4
íé fflJlNNO DOMINGO, 30 DE AGOSTO DE 1903 N; iii i tp SEMANARIO NOTICIOSO, LITTERARIO E AGRICOLA jss- Assignatura Anno, iSooo réis; semestre, 5oo réis. Pagamento adeantado. xi paf;i o Brazil, anno. 2$5oo réis !moeda for.e-j. ^vulso. no dia da publicação. 20 réis. EDITOR — José Auguslo Saloio ... !' ] rn 19, i.° — RUA DIREITA — 19, i.c ALUEGAX-LKGA Publicações Annuncios— i.a publicação, 40 féis a linha, nas seguintes, Q 20 réis. Annuncios na 4,a pagina, contracto espiciai. Os auto- graphos náo se restituem.quer sejam ou não publicados. |j PROPRIETÁRIO— José Augvsío Saloio EXPED IE N TE Acceitam-se cobís grati- jjio quaesquer uoticias qne sejam de interesse ílogamos aos nossos estimáveis assigaiaietes a gueza de sios participa rem qualquer falta ss;c re messa do jopiiai. para de prompto providenciar mos. Solicitamos dos cava lheiros a quem eisviá- inos o recibo para paga mento do semestre corrente anaio. a flate- za de asos mandarem sa tisfazer as suas impor- íaiícias em débito á ad ministração d’este jor nal. í M P f l l l l O S DE I f f i %1 Consta que vae ser ciada em breve amnistia geral aos insubordinados deste regimento que foram con- demnados a desterro. E’ muito louvável esta accão por parte dos poderes su periores do nosso paiz. O maior diadema que pode refulgir na coroa de um rei é, sem duvida ne nhuma, o da clemenda e <fa bondade. Fazer uso do poder que o destino lhe concedeu para praticar actos dignôs é sempre mo tivo de louvor e de res peito. Separar das familias estremecidas homens que podiam ter praticado um acto de inconsiderado des vario, mas que nao mere ciam tão severo e exagge- í^do castigo, é barbaro é cruel-, o codigo que rege os direitos dos homens pfb auctorisa, nem nunca ■odorá auctorisar, senten ças que vão contra as leis da humanidade. Felizmen te quem tudo pode, quem èstá collocãdo na mais al- % posição social, vae revo- íar essa sentença. Bem ha- '&■ Os filhos desses infeli zes que em regiões distan tes chòram com saudades terra que os viu nascer, râo de abençoar a mão carinhos^ que derramou l3o sur_ve balsamo nas fe ndas dx sua alma e roga rão ferventemente para que sobre essa familia vão cahir as bênçãos e aspros- peridades que merece tão alta benevolencia. O oífieio de reinar é du ro e pesado, tem espinhos que só homens de grande vigor podem vencer. Con ciliar a bondade do cora ção com os deveres que essa missão exige é por vezes difficil; saber vencer esses attrictos é ciar prova de grande energia e por isso não regateamos valo res a quem cumpre digna mente os seus deveres. Que brevemente esses homens injustam ente con- demnados pismi o solo da patria e - possam beijar e abraçar as familias estre mecidas que verão trans formar-se em jubíios cie festa as suas grandes dò- res, os seus indescriptivèis pezares. JOAQUIM DOS AN.IOS. UMA MARAVILHA DO MUNDO E’ sempre com o mais justificado orgulho que le mos as paginas da nossa historia patria; esse gran de firmamento onde desde ha muitos séculos se reu nem constellações cié mi lhões de letras; (de tão in tensos fulgores como as es- trellas na immensidade do espaço) para nos descrever o arrojado das nossas con quistas, os.feitos heróicos dos nossos soldados e as emprezas audazes dos nos sos navegadores. Mas, se os feitos heroícos dos nos- nos antepassados, se esses rasgos de amor pátrio, nos enchem de jubiloso orgu lho; não menos satisfaçã > sentimos quando ouvimos dizer que no nosso peque no mas abençoado paiz, alguma coisa.existe de bom, de grande.de maravilhoso, impondo-se a sua grande za á admiração de todo o mundo. Guiados pela epigraphe d’este meu escripio, hão de os leitores julgar, que lhes venho descrever alguma efessas maravilhas de árchi- tectura, preciosos fructos da intelligencia humana, ou alguma immorredoira obra filha da caprichosa nature za? Não! a grande obra, a maravilha que eu desejo tornar bem publica e que hoje todo o mundo adm ra é a vinha do Poceirão ,— é esse grande oceano de ce pas, onde a vista se perde além no immenso em pas- mosa contemplação; que impossível se torna poder conter em nossos labios, esse oh! de‘admiração não só pela grandeza e magni ficência dessa maravilha, como pela grandeza cia idéa, tenacidade e torça de vontade cio seu illustre pro prietário o ex.m' sr. José Maria dos Santos, que sou be assim não só engrand e cer-se como engrandeceu o seu paiz dotando-o com uma maravilha a que todos hoje prestam culto de ad miração. > ' > - E foi assim que julgou Vr. Vialas, essa grande au ctoridade do mundo agri cola quando em setembro cio anno passado, acompa nhado do ex.in'' sr. Cincin- nato da Costa, lente do instituto de agronomia e chefe da propaganda vini- cola e não menos auctori dade no assumpto, visitou essa vinha monstruosa cu jas impressões ss. ex.:,s fi zeram publicar na Rsvue de VUicullure, orgão da agricultura e cias regiões vinicolas que se publica em Paris, e que sendo tão agradaveis para uós como lisonjeiras para o seu illus tre proprietário não posso deixar de ihes dar publici dade -nas coium-nas d este acreditado se mana rio, pa ra conhecimen.o de todos aquelles que, como eu, se interessam pelo progresso do nosso paiz. Eis o que nos diz a Re viu: de 1'idctílture: Usisa Eisissfao vltieois ao sul de Porísiga! «A 8 de setembro par amos para o Pbceíão, no Álemtejò, ao sul do Tejo, para visitar as vinhas.de José Maria dos Santos.. Alli. algúínu coisa de novo e unico estava reservado a Mr. Viaiás: ia vèr uma vi nha-'monstruosa, a maior vinha do mundo, actual- jnente estabelecida conjun ctamente'cobrincio uma su perfície de 3qoo hectares. Sobre esta superfície .estão plantadas 8 . 5oo:ooo cepas estando 6 000:000 em ple na producção e-2.5oo:ooo no segundo anno. E’ um verdadeiro oceano cie vinhas que se estende até se perder de. vista, des de o Pinhal Novo até ao Poceirão d’um lado; e que vae em dinha transversa! desde o caminho de ferro até Rio Frio. (Continuai. ‘iv ad. de JOÁO RAPHAEL ALVES’. AGRICULTURA Doenças dos melões Os meloaes, para bem prosperarem, carecem cie duas condicões essenciaes > que são, uma boa terra suf- ficiente adubada e uma temperatura de uns 20 graus centígrados, para que as raizes das plantas alas trem em todos os sentidos, dando vigor á planta e fa zendo que-ella fruetifique a tempo e conr abundancia. Se o solo fôr frio, pobre, e os estrumes não tiverem sido addicionados á terra em tempo competente e nas condições de decom posição requeridas pelos melões, embora se lhes de- em as pódas precisas a tem po e horas, se reguem com todo o cuidado, Tis plantas ficam enfezadas, dão pou co fructo e es.e pequeno e de má quaiidede. Além d is to os meloaes enfraquecidos por não en contrarem no solo condi ções especiaes de vida vi gorosa, são fiagellados por numerosas doenças, na grande totalidade desco nhecidas dos melões dis- oostos em terrenos á feicão 1 > e bem expostos ao benefi co calor solar. As m us perigosas'doen ças criptogamicas dos me loaes fracos são o branco ou bolòr, o negro, o can cro e a ferrugem. O b dòr ou branco é devido a um pequeníssimo cogumelo conhecido pelo nome scientifico de Sphe- rotheca eastagnei, que ata ca as folhas, cobrindo-as de umas manchas boloren tas brancas que lhe preju dicam o desenvolvimento e seu funceionamento nor mal. Combate-se vantajosa mente por meio de pulve- risações de flor de enxofre, preventivamente, ou dadas logo que o mal apparece. O negro ou queima a que alguns horticultores dão o nome de míldio, por a doença destruir os teci dos cias folhas, hastes e fructos similhantemente ao mildio que ataca as folhas das vicies, deixando-as íeias de manchas azeito- . nadas mais ou menos exten sas, conforme a intensida de cio mal, e que corroem e déstroem o tecido vege tal, é causado por uma cri- ptogamíca que tem 0 no me de Scolecotrichum me- lophlorum , e que apparece no mez de junho. O negro é muito de. re cear em annos de verão frio e húmido; combate-se com pulverisações de cal da bordeleza dadas pre ventivamente, cie manhã cedo, nas paginas superio res e interiores das folhas dos melões. Se, apesar do tratamen to preventivo, o ma! sur gir, arrancam-se as folhas invadidas pela doença afim de que o cogumelo não alastre, e dão-se duas ou tres pulverisações a seguir em dias alternados, sem pre cle manhã cedo. O cancro, que causa grandes prejuízos aos me loaes, manifesta-se por pe quenas manchas alonga das, amarei!as nas hastes e mais escuras nas folhas e fructos manchas que vão alastrando e roendo as has tes e estendendo-se em pro fundidade nos fructos que são promptamente decom postos. Estes estragos são feitos por o cogumelo fo- letulricimm oligociiretiim, que se destroe cortando os tecidos invadidp.s até se chegar ás partes sãs, e ci catrizando depois as feri-

