúdo tecnológico das exportações portuguesas, que até 2008 registavam uma dimi-nuição do peso das exportações de produtos de baixa tecnologia e um aumento do conteúdo tecnológico dos bens fabricados. Os dados de 2010 revelam uma inversão total da tendência ao registar maior crescimento da balança de pagamentos tecnológica relacionados com patentes, royalties, etc., e maior tendência de subida das exportações em relação às importações.

Não obstante a evolução favorável perspectivam-se dificuldades de sustentação das tendências de cres-cimento acima referidas, devido às limitações de acesso ao crédito quer por parte das empresas quer de organismos públicos o que se traduzirá em incerteza quanto ao progresso do investimento na inovação e de I&D a curto e médio prazo.

7.4. Os programas de apoios ao Investimento na InovaçãoOs indicadores de avaliação têm registado subida nos valores do investimento na Inovação, sendo certo que o ambiente de crise económica da conjuntura fez estagnar, a partir de 2010, o movimento ascendente dos processos de inovação e de I&D.

Contudo os dados mais recentes sobre as exportações e da balança de pagamentos tecnológica evidenciam transformação no padrão das nossas exportações no sentido da inclusão de maior I&D e de mais elevado valor acrescentado nos produtos e consequente redução do défice externo.

É neste contexto que importa referir os sistemas de apoio ao investimento disponíveis para a Inovação e I&D de projetos empresariais estão nos programas do QREN, SI-Inovação e SI I&DT. São instrumentos de co-financiamento criados com o objetivo de ajudar as organizações a inovar e a modernizar-se, aumentar a produtividade e aumentar as exportações de bens e serviços.

A estruturação deste tipo de projectos requer mais do que qualquer outro:

− Preparação cuidada e atempada.

− Definição de objectivos inovadores.

− Aconselhamento de profissionais especializados

− Conhecimento dos mercados.

− Meios eficientes de divulgação e comunicação.

Estamos a falar de projetos que visam promover a inovação no tecido empresarial pela via da produção de novos bens e serviços que suportem a sua progressão na cadeia de valor e o reforço da sua orientação para mercados de exportação, bem como por:

− Introdução de melhorias tecnológicas.

− Criação de unidades de produção.

− Empreendedorismo qualificado.

− Investimento em novas áreas de negócio com potencial crescimento.

Para o SI-Inovação os incentivos são reembolsáveis (empréstimo) sem juros e com período de carência de três anos que poderão atingir, no máximo, 75% das despesas elegíveis do investimento, podendo parte deste incentivo ser reconvertido em fundo perdido em função da avaliação do desempenho do projeto (realização de despesas e objetivos atingidos).

Para o SI-I&DT, os incentivos são a fundo perdido, até 80%, do valor das despesas elegíveis do Investimento em bens incorpóreos, principalmente, com vista à criação de novos bens, serviços ou processos.

Acresce ainda, no caso de a empresa beneficiar deste incentivo (ou seja tenha o projeto aprovado) pode ainda amortizar o investimento com recurso ao programa SIFIDE, um instrumento de apoio fiscal que permite recuperar até 82,5% do investimento feito em I&DT sob a forma de dedução direta à coleta de IRC.

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116 GUIA DE ORIENTAÇÃO PARA A INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO DO CLUSTER TÊXTIL MODA NOS VALES DO AVE E CÁVADO 117

Adicionalmente para o apoio ao investimento em Inovação e à partilha de risco em PME,s existe:

− o programa FINICIA para projetos inovadores (coordenado pelo IAPMEI);

− o Fundo de Apoio ao Financiamento à Inovação (FINOVA) e;

− a iniciativa (NEOTEC (coordenado pela Agência de Inovação);

− Vale I&DT e Vale Inovação criados para apoiar a aquisição de serviços de ciência e tecnologia.

No que concerne ao apoio para reforçar o capital humano e o Empreendedorismo temos:

− A Academia das PME e o Programa Inov-Jovem(coordenado pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional)

É evidente que há requisitos diferenciados de acesso aos sistemas de incentivos acima referidos e que nem todas as empresas reunem condições para o efeito. No entanto, trata-se de recursos que devem ser aprovei-tados para dinamizar processos de Inovação e de expensão dos negócios.

As empresas da ITV reunem, normalmente, condições de acesso aos incentivos, considerando, por um lado, que a produção e serviços prestados se dirigem para mercados de exportação e , por outro, há cada vez mais produtos e processos com características inovadoras no têxtil e vestuário que correspondem aos requisitos dos programas.

A integração de empresas e projetos no “cluster da moda”favorece a avaliação dos mesmos no quadro do QREN.

Encontram-se divulgados os calendários de concurso para os sistemas de apoio ao investimento das em-presas portuguesas tendo por base os incentivos comunitários, com enquadramento no QREN que reflete o sentido das políticas coordenadas ao nível da UE27 com aplicação de recursos significativos em projectos de Inovação e de I&D.

Vejamos em resumo as medidas de apoio em vigor:

Medidas Descrição Documento Legal/Data de Inicio Benefícios Execução/Resultados

Sistema de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento

Tecnológico nas Empresas

Projectos que envolvam activida-des de investigação industrial e/ou dedesenvolvimento experi-mentalconducentes à criação de novosprodutos, processos ou sistemas.

Portaria n.º 1462/2007, de 15 de Novembro

Portaria n.º 711/2008, de 31de Julho

Portaria n.º 353-B/2009, de3 de Abril

Portaria n.º

1102/2010, de

25 de Outubro

A natureza dos incentivos pode revestir as seguintes formas:

a) Incentivos não reembolsáveis;

b) Incentivos reembolsáveis;

c) Bonificações da taxa de juro.

Majorações

Investigação industrial

25 p.p.

