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MATERIAL DE HISTÓRIA EXERCÍCIO DIGITAL PROFESSORES: GEORGE SANTOS E JOÃO MARIA FRAGA HISTÓRIA GERAL E DO BRASIL AULA 1 1. (ENADE) O nascimento dos Annales marca profundamente a reflexão dos historiadores tanto acerca da sua área de estudos como acerca do seu trabalho. O programa intelectual de que a revista é porta-voz surge, assim, novo, agressivo. Organiza-se em torno de uma proposta central: a urgência em fazer sair a História do seu isolamento disciplinar, a necessidade de que esteja aberta às interrogações e aos métodos das outras ciências sociais. REVEL, Jacques. A invenção da sociedade. Lisboa: Difel, 1990. p. 17-18. Conforme o trecho acima, a proposta de renovação historiográfica dos fundadores dos Annales opunha-se a um fazer historiográfico que encerrava a história num campo limitado de atuação, identificado à chamada escola metódica. Pode-se afirmar que essa oposição, naquele momento, apresentou as características a seguir. I - Desvalorização dos eventos de natureza política, por serem insuficientes para explicar os processos históricos por si mesmos. II - Defesa da interdisciplinaridade como forma de dotar a história de instrumentos mais eficazes para a análise dos complexos processos sociais. III - Desenvolvimento de um novo programa de pesquisa, baseado na micro-história, em oposição à história política tradicional. IV - Rejeição aos métodos de pesquisa empírica e ao uso maciço dos documentos, vistos como procedimentos anacrônicos. São corretas APENAS as características (A) I e II (B) II e III (C) III e IV (D) I, II e III (E) II, III e IV 2. (OFICINA DE HISTÓRIA) Quando o homem não trata bem a natureza, a natureza não trata bem o homem. Essa afirmativa reitera a necessária interação das diferentes espécies, representadas na imagem a seguir.

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MATERIAL DE HISTÓRIA – EXERCÍCIO DIGITAL

PROFESSORES: GEORGE SANTOS E JOÃO MARIA FRAGA

HISTÓRIA GERAL E DO BRASIL

AULA 1

1. (ENADE) O nascimento dos Annales marca profundamente a reflexão dos historiadores tanto

acerca da sua área de estudos como acerca do seu trabalho. O programa intelectual de que a

revista é porta-voz surge, assim, novo, agressivo. Organiza-se em torno de uma proposta central:

a urgência em fazer sair a História do seu isolamento disciplinar, a necessidade de que esteja

aberta às interrogações e aos métodos das outras ciências sociais.

REVEL, Jacques. A invenção da sociedade. Lisboa: Difel, 1990. p. 17-18.

Conforme o trecho acima, a proposta de renovação historiográfica dos fundadores dos Annales

opunha-se a um fazer historiográfico que encerrava a história num campo limitado de atuação,

identificado à chamada escola metódica.

Pode-se afirmar que essa oposição, naquele momento, apresentou as características a seguir.

I - Desvalorização dos eventos de natureza política, por serem insuficientes para explicar os

processos históricos por si mesmos.

II - Defesa da interdisciplinaridade como forma de dotar a história de instrumentos mais eficazes

para a análise dos complexos processos sociais.

III - Desenvolvimento de um novo programa de pesquisa, baseado na micro-história, em oposição

à história política tradicional.

IV - Rejeição aos métodos de pesquisa empírica e ao uso maciço dos documentos, vistos como

procedimentos anacrônicos.

São corretas APENAS as características

(A) I e II

(B) II e III

(C) III e IV

(D) I, II e III

(E) II, III e IV

2. (OFICINA DE HISTÓRIA) Quando o homem não trata bem a natureza, a natureza não trata bem o homem. Essa afirmativa reitera a necessária interação das diferentes espécies, representadas na imagem a seguir.

Disponível em: http://curiosidades.spaceblog.com.brAcesso em: 10 out. 2008.

Depreende-se dessa imagem a A) atuação do homem na clonagem de animais pré-históricos. B) exclusão do homem na ameaça efetiva à sobrevivência do planeta. C) ingerência do homem na reprodução de espécies em cativeiro. D) mutação das espécies pela ação predatória do homem. E) responsabilidade do homem na manutenção da biodiversidade.

3. (UFTM ) Leia os excertos da obra 100 textos de História Antiga, organizada por Jaime Pinsky, de 1980.

Eu sou o rei que transcende entre os reis, Minhas palavras são escolhidas, Minha inteligência não tem rival.

(Hamurábi, 1792-1750 a.C. Autopanegírico.)

O fundamento do regime democrático é a liberdade [...]. Uma característica da liberdade é ser governado e governar por turno [...]. Outra é viver como se quer; pois dizem que isto é resultado da liberdade, já que o próprio do escravo é viver como não quer.

(Aristóteles, 384-322 a.C. Política.) A partir dos textos, pode-se afirmar que a) os fundamentos do poder político eram os mesmos para Hamurábi e Aristóteles. b) a democracia, segundo Aristóteles, impôs o abandono do regime escravista. c) Hamurábi considerava que o governante deveria ser escolhido entre os mais sábios. d) expressam diferentes concepções sobre as relações entre governantes e governados. e) a dinastia esclarecida, com doses de despotismo e liberdade, era defendida por ambos. 4. (Enem) O Egito é visitado anualmente por milhões de turistas de todos os quadrantes do

planeta, desejosos de ver com os próprios olhos a grandiosidade do poder esculpida em pedra

há milênios: as pirâmides de Gizé, as tumbas do Vale dos Reis e os numerosos templos

construídos ao longo do Nilo.

O que hoje se transformou em atração turística era, no passado, interpretado de forma muito

diferente, pois

a) significava, entre outros aspectos, o poder que os faraós tinham para escravizar grandes contingentes populacionais que trabalhavam nesses monumentos.

b) representava para as populações do alto Egito a possibilidade de migrar para o sul e encontrar trabalho nos canteiros faraônicos.

c) significava a solução para os problemas econômicos, uma vez que os faraós sacrificavam aos deuses suas riquezas, construindo templos.

d) representava a possibilidade de o faraó ordenar a sociedade, obrigando os desocupados a trabalharem em obras públicas, que engrandeceram o próprio Egito.

e) significava um peso para a população egípcia, que condenava o luxo faraônico e a religião baseada em crenças e superstições.

5. (Enem) Ao visitar o Egito do seu tempo, o historiador grego Heródoto (484 - 420/30 a.C.) interessou-se por fenômenos que lhe pareceram incomuns, como as cheias regulares do rio Nilo. A propósito do assunto, escreveu o seguinte: "Eu queria saber por que o Nilo sobe no começo do verão e subindo continua durante cem dias; por que ele se retrai e a sua corrente baixa, assim que termina esse número de dias, sendo que permanece baixo o inverno inteiro, até um novo verão. Alguns gregos apresentam explicações para os fenômenos do rio Nilo. Eles afirmam que os ventos do noroeste provocam a subida do rio, ao impedir que suas águas corram para o mar. Não obstante, com certa frequência, esses ventos deixam de soprar, sem que o rio pare de subir da forma habitual. Além disso, se os ventos do noroeste produzissem esse efeito, os outros rios que correm na direção contrária aos ventos deveriam apresentar os mesmos efeitos que o Nilo, mesmo porque eles todos são pequenos, de menor corrente." Heródoto. História (trad.). livro II, 19-23. Chicago: Encyclopaedia Britannica Inc. 2a ed. 1990, p. 52-3 (com adaptações). Nessa passagem, Heródoto critica a explicação de alguns gregos para os fenômenos do rio Nilo. De acordo com o texto, julgue as afirmativas a seguir. I. Para alguns gregos, as cheias do Nilo devem-se ao fato de que suas águas são impedidas de

correr para o mar pela força dos ventos do noroeste. II. O argumento embasado na influência dos ventos do noroeste nas cheias do Nilo sustenta-se

no fato de que, quando os ventos param, o rio Nilo não sobe. III. A explicação de alguns gregos para as cheias do Nilo baseava-se no fato de que fenômeno

igual ocorria com rios de menor porte que seguiam na mesma direção dos ventos. É correto apenas o que se afirma em a) I. b) II. c) I e II. d) I e III. e) II e III. 6. (Enem) Segundo Aristóteles, “na cidade com o melhor conjunto de normas e naquela dotada

de homens absolutamente justos, os cidadãos não devem viver uma vida de trabalho trivial ou

de negócios — esses tipos de vida são desprezíveis e incompatíveis com as qualidades morais

—, tampouco devem ser agricultores os aspirantes à cidadania, pois o lazer é indispensável ao

desenvolvimento das qualidades morais e à prática das atividades políticas”.

VAN ACKER, T. Grécia. A vida cotidiana na cidade-Estado. São Paulo: Atual, 1994.

O trecho, retirado da obra Política, de Aristóteles, permite compreender que a cidadania

a) possui uma dimensão histórica que deve ser criticada, pois é condenável que os políticos de qualquer época fiquem entregues à ociosidade, enquanto o resto dos cidadãos tem de trabalhar.

b) era entendida como uma dignidade própria dos grupos sociais superiores, fruto de uma concepção política profundamente hierarquizada da sociedade.

c) estava vinculada, na Grécia Antiga, a uma percepção política democrática, que levava todos os habitantes da pólis a participarem da vida cívica.

d) tinha profundas conexões com a justiça, razão pela qual o tempo livre dos cidadãos deveria ser dedicado às atividades vinculadas aos tribunais.

e) vivida pelos atenienses era, de fato, restrita àqueles que se dedicavam à política e que tinham tempo para resolver os problemas da cidade.

7. (UNESP) Leia o texto para responder à questão. [Os tupinambás] têm muita graça quando falam [...]; mas faltam-lhe três letras das do ABC, que são F, L, R grande ou dobrado, coisa muito para se notar; porque, se não têm F, é porque não têm fé em nenhuma coisa que adoram; nem os nascidos entre os cristãos e doutrinados pelos padres da Companhia têm fé em Deus Nosso Senhor, nem têm verdade, nem lealdade a nenhuma pessoa que lhes faça bem. E se não têm L na sua pronunciação, é porque não têm lei alguma que guardar, nem preceitos para se governarem; e cada um faz lei a seu modo, e ao som da sua vontade; sem haver entre eles leis com que se governem, nem têm leis uns com os outros. E se não têm esta letra R na sua pronunciação, é porque não têm rei que os reja, e a quem obedeçam, nem obedecem a ninguém, nem ao pai o filho, nem o filho ao pai, e cada um vive ao som da sua vontade [...].

(Gabriel Soares de Souza. Tratado descritivo do Brasil em 1587, 1987.) O texto destaca três elementos que o autor considera inexistentes entre os tupinambás, no final do século XVI. Esses três elementos podem ser associados, respectivamente, a) à diversidade religiosa, ao poder judiciário e às relações familiares. b) à fé religiosa, à ordenação jurídica e à hierarquia política. c) ao catolicismo, ao sistema de governo e ao respeito pelos diferentes. d) à estrutura política, à anarquia social e ao desrespeito familiar. e) ao respeito por Deus, à obediência aos pais e à aceitação dos estrangeiros.

8. (Enem)

A pintura rupestre mostrada na figura anterior, que é um patrimônio cultural brasileiro, expressa a) o conflito entre os povos indígenas e os europeus durante o processo de colonização do Brasil. b) a organização social e política de um povo indígena e a hierarquia entre seus membros. c) aspectos da vida cotidiana de grupos que viveram durante a chamada pré-história do Brasil. d) os rituais que envolvem sacrifícios de grandes dinossauros atualmente extintos. e) a constante guerra entre diferentes grupos paleoíndios da América durante o período colonial. 9. (Enem)

Uma História do Brasil através da caricatura: 1840 - 2006 / Renato Lemos (org.). – 2ª Ed - Rio de Janeiro: Bom Texto, 2006. Pg. 159.

Para o historiador Fernando Novais, professor aposentado do Departamento de História da USP e professor do Instituto de Economia da Unicamp, a data 21 de abril do ano de 1500 marca, para a História do Brasil, o surgimento das bases da colonização portuguesa, e nunca o descobrimento do Brasil.

Após a análise da caricatura e a leitura do texto, podemos afirmar, de modo correto, que:

a) a visão eurocêntrica sinaliza a formação de uma nova civilização, baseada na superioridade racial, ao passo que busca respeitar as diferentes culturas.

b) o conceito eurocêntrico de descobrimento foi criado na perspectiva de mascarar a feroz implantação do aparelho mercantilista português no Brasil.

c) a visão de Fernando Novais apresenta ao aluno a ideia de que ele é um indigenista convicto e um eficaz apoiador do sincretismo contemporâneo.

d) a ideia de descobrimento foi elaborada visando consolidar o sonho europeu do encontro do paraíso perdido, questão tão presente nos debates atuais.

e) a datação histórica de 1500 não se limita unicamente ao caráter do fato histórico, mas se estende à crítica histórica, levando os indigenistas a reavaliarem o papel do conquistador.

10. (ENADE) “No seu conjunto, e vista no plano mundial e internacional, a colonização dos trópicos toma o aspecto de uma vasta empresa comercial, mais complexa que a antiga feitoria, mas sempre com o mesmo caráter que ela, destinada a explorar os recursos naturais de um território virgem em proveito do comércio europeu. É este o verdadeiro sentido da colonização tropical, de que o Brasil é uma das resultantes...”

(Caio Prado Junior, História Econômica do Brasil, 1945) Considere, agora, as afirmações abaixo: I. A antiga feitoria portuguesa na Índia, como a colonização dos trópicos, supunha práticas agrícolas e comerciais. II. A colonização do Brasil estava relacionada a um amplo sistema comercial internacional. III. A colonização do Brasil foi o resultado das determinações francesas e inglesas relativas ao comércio internacional. IV. A produção açucareira no Nordeste Brasileiro fazia parte de uma empresa comercial com ligações internacionais. São corretas as afirmações A) I e IV, apenas. B) II e III, apenas. C) III e IV, apenas. D) I e III, apenas. E) II e IV, apenas. 11. (Enem) O açúcar e suas técnicas de produção foram levados à Europa pelos árabes no século VIII, durante a Idade Média, mas foi principalmente a partir das Cruzadas (séculos XI e XIII) que a sua procura foi aumentando. Nessa época passou a ser importado do Oriente Médio e produzido em pequena escala no sul da Itália, mas continuou a ser um produto de luxo, extremamente caro, chegando a figurar nos dotes de princesas casadoiras.

CAMPOS, R. Grandeza do Brasil no tempo de Antonil (1681-1716). São Paulo: Atual,

1996. Considerando o conceito do Antigo Sistema Colonial, o açúcar foi o produto escolhido por Portugal para dar início à colonização brasileira, em virtude de a) o lucro obtido com o seu comércio ser muito vantajoso. b) os árabes serem aliados históricos dos portugueses. c) a mão de obra necessária para o cultivo ser insuficiente. d) as feitorias africanas facilitarem a comercialização desse produto. e) os nativos da América dominarem uma técnica de cultivo semelhante. 12. (UFPA ) Leia com atenção o documento a seguir: [...] as povoações que os escravos fugidos fazem nos Mattos, a que naquele Estado chamam Mocambos, e no Brasil Quilombos em todo tempo foram muito prejudiciais às fazendas dos moradores, não só pela destruição que fazem nas culturas, mas por agregarem a si outros escravos, que convidados da liberdade da vida, e isenção de senhorio desamparam as mesmas fazendas, e associados uns com outros cometem todo gênero de insultos [...] (Consulta do Conselho Ultramarino para o rei D. João V, sobre a carta dos oficiais da Câmara da cidade de Belém do Pará, sobre a conveniência de se proceder à escolta militar dos mocambos, durante a captura dos índios e escravos negros fugidos dos seus Donos, AHU, cx. 31, doc. 2977). O documento refere-se à resistência escrava no Estado do Grão-Pará e Maranhão, onde as comunidades organizadas por escravos fugitivos eram denominadas de mocambos. Com base na leitura do documento, é correto afirmar: a) A diferença de denominação com relação às comunidades organizadas pelos escravos no

Estado do Grão-Pará e Maranhão e no Estado do Brasil devia-se ao fato de que nos Mocambos se reuniam exclusivamente índios e nos Quilombos, exclusivamente negros, embora com o mesmo objetivo: resistir à colonização.

b) As comunidades organizadas por escravos fugitivos acabavam por se tornar postos avançados da colonização portuguesa na Amazônia, e, paradoxalmente, garantias do domínio luso na região, já que funcionavam como “muralhas do sertão”, ou seja, como barreiras à penetração de estrangeiros.

c) Nos mocambos ou quilombos, os escravos fugitivos montavam um sistema de produção agrícola de excedente, com o objetivo de fazer comércio com as cidades vizinhas, o que os tornava concorrentes dos colonos, cuja sobrevivência dependia da venda de sua produção às populações urbanas.

d) No Estado do Grão-Pará e Maranhão, os mocambos constituíam-se em espaços de socialização de um grande contingente de despossuídos, formado por índios, negros, mestiços e homens brancos pobres, que neles construíam uma identidade de interesses e passavam a desenvolver estratégias de resistência coletiva.

e) A excessiva violência dos portugueses na destruição dos mocambos pode ser justificada pela

ameaça que essas comunidades representavam para o domínio luso na região, devido à

presença nestas de estrangeiros clandestinos, principalmente provenientes da França, de onde

fugiam das perseguições movidas por Napoleão.

AULA 2 –

1. (ENADE) “Chegamos à terra dos Ciclopes, homens soberbos e sem leis, que, confiando nos deuses imortais, não plantam nem lavram; entre os quais tudo nasce, sem que a terra tenha recebido semente nem cultura [...] Não têm assembleias que julguem ou deliberem, nem leis [...] e cada um dita a lei a seus filhos e mulheres, sem se preocuparem uns com os outros.”

(Homero. Odisséia) O texto elaborado na Grécia antiga observava na existência daqueles Ciclopes estranhos

A) uma sofisticação de costumes e de comportamentos ainda não conspurcados pela vida da Polis. B) uma indiferença para com a religião politeísta e uma extrema afabilidade nas relações familiares. C) a proeminência de um individualismo guerreiro e um descompromisso para com as ações coletivas. D) uma ausência de regras comuns de convivência e de um espaço coletivo de deliberação política. E) uma possibilidade de expansão da democracia e de instalação de colônias fora da Grécia.

