132
GCSA - Um dos mais conceituados escritórios de arquitetura do país União perfeita Ano 02 I Edição nº 03 I R$ 45,00 Março I Abril I Maio I 2012 www.healtharq.com.br

HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Revista segmentada para a área de arquitetura e engenharia hospitalar. Nesta 3a Edição traz como capa a GCSA um dos escritórios mais conceituados de Arquitetura do País, além de matérias sobre sustentabilidade, especial sobre a Expansão da Unimed no País e muito mais...

Citation preview

Page 1: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

GCSA - Um dos mais conceituados escritórios de arquitetura do país

União perfeita

Ano 02 I Edição nº 03 I R$ 45,00Março I Abril I Maio I 2012www.healtharq.com.br

Page 2: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

2 ARQ

Health

Page 3: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

3ARQ

Health

Page 4: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

4 ARQ

Health

PRESIDENTEEdmilson Jr. Caparelli

[email protected]

ADMINSTRATIVO E FINANCEIROLúcia Rodrigues

[email protected]

MARKETING E EVENTOS Erica Alves

[email protected]

PUBLISHER

Edmilson Jr. Caparelli

REDAÇÃOPriscila Soares

[email protected]

Thiago Cruz [email protected]

FOTOS Divulgação Priscila Soares

Jo Capusso (capa/matéria de capa)

DEPARTAMENTO DE ARTECriação: Erica Alves

Diagramação: Mariana Siquinelli

DEPARTAMENTO COMERCIALGiovana Teixeira

[email protected] Rainer

[email protected] Anne Matta

[email protected] Matheus Del Lama

[email protected]

ASSINATURAS E CIRCULAÇÃ[email protected]

OPERAÇÕESDepartamento Jurídico

[email protected] - Global Pesquisa

Suporte e Atendimento [email protected]

ATENDIMENTO AO [email protected]

A revista HealthArq é uma publicação trimestral do Grupo Midia. Sua distribuição é controlada e

ocorre em todo o território nacional

Contato: Rua Antonio Manoel Moquenco Pardal, 1027 Ribeirânia - CEP: 14096-290 | Ribeirão Preto SP

Tel: (16) 3629.3010 | www.grupomidia.com

CARTA AO LEITOR

Para atender as demandasO mercado da construção

hospitalar continua em ex-pansão a todo vapor e es-truturas cada vez mais mo-dernas são erguidas para atender a população bra-sileira. Porém, além do fato de proporcionar às pesso-as, grandes e bem estrutu-rados ambientes de saúde, os atuais empreendimen-tos surgem para diminuir um problema brasileiro: a falta de leitos.É o caso do Hospital do

Trabalhador, que está sen-do construído na cidade de Bento Gonçalves (RS) e, que beneficiará uma população de mais de 107 mil habitan-tes, em uma região que so-fre com a falta de hospitais. Com o mesmo intuito está

sendo erguido na cidade de Montes Claros (MG), o Hospital de Trauma e Ou-tras urgências da Santa Casa, o qual contará inicial-mente com 150 leitos. Outro exemplo que busca

suprir a demanda crescen-te é o Complexo Hospitalar Moinhos de Vento, que na região de Restinga e Extre-mo Sul, de Porto Alegre, irá atender o pedido de uma população que vem so-

frendo com a falta de leitos há tempos. A HealthArq desta edição

traz matérias com estes três hospitais e desvenda como eles estão sendo estrutura-dos em termos de arquite-tura, engenharia e demais informações sobre o anda-mento de suas construções. A publicação também

traz outras inúmeras maté-rias que fazem um panora-ma geral da construção de edifícios hospitalares no Brasil, enfocando questões como sustentabilidade, design, iluminação, etc. Já a matéria de capa mos-

tra a trajetória de sucesso da GCSA Arquitetos, que consolida-se cada vez mais, no segmento da constru-ção hospitalar. Além disso, a equipe da

HealthArq preparou um especial sobre os inúmeros Hospitais que a Unimed do Brasil está construindo em diferentes regiões brasilei-ras, expandindo assim, ain-da mais sua gama de bene-fícios aos seus associados.

Que todos tenham uma ótima leitura!

Equipe HealthARQ

Page 5: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

5ARQ

Health

Page 6: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

6 ARQ

Health

CAPA

UNIÃO INTELIGENTE E PRODUTIVA

Parceria certeira coloca Gebara Conde Sinisgalli Arquitetos entre os melhores, com direito a reconhecimento internacional

48

ARQ entrevista

Presidente da ABDEH revela benefícios da entidade no mercado da construção e citas as novidades da 5ª edição do Congresso Brasileiro para desenvolvimento do Edifício Hospitalar

08PROJETO

MATER DEI CONTORNO

Projeto concebido pela Zanettini Arquitetura de visão inovadora, prevê a construção total do prédio em estrutura metálica

16

GCSA - Um dos mais conceituados escritórios de arquitetura do país

União perfeita

Ano 02 I Edição nº 03 I R$ 45,00Março I Abril I Maio I 2012www.healtharq.com.br

Page 7: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

7ARQ

Health

NESTA EDIÇÃON.03 I Março - Abril - Maio I 2012

SUSTENTABILIDADE

Em construção, a nova unidade do HCor bus-ca a certificação LEED, através da consultoria da Novva Solutions, que realiza a análise sustentável da obra

38

ILUMINAÇÃO

Unidade Campo Belo, do HAOC, possibilita a utilização de luz natural em todos os ambientes internos. O projeto é do escritório Teresa Gouveia Arquitetura

54

ESPECIAL UNIMED

EXPANSÃO NO BRASIL

A maior cooperativa médica do mundo solidifica sua atua-ção no Brasil, cons-truindo hospitais pelos quatro cantos do país

99

100 Entrevista com o presidente da Unimed do Brasil, Dr. Eudes de Freitas Aquino

102 Unimed Centro-Oeste Paulista

104 Unimed Grande Florianópolis

110 Unimed Ribeirão Preto

112 Unimed Joinville

118 Unimed Litoral Sul (RS)

122 Unimed Litoral (SC)

128 Unimed Belo Horizonte

Page 8: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

8 ARQ

Health

ARQ entrevista

Preocupação com as edificações hospitalaresPresidente da Associação Brasileira para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar (ABDEH) revela benefícios da entidade no mercado da construção e cita as novidades da 5ª edição do Congresso Brasileiro para Desenvolvimento do Edifício Hospitalar

Page 9: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

9ARQ

Health

Num mercado em constante atua-lização, a busca

pela capacitação é algo mais do que prioritário no setor das edificações hos-pitalares. Cursos e eventos direcionados a esta área têm sido uma oportunida-de fundamental para pro-fissionais da arquitetura e engenharia se qualifica-rem. Qualquer instituição médica necessita de um ambiente moderno ali-nhado com as normas de saúde do País. Centenas de empresas do campo da edificação garantem espaço neste mercado por causa de ousados modelos de construção, que deixam tanto a direção do em-preendimento quanto os pacientes satisfeitos com a qualidade do prédio.Com essa proposta de

contribuir na capacita-ção profissional do Brasil no setor das edificações foi criada a Associação Brasileira para o Desen-volvimento do Edifício Hospitalar (ABDEH). A associação tem um caráter multidisciplinar, reunindo arquitetos, engenheiros, administradores hospi-talares, médicos e outros profissionais em eventos técnicos e científicos rea-lizados por todo o Brasil.

A entidade que comple-ta neste mês 18 anos tem sido uma forte aliada dos profissionais da constru-ção no País. Em entrevista à HealthArq, o atual presi-dente da associação, Fábio Bitencourt descreveu as vantagens oferecidas pela ABDEH e falou sobre o Congresso Brasileiro para Desenvolvimento do Edifí-cio Hospitalar que chega à 5ª edição.

HealthArq: O senhor já foi vice-presidente da associação na gestão 2005/2008. Quais foram os trabalhos de destaque neste período?Fábio Bitencourt: Na

época considero que fizemos um trabalho fun-damental para o desenvol-vimento da ABDEH. Nós demos início a algumas atividades de comunicação, sendo estas, ações que hoje fazem parte da rotina da entidade, como a produção de uma revista que orien-ta os profissionais ligados à ABDEH. Esta publicação traz atualidades dos temas relacionados aos ambien-tes de saúde.

HealthArq: Qual a impor-tância deste tipo de ini-ciativa de comunicação?Bitencourt: Essas discus-

sões e orientações fazem com que os profissionais ligados à saúde, estejam conectados com o que há de mais novo neste campo profissional. Lembro que nossa diretoria teve o pa-pel de contribuir no amplo conhecimento dos profis-sionais. Essa revista tem sido uma experiência mui-to especial. Já fui até editor desta publicação.

HealthArq: E com o su-cesso da revista, na atual gestão foi criado um in-formativo das atividades da associação, correto?Bitencourt: Isso. Criamos

um informativo impres-so, trimestral, distribuído para todos os associados. Temos também a versão eletrônica, disponível no site (www.abdeh.org.br). Esta publicação possui artigos técnicos de interesse de coletividade, resumo de projetos importantes no Brasil. Além de ter tópicos informativos e novidades de congressos.

HealthArq: Qual avalia-ção o senhor faz da sua gestão em 2011?Bitencourt: Este primeiro

ano na diretoria foi suficien-te para a criação de duas novas diretorias regionais, uma em Piauí e outra em

Rondônia. Fortalecemos a atuação de cada diretoria em relação à produção e na realização de eventos.

HealthArq: Como são ge-renciadas essas diretorias?Bitencourt: Essas diretorias

se reúnem em várias cida-des brasileiras, não apenas em sedes próprias, mas em estruturas de auditórios, ou de salões que oferecem suporte para promover reuniões e cursos. Também costumamos alugar espa-ços, quando não consegui-mos parceria com órgãos públicos. A atuação da associação ocorre por meio de reuniões, eventos de visitas hospitalares, cursos, workshops e eventos que fazem essa combinação da abordagem ligada à saúde. É por meio de discussões que procuramos encontrar pontos voltados para a ar-quitetura dos hospitais do futuro. O que também é comentado nos encontros é a percepção dos associa-dos com o meio ambiente. Procuramos abordar o des-tino das construções e dos modelos de arquitetura.

HealthArq: Essas diretorias estão presentes em todas as regiões brasileiras?Bitencourt: A ABDEH

conta com 16 diretorias

Page 10: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

10 ARQ

Health

ARQ entrevistaregionais, representando 85 % da população, ou seja, quase todos os estados recebem o atendimento dos serviços da associa-ção. Ainda falta chegar ao Amazonas e outros estados da região Nor-te. Mas vale destacar que as regiões sul e sudeste recebem 100% do atendi-mento da nossa entidade.

HealthArq: Para o se-nhor, qual o maior desa-fio de estar à frente de uma associação do porte da ABDEH?Bitencourt: O maior de-

safio é saber lidar com as demandas que os hospitais necessitam, tendo uma ne-cessidade de sempre inovar. Como a gente se apresenta na Confederação Brasileira de Engenharia Hospitalar, o pessoal fica impressio-nado com a amplitude dos nossos negócios. O primei-ro foi de ampliar a base desses associados, que é

algo de muita importância no setor da saúde. E ou-tro ponto que destaco é a comunicação, sendo um elemento relevante para promover nossas ações, o que contribui para o suces-so dos desafios.

HealthArq: Quais as prin-cipais vantagens ofereci-das pela associação?Bitencourt: A principal

ferramenta oferecida é a atualização de conhe-cimento. O profissional tem a chance de se reu-nir com os maiores espe-cialistas do Brasil. Além de ter a oportunidade de se concentrar nas mais importantes criações da atualidade. Levantamos também diversas discus-sões sobre o surgimento de novos ambientes, assun-to que está em debate no Brasil e no mundo. Outro fator é que o associado começa a ter uma visão voltada para a modernida-

de. A cada assunto debati-do, buscamos a qualidade, pois queremos a melhoria dos hospitais e clínicas.

HealthArq: Há novos projetos em vista para este ano?Bitencourt: Uma das

propostas é ampliar em cinco estados as diretorias regionais. Queremos levar a ABDEH para o Rio Gran-de do Norte, Mato Gros-so, Tocantins, Maranhão e Amazonas. Em cada uma dessas regiões podemos criar eventos e estabele-cer contatos dos associa-dos com as diretorias de São Paulo e Rio de Janeiro. Queremos oferecer nessas regiões um rendimento maior, para que os pro-fissionais tenham atuali-zações dos mesmos pro-dutos e ao mesmo tempo garantir um crescimento profissional. Nossa missão é promover a capacitação dos associados quanto aos

produtos e permitir um crescimento homogêneo. HealthArq: A associação está à frente de eventos durante todo o ano. Qual a importância deles?Bitencourt: Nós consegui-

mos por meio dos eventos ampliar em 20% o número de associados, sendo que desses, 600 são institucio-nais, tanto públicos quan-to privados. Isso mostra a nossa importância dian-te das pessoas que estão vinculadas a nós.

HealthArq: Em setembro, um evento que também movimenta o setor das edificações é o Congres-so Brasileiro para Desen-volvimento do Edifício Hospitalar que chega à sua 5ª edição. Como será o congresso este ano? Bitencourt: O Brasil vai ter

neste ano mais uma opor-tunidade de receber um evento fundamental para

Page 11: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

11ARQ

Health

Fábio Bitencourt, presidente da Associação Brasileira para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar.

o desenvolvimento das edificações. O congresso será entre os dias 4 e 7 de setembro, no Bourbon Convention Ibirapuera, em São Paulo. Este é o maior congresso mundial sobre o ambiente da construção voltado para a medicina. Esperamos cerca de 600 congressistas, no evento que recebe profissionais do mundo inteiro. Conta-remos com importantes

conferencistas como os ar-quitetos Jain Malkin (Esta-dos Unidos), Romano Del Nord (Itália) e a Liliana Font (Argentina). Além disso, o congresso terá discussões sobre assuntos científicos através da apresentação de trabalhos científicos, entre muitos outros temas. As inscrições estão abertas no site do evento (www.abdeh2012.com) até o dia 30 de agosto.

Page 12: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

12 ARQ

Health

ESTUDO DE CASO

De Instituto da Mulher para Instituto do CâncerPlanejado inicialmente para ser o Instituto da Mulher, prédio transformou-se em Centro de Alta Complexidade no Tratamento do Câncer, o ICESP, devido ao aumento da incidência da doença no Brasil. Um desafio e tanto para arquitetos e engenheiros

Page 13: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

13ARQ

Health

O Instituto do Cân-cer do Estado de São Paulo (Icesp)

possui 82.483,36 m² en-cravados no meio urbano paulistano, sendo o maior hospital vertical da Améri-ca Latina, com 28 andares voltados exclusivamente para o tratamento e pes-quisa oncológica. O prédio foi planejado e constituí-do para ser o Instituto da Mulher, mas devido ao au-mento no número de ca-sos oncológicos no Estado, foi inaugurado como um Centro de Alta Comple-xidade no Tratamento do Câncer. Desde então, têm em seu currículo uma vasta gama de melhorias e ade-quações na infraestrutura. O atendimento do hospi-tal não foi modificado por causa das obras. Sua tipologia já é um

desafio por si só, pois os

hospitais verticais, em sua maioria, são caracteriza-dos como Torre Simples ou Torre Dupla, onde sua base é ampla (ideal para Ambulatórios e Pronto Atendimento) e a tor-re vertical mais estreita. O Instituto do Câncer é o único hospital caracteriza-do como Monolito Verti-cal Piramidal constituído por uma única torre em forma de pirâmide, onde, da base até o último pavi-mento temos uma defasa-gem de 2,60 m, o que leva a crer que o prédio está torto quando, na verdade, não está. Grandes mudanças foram

feitas para implantar, com segurança, esta alteração de Instituto da Mulher para Instituto do Câncer, entre elas, o 4ºss (Parque Radioterápico) e o 11º an-dar (Quimioterapia).

4ºss – Instituto da Mulher:

• 2 Aceleradores Lineares ;

• 1 Equipamento Ressonância Magnética;

• 2 Tomógrafos;

• 4 Equipamentos para Raios-X;

• 1 Equipamento para Medicina Nuclear.

11º andar :

•Neonatologia

•Berçário

INSTITUTO DA MULHER X ICESP

4ºss – ICESP:

• 6 Aceleradores Lineares para Radioterapia;

• 4 Equipamentos Ressonância Magnética;

• 6 Tomógrafos;( foram locados no 1º andar)

• 4 Equipamentos para Raios-X; ( foram

locados no 1º andar)

• 3 Equipamentos para Medicina Nuclear.

11º andar:

•Quimioterapia (100 poltronas)

Page 14: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

14 ARQ

Health

ESTUDO DE CASO

O Projeto do Hospital Dia faz parte do Planeja-mento Estratégico da Ins-tituição, chamado Projeto 100%, que têm o objetivo de ampliar a assistência e atingir a capacidade máxi-ma planejada. O Hospital Dia está localizado no 12º andar, onde originalmente era o andar destinado às salas de partos. O grande desafio do projeto arquite-tônico estava em implantar a área com conforto, fun-cionalidade e segurança, mantendo ao máximo as

características das salas cirúrgicas, em razão do amplo investimento desti-nado originalmente. Por-tanto, as salas continuaram com cantos arredondados (o que garante total assep-sia e menor risco de infec-ção hospitalar).O fato de as salas não

serem transformadas em grandes salões com várias poltronas deu ao projeto uma característica bastante intimista. O paciente divide o local com, no máximo, ou-tras duas pessoas, tornando

o atendimento ainda mais humanizado.São 909,46 m² de área

distribuídos em duas alas, Norte e Sul, para 27 poltro-nas, 16 leitos, dois quartos individuais , dois consultó-rios e salas de Emergência e Procedimentos Individua-lizados. Foram inseridos seis novos banheiros para aten-der aos pacientes, tendo em vista os vários tipos de pro-cedimentos realizados.Um ponto bastante forte

do projeto a ser destacado é o posto de enfermagem,

IMPLANTAÇÃO DO HOSPITAL DIA

Page 15: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

15ARQ

Health

a área era restrita e dividi-da por duas paredes, que impediam uma boa visua-lização das salas. Todo este núcleo foi demolido e deu lugar a um amplo e dinâ-mico espaço. O posto foi pensado de modo a garan-tir a melhor visualização possível. O formato octo-gonal em planta colaborou para alcançar o objetivo, atingindo total visibilidade de seis das oito salas de medicação projetadas.A recepção obedece ao

alto fluxo de pacientes na casa, contando com uma área de aproximadamente 42 m² para 27 pessoas e cin-

FICHA TÉCNICA

Case: Hospital Dia - Instituto do Câncer do Estado de São PauloLocal: Av. Dr. Arnaldo, 251Área de terreno: 7.227,10 m²Área Construída Total: 82.483,36 m²Área total do 12º andar: 2.556,37 m²Arquitetura responsável: Arqta. Ana Carolina Cabral dos Santos

co postos de atendimento, além de obter um vestiário de barreira, caso o paciente necessite de paramentação.Destaque, também, para

a área destinada à Quimio-terapia da Pesquisa Clínica, localizada ao lado de um Laboratório de Processa-mento de Amostras, onde o fluxo obedece à dinâmica diária do setor. A assistência coleta a amostra do sangue do paciente em tratamen-to e coloca no guichê que divide os dois ambientes, o profissional do laboratório manipula a amostra sem sair do setor e a processa no equipamento.

O maior desafio foi o pra-zo: 55 dias para concretiza-ção, com um ponto bastan-te crítico - locar em cada sala de medicação (antiga sala cirúrgica de parto) uma pia para atender à le-gislação, sendo que há um andar abaixo de quimiote-rapia em funcionamento e, no piso superior, um cen-tro cirúrgico funcionando à pleno vapor. O prazo pôde ser cumprido graças à parceria com equipe de enfermagem, que mobili-zou os pacientes em dois finais de semana distintos para fazer a infraestrutura necessária.

Page 16: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

16 ARQ

Health

PROJETO

Page 17: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

17ARQ

Health

Visão contemporânea encabeça projeto do Hospital Mater Dei ContornoProjeto arquitetônico concebido pela Zanettini Arquitetura inova através da construção do prédio em estrutura metálica

Planejado para ser concluído em até 18 meses com as mais

atuais soluções ambientais, construtivas e sustentáveis, a unidade hospitalar Ma-ter Dei Contorno em Belo Horizonte (MG) será o pri-

meiro hospital do Brasil todo projetado com estrutura metálica. Em seus mais de 70 mil m² de área construída, exercendo um papel emble-mático, não só como centro de prestação de serviços de saúde preventivos e curati-

Page 18: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

18 ARQ

Health

vos, mas também através de tecnologias hospitalares de ponta e uma obra de arqui-tetura contemporânea.Assinado pela Zanettini

Arquitetura, o projeto des-ta obra inovadora passou por vários desafios para sair do papel. Logo de iní-cio, o terreno com fortes declividades exigiu atenção especial dos arquitetos que habilmente o exploraram e planejaram as diversas entradas do hospital situa-das em níveis diferentes. Dessa forma, de acordo

com o arquiteto e urbanis-ta Siegbert Zanettini, foram projetados dois estaciona-mentos. Um menor, no nível da Avenida do Contorno, com 33 vagas e outro com 521 vagas, ocupando do 6º ao 11º pavimentos; uma entrada de serviços num nível intermediário na Rua Gonçalves Dias; acessos às garagens também pela Gonçalves Dias; acesso ao SADT, Medicina Nuclear e Oncologia pela Rua Ube-raba num nível mais alto e ainda duas entradas pela

PROJETO

As fachadas nas quais estão localizados os setores depaciente acamado, contarão com brises horizontais, e as fachadas de circulação receberão vidros com alta eficiência energética. Estas especificações garantirão o sombreamento desejável e o conforto de seus usuários, além da economia de energia, pelo abrandamento da carga térmica interior.

Page 19: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

19ARQ

Health

Avenida do Contorno, uma para o pronto-socorro e outra para o acesso principal, ala nobre, interna-ção e alta complexidade . Outro desafio foi a con-

cepção de todo o pré-dio em aço, cujo sistema estrutural terá pavimen-tos em Steel Deck, o que foi projetado pela Zanetti-ni para ser uma sucessão de montagens com tec-nologia limpa, segura e rápida, sendo as divisórias concebidas em Dry-Wall para dar flexibilidade em reformulações espaciais futuras. Além disso, todo o setor de utilidades está

situado na cobertura e seus sistemas atingem to-dos ao andares por shafts verticais visitáveis, estra-tegicamente colocados e forros rebaixados para a distribuição horizontal. O projeto ainda prevê o

zoneamento vertical das massas com funções per-feitamente definidas; do subsolo ao 5º pavimento se situam todas as funções de prevenção, cura e tratamen-to; do 6º ao 11º os pavimen-tos de garagem e do 12º ao 19º todo o setor de interna-ção, conectados aos andares inferiores por vários grupos de elevadores e escadas.

Sempre possuindo como base de seus trabalhos a preocupação com o meio ambiente, a Zanettini também adotou várias medidas sustentáveis. As-sim, obedece totalmen-te a paisagem e a ampla arborização existente no entorno de todo o hospi-tal. Utilizando a orientação solar correta e atendendo a cada uma das funções do hospital, por meio de fa-chadas mais quentes, pro-tegidas por brises externos, que prevê a automação de todos os sistemas de energia, água fria e quente, vapor e conden-

sado, ar-condicionado e exaustão, luz e voz e controles de aferição e consumo. Tudo, possibilita-do por tecnologias limpas, seguras e não poluidoras. “Portanto, a proposta

aborda o desafio de mini-mizar o impacto ambien-tal da construção, criando ambientes internos e externos que garantam o conforto ambiental do usuário, a eficiência energética do edifício e seus sistemas, a possibili-dade de utilização de ener-gia limpa e a integração com a paisagem do entor-no”, finaliza Zanettini.

