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História da Política Externa Brasileira
DAESHR024-14SB/NAESHR024-14SB
(4-0-4)
Professor Dr. Demétrio G. C. de Toledo – BRI
UFABC – 2018.II
(Ano 3 do Golpe)
Aula 1
3ª-feira, 5 de junho
Blog da disciplina:
https://hpebufabc.wordpress.com/
No blog você encontrará todos os materiais do curso:
• Programa
• Textos obrigatórios e complementares
• ppt das aulas
• Links para sites, blogs, vídeos, podcasts, artigos e outros materiais de interesse
Horários de atendimento extra-classe:
• São Bernardo, sala D-322, Bloco Delta, 5as-feiras, das14h00-15h00 e 17h30-18h30 (é só chegar)
• Atendimentos fora desses horários, combinar por emailcom o professor: [email protected]
• Estrutura do curso: o curso está divido em dois
módulos, Módulo I: Formação territorial e
consolidação política (1492-1945), (11 aulas) e
Módulo II: Autonomia com dependência (1945-
1980), (11 aulas), além de 1 aula de Introdução, 2
aulas de Síntese (Módulos I e II), 2 aulas para
aplicação de provas (P1, P2 e Sub) e 2 aulas para
devolução de provas, totalizando 24 aulas.
Introdução: 1 aula
Módulo I: 8 aulas expositivas + 1 aula síntese + 1
aula para P1 + 1 aula devolução de provas = 11
aulas
Módulo II: 8 aulas expositivas + 1 revisão geral + 1
aula para P2 + 1 aula devolução de provas = 11
aulas
Prova substitutiva: 1 aula
Introdução: Introdução ao curso, apresentação doprograma, formas e critérios de avaliação, definiçãode política externa
Módulo I: Formação territorial e consolidaçãopolítica (1492-1945)
Módulo II: Autonomia com dependência (1945-1980)
Introdução
Aula 1 (3a-feira, 5 de junho) – Introdução ao curso,apresentação do programa, formas e critérios de avaliação,definição de política externa
Texto base:
OLIVEIRA, H. A. (2013) “O conceito de política externa”, p. 1-28.
Módulo I: Formação territorial e consolidação política (1492-1945)
Aula 2 (5a-feira, 7 de junho): Portugal, Brasil e oestabelecimento do território brasílico
Texto base
MORAES,. A. C. R. de (2011) “A consolidação da soberaniaportuguesa no Brasil”, p. 367-407, “Uma leitura geográfica dahistórica da América Portuguesa”, p. 407-416.
Texto complementar
CORRÊA, L. F. S. (1994) “A Repercussão do Tratado deTordesilhas na Formação do Brasil”, p. 5-13.
Módulo I: Formação territorial e consolidação política (1492-1945)
Aula 3 (3a-feira, 12 de junho): Vinda da Família Real e aindependência do Brasil
Texto base
CERVO, A. L., BUENO, C. (2008). “A política externa à época daindependência”, p. 17-50.
Texto complementar
CERVO, A. L., MAGALHÃES, J. C. (2000) “De Vice-Reino a partedo Reino Unido, 1808-1821”, p. 63-95.
Módulo I: Formação territorial e consolidação política(1492-1945)
Aula 4 (5a-feira, 14 de junho): A Regência, o SegundoReinado e a centralização política
Texto base
LESSA, A. C., OLIVEIRA, H. A. (2015) “Independência edefinição do Estado nacional (1822-1845)”, p. 7-19.
BETHELL, L. (2012) “Parte 3: O Brasil no mundo”, p. 131-177,in: CARVALHO, J. M. (2012)
Texto complementar
DORATIOTTO, F., VIDIGAL, C. E. (2015) “Independência edefinição do Estado nacional (1822-1845)”, p. 7-19
Módulo I: Formação territorial e consolidação política
Aula 5 (3a-feira, 19 de junho): A Guerra do Paraguai
Texto base
DORATIOTO, F. (2002) “Tempestade no Prata”, p. 23-96.
Texto complementar
DORATIOTTO, F., VIDIGAL, C. E. (2015) “Soberania,intervencionismo e pragmatismo (184501889)”, p. 21-36.
Módulo I: Formação territorial e consolidação política (1492-1945)
Aula 6 (5a-feira, 21 de junho): Brasil República e o Barão do Rio Branco
Texto base
BUENO, C. (2003) “As concepções do chanceler”, p. 127-144, e “Consolidação e limites da amizade norte-americana”, p. 145-167.
