HORAS EXTRAORDINÁRIAS - senfermeiros.ptsenfermeiros.pt/se/documentos/horasextra2.pdf · SE – Sindicato dos Enfermeiros SEDE – SERVIÇOS CENTRAIS – Rua D. João IV, 199 - 4000-301

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  • SE Sindicato dos Enfermeiros

    SEDE SERVIOS CENTRAIS Rua D. Joo IV, 199 - 4000-301 Porto tel 225 194 040 707 204 040 DELEGAO LISBOA Avenida Joo XXI, 5 1Dto. - 1000-297 Lisboa tel 212 320 422 917 773 169

    e-mail: [email protected] web: www.sindicatodosenfermeiros.pt

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    HORAS EXTRAORDINRIAS - DL 62/79 de 30/Mar SAIBAM COMO EVITAR LARPIOS DE HORAS

    Tm sido muitas as solicitaes de colegas Enfermeiros para saber como lhes vo pagar as horas ditas extraordinrias. O trabalho extraordinrio todo aquele que vai para l do que est escalado que em 4 semanas deve perfazer 160, enquanto no vencermos na justia. O trabalho extraordinrio obrigatrio quando no est escrito na escala, porque resulta de um acrscimo imprevisto de servio. O que est previsto na escala suplementar mas no tem a principal caracterstica que o torna obrigatrio "resultar de um acrscimo imprevisto", porque est previsto, obviamente. Por isso extraordinrio nos dias e horas em que praticado. H larpios que pem esses turnos nos dias semanais e de manh. Isto roubo: tem de ser pago no dia e hora em que feito, porque a que est para l do horrio semanal. O art 7 a baixo, claro. O pagamento deste horrio pode ser feito em folgas de compensao extraordinria, acrescentando s folgas a remunerao, em tempo, equivalente remunerao monetria; Ou o pagamento ser feito em dinheiro. Ao prprio assiste o direito de optar, mas a instituio s pode pagar em dinheiro, obviamente. Convm no esquecer, sobretudo nos CSP, que o horrio dos Enfermeiros de 2 feira a Domingo (art. 56 -1 do DL 437/91. O do restante pessoal de 2 a 6 feiras. { Artigo 7. 1 - Para ocorrer a necessidades imperiosas de servio, poder ser autorizado o trabalho extraordinrio do pessoal hospitalar, mediante despacho das administraes distritais dos servios de sade dos respectivos distritos 2 - Entende-se por trabalho extraordinrio o que ultrapassa o nmero de horas de trabalho semanal normal a que o pessoal hospitalar est obrigado e resulta de um acrscimo imprevisto de servio.

    3 - A remunerao do trabalho extraordinrio diurno efetuado em dias teis atribuda com base no valor

    calculado da hora de trabalho normal diurno, acrescido de 25% na primeira hora e de 50% nas horas

    seguintes.

    4 - A remunerao do trabalho extraordinrio noturno efetuado em dias teis atribuda com base no valor

    calculado da hora de trabalho normal diurno acrescido de 75% na primeira hora e de 100% nas horas

    seguintes.

    5 - A remunerao do trabalho extraordinrio diurno efetuado aos sbados depois das 13 horas, domingos,

    feriados e dias de descanso semanal atribuda com base no valor calculado da hora de trabalho normal

    diurno acrescido de 75% na primeira hora e de 100% nas horas seguintes.

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    6 - A remunerao do trabalho extraordinrio noturno efetuado aos sbados depois das 20 horas, domingos,

    feriados e dias de descanso semanal atribuda com base no valor calculado da hora de trabalho normal

    diurno acrescido de 125% na primeira hora e de 150% nas horas seguintes. [Ateno s alteraes

    introduzidas pela Lei do Oramento do Estado -CI da ACSS n 3/2013 de 22/02/2013] - Est no 1 link

