Upload
jose-pedroso
View
373
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
8/18/2019 Humanização no Atendimento ao Idoso em Emergência
1/69
Prefeitura Municipal de Porto AlegreSecretaria Municipal de Saúde
Hospital de Pronto Socorro
Grupo de Trabalho em Humanização (GTH)Comissão de Segurança do Paciente (CSP)
Humanização eHumanização eAcolhimento àAcolhimento à
Pessoa Idosa naPessoa Idosa naEmergênciaEmergência
Dr. José Alberto Pedroso
25/6/15
8/18/2019 Humanização no Atendimento ao Idoso em Emergência
2/69
Plano
1. Epidemiologia
2. Aspectos Técnicos3. Políticas Públicas
4. Humanização5. Controvérsias
8/18/2019 Humanização no Atendimento ao Idoso em Emergência
3/69
Geriatria nos Paísesdesenvolvidos• A maioria dos serviços médicos lida com pacientesidosos
– Reúnem problemas complexos, médicos e
psicossociais, que afetam sua capacidade funcionale independência
• Inglaterra: 16% população >65 anos
– 43% dos gastos em saúde– 71% dos investimentos previdência social
– 2/3 dos leitos hospitalares
8/18/2019 Humanização no Atendimento ao Idoso em Emergência
4/69
Mudanças na proporção de pessoas
acima de 65 anos comparada àpopulação em geral
UK, 2001
8/18/2019 Humanização no Atendimento ao Idoso em Emergência
5/69
8/18/2019 Humanização no Atendimento ao Idoso em Emergência
6/69
8/18/2019 Humanização no Atendimento ao Idoso em Emergência
7/69
Geriatria já é a segunda especialidademédica em alguns países
(Figures from the Leeds Teaching Hospitals NHS Trust.)
8/18/2019 Humanização no Atendimento ao Idoso em Emergência
8/69
Expectativa de Vida, Brasil
8/18/2019 Humanização no Atendimento ao Idoso em Emergência
9/69
Número de Anos Ganhos na Esperançade Vida (Brasil, 1999- 2000)
8/18/2019 Humanização no Atendimento ao Idoso em Emergência
10/69
Aumento da Esperança de VidaBrasil, 1991-2000
8/18/2019 Humanização no Atendimento ao Idoso em Emergência
11/69
Diferenças relacionadascom a Idade
• Caso Clínico 1: Senhora de 85 anos, pós-operatóriotardio de cirurgia traumatológica, retorna apósatendimento irresponsiva, parando de comer e beber.
Antes deste evento apresentava bom estado geral emobilidade. Temperatura, pulso e exames de sanguede rotina são normais. Seus cuidadores acham que
ela age como “se quisesse morrer”. No entanto, aoRx de tórax identificou-se uma pneumonia. Foiinternada, tratada com antibiótico, e recebeu alta nasemana seguinte.
8/18/2019 Humanização no Atendimento ao Idoso em Emergência
12/69
Diferenças relacionadascom a Idade
• Caso Clínico 2: Dois pacientes chegam daemergência, um de 25 anos e outro de 75 anos,estão sentados na sala Verde com queixa de
febre. Ao exame físico ambos apresentam umsopro cardíaco. Exames laboratoriais mostramanemia e hematúria macroscópica.
