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Antropologia Visual Raoni Borges Barbosa Fabiano Regenhaux

Hikiji, Rose s

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Apresentação sobre o livro Imagem-violência: etnografia de um cinema provocador. São Paulo:

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  • Antropologia Visual

    Raoni Borges BarbosaFabiano Regenhaux

  • Antropologia luz do cinema;Gerao que cresce diante da televiso;Montagem: bricolagem, justaposio;Representao x Imagem;Linguagem cinematogrfica e etnografia: simultaneidade, multiperspectivismo e descontinuidade;Desmontagem: mtodo de anlise flmica; constatao da irredutibilidade da imagem palavra.

  • Violncia mediada: experincia de Taussig na Colmbia (problematizao da descrio do terror); Mdia veicula representaes e valores, e ensina o medo pedagogia do medo e da violncia;Mdia dissocia a violncia do contexto social, apelando ora para o sensacionalismo, ora para o realismo;Processo de naturalizao e banalizao da violncia;Cidado torna-se espectador da violncia;Ausncia de experincia como sintoma da modernidade (Benjamim);Como certo cinema da dcada de 90 contribuiu para este imaginrio sobre a violncia? (Objeto de Pesquisa).

  • Anlise da representao da violncia no cinema ficcional contemporneo;Anlise de obras completas e de fragmentos em uma perspectiva comparativa;50 filmes, dos quais 10 foram eleitos como mais relevantes;Imagem-violncia: violncia como tema e forma do filme;Comunicao visual e violncia;

  • Ces de Aluguel, de Tarentino: filme de gngsters;Pulp Fiction Tempo de violncia, de Tarentino: 3 histrias que se cruzam; temtica da violncia; o ato de narrar refletido no prprio filme, que aborda o cinema e a literatura policial; violncia e ironia, humor, so combinados;3 nveis de sentido, segundo Barthes: da comunicao, da significao e da significncia;

  • Tradio violenta do cinema norte-americano: western, policial, catstrofe;Literatura gtica anglo-saxnica: limite da experincia de medo, histeria, loucura, sofrimento;O inferno sai do centro da terra para o interior da mente humana;Relao homem-mulher substituda pelo heri individualista; sociedade como fonte de corrupo moral;Cinema gangster: western na cidade;Derrubada do cdigo de produo traz o pblico adulto de volta para o cinema, em 1966;

  • Qual a especificidade da comunicao da violncia no cinema contemporneo?Violncia e humor/ironia/riso;O riso, segundo Baudelaire;Rir do que se teme; desvalorizar, no plano da linguagem, o que seria impossvel na realidade; funo catrtica do mito, segundo Clastres;Tarantino: ausncia ou inverso de referenciais morais e ticos; violncia como regra em um mundo de desencanto (banalidade e ironia); estmulo reflexo sobre a violncia como espetculo cotidiano; cinema da crueldade irnica, que oscila entre o riso e o choque;Hiper-representao da violncia, na dcada de 90.

  • Arte entre ilusionismo e reflexividade;A estrada perdida, de Lynch: relao problemtica entre homem contemporneo e comunicao (mediada), que redunda em violncia;Retrato de um assassino, de Mcnaughton: dupla de serial killers que filmam seus atos de violncia; reflexividade a partir do filme dentro do filme;Assassinos por natureza, de Stone: memria,organizada como um seriado cmico de televiso, da violncia sofrida na infncia; imagens em excesso;Laranja mecnica, de Kubrick: reflexo sobre a violncia e a opresso na sociedade (violncia institucional) e nos indivduos, e sobre o excesso de imagens na contemporaneidade e sua relao com a violncia;

  • Morte ao vivo, de Amenbar: discute a ambiguidade horror/curiosidade diante das imagens de violncia (snuff movies: mortes filmadas so reais) para afirmar uma postura tica para a comunicao visual;O vdeo de Benny, de Haneke: reflexo sobre a violncia injustificada; ausncia de referenciais morais e ticos provoca o distanciamento do espectador; Benny um adolescente que assiste filmes violentos; ele provoca a morte de uma jovem, ato que registra com sua cmara;Violncia gratuita (Funny Games): thriller que mostra uma dupla de jovens torturando uma famlia at a morte; a cena final sugere, ironicamente, que os jovens repetem os atos de violncia com uma outra famlia; trata-se de violncia injustificada, e se transmite uma sensao absurda de horror e de impotncia;

  • Potencial mimtico do cinema e relao prazer/horror no cinema contemporneo (violncia como tema e linguagem) so refletidos nas obras apresentadas;Representao da violncia conduz a uma nova experincia da mesma, perpassada pela ambiguidade, em que o lugar do espectador da violncia problematizado;O cinema, para Xavier, se insere na tradio teatral que separa espetculo e espectador; Teoria do dispositivo cinematogrfico, de Baudry: imobilidade, prazer em olhar e regresso infantil; aluso Janela indiscreta, de Hitchcock, e sua teoria do espetculo (cinema como catarse, vlvula reguladora das pulses individuais);Cinema recente inova com a subverso das expectativas do espectador (ironia, piada, banalidade, ausncia de referenciais morais e ticos, cotidiano, filme dentro do filme, metalinguagem, descontinuidades narrativas), obrigando-o reflexividade e afastando-o do ilusionismo;Destruio da fronteira palco-plateia para falar da contemporaneidade sob a tica da violncia, abarcando a relao sempre problemtica/mediada do sujeito na contemporaneidade com os meios de comunicao (realidade social mediada pelos meios de comunicao);Ofender/agredir o olhar.