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IBAB : O QUE CREMOS E COMO QUEREMOS VIVER

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1

3 Comunidade da Cruz

15 Comunidade da Vida

23 Comunidade do Amor

33 Comunidade do Carisma

41 Comunidade do Reino

51 Comunidade da Visão

62 Declaração de Doutrina e Conduta

í n d i c e

3

a c o m u n i d a d e d a c r u z

S O B R E V O A N D O O T E X T O :

A condição humana Deuteronômio 18; Levíticos 10.10; Ezequiel 44.23;

Mateus 5.21-30; Romanos 7.7-25; 1Coríntios 15.45-

47; Romanos 6.6

Separação de Deus Romanos 3.23; 5.12-21; 6.23; 2Coríntios 4.4; Efé-

sios 2.1-3; 1João 5.19

A obra da Cruz: Romanos 3.21-26; 1Coríntios 15.3; 2Coríntios 5.18-

21; Hebreus 9.26-28; 10.12; 1Pedro 3.18; 1João 1.7;

Apocalipse 1.5,6

Os imperativos da Cruz Lucas 9.23; João 3.16; Atos 2.22-47; 16.30,31;

Romanos 1.16,17; 5.1,2; 6.3,4; 10.1-17; Gálatas

2.20; 6.14

i b a b : o q u e c r e m o s e c o m o q u e r e m o s v i v e r .4

I L U M I N A N D O A P I S T A

1 . O que é o pecado?

2 . Qual a diferença entre pecar e estar no pecado? (1João 3.8-10)

3 . Como se caracteriza a vida de uma pessoa que está longe de Deus? (Efésios 2.1-3)

4 . Qual é a única maneira de uma pessoa se aproximar de Deus? (João 14.6; 2Coríntios 5.18-20)

5 . O que as palavras “graça” e “fé” tem a ver com o relacionamento do ser humano com Deus? (Efésios 2.8-10)

c o m u n i d a d e d a c r u z 5

6 . Leia Efésios 1.3-14 e escreva os motivos pelos quais devemos louvar a Deus.

A T E R R I S S A N D O N A P A L A V R A

1 A c o n d i ç ã o h u m a n a

A Bíblia faz distinção entre pecado e pecados. Em Moisés e na To-rah, A Lei, o pecado é uma questão de fazer ou deixar de fazer coisas certas e erradas, definidas de acordo com o caráter de Deus que se ex-pressa na forma de mandamentos: não matar, não roubar, não mentir, não cobiçar, entre outros. A Lei de Moisés definia também as frontei-ras entre as coisas puras e impuras, sagradas e profanas, o que exigia que as pessoas não comessem determinados alimentos, não tocassem em determinadas coisas, e assim por diante. A Lei de Moisés separa-va o puro do impuro, o sagrado do profano. (Deuteronômio 18; Levíti-cos 10.10; Ezequiel 44.23).

Jesus estende os limites da compreensão do pecado quando diz que não basta não matar, é necessário não odiar; não basta não adulterar, é necessário não se deixar dominar pelo desejo impróprio. Jesus consi-dera o pecado não apenas algo que fazemos ou deixamos de fazer, mas também nossa interioridade, nossas motivações e intenções do cora-ção. (Mateus 5.21-30)

O apóstolo Paulo, por sua vez, leva a compreensão do pecado mais adiante ao afirmar que o pecado tem uma profundidade que vai além do aspecto comportamental e motivacional. Para o apóstolo Paulo o pecado tem a ver com a condição humana: o pecado é uma força que atua no ser humano, um poder que o impede de fazer o que dese-ja fazer ou de deixar de fazer o que não deseja fazer. Para o apósto-lo Paulo, o problema do ser humano não é que ele comete pecados, mas o fato de que ele é pecador. Pecados, portanto, são coisas que fazemos ou condições da nossa interioridade psiquíca e emocional.

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Pecado, por sua vez, é a nossa condição de inimizade e rebeldia em relação a Deus. (Romanos 7.7-25)

A Bíblia fala de dois modelos de ser humano. Antes de Jesus Cristo todos os seres humanos eram do tipo Adão. Jesus é o último Adão e o segundo homem (1Coríntios 15.45-47). O primeiro homem, Adão, é apenas figura do que havia de vir, a saber, Jesus Cristo (Romanos 5.14). Pecado é a palavra que descreve a condição humana em sua identificação com Adão.

