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HABITAR ENTRE MEIOS TRABALHO DE GRADUAÇÃO INTEGRADO LÍVIA BUCHALA VETORASSO

Habitar entre meios

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TGI 2 - Arquitetura e Urbanismo - IAU-USP - Lívia Buchala Vetorasso - Habitar entre meios

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  • HABITARENTRE MEIOSTRABALHO DE GRADUAO INTEGRADO

    LVIA BUCHALA VETORASSO

  • TRABALHO DE GRADUAO INTEGRADO 2

    LVIA BUCHALA VETORASSO

    2011

  • Agradecimentos

    Aos professores da CAP Eullia Negrelos, Karin Chvatal, Paulo Castral, Paulo Fujioka, Simone Vizioli e especialmente ao Joubert Lancha, por acompanhar e orientar o desenvolvim-ento desse trabalho.

    A engenheira Ana Maria de Figueiredo Martins, pela orientao tcnica, pela presena na banca e pela compreenso com os prazos apertados.

    Aos meus amigos da Arquitetura 07, e em especial para Ana Paula Favretto e Paulo Jos Robles Pinheiro, pelas nossas conversas com caf todas as quintas-feira.

    Aos meus pais, Carlos e Rosngela, pelo amor e apoio sempre e principalmente neste ano.

    Ao Jorge Melegati, meu amor, pela pacincia nesses momentos finais.E a todos, que de alguma forma contribuiram para a concluso desse trabalho.

    Obrigada!

  • As pessoas no sabem o que elas querem at mostrarmos a elas Steve Jobs

  • Lista de Figuras

    Figura 1: Croquis de estudo. 6Figura 2: Acessos Fonte: Pedro Kok. 6Figura 3: Acessos. Fonte: Pedro Kok. 6Figura 4: Edifcio acima do mar. Fonte: Pedro Kok. 6Figura 5: Acessos Fonte: El Croquis. 7Figura 6: Vista do edifcio Fonte: El Croquis. 7Figura 7: Maquetes de estudo Fonte: El Croquis. 7Figura 8: Maquetes de estudo Fonte: El Croquis. 7Figura 9: Circulao externa . Fonte: Archdaily 8Figura 10: Maquete de estudo Fonte: Archdaily 8Figura 11: Unidade triplex Fonte: Archdaily 8Figura 12: Croquis de estudo 9Figura 13: Localizao da cidade no 39estado de So Paulo e mapas da expanso urbana.Fonte: Prefeitura Municipal de So Jos do Rio Preto.Figura 14: Centro de So Jos do Rio Preto. 40Fonte: Prefeitura Municipal de So Jos do Rio Preto.Figura 15: Dados demogrficos do centro. 46

    Fonte: IBGE

  • 1O presente trabalho um exerccio de projeto para se pensar a habitao sob a tica das mudanas comportamentais que vem ocorrendo nas ltimas dcadas, fazendo surgir novos formatos familiares e modos de vida.

    Nas ltimas dcadas ocorreram verdadeiras revolues econmicas, polticas e sociais. No incio da dcada de 1980, a crise econmica provocada pelo aumento da dvida externa e a recesso marcaram o cenrio brasileiro. O crescimento econmico produzido pelo milagre brasileiro gerou presses inflacionrias e problemas na balana comercial, alm do segundo choque do petrleo comprometer ainda mais a situao brasileira.

    No campo poltico, aps anos de Ditadura Militar, as eleies estaduais e municipais de 1982 expressaram nas urnas a insatisfao do povo e apontavam para o fim do regime vigente. Era a retomada das grandes manifestaes de massa. O movimento de maior expressividade foi o das Diretas J, que tomou conta de todo o Brasil. No A B C paulista, mais precisamente em So Bernardo do Campo, o surgimento de um novo sindicalismo, reali-zando greves de trabalhadores em resposta a represso das massas ocorrida durante a dita-dura.

    No campo social, os movimentos para a liberao da mulher que se iniciaram nas dca-das de 1960 e 1970, ganharam fora na dcada de 1980. Houve uma incorporao macia de mulheres no mercado de trabalho brasileiro. Segundo dados do IBGE a taxa de atividade femi-nina cresceu de 33,6% em 1979 para 38,7% em 1989, enquanto a taxa de atividade dos homens se mantinha praticamente estvel no mesmo perodo. Esse movimento estaria acop-lado a uma ntida terceirizao da economia e a um sensvel aumento de assalariamento do emprego urbano.

    INTRODUO

  • 2A famlia nuclear e os novos formatos familiaresCom a introduo da mulher no mercado de trabalho, a temtica sobre a famlia passou

    a ser abordada sobre diferentes enfoques.Em 1982, segundo a antroploga Mariza Corra, em seu livro Colcha de Retalhos. Estu-

    dos sobre a Famlia no Brasil, o campo dos estudos sobre a famlia no Brasil estava em mudana, ou seja, o momento era de conhecimento de partes do assunto, de construo, para que se pudesse construir, posteriormente, vises mais globais em torno do tema. Existiam espaos vazios (tais como o de reproduo humana e controle familiar) que at aquele momento s podiam ser preenchidos por conjecturas, e vislumbravam um enorme campo de pesquisa a ser enfrentado. Existiam dificuldades como a atribuio constante de juzos de valor sobre a famlia, ao lado da falta de uma perspectiva crtica sobre a famlia brasileira. Mas j atentava para as diferenas familiares atuando entre os valores culturais e as realidades materiais nos mais variados contextos.

    At o final do perodo de represso da Ditadura Militar a estrutura familiar dominante no Brasil era a familia nuclear patriarcal. O entendimento do mundo patriarcal repousa sobre um conjunto de princpios: manuteno da ordem, exerccio da autoridade, justia e governo do lar e provimento dos dependentes por parte do chefe masculino em primeiro plano. Tomando-se cada princpio isolado, no haveria problemas para o exerccio do poder.

    Entretanto com a abertura poltica e a introduo da mulher no mercado de trabalho, ocorreram transformaes amplas em toda a sociedade e tais trasformaes tambm ocorre-ram nas estruturas internas da famlia nuclear tradicional. At ento, o relacionamento entre pais e filhos era exercido pela autoridade parental, o que acabava por ocultar e at mesmo distanciar todo tipo de afetividade.