    abaixo 7 - Salvo em casos excepcionais, devidamente justificados e autorizados pelas administraes distritais dos servios de sade dos respectivos distritos, o pessoal hospitalar no deve prestar, em cada ms, trabalho extraordinrio a que corresponda remunerao superior a um tero da remunerao principal.} [No confundir trabalho extraordinrio, em dias normais, que aquele que naquele turno vai contribuir para ultrapassar as, agora 40 horas semanais, e no deve ser lanado em qualquer outro turno, como se v, com alguns ladres trapaceiros, que os quais lanam estas horas semanais, nos turnos da manh e no naqueles em que foram feitas, pois nestes que so horas extraordinrias e a, que devem ser pagas, seja o turno de domingo, sbado, a partir das 13 horas, feriados: (nocturno ou diurno), seja em dia normal e no turno da manh] Tambm no se deve confundir o art 7 com o art. 13 do mesmo decreto-lei 62/79 de 30 de maro. Este ltimo no retira o direito ao gozo do tempo da folga ou feriado, durante os 8 dias subsequentes. Portanto, o pagamento do trabalho extraordinrio em dias feriados e da folga de cada qual (seja qual for o dia da semana) igual ao mximo e no paga o tempo respectivo, que deve ser gozado, nos 8 dias seguintes, porque no se troca a dinheiro. Apenas se adia o seu gozo at 8 dias, no mximo. Cada Enfermeiro deve ser o vigilante desta contabilidade que est a ser viciada, at por quem tem o dever de vos respeitar, mas no respeita, infelizmente.

    {Artigo 13. 1 - A prestao de trabalho em domingos, dias feriados e dias de descanso semanal d direito a um dia de descanso dentro dos oito dias seguintes 2 - Quando o trabalho no esteja organizado por turnos, ser concedida dispensa de trabalho na manh que se segue a cada perodo de trabalho nocturno, sem prejuzo do cumprimento integral do nmero de horas correspondente ao trabalho semanal normal.}

    Portanto e repetindo: 1 - Pagamento com tempo de compensao - o tempo em horas normais correspondentes, em quantidade, ao valor das horas extraordinrias e no turno por turno, como alguns rapinadores fazem; 1.1 - Pagamento em dinheiro (ver o que normaliza a CN n 8/79:CN-n 8-79 [clique] no art. 7; 2 - Pagamento do trabalho em dia de folga ou de feriado rege-se pelo art. 13 e tem direito ao pagamento respetivo em dinheiro e ao tempo correspondente ( ver o art. 13 da CN/n 8/79 -clique no link, ali acima, em 1.1. Reforando o que se diz a cima: Como sabem, o SNS, com que muitos se orgulham, est controlado pelas "foras do mal", segundo a teoria de Mathias Rath (ver "vale a pena repetir e reflectir"). Aconselhamos os Colegas, sempre, que vejam se as horas resultam de uma situao imprevista ou se esto escritas na escala.

    https://drive.google.com/file/d/0B71j7Qhcn43UWUcydmlYMDZ0Rzg/view?usp=sharing

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    As imprevistas so mesmo extraordinrias e ningum se pode recusar a faz-las; As que esto na escala a cobrir necessidades permanentes, no so obrigatrias. Porque as obrigatrias so 40 horas semanais (enquanto no se pronunciar o tribunal no processo que esperamos ganhar, pois tem todas as condies para isso), durante 5 turnos e 2 folgas seguidas. Esta a matriz correta que devem exigir, para vossa segurana psicofsica. E no h favores, porque as referidas "foras do mal", no merecem esforos extraordinrios. Depois devem analisar o escalo do IRS, pois umas quantas horas extraordinrias podem agravar-vos os descontos e terem de pagar para trabalhar. Com Amizade, Jos Azevedo

    Exemplo prtico de corrigir os que erram:

    HORRIOS DE TRABALHO DOS ENFERMEIROS

    Exmo Sr.

    Dr. Ponciano Oliveira

    Vogal do CD ARSN

    Assunto: Horrios de Trabalho dos Enfermeiros

    Como deve ser do conhecimento de V.E. pareceres de Advogados no so lei, o que permite a V.E ou a

    qualquer outro dirigente escolher uns e rejeitar outros.

    Lei so os despachos de V.E.

    Mas somente o so, quando mandam executar normas substantivas; quando fundados em preceitos legais e

    no em leituras mal feitas de preceitos inadequados, s situaes.

    Vejamos onde esto os erros que V.E caucionou, sob despacho, nos quai insistiu, no obstante a

    demonstrao juridicamente ptofiddional, que demonstramos:

    Citando o parecer 187 de 9/7/13 ofcio n 17199 de 11 de Julho:

    [ 4 Importa mencionar que por fora no artigo 11 do art 56 do DL 437/91, de 8 de Novembro, ainda

    aplicvel ao pessoal de enfermagem as disposies do Decreto-lei n 62/79, de 30 de Maro, que no

    colidam com as disposies do diploma]. (437/91 - bvio).