2. (G1 - IFSP ) A vida dos camponeses na Antiguidade era muito difícil. Os produtos

manufaturados nas cidades eram muito mais caros que os produtos agrícolas produzidos por eles. Obrigados a contrair dívidas, pois todo o comércio usava moedas, os credores cobravam juros altíssimos, e os camponeses passaram a dar em garantia do pagamento de suas dívidas a própria liberdade e a de seus descendentes. Nasceu assim, nas cidades antigas como Atenas e Roma, a escravidão por dívidas. Essa forma de escravidão a) existiu durante toda a Antiguidade e deu origem ao colonato que, séculos depois, foi sucedido

pela servidão medieval apenas na Europa Ibérica. b) foi extinta em Atenas por Clístenes, que criou a democracia, dando direitos políticos a todos

os cidadãos de Atenas. Em Roma, foi extinta pelos 10 Mandamentos. c) foi abolida em Atenas por Sólon que, não aceitando a escravidão do grego pelo próprio grego,

abriu caminho para o conceito de cidadania. Em Roma, foi extinta pela Lei Licínia, propiciando um aumento significativo da massa de plebeus.

d) voltou a existir na Idade Moderna, com a vinda de enormes contingentes de africanos para as colônias inglesas do sul da América do Norte. Iludidos, achavam que logo conquistariam a riqueza na América.

e) foi extinta em Atenas, quando esta foi destruída por Esparta, após a Guerra do Peloponeso. Em Roma, foi abolida por Júlio César que, após conquistar a região da Gália, passou a levar os prisioneiros gauleses como escravos.

3. (UFPR) Considere as seguintes afirmativas que comparam o sistema republicano da Roma Antiga com o sistema republicano brasileiro atual: 1. Uma das principais diferenças entre o sistema republicano moderno e o sistema republicano

romano antigo refere-se à incorporação feita pelo sistema atual da divisão de poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), defendida por pensadores iluministas para conter regimes absolutistas.

2. O sistema republicano romano antigo constituiu uma representatividade ampla e igualitária para patrícios e plebeus, cujo modelo foi adotado pelos sistemas republicanos modernos, que inspiraram o modelo brasileiro.

3. O Senado vigente na república romana antiga era composto por membros vitalícios, que exerceram grande poder legislativo e executivo, e representou os interesses de uma parcela da população (os patrícios), enquanto o Senado brasileiro atual pertence ao poder legislativo, sendo eleito por sufrágio universal direto para mandatos de tempo limitado.

4. Em ambos os casos, a república foi instituída para substituir uma monarquia e inicialmente conferiu poder a uma restrita parcela da população, em sua maioria proprietária de terras, deixando boa parte da população sem acesso direto à representatividade no poder.

Assinale a alternativa correta. a) Somente a afirmativa 2 é verdadeira. b) Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras. c) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras. d) Somente as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras. e) Somente as afirmativas 1, 2 e 4 são verdadeiras. 4. (UEPA ) Até então, nunca houvera tamanha produção em massa de pintura, nunca a pintura tinha sido empregada com objetivos tão triviais e tão efêmeros como agora em Roma. Quem quer que apelasse para o público, que o informasse a respeito de questões importantes, ávido por pleitear sua causa ou conquistar adeptos para seus interesses, recorria sabiamente à pintura

com tal propósito. O general vitorioso, em seu desfile triunfal, ia rodeado de cartazes que exibiam suas façanhas bélicas, mencionavam as cidades conquistadas e retratavam a humilhação do inimigo aos olhos do povo extasiado.

(HAUSER, Arnold. “História social da arte e da literatura”. São Paulo: Martins Fontes, 1995, p.110. In: CATELLI JÙNIOR, Roberto. História: texto e contexto. Ensino médio, volume único. São Paulo. Scipione, 2006, p.107)

A partir da leitura do texto do historiador Arnold Hauser, é correto afirmar que: a) em algum momento da história do Império Romano, a produção de obras de arte, como a

pintura de cartazes, citada acima, glorificava as conquistas e humilhava os povos conquistados, perante o povo que assistia extasiado ao desfile militar.

b) as guerras eram um aspecto constante no cotidiano dos povos da Antiguidade Greco-Romana, e a vitória naturalizava a dominação cultural que os impérios vencedores impunham aos vencidos, fazendo com que artistas as imortalizassem em obras de arte.

c) nos impérios, as conquistas eram fundamentais para manter a organização política do Estado, por isso, tanto na Grécia quanto em Roma, eram promovidos os desfiles militares em que as vitórias eram celebradas com a exposição dos vencidos.

d) a guerra, em Roma, fazia parte do cotidiano de sua população, e para mantê-la como um valor de cidadania e superioridade sobre os demais povos, foi instituído o mecenato pelo Estado Imperial romano, de modo a incentivar os artistas a imortalizá-la em suas obras.

e) os impérios vitoriosos, em diferentes épocas da humanidade, disseminaram seus hábitos culturais sobre os povos dominados, com exceção dos romanos, como bem retratam suas pinturas, que impunham taxações e escravização aos derrotados.

5. (Enem) "Somos servos da lei para podermos ser livres." Cícero "O que apraz ao príncipe tem força de lei." Ulpiano As frases acima são de dois cidadãos da Roma Clássica que viveram praticamente no mesmo século, quando ocorreu a transição da República (Cícero) para o Império (Ulpiano). Tendo como base as sentenças acima, considere as afirmações: I. A diferença nos significados da lei é apenas aparente, uma vez que os romanos não levavam

em consideração as normas jurídicas. II. Tanto na República como no Império, a lei era o resultado de discussões entre os

representantes escolhidos pelo povo romano. III. A lei republicana definia que os direitos de um cidadão acabavam quando começavam os direitos de outro cidadão. IV. Existia, na época imperial, um poder acima da legislação romana. Estão corretas, apenas: a) I e III. b) I e III. c) Il e III. d) II e IV. e) III e IV.

6. (ENEM- FTD) Em diferentes civilizações e momentos históricos, o esporte serviu como suporte para líderes políticos conquistarem seus objetivos. Devido ao apelo popular de muitas modalidades, algumas práticas e eventos esportivos foram utilizados para formar opiniões, moldar atitudes e até auxiliaram a decidir o destino do país. Assinale a alternativa na qual é possível associar corretamente o esporte com a manipulação política:

a) Durante a ditadura militar brasileira, o Estado procurou restringir as transmissões das partidas de futebol, sobretudo das Copas do Mundo, sob a alegação de que o esporte era um meio de se manter a população alienada. b) Na Grécia Antiga, apesar da importância das Olimpíadas, eram poucas as cidades-estado que participavam. c) A capoeira sempre foi uma prática bem vista pelas autoridades brasileiras, posto que era um meio de manter a população alheia aos problemas sociais. d) Criado pelos ingleses, o futebol desde o início foi um esporte muito popular e, portanto, os eventos futebolísticos sempre receberam grandes investimentos estatais, sobretudo nos países de colonização britânica. e) Em Roma, muitos imperadores promoviam lutas de gladiadores e corridas de biga com o intuito de entreter a população e mascarar os problemas sociais e econômicos. 7. (Enem) Os tropeiros foram figuras decisivas na formação de vilarejos e cidades do Brasil colonial. A palavra tropeiro vem de "tropa" que, no passado, se referia ao conjunto de homens que transportava gado e mercadoria. Por volta do século XVIII, muita coisa era levada de um lugar a outro no lombo de mulas. O tropeirismo acabou associado à atividade mineradora, cujo auge foi a exploração de ouro em Minas Gerais e, mais tarde, em Goiás. A extração de pedras preciosas também atraiu grandes contingentes populacionais para as novas áreas e, por isso, era cada vez mais necessário dispor de alimentos e produtos básicos. A alimentação dos tropeiros era constituída por toucinho, feijão preto, farinha, pimenta-do-reino, café, fubá e coité (um molho de vinagre com fruto cáustico espremido). Nos pousos, os tropeiros comiam feijão quase sem molho com pedaços de carne de sol e toucinho, que era servido com farofa e couve picada. O feijão tropeiro é um dos pratos típicos da cozinha mineira e recebe esse nome porque era preparado pelos cozinheiros das tropas que conduziam o gado.

Disponível em http://www.tribunadoplanalto.com.br. Acesso em: 27 nov. 2008.

A criação do feijão tropeiro na culinária brasileira está relacionada à a) atividade comercial exercida pelos homens que trabalhavam nas minas. b) atividade culinária exercida pelos moradores cozinheiros que viviam nas regiões das minas. c) atividade mercantil exercida pelos homens que transportavam gado e mercadoria. d) atividade agropecuária exercida pelos tropeiros que necessitavam dispor de alimentos. e) atividade mineradora exercida pelos tropeiros no auge da exploração do ouro. 8. (Ufsm )

A partir do mapa, pode-se inferir: I. Os escravos africanos não se fizeram presentes nas colônias da América Espanhola, devido à

presença ativa de missionários católicos. II. Os povos africanos fizeram parte da matriz étnica, cultural e religiosa que forjou as sociedades

do continente americano. III. Apesar de presentes na economia colonial e imperial brasileiras, os escravos africanos se

limitaram às áreas periféricas da economia. IV. Os escravos africanos que vieram para as terras do Novo Mundo eram provenientes de um

espaço restrito do continente africano. Está(ão) correta(s) a) apenas I. b) apenas II. c) apenas I, II e III. d) apenas III e IV. e) I, II, III e IV. 9. A questão étnica no Brasil tem provocado diferentes atitudes:

I. Instituiu-se o “Dia Nacional da Consciência Negra” em 20 de novembro, ao invés da tradicional celebração do 13 de maio. Essa nova data é o aniversário da morte de Zumbi, que hoje simboliza a crítica à segregação e à exclusão social.

II. Um turista estrangeiro que veio ao Brasil, no carnaval, afirmou que nunca viu tanta convivência harmoniosa entre as diversas etnias.

Também sobre essa questão, estudiosos fazem diferentes reflexões:

Entre nós [brasileiros], (...) a separação imposta pelo sistema de produção foi a mais fluida possível. Permitiu constante mobilidade de classe para classe e até de uma raça para outra. Esse amor, acima de preconceitos de raça e de convenções de classe, do branco pela cabocla, pela cunhã, pela índia (...) agiu poderosamente na formação do Brasil, adoçando-o. (Gilberto Freire. O mundo que o português criou.)

[Porém] o fato é que ainda hoje a miscigenação não faz parte de um processo de integração das “raças” em condições de igualdade social. O resultado foi que (...) ainda são pouco numerosos os segmentos da “população de cor” que conseguiram se integrar, efetivamente, na sociedade competitiva. (Florestan Fernandes. O negro no mundo dos brancos.)

Considerando as atitudes expostas anteriormente e os pontos de vista dos estudiosos, é correto aproximar

a) a posição de Gilberto Freire e a de Florestan Fernandes igualmente às duas atitudes. b) a posição de Gilberto Freire à atitude I e a de Florestan Fernandes à atitude II. c) a posição de Florestan Fernandes à atitude I e a de Gilberto Freire à atitude II. d) somente a posição de Gilberto Freire a ambas as atitudes. e) a posição de Gilberto Freire e a de Florestan Fernandes se confrontam. 10. (G1 – cftsc ) Onde houve escravidão, houve resistência. E de vários tipos. Mesmo sob a ameaça do chicote, o escravo negociava espaços de autonomias com os senhores ou fazia corpo mole no trabalho, quebrava ferramentas, incendiava plantações, agredia senhores e feitores. Rebelava-se individual e coletivamente. Aqui a lista é grande e conhecida. Houve, no entanto, um tipo de resistência que poderíamos caracterizar como a mais típica da escravidão – a fuga. Adaptado de: SCHIMIDT, Mário. Nova História Crítica. São Paulo: Nova Geração, 2005. p. 207. Assinale a alternativa correta a) Os escravos negros não pensavam em fugir das fazendas porque eram bem tratados com boa

alimentação e acomodações confortáveis para o descanso. b) Os africanos trazidos para o Brasil nos navios negreiros aceitavam pacificamente a situação

de escravos, pois era comum esta prática em sua terra natal. c) A Igreja católica, no período do Brasil Colônia, catequizava os escravos africanos fazendo com

que eles aceitassem a escravidão como sendo a vontade de Deus, evitando assim a rebelião. d) Uma das formas de resistência realizada pelos escravos no Brasil Colônia foram os

Quilombos, formados por escravos fugidos que se organizavam em vilas e produziam sua alimentação.

e) No Brasil, o curto período de escravidão não deixou sinais de resistência por parte dos cativos africanos e indígenas.

11. (Enem) Rui Guerra e Chico Buarque de Holanda escreveram uma peça para teatro chamada "Calabar", pondo em dúvida a reputação de traidor que foi atribuída a Calabar, pernambucano que ajudou decisivamente os holandeses na invasão do Nordeste brasileiro, em 1632.

— Calabar traiu o Brasil que ainda não existia? Traiu Portugal, nação que explorava a colônia onde Calabar havia nascido? Calabar, mulato em uma sociedade escravista e discriminatória, traiu a elite branca?

Os textos referem-se também a esta personagem.

Texto I:

"... dos males que causou à Pátria, a História, a inflexível História, lhe chamará infiel, desertor e traidor, por todos os séculos"

Visconde de Porto Seguro, in: SOUZA JÚNIOR, A. Do Recôncavo aos Guararapes. Rio de Janeiro: Bibliex, 1949.

Texto II

"Sertanista experimentado, em 1627 procurava as minas de Belchior Dias com a gente da Casa da Torre; ajudara Matias de Albuquerque na defesa do Arraial, onde fora ferido, e desertara em consequência de vários crimes praticados..." (os crimes referidos são o de contrabando e roubo).

CALMON P. História do Brasil. Rio de Janeiro: José Olympio, 1959.

Pode-se afirmar que:

a) A peça e os textos abordam a temática de maneira parcial e chegam às mesmas conclusões. b) A peça e o texto I refletem uma postura tolerante com relação à suposta traição de Calabar,

e o texto II mostra uma posição contrária à atitude de Calabar. c) Os textos I e II mostram uma postura contrária à atitude de Calabar, e a peça demostra uma

posição indiferente em relação ao seu suposto ato de traição.

d) A peça e o texto II são neutros com relação à suposta traição de Calabar, ao contrário do texto I, que condena a atitude de Calabar.

e) A peça questiona a validade da reputação de traidor que o texto I atribui a Calabar, enquanto o texto II descreve ações positivas e negativas dessa personagem.

12. (FGV) A presença da Companhia das Índias Ocidentais no nordeste da América portuguesa, especialmente durante a administração de Maurício de Nassau (1637-1644), caracterizou-se pelo a) oferecimento de privilégios aos pernambucanos que se convertessem ao judaísmo, como a

isenção tributária e a possibilidade de obter empréstimos bancários. b) incentivo à utilização do trabalho livre, considerado pelos holandeses mais produtivo, em

detrimento do trabalho compulsório dos africanos. c) favorecimento à participação dos proprietários luso-brasileiros nas instâncias de poder no

Brasil holandês, como na Câmara dos Escabinos. d) confisco das propriedades dos cristãos-novos pernambucanos que lutaram contra a presença

holandesa, assim como de todos os bens da Igreja Católica. e) processo de reorganização das atividades econômicas em Pernambuco, sobretudo com a

troca da produção de algodão pela de manufatura.

AULA 3 – 1. “A diferença entre o Renascimento e a Idade Média não foi uma diferença produzida por adição, mas por subtração. O Renascimento, tal qual nos foi descrito, não foi a Idade Média mais o homem, mas a Idade Média menos Deus, e o que houve aí de trágico, foi que, ao perder Deus, o Renascimento perdeu o próprio homem.”

(Etienne Gilson, em 1932) A frase revela que o autor pretende A) recuperar a visão romântica do século XIX sobre a Idade Média, a primeira a formular a idéia de uma ruptura entre os dois períodos. B) reabilitar a Idade Média, a expensas do Renascimento, mostrando uma superioridade espiritual da primeira sobre o segundo. C) repudiar a visão dominante, segundo a qual a Idade Média não havia sido capaz de produzir uma filosofia própria. D) retomar a concepção Iluminista do século XVIII, quando, pela primeira vez, a Idade Média passa a ser vista em pé de igualdade com o Renascimento. E) reavaliar as duas épocas históricas, numa perspectiva que nega a tradicional ruptura entre ambas. 2. (Espcex (Aman)) O período conhecido por Idade Média prevaleceu na Europa desde a queda do Império Romano ocidental (Séc. V) até a queda de Constantinopla (Séc. XV). Nesse período, o sistema vigente era o feudal. Leia atentamente os itens abaixo: I. Fortalecimento do poder real e enfraquecimento dos poderes locais; II. Declínio das atividades comerciais urbanas e fortalecimento da vida rural; III. Uso generalizado de trabalho escravo no campo; IV. Os nobres estavam obrigados a pagarem aos seus servos uma pequena indenização, que

passou a ser conhecida por banalidade; V. Existência de vínculos pessoais entre os nobres mais poderosos e os nobres mais fracos

(suserania e vassalagem). Assinale a única alternativa que apresenta características marcantes da fase denominada de Alta Idade Média. a) I e II b) II e IV c) III e V d) I e IV

e) II e V 3. (Upe) A civilização bizantina foi muito mais original e criativa que, em geral, lhe creditam. Suas igrejas abobadadas desafiam em originalidade e ousadia os templos clássicos e as catedrais góticas, enquanto os mosaicos competem, como supremas obras de arte, com a escultura clássica e a pintura renascentista.

(ANGOLD, Michael. Bizâncio: A ponte da antiguidade para a Idade Média. Rio de Janeiro: Imago, 2002. p. 9. Adaptado.)

Sobre o legado cultural bizantino, assinale a alternativa CORRETA. a) Herdando elementos da cultura grega, os bizantinos desenvolveram estudos sobre a

aritmética e a álgebra. b) Negando a tradição jurídica romana, o império bizantino pautou sua jurisdição no direito

consuetudinário. c) A filosofia estoica influenciou o movimento iconoclasta, provocando o cisma cristão do Oriente

no século XI. d) O catolicismo ortodoxo tornou-se a religião oficial do império após a denominada querela das

investiduras. e) A catedral de Santa Sofia sintetiza a tradição artística bizantina com seus ícones e mosaicos. 4. (G1 - ifsp) Em 24 de junho, dia de São João, os camponeses de Verson (na França) colhiam os frutos dos campos de seu senhor e os levavam ao castelo. Depois, cuidavam dos fossos e, em agosto, faziam a colheita do trigo, também entregue ao senhor. Eles próprios não podiam recolher o seu trigo, senão depois que o senhor tivesse tirado antecipadamente a sua parte. No começo do inverno, trabalhavam sobre a terra senhorial para prepará-la, passar o arado e semear. No dia 30 de novembro, dia de Santo André, pagava-se uma espécie de bolo. Pelo Natal, “galinhas boas e finas”.Depois, uma certa quantidade de cevada e de trigo. E mais ainda! No moinho, para moer o grão do camponês, cobrava-se uma parte dos grãos e uma certa quantidade de farinha; no forno, era preciso pagar também, e o “forneiro” dizia que, se não tivesse o seu pagamento, o pão do camponês ficaria mal cozido e imprestável.

