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Departamento de Biologia Celular e Molecular/ Coordenação de Medicina Projeto: DESENVOLVIMENTO DE CASO CLÍNICO Monitora: Lídia Valente Dima IX Semana de Monitoria

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Departamento de Biologia Celular e Molecular/ Coordenação de Medicina

Projeto: DESENVOLVIMENTO DE CASO CLÍNICO

Monitora: Lídia Valente Dima

IX Semana de Monitoria

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Hormônios Anabolizantes

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Importância - Atual - Aplicação de conhecimentos obtidos em aula - Conscientização dos alunos

Hormônios escolhidos - GH - Insulina - Testosterona

Escolha do Tema

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Histórico

1954 - Primeira referência uso de hormônios (testosterona) para melhorar o desempenho de

atletas em um campeonato de levantamento de peso em Viena

1964 - O uso de esteróides anabolizantes com este fim tornou-se difundido

1948 e 1955 - Químicos sintetizaram mais de mil derivados de testosterona e análogos.

Início dos anos 80 – GH começa a ser utilizado como droga de abuso nos esportes

1998 – Insulina foi detectada pela primeira vez em um exame antidoping nos Jogos Olímpicos de

Inverno em Nagano

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Testosterona Propriedades – A testosterona é um hormônio de natureza lipídica

produzido pelas células de Leydig a partir do colesterol quando são estimuladas pelo LH. Existe uma pequena produção nas supra-renais

também Mecanismo de ação – Por possuir propriedades lipídicas, o hormônio

atravessa a bicamada lipídica da membrana plasmática de suas células-alvo e atinge o núcleo, ligada a um receptor específico. Atuando sobre

fatores de transcrição, promovendo assim, a síntese de proteínas responsáveis por sua função

Funções – Espermatogênese, diferenciação e maturação dos gametas masculinos,

responsável pelas características sexuais secundárias: crescimento linear; pelos axilares e púbicos, surgimento da libido Terapias – O hormônio possui vários usos clínicos em casos, em que

por algum motivo patológico, ocorra um déficit de sua produção

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As células de Leydig ou células intersticiais estão presentes entre os túbulos

seminíferos do testículo e são responsáveis pela produção da

testosterona

Testosterona

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Colesterol

5-Reductase

Diidrotestosterona

Síntese de andrógenos testiculares

(células de Leydig)

Nos órgãos acessórios sexuais periféricos

masculinos

Síntese de andrógeno

(células-alvo)

A 5-α-diidrotestoster

ona (DHT), formada a partir da

conversão da testosterona é

a principal responsável

pela ação nos tecidos-alvos

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O LH (hormônio luteinizante) é produzido pela adenohipófise quando esta é

estimulada pelo GnRH (hormônio liberador de

gonadotrofina) sintetizado no hipotálamo

Atua sobre as células intersticiais, estimulando-as a produzir o hormônio masculino testosterona

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LH

GnRH

FSH

Crescimento testicular (9-14 anos)

Secreção de Testosterona(10-17 anos)

O GnRh além de estimular a produção de LH pela adenohipófise, também estimula a síntese de FSH (hormônio folículo-estimulante)

O FSH promove a maturação e diferenciação dos espermatozóides no túbulos seminíferos atuando sobre as células de Sertoli (também é estimuladas pela testosterona) e também estimula a liberação de LH

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TTestículo

s T

T T

EspermatogêneseAções parácrinas

Regulação das gonadotrofinas

LibidoComportamento

sexualAgressividade

Ações diretas e indiretas da Testosteronana vida adulta

LH e

FSH

Célula-alvo

receptorT: testosterona

40% da testosterona é transportada no sangue em associação à proteína ligante de hormônio sexual (proteína específica para o

transporte desse tipo de hormônio 2% é encontrada sob a forma livre. Essa pequena quantidade se dá

pela propriedade lipídica do hormônio que, por isso, precisa de proteínas para circular no sangue