O pecado de Adão, popularmente identificado com comer a maçã, ou comer o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal (Gê-nesis 2.16,17), na verdade significa a pretensão humana de viver de maneira autônoma em relação a Deus. Isso significa que o peca-do não é uma questão moral (certo e errado), mas sim uma questão ontológica (da constituiçãio do ser). O pecado em termos ontológi-cos significa o rompimento com a fonte da existência. No jardim do Édem, Adão (o primeiro homem) estava diante de duas árvores, a árvore do conhecimento do bem e do mal e a árvore da vida (Gênesis 3.9). Por meio dessas duas árvores Deus estava dizendo o seguinte a Adão: Você quer comer da árvore da vida e se sustentar em mim, ou quer comer da árvore do conhecimento do bem e do mal e romper comigo para tentar viver por si mesmo? Mas advirto, não é possí-vel você viver a não ser sustentando-se em mim: no dia em que você comer da árvore do conhecimento do bem e do mal, certamente mor-rerá. Não é possível à criatura continuar viva caso “pule para fora de Deus”, pois não existe o “fora de Deus”, e isso os poetas gregos sabiam: nEle (em Deus) somos/vivemos, nos movemos e existimos (Atos 17.28).

A cruz de Cristo não é apenas uma resposta de Deus aos pecados que praticamos, mas principalmente a solução de Deus para nos libertar de nossa condição humana cativa do pecado. Na cruz, em Cristo, morre um tipo de homem chamado Adão (Romanos 6.6).

2 A N e c e s s i d a d e d a c r u z

O pecado do ser humano trouxe conseqüências para toda a raça hu-mana. Estas conseqüências explicam porque a Cruz de Cristo se tornou

c o m u n i d a d e d a c r u z 7

necessária. A palavra bíblica usada para descrever as conseqüências do pecado é morte (Romanos 3.23; 5.12-21; 6.23; Efésios 2.1-3). Em termos práticos, esta “morte espiritual” de que fala a Bíblia significa três coisas:

1. Separação de Deus,

simbolizada pela expulsão do Paraíso, que resulta em

um novo status do relacionamento com Deus, agora

não mais definido pela comunhão, mas pela rebeldia

(Gênesis 3.22-24; Romanos 3.23). O ser humano afas-

tado de sua fonte de existência, a saber, Deus, está

destinado à morte, isto é, deixar de existir.

2. Sujeição ao diabo,

uma vez que o pecado foi uma aliança com a Serpen-

te, em detrimento da submissão a Deus, o ser humano

se tornou escravo do Diabo e seus espíritos malignos,

pois perdeu a autoridade não apenas sobre o mundo

natural como também sobre o mundo espiritual (2Co-

ríntios 4.4; Efésios 2.1-3; 1João 5.19)

3. Degeneração da imagem de Deus,

uma vez que o pecado é errar o alvo, isto é, viver num

padrão conflitante ao caráter de Deus, este viver em

conflito com Deus é também um viver em conflito

consigo mesmo, é contrariar não apenas a natureza

de Deus como também a própria natureza humana

(Romanos 7). O ser humano que vive no pecado e pra-

tica pecados, destrói não apenas tudo quanto está à

sua volta, mas também e principalmente a si mesmo,

desfigurando-se como ser criado à imagem e seme-

lhança de Deus.

3 A o b r a d a c r u z

Todas as conseqüências do pecado do homem são sanadas pela cruz, onde Jesus Cristo:

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Satisfez a justiça de Deus

a Bíblia diz que Jesus Cristo morreu por nós (Lucas

22.19; João 10.11,15; Romanos 5.8; Efésios 5.2; 1Tessa-

lonicenses 5.10; Tito 2.13,14) e também pelos nossos

pecados (1Coríntios 15.3; Hebreus 9.26; 10.12; 1Pedro

3.18; 1João 1.7; Apocalipse 1.5,6), de modo que Jesus

Cristo nos substituiu na cruz (Isaías 53.1-7; 2Corín-

tios 5.18-21), tomando sobre si o ônus do pecado de

Adão, sofrendo a morte que nos era inevitável e re-

cebendo a condenação que pesava sobre nós. Na cruz

de Cristo, a justiça de deus foi satisfeita: o pecado foi

punido com a morte, mas aquele que morreu venceu a

morte ao ressuscitar ao terceiro dia, pois sendo justo,

era impossível que a morte o retivesse (Atos 2.24).