Page 20: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

20 ARQ

Health

FICHA TÉCNICA

Novo Complexo Hospital – Hospital Mater DeiEndereço: Av. do Contorno, nº 9.090Data do Projeto: 29/10/2010Data início Obra: 2012 Área do terreno: 7.614,79 m²Área total construída: 66.493,59 m²Nº pavimentos: 19 pavimentos e 2 subsolosColaboradores:Arq. Responsável: Siegbert ZanettiniArq. Coordenadora: Thaís BarzocchiniArq. Colaboradores: André Balsini, Natália Malateaux, Juliana Martins Bacchi, Carla Andrade, Alexandre BaroneProjeto de Fundações: MG&A Consultores de Solos S/S Ltda. (Parede Diafragma); Rubens Morato Projetos e Consultoria Técnica Ltda. (Blocos de Fundação).Projeto de Instalações de Elétrica, Hidráulica e Gases medicinais: MHA Engenharia Ltda.Projeto de Ar Condicionado: MHA Engenharia Ltda.Projeto de Estrutura Metálica: Codeme Engenharia S.A.Projeto de Estrutura de Concreto: Rubens Morato Projetos e Consultoria Técnica Ltda.Projeto de Luminotécnica: MHA Engenharia Ltda.Projeto de Heliponto: Dumont Engenharia Aeroportuária Ltda.Planilhas Quantitativas: Tratenge Engenharia Ltda.Aprovações em Órgãos Públicos: Arq. Edílson Maranhão (PBH); Beta Engenharia e Arquitetura (BH Trans); Lume Ambiental (Meio Ambiente); JAC Projetos Major Alair (Corpo de Bombeiros).Gerenciamento da Obra: FS Consultores – Planejamento e GestãoProjeto de Paisagismo: Thiers Matos e Flavia Renault PaisagismoProjeto do Sistema de vedação das fachadas: Alcoa – sistema glazing de caixilhariaAlubond – alumínio compostoGlassec/Cebrace – vidrosHunter Douglas – brisesEurocentro – persianas internasConsultoria Elevadores: ThyssenKruppConstrução: Gerenciamento pelo HMD

SOBRE A ZANETTINI ARQUITETURA

A Zanettini Arquite-tura está no mercado desde 1960 e conta com um acervo de 1.200 projetos e obras e mais de 5 milhões de m² construí-dos. É pioneira no Brasil em realizar projetos de arquite-tura com estrutura metáli-ca, com cerca de 200 proje-tos executados desde 1970.Possui um acervo de

projetos com soluções eco-eficientes e bioclimáticas, com madeira composta de pinho e eucalipto em várias obras, desde 1974. Na “Eco 92” apresentou o projeto “Casa Limpa”, única obra executada nesse evento que continha todos os conceitos hoje denominados de sus-tentáveis, com repercussão e visitação de público.Há 45 anos a Zanettini

cria soluções objetivando a sustentabilidade nas esfe-ras social econômica e am-biental. Tem inúmeros pro-

jetos que valorizam essas experiências, entre eles: Es-colas Panamericana de Arte e Design, Unidades Groen-lândia, SP (1989) e Angéli-ca, SP (1997); Sede Centro Virtual de Cultura – Escola do Futuro, USP (2004); Hos-pital e Maternidade São Luiz – Anália Franco - Prê-mio Destaque Saúde Pro-jeto Predial no V Grande Prêmio de Arquitetura Cor-porativa (2008); Hospital Sinai - Rede Life (2009); Fórum do Meio Ambien-te e da Fazenda Pública (2009) - Brasília, DF; Cen-tro de Pesquisas da Petro-bras – CENPES (Ilha do Fundão,RJ - 2004); Brazil Research & Geosciences Center/Brgc for Schlumber-ger - Ilha do Fundão – Rio de Janeiro (2010); GREE-NHOUSES INHOTIM – Bru-madinho 2011 e Centro de Convenções Unicamp - SP (2012).

Siegbert Zanettini é arquiteto e urbanista e professor titular pela FAU-USP. É diretor-presidente da Zanettini Arquitetura. Tem mais de 50 anos de atuação profissional, além de quatro décadas de vida dedicadas ao conhecimento acadêmico.

PROJETO

Page 21: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

21ARQ

Health

ESPAÇO MODERNO PARA NOVOS LEITOS

Desde os anos 80, que o compromisso com a quali-dade de vida está presen-te na rotina do Hospital Mater Dei. Em busca de progresso e dinamismo, a rede hospitalar constrói a unidade Contorno, que funcionará na capital mi-neira, na avenida do Con-torno, nº 9.000, entre as ruas Uberaba, Gonçalves Dias e Alvarenga Peixoto.Com foco em tratamen-

tos como cirurgias de alta complexidade, doenças oncológicas, crônicas, de-generativas e atendimento de urgência e emergência, a unidade Contorno está sendo construída em um terreno de mais de 7.800 m². A unidade terá apro-ximadamente 350 leitos e a previsão é de que seja inaugurada em 2014. O propósito é que a nova unidade seja um centro de ciência e desenvolvimento

na área médica. Esta nova unidade está em

fase de fundação, prestes a ser finalizada. A fundação é uma etapa primordial que dará a sustentação para er-guer o prédio com 22 pa-vimentos. Para o fundador e presidente do Conselho de Administração do Hos-pital Mater Dei, José Salva-dor Silva, a importância de construir a unidade está em oferecer à população mais opções de leitos, já que há uma carência desses espa-ços nos hospitais de Belo Horizonte.Silva diz que a construção

da nova unidade é uma resposta da diretoria do Mater Dei para atender às necessidades dos clientes, pacientes, médicos e con-vênios. “O novo Mater Dei Contorno estará prepara-do para atender qualquer caso médico, inclusive os de alta complexidade, já

que a unidade será um hospital geral”, acrescenta.O Mater Dei estima que

3 mil funcionários sejam contratados e mais 4 mil médicos se credenciem ao Hospital. A rede comprou o terreno onde será cons-truída a unidade Contorno, em leilão público realiza-do pela Prefeitura de Belo Horizonte no valor de R$ 53,35 milhões. A previsão é que sejam investidos mais R$ 250 milhões na edifica-ção da nova unidadeA rede Mater Dei tem

como principal meta ofe-recer atendimento hu-manizado e diferenciado a todos os clientes. Essa filosofia de atendimento também será aplicada na unidade Contorno. Além disso, o Mater Dei Contor-no será um prédio inteli-gente que facilitará a co-nectividade entre o interior e o exterior da edificação.

O hospital investirá em alta tecnologia e recursos prediais para beneficiar o tratamento e recuperação dos pacientes. Sustentabilidade - Todo

o processo de construção seguirá critérios de sus-tentabilidade, conservação ambiental, eficiência ener-gética e tecnologia não poluidora. “O projeto foi desenvolvido com o devi-do cuidado tendo em vista o cumprimento das nor-mas ambientais e a inten-ção de preservar a maior extensão de áreas arbori-zadas do terreno, tem até um jequitibá quase cente-nário”, afirma Silva.Ele diz que daqui a dois

meses uma fase da obra será iniciada. “Vamos le-vantar o prédio que terá estrutura metálica. Uma empresa irá nos auxiliar e essa fase durará em torno de oito meses.”

José Salvador Silva, fundador e presidente do Conselho de Administração do Hospital Mater Dei

Page 22: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

22 ARQ

Health

PROJETO

Transparência da atualidadeHospital do Trabalhador em Bento Gonçalves (RS) terá 1ª fase entregue com nova Unidade de Pronto Atendimento e conceitos de humanização

Junho deste ano é o mês previsto para a inau-guração da primeira

fase das obras do Hospital do Trabalhador em Bento Gonçalves (RS). Será entre-gue à população a Unida-de de Pronto Atendimento de urgências, bem como a estrutura pronta para rece-ber as unidades de interna-ção da fase subsequente. A obra dessa primeira etapa terá 2 mil m².

Para a construção do hos-pital estão sendo utilizados recursos do Governo Fe-deral e recursos próprios municipais. Estima-se que sejam gastos ao todo 20 milhões de reais no empre-endimento que, segundo o prefeito de Bento Gonçal-ves, Roberto Lunelli, bene-ficiará uma população de mais de 107 mil habitantes, a qual conta somente com um hospital filantrópico

que está com dificuldades de expandir serviços. “Te-mos então a possibilidade de oferecer mais serviços à população na média com-plexidade.”A empresa vencedora da

licitação para a execução da primeira fase do projeto foi a Engeporto Projetos e Construções Ltda. Também faz parte da obra o escritó-rio Badermann Arquitetos Associados, empresa res-

Page 23: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

23ARQ

Health

ponsável pelo projeto ar-quitetônico. A arquitetura apresentará

uma linguagem que trans-parece atualidade e qualida-de dos serviços oferecidos em seu interior, aliando uma especificação de materiais e soluções arquitetônicas que contemplem um conceito de eficiência no quesito de operação e manutenção, sem relegar menos impor-tância aos aspectos estéti-cos e formais do conjunto.O arquiteto Marcos Barbe-

do, sócio gerente da Bader-mann, revela que o contato da empresa com a Prefeitura de Bento Gonçalves e espe-cificamente com a Secretaria Municipal de Saúde iniciou -se no ano de 2010, após li-citação pública para escolha do escritório de arquitetura que desenvolveria o projeto

arquitetônico do futuro Hos-pital do Trabalhador.“A oportunidade de desen-

volver uma nova estrutura de assistência pública à co-munidade de Bento Gon-çalves (RS) nos incentivou a participar desse projeto.” Barbedo afirma que o proje-to do hospital partiu de um Plano Diretor, premissa bási-ca, com a intenção de ofer-tar serviços de qualidade, qualificando a assistência de saúde no âmbito de baixa e média complexidade e ofe-recendo o suporte resolutivo à rede básica através da as-sistência especializada.O arquiteto conta que

está sendo muito grati-ficante para a equipe da Badermann poder traba-lhar com agentes públicos comprometidos com o pla-nejamento e metas sólidas

para a implementação de melhorias para a saúde lo-cal. “O desafio é sempre proporcionar condições de viabilizar esse planejamento e, por parte dos projetistas, propor soluções que permi-tam uma estrutura eficien-te para o desempenho das suas atividades”, acrescenta.Esta primeira etapa da

obra é destinada a U.P.A (Unidade de Pronto Aten-dimento). Se destaca nes-sa etapa os importantes conceitos de humaniza-ção do atendimento, com qualidade proporcionada aos pacientes e funcioná-rios através de cuidados projetuais como ilumina-ção natural, ventilação na-tural controlada e espaços condizentes com as boas práticas médicas e aspec-tos normativos.

Page 24: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

24 ARQ

Health

A Badermann procurou ampliar a noção de bem- estar do usuário através de ampla iluminação natural junto às acomoda-ções, com quartos de até três leitos de internação e também de fácil leitura dos fluxos de acesso e circu-lação dentro do edifício.

A obra trata-se de uma edificação hospitalar, com características específicas da atividade, que seguem as determinações do Ministé-rio da Saúde, compostas de todos os espaços que uma UPA exige, cujas singulari-dades requerem alta capa-citação técnica de execução. Quanto às características

em destaque deste proje-to de arquitetura, o arqui-teto aponta “eficiência na operação e manutenção do complexo construído, atendendo os princípios de sustentabilidade”. Além dis-so, ele ressalta a centraliza-ção da assistência de média complexidade nos campos de diagnóstico, ambulatório e urgência, aliando estru-turas adequadas ao acolhi-mento humanizado. Ainda sobre os diferenciais

PROJETO

deste projeto, ele aponta a possibilidade de evolução do conjunto com a imple-mentação de etapas bem definidas, aprovando o su-porte de infraestruturas para o futuro e levando em consi-deração a eficiência de ope-ração do complexo. O hospital terá 120 leitos,

sendo assim, a Badermann procurou ampliar a noção de bem-estar do usuário através de ampla iluminação natural junto às acomodações, com quartos de até três leitos de internação e também de fácil leitura dos fluxos de acesso e circulação dentro do edifício, a fim de facilitar a orientação dos usuários e diminuir a an-siedade inerente dos mes-mos dentro de um serviço de saúde.Práticas Naturais – O Hos-

pital do Trabalhador carrega

em seus conceitos ações sustentáveis. Já na primeira etapa de implementação da U.P.A será colocada em prá-tica a construção de sistema de cisternas para captação e filtragem de água da chuva para reuso no sistema de bacias sanitárias e irriga-ção de jardins. O sistema de aquecimento de água será baseado em tecno-logia de coletores solares, aproveitando o máximo da exposição solar do grande telhado, com consequente diminuição no consumo de energia da edificação. As circulações internas contam com pontos de iluminação natural indireta e aberturas teladas de ventilação que permitem a diminuição do uso da iluminação artificial, maior ventilação do prédio e qualificação espacial.

Page 25: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

25ARQ

Health

EXECUÇÃO DA OBRADepois de ter atuado no

setor público com diversas obras já realizadas, a Enge-porto assume as obras do Hospital do Trabalhador de Bento Gonçalves tendo como principal desafio, o curto período para a exe-cução associado às carac-terísticas climáticas locais e a complexidade dos pro-jetos. “Para termos uma ideia, o primeiro mês de trabalho [nivelamento do terreno e fundações] – mês de setembro, tivemos 19 dias de chuva ininterrup-ta”, relembra o engenheiro Adauri Cabral, sócio-ge-rente da construtora.

Segundo Cabral, a obra encontra-se com anda-mento acelerado e em fase de acabamento. Pelo cronograma da obra, tem -se concluído cerca de 87% da construção. Com atividades de seis dias por semana, com mais de oito frentes de trabalho, a em-presa está confiante para entregar a mesma na se-gunda semana de junho. “Sem sombra de dúvidas, a Engeporto sente-se orgulhosa, honrada em poder participar de uma obra que será um mar-co em nível de aparelho público na área da saúde

para Bento Gonçalves e re-gião”, ressalta Cabral. Esta edificação trata-se de

um projeto amplo, dividido em quatro etapas. “Estamos finalizando a primeira delas e fazendo intervenções na segunda e quarta etapas (internação)”, afirma. Quan-to à capacidade instalada, é a ideal para dar suporte ao município de Bento Gon-çalves e região. Com isso acredita-se que o Complexo de Saúde do Trabalhador, quando concluído atende-rá suas expectativas iniciais, não havendo, assim, neces-sidade de expansão.Inovações - As ações da

Engeporto são pautadas pelas exigências e crité-rios estabelecidos pelas certificadoras dos pro-gramas de qualidade da construção civil. A em-presa é uma das poucas instituições de constru-ção civil com certificação Isso 9001 e PBQP-H nível A. Além disso, a empresa segue à risca as determi-nações do projeto, onde foram contemplados o recolhimento e armaze-namento de águas plu-viais, aquecimento por placas de energia solar, iluminação com lâmpa-das de LED, etc.

Page 26: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

26 ARQ

Health

FICHA TÉCNICA

Nome do empreendimento: Complexo de Saúde do Trabalhador – CST I Hospital do Trabalhador I Prefeitura de Bento Gonçalves – RSEndereço: Rua Goiânia nº 590Data do Projeto: 2010 / 2011Obra: Fase I – U.P.A 24h (Unidade de Pronto Atendimento nível III)Área do terreno: 20.485,00 m²Área total construída: Fase I – 1.900,00m² Área total de projeto: 12.595,00 m² (5.000,0m² de reforma)Nº pavimentos: subsolo + térreo. Fase V com 04 pavimentos adicionais em altura.Vagas estacionamentos: 200 vagas até a Fase IIIArquitetura: Badermann Arquitetos AssociadosCoordenação: Arq. Jonas Badermann de Lemos / Arq. Marcos Ratnieks BarbedoColaboradores: Arqª Paula Mesquita Zampiva, arqª. Gabriela Letti Flores, arqª Flávia Dallasanta, arqº Vinícius de Medeiros SantosProjetos:Ar-condicionado: Corrêa Ar Condicionado e ManutençãoElétrico: Proinst – Projetos e InstalaçõesHidrossanitário: Asolon EngenhariaGases Medicinais: Predius Projeto de fundações e contenções: Projevisa Engenharia

BADERMANN ARQUITETOS ASSOCIADOSA Badermann Arquitetos

Associados, através de seu fundador e diretor, arqui-teto Jonas Badermann de Lemos, tem 26 anos de atu-ação no mercado de arqui-tetura hospitalar e saúde, buscando um atendimento personalizado independen-te da dimensão do negócio. A orientação geral é sem-pre propor um projeto que atenda todas as escalas de interferência inerentes ao edifício de saúde, ou seja,

atender em primeiro lugar as expectativas dos pacien-tes e profissionais da área assistencial com espaços e fluxos adequados. Outra proposta da empresa é aliar esses espaços aos conceitos do negócio em saúde, den-tro da ótica da economia de recursos e praticidade de operação, visando a fle-xibilidade para o desenvol-vimento da edificação e o aporte de tecnologias que tanto evoluem.

ENGEPORTOAlém dos 16 anos de atu-

ação na construção civil, a Engeporto traz em sua bagagem a experiência de quase 30 anos de atividade profissional do engenheiro Adauri Cabral, seu sócio--gerente. Com formação em Engenharia Civil e Di-reito, especialização em Di-reito Ambiental e Mestrado em Qualidade Ambiental, foi responsável pela execu-ção de inúmeras obras pú-blicas e privadas, tais como o Hospital da Visão, em Novo Hamburgo, unidades de saúde, escolas, ginásios,

creches, presídios e outras.A Engeporto Projetos

mantém consultoria per-manente para treinamen-to e capacitação dos seus funcionários objetivando atender os procedimentos e exigências das normas de certificação de qualida-de. Tais atitudes produzem rotinas com efeito no can-teiro de obras, desde a for-ma de sua organização até o cumprimento de prazos e especificações dos pro-jetos, passando pela ob-servância da qualidade do ambiente de trabalho.

PROJETO

Page 27: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

27ARQ

Health

Page 28: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

28 ARQ

Health

DESIGN

Criatividade aliada ao gosto do clienteBetty Birger Arquitetura e Design incorpora modernidade e inovação no projeto de arquitetura da clínica de Ortopedia do Dr. Marcelo Filardi, dentro do Hospital Israelita Albert Einstein

Page 29: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

29ARQ

Health

No mercado desde o início dos anos 90, a Betty Birger

Arquitetura e Design é uma das empresas do ramo mais importantes do País, respon-sável pela criação de sedes corporativas, espaços de saúde, comerciais e de con-vívio. Em 2010, o escritório foi responsável pelo projeto de arquitetura da clínica de Ortopedia do Dr. Marcelo Filardi, dentro do renomado Hospital Israelita Albert Eins-tein. A arquiteta Betty Birger em entrevista para a Heal-thArq falou com exclusivida-de sobre o trabalho.Os atuais conceitos utiliza-

dos pela arquitetura priori-zam materiais inovadores, de modo a contar com o li-vre acesso e a mínima expo-sição nos espaços coletivos, fazendo com que o ambien-te resultante seja relevante e convidativo à longa per-manência. A maioria dos projetos traduzem a busca pela modernidade, através de tecnologias e materiais diferenciados, e a otimiza-ção dos espaços combinada à elevada praticidade e du-rabilidade arquitetônica, as-sim como o visual eficiente, sintético e preciso. Foi seguindo esses pre-

ceitos que a arquiteta Betty Birger deu forma ao proje-to da Clínica de Ortopedia do Dr. Marcelo Filardi, que de acordo com a arquiteta “parte do êxito deste pro-jeto se deve à visão de mo-

dernidade do cliente.”. Para Betty “há sempre o projeto certo para cada situação”, e essa expressão define bem a sua habilidade em com-patibilizar os desejos do cliente com o potencial do espaço e o emaranhado de detalhes e especificidades inerentes ao programa e a cada especialidade. Dessa maneira, a pedido de Filar-di foi criado um consultó-rio amplo e aberto, com

uma sala de consultas e sala de exames, uma sala de estar confortável e cir-culações adequadas para pacientes que utilizam em cadeiras de roda.O espaço conta com uma

administração separada da recepção para a negociação dos honorários médicos e situada em local estratégico, na parte interna da clínica, mas também com vista atra-vés de uma divisória de vi-

Page 30: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

30 ARQ

Health

DESIGN

Page 31: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

31ARQ

Health

dro transparente, para a sala de espera, podendo assim acompanhar o movimento da clínica. Das novidades introduzidas na obra, Betty considera uma das mais re-levantes, além da iluminação em leds, um sistema de di-visórias com porta de correr automática, de vidro tempe-rado laminado e polarizado que tem a propriedade de transformar-se em segundos de transparente em translú-cida, o que torna mutável e flexível a aparência e o uso dos interiores. Ela afirma que a empresa busca sempre se alinhar com as tendências de mercado quanto à ino-vação e sustentabilidade. No consultório do Dr. Marcelo a criatividade procura ir além do tradicional, a exemplo do banheiro privativo que proporciona um conforto “tecnológico” essencial para o cliente, ele é dotado de telefone, computador e tela para trabalho.

Nas paredes da recepção estão recortes em aço cor-tén, obras do artista plásti-co Jaime Prades, bastante conhecido no cenário das artes brasileiras e sempre presente nas obras da ar-quiteta. “O mobiliário é es-colhido a dedo, e convivem peças de design contempo-râneo em aço, tela e vidro com outras em madeira de demolição, como a mesa da sala de consultas, desenho de Carlos Motta.”Para Betty, fazer um proje-

to de arquitetura é sempre um novo desafio. A garan-tia de um trabalho eficiente nas produções da arquiteta está nos estudos detalha-dos feitos para cada caso, conforme ela explica “O processo de criação exige paixão, e sensibilidade para que se percebam os luga-res, as pessoas e sua cultu-ra, bem como as restrições de ordem técnica, econô-mica ou estratégica.”

Page 32: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

32 ARQ

Health

DESIGN

CONFORTO NECESSÁRIO

A arquitetura do proje-to conta com materiais de alta qualidade, com baixa manutenção, criando por fim um ambiente saudável, minimalista e dentro dos padrões estéticos, de acor-do com as preferências do médico. Todas as paredes e forros foram demolidos, respeitando as prumadas e hidráulica e as interfe-rências estruturais, criando assim o projeto dos sonhos do cliente. “Nossa arquite-tura funciona como um sis-tema coeso e equilibrado, em que a eficiência assume

aspecto híbrido: técnico, funcional e estético.”Existe ainda neste proje-

to um contraste essencial e articulador do conceito arquitetônico. A ambiên-cia geral é luminosa, fa-zendo a interação dos re-flexos das paredes, pisos e forros constituídos pre-dominantemente pela cor branca, de modo a con-figurar-se uma aparência ampla, confortável e ele-gantemente tecnológica.Os materiais são extrema-

mente modernos e de alta qualidade. Tudo se encaixa

na arquitetura. O negatos-cópio que obtém uma ilumi-nação especial foi instalado no nicho cego da fachada. “Não existem excessos nem frisos”, diz a arquiteta. A iluminação, predominante-mente natural, é incremen-tada com o uso de sancas com iluminação indireta e luminárias com leds, con-ferindo conforto ambiental, visual e térmico e, portanto, desempenho sustentável ao ambiente. A acústica é vital e aparece na escolha dos revestimentos, forros e pro-cesso construtivo.

A planta é limpa, as circu-lações são diretas, não exis-tem barreiras e há somente o pórtico que separa o es-paço público do privado. O médico utiliza as salas de consultas e exames ao mes-mo tempo, usufruindo mais espaço visível. A divisória po-larizada pode ficar transpa-rente ou translúcida quando o paciente precisa de priva-cidade. Esta clínica é a “cara” do cliente, é a sua persona-lidade. “Ele é direto, gosta de entrar e cumprimentar seus clientes e é um homem energético e carismático.”

Page 33: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

33ARQ

Health

FICHA TÉCNICA

Clínica de Ortopedia Dr. Marcelo Filardi Hospital Albert EinsteinArquitetura: Betty Birger Arquitetura & Design Área: 110,00m²Ano: 2010 Localização: Hospital Albert Einstein, São Paulo - São Paulo, BrasilFotógrafo: Gal OppidoExecução da obra: Antônio Carlos Rodrigues Fornecedores: Divisórias: Wall SystemLuminárias: Lumini e Wall LampPapeis de parede: Wallpaper Mobiliário: Il LegnoTelas Solares: UniflexMobiliário: Mesa do Médico por Carlos Mota; Poltronas de interlocutores da Kartell; Assento do médico Herman Miller, Assentos recepção da Giroflex. Louças e metais: Deca

ARQUITETURA NAS LIVRARIAS

Além da ampla experiên-cia no setor da arquitetura hospitalar, Betty visa ex-pandir e ainda comparti-lhar seus conhecimentos com o público. Prova disso foi o lançamento do livro “Um a Um: arquitetura de Betty Birger”, pela Editora Olhares, em 2010. A obra reúne nas 216 páginas, uma série de projetos ela-borados pela profissional. “Eu tenho especialização em arquitetura hospitalar por vários anos e atendo diversos médicos do País. Os projetos de clínicas que

eu assumo, sempre são di-ferenciados. Registrar isto em um livro é muito im-portante”, destacou Betty. Os frutos do trabalho de-senvolvido pela arquite-ta ultrapassam fronteiras. Com esta clínica a profis-sional ganhou no ano pas-sado o VIII Grande Prêmio de Arquitetura Corpora-tiva em São Paulo e em Londres o prêmio “Inter-national Property Awards 2011, na categoria “Public Service Interior”, por levar sempre inovação em suas produções arquitetônicas.

Page 34: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

34 ARQ

Health

SUSTENTABILIDADE

Desde 2007, a GBC Brasil (Green Buil-ding Council) atua

para que o país seja um exemplo de sustentabili-dade. Isso porque, a Or-ganização Não Governa-mental visa fomentar a indústria da construção sustentável através de parcerias com o governo e empresas, capacitando

Construções “Verdes”profissionais e dissemi-nando práticas de pro-cessos de certificação de empreendimentos. Des-sa forma, a GBC Brasil é responsável pela certifi-cação LEED (Leadership in Energy and Environ-mental Design), o selo verde de maior reconhe-cimento internacional, utilizado em mais de 130

países, muito almejado atualmente pelo setor da construção civil. Em en-trevista para a HealthArq, o gerente técnico da GBC Brasil, Marcos Casado, falou sobre a atuação da ONG no Brasil e sua im-portância quanto às prá-ticas sustentáveis, prin-cipalmente na área da construção hospitalar.

Obra da BRASKEM avaliada pela GBC Brasil

Page 35: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

35ARQ

Health

HealthArq: Como fun-ciona a parceria da GBC Brasil junto ao governo Federeal e empresas?Marcos Casado: A GBC

Brasil atua junto aos gover-nos com o objetivo de co-laborar e gerar ações que incentivem o engajamento no setor de construções sustentáveis pela aplicação de conceitos em suas edi-ficações ou na criação de legislações de incentivos à construção sustentável. Junto às mais de 500 em-presas membros, orien-tamos e divulgamos boas práticas do setor rumo ao movimento de reduzir o impacto ambiental da construção civil.

HealthArq: Quais as prin-cipais vantagens que a

GBC Brasil leva às empre-sas membros?Marcos Casado: Nós fo-

mentamos a indústria de construções sustentáveis no país, fazendo a ligação entre as necessidades dos empreendedores e os for-necedores de materiais e tecnologias que atendam a certificação LEED (Lea-dership in Energy and En-vironmental Design). Dessa forma, ajudamos no de-senvolvimento de um setor mais sustentável, reduzindo seus grandes impactos. O selo traz diversas vantagens aos empreendimentos, tais como economia de água e energia durante toda a sua construção e operação, maior qualidade ambien-tal interna e associação da empresa ao conceito de

sustentabilidade que é um importante diferencial de marketing.

