Upload
phungkhanh
View
218
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO OESTE DO PARANÁLIGA MÉDICO-ACADÊMICA DE PEDIATRIA DA UNIVERSIDADE
ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁLIPED-UNIOESTE
RESIDÊNCIA MÉDICA DE PEDIATRIA
QueimadurasAcadêmico: Melissa Dorneles de Carvalho
Orientador: Dr. Marcos Cristovam
Cascavel, novembro de 2015
Definição
• São feridas traumáticas decorrentes do contato com ocalor excessivo, que destroem parcial ou totalmente apele e seus anexos, podendo atingir camadas maisprofundas como o tecido subcutâneo, os músculos e osossos.
Epidemiologia
• Agravo significativo à saúde pública brasileira.
• Entre os casos notificados no país a maior parte ocorrenas residências e quase a metade das ocorrênciasenvolve a participação de crianças.
• As queimaduras são a quarta maior causa de mortes ehospitalização, por acidente, em crianças e adolescentesaté 14 anos.
Epidemiologia
• Entre as queimaduras mais comuns tendo crianças comovítimas estão aquelas decorrentes de escaldamento e asque ocorrem em casos de violência doméstica.
• De uma forma geral, para toda a população, asqueimaduras devido ao uso de álcool líquido e outrosinflamáveis são as predominantes.
Classificação quanto à extensão
• Queimadura leve: atinge menos de 10% da superfíciecorporal.
• Queimadura média: atinge de 10 a 20% da superfíciecorporal.
• Queimadura grave: atinge mais de 20% da superfíciecorporal.
Métodos para determinar a
extensão de uma queimadura
• Regra da palma da mão
• Regra dos nove
• Regra de Lund-Browder
Tratamento Imediato de Emergência
1º Interromper o processo de queimadura;
2º Remover roupas, objetos pessoais e próteses;
3º Cobrir as lesões com tecido limpo.
Quando procurar atendimento médico?
• Queimadura de 2º ou 3º grau.
• Queimadura cobre mais de 15 a 20% da superfíciecorporal.
• Queimadura provocada por fogo, corrente elétrica ousubstância química.
• Queimadura no rosto, couro cabeludo, articulações ougenitais.
• Queimadura infectada.
Tratamento na Sala de Emergência
• Avaliação de vias aéreas
• Respiração
• Avaliação de queimaduras circulares
• Avaliação de traumas associados, doenças prévias ououtras incapacidades
• Acesso venoso
• Sonda vesical
• Hidratação
• Controle da dor
Critérios para classificar uma queimadura grave
• Extensão maior do que 20% de SCQ em adultos.
• Extensão maior do que 10% de SCQ em crianças.
• Idade menor do que 3 anos ou maior do que 65 anos.
• Presença de lesão inalatória.
• Politrauma e doenças prévias associadas.
• Queimadura química.
• Trauma elétrico.
• Acometimento de áreas nobres/especiais.
Medidas gerais e Tratamento da Ferida
• Cabeceira elevada, pescoço em hiperextensão, membrossuperiores elevados e abduzidos se houver lesão naaxila.
• Limpeza da ferida.
• Usar antimicrobiano tópico.
• Administração da profilaxia do tétano, da úlcera doestresse e do tromboembolismo.
Medidas gerais e Tratamento da Ferida
• Curativo exposto na face e períneo; e oclusivo em quatrocamadas nas demais partes do corpo.
• Não usar antibiótico sistêmico profilático ecorticosteróides em queimaduras.
• Queimaduras circunferenciais em tórax podemnecessitar escarotomia para melhorar expansão.
• Não necessitam habitualmente de anestesia.
Trauma Elétrico
• Não tocar na vítima.
• Desligar a corrente elétrica imediatamente.
• Encaminhar para o serviço médico mais próximo.
Queimadura Química
• Enxaguar o local por, pelo menos, 20 minutos em águacorrente.
• Remover imediatamente objetos pessoais e roupas.
• Remover resíduos de roupa contaminada pelo produto.
• No caso dos olhos terem sido afetados: enxaguarabundantemente em água corrente até ajuda médica.
• Encaminhar para o serviço médico mais próximo.
Queimadura Térmica
• Esfriar a área queimada com água fria.
• Cobrir a área com um pano limpo.
• Remover imediatamente objetos pessoais e roupas.
• Encaminhar para o serviço médico mais próximo.
Infecção da Área Queimada
• Mudança da coloração da lesão.
• Edema de bordas das feridas ou do segmento corpóreoafetado.
• Aprofundamento das lesões.
• Mudança do odor.
• Descolamento precoce da escara seca e transformaçãoem escara úmida.
• Coloração hemorrágica sob a escara.
• Celulite ao redor da lesão.
• Vasculite no interior da lesão.
• Aumento ou modificação da queixa dolorosa.
Critérios de transferência para Unidade de
Tratamento de Queimaduras
• Queimaduras de 2º grau em áreas maiores que 20% daSCQ em adultos e maiores que 10% em crianças emaiores de 50 anos.
• Queimaduras de 3º grau em qualquer extensão.
• Lesões em face, olho, períneo, mão, pé e grandesarticulações.
• Queimadura elétrica ou química.
• Lesão inalatória, lesão circunferencial de tórax ou lesãode membros.
• Doenças associadas, tentativa de suicídio, politrauma,maus tratos ou situações sociais adversas.
O que não fazer
• Não usar nunca: pasta da dentes, pomadas, clara de ovo,manteiga, óleo de cozinha ou qualquer outro ingredientesobre a área queimada.
• Não aplicar gelo diretamente sobre a área queimada.
• Não cobrir a queimadura com algodão.
• Não tocar a área queimada.
• Não remover tecidos grudados.
• Não estourar bolhas.
Ala de Queimados do HUOP
• Previsão: 1º semestre de 2016
• Atendimento especializado em queimaduras.
Referências Bibliográficas• SAÚDE, Ministério da. CARTILHA PARA TRATAMENTO DE
EMERGÊNCIA DAS QUEIMADURAS: Queimaduras. Brasília – Df:Secretaria de Atenção à Saúde, 2012.
• ROSSI, Lídia A. et al. Cuidados locais com as feridas das queimaduras. RevBras Queimaduras., Ribeirao Preto, SP, v. 2, n. 9, p.54-59, 2010.
• GOMES, Dino R.; SERRA, Maria Cristina; PELLON, Marco A. Tratado deQueimaduras: um guia prático. São José, SC: Revinter, 1997.
• IURK, Lauren K. et al. Evidências no tratamento de queimaduras. RevistaBrasileira de Queimaduras, Florianópolis Sc, v. 9, n. 3, p.95-99, set. 2010.
• SANTANA, Cintia Monique Lima; BRITO, Cibele Figueiredo de; COSTA,Aida Carla Santana de Melo. Importância da fisioterapia na reabilitação dopaciente queimado. Revista Brasileira de Queimadura, Aracaju, v. 11, n. 4,p.240-245, nov. 2012.
• COSTA, Divino M. et al. Estudo descritivo de queimadurasem crianças eadolescentes: Estudo descritivo de queimaduras em crianças e adolescentes.Jornal da Pediatria, Rio de Janeiro, v. 75, n. 3, p.181-186, 1999.