(LUCHAIRE, La Société française au temps de Philippe Auguste. Adaptado) O texto nos revela as principais obrigações servis na idade medieval. Assinale a alternativa que associa corretamente a obrigação ao trabalho realizado. a) o servo pagava a talha quando ceifava os prados do senhor, levava os frutos ao castelo,

cuidava dos fossos e colhia o trigo. b) o servo trabalhava apenas de 24 de junho a 30 de novembro em muitas atividades: dos

cuidados com os animais ao trabalho no campo. c) o servo trabalhava e recebia salário, pois pagava no moinho pela moagem dos grãos e ao

forneiro pelo pão assado. d) o servo devia a seu senhor a corveia, a talha e as banalidades pelo uso das instalações

senhoriais bem como presentes em datas festivas. e) o trabalho servil era recompensado no Natal, quando o senhor dava aos servos bolos, finas e

gordas galinhas. 5. (Upe) Maomé pertenceu a um ramo menor do clã dos Quraysh (coraixitas), um dos mais poderosos de Meca. Foi criado como mercador e casou-se aos 25 anos com uma rica viúva bem mais velha que ele, chamada Khadija. Supõe-se que, nas suas viagens de negócios, Maomé teria entrado em contato com árabes judaicos e cristãos e sido influenciado por eles.

(DEMANT, Peter. O mundo muçulmano. 3. ed. São Paulo: Contexto, 2011. p. 25. Adaptado.) Sobre a realidade apresentada no texto, assinale a alternativa CORRETA. a) A principal influência que Maomé sofreu do judaísmo e do cristianismo foi a crença no

monoteísmo. b) Maomé não obteve sucesso na tentativa de unificar a península arábica em nome do Islã. c) O profeta Maomé não obteve resistência para empreender a conquista de Meca.

d) O comércio, atividade desenvolvida por Maomé, não era comum entre os povos árabes do século VII.

e) Os árabes, no século VII, não tinham contato com cristãos, só com judeus. 6. (Ufpr) “O conhecimento histórico é sempre (...) uma consciência de si mesmo: ao estudar a história de uma outra época, os homens não podem deixar de compará-la com seu próprio tempo (...). Mas, ao comparar a nossa época e a nossa civilização com as outras épocas e civilizações, corremos o risco de lhes aplicar a nossa própria medida(...)”.

(GUREVICH, Aron. As categorias da cultura medieval. Lisboa: Editorial Caminho, p. 15). Aplicando o raciocínio exposto acima aos sentidos que a Idade Média adquiriu em diferentes tempos históricos, identifique como verdadeiras (V) ou falsas (F) as seguintes afirmativas: ( ) Atualmente, os historiadores entendem o medievo na sua multiplicidade, com suas

especificidades regionais e temporais, ao mesmo tempo em que mostram a permanência e a relevância de determinadas instituições e invenções medievais, como a universidade, o livro, a imprensa e o banco.

( ) No século XV, surge a noção negativa de Idade Média, considerada uma era intermediária e homogênea de trevas e ignorância, separando a antiguidade Greco-romana e o Renascimento, que se via como herdeiro do período “clássico” – noção que ainda perdura entre muitas pessoas.

( ) Nos séculos XX e XXI, obras como O Senhor dos Anéis, As crônicas de Nárnia e Game of Thrones evocam elementos medievais imaginativos, tais como a floresta como lugar do mágico, cavaleiros, espadas, dragões, religiosidade, dando continuidade a recriações da Idade Média em curso desde o século XIX.

( ) Na recente historiografia, por conta das apropriações midiáticas da Idade Média, procura-se estabelecer as diferenças e as distâncias entre a Idade Média e a História do Brasil, mostrando que o medievo não possui relação com a formação de nosso país, por ter sido um fenômeno europeu.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo. a) F – F – V – V. b) V – V – F – V. c) F – V – V – F. d) V – V – V – F. e) V – F – F – V. 7. (Ufpi ) A crise do Antigo Sistema Colonial no Brasil expressa-se, inicialmente, através dos

chamados movimentos nativistas, acentuando-se com os movimentos de independência

nacional. Esses movimentos de rebelião colonial, assim como o processo de emancipação

política do Brasil, estão ligados às transformações do mundo ocidental no final do século XVIII.

Considerando-se esse enunciado, é correto afirmar que:

a) O desenvolvimento de indústrias no Brasil, algo que se acentua desde o início do século XVIII, tende a reforçar o pacto colonial, na medida em que os novos industriais passam a ver o Brasil como uma reserva de mercado para os seus produtos.

b) A crise referida deu-se de forma localizada no Brasil, na medida em que os principais movimentos de emancipação partiram de centros importantes como Rio de Janeiro e São Paulo

c) A emancipação política, no caso brasileiro, seguiu-se de uma nítida separação entre os grupos portugueses, hostilizados como agentes da metrópole, e os colonos brasileiros, interessados na constituição de um Estado republicano.

d) As reações ao domínio português foram movimentos autóctones das elites coloniais, não se ligando ao processo geral da crise do Antigo Regime.

e) As rebeliões coloniais só podem ser compreendidas dentro de um quadro mais geral, marcado

por ideias liberais, eclodidas a partir de eventos como as revoluções francesa e americana, que

propunham a superação do Antigo Regime.

8. (FATEC) No século XVIII, a colônia Brasil passou por vários conflitos internos. Entre eles temos a

a) Guerra dos Emboabas, luta entre paulistas e gaúchos pelo controle da região das Minas Gerais. Essa guerra impediu a entrada dos forasteiros nas terras paulistas e manteve o controle da capitania de São Paulo sobre a mineração.

b) Revolta Liberal, tentativa de reagir ao avanço conservador da monarquia portuguesa, que usava de seus símbolos monárquicos e das baionetas do Exército da Guarda Nacional, como forma de cooptar e intimidar os colonos portugueses.

c) Revolta de Filipe dos Santos, levante ocorrido em Vila Rica e liderado pelo tropeiro Filipe dos Santos. O motivo foi a cobrança do quinto, a quinta parte do ouro fundido pelas Casas de Fundição controladas pelo poder imperial.

d) Farroupilha, revolta que defendia a proclamação da República Rio-Grandense (República dos Farrapos) como forma de obter liberdades políticas, fim dos tributos coloniais e proibição da importação do charque argentino.

e) Aclamação de Amador Bueno que representou a instituição do primeiro governo autônomo da coroa portuguesa na província de São Paulo.

9. (Fgv ) Leia os quatro trechos seguintes.

I. Acreditavam os conspiradores que a derrama seria o estopim que faria explodir a rebelião

contra a dominação colonial. Em uma de suas reuniões criaram até a palavra de ordem para

começarem a agir. "Tal dia faço o batizado" era a senha.

II. Dois envolvidos (...) escaparam às garras da repressão: José Basílio da Gama, que fugiu para

Lisboa quando começaram as prisões, e Manoel Arruda da Câmara, que era sócio

correspondente da Sociedade Literária do Rio de Janeiro, mas vivia no exterior. (...) O fato é que

um ano após a prisão dos acusados nada de grave fora apurado, até porque recorreram ao

recurso de negar articulação contra o domínio português. Em geral admitiram que suas reuniões

eram marcadas por discussões filosóficas e científicas.

III. (...) dentre os 33 presos e processados, havia 11 escravos, cinco alfaiates, seis soldados, três

oficiais, um negociante e um cirurgião. (...) Suas ideias principais envolviam o seguinte: a França

constituía o modelo a seguir; o fim da escravidão; a separação entre Igreja e Estado (...)

IV. Criou-se um Governo Provisório (...), integrado por representantes de cinco segmentos da

sociedade: Domingos Teotônio Jorge (militares), Domingos José Martins (comerciantes), Manoel

Correia de Araújo (agricultores), padre João Ribeiro Pessoa de Melo Montenegro (sacerdotes) e

doutor José Luís Mendonça (magistrados). (...) Empenhado em ampliar o movimento anticolonial,

o Governo Provisório enviou emissários a outras capitanias: Paraíba, Rio Grande do Norte,

Ceará, Alagoas e Bahia.

(Rubim Santos Leão Aquino et alii, "Sociedade brasileira: uma história através dos

movimentos sociais")

Os trechos de I a IV tratam, respectivamente, dos seguintes eventos

a) Conjuração Mineira; Confederação do Equador; Conjuração Baiana; Guerra dos Mascates. b) Conjuração Mineira; Conjuração do Rio de Janeiro; Conjuração Baiana; Revolução de 1817. c) Revolta de Vila Rica; Conjuração do Rio de Janeiro; Conjuração Baiana; Revolução de 1817. d) Conjuração Mineira; Conjuração do Rio de Janeiro; Revolução de 1817; Revolta dos Cabanos. e) Conjuração Baiana; Conjuração Mineira; Revolução de 1817; Conspiração dos Suassuna. 10. (ENEM) No clima das ideias que se seguiram à revolta de São Domingos, o descobrimento de planos para um levante armado dos artífices mulatos na Bahia, no ano de 1798, teve impacto muito especial; esses planos demonstravam aquilo que os brancos conscientes tinham já começado a compreender: as ideias de igualdade social estavam a propagar-se numa sociedade em que só um terço da população era de brancos e iriam inevitavelmente ser interpretados em termos raciais. MAXWELL. K. Condicionalismos da Independência do Brasil. In: SILVA, M.N. (coord.) O Império luso-brasileiro, 1750-1822. Lisboa: Estampa, 1986.

O temor do radicalismo da luta negra no Haiti e das propostas das lideranças populares da Conjuração Baiana (1798) levaram setores da elite colonial brasileira a novas posturas diante das reivindicações populares. No período da Independência, parte da elite participou ativamente do processo, no intuito de a) instalar um partido nacional, sob sua liderança, garantindo participação controlada dos afro-

brasileiros e inibindo novas rebeliões de negros. b) atender aos clamores apresentados no movimento baiano, de modo a inviabilizar novas

rebeliões, garantindo o controle da situação. c) firmar alianças com as lideranças escravas, permitindo a promoção de mudanças exigidas

pelo povo sem a profundidade proposta inicialmente. d) impedir que o povo conferisse ao movimento um teor libertário, o que terminaria por prejudicar

seus interesses e seu projeto de nação. e) rebelar-se contra as representações metropolitanas, isolando politicamente o Príncipe

Regente, instalando um governo conservador para controlar o povo. 11. (Espcex (Aman) 2013) No Brasil colônia, particularmente no séc. XVIII, ocorreram dois movimentos revolucionários que ficaram conhecidos como Inconfidência Mineira (1789) e Conjuração Baiana (1798). Quais características são comuns entre eles? a) A influência do pensamento iluminista e a participação maciça de pessoas da elite da

sociedade local. b) Foram inspiradas pelo lema Liberdade, Igualdade e Fraternidade e pretendiam acabar com a

escravidão. c) Queriam romper com a dominação colonial e tiveram influência do pensamento iluminista. d) Foram sufocadas sem grande derramamento de sangue, pois havia grande participação de

pessoas ligadas à elite da sociedade local. e) Pretendiam acabar com a escravidão e estabelecer a independência política do Brasil.

12. (ENADE)

Aurélio de Figueiredo. O Martírio de Tiradentes. 1893.

Museu Histórico Nacional, Rio de Janeiro.

A imagem corresponde a uma representação recorrente de Tiradentes, cultuado oficialmente como herói republicano desde 1890. Ela resulta de uma construção historiográfica e política do personagem, que encontrou grande receptividade junto à população a partir do século XX. Uma das características dessa representação, que ajuda a explicar essa receptividade e a força de Tiradentes no imaginário brasileiro, é A) a altivez de Tiradentes, que indica uma posição de repúdio às autoridades políticas e religiosas. B) a identificação de Tiradentes com as causas populares, representadas pela figura do carrasco negro. C) a resistência de Tiradentes à religião, indicando sua ligação com o Iluminismo. D) a abnegação cristã de Tiradentes, indicando a entrega de si ao sacrifício por um ideal. E) o estado físico de Tiradentes, indicando seu sofrimento pelas torturas na prisão

AULA 4 – 1. (Unesp) Mais ou menos a partir do século XI, os cristãos organizaram expedições em comum contra os muçulmanos, na Palestina, para reconquistar os “lugares santos” onde Cristo tinha morrido e ressuscitado. São as cruzadas [...]. Os homens e as mulheres da Idade Média tiveram então o sentimento de pertencer a um mesmo grupo de instituições, de crenças e de hábitos: a cristandade.

(Jacques Le Goff. A Idade Média explicada aos meus filhos, 2007.) Segundo o texto, as cruzadas

a) contribuíram para a construção da unidade interna do cristianismo, o que reforçou o poder da Igreja Católica Romana e do Papa.

b) resultaram na conquista definitiva da Palestina pelos cristãos e na decorrente derrota e submissão dos muçulmanos.

c) determinaram o aumento do poder dos reis e dos imperadores, uma vez que a derrota dos cristãos debilitou o poder político do Papa.

d) estabeleceram o caráter monoteísta do cristianismo medieval, o que ajudou a reduzir a influência judaica e muçulmana na Palestina.

e) definiram a separação oficial entre Igreja e Estado, estipulando funções e papéis diferentes para os líderes políticos e religiosos.

2. (Uel) No período da Baixa Idade Média, a cidade de Veneza foi progressivamente revigorada pelo comércio, o qual produziu instituições políticas autônomas, libertando-se do poder papal. Com base na influência político-econômica das cidades mercantis nesse período, considere as afirmativas a seguir. I. Os senhores feudais detentores dos domínios aristocráticos atacaram o poder político das

cidades nascentes, pois este os impedia de arrecadar os seus tributos e taxas. II. As guildas e as corporações de ofícios inseriram nos burgos a concorrência ao libertarem o

comércio do monopólio e os trabalhadores de seus padrões rígidos de produção. III. As rotas comerciais tornaram-se pontos de confluência de inúmeras culturas e credos,

professados por diversos povos, entre os quais judeus, muçulmanos e chineses. IV. Na Europa, as cidades de Veneza e Gênova eram consideradas portas de entrada de

produtos muito valorizados, como especiarias e tecidos, advindos do Oriente. Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas I e II são corretas. b) Somente as afirmativas I e IV são corretas. c) Somente as afirmativas III e IV são corretas. d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas. e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas. 3. (Ufpr) O Papa Francisco, eleito em março de 2013, chamou atenção novamente para a figura de Francisco de Assis, considerado o fundador da Ordem dos Franciscanos (ou dos Frades Menores) na Baixa Idade Média. Assinale a alternativa que relaciona o contexto de surgimento dos Franciscanos e sua motivação de ação. a) Com a retração do renascimento comercial e urbano, aumentaram a pobreza e o abandono

de crianças, que eram recolhidas pelas Ordens Mendicantes, dentre elas a dos Franciscanos, para evitar que fossem recrutadas nas Cruzadas.

b) Com o renascimento comercial e urbano, aprofundaram-se a pobreza e as desigualdades sociais, suscitando o aparecimento de várias Ordens Mendicantes, que pretendiam atuar junto aos necessitados, entre elas a Ordem dos Franciscanos.

c) O renascimento comercial e urbano gerou um empobrecimento da Igreja Católica na Baixa Idade Média, suscitando o aparecimento das Ordens Mendicantes, dentre elas a dos Franciscanos.

d) Com o renascimento comercial e urbano, surgem as Ordens Mendicantes, dentre elas a dos Franciscanos, que constituíram uma força de contestação da ordem feudal e do poder econômico da Igreja.

e) Com a crescente ruralização e o aumento da pobreza no espaço europeu, surgiram as Ordens Mendicantes, como a dos Franciscanos, para se tornar a principal instância da Igreja Católica.

4. (Enem) Se a mania de fechar, verdadeiro habitus da mentalidade medieval nascido talvez

de um profundo

sentimento de insegurança, estava difundida no mundo rural, estava do mesmo modo no meio urbano, pois que uma das características da cidade era de ser limitada por portas e por uma muralha.

DUBY, G. et al. “Séculos XIV-XV”. In: ARIÈS, P.; DUBY, G. História da vida privada da Europa Feudal à Renascença. São Paulo: Cia. das Letras, 1990 (adaptado).

As práticas e os usos das muralhas sofreram importantes mudanças no final da Idade Média, quando elas assumiram a função de pontos de passagem ou pórticos. Este processo está diretamente relacionado com a) o crescimento das atividades comerciais e urbanas. b) a migração de camponeses e artesãos. c) a expansão dos parques industriais e fabris. d) o aumento do número de castelos e feudos. e) a contenção das epidemias e doenças. 5. (Enem) A Peste Negra dizimou boa parte da população europeia, com efeitos sobre o crescimento das cidades. O conhecimento médico da época não foi suficiente para conter a epidemia. Na cidade de Siena, Agnolo di Tura escreveu: "As pessoas morriam às centenas, de dia e de noite, e todas eram jogadas em fossas cobertas com terra e, assim que essas fossas ficavam cheias, cavavam-se mais. E eu enterrei meus cinco filhos com minhas próprias mãos (...) E morreram tantos que todos achavam que era o fim do mundo." Agnolo di Tura. The Plague in Siena: An Italian Chronicle. In: William M. Bowsky, The Black Death: a turning point in history? New York: HRW, 1971 (com adaptações). O testemunho de Agnolo di Tura, um sobrevivente da Peste Negra que assolou a Europa durante parte do século XIV, sugere que a) o flagelo da Peste Negra foi associado ao fim dos tempos. b) a Igreja buscou conter o medo, disseminando o saber médico. c) a impressão causada pelo número de mortos não foi tão forte, porque as vítimas eram poucas

e identificáveis. d) houve substancial queda demográfica na Europa no período anterior à Peste. e) o drama vivido pelos sobreviventes era causado pelo fato de os cadáveres não serem

enterrados. 6. (Enem) Os cruzados avançavam em silêncio, encontrando por todas as partes ossadas humanas, trapos e bandeiras. No meio desse quadro sinistro, não puderam ver, sem estremecer de dor, o acampamento onde Gauthier havia deixado as mulheres e crianças. Lá os cristãos tinham sido surpreendidos pelos muçulmanos, mesmo no momento em que os sacerdotes celebravam o sacrifício da Missa. As mulheres, as crianças, os velhos, todos os que a fraqueza ou a doença conservava sob as tendas, perseguidos até os altares, tinham sido levados para a escravidão ou imolados por um inimigo cruel. A multidão dos cristãos, massacrada naquele lugar, tinha ficado sem sepultura. J. F. Michaud. História das cruzadas. São Paulo: Editora das Américas, 1956 (com adaptações). Foi, de fato, na sexta-feira 22 do tempo de Chaaban, do ano de 492 da Hégira, que os franj* se apossaram da Cidade Santa, após um sítio de 40 dias. Os exilados ainda tremem cada vez que falam nisso; seu olhar se esfria como se eles ainda tivessem diante dos olhos aqueles guerreiros louros, protegidos de armaduras, que espelham pelas ruas o sabre cortante, desembainhado, degolando homens, mulheres e crianças, pilhando as casas, saqueando as mesquitas. *franj = cruzados. Amin Maalouf. As Cruzadas vistas pelos árabes. 2a ed. São Paulo: Brasiliense, 1989 (com adaptações). Avalie as seguintes afirmações a respeito dos textos, que tratam das Cruzadas. I. Os textos referem-se ao mesmo assunto - as Cruzadas, ocorridas no período medieval -, mas

apresentam visões distintas sobre a realidade dos conflitos religiosos desse período histórico. II. Ambos os textos narram partes de conflitos ocorridos entre cristãos e muçulmanos durante a

Idade Média e revelam como a violência contra mulheres e crianças era prática comum entre adversários.

