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Governador do Estado JAQUES WAGNER
SECRETÁRIO DA ADMINISTRAÇÃO MANOEL VITÓRIO DA SILVA FILHO
REALIZAÇÃO COORDENADOR GERAL SONIA MAGNÓLIA LEMOS DE CARVALHO
COORDENAÇÃO DE GESTÃO DE SAÚDE CRISTIANE MÁRCIA VELOSO DE CARVALHO LOPES
COORDENAÇÃO DE PREVENÇÃO ÂNGELA MARIA NOLASCO FARIAS LUCAS JERZY PORTELA SILVA
COORDENAÇÃO DE PRODUTOS NADJA NARA REHEM DE SOUZA PEDRO CRISTIANO SANTOS ROCHA MARIANA CAMPOS LIMA DE ALMEIDA
COORDENAÇÃO DE PROJETOS ASSISTENCIAIS MARIA CONCEIÇÃO QUEIROZ RÍCCIO COORDENAÇÃO MÉDICA Dr. REYNALDO ROCHA NASCIMENTO JÚNIOR Dra. LÍVIA NERY FRANCO GUERREIRO COSTA NANCY ANDRADE NONATO QUEIROZ VALIDAÇÃO EXTERNA Prof. Dr. EDUARDO SABACK DIAS DE MORAES, PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO PSIQUIÁTRICA DA BAHIA
BAHIA Secretaria da Administração Elaboração Valor referencial Procedimento: Tratamento de Saúde Mental em Hospital Dia. 2ª ed. Salvador: SAEB/CGPS, 2012. p. 43
1. Elaboração do Valor Referencial: Triagem e Acolhimento em
Saúde Mental. PLANSERV.
3
Índice
1. Introdução ...................................................................................................................................... 04
2. Dados da Instituição........................................................................................................................ 05
3. Base Legal ....................................................................................................................................... 05
4. Objetivo .......................................................................................................................................... 06
5. Justificativa ..................................................................................................................................... 06
6. Material .......................................................................................................................................... 06
7. Método ........................................................................................................................................... 07
8. Critérios de Acesso ......................................................................................................................... 07
9. Critérios Técnicos de Indicação do Procedimento ......................................................................... 07
10. Documentação Necessária ............................................................................................................. 09
11. Controle e Auditoria ...................................................................................................................... 11
12. Composição de Valor Referencial .................................................................................................. 11
13. Itens de Inclusão e Exclusão .......................................................................................................... 19
14. Anexo I ........................................................................................................................................... 20
15. Anexo II .......................................................................................................................................... 21
16. Anexo III ......................................................................................................................................... 33
17. Anexo IV ......................................................................................................................................... 37
18. Anexo V .......................................................................................................................................... 43
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VALOR REFERENCIAL EM AMBULATÓRIO DE SAÚDE MENTAL
INTRODUÇÃO
Tendo em vista o processo de mudança do paradigma que vem norteando a assistência psiquiátrica aos
portadores de transtorno mental desde a década de setenta (OMS, 1990; OMS-OPAS, 2001; Brasil MS,
2004), o PLANSERV encontra-se em vias de iniciar seu processo de incorporação das diretrizes da Reforma
Psiquiátrica brasileira1. Isso não apenas no tocante ao tratamento das doenças psíquicas, mas
principalmente, no que tange ao desafio da integralidade, inserindo a saúde mental na abordagem da saúde
em toda a sua complexidade.
Atualmente, o PLANSERV dispõe de três modalidades de atenção e assistência dentro do seu Programa
de Saúde Mental: internações psiquiátricas, tratamento em hospital-dia e ambulatório de psicoterapia –
além das consultas psiquiátricas comuns, que não fazem parte deste Programa. Além disso, desde setembro
de 2011, vem ampliando a rede credenciada a este Programa, através do edital nº13 de 2011.
A adoção do modelo de hospital-dia, através do credenciamento de uma rede deste tipo de serviço, vem
em suplência à falha do modelo assistencial do PLANSERV anteriormente ao advento de seu Programa de
Saúde Mental, que era marcadamente psiquiatrizante e manicomial. No hospital-dia, o paciente readquire
sua liberdade e dignidade, sendo o tratamento em regime completamente aberto e visando a reabilitação
psicossocial (ao invés da mera intervenção em crise, como nas internações), onde pode ter um tratamento
crônico e que sirva de retaguarda para eventuais pioras do quadro (o que faria com que eventuais
internações ocorressem de modo mais previsível e regulado, e menos emergencialmente) e no qual recebe
atenção interdisciplinar, sendo submetido a psicoterapia e a oficinas de terapia ocupacional. Este modelo
permite também um maior controle sobre os riscos e agravos dos transtornos mentais maiores, o que reduz
os custos para o programa de saúde de que o paciente é beneficiário.
Ainda sobre a multidisciplinaridade do tratamento proposto no Programa de Saúde Mental, vale frisar
que nesta primeira revisão deste pacote de valores referenciais desde sua criação, foi ampliado o número de
atendimentos em psiquiatria, psicoterapia e terapia ocupacional. Isto foi feito de modo a haver uma
gradação de intensidade, desde a internação (com maior número de procedimentos, fazendo com que seja
1 Reforma Psiquiátrica é o termo pelo qual ficou conhecida a reorganização da assistência à saúde mental dentro das grandes
Reformas Sanitárias do século XX. Consiste em mudar o foco da assistência da internação manicomial para o atendimento crônico em liberdade, mas também numa leitura política do que ao louco também é assegurado o direito à cidadania e à cidade. A Reforma Psiquiátrica Brasileira surgiu no âmbito do Sistema Único de Saúde com experiências piloto ao longo das décadas de 70 e 80, e como política pública sistemática a partir dos anos 90 (OMS/OPAS, 2001; Brasil MS, 2004).
5
mais produtiva e portanto ainda mais curta do que vem sendo desde o advento do Programa), até os
diversos níveis do hospital-dia.
Outra importante modificação, nesta nova edição dos Pacotes de Valores Referenciais em Saúde
Mental, é a retirada definitiva da substância risperidona do rol de medicamentos neurolépticos atípicos. Se
anteriormente tal psicofármaco já não fazia parte do protocolo de neurolépticos atípicos deste Programa,
agora ele também é retirado da composição de preços destes tipos diferenciados de tratamento de alto
custo, sendo entendido doravante como um neuroléptico convencional tal qual os outros de primeira
escolha.
DADOS DA INSTITUIÇÃO
• IDENTIFICAÇÃO: PLANSERV – Sistema de Assistência à Saúde dos Servidores do Estado da Bahia;
• ENDEREÇO: Centro de Atenção à Saúde Professor Dr. José Maria de Magalhães Netto - 4º andar -
Avenida Antonio Carlos Magalhães – S/N – Iguatemi - Salvador / Ba – CEP: 41820-020;
• TELEFONE: (71) 3116-4700;
• ATIVIDADE PREDOMINANTE: Assistência à saúde dos servidores públicos do Estado da Bahia;
• UNIDADE EXECUTORA: Coordenação de Gestão de Projetos de Saúde – CGPS.
BASE LEGAL
Lei nº 9.528 de 22 de junho de 2005, que reorganiza o Sistema de Assistência à Saúde dos Servidores
Públicos Estaduais.
Decreto nº 9.552 de 21 de setembro de 2005 que aprova o Regulamento do Sistema de Assistência à
Saúde dos Servidores Públicos Estaduais – PLANSERV, e suas alterações e acréscimos a partir do Decreto
nº 12.257 de 15 de julho de 2010.
Portaria nº 846 de 2002, do Ministério da Saúde, que estabelece protocolo para o uso de
medicamentos neurolépticos de última geração.
Lei 10.216 de 06 de abril de 2001, que estabelece as diretrizes para a Reforma Psiquiátrica Brasileira.
6
“Saúde Mental no SUS: Os Centros de Atenção Psicossocial”, manual do Ministério da Saúde, do ano
de 2004.
“Declaração de Caracas”, da Organização Mundial de Saúde (OMS), 1990.
“Relatório sobre saúde no mundo – Saúde Mental: nova concepção, nova esperança”, da
Organização Mundial de Saúde e Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), 2001.
OBJETIVO
Evoluir para confecção de um conjunto de procedimentos na formatação de VALOR REFERENCIAL
(pacote), com foco nos procedimentos realizados em tratamento psicossocial crônico em hospitais-dia.
JUSTIFICATIVA
São incontestes as vantagens da formatação de remuneração dos internamentos e procedimentos
médicos sob a forma de valor referencial, pois:
• Dá previsibilidade orçamentária;
• Partilha os riscos e compromete os envolvidos no processo;
• Estimula a racionalização dos custos na saúde;
• Evita glosas e divergências entre operadoras, prestadores e médicos;
• Otimiza e agiliza os processos de autorização, faturamento e cobrança;
• Dá isonomia e equidade na remuneração destes procedimentos;
• Corrige o modelo atual de remuneração, priorizando o pagamento de honorários médicos e os
serviços hospitalares, tirando o foco dos materiais e medicamentos;
• Estimula o prestador a atender os beneficiários de modo integral, visando atenção à sua família, e
tendo como objetivo o estabelecimento de uma atenção terapêutica de longo prazo fora da
internação hospitalar.
