Histórico Das Áreas Verdes

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    O progresso humano, desde o início dacivilização, promoveu a destruição da vegetação

    em todo planeta.

    Baia de Guanabara, 1992

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     A conseqüência desse processo resultou emcidades onde a vegetação ficava cada vez

    mais distante.

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    Nas cidades brasileiras estas intervençõesaconteciam nas casas - através dos pomares e

    hortas - ou nos mosteiros religiosos com seus jardins internos.

    Morro de Santo Antônio em 1816

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    Com a vinda da família real, a sociedadebrasileira passa a utilizar os espaços públicos

    como locais de exibição. As ruas transformaram-se em imensas salas de visitas.

    Largo do Paço, 1865

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    Na medida em que as áreas de matas

    diminuíram, a vegetação deixa de atemorizar e

    se torna fonte de deleite e inspiração. Passa aser valorizada por suas funções ambientais,

    além de ser considerada como objeto de

    fruição e prazer.

     A partir desse momento, as áreas verdes

    públicas são introduzidas nas cidades e, com

    o crescimento acelerado e desordenado e aretirada progressiva da paisagem natural

    gerando regiões infectas e insalubres, surgem

    os primeiros parques públicos.

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    Os primeiros defensores das áreas verdes

    públicas foram os médicos sanitaristas,

    argumentando que as cidades precisavamoferecer condições para a circulação e

    renovação do ar, ou seja, as cidades

    precisavam respirar.

    Eles nos trouxeram a imagem dos parques

    como pulmões urbanos, imagem esta que

    vemos ainda ligada às áreas verdes públicasaté hoje devido às grandes massas de árvores

    características de sua tipologia.

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     Além disso, a criação de parques públicos era

    defendida como uma das maneiras de

    embelezar as cidades, tendo como padrãoestético as propriedades rurais da nobreza

    com seus castelos e residências rodeados de

     jardins.

    Finalmente os parques públicos surgiram

    também como uma alternativa para “educar” a

    classe operária que agora habitavamaciçamente as cidades, de acordo com os

    padrões de comportamento das classes

    dominantes.

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    Já no final do século XVIII, na Inglaterra, o

    parque surge como fato urbano de

    relevância, atingindo, porém, seu plenodesenvolvimento quase cem anos depois.

    Entre as décadas de 1850 e 1860, a

    inserção dos parques nas estruturas ganha

    corpo na Europa, com ênfase maior na

    França, especialmente por ocasião do plano

    de reformulação do centro de Paris,idealizado pelo Barão Haussmann.

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     Ao proceder à urbanização da cidade de Paris,

    na segunda metade do século XIX,

    Haussmann estabeleceu um sistema deparques urbanos constituído por áreas verdes

    em diferentes escalas, interligadas pelas

    grandes avenidas.

    Para a implantação e manutenção dessas

    áreas verdes foi criada uma estrutura

    administrativa, que teve como primeiro diretoro engenheiro Jean-Alphonse Alphand.

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    Nos Estados Unidos, nesta mesma época,

    instaura-se o Movimento de Parques

     Americanos, liderado por Frederick LawOlmsted, que vai dotar de parques um número

    significativo de cidades americanas,

    principalmente em Nova York, Chicago e

    Boston.

    Nestas cidades, sua contribuição ultrapassou a

    dimensão do projeto de parques, chegando aestabelecer um sistema de áreas verdes

    integradas por avenidas-parques e preservando

    vales e beiras de rios.

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    Esse modelo de sistema de áreas verdes

    inspirou , praticamente, todos os parques

    criados no final do século XIX na Américado Sul.

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    No século XX, os processos de urbanização

    são marcados pela substituição do elemento

    natural pelos espaços edificados.

    Cada cidade, de acordo com sua história,

    cultura e situação sócio-econômica

    responde de maneira diferenciada as

    necessidades de crescimento urbano.

    Os meios de transportes determinaram umanova configuração para as cidades e, os

    projetos urbanos desenvolvidos no início do

    século passaram a ter como foco principal o

    tráfego dos veículos.

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    Projeto de embelezamento da Praia de Botafogo, 1903.

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    O aumento populacional intensificou a

    construção de espaços livres públicos

    destinados ao lazer contemplativo.

    Uma nova alternativa de espaço público de

    lazer começava a surgir nas cidades: as

    calçadas ajardinadas a beira-mar.

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    Calçadão da Orla de Santos

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     Ainda na primeira década do século XX,

    uma outra forma de intervenção urbanística

    estava sendo desenvolvida na cidade de

    São Paulo, influenciada pelo conceitocidade-jardim criado na Europa por

    Ebenezer Howard, no final do século XIX.