    Comecemos por corrigir os erros menores do douto parecer jurdico, pois sendo lapsos indiciam

    concentrao no que l devia estar e no est. Com efeito, cada artigo ele e s ele. Depois pode ter um ou

    mais nmeros; uma ou mais alneas, diz quem sabe. Mas o que vemos, de inovador, neste 4 do parecer

    por fora no e costume dizer por fora do. E continua: [ no artigo 11 do art 56 do DL 437/91.].

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    Logo aqui est o artigo 11 que devia ser escrito assim 11, porque art. 56 tambm tem o {}; ou,

    supomos; o jurista inbil no reparou que est a meter 2 artigos no mesmo: "o artigo 11 e o art 56". No

    deu conta disso, Sr. Administrador?

    Continuando com a prosa do "douto" parecer, em apreo: - [ ainda aplicvel ao pessoal de enfermagem

    as disposies do Decreto-lei n 62/79 de 30 de Maro, que no colidam com o presente diploma].

    Qual diploma?

    Se tivesse dado conta que 11 n de art (56, no caso presente) e por isso, em vez de ter cometido a

    calinada de lhe chamar: artigo dentro de art, tinha evitado demonstrar que no sabe conjugar as palavras,

    pondo o verbo a condizer com o sujeito e outras coisas. Mesmo na verso jurdica devia dizer so ainda

    aplicveis" ao pessoal de enfermagem as disposies, pois os olhos tambm comem, como diz o outro. E

    quando vemos um jurista cometer estas calinadas, na articulao da lngua, que tem de interpretar

    rigorosamente, matematicamente, s nos espantamos como que o Sr. Administrdor acreditou, no que lhe

    meteram para assinar, recalcitrando na aceitao do que est asntico ab initio, quando dispunha da

    verso correta!

    Se o jurista tivesse citado honestamente e modestamente o n 11 do art 56 do DL 437/91 de 8 de

    Novembro diria assim: So (e no ) aplicveis a todos os enfermeiros independentemente dos

    estabelecimentos ou servios em que prestem funes, as disposies contidas no Decreto-lei n 62/79, de 30

    de Maro, que no colidam com o presente decreto-lei (437/91, porque deste diploma que faz parte e

    est presente). E isto para se citar e no para se subentender, certo?

    E se a intuio jurdica fosse notria e operativa, teria comeado pelo art 56, ele mesmo, para ver o que

    dizia, para o comparar com o DL 62/79 e ver, em que eram diferentes e no podem ser aplicados, nem como

    exemplo, no assunto em causa.

    Se lesse o filsofo/escritor Montesquieu Baro de la Brde na sua clebre obra LEsprit de Lois (1784),

    teria sabido dar o devido valor ao esprito da lei vertida, no DL 62/79, de 30 de Maro, que o respectivo

    prembulo prenuncia, pois vai tratar e s, de horas extraordinrias em vrios perodos do dia e da noite,

    assim como de horas incmodas (sbados, domingos e feriados), numa poca de pr-carreiras (a de

    enfermagem viria em 1981 e a mdica, em agosto/83, para s citar 2, onde os horrios no esto definidos,

    ainda.

    Ora, para calcular as horas extraordinrias tinha que definir-se o que era horrio normal. Definir um horrio

    tipo e a quem competia defini-lo, ouvida a direco de enfermagem, na circunstncia e s nessa. Na

    actualidade como a ouviria, direco, claro.

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    Por exemplo; a expresso jornada contnua, embora fosse a prtica dos horrios de enfermagem, no era

    sequer conhecida, como expresso legal, no articulado do DL 62/79, de 30 de maro.

    Mas, j desponta uma caracterstica de respeito pelos sectores, que agora no existe:ouvidos os respectivos

    rgos de direco.

    Se o autor do parecer tivesse lido, hermenuticamente, o art. 56 no gerava o aberrante 5.

    Vejamos:

    [5 Contudo, em matria de modalidade de horrios e para resposta questo em apreo, no tem

    disposio especial (veja-se nomeadamente o artigo 4)], mas (de que decreto?);

    -analisando a asnice jurdica que est a afetar muita gente, incluindo o Sr. Administrador, que se apoia numa

    espcie de areia movedia jurdica, como se est a demonstrar, sem sombra de dvidas...

    Depois de refletir um pouco sobre a provenincia do art. 4, que segundo o parecer asntico pertence,

    provavelmente, ao DL n 62/79, embora no seja seguro a quem pertence, pois jurista profissional, atento e

    competente, sabe que tem de citar, exausto, artigo por artigo, alnea por alnea, nmero por nmero,

    data por data, para no deixar dvidas no e do que est a definir.