MATERIAL
Foram utilizadas as seguintes fontes de pesquisa:
• Banco de dados do TOP SAÚDE;
• Amostra de contas hospitalares faturadas contra o PLANSERV, envolvendo estes procedimentos;
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• Pesquisa de preços: Cotação, banco de preço do MS, informações externas, Tabela de Materiais e
Medicamentos do PLANSERV;
• Tabela Sintética PLANSERV para precificação de diárias e taxas, bem como a Classificação Brasileira
Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM, 4ª edição).
MÉTODO
Foi utilizada mesma metodologia do projeto VALOR REFERENCIAL, cuja composição é segmentada
por:
• Diárias: Compostas por Diárias Agregadas ou Sintéticas, que resume a cobrança do conjunto de
serviços e estrutura da hotelaria e da assistência.
• Honorários da Equipe: definidos com base na Classificação Brasileira Hierarquizada de
Procedimentos Médicos (CBHPM – 4ª edição);
• Materiais e Medicamentos Básicos: Utilizamos média/mediana das contas hospitalares do banco de
dados com deságio e/ou com base no estudo de custo real.
CRITÉRIOS DE ACESSO
• O acesso aos beneficiários deve ser assegurado tão somente pelos prestadores habilitados após
processo de credenciamento.
CRITÉRIOS TÉCNICOS DE INDICAÇÃO DO PROCEDIMENTO
A partir de 1990, com a Declaração de Caracas, diversos sistemas de saúde (públicos e privados) do
mundo têm preterido a internação psiquiátrica como tratamento para os transtornos mentais maiores. A
internação aparece, nestes sistemas, apenas como uma modalidade auxiliar de tratamento, em casos de
agudização de certos casos clínicos. A internação psiquiátrica como modelo principal atenta contra a
dignidade da pessoa humana, cronifica e piora os quadros clínicos individuais na medida em que diminui a
capacidade dos indivíduos de conviverem em sociedade, além de absorver a maior parte dos recursos
humanos e financeiros destinados a atenção da saúde mental das populações (OMS, 1990). Em outras
palavras: é um modelo custoso, ineficiente e pouco criterioso (OMS-OPAS, 2001).
Desta forma, um dos passos principais para a criação de um programa de saúde mental,
hierarquizado, descentralizado e territorializado, é a oferta de outras modalidades de tratamento, mais
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baratas, eficientes e humanizadas. A principal saída para tal é a adoção do modelo de hospital-dia, similares
na rede privada aos modelos de Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) do Sistema Único de Saúde (SUS).
Neste tipo de tratamento, o paciente freqüenta a instituição psiquiátrica apenas durante o dia, e nem
sempre todos os dias da semana. Lá, tem uma gama de oferta de atividades, desde psicoterapia individual,
consulta psiquiátrica e dispensação medicamentosa, até desenvolvimento de atividades artísticas,
expressivas ou da vida diária, tendo em vista a reinserção do paciente no convívio social normal e a
recuperação de sua autonomia. No modelo de hospital-dia a atenção à família, amigos e trabalho do
paciente também aumenta, tendo em vista que sua rotina de vida altera-se muito pouco neste tipo de
assistência (se comparada com a internação psiquiátrica integral), e que o paciente continua residindo em
seu próprio domicílio.
Também se faz necessária uma racionalização do uso de medicamentos neurolépticos de alto custo
(Brasil MS, 846/2002), o que é regido por protocolo específico (Anexo II).
CRITÉRIOS DE INCLUSÃO
• Paciente em primeiro episódio agudo de transtorno mental maior;
• Pacientes crônicos, com histórico de mais de uma internação psiquiátrica, mesmo sem sintomas
produtivos;
• Pacientes neuróticos, somatoformes e conversivos, com ou sem histórico de internação psiquiátrica
prévia, e ainda que tenha sua autonomia preservada;
• Paciente recém-egresso de internação psiquiátrica;
• Paciente com incapacidade parcial ou total de autonomia e auto-gestão;
• Paciente em uso crônico de substâncias psicoativas, lícitas ou ilícitas, sem pôr imediatamente em
risco a vida ou a saúde do paciente ou de seus entes mais próximos;
• Requerimento médico para início do tratamento.
CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO:
• Paciente em crise aguda severa de heteroagressividade, autoagressividade, risco imediato de
suicídio, abuso agudo de substâncias psicoativas, ou outros eventos que ponham em risco sua vida e
saúde ou de outrem.
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CRITÉRIOS DE ACOMPANHAMENTO E ALTA:
• Atendimento individual e em grupo a família do paciente, com Terapeuta Ocupacional, Assistente
Social, Psicólogo e Psiquiatra, sempre que necessário, de acordo com o regime de tratamento em
que esteja inserido;
• Atendimento individual e em grupo ao paciente, com Terapeuta Ocupacional, Assistente Social,
Psicólogo e Psiquiatra, de acordo com o regime de tratamento em que esteja inserido;
• Realização de atividades que visem a reinserção social e a recuperação da autonomia dos pacientes
assistidos;
• Esclarecimento ao paciente e familiares sobre a opção medicamentosa feita, especialmente em caso
de uso de neurolépticos atípicos, sendo a administração deste tipo de medicamento restrita
também ao livre consentimento do paciente (conforme protocolo do Ministério da Saúde, Portaria
nº 846 de 06 de novembro de 2002).
• Encaminhamento ao PLANSERV de relatórios mensais de acompanhamento, de modo a
gradualmente diminuir a intensidade da assistência, do regime intensivo para o semi-intensivo e
não-intensivo.
Quando necessário, os pacientes com indicação de tratamento em hospital-dia serão submetidos à
perícia pela equipe do PLANSERV, a qualquer tempo.
Os critérios técnicos para indicação de tratamento de saúde mental em hospital-dia, com uso de
medicamentos neurolépticos atípicos, são regidos pelo protocolo supracitado e pelo Protocolo de Prescrição
de Medicamentos Neurolépticos de Última Geração do PLANSERV (Anexo II), baseado na Portaria MS
846/2002.
DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA:
Os documentos abaixo deverão estar preenchidos adequadamente pelo médico assistente:
INÍCIO DE TRATAMENTO:
• Guia de internação;
• Plano Terapêutico individual, segundo modelo PLANSERV (Anexo I);
• Registro de dispensação (Anexo V)
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Para pacientes que façam uso de antipsicóticos atípicos (observar protocolo Anexo II) deverá ser
encaminhado também:
• Ficha farmacoterapêutica (Anexo IV);
• Termo de consentimento informado (Anexo III).
O prestador deve encaminhar trimestralmente o Registro de Dispensação (Anexo V) preenchido e
assinado pelo farmacêutico responsável.
Os controles do tratamento serão feitos por um farmacêutico, registrados em uma Ficha
Farmacoterapêutica (anexo IV), caracterizada por um roteiro de perguntas que tem o intuito de servir como
instrumento para o controle efetivo do tratamento estabelecido, promovendo o acompanhamento dos
pacientes relativo a reações adversas, interações medicamentosas, contra-indicações, entre outros. Como
regra, a Ficha Farmacoterapêutica será concebida para 1 ano de acompanhamento. Esta deve ser
encaminhada ao Planserv no início do tratamento e a partir desta data, a cada 3 meses. As informações
contidas na Ficha Farmacoterapêutica devem ter caráter cumulativo.
Os demais documentos devem ser enviados através do Sistema TopSaúde – módulo 100% Web, como
anexo, mediante solicitação de Autorização de Procedimento neste sistema.
PRORROGAÇÃO E MUDANÇA DE REGIME TERAPÊUTICO:
O prestador deve enviar ao PLANSERV relatório mensal de evolução psicodinâmica do quadro. A
partir deste a instituição deve decidir pela diminuição progressiva da freqüência do paciente ao tratamento,
mudando de regime intensivo para semi-intensivo e não-intensivo.
Esta progressão pode ser reversa, em caso de piora, com o paciente aumentando sua freqüência a
instituição, migrando de regime não-intensivo para semi-intensivo ou intensivo. Entretanto, pequenas
variações no tratamento não implicam, por si, na mudança de regime.2 Além disso, a diminuição da
freqüência do tratamento não implica necessariamente na mudança de regime ou no valor pago por este:
por exemplo, o paciente em regime intensivo pode passar a freqüentar a instituição quatro dias por semana,
ao invés de cinco; ou, em regime semi-intensivo, freqüentar duas vezes, ao invés de três vezes por semana.
O PLANSERV se reserva o direito de avaliar os pacientes que, após três meses de tratamento em
hospital-dia, não diminuíram a freqüência do tratamento a ponto de mudar de regime. Mediante esta
2 Por exemplo, um paciente não-intensivo que passe a ter duas, e não uma, consulta psiquiátrica por mês (ver adiante neste documento) não precisa, apenas por este motivo, mudar para o regime semi-intensivo. Havendo, contudo, outros acréscimos no tratamento, a mudança de regime pode ser efetuada.
11
avaliação, a equipe de saúde mental do PLANSERV discutirá o prognóstico terapêutico do caso junto com a
equipe da instituição contratada, ambos realizando assim uma decisão em conjunto e consenso.
No caso de interrupção do tratamento ou migração do paciente para outro nível de assistência ou
de regime de tratamento, por motivo de urgência clínica ou psiquiátrica, ou óbito, o pacote interrompido
será cancelado, devendo o prestador efetivar a cobrança do período de acompanhamento do paciente
através de diária globalizada.
