32
Hidrostática de Navios Hidrostática de Navios Capítulo 1 – Conceitos Básicos de Hidrostática

Hidrostática de Navios - fenix.tecnico.ulisboa.pt · • A obtenção de fórmulas analíticas para calcular propriedades relativas à linha de água do navio será exemplificada

  • Upload
    trinhtu

  • View
    219

  • Download
    1

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Hidrostática de Navios - fenix.tecnico.ulisboa.pt · • A obtenção de fórmulas analíticas para calcular propriedades relativas à linha de água do navio será exemplificada

Hidrostática de Navios

Hidrostática de Navios

Capítulo 1 – Conceitos Básicos de Hidrostática

Page 2: Hidrostática de Navios - fenix.tecnico.ulisboa.pt · • A obtenção de fórmulas analíticas para calcular propriedades relativas à linha de água do navio será exemplificada

Hidrostática de Navios

Hipóteses Básicas

• No estudo da Hidrostática do Navio é costume fazer um conjunto desimplificações com fundamento físico.

• As simplificações adoptadas, quanto ao meio físico onde o navio se encontrasão:

• A superfície do mar é assumida como sendo um plano e a curvatura daTerra é desprezada.

• A água do mar é assumida homogénea e incompressível e as correntese os vórtices desta são desprezados.

• O atrito entre a água do mar e o casco do navio é desprezado.

• As ondas geradas pela oscilação ou movimento do casco do navio sãoignoradas.

Page 3: Hidrostática de Navios - fenix.tecnico.ulisboa.pt · • A obtenção de fórmulas analíticas para calcular propriedades relativas à linha de água do navio será exemplificada

Hidrostática de Navios

Conceito de Fluido• Um fluido quando sujeito à acção de uma tensão de corte sofre uma

deformação na direcção da tensão aplicada. Pelo que um fluido em repousoterá uma tensão de corte nula (condição hidrostática).

Page 4: Hidrostática de Navios - fenix.tecnico.ulisboa.pt · • A obtenção de fórmulas analíticas para calcular propriedades relativas à linha de água do navio será exemplificada

Hidrostática de Navios

Partícula Fluída e Massa Fluída

• Partícula fluída é o equivalente ao conceito de ponto material utilizado namecânica dos sólidos

• Consiste numa porção de fluido suficientemente pequena para que sejapossível considerar que as suas partes possuem propriedades idênticas.

• Massa líquida é definida como um conjunto de partículas fluidas delimitadaspor uma superfície de fronteira.

• As forças exteriores que actuam numa massa líquida são:

• O seu peso próprio, que é proporcional ao seu peso específico (),

• As forças de contacto que actuam na superfície de fronteira da massalíquida sob a forma de pressão, ou seja, força por unidade de área.

Page 5: Hidrostática de Navios - fenix.tecnico.ulisboa.pt · • A obtenção de fórmulas analíticas para calcular propriedades relativas à linha de água do navio será exemplificada

Hidrostática de Navios

Forças de Contacto

• A força de contacto, que actua numa área infinitesimal da superfície defronteira de uma massa líquida, tal como qualquer força, pode representar-sepor componentes cartesianas.

dAdFp n /

dF

dAt

• No âmbito da Hidrostática, estuda-se os líquidos em repouso.• A tensão tangencial é sempre nula pois em caso contrário haveria um

escoamento do líquido tangencialmente ao contorno da massa líquidaconsiderada.

Page 6: Hidrostática de Navios - fenix.tecnico.ulisboa.pt · • A obtenção de fórmulas analíticas para calcular propriedades relativas à linha de água do navio será exemplificada

Hidrostática de Navios

Pressão Hidrostática - 1• Além do peso (P) do elemento, numa massa líquida em repouso actuam

também as forças de contacto, que se resumem a uma pressão (p),chamada pressão hidrostática, normal à superfície de contacto.

P dx dy 1

2

sin 0

cos 02

x x s

y y s

F p dy p ds

dx dyF p dx p ds

cos

sin

dx ds

dy ds

Page 7: Hidrostática de Navios - fenix.tecnico.ulisboa.pt · • A obtenção de fórmulas analíticas para calcular propriedades relativas à linha de água do navio será exemplificada

Hidrostática de Navios

Pressão Hidrostática - 2

cos

sin

dx ds

dy ds

02

0

dydxdxpdxp

dypdyp

sy

sx

p p px y s

• A pressão hidrostática num dado ponto do fluido é igual em todas asdirecções (isotrópica).