Tipo de Empresa

10 p.p. para Médias Empresas;

20 p.p. para Pequenas Empresas;

15 p.p de majoração para projectos de “Cooperação entre empresas”; “Cooperação com Entidades do SCT; “Divulgação Ampla dos resultados”

Em 15 de Novembro de 2010

Nº de Projectos Contratados = 926

Incentivo concedido = 300,4 milhões de euros.

Projecto Individuais

Projectos realizados por uma empresa, compreendendoactivida-des de investigação industrial e/ou de desenvolvimento experimental, conducentes à criação de novos produtos, processos ou sistemas.

1º Concurso:

15-11-2007 a 01-02-2008

Em 15 de Novembro de 2010

Nº de Projectos Contratados =313

Incentivo concedido = 119,6 milhões de euros.

Projectos Co-promoção

Projectos em co-promoção realiza-dos em parceria entre empresas ou entre estas e entidades do SCT para potenciarem sinergias ou partilharem custos e riscos em actividades de investigação e desenvolvimento tecnológico.

1º Concurso:

15-11-2007 a 29-02-2008

Em 15 de Novembro de 2010

Nº de Projectos Contratados =306

Incentivo concedido = 159,6 milhões de euros.

Vale I&T

Este instrumento tem como alvo as Pequenas e Médias Empresas (PME) cuja cooperação eenvol-vimento com as entidades do SCT é inexistente ou incipiente, e proporciona um mecanismo para aquisição de serviços de I&DT.

1º Concurso:

15-02-2008 a 24-03-2008

Em 15 de Novembro de 2010

Nº de Projectos Contratados =217

Incentivo concedido = 4.8 milhões de euros.

I&DT Colectiva

Apoia projectos de I&DT direccionados para problemas e necessidades partilhados por um conjunto significativo de empresas, designadamente ao nível de um sector, cluster, pólo de competiti-vidade e tecnologia ou região. Visa especialmente apoiar empresas que têm uma fraca capacidade para desenvolver actividades de I&DT intra-muros e que se encontram mais afastadas dos centros de saber.

1º Concurso

15-04-2008 a

16-06-2008

Em 15 de Novembro de 2010

Nº de Projectos Contratados =3

Incentivo concedido = 1.1 milhões de euros.

Núcleos I&DT

Reforça o apoio à criação de com-petências de I&DT nas empresas, de forma particular nas PME. Pre-tende-se através da consolidação da capacitação tecnológica das PME, potenciar condições opera-tivas objectivas que promovam e valorizem o esforço empresarial ao nível quer da concepção e execução de actividades de I&D quer da endogeneização de novos conhecimentos que se traduzam em novos produtos, processos ou serviços.

1º Concurso:

15-11-2007 a

31-01-2008

Em 15 de Novembro de 2010 Nº

de Projectos Contratados =85

Incentivo concedido = 14,4 milhões de euros.

Page 61: Guia de Orientação para a Inovação e Empreendedorismo do

118 GUIA DE ORIENTAÇÃO PARA A INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO DO CLUSTER TÊXTIL MODA NOS VALES DO AVE E CÁVADO 119

Centros I&DT

Apoia o esforço empresarial naconsolidação de estruturas internas de I&DT através do re-forço da capacitação tecnológica deempresas que já desenvolvem de forma contínua e estruturadaac-tividades de I&DT.

1º Concurso:

15-11-2007 a

31-01-2008

Em 15 de Novembro de 2010

Nº de Projectos Contratados = 2

Incentivo concedido = 0.9 milhões de euros.

Projectos Mobilizadores

Apoia projectos realizados em co-promoção entre empresas e entidades do SCT, com elevado conteúdo tecnológico e de inova-çãoe com impactes significativos a nível multisectorial, regional, cluster, pólo de competitividade e tecnologia ou da consolidação das cadeias de valor de deter-minados sectores de actividade e da introdução de novas compe-tências em áreas estratégicas de conhecimento.

1º Concurso:

28-12-2009 a 31-03-2010

Em 15 de Novembro de 2010

Nº de Projectos Aprovados = 12

Incentivo aprovado = 79 milhões de euros.

Sistema de Incentivos

à Inovação

Apoia projectos de investimento de inovação produtiva promovidos porempresas, a título individual ou emcooperação. Visa promo-ver ainovação no tecido empre-sarial, pela via da produção de novos bens,serviços e processos que suportem a sua progressão na cadeia de valor, bem como, re-forçar a orientação das empresas para os mercadosinternacionais

Portaria n.º 1464/2007, de 15 de Novembro

Portaria n.º 353-C/2009, de 3 de Abril

Portaria n.º

1103/2010, de 25 de Outubro

1º Concurso: 15-11-2007 a 29-01-2008

Taxa Base Máxima 45%

Majorações

Tipo de Empresa

10 p.p. a atribuir a Médias Empresas, à excepção de projectos com despesa elegível superior a 50 milhões de euros e de projectos do sector dos transportes.

20 p.p. a atribuir a Pequenas Empresas, à excepção de projectos com despesa elegível superior a 50 milhões de euros e de projectos do sector dos transportes.

Tipo de Estratégia

10 p.p a atribuir aos projectos de Ino-vação Produtiva e desde que inseridos em estratégias de eficiência colectiva de base territorial ou sectorial.

Empreendedorismo Feminino ou Jovem

10 p.p. a atribuir aos projectos de empre-endedorismo feminino ou jovem, median-te parecer positivo, respectivamente, da Comissão de Cidadania e da Igualdade de Género e do Instituto Português da Juventude.

Em 15 de Novembro de 2010

Nº de Projectos Contratados = 1.026

Incentivo concedido = 1.364,6 milhões de euros.