Diária globalizada é o valor pago por cada dia de tratamento, relativo a permanência do paciente
por período divisível de até 12 horas em estabelecimento de saúde em regime de hospital-dia,
contemplando hotelaria, enfermagem, dispensação medicamentosa e assistência farmacêutica, plantão
médico, serviço social e terapia ocupacional, e outros materiais necessários. Considera-se a diária como
iniciada as 7h e concluída às 19h.
CONTROLE E AUDITORIA
O PLANSERV poderá realizar mecanismos de controle técnicos e administrativos através das
seguintes ferramentas:
• Auditoria médica in loco;
• Contato e perícia em beneficiário e seus familiares durante ou após os procedimentos.
COMPOSIÇÃO DE VALOR REFERENCIAL
Serão seis valores referenciais publicados, sendo:
a. Tratamento de saúde mental em hospital-dia com uso de medicamentos neurolépticos atípicos, em
regime intensivo (código: 81.20.007-9);
b. Tratamento de saúde mental em hospital-dia com uso de medicamentos neurolépticos atípicos, em
regime semi-intensivo (código: 81.20.006-9);
c. Tratamento de saúde mental em hospital-dia com uso de medicamentos neurolépticos atípicos, em
regime não-intensivo (código: 81.20.005-9);
d. Tratamento de saúde mental em hospital-dia com uso de medicamento convencional, em regime
intensivo (código: 81.20.004-9);
e. Tratamento de saúde mental em hospital-dia com uso de medicamento convencional, em regime
semi-intensivo (código: 81.20.003-9);
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f. Tratamento de saúde mental em hospital-dia com uso de medicamento convencional, em regime
não-intensivo (código: 81.20.002-9);
g. Diária globalizada para tratamento de saúde mental em hospital-dia com uso de medicamentos
neurolépticos atípicos, em regime intensivo (código: 78.17.801-5);
h. Diária globalizada para tratamento de saúde mental em hospital-dia com uso de medicamentos
neurolépticos atípicos, em regime semi-intensivo (código: 78.15.801-5);
i. Diária globalizada para tratamento de saúde mental em hospital-dia com uso de medicamentos
neurolépticos atípicos, em regime não-intensivo (código: 78.13.801-5);
j. Diária globalizada para tratamento de saúde mental em hospital-dia com uso de medicamento
convencional, em regime intensivo (código: 78.16.801-5);
k. Diária globalizada para tratamento de saúde mental em hospital-dia com uso de medicamento
convencional, em regime semi-intensivo (código: 78.14.801-5);
l. Diária globalizada para tratamento de saúde mental em hospital-dia com uso de medicamento
convencional, em regime não-intensivo (código: 78.12.801-5).
A composição do valor de referência para todos os grupos de patologias, em cada regime de tratamento
(intensivo, semi-intensivo, não-intensivo), será a mesma em todos os quesitos, a exceção do uso de
medicamento, tendo em vista o Protocolo Clínico de Prescrição de Medicamentos Neurolépticos de Última
Geração. Este Protocolo veda o uso deste tipo de medicamento para qualquer caso clínico, menos os que
têm como diagnóstico principal qualquer psicose, desde que refratária a medicamentos de primeira e
segunda geração. Para estes casos, o Protocolo estabelece critérios específicos.
Diárias:
a. O pacote contemplará um mês, em unidades abertas (enfermaria), variando o número de diárias de
acordo com o regime de tratamento:
• intensivo: 20 diárias (5 por semana);
• semi-intensivo: 3 diárias semanais, num total de 12 diárias;
• não intensivo: uma diária semanal, num total de 4 diárias.
b. Consideramos os seguintes valores básicos das diárias a partir da Tabela Sintética PLANSERV;
13
c. Tendo em vista que hospitais-dia para tratamento de saúde mental não dispõem de unidades de
terapia intensiva (UTI), mas por outro lado se situam quase sempre em cidades com mais de 10.000
beneficiários, estes se encaixam na categoria E(5) da Tabela Sintética:
Honorários da equipe:
O padrão de remuneração dos HM seguirá o valor referencial que utiliza a CBHPM 4ª edição,
acrescido de uma modulação positiva de 20% sobre o valor sugerido, quando couber. Por analogia, o valor
das atividades de terapia ocupacional será idêntico ao da sessão de psicoterapia em grupo (códigos
2.01.04.20-0).
Lembramos que as atividades de Serviço Social e Enfermagem, embora não explicitadas aqui como
honorários, estão contempladas no valor da diária, a partir da Tabela Sintética PLANSERV, inclusive as
atividades de visita externa à unidade prestadora de serviço (visita a outras unidades assistenciais da rede
PLANSERV ou SUS, visita ao domicílio do paciente, etc.)
Serão contempladas 2 visitas semanais com médico psiquiatra (código 1.01.02.01-9) da equipe de
saúde mental do hospital (8 mensais), em regime intensivo:
Porte 2A R$ 32,00
Com Acréscimo R$ 38,40
Nº de consultas 8
Valor total R$307,20
E uma visita semanal com médico psiquiatra da equipe do hospital-dia (4 mensais), em regime semi-
intensivo:
Porte 2A R$ 32,00
Com Acréscimo R$ 38,40
Nº de consultas 4
Valor total R$ 153,60
DIÁRIA Código Diária
Enfermaria 71.00.107-5 70,00
Valor Total (20 diárias de unidade aberta) 1.400,00
Valor Total (12 diárias de unidade aberta) 840,00
Valor Total (4 diárias de unidade aberta) 280,00
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E uma consulta quinzenal com médico psiquiatra, em regime não-intensivo:
Porte 2A R$ 32,00
Com Acréscimo R$ 38,40
Nº de consultas 2
Valor total R$ 76,80
Serão contempladas 3 sessões de psicoterapia individual (código 2.01.04.21-9) por semana (12
mensais), com o psicólogo da equipe de saúde mental do hospital, em regime de tratamento intensivo:
Porte 2C R$ 50,00
Com Acréscimo R$ 60,00
Nº de consultas 12
Valor total R$ 720,00
Serão contempladas 2 sessões semanais (8 mensais) de psicoterapia individual em regime de
tratamento semi-intensivo:
Porte 2C R$ 50,00
Com Acréscimo R$ 60,00
Nº de consultas 8
Valor total R$ 480,00
E uma sessão semanal (4 mensais) de psicoterapia individual, em regime não-intensivo, num tota:
Porte 2C R$ 50,00
Com Acréscimo R$ 60,00
Nº de consultas 4
Valor total R$ 240,00
Serão contempladas 3 atividades semanais (código 2.01.04.20-0) com o terapeuta ocupacional
(12 mensais) da equipe de saúde mental do hospital em grupo, em regime intensivo:
Porte 2A R$ 32,00
Com Acréscimo R$ 38,40
Nº de consultas 12
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Valor total R$ 460,80
Serão contempladas 2 atividades semanais (8 mensais) com o terapeuta ocupacional da equipe
de saúde mental do hospital em grupo, em regime semi-intensivo:
Porte 2A R$ 32,00
Com Acréscimo R$ 38,40
Nº de consultas 8
Valor total R$ 307,20
E uma atividade semanal (4 mensais) com terapeuta ocupacional da equipe do hospital-dia, em
grupo, em regime não-intensivo:
Porte 2A R$ 32,00
Com Acréscimo R$ 38,40
Nº de consultas 4
Valor total R$ 153,60
Assim, o custo total de honorários da equipe segue a tabela abaixo: - Em regime intensivo:
- Em regime semi-intensivo:
Consulta Semanais Valor Unit. Valor Seman. Valor por pacote
Psiquiatria 2 38,40 76,80 307,20
Psicologia 3 60,00 180,00 720,00
Terapia Ocupacional 3 38,40 115,20 460,80
Valor Total 8 372,00 1.488,00
Consultas Mensais Valor Unitário Valor Mensal
Psiquiatria 4 38,40 153,60
Psicologia 8 60,00 480,00
Terapia Ocupacional 8 38,40 307,20
Valor Total 20 940,80
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- Em regime não-intensivo:
Consultas Mensais Valor Unitário Valor Mensal
Psiquiatria 2 38,40 76,80
Psicologia 4 60,00 240,00
Terapia Ocupacional 4 38,40 153,60
Valor Total 10 470,40
Medicamentos:
O hospital-dia se compromete a fornecer medicamentos para uso dos pacientes nos dias em que não
estiverem freqüentando a instituição (fins de semana, feriados, ou dias não agendados para tratamento
presencial, nos casos dos regimes não-intensivo e semi-intensivo).
Para estabelecimento de valor referencial quanto a medicamentos psiquiátricos foram definidas duas
situações: uma para pacientes em uso de neurolépticos atípicos; outra para pacientes em uso de outros
tipos de medicamento, inclusive neurolépticos tradicionais.
Seguindo a Portaria SAEB 358/2007 Art. 2º, lembramos que 80% dos medicamentos utilizados pelos
prestadores PLANSERV deve ser de medicamentos genéricos. Assim, consideramos para efeitos de
precificação deste Valor Referencial a proporção de 5 medicamentos genéricos para um comercial de
referência (nos casos de medicamentos típicos), e de 3 medicamentos genéricos para um comercial de
referência (nos casos de medicamentos atípicos), mantendo a proporcionalidade indicada no citado
documento.