HealthArq: O que é ne-cessário para que a edi-ficação consiga receber este selo?Marcos Casado: Para re-

ceber o selo, o empreen-dimento deve atender em sua construção e operação conceitos como: eficiência energética, uso racional da água, materiais e recursos, qualidade ambiental in-terna, espaço sustentável, inovações e tecnologias e créditos regionais.

HealthArq: A ONG tam-bém promove a capa-citação de profissionais para a construção sus-tentável. Como é feito

este processo? Marcos Casado: Um dos

pilares da atuação da GBC Brasil é a educação. Por isso, em parceria com várias instituições de ensino, ofe-recemos palestras, cursos de curta duração, a distân-cia, especializações e MBAs com o objetivo de formar profissionais na área. Até o ano passado, mais de 33 mil profissionais já passa-ram pelo Programa de Edu-cação da GBC Brasil que já está presente em 51 cida-des e é avaliado com uma satisfação plena de 95%.

HealthArq: Na área da saúde, quais são os hos-pitais que a ONG presta atendimento? Quais são as vantagens que essa par-ceria tem proporcionado?

Obra da BRASKEM avaliada pela GBC Brasil

Page 36: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

36 ARQ

Health

SUSTENTABILIDADEMarcos Casado: Alguns

hospitais já estão registra-dos em busca do selo, são unidades da Unimed, Sí-rio Libanês, Oswaldo Cruz, HCor, Hospital de Emer-gência de Juiz de Fora, entre outros. O Pavilhão Vicky e Joseph Safra do Hospital Albert Einstein é o maior edifício hospitalar do mundo que já recebeu a certificação LEED, além da megaunidade Santana do Delboni Auriemo e a Uni-dade Rochaverá do Fleury, que também já foram certi-ficadas no país.

HealthArq: O que pode ser feito hoje nos hospi-tais e clínicas para reduzir o consumo de energia, água, etc?Marcos Casado: O pri-

meiro passo é realizar um

estudo preliminar para entender a sua operação e como são gastos seus recursos materiais, hidráu-licos e energéticos e daí implementar diversas es-tratégias de redução destes consumos como: aparelhos economizadores de água, sistemas de tratamento e reuso de água não potá-vel, sistemas de iluminação eficiente, equipamentos de climatização eficiente, en-tre outras medidas.

HealthArq: Qual avaliação o senhor faz do cenário da construção civil, hoje no Brasil, quanto à práti-ca de sustentabilidade?Marcos Casado: O setor

de construção civil tem res-pondido bem ao conceito de construções sustentá-veis. Nos últimos anos te-

mos visto um crescimento exponencial mas ainda há muito espaço para expan-são do movimento, já que as construções sustentáveis representam 1 % do que é construído hoje no país, sendo que em países mais desenvolvidos a represen-tatividade gira em torno de 10 %.

HealthArq: Você acredita que a visão de sustenta-bilidade é algo que de-veria ser mais difundido no sistema educacional brasileiro?Marcos Casado: Sim, com

certeza a capacitação e educação é o segredo des-ta transformação. Quanto mais as pessoas conhecem os benefícios da constru-ção sustentável mais elas passam a praticá-la.

O gerente técnico da GBC Brasil, Marcos Casado

Page 37: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

37ARQ

Health

Page 38: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

38 ARQ

Health

SUSTENTABILIDADE

Page 39: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

39ARQ

Health

Na composição do cimento, do vidro e até nos

acabamentos de um piso são encontradas substân-cias renováveis que podem ser utilizadas em constru-ções de forma ecológica e econômica transformando uma simples obra em uma construção sustentável.

É a partir dessa premis-sa, que a área da saúde, assim como vários outros segmentos da nossa socie-dade, vem se empenhando em construções orienta-das para a conservação do meio ambiente. Porém, sendo uma área extrema-mente delicada, realizar obras hospitalares com moldes sustentáveis não é uma tarefa fácil.

Cada etapa necessita de consultorias que orientam operários e engenheiros sobre o caminho certo para executar a obra. Des-

A caminho da certificação LEEDA nova unidade do Hospital do Coração, o HCor 130 está em construção e busca a certificação LEED. Para garantir esse reconhecimento a instituição recebe a consultoria da Novva Solutions que promove a análise sustentável da obra

sa forma, se as instituições da saúde almejam inserir medidas sustentáveis em suas obras, é preciso que todos os seus funcionários e empresas empenhadas na construção colaborem em critérios minuciosos, o que gera a necessidade de elaboração de projetos muito mais elaborados.

Todo esse esforço, além de fazer a obra levar a ban-deira da sustentabilidade, também pode levar a cons-trução a receber a certifi-cação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), o certificado mais almejado por engenheiros, arquitetos e empresários de todo o mundo, quando trata-se de construir sem agredir o meio ambiente.

Atenta a este cenário, a empresa Novva Solu-tions oferece há quase três anos, no Brasil, serviços de consultoria e apoio para

a obtenção da certifica-ção LEED em construções principalmente no setor da saúde. A empresa é a atual responsável por todo o trabalho de consultoria ambiental nas obras do HCor (Hospital do Cora-ção) em São Paulo.

De acordo com a direto-ra da empresa, a arquiteta e LEED GA, Márcia Picarelli Davis, para a realização dos serviços são feitas audito-rias nos principais projetos e instalações que envol-vem o consumo de energia, dentre outros pré-requisi-tos do LEED. Ela conta que na Novva Solutions, a equi-pe de Certificação trabalha em parceria com a equipe de Comissionamento res-ponsável por cada obra. “O Comissionamento é um trabalho super específico, e tem poucas empresas no Brasil que atuam nesta área, mas a Novva Solu-

tions possui um departa-mento de Engenharia que oferece estes serviços aos clientes”, destaca.

Por isso, a implantação da Novva Solutions no País, foi de certa forma fácil, de-vido à grande procura por este modelo de serviço e a escassez de empresas que o oferecem. “Moráva-mos nos Estados Unidos e fomos procurados por um instalador de sistemas centrais de ar-condiciona-do brasileiro, que queria

“Cada etapa necessita de consultorias que orientam operários e engenheiros sobre o caminho certo para executar a obra”

Page 40: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

40 ARQ

Health

SUSTENTABILIDADE

adaptar a sua empresa às necessidades do LEED. Por meio dele, observamos a crescente necessidade dos brasileiros por este tipo de serviço. E por isso, acaba-mos mudando para cá, e instalamos a empresa aqui”, revela Márcia.

O serviço de consulto-ria LEED funciona a partir do interesse do cliente, que deve aceitar todas as exigências do sistema de qualificação de edifícios verdes que geralmente são ligadas ao movimento em prol da sustentabilidade do planeta. “Isso é um pas-so bastante importante, porque diferencia o con-sumidor. Nós precisamos nos preocupar com a sus-tentabilidade, para que as futuras gerações possam

sobreviver neste planeta.” A arquiteta explica que sustentabilidade é o uso dos recursos naturais para satisfação das nossas ne-cessidades atuais de forma a não comprometer a sa-tisfação das necessidades das futuras gerações.

Sobre a aplicação das práticas sustentáveis em um prédio, Márcia ressalta que hoje em dia, já exis-te uma consciência por parte da população. Ela ainda aponta que toda e qualquer edificação é uma ameaça para o meio am-biente, porque para a pes-soa construir é necessário o uso de muitos e variados materiais. “Essas fontes de matérias-primas são finitas e devem ser utilizadas de acordo com critérios sus-tentáveis. Além disso, toda edificação consumirá ener-gia e água para sua ope-ração”, acrescenta. Dessa forma, por exemplo, o uso da luz natural nos edifícios, por meio de vidros que permitem a entrada da cla-ridade, evitando o uso de lâmpadas em grande parte do dia, é uma das tantas medidas sustentáveis que devem ser tomadas.

Assim, essas e muitas outras questões devem ser levadas em conta na construção. De acordo com o diretor Técnico da No-vva Solutions e LEED AP,

o norte-americano James Edward Davis, os projetos já devem ser concebidos de forma integrada e susten-tável. “Com essa preocupa-ção, vamos tentar aprovei-tar ao máximo possível os recursos naturais. Em ter-mos de localização, depen-dendo do posicionamento do prédio em relação ao sol, pode haver bastante in-terferência nas medidas de economia de energia, prin-cipalmente a utilizada na sua climatização”, descreve.

Assim, James explica que a consultoria em sus-tentabilidade é ofereci-da pela Novva Solutions desde o projeto inicial de cada obra, que começa pela escolha do terreno. Isso porque, uma das exi-gências do LEED é que a construção não deve es-palhar a mancha urbana, e sim mantê-la. “Quando, por exemplo, um indiví-duo compra um terreno em uma área e a prefei-tura tem que levar infra-estrutura até lá (asfalto, rede pluvial, ônibus, etc), promove-se a expansão da mancha urbana. Res-taurar um antigo prédio, não demoli-lo são ati-tudes mais sustentáveis e que ajudam a conter a mancha urbana”, expli-ca Márcia que também é a líder do subcomitê de Infraestrutura e Edifícios

Verdes do Green Building Council do Brasil.

Além disso, de acordo com ela, a meta sem-pre deve ser deixar áre-as verdes de respiro na cidade. Márcia salienta que a consultoria LEED se dá em várias etapas a serem seguidas. Uma das possibilidades é que os produtos utilizados na obra sejam extraídos e manufaturados até à dis-tância de 500 milhas do local do empreendimen-to. “Além do incentivo à economia local, evita-se o gasto com combustíveis e com transporte. No caso de São Paulo, isso é algo mais fácil de conseguir, por termos empresas de diversos setores estabele-cidas aqui”, acrescenta.

“O serviço de consultoria LEED funciona a partir do interesse do cliente, em aceitar todas as exigências do sistema de qualificação de edifícios verdes que geralmente são ligadas ao movimento em prol da sustentabilidade do planeta”

“A consultoria em sustentabilidade é oferecida pela Novva Solutions desde o proje-to inicial de cada obra, que começa pela escolha do terreno. Uma das exigências do LEED é que a construção não deve espalhar a mancha urbana, e sim mantê-la”

Page 41: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

41ARQ

Health

HCOR SUSTENTÁVELA parceria da Novva So-

lutions no HCor surgiu por meio da Minerbo-Fuchs Engenharia S/A, empresa responsável pela enge-nharia da obra do novo hospital. A arquiteta Már-cia conta que eles procu-raram a Novva, quando a diretoria do hospital de-cidiu construir um prédio sustentável. “A equipe da Minerbo nos procurou, para assistí-los nesse pro-cesso que seria desenvol-vido nos projetos do HCor, que buscaria a certificação LEED”, relembra.Todo o projeto do hos-

pital foi concebido e de-senvolvido de acordo com normas americanas e foram cumpridos pré-re-

quisitos e exigências LEED relacionadas aos projetos arquitetônicos, mecâni-cos, elétricos, hidráulicos e outros. Os vidros, por exemplo, serão duplos e com fator de transmi-tância térmica baixo com o intuito de economizar energia. Entre as paredes externas e o granito que as revestirá , existirá um espaço para circulação de ar externo que auxiliará na eficiência térmica do edifício. Materiais como concreto, aço, e mantas de PET internas ao dry-wall usados na construção tam-bém vão obedecer aos cri-térios LEED.O diretor Técnico diz

também que o concreto

utilizado em grande parte da obra possui conteúdo reciclado, pois utilizou escória de alto forno na sua composição. “É um resíduo da indústria que pode ser usado mistura-do ao cimento em novas construções.” Conforme a arquiteta da Novva So-lutions, Lívia Pugliesi, a madeira utilizada na obra também será certificada com o selo FSC (Forest Stewardship Council), se-guindo os critérios da consultoria. “Toda ma-deira instalada possui um documento sobre seu ci-clo de vida, a Cadeia de Custódia, e este arquivo acompanha o produto desde o plantio”, diz.

Foto

: Pris

cila

Soa

res

Page 42: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

42 ARQ

Health

A certificação LEED, criada pelo USGBC-United States Green Building Council, se divide nos seguintes aspec-tos: Espaço sustentável, Uso racional de água, Energia e atmosfera, Materiais e re-cursos, Qualidade ambien-tal interna, Inovação em Projeto, e por fim os Crédi-tos regionais. A primeira ca-tegoria, Espaço sustentável, estabelece os pré-requisitos necessários na obra, quanto à prevenção da poluição na atividade da construção. Todas as fases possuem

créditos para serem cum-pridos por meio de uma pontuação que garante a certificação normal (certi-fied), prata, ouro e platina. Leandro Gomes Silva, LEED

GA da Novva Solutions ex-plica que no começo do processo de certificação, a empresa faz um estudo de viabilidade, para ver qual o grau de conformidade do empreendimento em rela-ção ao sistema de qualifica-ção LEED. “Quanto maior a quantidade de pontos que ele obtiver, maior será a classificação”, diz. Dessa maneira, o HCor

precisou fazer um plano de prevenção da poluição e da erosão para conter a sedimentação do terre-no durante a construção do hospital. Esse plano técnico é desenvolvido através de sondagens. A finalidade desta ação é sa-ber quais medidas serão

SUSTENTABILIDADE

ETAPAS DA CERTIFICAÇÃOtomadas para proteger o terreno. Em caso de chu-va, por exemplo, deve-se promover uma ação que não deixe o barro ir parar no meio da rua, o que pre-judicaria a vizinhança. “Até aquelas redes que ficam do lado da obra, fazem parte de um plano, assim como um lava-rodas para os caminhões que saem do canteiro, tapumes mó-veis, etc”, afirma James.Para a parte inicial da obra,

a Novva Solutions realizou várias reuniões com os fun-cionários do hospital para repassar as orientações da consultoria. “Nós entramos na política do HCor. Esta consultoria passa por todos os envolvidos”, descreve a arquiteta Márcia Davis. Ela comenta que são feitos di-versos encontros de orien-tação e capacitação dos funcionários. Da parte do

cliente (hospital), também é designada uma pessoa chamada de LEED Coach, que é preparada para en-tender a certificação de uma forma mais ampla. “O processo de certificação é a melhor maneira que a em-presa tem, para que todos os envolvidos na obra pos-sam fazer cumprir o que foi projetado”, avalia Márcia.Na avaliação do enge-

nheiro Oswaldo de Siquei-ra Bueno, anos atrás o pro-cesso de consultoria LEED no Brasil era bem mais caro, sendo bastante difí-cil a própria compreensão do processo. “Hoje em dia todo esse processo de cer-tificação LEED é bem mais facilmente compreendido.” Ele considera que a certi-ficação traz uma grande vantagem para o cliente, que é a sua valorização junto à sociedade.

James Edward Davis e Márcia Davis, proprietários da Novva Solutions

Foto

: Pris

cila

Soa

res

Page 43: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

43ARQ

Health

COMISSIONAMENTO

O processo de comissio-namento é um método baseado em melhoria da qualidade adotado pelo proprietário para obter su-cesso na construção de seus empreendimentos. Esse processo garante que

os sistemas relacionados com o uso de energia do em-preendimento sejam instala-dos, calibrados e funcionem de acordo com os Requisi-tos do Proprietário (OPR), as Bases de Projeto (BOD) e os Memoriais Descritivos.O comissionamento não

é uma etapa adicional da construção ou da gestão dos projetos. De fato, seu objetivo é reduzir o custo

da construção e aumentar o valor do empreendimen-to para o proprietário, seus ocupantes e usuários. Todo esse processo ocorre no mesmo período da consul-toria LEED. O engenheiro de comissio-

namento, Pedro Hoffmann, relata que a meta desta iniciativa é garantir que o proprietário da obra receba o que está comprando. “A gente está sempre do lado do proprietário, sempre pas-sando orientações. A missão é garantir que aquilo que ele comprou, em termos de sistemas energeticamente eficientes, esteja sendo real-mente entregue”, destaca.

“Esse processo garante que os sistemas relacionados com o uso de energia do empreendimento sejam instalados, calibrados e funcionem de acordo com os Requisitos do Proprietário (OPR), as Bases de Projeto (BOD) e os Memoriais Descritivos”

Page 44: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

44 ARQ

Health

AMPLIAÇÃO

Cassems amplia unidades hospitalares

Page 45: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

45ARQ

Health

A Caixa de Assistên-cia dos Servidores do Estado de Mato

Grosso do Sul (Cassems), maior plano de saúde para servidores públicos estaduais em autogestão do País, vem trabalhan-do incansavelmente nas obras de ampliação de suas unidades, que so-mam 73 postos de aten-dimento em todo o Es-tado, e atendem mais de 175 mil pessoas. Sua Rede Credenciada conta com mais de 2 mil profissio-nais de saúde nas áreas de medicina, odontolo-gia, fisioterapia, fonoau-diologia, psicologia e nu-trição, e a Rede Própria,

com 14 Centros Odonto-lógicos, oito Centros Mé-dicos e sete Hospitais, nas cidades de Aquidauana, Dourados, Naviraí, Nova Andradina, Três Lagoas, Paranaíba e Ponta Porã.

Em obras desde o ano passado, o Hospital Cas-sems de Naviraí – impor-tante centro de saúde, já que atende os municí-pios de Eldorado, Igua-temi, Itaquiraí, Juti, Mun-do Novo, Paranhos, Sete Quedas e Tacuru – obje-tiva trazer mais qualida-de de vida para Naviraí e toda a região. Inaugurado em 2010, o hospital reali-za cerca de 800 consultas, 60 internações e até 20

cirurgias por mês. Segun-do o Diretor de Unidades Hospitalares da Cassems, Flávio Stival, a demanda da região tem aumentado e o número de interna-ções também. “Com a re-forma, o hospital contará com uma reestruturação do setor de internações, além da ampliação do centro cirúrgico que fa-cilitará o atendimento ao beneficiário.”

A Cassems também inaugurou recentemen-te as obras de ampliação do seu Hospital em Pon-ta Porã (MS). Entre ou-tras benfeitorias, foram construídos novos con-sultórios ambulatoriais,

“A Cassems é o maior plano de saúde para servidores públicos estaduais em autogestão do País. Tem sete hospitais nas cidades de Aquidauana, Dourados, Naviraí, Nova Andradina, Três Lagoas, Paranaíba e Ponta Porã”

Page 46: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

46 ARQ

Health

AMPLIAÇÃO

novos leitos, salas para exa-me, cirurgia e parto, além da ampliação do atendimento médico-ambulatorial. As novas alas do hospital tra-zem diversos benefícios aos usuários Cassems não só de Ponta Porã, mas também de toda região.

De acordo com presiden-te da Caixa dos Servidores, Ricardo Ayache, além de uma melhor qualidade nos serviços, as ampliações do hospital também descen-

tralizam o atendimento. “A ampliação do Hospital Cassems em Ponta Porã fortalece o trabalho não só do município, mas de toda a região. A interiorização do atendimento é uma das principais metas da nossa presidência. Mas, esse tra-tamento segue a excelência da qualidade que sempre permeou o Cassems”, afir-mou Ayache.

(Fonte: Assessoria de Im-prensa – Cassems).

Page 47: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

47ARQ

Health

Mais de cinco unidades da rede Cassems (Caixa de As-sistência dos Servidores do Estado de Mato Grosso do Sul) foram produzidas com o apoio da Constrói Arquitetu-ra. A empresa procura levar em seus projetos, cuidados exigidos pelos órgãos fisca-lizadores do País.Wilber Gomes, diretor da

Constrói, conta que a empre-sa foi convidada pra partici-par de concorrência do Pro-jeto de Posto Avançado no primeiro empreendimento próprio da Cassems em 2003.A Constrói Arquitetura de-

POR TRÁS DA OBRAsenvolveu projetos para as unidades da Cassems de Dourados, Naviraí, Aqui-dauana, entre outras. Com o plano de ter uma rede pró-pria hospitalar, foi projetado adequações e ampliações de cada hospital da rede no in-terior. Os projetos em anda-mento e expansão são os de Ponta Porã e Naviraí, e atual-mente a de Coxim que tem a previsão de inaugurar ainda esse ano.Gomes afirma que o ob-

jetivo foi alcançado quan-to às obras projetadas, as unidades em funcionamen-

to oferecem atendimento para regiões estratégicas no interior, como os servi-ços de cirurgias de média complexidade, leitos de UTIs, coisas que depen-diam muito da Capital.“Eu acredito que os de-

safios nos movem positi-vamente, nesta dinâmica, aparentemente a adequa-ção de estruturas existentes às atuais normas da Agên-cia Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), seja uma delas,e apesar disso, con-seguimos dar aos hospitais da Cassems uma persona-

lidade que as identificam entre si”, completa o dire-tor. Ele ainda destaca que em certas cidades a insta-lação do hospital foi crucial ao atendimento de outros planos e de particulares.Para garantir um trabalho

diferenciado no mercado, a Constrói preocupa-se em construir um empre-endimento hospitalar, com a escolha minuciosa de materiais práticos e durá-veis. Além de produzir um layout praticamente defini-do, para evitar mudanças a curto e médio prazo.

Page 48: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

48 ARQ

Health

União inteligente e produtiva

CAPA

Parceria certeira entre arquitetas e projetos personalizados colocam Gebara Conde Sinisgalli Arquitetos entre os melhores com direito a reconhecimento internacional

Gisele Conde, Bela Gebara e Patricia Sinisgalli

Foto

: Jo

Capu

sso

Page 49: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

49ARQ

Health

Da união de três ami-gas de faculdade, Bela Gebara, Gisele

Conde e Patricia Sinisgalli, surgiu um dos escritórios de arquitetura mais con-ceituados do estado de São Paulo quando o assun-to é projetar para as áreas corporativa e da saúde. Estamos falando da Ge-

bara Conde Sinisgalli Ar-quitetos (GCSA), empresa que nos últimos anos vem se destacando no cenário da construção hospitalar, através da realização de projetos arquitetônicos para grandes instituições da saúde como o Hospital Nossa Senhora de Lourdes e Hospital Sírio Libanês.

Para Bela Gebara, a GCSA se especializou na área da saúde, por se tratar de um segmento que exige sem-pre projetos diferenciados, com temas variados, em que cada projeto tem sua personalidade, sua especifi-cidade. “Além disso, lidamos com profissionais de forma-ções diversas e isso é muito enriquecedor”, acrescenta.Formadas pela Faculdade

de Arquitetura e Urbanismo Mackenzie, as sócias arqui-tetas primam por realizar sempre uma arquitetura eficiente e singular, levan-do em conta traços de lin-guagem, estilo e funções de espaço, inseridos em ten-dências mais do que con-

temporâneas.Além dessas característi-

cas os trabalhos realizados pela GCSA também tem constante preocupação em consolidar a identidade dos clientes em seus respectivos projetos, valorizando assim a imagem de cada um deles.Atualmente, o escritório

trabalha no projeto de re-forma do prédio de Am-bulatórios do Hospital das Clínicas de São Paulo. De acordo com Bela, este é um projeto desafiador por se tratar de um edifício histo-ricamente reconhecido, já que é necessário manter o valor de sua arquitetura e ao mesmo tempo resolver problemas atuais.

Hospital Nossa Senhora de Lourdes

Page 50: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

50 ARQ

Health

Um bom projeto arquitetô-nico para hospitais ou clíni-cas m édicas é fundamental. De acordo com Patrícia Si-nisgalli, o projeto inteligente e criativo resolve problemas de fluxos e circulações, racio-naliza os espaços, cria uma imagem ou reforça a ima-gem da empresa. “No que diz respeito aos usuários, o efeito que se nota a partir da humanização dos espaços é de motivação e aumento da produtividade de funcio-nários, conforto e ajuda na recuperação dos pacientes.”Dessa maneira, para as ar-

quitetas da GCSA, para se

O PASSO A PASSO DO PROJETO

CAPA

criar um ótimo projeto na área da saúde o primeiro passo é entender profun-damente o que o cliente deseja, já que cada área na saúde tem sua especifici-dade transformando cada novo projeto em um gran-de desafio.“Isso é feito através de um

programa desenvolvido pelo cliente, no qual ele es-pecifica todas as necessida-des, vontades e exigências que deverão ser traduzidas espacialmente no projeto”, diz Gisele Conde. Segundo ela, a partir deste programa é criado o conceito do pro-

jeto que atenderá as neces-sidades do cliente e repre-sentará sua imagem. “Este conceito, por sua vez,

é concebido por nós, atra-vés de um estudo preliminar. Depois do estudo aprovado, o projeto é desenvolvido e acompanhado até a fina-lização de sua execução”, acrescenta a arquiteta Gise-le. “Com isso, temos sem-pre resultados positivos. Se no final do projeto sobram questões a resolver, estamos disponíveis para isso até o cliente estar plenamente sa-tisfeito com seu investimen-to”, completa Patrícia.

Clínica Dermatológica

Page 51: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

51ARQ

Health

Em muitos de seus proje-tos, o material mais utiliza-do pela GCSA é a madeira. Isso porque, a maioria dos clientes solicita através do programa, que os ambien-tes a serem criados sejam mais quentes e aconche-gantes. “Entendemos que a madeira é um ótimo ma-terial a ser utilizado nestes casos, além de ser também coadjuvante para o confor-to térmico e acústico”, ex-plicam as arquitetas.

O MATERIAL PREFERIDO

Elas acrescentam ainda que em todas as suas obras são utilizados produtos e mate-riais que sejam adequados para a sustentabilidade no que diz respeito aos aspec-tos econômico e ambiental. “Temos também a preo-cupação com os sistemas elétricos, hidráulicos, de ar-condicionado, de TI, entre outros, que são considera-dos na compatibilização do projeto de arquitetura com os respectivos técnicos.”