Masc, 25a:Endocardite infecciosa
Masc, 75a:Infecção do Trato Urinário
Uso de AspirinaEsclerose de válvula aórtica
8/18/2019 Humanização no Atendimento ao Idoso em Emergência
13/69
Diferença #1:Múltiplas Patologias
• Idosos habitualmente apresentam mais de um
problema de saúde• Geralmente com uma série de causas
• Dica: Nunca parar no primeiro diagnóstico queexplique tudo, sempre considerar mais que um
8/18/2019 Humanização no Atendimento ao Idoso em Emergência
14/69
Diferença #2:Apresentação Atípica
• Idosos habitualmente apresentam uma deterioração geral ouum declínio funcional
• Doença aguda freqüentemente está mascarada, mas precipitauma piora das funções de outras áreas
• Dicas:
– Quedas freqüentes, confusão e mobilidade reduzida nãosão um problema social, mas um problema médico
– A história deve ser confirmada com um parente, cuidador,ainda que por telefone, se necessário
8/18/2019 Humanização no Atendimento ao Idoso em Emergência
15/69
Diferença #2:Apresentação Atípica
“Idoso deve ter oportunidade de tratamento ereabilitação. Deficiências de cuidados médicos levama falhas de diagnóstico, uso impróprio de recursos
limitados, erros de comunicação e possívelnegligência”
Royal College of Physicians, British Geriatrics Society onIntermediate Care, 2001
8/18/2019 Humanização no Atendimento ao Idoso em Emergência
16/69
Diferença #3:Reduzida reserva homeostática
• Homeostase: capacidade de regular um sistemainterno e retornar a um ponto de equilíbrio
– Idoso possui Homeoestenose (redução dehomeostase)
• Envelhecimento associado com declínio nasfunções dos órgãos, com reduzida capacidadede compensar um dano agudo
8/18/2019 Humanização no Atendimento ao Idoso em Emergência
17/69
Diferença #3:Reduzida reserva homeostática• Dicas:
– Paciente pode estar chocado sem aumento de freqüência cardíaca oude débito cardíaco
– Insuficiência renal aguda é mais comum por medicações ou doençasassociadas (aumento uréia e creatinina)
– Reduzida homeostase de sal e água produz alterações hidroeletrolíticascomuns em idosos doentes (desidratação, hipernatremia)
– Regulação da temperatura é prejudicada (sepse sem febre)
– Doenças agudas (pneumonia) deixar evidentes doenças antes poucosintompáticas (insuficiência cardíaca); sinais neurológicos antigospodem ficar mais evidentes na sepse
8/18/2019 Humanização no Atendimento ao Idoso em Emergência
18/69
Diferença #4Imunidade prejudicada
• Pessoas idosas não necessariamenteaumentam contagem de glóbulos brancos oufebre
–Hipotermia é comum
• Defesa abdominal incomum em peritonite(sensível mas sem defesa)
• Proteína C reativa pode ser útil
8/18/2019 Humanização no Atendimento ao Idoso em Emergência
19/69
Diferença #5Alguns achados clínicos não são
necessariamente patológicos
• Rigidez de nuca, hematúria em mulheres,estertores finos em bases pulmonares, leveredução de PaO2, redução de turgor cutâneopodem ser achados normais em idosos semindicar doença
• Importância da Avaliação Funcional ereabilitação para ganhar independência nasatividades da vida diária
8/18/2019 Humanização no Atendimento ao Idoso em Emergência
20/69
Diferença #6Ética
• Balanço entre o direito a cuidados de saúde de alta qualidade semdiscriminação de idade VERSUS desejo de evitar intervençõesagressivas e fúteis
– Decisões de fim de vida, risco vs benefício, capacidade de decisão econsentimento, lidar com adultos vulneráveis
• Em patologias agudas: avaliação dos fatores acima combinados é aindamais importante
• Dica:
– Sepse severa em idoso pode ocorrer com leucócitos normais, extremidades frias epiora do sensório, ainda assim sem indicar um real problema neurológico primário
– Idoso pode não ser capaz de informar a história, seu nível funcional usual, osdesejos prévios podem não ser conhecidos obter informações tão cedo quantopossível
8/18/2019 Humanização no Atendimento ao Idoso em Emergência
21/69