í M P f l lll O S DE I f f i - mun-montijo.pt · no mas abençoado paiz, ... aquelles que, como eu, se interessam pelo progresso do nosso paiz. ... plantadas 8.5oo:ooo cepas

Embed Size (px)

Citation preview

íé

fflJlNNO DOMINGO, 30 DE AGOSTO DE 1903 N ; i i i

i tp

S E M A N A R IO N O T IC IO S O , L IT T E R A R IO E A G R IC O L Ajs s -

AssignaturaAnno, iSooo réis; semestre, 5oo réis. Pagamento adeantado. xipaf;i o Brazil, anno. 2$5oo réis !moeda for.e-j. ^ v u ls o . no dia da publicação. 20 réis.

EDITOR— José A uguslo Saloio

...! '] rn

19, i.° — RUA DIREITA — 19, i.cA L U E G A X - L K G A

Publicaçõest í Annuncios— i . a publicação, 40 féis a linha, nas seguintes, Q 20 réis. Annuncios na 4,a pagina, contracto espiciai. Os auto-

graphos náo se restituem.quer sejam ou não publicados.

|j PROPRIETÁRIO— José A ugvsío Saloio

E X P E D I E N T E

Acceitam-se cobís g ra ti- jjio quaesquer uoticias qne sejam de in te re s s e

ílogam os aos n o sso s estimáveis assigaiaietes a gueza de sios p a r t ic ip a ­rem q u a lq u e r fa lta ss;c r e ­messa do jopiiai. p a ra de prompto p ro v id e n c ia r ­mos.

Solicitamos dos cava­lheiros a quem já eisviá- inos o recibo para paga­mento do semestre d© corrente anaio. a flate- za de asos mandarem sa­tisfazer as su as im por- íaiícias em débito á ad ­ministração d’este jor­nal.

í M P f l l l l O S DE I f f i% 1

Consta que vae ser ciada em breve amnistia geral aos insubordinados deste regimento que foram con- demnados a desterro. E’ muito louvável esta accão por parte dos poderes su­periores do nosso paiz.

O maior diadema que pode refulgir na coroa de um rei é, sem duvida ne­nhuma, o da clemenda e <fa bondade. Fazer uso do poder que o destino lhe concedeu para praticar actos dignôs é sempre mo­tivo de louvor e de res­peito. Separar das familias estremecidas homens que podiam ter praticado um acto de inconsiderado des­vario, mas que nao mere­ciam tão severo e exagge- í do castigo, é barbaro é

cruel-, o codigo que rege os direitos dos homens pfb auctorisa, nem nunca ■odorá auctorisar, senten­

ças que vão contra as leis da humanidade. Felizmen­te quem tudo pode, quem èstá collocãdo na mais al- % posição social, vae revo- íar essa sentença. Bem ha- '&■ Os filhos desses infeli­zes que em regiões distan­tes chòram com saudades

terra que os viu nascer, râo de abençoar a mão carinhos^ que derramou l3o sur_ve balsamo nas fe­ndas d x sua alma e roga­

rão ferventemente para que sobre essa familia vão cahir as bênçãos e aspros- peridades que merece tão alta benevolencia.