    Atirar para o papel com um art 4, sem lhe identificar a origem do decreto ou portaria ou despacho a que

    pertence, com os outros 3 artigos que o antecedem, falta de profissionalismo, antes de mais coisas, pois

    est a fazer uma afirmao, rebuscada, sobre a modalidade de horrios que d mostras de nem saber o que

    isso .

    Se soubesse distinguir o esprito legal de ambos os diplomas, tinha enquadrado esse artigo 4 deslocado, no

    respetivo diploma, que vamos imaginando ser o Dl 62/79, de 30 de Maro.

    Partindo do pressuposto duvidoso de que esse, diz assim: art 4 Compete aos rgos de gesto

    hospitalar, ouvidos os respetivos rgos de direo, estabelecer os horrios dirios de trabalho.

    2 Para o pessoal mdico o trabalho dirio ser

    Com alguma perspiccia jurdica, que no se divisa, a olho nu, teria percebido que compete definir o modelo

    de horrio hospitalar, que nos Enfermeiros, sempre foi de jornada contnua e disso que se trata;

    Depois, o art. 4 citado, salta logo para o pessoal Mdico, que esse sim, no tinha o modelo definido e

    nunca v qualquer referncia ao pessoal de Enfermagem o que podia faz-lo suspeitar de que:

    Ou no tinha horrio;

    Ou o modelo j estava definido. E estava posso garantir-lhe.

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    Mas voltemos atrs:

    Art. 56 do Dec-lei 437/91 de 8 de Novembro,

    N 11 So aplicveisas disposies contidas no DL 62/79 de 30 de Maro que no colidam com o presente

    decreto-lei (437/91).

    Se tivesse lido e comparado as hiptese de coliso

    N 1 A semana de trabalho, entendida de Segunda-feira a Domingo, , em regra, de trinta e cinco horas e

    de cinco dias, podendo sofrer alteraes por necessidade do servio ou do enfermeiro, salvaguardando os

    interesses do servio;

    N 6 Os enfermeiros podem trabalhar por turnos e ou jornada contnua (e por turnos ou no para bom

    entendedor, pois no diz o contrrio de que no pode, como induz o asntico parecer), tendo direito a um

    intervalo de 30 minutos para refeio.

    Numa leitura inteligente, que o autor do parecer em anlise no faz, antes de esquadrinhar, na pr-histria

    dos horrios de 36 hoas semanis (uma incompatibilidade com as 35 horas semanais, que jurista no notou);

    devia ter visto a total e frontal coliso do DL 62/79, de 30 de maro, com o DL 437/91, de 8 de Novembro,

    que ainda o regime de trabalho dos Enfermeiros, em funes nos Servios Pblicos Administrativos, (SPA),

    categoria a que pertencem os Cuidados de Sade Primrios e, como tal, desde o n 1 do art 56 do DL

    437/91 de 8 de Novembro, at ao nmero 11 (no artigo 11), no h qualquer compatibilidade, entre um

    diploma e o outro, em matria de definio de horrios.

    Se soubesse, como entendo ser o dever de qualquer jurista; ler os prembulos da carreira de enfermagem

    (DL 437/91 de 8 de Novembro) e do DL 62/79 de 30 de Maro (onde se l o esprito com que foram feitos);

    Se percebesse o que citou no que considerou erradamente artigo 11 (ler n 11 do art. 56 do DL 437/91 de

    8 de Novembro): que no colidam com o presente decreto-lei, que o mesmo 437/91, citado, bastava ler

    o que j exemplificmos para saber que o horrio de trabalho estando exaustivamente definido na carreira

    de enfermagem, DL 437/91, 8 de Novembro, art 56, tudo o que estiver noutro qualquer diploma colide

    necessariamente com este, por isso, no se aplica, pois no faria sentido ter um regime de horrio de

    trabalho definido em 1991 a depender de resqucios de horrios, vagos e inapropriados de lei com 12 anos

    de publicao, em 1991, mais os que hoje decorreram, de 1991, at 2013, num total de 34 anos.

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    Claro que se o autor do parecer abominvel conhecesse a C/N n 8/79 de 25 de Julho, que normaliza ao

    nfimo pormenor, todas as Dvidas expostas (D) com Respostas adequadas (R), podia ficar com laivos de

    conscincia do seu infeliz recurso ao art 4 indefinido, para ver as distncias, entre os diplomas acima

    referidos.