    Em tais tipos de relacionamento, a ao socializadora do pai estabelece uma diferena com a ao socializadora da me, porque o pai est mais associado com a ao, enquanto que a me est associada com a passividade, caracterstica feminina de tempos mais remo-tos.

  • 3De acordo com toda essa mudana o homem passou a participar mais da educao dos filhos. Esse fator ento, propiciou uma melhoria tanto para os filhos como para a mulher que passou a obter maior apoio do homem na participao na vida dos filhos. Isso evidencia a superao do homem que passou do papel de provedor familiar, para um papel de maior engajamento na educao.

    As mundanas no ocorreram apenas na concepo interna da famlia nuclear, mas hoje coexistem novos formatos familiares. Existem habitaes formadas por pessoas que no pos-suem nenhum grau de parentesco, como estudantes que mudam de suas cidades para estu-dar em outras e coabitam uma mesma habitao por motivos econmicos e sociais e, grupos de idosos que tambm se mudam para o mesmo local como forma de evitar a solido.

    Existem estruturas familiares menores, formadas por casais sem filhos, divorciados ou vivos, casais com apenas um filho, e tambm, pessoas vivendo s.

    Tais mudanas observveis podem levar a concluso do fim do modelo familiar tradicio-nal e a formao de uma sociedade cada vez menos hierarquica e mais equalitria.

    O modelo de habitao burguesa europia ddo sculo XIX e o modelo moderno de habitao para todos.

    Apesar de identificar tais mudanas, a produo de habitao no Brasil no apresenta muitas experincias para abrigar esses novos modos de vida.

    O modelo de habitao burguesa europia, caracterizada pela diviso da unidade em trs reas - social, ntima e de servios - sempre esteve relacionada a presena de emprega-dos separados dos patres. A sala - rea social - local privilegiado e aberto a receber visitas; os dormitrios constituam a rea ntima e deveria ficar guardada dos olhares externos; e, a rea de servios - cozinha, banheiro e dependncias dos empregados - espaos relacionados ao trabalho domstico, eram rejeitados e relegados aos fundos da habitao.

    J as propostas modernas de habitao no perodo entre-guerras, apesar de ser o nico perodo na histria onde o desenho dos espaos de morar foram revistos segundo critrios

  • 4claramente formulados, ainda previam um homem ideal, numa cidade projetada que precisaria de uma habitao tpica. Nessa habitao, a cozinha, antes rejeitada aos fundos da casa, foi trazida para junto a sala, espao de convvio entorno da famlia nuclear, onde a responsabilidade das tarefas domsticas se concentravam na figura da me.

    Gradativamente, os empresrios da construo civil, em nome de uma lgica tcnico-financeira, se apropriaram dos elementos economicamente rentveis do modelo moderno e misturaram com princpios da habitao burguesa europia, para reproduzir em todo mundo ocidental, com pequenas variaes, espaos destinados a abrigar a famlia nuclear tradicio-nal.

    A reviso do modelo de projetar habitaes para o sculo XIXDiante disso, preciso repensar o modo de projetar habitaes para atender a socie-

    dade atual, projetando para todos, sem hierarquias.

    As unidades habitacionaisAs unidades habitacionais precisam estar preparadass para atender aos novos formatos

    familiares, de acordo com a cultura e as idades, e possibilitar as diferentes apropriaes dos espaos ao longo das mudanas da vida.

    A maneira mais adequada para permitir diferentes usos criar espaos igualitrios e de dimenses equivalentes, que possibilitem a cada habitante a apropriao mais adequada dos espaos de domir, de comer, de conviver, de trabalhar e de estudar. Esses espaos no podem ter banheiros exclusivos, caso contrrio, seriam hierarquizados em relao aos outros.

    Os espaos comunsPromover o encontro desses diversos grupos em espaos comuns o que possibilita a

    troca de experincias e conhecimentos, e ao mesmo tempo o local de mediao de inter-esses diversos.

  • 5Assim, considerando que a capacidade de servios e de funes da habitao pode ir alm do seu espao privado, interessante pensar em servios para a comunidade. Esses servios so atividades tradicionalmente realizadas no mbito privado da habitao, e que podem ser transferidas para o mbito coletivo, como lavanderias, espaos de coworkings, espaos de descanso e de estudo.

    A relao com a cidadeAs habitaes devem ser pensadas como completadas pelos servios e equipamentos

    urbanos. Para isso precisam estar localizadas perto da infra-estrutura de transporte, de comrcio e servios, de escolas e de locais para divertimento e lazer.

    Para a qualidade de vida urbana so fundamentais para os moradores que existam gradientes privado, ou seja, definio e concepo de espaos intermedirio entre habitao e espaos pblicos porque o encontro de dois sistemas.

    Em ltima anlise, a qualidade da habitao resolvida tanto na correta resoluo de seu interior quanto no contato com o espao pblico do bairro, especialmente atravs de uma variedade de gradientes, da agitao da cidade, para o privado da habitao.

  • 6So obras que no apelam a historicismos ou imagens referentes ao universo popular; ao mesmo tempo desvinculam-se da busca por uma ver-dade absoluta sustentada pelos atribu-tos da razo que dominava o pensam-ento moderno. Est presente a discusso de espaos, processos, funes, tipologias, estruturas tcnicas e formas, para no se restringir somente a imagens.

    REFERNCIAS

    Figura 1: Croquis de estudo.

    Figura 2: Acessos Fonte: Pedro Kok.

    Figura 3: Acessos.Fonte: Pedro Kok.

    Figura 4: Edifcio acima do mar.Fonte: Pedro Kok.

    SILODAM - MVRDV

  • 7Figura 5: AcessosFonte: El Croquis.

    Figura 6: Vista do edifcioFonte: El Croquis.

    Figura 7: Maquetes de estudoFonte: El Croquis.

    Figura 8: Maquetes de estudoFonte: El Croquis.