Page 8: Hidrostática de Navios - fenix.tecnico.ulisboa.pt · • A obtenção de fórmulas analíticas para calcular propriedades relativas à linha de água do navio será exemplificada

Hidrostática de Navios

Lei Fundamental da Hidrostática - 1• O valor da pressão hidrostática num determinado ponto de uma massa

líquida determina-se a partir da aplicação da condição geral de equilíbrio.

• Esta implica que o sistema de forças exteriores que actua na massa temuma resultante nula.

dv p dAAV

0

( ) ( )Ah p p As i

( ) ( )p p h z zi s s i

asas ppApp 0)(

( )z z p ps i i a

p p z zi a s i ( )

Page 9: Hidrostática de Navios - fenix.tecnico.ulisboa.pt · • A obtenção de fórmulas analíticas para calcular propriedades relativas à linha de água do navio será exemplificada

Hidrostática de Navios

Lei Fundamental da Hidrostática - 2

• Definindo a origem das coordenadas na superfície livre, vem:

p p zi a i

• É costume denominar este último resultado por Lei de Stevin-Pascalou Lei Fundamental de Hidrostática.

Simon Stevin (1548-1620) Blaise Pascal (1623-1662)

Page 10: Hidrostática de Navios - fenix.tecnico.ulisboa.pt · • A obtenção de fórmulas analíticas para calcular propriedades relativas à linha de água do navio será exemplificada

Hidrostática de Navios

Impulsão Hidrostática

• A força resultante de um sistema de pressões hidrostáticas que actuamnuma superfície denomina-se impulsão hidrostática ou, simplesmente,impulsão.

dF h dA

sinh x

sinA A A

I dF h dA x dA

.g Ax A x dA

singI x A

g gI h A p A

Page 11: Hidrostática de Navios - fenix.tecnico.ulisboa.pt · • A obtenção de fórmulas analíticas para calcular propriedades relativas à linha de água do navio será exemplificada

Hidrostática de Navios

Centro de Impulsão Hidrostática• O ponto de aplicação da Impulsão Hidrostática costuma-se chamar centro

de pressão ou centro de impulsão.

• As coordenadas deste ponto obtêm-se a partir dos momentos das forçasrelativamente aos eixos coordenados:

2sin siny yA AM x dF x dA I

.siny y yI

g g

M I Ix

I h A x A

I I A xy G g 2

x xI

A xI gG

g

x AI

g

x y dAMy

I x A

yI

x AI

xy

g

AM x y dA

x

Page 12: Hidrostática de Navios - fenix.tecnico.ulisboa.pt · • A obtenção de fórmulas analíticas para calcular propriedades relativas à linha de água do navio será exemplificada

Hidrostática de Navios

Impulsão Hidrostática com Desnível de Fluído• Quando uma superfície plana está imersa em fluido nas suas duas faces,

existe uma distribuição de pressão em cada face.

• As coordenadas do centro de impulsão de cada face obtêm-se a partir dosmomentos das forças relativamente aos eixos coordenados, cuja origem é asuperfície livre de cada face da superfície plana.

Page 13: Hidrostática de Navios - fenix.tecnico.ulisboa.pt · • A obtenção de fórmulas analíticas para calcular propriedades relativas à linha de água do navio será exemplificada

Hidrostática de Navios

Impulsão em Superfícies Curvas - 1• A componente vertical da impulsão hidrostática que actua numa superfície

curva qualquer é igual ao peso do volume de líquido delimitado pelasuperfície considerada e pelas projectantes verticais tiradas docontorno da superfície para a superfície livre do líquido (AB e CD).

• A linha de acção da impulsão vertical passa pelo centro de gravidade dovolume assim definido.

dF dF h dAz cos cos

dF h dAz z

dF h dAz z

.z zAF hdA V

Page 14: Hidrostática de Navios - fenix.tecnico.ulisboa.pt · • A obtenção de fórmulas analíticas para calcular propriedades relativas à linha de água do navio será exemplificada

Hidrostática de Navios

Impulsão em Superfícies Curvas - 2

.sinhdF dF

sinhdF h dA

hh hdAdF

h hAF hdA

• A componente horizontal da impulsão hidrostática é igual à impulsãoque actuaria numa superfície plana vertical igual à projecção dasuperfície curva num plano vertical.

• A linha de acção da impulsão horizontal passa pelo centro de impulsão dadita superfície plana vertical.