58% em associação com a albumina e outras proteínas plasmáticas

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TTestículos

T

DH

5-Reductase

DH

Ações diretas e indiretas da Testosteronana vida adulta

LH e

FSH

Manutenção funcional dos

órgãos sexuais

Célula-alvoreceptorT: testosterona;

DH: diidrotestosterona

A testosterona é convertida em diidrotestosterona nas células-alvo. A DHT atuará promovendo a transcrição de genes responsáveis pela

manutenção funcional dos órgãos sexuais

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Espermatogênese

Diferenciação e amadurecimento dos gametas masculinos

Testosterona

Células de Sertoli

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A produção da testosterona é maior quando o homem alcança a vida adulta, pois neste período ele já chegou à sua maturidade sexual

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Abuso do Uso da Testosterona e de seus Análogos

Os hormônios esteróides anabolizantes androgênicos (EAA), que compreendem a testosterona e seus análogos, promovem o aumento da

massa muscular e melhora a performance em atividades físicas

Os EAAs promovem o aumento da síntese protéica muscular, a retenção de nitrogênio, a inibição do catabolismo protéico, a redução da

gordura corporal e estimulam a eritropoiese a partir da síntese de eritropoietina e amadurecimento de precursores eritróides

Propriedades Anabólicas

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Riscos Para a Saúde Fígado – Impedimento da função excretora do fígado, resulta em icterícia;

- Peliose hepática (cistos hemorrágicos no fígado); - Tumor hepático; - Ruptura das cavidades ou falência hepática

Sistema cardiovascular – Hiperinsulinemia; - Alteração de tolerância à glicose; - Decréscimo nos níveis de HDL; - Elevação da pressão arterial; - Exames histológicos das miofibrilas e mitocôndrias, e do tecido cardíaco de animais, mostram que os anabólicos esteróides lideram as alterações patológicas dessas estruturas

Sistema reprodutivo feminino – Redução dos níveis circulantes LH,de FSH, de estrógeno e de progesterona; - Inibição da foliculogênese e ovulação; - Alterações no ciclo menstrual,incluindo fase folicular prolongada, redução da fase lútea e amenorréria

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Sistema Reprodutivo Masculino – Oligoespermia e anospermia; - Atrofia testicular; - Redução dos índices de testosterona e de hormônios gonadotróficos. Na vista dessas alterações observadas no eixo gonadal-hipofisário, acredita-se que a disfunção observada para essas anormalidades seja a supressão esteróide-induzida na produção de gonadotrofina.

Comportamento Psicológico – Em ambos os gêneros; - Aumento ou redução da libido; - Flutuação no estado de humor e comportamento agressivo; - Administração de esteróides causa mudanças similares no eletroencefalograma àquelas vistas com drogas psico-estimulantes

Outros efeitos adversos – Ataxia; - Fechamento epifisário prematuro em jovens;   - Acne, calvície, e alopécia; - Virilização em jovens e mulheres, incluindo aumento da pilosidade; - Hipertrofia clitoriana e alteração irreversível da voz

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Somatotropina (GH)

Propriedades – O GH é um polipeptídeo sintetizado e secretado pela adenohipófise a partir do estímulo de seu

hormônio liberador GHRH (hormônio liberador do hormônio do crescimento) produzido pelo hipotálamo

Mecanismo de ação – Muitas das ações do GH são mediadas por outros peptídeos denominados somatomedina

Funções – Estimula o crescimento de ossos e músculos, aumenta o transporte de aminoácidos e promove a síntese protéica em muitos

tecidos, produz mobilização periférica de gordura

Terapias – A terapia hormonal é utilizada em casos de hipossecreção de GH

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O hormônio do crescimento humano é uma proteína de 191 aminoácidos com uma massa

molecular de cerca de 22.000 daltons. Sua estrutura inclui quatro hélices,

necessárias para a interação funcional com o receptor do GH. GHRH neurons

GHRH

GH

Enquanto a síntese de GH é estimulada pelo GHRH, a

somatostatina, também hormônio hipotalâmico, inibe sua produção

O GH é secretado na corrente sangüínea pelas células somatotrópicas da glândula pituitária anterior. Dentre os hormônios dessa glândula, o GH é

aquele produzido em maior quantidade.