    GIFU APARTAMENTS - SANAA

  • 8NEMAUSUS - JEAN NOUVEL

    Figura 9: Circulao externaFonte: Archdaily

    Figura 10: Maquete de estudoFonte: Archdaily

    Figura 11: Unidade triplexFonte: Archdaily

  • 9Figura 12: Croquis de estudo

    HABITA SAMPAELEMENTAL CHILELIVING BOX - GRUPO SP

    O mdulo, nesses trs casos, estruturais, representam uma unidade construtiva clara que possibilita inmeras solues de projeto dentro de uma regra completamente legvel. Ao contrrio de limitar, amplia as possibili-dades.

  • 10

    Aps a Revoluo Industrial, foi percebido de forma ntida o surgimento das reas cen-trais das cidades como local de concentrao de atividades comerciais. Esses locais, serviam como base para uma srie de relaes com pessoas da prpria cidade ou exteriores a ela. O aumento do comrcio gerou a necessidade de uma malha de transportes que suprisse a cres-cente demanda, dando ensejo construo das grandes ferrovias. A partir de ento se verifica um processo de aglutinao em torno das estaes ferrovirias, pelo grande fluxo de pessoas que circulavam destas estaes. Os empreendedores, buscando se estabelecer prximo ao mercado consumidor, investiram em estabelecimentos em torno destas estaes de trans-portes, delimitando a rea central da cidade.

    A partir do inicio do sculo XX, as reas centrais das cidades passaram a concentra uma diversidade de atividades comerciais e de servios; tanto pblicos como privados, tornando o preo da terra nesta rea o mais elevado da cidade e fazendo da verticalizao das con-strues a maneira utilizada para melhor aproveitamento do solo urbano. No decorrer do sculo, a concentrao dessas atividades e a supervalorizao do transporte individual com a consequente demanda por vagas de estacionamento, fez crescer o nmero de terrenos para atender essa finalidade. Assim, os automveis e os estacionamentos so vistos como fatores que degradam a paisagem urbana por promover a subutilizao desses terrenos. De maneira geral, esses terrenos subutilizados formam espaos vazios no interior das quadras e entre edifcios.

    Como ao inicial de projeto, a explorao acontece nesses terrenos subutilizados, atravs de possveis ligaes e percursos permitidos, explorando o desenho nas suas infinitas possibilidades, sem pensar uma forma pr - determinada.

    AES DE PROJETO

    consequente demanda por vagas de estacionamento, fez crescer o nmero de terrenos para atender essa finalidade. Assim, os automveis e os estacionamentos so vistos como fatores que degradam a paisagem urbana por promover a subutilizao desses terrenos. De maneira

    ligaes e percursos permitidos, explorando o desenho nas suas infinitas possibilidades, sem pensar uma forma pr - determinada.

    consequente demanda por vagas de estacionamento, fez crescer o nmero de terrenos para atender essa finalidade. Assim, os automveis e os estacionamentos so vistos como fatores que degradam a paisagem urbana por promover a subutilizao desses terrenos. De maneira geral, esses terrenos subutilizados formam espaos vazios no interior das quadras e entre

    infinitas possibilidades, sem pensar uma forma pr - determinada.

    sculo, a concentrao dessas atividades e a supervalorizao do transporte individual com a consequente demanda por vagas de estacionamento, fez crescer o nmero de terrenos para atender essa finalidade. Assim, os automveis e os estacionamentos so vistos como fatores que degradam a paisagem urbana por promover a subutilizao desses terrenos. De maneira que degradam a paisagem urbana por promover a subutilizao desses terrenos. De maneira atender essa finalidade. Assim, os automveis e os estacionamentos so vistos como fatores

    ligaes e percursos permitidos, explorando o desenho nas suas ligaes e percursos permitidos, explorando o desenho nas suas Como ao inicial de projeto, a explorao acontece nesses terrenos subutilizados,

    geral, esses terrenos subutilizados formam espaos vazios no interior das quadras e entre que degradam a paisagem urbana por promover a subutilizao desses terrenos. De maneira que degradam a paisagem urbana por promover a subutilizao desses terrenos. De maneira atender essa finalidade. Assim, os automveis e os estacionamentos so vistos como fatores

    ligaes e percursos permitidos, explorando o desenho nas suas Como ao inicial de projeto, a explorao acontece nesses terrenos subutilizados,

    geral, esses terrenos subutilizados formam espaos vazios no interior das quadras e entre que degradam a paisagem urbana por promover a subutilizao desses terrenos. De maneira atender essa finalidade. Assim, os automveis e os estacionamentos so vistos como fatores atender essa finalidade. Assim, os automveis e os estacionamentos so vistos como fatores

    infinitas possibilidades, sem pensar uma forma pr - determinada.ligaes e percursos permitidos, explorando o desenho nas suas

    Como ao inicial de projeto, a explorao acontece nesses terrenos subutilizados,

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    infinitas possibilidades, sem pensar uma forma pr - determinada.ligaes e percursos permitidos, explorando o desenho nas suas

    Como ao inicial de projeto, a explorao acontece nesses terrenos subutilizados,

    que degradam a paisagem urbana por promover a subutilizao desses terrenos. De maneira geral, esses terrenos subutilizados formam espaos vazios no interior das quadras e entre

    atender essa finalidade. Assim, os automveis e os estacionamentos so vistos como fatores consequente demanda por vagas de estacionamento, fez crescer o nmero de terrenos para consequente demanda por vagas de estacionamento, fez crescer o nmero de terrenos para atender essa finalidade. Assim, os automveis e os estacionamentos so vistos como fatores atender essa finalidade. Assim, os automveis e os estacionamentos so vistos como fatores atender essa finalidade. Assim, os automveis e os estacionamentos so vistos como fatores atender essa finalidade. Assim, os automveis e os estacionamentos so vistos como fatores atender essa finalidade. Assim, os automveis e os estacionamentos so vistos como fatores atender essa finalidade. Assim, os automveis e os estacionamentos so vistos como fatores atender essa finalidade. Assim, os automveis e os estacionamentos so vistos como fatores atender essa finalidade. Assim, os automveis e os estacionamentos so vistos como fatores atender essa finalidade. Assim, os automveis e os estacionamentos so vistos como fatores consequente demanda por vagas de estacionamento, fez crescer o nmero de terrenos para consequente demanda por vagas de estacionamento, fez crescer o nmero de terrenos para consequente demanda por vagas de estacionamento, fez crescer o nmero de terrenos para

    que degradam a paisagem urbana por promover a subutilizao desses terrenos. De maneira atender essa finalidade. Assim, os automveis e os estacionamentos so vistos como fatores consequente demanda por vagas de estacionamento, fez crescer o nmero de terrenos para consequente demanda por vagas de estacionamento, fez crescer o nmero de terrenos para consequente demanda por vagas de estacionamento, fez crescer o nmero de terrenos para