Page 15: Hidrostática de Navios - fenix.tecnico.ulisboa.pt · • A obtenção de fórmulas analíticas para calcular propriedades relativas à linha de água do navio será exemplificada

Hidrostática de Navios

Método de Integração da Pressão

• O método baseia-se no princípio de que as propriedades hidrostáticas donavio podem ser calculadas através da integração da pressão hidrostáticasobre a sua superfície molhada. Contudo, torna-se necessário discretizá-laem pequenos painéis planos poligonais. Sobre cada um destes painéispode então aplicar-se o Teorema de Green para transformar o integral desuperfície num integral de linha em torno do contorno do painel:

Onde:

P e Q são funções reais;

A é a superfície do painel; e

A é o contorno do painel.

AAQdyPdxdxdy

x

Q

y

P

)(

Page 16: Hidrostática de Navios - fenix.tecnico.ulisboa.pt · • A obtenção de fórmulas analíticas para calcular propriedades relativas à linha de água do navio será exemplificada

Hidrostática de Navios

Método de Integração da Pressão

• Dependendo das funções P e Q que sejam escolhidas, podem calcular-sediferentes propriedades hidrostáticas.

• A obtenção de fórmulas analíticas para calcular propriedades relativas àlinha de água do navio será exemplificada para o caso da área da figura deflutuação.

• A contribuição de cada painel para essa área, AFj, é dada por, utilizando oTeorema de Green:

(1)

Onde:

Aj é a projecção do painel na linha de água; e

Aj representa o contorno do painel.

AjAj ijF ydxdAAj

Page 17: Hidrostática de Navios - fenix.tecnico.ulisboa.pt · • A obtenção de fórmulas analíticas para calcular propriedades relativas à linha de água do navio será exemplificada

Hidrostática de Navios

Método de Integração da Pressão

• Como este contorno é composto de p segmentos de recta, o segmento derecta k pode ser representado como: y=x+: (2)

com: ;

• onde:

(3)

• Substituindo (2) e (3) em (1), a fórmula analítica que dá a contribuição decada painel para a área da figura de flutuação é:

• A área da figura de flutuação do navio será então obtida por soma dascontribuições obtidas para os NP painéis:

NP

jFF j

AA1

1

1

2

2

1

k

k

j

x

x

p

kF xxA

kxx

yy

k

kk

1

1 kk xy

1; kk xxx 1; kk yyy

Page 18: Hidrostática de Navios - fenix.tecnico.ulisboa.pt · • A obtenção de fórmulas analíticas para calcular propriedades relativas à linha de água do navio será exemplificada

Hidrostática de Navios

Método de Integração da Pressão

• Quando se pretendem calcular as propriedades hidrostáticas relacionadascom a querena do navio é necessário utilizar três sistemas de coordenadas,conforme se mostra na Figura. O primeiro sistema de coordenadas (X,Y,Z)baseia-se na superfície do mar, com o eixo Z orientado na vertical comdirecção ascendente. O segundo (Xp,Yp,Zp) baseia-se num dos vérticesdo painel em questão com o eixo Xp perpendicular ao plano do painel. Osistema de coordenadas (Xi,Yi,Zi) é o sistema utilizado nos ficheiros dedados.

Page 19: Hidrostática de Navios - fenix.tecnico.ulisboa.pt · • A obtenção de fórmulas analíticas para calcular propriedades relativas à linha de água do navio será exemplificada

Hidrostática de Navios

Método de Integração da Pressão

• Para obter as coordenadas dos pontos que constituem os vértices dospainéis no sistema de coordenadas do painel é necessário aplicar umatransformação de coordenadas.

• Essa transformação corresponde à inversa da seguinte transformação,que permite calcular as coordenadas no sistema de coordenadas do marsabendo as coordenadas no sistema do painel:

(4)

onde = nx, ny, nz representa a normal ao painel. painel.

p

p

p

zz

z

zy

yx

xy

z

zx

yx

yx

z

y

x

nn

n

nn

nn

nn

n

nn

nn

nn

z

y

x

z

y

x

2

222

222

0

0

0

10

1

1

n

Page 20: Hidrostática de Navios - fenix.tecnico.ulisboa.pt · • A obtenção de fórmulas analíticas para calcular propriedades relativas à linha de água do navio será exemplificada