Os medicamentos utilizados para estabelecimento destes valores referenciais não são de uso
obrigatório. A escolha farmacoterapêutica continua sendo dos médicos assistentes e do estabelecimento
prestador de serviço.
Para a modalidade de tratamento sem uso de neurolépticos atípicos, consideramos a seguinte situação,
considerando sempre a máxima dose para cada substância:
• dois neurolépticos tradicionais, sendo um deles genérico (haloperidol 2mg/ml gotas, Amplictil –
clorpromazina 25mg comprimido;
• um anti-parkinsoniano, usado para fins de minimização do efeito de impregnação extrapiramidal
por neurolépticos – também genérico (cloridrato de prometazina 25mg comprimido);
• um ansiolítico, genérico (Bromazepan 3mg comprimido);
• um antidepressivo, genérico (cloridrato de fluoxetina 25mg comprimido);
• um estabilizador do humor, genérico (Carbamazepina 200g comprimido).
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Assim, temos os valores na tabela abaixo, para um período de 30 dias de internação:
Para a modalidade de tratamento com uso de neurolépticos de última geração, não estão incluídos:
a. medicamentos anti-histamínicos, tendo em vista que a opção por medicamentos atípicos se dá,
principalmente, pelo baixo risco de impregnação extra-piramidal que estes causam;
b. estabilizadores do humor, tendo em vista que o uso de neurolépticos atípicos é restrito a
pacientes psicóticos refratários a medicamento tradicional, o que exclui todos os transtornos
maiores do humor.
É considerada, via de regra, a dose máxima, para efeito de formação de preço. As opções
medicamentosas para a formulação desta situação são as seguintes:
• um neuroléptico atípico (Zyprexa olanzapina 5mg comprimido);
• um anti-depressivo, genérico (cloridrato de amitriptilina 25mg comprimido);
• um ansiolítico, genérico (Bromazepan 3mg comprimido).
Medicamentos Genéricos Laboratório Dose Max. Por Dia (mg) Valor Valor por 30 dias
Haloperidol 2Mg/ml 20mL Gts UNIAO QUIMICA 100 R$ 3,57 R$ 107,10
Cloridrato de Prometazina 25mg Cpr SANOFI-AVENTIS 150 R$ 1,38 R$ 41,40
Bromazepan 3mg Cpr MERCK 12 R$ 1,28 R$ 38,40
Cloridrato de Fluoxetina 20mg/ml Gts 20ml MEDLEY 80 R$ 3,68 R$ 110,40
Carbamazepina 200mg Cpr MEDLEY 1200 R$ 2,16 R$ 64,80
Medicamentos De Referência
Clorpromazina 25mg Cpr SANOFI-AVENTIS PHARMA 1000 R$ 8,00 R$ 240,00
Total Geral R$ 602,10
18
Assim, temos os valores na tabela abaixo, para um período de 30 dias de internação:
COMPOSIÇÃO FINAL DO PACOTE a. Regime Intensivo com uso de neurolépticos atípicos:
SEGMENTO VALOR
Diárias 1.400,00 Medicamentos 1.539,60
Sub-Total (Parte Hospitalar) 2.939,60
Honorários da Equipe 1.488,00
Total Geral 4.427,60
Diária globalizada 221,38
b. Regime semi-intensivo com uso de neurolépticos atípicos:
SEGMENTO VALOR
Diárias 840,00 Medicamentos 1.539,60
Sub-Total (Parte Hospitalar) 2.379,60
Honorários da Equipe 940,80
Total Geral 3.320,40
Diária globalizada 276,70
c. Regime não-intensivo com uso de neurolépticos atípicos:
SEGMENTO VALOR
Diárias 280,00 Medicamentos 1.539,60
Sub-Total (Parte Hospitalar) 1.819,60
Honorários da Equipe 470,40
Total Geral 2.290,00
Diária globalizada 572,50
Medicam. Genéricos Laboratório Dose Max. Por Dia (mg) Valor Valor por 30 dias
Bromazepan 3mg Cpr TEUTO 12 R$ 1,28 R$ 38,40 Cloridrato de Amitriptilina 25mg Cpr EUROFARMA 300 R$ 5,28 R$ 158,40
Medicam. de Referência
Olanzapina 5mg Cpr ELI LILLY 20 R$ 44,76 R$ 1.342,80
Total Geral R$ 1.539,60
19
d. Regime intensivo com uso de medicamento convencional:
SEGMENTO VALOR
Diárias 1.400,00 Medicamentos 602,10
Sub-Total (Parte Hospitalar) 2.002,10
Honorários da Equipe 1.488,00
Total Geral 3.490,10
Diária globalizada 174,50
e. Regime semi-intensivo com uso de medicamento convencional:
SEGMENTO VALOR
Diárias 840,00 Medicamentos 602,10
Sub-Total (Parte Hospitalar) 1.442,10
Honorários da Equipe 940,80
Total Geral 2.382,90
Diária globalizada 198,58
f. Regime não-intensivo com uso de medicamento convencional:
SEGMENTO VALOR
Diárias 280,00 Medicamentos 602,10
Sub-Total (Parte Hospitalar) 882,10
Honorários da Equipe 470,40
Total Geral 1.352,50
Diária globalizada 338,13
ITENS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO
ESTÃO INCLUSOS: Como já foi referido estão inclusos todos os insumos e eventos relacionados ao
procedimento, como: Diárias, honorários médicos e dos profissionais envolvidos, materiais e medicamentos,
e quaisquer outros insumos relacionados diretamente ao procedimento.
ESTÃO EXCLUSOS: Os itens abaixo estão exclusos ao valor do pacote e poderão ser cobrados
complementarmente quando realmente necessários:
• Antibióticos com finalidade Terapêutica;
• Atendimento clínico geral e procedimentos relativos a este;
Eletroconvulsoterapia.
20
ANEXO I
PLANO TERAPÊUTICO INDIVIDUAL – HOSPITAL-DIA – SAÚDE MENTAL
Recebido: __ /___/ __ Autorizado: ___/__/___ __
I. IDENTIFICAÇÃO DO MÉDICO ASSISTENTE
1. Nome: 2. CREMEB:
3. Telefone: 4. Celular: 5. Fax:
6. Email:
II. IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE 1. Nome do Paciente
2. Cód Ident PLANSERV
3. Data Nascimento ___/ _____/_ ____
4. Sexo
5. Telefone
6. Inicio do tratamento: _____/_____/______
III. ANAMNESE
Descrição fenomenológica e psicodinâmica:
Hipótese Diagnóstica:
IV. PLANO TERAPÊUTICO
Farmacoterapia escolhida (com posologia):
Modalidade de atendimento psicoterapêutico:
Oficinas de Terapia Ocupacional:
V. PLANO DE ALTA HOSPITALAR
Encaminhamento a serviço ambulatorial:
Acompanhamento a família durante o tratamento:
A avaliação do estado geral do paciente, a identificação de efeitos colaterais intoleráveis ou que coloquem em risco a vida do paciente e a conseqüente decisão de interrupção do tratamento, ficam sob a responsabilidade do médico assistente do paciente. Assinatura e carimbo do médico assistente: _____________________________ Data: _____/_____/_____
Médico Auditor (PLANSERV): ( ) Favorável ao tratamento ( ) Em exigência ( ) Solicitação Negada Obs:
21
Anexo II
PROTOCOLO CLÍNICO PARA PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS NEUROLÉPTICOS DE ÚLTIMA GERAÇÃO
Os transtornos esquizofrênicos são distúrbios mentais graves e persistentes, caracterizados por
distorções do pensamento e da percepção, por inadequação e embotamento do afeto por ausência de
prejuízos no sensório e na capacidade intelectual (embora ao longo do tempo possam aparecer déficits
cognitivos). Seu curso é variável, com cerca de 30% dos casos apresentando recuperação completa ou quase
completa, 30% com remissão incompleta e prejuízo parcial de funcionamento e 30 % com uma deterioração
importante e persistente da capacidade de funcionamento profissional, social e afetivo.
Embora não se identifique nenhum sintoma estritamente patognomônico, para fins diagnósticos
exige-se a presença de pelo menos um sintoma claro de um grupo de maior hierarquia, ou dois de um grupo
de menor hierarquia, pelo menos durante o período de 1 mês, juntamente com a exclusão de diagnósticos
de transtornos de humor e transtornos atribuíveis à doença cerebral orgânica, intoxicação, dependência ou
abstinência relacionada a álcool ou drogas. São de importância especial para diagnóstico de esquizofrenia a
ocorrência de uma perturbação das funções básicas que dão à pessoa normal um senso de individualidade,
unicidade e de direção de si mesmo. O paciente tem a sensação de que os pensamentos, sentimentos e atos
mais íntimos são sentidos ou partilhados por outros. Podem se desenvolver delírios explicativos, de que
forças externas influenciam pensamentos e ações do indivíduo, de formas muitas vezes bizarras. Aspectos
periféricos e irrelevantes de conceitos são utilizados conjugados com aspectos centrais. O resultado é um
pensamento vago, elíptico e obscuro, com uma crença de que situações quotidianas possuem um significado
especial, usualmente sinistro, destinado unicamente ao indivíduo. Pode haver sensação de interrupção do
curso do pensamento e sensação de que as idéias são retiradas por um agente exterior. O humor é
caracteristicamente superficial ou incongruente, acompanhado com freqüência de inércia, negativismo ou
estupor.