O oífieio de reinar é du­ro e pesado, tem espinhos que só homens de grande vigor podem vencer. Con­ciliar a bondade do cora­ção com os deveres que essa missão exige é por vezes difficil; saber vencer esses attrictos é ciar prova de grande energia e por isso não regateamos valo­res a quem cumpre digna­mente os seus deveres.

Que brevemente esses homens injustam ente con- demnados pismi o solo da patria e - possam beijar e abraçar as familias estre­mecidas que verão trans­formar-se em jubíios cie festa as suas grandes dò- res, os seus indescriptivèis pezares.

■ JOAQUIM DOS AN.IOS.

UMA MARAVILHADO MUNDO

E’ sempre com o mais justificado orgulho que le­mos as paginas da nossa historia patria; esse gran­de firmamento onde desde ha muitos séculos se reu­nem constellações cié mi­lhões de letras; (de tão in­tensos fulgores como as es- trellas na immensidade do espaço) para nos descrever o arrojado das nossas con­quistas, os.feitos heróicos dos nossos soldados e as emprezas audazes dos nos­sos navegadores. Mas, se os feitos heroícos dos nos- nos antepassados, se esses rasgos de amor pátrio, nos enchem de jubiloso orgu­lho; não menos satisfaçã > sentimos quando ouvimos dizer que no nosso peque­no mas abençoado paiz, alguma coisa.existe de bom, de grande.de maravilhoso, impondo-se a sua grande­za á admiração de todo o mundo.

Guiados pela epigraphe d’este meu escripio, hão de os leitores julgar, que lhes venho descrever alguma efessas maravilhas de árchi- tectura, preciosos fructos

da intelligencia humana, ou alguma immorredoira obra filha da caprichosa nature­za? Não! a grande obra, a maravilha que eu desejo tornar bem publica e que hoje todo o mundo adm ra é a vinha do Poceirão,— é esse grande oceano de ce­pas, onde a vista se perde além no immenso em pas- mosa contemplação; que impossível se torna poder conter em nossos labios, esse oh! de‘admiração não só pela grandeza e magni­ficência dessa maravilha, como pela grandeza cia idéa, tenacidade e torça de vontade cio seu illustre pro­prietário o ex.m' sr. José Maria dos Santos, que sou­be assim não só engrand e­cer-se como engrandeceu o seu paiz dotando-o com uma maravilha a que todos hoje prestam culto de ad­miração.> ' > -

E foi assim que julgou Vr. Vialas, essa grande au­ctoridade do mundo agri­cola quando em setembro cio anno passado, acompa­nhado do ex.in'' sr. Cincin- nato da Costa, lente do instituto de agronomia e chefe da propaganda vini- cola e não menos auctori­dade no assumpto, visitou essa vinha monstruosa cu­jas impressões ss. ex.:,s fi­zeram publicar na Rsvue de VUicullure, orgão da agricultura e cias regiões vinicolas que se publica em Paris, e que sendo tão agradaveis para uós como lisonjeiras para o seu illus­tre proprietário não posso deixar de ihes dar publici­dade -nas coium-nas d este acreditado se mana rio, pa­ra conhecimen.o de todos aquelles que, como eu, se interessam pelo progresso do nosso paiz.

Eis o que nos diz a Re­viu: de 1 'idctílture:

Usisa Eisissfao v lt ieo is ao su l de Porísiga!

«A 8 de setembro par­amos para o Pbceíão, no Álemtejò, ao sul do Tejo, para visitar as vinhas.de José Maria dos Santos.. Alli. algúínu coisa de novo e unico estava reservado a Mr. Viaiás: ia vèr uma vi­

nha-'monstruosa, a maior vinha do mundo, actual-

jnente estabelecida conjun ctamente'cobrincio uma su­perfície de 3qoo hectares. Sobre esta superfície .estão plantadas 8 .5oo:ooo cepas estando 6 000:000 em ple­na producção e-2.5oo:ooo no segundo anno.

E’ um verdadeiro oceano cie vinhas que se estende até se perder de. vista, des­de o Pinhal Novo até ao Poceirão d’um lado; e que vae em dinha transversa! desde o caminho de ferro até Rio Frio.

(Continuai.‘iv ad. de

JOÁO R A P H A E L A L V E S ’.

AGRI CULTURADoenças dos melões

Os meloaes, para bem prosperarem, carecem cie duas condicões essenciaes >que são, uma boa terra suf- ficiente adubada e uma temperatura de uns 20 graus centígrados, para que as raizes das plantas alas­trem em todos os sentidos, dando vigor á planta e fa­zendo que-ella fruetifique a tempo e conr abundancia.

Se o solo fôr frio, pobre, e os estrumes não tiverem sido addicionados á terra em tempo competente e nas condições de decom­posição requeridas pelos melões, embora se lhes de- em as pódas precisas a tem­po e horas, se reguem com todo o cuidado, Tis plantas ficam enfezadas, dão pou­co fructo e es.e pequeno e de má quaiidede.

Além d is to os meloaes enfraquecidos por não en­contrarem no solo condi­ções especiaes de vida vi­gorosa, são fiagellados por numerosas doenças, na grande totalidade desco­nhecidas dos melões dis- oostos em terrenos á feicão1 >e bem expostos ao benefi­co calor solar.

As m us perigosas'doen­ças criptogamicas dos me­loaes fracos são o branco ou bolòr, o negro, o can­cro e a ferrugem.

O b dòr ou branco é

devido a um pequeníssimo cogumelo conhecido pelo nome scientifico de Sphe- rotheca eastagnei, que ata­ca as folhas, cobrindo-as de umas manchas boloren­tas brancas que lhe preju­dicam o desenvolvimento e seu funceionamento nor­mal.

Combate-se vantajosa­mente por meio de pulve- risações de flor de enxofre, preventivamente, ou dadas logo que o mal apparece.

O negro ou queima a que alguns horticultores dão o nome de míldio, por a doença destruir os teci­dos cias folhas, hastes e fructos similhantemente ao mildio que ataca as folhas das vicies, deixando-as

íeias de manchas azeito- . nadas mais ou menos exten­sas, conforme a intensida­de cio mal, e que corroem e déstroem o tecido vege­tal, é causado por uma cri- ptogamíca que tem 0 no­me de Scolecotrichum me- lophlorum , e que apparece no mez de junho.