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    que degradam a paisagem urbana por promover a subutilizao desses terrenos. De maneira que degradam a paisagem urbana por promover a subutilizao desses terrenos. De maneira atender essa finalidade. Assim, os automveis e os estacionamentos so vistos como fatores atender essa finalidade. Assim, os automveis e os estacionamentos so vistos como fatores consequente demanda por vagas de estacionamento, fez crescer o nmero de terrenos para consequente demanda por vagas de estacionamento, fez crescer o nmero de terrenos para sculo, a concentrao dessas atividades e a supervalorizao do transporte individual com a sculo, a concentrao dessas atividades e a supervalorizao do transporte individual com a strues a maneira utilizada para melhor aproveitamento do solo urbano. No decorrer do preo da terra nesta rea o mais elevado da cidade e fazendo da verticalizao das conpreo da terra nesta rea o mais elevado da cidade e fazendo da verticalizao das condiversidade de atividades comerciais e de servios; tanto pblicos como privados, tornando o diversidade de atividades comerciais e de servios; tanto pblicos como privados, tornando o

    A partir do inicio do sculo XX, as reas centrais das cidades passaram a concentra uma A partir do inicio do sculo XX, as reas centrais das cidades passaram a concentra uma portes, delimitando a rea central da cidade.portes, delimitando a rea central da cidade.

    rea de interveno

  • 11

    Nas cidades mdias, o elevado crescimento urbano se depara com a falta de planeja-mento e infra-estrutura das cidades expresso de maneira especial por meio do grande nmero de pessoas vivendo em condies de vida precrias ou pela ocupao perifrica em con-domnios fechados.

    A ocupao perifrica favorece o esvaziamento dos centros urbanos no tocante a hab-itao, embora numa escala menor do esvaziamento ocorrido nas metrpoles. Nesse sentido, vlido novos projetos de habitao que visem o retorno de, ao menos parte dessa popula-o, ao centro, que possui toda a infra-estrutura de comrcio, servio, transporte, locais de trabalho, estudo e lazer, para otimizar recursos, dentre eles, o tempo.

    Unidades habitacionaisA proposta das unidades habitacionais pretende propiciar uma apropriao diferenciada

    e individualizada por parte daqueles que a habitam. Portanto, no busco definir funes ou nomes para determinadas reas, mas garantir a apropriao dos espaos segundo as neces-sidades e vontades de cada habitante, sem predeterminar exclusivamente uma condio, seja pela superfcie, pela acessibilidade ou por uma nica possibilidade de distribuio. Espacial e funcionalmente a habitao est divida em trs mbitos - mbito especializado, mbito no especializado e mbito complementar - e mdulo -. Os mbitos especializados, os mbitos no especializados e o mdulo - so projetados tendo como base a superfcie retangular de 9m, sendo o lado mnimo com 2,8m e o lado maior com 3,2. Esse mdulo foi escolhido por permitir a organizao adequada de diferentes reas funcionais isoladas, podendo, entre eles, se agruparem ou no.

    2,8

    3,2

    mdulo

  • 12

    Os mbitos especializados so aqueles que necessitam de infra-estrutura e insta-laes adequadas para o seu funcionamento. So reas com funes pr-determinadas como local de preparo, limpeza e armazenagem de alimentos e local para banho.

    Nos mbitos especializados esto o espao para o ciclo dos alimentos e para o ciclo das atividades higinicas. O espao destinado ao ciclo dos alimentos devem permitir um correto desenrolar das tarefas ligadas a ele, como a utilizao do espao por duas pessoas ao mesmo tempo. A mesma situao acontece com o ciclo das atividades higinicas, por isso, o espao do banho e o espao da higiene ntima so separados. Para no hierarquizar os espaos dentro das habitaes, os lugares de banho no so exclusivos de nenhum outro espao.

    Os mbitos especializados se organizam no mdulo ao redor de um shaft, por onde passam as instalaes eltricas, hidrulicas e de gs e por onde ocorre a ventilao.

    Ciclo dos alimentos

    Ciclo das atividades higinicas

    limpeza

    preparo

    higiene ntima

    banho

    armazenagem

  • 133,2

    2,8

    Ciclo dos alimentos

    Ciclo das atividades higinicas

    Esquema de organizao dos espaos no mbito especializado.

    0,8 0,80,8 0,8

    0,7

    0,7

    0,7

    0,7

  • 14

    Layout dos espaos no mbito especializado.

  • 15

    Os mbitos no especializados so aqueles que no necessitam de infraestrutura e instalaes adequadas para o seu funcionamento, mas devem garantir parmetros de conforto para a habitabilidade. A funo dos mbitos no especializados ser definida pelo usurio. So espaos igualitrios para possibilitar as diferentes apropriaes ao longo das mudanas da vida. So carac-terizados pelos locais de descanso, de refeies, de convvio e de trabalho. Os mdulos dos mbi tos no especializados podem se fundir com outros.

    Dormir

    Comer

    Conviver

    EstudarTrabalhar

    Sentido de passagem pelos espaos

  • 16

    Os mbitos complementares so os espaos de armazenagem e funcionam asso-ciados a outros mbitos, nunca formando um recinto nico.

    O Mdulo -O Mdulo - representa um espao de transio entre a esfera privada da habitao e a

    esfera pblica da rua. Todas as unidades habitacionais possuem ao menos um Mdulo -. nesse mdulo onde ocorrem atividades que, tradicionalmente so realizadas no espao privado da habitao, mas podem ser transferidas para uma esfera coletiva, como espaos de trabalho, estudo e servios. Quando localizados em uma face da unidade, esse mdulos formam os espaos exteriores das unidades, e quando localizados na face oposta, so unidos aos mdulos - de outras unidades e criam esses espaos de transio dentro do edifcio.