Os 4 “Is”“Gigantes Geriátricos” de Bernard Isaacs
Intelectoprejudicado
(delírio e demência)
Instabilidade(quedas e síncope)
ImobilidadeIncontinência
Apresentações comuns de doenças diversas em idosos
8/18/2019 Humanização no Atendimento ao Idoso em Emergência
22/69
8/18/2019 Humanização no Atendimento ao Idoso em Emergência
23/69
8/18/2019 Humanização no Atendimento ao Idoso em Emergência
24/69
Avaliação GeriátricaAmpla
• Multidisciplinar
• Deve ser seguida porintervenções e objetivos quevão ao encontro dosinteresses dos pacientes ecuidadores
• Pode ser feita nacomunidade, na emergênciaou no hospital
• Cobre as seguintes áreas:– Diagnósticos médicos
– Revisão das medicaçõesem uso e concordância
com terapia prescrita– Circunstâncias sociais
– Avaliação da funçãocognitiva e humor
– Capacidades funcionais– Ambiente
– Circunstânciaseconômicas
8/18/2019 Humanização no Atendimento ao Idoso em Emergência
25/69
Avaliação GeriátricaAmpla
• Estudos clinicos randomizados mostram que a AGA leva a
uma melhoria das capacidades funcionais e da qualidade devida
• Reduz o tempo de permanência hospitalar
• Reduz as taxas de instituicionalização
• Deve incluir profissionais treinados em medicina geriátrica
8/18/2019 Humanização no Atendimento ao Idoso em Emergência
26/69
Reabilitação noIdoso
• Aspecto importante nas unidades de cuidado intermediário ou
no domicílio• Reabilitação sem uma avaliação geriátrica ampla pode
diminuir a chance de haver adequado diagnóstico, tratamento e
reabilitação otimizada
8/18/2019 Humanização no Atendimento ao Idoso em Emergência
27/69
Comunicação com o Idoso• Muito Importante
• História coletada dos familiares e cuidadores pode ser muito
diferente da fornecida pelo paciente
• Abordagem ao idoso deve ser multidisciplinar
“ A opinião daenfermagem, fisioterapia,
terapia ocupacional eserviço social podem dar
uma nova luz aos
problemas do paciente”
“Médicos que trabalham comidosos precisam estar
confortáveis com aabordagem multidisciplinar
para haver progressos
consistentes para o paciente”
8/18/2019 Humanização no Atendimento ao Idoso em Emergência
28/69
Avaliação Geriátrica Ampla eAtuação Multidisciplinar
Motivação e início de atividades,alimentação, continência,cuidados com a pele
Enfermagem
Necessidade de cuidadosAssistente social
Comunicação, deglutiçãoFonoaudiologista, terapeuta dafala
Avaliação estado nutricionalNutricionista
Atividades da vida diária (vestir,cozinhar), ambiente
Terapia Ocupacional
Mobilidade, balanço, função demembros superiores
Fisioterapia
8/18/2019 Humanização no Atendimento ao Idoso em Emergência
29/69
Comunicação comIdoso
• Pode ser dificultada por alterações visuais, surdez, disfasia ou
demência
• Profissional deve estar atento
• Checar se o paciente está ouvindo o que está sendo dito
• Escrever instruções
• Envolver cuidadores no processo de consulta e tomada dedecisão
8/18/2019 Humanização no Atendimento ao Idoso em Emergência
30/69
Polifarmácia
• A maioria dos idosos faz uso regular de alguma medicação
• Farmacocinética e farmacodinâmica são diferentes nos idosos– Menos água corporal, redução de doses de fármacos hidrossoluveis(digoxina)
– Maior percentual de gordura, maior risco de acúmulo de fármacoslipossolúveis (diazepan)
– Metabolismo hepático reduzido, lento: atentar para drogas comintervalo terapêutico estreito (varfarina, teofilina, fenitoina commonitorização plasmática
– Fluxo sanguíneo renal e massa renal funcionante diminui com aidade: risco de redução de clearance
– Creatininia normal não quer dizer função normal no idoso: Deveser sempre calculada a taxa de fltração glomerular para ajustar adose
– Causa de Iatrogenia
8/18/2019 Humanização no Atendimento ao Idoso em Emergência
31/69
Interaçõesmedicamentosas
• Senhor de 86anos comfibrilação atrial,insuficiênciacardíaca,
insuficiênciarenal, hiperplasiaprostáticabenigna comqueixa de disúria
e diversas quedasao solo.