Venceu o império das trevas

a Bíblia diz que Jesus Cristo despojou o império das

trevas (Colossenses 2.13-15). Despojar significa lite-

ralmente obrigar o exército adversário vencido a depor

suas armas, colocá-las ao chão em sinal de rendição

e reconhecimento da derrota, o que implica a perda do

seu poder de matar. Por isso a Bíblia diz que Jesus se

manifestou para desfazer as obras do Diabo (Mateus

28.19; Lucas 11.14-23; João 8.32, 34-36; Efésios 1.20-23;

Filipenses 2.9-11; 1João 3.8; Gálatas 5.1; Apocalipse

1.16-18).

c o m u n i d a d e d a c r u z 9

Redimiu o ser humano

em Cristo, não apenas o ser humano está justificado

diante de Deus, livre da condenação do pecado e liber-

to do poder do Diabo e dos espíritos maus, mas tam-

bém é uma nova criatura (João 3.5-16; 2Coríntios 5.17;

Efésios 2.10), isto é, faz parte de uma nova criação, não

mais descendente de Adão, mas de cristo, e aos poucos

vai sendo transformado à imagem de Cristo (Romanos

8.28-30; 2Coríntios 3.18). Assim como todos sofremos a

morte de Adão, também todos somos herdeiros da vida

de Cristo (Romanos 5.1-6.4). Em razão da obra de Cristo

na cruz, fomos salvos da condenação do pecado (Roma-

nos 8.1); estamos sendo salvos do poder do pecado sobre

nós (Romanos 6.11-13); e seremos salvos da possibilidade

do pecado (2Pedro 1.4).

4 . O S I M P E R A T I V O S D A C R U Z

A obra de Cristo na cruz foi completa em termos de satisfazer a jus-tiça de Deus, desfazer as obras do Diabo e restaurar o ser humano. Mas o Evangelho exige uma resposta humana, que o próprio Senhor Jesus indica: “Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me” (Lucas 9.23).

A si mesmo negue

nada mais coerente, pois considerando que o pecado é

essencialmente uma atitude de rebeldia diante de Deus,

quando o ser humano substitui Deus pelo seu próprio

eu, o caminho da volta implica a submissão do eu a

Deus – negar a si mesmo. Por esta razão o anúncio do

Evangelho é uma convocação ao arrependimento: meia

volta, mudança de rumo (Marcos 1.14,15; Atos 2.38).

i b a b : o q u e c r e m o s e c o m o q u e r e m o s v i v e r .1 0

Dia a dia tome a sua cruz

conforme nos ensinou o apóstolo Paulo, Jesus nos in-

cluiu em sua cruz, de modo que podemos considerar

que a cruz de Cristo é também a nossa cruz (Gálatas

2.20; 6.14). Esta identificação com Cristo em sua cruz,

isto é, vermos a nós mesmos crucificados em Cristo,

é um ato de fé (Atos 16.30,31; Romanos 1.16,17; 5.1,2;

10.1-17; Efésios 2.8-10). Para que a cruz de Cristo seja

eficaz em nós, devemos crer que estávamos incluídos

em Cristo quando ele morreu.

Siga-me mais uma vez atestamos a coerência da convocação de

Jesus. Uma vez que a cruz deve ser tomada dia a dia,

então a experiência cristã implica a companhia cons-

tante de Jesus, e não apenas uma decisão passada. Por

esta razão o apóstolo Paulo disse que “se fomos unidos

com ele na semelhança da sua morte, também o sere-

mos na semelhança da sua ressurreição ... pois fomos

sepultados com ele na morte pelo batismo; para que,

como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela

glória do Pai, assim também andemos nós em novida-

de de vida” (Romanos 6.3,4).