Sistema de Incentivos à Qua-lificação e Internacionalização

de PME

Apoio a projectos de investimen-to promovidos por empresas, a títuloindividual ou em coopera-ção, bemcomo por entidades públicas,associações empresa-riais ouentidades do Sistema Cientifico eTecnológico (SCT) direccionadospara a intervenção nas PME.

Portaria n.º 1463/2007, de 15 de Novembro

Portaria n.º 250/2008, de 4de Abril

Portaria n.º 353-A/2009, de3 de Abril

Portaria n.º 1101/2010, de 25 de Outubro

Os incentivos vão desde os €25000 aos €400000 por projecto.

Taxa base máxima 40%

Majorações:

Tipo de Empresa

5 p.p. a atribuir a Pequenas empresas;

Tipo de Despesa

5 pontos percentuais para Médias empresas, para “Outras despesasde investimento” (artigo 12.º, c)), excepto contratação;

10 pontos percentuais para peque-nas empresas (acumuláveis com a majoração

Tipo de empresa) e para médias empresas para despesas de aquisição de equipamento para superar as normas em matéria de ambiente (artigo 12.º, a), iv).

Tipo de Estratégia

5 p.p., a atribuir quando os projectos se inserirem em estratégias de eficiência colectiva

Em 15 de Novembro de 2010

Nº de projectos Contratados =2.233

Montante de incentivo=278,3 milhões de euros.

Projectos Individuais e de Cooperação

Projecto apresentado a títu-loindividual por uma PME ou por consórcio liderado por PME, que se proponha desenvolver um projecto de cooperação interem-presarial.

1º Concurso:

15-11-2007 a 28-01-2008

Em 15 de Novembro de 2010

Nº de projectos Contratados =1.577

Montante de incentivo=181,7 milhões de euros.

Projectos Conjuntos

Projecto apresentado por uma entidade pública, uma associa-ção empresarial ou uma entidade do SCT que, com o apoio de entidades contratadas, desenvol-ve um programa estruturado de intervenção num conjunto de PME.

1º Concurso:

15-11-2007 a 31-12-2007

Em 15 de Novembro de 2010

Nº de projectos Contratados =102

Montante de incentivo=87 milhões de euros.

Vale Inovação

Projectos, de PME, para a aquisi-ção de serviços de consultoria e de apoio à inovação a entidades devidamente qualificadas para o efeito. Estes serviços devem contribuir para a melhoria deprodutos, processos ou serviços(transferência de conhe-cimento de natureza científica e tecnológica).

1º Concurso:

15-02-2008 a 24-03-2008

Em 15 de Novembro de 2010

Nº de projectos Contratados =554

Montante de incentivo=9,6 milhões de euros.

Estratégias de Eficiência Colec-tiva –Pólos de Competitividade e

Tecnologia e Outros Clusters

Os Pólos de Competitividade e Tecnologia estão orientados para os mercados internacional, estan-do os programas de acção anco-rados em actividades com eleva-do conteúdo de I&DT, inovação e conhecimento. A rede de actores que suporta a actividade dos Pólos tem por objectivo alavancar de for-ma sustentável a competitividade internacional empresarial, visando mudanças estruturais orientadas para o aumento das exportações com intensidade tecnológica e de conhecimento, assim como a atracção de novos investimentos qualificantes.

Enquadramento das Estratégias de Eficiência Colectiva, 8 de Maio de 2008.

1º Concurso de reconhecimento:

01/09/2008 a 15/10/2008

Celebração dos contratos de reconhe-cimento a

17.Julho.2009

Majoração de taxas de apoio e de mérito de projecto, e acesso a orçamentos específicos.

Em 17 de Julho de 2009

N.º de Pólos = 11

N.º de Clusters = 8

N.º de projectos âncora reconhecidos = 108

Investimento previsto =651 milhões de euros.

Em 31 de Outubro de 2010

N.º de projectos âncora aprovados: 65

Incentivo: 310 milhões de euros

N.º de projectos de suporte às activi-dades de dinamização: 19

Incentivo: 13,3 milhões de euros

N.º de projectos complementares

aprovados: 309

Incentivo: 281 milhões de euros

Sistema de Apoio ao Financia-mento e Partilha de Risco da

Inovação

O SAFPRI visa impulsionar a disseminação de instrumentos de financiamento que proporcio-nem melhores condições para apoiar projectos de investimento empresarial.

Regulamento do SAFPRI aprovado em 11 de Maio de 2010

Decreto-Lei n.º

175/2008 de 26

de Agosto

Participação em fundos de capita de risco que prevêem investimentos em:

- empresas com planos de inovação e internacionalização;

- empresas de base tecnológica através de fundos “corporate venture”;

- empresas nas fases iniciais de desen-volvimento;

- projectos com conteúdo tecnologica-mente relevante na fase de prova de conceito.

Empréstimos de médio prazo, com o valor máximo de 500.000€a sociedades de “Business Angels”.

Implementação de linhas de crédito com bonificação de juros e de comissão de garantia, envolvendo as instituições de crédito e o sistema nacional de garantia mútua

Em 15 de Novembro de 2010

Nº de projectos Contratados = 28

Montante de incentivo = 292 milhões de euros.

N.º de Empresas Envolvidas (Linhas PME Investe I e II) = 4398

FINOVA

O Fundo de Apoio ao Finan-ciamento à Inovação (Finova) estávocacionado para a criação ou o reforço de instrumentos definanciamento de empresas, emparticular, no que se refere às Pequenas e Médias Empresas (PME) e aos projectos com maior grau de inovação.