III. Ambos narram conflitos ocorridos durante as Cruzadas medievais e revelam como as disputas dessa época, apesar de ter havido alguns confrontos militares, foram resolvidas com base na

ideia do respeito e da tolerância cultural e religiosa. É correto apenas o que se afirma em a) I. b) II. c) III. d) I e II. e) II e III. 7. (Enem) Hoje em dia, nas grandes cidades, enterrar os mortos é uma prática quase íntima, que diz respeito apenas à família. A menos, é claro, que se trate de uma personalidade conhecida. Entretanto, isso nem sempre foi assim. Para um historiador, os sepultamentos são uma fonte de informações importantes para que se compreenda, por exemplo, a vida política das sociedades.

No que se refere às práticas sociais ligadas aos sepultamentos,

a) na Grécia Antiga, as cerimônias fúnebres eram desvalorizadas, porque o mais importante era a democracia experimentada pelos vivos.

b) na Idade Média, a Igreja tinha pouca influência sobre os rituais fúnebres, preocupando-se mais com a salvação da alma.

c) no Brasil colônia, o sepultamento dos mortos nas igrejas era regido pela observância da hierarquia social.

d) na época da Reforma, o catolicismo condenou os excessos de gastos que a burguesia fazia para sepultar seus mortos.

e) no período posterior à Revolução Francesa, devido as grandes perturbações sociais, abandona-se a prática do luto.

8. (Enem) “Pecado nefando” era expressão correntemente utilizada pelos inquisidores para a sodomia. Nefandus: o que não pode ser dito. A Assembleia de clérigos reunida em Salvador, em 1707, considerou a sodomia “tão péssimo e horrendo crime”, tao contrário à lei da natureza, que “era indigno de ser nomeado” e, por isso mesmo, nefando.

NOVAIS, F.; MELLO E SOUZA L. História da vida privada no Brasil. V. 1. São Paulo: Companhia das Letras. 1997 (adaptado).

O número de homossexuais assassinados no Brasil bateu o recorde histórico em 2009. De acordo com o Relatório Anual de Assassinato de Homossexuais (LGBT – Lésbicas, Gays, Bissexuais e Travestis), nesse ano foram registrados 195 mortos por motivação homofóbica no País.

Disponível em: www.alemdanoticia.com.br/utimas_noticias.php?codnoticia=3871. Acesso em: 29 abr. 2010 (adaptado).

A homofobia é a rejeição e menosprezo à orientação sexual do outro e, muitas vezes, expressa-se sob a forma de comportamentos violentos. Os textos indicam que as condenações públicas, perseguições e assassinatos de homossexuais no país estão associadas a) à baixa representatividade política de grupos organizados que defendem os direitos de

cidadania dos homossexuais. b) à falência da democracia no país, que torna impeditiva a divulgação de estatísticas

relacionadas à violência contra homossexuais. c) à Constituição de 1988, que exclui do tecido social os homossexuais, além de impedi-los de

exercer seus direitos políticos. d) a um passado histórico marcado pela demonização do corpo e por formas recorrentes de

tabus e intolerância. e) a uma política eugênica desenvolvida pelo Estado, justificada a partir dos posicionamentos de

correntes filosófico-científicas. 9. (ENADE)

VICTOR MEIRELLES: Primeira missa no Brasil, 1860. Óleo sobre tela. 268X356 cm. Rio de Janeiro, Museu Nacional de Belas Artes.

Não se esqueça de por algumas embaíbas, que são formosas e enfeitam o bosque pelo caráter especial de suas folhas (...). Lembre-se bem das nossas árvores e troncos retos, carregados de plantas diversas, altas e com coqueiros e com palmitos pelo meio, pois estes crescem à sombra dos grandes madeiros. Pouco, mas característico, mas genuinamente brasileiro.

Carta de Araújo Porto Alegre para Victor Meirelles, 4/2/1859. Apud. COLI, Jorge. Primeira Missa e a invenção da descoberta. In: NOVAES, Adauto (org). A descoberta do homem edo mundo. São Paulo: Cia das Letras, 1998, p. 120.

As recomendações de Araújo Porto Alegre, então diretor da Academia Imperial de Belas Artes, a Victor Meirelles, no trecho da carta transcrita, por ocasião da pintura do quadro Primeira missa no Brasil, expressam, no que se refere à identidade nacional brasileira, em meados do século XIX, a preocupação de A) associar natureza e barbárie. B) caracterizar a paisagem local. C) enaltecer as heranças ibéricas. D) domesticar o habitante nativo. E) destacar a miscigenação do povo.

10. (Enem) Seguiam-se vinte criados custosamente vestidos e montados em soberbos cavalos; depois destes, marchava o Embaixador do Rei do Congo magnificamente ornado de seda azul para anunciar ao Senado que a vinda do Rei estava destinada para o dia dezesseis. Em resposta obteve repetidas vivas do povo que concorreu alegre e admirado de tanta grandeza. “Coroação do Rei do Congo em Santo Amaro”, Bahia apud DEL PRIORE, M. Festas e utopias no Brasil colonial. In: CATELLI JR., R. Um olhar sobre as festas populares brasileiras. São Paulo: Brasiliense, 1994 (adaptado). Originária dos tempos coloniais, a festa da Coroação do Rei do Congo evidencia um processo de a) exclusão social. b) imposição religiosa. c) acomodação política. d) supressão simbólica. e) ressignificação cultural. 11. (ENEM) A Superintendência Regional do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desenvolveu o projeto “Comunidades Negras de Santa Catarina”, que tem como objetivo preservar a memória do povo afrodescendente no sul do País. A ancestralidade negra é abordada em suas diversas dimensões: arqueológica, arquitetônica, paisagística e imaterial. Em

regiões como a do Sertão de Valongo, na cidade de Porto Belo, a fixação dos primeiros habitantes ocorreu imediatamente após a abolição da escravidão no Brasil. O Iphan identificou nessa região um total de 19 referências culturais, como os conhecimentos tradicionais de ervas de chá, o plantio agroecológico de bananas e os cultos adventistas de adoração.

Disponívelem:<http://portal.iphan.gov.br/portal/montarDetalheConteudo.do?id=14256&sigla=Noticia&retorno=detalheNoticia>. Acesso em: 1 jun. 2009. (com adaptações).

O texto acima permite analisar a relação entre cultura e memória, demonstrando que:

a) as referências culturais da população afrodescendente estiveram ausentes no sul do País, cuja composição étnica se restringe aos brancos.

b) a preservação dos saberes das comunidades afrodescendentes constitui importante elemento na construção da identidade e da diversidade cultural do País.

c) a sobrevivência da cultura negra está baseada no isolamento das comunidades tradicionais, com proibição de alterações em seus costumes.

d) os contatos com a sociedade nacional têm impedido a conservação da memória e dos costumes dos quilombolas em regiões como a do Sertão de Valongo.

e) a permanência de referenciais culturais que expressam a ancestralidade negra compromete o desenvolvimento econômico da região.

12. (Enem) Distantes uma da outra quase 100 anos, as duas telas seguintes, que integram o patrimônio cultural brasileiro, valorizam a cena da primeira missa no Brasil, relatada na carta de Pero Vaz de Caminha. Enquanto a primeira retrata fielmente a carta, a segunda — ao excluir a natureza e os índios — critica a narrativa do escrivão da frota de Cabral. Além disso, na segunda, não se vê a cruz fincada no altar.

Ao comparar os quadros e levando-se em consideração a explicação dada, observa-se que a) a influência da religião católica na catequização do povo nativo é objeto das duas telas. b) a ausência dos índios na segunda tela significa que Portinari quis enaltecer o feito dos

portugueses. c) ambas, apesar de diferentes, retratam um mesmo momento e apresentam uma mesma visão

do fato histórico. d) a segunda tela, ao diminuir o destaque da cruz, nega a importância da religião no processo

dos descobrimentos. e) a tela de Victor Meirelles contribuiu para uma visão romantizada dos primeiros dias dos

portugueses no Brasil.

AULA 5 –

1. (Enem) Considere os textos a seguir. (...) de modo particular, quero encorajar os crentes empenhados no campo da filosofia para que iluminem os diversos âmbitos da atividade humana, graças ao exercício de uma razão que se torna mais segura e perspicaz com o apoio que recebe da fé. (Papa João Paulo II. Carta Encíclica Fides et Ratio aos bispos da igreja católica sobre as relações entre fé e razão, 1998) As verdades da razão natural não contradizem as verdades da fé cristã.

(São Tomás de Aquino-pensador medieval) Refletindo sobre os textos, pode-se concluir que a) a encíclica papal está em contradição com o pensamento de São Tomás de Aquino, refletindo

a diferença de épocas. b) a encíclica papal procura complementar São Tomás de Aquino, pois este colocava a razão

natural acima da fé. c) a Igreja medieval valorizava a razão mais do que a encíclica de João Paulo II. d) o pensamento teológico teve sua importância na Idade Média, mas, em nossos dias, não tem

relação com o pensamento filosófico. e) tanto a encíclica papal como a frase de São Tomás de Aquino procuram conciliar os

pensamentos sobre fé e razão. 2. (UFIR) A Idade Média também foi denominada o "tempo das catedrais". Data deste período

da História a construção da catedral de Burgos, na Espanha, reproduzida na figura abaixo

O estilo arquitetônico da catedral de Burgos é o

a) renascentista.

b) românico.

c) gótico.

d) barroco.

e) moderno.

3. (Unicamp)

No quadro acima, observa-se a organização espacial do trabalho agrícola típica do período

medieval. A partir dele, podemos afirmar que

a) os camponeses estão distantes do castelo porque já abandonavam o domínio senhorial, num

momento em que práticas de conservação do solo, como a rotação de culturas, e a invenção de

novos instrumentos, como o arado, aumentavam a produção agrícola.

b) os camponeses utilizavam, então, práticas de plantio direto, o que permitia a melhor

conservação do solo e a fertilidade das terras que pertenciam a um senhor feudal, como sugere

o castelo fortificado que domina a paisagem ao fundo do quadro.

c) um castelo fortificado domina a paisagem, ao fundo, pois os camponeses trabalhavam no

domínio de um senhor; pode-se ver também que utilizavam práticas de rotação de culturas,

visando à conservação do solo e à manutenção da fertilidade das terras.

d) A cena retrata um momento de mudança técnica e social: desenvolvia-se novos instrumentos

agrícolas, como o arado, e o uso de práticas de plantio direto, o que levava ao aumento da

produção, permitindo que os camponeses abandonassem o domínio senhorial.

e) A Igreja, no seu papel de defensora dos mais pobres, combatia os abusos dos senhores

feudais em relação aos camponeses.

4. (Unesp) [Na Idade Média] Homens e mulheres gostavam muito de festas.

Isso vinha, geralmente, tanto das velhas tradições pagãs (...), quanto da liturgia cristã.

(Jacques Le Goff. A Idade Média explicada aos meus filhos, 2007.)

Sobre essas festas medievais, podemos dizer que

a) muitos relatos do cotidiano medieval indicam que havia um confronto entre as festas de origem

pagã e as criadas pelo cristianismo.

b) os torneios eram as principais festas e rompiam as distinções sociais entre senhores e servos

que, montados em cavalos, se divertiam juntos.

c) a Igreja Católica apoiava todo tipo de comemoração popular, mesmo quando se tratava do

culto a alguma divindade pagã.

d) as festas rurais representavam sempre as relações sociais presentes no campo, com a

encenação do ritual de sagração de cavaleiros.

e) religiosos e nobres preferiam as festas privadas e pagãs, recusando-se a participar dos

grandes eventos públicos cristãos.

5. (Espcex (Aman) O período conhecido por Baixa Idade Média estendeu-se dos séculos

X ao XV e foi marcado por profundas transformações, entre elas o renascimento

comercial. É correto afirmar que essa transformação esteve relacionada com

a) a formação das feiras, que eram pontos de comércio temporário, tendo-se destacado

inicialmente as regiões de Champanhe e, posteriormente, a região de Flandres.

b) o aparecimento de um novo grupo social, os mercadores, que passaram a ocupar o

lugar da nobreza na sociedade estamental durante toda a Idade Moderna.

c) o reaparecimento da moeda e das transações financeiras, que ficaram limitadas às

cidades italianas, mais próximas do mercado oriental.

d) o surgimento de asas ou ligas, poderosas associações de comerciantes, cujos

interesses se chocavam com os dos nobres, que percebiam nas atividades daquelas

uma ameaça à segurança das cidades destes.

e) o surgimento do movimento comunal, uma disputa entre senhores feudais e

burgueses, em torno das taxas de impostos cobrados sobre as atividades comerciais

realizadas nos feudos.

6. (Enem) Acompanhando a intenção da burguesia renascentista de ampliar seu domínio sobre

a natureza e sobre o espaço geográfico, através da pesquisa científica e da invenção tecnológica,

os cientistas também iriam se atirar nessa aventura, tentando conquistar a forma, o movimento,

o espaço, a luz, a cor e mesmo a expressão e o sentimento. SEVCENKO, N. O Renascimento.

Campinas: Unicamp, 1984.

O texto apresenta um espírito de época que afetou também a produção artística, marcada pela constante relação entre a) fé e misticismo. b) ciência e arte. c) cultura e comércio. d) política e economia. e) astronomia e religião. 7. (Fuvest) A economia das possessões coloniais portuguesas na América foi marcada por mercadorias que, uma vez exportadas para outras regiões do mundo, podiam alcançar alto valor e garantir, aos envolvidos em seu comércio, grandes lucros. Além do açúcar, explorado desde meados do século XVI, e do ouro, extraído regularmente desde fins do XVII, merecem destaque, como elementos de exportação presentes nessa economia: a) tabaco, algodão e derivados da pecuária. b) ferro, sal e tecidos. c) escravos indígenas, arroz e diamantes. d) animais exóticos, cacau e embarcações. e) drogas do sertão, frutos do mar e cordoaria. 8. (Uepb) Ao chegar ao Brasil, D. João VI causou mudanças. Educados na Europa, sob a influência do Iluminismo francês, os nobres precisavam dos livros, das pinturas e dos estudos

científicos como símbolos de poder, de progresso e para se diferenciar dos nativos incultos que trabalhavam. Assinale a alternativa que traz quatro medidas efetivadas pelo governo que se instalou no Rio de Janeiro em 1808. a) Inauguração do Real Horto (Jardim Botânico)/ Criação do Banco do Brasil/ Construção do Jardim Zoológico de São Paulo/ Criação da Imprensa Régia. b) Criação da Caixa Econômica Federal/ Inauguração de Universidades em várias cidades/ Fundação da Real Biblioteca/ Criação de um centro de pesquisas da cultura nativa. c) Instalação da Missão Científica Austro-francesa/ Inauguração dos Jornais O Globo e Estado de São Paulo/ Inauguração da Casa de Cultura Francesa / Inauguração de uma estação de trens. d) Fundação da Real Biblioteca/ Construção do Forte de Santa Maria no Rio de Janeiro/ Implantação da Casa da Moeda/ Inauguração de um orquidário. e) Inauguração do Real Horto (Jardim Botânico)/ Criação da Imprensa Régia/ Fundação da Real Biblioteca / Instalação da Missão Científica Austríaca e da Missão Artística Francesa. 9. (Enem)

As imagens, que retratam D. Pedro I e D. Pedro II, procuram transmitir determinadas representações políticas acerca dos dois monarcas e seus contextos de atuação. A ideia que cada imagem evoca é, respectivamente a) Habilidade militar — riqueza pessoal. b) Liderança popular — estabilidade política. c) Instabilidade econômica — herança europeia. d) Isolamento político — centralização do poder. e) Nacionalismo exacerbado — inovação administrativa. 10. (Fgvrj) A história da construção do Estado brasileiro na primeira metade do século XIX foi a história da tensão entre unidade e autonomia. Por outro lado, no interior do Estado, de elites com fortes vínculos com os interesses de sua região de origem e ao mesmo tempo comprometidas com uma determinada política nacional, pautada pela negociação destes interesses e pela manutenção da exclusão social, marcou não apenas o século XIX, como também o século XX. Através do parlamento essas elites regionais têm imposto uma determinada dinâmica para o jogo político que se materializa na imensa dificuldade de empreender reformas sociais profundas.

Dolhnikoff, Miriam. O pacto imperial. As origens do federalismo no Brasil. São Paulo: Globo, 2005, p. 11-12.

De acordo com o ponto de vista apresentado no texto, a) a história brasileira é marcada por práticas de tolerância política acentuadas nas últimas

décadas com a redemocratização do país.

b) o parlamento é a única instituição política imune aos interesses e ao controle das elites regionais brasileiras.

c) as profundas reformas sociais só foram possíveis graças às transformações políticas ocorridas na primeira metade do século XIX no Brasil.

d) a dinâmica política do Estado nacional se constituiu com base em negociações entre as elites regionais e a exclusão social de outros setores.

e) as características descritas sobre o Estado revelam a supremacia do Poder Judiciário sobre o Poder Legislativo na história política brasileira.

11. (Upf ) Em setembro de 1822, o príncipe regente Dom Pedro proclamou a separação do Brasil em relação ao reino de Portugal. Sobre a independência do Brasil é correto afirmar: a) Modificou parcialmente as estruturas do país, pois, embora tivesse mantido o latifúndio, a

monocultura e a escravidão, o Brasil tornou-se política e economicamente independente. b) Não modificou o país em profundidade, pois manteve a concentração da terra, a monocultura

e a escravidão. c) Modificou o país, pois a Lei de Terras propiciou um maior acesso à terra pela população. d) Não chegou a modificar o país concretamente, pois as ideias de fim de escravidão e de adoção

de uma política agrária para o país não foram cumpridas, como queriam os cafeicultores. e) Representou um avanço social, pois o país passou a ser governado por uma família real cuja

mentalidade era abolicionista. 12. (Ufpb ) A pintura é uma manifestação artística que pode ser utilizada como fonte histórica, reforçando uma versão da história. Nesse sentido, observe o quadro do pintor paraibano Pedro Américo:

No campo da historiografia, essa imagem: a) sintetiza o verdadeiro sentimento de toda a nação em relação a Portugal. b) expõe a luta de classes existente no país no período da independência. c) expressa o apoio popular ao processo de autonomia política do Brasil. d) representa uma visão heroica e romanceada da separação política do país. e) mostra a independência como anseio de grupos subalternos.