Pela seriedade e profis-sionalismo com o qual a Gebara Conde Sinisgalli Arquitetos trata cada um de seus projetos, é que as arquitetas Bela, Gisele e Patrícia têm conquistado consecu-tivos prêmios nacionais e internacionais. Isso porque, ao longo dos anos, a empresa reuniu um portfólio maduro e variado, tendo como maior traço, a forma de atender personalizada. Assim, essa maturida-

de profissional resultou em dois prêmios bas-tante significantes. O primeiro, em 2008, com

PROJETOS PREMIADOS

o 1º lugar com o diferen-ciado projeto de interiores da Ampliação do Hospital Nossa Senhora de Lour-des por meio do V Gran-de Prêmio de Arquitetura Corporativa da Flex Even-tos. O segundo, em 2010, na categoria “Interior De-sign” do American Proper-ty Awards em Londres com o projeto da Camargo Cor-rea Internacional.“Foi importante ter um

projeto reconhecido em uma premiação mundial. Percebemos que podemos dialogar com um público além das fronteiras brasi-leiras e isso é muito bom”, revelam as arquitetas.

Camargo Correa Internacional

Page 52: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

52 ARQ

Health

Page 53: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

53ARQ

Health

Page 54: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

54 ARQ

Health

ILUMINAÇÃO

Iluminação natural em todos os ambientes

Page 55: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

55ARQ

Health

Com dois mil m², distribuídos em dois amplos pavimentos, a

Unidade de Especialidades Campo Belo, é a primeira unidade externa do Hospital Alemão Oswaldo Cruz (HAOC). Inaugurado no ano de 2010 e figurando entre os mais modernos centros do país, o projeto de arquitetura do prédio, que possibilita a utilização de luz natural em todos os ambientes internos, é a menina dos olhos do escritório Teresa Gouveia Arquitetura. Essa unidade do HAOC

divide-se em quatro con-sultórios, sendo Centro de Reabilitação Cardio-Pul-monar, Centro Cirúrgico, Day Clinic e área destinada ao tratamento de doenças relacionadas ao equilíbrio.

De acordo com a arquiteta Teresa Gouveia, priorizar o conforto, o acolhimento e tornar a estadia do pacien-te a mais agradável possí-vel, traduzindo a preocu-pação em tratar da saúde, da vida e não apenas da doença, foram as premis-sas básicas para conceitu-ar o projeto, ao invés de apenas criar ambientes convencionais, fechados e comerciais.Dessa forma, por prio-

rizar o conforto dos pa-cientes é que o projeto dá atenção especial à utiliza-ção da luz, assim como o uso de materiais quentes e cores adequadas. “Elege-mos a luz natural, vidros, materiais quentes, texturas amadeiradas, pontuadas com as cores utilizadas na nova comunicação visual

do HAOC, como o verde e o lilás, para caracterizar esta unidade”, afirma Teresa. Para ela, o grande

desafio foi possibilitar que todos os ambientes internos pudessem usufruir da luz natural. “A solução encontrada, nada usual em ambientes de saúde, foi o uso de divisórias de vidro, piso-teto, com um mix de películas, fazendo o fecha-mento de todos os con-sultórios, que conferiram a privacidade necessária e permitiram a passagem da luz.” Para viabilizar o uso dos

vidros, em especial nas circulações e ainda assim atender todos os requi-sitos inerentes a um hos-pital, foi fundamental o desenvolvimento de faixas especiais, para fixação dos

PAREDESTodas as tintas utilizadas são acrílicas à base de água, sem cheiro e laváveis. Utilizou-se nos banheiros dos consultórios, o Di-NOC film, revestimento produzido no Japão pela 3M. Trata-se de uma película autoadesiva, composta de filme de PVC flexível, com tratamento bactericida, resistente à água e que não propaga chamas, ideal para uso em hospitais.

Page 56: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

56 ARQ

Health

ILUMINAÇÃO

bate-macas e corrimãos, que compuseram a pagi-nação das divisórias. Com a entrada de luz por todo o pavimento, toda a ilumi-nação das circulações, foi feita apenas por sancas, que também foi utilizada nas recepções, permitindo uma luz agradável e eco-nômica. “O resultado final foi de um espaço claro, ilu-minado, aconchegante, que remete à qualidade de vida e à saúde”, revela a arquiteta.Além da iluminação,

outros aspectos tam-bém foram especialmente pensados. Os desenhos

no piso, por exemplo, demarcam áreas e buscam criar diferentes percepções. As recepções receberam pisos amadeirados e as áreas clínicas, pisos lisos com desenhos, de forma a tornar os grandes espaços menos monótonos. A pre-ocupação com a acessibili-dade também foi constante e a unidade é dotada de três banheiros para defi-cientes, sendo que todos os demais possuem barras e segurança e chamadas de enfermagem.Por este projeto, a Tere-

sa Gouveia Arquitetura foi

PISOForam escolhidos pisos que possuem tratamento antibactérias e fungicidas, com PUR Protect, ou seja, resistentes a produtos químicos e 100% recicláveis. Todos os produtos utilizados atendem às normas internacionais.

finalista no VIII Grande Prêmio de Arquitetura Corporativa e seleciona-do para a exposição no Sheraton WTC, durante o Ar-quiday Show, em São Paulo. A parceira da instituição

com a empresa ocorre há cinco anos, tendo mais de 30 projetos desenvolvidos. Recentemente, o escritó-rio esteve envolvido no projeto da nova Hemodi-álise, em que desafio foi tentar amenizar os danos do tratamento. “Para isso, os salões foram posicio-nados de frente para um jardim e cada leito tem

Page 57: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

57ARQ

Health

Page 58: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

ILUMINAÇÃOILUMINAÇÃO

MARMOGLASSTodas as bancadas são de Marmoglass branco. Trata-se de um material industrializado produzido com pó de mármores e vidro. A absorção de líqui-dos é praticamente nula. É resistente a corrosivos, alcalinos, ao calor, não mancha e é inalterável à ação do tempo. A sujeira fixada na superfície pode ser facilmente removida.

televisão individual. A ilu-minação é toda em leds brancos e coloridos, co-mandados por controle remoto, o que permite que o paciente escolha a cor que lhe trouxer mais conforto de acordo com seu estado de espírito”, explica Teresa. “Em todos os projetos

para o HAOC, nas áreas internas trabalhamos com remanejamentos e retro-fits, adequando o Hospital às demandas do negó-cio. Sempre procuramos adotar uma linguagem contemporânea, sempre em busca de novos mate-riais e opções, tornando os ambientes acolhedores”, conclui a arquiteta.

FORRONos forros utilizou-se uma composição de Modulado Georgiam, com proteção Bioblock Plus que contém um tratamento antimicrobiano, que fornece garantia contra o crescimento de fungos e mofos, assim como Gram--positivo e Gram-negativo para odor e manchas causados por bactérias.

Page 59: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

ILUMINAÇÃO

COMPLEMENTO ESSENCIAL

É por meio de montagens originais, idealizadas jun-tamente com a arquiteta Tereza Gouveia que a em-presa Moldura Minuto pro-duziu um acervo refinado e exclusivo para o Hospital Alemão Oswaldo Cruz. O trabalho conta com ima-gens artísticas, fotografias originais e serigrafias úni-cas que proporcionam aos ambientes hospitalares, re-quinte e sofisticação atra-vés dos seus quadros.Este trabalho deste novo

empreendimento na área da saúde faz parte de uma parceira essencial nos pro-jetos arquitetônicos feitos pela Teresa Gouveia Arqui-tetura e Interiores e execu-tados pelo Espaço Moldu-ra Minuto.A Moldura Minuto tra-

balha por longa data na área hospitalar. A empresa visa sempre aprimorar o atendimento para as insti-tuições do setor da saúde, que geralmente precisa de serviços personalizados, com muita qualidade, se-gurança e eficiência.Segundo a gerente da Mul-

dura Minuto, Elaine Yama-da, os produtos fornecidos pela empresa não exigem nenhum cuidado específico pré-determinado para ser colocado em algum prédio

da saúde. “O nosso diferen-cial no mercado brasileiro é o requinte nos serviços exe-cutados e nos diversos tipos de molduras e passe-partout oferecidos ao mercado (mais de 500 modelos) e principal-mente nas montagens di-ferenciadas dando um tom personalizado ao quadro--hospital”, ressalta.No Oswaldo Cruz, os pro-

fissionais da Moldura Minu-to procuraram utilizar pro-dutos conforme exigências da arquiteta Tereza Gouveia, trabalhando em perfeita harmonia, para que os resul-tados alcançados superas-sem as expectativas iniciais. A empresa procurou seguir uma linha e montagens de quadros com designer ino-vador para dar uma caracte-rística ao ambiente.A inovação da Moldura Mi-

nuto no mercado, visa aten-der a necessidade do setor hospitalar, oferecendo qua-dros sem vidros, utilizando o processo de laminação das imagens brilhante ou anti--reflexa. Essa medida pro-porciona maior segurança e leveza ao quadro.Na opinião da gerente Elai-

ne, a principal importância de uma moldura adequada nos ambientes hospitalares é deixar o local mais aconche-gante visando proporcionar

aos pacientes um espaço mais tranquilo e humaniza-do transformando os quar-tos em ambientes hoteleiros e não hospitalares.Ela destaca que a empresa

atualmente trabalha com exclusividade no mercado mundial, tendo uma linha de molduras ecológicas certificadas com o selo in-ternacional UFC proporcio-nando sustentabilidade à cadeia produtiva de qua-dros. “Nossos quadros além de lindos e decorativos são amigos do meio ambiente”, completa a gerente. Além das molduras, a empresa também trabalha com pin-turas originais, esculturas de

parede e fotografias.

MM no mercado A Moldura Minuto busca

profissionalizar e incremen-tar o processo de emoldu-ramento, investindo forte-mente em infraestrutura, desenvolvendo conceitos inovadores, além de treinar e qualificar sua mão-de--obra, tendo como foco a qualidade e excelência em todos os sentidos. O resul-tado de tudo isso é que atu-almente a Moldura Minuto é uma das empresas líde-res no mercado nacional, presente praticamente em todo o território brasileiro com mais de 70 lojas.

Page 60: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

60 ARQ

Health

ILUMINAÇÃO

FICHA TÉCNICA

Projeto: Unidade Campo Belo Hospital Alemão Oswaldo CruzConstrutora: Nexus EngenhariaProjetos complementares: MHA EngenhariaArquitetura: Teresa Gouveia Arquitetura

FornecedoresPiso Vinílico: Gerflor e TarkettDivisórias: Design-onLuminárias: Itaim e ARCLUZForro Modulado: ArmstrongBate-macas/corrimãos: CS Group do BrasilMarcenaria: JR Estilos, Lira & NobreMobília Consultórios: Bortolini, Marelli, Breton e DevantPersianas: Uniflex MoemaQuadros: Moldura minutoRevestimento Di-Noc: 3M

CONFOTRO VISUALNo mercado de iluminação

há 10 anos, a ARCLUZ aten-de todas as necessidades específicas para a área hos-pitalar, prestando assessoria aos projetos luminotécnicos e fornecendo luminárias, lâmpadas e reatores. Des-sa forma, a empresa esteve diretamente ligada à obra realizada na Unidade Cam-po Belo do Hospital Alemão Oswaldo Cruz. Para Marcio Martins Mi-

randa, diretor comercial da ARCLUZ, trabalhar neste projeto, junto à Teresa Gou-veia foi um sucesso, já que a arquiteta é sempre muito receptiva às novas tecnolo-gias de lâmpadas e lumi-nárias utilizadas na área, o que faz com que seu traba-lho seja vanguardista e de muito bom gosto. Dessa forma, para este

projeto a ARCLUZ priori-zou o conforto visual, o sistema de dimerização, o baixo consumo de energia e a boa reprodução de cor, sem deixar de analisar a adequação das luminárias ao projeto de arquitetura. “Assim, proporcionou-se um ambiente de trabalho

eficaz, no qual a integração entre a arquitetura e a ilu-minação cria uma atmos-fera mais agradável para a recuperação de pacientes, minimizando o estresse de profissionais e visitantes”, explica Miranda.Além disso, o projeto traz

como alternativas sustentá-veis, luminárias que geram baixo consumo de energia elétrica e que não afetam a temperatura do ambiente. “Com isso, a redução da car-ga na iluminação gera uma demanda menor do ar-con-dicionado para aplicação de outros equipamentos do hospital. Nesta linha, a aplicação dos leds de alta eficiência vem tendo um bom resultado”, acrescenta o diretor comercial. “Atualmente, a iluminação

vem ganhando destaque nos projetos hospitalares no Brasil, já que as novas tecnologias aliadas às novas vertentes do LEED (Leader-ship in Energy and Environ-mental Design) geram a ne-cessidade de projetos mais elaborados. É neste ponto que a ARCLUZ foca o seu trabalho”, finaliza Miranda.

ILUMINAÇÃO

Page 61: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

61ARQ

Health

Page 62: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

62 ARQ

Health

CONSTRUÇÃO

Hospital Moinhos de Vento visa melhorar saúde pública em região carente da capital gaúcha com criação de amplo complexo hospitalar

Saúde para todos

Imagine um complexo hospitalar com dezenas de serviços médicos de

qualidade disponíveis de forma gratuita para a po-pulação carente. Esse mo-delo de saúde será uma realidade nos próximos anos, com a construção do complexo Hospitalar Moi-nhos de Vento, em Por-

to Alegre (RS). O hospital vai contar com um amplo projeto de arquitetura que visa oferecer aos pacientes tratamentos humanizados.

O Complexo irá suprir a carência na área da saúde na região da Restinga e do Extremo Sul, onde atu-almente vivem em média 100 mil pessoas, as quais

contam apenas com pos-tos de saúde da Prefeitura e o Pronto-Atendimento Saúde Restinga, serviço de suporte ao SUS (Siste-ma Único de Saúde) em bairros menos favorecidos, administrado pela Associa-ção Hospitalar Moinhos de Vento (AHMV), desde mar-ço de 2004.

Page 63: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

63ARQ

Health

Com o objetivo de aten-der a demanda crescente, o Complexo Hospitalar vai oferecer serviços de aten-ção que exigem qualida-de, com foco na redução da mortalidade e no ade-quado tratamento das en-fermidades. Dessa forma, contará com centro de ur-gência médica e pediátrica 24 horas; espaço para aten-dimento básico de trau-matologia; bloco para pe-quenas cirurgias; salas de observação e reanimação. Além disso, serão dispon-bilizados exames laborato-riais, raio-X e eletrocardio-grafia.

De acordo com o supe-rintendente do Hospital Moinhos de Vento, João Polanczyk, este projeto Restinga e Extremo Sul que está entre os express-sívos projetos sociais em curso no Brasil, é abran-gente porque vai atender cerca de 10% d a popu-lação de Porto Alegre (R),

gerar empregos e capaci-tar mão-de-obra. “O Hos-pital Moinhos de Vento é o único hospital fora do Estado de São Paulo a compor o Sistema Regio-nal Integrado de Atenção à Saúde”, afirma.

Assim, desde janeiro de 2010 a AHMV oferece cur-sos técnicos em enferma-gem, saúde bucal e auxi-liar em saúde bucal. “São 60 alunos que residem na Restinga e Extremo Sul que, depois a conclusão, integrarão o banco de pro-fissionais que poderão ser chamados para trabalhar no complexo de saúde”, explica Polanczyk.

Segundo informa a di-retoria do hospital, a pri-meira etapa das obras teve início em fevereiro do ano passado e tem um planeja-mento para ser concluída no primeiro semestre de 2013. Também no próximo ano, esta construção contará com uma segunda etapa.

FICHA TÉCNICA

Complexo Hospitalar Restinga e Extremo SulEndereço: Estrada João Antônio da Silveira, 3.330 – Porto AlegreData do Projeto: 2009Obra: Fevereiro / 2010 (terraplenagem)Área do terreno: 41.670,33m²Área total construída: 19.145,48m²Nº pavimentos: 03Vagas estacionamentos: 331Arquitetura: Cassiano ArquitetosCoordenação: Engº Carlos Emílio Marczyk/ Engª Bárbara K. N. WetzelGerenciamento de licitação: Obra GerenciadaObras Civis: MPD EngenhariaGerenciamento da Obra: Obra Gerenciada

Projetos:Ar-condicionado: MHA Engenharia LtdaConsultoria de caixilhos: Cassiano ArquitetosElétrico e hidráulico: MHA Engenharia LtdaGases Medicinais: MHA Engenharia LtdaProjeto de fundações e contenções: Jarbas Milititsky Estrutura de concreto: Vanguarda Sistemas Estruturais AbertosLuminotécnico - Interno: Cassiano ArquitetosLuminotécnico - Externo: Zanini & DiasImpermeabilização: Cruz & Cruz ArquitetosPrevenção e Combate a Incêndio: MHA Engenharia Ltda

Page 64: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

64 ARQ

Health

CONSTRUÇÃO

O projeto arquitetônico do Complexo Hospitalar busca de forma inteligente a integração entre a geo-grafia do terreno e a im-plantação topográfica da obra, fazendo com que os 19 mil m² de edificações sejam espalhados na área edificante com prédios de um a três andares.

Assumindo grande res-ponsabilidade, quem está à frente das obras para colo-car o importante projeto em prática, é a MPD Engenharia que precisa cumprir o prazo de execução em 24 meses, tendo assinado o contrato em fevereiro de 2011.

De acordo com André Be-zerra, gerente de contratos da MPD Sul, tem sido muito gratificante para a constru-tora executar este traba-lho. Ele conta que todos os funcionários tiveram o pri-vilégio de participar deste

POR TRÁS DA OBRA“marco” dentro do projeto social e sanitário que a As-sociação Hospitalar Moi-nhos de Vento (AHMV) está implantando em uma re-gião com carência de saúde.

Para ele, um dos grandes obstáculos desta obra é a aquisição de mão-de-obra para a edificação. “Para solucionar este problema, implantamos um progra-ma em parceria com o Se-nai, Sinduscon e a AHMV para a criação de cursos de qualificação profissio-nal.” Com esta iniciativa já foi possível a formação de 70 profissionais para a área de carpintaria, armação de ferragens e pedreiros. Também foi criado um alo-jamento para instalar 45 profissionais que vêm de outros Estados brasileiros.

Comunidade participa-tiva - A AHMV fez extensa pesquisa para traçar o perfil

sócio-sanitário da popula-ção local que ratificou alar-mantes índices de carência nesta área. A comunidade tem acompanhado todas as etapas da construção através de uma comissão organizada por líderes lo-cais. São realizadas visitas e monitorias que acabam “prestando contas” do an-damento da obra e do compromisso assumido na assinatura do contrato.

Destaques da obra - Como grande diferencial da obra, destaca-se o bloco da internação, que será isolado dos demais, comunicando--se através de passarelas. Há também entradas distin-tas para a emergência, cen-tro clínico e internação prin-cipal. “Destaca-se também a área destinada à Escola de Saúde, que poderá formar na região, profissionais para trabalharem no Hospital ou

em outras cidades próxi-mas”, comenta Bezerra.

Além disso, o complexo teve preocupações quan-to à conservação do meio ambiente, sendo o projeto um dos mais completos em ações sustentáveis, tanto durante a obra como na pós-entrega, atendendo o plano diretor da AHMV.

Destaca-se neste ponto a manutenção de área de re-serva de vegetação natural preservando espécies na-tivas da Restinga; implan-tação de complexo plano de Gestão de Resíduos durante a construção; uti-lização de água de reuso; criação de viveiro que já funciona há quase um ano preparando mudas de re-cuperação e melhoria da vegetação no entorno e utilização de placas cole-toras de energia solar para aquecimento de água.

Fundada em 1982, a MPD Engenharia é uma empresa com atuação nos mercados de construção e incorpora-ção imobiliária. No portfó-lio de obras, é relacionada à construção no Brasil de unidades comerciais, in-dustriais, de educação e lazer, residenciais, hospita-lares e laboratórios.

A sede da empresa si-tua-se no município de

SOBRE A MPD ENGENHARIABarueri (SP), e conta com obras nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. A em-presa conta com cerca de 600 colaboradores dire-tos e o mesmo número de indiretos.

Em 2012, ao completar 30 anos, totalizou mais de 1,5 milhão de m² de área construída e atribui seu sucesso a diversos fatores,

como o perfil profissional, a capacidade de agregar atividades de construtora e incorporadora, a solidez financeira e a ágil estru-tura que possibilita um sistema de gestão des-centralizado. O resultado é a excelência empresarial, comprovada no certifica-do ISO 9001:2008, OHSAS 18001:2007, PBQP e QUA-LIHAB nível A.

Nos últimos anos, de acordo com o ranking ITC Net, a MPD figura entre as 50 maiores construto-ras do Brasil. Reconhecida também com o Prêmio ITCNet – Sustentax, por três vezes consecutivas (2009, 2010 e 2011) como a empresa que mais cons-truiu m² seguindo impor-tantes princípios de sus-tentabilidade.

Page 65: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

65ARQ

Health

Page 66: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

66 ARQ

Health

CONSTRUÇÃO

Além de ser bem executa-da, a obra precisa ser bem gerenciada, por isso quem cuida de cada detalhe de gestão da construção do Complexo Hospitalar Res-tinga e Extremo Sul é a Obra Gerenciada, empresa espe-cializada em gerenciamento de construções de grande porte, que disponibiliza ao cliente um planejamento e a gestão de toda a parte téc-nica do empreendimento.

A parceria da Obra Geren-ciada com a Associação do Hospital Moinhos de Ven-to (AHMV) surgiu em maio de 2010, onde a instituição de saúde buscava por uma empresa que oferecesse serviços de gerenciamen-to especializado em obras.

GERENCIAMENTO DA OBRANo ano passado, a empresa também foi contratada para o gerenciamento dos proje-tos da expansão no terreno onde está a sede do Hospi-tal Moinhos de Vento onde serão construídos vários prédios de apoio.

O Engenheiro Marcelo Moyses, sócio-fundador da Obra Gerenciada, garante que o investimento feito pela instituição de saúde na equipe de gerenciamento retorna na forma de eco-nomia, pois é entregue um empreendimento com qua-lidade com o menor custo e prazo previsto.

Quanto à avaliação deste trabalho feito para a AHMV, Moyses frisa que é algo gratificante, pois a equipe

interdisciplinar do hospital interage com os funcioná-rios da empresa. “Existe uma constante troca de experi-ências entre os envolvidos.” Ele ainda garante que a ins-tituição é um cliente diferen-ciado. “Somos responsáveis por tudo o que diz respeito à parte técnica do empreen-dimento, desde as licitações, equalizações das propostas, contratações e fiscalização da qualidade dos serviços”, explica o engenheiro. Sobre os benefícios que esse ge-renciamento trouxe para a obra, Moyses destaca o de maior impacto, a questão do custo. “Com um geren-ciamento eficaz mantemos a qualidade dos materiais e serviços empregados na obra vinculados ao melhor preço”, diz. Outro ponto be-néfico é o controle dos pra-zos, que também é um item importante, pois o cliente pode dispor de uma equipe de planejamento para alterar a qualquer tempo o prazo final de conclusão das obras (para mais ou para menos).

Para o engenheiro, o de-safio principal em uma obra hospitalar está nas instala-ções, pois um hospital está

entre as obras de maior com-plexidade, não somente pela quantidade de interferências entre os diversos projetos, mas também pela importân-cia que cada equipamento e instalação terá no dia-a-dia do empreendimento.

Licitação - Um dos pontos mais importantes do geren-ciamento são as etapas de licitação. Essa medida é cru-cial para o cliente. No pro-cesso de licitação não basta apenas convidar algumas empresas para a apresenta-ção das propostas, a empre-sa tem que primeiramente qualificar as participantes com base em parâmetros pré-definidos juntamente com o cliente. Somente após a qualificação estas institui-ções estarão aptas a forne-cer a proposta comercial.

Outro item primordial é a equalização das propostas. Nesta etapa, ao ser anali-sado todos os itens orça-dos, a gerenciadora tem como apontar diferenças de quantidades e/ou pre-ços unitários. Com essa ini-ciativa o cliente consegue economizar e contratar a melhor empresa para o tipo de serviço orçado.