S Í N T E S E

O pecado do Homem A obra da Cruz A resposta do Homem

Rebeldia que

afasta de Deus

Satisfaz a justiça

de Deus

Negar a si mesmo

por Cristo

Sujeição ao Diabo Vence o império

das trevas

Tomar a cruz de

Cristo

Degeneração da

imago Dei

Regenera o ser

humano

Seguir a Cristo

c o m u n i d a d e d a c r u z 1 1

C O N C L U S Ã O

A mais importante o obra da cruz é o que a teologia chama de the-osis: o processo através do qual o ser humano passa a participar da natureza divina (1Pedro 1.4). Na verdade, o que Deus chama de ser humano não é Adão, mas Jesus Cristo. A verdadeira expressão de humanidade em plenitude não aparece em Adão, mas no Cristo res-surreto. Jesus foi o que Adão deveria ter sido, e através de sua res-surreição lecva consigo todos os serress humanos para que sejam o que sempre estiveram destinados a ser. É isso o que signfica dizer que Adão é o primeiro homem e Jesus é o segundo homem.

A cruz de Cristo não pode ser reduzida a uma solução que Deus ofe-rece para o pecado humano. A cruz de Jesus, seguida da ressurreição de Jesus, se assemelha a um portal através do qual toda a humanida-de passa da condição de Adão – o ser humano inacabado, à condição de Cristo – o ser humano em plenitude (Romanos 8.28-30).

Veja o que disseram os chamados Pais da igreja, que viveram nos primeiros séculos da era cristã.

Deus se tornou homem para que o homem pudesse se tornar Deus (...) O homem está destinado a ser pela graça aquilo que Deus é por natureza.

(Irineu de Lyon, século II)

O homem é um microtheos (pequeno Deus).(Gregório de Nissa, século VI)

O homem é um ser que recebeu a ordem (ou o chamado, digo eu) de se tornar Deus.( Basílio de Cesaréia, século IV)

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P O N D O O S P É S N O C H Ã O

1 . Indique os princípios fundamentais que você descobriu ou reafir-mou através deste estudo da palavra de Deus.

2 . Compartilhe suas respostas pessoais da fase Iluminando a pista.

3 . Por que a cruz de Cristo foi necessária?

4 . De que Cristo nos salva?

5 . O que significa negar a si mesmo, tomar a cruz e seguir a Jesus? (Lucas 9.23)

c o m u n i d a d e d a c r u z 1 3

6 . Você crê em Jesus como seu Salvador e Senhor? O que isto signi-fica para você? (Romanos 10.9)

7 . De que maneira Jesus espera que seus discípulos tornem pública a sua fé? (Mateus 28.18-20; Marcos 16.16)

8 . Como se distingue sua vida antes e depois de Cristo? (Romanos 6.3,4; 2Coríntios 5.17)

9 . Descreva em suas palavras o conceito de Theosis.

1 0 . Escreva uma oração que sintetize sua experiência estudando A Comunidade da Cruz.

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1 5

a c o m u n i d a d e d a v i d a

S O B R E V O A N D O O T E X T O :

O Novo Nascimento João 3.5,6,31; João 3.16; 5.24; 10.10; 11.25; 14.6;

20.30,31; 1João 5.11,12

O Novo Homem Romanos 8.28-30; 1Coríntios 15.42-49; 2Corín-

tios 3.18; 5.17; Gálatas 4.19; Efésios 4.11-13; Co-

lossenses 1.28,29; 2Pedro 1.4

A Nova Vida 1Pedro 1.13-16; 2Coríntios 7.1; 1Tessalonicenses

4.1-8; 5.23; Hebreus 12.14; Romanos 6.1-14; Fili-

penses 2.12,13; Colossenses 3.1-5

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I L U M I N A N D O A P I S T A

1 . O que é necessário para que uma pessoa participe do reino de Deus? (João 3.3-6)

2 . Como pode uma pessoa nascer duas vezes? (João 3.16)

3 . Quais são as duas dimensões básicas de vida? (1Coríntios 15.42-49)

4 . Qual é o principal propósito de Deus para a vida de um cristão? (Romanos 8.28-30)

5 . Qual é o padrão de integridade para a vida cristã? (1Pedro 1.13-16)

c o m u n i d a d e d a v i d a 1 7

A T E R R I S S A N D O N A P A L A V R A

1 . O N O V O N A S C I M E N T O

A conversão é o ato voluntário do ser humano que se rende a Cris-to. O novo nascimento é obra exclusiva de Deus, pois quem nasce de novo, nasce de cima, do alto, do Espírito Santo de Deus (João 3.5,6,31). A mensagem mais elementar do Evangelho deixa claro que a salvação que recebemos de Deus é a vida eterna: porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho Unigênito para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna ... E este é o testemunho: Deus nos deu a vida eterna, e esta vida está em seu Filho. Quem tem o Filho, tem a vida; quem não tem o Filho de Deus, não tem a vida (João 3.16; 5.24; 10.10; 11.25; 14.6; 20.30,31; 1João 5.11,12). Muitas pes-soas pensam na vida eterna como pós vida ou vida depois da morte, mas como vemos, a Bíblia ensina que a comunhão com Jesus nos dá acesso imediato à vida de Deus.