Hidrostática de Navios

Método de Integração da Pressão

• Para exemplificar o processo de cálculo irá obter-se a expressão analíticapara o cálculo da força hidrostática. Esta pode ser obtida através daintegração da pressão hidrostática sobre a superfície do casco:

• Uma vez que a superfície dos compartimentos está discretizada em NPpainéis, a força hidrostática resultante é dada por:

(5)

onde Aj é a superfície de cada painel.

jAj

NP

jij

Hi gzdAnF

1

S

iH

i dSgznF

Page 21: Hidrostática de Navios - fenix.tecnico.ulisboa.pt · • A obtenção de fórmulas analíticas para calcular propriedades relativas à linha de água do navio será exemplificada

Hidrostática de Navios

Método de Integração da Pressão

• A força hidrostática em cada painel é dada por:

• Por outro lado, da expressão (4) pode concluir-se que:

• Uma vez que z é uma função de zp, o integral de superfície tem de serconvertido do sistema de coordenadas global para o sistema decoordenadas do painel utilizando-se para tal o Jacobiano J. Pode provar-seque o Jacobiano J é unitário, pelo que usando (5), a força hidrostática emcada painel pode ser reescrita como:

(6)

onde:

jA

jijH

ij gzdAnF

pz znzz )1( 20

jij A

ppzpH dyznzzgF

22

0 12

1

pp yz

kk

kk

pp

pp

yy

zz

1

1 kk pp yz

Page 22: Hidrostática de Navios - fenix.tecnico.ulisboa.pt · • A obtenção de fórmulas analíticas para calcular propriedades relativas à linha de água do navio será exemplificada

Hidrostática de Navios

Método de Integração da Pressão

• Substituindo estas duas utlimas expressões em zp, zp na expressão (6) ecalculando o integral, obtem-se uma fórmula analítica para a forçahidrostática dada por:

onde:

• De uma forma análoga, podem ser obtidas expressões analíticas quepermitam calcular os momentos das forças hidrostáticas, em relação aum determinado eixo...

p

kpppzpp

Hij yyynyyzgF

1

2232220 )

3

1(1

2

1)

2

1(

npk

np

ny kp

yy 1

Page 23: Hidrostática de Navios - fenix.tecnico.ulisboa.pt · • A obtenção de fórmulas analíticas para calcular propriedades relativas à linha de água do navio será exemplificada

Hidrostática de Navios

Princípio de Arquimedes• A impulsão a que está sujeito um corpo flutuante é dada pelo Princípio de

Arquimedes.

• Este teorema pode enunciar-se da seguinte forma:

“Um corpo imerso, em repouso numa dada massa líquida, sofre umaimpulsão vertical, dirigida de baixo para cima, que passa pelo centrogeométrico do volume imerso e é igual ao peso da massa líquidadeslocada pelo corpo imerso.”

0I

Arquimedes (287-212 a.C.)

Page 24: Hidrostática de Navios - fenix.tecnico.ulisboa.pt · • A obtenção de fórmulas analíticas para calcular propriedades relativas à linha de água do navio será exemplificada

Hidrostática de Navios

Carena e Centro de Carena

• Sendo a impulsão hidrostática que actua num corpo flutuante igual ao pesodo volume de líquido deslocado pelo corpo, o seu ponto de aplicaçãocoincidirá com o centro do volume submerso.

• No caso de um navio, ao seu volume submerso chama-se carena (ouquerena) e ao centro geométrico da carena chama-se centro de carena (oucentro de querena).

• Abaixo mostram-se algumas carenas para vários tipos de navios eembarcações, sendo a carena a porção do casco abaixo da linha de água.

Page 25: Hidrostática de Navios - fenix.tecnico.ulisboa.pt · • A obtenção de fórmulas analíticas para calcular propriedades relativas à linha de água do navio será exemplificada

Hidrostática de Navios

Reserva de Flutuabilidade

• Por reserva de flutuabilidade entende-se o volume dos espaçosfechados e estanques existentes acima do plano de flutuação e mede-se,geralmente, em percentagem do volume de carena.

• A reserva de flutuabilidade mede a capacidade de um navio resistir aavarias que envolvam rombos ou outra forma de embarque de água nacarena do navio.

• As figuras abaixo mostram a tracejado os volumes que contam para areserva de flutuabilidade de dois navios com e sem superestrutura.

• O Princípio de Arquimedes é responsável pela faculdade de o navio semanter à superfície da água, que se chama flutuabilidade, e é uma dasqualidades náuticas do navio.