Marcelo Moyses, engenheiro, sócio-fundador da Obra Gerenciada

Page 67: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

67ARQ

Health

Page 68: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

68 ARQ

Health

Obras modernas num ambiente em operação

ARQ reforma

Page 69: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

69ARQ

Health

Conhecida por criar traços contemporâneos, a C+A Arquitetura e Interiores participa da reforma das alas de internação da Unidade Morumbi do Hospital São Luiz levando toques modernos a cada ambiente projetado

A parceria da C+A Arquitetura com o Hospital São Luiz

para execução das obras das alas de internação da unidade Morumbi surgiu quando a direção da insti-tuição hospitalar percebeu que a empresa de arquite-tura tinha grande experiên-cia na área de saúde. Como afirma Ana Paula Naffah Perez, diretora de Projetos da C+A, foi formulado um convite para participação de uma concorrência de ideias e valores para o retro-fit (modernização) de todos os quartos de internação da unidade e a empresa ven-ceu esta concorrência.Segundo ela, a empresa

tem uma vasta experiência na área de saúde, desenvol-vendo projetos de consultó-rios, clínicas e hospitais em diversas localidades do Bra-sil. Responsável pelo proje-to na unidade Morumbi do São Luiz, a C+A informa que este é um trabalho que re-quer muita dedicação e pla-nejamento, pois a equipe

executa a reforma enquanto a unidade opera seus servi-ços normalmente.“Fizemos um cronograma

de tarefas para cada dia da obra e cada um dos for-necedores tem um tempo determinado por nós para implantação dos seus ser-viços e produtos”, afirma Ana Paula. Nos setores de internação, todo o projeto foi amplamente detalhado e aprovado pela diretoria e as diversas gerencias da uni-dade, principalmente os res-ponsáveis da Hotelaria e da Manutenção. Desta forma, o projeto nasceu com o total aval dos operadores. Com relação ao estilo da

obra, foi adotada uma pro-posta contemporânea que representa a inovação que a unidade deseja transparecer ao cliente que utiliza os ser-viços médicos. A arquitetura dos edifícios hospitalares feitos pela C+A Arquite-tura e Interiores, adotam sempre traços que reme-tem ao estilo moderno. Esta é uma tendência dos

Page 70: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

70 ARQ

Health

projetos da empresa, con-forme diz Ana Paula. Para a empresa, este estilo reflete o modelo de projetar e vi-venciar a arquitetura. “Pro-curamos adotar materiais novos, adequados à área da saúde e que agreguem estilo e beleza aos projetos que executamos.”Nesta obra de reforma,

um dos pontos de destaque no quesito arquitetura é a implantação de um estilo de hotelaria diferenciado e que atribui ao hospital um modelo muito diferente do que a unidade tinha ante-riormente. O prédio possui uma característica clássica, o que imprime este estilo. A ideia da C+A, era realmente mudar estas características com este novo projeto.Quanto à sustentabilida-

de, a C+A procura sempre utilizar materiais com ca-racterísticas sustentáveis. O piso usado nas alas de in-ternação do Morumbi pos-sui o selo Sustentax (que objetiva ajudar os consu-midores na identificação

ARQ reforma

de produtos, materiais, equipamentos e serviços sustentáveis). O material utilizado na confecção dos móveis também possui es-tas características. Na ilumi-nação utilizou-se lâmpadas que geram economia de energia para o prédio.De acordo com a diretora

de projetos, um dos maio-res desafios da obra foi o planejamento e a execução das obras num prazo bas-tante curto devido à alta de-manda de internações que a unidade possui. “Este tem sido um desafio quase que diário que a nossa equipe, em acordo com os forne-cedores e a equipe da ma-nutenção do hospital tem enfrentado com bastante sucesso”, diz Ana Paula.Ela acrescenta que este

projeto tem gerado um re-sultado muito positivo jun-to aos pacientes e usuários da unidade médica, sendo este o objetivo final do tra-balho, que visa alcançar a satisfação do cliente em todos os aspectos.

Page 71: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

71ARQ

Health

Page 72: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

72 ARQ

Health

ARQ reforma

ACABAMENTONão basta um projeto

bem feito para que a cons-trução fique perfeita, para isso é necessário que toda a construção, do início ao fim, seja bem executada, principalmente os serviços de acabamento final. Assim, é com essa responsabilida-de que a Aljo Instalações e Manutenções está à frente dos serviços de acabamen-to da unidade Morumbi do Hospital São Luiz. De acordo com a empresa,

a oportunidade de participar da reforma está sendo algo prazeroso, ainda mais por se tratar de um trabalho de muita responsabilidade, que requer técnicas especiais de serviço e de conduta postu-ral. A empresa considera sa-tisfatória essa parceria com o hospital, principalmente por se tratar de um contato que leva seriedade, visando re-sultados positivos. Há dois anos, a Aljo parti-

cipa das obras da Unidade Morumbi. Neste projeto a empresa ficou responsável pela construção civil dos banheiros, instalações elé-tricas, assentamento de pi-sos, pintura, remoção de entulhos e limpeza de obra. E para cumprir todas essas

tarefas com qualidade e ra-pidez o diretor da Aljo, Alair Guimarães explica que a empresa realiza treinamen-tos constantes para garan-

tir o bom desenvolvimento técnico e correções de pos-tura dos funcionários que atuam nas obras. Essa ca-pacitação costuma ocorrer principalmente em empre-endimentos ligados à área da saúde, já que muitos dos trabalhos são realizados em hospitais em atividade. “Por isso, trabalhamos

sempre dando prioridade máxima aos pacientes e colaboradores de tal forma que nossas atividades não interfiram no andamento da instituição”, afirma Guima-rães. Quanto à conclusão das obras, ele diz que se as liberações de áreas ocorre-rem de forma conveniente, toda a equipe de constru-ção deve finalizar os traba-lhos em agosto deste ano.

ATUAÇÃO NO MERCADO

Há dez anos, a Aljo ofe-rece uma linha de ser-viços para manutenção e instalação nas obras, sendo especializada em reformas gerais, hospi-talares e coorporativas. A empresa conta com 385 colaboradores di-retos e 150 indiretos, dentre os quais, inte-gram a equipe profis-sionais especializados e engenheiros com o mais alto nível de profissio-nalismo. Além disso a Aljo realiza instalações elétricas, drywall, pintu-

ra, assentamento de pi-sos, faz o revestimentos e porcelanatos, marcenaria, mudanças de lay-out, de-molições, rede de dados e telefonia, serralheria, im-permeabilizações de lajes e pisos, fornecimento e instalação de iluminação. A reforma e revitalização do condomínio Pico do Jaraguá, solicitada pela Rede Globo é um dos destaques da Aljo. Em 2011, a empresa atuou em uma obra na AACD (Associação de Assistên-cia à Criança Deficiente).

Page 73: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

73ARQ

Health

• health care business

www. [email protected]

Telefone: 55 21 3174.2097

Gru

po M

ídia

Page 74: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

74 ARQ

Health

CONSTRUÇÃO

Albert Einstein inicia obras da Unidade Alphaville Juruá

Mais um novo em-p r e e n d i m e n t o hospitalar dá seus

passos iniciais no Brasil. A primeira fase das obras da unidade Alphaville Juruá, do Hospital Israelita Albert Eins-tein, em Barueri (SP), tem

previsão para ser concluída em outubro deste ano, se-guindo o Plano de Expansão da Instituição, que prevê a construção de unidades ex-ternas, além da ampliação e reorganização do hospital localizado no bairro do Mo-

Page 75: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

75ARQ

Health

rumbi, em São Paulo (SP). À frente das obras da

nova unidade estão a Kahn do Brasil, responsável pelo projeto arquitetônico e a Afonso França Engenharia, responsável pela constru-ção do prédio. Ambas as empresas já eram parcei-ras do hospital em outras obras. A Afonso França ofe-rece o suporte nas cons-truções feitas pelo Einstein desde 2005 e desde 2002, a Kahn atua na confecção de seus projetos. Além disso, a Kahn é a atual responsável por todo o Plano Diretor de Ampliação e Reforma das unidades do hospital.

A CONSTRUÇÃO

Sobre a construção da unidade Alphaville Juruá, a Afonso França terá um pra-zo de 14 meses para a con-clusão do prédio que será dividido em três andares. De acordo com o engenhei-ro Fávero Junior, diretor de obras da Afonso França, a horizontalização da cons-trução é intencional para reduzir elementos de infra-estrutura predial como ele-vadores, geradores, UPS, en-tre outros. “Além disso, não precisaremos fazer grandes movimentações de terra ou contenções para subso-

los, trabalharemos com um menor volume de terraple-nagem, teremos a possibi-lidade de fazer a fundação profunda em tubulações, sem a presença de água do lençol freático e também ganharemos no cronogra-ma físico de andamento da construção”, explica ele.Ganhar tempo é um fator

importante neste trabalho, já que para a Afonso França um dos principais desafios da construção encontra--se no planejamento da execução da obra para que ela fique pronta dentro do prazo previsto. “Isso, com o agravante vivenciado hoje

no mercado da Construção Civil, que por estar supera-quecido, tem a dificuldade na aquisição de materiais e serviços”, revela Fávero, acrescentando que é ne-cessário contratar uma mé-dia de 300 trabalhadores para a realização da obra.Seguindo todas as ten-

dências atuais, a execução da obra comandada pela Afonso França segue diver-sos procedimentos susten-táveis como reciclagem de materiais, seleção de entu-lhos, ações de proteção ao meio ambiente com o con-trole de ruídos e emissão de gases, proteção contra

AR-CONDICIONADOTodos os procedimentos adotados pela Ergo Engenharia no sistema de ar-condicionado visam a preocupação com o meio ambiente e um alto indíce de produtividade

Page 76: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

76 ARQ

Health

contaminações de solo, parceria apenas com for-necedores comprometidos com sustentabilidade, entre outras ações.O sistema de ar-condicio-

nado, projetado e executa-do pela Ergo, parceira da Afonso França em diver-sos projetos, apresenta várias ações preocupadas com o meio ambiente. “Além disso, os procedi-mentos adotados visam um alto índice de produ-tividade em todos os ní-veis durante a execução da obra”, declara o enge-nheiro e gerente comer-cial da Ergo Engenharia, João Carlos C. Silva. O projeto arquitetônico

também conta com medi-das sustentáveis projeta-das dentro dos conceitos de “Green Building” como racionalização do uso de

CONSTRUÇÃO

água, gerenciamento da demanda energética, qua-lidade do ar nos ambientes internos ao edifício e im-pacto sobre a comunida-de do entorno. “Todos os projetos da Kahn são de-senvolvidos dentro de cri-térios de sustentabilidade, independente se pretende ter algum tipo de certifi-cação”, destaca a arquiteta Eleonora Zioni, coorde-nadora de arquitetura da Kahn.Outro quesito interes-

sante na unidade do Hospital Albert Einstein Alphaville é a intenção de redução de custos na construção, sem alterar o padrão de qualidade nas instalações e manter o conforto no nível conhe-cido da instituição. Qual-quer pessoa que entrar em uma das unidades do

Eleonora Zioni, coordenadora

de arquitetura da Kahn do Brasil

Albert Einstein vai perce-ber a qualidade de cada detalhes da construção. O hospital foi apontado e avaliado pela revista “America Economia In-telligence 2009” como o melhor hospital da Amé-rica Latina. “Nós da Kahn sempre fazemos visitas aos hospitais dos Estados Unidos para trazer a mais atualizada tendência em arquitetura hospitalar”, acrescenta a coordenado-ra da Kahn, Eleonora Zioni.

Page 77: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

77ARQ

Health

AFONSO FRANÇA ENGENHARIAAlém de atuar na área da

saúde, a empresa traba-lha com uma linha diver-sificada de negócios que incluem construções de armazéns portuários, gal-pões de logística, indús-trias, shopping centers, etc. Através de um atendi-

mento diferenciado para o setor hospitalar, a constru-tora já participou de obras para hospitais, clínicas e laboratórios como IGESP, Santa Catarina, Beneficên-cia Portuguesa, 9 de Julho, Novo Atibaia, Santa Hele-na, Hospital da Luz (Grupo Amil), Sérgio Franco Me-dicina Diagnóstica, Foccus

Medicina Diagnóstica e Laboratório Fleury. Quanto à parceria com

o Hospital Albert Einstein, a Afonso França se orgu-lha de tê-lo na carteira de clientes, tendo em vista que a entidade utiliza nas suas obras conceitos que apri-moram conhecimentos nos empreendimentos hospita-lares. “Podemos citar a di-ferenciação pela qualidade, inovação nos projetos, mo-derna tecnologia de equi-pamentos, produtos es-peciais para acabamentos, preocupação ambiental, entre outros fatores”, des-taca o engenheiro Fávero.

FICHA TÉCNICA

Unidade Alphaville Juruá, Hospital Israelita Albert EinsteinEndereço: Rua Juruá, 706 e 658- Barueri-SPData do Projeto: Abril a Set/2010Obra: 2011 a 2012Área do terreno: 11.931,80 m2Área total construída: 8.443,92 m2 nesta Primeira Fase.Arquitetura:Albert Kahn Family of Companies / Kahn do Brasil Ltda.Arquitetura: Arq. Arthur Brito, LEED AP, EDAC (autor), Alan Cobb, AIA, LEED AP, John Hrovat, OAA, LEED AP; Interiores: Carolina Botelho, LEED AP,Coordenação: Arq. Eleonora Zioni, LEED AP (co-autora);Colaboradores: Carlos Manuel Sequeira Junior, Luiz Guilherme Chada, Rubens Witthoeft, Denilson Sabion, Adriana Salles, Ana Paula Coutinho, Deborah Granha, Deborah Mancebo, André Ro-drigues, Wilson Seto, Marcela Batista, Marina Caio, Jonas Xavier, Edneide Lopes, , Bruna Monzillo, Aracelle Sampaio.Gerenciamento de licitação: Kahn do Brasil Ltda.- Eng. Manoel Pereira.Projetos: Ar-condicionado: Clima Clean EngenhariaFornecimento e Instalação Ar-Condicionado: Ergo EngenhariaPrevenção e Combate a Incêndio: EngepointObra: Construção: Afonso França Engenharia

Page 78: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

78 ARQ

Health

CONSTRUÇÃO

Obras no Morumbi Ao alinhar a infraestru-

tura física com exi-gências das moder-

nas tecnologias, à realidade da prática médica e aos rigo-rosos requisitos de qualida-de, o Hospital Israelita Albert Einstein contratou a Hochtief do Brasil para as obras do Edifício 03 e a passarela de interligação entre os blocos B, C, D - na Unidade do Mo-rumbi, em São Paulo (SP).

No ano passado, a Hochtief concluiu essa obra de expan-são do hospital com a finali-zação do bloco E (Prédio 3). A edificação é constituída por nove andares, sendo cinco subsolos e quatro pavimen-tos. Os subsolos são destina-dos ao estacionamento, com aproximadamente 1.340 va-gas e os pavimentos destina-dos ao refeitório, ao conforto de funcionários, ao velório,

farmácia, laboratório, pre-sidência, administração e consultórios.“Na execução deste em-

preendimento, várias so-luções de logística e en-genharia foram utilizadas como, por exemplo, a lo-gística de acesso de ma-teriais e equipamentos à obra, que estava ocorrendo simultaneamente com o hospital em funcionamento

Page 79: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

79ARQ

Health

e a utilização de um siste-ma de cubetas para execu-tar a estrutura de concreto, o que otimizou a produtivi-dade e reduziu o consumo de concreto e de aço”, afir-ma Junia Roggia, engenhei-ra de contratos da unidade.Além disso, no período de

maior complexidade da obra (escavação dos subsolos e divisão de fases II e III), a so-lução encontrada foi a colo-cação de perfis metálicos e eucaliptos como ‘barreiras’ ao terreno, para a execução da escavação dos subsolos da Fase II. Tal solução foi exausti-vamente estudada pela con-sultoria de fundações.Outro destaque, deve-se

ao fato de que atenden-do à grande preocupação do cliente, voltada para a sustentabilidade, a obra foi projetada e executada para a obtenção da certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), na categoria Silver. O que sig-nifica que em todo o proces-so construtivo foram criadas soluções que permitissem reduzir os impactos ao meio ambiente.Na expansão do Hospital

Albert Einstein, o hospital continuou seu funcionamen-to, sem qualquer interferên-cia em suas atividades admi-nistrativas e de atendimento médico. Para que os pacien-tes não sejam incomodados, a Hochtief buscou metodolo-gias alternativas de execução, dispositivos atenuadores de ruído, além de horários espe-ciais para execução dos tra-balhos, quando necessário.Este contrato com o Hospi-

tal Albert Einstein acrescen-ta ao portfólio da Hochtief mais uma referência no segmento hospitalar, que já executou obras para o Hos-pital Alemão Oswaldo Cruz, Hospital Samaritano, Labo-ratórios Fleury, entre outros.45 anos de atuação - Em

2011, a Hochtief comple-tou 45 anos de atuação no Brasil, onde se destaca en-tre as mais admiradas no mercado de construção. A empresa fundada em agos-to de 1966, com sede em São Paulo e forte atuação nas áreas de engenharia e construção, executou mais de 400 obras para os mer-cados de edificações, in-dustrial e infraestrutura.

Page 80: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

80 ARQ

Health

PLANEJAMENTO

Saúde com estrutura Hospital de Trauma e outras Urgências da Santa Casa de Montes Claros (MG) promove novas perspectivas no tratamento com estrutura renovada

Seguem em desenvol-vimento os primeiros projetos de um novo

espaço de saúde na região Norte de Minas Gerais. O Hospital do Trauma é uma proposta bem inovadora da Santa Casa de Montes Cla-ros (MG), formulada junto ao Governo do Estado, vi-sando adequar a estrutura da instituição para cumprir seu papel como referência regional do trauma maior. Este mais novo empreen-

dimento contará com qua-tro pavimentos, em uma área total de 28.800 m². A edificação terá cerca de 500 vagas de estacionamen-tos, além de um pronto--atendimento com sistema Fast Track com 40 boxes e mais seis consultórios, além de contar com serviços diagnósticos de ressonân-cia magnética, tomografia computadorizada, raios-x, ultrassom, endoscopia e métodos gráficos. A insti-

tuição ainda terá um am-bulatório com nove consul-tórios e uma área adicional com espaços de apoio, sala de treinamento, entre ou-tros locais.Nesse primeiro momento,

a liberação de recursos des-tina-se à elaboração de pro-jetos arquitetônicos e com-plementares, destinados à programação do funciona-mento de um hospital mo-derno, inicialmente projeta-do para oferecer 150 leitos.

A expectativa é de que este empreendimento da saúde tenha em médio prazo uma unidade de pronto-socorro suficiente-mente dimensionada para o atendimento regional com excelência, além da regularização da oferta de leitos, em projeção para atender a necessidade até 2030, cuja carência vem evoluindo à medida que a instituição aumenta em sua eficiência.

Carlos Leal, diretor da Carlos Leal Engenheiros e Consultores

A Carlos Leal Engenheiros e Consultores é uma empre-sa especializada em consul-toria e desenvolvimento de projetos de engenharia de estruturas, que com mais de 25 anos de mercado, atende todo o território brasileiro e tem experiência em merca-dos no exterior como Portu-

ATUAÇÃO DA CARLOS LEALgal e Angola.A empresa possui um

quadro técnico permanen-te composto por engenhei-ros e projetistas, que detém conhecimento privilegiado de todos os serviços reali-zados pela instituição e uti-lizam as mais avançadas e modernas técnicas de pro-

jeto e dimensionamento. As soluções inovadoras e

o serviço de suporte inin-terrupto ás obras são os ca-minhos de sucesso que têm sido trilhados ao longo da nossa história. É com essa estrutura que queremos realizar o melhor projeto e acompanhar sua obra.

Page 81: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

81ARQ

Health

Qualquer instituição que vai construir algum prédio necessita de um planeja-mento detalhado da obra. Neste contexto, estão in-clusos os projetos funda-mentais, a exemplo o de estrutura de concreto, res-ponsável por todas as di-mensões de pilares, vigas, lajes, bem como a compo-sição do concreto a ser uti-lizado no edifício. De olho neste quesito,

a Santa Casa de Mon-tes Claros (MG), buscou adotar essa medida para a estrutura do seu Novo Hospital de Trauma e ou-tras Urgências. A institui-

PLANEJAMENTO DETALHADOção fez parceria com a Carlos Leal Engenheiros Consultores (CLEC) para projetar cada detalhe do prédio que terá quatro pavimentos.Segundo o diretor da

empresa de engenha-ria, Carlos Leal, a parceria da empresa com a San-ta Casa, surgiu a partir dos arquitetos que foram sendo contratados para a obra e que chamou a CLEC com base na experiência em obras hospitalares. Quanto à atuação da em-

presa de engenharia neste empreendimento hospita-lar, o diretor conta que está

sendo bastante agradável do ponto de vista técnico e de relacionamento. Ele diz que os técnicos da Santa Casa colocam sempre per-guntas muito coerentes e que tornam o desenvolvi-mento do projeto com alto nível técnico.Os projetos de fundações

nas obras do Hospital do Trauma são o resultado de ensaios e sondagens que são realizadas no tempo correto, segundo explica o diretor Carlos Leal.O projeto executivo des-

te hospital feito antes do início da obra. Depois que a obra começou, a equipe

da CLEC acompanha de perto e avalia todas as al-terações que sempre po-dem acontecer. “No final da obra é feito e emitido uma versão do projeto com o carimbo de ‘Como Construído’ para servir de base para futuras altera-ções”, informa.Em relação ao desafio

da obra, Leal afirma que neste novo projeto está em se conseguir uma es-trutura com o baixo custo atendendo estritamente às Normas Técnicas Brasi-leiras no que se referem à segurança, condições de serviço e durabilidade.

Grupo M

ídia

Page 82: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

82 ARQ

Health

ARQ empresa

Bross Consultoria e Arquitetura atua na definição de negócios e projetos de edifícios voltados à saúde, educação superior, ciência e tecnologia

Foto

: Nic

ola

Laba

te

Produções com projetos detalhados

Page 83: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

83ARQ

Health

Com 52 anos de sua fundação, a Bross Consultoria e Ar-

quitetura atua exclusiva-mente na definição de negócios e projetos de edifícios voltados à Saúde, Educação Superior, Ciên-cia e Tecnologia, nos quais os conhecimentos das de-mandas e a definição dos serviços a serem presta-dos com seus recursos de suporte, antecedem a concepção arquitetônica do edifício que os aloja.Como afirma o arqui-

teto João Carlos Bross, a atuação profissional da empresa tem como pro-duto de criação e proje-ção, novos edifícios ou a reorganização de prédios existentes e em operação. “É o caso da Beneficência

Portuguesa de São Paulo (SP) em que projetamos e acompanhamos cada eta-pa da construção.”Ele conta que a empresa

fez a reorganização do an-tigo Hospital São Joaquim e que atualmente participa da expansão do Hospital São José, o qual, de acordo com a Bross, está absolu-tamente alinhado com as estratégias da instituiçãoNo campo da arquitetura

para a saúde, os edifícios criados pela Bross deve-rão ser compreendidos, concebidos e projetados caso a caso, em uma in-teração fluída e inovadora entre os objetivos empre-sariais e práticas previstas na produção da atenção aos pacientes. Conforme o arquiteto João Carlos

Foto

: Nic

ola

Laba

te

Bross, a empresa busca ter uma preocupação com cada detalhe do empre-endimento, tendo como missão promover a inte-gração entre operadores e projetistas para propor e realizar procedimentos inovadores com qualida-de. “Com base nos proces-sos de atenção, buscamos incorporar novos conheci-mentos e tecnologias dis-poníveis no momento.”Nas produções da Bross,

a humanística e a sustenta-bilidade se integram à ar-quitetura das edificações, procurando responder aos anseios e expectativas de todos os frequentadores dos espaços, criando sen-sações que minimizam o estresse dos usuários do ambiente hospitalar.

Page 84: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

84 ARQ

Health

ARQ empresa

A definição estratégica da Bross em atuar com modernidade na concep-ção de seus projetos a partir do elenco de experi-ências vividas nas últimas cinco décadas, credencia a empresa a trazer contri-buições sólidas e inova-doras aos clientes sobre a gestão e sobre os edifí-cios, segundo metodolo-gias de decisões clínicas e operacionais integradas, que tem foco no compor-tamento e no bem-estar das pessoas e na viabili-dade da instituição.

João Carlos Bross relata que a experiência profissio-nal da sua equipe permite a projeção de tendências e a aplicação de conhecimen-tos adquiridos em proje-tos realizados e em curso, como acontece atualmen-te na reorganização física do Hospital das Clínicas de Porto Alegre, da UFRGS e do novo Centro de Trauma da Santa Casa de Montes Claros, em Minas Gerais.Ele ressalta que esta cul-

tura, que ocupa as diversas competências da empre-sa, permite que os usu-

ários afirmem com toda convicção que o complexo hospitalar da Beneficência Portuguesa de São Paulo (SP), já se despontou no cenário da saúde e a cada momento tem se conso-lidado internacionalmente como um centro de ex-celência e referência em oncologia. “É mais uma especialidade da medici-na, integrada como tantas outras que consolidaram seu prestígio e reconheci-mento por toda sociedade ao longo de vários anos no Brasil”, diz o arquiteto.