Page 62: Guia de Orientação para a Inovação e Empreendedorismo do

120 GUIA DE ORIENTAÇÃO PARA A INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO DO CLUSTER TÊXTIL MODA NOS VALES DO AVE E CÁVADO 121

AGÊNCIA DA INOVAÇÃO

Sistema de IncentivosFiscais à Investigação e Desenvolvimento

Empresarial (SIFIDE)

Concede apoio fiscal às empresas que pretendam investir na aquisição de novos conhecimentos científicos ou técnicos, ou na exploração de resultados de trabalhos deinvestigação com vista à sua aplicação na descoberta ou melhoria de matérias-primas, produtos,serviços ou processos de fabrico. O SIFIDE é aplicável às empresas que exerçam actividade industrial,agrícola, comercial ou de serviços.

Em 2009 o âmbito do SIFIDE passa a permitir que 32,5% das despesascom investigação e desenvolvimento possam ser deduzidas à colecta.

Iniciado em 1997 e revisto através da Lei n.º 40/2005 de 3de Agosto.

Reforçado em 2009 com a Lei 10/2009 de 10 de Março

Taxa de Juro Bonificada e benefí-cios fiscais (Taxa de base –32,50% das despesas realizadasno ano da candidatura;

Taxa incremental – 50% do aumen-to desta despesa em relação à media dos 2 anos

anteriores, até ao limite de 1,5 milhões de euros). A dedução total pode assim atingir 82,5% doinvestimento em I&D à colecta em sede de IRC

Segundo o relatório de Fevereiro de 2010, em 2008 registou-se:

Nº de candidaturas em curso=385

Nº de candidaturas concluídas=201

Valor de despesa de I&D declarado

= 474.002.812,30 €

Bolsa para Estágios em Organi-zações. Científicas e

Tecnológicas Internacionais

Financia a formação avançada de jovens licenciados portugue-ses emgrandes Organizações CientíficasInternacionais, como o CERN (Laboratório Europeu de Física de Partículas), ESA (Agência Espacial Europeia) e ESO (Observatório do Sul Europeu), em domínios onde a competência dessas organizações é internacionalmente reconhecida.

1996

Oferece oportunidades de formação e treino, pelo período mínimo de 1 ano e máximo de 2, permitindo a jovens engenheiros portugueses desenvolve-rem um plano de formação complementar(on-the-job-trai-ning), em domíniostecnológicos estratégicos para o aumento da competitividade das empresas portuguesas.

Entre 1996 e 2009 a Adi recebeu um total de 584 candidaturas para estágios no CERN, das quais 194 foram aprovadas tendo sido realizados 135 estágios. Em Janeiro de 2010 encontravam-se a decorrer 18 estágios no CERN.

Entre 1998 e 2009 a Adi recebeu umtotal de 565 candidaturas para estágios na ESA, das quais 137 foram aprovadas e integrados 84 estagiários. Em Janeiro de 2010 foram ainda integrados mais 4 estagiários referentes ao último painel de 2009.

Em Janeiro de 2010 encontravam-sea decorrer 11 estágios.

Entre 2002 e 2009 a Adi recebeu um total de 146 candidaturas a estágios no ESO, das quais 26 foram aprovadas e integrados 8 estagiários. Em Janeiro de 2010 foram ainda integrados mais 2 estagiários referentes ao último painel de 2009.

Em Janeiro de 2010 encontravam-se a decor-rer 3 estágios.

BDE - Bolsas de Doutoramento em Empresas

Promove a formação avançada em ambiente empresarial, através da cooperação entre empresas e uni-versidades em torno de projectos

de interesse para a empresa e cujo desenvolvimento permita ao estudante a obtenção do grau de doutor.

1997

•Subsídio mensal de manu-tenção

•Subsídio para a apresenta-ção de trabalhos em reuniões científicas

•Subsídio de execução gráfica detese de doutoramento

•Subsídio anual máximo de inscrição, matrícula ou propina

•Subsídio previsto no nº 3 do artigo 11º do Regulamento

No período entre 1997 e 2006 houve:

384 Candidaturas

354 Projectos aprovados

Iniciativa NEOTEC –Valorização do Potencial Empreendedor

Apoia a criação de empresas de base tecnológica através do acompanhamento da implementa-ção do projecto empresarial desde a sua aprovação até aofinal do primeiro ano de actividade.

2005

Criar junto das 98 instituições cientí-ficas e tecnológicas a percepção da criação de novas empresas como uma forma de valorizar os seus resultados.

No período entre 2005 a 2008 foram:

Submetidas 220 candidaturas,

Aprovados 116 projectos empresariais

Potenciou, até Novembro de 2007, o apa-recimento de 61 novas empresas.Iniciativa NEOTEC –Empresas

de BaseTecnológica

Apoia a criação de empresas de base tecnológica através do acompanhamento da implementa-ção do projecto empresarial des-de a sua aprovação até ao final do primeiro ano de actividade.

2005A Iniciativa NEOTEC visou acilitar a transferência de conhecimento gerado no SCTpara o mercado

NITEC - Núcleos de I&DT nas Empresas

Apoia projectos que visem o reforço da produtividade, compe-titividade e inserção no mercado global das empresas através da criação de núcleos empresariais deinvestigação e desenvolvimen-totecnológico (I&DT).

2003Apoio à colocação de quadros dee-levada qualificação nas empresas

No período entre 2003 e 2008 houve, no PRIME:

227 Candidaturas

169 Projectos aprovados

169 Contratos celebrados

IDEIA – Investigação e Desen-volvimento Empresarial Aplicado

Apoia projectos de investigação e

desenvolvimento tecnológico

envolvendo empresas e enti-dades

do Sistema Científico e Tec-nológico

Nacional (SCTN).

2003

Desenvolver e endogeneizar tec-nologias que permitam criar novos produtos, processos ou serviços; Integrar actividades de formação-associadas ao desenvolvimento tecnológico e acções de consultoria tecnológica determinadas pelo projecto;

Apoiar a participação de consórcios nacionais em acções concertadas de investigação e desenvolvimento tecnológico internacional, nomea-damente noâmbito de programas comunitários ou internacionais.