• Médico prescreveciprofloxacino
8/18/2019 Humanização no Atendimento ao Idoso em Emergência
32/69
Interaçõesmedicamentosas
• Faz uso de 12comprimidos ao dia:
– Alfusozina– Atenolol
– Amiodarona
– Perindopril
– Furosemida
– Warfarina
• Considerações:
– Várias medicações podem produzirhipotensão e queda
– Warfarin pode ser arriscado comhistória de quedas prévias (TCE,HSA)
– Ciprofloxacina interage comWarfarin e aumenta risco desangramento
– Reavaliar benefício de warfarin
– Substituir Ciprofloxacino poroutro ATB
8/18/2019 Humanização no Atendimento ao Idoso em Emergência
33/69
“Eu tomo um branquinho de 50mg,caixa branca com um G na frente”
8/18/2019 Humanização no Atendimento ao Idoso em Emergência
34/69
“Sacolinha deremédios”
http://www.paranavaionline.com.br/files/sacolinha_medicamentos.jpg
•Risco de interações
medicamentosas•Risco de intoxicações•Checar medicação
efetivamente tomada(trazer a “sacolinha” ereceitas)
•Adaptar asorientações àsnecessidades dopaciente
8/18/2019 Humanização no Atendimento ao Idoso em Emergência
35/69
Avaliação
GeriátricaAmpla
1. Nutrição (IMC)
2. Hidratação(turgor, edema)
3. Pulso (FA)4. Pressão arterial
(hipotensãopostural)
5. Audição(cerumen,surdez)
6. Visão (catarata,
glaucoma)
Avaliação
8/18/2019 Humanização no Atendimento ao Idoso em Emergência
36/69
Avaliação
GeriátricaAmpla7. Cognição (Mini-Mental)
8. Musculatura (força, atrofias)
9. Toque retal (fecaloma, tônus)
10. Pele (infecção, inchaço,
equimoses)
11. Articulações (dor, inchaço,
deformidade)
12. Marcha e Balanço (“Get up andgo”
8/18/2019 Humanização no Atendimento ao Idoso em Emergência
37/69
Mi i M l ™
8/18/2019 Humanização no Atendimento ao Idoso em Emergência
38/69
Mini-Mental ™
8/18/2019 Humanização no Atendimento ao Idoso em Emergência
39/69
8/18/2019 Humanização no Atendimento ao Idoso em Emergência
40/69
POLÍTICAS PÚBLICAS DE RELEVÂNCIA PARA A
SAÚDE DA PESSOA IDOSA NO SISTEMA ÚNICODE SAÚDE (SUS)
• Final da década de 90: conceito de “envelhecimento ativo” (OMS)
– cuidados com a saúde
– otimização das oportunidades de saúde, participação e segurança
– melhorar a qualidade de vida quando ficam mais velhas
• Políticas públicas que promovam modos de viver mais saudáveis eseguros em todas as etapas da vida
– prática de atividades físicas no cotidiano e no lazer
– prevenção às situações de violência familiar e urbana
– acesso à alimentos saudáveis
– redução do consumo de tabaco
M d d
8/18/2019 Humanização no Atendimento ao Idoso em Emergência
41/69
Mudança deParadigma
• Passividade,enfoque baseadoem necessidades
• Direito dos idosos à
igualdade deoportunidades e detratamento em todos os
aspectos da vida à medida
que envelhecemAgenda de Compromissodo Ministério da Saúde (2005)
Pacto emDefesa do SUS
Pacto em
Defesa da Vida
Pacto deGestão
8/18/2019 Humanização no Atendimento ao Idoso em Emergência
42/69
Pacto em Defesa da VidaConjunto de compromissos que deverão tornar-se
prioridades inequívocas dos três entes federativos,com definição das responsabilidades de cada um.