GH

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A atividade secretora do GH é limitada vários surtos de secreção durante o dia e

noite

Outro estímulo para a secreção do GH é a hipoglicemia induzida pela insulina

Como o GH e o IGF-I são polipeptídeos, não conseguem atravessar a membrana plasmática das células. Portanto ambos possuem receptores

de membrana específicos que permitem suas ações

Ao se ligarem aos seus receptores, promovem uma cascata de ativação que atinge o núcleo celular e promove a expressão de genes

específicos para sua ações

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Todas as células do corpo possuem receptor para GH e para a somatomedina

Somatomedina é um grupo de peptídeos (somatomedinas A,B e C) sintetizados pelo fígado. A somatomedina C, que é idêntica ao fator de

crescimento insulino-símile I, é provavelmente a espécie mais importante relacionada ao crescimento esquelético

A síntese de somatomedina é estimulada pelo GH

Ela circula no sangue ligada à proteína

A somatomedina C pode mediar o feedback negativo de GH ao nível do hipotálamo, estimulando a produção de somatostatina

O GH estimula a expressão do gene do IGF-I em todos os tecidos. Em muitos deles, o IGF-I tem açãoes paracrinas e autocrinas, mas o

fígado produz ativamente o IGF-I

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Somatotropina

Tecido Adiposo

↓Captação de glicose

↑Lipólise

↓ Adiposidade

Fígado↑ Síntese de mRNA↑ Síntese protéica↑ Gliconeogênese

↑ IGFBP↑ IGFs

↓ Captação de glicose↑ Captação de aminoácidos

↑ Síntese protéica

↑ Síntese protéica↑ Síntese de mRNA↑ Síntese de DNA

↑ Número e tamanho celular

↑ Captação de aminoácidos↑ Síntese protéica

↑ Síntese de mRNA↑ Síntese de DNA

↑ Colágeno↑ Número e tamanho

celular

Músculo

↑ Massa corpórea magra

↑ Tamanho do órgão↑ Função do órgão ↑ Crescimento linear

RinsPâncrea

sIntestin

oIlhotas

Pele

OssosPulmãoCoração

Condrócito

IGF

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No adulto, as manifestações clínicas de déficit de GH não são geralmente identificáveis

Além da baixa estatura, a criança tem uma face inchada e proeminente tecido gorduroso abdominal. Pode ter também defeitos cranianos, como fenda palatina, lábio neporino, disfunção olfativa e

deficiência de outros hormônios hipofisários

A deficiência de GH ocorre tanto por causa genética como adquirida (carência emocional). Há também a deficiência de somatomedina

(nanismo do tipo familiar)

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Abuso do Uso da Somatrotopina

O GH, ao mesmo tempo, direciona para a síntese protéica a gordura corporal mobilizada por uma ação lipolítica direta e as calorias da

nutrição

Estimula a síntese protéica através da mobilização de transportadores de aminoácidos de maneira análoga à insulina e

transportadores de glicose (glut4)

Tem mesma potência da testosterona e ambas operam através de vias diferentes, portanto esse efeito individual pode ser somado ou

possivelmente sinérgico

Propriedades Anabólicas

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Insulina

Propriedades – A insulina é um polipeptídio produzido pelas células beta das ilhotas de Langerhans do pâncreas endócrino

Mecanismo de ação – A insulina se liga a seu receptor glicoprotéico da membrana celular, promovendo uma cascata de ativação responsável

por suas ações Funções – Estímulo da transferência de glicose do sangue para os

tecidos insulino-dependentes (tecido muscular e adiposo), estímulo da transferência de aminoácidos do sangue para as células, estímulo da síntese de triglicerídeos a partir de ácidos graxos e intermediários da

glicose, inibição do desdobramento de triglicerídeos para a mobilização de ácidos graxos