A esquizofrenia afeta aproximadamente 1% da população e é responsável por ¼ das internações
psiquiátricas. Mais de 100 ensaios clínicos randomizados e duplo-cegos e meta-análises demonstram
claramente, a eficácia dos medicamentos antipsicóticos “tradicionais” como alternativas de primeira linha
para o tratamento dos sintomas positivos da esquizofrenia. Meta-análises recentes concluem por “ausência
de evidência clara de que os antipsicóticos de nova geração sejam mais efetivos ou melhor tolerados do que
os antipsicóticos convencionais” ou “os dados de eficácia dos antipsicóticos de nova geração no tratamento
dos pacientes com esquizofrenia refratária são inconclusivos”. Cerca de 60 a 80% dos pacientes com
22
esquizofrenia irão melhorar com antipsicóticos convencionais. Apesar disso, um percentual expressivo destes
pacientes, 20 a 40%, não respondem mesmo a doses elevadas destes antipsicóticos, mesmo quando
combinados a outras formas de tratamento psicológico e social. Este grupo de pacientes denominados
“resistentes” à terapia neuroléptica apresenta alta taxa de morbi-mortalidade, além de alto custo social e
familiar. A introdução da clozapina representou um avanço terapêutico por apresentar eficácia maior sobre
os sintomas positivos da doença. Entretanto, o risco de agranulocitose associado à clozapina, apesar de
baixo, permanece, por ser eventualmente fatal, como uma das maiores dificuldades no tratamento a longo
prazo com este fármaco.
INDICAÇÃO
CRITÉRIOS DE INCLUSÃO
As seguintes situações são requeridas, cumulativamente, como critérios de inclusão neste Protocolo:
a) ter diagnóstico de Esquizofrenia pelos critérios do CID-10;
b) ter apresentado falha terapêutica, à maior dose tolerável pelo paciente de pelo menos duas
diferentes classes químicas de antipsicóticos, quais sejam:
I. Clorpromazina 300 a 1000 mg/dia ou tioridazina 400 a 800 mg/dia durante por um mês
consecutivo;
II. Haloperidol: 6 a 15 mg/dia por um mês consecutivo;
III. Risperidona: 3 a 6 mg/dia por um mês consecutivo.
Observações:
a) na impossibilidade de adequada adesão do paciente ao uso oral previsto nos itens I, II e III (acima)
a administração intramuscular de formulações de decanoato de haloperidol “depot” em doses de
50 a 150 mg por mês, é recomendada para evidenciar falha terapêutica;
b) na dúvida quanto à equivalência de dose de neurolépticos, recomenda-se o uso do quadro de
equivalência da APA;
c) constar ausência de melhora dos sintomas apesar da diminuição nos fatores psicossociais
estressores;
d) presença de familiar ou responsável interessado, participativo, disponível e com adequado
funcionamento global;
23
e) paciente e familiar ou responsável interessado, participativo, disponível, com adequado
funcionamento global e aderente ao serviço de atendimento psiquiátrico ambulatorial ou de
internação. No caso de paciente cronicamente asilado, é requerida a presença de um funcionário
da instituição disponível e capaz de manejar estressores do ambiente de forma continuada;
f) haver adequada documentação e descrição detalhada de toda a doença do paciente;
g) ter condições de boa adesão e acompanhamento continuado.
CRITÉRIOS ESPECIAIS DE INCLUSÃO
Poderão ser incluídos neste Protocolo, pacientes com problemas graves caracterizando
intolerabilidade aos antipsicóticos típicos como:
a) discinesia tardia;
b) distonias graves;
c) acatisia com risco de suicídio;
d) síndrome neuroléptica maligna;
e) diagnóstico de prolactinomas;
f) câncer de mama prolactino-dependente.
Pode ser requirido pelo PLANSERV exames clínicos complementares (ver ficha de acompanhamento
farmacoterapêutico, no próximo anexo), tanto para iniciar, quanto para manter o tratamento com drogas
neuroléticas de última geração.
TRATAMENTO
Caracterizada refratariedade ou intolerância à clorpromazina ou tioridazina e/ou ao haloperidol e
preenchidos os demais requisitos, o paciente deverá ser tratado com risperidona. Na falha ou contra-
indicação ao uso de risperidona recomenda-se utilizar clozapina. Na falha ou impossibilidade de uso da
clozapina recomenda-se a quetiapina ou ziprasidona ou olanzapina, conforme itens a seguir.
CRITÉRIOS DE PROCEDIMENTO NO TRATAMENTO:
Critérios de Exclusão do Protocolo Tratamento com Clozapina
Não deverá ser incluído neste tratamento todo paciente que apresentar pelo menos um dos itens
abaixo:
24
a) doença grave hepática, renal ou cardíaca;
b) psicose alcoólica ou tóxica atual;
c) dependência ou abuso atual de drogas psicoativas;
d) impossibilidade de adesão e acompanhamento continuado;
e) pacientes em uso de drogas mielossupressoras;
f) pacientes com história prévia de agranulocitose.
Situações Especiais de Risco ao uso de Clozapina
a) epilepsia: precedendo o diagnóstico de esquizofrenia: para pacientes com convulsões e ou
retardo mental deve ser incluído, obrigatoriamente, um parecer de um neurologista. Um parecer
favorável do neurologista permite a entrada ou manutenção do paciente no Protocolo;
b) citopenia: caracterizada por leucopenia (leucócitos totais abaixo de 3000 ou neutrófilos abaixo de
1500/mm3) ou por plaquetopenia (contagem de plaquetas menor do que 100.000 por mm3). Para
os pacientes que apresentarem citopenia tanto a inclusão no protocolo, quanto à continuidade do
tratamento deverá ser avaliada por hematologista. Um parecer favorável do hematologista
permite a entrada ou manutenção do paciente no protocolo;
c) eletroconvulsoterapia: em casos de uso simultâneo de ECT o risco aumentado de convulsões e de
efeitos adversos cardiovasculares justifica a necessidade de pareceres favoráveis do neurologista e
do cardiologista;
d) risco grave de suicídio: dispensar o medicamento somente para familiar com registro claro de
alerta para a dose letal (2,5 gramas);
e) lactação: durante a lactação ou em situações onde a gravidez não pode ser adequadamente
prevenida o tratamento deve ser evitado.
Posologia
O tratamento deverá ser iniciado com 12,5 mg à noite. Pode-se aumentar a dose em 25 mg a cada 1 a
2 dias até chegar a 300-400 mg/dia. Após 30 dias sem melhora, aumentar 50mg a cada 3-4 dias até atingir
800 mg/dia. Doses grandes poderão ser divididas para aumentar a tolerância do paciente. Recomenda-se
administrar doses maiores à noite.
25
Controle Hematológico
Requerido sempre que o paciente iniciar tratamento. Solicitar Hemograma e Plaquetas 1 vez por
semana nas primeiras 18 semanas e, após, 1 vez por mês. Em casos de pacientes já em controle mensal e
que interromperam o tratamento por 3 a 7 dias recomenda-se reiniciar o controle semanal por 6 semanas e
após voltar ao controle mensal. Se a interrupção foi maior do que 4 semanas, reiniciar todo o controle
sugerido na tabela abaixo.
Resposta Clínica
A melhora clínica é definida como uma
diminuição dos sintomas alucinatórios produtivos, bem
como dos sintomas negativos e do apragmatismo, além
da modificação na inserção da personalidade do
paciente em seu sistema delirante, da estruturação ou
reestruturação harmônica deste, e da conseqüente
modificação da resposta comportamental do paciente
ao seu delírio.
Conseguida a melhora clínica, deverá ser instituída uma redução cuidadosa da dosagem na
manutenção.
Interrupção do Tratamento com Clozapina
Terá indicação de interrupção de tratamento o paciente que, após 3 meses de uso de 300-800mg/dia:
a) não apresentar melhora clínica;
b) não aderir ao tratamento e avaliações;
c) apresentar efeitos adversos como: convulsões, ou citopenia (leucócitos totais < 3000 e/ou
neutrófilos < 1500 e/ou plaquetas < 100.000/mm3) e/ou parecer do neurologista ou
hematologista indicando suspensão do tratamento.
Todo paciente que por qualquer razão acima, tiver seu tratamento com clozapina interrompido poderá ser
incluído no protocolo de tratamento com quetiapina ou ziprasidona ou olanzapina conforme itens a seguir.
Exame Antes Cada 7 dias
durante as
primeiras 18
semanas
cada 30 dias
durante todo
tratamento
Hemograma Sim Sim Sim
Plaquetas Sim Sim Sim
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Critérios de Inclusão no Protocolo de Tratamento com Quetiapina
Os critérios de inclusão são os mesmos citados para a Clozapina. Na impossibilidade de administração
da Clozapina nestes pacientes, seja por efeito adverso do tipo granulocitopenia ou convulsão, seja por falta
de resposta clínica, recomenda-se o uso de quetiapina.