O negro é muito de. re­cear em annos de verão frio e húmido; combate-se com pulverisações de cal­da bordeleza dadas pre­ventivamente, cie manhã cedo, nas paginas superio­res e interiores das folhas dos melões.

Se, apesar do tratamen­to preventivo, o ma! sur­gir, arrancam-se as folhas invadidas pela doença afim de que o cogumelo não alastre, e dão-se duas ou tres pulverisações a seguir em dias alternados, sem­pre cle manhã cedo.

O cancro, que causa grandes prejuízos aos me­loaes, manifesta-se por pe­quenas manchas alonga­das, amarei!as nas hastes e mais escuras nas folhas e fructos manchas que vão alastrando e roendo as has­tes e estendendo-se em pro­fundidade nos fructos que são promptamente decom­postos. Estes estragos são feitos por o cogumelo fo - letulricimm oligociiretiim, que se destroe cortando os tecidos invadidp.s até se chegar ás partes sãs, e ci­catrizando depois as feri-

O D O M I N G O

' das cónvçaí era pó. Quan­do o catícro ataca as platv

1 tás novas, é raro cjjue el-■ 1 his'resistam á violência do " mal:- ‘ '■

' A ferrugem apresenta-se* sob dois •aspectos diversos, f conforme o cogumelo para­

sita que á provoca. Hm ac- centuarse por manchas si- milhantes ás da ferrugem nas hastes e. nas folhas; é o cogumelo Alternaria cit- curb.Aie. O outro apparece em especial nas folhas, em

' pintas de um amareilo es- curó disseminadas no lim­bo, pintas que se tornam

•-••'mais escuras á-medida que alastram na folha. Esta fór-

•'• ma pertence ao Alternaria brassicae. A m bo s "e st e s p e-

- q-uenissimos cogumelos que surgenl em agosto e se­tembro, quando aos dias seccos e quentes succedem

w- chuvas leves, causam gran­des estragos nos meloaes, fazendo seccar de prompto as folhas invadidas, se não

: fòr combatido por pulveri- sações dé calda bordelesa e pela apanha e queima de

; todas as folhas atacadas. Além destes parasitas

vegetáes, os meloaes são ílagellados por um outro parasita muito de temer, um pequeno pulgão negro o A phis papaveris, que se multiplica de uma fórma

; tão rapida que carece de §er combatido energica- mente, para não..esgotar os meloaes' tornando-os por completo estéreis,

Este pulgão destroe-se pulverisando as folhas com agua com sabão ordinário e um' pouco de quassia ou, melhor, com agua onde se teve de infusão durante- quatro a cinco dias casca cie carvalho na proporção de uns 5o grammas de cas­ca por cada litro de agua.

Em França tem, nestes últimos annos, causado enormes estragos nos me­loaes um pequeno ácaro, o A carus cucumeris. que se installa sob o limbo das folhas, que enfraquece pri­meiro e depois anicjuilla As folhas invadidas amarel- lecem de prompto sendo

então facil vêr o parasita por meio de uma pequena lente de augmento.

Este ácaro, que felizmen­te ainda não appareceu en­tre nós em abundancia de temer, destroe-se por meio de pulverisações de agua de tabacos

EDUARDO S E Q U E IR A . '

•(Da Gazeia das Aldeias).

Foi enviado á adminis­tração do concelho o se­gundo orçamento supple- mentar. ao .ordinai io da re­ceita e despeza deste mu­nicípio, na importancia to­tal de 3 :8o3$ooo réis.

A camara, em sessão ordinaria de 17 do corren­te, deliberou pedir auctori- sação para abrir concurso para dois logares de profes­sores da escola municipal secundaria, desta villa, o primeiro com a dotação annual de 3oof!ooo réis, leccionando as "seguintes disciplinas: mathematica,francez, geographia, histo­ria, sciencias naturaes e de­senho, e o segundo com a de i8o$ooo réis, leccionan­do: portuguez e latim (1° e 2.0 annos) do curso geral dos lvceus.

Pela commissão do jury, em sessão de 26 do corren­te, foram deferidas as se­guintes reclamações: .

Quintino Simões, Ma­nuel José Antunes e Esta- nislau Domingues,daMoita, Laureano José Rodrigues, de Aldegallega e José Mar- tinho, Nunes de Alcochete, allegando todos tei'em mais de 65 annos de idade.

Para substituir os jura­dos eliminados, foram apu­rados os seguintes indiví­duos:

Estevão Monteiro, João Baptista Nunes e Joagulm Rodrigues de Mattos de Alcochete, Joaquim Soares de Almeida Povoas do Sa­mouco e Jacintho Simões Quaresma d’ esta villa.

C O F R E D E P E R O L A 8

CANTARESN asceit Vénus*, mãe do amor, D a branca espuma do mar,E tu nasceste d um beijo Que deu d terra 0 luar.

Qiiando assoma na janella 0 teu rosto que sedu Parece .que nasce 0 sol, Enchendo a terra de luz.

Teem as aves inveja D ’essa vo\, doce gorgeio,E as rosas anhelam ter O perfume do leu seio.

N ão tem mais lumes o sol, N ão brilha mais 0 luar »D o que- esses olhos celestes N o leu rosto .d’encantar. •

A os teus olhos, tão formosos, Nunca v ivutros eguaes;São fonte immensa de gosos, Abrem 0 céo aos mortaes.

Uns taes olhos, p o r magia, Teem condão s in g u la r. . . Olhos que dão alegria,Olhos que fazem chorar.

JOAQ UIM DOS ANJQS.

P E N S A M E N T O S0 fim geral da educação éfaifer um membro u tilefe-

liZ da sociedade. 0 objecto da educação é form a r o cor­po e 0 coração do educando. — Visconde de Almeida Garrett.

— Os grandes poetas são como as grandes monta­nhas : leem muitos echos.— V. Hugo.

— Qnem lê sabe muito. mas quem olha sabe ds ve^es ainda m ais.— A Dumas.

A N E C D O T A S

-— N a prim eira operação que eu fiz, contava um me- dico-cirurgião, tive um engano.

■— Engano grave?-— N ã o ; f iz a amputação perfeitamente, mas cortei a

perna que estava sã.

E ntre duas amigas:■— 0 que faz teu marido?— : Está em casa a pensar no modo de ganhar algum

dinheiro.— E la que fazes?■— E u penso no modo de ô gastar.