    Espao de armazenagem

    Comer

    Dormir

    TrabalharEstudar

    Conviver

  • 17

    Mdulo -

    mbitos

    acesso

    espaos exteriores

    espao para atividades coletivas

  • 18

    Configurao das unidades habitacionaisUtilizando os mbitos especializados, os no especializados, os complementares e os

    mdulos -, as unidades habitacionais esto configuradas em unidades simplex, duplex e triplex, para melhor propriciar a habitabilidade dos diferentes formatos familiares.

    A densidade habitacional mdia prevista para cada unidade so dois moradores para as unidades simplex, quatro para as duplex e seis para as triplex, podendo esse nmero ser varivel de acordo com a necessidade.

    A base das unidades formada por seis mdulos, sendo um deles como mbito especializado.

    Os mdulos so afastados 7,5cm entre eles para incluir os fechamentos.

  • 19

    unidade simplex

    unidade duplex

    unidade triplex

    Esquema de montagem das unidades simplex, duplex e triplex.

  • 20

    Unidades simplex

    Localizao do mdulo - nas unidades

    dormir

    conviver

    convivercomer

    dormir

    conviver

    convivercomer

    Distribuio dos espaos

  • 21

    a = 54m

    unidade 1

    1:75

  • 22

    unidade 3unidade 2

    1:75

  • 23

  • 24

    Unidades duplex

    Localizao do mdulo - nas unidades

    dormir

    Possibilidade de distribuio dos espaos

    Unidades duplex

    Possibilidade de distribuio Possibilidade de distribuio dos espaosdos espaos

    Localizao do mdulo -

    Possibilidade de distribuio dos espaoscomer

    conviver

    comer

    conviver

    dormir

    dormir conviver

    comer comer

    conviver

    dormirestudar

    dormir

    comercomer

    conviver

    dormir estudar

    comer conviver

    dormir

    a = 94,5m a = 85,5m a = 85,5m a = 85,5m

  • 25unidade 4 unidade 5 unidade 6 unidade 7

    1:125

    1 pavimento

    2 pavimento

  • 26unidade 8 unidade 9 unidade 10 unidade 11

    1:125

    1 pavimento

    2 pavimento

  • 27unidade 12 unidade 13 unidade 14 unidade 15

    1:125

    1 pavimento

    2 pavimento

  • 28unidade 16 unidade 17 unidade 18 unidade 19

    1:125

    1 pavimento

    2 pavimento

  • 29unidade 20 unidade 21

    1:125

    1 pavimento

    2 pavimento

  • 30

  • 31

    Unidades triplex

    Localizao do mdulo - nas unidades

    31

  • 3232

    Possibilidade de distribuio dos espaos

    dormir

    conviver

    comer comer

    estudar

    conviver

    conviver

    conviver

    dormir

    conviver

    conviverconviver

    estudar

    comer comer

    conviver

    dormir

    dormir

    conviver

    conviver

    conviverconviver

    estudar

    comer comer

    dormir

    dormir

    conviver

    conviver

    conviver dormir conviver

    comer comer

    dormir dormir

    conviver

    conviver

    comer comer

    conviver

    dormir estudar

    conviver

    comer

    conviver

    conviver

    dormir dormir

    dormir conviver

    a = 144m a = 135m a = 135m a = 126m a = 126m a = 126m

  • 33

    unidade 22 unidade 23 unidade 24 unidade 25 unidade 26

    1:200

    1 pavimento

    2 pavimento

    3 pavimento

    unidade 23unidade 22

  • 34

    unidade 27 unidade 28 unidade 29 unidade 30 unidade 31

    1:200

    1 pavimento

    2 pavimento

    3 pavimento

  • 35

    unidade 32 unidade 33 unidade 34 unidade 35 unidade 36

    1:200

    1 pavimento

    2 pavimento

    3 pavimento

  • 36

    unidade 37 unidade 38

    1:200

    1 pavimento

    2 pavimento

    3 pavimento

  • 37

  • 38

    No processo brasileiro contemporneo de urbanizao, verifica-se um amplo processo de reestruturao caracterizado pela exploso das formas tradicionais de concentrao urbana e pelo surgimento de formas espaciais. Na escala interurbana e regional, so produzi-dos novos processos de desconcentrao e reconcentrao espacial da populao e das atividades econmicas sobre o territrio.

    Surge a cidade mdia, e sua importncia em reas significativas no tocante oferta de servios e produtos, e a prpria recomposio e multiplicao do capital flutuante. Tais reas, prximas ou no as reas metropolitanas, compem uma a rede hierrquica de aes e inter-venes no espao.

    A cidade de So Jos do Rio Preto, localizada a 450km do noroeste de So Paulo, classificada como cidade mdia no apenas por sua densidade populacional, mas pela situao geogrfica favorvel (atravessada pelas rodovias Assis Chateaubriand, pela Trans-brasiliana (Br153) e pela Washington Luiz), pela relevncia regional possibilitada pela circula-o de mercadorias e pessoas e pela oferta de bens, servios, onde tem a base de sua eco-nomia, seguido pelo agronegcio e pela produo industrial.

    Assim como muitas cidades do interior do estado de So Paulo, a ferrovia, implantada no incio do sculo XX, estruturou o crescimento urbano. O vale do crrego do Rio Preto e Piedade foi a rea escolhida para o nicio da ocupao do territrio, e em seguida as reas de vrzea tambm foram sendo ocupadas, caracterizando os principais eixos de crescimento e adensamento da cidade. Para que isso fosse possvel, diversas obras de tamponamento e retificao dos crregos foram sendo executadas, causando problemas, como as enchentes, que afetam a populao como um todo at hoje.

    PROJETOLocal de interveno

    Aplicao das aes de projeto

  • 39

    Figura 13: Localizao da cidade no estado de So Paulo e mapas da expanso urbana.Fonte: Prefeitura Municipal de So Jos do Rio Preto.

    A partir da dcada de sessenta, o crescimento da cidade, espraiado e pouco adensado se intensificou, tendo como vetores de crescimento os eixos virios e onde houvesse menos obstculos naturais.