CERVO, A. L., BUENO, C. (2017). “Rio Branco: prestígio, soberania e definição do território (1902-1912)”, p.191-213.
Textos complementares
PINHEIRO, L. (2013) “Desenvolvimento econômico e político”, p. 11-36.
TOPIK, S. C. (2009) Comércio e canhoneiras: Brasil e EUA na Era dos Impérios (1889-97).
DORATIOTTO, F., VIDIGAL, C. E. (2015) “Americanismo, ativismo e frustração (1889-1930)”, p. 37-49.
Módulo I: Formação territorial e consolidação política(1492-1945)
Aula 7 (3a-feira, 26 de junho): I Guerra Mundial e a Liga dasNações
Texto base
SOUZA, A. M. (2001) “O Brasil e a Primeira Guerra Mundial”,p.117-136.
SANTOS, N. B. (2003) “Diplomacia e fiasco. Repensando aparticipação brasileira na Liga das Nações: elementos parauma nova interpretação”, p. 87-112.
Texto complementar
BARACUHY, B. (2005) “II - Posições de poder, percepções eestratégias no sistema internacional”, p. 57-74, “Conclusão: anatureza da política externa brasileira”, p. 77-82.
Módulo I: Formação territorial e consolidação política(1492-1945)
Aula 8 (5a-feira, 28 de junho): A política de barganha: 1930– 1942
Texto base
MOURA, G. (1980) “Os reajustes políticos: o equilíbrio difícil(1938-1939)”, p. 105-134.
Textos complementares
CERVO, A. L., BUENO, C. (2017) “Transição do período Vargas(1930-1945): nova percepção do interesse nacional”, p. 251-287.
BIELCHOWSKY, R. (2000) “Algumas características básicas doquadro analítico subjacente ao debate desenvolvimentistabrasileiro”.11-35.
Módulo I: Formação territorial e consolidação política(1492-1945)
Aula 9 (3a-feira, 3 de julho): Brasil e a II Guerra Mundial
Texto base
FERRAZ, F. C. (2005) Os brasileiros e a segunda guerramundial. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2005.
Textos complementares
MOURA, G. (2012) “Capítulo III: Da neutralidade à guerra(janeiro a agosto de 1942)”, p. 81-118.
GARCIA, E. V. G. (2011). “Um assento permanente noConselho de Segurança?", p. 101-111, "Argumentos eespeculações", p. 111-120.
Módulo I: Formação territorial e consolidação política(1492-1945)
• Aula 10 (5a-feira, 5 de julho): Síntese do Módulo I
• Aula 11 (3a-feira, 10 de julho): P1, Módulo I (50% notafinal)
• Aula 12 (5a-feira, 12 de julho): Devolução de Provas.
Módulo II: Autonomia com dependência (1945-1980)
Aula 13 (3a-feira, 17 de julho): Governo Dutra: a criação daONU, da OEA e da CEPAL
Texto base
VIZENTINI, P. F. (2004) “Dutra: retrocesso e alinhamentovoluntário na Guerra Fria (194601951), p. 55-68.
Texto complementar
CERVO, A. L., BUENO, C. (2017) “Dutra e o alinhamento naGuerra Fria”, p. 289-293.
Módulo II: Autonomia com dependência (1945-1980)
Aula 14 (5a-feira, 19 de julho): Vargas e o nacionaldesenvolvimentismo – “A Campanha do Petróleo é nosso”
Texto base
VIZENTINI, P. F. (1995) “Vargas e os limites do nacionalismopopulista”, p. 53-119.
Texto complementar
GENTIL “O Petróleo é nosso’ – da Emenda Schoppel à Lei2.004”. In: KUCINSKI, Bernardo (coord.), Petróleo: Contratosde Risco e Dependência, p. 149-171. São Paulo: Brasiliense,1977.
Módulo II: Autonomia com dependência (1945-1980)
Aula 15 (3a-feira, 24 de julho): JK e a OPA
Texto base
VIZENTINI, P. F. (2004) “JK: o desenvolvimento associado e aOperação Pan-americana (1956-1961)”, p. 97-121.
Texto complementar
CERVO, A. L., BUENO, C. (2017) “Juscelino Kubitschek: rumo àdiplomacia brasileira contemporânea”. P. 308-329.
Módulo II: Autonomia com dependência (1945-1980)
Aula 16 (5a-feira, 26 de julho): Política ExternaIndependente
Texto base
CERVO, A. L., BUENO, C. (2017) “A política externaindependente do apogeu ao populismo (1961-1964)”, p. 331-375.