PfejiaríâisíMlea' A!asnai|a, iisperamça

Conforme noticiámos, es.teve no domingo passado nesta villa a phylarmonica «Alumnos Esperança» de Alcantara (Lisboa). Seriam11 horas da manhã quando aqui- chegoú acompanhada de 700 excursionistas ap- proximadamente. Dirigia se á residencia do ex. rao sr. Francisco da Silva, que faz actualmente as vezes de administrador do concelho■ e ahi fez os costumados cumprimentos, seguindo

"depois para a séde da so­ciedade phylarmonica «i.° de Dezembro», onde tam­bem .fez os cumprimentos do estylo. A phylarmonica e os. excursionistas foram convidados pela direcção da sociedade «1° de De­zembro» a descançar na séde da referida sociedade, sendo-lhes por essa occa­sião servido um opíparo «copo dagua», trocando- se muitos brindes. A phy­larmonica «Alumnos Espe­rança» tocou no vasto sa­lão da « 1 de Dezembro» um ordinário intitutado S. Thomé e Principe. Após umas duas horas de des­canço tocou no coreto da Praça Serpa. Pinto, perten­cente á sociedade «i.°de Dezembro», algumas peças do seu repe.rtorio, pelo que foi muito applaudicla, reti­rando-se pelas 6 horas da tarde acompanhada pela direcção da m.0 de Dezem­bro» e grande multidão de povo até á estação dos va­pores, onde foram lançados ao ar muitos foguetes e le­vantados muitos vivas ás sociedades «Alumnos Es­perança» e «i.° de Dezem­bro».

Aquella sociedade e os excursionistas sahiram da­qui contentissimos pela ma­neira assás delicada por que foram recebidos.

im iutm iim m m si

Um massador encontrando na rua um sujeito que lhe conhecia a prenda:

■— Olá! como estás?— Com muita pressa, muito obrigado.

Atalaia

A ex.ma camara mandou no dia 28 do corrente col- locar um candieiro junto á

Traducção de J. DOS ANJOS

I J v f o p r i m e i r oi.v

— Que importa, se a fraqueza equi­vale ao crime? Seduziste uma rapa­riga innocente! Abusaste J ’ella! Que nome se ha de dar a- isso?

— A paixão dá-nos ás vezes no co­ração golpes que nos esmagam.

— Tcdps os sedartores podem dar■ a .mesma desculpa!.mos náo foi para

discutir comtigo .obre o grau da tua culpabilidade que exigi que me con­fessasses tudo; tamísem ;,5o é para teC .Ti JiÀ1”'!"

O teu castigo será o desgosto que me causaste e a triste vida que pre­paraste para ti. Sim, deves refnediar .0 erro, e, como disseste, só o casa­

mento pode fazer isso. E náo serás só tu a soffrer, serei eu tambem. Meu filho casado com uma pobre campo- neza.

— Náo a conhece, minha mãe. ex­clamou ò Adriano; se a conhecesse, não falava assim. Será bem facil trans-

forma!-a. fazer d'ella uma mulher tão distincta pelo espirito como é nobre pelo coração.

— E tambem lembrar que, antes de ser tua mulher, se deixou sedu­zir? tornou duramente a sr.a Hervey.

A linguagem da mãe.transtornava jo Adriano. 0 que ella lhe dizia, já elle o tinha dito comsigo mesmo. C onuudo tentou pro testar. -

— E ’ cruel, minha mãe, cruel com a Magdalena e commigo.

■— Sou justa.Proferindo estas palavras a sr.a Her­

vey levantou-se e. como o filho se app:oximava d'ella, solicitando-lhe o perdão n’um beijo, afastou-o com um gesto, corno fazia quando elle era pe­queno e merecia um castigo, e dis­se-lhe: .

— Entra no teu quarto, porque de ves precisar de descanço, e dorme se puderes. Ámanhã conhecerás a mi nha vontade. Prohibo-te que tornes a vêr essa rapariga antes de teres ou­vido as minhas ordens. '

Extenuada de fadiga, a Magdalena dormiu de um somno a primeira noite que passou em Paris. Nern o dia claro, nem a bulha das carrua­gens naquelln rua Faubourg Saint H&riové, tão tum ultuosa e de tanta 1

passagem, conseguiram intetromper- ihe o somno, e já o sol ia bem alto quãndo acordou.

— Estou em Paris!

Fôra as palavras que dissera quan­do adormecera e as mesmas que p ro ­ferira ao acordar. Mas por muita que fosse a sua curiosidaJe, a pressa de olhar para fóra, de vêr melhor o es­pectáculo que na vespera apenas en­trevira, deixou-se ficar na cama, que era f..fa e macia comparada com a da casa do pae.

Depois, voltando-se, viu sobre a mesinha de cabeceira, ao alcance da nião uma bandeja com uma chavena

de chotolate íumegante. manteiga e fatias de pão torrado. Saboreou gulo­

samente o almoço, porque estava pouco habituada a coisas tão boas. D- pois encostou n cabeça ao traves-'

seiro, pensando nas mudanças que se tinham dado na sua vida.

De repente lembrou-se de que na vespera, antes de se deitar, estivera provando os vestidos que lhe haviam de substituir os que trouxera da al­deia. A costureira promettera trazer- lhe a obra cedo. Machinalmente, olhou para a cadeira que estava ao pé da cama e não poude conter um gri­to de surpreza. Já lá estava o fato. Não se vê isto se não nos contos de fadas, e comtudo a Magdalena vivia em plena realidade.

D‘esta vez a curiosidade foi nrôis forte que a preguiça: saltou da cam* e foi admirar f> seu novo envolucro.

(Continuai.v\a

O D O M I N G Og g - r e j a daquelle piftoresco

'Era de necessidade.lug*rr.poi arrematado pela quantia d.e '56|ooo réis o

-téfreno da feira da Atalaia a José Joaquim de Lemos, do Samouco, Luiz Antonio Margalhau, de S. Francisco, é-josè Cândido Rodrigues a’Annuirciação,lega. .;

d ’Aldegal-

. pelo commandante des­te districto foi communica- <jo que os trabalhos dá jun­ta de recrutamento come-

.Cerfl neste concelho, no dia r5 do proximo mez de se­tembro.

iLisísaosa -

Falleceu no d:a 26 do corrente, pelas 8 horas da noite, em sua casa, Daniel Cordeiro, exposto da San­ta casa da Misericórdia, còm a edade de 56 annos.