Foto

: Nic

ola

Laba

te

Page 85: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

85ARQ

Health

FICHA TÉCNICA

Hospital São José - Beneficência PortuguesaEndereço: Rua Martiniano de Carvalho - Paraíso - São PauloData do Projeto: 2003Obra: Conclusão 1ª fase: 2006Expansão: Projeto: 2011/ 2012Área do terreno: 7.558,94 m2Área total construída: 24.194,72 m2Nº pavimentos: 9 pavimentos + térreo + 4 subsolos90 leitos / 7 salas cirúrgicas de alta complexidadeArquitetura: Bross Consultoria e ArquiteturaInteriores: Bross Consultoria e ArquiteturaComunicação Visual: Bross Consultoria e ArquiteturaProjetos:Ar-condicionado: EngethermConsultoria de caixilhos: Belmetal/CosbiemElétrico e hidráulico: MBM Engenharia:Luminotécnico: Senzi

Page 86: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

86 ARQ

Health

EXPANSÃO

Mais agilidade na entrega de resultados Abertura da Unidade Sustentável Alphaville do Fleury Medicina e Saúde garante atendimento em diversas especialidades para mais de 5 mil pacientes ao mês

Page 87: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

87ARQ

Health

Evoluir na qualidade do atendimento ao públi-co tem sido uma meta

constante nos princípios do Grupo Fleury quando o assunto é saúde. Por isso, o grupo acaba de inaugu-rar a Unidade Sustentável Alphaville da marca Fleury Medicina e Saúde, na re-gião de Barueri (SP) e San-tana do Parnaíba (SP).O espaço oferece aos

clientes os serviços do Centro de Medicina Diag-nóstica Integrada, como o Vila da Saúde Fleury (aten-dimento pediátrico) e o Gestar Fleury (voltado a gestantes). Também pos-sui um espaço dedicado ao atendimento do pú-blico feminino, o Núcleo de Saúde da Mulher. Essa

gama de especialidades garante ao paciente um tratamento mais rápido e avançando, sem precisar se deslocar para várias clí-nicas da cidade.O prédio tem cerca de

sete mil m² de área total e capacidade para aten-der sete mil pacientes por mês. Com uma oferta de serviços de medicina diagnóstica, como vaci-nas, tomografia e resso-nância magnética, a nova unidade é a segunda maior da rede. Em termos de formatação do em-preendimento, o local foi construído por meio de uma modalidade contra-tual chamada de Buit To Suit com prazo de locação de 15 anos. Essa unidade é

a primeira do Grupo Fleu-ry da qual o Grupo Matec participa como investidor e construtor. Este empreendimento é

o primeiro “Buit To Suit” (construído para servir) do ramo de medicina diag-nóstica desenvolvido pelo Grupo Matec. De acordo com o diretor de obras da Matec Engenharia, Cleber Saccoman, a empresa par-ticipar da construção de um empreendimento liga-do ao Grupo Fleury foi um desafio assumido a ‘qua-tro mãos’. Ele conta que o projeto foi desenvolvido e executado em prazo re-corde, respeitando um alto padrão de qualidade.“Nossa equipe criou essa

linha de serviço, para aten-

der as necessidades dos clientes”, enfatiza João de Lucca, diretor engenhei-ro e patrimonial do Gru-po Fleury. Ele afirma que a estrutura do prédio foi pensada para uma possí-vel expansão de mais dois pavimentos, sendo algo já previsto na composição da obra, já que possui sistema de automação predial.Segundo o diretor execu-

tivo de negócios do Grupo Fleury, Wilson Pedreira, a unidade fica em uma re-gião residencial muito grande, além de ter várias empresas instaladas por lá. “Nós temos ali uma ampla possibilidade de atender esses clientes. É uma so-matória inédita de bene-fícios.” Ele ainda relembra

Page 88: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

88 ARQ

Health

EXPANSÃO

que a proposta de criação da Unidade Fleury Alpha-ville surgiu há cerca de quatro anos, devido ao crescimento econômico e populacional daquela região. Na hora de montar o

plano de construção, o Grupo preocupou-se com a localização, principal-mente em encontrar uma região que tivesse espa-ço para colocar todo o projeto em prática. Nes-ta unidade, o paciente é atendido em uma “super unidade” que possui de-zenas de especialidades médicas. “É uma unidade, para realizar uma ‘investi-gação’ diagnóstica”, afir-ma Pedreira, sobre o em-preendimento que leva ao público um conjunto de atendimentos com a realização de análises e exames por etapas. Um dos diferenciais des-

Nesta obra foram utiliza-dos os principais sistemas construtivos, a fim de ga-rantir a qualidade e prazo de execução, bem como a adoção de sistemas que priorizem a maior efici-ência energética e acaba-mentos de alta qualidade e durabilidade, garantin-do assim uma menor ma-nutenção predial e custo operacional abaixo da mé-dia dos empreendimentos convencionais.Durante as obras foram

executadas fundações profundas em hélice con-tínua, minimizando assim o risco de prazo, devido à alta velocidade de exe-cução das mesmas. A exe-

RADIOGRAFIA DA OBRA

cução da superestrutura pré-moldada em pilares e vigas pré-fabricadas e lajes alveores, também garantiram a qualidade e produtividade de um sis-tema industrializado, além da adoção de laje zero.As fundações e estrutura

da unidade estão dimen-sionadas para uma futura ampliação de mais dois pavimentos em estrutura metálica, minimizando a interferência com as áreas existentes, segundo afir-ma Saccoman. Ele conta que as vedações internas são em drywall com duas placas de 15 milímetros e montantes, enchimen-to com lã de rocha com

tes tratamentos são os equipamentos tecnológi-cos, que estão entre os mais modernos do Bra-sil, segundo a direção do Grupo Fleury. No setor de exames por imagem, há equipamentos de última geração, como a tomo-grafia computadorizada que emite baixa radiação. “Para isso, nossa equipe utiliza softwares que fa-zem o gerenciamento e controle da exposição do paciente à radiação”, ex-plica Pedreira.A criançada também foi

lembrada nesta unidade. “Temos uma parte recre-ativa que ajuda no acolhi-mento das crianças.” Este espaço infantil tem par-ceria com a Vila Sésamo, dos EUA, com uma estru-tura baseada nestes per-sonagens. A unidade tem um espaço direcionado para mães gestantes.

Wilson Pedreira, diretor executivo de Negócios do Grupo Fleury

Page 89: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

89ARQ

Health

espessura de 600 mm e densidade de 32kg/m³. A fachada do prédio pos-

sui fechamentos externos verticais com sistema “glas-sing” (vidros laminados su-portados em estrutura me-tálica de aço inox), chapas de alumínio compostos fixados em estrutura me-tálica e painéis laminados (TS exterior – Fórmica). A estrutura em aço inox au-menta a durabilidade do sistema e valoriza a sua estética. Além ser modu-lada, e ter uma estrutura desmontável na região da sala da ressonância, visan-do as mudanças de layout do equipamento.As instalações de ar con-

dicionado e exaustão são de dois tipos, sendo um com expansão direta utili-zando equipamentos VRF, que atenderão as áreas destinadas a conforto. O outro é um sistema de expansão indireta, com a utilização de duas unida-des resfriadoras de água, bombas de recirculação de água e condicionado-res de ar do tipo “fan coil”, destinado aos ambientes de exames especializados. Com a utilização desse sistema reduzirá o número de descidas de água plu-vial, evitando a formação de vortex (escoamento giratório) no interior das tubulações.

FACHADAA fachada do prédio possui fechamentos externos verticais com sistema “glassing” (vidros laminados suportados em estrutura metálica de aço inox), chapas de alumínio compostos fixados em estrutura metálica e painéis laminados.

Page 90: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

90 ARQ

Health

Cleber Saccoman, diretor de obras da Matec Engenharia

EXPANSÃO

Em tempos de preocu-pação com a proteção ambiental, o Grupo Fleu-ry procura fazer sua par-te com a natureza. Nesta unidade a empresa busca a certificação LEED (Lea-dership in Energy and En-vironmental Design) Gold. Mas, para conseguir este certificado, o grupo está atento com a economia da energia, aproveitamen-to da água da chuva, im-plantação de telhados ver-des, entre outras medidas. “Esse telhado possui todo um paisagismo nele, que ajuda na redução do con-sumo de energia”, destaca o engenheiro João de Luc-ca, do Grupo Fleury. Toda a obra do local rece-

beu a consultoria ambien-

SAÚDE SUSTENTÁVELtal da empresa Cushman & Wakefield, que orientou cada detalhe para a con-quista do selo. A parte de iluminação foi montada pela empresa Esther Stiller, especializada neste setor, e a parte de paisagismo ficou por conta da Eca-fe. Esses dois quesitos da obra seguiram a exigência em relação ao LEED. Foi uma conciliação para os dois lados.” Foram usadas lâmpadas frias, para não atrapalhar o atendimento do paciente. Conforme Saccoman, as

obras da Matec, indepen-dentemente de serem cer-tificadas ou não, recebem uma análise de todas as implicações ambientais do empreendimento.

Fundada em 1990, a Matec conta com mais de 4 milhões de metros quadrados cons-truídos em todo o território nacional, o seu principal foco visa à excelência de cons-trução nas áreas comerciais e industriais. Hoje, após 21 anos de intenso trabalho, de contínuo aperfeiçoamento tecnológico e organizacio-nal, plenamente coroados de êxito, a Matec Engenha-ria tem sua história contada por mais de 450 obras bem executadas, nos segmentos comercial e industrial, que atestam de maneira inequí-voca que o caminho adota-do está correto.Uma das marcantes ca-

racterísticas da Matec En-genharia é a visão do todo, o que fomentou a funda-ção da Matec Investimen-tos, consolidando definiti-vamente o Grupo Matec,

MATEC

como uma empresa viabi-lizadora de negócios com alta capacidade de perfor-mance. O Grupo também possui o Instituto Matec, uma organização sem fins lucrativos que contribui para o desenvolvimento da sociedade.Nos últimos dois anos, a

Matec Engenharia tem atu-ado de forma representati-va no segmento hospitalar/laboratorial, ao executar as obras de Retrofit do Insti-tuto de Radiologia do Hos-pital das Clínicas – FMUSP, Icesp (Instituto do Câncer de São Paulo) e destacamos a inauguração recém realiza-da da Unidade Sustentável Alphaville do Fleury Medici-na e Saúde, que trata-se de um Buit To Suit da Matec Investimentos e constru-ção da Matec Engenharia. www.matec.com.br

Page 91: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

91ARQ

Health

Page 92: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

92 ARQ

Health

EXPANSÃO

A ACR Arquitetura e Plane-jamento também participou dos trabalhos da Unidade Fleury Alphaville. Grande co-nhecedora do Grupo Fleury, já que desenvolve projetos para a rede desde os anos 90, a obra foi mais um desafio para a empresa. De acordo com Antonio Carlos Rodri-gues, arquiteto da ACR, o projeto de grandes propor-ções foi feito em pouco tem-po, envolveu um grande nú-mero de pessoas e recebeu o certificado Gold pelo LEED. De acordo com Antonio

Carlos, a parceria entre ACR e Fleury surgiu quando a empresa começou a traba-lhar com o arquiteto que desenvolvia os projetos para o Fleury, Eduardo Martins de Almeida. “Aprendi tudo o que sei com o Almeida e

MOBILIÁRIO COM NOVOS CONCEITOSdemais colaboradores do Grupo Fleury. Não acredito em projeto de arquitetura que saia de uma cabeça só, aprendi muito escutando meus clientes e seus cola-boradores”, revela ele.Inicialmente Antonio Carlos

foi contratado como consul-tor para este projeto, com a missão de representar o Grupo Fleury frente ao es-critório de arquitetura con-tratado. “Com o passar do tempo acabei dividindo a autoria de projetos com eles, participando ativamente da elaboração e propondo ino-vações para o grupo”, salien-ta Antonio Carlos. Para o trabalho realizado

junto à Unidade Alphaville, destacam-se os desenhos do mobiliário, em que a ACR cria um novo conceito baseado

em linhas suaves, contínuas e curvas, contrastando o bran-co e a madeira com cores su-aves. Ao desenhar os móveis, a ACR usa materiais ecológi-cos, certificados e de longa duração como SSM e MDF.Quanto ao predomínio na

arquitetura de linhas horizon-tais, em branco e marrom, Rodrigues afirma que há tempos sua equipe debateu com o grupo os conceitos de sua imagem corporativa. “Como conceito principal, usamos essas características de encontro com a ideia da sustentabilidade, associando terra, madeira e ecologia”.Paisagismo - Todo projeto

de arquitetura fica completo quando integrado com um bom paisagismo e de inte-riores. Na Unidade Alphaville foram usadas áreas verdes e

permeáveis como pré-requi-sitos da certificação LEED. O edifício tem um telhado ver-de na cobertura, um recurso incrível que retarda a água das chuvas de chegarem às galerias pluviais urbanas e que amenizam a temperatu-ra interna do edifício, man-tendo-o mais fresco e com a temperatura mais estável. De acordo com Antonio

Carlos, todo projeto sus-tentável é mais complexo, mas o resultado é muito “gratificante”. A Consulto-ria da Cushman & Wake-field foi essencial e a in-tegração do cliente com a construtora e toda a equi-pe de projetos foi funda-mental para o sucesso do empreendimento, princi-palmente quando se trata de um “edifício verde”.

Page 93: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

93ARQ

Health

Criada em 1998, o ess-critório ACR Arquitetura e Planejamento desenvolve projetos em diversos seg-mentos, principalmente tra-balhos voltados para a área de saúde. O escritório conta com uma equipe de profis-sionais capacitada em ofe-recer diversos serviços da área de arquitetura, desde consultoria e projetos até o gerenciamento completo da obra.O escritório é destaque

em projetos de clínicas de reprodução humana, centros de diagnósticos e hospitais. A abordagem multidisciplinar é um dos princípios a que a empre-sa se dedica. A experiência acumulada na elabora-ção de soluções voltadas à área da saúde permite conferir a este segmento

ACR ARQUITETURA E PLANEJAMENTOuma atenção especial a seus projetos. Para o setor da saúde, hoje é conside-rada referência em todo o território nacional. Nos últimos anos, a ACR

tem buscado implantar o que há de melhor nos pro-jetos de conceituados hos-pitais e clínicas do País. Se-gundo os arquitetos Antonio Carlos Rodrigues e Rafael Tozo, sócios da ACR, o setor de saúde é muito dinâmico, com constantes inovações tecnológicas e a empresa tem como missão acompa-nhar esta dinâmica e se re-novar sempre.Outro diferencial da em-

presa é produzir com singularidade o projeto, construindo a identidade corporativa do cliente. Para colocar isso em prática, a ACR estabelece diálogo

com diversos setores da empresa contratante, des-de a diretoria até médicos, enfermagem, engenharia clínica, hotelaria, adminis-tração, TI, e outros. Além das abordagens cita-

das, ACR tem como missão a sustentabilidade e a hu-manização dos ambientes, sem perder eficiência e sem-pre atendendo às normas dos órgãos fiscalizadores do setor. A empresa possui diversos projetos com certi-ficação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) na categoria Ouro.ACR Arquitetura tem como

alguns de seus clientes: Clíni-ca Huntington, Grupo Fleury, SalomãoZoppi Diagnósticos, Hospital das Clínicas de São Paulo, Hospital do Coração, dentre outras importantes instituições nacionais.

Antonio Carlos Rodrigues, arquiteto da ACR Arquitetura e Planejamento

Rafael Tozo, arquiteto da ACR Arquitetura e Planejamento

Page 94: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

94 ARQ

Health

Com mais de 30 anos de atuação na cida-de de São Paulo, o

SalomãoZoppi Diagnósti-cos (SZD) acaba de inau-gurar sua 5º unidade, loca-

lizada na região do Portal do Morumbi. No total, foram investidos cerca de cinco milhões de reais no empreendimento, incluin-do a reforma e adapta-

ção do prédio que abriga a unidade, assim como a aquisição de modernos equipamentos médicos. A nova unidade, cujos di-

ferenciais são a localização

SalomãoZoppi inaugura nova unidade

EXPANSÃO

Page 95: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

95ARQ

Health

privilegiada, dimensiona-mento apropriado para atender a demanda repri-mida da região e estaciona-mento próprio, destaca-se pela funcionalidade, prati-cidade e conforto voltados para pacientes, médicos e funcionários. De acordo com Dr. Cláudio Cirino, di-retor de atendimento do SZD, dentro do conceito de funcionalidade, os três andares reservados para o atendimento ao público foram divididos para que a recepção ficasse no Me-zanino, entre as áreas de exames de imagem e dos exames laboratoriais. “Des-ta forma, diminuímos a cir-culação interna e aumenta-mos o conforto para nossos clientes”, acrescenta.A responsável por pro-

piciar toda essa estrutura eficiente no atendimento

da unidade foi a ACR Ar-quitetura, que assessorou a direção do SZD na me-lhor forma de implantar a nova unidade, respei-tando, entre outros itens o meio ambiente, através de materiais sustentáveis. De acordo com o arquiteto Antonio Carlos Rodrigues, por se tratar de um edifício pré-existente, realizou-se uma reforma tirando pro-veito das boas qualidades encontradas, como a ilu-minação natural. “Levamos em conta também a utili-zação de forros modula-res, madeira certificada e paredes em gesso, dando maior flexibilidade ao pro-jeto em caso de reforma ou expansão”, revela Ro-drigues.“Tintas à base de água,

drywall entre outros ma-teriais recicláveis, além de

produtos para baixar a car-ga térmica e economizar energia como insulfilm e pintura branca elastomé-rica na laje (Cool Roof), também foram prioridade na obra”, afirma Wagner Augusto de Carvalho, di-retor da Leme de Carvalho, construtora responsável pela execução da obra. Além de sustentabilidade

e flexibilidade, o projeto da nova unidade também comtempla amplos pavi-mentos. “Para isso, modi-ficamos o acesso principal do edifício adequando o programa da unidade ao fluxo e circulação dos usu-ários”, salienta o arquiteto acrescentando que a fa-chada também recebeu atenção especial, ao utili-zar a cor verde com o in-tuito de criar forte identi-dade com a marca do SZD,

Page 96: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

96 ARQ

Health

EXPANSÃO

ESTRUTURA E ATENDIMENTO

Contando com uma equi-pe de 50 colaboradores e 20 médicos, a unidade Portal do Morumbi pro-porciona exames nas áreas de análises clínicas, anato-mia patológica, cardiolo-gia, centro de mama, cen-tro diagnóstico molecular, citopatologia, densitome-tria óssea, genitoscopia, medicina fetal, patologia molecular, raio X digital e ultrassonografia. “Com esta unidade, pro-

moveremos um atendimen-to de elevado padrão para a região, respondendo a uma demanda identificada. Também ofereceremos no-vos exames como Raio-X Digital, diferencial na região, com comodidade e fácil acesso, além de estaciona-mento no local”, afirmam Dr. Paulo Zoppi e Dr. Luis Salo-mão, fundadores da rede.Preparada para atender

500 pacientes por dia, o projeto desta unidade já contempla uma expan-são de oferta de horá-rios e de novos serviços como mamotomia e eco-cardiografia com estresse farmacológico.Além da Unidade Portal

do Morumbi, o Salomão-Zoppi Diagnósticos pos-sui mais quatro unidades, Morumbi-Panamby a 800 metros do Shopping Jar-dim Sul, tradicional en-dereço naquela região em São Paulo (SP), e que seguirá seu atendimento já reconhecido pela clien-tela local. As outras sedes são a de Ibirapuera Divino Salvador (seu atual prédio fica na região paulistana de Moema Araguari) e a de Paraíso (sendo uma unidade pioneira de ser-viços conhecidos da Salo-mãoZoppi Diagnósticos).

fazendo uma analogia à unidade Paraíso, a primei-ra do grupo. A rapidez com a qual a

obra foi entregue, tam-bém merece destaque, já que tudo ficou pronto em 90 dias. Dessa forma, de acordo com o diretor da Leme de Carvalho, o prazo de execução da obra foi o maior desafio encontrado pela cons-

trutora, pois em 75 dias o prédio deveria estar pronto para receber to-dos os móveis, computa-dores e equipamentos, já tendo, inclusive, alguns exames agendados. Tal feito orgulha a direção da Leme de Carvalho que salienta que o surgimen-to do empreendimento se deu a partir de muita organização, disciplina e

trabalho. As empresas subcontra-

tadas mais significativas neste empreendimento foram a Wallplac – for-ro e drywall, Marmoraria Sardep - fornecedora de granito, Athenas Portas e Madeiras - fornecimen-to de portas certificadas. Além da Necipa ,La Fon-te, Tintas Suvinil, Deca, entre outras.

Page 97: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

CONSTRUTORA LEME DE CARVALHO

Este não é o primeiro empreendimento da Sa-lomãoZoppi que a Cons-trutora Leme de Carvalho participa. A empresa atua no crescimento da Salo-mãoZoppi há oito anos e confirma que há von-tade de continuar esta parceria. “Esta é a nossa

segunda obra completa, anteriormente executamos a filial de Moema”, relata Wagner Augusto de Carva-lho, diretor da Construtora.Os engenheiros respon-

sáveis da Leme de Carva-lho, já executaram vários tipos de obras na área da saúde, a exemplo do Hos-

pital Geral de Itaquaque-cetuba (SP), Hospital do Câncer Infantil de Soroca-ba (SP), Unidade Básica de Saúde Matsutami, do Jar-dim Santo Antônio, do Par-que Novo Mundo, ambos em São Paulo e também o Laboratório SalomãoZoppi – Unidade Moema.

Page 98: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

98 ARQ

Health

EXPANSÃO

FICHA TÉCNICA

Obra: SalomãoZoppi Diagnósticos – Portal do MorumbiÁrea do terreno: 827m²Área total construída: 1305,00m²Nº pavimentos: 04 (garagem e mais três andares )Vagas estacionamentos: 22 fixasArquitetura: ACR Arquitetura e Planejamento Ltda.Coordenação: Antonio Carlos Rodrigues Colaboradores: Rafael Tozo e equipeEngenheiros responsáveis: Cristiane Borges de Carvalho e Wagner Augusto de CarvalhoEngenheiro Eletricista: Helio Massami KussabaGerenciamento de licitação: Dr. Maroti e Dr. CirinoColaboradores: Dr. Roberto GalesiAr-condicionado: Eng.º Mec. Reinaldo José dos Santos - CLCElétrico e hidráulico: Engº Helio Massami Kussaba - CLCLuminotécnica: ACR Arquitetura e PlanejamentoExecução da obra: Construtora Leme de Carvalho FornecedoresEsquadrarias madeira: Construtora Leme de Carvalho Estrutura metálica: Construtora Leme de Carvalho Instalações Hidráulicas e Elétricas: Construtora Leme de Carvalho

ACR ARQUITETURA E PLANEJAMENTO

Trabalhando em parce-ria com a SalomãoZo-ppi Diagnósticos desde 2009, ao elaborar proje-tos voltados ao setor de saúde, a ACR Arquitetu-ra e Planejamento busca sempre atualizar o co-nhecimento interdisci-plinar e técnico que esta específica área de arqui-tetura requer, levando em conta também a vi-são abrangente de seu funcionamento, o perfil

do usuário e do cliente.Com um corpo de 10 ar-

quitetos e equipe adminis-trativa e de campo como apoio, a ACR Arquitetura e Planejamento busca aliar em seus projetos: estética, programa de necessidades do projeto e sustentabili-dade. Leva em conta tam-bém o complexo fluxo de trabalho, ergonomia e fun-cionalidades do setor, que são os principais desafios de um bom projeto.

Page 99: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

A maior cooperativa médica do mundo solidifica sua atuação no Brasil, construindo hospitais pelos quatro cantos do país

Unimed BrasilES

PECI

AL U

NIM

ED

Page 100: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

100 ARQ

Health

ESPECIAL UNIMED

Unimed do BrasilPresidente da Unimed do Brasil diz que construção de hospitais da cooperativa no País vem suprir demanda necessária há vários anos

Uma clássica identi-dade formada por meio das necessida-

des da saúde do brasileiro corresponde ao serviço prestado pela Unimed em centenas de municípios do País. Para confirmar todo esse potencial, basta visi-tar as principais cidades do Brasil para verificar a força da marca e trabalho desenvolvido por esta co-operativa médica. Nos últimos cinco anos,

uma perceptível expansão da instituição tem movi-mentado vários setores da construção civil, com a cria-ção de hospitais da própria rede. O Dr. Eudes de Freitas Aquino, presidente da Uni-med do Brasil desde 2009, afirma à HealthArq que essa constante ampliação da cooperativa no território nacional está em torno de 15 %, sendo um fortalece-dor para a qualidade dos serviços da Unimed. Ele ainda fez uma análise dos principais iniciativas desta atual diretoria.

Como o Sr. avalia a ex-pansão da Unimed nos últimos quatro anos? Dr. Eudes Aquino: Essas construções dos nossos hospitais, vem ocorrendo há mais de dez anos. Uma das principais vantagens desta iniciativa é o custo reduzido que esta propos-ta traz para a cooperativa, ao reduzir despesas com outros hospitais contrata-dos. Além de garantir uma ampla linha de serviços para nossos clientes e toda população brasileira.Hoje a Unimed é uma das

grandes instituições do país e isso conta muito na hora do cidadão procurar por um serviço de saúde com qualidade compro-vada. É claro que o cliente enxerga o plano privado como um todo, mas nor-malmente o paciente quer um atendimento comple-to. Não adianta oferecer apenas um tipo de serviço, os clientes preferem algo mais completo que atenda às necessidades.

Se um paciente tem um convênio com a Unimed e por eventual acidente ele sofra alguma lesão, tendo um hospital da coopera-tiva ele não precisará se deslocar para vários locais para fazer exames e cirur-gias. Este é um grande fa-tor que contribui bastante.

Qual a média desse cres-cimento nos últimos cin-co anos?Dr. Eudes Aquino: Se nos-sa diretoria for analisar os últimos cinco anos, tivemos uma crescente de 15% nes-sas obras, que tendem au-mentar a cada ano. Várias sedes da Unimed espalha-das pelo Brasil já confirma a importância de propor-cionar um serviço integral, satisfazendo aos anseios e necessidades.

Dos hospitais em constru-ção, quais se destacam?Dr. Eudes Aquino: Temos sim vários exemplos. Um dos projetos que é desta-que fica em Ribeirão Preto

(SP). A sede da Unimed nes-te município constrói atual-mente um amplo complexo hospitalar que vai atender várias especialidades e tam-bém a parte administrativa. Outros modelos de hospi-tais em construção em des-taque ficam nas cidades de Rio Verde (GO) e Tatuí (SP). Todos os hospitais que atu-almente estão em fase de construção se organizam à realidade local, conforme a demanda exigida na cidade.

Essas construções são pa-dronizadas?Dr. Eudes Aquino: Pedimos para criar um ambiente mais humanizado possível, que tenha principalmen-te modernos recursos de tecnologia. Nossa meta é oferecer nesses ambientes mais conforto e segurança, além de uma imagem po-sitiva, e toda uma corrente de saúde integrada, pre-dominantemente pela Uni-med. Nossa diretoria reco-menda, de primeiro que os diretores locais façam

Page 101: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

101ARQ

Health

uma análise detalhada da potencialidade de leitos, carteiras de clientes, entre outros parâmetros.

A marca “Unimed” é a maior cooperativa médi-ca do mundo. O que a co-operativa tem feito para garantir essa liderança mundial? Dr. Eudes Aquino: O valor da marca da Unimed aqui-vale mais de R$ 12 bilhões, este valor é estimado por uma empresa internacional. Para garantir essa posição, sempre colocamos como prioridade alguns fatores, que focam pela qualidade do nosso atendimento.