Texto complementar
VIZENTINI, P. F. (2004) “Quadros e a formulação da PolíticaExterna Independente”, p. 123-159.
Módulo II: Autonomia com dependência (1945-1980)
Aula 17 (3a-feira, 31 de julho): Castelo Branco e Costa e Silva
Texto base
GONCALVES, W., MYAMOTO, S. (1993) “Os militares e a políticaexterna brasileira – 1964-1984”, p. 211-246.
Textos complementares
DORATIOTTO, F., VIDIGAL, C. E. (2015) “5.2 O Regime Militar I:autoritarismo e política exterior”, p. 89-96.
VIZENTINI, P. A. (2011) “Castelo Branco e a segurança nacional:uma ‘política externa (inter)dependente’ (1964-1967), p. 21-75,“Costa e Silva e a diplomacia da prosperidade: a autonomiamultilateral frustrada (1967-1969), p. 77-129.
Módulo II: Autonomia com dependência (1945-1980)
Aula 18 (5a-feira, 2 de agosto): Médici
Texto base
SOUTO, C. V. (2014) “Governo Médici: a busca da autonomiadentro das regras o jogo (1969-1974)”, p. 85-124, in: SILVA, A.L. R., SVARTMAN, E. M. (2014).
Textos complementares
DORATIOTTO, F., VIDIGAL, C. E. (2015) “5.3 O Regime MilitarII: pragmatismo e universalismo”, p. 96-104.
VIZENTINI, P. A. (2011) “Médici e a diplomacia do interessenacional: a autonomia no alinhamento (1969-1974)”, p. 131-194.
Módulo II: Autonomia com dependência (1945-1980)
Aula 19 (3a-feira, 7 de agosto): Geisel
Textos base
LIMA, M. R. S., MOURA, G. (1982/2018) “A trajetória do pragmatismo:uma análise da política externa brasileira”, p. 317-342, in: LIMA, S. E. M.(2018).
Textos complementares
NETO. T. E. (2014) “Desenvolvimento e autonomia: os eixos da políticaexterna do governo Geisel (1974-1979)”, p. 125-165, in: SILVA, A. L. R.,SVARTMAN, E. M. (2014).PINHEIRO, L. (2004) “Ideologia e pragmatismonos anos da bipolaridade”, p. 36-49.
VIZENTINI, P. A. (2011) “Geisel e o pragmatismo responsável: autonomiamultilateral e desenvolvimento (1974-1979)”, p. 197-269.
SPEKTOR, M. (2004/2018) “Origens e direção do pragmatismoecumênico e responsável (1974-1979)”, p. 343-379, in: LIMA, S. E. M.(2018).
Módulo II: Autonomia com dependência (1945-1980)
Aula 20 (5a-feira, 9 de agosto): Anos 1980
Textos base:
VIZENTINI, P. F. (2012)”A crise do Projeto Nacional: aresistência num contexto adverso (1979-1990)”, p.61-77.
Texto complementar
DORATIOTTO, F., VIDIGAL, C. E. (2015) “5.4 Integração e criseeconômica”, p. 107-112.
Módulo II: Autonomia com dependência (1945-1980)
• Aula 21 (3ª-feira, 14 de agosto): Revisão Geral.
• Aula 22 (5a-feira, 16 de agosto): P2, Módulo II e Geral(50% nota final).
• Aula 23 (3a-feira, 21 de agosto): Devolução deProvas/Notas finais/Encerramento do curso.
• Aula 24 (5a-feira, 23 de agosto): Prova substitutiva.
• Formas e critérios de avaliação:
• Prova 1: Módulo (50%), realização em classe, aula 11 (3a-feira, 10 de julho)
• Prova 2: Módulo II e Geral (50%), realização em classe,aula 22 (5a-feira, 16 de agosto)
Definição de política externa
• “(...) Partindo da consideração de que o objeto derelações internacionais é o meio internacional,compreendido como o conjunto das relaçõesinterestatais somadas às relações transnacionais,estaremos trabalhando com a premissa de que políticaexterna representa uma das áreas de relaçõesinternacionais, porém com ênfase maior no papel doEstado.