    O vetor norte caracterizado por loteamentos populares promovidos pelo poder pblico, pela iniciativa privada e tambm muitos deles irregulares. Considerada a segundo regio mais populosa da cidade, apresenta dificuldade de conexo com a malha urbana existente em virtude da malha ferroviria, o que fez surgir pequenos centros comercias e de servios locais.

    O vetor sul, caracterizado por condomnios fechados de alto padro, shopping centers e inmeras clnicas mdicas em virtude da Faculdade de Medicina e do Hospital de Base, conti-nua a crescer.

  • 40

    Centros urbanosAssim como em outras cidades mdias, no podemos falar de So Jos do Rio Preto

    com um nico centro urbano, entretanto, h a existncia e manuteno de um centro tradi-cional que organiza os deslocamentos e ponto de articulao entre seus usos e os demais espaos da cidade. Os movimentos dos veculos e das pessoas convergem para ele, em determinados momentos do dia, e de l partem, ordenando um movimento pendular que dota essa rea de contedos diferentes no decorrer de um nico dia e lhe d uma dupla caracterstica de integrao e disperso.

    Essa identificao reforada pelo desenho do plano virio, que tanto determinar a localizao do centro, quanto por ele influenciado, numa relao dialtica. O duplo movi-mento de atrao e disperso se materializa atravs desse plano, tendo no trnsito de pedes-tres e de veculos (coletivos e individuais) sua identificao mais direta.

    O centro tradicional da cidade possui um calado comercial que passa por um projeto de revitalizao para melhoria da infra-estrutura local. As mudanas envolvem abertura de ruas, vitrines das lojas, passeio pblico, restaurao das praas, alargamento e cobertura de caladas com marquises, padronizao de letreiros, criao de baias para embarque e desembarque e a criao de uma praa de alimentao a cu aberto.

    Figura 14: Centro de So Jos do Rio Preto.Fonte: Prefeitura Municipal de So Jos do Rio Preto.

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    Crrego Canela

    Mercado MunicipalPoupatempo

    Prefeitura Municipal

    Igreja Catedral

    Rodoviria e Terminal Urbano Represa Municipal

    Biblioteca Municipal

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    Crrego Canela

    Praa Rui Barbosa

    Praa Dom Jos Marcondes

    Mercado MunicipalPoupatempo

    Prefeitura Municipal

    Igreja Catedral

    Rodoviria e Terminal Urbano

    Praa Cvica

    Represa Municipal

    Biblioteca Municipal

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    Crrego Canela

    Praa Rui Barbosa

    Praa Dom Jos Marcondes

    Mercado MunicipalPoupatempo

    Prefeitura Municipal

    Igreja Catedral

    Rodoviria e Terminal Urbano

    Praa Cvica

    Represa Municipal

    Biblioteca Municipal

    Calado comercial

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    rea do projeto de revitalizao do calado comercial, iniciado pela prefeitura municipal

  • 45

    PopulaoDe acordo com o Censo de 2010, realizado pelo IBGE, So Jos do Rio Preto est entre

    as regies mais desenvolvidas do pas, apresentando IDH de 0,834. Os indicadores demogr-ficos apontam uma populao de 408 mil habitantes, sendo 93,9% na rea urbana, com PIB per/capta de R$17.000,00.

    A existncia de uma populao economicamente ativa alta, j que grande parte da populao tem entre 20 e 45 anos de idade e trabalha em setores de comrcio e servios, mas a populao idosa (acima de 70 anos) representa 10% de toda a populao da cidade.

    Em relao a domiclios, o total recenseados pelo IBGE para o Censo 2010, foi de 153.233 domiclios com mdia de 2,96 habitantes.

    A regio central

    Na regio central da cidade, a populao de cerca de 6.000 pessoas representam pouco mais de 1% de todos os habitantes de So Jos do Rio Preto. O nmero muito baixo j que a regio possui toda a infra-estrutura de comrcio, servio, educao, transporte e lazer que do suporte a vida. A maioria dessas pessoas constituda de mulheres com mais de 50 anos e de jovens, que na sua maioria trabalham e estudam no bairro ou em regies prximas. Porm os trabalhadores que atuam diretamente no comrcio do calado, moram em lugares distantes e se locomovem todos os dias com veculos particulares ou utilizam o transporte pblico, pois no centro o valor dos apartamentos e do aluguis elevado.

  • 46

    Figura 15: Dados demogrficos do centro.Fonte: IBGE

  • 47

    Acesso a cultura

    Existem hoje na cidade dois importantes festivais de teatro: o Janeiro Brasileiro da Comdia, com durao de uma semana, e segundo dados da Secretaria da Cultura atrai uma mdia de 4 mil espectadores ao teatro municipal, e em julho o Festival Internacional de Teatro (FIT), com duas semanas de espetculos, intervenes artsticas e performances que se este-ndem por toda a cidade e distritos.

    Desde 2001, com a volta da organizao do festival, j com carter internacional, tem sido explorado pelos rgos organizadores e patrocinadores a grande capacidade do evento em atrair no s espetculos de outras cidades, estados, e pases, como um pblico turista, que movimenta os setores de hotelaria, servios e alimentao.

    Para dar apoio aos artistas da cidade, a Prefeitura Municipal tem a proposta de transfor-mar os antigos galpes da Swift, tombados pelo CONDEPHAT em uma Universidade, a Uni-versidade Livre das Artes. Hoje o local um espao de para a msica, artes plsticas, teatro, dana, cursos de aperfeioamento e seminrios. Com esses usos consolidados, o espao se transforma em universidade de fato, com cursos de extenso universitria ligados cultura e o oferecimento de cursos superiores nessa rea.

    Participao poltica

    Em 2005 foi institudo o Oramento Participativo - OP - no municpio, e no ano seguinte, os trabalhos junto a populao comearam a ser desenvolvidos. Atendendo as exigncias do Estatuto das Cidades que fixava o prazo de cinco anos para que o municpio aprovasse o seu Plano Diretor, a prefeitura disps em 2006 o Plano Diretor de Desenvolvimento Sustentvel, que contou com a participao popular atravs do oramento participativo e atravs de seg-mentos da sociedade civil organizada.

