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Ditadura militar

Alegando questões de segurança nacional, os militares assumiram o governo por meio dos atos institucionais, que eliminavam as garantias demo-cráticas da constituição de 1946. Os governos deste período foram Castelo Branco (1964-1967), Costa e Silva (1967-1969), Medici (1969-1974), Geisel (1974-1979) e João Figueiredo (1979-1985).

Golpe Militar

Golpe Militar de 1964 designa o conjunto de eventos ocorridos em 31 de março de 1964 no Brasil, e que culminaram em um golpe de estado (chamada pelo Estado que se seguiu como uma Revolução de 1964) que interrompeu o governo do presidente João Belchior Marques Goulart, também conhecido como Jango, que havia sido democraticamente eleito vice-presidente, pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) – nas mesmas eleições que conduzi-ram Jânio da Silva Quadros à presidência pela União Democrática Nacional (UDN).

Alegando proteger o país da ameaça comunista, serem capazes de dimi-nuirem a inflação, militares, setores da Igreja Católica, empresários e mes-mo setores populares, financiado pelos EUA, invadem Brasília e se inicia uma nova fase da politica nacional.

Castelo Branco (1964-1967)

O governo deste presidente institui os AIs que são Atos Institucionais criados pelo governo brasileiro para implementa aos poucos o autoritarismo dos militares.

• AI1: decretava eleições indiretas para presidente;

• AI2: instaura o Bipartidarismo – ARENA (Aliança Renovadora nacional – Situação) e MDB (Movimento Democrático Brasileiro – oposição);

• AI3: estabeceu eleições indiretas para governador e vice-governador e que os prefeitos das capitais seriam indicados pelos governadores, com aprovação das assembleias legislativas;

• AI4: onvocou ao Congresso Nacional para a votação e promulgação do Projeto de Constituição.

Manifestação militar brasileira

HISTÓRIA

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Este presidente ainda criou o PAEG – Programa de Ação Econô-mica do Governo - para combater a inflação e impulsionar a indus-trialização brasileira, no campo e na zona urbana.

Costa e Silva (1967-1969)

Perante a centralização do poder no Brasil, vários artistas, sin-dicalistas, religiosos, vários setores das sociedades se organizaram em greves, passeatas, barricadas, manifestações artísticas de resis-tência e mesmo o uso de diversos veículos de comunicação, mais fo-ram duramente reprimidos por Costa e Silva, e em represália a isso emplaca em 1968 o AI5. Este ato incluía a proibição de manifesta-ções de natureza política, além de vetar o habeas corpus para crimes contra a segurança nacional ou seja, crimes políticos. Entrou em vigor em 13 de dezembro de 1968.

Além do AI5, neste governo em 1967 foi implantada uma nova constituição brasileira com tendência totalmente autoritária e para consolida os militares no poder, veja suas principais medidas:

• concentra no Poder Executivo a maior parte do poder de decisão;

• confere somente ao Executivo o poder de legislar em matéria de segurança e orçamento;

• estabelece eleições indiretas para presidente, com mandato de quatro anos;

• militariza a Presidência da República, dando às Forças Armadas uma força gigantesca;

• tendência à centralização, embora pregue o federalismo;

• estabelece a pena de morte para crimes de segurança nacional;

• restringe ao trabalhador o direito de greve;

• ampliação da justiça Militar;

• abre espaço para a decretação posterior de leis de censura e banimento.

Médici (1969-1974)

No período que este governante esteve no poder, pode-se dizer que foi o ápice da ditadura militar no Brasil, pois nesta época que várias pessoas foram censuradas, exiladas, mortas e torturadas. O grande crescimento da economia, conhecido como milagre econômico, ocorreu graças ao inves-

Artur da Costa e Silva foi um militar e político bra-sileiro, o segundo presi-dente do regime militar instaurado pelo Golpe

Militar de 1964.

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timento do capital estrangeiro e nacional no Brasil, proporcionando um crescimento acima de 10 % ao ano. Porém, a política econômica coman-dada pelo Delfim Neto, pouco rendeu para os brasileiros e, com as crises econômicas da década de 1970, provocando desemprego, inflação e queda da renda.

Geisel (1974 - 1979)

Com várias críticas dentro e fora do governo pela centralização do poder, os militares resolveram começar a abertura lenta, gradual e controlada pelo estado para a democracia brasileira. Como a Arena havia perdido para a MDB nas eleições para senadores, a linha dura resolve criar medidas autoritária conhecidas como o Pacote de Abril. Dentre algumas medidas, pode-se citar o fechamento do Congresso Nacional, criação da figura do senador biônico, que um terço dos senadores não mais seriam eleitos por voto direto, mas sim indicados pelo presidente da República. Esta medida visava na época garantir ao regime militar uma maior base de apoio no Congresso Nacional. O pacote também estabelecia a extensão do mandato presidencial de cinco para seis anos e a manutenção de eleições indiretas para governado.

No período Geisel tivemos a extinção do AI5, dando anistia aos presos po-liticos no decorrer da ditadura militar, e a criação da Lei Falcão que regulava as eleições na TV e rádio no período eleitoral.

João Figueiredo (1979-1985)

Figueiredo continuou o processo de abertura lenta, gradual e controlada pelo Estado iniciado pelo Geisel. Em seu governo tivemos o fim do biparti-darismo com a implantação em 1979 a lei orgânica dos partidos. Os partidos que surgiram foram PT (Partido dos Trabalhadores), PDS (Partido Demo-crático Social - antiga Arena), PMDB (Partido Democrático Brasileiro). PDT (Partido Democrático dos trabalhadores), PTB (Partido Trabalhista Brasilei-ro), dentre outros. Em 1985 com eleições indiretas Tancredo Neves é eleito presidente da república pondo fim a ditadura militar.