Page 26: Hidrostática de Navios - fenix.tecnico.ulisboa.pt · • A obtenção de fórmulas analíticas para calcular propriedades relativas à linha de água do navio será exemplificada

Hidrostática de Navios

Flutuabilidade do Submarino• Submarino ou submersível é um navio capaz de perder de forma controlada

e, subsequentemente, recuperar, a sua flutuabilidade, por meio do embarquede água em tanques apropriados.

Imersão Emersão

Page 27: Hidrostática de Navios - fenix.tecnico.ulisboa.pt · • A obtenção de fórmulas analíticas para calcular propriedades relativas à linha de água do navio será exemplificada

Hidrostática de Navios

Equilíbrio Vertical do Navio - 1

• É comum considerar-se que um navio abandonado livremente num líquidoem repouso procuraria a sua posição de equilíbrio em duas fases distintas.

• Primeiro satisfaria a condição de equilíbrio à translação vertical procurando aposição em que o seu peso iguale a impulsão.

• Segundo, rodaria sem alterar o volume da carena (inclinação isocarénica)até que satisfizesse a condição de equilíbrio à rotação.

• A satisfação da condição de equilíbrio vertical consiste na procura daposição correspondente a um volume de carena igual ao cociente do pesodo navio pelo peso específico do líquido em consideração.

• Essa posição é procurada através da variação da sua imersão.

P

V 0

Page 28: Hidrostática de Navios - fenix.tecnico.ulisboa.pt · • A obtenção de fórmulas analíticas para calcular propriedades relativas à linha de água do navio será exemplificada

Hidrostática de Navios

• A posição de equilíbrio vertical do navio depende do seu deslocamento e dadensidade do líquido.

• Assim, esta posição será alterada sempre que qualquer destas duasgrandezas mude.

• Havendo uma variação de peso haverá um novo volume de carena:

• O volume de carena antigo será:

• Assim, a variação do volume de carena será dada por:

Equilíbrio Vertical do Navio - 2

P

V 0

PP

V

1

P

V

Page 29: Hidrostática de Navios - fenix.tecnico.ulisboa.pt · • A obtenção de fórmulas analíticas para calcular propriedades relativas à linha de água do navio será exemplificada

Hidrostática de Navios

Equilíbrio Vertical do Navio - 3

• Se o navio for posto a flutuar num líquido com um peso específico diferente(1), assumirá também uma nova posição de equilíbrio em que o volumede carena é:

VP

V11

00

1

V V V V

1 0 0

0

1

1

• A variação do volume de carena nesta última situação é dada por:

Page 30: Hidrostática de Navios - fenix.tecnico.ulisboa.pt · • A obtenção de fórmulas analíticas para calcular propriedades relativas à linha de água do navio será exemplificada

Hidrostática de Navios

Equilíbrio Vertical do Navio - 4• Quando as variações do volume de carena deste são pequenas é apropriado

considerar-se que a figura de flutuação se mantém inalterada.

• Neste caso, as variações do volume de carena representam volumes comaltura e área constante AF:i

iAV F .

iAVD F ..

100

. Fu

AD

• A variação de deslocamento que corresponde a uma variação da imersãode 1 cm chama-se deslocamento unitário e pode calcular-se usando aseguinte expressão:

Page 31: Hidrostática de Navios - fenix.tecnico.ulisboa.pt · • A obtenção de fórmulas analíticas para calcular propriedades relativas à linha de água do navio será exemplificada

Hidrostática de Navios

Equilíbrio Vertical do Navio - 5

• As variações de imersão correspondentes a uma variação de peso:

• Na passagem de água salgada para a água doce:

• As variações de imersão correspondentes a uma variação de peso específicodo líquido:

uuu DDDDDDi 40//025.0)1000.1/025.1(/

1

1

0

uD

D

A

Vi

uD

Pi

Page 32: Hidrostática de Navios - fenix.tecnico.ulisboa.pt · • A obtenção de fórmulas analíticas para calcular propriedades relativas à linha de água do navio será exemplificada

Hidrostática de Navios

Equilíbrio Vertical do Navio - 5

• As variações de imersão correspondentes a uma variação de peso:

• Na passagem de água salgada para a água doce:

• As variações de imersão correspondentes a uma variação de peso específicodo líquido:

uuu DDDDDDi 40//025.0)1000.1/025.1(/

1

1

0

uD

D

A

Vi

uD

Pi