Os gregos usavam duas palavras para se referir à vida: bios, de onde derivamos nossa palavra em português que diz respeito à vida na-tural, compartilhada por todos os seres vivos, e zoé, a vida espiritu-al, própria de Deus. Quando Jesus disse que era necessário nascer de novo para que se pudesse entrar no reino de Deus, Ele estava se refe-rindo a este acesso à vida zoé, vida de Deus. O primeiro nascimen-to é biológico, o segundo, espiritual. Este novo nascimento espiritual acontece quando uma pessoa se reconcilia com Deus através de sua fé em Jesus (João 3.16).

Ser cristão, portanto, não é apenas uma questão de crenças e perdão para pecados, mas a transformação pessoal, mediante a conversão e o novo nascimento, que nos dão acesso à experiência da vida eterna, que o apóstolo Pedro chama de “participar da natureza divina” (2Pe-dro 1.4). A salvação em Cristo, portanto, é essencialmente um tipo de relacionamento com Deus no qual o Espírito Santo nos possibilita ex-perimentar mais e mais a vida abundante que há em Jesus.

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2 . O N O V O H O M E M

Deus está construindo uma nova humanidade a partir de Jesus Cristo (1Coríntios 15.42-49), de modo que o cristão não é apenas uma pessoa que tem seus pecados perdoados, mas fundamental-mente uma nova criatura, ou nova criação de Deus, um novo ho-mem (2Coríntios 5.17). Cristão quer dizer “pequeno Cristo”. Nada mais verdadeiro para descrever alguém que experimentou o novo nascimento e agora vive predestinado a tornar-se semelhante a Je-sus Cristo (Romanos 8.28-30; 2Coríntios 3.18; Gálatas 4.19; Efésios 4.11-13; Colossenses 1.28,29).

Este novo homem ou nova humanidade não diz respeito apenas ao cristão individualmente, mas também aos cristãos em unidade com Cristo. Este novo homem é, por assim dizer, um homem coletivo, pois a Bíblia chama a igreja de corpo de Cristo, como se Cristo e os cristãos formassem um homem, ou uma nova humanidade (Efésios 2.11-22; 1Coríntios 12.12,13).

3 . A N O V A V I D A

O processo de transformação pessoal até nos tornarmos semelhan-tes a Cristo é chamado de santificação. Uma vez identificados com Cristo em sua morte e ressurreição, somos desafiados por Deus a andar em novidade de vida (Romanos 6.3). Esta nova vida em Cris-to possui o padrão do caráter de Deus, e portanto deve ser uma vida santa (1Pedro 1.13-16). Uma vida santa é totalmente dedicada a Deus em obediência, pureza e serviço (2Coríntios 7.1; 1Tessalonicenses 4.1-8; 5.23; Hebreus 12.14).

Este processo de santificação pode ser melhor compreendido com duas expressões: POSIÇÃO e CONDIÇÃO. Em termos de nossa PO-SIÇÃO, conforme já verificamos, nós cristãos estamos em Cris-to, e compartilhamos de sua vida divina, mas em termos de nossa CONDIÇÃO, devemos agir diligentemente para nos apropriarmos e experimentarmos todas as riquezas espirituais que já são nossas em Cristo (Efésios 1.3; 1João 3.2). Leia os textos bíblicos indicados (Romanos 6.1-14; Filipenses 2.12,13; Colossenses 3.1-5) e observe o quadro a seguir.