No período entre 1993 e 2010 houve:

477 Candidaturas

170 Projectos aprovados

Dados PRIME:

184 Candidaturas

78 Projectos aprovados

78 Contratos celebrados

INPI

Registos de Propriedade

industrial On-line

Permite a entrega e o acompanhamento, gratuito e on-line, de todos os requerimen-

tos de

marcas, patentes e design submetidas ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial.

Abril 2007

- Redução de Custos com papel e de impressão;

-Validações automáticas;

-Descontos aplicados à submissão de actos online;

-Disponibilização gratuita das pesqui-sas, consultas e Boletim da propriedade Industrial;

- Redução de prazos de pendência de processos;

-Disponibilidade do Serviço 24x7x365 dias por ano;

- Economia de tempo e de custo de des-locação;

- Obtenção imediata de informação/resul-tados;

(Agosto 2010)

- 99,02% dos pedidos sãoapresentados por via online;

- 91,41% de todos os restantes actos pratica-dos são apresentadospor via online;

- 93,88% dos pedidos de sinais distinti-vos de comércio sãoexaminados em 3,1 meses(comparativamente com uma médiade 9 meses em 2006);

Page 63: Guia de Orientação para a Inovação e Empreendedorismo do

122 GUIA DE ORIENTAÇÃO PARA A INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO DO CLUSTER TÊXTIL MODA NOS VALES DO AVE E CÁVADO 123

Pesquisas de

Propriedade Industrial

On-line

Permite a realização de pesquisas, gratuitas e on-line, em todos os processos publicados de marcas, patentes e design

que existam nas bases de dados no Institu-to Nacionada Propriedade Industrial.

Abril 2006

-Gratuito e Online

- Disponibilidade 24x7x365 dias por ano

- Economia de tempo e de custos de deslocação

- Obtenção imediata de informação/resul-tados;

Média de 80.000/ano (100% online)

IAPMEI

FINICIA – Projectos Inovadores

O Programa FINICIA tem como objectivo facilitar o acessofinanciamento pelas

empresas de menor dimensão. É dirigido à fase de arranque do ciclo de vida das empresas. Desenvolve-se no âmbito do

Programa Quadro de Inovação Financeira para o mercado das PME em Portugal

(INOFIN)

2007

Soluções de Capital de Risco;

Soluções de Crédito com Garantia; Combi-nação de Instrumentos de Financiamento

Assistência técnica associada para projec-tos inovadores

Cerca de 800 operações aprovadas.

1) Actividades de promoção, divulgação e imagem internacionais - nº de participantes em acções=320

2) Informação, observação e vigilância pros-pectiva e estratégica– acções = 5

3) Criação e dinamização de redes de suporte às empresas e empreendedores – Parceiros em acções =600, 200 protocolados.

4) Fundos municipais constituídos: 105

5) Sensibilização para factores críticos de competitividade epara o espírito empresarial –

Participantes em acções = 13000

Estudos de novos mercados,tecnologias e oportunidades de inovação – Participantes em acções=100

PME Líder e PME Exce-

lência

Tem como objectivo conferir notoriedade e optimizar as condições de financia-

mento das empresas com superior perfil derisco e que prossigam estratégias de crescimento e de reforço da sua base

competitiva.

Outubro de

2006

- Aumento de notoriedade das

PME distinguidas;

- Acesso privilegiado a financiamento nas Linhas PME Investe

- Acesso privilegiado a benefícios de vários parceiros públicos e privados

- 4.595 PME líder distinguidas a 31 de Agosto de 2010.

- 376 PME Excelência distinguidas em 2009

Academia PME

Promover a transferência de conhecimen-to, competências e práticas de sucesso

na gestão e de liderança das PME, tendo em vista o reforço da sua capacidade de formular e executar estratégias de

crescimento inovador e internacional que contribuam para a melhoria da sua

competitividade global.

Janeiro de

2009

1. Formação Profissional especifica para gestores de PME

2. Formação de Formadores em Gestão de PME

3. Organização de eventos formativos destinados às PME e às entidades da envolvente empresarial;

4. Organização de espaços de aprendi-zagem;

5. Mediação especializada entre os centros de desenvolvimento de saber e as PME;

Até ao fim do 1º Semestre de 2010:

- 536 PME formandas das regiões do Norte, Centro, Alentejo e Algarveparticiparam no Pro-grama de Formação-acção Academia de PME financiado pela 3.1.1 do POPH do QREN;

- 38 acções de formação executada

no Programa de Formação-acção Academia de PME financiado pela 3.1.1. do POPH, das quais 26 foramacções padronizadas de 6 meses e 12 acções individualizadas de 12 meses;

- 95594 horas de volume de formação do Programa de Formação-acção Academia de PMEfinanciado pelo POPH;

- parceria com 16 entidades formadoras;

- envolvimento de cerca de 130 profissional de formação entre gestores, formadores e consultores.

Page 64: Guia de Orientação para a Inovação e Empreendedorismo do

124 GUIA DE ORIENTAÇÃO PARA A INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO DO CLUSTER TÊXTIL MODA NOS VALES DO AVE E CÁVADO 125

IEFP

Programa INOV-JOVEM-

Jovens Quadros para

a Inovação nas PME

No âmbito do estímulo à inovação e ao emprego o Programa tem por objectivos:

− Possibilitar aos jovens com qualificação de nível superior um estágio profissional em contexto real de trabalho, que facilite e promova a sua inserção

na vida activa.

− Complementar e aperfeiçoar as competências socioprofissionais dos jovens, através de uma

formação prática em contexto detrabalho.

− Possibilitar uma maior articulação entre a saída do ensino superior e o contacto com o mundo do

trabalho.