Qual avaliação o Sr. faz de sua gestão?Dr. Eudes Aquino: O tra-balho não é somente meu, estou no cooperativismo há trinta anos, e um re-sultado da união de várias pessoas por um bom ren-dimento. Neste período, abrimos várias frentes, mu-damos o perfil administra-tivo da Unimed. A forma de governar o plano de desenvolvimento organi-zacional, para traçar todas as estruturas tanto do pre-sente, quanto do futuro.Os dois grandes carros

chefes, foi firmar o concei-to da identidade no Brasil. Antes, muitas pessoas não

Dr. Eudes de Freitas Aquino, presidente da Unimed do Brasil

conseguiam enxergar a cooperativa Unimed como uma instituição sem fins lucrativos. Atualmente es-tamos conseguindo corri-gir essa visão que a popu-lação tem. Outros pontos de destaque, dessa nossa gestão são as dezenas de iniciativas criadas em prol da de sustentabilida-de, por meio de diversos projetos setoriais. Essas práticas que fazemos já são desenvolvidas em vá-rios espaços de coopera-tivistas do mundo inteiro, visando proteger o meio ambiente, por meio de campanhas e programas educativos.

Page 102: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

102 ARQ

Health

ESPECIAL UNIMED

Obras fundamentais Unimed Centro-Oeste Paulista faz integração entre sedes, além de criar obras com arquitetura que atende às necessidades da instituição

Nos últimos 15 anos, a Unimed Centro Oeste Pau-

lista (Unicop) somou diver-sas conquistas e realizações para o Estado de São Paulo. Com isso, para acompanhar essas mudanças, a intrafe-derativa se adequou inter-namente de acordo com o aumento da demanda de operacionalização de ser-viços, procurando oferecer

uma estrutura e atividades corretas.Responsável pela integra-

ção entre 13 Unimeds, a Unicop busca sempre com-partilhar informações estra-tégicas em cada unidade. As sedes são formadas pe-las regionais de Jaú, Lençóis Paulista, Adamantina, Assis, Avaré, Botucatu, Bauru, Dra-cena, Lins, Marília, Ourinhos, Presidente Prudente e Tupã.

A sede da Unicop em Bau-ru (SP) passou nos últimos cinco anos por processos de ampliação e reformas. O local promoveu diversas adequações de infraestru-tura e equipamentos. Para desenvolver essas obras a instituição necessitou de um projeto de arquitetu-ra que atendesse todas as necessidades e por isso fez parceria com o escritório

Ricci-Higa Arquitetura.Cláudio Antônio Ricci, di-

retor da empresa, conta que a parceria com a Uni-cop surgiu a partir da indi-cação de alguns profissio-nais da área da saúde, para os quais a empresa já havia feito projetos de clínicas médicas. “Fomos procura-dos para realizar um estu-do que atendesse às neces-sidades da Unicop”, afirma.

Page 103: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

103ARQ

Health

Ricci cita que ter feito este projeto foi bastante gratifi-cante por se tratar de uma obra importante para Bau-ru (SP) e região. “Também foi desafiador, uma vez que nós sempre preocupamos em satisfazer o cliente, transformando seu sonho em realidade.” Ao comen-tar sobre os desafios deste projeto, o arquiteto diz so-bre a missão do escritório em se adequar ao plano diretor apresentado pela instituição de saúde, que visa respeitar o espaço fí-sico (área do terreno) e o orçamento previsto, sem deixar de lado a praticida-de e beleza da edificação.

Sustentabilidade Ação essencial nos últi-

mos tempos em projetos de construção civil é a prá-tica da sustentabilidade, na Unicop não foi diferente. A instituição adotou algumas medidas como o aprovei-tamento máximo da luz e ventilação naturais, criando espaços que permitissem a iluminação solar e a circu-lação de ar. “Sugerimos a colocação de breezes nas janelas a fim de que os apa-relhos de ar condicionado fossem utilizados de for-ma mais racional, evitando o uso constante dos mes-mos”, declara o arquiteto Cláudio Antônio Ricci.

RICCI HIGA ARQUITETURAO principal projeto na área

de saúde atualmente de-senvolvido pela Ricci-Higa Arquitetura é um hospital de cirurgia plástica com a proposta Day Hospital, ten-do 12 leitos, centro cirúrgico com três salas, acomoda-ções para acompanhantes, estacionamento privativo com manobrista, atendendo à legislação em vigor, à pre-missas de sustentabilidade, o uso de materiais ecologi-camente corretos. Em todos

os espaços há a utilização da mais alta tecnologia exis-tente no mercado.O estilo dos consultórios

e instituições hospitala-res que a Ricci & Higa tem promovido projetos nos últimos anos apresentam uma tendência moderna, clean, com a utilização de tecnologia de ponta, como por exemplo, a automação dos diferentes ambientes, criando espaços inteligen-tes, práticos e agradáveis.

Page 104: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

104 ARQ

Health

ESPECIAL UNIMED

O sucesso do projetoSeguir uma metodologia de trabalho baseada em critérios específicos e numa lista de itens necessários leva à eficácia do projeto arquitetônico. É assim que pensa a IDEIN IDEIA + DESENVOLVIMENTO, à frente de grandes projetos da Unimed Grande Florianópolis

Page 105: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

105ARQ

Health

Para o sucesso de um empreendimento, é necessário que ele

esteja construído em ba-ses sólidas, tendo como sustentação um projeto arquitetônico que lhe dê funcionalidade, o que fará com que todos os seus processos aconteçam de forma sinérgica, ágil e sem entraves. A área da saúde, mais do que qual-quer outra, necessita ter a estrutura adequada para desenvolver de maneira eficaz todos os seus proce-dimentos, principalmente em hospitais. Dessa forma, iniciar a construção de um ambiente de assistência à saúde exige uma sequên-cia de passos importantes e decisivos, os quais de-vem seguir uma concisa metodologia de trabalho. Um bom exemplo de

como programar um pro-

jeto arquitetônico eficaz é dado pela IDEIN, empresa de arquitetura à frente de grandes obras realizadas para a Unimed Santa Ca-tarina. Geração de ideias, estudo de viabilidade, de-finição geral do produto, desenvolvimento do projeto e acompanhamen-to técnico da execução, são os itens mais importantes seguidos de acordo com a metodologia de trabalho da empresa. Segundo o arquiteto

Emerson da Silva co-ordenador de projetos da IDEIN, seguir essa se-quência de passos permi-te que, nas três etapas de trabalho do projeto de arquitetura – estudo preliminar, projeto legal e projeto executivo, possam ser atendidas todas as peculiaridades de um projeto tão complexo

quanto o projeto para estabelecimentos assis-tenciais de saúde.Assim, todos os crité-

rios específicos de projeto para a saúde como bios-segurança, funcionalidade, flexibilidade dos espaços, possibilidades de expan-são e alterações de uso, integração e articulação dos setores operacionais, normas regulamentadoras do Ministério da saúde, Anvisa e demais órgãos competentes, são traba-lhados minuciosamente. “Além disso, como traba-lhamos diretamente com o sistema Unimed, os pro-jetos desenvolvidos para suas unidades requerem atenção especial a ou-tros pontos importantes do processo, com desta-que para as questões de marketing institucional, que promove e protege

Page 106: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

106 ARQ

Health

ESPECIAL UNIMED

o maior patrimônio da cooperativa – a marca Unimed”, explica Emerson, destacando que devem ser cumpridos critérios esta-belecidos no brandcenter da instituição: palheta de cores, logomarca e pro-porções dos elementos alusivos que tem por ob-jetivo principal, agregar valor à marca e consolida ainda mais a imagem cor-porativa da empresa. Questões que envolvem

humanização também fa-

zem parte dos critérios seguidos pela IDEIN, cujos projetos feitos para o sistema Unimed objeti-vam, através de formas contemporâneas e uso equilibrado das cores, no entanto, visando em con-tribuir dentro de suas atri-buições para a missão da Unimed, que é a de pro-mover saúde e qualidade de vida, buscando assim a satisfação do cliente, cooperados, entre outros profissionais.

Formas contemporâneas e uso equilibrado das cores, no entanto, visando em contribuir dentro de suas atribuições para a missão da Unimed, que é a de pro-mover saúde e qualidade de vida, buscando assim a satisfação do cliente, cooperados, entre outros profissionais.

Page 107: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

107ARQ

Health

UNIMED GRANDE FLORIANÓPOLIS - UNIDADE TRINDADE

A Unimed Grande Floria-nópolis, em sua fase atual de expansão dos serviços próprios, implantará na região da Trindade - bairro em contínuo processo de adensamento e com gran-de importância no cenário da cidade de Florianópo-lis, a sua maior unidade de atendimento. Com cinco unidades de

negócios, sendo a depronto--atendimento (NAS), centro de imagem, consultório de especialidades, o laborató-rio clínico e o centro de in-

fusão de medicamentos, a unidade terá uma área cons-truída de aproximadamen-te nove mil m², um amplo estacionamento e fácil acesso ao sistema de trans-porte coletivo da cidade, uma vez que estará locali-zado próximo ao Terminal de Integração da Trindade (Titri), um dos locais mais movimentados de todo o sistema urbano.A unidade de atendi-

mento dará início a uma nova fase nos serviços prestados pela cooperati-

va, em especial aos servi-ços de medicina diagnós-tica, uma vez que, com a unidade de processamen-to de amostras biológicas implantadas (laboratório de análises clínicas), po-derão instalar nas diversas regiões da cidade postos de coleta, de pequeno e médio porte, onde além dos serviços de coleta de amostras, terá sempre implantada atividades de autorização e liberação, facilitando ainda mais os processos da operadora.

Page 108: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

108 ARQ

Health

ESPECIAL UNIMED

PARCERIA SÓLIDAA sequência de trabalhos

realizados pela IDEIN para as Unimed’s de Santa Ca-tarina teve início em 2006, quando a Unimed Grande Florianópolis iniciou o pro-cesso de implantação dos serviços próprios com o projeto e execução do NAS (Núcleo de Atenção à Saú-de), Unidade Centro (2006) e Unidade Kobrasol (2006). Depois, foram desenvolvi-

dos os projetos para o CPS - Centro de Promoção da Saúde (2009), NAS Infantil (2009) e as Academias da Terceira Idade (2009), bem como os projetos de Re-estruturação da sede ad-ministrativa (2008-2010), reestruturação da Unidade

de Intercâmbio (2009), re-adequação das Áreas de Atendimento e Autoriza-ção (2010), Loja de Vendas (2010) e a Central de Aten-dimento/Call Center (2010).Também em 2010, tive-

ram início os trabalhos para a Unimed Litoral, através do projeto de implantação da mamografia e estereo-taxia no CDU – Centro de Diagnóstico Unimed. Na sequência foi desenvolvido o Plano de Expansão dos trabalhos da unidade (2010) com a elaboração do Plano Diretor do Hospital Unimed Litoral, Plano de Expansão da Unidade Praia Brava e o Plano de Implantação/Adequação das Unidades

de Atendimento Avançado – Itajaí, Itapema e Navegan-tes. Em 2011, o plano de ex-

pansão começou a ser im-plementado e foram de-senvolvidos os trabalhos de construção do Posto de Atendimento Avançado de Navegantes a Unidade de Atendimento Praia Bra-va, com as obras de con-sultórios especializados, unidade central de pro-cessamento de amostras biológicas e a transferên-cia da unidade administra-tiva central. Também nes-te ano foram iniciados os trabalhos para a Unimed Blumenau, com a elabora-ção do Plano de Implanta-

ção do Laboratório Clínico, através do desenvolvimen-to dos projetos para os Postos de Coleta nas cida-des de Blumenau, Gaspar e Indaial. Foram executados até o momento os postos de coleta do Garcia e Vila Nova, ambos na cidade de Blumenau.Ainda em 2011, iniciaram-

se as atividades na singular Unimed Riomafra, com a elaboração do Plano Diretor do Complexo Assistencial de Saúde em Rio Negro(PR), e desenvolvimento do pro-jeto do Módulo Assistencial I, com serviços de medicina preventiva, laboratório clíni-co, centro de diagnóstico e cirúrgico ambulatorial.

Page 109: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

109ARQ

Health

PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO DA OBRAQuem também está en-

volvida nas obras da maior unidade da Unimed em Florianópolis é a Tratto En-genharia, cuja experiência na área da saúde lhe habili-tou para tal desafio: são 10 mil m² de área de interven-ção com prazo de execução de apenas cinco meses. Assim, partindo do princí-

pio de que reformar é mui-to mais complexo do que erguer uma construção nova, os profissionais da Tratto se organizaram de forma especial para cum-prir o cronograma da obra. “Para a execução do traba-lho, devido à disposição do prédio existente e o proje-to arquitetônico da nova

unidade, nosso planeja-mento para a execução foi visualizado com base em oito obras em um mesmo local. Fizemos uma divisão do prédio e projeto, para dar maior agilidade e or-ganização aos trabalhos e assim, cumprir o cronogra-ma”, revela o engenheiro Carlos Alberto Frazão, da Tratto Engenharia. O prédio que deve ser

entregue ainda semestre, precisou de muitas inter-venções, já que necessitou ser adaptado para receber uma unidade da área da saúde. Segundo Frazão, neste tipo de obra é funda-mental ter todo o cuidado com a infraestrutura, com

as instalações elétricas, hi-drossanitárias, de climati-zação, cabeamento estru-turado e gases medicinais. “Tivemos que compatibili-zar muitas coisas no local, o que chega a ser normal devido à complexidade dos projetos. Temos que ter cuidados redobrados com esta etapa da obra, pois se não for bem plane-jada e executada a tendên-cia é causar problemas no futuro”, completa.A Tratto Engenharia con-

tou, ao longo da obra, com mais de 200 colaboradores que estiveram envolvidos diretamente com o pro-cesso de construção, todos preparados para executar

os trabalhos de forma sus-tentável, realizando, por exemplo, a coleta seletiva de lixo na obra. Além disso, a Tratto priorizou a utiliza-ção de materiais que não agridem o meio ambiente, todos de altíssima qualida-de. “O resultado de tudo isso está numa unidade toda repaginada, moderna, com foco no melhor aten-dimento e serviços aos as-sociados da Unimed”, fina-liza o engenheiro. Mercado – Há mais de 10

anos no mercado, a Tratto Engenharia já participou de várias obras na área da saú-de, entre elas: Day Hospital, Clínica de Olhos, além de laboratórios e consultórios.

Page 110: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

110 ARQ

Health

ESPECIAL UNIMED

Conforto para o cooperadoUnimed Ribeirão Preto (SP) inicia obras de seu complexo hospitalar. Prédio tem previsão de ser entregue no segundo semestre de 2014

Ter seu próprio hospi-tal é uma vantagem mais que fundamen-

tal para qualquer coope-rativa de saúde. Por isso, a Unimed Ribeirão Preto (SP) deu início, no fim do ano passado, à construção do seu hospital na cidade. O empreendimento terá uma completa linha de serviços, de exames a atendimentos de urgência e está localiza-do na zona sul de Ribeirão Preto, em uma região em franco crescimento, cuja demanda comporta o fu-turo complexo hospitalar.Segundo o vice-presiden-

te da Unimed Ribeirão, Dr.

Percival Martineli, a região de Ribeirão Preto não só tem necessidade de um hospital de alta complexi-dade, mas também de um espaço que tenha diversos tipos de serviços da saúde. Ele ainda diz que com este novo empreendimento, a Unimed pode trabalhar com a redução de cus-tos. “E consequentemen-te, pode ser melhorado o repasse aos cooperados. Além disso, a meta é ter em um só local o atendi-mento clínico junto à parte administrativa”. A entrega do complexo

está prevista para o se-

Page 111: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

gundo semestre de 2014. Na primeira fase serão construídos 20 mil m², que vão contar com uma es-trutura com cerca de 100 leitos, dez salas cirúrgicas, dez leitos de UTI e uma área voltada para pronto--socorro. Já o projeto final terá área total de 23 mil m² e comportará 200 lei-tos e um local específico para consultórios médicos. “O investimento total está orçado em torno de R$ 38

MODERNIDADEA arquitetura da obra

seguirá uma tendência bem moderna. A direção da Unimed Ribeirão Preto prioriza a parte funcional do hospital, mas conside-ra a parte estética como ponto importante da obra. Prova disso, será o envidra-çamento de todos os quar-tos. “Quando o paciente deitar na cama, terá toda a visão externa da região do hospital.” Outro quesito in-teressante é o número de

Dr. Percival Martineli, vice-presidente da Unimed Ribeirão Preto

vagas do estacionamento, que comportarão 700 va-gas, divididas em nove mil m².Em termos de susten-

tabilidade, o local terá uma ‘clara boia’ em que toda a iluminação dos quartos, proporcionan-do luz natural no local. Existe também um pro-jeto de reutilização de toda a água da chuva para limpeza e irrigação do complexo hospitalar.

milhões”, conta Dr. Marti-neli à reportagem. O intuito de construir

uma ala para consultório será de levar ao hospital, o maior número possível de cooperados, para que eles possam trabalhar de forma confortável. Em relação ao paciente, a intenção é que o usuário chegue ao local, seja atendido rapidamente, faça seus exames, e se ne-cessário já seja internado no mesmo local.

Foto

: Pris

cila

Soa

res

Page 112: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

112 ARQ

Health

ESPECIAL UNIMED

Centro Hospitalar da Unimed Joinville ganha expansão com mais de 20 mil m², tendo cinco andares de internação com 300 leitos

Ao projetar a am-pliação do Centro Hospitalar da Uni-

med (CHU) de Joinville (SC), toda a diretoria da coope-rativa pensou em oferecer um serviço de saúde cada vez melhor e de acordo com as necessidades dos pacientes. O empreendi-mento será construído em

Ampliação decisiva em Joinville

uma área total de 20 mil m², que somados aos 14,8 mil m² de área já existentes totalizarão 34,8 mil m² de área construída. Entre as inovações do lo-

cal está o Centro de Trata-mento de Doenças Onco-lógicas, com radioterapia e quimioterapia, medicina nuclear e PETSCAM (tomo-

grafia com medicina nu-clear). Além de contar com pronto atendimento e cen-tro cirúrgico novos, nova UTI e mais cinco andares de internação com total de 300 leitos. Para Dr. Pedro Geraldo

Nunes, diretor presidente do Centro Hospitalar e da Unimed Joinville, a insti-

Page 113: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

tuição irá superar a quan-tidade de leitos existentes em outros hospitais da região. “Vamos chegar a um número que ultrapas-sa a demanda atual de internações, reforçando assim a certeza de que todos os clientes Unimed que chegarem ao Centro Hospitalar serão atendi-dos”, ressalta.Ele destaca ainda que o

principal fator a ser desta-cado nesta ampliação é a tecnologia de ponta que estará presente. “Entre os

principais pontos da am-pliação está a agregação de novos recursos”, afirma, ressaltando que a inaugu-ração do Centro de Onco-logia irá suprir uma neces-sidade da região.A diretoria da Unimed

Joinville informa que no total serão investidos R$ 70 milhões na obra de am-pliação. Além da compra dos equipamentos mais modernos da atualidade. As obras, que devem se-guir nos próximos dois anos, não irão interferir no

funcionamento do hospi-tal, pois os serviços serão transferidos aos poucos.Atualmente a Unimed

Joinville conta com 633 cooperados e 840 colabo-radores. Por mês, são cerca de 14,5 mil atendimentos, 56 mil exames laboratoriais e nove mil exames de diag-nóstico por imagem. Em 2011, o CHU conquistou o título de destaque na área hospitalar: a Certificação de nível máximo pela ONA (Organização Nacional de Arcreditações).

POR TRÁS DO PROJETO ESTRUTURAL

Detalhe que muitas insti-tuições da saúde precisam avaliar na hora de construir algum prédio é o proje-to estrutural. Este quesito conta muito para a garan-tia de um empreendimento mais seguro. Preocupada

com esta questão, o Hos-pital Unimed Joinville conta com um projeto de estrutu-ra avançado desenvolvido pela Vanguarda Engenharia.O sócio-diretor da Van-

guarda Engenharia, Eduardo Giugliani, comenta que de-

senvolver um projeto desta magnitude para a Unimed apresenta-se como um enorme desafio, devido ao campo de atuação da Uni-med, em uma empreende-dora cidade como Joinville (SC). A Vanguarda, com sede

em Porto Alegre (RS), já de-senvolve atividades para a Unimed Porto Alegre, no mesmo campo da engenha-ria estrutural. Este projeto encontra-se

em sua 2ª fase, prevendo uma expansão relevante,

Page 114: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

114 ARQ

Health

tanto pela amplitude das novas edificações como por sua complexidade. O sócio-diretor Felipe Viegas conta que um dos desafios da obra são as demandas crescentes e emergentes do setor de saúde e suas complexidades inerentes. Ele afirma que a principal

meta do projeto foi criar uma modulação básica (distância entre pilares) que pudesse atender dis-tintos modelos estruturais. Assim, nos primeiros pavi-

ESPECIAL UNIMED

mentos da edificação, sua solução apresenta-se em “Laje Plana” (pavimento sem vigas), sujeitos a ele-vadas cargas, e nos demais pavimentos, segundo mo-delo estrutural padrão em concreto armado.Segundo Viegas, em seu

conjunto, este projeto es-trutural foi desenvolvido considerando um pavimen-to térreo, três pavimentos para serviços de apoio, e mais seis pavimentos para internação. Acrescente-se

ainda células estruturais para sete elevadores verti-cais, dois reservatórios de concreto armado e casas de máquinas.A obra foi desenvolvi-

da substancialmente para elementos estruturais em concreto armado, tendo complementações em aço, através de coberturas e passarelas metálicas. As fundações da edificação, considerando as cargas atuantes e o perfil geotéc-nico do solo, foram proje-tadas com a tipologia de fundações profundas – es-tacas – coroadas superior-mente por blocos de esta-cas de concreto armado.Quanto à conclusão deste

projeto, Giugliani diz que a cronologia do desenvolvi-mento de um projeto es-trutural desta natureza está intimamente vinculada ao desenvolvimento simultâ-neo dos demais projetos,

principalmente do Projeto Arquitetônico. “Faz par-te do perfil da Vanguarda Engenharia participar da equipe de projetistas desde o lançamento preliminar, procurando assim contri-buir para a racionalização e otimização do conjunto dos projetos envolvidos.”Este projeto inicial foi

proposto como uma pri-meira etapa do novo com-plexo hospitalar da Uni-med Joinville. Para esta etapa a edificação des-tina-se primordialmente para Serviços de Apoio na área médica e de saúde e internação. “No presente momento, quando estão sendo ultimados os deta-lhes finais desta primeira etapa, a Vanguarda já tra-balha na sua expansão, in-cluindo novas edificações destinadas à internação, radiologia e estaciona-mento”, completa.

Eduardo Giugliani, engenheiro sócio-diretor da Vanguarda Engenharia

Felipe Brasil Viegas, engenheiro sócio-diretor da Vanguarda Engenharia

Page 115: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

115ARQ

Health

VANGUARDA ENGENHARIA

Fundada em 1983, a Vanguarda Engenharia fará 30 anos no ano que vem, sendo uma impor-tante conquista para uma empresa prestadora de serviços altamente espe-cializados, em um mer-cado ainda emergente como o brasileiro. Sua sede matriz está localiza-da em Porto Alegre (RS), mantendo filial na cidade de Pelotas (RS), atenden-do o vertiginoso regional devido à ampliação do Polo Naval de Rio Grande (RS). Seu maior valor de agregação está baseado no seu capital intelec-

tual, composto por dois sócios-diretores, oito en-genheiros e arquitetos e seis projetistas, além de um Gestor de Projetos e uma Secretaria Executiva.A Vanguarda Engenharia

realiza atividades no ramo da engenharia estrutural, atuando nos seguimentos de estruturas de concre-to armado, concreto pro-tendido, estruturas pré--fabricadas em concreto, estruturas em aço e fun-dações. Dentro deste con-texto, mantém atuação no mercado imobiliário, com projetos para obras resi-denciais e comerciais, no

mercado industrial, em se-tores como, por exemplo, siderurgia, petroquímica, alimentos e bebidas, além de atuar fortemente no seguimento de consulto-rias especializadas.A empresa também man-

tém sua ação convergen-te com a filosofia da sus-tentabilidade, procurando propor e adequar seus projetos com vistas à ge-ração de menor demanda de energia, baixo consu-mo de água e redução da geração de resíduos, den-tro do seu foco de atua-ção, qual seja o da Enge-nharia Estrutural.

Page 116: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

ESPECIAL UNIMED

Harmonia entre ambientesCom a missão de produzir obras personalizadas, a Cassiano Arquitetos desenvolve projeto para o Hospital Unimed Joinville em Santa Catarina

Responsável por to-dos os detalhes da elaboração do pro-

jeto do atual prédio do Hospital Unimed Joinvil-le (SC), construído há 10 anos, o arquiteto Paulo

Coaraciara Neu Cassiano, recentemente permane-ce à frente do projeto de ampliação da instituição. Para ele, que trabalha há mais de duas décadas na área hospitalar, desen-

volver trabalhos para a cooperativa Unimed tem sido muito gratificante, pelo comprometimento de todos os envolvidos na condução e produção do processo.