c o m u n i d a d e d a v i d a 1 9

P o s i ç ã o C o n d i ç ã o

• Morto com Cristo e

vivo para Deus

• Livre da escravidão

do pecado

• Deus opera em vós

• Cristo vos libertou

• Fazendo morrer a natureza ter-

rena

• Oferecendo o corpo como escravo

da justiça

• Desenvolvei a vossa salvação

• Permanecei livres

C O N C L U S Ã OA vida cristã não se explica por um conjunto de doutrinas e proce-

dimentos morais, mas sim pelo relacionamento dinâmico com Cristo, sob a ação do Espírito Santo, que naturalmente resulta em um estilo de vida que reflete o caráter e a natureza de Deus. Por esta razão Je-sus iniciou o Sermão do Monte, que descreve a ética do reino de Deus, descrevendo as pessoas bem-aventuradas, para mostrar que somen-te pessoas transformadas de dentro para fora podem viver de acordo com os padrões de Deus. Nesse caso, a essência da vida cristã está baseada no novo nascimento, que dá origem ao novo homem que é ca-paz de experimentar uma nova vida.

i b a b : o q u e c r e m o s e c o m o q u e r e m o s v i v e r .2 0

P O N D O O S P É S N O C H Ã O

1 . Aliste os princípios fundamentais que você descobriu ou reafir-mou através deste estudo da palavra de Deus.

2 . Compartilhe suas respostas pessoais da fase Iluminando a pista.

3 . Qual a diferença essencial entre um cristão e um não cristão?

4 . Qual a diferença entre a VIDA BIOS e a VIDA ZOÉ?

5 . O que você entende por NOVO HOMEM COLETIVO, e de que maneira isso afeta a sua vida?

c o m u n i d a d e d a v i d a 2 1

6 . O que significa ser santo?

7 . Quais as implicações práticas dos conceitos POSIÇÃO e CONDI-ÇÃO em Cristo?

8 . Escreva uma oração que sintetize sua experiência estudando A Comunidade da Vida

i b a b : o q u e c r e m o s e c o m o q u e r e m o s v i v e r .2 2

2 3

a c o m u n i d a d e d o a m o r

S O B R E V O A N D O O T E X T O :

A origem da Igreja Mateus 16.13-20; 1Pedro 2.4-7

A composição da Igreja

Atos 20.28; 1Coríntios 12.12,13; Efésios 2.11-22;

Apocalipse 5.9,10

As dimensões da Igreja

Mateus 16.18; 18.15-17; Romanos 16.3-5;

1Coríntios 1.2; 8.19

As dinâmica da vida da Igreja

1Coríntios 12.13-27

O funcionamento da Igreja:

Romanos 15.14; Gálatas 6.1,2; Colossenses 3.16;

Tiago 5.16; 1Tessalonicenses 5.12-14; Efésios

4.11-16.

i b a b : o q u e c r e m o s e c o m o q u e r e m o s v i v e r .2 4

I L U M I N A N D O A P I S T A

1 . Quem instituiu a Igreja? (Mateus 16.13-20)

2 . Quais são algumas metáforas bíblicas para a Igreja? (Atos 20.28; 1Coríntios 3.9; 12.12-31; Efésios 2.20-22; 3.14,15; 1Pedro 2.5,9)

3 . Quem pode fazer parte da Igreja? (Atos 2.41-47; 20.28)

4 . Qual a diferença entre o corpo de Cristo universal e a comunida-de cristã local? (Mateus 16.18; 18.15-17)

5 . Por que razão um cristão deve estar integrado em uma comuni-dade cristã local? (1Coríntios 12.21-26)

c o m u n i d a d e d o a m o r 2 5

6 . Qual é a maior característica da comunidade dos discípulos de Jesus? (João 13.34,35)

A T E R R I S S A N D O N A P A L A V R A

I N T R O D U Ç Ã O

Eugene Peterson diz que “no momento em que confessamos Jesus Cristo como nosso Senhor e Salvador, isto é, no momento em que nos tornamos cristãos, nós nos tornamos ao mesmo tempo membros da igreja Cristã ... mesmo que não permitamos que nosso nome seja inserido no rol de membros de uma igreja, mesmo que recusemos a identificação com uma congregação em particular, mesmo que es-tejamos ausentes das celebrações desta congregação. Nossa mem-bresia na igreja é o corolário da nossa fé em Cristo. Jamais podemos ser cristãos e nos considerarmos desvinculados da igreja, assim como não podemos ser pessoas e não pertencer a uma família. Ser membro da igreja é um fato espiritual básico para todos aqueles que confessaram Cristo como Senhor. Não se trata de uma opção para cristãos que são mais gregários do que outros. Trata-se de uma par-te essencial do processo da redenção ... A questão, portanto, não é: Farei parte da comunidade da fé?, mas sim: Como viverei na comu-nidade da fé?”.