    Continuando no parecer/despacho;

    [ 6 Da legislao acima referida no resulta que a modalidade de jornada contnua seja a normal

    organizao do tempo de trabalho dos enfermeiros, mas sim apenas uma das modalidades que a entidade

    empregadora pblica, no mbito dos seus poderes gestionrios, pode optar para aquele efeito.]

    E no assim; a entidade empregadora pblica no legislativa mas executiva, por isso no tem de inventar

    o que j est constitudo, como o horrio de trabalho dos Enfermeiros.

    Como ficou provado o jurista no est devidamente fundamentado, para deduzir que aquela no seja a

    modalidade de horrio, pois justamente porque o interesse pblico que exige a jornada contnua aos

    Enfermeiros, que essa modalidade a adequada. Sai-lhe tudo ao contrrio, nas cavadelas que d.

    Depois, o plano de trabalho dos Enfermeiros no est dependente de qualquer outro e pode atender os seus

    clientes, mesmo durante a hora do almoo, com vantagem para vrios destes.

    Precisamente, em Barcelos, os poucos dias de jornada contnua, antecedentes execuo da vingana, de

    partir a jornada aos Enfermeiros desterrados, j havia pretendentes ao atendimento hora do almoo, com

    a abertura permanente da unidade de sade, em apreo, alis a legal.

    por demasiado evidente que esta falta de respeito pelos Enfermeiros ter, vai tendo, um preo, altervel

    medida que forem despertando para estas novas realidades de os no respeitarem.Tambm a est o

    interesse pblico real e no tapa-furos jurdicos, onde nem sempre os infinitivos so adaptveis.

    Nem se lembrou da abertura ininterrupta das unidades de sade, entre as 8 e as 20 horas, cujo fecho no

    do interesse pblico, pelo contrrio.

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    Em sntese, e para concluir:

    O horrio de trabalho dos Enfermeiros de jornada contnua e turnos de 7 horas dirias, podendo variar,

    nas noites, por exemplo, que tm mais horas.

    Mas tudo isto tem de ser feito com o acordo do Enfermeiro, aquando da elaborao da escala, mas

    sempre,dentro da modalidade de jornada contnua, com ou sem turnos. Tambm h nos hospitais jornadas

    contnuas em turnos fixos, porque a se respeita mais a carreira dos Enfermeiros.

    Como avismos e provmos, os horrios dos Enfermeiros da Instituio, que administra, so os que vigoram

    no art. 56, ns 1 a 11 do DL 437/91 de 8 de Novembro.

    Se o jurista, que emite pareceres, que V.E., Sr. Adminhistrador, cauciona, puder dar outra interpretao, que

    contradiga este preceito, ficamos gratos, pois que o anterior, que emitiu rejeitmo-lo com fundamento cabal

    e srio, que fica suficientemente bem demonstrado, que nem ao diabo lembraria, sobretudo a verruga do

    artigo 4, solto, rfo, sem se saber se inocente ou propositadamente.

    No temos a mnima dvida, cimentada pelo conhecimento experimentado de que a lei dos horrios de

    trabalho dos Enfermeiros para respeitar.

    Os Enfermeiros no so do sector administrativo nem do sector mdico; regem-se por uma carreira especial,

    que tem normas prprias, para respeitar.

    No seu trabalho, so autnomos; no precisam de portas abertas ou fechadas, pois tm autonomia para

    programarem o seu dia de trabalho, dentro e ou fora das unidades.

    S intencionalmente, se pode desconhecer isto, ou argumentar a propsito, em contrrio.

    Tambm lamentamos que no rigor aplicado para castigar, subrepticiamente, dois dirigentes deste Sindicato,

    que no vergam a cerviz, nem deixam de pugnar pela reposio da legalidade, atravs do tribunal, serve o

    presente ofcio para avisar V.E. de que exigimos, de imediato no mais pessoal administrativo, como

    responsvel pela porta, mas de limpeza, pois no funo da Enfermagem limpar o cho, muito menos

    outros utenslios de uso geral, nem transportar lixos.

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    E se no providenciar para que haja, permanentemente, pessoal de limpeza, nos locais de trabalho dos

    Enfermeiros eles vo recusar-se a trabalhar sem condies mnimas de higiene. E a greve de zelo pode ser

    uma hiptese, no prestando cuidados de Enfermagem, enquanto no estiverem reunidas as condies

    mnimas, na limpeza.