Page 117: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

Tendo como marca prin-cipal a contemporaneida-de, Cassiano e sua equipe de arquitetos utilizam a combinação de materiais como concreto, vidro e alumínio, em ambientes internos e externos que interagem na busca da harmonia dos espaços, em uma obra que explo-ra as linhas horizontais e se utiliza de cores claras combinadas aos tons de verde que caracterizam os empreendimentos da Unimed.Para Cassiano, os gran-

des desafios deste pro-jeto estavam durante a viabilização da expansão

do prédio respeitando e valorizando suas formas atuais, e conseguir rea-lizar a sintonia das no-vas instalações aos seus distintos fluxos (pesso-al, pacientes, visitantes e acompanhantes, ainda os medicamentos, e ali-mentação, etc) que ca-racterizam a atividade hospitalar. “O resultado arquitetônico sem jamais abrir mão da questão plástica, depende da ne-cessidade de adequar os ambientes às condições reais e funcionais, ou seja, está profundamente condicionado à lógica de funcionamento imposta

pela atividade hospita-lar”, explica o arquiteto. A sustentabilidade está

destacada no projeto que contempla ações que viabilizam um controle e reaproveitamento das fontes de energia dis-poníveis. “O projeto de ampliação do hospital da Unimed de Joinville foi feito utilizando elemen-tos de proteção solar de fachada, visando reduzir o consumo de energia dos sistemas de clima-tização, pavimentação permeável, reaproveita-mento da água da chuva, sistema de aquecimento solar, entre outros”, diz.

Page 118: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

118 ARQ

Health

ESPECIAL UNIMED

Por uma obra moderna e tradicionalNa coordenação geral, Vasserman Engenharia e Gerenciamento busca levar para o caminho exato as obras do Hospital Unimed Litoral Sul (RS)

Elaborar valores a se-rem seguidos, será uma das missões do

Hospital Unimed Litoral Sul que prestará serviços assistenciais e de diagnós-ticos aos beneficiários da instituição gaúcha. Com o espírito cooperativista, o local é capaz de suprir as necessidades profissionais dos seus associados com excelência, tendo um aten-

dimento diferenciado.Em fase de construção, o

hospital conta atualmente com todo o suporte da em-presa Vasserman Engenha-ria e Gerenciamento, pro-movendo a coordenação geral de cada detalhe des-ta obra hospitalar, que vai beneficiar a qualidade da saúde do município de Rio Grande (RS) e toda região Litoral Sul.

O hospital será de geral e média complexidade, di-mensionado para 80 leitos de internação, cinco salas de cirurgia e 15% dos leitos dedicados para cuidados in-tensivos de adulto, pediatria e neonatal. Entre os serviços previstos destacam-se: in-ternação de obstetrícia com opção para parto normal no quarto (LDR – “labor deli-very recuperation”).

Page 119: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

A resolutividade diagnósti-ca do hospital estará garan-tida na concepção de Centro de Imagens com capacida-de para 11 salas, compos-to por tecnologia digital e equipe multidisciplinar especializada nas áreas de ultrassonografia, densito-metria óssea, mamografia, Raios X telecomandado, to-mografia e ressonância nu-clear magnética.Como explica o diretor

da Vasserman Engenharia e Gerenciamento, Charles Vasserman, o hospital vai contar com uma moderna estrutura físico-funcional,

com destaque especial para os requisitos de sus-tentabilidade, integração intersetorial e fluxos opera-cionais, requisitos de segu-rança e qualidade requeri-dos pelos Programas de Certificação corresponden-tes à acreditação nacional e internacional vigente. Ele ainda afirma que o projeto incorpora tendências arqui-tetônicas que favorecem o lugar, o contexto, os valores culturais da região, utilizan-do simultaneamente uma linguagem avançada da ar-quitetura contemporânea, impondo um diferencial.

As linguagens branca e lisa e em tijolo, material natural e delicado que representa a figueira, juntamente com o terraço, oferecem uma vista privilegiada, contemplativa e harmônica da primeira copa da árvore.

Page 120: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

120 ARQ

Health

A Vasserman informa que o projeto alia a união entre o antigo e o novo, o mo-derno e o tradicional, em uma representação única, oferecendo uma riqueza do uso dos materiais, formas e significados culturais trans-mitidos pelas diversas lin-guagens das fachadas. “As fachadas do edifício origi-nam-se diretamente do lu-gar, onde encontramos por um lado a arquitetura tradi-cional colonial Portuguesa, branca e lisa, com interes-sante decoração.”Estas linguagens possuem

detalhes juntamente com o terraço, proporcionan-do uma vista privilegiada,

contemplativa e harmônica da da figueira (árvore cen-tenária e peça inalienável que fica na parte externa da Unimed Litoral Sul). O dire-tor comenta que este pro-jeto visa compor a expres-são histórica da região do hospital, que com sua ar-quitetura proporcione uma experiência acolhedora aos pacientes, acompanhantes e profissionais da saúde.Neste hospital a “franja

horizontal” dos quartos da ala de internação é a terceira peça do projeto arquitetônico, que tende a unir as duas fachadas principais ao promover uma expressiva identidade

ESPECIAL UNIMED

Com o uso de materiais naturais, a distribuição das funções do prédio e o movimento solar, o hospital representa uma peça sustentável tanto no sentido natural quanto no sentido cultural

do conjuto de arquitetura, que está repleto de mate-riais diferenciados, formas e detalhes únicos. “Pode-mos afirmar que, com o uso de materiais naturais, a distribuição das funções do prédio e o movimento solar, o hospital represen-ta uma peça sustentável tanto no sentido natural quanto no sentido cul-tural”, afirma o diretor da Vasserman Engenharia e Gerenciamento, quanto à ideia de criar a memória do bairro da instituição e aumentar possibilidades de aproveitamento de di-versos materiais naturais e de insolação.

Page 121: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

O sistema construtivo do hospital foi definido como estrutura misto metáli-ca e concreto, já estando definido o apoio, forneci-mento e colaboração pela Gerdau Açominas. O terre-no apresenta algumas pe-culiaridades por estar em área próxima à beira mar, com lençol freático quase aflorante, exigindo cuida-dos especiais.ORIGEM - A preservação

da figueira (árvore centená-ria e peça inalienável do ter-

DETALHE DA ENGENHARIAreno da Unimed Litoral Sul) é um fator determinante para a incorporação ao pro-jeto e respeito às condições de preservação. Quanto às instalações, a Vasserman partiu de um estado de arte disponível no presen-te e estará aplicando todos os conceitos de sustentabi-lidade compatíveis com a viabilidade deste empreen-dimento. “O projeto prevê total flexibilidade para ade-quação as tecnologias futu-ras”, afirma o diretor.

Page 122: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

122 ARQ

Health

ESPECIAL UNIMED

Acabamento de primeira

Na coordenação geral, Vasserman Engenharia e Gerenciamento busca levar para o caminho exato as obras do Hospital Unimed Litoral Sul (RS)

Seis empreendimen-tos da Unimed do Brasil passam atual-

mente por processos de obras sob a orientação de projetos, coordenação de engenharia e execu-ção propriamente dita, da L+M Gets. Para garantir que estes trabalhos te-nham acabamentos de

primeira, as diretorias das cooperativas de Ja-raguá do Sul (SC), Litoral (SC), Dracena (SP), Jundiaí (SP), Belo Horizonte (MG) e Leste Fluminense (RJ), contrataram o serviço da empresa para receber su-porte durante as obras.Em todas elas a gran-

de preocupação da L+M

Gets é entender o proces-so como um todo. Nestas obras, será implantado um projeto paisagístico conforme a estrutura do local. Andreia Rossi, da coordenação de contratos da L+M Gets, falou que a parte das obras que mis-tura o verde com a estru-tura arquitetônica é uma

Com a finalidade de criar ambientes diferenciados aliados a medidas sustentáveis a L+M Gets assume seis obras de sedes da Unimed do Brasil

Page 123: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

123ARQ

Health

Na coordenação geral, Vasserman Engenharia e Gerenciamento busca levar para o caminho exato as obras do Hospital Unimed Litoral Sul (RS)

prática constante da em-presa. “Existe sempre a preocupação da utilização de espaços externos como ‘pulmões’ para a edifica-ção, usando do recurso do paisagismo contemplati-vo, convivência e terapêu-tico”, destaca.Sobre o desafio da em-

presa, na hora de assumir obras como os hospitais da Unimed, Andreia con-ta que essas ações visam sempre atender as neces-sidades do cliente baseado na boa técnica (funcional e estética). Ela diz que a ra-cionalização da construção é criada para evitar o des-perdício (sendo uma preo-cupação constante).Para a coordenadora, a

sustentabilidade é sem-pre um item importante dentro da conceituação e execução destes projetos, de forma consciente e ra-cional, para que seja em-basada e não baseada em

modismos. Ao ser questio-nada sobre a diferenciação no mercado da arquitetura hospitalar, Andreia afirma que a integração de todas as disciplinas, é o grande diferencial da empresa, por fazer um ciclo completo do sonho à realidade.Em relação ao conceito

de projeto, a tendência que está sendo procura-da pelos clientes é algo que remete ao estilo con-temporâneo - algo mais moderno, que possa ao mesmo tempo transmitir uma sensação humaniza-da no espaço.Já sobre o compromisso

da L+M Gets em assumir projetos ligados à área da saúde, a empresa in-forma que busca sempre respeitar o usuário, in-terno e externo, visando o melhor uso do espaço, de forma harmoniosa, com dimensões e fluxos funcionais.

Este projeto foi elaborado com fases de implantação, determinadas pelo Plano Diretor, conforme as necessi-dades, investimentos do cliente, com vetores traçados para ampliação dos serviços. possam complementar os serviços prestados, sem interferências na rotina do hospital.

UNIMED LITORAL / ITAJAÍ (SC)

Projeção da Unimed Jundiaí (SP)

Page 124: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

124 ARQ

Health

ESPECIAL UNIMED

• Unimed Leste Fluminense.Neste projeto, a L+M Gets

criou medidas de sustenta-bilidade, que em sua con-cepção teve como conceito a redução do consumo de energia e água. “Foi previs-to um sistema de captação e reuso de águas pluviais”, relata Silvana Tersi, da co-ordenação de contratos da empresa. Nas fachadas do edifício, as varandas, dentre várias funções, proporcio-nam a redução da entrada de calor nos ambientes, fun-cionando como “um grande brise”, melhorando con-forto térmico do ambiente auxiliando na eficiência do sistema de ar condicionado.Ao citar os desafios des-

te empreendimento, Silva-na comenta que o projeto e construção do edifício (estrutura e fechamentos) foram pensados conside-rando a sua total ocupação no terreno, no entanto in-ternamente, o empreendi-mento será implantado em fases. Ela afirma que a obra aproveita a topografia do terreno, os acessos foram setorizados em dois níveis: Térreo para pacientes que necessitam de atendimen-to imediato e primeiro pa-vimento para pacientes de casos especiais .

PANORAMA DOS PROJETOS DAS UNIMEDS• Unimed de Jaraguá do

Sul (SC)Débora Fernandes, do se-

tor de planejamento e con-trole da LM+Gets, diz que a construção da nova edi-ficação em Santa Catarina tem como objetivo abri-gar os recursos próprios da Unimed de Jaraguá do Sul. “Trata-se de um proje-to de edifício para abrigar pronto-atendimento, diag-nósticos, centro cirúrgico, UTI e Internação e que será construído em três fases”, destaca.Débora ressalta como di-

ferencial neste projeto de Jaraguá do Sul, as fases construtivas, que atendem à uma necessidade e de-sejo de crescimento gra-dativo do cliente. “Além disso, o projeto precisou ser ajustado para se adap-tar às condições climáti-cas locais, pois a cidade é bastante castigada pelas cheias durante os perío-dos de chuva.” Nesta sede foram adotadas algumas medidas de sustentabili-dade, a exemplo da eleva-ção do empreendimento que conseguiu além da adaptação às necessida-des com relação as cheias locais, a liberação do ter-reno, deixando grande área permeável.

• Unimed DracenaNa Unimed Dracena, um

dos pontos inovadores foi a implantação do edifício, que procurou explorar ao máximo a topografia ori-ginal do terreno evitando grandes movimentos de terra e permitindo que o edifício ficasse visível mes-mo não sendo implantado na cota de nível mais alta. Neste prédio, a L+M Gets criou medidas de susten-tabilidade, a exemplo da criação de grandes em-

penas verticais e elemen-tos horizontais na fachada com a finalidade de redu-zir o aquecimento da edi-ficação. Sobre o maior desafio

na execução deste proje-to, Silvana revela que foi implantado em um terreno estreito, com grande decli-vidade e com muitas res-trições legais devido à sua localização. Ela fala que este projeto foi pensado considerando várias etapas de implantação.

Unimed Dracena (SP)

Page 125: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

125ARQ

Health

• Unimed Belo Horizonte (MG)Na Unimed BH, a

LM+Gets atua como ge-renciadora de projetos e engenharia do proprietá-rio que é a integração e consolidação das informa-ções necessárias ao bom desempenho de todos os processos de execução de obra e para tal resultado a empresa atua diretamente no acompanhamento da obra e dos projetos.

• Unimed JundiaíQuanto às característi-

cas diferenciais no projeto da Unimed Jundiaí, a L+M considera a solução esté-tica / funcional em uma área limitada. Em relação ao desafio, a empresa in-formou que foi criar uma integração com o edifício existente, buscando solu-cionar problemas de fluxos e espaços.

• Unimed LitoralO projeto da Unimed Li-

toral Sul foi elaborado com fases de implantação, determinadas pelo Plano Diretor, de acordo com as necessidades, investimen-tos do cliente, com vetores traçados para ampliação dos serviços. Já os desafios deste projeto foi criar me-didas pensando nas fases de implantação, para que uma vez construído, as no-vas fases, possam comple-mentar os serviços presta-dos, sem interferências na rotina do hospital.

L+M GETS

A L+M Arquitetura foi fundada em 1987, e no final de 2005, associou-se a outra empresa, deno-minada “Desenvolvimen-to de Projetos e Tecnolo-gias Ltda.”. Juntas, as duas fundaram em 2006, uma terceira empresa, a “L+M Arquitetura Gets Ltda.”, que, a partir de 2006, passa a prestar serviços ao mercado. Hoje, a nova empresa - L+M Gets - cria e conserva espaços que

promovem o melhor esta-do de bem estar possível. Além de produzir espaços sempre contemporâneos, em sintonia com as ne-cessidades de cada cliente para edificações de saú-de de qualquer porte, em qualquer lugar. A empresa é líder na América Latina em Gestão de Espaços e Tecnologias em Saúde. É especialista em desempe-nho, beleza e segurança de ambientes de saúde.

Projeção da Unimed Leste Fluminense (RJ)

Page 126: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

126 ARQ

Health

ESPECIAL UNIMED

Projetos tecnológicosMuitos pacientes

nem imaginam que para o fun-

cionamento de cada um dos setores hospitalares foi necessário um intenso pla-nejamento para integrar as mais modernas tecnologias aos moldes arquitetônicos e às diretrizes médicas. Para escolher cada máquina e sistema instalado, muitas instituições hospitalares podem contar hoje com o suporte de consultoria es-pecializada em tecnologias médicas. Este tipo de servi-ço é feito há mais de quatro anos pela EquipaCare no mercado hospitalar. De acordo com Guilher-

me Xavier, sócio-diretor da EquipaCare, tudo co-meçou quando ele traba-lhava como engenheiro no Ministério da Saúde (no núcleo de gestão dos hospitais federais do Rio de Janeiro). “Tive a satisfa-ção de conhecer o Dr. Luiz Paulo Tostes Coimbra, o presidente da Unimed Vol-ta Redonda (minha cidade natal) recebendo o convite para ajudar na implanta-ção de Hospital de grande porte e alta complexidade que estava para ser cons-truído e que teria grande

impacto na área de saúde da cidade”, relembra. Xavier conta que o traba-

lho realizado teve excelen-te aceitação e reconheci-mento, sendo que mesmo antes da inauguração deste primeiro hospital a Equipa-Care já estava atendendo a outras Unimeds também em movimento de cons-trução hospitalar, bem como outros hospitais pú-blicos e privados. “Assim, desde seu nascimento, o objetivo da EquipaCare é a implantação de serviços médico-hospitalares”, diz.Hoje a empresa conta com

mais de 20 colaboradores, sendo destes, seis enge-nheiros, atendendo mais de 20 hospitais em diferentes regiões do Brasil (sudeste, sul, norte e centro-oeste), cada um desses empreen-dimentos com suas próprias necessidades e expectativas. Em relação à aceitação do

mercado hospitalar com este tipo de consultoria, o diretor comenta que o atu-al cenário do setor de saú-de (não só do Brasil, mas do mundo), traz inúmeros desafios aos gestores e empreendedores. “Desafios estes que se apresentam desde o momento da ava-

liação da viabilidade de um projeto de construção ou expansão hospitalar, pas-sando por todas as fases de sua implantação até a ges-tão de sua operação”, ex-plica Guilherme, que con-sidera o conhecimento em tecnologias médicas essen-cial para todas estas etapas. Sobre os desafios deste

tipo de consultoria, ele re-lata que o trabalho de pla-nejamento e gestão hospi-talar sofre uma tremenda pressão para conciliar a realidade e possibilidade fi-nanceira da instituição com as exigências e expectati-vas dos médicos, somada à forte influência do compe-titivo mercado de fornece-dores. “E, mais que isso, há uma dificuldade inerente na avaliação da viabilidade de qualquer investimento

em tecnologia médica fren-te aos benefícios esperados por seus usuários, pois em se tratando de saúde, o que se deseja é que todas as necessidades dos pacientes sejam atendidas sem de-pender da ‘lógica do lucro’.” Xavier lembra que mesmo sendo agentes sociais, os hospitais devem ser em-presas lucrativas e susten-táveis. Para ele o principal desafio do planejamento é conciliar os critérios objeti-vos da administração e en-genharia, com os critérios subjetivos da medicina.Outro ponto destacado

pelo diretor é que muitas empresas do setor hospi-talar têm um baixo rendi-mento econômico devido à falta de planejamento. Ele acha que uma das grandes “expertises” da empresa é

Daniele Carvalho, engenheira da EquipaCare

Page 127: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

justamente alinhar o pla-nejamento tecnológico com o planejamento es-tratégico da instituição. “Antes da definição do que será comprado e do quan-to será investido, é neces-sário conceber o objetivo que se deseja alcançar. Isto só é possível envolvendo ao máximo os stakehol-ders (investidores, gesto-res, médicos cooperados, etc) para que as premissas adotadas para o projeto tecnológico sejam conhe-cidas e aceitas”, explica.Ainda sobre os rendi-

mentos dos hospitais, ele destaca que um mesmo serviço médico pode ser montado com maior ou menor sofisticação tendo grande variação no nível de investimento. “E, como os recursos são finitos, pode-se, por exemplo, de-cidir dar maior ênfase a determinada especialidade em detrimento de outra

para atender as deman-das locais ou atrair público médico especifico. Todas estas decisões devem es-tar alinhadas com o posi-cionamento estratégico da instituição”, avalia.Para implantação do par-

que tecnológico de um hospital são necessárias várias etapas. De acordo com a gerente de projetos da EquipaCare, engenheira Daniele Carvalho, uma das primeiras etapas é a análise do projeto arquitetônico. “Nosso trabalho tem gran-de relação com o trabalho das empresas de arquitetu-ra hospitalar: é com base no projeto arquitetônico que planejamos tudo que será comprado e quanto será investido consolidando no documento que chamamos Dimensionamento do Par-que Tecnológico”, esclarece. A gerente conta que este documento contempla to-dos os equipamentos, mó-

veis hospitalares e de apoio. Daniele salienta que a

empresa ainda é responsá-vel pela gestão de todo o processo de aquisição, que envolve a especificação, a licitação, avaliação tecno-

ARQUITETURA PROJETADAAo citar sobre a relação

da EquipaCare com em-presas de arquitetura hos-pitalar, a gerente diz que a aceitação deste trabalho por parte dos arquitetos sem dúvida foi um dos fa-tores mais positivos e que colaborou bastante com o sucesso da EquipaCare. “Nossa postura é sempre colaborativa, oferecendo ao projeto arquitetônico um olhar focado nos re-quisitos de instalação dos equipamentos e, sempre que possível, propondo soluções viáveis para oti-mização de processos.” Ela ainda comenta que o projeto de implantação do parque tecnológico tem impacto em todos os demais projetos (arquite-tônico, elétrico, refrige-ração, gases medicinais) e representa em torno de 50% de todo o inves-timento do empreendi-mento hospitalar.Na opinião de Danie-

le, o maior diferencial da empresa está justamente no fato de que seu foco

lógica, a comparação de custo X benefício e supor-te na negociação de cada item. “Supervisionamos to-das as instalações e treina-mentos até a inauguração do hospital”, acrescenta.

e a sua principal razão de existir seja a Implantação Tecnológica de Empreendi-mentos Hospitalares. “Por este motivo nossa estrutura é mais especializada, com equipe dedicada, softwa-res e ferramentas auxiliares (exclusivas) que nos tornam a melhor opção para este serviço”, garante.Este tipo de consultoria

não é direcionada apenas para hospitais que estão em fase de construção. Os hospitais que estão em operação têm inúmeras ne-cessidades que podem ser atendidas e problemas que podem ser resolvidos den-tro do universo da enge-nharia e consultoria técnica, explica a gerente. “O geren-ciamento da manutenção e a incorporação tecnoló-gica são duas importantes frentes de trabalho, mas há outras preocupações como a integração de novas tec-nologias, a humanização, a segurança do paciente em níveis mais elevados, além da solidez e competitivida-de do negócio”.

Guilherme Xavier, sócio-diretor da EquipaCare

Page 128: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

128 ARQ

Health

ESPECIAL UNIMED

Ampliação Unimed BHSustentabilidade na obra por meio de parceria com a Clam Engenharia

Traçar planos para a construção de uma obra ecologicamen-

te correta tem sido funda-mental para os novos em-preendimentos nacionais da saúde. Uma prova dessa iniciativa é o Hospital da Unimed de Belo Horizonte (MG), que buscou adotar medidas sustentáveis em suas obras de ampliação. A instituição tem o supor-te da Clam Engenharia na execução de cada medida ecologicamente correta.Segundo o engenhei-

ro José Cláudio Nogueira Vieira, diretor da Clam En-genharia, o contato com a Unimed surgiu a partir da necessidade da instituição ter a aprovação necessária de novos empreendimen-tos dentre hospitais, pronto atendimentos e mesmo de edifícios administrativos. Ele conta que ao ser observa-do o porte dos prédios, foi necessário desenvolver es-tudos ambientais diversos para o licenciamento junto

aos órgãos competentes. A Clam atende em favor

da Unimed, às exigências ligadas às soluções para o planejamento da drena-gem pluvial, da gestão dos resíduos sólidos (comuns e hospitalares), dos aspectos ligados ao trânsito de veí-culos e pedestres, de ques-tões diversas ligadas às me-lhores soluções ambientais para os empreendimentos, dentre outras.Por ser um hospital, as exi-

gências são maiores quanto ao acompanhamento am-biental. Como diz o diretor, em Belo Horizonte, com a alteração da legislação que rege o uso e a ocupação do solo urbano, diversas ativi-dades foram flexibilizadas no que tange a análise am-biental das mesmas, perma-necendo os hospitais e servi-ços de saúde como passíveis de licenciamento ambiental. “Visto se tratar de um

empreendimento em área urbana, a atuação da Clam foi decisiva na aprovação

dos empreendimentos”, afirma Rodrigo Lisboa, bi-ólogo e coordenador de projetos da Clam. A em-presa atuou por meio de levantamento, diagnóstico e proposição de medidas de controle, para os im-pactos inerentes ao trân-sito de veículos, esgota-mento sanitário (dejetos), resíduos sólidos de servi-ços de saúde e drenagem pluvial. Esses projetos fo-ram desenvolvidos, sub-metidos e aprovados junto à BHTrans, Companhia de Saneamento de Minas Ge-rais (Copasa), Superinten-dência de Limpeza Urbana (SLU), Secretaria Municipal de Saúde, e Superinten-dência de Desenvolvimen-to da Capital (Sudecap).A Clam desenvolveu tam-

bém para a ampliação do hospital, o Relatório de Controle Ambiental (RCA) e o seu respectivo Plano de Controle Ambiental (PCA), com análises multidiscipli-

nares quanto aos aspectos ambientais relacionados aos meios biótico, físico, e principalmente socio--econômico. “Os estudos visaram não somente o controle ambiental, mas os cuidados necessários du-rante obras de ampliação.”Em relação ao desafio de

assumir um licenciamen-to desta dimensão, Vieira diz que a qualidade técnica dos estudos e projetos de-correntes da expertise da empresa com o tema em questão foi fundamental, porém o contato com os ór-gãos públicos fiscalizadores também deve ser destacado vista a necessidade de ter-se aprovação rápida da obra.O coordenador afirma que

todos os trabalhos foram feitos em conjunto pela Clam em cerca de 120 dias, tendo os prazos de elabo-ração, aprovação e emissão dos pareceres junto aos ór-gãos envolvidos no licencia-mento.

Page 129: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

José Cláudio Nogueira Vieira, diretor da Clam Engenharia

Quanto às medidas de sustentabilidade aplica-das na obra do hospital, Lisboa relata que para de-senvolver os estudos am-bientais e projetos para o Hospital da Unimed-BH, foi considerado como premissa básica a necessi-dade, não só de diminuir os impactos inerentes à implantação (ampliação do hospital) e operação do empreendimento, mas de ir além, através da adoção de tecnologias que priorizam a redução

TOQUES AMBIENTAIS

no consumo de energia, água e na gestão dos re-síduos sólidos e efluentes líquidos, principalmente. Para redução do con-

sumo energia da edifica-ção, a Clam recomendou nos estudos ambientais do hospital a adoção de equipamentos de alta eficiência energética (lu-minárias, sensores, eleva-dores inteligentes, etc.) e para redução do consu-mo de água também fo-ram indicadas as soluções adequadas.

Page 130: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia
Page 131: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia
Page 132: HealthArq 3ª Edição Grupo Mídia

132 ARQ

Health