AULA 6 – 1. (Unesp) Ó mar salgado, quanto do teu sal São lágrimas de Portugal! Por te cruzarmos, quantas mães choraram, Quantos filhos em vão rezaram! Quantas noivas ficaram por casar Para que fosses nosso, ó mar! Valeu a pena? Tudo vale a pena Se a alma não é pequena. Quem quer passar além do Bojador Tem que passar além da dor. Deus ao mar o perigo e o abismo deu, Mas nele é que espelhou o céu.

(Fernando Pessoa. Mar Português. Obra poética, 1960. Adaptado.)

Entre outros aspectos da expansão marítima portuguesa a partir do século XV, o poema menciona a) o sucesso da empreitada, que transformou Portugal na principal potência europeia por quatro

séculos. b) o reconhecimento do papel determinante da Coroa no estímulo às navegações e no apoio

financeiro aos familiares dos navegadores. c) a crença religiosa como principal motor das navegações, o que justifica o reconhecimento da

grandeza da alma dos portugueses. d) a percepção das perdas e dos ganhos individuais e coletivos provocados pelas navegações e

pelos riscos que elas comportavam. e) a dificuldade dos navegadores de reconhecer as diferenças entre os oceanos, que os levou a

confundir a América com as Índias. 2. (Fgv ) O paradoxo aparente do absolutismo na Europa ocidental era que ele representava fundamentalmente um aparelho de proteção da propriedade dos privilégios aristocráticos, embora, ao mesmo tempo, os meios pelos quais tal proteção era concedida pudessem assegurar simultaneamente os interesses básicos das classes mercantis e manufatureiras nascentes. Essencialmente, o absolutismo era apenas isto: um aparelho de dominação feudal recolocado e reforçado, destinado a sujeitar as massas camponesas à sua posição tradicional. Nunca foi um árbitro entre a aristocracia e a burguesia, e menos ainda um instrumento da burguesia nascente contra a aristocracia: ele era a nova carapaça política de uma nobreza atemorizada.

(Perry Anderson, Linhagens do Estado absolutista. p. 18 e 39. Adaptado) Segundo Perry Anderson, o Estado absolutista a) não tinha força política para submeter os trabalhadores do campo e a aristocracia com a

cobrança de pesados impostos e, simultaneamente, oferecer participação política e vantagens econômicas para o crescimento da burguesia comercial e manufatureira.

b) nunca se submeteu aos interesses da burguesia mercantil e manufatureira em detrimento da aristocracia, mas, ao contrário, tornou-se um escudo de proteção dos camponeses contra o domínio feudal exercido por meio de pesados impostos.

c) garantiu, sob a sua proteção, o domínio econômico e político da aristocracia sobre os camponeses e, para sobreviver economicamente, atendeu aos interesses de expansão do mercado da burguesia mercantil e manufatureira, mas a afastou do poder político.

d) preservou a propriedade feudal e os interesses dos camponeses, mas, para que isso se efetivasse, submeteu-se à pressão da burguesia mercantil e manufatureira ao aproximá-la do poder político, oferecendo cargos públicos a essa classe.

e) não protegeu a aristocracia nem os camponeses que, para sobreviverem, estabeleceram alianças pontuais com a burguesia comercial em ascensão econômica e com crescente participação política, com o intuito de obter acesso à terra.

3. (Uel) A figura acima se insere em um momento histórico marcado por inúmeras transformações científicas, tecnológicas e culturais.

Com base nessas transformações e nos conhecimentos sobre cultura e ciência na Idade Moderna, considere as afirmativas a seguir. I. A imprensa de tipos ou caracteres móveis restringiu a disseminação das informações científicas

e culturais por meio da censura realizada pelo aparato estatal. II. Por meio do ensino do latim e da autorização da interpretação dos dogmas pelos fiéis, a Igreja

Católica disseminou os conhecimentos bíblicos para a população. III. O método científico baseado na experiência, na observação e na verificação buscou as

regularidades, estabelecendo certezas científicas sobre a natureza. IV. Os Bizantinos e os Islâmicos preservaram os valores clássicos da cultura greco-romana, e o

antropocentrismo constituiu-se em um modelo de proporções exatas. Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas I e II são corretas. b) Somente as afirmativas I e IV são corretas. c) Somente as afirmativas III e IV são corretas. d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas. e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas. 4. (Espcex (Aman) A Reforma protestante foi um movimento ocorrido no século XVI que causou uma grande ruptura no mundo cristão e deu origem a novas doutrinas religiosas. Dentre os fatores que levaram a esse movimento, está(estão) o(a)(s): a) apoio da Igreja católica à prática da usura e ao lucro. b) críticas de alguns membros da Igreja a práticas promovidas pela instituição, como a venda de

indulgências (perdão dos pecados). c) reação à decisão da Igreja de restabelecer e reorganizar a Inquisição. d) valorização do racionalismo e do cientificismo, além dos ideais iluministas. e) estímulo à leitura e à livre interpretação da Bíblia, promovido pelo Vaticano. 5. (Ufscar ) ...as casas se erguiam separadas umas das outras, comunicando-se somente por

pequenas pontes elevadiças e por canoas... O burburinho e o ruído do mercado (...) podia ser

ouvido até quase uma légua de distância... Os artigos consistiam em ouro, prata, joias, plumas,

mantas, chocolate, peles curtidas ou não, sandálias e outras manufaturas de raízes e fibras de

juta, grande número de escravos homens e mulheres, muitos dos quais estavam atados pelo

pescoço, com gargalheiras, a longos paus... Vegetais, frutas, comida preparada, sal, pão, mel e

massas doces, feitas de várias maneiras, eram também lá vendidas... Os mercadores que

negociavam em ouro possuíam o metal em grão, tal como vinha das minas, em tubos

transparentes, de forma que ele podia ser calculado, e o ouro valia tantas mantas, ou tantos

xiquipils de cacau, de acordo com o tamanho dos tubos. Toda a praça estava cercada por piazzas

sob as quais grandes quantidades de grãos eram estocadas e onde estavam, também, as lojas

para as diferentes espécies de bens.

Este texto foi escrito pelo cronista espanhol Bernal Diaz Del Castilho em 1519, sobre a cidade

asteca de Tenochtitlán. A partir dele, é correto afirmar que, na época, os astecas

a) estavam organizados a partir de uma economia doméstica, coletora e caçadora. b) tinham uma economia comercial e de acumulação de metais preciosos (ouro) pelo Estado. c) tinham uma economia monetária que estimulava o desenvolvimento urbano e comercial. d) estavam organizados em duas classes sociais: os grandes proprietários de terra e os

escravos. e) desenvolviam trabalhos no campo e nas cidades, associando agricultura, artesanato e

comércio. 6. (Enem) O fenômeno da escravidão, ou seja, da imposição do trabalho compulsório a um indivíduo ou a uma coletividade, por parte de outro indivíduo ou coletividade, é algo muito antigo e, nesses termos, acompanhou a história da Antiguidade até o séc. XIX. Todavia, percebe-se que tanto o status quanto o tratamento dos escravos variou muito da Antiguidade greco-romana até o século XIX em questões ligadas à divisão do trabalho. As variações mencionadas dizem respeito

a) ao caráter étnico da escravidão antiga, pois certas etnias eram escravizadas em virtude de preconceitos sociais.

b) à especialização do trabalho escravo na Antiguidade, pois certos ofícios de prestígio eram frequentemente realizados por escravos.

c) ao uso dos escravos para a atividade agroexportadora, tanto na Antiguidade quanto no mundo moderno, pois o caráter étnico determinou a diversidade de tratamento.

d) à absoluta desqualificação dos escravos para trabalhos mais sofisticados e à violência em seu tratamento, independentemente das questões étnicas.

e) ao aspecto étnico presente em todas as formas de escravidão, pois o escravo era, na Antiguidade greco--romana, como no mundo moderno, considerado uma raça inferior.

7. (Enem) “A Confederação do Equador contou com a participação de diversos segmentos sociais, incluindo os proprietários rurais que, em grande parte, haviam apoiado o movimento de Independência e a ascensão de Dom Pedro I ao trono. A necessidade de lutar contra o poder central fez com que a aristocracia rural mobilizasse as camadas populares, que passaram então a questionar não apenas o autoritarismo do poder central, mas o da própria aristocracia da província. Os líderes mais democráticos defendiam a extinção do tráfico negreiro e mais igualdade social. Essas ideias assustaram os grandes proprietários de terras que, temendo uma revolução popular, decidiram se afastar do movimento. Abandonado pelas elites, o movimento enfraqueceu e não conseguiu resistir à violenta pressão organizada pelo governo imperial.” (Boris Fausto. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 1996.)

Com base no texto, é possível concluir que a composição da Confederação do Equador envolveu, a princípio:

a) os escravos e os latifundiários descontentes com o poder centralizado. b) diversas camadas, incluindo os grandes latifundiários, na luta contra a centralização política. c) as camadas mais baixas da área rural, mobilizadas pela aristocracia, que tencionava subjugar

o Rio de Janeiro. d) as camadas mais baixas da população, incluindo os escravos, que desejavam o fim da

hegemonia do Rio de Janeiro. e) as camadas populares, mobilizadas pela aristocracia rural, cujos objetivos incluíam a

ascensão de Dom Pedro I ao trono. 8. (Enem)

– Constituição de 1824: “Art. 98. O Poder Moderador é a chave de toda a organização política, e é delegado privativamente ao Imperador [...] para que incessantemente vele sobre a manutenção da Independência, equilíbrio, e harmonia dos demais poderes políticos [...] dissolvendo a Câmara dos Deputados nos casos em que o exigir a salvação do Estado.”

– Frei Caneca: “O Poder Moderador da nova invenção maquiavélica é a chave mestra da opressão da nação brasileira e o garrote mais forte da liberdade dos povos. Por ele, o imperador pode dissolver a Câmara dos Deputados, que é a representante do povo, ficando sempre no gozo de seus direitos o Senado, que é o representante dos apaniguados do imperador.” (Voto sobre o juramento do projeto de Constituição)

Para Frei Caneca, o Poder Moderador definido pela Constituição outorgada pelo Imperador em 1824 era:

a) adequado ao funcionamento de uma monarquia constitucional, pois os senadores eram escolhidos pelo imperador.

b) eficaz e responsável pela liberdade dos povos, porque garantia a representação da sociedade nas duas esferas do poder legislativo.

c) arbitrário, porque permitia ao imperador dissolver a Câmara dos Deputados, o poder representativo da sociedade.

d) neutro e fraco, especialmente nos momentos de crise, pois era incapaz de controlar os deputados representantes da Nação.

e) capaz de responder às exigências políticas da nação, pois supria as deficiências da representação política.

9. (Ufu ) No começo da década de 1830 na Corte circulava um jornal intitulado O Homem de cor. A epígrafe do jornal era a citação de um artigo constitucional: “Todo cidadão pode ser admitido aos cargos públicos civis e militares, sem outra diferença que não seja a de seus

talentos e virtudes”. O redator combatia uma afirmação do presidente da província de Pernambuco, Manoel Zeferino dos Santos, que continha críticas à qualificação dos oficiais da Guarda Nacional, e propunha a separação entre os batalhões “segundo os quilates da cor”.

LIMA, Ivana Stolze. Cores, marcas e falas: sentidos da mestiçagem no Império do Brasil. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2003, p. 51 (adaptado).

Artigo 6º. São Cidadãos Brasileiros: 1) Os que no Brasil tiverem nascido, quer sejam ingênuos, ou libertos, ainda que o pai seja

estrangeiro, uma vez que este não resida por serviço de sua Nação. Constituição Imperial do Brasil de 1824

Vocabulário: Ingênuos: filhos de ex-escravos Libertos: ex-escravos O processo de independência do Brasil e a abdicação de Dom Pedro I, em abril de 1831, alimentaram expectativas de aprofundamento das reformas liberais. A epígrafe do jornal O Homem de cor expressa a) a crítica à própria Constituição do Brasil, que tratou de estabelecer diferenças entre os

cidadãos brancos e negros na ocupação de cargos. b) a construção de uma identidade racial que previa a união de escravos, ex-escravos e seus

descendentes na oposição ao sistema escravista. c) a crítica ao monopólio dos portugueses na ocupação de cargos públicos e militares, que se

mantinha mesmo depois da independência. d) a luta pelo reconhecimento do direito de cidadania a todos os não escravos nascidos no Brasil,

independente de critérios raciais. e) a defesa à própria Constituição do Brasil, que possuía como prerrogativa o direito à

cidadania aos ex-escravos de origem negra. 10. (Enem ) Após a abdicação de D. Pedro I, o Brasil atravessou um período marcado por inúmeras crises: as diversas forças políticas lutavam pelo poder e as reivindicações populares eram por melhores condições de vida e pelo direito de participação na vida política do país. Os conflitos representavam também o protesto contra a centralização do governo. Nesse período, ocorreu também a expansão da cultura cafeeira e o surgimento do poderoso grupo dos "barões do café", para o qual era fundamental a manutenção da escravidão e do tráfico negreiro. O contexto do Período Regencial foi marcado a) por revoltas populares que reclamavam a volta da monarquia. b) por várias crises e pela submissão das forças políticas ao poder central. c) pela luta entre os principais grupos políticos que reivindicavam melhores condições de vida. d) pelo governo dos chamados regentes, que promoveram a ascensão social dos "barões do

café". e) pela convulsão política e por novas realidades econômicas que exigiam o reforço de velhas

realidades sociais. 11. (Ufg) A ocorrência de rebeliões, tais como a Cabanagem (1835-1840), no Pará, a Sabinada (1837-1838), na Bahia, e a Balaiada (1838-1841), no Maranhão, determinou a caracterização da Regência como um período conturbado. Todavia, a ocorrência de rebeliões tão distintas apresenta como aspecto comum a a) reivindicação popular pela abolição da escravatura, tornando inviável o apoio das camadas

médias urbanas aos movimentos contra a ordem regencial. b) influência da experiência republicana da América Hispânica, decorrente da proximidade

intelectual entre as elites imperiais e os criollos. c) mobilização das camadas populares pelos segmentos da elite, objetivando o controle do poder

nas referidas províncias. d) tentativa de restabelecer o poder moderador, transferindo- o para a Regência Una como forma

de resistir às reformas liberais. e) rejeição ao regime monárquico, revelador da permanência do privilégio concedido ao

português desde a Colônia.

12. (Uel) No contexto histórico das transformações ocorridas no século XIX, que envolveram questões da identidade nacional e da política, no Brasil, após a abdicação de D. Pedro I, ocorreu uma grave crise institucional. As tentativas de superação por meio das Regências provocaram uma série de revoltas como a Sabinada (BA), a Balaiada (MA) e a Cabanagem (PA). A superação da crise, que coincidiu com o fim do período regencial, deveu-se à a) antecipação da maioridade do príncipe herdeiro. b) consolidação da Regência Una e Permanente. c) formação e consolidação do Partido Republicano. d) fundação das agremiações abolicionistas. e) volta imediata de D. Pedro I às terras brasileiras.

AULA 7 – 1. (Enem) A identidade negra não surge da tomada de consciência de uma diferença de pigmentação ou de uma diferença biológica entre populações negras e brancas e(ou) negras e amarelas. Ela resulta de um longo processo histórico que começa com o descobrimento, no século XV, do continente africano e de seus habitantes pelos navegadores portugueses, descobrimento esse que abriu o caminho às relações mercantilistas com a África, ao tráfico negreiro, à escravidão e, enfim, à colonização do continente africano e de seus povos. K. Munanga. Algumas considerações sobre a diversidade e a identidade negra no Brasil. In: "Diversidade na educação: reflexões e experiências". Brasília: SEMTEC/MEC, 2003, p. 37. Com relação ao assunto tratado no texto, é correto afirmar que a) a colonização da África pelos europeus foi simultânea ao descobrimento desse continente. b) a existência de lucrativo comércio na África levou os portugueses a desenvolverem esse

continente. c) o surgimento do tráfico negreiro foi posterior ao início da escravidão no Brasil. d) a exploração da África decorreu do movimento de expansão europeia do início da Idade

Moderna. e) a colonização da África antecedeu as relações comerciais entre esse continente e a Europa. 2. (Ufpr ) Na figura abaixo vemos à esquerda uma ilustração de Guy Fawkes, inglês católico morto em 1605 após tentar explodir o Parlamento inglês na “Conspiração da Pólvora”, e um manifestante inglês usando a máscara de Guy Fawkes em 2011 (inspirada na graphic novel V de Vingança, transformada em filme em 2006) e portando um cartaz no qual se lê: “O povo não deve temer seu governo”.

Sobre os contextos do século XVII e do século XXI em que a figura de Guy Fawkes aparece, identifique como verdadeiras (V) ou falsas (F) as seguintes afirmativas:

( ) Guy Fawkes pertenceu a uma legião de opositores católicos à dinastia dos Stuart, que tentou estabelecer um regime absolutista na Inglaterra ao longo do século XVII.

( ) Atualmente, o uso da máscara de Guy Fawkes mantém o ativismo católico do personagem original, ao defender a opção preferencial pelos pobres e uma teologia de libertação através do ciberativismo.

( ) Enquanto Guy Fawkes foi demonizado como traidor à Coroa inglesa desde o século XVII, atualmente as máscaras de Guy Fawkes representam a contestação ao autoritarismo e à injustiça, como no movimento Ocupe Wall Street e em diversos protestos pelo mundo.

( ) Após a Conspiração da Pólvora, outras revoltas ocorreram no século XVII na Inglaterra, culminando na Revolução Puritana (1640) e na Revolução Gloriosa (1688), seja por questões religiosas, seja pelos cercamentos, seja disputa de poder entre a monarquia e o parlamento.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo. a) V – F – F – V. b) F – F – V – F. c) F – V – F – V. d) V – V – V – F. e) V – F – V – V. 3. (G1 - ifce) A Europa Ocidental vivenciou, entre os séculos XVI e XVIII, inúmeras transformações culturais. É(são) uma dessas transformações: a) o Movimento Reformista do Século XVI foi caracterizado por uma unificação de pensamento

e práticas nos diversos países nos quais se difundiu. b) o Pensamento Científico, nos Séculos XVII e XVIII, fundamenta-se na Crítica, no Empirismo e

no Naturalismo. c) os Tribunais da Santa Inquisição foram extintos entre 1545 e 1563, graças à Contrarreforma

Religiosa, que alterou os dogmas católicos a partir de um enfoque humanista. d) as ideias liberais econômicas, na metade do século XVIII, criticavam o Sistema Colonial e

defendiam a Manutenção dos Monopólios que eram o principal gerador de riqueza da sociedade.

e) o Movimento Iluminista, no século XVIII, baseava-se no racionalismo e criticava os fundamentos do poder da igreja que apoiava os princípios do poder monárquico absoluto.