    Entretanto, a participao popular no Oramento Participativo sempre foi mais efetiva em bairros onde a necessidade de melhorias na infra-estrutura bsica eram maiores, servindo assim de instrumento de reivindicao popular, mas no de politizao da gesto urbana.

    A politizao da populao deu sinais de melhora no movimento #vergonhariopreto - A

  • A partir da dcada de sessenta, o crescimento da cidade, espraiado e pouco adensado se intensificou, tendo como vetores de crescimento os eixos virios e onde houvesse menos obstculos naturais.

    O vetor norte caracterizado por loteamentos populares promovidos pelo poder pblico, pela iniciativa privada e tambm muitos deles irregulares. Considerada a segundo regio mais populosa da cidade, apresenta dificuldade de conexo com a malha urbana existente em virtude da malha ferroviria, o que fez surgir pequenos centros comercias e de servios locais.

    O vetor sul, caracterizado por condomnios fechados de alto padro, shopping centers e inmeras clnicas mdicas em virtude da Faculdade de Medicina e do Hospital de Base, conti-nua a crescer.

    48

    tentativa da cmara municipal em aprovar 23 vereadores com aumento salarial que chegavam a 75% indignaram os moradores. Primeiro a imprensa em editoriais e reportagens convo-cando a populao para aquela que seria a ltima sesso do descaso, em que algumas cente-nas de pessoas compareceram. Na semana seguinte, as discusses do projeto prosse-guiriam, ao invs de centenas, compareceram algo em torno de duas mil pessoas. Os vereadores recuaram, acuados pela fora dos protestos.

    Produo imobiliria

    A partir de dcada de 60, assim como ocorreu com diversas cidades, So Jos do Rio Preto cresceu de forma espraiada e pouco adensada, seguindo os vetores de crescimento norte e sul.

    A produo imobiliria seguiu esses vetores, ao mesmo tempo que foi co-responsvel na sua criao. Ao norte os loteamentos populares quase que exclusivamente residenciais no oferecem uma rede de servios, pblicos ou no, necessrios a vida. Esses loteamentos foram realizados tanto por empreendedores particulares quanto pelo poder pblico.

    O ltimo loteamento construdo pelo poder pblico, sob o nome de Nova Esperana, conta com 2500 unidades habitacionais, sem nenhum servio pblico como creche, posto de sade e escola estarem concludos, e sem lugares projetados para um comrcio que atenda ao bairro. Enquanto a inciativa privada constri inmeros loteamentos fechados na perfieria sul e sudeste da cidade.

    As poucas iniciativas que se diferem dessa produo, so edifcios de um dormitrio para casais sem filhos e pessoas que vivem s.

    Plano DiretorO Plano Diretor do Desenvolvimento Sustentvel, de 2006, colabora com essa produo

    ao impedir a construo de novos edifcios na regio central, utilizando como limite a infra-estrutura fsica e permitindo que bairros prximos continuem a ser exclusivamente residenci-ais

    Em parte, um projeto de operao urbana est sendo realizado com o projeto de revital-

  • 49

    izao do centro da cidade que realizou toda a reforma na rede de abastecimento de gua e coleta de esgoto do quadriltero central e trocou toda a pavimentao por piso permevel com o intuito de melhorar a rea tanto para o comrcio, qaunto para os moradores da regio.

    Entretanto so necessrios outros projetos para concretizar com potencial a intensifica-o do uso do solo. Colocar medidas que limitem o uso de transporte individual e priorize o transporte pblico que possui ali o Terminal urbano, contribuiria para solucionar alguns prob-lemas de infra-estrutura, e assim, permitiriam adensar a regio central com a construo de mais unidades habitacionais.

    Para a realizar a melhoria na infra-estrutura (saneamento, obras virias, criao de espaos pblicos), o poder pblico recebe ajuda da iniciativa privada, quem em contrapartida lhe permitido construir acima da densidade fixada no zoneamento urbano.

    Nesse sentido se faz vlido um projeto de habitao na regio central como forma de adensar e melhor utilizar a infra-estrutura de transporte, comrcio, servio e lazer existente. A rea escolhida, at ento sub-utilizada para estacionamentos, abre espao para pedestres ao estender a proposta de revitalizao calado comercial para espa-os pblicos adjacentes.

  • 50

    comrcio

    servios

    habitao

    institucional

    praas

    clube

    MAP A DE USOS

  • 51

    Estacionamentos na regio central

  • 52

    rea de intervano

  • 53

    1 2 3 4

    123

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    141315

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  • 55

    Explorao do desenho atravs de percursos e caminhos, conectando esses terrenos, at ento subutilizado, a reas adjacentes e edif-cios existentes, como forma de olhar para o entorno construdo e incorpor-lo ao projeto.

  • 56

  • 57

  • 58

    Das inmeras possibilidades de estudo, algumas proposies de forma e relaes espa-ciais surgiram.O edifcio com alguns vazios internos, formando aberturas diretas para a cidade. Esses vazios so como ptios internos numa residncias, porm, quando posiciona-dos a 90 em relao ao solo, criam outras relaes com a paisagem.

    Edifcio

  • 59

    Estudo das passarelas como elemento de liga-o entre o edifcio e o entorno,

  • 60

    Foi realizado dois estudos de volumetria para o edifcio. Um deles, chamado de bloco 2, em que o edifcio se desenvolve em dois blocos que se conectam entre si e com os edifcios do entorno atravs de passarelas, escadas e elevadores. O segundo, chamado de linear, um nico bloco prope a interligao entre duas quadras, passando sobre a rua e criando um espao entre numa escala urbana. Assim como no bloco 2, passarelas, escadas e eleva-dores, conectam edifcios vizinhos e so os lugares de acesso ao edifcio linear.