− Facilitar o recrutamento e a integração de quadros qualificados nas PME, através do apoio

técnico e financeiro prestado a estas na realização de estágios profissionais.

− Dinamizar o reconhecimento, por parte das PME, de novas formações e novas competências

profissionais.

(áreas de qualificação específicas abrangidas: Arquitectura e construção, artes, ciências da vida, ciências empresariais, ciências físicas, ciências

sociais e do comportaento, engenharia e técnicas afins, indústrias transformadoras, informática,

matemática e estatística, protecção do ambiente, saúde, serviços pessoais.)

• Portaria nº 1103/2008, de 2 de Outubro

•Resolução do Con-selhode Ministros

nº 93/2008, de 5 de Junho

• Resolução do Conselhode Minis-tros nº 63/2008, de 7 de Abril

• Resolução do Conselhode Minis-tros nº 87/2005, de 29 de Abril

Estágios, com a duração de 12 meses (incluindo 22 dias úteis de férias) os quais são desenvolvidos, a tempo completo, com duração semanal não inferior a 30 horas.

Apoios:

• Aos Estagiários:

− Bolsa de estágio mensal no valor de 2 vezes o IAS.

− Subsídio de alimentação .

− Despesas de transporte – por 11 meses.

− Subsídio de alojamento – por 11 me-ses, quando a localidade em que decorrer

o estágio distar 50 km ou mais da locali-dade de residência.

− Seguro de acidentes de trabalho.

• Às Entidades Beneficiárias:

− Comparticipação do IEFP em 60% do valor da bolsa de estágio.

− Comparticipação de 100% do valor das despesas com transporte, alimentação, alojamento e seguro dos estagiários.

Número de Jovens Abran-gidos:

− De 01-01 a 31-07-2010: 5.523

− Em 2009:8.421

− Em 2008:3.139

− Em 2007: 693

7.4.1 Os Business Angels

Um Business Angel é um investidor que realiza investimentos em oportunidades nascentes (tipo start-up ou early stage). Participa em projectos com smart money, isto é, para além de aportar capacidade financeira, também contribui com a sua experiência e network de negócios.

Os Business Angels possuem uma série de características em comum, como sejam, a realização de investi-mentos que normalmente variam entre os 25 000 e 500 000 euros; gostam de exercer a sua capacidade de mentoring dos projectos; buscam, não só um elevado retorno nos projectos em que investem, mas também novos desafios de preferência no seu país ou região.

Os contactos podem ser estabelecidos junto das seguintes entidades:

ALENBIZ - ASSOCIAÇÃO DE BUSINESS ANGELS DO ALENTEJOPresidente: Vitor BarbosaContacto: [email protected]

ASSOCIAÇÃO DE BUSINESS ANGELS DA COVILHÃ Presidente: Pedro FarrombaContacto: [email protected]

ASSOCIAÇÃO DE BUSINESS ANGELS DE SANTARÉMContacto: 93 921 97 72 (Pedro Nunes, Presidente)www.basantarem.netEmail: [email protected]

ASSOCIAÇÃO DE BUSINESS ANGELS DO ALGARVE Presidente: Tito BarraContacto: [email protected]

BUSINESS ANGELS CLUB - ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE INVESTIDORES EM START-UPSPresidente: Francisco BanhaTel: (+351) 21 441 64 60 | Fax: (+351) 21 441 73 87 | www.businessangels.ptEmail: [email protected]

CENTRO BUSINESS ANGELS - CEC/CCICPresidente: José CoutoResponsável para Contacto: Nuno NascimentoTel.: 239 497 160 | Fax.: 239 494 066 | www.netcentro.ptEmail: [email protected]

CLUBE DE CASCAIS - BUSINESS ANGELS DE CASCAIS Presidente: Paulo AndrezContacto: [email protected]

INVICTA ANGELSPresidente: Ricardo LuzEmail: [email protected] | www.invictaangels.pt

OPEN BUSINESS ANGELSPresidente: Joaquim Manuel Mota MenezesResponsável para Contacto: Nuno PrataTel.: 244 570 010 | Fax.: 244 570 019 | www.open.ptEmail: [email protected]

VIMA ANGELS – ASSOCIAÇÃO DE BUSINESS ANGELS DE GUIMARÃESPresidente: Carlos RemísioContacto: [email protected]

Page 65: Guia de Orientação para a Inovação e Empreendedorismo do

126 GUIA DE ORIENTAÇÃO PARA A INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO DO CLUSTER TÊXTIL MODA NOS VALES DO AVE E CÁVADO 127

7.4.2 Sociedades de Capital de Risco

A estrutura representativa do capital de risco em Portugal (APCRI) engloba as seguintes sociedades de in-vestimento e de capital de risco:

AICEP Capital GlobalRua da Liberdade, 258 - 5º | 1250-149 LISBOATelef: 21 780 20 80 | Fax: 21 795 00 27 | www.capitalglobal.ptContacto: Dr. Abel Cubal de Almeida

BANCO EFISA, S.A.Av. António Augusto de Aguiar, 132, 4º | 1050-020 LISBOATelef: 21 311 78 54 | Fax: 21 311 79 15 | www.bancoefisa.ptContacto: Dra. Betina Barros

BANIF CAPITAL - Sociedade de Capital de Risco, S.A.Rua Tierno Galvan, Torre 3 - 14º | 1070-274 LisboaTelef: 21 381 62 00 | Fax: 21 380 54 03Contacto: Dr. Luís Souto

BCP CAPITAL - Sociedade de Capital de Risco, S.A.Av. José Malhoa, 27 - 9º | 1070-157 LISBOATelef: 21 113 20 00 | Fax: 21 006 71 43Contacto: Dr. José Fernando de Matos