4. (Uespi) As teorias dos economistas clássicos foram importantes para consolidar o capitalismo e reorganizar a produção da época, quebrando tradições nos negócios e rompendo preconceitos com relação ao uso do trabalho assalariado. Os economistas clássicos: a) definiam a necessidade de intensificar a colonização, focalizando a produção no avanço das

técnicas agrícolas e na exportação de mercadorias. b) reforçaram as teses dos mercantilistas, mas redefiniram o lugar do trabalho, defendendo a

melhoria salarial e o fim da escravidão. c) criticavam a excessiva interferência do Estado na economia, derrubando teses mercantilistas

e valorizando o trabalho produtivo. d) admitiram a ideia de que a agricultura era a grande fonte de riqueza e seguiram os caminhos

sugeridos pelos fisiocratas. e) estavam desatualizados com as questões financeiras da época, sendo criticados pelos

pensadores iluministas franceses. 5. (G1 - cps ) Quando falamos da cidade de Nova Iorque, uma das primeiras coisas que vem à nossa mente é a Estátua da Liberdade. Você sabe o verdadeiro nome desse monumento? Na realidade, chama-se A Liberdade iluminando o mundo, e foi, em 1886, um presente dado pelo governo francês para os Estados Unidos, que comemoravam o centenário de sua independência.

Considerando essas informações, é correto afirmar que esse monumento a) foi dado pelos franceses aos estadunidenses, pois os Estados Unidos haviam sido uma colônia

francesa de exploração. b) representa a aliança firmada entre os EUA e a França naquele momento, devido ao início da

Segunda Guerra Mundial. c) aponta para a possibilidade da construção de um regime socialista nos EUA, semelhante ao

da França pós-revolucionária. d) demonstra que, desde a independência, os EUA aboliram a escravidão, garantindo assim a

liberdade de todos os seus habitantes. e) simboliza a relação histórica entre a independência dos Estados Unidos e os princípios da

filosofia iluminista surgidos na França. 6. (Enem) Em 4 de julho de 1776, as treze colônias que vieram inicialmente a constituir os Estados Unidos da América (EUA) declaravam sua independência e justificavam a ruptura do Pacto Colonial. Em palavras profundamente subversivas para a época, afirmavam a igualdade dos homens e apregoavam como seus direitos inalienáveis: o direito à vida, à liberdade e à busca da felicidade. Afirmavam que o poder dos governantes, aos quais cabia a defesa daqueles direitos, derivava dos governados. Esses conceitos revolucionários que ecoavam o Iluminismo foram retomados com maior vigor e amplitude treze anos mais tarde, em 1789, na França. Emília Viotti da Costa. Apresentação da coleção. In: Wladimir Pomar. Revolução Chinesa. São Paulo: UNESP, 2003 (com adaptações). Considerando o texto acima, acerca da independência dos EUA e da Revolução Francesa, assinale a opção correta. a) A independência dos EUA e a Revolução Francesa integravam o mesmo contexto histórico,

mas se baseavam em princípios e ideais opostos. b) O processo revolucionário francês identificou-se com o movimento de independência norte-

americana no apoio ao absolutismo esclarecido. c) Tanto nos EUA quanto na França, as teses iluministas sustentavam a luta pelo reconhecimento

dos direitos considerados essenciais à dignidade humana. d) Por ter sido pioneira, a Revolução Francesa exerceu forte influência no desencadeamento da

independência norte-americana. e) Ao romper o Pacto Colonial, a Revolução Francesa abriu o caminho para as independências

das colônias ibéricas situadas na América. 7. (Uespi) Vez por outra, nos defrontamos com notícias sobre a escravização de trabalhadores/as em diversas regiões do Brasil, prática coibida pelo Direito e pela Justiça. Mas nem sempre foi assim. A escravidão como sistema de trabalho legal no Brasil apenas extinguiu-se em 1888, pela promulgação da Lei Áurea, embora o processo de libertação dos escravos tenha sido também pontuado por outras leis, como: a) a Lei do Ventre Livre, de 1871, que libertava os filhos de escravos nascidos no Brasil a partir

daquela data, e pela qual se obrigava também o proprietário a sustentá-los até os oitos anos de idade.

b) a Lei dos Sexagenários, que obrigava os proprietários a libertar, de imediato, aqueles escravos que tivessem sessenta ou mais anos de idade, recebendo, para tanto, uma indenização.

c) a Lei Saraiva Cotegipe, que extinguia o tráfico negreiro, tanto ao nível internacional como entre as províncias brasileiras, favorecendo a contratação de trabalhadores livres.

d) a Lei de Terras, de 1850, pela qual o governo imperial distribuiu entre ex-escravos lotes de terras devolutas para o cultivo do café na região do Parnaíba do Sul.

e) a Lei Eusébio de Queirós, que obrigava os proprietários a prover o sustento dos seus ex-

escravos maiores de sessenta e cinco anos.

8. (Fgv ) Leia as assertivas sobre a economia brasileira no século XIX. I. O Brasil monárquico representou uma continuidade em relação ao período colonial, pois a

produção continuou voltada para o mercado externo e com a utilização da mão de obra compulsória, que perdurou durante grande parte do período.

II. O produto que permitiu a entrada de mais moeda estrangeira no país foi o café, sendo que, na década de 1880, esse produto dominava mais da metade das exportações brasileiras.

III. O açúcar, fundamental para a ocupação colonial da América portuguesa, continuou importante na pauta de exportações brasileiras.

IV. No decênio 1861-1870, em decorrência da Guerra de Secessão norte-americana, aumentou consideravelmente o cultivo de algodão – especialmente no Maranhão – e a sua exportação.

V. O forte aumento da produção e exportação da borracha relaciona-se com a descoberta do processo de vulcanização e com a invenção do pneumático.

Estão corretas as afirmativas a) I e II, apenas. b) I, III e V, apenas. c) II, IV e V, apenas. d) III, IV e V, apenas. e) I, II, III, IV e V. 9. (Enem ) A escravidão não há de ser suprimida no Brasil por uma guerra servil, muito menos por insurreições ou atentados locais. Não deve sê-lo, tampouco, por uma guerra civil, como o foi nos Estados Unidos. Ela poderia desaparecer, talvez, depois de uma revolução, como aconteceu na França, sendo essa revolução obra exclusiva da população livre. É no Parlamento e não em fazendas ou quilombos do interior, nem nas ruas e praças das cidades, que se há de ganhar, ou perder, a causa da liberdade.

NABUCO, J. O abolicionismo [1883]. Rio de Janeiro: Nova Fronteira; São Paulo: Publifolha 2000 (adaptado).

No texto, Joaquim Nabuco defende um projeto político sobre como deveria ocorrer o fim da escravidão no Brasil, no qual a) copiava o modelo haitiano de emancipação negra. b) incentivava a conquista de alforrias por meio de ações judiciais. c) optava pela via legalista de libertação. d) priorizava a negociação em torno das indenizações aos senhores. e) antecipava a libertação paternalista dos cativos. 10. (Enem 2ª aplicação) Para o Paraguai, portanto, essa foi uma guerra pela sobrevivência. De todo modo, uma guerra contra dois gigantes estava fadada a ser um teste debilitante e severo para uma economia de base tão estreita. Lopez precisava de uma vitória rápida e, se não conseguisse vencer rapidamente, provavelmente não venceria nunca.

LYNCH, J. “As Repúblicas do Prata: da Independência à Guerra do Paraguai”. BETHELL, Leslie (Org.). História da América Latina: da independência até 1870, v. III. São Paulo: EDUSP, 2004.

A Guerra do Paraguai teve consequências políticas importantes para o Brasil, pois a) representou a afirmação do Exército Brasileiro como um ator político de primeira ordem. b) confirmou a conquista da hegemonia brasileira sobre a Bacia Platina. c) concretizou a emancipação dos escravos negros. d) incentivou a adoção de um regime constitucional monárquico. e) solucionou a crise financeira, em razão das indenizações recebidas.

11. (Enem) Um dia, os imigrantes aglomerados na amurada da proa chegavam à fedentina quente de um porto, num silêncio de mato e de febre amarela. Santos. — E aqui! Buenos Aires é aqui! — Tinham trocado o rótulo das bagagens, desciam em fila. Faziam suas necessidades nos trens dos animais onde iam. Jogavam-nos num pavilhão comum em São Paulo. — Buenos Aires é aqui! — Amontoados com trouxas, sanfonas e baús, num carro de bois, que pretos guiavam através do mato por estradas esburacadas, chegavam uma tarde nas senzalas donde acabava de sair o braço escravo. Formavam militarmente nas madrugadas do terreiro homens e mulheres, ante feitores de espingarda ao ombro.

Oswald de Andrade. Marco Zero II: chão. Rio de Janeiro: Globo, 1991.

Os Emigrantes. Óleo de Antonio Rocco.

Levando-se em consideração o texto de Oswald de Andrade e a pintura de Antonio Rocco reproduzida anteriormente, relativos à imigração europeia para o Brasil, é correto afirmar que:

a) a visão da imigração presente na pintura é trágica e, no texto, otimista. b) a pintura confirma a visão do texto quanto à imigração de argentinos para o Brasil. c) os dois autores retratam dificuldades dos imigrantes na chegada ao Brasil. d) Antonio Rocco retrata de forma otimista a imigração, destacando o pioneirismo do imigrante. e) Oswald de Andrade mostra que a condição de vida do imigrante era melhor que a dos ex-

escravos. 12. (Cesgranrio ) Após a análise criteriosa do quadro a seguir, relativo à balança comercial do Império brasileiro, conclui-se que

a) a queda nas exportações no final do século XIX pode ser explicada pela recente extinção do tráfico escravo.

b) o crescimento das exportações de café, principal produto da economia brasileira na época, foi o responsável pelo constante superavit da balança comercial entre 1860 e 1880.

c) o crescimento contínuo das importações pode ser explicado pelo decreto de 1844, que estabeleceu as Tarifas Alves Branco, favorecendo a entrada de produtos estrangeiros a baixos preços.

d) o equilíbrio da balança comercial na primeira década, demonstrada no quadro, deve-se ao aumento das exportações de bens de produção.

e) os períodos em que a balança comercial apresentou deficit correspondem a momentos de rebeliões internas, durante as quais os investimentos na produção eram desviados para a indústria bélica.

AULA 8 – 1. (ENEM – FTD) Muitos conceitos permanecem na História, mas passam por transformações durante o tempo. Um deles é o conceito de cidadania. Criado na Grécia Antiga, ele foi adaptado a diversas realidades e mantém-se até hoje.

Assinale a alternativa que melhor reflete sobre esse assunto.

a) Na Grécia Antiga, apenas os homens livres nativos podiam exercer a cidadania. Com o tempo, as mulheres conquistaram o direito de ser cidadãs. b) No Brasil, a luta pela cidadania é antiga. Durante o período colonial, os colonos e indígenas já lutavam por participação direta nas eleições. c) O conceito moderno de cidadania nasceu durante o Iluminismo, no século XVIII. Mesmo assim, alguns pensadores ainda questionavam a participação popular na política. d) Atualmente, a cidadania universal é concedida em todo o mundo. Todas as nações já garantem plenamente a participação política e a liberdade de expressão, entre outros direitos. e) O primeiro momento no qual o brasileiro pôde exercer plenamente sua cidadania foi durante o Estado Novo varguista, no qual ocorreram as primeiras eleições secretas e diretas para presidência da República. 2. (Enem) Em nosso país queremos substituir o egoísmo pela moral, a honra pela probidade, os usos pelos princípios, as conveniências pelos deveres, a tirania da moda pelo império da razão, o desprezo à desgraça pelo desprezo ao vício, a insolência pelo orgulho, a vaidade pela grandeza de alma, o amor ao dinheiro pelo amor à glória, a boa companhia pelas boas pessoas, a intriga pelo mérito, o espirituoso pelo gênio, o brilho pela verdade, o tédio da volúpia pelo encanto da felicidade, a mesquinharia dos grandes pela grandeza do homem. HUNT, L. Revolução Francesa e Vida Privada. In: PERROT, M. (Org.) História da Vida Privada:

da Revolução Francesa à Primeira Guerra. Vol. 4. São Paulo: Companhia das Letras, 1991 (adaptado).

O discurso de Robespierre, de 5 de fevereiro de 1794, do qual o trecho transcrito é parte, relaciona-se a qual dos grupos político-sociais envolvidos na Revolução Francesa? a) À alta burguesia, que desejava participar do poder legislativo francês como força política

dominante. b) Ao clero francês, que desejava justiça social e era ligado à alta burguesia. c) A militares oriundos da pequena e média burguesia, que derrotaram as potências rivais e

queriam reorganizar a França internamente. d) À nobreza esclarecida, que, em função do seu contato, com os intelectuais iluministas,

desejava extinguir o absolutismo francês. e) Aos representantes da pequena e média burguesia e das camadas populares, que desejavam

justiça social e direitos políticos. 3. (Fatec) Considere a foto para responder à questão.

O Arco do Triunfo foi iniciado por ordem de Napoleão Bonaparte em 1806, e a Paris dos

boulevares (das avenidas) surgiu a partir da reforma urbana implantada pelo barão Haussmann,

prefeito de Paris entre 1853 e 1870, período em que a França era governada por Luís Bonaparte.

A foto demonstra o resultado final dessas duas iniciativas que representam a vitória do projeto

a) socialista de uma cidade em que seus espaços devem pertencer igualmente a todos os cidadãos. b) burguês em que o embelezamento da cidade, os parques, novos edifícios e monumentos devem atender mais às necessidades da classe burguesa do que às da população mais pobre. c) anarquista de uma cidade onde a população não precisaria de um órgão governamental, pois os próprios cidadãos a governariam. d) neoliberal em que a economia da cidade deve ser gerada não mais pelo investimento do Estado e sim pelo livre investimento das empresas privadas. e) comunista de uma cidade moldada nas diretrizes da Primeira Internacional Comunista. 4. (Enem) "... Um operário desenrola o arame, o outro o endireita, um terceiro corta, um quarto o afia nas pontas para a colocação da cabeça do alfinete; para fazer a cabeça do alfinete requerem-se 3 ou 4 operações diferentes, ..." SMITH, Adam. A Riqueza das Nações. Investigação sobre a sua Natureza e suas Causas. Vol.

I. São Paulo: Nova Culturas, 1985.

A respeito do texto e do quadrinho são feitas as seguintes afirmações: I. Ambos retratam a intensa divisão do trabalho, à qual são submetidos os operários. II. O texto refere-se à produção informatizada e o quadrinho, à produção artesanal. III. Ambos contêm a ideia de que o produto da atividade industrial não depende do conhecimento de todo o processo por parte do operário. Dentre essas afirmações, apenas a) I está correta. b) II está correta. c) III está correta. d) I e II estão corretas. e) I e III estão corretas. 5. (UEM - adaptada) Sobre a história da América, ao longo dos séculos XVIII e XIX, assinale a(s)

alternativa(s) correta(s).

I) Movimento liberal burguês, a independência dos EUA resultou na tomada do poder das mãos da metrópole pelos grupos populares na sociedade colonial.

II) Na América espanhola, depois da independência, manteve-se a rigidez da ordem social. A elite crioula, como nova classe dominante, reduziu as possibilidades de ascensão so-cial das demais classes( índios, negros e mestiços).

III) Em 1823, foi divulgada a Doutrina Monroe, que estabelecia o direito dos Estados Unidos de intervirem nos assuntos internos dos outros países. A sedimentação dessa forma de pensamento deu o substrato ideológico que legitimou a invasão norte-americana ao Iraque .

IV) A partir do início do século XIX, os Estados Unidos iniciaram a Marcha para o Oeste, comprando ou anexando territórios e ampliando sua extensão geográfica. A partir da costa do Atlântico, a expansão territorial atingiu a costa do Pacífico, dando dimensões continentais ao novo país.

V) A Guerra de Secessão, conhecida como a Guerra Civil norte-americana, foi motivada pela questão da liberdade dos escravos. Enquanto o Norte, agrícola, era favorável ao fim da escravidão, o Sul, mais industrializado, lutava pela manutenção dessa relação de trabalho.

a) I e III; b) III e V; c) II e IV; d) IV e V; e) I, II, III e IV.

6. (Enem PPL) A Inglaterra deve governar o mundo porque é a melhor; o poder deve ser usado; seus concorrentes imperiais não são dignos; suas colônias devem crescer, prosperar e continuar ligadas a ela. Somos dominantes, porque temos o poder (industrial, tecnológico, militar, moral), e elas não; elas são inferiores; nós, superiores, e assim por diante.

SAID, E. Cultura e imperialismo. São Paulo: Cia das Letras, 1995 (adaptado). O texto reproduz argumentos utilizados pelas potências europeias para dominação de regiões na África e na Ásia, a partir de 1870. Tais argumentos justificavam suas ações imperialistas, concebendo-as como parte de uma a) cruzada religiosa. b) catequese cristã. c) missão civilizatória. d) expansão comercial ultramarina. e) política exterior multiculturalista. Resposta: [C] 7. (Upe) O período de afirmação da República no Brasil, em especial aquele compreendido entre a última década do século XIX e as duas primeiras do século XX, foi palco de várias revoltas e motins que, muitas vezes, manifestavam o descontentamento popular com o novo regime. Sobre essa realidade, analise as afirmações seguintes: I. As revoltas se restringiram ao espaço urbano, demonstrando o conformismo da população rural

de então. II. A Revolta da Vacina (1904) no Rio de Janeiro é exemplo das manifestações populares na

Capital Federal. III. Canudos foi um exemplo de agitação no campo a qual conturbou também os anos iniciais do

regime republicano no Brasil. IV. A Guerra do Contestado (1912-1916) foi outro exemplo do conflito no campo, tendo como

palco o estado do Pará. V. A Revolta da Chibata (1910), restrita ao interior da marinha, também está nesse contexto da

jovem república. Estão corretas a) I, II e III.

b) II, III e V. c) I, III e V. d) I, II e IV. e) II, III e IV.

8. (Enem PPL) O trabalho de recomposição que nos espera não admite medidas contemporizadoras. Implica o reajustamento social e econômico de todos os rumos até aqui seguidos. Comecemos por desmontar a máquina do favoritismo parasitário, com toda sua descendência espúria.

Discurso de posse de Getúlio Vargas como chefe do governo provisório, pronunciado em 03 de novembro de 1930.

FILHO, I. A. Brasil, 500 anos em documento. Rio de Janeiro: Mauad, 1999 (adaptado).