Seis prioridades
Relevância no planejamento de saúde para a pessoaidosa:
– Saúde do idoso– Promoção da saúde
– Fortalecimento da Atenção Básica
8/18/2019 Humanização no Atendimento ao Idoso em Emergência
43/69
Política Nacional de Promoção da Saúde –Portaria 687/GM, de 30 de março de 2006,
• Promoção
da saúdeda
população
idosa
a) Divulgação e implementação da Política Nacional dePromoção da Saúde (PNPS);
b) Alimentação saudável;
c) Prática corporal/atividade física;
d) Prevenção e controle do tabagismo;
e) Redução da morbi-mortalidade em decorrência do
uso abusivo de álcool e outras drogas
f) Redução da morbi-mortalidade por acidentes detrânsito;
g) Prevenção da violência e estímulo à cultura de paz;
h) Promoção do desenvolvimento sustentável.
Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa
8/18/2019 Humanização no Atendimento ao Idoso em Emergência
44/69
(PNSPI)
Portaria GM nº 2.528,de 19 de outubro de 2006,
• define que a atenção à saúde dessa população terácomo porta de entrada a Atenção Básica/ Saúde daFamília, tendo como referência a rede de serviçosespecializada de média e alta complexidade.
Política Nacional de Atenção Básica
8/18/2019 Humanização no Atendimento ao Idoso em Emergência
45/69
Política Nacional de Atenção Básica
Portaria GM nº 648de 28 de março de 2006
• Conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo
• Promoção e a proteção à saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, otratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde
• Desenvolvida por meio do exercício de práticas gerenciais e sanitáriasdemocráticas e participativas, sob a forma de trabalho em equipe
• Dirigidas à populações de territórios bem delimitados, pelas quaisassume a responsabilidade sanitária, considerando a dinamicidadeexistente no território em que vivem essas populações.
• Utiliza tecnologias de elevada complexidade (conhecimento) e baixadensidade (equipamentos), que devem resolver os problemas de saúdede maior freqüência e relevância
Atenção à Saúde da pessoa idosa
8/18/2019 Humanização no Atendimento ao Idoso em Emergência
46/69
Atenção à Saúde da pessoa idosa
na Atenção Básica/ Saúde daFamília• Demanda espontânea ou Busca ativa (visitas domiciliares)
• Processo diagnóstico multidimensional.
• Fatores
– ambiente onde o idoso vive
– relação profissional de saúde/ pessoa idosa
– relação profissional de saúde/ familiares
– história clínica - aspectos biológicos, psíquicos, funcionais esociais
– exame físico
8/18/2019 Humanização no Atendimento ao Idoso em Emergência
47/69
Manual de Estrutura Física, doMinistério da Saúde, 2006
• Facilitar o acesso
– Atenção humanizada
– Orientação, acompanhamento e apoio domiciliar
– Respeito às culturas locais, às diversidadesdo envelhecer
– Diminuição das barreiras arquitetônicas• Adoção de intervenções que criem ambientes de
apoio e promovam opções saudáveis influenciam oenvelhecimento ativo
Organização Mundial de Saúde (2004)
8/18/2019 Humanização no Atendimento ao Idoso em Emergência
48/69
Organização Mundial de Saúde (2004)
“Towards Age-friendly Primary HealthCare”
Adaptar os serviços de atenção básica para atenderadequadamente às pessoas idosas
Objetivo: sensibilização e a educação no cuidado
primário em saúde, de acordo com as necessidadesespecíficas
Organização Mundial de Saúde (2004)
8/18/2019 Humanização no Atendimento ao Idoso em Emergência
49/69
Organização Mundial de Saúde (2004)
“Towards Age-friendly Primary HealthCare”
Áreas de atuação previstas nesse projeto:
1. Informação, Educação, Comunicação e Treinamento : melhorara formação e as atitudes dos profissionais de saúde de modo que
possam avaliar e tratar as condições que afligem pessoas idosasfornecendo ferramentas e fortalecendo-as na direção de umenvelhecimento saudável;
2. Sistema de Gestão da Assistência de Saúde : Organização da
gestão do serviço da Atenção Básica, de acordo com asnecessidades das pessoas idosas;