BETA CAPITAL, SCR, S.A.Rua Eng. Frederico Ulrich, 2650 | 4470-605 Moreira da MaiaTelef: 22 091 35 20 | Fax: 22 942 85 08 | [email protected]: Dr. Marco Catarino

BIG CAPITAL, S.A.Edifício Atrium Saldanha, Praça Duque de Saldanha, 1, 8º | 1050-094 LISBOATelef: 21 330 53 00 | Fax: 21 315 26 08Contacto: Dr. Mário Bolota/ Dra. Ana Rita Gil

CAIXA CAPITAL - Sociedade de Capital de Risco, S.A.Rua Barata Salgueiro, 33 | 1269-057 LISBOATelef: 21 389 67 06 | Fax: 21 389 07 04Contacto: Dr. José Carreiras Carrilho

CHANGE PARTNERS - Sociedade de Capital de Risco, S.A.Av. da Boavista, 1281, 3º | 4100-130 PORTO

Telef: 22 607 57 00 | Fax: 22 607 57 09 | www.changepartners.pt

Contacto: Dr. Mário Pinto

CRÉDITO AGRÍCOLA CONSULT - Assessoria Financeira e de Gestão, S.A. Av. da República, 23 | 1050-185 LISBOATelef: 21 111 18 10 | Fax: 21 111 18 99 | [email protected]: Dr. Luís Lagarto

ECS - Sociedade de Capital de Risco, S.A.Rua Castilho, 20, 6º | 1250-069 LISBOA Telef: 21 380 25 05 | Fax: 21 380 24 99Contacto: Dr. Fernando Esmeraldo

ESPIRÍTO SANTO CAPITAL - Sociedade de Capital de Risco, S.A.Edifício Quartzo - Rua Alexandre Herculano, 38 | 1269-161 LISBOA Telef: 21 351 58 40 | Fax: 21 351 58 46 | www.escapital.ptContacto: Dr. João Arantes e Oliveira

ESPIRÍTO SANTO VENTURES - S.C.R., S.A.Praça Marquês de Pombal, 34 - 4º | 1250-161 LISBOA Telef: 21 310 64 90 | Fax: 21 310 64 25 | www.es-ventures.com Contacto: Dr. João Paulo Alpendre | [email protected]

EXPLORER INVESTMENTS - S.C.R., S.A.Av. Engº Duarte Pacheco, nº 26 - 8º | 1070-110 LISBOATelef: 21 324 18 20 | Fax: 21 324 18 29 | www.explorerinvestments.comContacto: Dr. Rodrigo Guimarães

INOVCAPITAL - Sociedade de Capital de Risco, S.A.Av. Dr. Antunes Guimarães,103 | 4100-079 PORTOTelef: 22 616 53 90 | Fax: 22 610 20 89 | www.inovcapital.ptContacto: Dr. João Fernandes

INTER-RISCO - Sociedade de Capital de Risco, S.A.Av. da Boavista, 1081 | 4100-129 PortoTelefone: +351 220 126 700 | Fax: +351 220 126 718Contacto: Dr. Afonso Oliveira Barros

ISQ - Sociedade de Capital de Risco, S.A.Av. Álvares Cabral, 61 7º | 1250-017 LisboaTelef: 21 393 24 20 | Fax: 21 393 24 29Contacto: Francisco Pimenta da Gama

NOVABASE CAPITAL - Sociedade de Capital de Risco, S.A.Av. D. João II, lote 1.03.2.3 - Parque das Nações | 1998-031 LISBOATelef: 21 383 63 00 | Fax: 21 383 63 01Contacto: Dra. María del Carmen Gil Marín

Page 66: Guia de Orientação para a Inovação e Empreendedorismo do

128 GUIA DE ORIENTAÇÃO PARA A INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO DO CLUSTER TÊXTIL MODA NOS VALES DO AVE E CÁVADO 129

PME INVESTIMENTOS - Sociedade de Investimento, S.A.Rua Ivone Silva, 6, 14º Edifício ARCIS | 1050-124 LISBOATelef: 21 799 42 60 | Fax: 21 796 72 84Contacto: Dra. Margarida Ruch Perdigão

SDEM - Sociedade Desenvolvimento Empresarial da Madeira, SGPS, S.A.Rua da Mouraria, 9 | 9000-047 FUNCHAL - MADEIRATelef: 291 201 380 | Fax: 291 201 389Contacto: Dr. João Lara

TC TURISMO CAPITAL - SCR, S.A.Rua Ivone Silva, 6-8º Dto | 1050-124 LISBOATelef: 21 781 58 00 | Fax: 21 781 58 09Contacto: Dr. Rui Valente

7.5. Os principais contactos com entidades associativas, organismos públicos nacionais e regionais

Entidades Email Telefone FaxACRIP – Associação Portuguesa de Capital de Risco e de Desenvolviment- [email protected] 213 826 716 213 826 719

ADI -Agência da Inovaçã- [email protected] 214 232 100 214 232 101

AEP - Associação Empresarial de Portugal [email protected] 229 981 500 229 981 616

AICEP [email protected] 808 214 214

AIDA - Associação Industrial do Distrito de Aveir- [email protected] 234 302 490 234 312 366

AIMINHO - Associação Empresarial [email protected] 253 202 500 253 276 601

AIP/CCI - Associação Industrial Portuguesa [email protected] 213 601 000 213 641 301

ANJE - Associação Nacional de Jovens Empresários [email protected] 220 108 000 220 108 010

API Capital - Sociedade de Capital de Risc- 217 802 080 217 950 027

Associação Selectiva Moda [email protected] 229 380 610 229 374 816

ATP - Associação Têxtil e Vestuário de Portugal [email protected] 252 303 030 252 303 039