Em seu discurso de posse, como forma de legitimar o regime político implantado em 1930, Getúlio Vargas estabelece uma crítica ao a) funcionamento regular dos partidos políticos. b) controle político exercido pelas oligarquias estaduais. c) centralismo presente na Constituição então em vigor. d) mecanismo jurídico que impedia as fraudes eleitorais. e) imobilismo popular nos processos político-eleitorais. 9. (Enem) Até que ponto, a partir de posturas e interesses diversos, as oligarquias paulista e mineira dominaram a cena política nacional na Primeira República? A união de ambas foi um traço fundamental, mas que não conta toda a história do período. A união foi feita com a preponderância de uma ou de outra das duas frações. Com o tempo, surgiram as discussões e um grande desacerto final.

FAUSTO, B. História do Brasil. São Paulo: EdUSP, 2004 (adaptado).

A imagem de um bem-sucedido acordo café com leite entre São Paulo e Minas, um acordo de alternância de presidência entre os dois estados, não passa de uma idealização de um processo muito mais caótico e cheio de conflitos. Profundas divergências políticas colocavam-nos em confronto por causa de diferentes graus de envolvimento no comércio exterior.

TOPIK, S. A presença do estado na economia política do Brasil de 1889 a 1930. Rio de Janeiro: Record, 1989 (adaptado).

Para a caracterização do processo político durante a Primeira República, utiliza-se com frequência a expressão Política do Café com Leite. No entanto, os textos apresentam a seguinte ressalva a sua utilização: a) A riqueza gerada pelo café dava à oligarquia paulista a prerrogativa de indicar os candidatos

à presidência, sem necessidade de alianças. b) As divisões políticas internas de cada estado da federação invalidavam o uso do conceito de

aliança entre estados para este período. c) As disputas políticas do período contradiziam a suposta estabilidade da aliança entre mineiros

e paulistas. d) A centralização do poder no executivo federal impedia a formação de uma aliança duradoura

entre as oligarquias. e) A diversificação da produção e a preocupação com o mercado interno unificavam os interesses

das oligarquias. 10. (Upe ) Em 2014, a Primeira Guerra Mundial, conflito bélico entre 1914-1918, completa 100 anos de sua deflagração. Ela ficou conhecida como a Guerra mais devastadora, até então, existente na Europa. O Brasil, mediante política de aliança, não ficou alheio a esse conflito. Sobre isso, analise as afirmativas a seguir: I. Quando a Primeira Guerra Mundial começou em 1914, a Inglaterra figurava como o principal parceiro comercial do Brasil. II. O Brasil não participou da guerra, mantendo-se neutro até o término do conflito.

III. Em abril de 1917, o governo brasileiro rompe relações diplomáticas e comerciais com a Alemanha, e o afundamento do navio mercante Paraná constituiu-se como o episódio decisório para esse rompimento. IV. O presidente Venceslau Brás revogou a neutralidade do Brasil em 1917, posicionando-se ao lado dos Estados Unidos, o que corroborou a política diplomática de solidariedade continental. V. Em razão de o ministro das Relações Exteriores Lauro Müller ser pró-Alemanha, o Brasil se associou com as potências aliadas (Alemanha, Áustria-Hungria, Império Otomano e Bulgária) desde 1914. Estão CORRETAS a) II, IV e V. b) I, IV e V. c) I, III e IV. d) II, III e IV. e) I, II e V. 11. (Fgv 2012) Leia o texto. Classicamente, existem três grandes formas de abordagens analíticas do populismo. Ele pode ser estudado como um fenômeno de origem social, como uma forma de governo ou como uma ideologia específica. Em qualquer de suas formas, o populismo necessita de alguns elementos básicos para se concretizar: independente das particularidades das ocorrências, ele surge quando há uma massificação de amplas camadas da sociedade que desvincula os indivíduos de seus quadros sociais de origem e os reúne na massa, relacionados entre si por uma sociabilidade periférica e mecânica; quando há uma perda da representatividade e da exemplaridade da classe dirigente; quando há a presença de um líder dotado de carisma de massas.

Emerson Urizzi Cervi, As sete vidas do populismo In Revista de Sociologia e Política, n.º 17, Curitiba, nov.2001.

Na História do Brasil, o mais comum é associar o populismo ao período compreendido entre a) 1889 – ano da proclamação da República e da posse de um militar na presidência – e 1894 – data da eleição do primeiro presidente civil do país. b) 1894 – quando o paulista Prudente de Morais assume a presidência – e 1926 – ano do encerramento do mandato de presidente do mineiro Artur Bernardes. c) 1930 – ano de uma ruptura institucional: a chamada Revolução de 30 – e 1964 – por causa do golpe de Estado que derrubou o presidente João Goulart. d) 1968 – ano da imposição do Ato Institucional n.º 5 – e 1978 – quando este mesmo instrumento autoritário deixou de vigorar. e) 1985 – com o fim do ciclo autoritário nascido em 1964 – e 1989 – ano da eleição do presidente Fernando Collor de Mello pelo voto direto. 12. (Enem) O que o projeto governamental tem em vista é poupar à Nação o prejuízo irreparável do perecimento e da evasão do que há de mais precioso no seu patrimônio. Grande parte das obras de arte até mais valiosas e dos bens de maior interesse histórico, de que a coletividade brasileira era depositária, têm desaparecido ou se arruinado irremediavelmente. As obras de arte típicas e as relíquias da história de cada país não constituem o seu patrimônio privado, e sim um patrimônio comum de todos os povos.

ANDRADE, R. M. F. Defesa do patrimônio artístico e histórico. O Jornal, 30 out. 1936. In: ALVES FILHO, I. Brasil, 500 anos em documentos. Rio de Janeiro: Mauad, 1999 (adaptado).

A criação no Brasil do Serviço do Patrimônio Histórico Artístico Nacional (SPHAN), em 1937, foi orientada por ideias como as descritas no texto, que visavam a) submeter a memória e o patrimônio nacional ao controle dos órgãos públicos, de acordo com a tendência autoritária do Estado Novo. b) transferir para a iniciativa privada a responsabilidade de preservação do patrimônio nacional, por meio de leis de incentivo fiscal. c) definir os fatos e personagens históricos a serem cultuados pela sociedade brasileira, de acordo com o interesse público.

d) resguardar da destruição as obras representativas da cultura nacional, por meio de políticas públicas preservacionistas. e) determinar as responsabilidades pela destruição do patrimônio nacional, de acordo com a legislação brasileira.

AULA 9 - 1. (Enem) A revolução industrial ocorrida no final de século XVIII transformou as relações do homem com o trabalho. As máquinas mudaram as formas de trabalhar, e as fábricas concentraram-se em regiões próximas às matérias-primas e grandes portos, originando vastas concentrações humanas. Muitos dos operários vinham da área rural e cumpriam jornadas de trabalho de 12 a 14 horas, na maioria das vezes em condições adversas. A legislação trabalhista surgiu muito lentamente ao longo do século XIX e a diminuição da jornada de trabalho para oito horas diárias concretizou-se no início do século XX. Pode-se afirmar que as conquistas no início deste século de decorrentes da legislação trabalhista, estão relacionadas com a) expansão do capitalismo e a consolidação dos regimes monárquicos constitucionais. b) a expressiva diminuição da oferta de mão de obra, devido à demanda por trabalhadores

especializados. c) a capacidade de mobilização dos trabalhadores em defesa dos seus interesses. d) o crescimento do Estado ao mesmo tempo que diminuía a representação operária nos

parlamentos. e) a vitória dos partidos comunistas nas eleições das principais capitais europeias. 2. (Mackenzie) Com relação aos dois grandes conflitos mundiais, de 1914–1918 e de 1939–1945, considere as afirmativas. I. O imperialismo e o nacionalismo encontram-se nas origens dos dois conflitos mundiais, uma vez que o primeiro intensificou as tensões mundiais devido à disputa por áreas de influência e o segundo favoreceu a formação dos regimes totalitários fascistas. II. As duas guerras mundiais, envolvendo povos extraeuropeus, desenvolveram a consciência nacional deles, influenciando decisivamente no processo de descolonização afro-asiática. III. O questionamento dos postulados liberais do capitalismo foi intensificado a partir dos dois conflitos, o que criou as condições favoráveis para a expansão dos ideais anarquistas em todo o mundo. Assinale a alternativa correta. a) Somente a afirmativa I está correta. b) Somente a afirmativa II está correta. c) Somente a afirmativa III está correta. d) Somente as afirmativas I e II estão corretas. e) Somente as afirmativas II e III estão corretas. 3. (Upe) O período de duração da Primeira Guerra Mundial, entre 1914 e 1918, foi marcado por várias mudanças sociopolíticas que redefiniram o mundo de então. Sobre esse contexto, assinale a alternativa CORRETA. a) A Rússia, potência diretamente envolvida no conflito, entrou num processo revolucionário

interno, que a levou à adoção do socialismo. b) O Império Austro-Húngaro perdeu domínios com o fim do conflito, embora tenha mantido dois

terços do seu território. c) A França acabou por perder territórios para a Alemanha após a assinatura do Tratado de

Versalhes. d) O Império Otomano conseguiu manter sua hegemonia na região dos Bálcãs, mesmo com o

fim da guerra. e) A Inglaterra, após a eclosão da Revolução de 1917, impôs perdas territoriais à Rússia. 4. (Ifsp ) Em seu discurso de posse, em 1933, o presidente dos EUA, Franklin Delano Roosevelt, tentou encorajar seus compatriotas: “O único medo que devemos ter é do próprio temor.Uma

multidão de cidadãos desempregados enfrenta o grave problema da subsistência e um número igualmente grande recebe pequeno salário pelo seu trabalho. Somente um otimista pode negar as realidades sombrias do momento.” O problema que atemorizava os EUA, cujos efeitos foram desemprego e baixos salários, referido pelo presidente Roosevelt, era: a) a Primeira Guerra Mundial, em que os EUA lutaram ao lado da Tríplice Entente contra a

Tríplice Aliança, obtendo a vitória após três anos de combate. Entretanto, a vitória não trouxe crescimento econômico, mas, sim, desemprego e fome.

b) a Segunda Guerra Mundial, quando os norte-americanos lutaram ao lado dos Aliados contra o Eixo nazifascista. Embora vencedores, o ônus financeiro da guerra foi muito pesado.

c) a Guerra do Vietnã, quando os EUA apoiaram o Vietnã do Sul contra o avanço comunista do Vietnã do Norte , tendo gasto milhões de dólares em uma guerra infrutífera. d) a depressão de 1929, causada pela existência de uma superprodução, acompanhada de um subconsumo, crise típica de um Estado Liberal. e) a primeira Guerra do Golfo, quando o Iraque invadiu o Kuwait e os EUA , na defesa de seus interesses petrolíferos, invadiram o Iraque na defesa de seu pequeno estado aliado. 5. (Enem)

Com sua entrada no universo dos gibis, o Capitão chegaria para apaziguar a agonia, o autoritarismo militar e combater a tirania. Claro que, em tempos de guerra, um gibi de um herói com uma bandeira americana no peito aplicando um sopapo no Furer só poderia ganhar destaque, e o sucesso não demoraria muito a chegar.

COSTA, C. Capitão América, o primeiro vingador: crítica. Disponível em: www.revistastart.com.br. Acesso em: 27 jan. 2012 (adaptado).

A capa da primeira edição norte-americana da revista do Capitão América demonstra sua associação com a participação dos Estados Unidos na luta contra a) a Tríplice Aliança, na Primeira Guerra Mundial. b) os regimes totalitários, na Segunda Guerra Mundial. c) o poder soviético, durante a Guerra Fria. d) o movimento comunista, na Segunda Guerra do Vietnã. e) o terrorismo internacional, após 11 de setembro de 2001. 6. (Fgv) Observe os dois cartuns.

Sobre as imagens, é correto afirmar que a) a assinatura do acordo de não agressão entre Hitler e Stalin, em 1939, é o último movimento alemão para trazer a União Soviética para o seu lado, uma vez que os planos anteriores foram neutralizados pelo imenso poderio militar dos Aliados, temerosos do avanço germânico que, em 1941, invade a União Soviética e a Inglaterra. b) a aproximação entre Berlim e Moscou, em 1939, não resultou em um acordo de proteção às intenções expansionistas de ambos os lados, pois continuaram em lados opostos, monitorando-se reciprocamente até que, em 1941, com as vitórias sucessivas dos Aliados, o Terceiro Reich, de forma apressada, garante o precioso apoio da União Soviética. c) o Terceiro Reich alemão faz dois movimentos no sentido de conseguir o apoio soviético: inicialmente, um acordo de não agressão com Stalin em 1939, para evitar a sua aproximação com os Aliados e, em 1941, outro que consegue sua integração ao Eixo, antecipando-se à diplomacia britânica que, imobilizada, não esboça resistência. d) após a ocupação da Renânia, da anexação da Áustria, da Tchecoslováquia, a Alemanha assina um acordo de não agressão mútua com a União Soviética para neutralizá-la, uma vez que conta com o imobilismo da Inglaterra em relação ao seu expansionismo, que culmina, em 1941, na invasão da União Soviética. e) em 1939, depois de invadir a Polônia, Hitler se aproxima da União Soviética de forma cuidadosa, pois teme os planos expansionistas de Stalin, até então apoiados pelos Aliados que, a partir de 1941, com as sucessivas vitórias, retiram essa ajuda, obrigando o Estado Soviético a aceitar a parceria com o Terceiro Reich. 7. (Enem)

Elaborado pelos partidários da Revolução Constitucionalista de 1932, o cartaz apresentado pretendia mobilizar a população paulista contra o governo federal. Essa mobilização utilizou-se de uma referência histórica, associando o processo revolucionário a) à experiência francesa, expressa no chamado à luta contra a ditadura. b) aos ideais republicanos, indicados no destaque à bandeira paulista. c) ao protagonismo das Forças Armadas, representadas pelo militar que empunha a bandeira. d) ao bandeirantismo, símbolo paulista apresentado em primeiro plano. e) ao papel figurativo de Vargas na política, enfatizado pela pequenez de sua figura no cartaz. 8. (Pucrj ) Analise as afirmativas abaixo referentes ao Estado Novo (1937-1945) no Brasil. I. O Estado Novo contou com forte apoio das oligarquias estaduais, da Igreja católica e de setores da esquerda defensores de um estado autoritário, que tomavam o stalinismo soviético como exemplo. II. O novo modelo de Estado, inaugurado em 1937, foi uma quebra na normalidade constitucional brasileira e se legitimou através de uma nova constituição que tinha um explícito conteúdo autoritário. III. O Estado Novo foi um período marcado pelo autoritarismo, com intensa propaganda política estatal, controle de informação, proibição de organizações políticas e forte repressão policial. IV. O Estado Novo se caracterizou por um esfriamento das relações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos e por um alinhamento progressivo com os países fascistas da Europa. São afirmativas corretas: a) I, II, III e IV. b) III e IV, apenas. c) II e III, apenas. d) II e IV, apenas. e) I e IV, apenas. 9. (G1 - cftmg) Observe a imagem abaixo, de autoria de Hilde Weber, publicada no jornal carioca Tribuna da Imprensa, em 13 de agosto de 1954.

A partir de seus conhecimentos e da análise da imagem, afirma-se: I. A charge faz referência ao contexto de crise política que resultou no suicídio do presidente. II. O pequeno tamanho do governante, sentado numa imponente cadeira, revela o enfraquecimento de seu poder e a perda de apoio político. III. A frase do personagem traduz sua determinação em manter as propostas incendiárias dos defensores da reforma agrária. IV. O fogo que cerca o indivíduo representa sua demonização, devido às suas relações com o movimento trabalhista. Estão corretas apenas as afirmativas a) I e II. b) I e III. c) II e IV. d) III e IV. e) I, II e III. 10. (Uespi ) Sob a presidência de Juscelino Kubitschek (1955-1961), a nação brasileira assistiu à criação de Brasília, – considerada, pela UNESCO, patrimônio cultural da humanidade – e vivenciou: a) momentos de euforia resultantes, em boa parte, da política desenvolvimentista de incremento à indústria nacional e aumento do poder aquisitivo da classe média. b) importante papel político para a aproximação dos países da América Latina com os Estados Unidos, em vista da estratégica posição do Brasil no Atlântico Sul. c) época de forte repressão política ao operariado e descaso para com a interiorização do desenvolvimento econômico. d) um período predominantemente liberal, em termos econômicos, o que pode ser exemplificado pelo início da construção da Companhia Siderúrgica Nacional. e) uma forte recessão econômica em que a indústria nacional não deu sinais de crescimento e o poder aquisitivo da classe média caiu. 11. (Mackenzie) Um dos episódios mais controvertidos e menos elucidados da História do Brasil foi a renúncia do presidente Jânio Quadros, em 1961, que completa cinquenta anos. A esse respeito, considere I, II, III e IV abaixo. I. O vice- presidente João Goulart, considerado, por setores da elite, propenso ao comunismo, foi impedido de assumir o governo logo após a renúncia de Jânio. II. A Campanha da Legalidade, liderada por Leonel Brizola, defendeu o cumprimento da Constituição federal, exigindo a posse de Jango na presidência. III. Para diminuir os conflitos resultantes da renúncia de Jânio, o Congresso instituiu o parlamentarismo, sendo, assim, garantida a posse de Jango, mas com poderes sensivelmente diminuídos. IV. Resultou em uma crise política, uma vez que setores poderosos faziam oposição a Jango, acusado de comunismo, sendo esse fato uma das justificativas para o Golpe militar em 1964.

Então, a) somente I, III e IV estão corretas. b) somente I, II e III estão corretas. c) somente II e III estão corretas. d) somente II e IV estão corretas. e) I, II, III e IV estão corretas. 12. (Uerj) Entre a posse do presidente João Goulart, em 1961, e a abertura política, iniciada em 1979-1980, a economia brasileira enfrentou conjunturas de crise e de prosperidade, perceptíveis nas variações dos índices econômicos apresentados na tabela a seguir.

As particularidades do período conhecido como “Milagre Econômico” foram caracterizadas por: a) redução das taxas de inflação e crescimento do PIB b) incremento da dívida externa e retração das importações c) estagnação das exportações e manutenção das taxas de inflação d) estabilização da balança comercial e diminuição da dívida externa e) crescimento econômico e distribuição de renda igualitária.

AULA 10 - 1. (Enem) Os 45 anos que vão do lançamento das bombas atômicas até o fim da União Soviética,

não foram um período homogêneo único na história do mundo. (...) dividem-se em duas metades,

tendo como divisor de águas o início da década de 70. Apesar disso, a história deste período foi

reunida sob um padrão único pela situação internacional peculiar que o dominou até a queda da

URSS.

(HOBSBAWM, Eric J. Era dos Extremos. São Paulo: Cia das Letras, 1996)

O período citado no texto e conhecido por " Guerra Fria" pode ser definido como aquele momento histórico em que houve a) corrida armamentista entre as potências imperialistas europeias ocasionando a Primeira

Guerra Mundial. b) domínio dos países socialistas do sul do globo pelos países capitalistas do Norte. c) choque ideológico entre a Alemanha Nazista/União Soviética Stalinista, durante os anos 30. d) disputa pela supremacia da economia mundial entre o Ocidente e as potências orientais, como

a China e Japão. e) constante confronto das duas superpotências que emergiam da Segunda Guerra Mundial.