3. Adequação do ambiente físico : tornando-o mais acessível paraas pessoas que possuam alguma limitação funcional.
HUMANIZAÇÃO E ACOLHIMENTO À
8/18/2019 Humanização no Atendimento ao Idoso em Emergência
50/69
HUMANIZAÇÃO E ACOLHIMENTO ÀPESSOA IDOSA
Humanização na saúde caracteriza-se como ummovimento no sentido da concretização dosprincípios do SUS no dia-a-dia dos serviços
Política Nacional de Humanização (PNH):incentiva a valorização de todos os atores esujeitos que participam na produção da saúde
Operacionalização da Política
8/18/2019 Humanização no Atendimento ao Idoso em Emergência
51/69
Operacionalização da PolíticaNacional de Humanização
“Acolhimento”
modo de operar os processos de trabalho em
saúde de forma a dar atenção à todos queprocuram os serviços de saúde, ouvindo suasnecessidades e assumindo no serviço uma
postura capaz de acolher, escutar e pactuarrespostas mais adequadas junto aosusuários
8/18/2019 Humanização no Atendimento ao Idoso em Emergência
52/69
Acolhimento
• Não é um espaço ou um local específico
• Não pressupõe hora
• Não pressupõe um profissional determinado para fazê-lo
É uma ação que pressupõe a mudança da relação profissional/usuário e suarede social
Implica o compartilhamento de saberes, necessidades, possibilidades,angústias, constantemente renovados.
8/18/2019 Humanização no Atendimento ao Idoso em Emergência
53/69
Acolhimento à pessoa idosa
8/18/2019 Humanização no Atendimento ao Idoso em Emergência
54/69
Comunicação com Idosos
8/18/2019 Humanização no Atendimento ao Idoso em Emergência
55/69
Comunicaçãosinais transmitidos pela (1) fala ou escrita(2) expressões faciais, pelo corpo, postura corporal
(3) distância que se mantém entre as pessoas(4) a capacidade e jeito de tocar(5) o silêncio em uma conversa
8/18/2019 Humanização no Atendimento ao Idoso em Emergência
56/69
Audição e Voz• Evite ambientes ruidosos;
• Evite submeter as pessoas idosas à situações constrangedoras quandoessas não entenderem o que lhes foi dito ou pedirem para que a fala sejarepetida;
• Procure falar de forma clara e pausada
– Aumente o tom de voz somente se isso realmente for necessário;
• Fale de frente, para que a pessoa idosa possa fazer a leitura labial
• Diminuir a distância entre os falantes;
• Falar em ambiente iluminado para facilitar a leitura labial;
• Evitar mudanças bruscas de temperatura
Comunicação não-verbal
8/18/2019 Humanização no Atendimento ao Idoso em Emergência
57/69
Comunicação não verbal,gestos e postura
- Corpo e Tabu – “distância” a ser respeitada
- Demarcação de Território
- Reações de defesa (exames físicos ou procedimentos mais invasivos)
• desviar os olhos e virar a cabeça;
• virar o corpo em outra direção;
• enrijecer a musculatura;
• cruzar os braços;
• dar respostas monossilábicas às questões feitas;
• afastar-se, se o espaço permirtir.
Dica: solicitar a permissão da pessoa idosa para a execução do procedimento,garantindo que o vínculo de confiança não seja quebrado.