Critérios de Exclusão do Protocolo de Tratamento com Quetiapina
Não deverá ser incluído neste tratamento todo paciente que apresentar pelo menos uma das contra-
indicações formais ao uso da quetiapina listadas abaixo:
a) hipersensibilidade documentada à quetiapina;
b) dependência ou abuso atual de drogas psicoativas;
c) impossibilidade de adesão e acompanhamento continuado.
Situações Especiais
O risco-benefício deve ser avaliado nas seguintes situações:
a) doença de Alzheimer;
b) câncer de mama ou história de;
c) doenças cardiovasculares;
d) doenças cerebrovasculares;
e) condições que predispõe hipotensão (desidratação e hipovolemia);
f) uso de drogas de abuso e dependência ou história de;
g) insuficiência hepática ou renal;
h) hipotireiodismo;
i) história de convulsões;
j) paciente com catarata;
k) doença de Parkinson com falência autonômica periférica.
A segurança e a eficácia de quetiapina em pacientes pediátricos não foi estabelecida. Mulheres em
idade fértil devem ser esclarecidas quanto à necessidade de uso regular de métodos contraceptivos e, em
caso de dúvida, sugere-se teste de gravidez antes do início do tratamento.
27
Posologia
O tratamento deverá ser iniciado com 25 mg, 2 vezes ao dia, por via oral, com aumentos de 25 a 50
mg por dose por dia, com o objetivo de alcançar a dose de 300 a 600 mg/dia. A dose total poderá ser
dividida em 2 ou 3 vezes ao dia. A dose deve ser alcançada entre o quarto e o sétimo dia de tratamento.
Ajuste de dose pode ser feito com incrementos (ou diminuição) de 25 a 50 mg, 2 vezes ao dia ou num
intervalo de 2 dias. A dose máxima situa-se entre 750 a 800 mg/dia.
Controle Clínico
Recomendado controle de hipotensão ortostática e de sedação que justificam utilização de doses
maiores à noite.
Resposta Clínica
A melhora clínica é definida como uma diminuição dos sintomas alucinatórios produtivos, bem como
dos sintomas negativos e do apragmatismo, além da modificação na inserção da personalidade do paciente
em seu sistema delirante, da estruturação ou reestruturação harmônica deste, e da conseqüente
modificação da resposta comportamental do paciente ao seu delírio.
Conseguida a melhora clínica, deverá ser instituída uma redução cuidadosa da dosagem na
manutenção.
Interrupção do Tratamento com Quetiapina:
Terá indicação de interrupção de tratamento o paciente que, após um mês de uso de 750 a 800
mg/dia:
a) Não apresentar melhora clínica;
b) Não aderir ao tratamento e avaliações;
c) Apresentar efeitos adversos intoleráveis ou de hipersensibilidade.
Critérios de Inclusão no Protocolo de Tratamento com Ziprasidona
Os critérios de inclusão são os mesmos citados para a Clozapina. Na impossibilidade de administração
da Clozapina nestes pacientes, seja por efeito adverso do tipo granulocitopenia ou convulsão, seja por falta
de resposta clínica, recomenda-se o uso de quetiapina ou ziprasidona ou olanzapina.
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Critérios de Exclusão do Protocolo de Tratamento com Ziprasidona
Não deverá ser incluído neste tratamento todo paciente que apresentar pelo menos uma das contra-
indicações formais ao uso da ziprasidona listadas abaixo:
a) hipersensibilidade documentada à ziprasidona ou qualquer dos componentes do produto;
b) dependência ou abuso atual de drogas psicoativas;
c) impossibilidade de adesão e acompanhamento continuado;
d) intervalo QT prolongado;
e) uso de drogas que aumentem o QT: quinidina, procainamida, sotalol, dofetilide, quinolonas
(moxifloxacina, gatifloxacina e esparfloxacina), pimozida, tioridazina e cisaprida;
f) arritmias cardíacas ventriculares;
g) infarto agudo do miocárdio;
h) insuficiência cardíaca descompensada;
i) uso de outras drogas que interfiram no metabolismo da ziprasidona;
j) desequilíbrio hidro-eletrolítico: dosagem sérica de potássio e magnésio alteradas.
Situações Especiais
O risco-benefício deve ser avaliado nas seguintes situações:
a) história de Cardiopatia especialmente arritmias;
b) hipertensão arterial sistêmica: a ziprasidona pode aumentar o efeito de anti-hipertensivos;
c) doença de Parkinson: apesar de apresentar baixa incidência de efeitos extrapiramidais, a
ziprasidona pode antagonisar os efeitos de levodopa e de agonistas dopaminérgicos;
d) condições que podem indicar a presença de torsade de points como: toturas palpitações e
síncope;
e) história de uso de drogas de abuso e dependência química;
f) hipotensão postural;
g) uso concomitante de drogas que potencialmente possam produzir desequilíbrio hidro-eletrolítico;
h) pacientes com risco de convulsões: história passada de epilepsia, traume craniano, lesões
cerebrais, alcoolismo ou uso concomitante de drogas que reduzam o limiar convulsivante.
A segurança e a eficácia de ziprasidona em pacientes menores de 18 anos ainda não foi estabelecida.
Mulheres em idade fértil devem ser esclarecidas quanto à necessidade de uso regular de métodos
29
contraceptivos e, em caso de dúvida, sugere-se teste de gravidez antes do início do tratamento. Também
não se recomenda o uso durante a lactação.
Posologia
O tratamento deverá ser iniciado com 20 mg, 2 vezes ao dia, por via oral e administrado com os
alimentos. A tomada com suco de uva pode aumentar a concentração plasmática de ziprasidona. Aumentos
de dose deverão ser com intervalos maiores do que 2 dias até a dose máxima de 160 mg/dia (80mg 2x/dia).
A dose de manutenção ideal é de 40 mg administradas 2 vezes ao dia.
Controle Clínico
O uso oral provoca náuseas e vômitos e a administração intramuscular provoca dor no loca da injeção.
A presença de hipotensão ortostática e de sedação justifica utilização de doses maiores à noite. Usuários de
vasodilatadores devem fazer controle mais rigoroso da pressão arterial. Uso concomitante com
carbamazepina pode reduzir em até 35% a biodisponibilidade da ziprasidona. O cetoconazol faz exatamente
o contrário: aumenta sua biodisponibilidade sem entretanto ter produzido riscos aos pacientes. Nenhuma
interação com lítio foi observada.
Resposta Clínica
A melhora clínica é definida como uma diminuição dos sintomas alucinatórios produtivos, bem como
dos sintomas negativos e do apragmatismo, além da modificação na inserção da personalidade do paciente
em seu sistema delirante, da estruturação ou reestruturação harmônica deste, e da conseqüente
modificação da resposta comportamental do paciente ao seu delírio.
Conseguida a melhora clínica, deverá ser instituída uma redução cuidadosa da dosagem na
manutenção.
Interrupção do Tratamento com Ziprasidona
Terá indicação de interrupção de tratamento o paciente que, após um mês de uso de dose máxima
(160 mg/dia):
a) não apresentar melhora clínica;
b) não aderir ao tratamento e avaliações;
c) apresentar efeitos adversos intoleráveis ou de hipersensibilidade.
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Critérios de Inclusão no Protocolo de Tratamento com Olanzapina
Os critérios de inclusão são os mesmos citados para a clozapina. Na impossibilidade de administração
da clozapina nestes pacientes, seja por efeito adverso, do tipo granulocitopenia ou convulsão, seja por falta
de resposta clínica, recomenda-se o uso de quetiapina ou ziprasidona ou olanzapina. A Olanzapina na dose
oral de 5 a 15 mg/dia apresenta eficácia similar aos demais antipsicóticos já citados anteriormente. A
eficácia de doses acima de 20 mg/dia não foi adequadamente estudada. Seu alto custo e seu perfil de
efeitos adversos limitam sua utilização clínica.
Critérios de Exclusão do Protocolo de Tratamento com Olanzapina
Não deverá ser incluído neste tratamento todo paciente que apresentar pelo menos uma das contra-
indicações formais ao uso da olanzapina listadas abaixo:
a) hipersensibilidade à olanzapina;
b) psicose alcoólica ou tóxica;
c) dependência ou abuso atual de drogas psicoativas;
d) impossibilidade de adesão e acompanhamento continuado.
Situações Especiais
São contra-indicações relativas à olanzapina (a inclusão do paciente no tratamento fica a critério do
médico assistente):
a) tumor cerebral ou história de;
b) epilepsia ou condições que diminuam o limiar convulsivante;
c) câncer de mama ou história de;
d) glaucoma;
e) íleo paralítico ou história de;
f) hiperplasia prostática significativa;
g) doença cardíaca ou cerebrovascular ou condições que predispõem à hipotensão;
h) risco de pneumonia de aspiração;
i) risco de suicídio;
j) história de síndrome neuroléptica maligna;
k) gravidez ou situação potencial de gravidez e ou lactação;
l) idade inferior a 18 anos;
31
m) presença de diabete mélito de difícil controle, hipertrigliceridemia, obesidade e/ou ganho de peso
exagerado com o tratamento.