2. (Ufrgs) Observe a charge a seguir.

Esta charge caracteriza um momento de confronto ocorrido nos anos 1960 entre o presidente John Kennedy, dos Estados Unidos, e Nikita Kruschev, líder da União Soviética. Considere os itens abaixo sobre as consequências desse confronto. I. Preocupação dos Estados Unidos em isolar Cuba para impedir o crescimento de movimentos

antiamericanos na América Latina. II. Apoio da União Soviética para a consolidação de um regime socialista em Cuba. III. Instalação de mísseis nucleares em Cuba pela União Soviética, dirigidos para os Estados

Unidos. Quais estão corretos? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas I e III. e) I, II e III. 3. (UFPEL) Em 1993, a revista “Time” – como se constata pela reprodução da capa a seguir – homenageou, como “Homens do Ano”, Itzak Rabin e Yasser Arafat, Nelson Mandela e Frederik de Klerk, homens que negociaram acordos, extremamente importantes no processo de paz no Oriente Médio e na África do Sul.

Assinale a(s) proposição (ões) CORRETA(S) sobre este processo:

I. Na África do Sul, as leis racistas do apartheid limitavam os direitos dos negros, a maior parte da população do país.

II. O crescimento da luta contra o racismo e a forte oposição internacional, contribuíram para que o presidente Frederik de Klerk libertasse Mandela e revogasse as leis do apharteid, iniciando o processo que traria a paz à África do Sul.

III. A luta entre judeus e palestinos tornou-se mais intensa com a criação do Estado de Israel. No final da década de 1980, eclodiu a rebelião palestina, conhecida como Intifada, severamente reprimida pelo exército israelense.

IV. Eleito primeiro ministro Itzak Rabin, após meses de negociações assinou um acordo de paz com a OLP, liderada por Yasser Arafat.

V. Os acordos que estabeleceram a retirada das tropas israelenses da Cisjordânia, Faixa de Gaza e Jericó, trouxeram a definitiva paz à região onde hoje convivem pacificamente israelitas e palestinos.

VI. O processo de paz na África do Sul pode ser interrompido. Pelas eleições ocorridas em 1999, em virtude do final do mandato do presidente Mandela, os brancos e a política do apartheid voltaram ao poder.

De acordo com os itens acima assinale a alternativa correta:

a) I, II, IV e V. b) I, II, III e IV; c) I, III, V e VI. d) I, IV, V e VI. e) I, II, III, IV, V e VI.

4. (Uerj ) Observe a imagem abaixo, do episódio ocorrido nos E.U.A., no dia 11 de setembro de 2001.

A queda das torres do World Trade Center foi certamente a mais abrangente experiência de catástrofe que se tem na História, inclusive por ter sido acompanhada em cada aparelho de televisão, nos dois hemisférios do planeta. Nunca houve algo assim. E sendo imagens tão dramáticas, não surpreende que ainda causem forte impressão e tenham se convertido em ícones. Agora, elas representam uma guinada histórica?

ERIC HOBSBAWM (10/09/2011) . www.estadao.com.br

A guinada histórica colocada em questão pelo historiador Eric Hobsbawm associa-se à seguinte repercussão internacional da queda das torres do World Trade Center: a) concentração de atentados terroristas na Ásia Meridional b) crescimento do movimento migratório de grupos islâmicos c) intensificação da presença militar norte-americana no Oriente Médio d) ampliação da competição econômica entre a União Europeia e os países árabes e) disputa econômica entre os países produtores de petróleo e os Estados Unidos da América. 5. (Unicamp) Na América Latina, África, Ásia e Europa, a violência deixou uma marca de sofrimento e luto no contexto de regimes ditatoriais, guerras civis ou invasões ao longo do século

XX. Passados os conflitos, as próprias sociedades têm buscado estabelecer a verdade sobre os crimes ocorridos. Neste contexto, mais de 30 países do mundo criaram Comissões da Verdade, que são organismos de investigação não judiciais.

(Adaptado de Museo de la Memória y los Derechos Humanos, em http://www.museodelamemoria.cl/el-museo/sobre-elmuseo/comisiones-de-verdad/. Acessado em 20/08/2012.)

As Comissões da Verdade a) surgiram em países que tiveram experiências traumáticas, como as ditaduras no Chile e Brasil, e foram organizadas durante as lutas de resistência aos regimes ditatoriais. b) sustentam que o conhecimento do passado interessa às vítimas e seus familiares, devendo ficar restrito a esse universo privado. c) constituem instrumento político que tem como objetivo o estabelecimento de sentenças judiciais aos culpados e o pagamento de indenizações às vítimas. d) existem em vários países, o que indica que as práticas autoritárias não foram um fenômeno de uma só nação, nem se restringiram a uma única forma de conflito. e) foram instaladas em países em que ocorreram regimes democráticos na América e África durante a década de 1970. 6.

Nos protestos que têm ocorrido ao longo do ano de 2013, não apenas em diversas cidades

brasileiras, mas também nas ruas do Egito, indivíduos, vestidos de preto e encapuzados, têm

sido vistos promovendo episódios, momento em que, algumas vezes, se utilizam da violência. A

respeito desse tipo de protesto, considere as afirmativas abaixo.

I. Em muitos casos, eles são influenciados pela “Black Bloc”, estratégia de manifestação que

se autodenomina anarquista e prega a desobediência civil nas redes sociais.

II. No Egito, o “Black Bloc” se posicionou contra o presidente islamita Mohamed Morsi em

manifestações no início do ano, e acabou acusado pelo governo de praticar ações terroristas.

III. No Brasil, como em outras partes, os “Black Blocs” usam o Facebook para postar vídeos,

fotos e organizar atos. As roupas e máscaras pretas que dão nome à estratégia são usadas para

dificultar e/ou impedir qualquer tipo de identificação por parte das autoridades.

Assinale a alternativa correta.

a) Somente a afirmativa I está correta.

b) Somente a afirmativa II está correta.

c) Somente a afirmativa III está correta.

d) Somente as afirmativas I e III estão corretas.

e) As afirmativas I, II e III estão corretas.

7. (Upe) A novela Amor e Revolução exibida pelo canal de televisão brasileiro SBT resgata os acontecimentos políticos ocorridos no Brasil, a partir de 1964, culminando com um golpe, o qual iniciou o longo período da Ditadura Militar. Sobre esse período histórico, podemos concluir que a) apesar da repressão, a arte foi utilizada como instrumento de protesto e de denúncias políticas, alertando para a situação do país. Foi marcado pelos festivais com as canções de protesto de Geraldo Vandré e Chico Buarque, com o cinema de Cacá Diegues e Glauber Rocha. b) o Golpe de 1964 não conseguiu sufocar completamente as manifestações culturais no país, como demonstra a emergência, no plano musical, dos "movimentos conhecidos como Tropicália, Reggae e Bossa Nova”. c) o Pacote de Abril do presidente Ernesto Geisel instituiu eleições indiretas para os governos estaduais e para um terço do senado, criando, pela primeira vez, no Brasil, o sistema parlamentarista. d) o Ato Institucional nº 5, editado no governo de Castelo Branco, restringiu a liberdade individual do cidadão, mas assegurou os mandatos políticos e o direito ao habeas corpus. e) o slogan “Brasil, ame-o ou deixe-o”, divulgava a imagem do “Brasil Grande” por meio da política econômica denominada “milagre econômico”, não permitindo a entrada de capital estrangeiro no país. 8. (Unimontes )

A charge faz referência a) ao processo de transição da ditadura para a república democrática no Brasil, por meio da ação de uma Assembleia Constituinte Congressual, comprometida com a manutenção do establishment e com a não apuração dos crimes cometidos pela repressão durante o período militar. b) ao processo de transição da ditadura para a república democrática no Brasil, por meio da ação de uma Assembleia plenamente soberana, composta por pessoas fiéis ao programa do PMDB, que garantisse a permanência do controle do establishment burguês sobre a massa da população. c) ao processo de transição da ditadura para a república democrática no Brasil, por meio da ação de uma Assembleia Constituinte exclusiva, que entendia a Assembleia como um órgão soberano, acima de todos os poderes constituídos e com plenos poderes para alterar, imediatamente, o ordenamento jurídico da Nação. d) ao processo de transição da ditadura para a república democrática no Brasil, iniciado com uma definição dos poderes extraordinários da Assembleia Constituinte, possibilitando a aprovação de um procedimento de elaboração do texto constitucional inédito e altamente favorável à participação popular. 9. (Upf )

A imagem acima representa um dos aspectos que evidenciou a crise da ditadura militar, após 20 anos de vigência. Em relação ao processo de abertura democrática, analise as afirmações: I. Em 1979, a Lei da Anistia foi pactuada entre governo e oposição, possibilitando a volta dos exilados políticos e o perdão aos torturadores. II. A inflação se acelerou e a dívida externa subiu, configurando uma grave crise econômica. III. A Emenda Dante de Oliveira não foi aprovada e Tancredo Neves foi eleito pelo voto indireto, via Colégio Eleitoral. IV. Os atentados ocorridos na OAB e no Riocentro demonstraram o descontentamento dos segmentos mais autoritários do regime militar, derrotados pela estratégia da abertura. V. Dentre os novos partidos que surgiram nessa época, estava a União Democrática Nacional (UDN). É verdadeiro apenas o que se afirma em: a) I, II e V. b) I, II, III e IV. c) II, III, IV e V. d) II, III e V. e) IV e V. 10. (Fgv ) “[A Década Perdida] pode ser a década de 1980, mas pode ser também uma década ‘expandida’, começando em 1982, com a moratória mexicana, e terminando em 1994 com o Plano Real. Ou começando mesmo antes, em 1979, quando teve início, com o catastrófico episódio da pré-fixação da correção monetária, toda uma série de feitiçarias cuja expressão mais madura seria os choques heterodoxos, dos quais o Cruzado e o Collor seriam os mais assustadores. A Década Perdida parece, portanto, uma década longa, até porque foi sofrida no campo econômico e pontilhada de frustrações no plano político.”

(FRANCO, Gustavo. A década perdida e a das reformas. Jornal do Brasil, 30/01/2000) O sofrimento no campo econômico e as frustrações no plano político a que o autor se refere são: a) Os altos índices de inflação que o país apresentava na época, o desemprego e a crise social, aliados ao fortalecimento da ditadura militar no governo João Figueiredo. b) O descontrole inflacionário, os altos índices de desemprego, o fracasso de sucessivos planos econômicos e, no plano político, a derrota da emenda das Diretas Já e a morte de Tancredo, entre outros fatos. c) A sucessão de planos econômicos que fracassaram no combate ao processo inflacionário, o alto índice de desemprego no período e a decepção provocada pela eleição direta de Tancredo Neves. d) A escalada inflacionária e a recessão, gerando desemprego e crise social, o que levou o governo a adotar medidas repressivas para controlar a escalada de violência, como o fechamento do Congresso e a imposição do Pacote de Abril. e) A estagnação da economia do país, o desemprego e os altos índices inflacionários, no campo econômico, e, no plano político, as sucessivas vitórias da ARENA e do PDS nas eleições legislativas e executivas no início da década.

11. (Uemg ) Texto I Texto II

Texto III GERAÇÕES 4 Ouço um tropel atrás de mim. Muitos alaridos. Eles querem passar. Passem. Mas, por favor, não destruam as pontes as fontes pois podem delas precisar quando exaustos de tanto avanço quiserem — recomeçar. (Sísifo desce a montanha) A Passeata dos Cem Mil (1968) foi um movimento que marcou a resistência da população brasileira frente à ditadura militar instalada no Brasil. Em 2013, eclodiu pelo País uma série de manifestações que chamaram a atenção da opinião pública e das autoridades, em vista de sua força de mobilização. Considerando-se o contexto histórico e as características dessas manifestações, é CORRETO afirmar que a) os dois movimentos, alvos de repressão militar com força desproporcional, apresentaram questionamentos semelhantes, pois lutavam contra governos autoritários que impediam a liberdade de expressão. b) a Passeata dos Cem Mil sofreu forte repressão, ao passo que o movimento de 2013 não sofreu nenhuma, pois a primeira aconteceu em um período ditatorial, e a segunda ocorreu em um período democrático, com manifestações pacíficas. c) as manifestações de 2013, em meio a protestos violentos, desejavam a derrubada da presidente da república, considerada culpada pelos problemas do País, ao passo que a Passeata dos Cem Mil reivindicava mudanças nas regras eleitorais. d) os dois movimentos, surgidos em contextos políticos diferentes, tiveram grande participação de jovens, principalmente estudantes, que acreditavam poder mudar o País através de grande mobilização popular. e) ambos os movimentos tiveram como principais motivações reivindicar maior transparência nos serviços públicos e por fim à corrupção dos agentes do Estado. 12. (Fuvest) O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), disse nesta segunda-feira [30/5] que o impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello foi apenas um “acidente” na

história do Brasil. Sarney minimizou o episódio em que Collor, que atualmente é senador, teve seus direitos políticos cassados pelo Congresso Nacional. “Eu não posso censurar os historiadores que foram encarregados de fazer a história. Mas acho que talvez esse episódio seja apenas um acidente que não devia ter acontecido na história do Brasil”, disse o presidente do Senado.

Correio Braziliense, 30/05/2011. Sobre o “episódio” mencionado na notícia acima, pode-se dizer acertadamente que foi um acontecimento a) de grande impacto na história recente do Brasil e teve efeitos negativos na trajetória política de Fernando Collor, o que faz com que seus atuais aliados se empenhem em desmerecer este episódio, tentando diminuir a importância que realmente teve. b) nebuloso e pouco estudado pelos historiadores, que, em sua maioria, trataram de censurá-lo, impedindo uma justa e equilibrada compreensão dos fatos que o envolvem. c) acidental, na medida em que o impeachment de Fernando Collor foi considerado ilegal pelo Supremo Tribunal Federal, o que, aliás, possibilitou seu posterior retorno à cena política nacional, agora como senador. d) menor na história política recente do Brasil, o que permite tomar a censura em torno dele, promovida oficialmente pelo Senado Federal, como um episódio ainda menos significativo. e) indesejado pela imensa maioria dos brasileiros, o que provocou uma onda de comoção popular e permitiu o retorno triunfal de Fernando Collor à cena política, sendo candidato conduzido por mais duas vezes ao segundo turno das eleições presidenciais. 13. (G1 - cftmg ) Analise o seguinte quadro.

1989 Eleição de Fernando Collor de Mello.

1992 Impeachment do presidente Collor. Assume o vice, Itamar Franco.

1994 Eleição de Fernando Henrique Cardoso, ex-ministro do governo Itamar Franco.

1998 Reeleição de FHC.

2002 Eleição de Luis Inácio Lula da Silva, político de origem sindical.

2006 Reeleição de Lula.

2010 Eleição de Dilma Rousseff, ex-ministra do governo Lula.

Todas as eleições desse período transcorreram em clima de normalidade e não houve denúncias de fraude eleitoral. Mesmo o desfecho do movimento pelo impeachment de Fernando Collor deu-se segundo as regras constitucionais previstas. A partir dessa análise e de seus conhecimentos sobre os processos eleitorais recentes, é correto afirmar que a) o curto intervalo entre as escolhas presidenciais traduz o nível de instabilidade política do país. b) o processo político brasileiro encontra-se marcado pela corrupção, podendo resultar na permanência de um partido único no poder. c) a democracia brasileira encontra-se institucionalizada, sendo capaz de resolver os principais conflitos políticos, que tem perdido seu caráter ideológico. d) esses eventos foram garantidos pela fiscalização de organismos internacionais preocupados em impedir a ingerência dos militares na política brasileira. e) a implantação da democracia, no Brasil, é muito recente e que as ameaças de golpes políticos, tanto por parte de civis como militares é uma constante. 14. (G1 - ifce) Em relação ao Brasil do início do século XXI, é correto afirmar-se que a) teve, com a eleição do presidente Lula, a continuidade das propostas neoliberais, tendo em vista ser este presidente forte defensor das ideias do Partido da Social Democracia Brasileira. b) no segundo governo Lula, 2007 a 2010, o programa social Bolsa Família foi extinto, tendo em vista o modelo econômico brasileiro ter ultrapassado a inclusão social, não necessitando mais de ações assistencialistas. c) com a eleição de Dilma Rousseff à Presidência da República, os partidos PSDB e PFL passaram a compor o governo, apoiando o novo programa de desenvolvimento econômico do país, o PRONATEC, que defende a nacionalização de todas as empresas estrangeiras.

d) o governo de Dilma Rousseff sofreu uma forte crise de contestação às suas ações, como contra a corrupção em diversos setores e esferas no país, no período que antecedeu a Copa das Confederações em 2013. e) em atitude semelhante à de Getúlio nos anos de 1950, ao criar a PETROBRÁS, a Presidente Dilma Rousseff conseguiu, com apoio do Congresso Nacional, garantir a exclusiva exploração do Petróleo na camada Pré-Sal, impedindo o loteamento desta camada para empresas estrangeiras.

Aula 1 01 - B 02 - E

03 - D 04 - A 05 - A

06 - B 07 - B 08 - C

09 - B 10 - E 11 - A 12 - D Aula 2 01 - D 02 - C 03 - B 04 - A 05 - E 06 - E 07 - C 08 - B 09 - C 10 - D 11 - E 12 - C Aula 3 01 - B 02 - E 03 - E 04 - D 05 - A 06 - D 07 - E 08 - C 09 - B 10 - D 11 - C 12 - D Aula 4 01 - A 02 - C 03 - B 04 - A 05 - A 06 - D 07 - C 08 - D 09 - B 10 - E 11 - B 12 - E

Aula 5 01 - E 02 - C 03 - C 04 - A 05 - A 06 - B 07 - A 08 - E 09 - B 10 - D 11 - B 12 - D Aula 6 01 - D 02 - C 03 - C 04 - B 05 - E 06 - B 07 - B 08 - C 09 - D 10 - E 11 - C 12 - A Aula 7 01 - D 02 - E 03 - E 04 - C 05 - E 06 - C 07 - A 08 - E 09 - C 10 - A 11 - C 12 - B Aula 8 01 - C 02 - E 03 - B 04 - E

05 - C 06 - C 07 - B 08 - B 09 - C 10 - C 11 - C 12 - D Aula 9 01 - C 02 - A 03 - A 04 - D 05 - B 06 - D 07 - D 08 - C 09 - A 10 - A 11 - E 12 - A Aula 10 01 - E 02 - E 03 - B 04 - C 05 - D 06 - E 07 - A 08 - A 09 - B 10 - B 11 - D 12 - A 13 - C 14 - D