Terapias – A insulina é utilizada para controlar a hiperglicemia de pacientes diabéticos

Pâncreas

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A Insulina é produzida como pró-insulina, seu precursor, nas células beta das ilhotas de

Langerhans

A pró-insulina é um peptídeo de cadeia única contendo ligações dissulfeto que ajudam

a manter sua configuração tridimensional

Insulina

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Durante a fase inicial a insulina é removida e permanecem duas cadeias

polipeptídicas (A e B)

Quando os grânulos secretores de insulina se

dirigem para a superfície da célula beta, são liberadas

quantidades iguais de insulina e seu componente anterior, metabolicamente

inerte, o peptídio C, em quantidades equimolares.

Produção endógena de insulina

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A insulina se liga e seu receptor e logo depois ou o complexo hormônio-receptor é internalizado e o hormônio é degradado ou há a dissociação da

insulina

A insulina diminui a síntese de seu receptor, pois aumenta sua degradação

Seu receptor possui uma porção intracitoplasmática com função de tirosinacinase que é ativada quando sua outra porção se liga à insulina

Esta ativação promove uma autofosforilação que desencadeia uma cascata de ativação que levará à translocação do transportador de glicose

para a membrana e à ativação ou inibição de enzimas envolvidas no metabolismo

Receptor da insulina

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Mecanismo de ação da insulina

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Aumenta a captação de aminoácidos

Estimula a glicogênese

Aumento da síntese de ácidos graxos

Redução da proteinólise

Redução da lipólise

Redução da gliconeogênese

Estimula indiretamente a síntese protéica através da transcrição de fatores de crescimento

Promove a translocação de transportadores de glicose para a membrana plasmática das células-alvo

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Produção da insulina em plasmídeos de Escherichia coli

O paciente diabético que precisa de insulina possui glicemia de jejum superior a 150mg/dl, adquire a diabetes antes de 30 anos, não é

obeso e tem tendência à cetoacidose

Existem vários tipos insulina utilizadas no tratamento da

diabetes insulino-dependente: de ação rápida, intermediária ou

prolongada

A utilização de insulina com ação rápida ou intermediária exige

a administração de mais de uma injeção diária

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Abuso do Uso da Insulina

A insulina promove o aumento do armazenamento de glicose sob a forma de glicogênio, principalmente nas células musculares melhorando a performance durante uma atividade física, já que ela está diretamente

ligada à deposição de glicose no miócito

Estimula a síntese protéica através da mobilização de transportadores de aminoácidos e estimula a síntese protéica

indiretamente a partir da da transcrição de fatores de crescimento

Inibe a proteólise

Propriedades Anabólicas

Efeitos Adversos

Os efeitos adversos decorrentes da utilização indevida da insulina correspondem à sua função hipoglicemiante

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Sintomas Hipoglicemia (baixa de açúcar)

Início Súbito (minutos)

Sede Inalterada

Urina Inalterada

Fome Muita ou normal

Perda de peso Não

Pele Normal ou úmida

Mucosa da Boca Normal

Suores Freqüentes e frios

Tremores Freqüentes

Fraqueza Sim ou não

Cansaço Ausente

Glicose no sangue 40 a 60 mg% ou menos

Hálito cetônico Ausente

Ansiedade Visão embaçada

Frio Fraqueza

Sonolência Euforia

Dor de cabeça Respiração acelerada

Fome Irritação Mal estar

Nervosismo Cansaço

Suor Tremores

Taquicardia

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Referências Bibliográficas:

Ernest L. Mazzaferri, M.D., F.ªC.P., Endocrinologia, Terceira Edição, 1988 guyton Berne Margarida Atigo1 Artigo2 Revista da Associação Médica Brasileira, O abuso de esteróides anabólico-

androgênicos em atletismo, vol.45 n.4,  São Paulo Set./Dec. 1999