Observação: o CADRM (Canadian Adverse Drug Reaction Monitoring Program) recebeu 153 notificações de
reações adversas associadas à Olanzapina, sendo 22 mortes. A morte seria resultado de suicídio ou
superdosagem (8 casos), síndrome neuroléptica maligna (2 caso), arritmia (3 casos), infarto do miocárdio (1
caso), falência cardíaca e pneumonia (1 caso), pneumonia (1 caso), trombose mesentérica (1 caso), causa
desconhecida (2 casos). (39) O uso da Olanzapina pode estar relacionado com tentativas de suicídio em
doses supraclínicas. A Olanzapina deve ser empregada com cautela em pacientes com história prévia de
depressão pós-esquizofrênica, depressão psicótica ou com história familiar de suicídio.
Posologia
O tratamento deverá ser iniciado com 5 mg à noite. Pode-se aumentar a dose em 5 mg após pelo
menos 7 dias até uma dose de 15 mg/dia. Não há evidências de que doses maiores de que 15 mg/dia sejam
mais eficazes.(4-6) Não é necessário ajuste de dose na insuficiência renal ou hepática. Pacientes debilitados
deverão receber no máximo 5 mg/dia. (4-6)
Controle Clínico
Recomendado controle de hipotensão ortostática e de parefeitos extrapiramidais.
Resposta Clínica
A melhora clínica é definida como uma diminuição dos sintomas alucinatórios produtivos, bem como
dos sintomas negativos e do apragmatismo, além da modificação na inserção da personalidade do paciente
em seu sistema delirante, da estruturação ou reestruturação harmônica deste, e da conseqüente
modificação da resposta comportamental do paciente ao seu delírio.
Conseguida a melhora clínica, deverá ser instituída uma redução cuidadosa da dosagem na
manutenção.
Interrupção do Tratamento com Olanzapina
Terá indicação de interrupção de tratamento o paciente que, após um mês de uso de até 20 mg/dia:
a) não apresentar melhora clínica;
32
b) não aderir ao tratamento e avaliações;
c) apresentar efeitos adversos como: hipersensibilidade, hipotensão postural grave,
desenvolvimento de doença sistêmica grave e acentuado ganho de peso com descompensação de
diabete melitus.
DOCUMENTAÇÃO NECESSÁRIA
É obrigatória a orientação adequada do paciente e de seu responsável legal sobre os benefícios e
potenciais riscos e efeitos adversos relacionados ao uso dos medicamentos preconizados neste protocolo.
Este procedimento deverá ser formalizado por meio da assinatura de termo de consentimento informado
(em anexo) ressaltando entre os medicamentos, aquele em uso pelo paciente, de acordo com o modelo
anexo a este protocolo.
Além disso, é necessário o preenchimento da ficha de assistência farmacêutica (em anexo) e do
plano terapêutico individual.
33
Anexo III
TERMO DE CONSENTIMENTO INFORMADO
CLOZAPINA, QUETIAPINA, ZIPRASIDONA, OLANZAPINA
Eu, ____________________ (nome do(a) paciente), abaixo identificado(a) e firmado(a), declaro ter
sido informado(a) claramente sobre todas as indicações, contra-indicações, principais efeitos colaterais,
relacionados ao uso do medicamento _________________ preconizado para o tratamento da Esquizofrenia
Refratária.
Estou ciente de que este medicamento somente pode ser utilizado por mim, comprometendo-me a
devolvê-lo caso o tratamento seja interrompido.
Os termos médicos foram explicados e todas as minhas dúvidas foram resolvidas pelo médico
__________________ (nome do médico que prescreve).
Expresso também minha concordância e espontânea vontade em submeter-me ao referido
tratamento, assumindo a responsabilidade e os riscos pelos eventuais efeitos indesejáveis decorrentes.
Assim, declaro que:
Fui claramente informado que a medicamento ______________ pode trazer os seguintes benefícios
no tratamento da Esquizofrenia:
• redução dos sintomas e da freqüência das crises;
• redução das internações hospitalares.
Fui também claramente informado(a) a respeito das seguintes contra-indicações, potenciais efeitos
colaterais e riscos:
• medicamento clozapina é classificada na gestação como fator de risco B (significa que não
existe evidência de risco para o bebê);
• medicamentos olanzapina, quetiapina e ziprasidona são classificadas na gestação como fator
de risco C (significa que o risco para o bebê não pode ser descartado, mas o benefício potencial
pode ser maior que os riscos);
• todos os medicamentos são contra-indicados em casos de alergia a componentes da
formulação.
34
Para clozapina os efeitos adversos mais comuns são aumento da freqüência cardíaca, palpitações,
hipotensão e hipotensão postural, prisão de ventre, febre, dor de cabeça, tontura, cansaço, sonolência,
produção aumentada ou diminuída de saliva, aumento de suor, náuseas, vômitos, enjôo, visão turva e
aumento de peso. É contra-indicada nos casos de leucopenia (contagem de células brancas do sangue
inferior a 3500 células/mm3). São necessários controles periódicos de hemograma (semanal nas primeiras
18 semanas e mensal após). Também pode ocorrer alteração no eletrocardiograma, pressão alta, dor no
peito, agitação, inquietação, desconforto abdominal, azia, ressecamento de mucosas, tremores, desmaios,
confusão e delírio. Os efeitos adversos raros incluem convulsões, discinesia tardia, acatisia, síndrome
neuroléptica maligna, desconforto ao urinar, hepatite, icterícia colestática, pancreatite aguda, impotência
sexual, alteração das células do sangue (agranulocitose, eosinofilia, granulocitopenia, leucopenia,
trombocitopenia) e rigidez muscular.
Para quetiapina os efeitos adversos mais freqüentes são prisão de ventre, vertigens, sonolência, boca
seca, indigestão, aumento de peso. Os efeitos adversos menos freqüentes são falta de ar, sintomas
extrapiramidais (tremores, problemas de fala, movimentos lentos, rigidez, das pernas a braços), sintomas
semelhantes à gripe (febre, calafrios, dor nos músculos), hipotensão ortostática, inchaços dos pés e pernas,
reações alérgicas de pele, dores abdominais, alterações visuais, dores de cabeça, palpitações, aumento do
suor, faringite, rinite. Raramente podem ocorrer galactorréia (secreção de leite em mulheres fora da
gestação), hipotireiodismo (com perda de apetite, ganho de peso, cansaço), hipotensão (pressão baixa),
alterações no ciclo menstrual, convulsões, taquicardia, Síndrome Neuroléptica Maligna (os principais
sintomas incluem febre, rigidez muscular, pulso e pressão irregulares, taquicardia, cansaço, diaforese,
arritmias cardíacas), discenisia tardia (síndrome potencialmente irreversível caracterizada por movimentos
involuntários que ocorre principalmente em idosos). A amamentação não é recomendada durante o
tratamento pois estudos em animais evidenciaram a passagem de Quetiapina para o leite. Em virtude do
risco de desenvolvimento de catarata, é recomendada a realização de exames oftalmológicos periódicos (6
em 6 meses).
Para ziprasidona os efeitos adversos mais comuns são sonolência, tontura, pressão baixa, síndrome
extrapiramidal, prolongamento do intervalo QT. Reações adversas menos freqüentes incluem convulsões,
aumento da freqüência cardíaca, hipotensão postural, aumento do volume das mamas, síndrome
neuroléptica maligna, reações alérgicas de pele, náusea, constipação, azia, diarréia, ganho de peso, cansaço,
35
dor muscular, visão anormal, problemas respiratórios, rinite, tosse. Reações adversas de incidência rara
incluem dor abdominal, agitação, angina, fibrilação atrial, confusão, delírio, febre, disfunção sexual,
dificuldade para engolir e respirar, presença de sangue na urina ou nas fezes, hepatite, reações de
fotosensibilidade, infarto, inchaço da língua, tremor, retenção urinária, vertigem, vômitos, pneumonia,
ereção peniana sustentada e dolorosa, disfunção sexual, infarto. Precauções devem ser tomadas nos casos
de história de cardiopatia especialmente arritmias, hipertensão arterial sistêmica pois a ziprasidona pode
aumentar o efeito de anti-hipertensivo, doença de Parkinson, história de uso de drogas e dependência
química, hipotensão postural, uso concomitante de medicamentos que possam produzir desequilíbrio hidro-
eletrolítico, pacientes com risco de convulsões com histórico de epilepsia, trauma craniano, lesões cerebrais,
alcoolismo ou uso concomitante de medicamentos que reduzam o limiar convulsivante.
Para olanzapina os efeitos adversos mais comuns são dor de cabeça, sonolência, insônia, agitação,
nervosismo, hostilidade, tonturas, ansiedade, boca seca. São também comuns hipotensão e hipotensão
postural, taquicardia, edema periférico, amnésia, euforia, febre, vermelhidão na pele, inquietação,
hipertonia, prisão de ventre, dor abdominal, ganho de peso, aumento do apetite, boca seca, rinite, faringite,
elevação de enzimas hepáticas, rigidez na nuca, dores no corpo, sintomas extrapiramidais, prolactinemia.