Paz â sua alma.

graos

grupo de. me.-49.— Um ancias.

50.— Uma collecção va­riada de cebolas.

5 1.— Uma collecção de tomates nacionaes e extran - geireg.

52.— Uma collecção de pimentões.

-53 .— Uma collecção de alhos, apresentados em gru­pos ou resteas.

54.— Um grupo de be­terrabas forragiriosas.

55 .— Um grupo de be­terrabas alimentares, çom destino a saladas ou a con­servas.

56 .— Um grupo de be­terrabas saccharinas.-

57.— Uma collecção de couve-flor e de broculo.

58 .— Uma collecção'va­iada de plantas para sala­da: alface, agriõis, chicó­ria, etc.

5g.— Uma

REAL SOCitiDADE NACIONAL DE HORTICULTURA EM PORTUGAL

Exposição de P ontologia e H orticultura

no pavilhão da Avenida da Liberdade, promovida

pela R eal Sociedade Nacional de

Horticultura de Portugal,....rio me^ de setembro

de ig o 3(Continuado do n.° i ío .1

8 .aSeeção—H ortic ii l isaraLegumes. tubérculos.

fruetos de cozinha e hoital ças

Concurso n.° 3j . —-Um lote variado de feijões sec cos. Meio litro de cada va­riedade.

38.— Um lote de de bico, machadinhas e len­tilhas. Meio litro de cada variedade.

3g.— Um lote variado de ervilhas, lisas e rugosas, seccas. Meio litro de cada variedade.

40.— Um lote de favas seccas. Um litro de cada variedade.

41.— Um grupo variado de batatas,'cultivadas no paiz. Cada variedade tem de ser representada pelo menos por 2 kilogrammas de exemplares.

42.— Uma collecção de plantas de raizes tuberosas alimentícias, como rabane­tes, cenouras, nabos, etc.

43.— Um grupo de ce­nouras forraginosas.

44.— Uma collecção de be ringelas:

45.— Uma collecção de aboboras ornamentaes.• 46.—-Uma collecção de

aboboras comestíveis.^47.— Um grupo de me-

s nacionaes.lõ

lõ48:— Um grupo de me-es exíôangeiros.

conecçao va­riada de couves de Bruxel- las, trochudfi, do Algarve, repolho, couve-nabò., etc.

60.— Se m e ntes diversas.61.— Adubos para hor­

taliças.CONSERVAS

Concurso n.° 62.— Uma instailação de hortaliças em conservas.

Secção—-T rigos e sait- Jjfeos

Concurso n.° 63 .— Tr gos nacionaes.

64.— Trigos extrangei- ros.

65 .— Trigos hybridos.66.— Milhos nacionaes.67.— Milhos extrangei-

ros.ã . a Secção---Pr© pagam 1a

Concurso n.° 68. — Li vros, folhetos, jornaes, mo- nographias e mappas so- sobre assumptos das se­cções da exposição.

Os livros premiados fi­carão sendo propriedade da Sociedade e como tal ar- chivados na Bibliotheca.

Secção—F lo r ic u l tu r aDahlias e flores diversas da estação

CONCURSOS G F R A E SConcurso n.° 69.— Uma

colleccão de flores diversas>da estação.

70.— Uma collecção de dahlias cactus, dispostas ao gosto do expositor.

71.— Uma collecção de dahlias decorativas, idem., 72.— Uma collecção de dahlias, variedades antigas.

73.— Uma coliecção cie dahlias cactus e decorati­vas. Variedades inéditas ob­tidas pelo expositor ; apre­sentadas por tres flores de cada variedade.

Planta; ornamentaes CONCURSOS G E R A E S

Concurso n.° 74.— Um grupo de plantas de estufa.

75.— Um grupo de plan­tas ornamentaes de ar li­vre.f . a Seeçã© — A p ic u l tu ra

Concurso n.° 76.— Mo­delos e projectos de col­meias.

77.— Utensílios para ;

manipulação das abelhas (fumigador, luvas, véos, es­covas, etc.)

78. — Apparelhos para extracção e purificação do mel e da cera.

79.— Mel puro, deriva­dos e preparados do mel.

80.— Cera purificada, moldada e derivados da ce­ra.

81.— Exemplares de ini­migos das abelhas, vivos ou dissecados (plantas, in­sectos e vertebrados). Ins­trumentos e substancias empregadas na sua destrui­ção.

Sala das sessões da Di­recção, em 25 de junho de1903.

A D irecção.— Francisco Simões Margiochi, presi­dente; Antonio Pimentel Maldonado, vice-presiden- te; José Ernesto Dias da Silva, secretario geral; Al­fredo Alexandre Luiz da Silva, secretario adjunto; Carlos Annibal Coutinho, thesoureiro; Alfredo Au­gusto Cesar da Silva, bi- bliothecario ; Conde de Ser­ra de Tourega, Alfredo de Oliveira Sousa Leal, José Maria Alves Torgo, João

\ e JoãoFerreiraBaptistagaes.

da Sih Possidonio, vo-

C O N C LU E .

F e i r a da 1*1 edade

Correu animadíssima es­te anno a leira da Piedade, vendo-se muitas barra­cas, como é de costume nestas feiras. Os barra- queiros seguiram para o uo-ar da Ataiaia contenteso . .

do bom negocio que aqui fizeram. Antes assim.

conhecido pelo nome de Joaquim Ferrador parte das dependencias daquella ha­bitação, onde este residia com sua familia, escolhen­do ella para si o sotão da dependencia contigua ao quintal, onde tinha todas as suas coisas e dormia. Suc­cede porém, que pelas- 9 horas da noite e depois de todos terem petiscado, re­solveram ir á Atalaia sem se lembrarem, provavel­mente, de_ apagar um cari- dieiro que ficára junto de uma cama por debaixo do referido sotão, onde tam­bem estavam um burro e uma cabra, e que se julga terem estes animaes dado

habilita para os pxames de instrucção primária, i° e2.0 grau, e ensinando além disto musica e bordados a lã, branco, òurp, prata, ma­tiz e escama.

Rua José Maria dos San­tos, esquina da Pontinha.

d ir e c t o r a er r o êfs s o r a .D. Taurina do P rado da

Silva Guim arães ,

motivo áqudle ince ndio.Appareceram duas bom­

bas da camara e uma do ex.rao sr. Antonio Maximo Ventura, que evitaram que o fogo se communicasse aos depósitos de petrolio e ma­deira que alli encostavam, e graças a dois bombeiros de Lisboa, que trabalharam denodadamente auxiliados por alguns curiosos d’esta villa.