“O elemento central da análise será,consequentemente, o da ação estatal e dos elementosde conflito e interesse condicionantes a essa ação.”(Oliveira 2013: 2)
27
Definição de política externa
• “(...) A política externa é a área que representa osinteresses e objetivos do Estado no plano internacionale que, por conseguinte, sua definição e implementaçãoé prerrogativa do Estado”. (Oliveira 2013: 3)
28
Definição de política externa
• “Para melhor compreensão desse caráter estatal dapolítica externa, precisamos retomar o conceito deanarquia, pelo fato de o sistema internacional sercomposto por unidades soberanas (Estado), com, de umlado, legitimidade para ordenar suas relações internase, de outro, com capacidade e legitimidade parapromoção de seus interesses no plano externo. (...) oEstado é legalmente soberano, não reconhecendonenhum ente exterior como superior nem um igualinternamente. E o Estado existe em um mundocomposto de outros Estados, com característicassimilares, com territórios definidos e constituindounidades políticas soberanas”. (Oliveira 2013: 3)
29
Definição de política externa
• “(...) No plano das relações internacionais, há a aceitaçãoconsensual de que os Estados são os atores legítimos napromoção dos interesses dos cidadãos, das empresas edos conglomerados que estão dentro de seu território”.(Oliveira 2013: 3)
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Definição de política externa
• “O sistema internacional pode ser interpretado como opadrão de relacionamento entre os Estados em umdeterminado momento, padrão este, derivado,estruturalmente, da definição do poder internacionaldentro desse período histórico. E que os Estados quedetêm maior poder apresentam a tendência dedefinição da ordem internacional em função danecessidade de manutenção da estabilidade mundial,mas também da promoção prioritária de seusinteresses”. (Oliveira 2013: 4)
31
Definição de política externa
• “(...) Muitos analistas interpretam a ordem internacionalcomo o conjunto de regras e normas que buscam regularas relações mundiais, refletindo, entretanto, adistribuição do poder no plano mundial.
‘Dessa forma, se pressupõe que, além dos interesses doEstado, uma variável importante seja a capacidade quecada Estado detém de convencer os outros a aceitar assuas posições ou, em termos mais claros, o poder quecada Estado dispõe para a imposição de seusinteresses”. (Oliveira 2013: 4)
32
Definição de política externa
• “(...) Há que se proceder à análise das realidades internae externa, de forma a se poder compatibilizar asnecessidades internas com as possibilidades externas”.(Oliveira 2013: 6)
• “Trabalha-se, então, no pressuposto de que a políticaexterna brasileira foi e é condicionada por umainteração entre fatores externos e internos. (...) O quese procurará apontar é exatamente o peso dos diferentescondicionamentos, endógenos e exógenos, na definiçãoda política externa brasileira” (Oliveira 2013: 9)
33
Definição de política externa
• “(...) Pressupõe-se que a estrutura do sistemainternacional, em termos da distribuição internacionaldo poder, bem como as diferentes conjunturas,representam fatores de pressão, ou constrangimentos,que condicionam a definição da política externabrasileira. Por conseguinte, há um processo de reaçãoaos fatores sistêmicos. Entretanto, não se quer dizer quea política externa brasileira seja unicamente reativa. Aocontrário, com base na avaliação de suas diretrizesorientadoras iremos procurar apreender quanto elamantém de autonomia”. (Oliveira 2013: 10)
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Definição de política externa
• “Pensar a política externa nessa perspectiva implica,portanto, avaliar tanto as variáveis estruturais quanto asconsiderações de ordem conjuntural”. (Oliveira 2013:11)
• “A análise da política externa brasileira será enfocadacomo derivada de um somatório das variáveiseconômicas e políticas e não de variáveis excludentesentre si, além da consideração das determinaçõesestruturais e conjunturais”. (Oliveira 2013: 11)
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Fatores influenciadores da Política Externa (PE)
• Fatores imutáveis: localização geográfica
• Fatores externos de maior durabilidade: estruturação do poder internacional
• PE: política de governo ou de Estado?
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Fatores influenciadores da Política Externa (PE)
• Harmonização das necessidades internas com as necessidades externas:
a) Campo estratégico-militar
b) Campo das relações econômicas
c) Campo dos valores
• Atuação nos contextos diplomáticos das:
a) Grandes potências
b) Contexto regional
c) Contexto contíguo
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Peculiaridades das relações internacionais do Brasil
• Condição colonial
• Independência política com dependência econômica
• Condição periférica
• Nação em área de interesse vital para os EUA (segundo adoutrina estadunidense de política externa), mas também...
• ... potência regional na América do Sul
• Potência emergente (ou em eterna emergência?)
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Um excelente curso para todo
mundo!