    Bloco 2 Linear

  • 61

    Desenvolvimento do edifcio linear

  • 62

    PEDESTRES

  • 63

    VECULOS

  • COMRCIO

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    COMRCIO

  • EXTENSO DO ESPAO PBLICO

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  • PASSAGEM

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    DESCANSO

  • 67

  • 68

    EMPENAS

  • 69

    ESTACIONAMENTO

  • 70

    PRAA

    VALE

  • 71

    PASSAGEM

  • 72

    unid

    ades

    hab

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  • 7373

    132 unidades habitacionais

    Aproximadamente 500 moradores

    206 vagas de estacionamento (1 para cada unidade + pessoas que frequentam a regio)

  • A proposta do edifcio remete a proposta inicial de reviso do modelo de projetar habitao para o sculo XXI. Os espaos para atividades coletivas permite o encontro das diversas pessoas que habitam o local ou passam todos os dias pela rea. H reas pbli-cas, que so caracterizadas pelos espaos de estudo, trabalho e descanso, e reas semi-pblicas que abrigam tambm espaos de servio como lavanderia para uso dos moradores do edifcio. Esses espaos so de transio entre o domnio pblico da rua e o privado do edifcio, porm, no h a necessidade de passagem por esses espaos para transpor do domnio pblico para o privado. 74

  • 75

    Elevao nordeste1:1250

    Elevao sudoeste1:1250

  • 76

    Corte AA1:1250

    Corte BB1:1250

    A

    AB

    B

  • 77

    Implantao pavimento trreo1:2000

  • 78

    Implantao terceiro pavimento1:2000

  • 79

    Corte AA1:400

  • 80

    Corte AA1:400

  • 81

    Corte BB1:400

  • 82

    Corte BB1:400

  • 83

    Corte BB1:400

  • 84Pavimento -31:1250

    480,9

  • 85Pavimento -21:1250

    483,7

    483,7

  • 86

    Unidades duplex

    486,5 Pavimento -11:750

  • 87

    Unidades duplex

    Lavanderia

    Descanso

    489,3 Pavimento trreo1:750

  • 88

    Unidades duplex

    Unidades simplex

    492,1 Pavimento 11:750

  • 89

    Unidades duplex

    Unidades simplex

    494,9 Pavimento 21:750

    Coworking

  • 90

    Trabalho | estudo | descanso

    497,7 Pavimento 31:750

  • 91

    Unidades Triplex

    500,5 Pavimento 41:750

    Unidades Triplex

    503,3 Pavimento 51:750

    Unidades Duplex

    Lavanderia e coworking

  • 92Unidades Triplex

    Unidades Duplex

    Lavanderia e coworking

    506,1 Pavimento 61:750

    508,9 Pavimento 71:750

    511,7 Pavimento 81:750

    Unidades Simplex

    514,5 Pavimento 91:750

  • 93Unidades Triplex

    Unidades Duplex

    Lavanderia e coworking

    517,3 Pavimento 101:750

    520,1 Pavimento 111:750

    522,9 Pavimento 121:750

    Unidades Simplex

    525,7 Pavimento 131:750

  • 94Unidades Triplex

    527,5 Pavimento 141:750

    530,3 Pavimento 151:750

    533,1 Cobertura1:750

  • 95

    Detalhe da passarela que atravessa a Rua XV de Novembro1:200

  • 96

    Detalhe da ligao entre a passarela e o edifcio1:50

    Mdulo estrutural da passarela1:20

    As passarelas de acesso as unidades habita-cionais possuem vigas metlicas treliadas, modula-das de 1,60m x 1,60m, que permitem vencer o vo mximo de 34m de distncia (sobre a Rua XV de Novembro) e. funcionam como guarda-corpo.

  • 97Maquete esquemtica passarela

  • 98

    Detalhe dos fechamentos1:25

  • 99

    Detalhe dos fechamentos1:25

  • 100

    Detalhe dos fechamentos1:10

  • 101

    Especificao dos materiais

    Para o fechamento externo do edifcio, foi escolhido o painel Multipainel F Hunter Douglas, que utilizado principalmente para revestimento de fachada e instalado na vertical. Por ser uma soluo com porta-painel e sem fixao visvel, permite a dilatao trmica do material.

    Figura 16: Edifcio revestido com Multipainle FFonte: Catlogo Hunter Douglas

    Figura 17: Multipainle FFonte: Catlogo Hunter Douglas

    Para a diviso do espao entre a unidade habitacional e o fechamento externo, e a divisria entre as unidades habitacionais h a Painel Masterboard Brasilit de 14cm e 23cm respectiva-mente, compostos por miolo de madeira e faces externas de placa cimentcia. A montagem dos painis rpida e econmica, alm de, segundo o fabricante, proporcionar proteo termo-acstica. Para a diviso dos espaos internos das unidades, foi utilizado o Painel Lightboard Brasilit com 7,5cm de espessura, por apre-sentar proteo trmica e acstica e ser um sistema fcil de instalar, o que permite mudanas com pouca mo-de-obra.

    Figura 18: Painel MarterboardFonte: Catlogo Brasilit

    Figura 19: Painel LightboardFonte: Catlogo Brasilit

  • Referncias bibliogrficas

    CORRA, Mariza. Colcha de retalhos. Estudos sobre a Famlia no Brasil. So Paulo: Brasiliense, 1982, pp.7-11.

    GAUSA, Manuel. Housing: Nuevas Alternativas, Nuevos Sistemas. Barcelona, Actar, 1998.

    MONTANER, Josep Mara. Reflexiones para proyectar viviendas del siglo XXI. Barce-lona, 2010.

    TEODZIO, Delcimar Marques. Do serto cidade: planejamento urbano em So Jos do Rio Preto dos anos 50 aos anos 2000. 2008. Tese (Doutorado em Teoria e Histria da Arquitetura e do Urbanismo) - Escola de Engenharia de So Carlos, Universidade de So Paulo, So Carlos, 2008. Disponvel em: . Acesso em: 2011-11-01.

    TRAMONTANO, M. Habitao, hbitos e habitantes: tendncias contemporneas met-ropolitanas. In: Sigradi '2000 - IV Congresso bero- Americano de Grfica Digital, 2000, Rio de Janeiro. em Artigos on line, disponvel em: , visitado em 01/11/2011.

    Plano Diretor do Desenvolvimento Sustentvel de So Jos do Rio Preto, 2006.JEAN NOUVEL. El Croquis, ed 65/66.JEAN NOUVEL. El Croquis, ed 112/113.MVRDV. El Croquis, ed 111.SANAA 2008 a 2011. El Croquis, ed 155.SANAA. El Croquis, ed 139.

  • TRABALHO DE GRADUAO INTEGRADO

    HABITARENTRE MEIOS