AvePark [email protected] 253 470 600 253 470 609

Beta Capital, SCR, SA [email protected] 220 913 520 229 428 508

BIC –Minho – Oficina da Inovação,SA [email protected] 253 204 040 253 204 049

Brigantia Ecopark [email protected] 273 303 000 273 325 405

CATIM - Centro de Apoio Tecnológico à Indústria Metalomecânica [email protected] 226 159 000 226 159 035

CCDR Algarve [email protected] 289 895 200 289 807 623

CCP - Confederação de Comércio e Serviços de Portugal [email protected] 213 031 380 213 031 401

CEC - Câmara do Comércio e Indústria do Centr- [email protected] 239 497 160 239 494 066

CENFIM - Centro de Formação Prof. Indústria Metalúrgica e Metalomecânica [email protected] 218 610 150 218 684 979

CIDEB - Centro de Incubação e Desenvolvimento de Empresas [email protected] 225 580 001 225 090 351

CIP - Confederação Empresarial de Portugal [email protected] 213 164 700 213 579 986

CITEVE - Famalicã- [email protected] 252 300 300 252 300 317

CITEVE - Covilhã [email protected] 275 330 300 275 330 327

CITMA - Centro da Ciência e Tecnologia da Madeira [email protected] 291 214 170 291 233 249

Comissão Europeia (Representação em Portugal) [email protected] 213 509 800 213 509 801

COMPETE -Programa Operacional Factores de Competitividade [email protected] 211 548 700 211 548 799

CTCOR - Centro Tecnológico da Cortiça [email protected] 227 645 797 227 645 845

CTCP - Centro Tecnológico do Calçado de Portugal [email protected] 256 830 950 256 832 554

CTCV - Centro Tecnológico da Cerâmica e do Vidr- [email protected] 239 499 200 239 835 010

CTIC - Centro Tecnológico das Indústrias do Cour- [email protected] 249 889 190 249 889 199

FeiraPark- Parque de Ciência e Tecnologia de SM Feira [email protected] 256 333 158 256 333 158

Fundação da Juventude [email protected] 223 393 530 223 393 544

Federação Nacional de Associações de Business Angels - FNABA [email protected] 214 416 460 214 417 387

IAPMEI - Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas [email protected] 213 836 000 213 836 283

IEFP -Instituto do Emprego e Formação Profissional [email protected] 218 614 100 218 614 612

Incubadora de Santo Tirs- [email protected] 252 809 120 252 859 298

INPI - Instituto Nacional da Propriedade Industrial [email protected] 218 818 100 218 869 859

Instituto Empresarial do Minh- [email protected] 253 320 000 253 320 050

Inter Risco - Sociedade de Capital de Risco, SA [email protected] 220 126 700 220 126 718

Ministério da Economia e do Empreg- [email protected] 217 911 600 217 911 604

Parque Empresarial de Lanheses [email protected] 258 813 673 258 813 674

Parque Empresarial de Paredes [email protected] 229 982 331 229 982 329

Parque Empresarial de Valença [email protected] 251 825 450 251 823 834

Parque-Invest – Sociedade Promotora de Parques Industriais, SA [email protected] 229 982 320 229 982 329

PROMONET - Associação Promotora de Novas Empresas e Tecnologias [email protected] 225 322 000 226 177 662

Régia Douro Park [email protected] 259 350 000 259 350 480

SANJOTEC [email protected] 256 200 270 256 200 296

Spinpark [email protected] 253 540 303 253 540 304

TECMAIA - Parque de Ciência e Tecnologia da Maia, SA [email protected] 229 408 200 229 408 201

TECMAIA - Parque de Ciência e Tecnologia da Maia, SA [email protected] 229 408 200 229 408 201

TECPARQUES - Associação Portuguesa de Parques de Ciência e Tecnologia [email protected] 214 226 930 214 226 901

Tecval [email protected] 255 880 250 225 880 259

UERN - União das Associações Empresariais da Região Norte [email protected] 253 261 877 253 261 878

UPTEC [email protected] 220 301 500 220 301 511

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131

8. NOTA FINAL E AGRADECIMENTOS

A todas as entidades referidas no ponto anterior, cumpre-nos apresentar os nossos agradecimentos pela disponibilidade e esclarecimentos prestados, que foram fundamentais para a elaboração do presente Guia.

Page 68: Guia de Orientação para a Inovação e Empreendedorismo do

133

9. BIBLIOGRAFIA

AEP- Parqueinvest

Comissão Europeia – Inovattion Union Scoreboard

Dornelas –Empreendedorismo-Campus 2001

Drucker Peter – Inovação e Espírito Empreendedor, 2003

Eurostat

European Business & Innovation Centre - EBN

Gerber Michael – O mito do Empreendedor

Guia do Empreendedorismo - ANJE

HammerM Champy – Reengenharia

Hugh Richardson The Eueopean Commission’s Entreprenuership Polices and Measures.

INE – Instituto Nacional de Estatística

IST – Instituo Superior Técnico – Panorama do Empreendedorismo em Portugal-

Mayo Andrew O Valor Humano na Empresa – 2003

Pinchot Gifford – Innovation Through Intapreneurring – 2004

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EDIÇÃOATP - Associação Têxtil e Vestuário de Portugal

TEXTOS

Pamésa -Consultores

Colaboraram nesta ediçãoEduardo Pereira, João Mota, Odília Miguel, Tiago Santos

DESIGN

Rui Guimarães

EXECUÇÃO GRÁFICA

Gráfica S. Miguel, Lda. - Gulpilhares VNG

DEPÓSITO LEGAL

xxxxxxx

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ATP – Associação Têxtil e Vestuário de PortugalRua Fernando Mesquita, 2785, Edifício Citeve4760-034 Vila Nova Famalicão · PortugalT +351 252 303030F +351 252 [email protected]

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