O fogo durou a4:é ás 2 e meia não se podendo sal­var coisa alguma da casita da pobre mulher. Os ani­maes tambem morreram:

COLLEGÍO DO ESPÍRITO SAMTO

Este collegio já bem co­nhecido e acreditado nes­ta villa, reabre no dia 2 do proximo mez de setembro, recebendo meninas a quem

F es ta s á seafsora «la A ta­laia

Era 1 hora e i 5 minutos da tarde quando- hontem deu entrada n’esta villa o Novo Cirio de Santos, se­guindo depois até ás 6 ,q5 da tarde os cirios de Setú­bal, Francezinhas, Ajuda,S. Sebastião da Pedreira, Santa Izabel, Chellas, S. Lourenço e Lapa.

Tambem devem ir para :i Atalaia os cirios.de Ce- zimbra, Palmella, Quinta do Anjo, etc.

C ira n d e 'isteeaíli©

Pelas. 12 horas e meia da noite passada appareceu, com grande violência, in­cêndio nas trazeiras do pre­dio do nosso amigo Julio Pereira Nepomuceno, com seguro na companhia Uni on Eenix Espano!,, no lar go da Misericórdia. Estav; de renda a uma mulher que alli teve carvoaria, de no­me Maria da Luz, que sub arrendou a- um individuo

B l í E A C KVende-se urn leve,, mui­

to solido e . que dá muito bom commodo.

Rua do Corpo Santo, 29, chapelaria de Luiz dos San­tos se dão todas as infor­mações.

G R A N D E A R M A Z É MhK *■

fiDOMINGOS m t w .& Comp.a

Farinha, semea, arroz na­cional, alimpadura, fava, milho, cevada, aveia, sul- phato e enxofre.

Todos estes generos se vendem por preços muito em conta tanto para o con­sumidor como para o re­vendedor.E n a d© Caes — ALDEGALLEGA

C A R V Ã O d e k o k eDas Companhias Reuni­

das Gaz e Electricidade,de Lisboa, a 5 0 0 réis ca-,da sacca de 45 kilos.

- * a l d e g a l l e g a . -

JOSE DA ROCHA B A R B O S ACona ©fíicina de C o r re e i ro e S e l le l ro

18, RUA DO FÓRNO, 18 A iL II K c; I, a„ SS ii A

l í I t l L Í O Í H I C A DO D I A R I O D E N O T I C I A SA. GUERRA ANGLO-BOER

Impressões do Transvaal

Interessantíssima narração das luctas entrb inglezes e boers, «illústrada» m numerosas zinco-gravuras de «homens celebres» do Transvaal e do

Orange. incidentes notáveis, «cercos e batalhas mais cruenta-- daG U E R R A A N G L O - B O E R

Por um funccionario da Cruz Vermelha ao serviçodo Transvaal.

Fasciculos semanaes de 1 6 p a g in a s................ 36 réisTom o de S fa scicu lo s , ... ... ... .. ., . . ....... - -i5o~ »

A G U ER R A A N G LO B O E R é a obra de mais palpitante actualidade. ..N'eíla sâo descriptas, «pór uma testemunha presencial», as differentes

phases e^acontecimentos emocionantes da terrivel guerra que tem espantaJo o mundo inteiro. . - ■

A G U ER R A A N G LO -FO E R faz passar ante o í o l h o s do leitor todas as «grandes bat lhas, combates» e «escaramuças» d'esta prolongada.e acérrima lueta entre inglezes, trnnsvaalianos e oranginos, verdadeiros prodigiòs de heroísmo e tenacidade, em que são egualmente admiraveis a còragem e de­dicação p; triotica de vencidos e vencedores.

Os incidentes variadíssimos d’esta contenda e tre a poderosa Inglater ra e as duas pequ nas republicas sul-africanas, decorrem atravez de verda­deiras per pecias, por ta! maneiia dramaticas e pittorescas, que dão á G U E R ­RA A N G LO -B O ER, conjunctamente com o ir.resistivel attractivo d'uma nar n.tiva histórica dos nossos d as, o eiv anto da leitura romantisada.

A Bibliotheca do D IA RIO DL NO TICIAS' 'apresen ando ao publico esta obra em «esmerada edição,» e por um preço di­minuto. julga prestar um serviço aos numerosos leitores que ao mesmo tempo desejam delêiiar-sc e adquirir perfeito conhecimento dos sycces.os que m ai, interessam o mundo culto na actualidade.

Pedidos d Emprega do D IA R IO D E N O T IC IA S Rua do Diario de Noticias. 110 -L IS B O A -

Agente em Aldegallega — A. Mendes Pinheiro Junior.

n §® - gTf jts)" Tãáir(sisa

GRANDE ARMAZÉM D9 COMMERCIOIP!

“CAC ÀNTCNI©. PJBEZ118

V

o - h e o a b a m mmMimiTUDO MAIS BARATO!

Sao fazendas recebidas k .fresco, c não retardadas. YemV-se tudo por menos

30 RÉIS EM CADA. METRO

i)o <|Ue em cjuaíqater ca^a, e dão-se importantes brindes aos fregueses.0 proprietário pede a todos os írcgiie;es que antes de procurarem o seu estabeleci­

mento, palpitem os preços nos outros para assim poderem ver quem vende mais Inrato. (ranhar pouco para vender muito.

PRECO FIXO E INEGUALAVEL

Cassas desde 120 réis o me­tro. **

Casimiras desde 400 réis o metro.

Lãs e se mi-lãs desde 36o réis o metro.

Phantasias desde 15o réis o metro.

Lã e seda desde 700 réis o metro.

Cotins, riscados, chitas e tudo quanto di/. respeito a fa­zendas.

Neste estabelecimento só se annuncia o que ha e pelo minimo preço por que se pó­de vender; não se annuncia o que não ha por que não é lo­ja mista, unicamente tem fa­zendas, e não como outras

que apenas teem umas amostras para illudir o público.Quando, por qualquer eventualidade, haja alguma casa que se queira pôr a

par desta egiialando-lhe os preços, ó proprietário do Grande Arm arem do Com m ercio, péde que confrontem as qualidades.