Reações adversas menos freqüentes incluem síndrome neuroléptica maligna, ereção peniana dolorosa,
redução do número de células brancas do sangue. Reações adversas de incidência rara incluem dispnéia,
inchaço facial, distúrbios menstruais, diminuição do desejo sexual, visão dupla, palpitação, sensibilidade à
luz. Precauções devem ser tomadas nos casos de doença de Alzheimer, história de síndrome neuroléptica
maligna; doença hepática, convulsões ou condição que diminua o limiar convulsivante, pacientes com risco
de pneumonia de aspiração, com hipertrofia prostática, glaucoma de ângulo fechado, história de íleo
paralítico, gravidez, com doença cardiovascular, cerebrovascular ou condições que predispõem a hipotensão
postural, história de câncer de mama, risco de suicídio, história de dependência de drogas.
Estou ciente de que posso suspender este tratamento a qualquer momento, sem que este fato
implique qualquer forma de constrangimento entre mim e meu médico, que se dispõe a continuar me
tratando em quaisquer circunstâncias.
Autorizo o PLANSERV a fazer uso de informações relativas ao meu tratamento desde que assegurado
o anonimato
36
Declaro ter compreendido e concordado com todos os termos deste Consentimento Informado.
Assim, o faço por livre e espontânea vontade e por decisão conjunta minha e de meu médico.
Paciente: ________________________________________________________
Documento de Identidade: _________________________________________
Sexo: Masculino ( ) Feminino ( ) Idade: _________________________
Endereço: _______________________________________________________
Cidade: _________ CEP: _________ Telefone: ( ) ______________
Responsável legal (quando for o caso): ________________________________
Documento de Identidade do responsável legal: _________________________
__________________________________________
Assinatura do paciente ou do responsável legal
Médico Responsável: ____________ CRM:_______ UF: ___
Endereço: __________________________________________
Cidade: _________ CEP: ___________ Telefone: ( ) _____
________________________
Assinatura e carimbo do médico
_______________________
Data
Obs.:
1. O preenchimento completo deste Termo e sua respectiva assinatura são imprescindíveis para o
pagamento do procedimento de dispensação deste tipo de medicamento.
2. Este Termo será preenchido em três vias: uma será arquivada na unidade responsável pelo
tratamento do paciente, ambulatória ou em internação; outra será entregue ao paciente; e outra
enviada ao PLANSERV juntamente com o Plano Terapêutico Individual do paciente e a guia de
autorização de internamento.
37
Anexo IV
FICHA FARMACOTERAPÊUTICA
Controle do Tratamento - Esquizofrenia Refratária Risperidona, Clozapina, Quetiapina, Ziprasidona, Olanzapina 1. DADOS DO PACIENTE Nome:_________________________________________________________________________________
Documento de Identidade:_____________________Cód. Ident. PLANSERV:________________________
Sexo:__________Idade:_________________
Endereço______________________________________________________________________________
Cidade________________Cep____________________Telefone__________________________________
Médico Responsável:_____________________________________________________________________
CRM/UF:___________________________Telefone:____________________________________________
2. AVALIAÇÃO FARMACOTERAPÊUTICA
2.1 Tratamento atual para esquizofrenia
Nome Posologia Tempo de Tratamento
2.2 Quais medicamentos já foram utilizados em tratamento de esquizofrenia?
( ) Clorpromazina ( ) Haloperidol ( ) Outro. Qual? _______________________
( ) Tioridazina ( ) Risperidona
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2.4 Faz uso de outros medicamentos? ( ) Não ( ) Sim. Quais?
Nome Posologia Tempo de Tratamento Possui Prescrição Médica?
2.3 Faz uso de bebidas alcoólicas? ( ) Não ( ) Sim. Com que freqüência?___________________________________________________ 2.5 É portador de outras doenças? ( ) Não ( ) Sim. Quais? ______________________________________________________________
2.6 Já apresentou reações alérgicas a medicamentos? ( ) Não ( ) Sim. Quais?
Nome Posologia Reações Apresentadas
3. MONITORIZAÇÃO DO TRATAMENTO
3.1 Registro de exames:
( ) Clozapina
Inicial 1ª sem 2ª sem 3ª sem 4ª sem 5ª sem 6ª sem 7ª sem 8ª sem 9ª sem
Data
Leucócitos a
Neutrófilos a
Eosinófilos b
Plaquetas c
Glicemia X X X X X X X
TGO/TGP X X X X X X X
Alt ECG X X X X X X X X X
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10ª sem 11ª sem 12ª sem 13ª sem 14ª sem 15ª sem 16ª sem 17ª sem 18ª sem
Data
Leucócitos a
Neutrófilos a
Eosinófilos b
Plaquetas c
Glicemia X X X X X X X
TGO/TGP X X X X X X X
6º mês 7º mês 8º mês 9º mês 10º mês 11º mês 12º mês
Data
Leucócitos a
Neutrófilos a
Eosinófilos b
Plaquetas c
Glicemia
TGO/TGP
Alt ECG X X X X X
a) a)Início tratamento: Linfócitos ≥ 3.500/mm3 e neutrófilos ≥ 2.000/mm3. Após o início do tratamento
as contagens de leucócitos e a de neutrófilos devem ser realizadas semanalmente nos primeiros seis
meses de tratamento. Descontinuação imediata é obrigatória se a contagem dos glóbulos brancos
for inferior a 3.000/mm3 ou se a contagem de neutrófilos for inferior a 1.500/mm3 durante as 18
primeiras semanas de tratamento ou se a contagem de leucócitos for inferior a 2.500/mm3 ou a
contagem de neutrófilos inferior a 1.000/mm3 após as primeiras 18 semanas de tratamento.
b) b)Descontinuação é recomendada se a contagem de eosinófilos for superior a 3.000/mm3.
c) c)Trombocitopenia: descontinuação é recomendada se a contagem de plaquetas for inferior a
50.000/mm3.
( ) Olanzapina ( ) Risperidona ( ) Quetiapina ( ) Ziprasidona
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Inicial 1º mês 2º mês 3º mês 4º mês 5º mês 6º mês
Data
Hemoglobina
VCM
Leucócitos
Neutrófilos
Eosinófilos
Plaquetas
Triglicérides
Colesterol
TGO
TGP
Glicemia
K+
Mg²+
Alterações X X X X X
7º mês 8º mês 9º mês 10º mês 11º mês 12º mês
Data
Hemoglobina
VCM
Leucócitos
Neutrófilos
Eosinófilos
Plaquetas
Triglicérides
Colesterol
TGO
TGP
Glicemia
K+
Mg²+
Alterações X X X X X
Parâmetros de monitorização:
• Olanzapina: Mensalmente número de neutrófilos e plaquetas, triglicérides e colesterol total,
TGO/TGP, glicemia em jejum e semestralmente ECG.
• Risperidona: Mensalmente hemoglobina, VCM, número de neutrófilos, eosinófilos, plaquetas,
TGO/TGP, glicemia em jejum e semestralmente ECG.
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• Quetiapina: Mensalmente número de leucócitos, neutrófilos, TGO/TGP, triglicérides e colesterol
total, glicemia em jejum.
• Ziprasidona: Mensalmente glicemia em jejum. O ECG (eletrocardiograma) deve ser realizado no
mínimo a cada 6 meses devido ao risco de arritmia cardíaca. Os íons K+ e Mg ²+ devem ser
monitorados em indivíduos em uso concomitante de diuréticos ou sob risco de distúrbios
eletrolíticos.
ATENÇÃO: OUTROS PARÂMETROS DE MONITORAÇÃO PODERÃO SER INCLUÍDOS A DEPENDER DA
EVOLUÇÃO DO PACIENTE E DA PRESENÇA DE DOENÇAS DE BASE.
3.2 Apresentou sintomas que indiquem reações adversas?
( ) Não ( ) Sim. Quais?
Data da Entrevista Reações Apresentadas Quando?
Foi notificado à ANVISA? ( ) Não ( ) Sim
Responsável pala notificação: ____________________________________________________
3.3 Fez uso de algum outro medicamento no período em que apresentou a reação adversa?
( ) Não ( ) Sim. Quais?
Quando? Quais? Dose
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Observações/ Problemas Identificados:
________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________
Farmacêutico Responsável:______________________________________________________
CRF/UF:___________________________Telefone:__________________________________
_____________________ _________________________________________
Data Assinatura e Carimbo do Farmacêutico
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Anexo V
REGISTRO DE DISPENSAÇÃO SAÚDE MENTAL
I. IDENTIFICAÇÃO PACIENTE
1. Nome do Paciente: 2. Cód. Ident. PLANSERV:
3. Data de Nascimento: 4. Sexo: 5. Telefone:
____/____/____
II. MEDICAMENTO
Data Medicamento (nome comercial)
Lote Dose Quantidade Dispensada
III. FARMACÊUTICO RESPONSÁVEL PELA DISPENSAÇÃO
1. Nome: 2.CRF: 3.Telefone:
1. Declaro ser o responsável pela dispensação do(s) medicamento(s) acima e prestarei informações ao beneficiário, à vigilância sanitária e à equipe envolvida ao suporte medicamentoso, contribuindo para promoção de uma farmacoterapia correta e racional. 2. Autorizo os auditores do PLANSERV a consultarem documentos do meu serviço que se fizerem necessários. 3. Declaro que o(s) medicamento(s) dispensado(s) se encontra(m) em perfeitas condições de uso.
4. Declaro ter prestado orientação farmacêutica sobre o(s) medicamento(s) dispensado(s).
Data: ___/___/___ Assinatura e Carimbo do Farmacêutico Responsável pela Dispensação: _____________________________________