Identificação de sinais de
8/18/2019 Humanização no Atendimento ao Idoso em Emergência
58/69
Identificação de sinais demaus tratos
A pessoa idosa,
encontra muitasvezes,dificuldades emverbalizar que
sofre maus-tratos,negligência oualguma outraforma deviolênciaintrafamiliar
1. Medo ou ansiedade na presençado cuidador ou familiar.
2. Observação de lesões,
equimoses, úlceras de decúbito,desidratação3. Não aceitação em responder a
perguntas relacionadas ao
assunto violência (outra forma decomunicação não verbal)
Estatuto do Idoso
8/18/2019 Humanização no Atendimento ao Idoso em Emergência
59/69
Estatuto do IdosoLei nº 10741, 1/10/2003
• Art 1. (...) Idade maior de 60anos
• Art. 2.º O idoso goza de todosos direitos fundamentaisinerentes à pessoa humana,
sem prejuízo da proteçãointegral (...)
• Parágrafo único. A garantiade prioridade compreende:
I - atendimento preferencialimediato e individualizado junto aos órgãos públicos e privados prestadores deserviços à população(...)
8/18/2019 Humanização no Atendimento ao Idoso em Emergência
60/69
8/18/2019 Humanização no Atendimento ao Idoso em Emergência
61/69
8/18/2019 Humanização no Atendimento ao Idoso em Emergência
62/69
Leis que
regemprioridade
noAtendimento
Cultura de um ambiente
8/18/2019 Humanização no Atendimento ao Idoso em Emergência
63/69
Cultura de um ambienteprotetor
8/18/2019 Humanização no Atendimento ao Idoso em Emergência
64/69
Proteção
ouEstereótipo de
“Fragilidade”
National Service Framework for
8/18/2019 Humanização no Atendimento ao Idoso em Emergência
65/69
National Service Framework for
Older People (2001, UK)
• Estratégias
para
melhorar
áreas
específicas
de cuidado.
• Padrões NSFpara Idosos:
• Eliminar a discriminação por idade
• Cuidado centrado na pessoa
• Cuidados intermediários
• Cuidados em hospital geral
• Serviços específicos
– AVC
– Quedas
• Saúde mental do idoso
• Promoção de saúde e vida ativa na
idade avançada
8/18/2019 Humanização no Atendimento ao Idoso em Emergência
66/69
• Os serviços de saúde pública devem ser providos, independentemente da idade,apenas com base na necessidade clínica.
• Serviço social não utilizará a idade como critério de elegibilidade ou política para
restringir o acesso aos serviços disponíveis
Departamento de Saúde do Reino Unido
8/18/2019 Humanização no Atendimento ao Idoso em Emergência
67/69
“Dignity in care”
Ser avaliado como uma pessoa, serouvido e respeitado
Dar privacidade durante o cuidado
Ter assistência durante aalimentação e tempo para asrefeições
Perguntar como prefere ser chamado
Ter serviços de saúde projetadospara a presença de idosos
Melhorar a experiência do idosonos serviços de saúde
Obter avaliação geriátrica amplaem diversas situações
Serviços de retaguarda parapessoas que se apresentam ememergência por queda, demênciae problemas clínicos menores
Pesquisa que respondam sobrequestões geriátricas importantese processos de cuidado
8/18/2019 Humanização no Atendimento ao Idoso em Emergência
68/69
Obrigado!
8/18/2019 Humanização no Atendimento ao Idoso em Emergência
69/69
BibliografiaMinistério da Saúde. Envelhecimento e saúde da pessoa
idosa. Cadernos de Atenção Básica. Brasília-DF, 2007
Cooper N, Forrest K, Mulley G. ABC of Geriatric Medicine.BMJ Books, 2009
Davidson’s Principles and Practice of Medicine. Churchill-Livingstone, 2010
PARECER CREMEC nº 27/200919/10/2009
Sites: ibge.br, terra.com.br
Demais leis e decretos indicados na apresentação