Nesta casa não se fazem milagres; limita-se o seu proprietário a ganhar muito pouco para assim dar grande desenvolvimento ao seu

commercio.av av' ay av rkvr av av av av av av av too av ?AV AV v? - AV AV AV AV AV" AV AV AV AV AV Aii AV AV AV AV AV

M U I A P E L A R I A l t l B E I R O UI Tem tido esta casa um desenvolvimento extraordinario devido d solide$1 com que teem sido feitos iodos os trabalhos concernentes a chapelara. Todos j os trabalhos são executados riestá casa com a maxima perfeição, rapide% e mo- tj í dicidade de preços, tanto nos de encoinmenda como nos concertos, para o que

tem pessoal habilitado.

B riià)Ifelfcj: §

Praça Serpa Pmfo _ A L B E f r A I l l l í A 0 0 R 1B Â X Â J 8 . I \i? *„ T,

!p|

C O M P A N H I A F A B R I Li 3o nm

éaP4?j P o r Soo réis semanaes se adquirem as cele­bres machina. '■ SINGER para coser.

Pedidos a AURÉLIO JO Ã O DA CRUZ, cobrador da casa í ih '< K 'I í «& €V‘ e concessionário em P ortu­gal para a venda das ditas machinas.

Envia catálogos á quem os desejar, yo, rua do Pato, yo — . i Icochetê

A a a. ^g s s a W ^ W á Y k i b V b m í m « W a i s W tm íf s s W V W

I.slabelecmienlo com m aior sortido, que mais van­tagens oferece, e que tem p o r norma vender a todos os seus fregueses pelo mesmo rreco sem illu d ir COM M I L A G R E S ! . . .

\ â o se dão brindes ; pois para tal era preciso venderM A I S C A R O

Todas aS transacções se fa*em com serUdade. Visitem o C O M M E R C IO 1)0 P O V O .

JOÃO SENTO & H DE CAW/tittO— * —& § , f t U á 9 0 - e s q u i n a d \ r u a d o c o n d e

Aldegallega do SI ibaícjo

OS D R A M A S DA C O U T E

íChrònicá do reinado de Lufe X V ) ;Romance historico por

E, LADOUCETTEOs smo-e ; trrg xo s de M.inonft.e;

r ;i j t com o i eiebre cavi-liç.ro de Grieux. tormnm o entrecho' d e-te róaiínii e. rigorosamente historico, ;'. que I d o u . ette irnp.rin.Vu u n cunho de" onginaiidáde deveras encantador.

A to n e de l.ui/. xv. com todoâ òs seus esplendores e misérias, e esc ri-; pta mrgistr; Imente feto auetor d '0 Bastardo da Rainha nas paginas do seu novo livro, destinado sem duvi­da a alcançar entre nós exito’ egual aquelle com que foi receb do em Pa ris, onde se - confa-am por milhares os exemplares vendidos.

A ediçíto pòrtugi.ie/.a dó popular e commóvente romance, sera feita em fasciculos semanaes de 16 paginas, de grãnue form lo, illustracios.com soberbas gravuras de pagina, e cono­tará apenas de 2 volumes.

réis <? f^seJeiilor é i s o tom o

2 valiosos blindes a todos os assignantes

Pedidos á Bibliotheca Popular. E m ­presa Editora. 162. Rua Ja Rosa. 162

Lisboa.

L O J A DO B A R A T O126

D E —

*5\ «B i* » & BRATGO

Os proprietários deste estabelecimento acabam de receber um importante-sortimento de casitpiras, cha­péos, calçado, bombasinas, sedas, chitas, brocados, en­feites, rendas, etc., taes como:

Finas casimiras para fato, cortes com 3 metros des­de i $ 5oo a 11 8000 réis; •

Um saldo dé 80 peças de chitas que eram de i50 a 100 réis;

Patentes desde 70 a 240 réis;Grande variedade de lãs em phantasia desde 36o'

a 900 réis;Lindos riscados zephires a 115 réis;Lenços de seda desde 7 5o réis;Sortimento completo cie calçado para homem, se­

nhora e creanças; •

U L T I M A N O V I D A D ELindas cassas muito finas e largas a 3co réis;Finas sedas a 5oo réis;Setins muits largos de primeira qualidrde a i$ 3oo;Panninhos de todas as côres, largos, a 110 réis;Chapéos de sol automatieos, de seda, a 3fooo réis;Cotins em phantasia para fato de creança, desde 260;Laços de seda, modernos, a 100 réis;Lindos meltons para capas a 18200 réis;Chapéos pura homem desde 700 réis;Piugás com canhão de côres para creança desde 120;Piugás para homem desde 3o réis;Rendas, enfeites, entremeios, bordados, grande sor­

timento a preços baratíssimos.Pedimos uma vi-ita ao nosso estabelecimento para

que possam apreciar o grande sortimento de cassas de fino gosto que acabam de chegar e que se vendem pelo preço de 160 réis o metro.

Preços mais baratos que em qualquer outro esta­belecimento.

V E N D A S A P R O M P T O E P R E Ç O FIXO7 , M C A E S , a - A i M U j , »

8 £ L 0 J f l A f i í A E A ® A I T i l ADE

' t m o M mmt s C\ c;ide e concerta toda a qua­

lidade de relogios p o r preços modicos. l ambem concerta cai­xas de musica, objectos de ouro,

prata e tudo que. pertença d arte de gravador e galvanisador.

GARAHTEM-5E OS CONCERTOS— tas— n 6

1 , do Poço .

S A L C H I C H A R I A M E R C A N T I L1) E

J O A Q Ç I M P E D R O J E S US RELOGIOCarne de porco, azeite de Casteilo Branco e mais

qualidades, petroleo, sabão, cereaes, legumes, mantei­gas puras de leite da Ilha da Madeira e da Praia d’An­cora e queijos de differentes qualidades.

Todos estes generos são de primeira qualidade è vendidos por preços excessivamente baratos.

54 a 56, La rg o da Praça Serpa Pinto, 54 a 56 4 i ALDEGALLEGA

ESTEVÃO JO SE DOS REIS 0 FFTC1NA DE CALDEIREIRO DE C0 8 RE

I) 1111111111 111 1 i I MI111 i111(111IIIiílIIIII11II1

Encarreira-se de todos os trabalhos concernentesa sua arte.

R U A D E JO S E , M A R IA D O S S A N T O S A LD EG A LLtG A 4