    L t t d J di A é i 1923

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    Loteamento do Jardim América, 1923

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    Loteamento do Jardim América, 1940

    L t t d J di A é i 1923

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    Loteamento do Jardim América, 1923

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    Loteamento do Jardim América, 1940

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    No Brasil encontramos essas influências nos

    planos urbanísticos das cidades de Goiânia e

    Palmas, nos bairros da Urca e Barra da Tijuca na

    cidade do Rio de Janeiro além de outros bairros- jardins paulistas (Jardim Europa e Jardim

    Paulista).

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    Vista geral de Goiânia

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     As diferentes experiências desenvolvidas nas

    cidades industrializadas ou em processo de

    industrialização, a partir da segunda metade doséculo XIX, aliadas as inovações tecnológicas

    do setor da construção civil proporcionaram a

    consolidação da arquitetura e urbanismo

    moderno.

    Pela sua afinidade com o pensamento

    moderno, Roberto Burle Marx é convidado

    para executar os jardins do Edifício Sede do

    Ministério de Educação e Saúde e de vários

    outros integrados com as construções da

    Moderna Arquitetura Brasileira.

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    Jardins do Edifício Sede do Ministério de Educação

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    Paralelamente ao desenvolvimento do

    Movimento Moderno Brasileiro, em algumas

    cidades brasileiras fora do eixo Rio-São Paulo

    estavam sendo projetados alguns parquesainda influenciados pela a estética eclética.

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    Parque Farroupilha

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    Parque do Flamengo

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    Vista de Brasília

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    Com o incremento da “culturaautomobilística” influenciando diretamentenas feições das cidades e a consolidaçãodos “arranha-céus”, começa haver uma

    retirada sistemática de árvores, praças eparques para dar passagem aos viadutos, asavenidas largas, as imensas áreas depavimentações impermeáveis (asfalto,

    concreto etc.).

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    Linha vermelha - Rio de Janeiro

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    Os movimentos em defesa do meio ambiente,

    surgidos a partir da década de 60, propõem

    novas formas de pensamentos entre o meionatural e o meio antrópico e, impõem o uso de

    soluções alternativas para equacionar a

    questão fundamental da harmonia do homem

    com a natureza.

    Surgem os parques ecológicos, cujo objetivo é

    aproveitar fragmentos da vegetação

    remanescente fazendo com que essas massasvegetais passem a integrar o desenho de novos

    espaços propostos.

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    Parque Municipal das Mangabeiras

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    No final do século XX, projetos paisagísticoscom pouca ou nenhuma arborização convivem

    com projetos cujas premissas ambientais são

    o principal objetivo. A vegetação é ora

    valorizada por seu aspecto cênico, ora por suafunção ecológica.

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    Praça dos Três Poderes - Brasília

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    Praça XV de Novembro - Rio de Janeiro

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    Parque Fazenda da Restinga – 

    Rio de Janeiro

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    Para que haja uma mudança no desenho dascidades é fundamental a ingerência do

    planejador nas propostas de reformulação paraque, pouco a pouco, seja possível uma

    mudança nos padrões e legislações quenormatizem os novos espaços urbanos.

    O desenho proposto para as novas cidadesdeve criar espaços de integração entre as

    pessoas e a vegetação, e não apenas entre os

    edifícios e os veículos, de modo a privilegiar opassante e as relações observadas ao nível do

    espectador.

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    Carta de São Paulo, documento produzido no

    VIII CBAU 2004, recomenda:

    • conceituar, hierarquizar e classificar espaços

    livres que compõem o sistema de áreas verdes

    em cidades brasileiras;

    • desenvolver estudos que permitam definir

    metodologias para o estabelecimento deíndices de áreas verdes e cobertura vegetal

    como indicadores de qualidade de vida para a

    população que habita as cidades;

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    • desenvolver estudos e pesquisas que

    objetivem a valoração das áreas verdes para

    subsidiar programas orçamentários municipais

    de planejamento e conservação das mesmas;

    • investir na obtenção de dados ambientaismunicipais como base para a preservação,

    planejamento e gerenciamento do verde

    urbano, através da elaboração de instrumentos

    específicos como mapas geoprocessados, atlas

    ambientais e outros;

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    • incentivar a elaboração de instrumentos queorganizem e sistematizem técnicas de

    conservação da vegetação em áreas verdesurbanas com vistas a assegurar condições depreservação as mesmas;

    • desenvolver programas de educaçãoambiental que contribuam para a preservaçãodo verde urbano através de uma mudançaefetiva de comportamento da população;

    • lutar para que sejam destinadas verbas parapesquisas sobre a preservação e o manejo dasáreas verdes urbanas junto aos órgãosfinanciadores existentes no país.