    Para no haver surpresas tambm alertamos para a possvel recusa dos Enfermeiros transportarem os lixos,

    de casa dos doentes, com todos inconvenientes e riscos inerentes, facilmente imaginveis, para os

    Enfermeiros, quer para os Doentes, que visitam.

    Os Enfermeiros no podem, no devem nem pretendem ser disseminadores de infees para venderem

    mais antibiticos, pois no tm qualquer margem de lucro direta ou indireta.

    Pelo contrrio, tm o dever tico de se protegerem e protegerem os seus clientes da falta de higiene que

    potencia risco de infeo.

    Como deve saber, com o apoio jurdico distorcido, enviesado, que tem, a infrao disciplinar s isso, na

    funo que cada um exerce: lixeiro, motorista, transportador de lixos, mais ou menos txicos, no so

    funo de Enfermeiro. abusivo estar a mandar instaurar inquritos a Enfermeiros que no transportam

    lixos, em viaturas, sem condies, motivando queixas a Mdicas de Sade Pblica, que se escandalizam, por

    o Enfermeiro no cuidar do lixo, transportando-o consigo.

    Est a acontecer em Amarante, desvirtuando a funo do Enfermeiro, transformando-o em lixeiro, que no

    funo sua e Administrador autoriza inqurito sem cuidar de saber qual a funo do trabalhador, pois no

    sendo lixeiro no deviam perturbar o sossego, sequer, quanto mais falar em inqurito numa funo que no

    a sua.

    Isto tambm desrespeito pelos Enfermeiros que no so para fazer o que ningum quer.

    Estas Mdicas zelosas deviam ajudar a limpar o cho s Enfermeiras e a transpotar os lixos para saberem o

    que custa. que, no fundo, so to licenciadas como eles/elas e to lixeiros/as como eles/elas.

    boa altura e, a propsito, lembramos; comear V.E. a inventariar essas situaes, pois os Enfermeiros, vo

    fazer-se respeitar mais, atravs de ns e vo abandonar o deprimente estatuto de pau para toda a colher.

  • SE Sindicato dos Enfermeiros

    SEDE SERVIOS CENTRAIS Rua D. Joo IV, 199 - 4000-301 Porto tel 225 194 040 707 204 040 DELEGAO LISBOA Avenida Joo XXI, 5 1Dto. - 1000-297 Lisboa tel 212 320 422 917 773 169

    e-mail: [email protected] web: www.sindicatodosenfermeiros.pt

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    Finalmente, o horrio de trabalho dos Enfermeiros, segundo a sua carreira especial; de jornada contnua,

    independentemente de argumentos mais ou menos habilidosos e capciosos, que de jurdico s tm a

    autoria, pouco profissional, como demonstramos.

    Compete Instituio que V.E. administra, criar condies, para que possam desenvolver o seu horrio de

    forma legal e no o contrrio, pois no admitimos que ignore que ao encerrar as instalaes para o almoo

    est a cometer outra infraco, que a de as no manter abertas, como a lei determina e lhe recordamos,

    no nosso ofcio, que refere.

    Alm disso, os Enfermeiros no precisam de apoio administrativo, salvo raras e adiveis situaes para

    atenderem os Utentes.

    Com a mais elevada considerao e respeito por V.E. e pela Instituio, sou...

    NB: um pouco tarde para os Enfermeiros imporem as suas regras de carreira especial, com tantas

    punhaladas, que lhe tm dado, algumas pelos prprios Enfermeiros.

    Mas vale mais tarde do que nunca.

    Est a ser hbito contarem com tolerncia magnnima dos Enfermeiros, para tarefas que no so do seu

    contedo funcional e que inflitram nele, abusivamente. Basta de abusos!

    Andam a implantar uns encarregados que no sabem nem querem saber qual o seu papel.

    Convm lembrar a todos os que chefiam legitima ou ilegitimamente Enfermeiros, que o tempo de tolerncia

    acabou para ns.

    Tm de saber e dar mostras de que sabem minimamente de que lado esto;

    se esto do lado dos patres, no esperem que os tratemos como colegas;

    se esto do lado dos Enfermeiros para lhes respeitarem as normas de carreira especial, desde os horrios

    funo, tm de dar provas disso e no perdem nada, s tm a ganhar e a dignificar o seu encargo, se

    estiverem atentas/os s nossas posies de recuperao progressiva do estatuto dos Enfermeiros nos CSP,

    essencialmente ajustados aos Enfermeiros!