1 . A O R I G E M D A I G R E J A

Deus está construindo uma nova humanidade através de Jesus Cris-to (Efésios 2.11-22). O novo homem, nova criatura, nova criação de Deus, não é apenas o indivíduo, mas o “homem coletivo”, o corpo mís-tico de Jesus Cristo, a nova humanidade. Quando Jesus declara que pretende edificar sua igreja, certamente está se referindo a esta nova humanidade (Mateus 16.18).

i b a b : o q u e c r e m o s e c o m o q u e r e m o s v i v e r .2 6

Na primeira vez em que a palavra grega ecclesia é citada com refe-rência à comunidade cristã, o Novo Testamento a coloca justamente na boca de Jesus, seguida de três declarações esclarecedoras a respei-to da origem e fundamento Igreja (Mateus 16.13-20).

1.1.“Bem aventurado és tu, Simão Barjonas, pois não foi carne e sangue que to revelaram, mas meu Pai, que está nos céus”, indicando que a exis-tência da Igreja não se explica pela iniciativa humana, mas pela prerrogati-va divina em revelar seus mistérios.

1.2.“Sobre esta pedra edificarei a minha Igreja”, que o apóstolo Pedro compre-endeu ser uma auto-referência do Senhor Jesus, isto é, a pedra sobre a qual a igreja de Cristo está edificada é o próprio Cristo (1Pedro 2.7).

1.3.“Eu edificarei a minha Igreja”, onde Jesus assume total responsabili-dade pela viabilidade de sua comunidade.

2 . A C O M P O S I Ç Ã O D A I G R E J A

Todos aqueles que estão “em Cristo” compõem o corpo de Cristo. E somente aqueles que estão “em Cristo” compõem o corpo de Cris-to. A Igreja de Jesus Cristo é composta por pessoas compradas pelo sangue de Jesus Cristo, disse Paulo, apóstolo (Atos 20.28). Todos os cristãos foram mergulhados pelo espírito Santo no corpo de Cristo (1Coríntios 12.12,13). Todos os cristãos são pedras vivas que com-põem o templo onde Deus habita pelo Espírito (Efésios 2.20-22; 1Pe-dro 2.5; Apocalipse 5.9,10).

No dia do Pentecoste, a festa judaica narrada em Atos 2, o apósto-lo Pedro pregou o primeiro sermão da era cristã. Lucas, o evangelis-ta, disse que “os que aceitaram a mensagem de Pedro foram batiza-dos, e naquele dia houve um acréscimo de cerca de três mil pessoas”. Aquelas pessoa constituíram a primeira comunidade cristã local, cuja história está narrada em Atos 2.37-47. De acordo com o testemunho de Lucas, podemos dizer que em termos práticos, a igreja de Jesus é composta por pessoas que:

1. aceitam o evangelho de Jesus Cristo (2.41)2. se arrependem de seus pecados e recebem o perdão de Jesus (2.38)3. se submetem ao batismo em nome de Jesus (2.38, 41)

c o m u n i d a d e d o a m o r 2 7

4. perseveram na doutrina dos apóstolos (2.42)5. reunem-se regularmente para a celebração do evangelho

(2.42,46,47)6. assumem voluntariamente um compromisso de unidade de rela-

cionamentos (2.44,45)

3 . A S D I M E N S Õ E S D A I G R E J A : U N I V E R S A L E L O C A L

A teologia chegou a um consenso de que todos os cristãos de todos os lugares e todos os tempos compõem a igreja corpo vivo e místico de Cristo, por isso que é chamado de Igreja universal (Mateus 16.18; Apocalipse 5.9,10).

Mas esta Igreja Universal se expressa historicamente através das centenas e milhares de comunidades cristãs locais: a igreja que está em Corinto, na casa de Áquila e Priscila, e assim por diante (Roma-nos 16.3-5; 1Coríntios 1.2 ). Por isso é que o Novo Testamento usa a palavra ecclesia para referir-se tanto à igreja quanto às igrejas (1Co-ríntios 8.19). Jesus, quando falou a respeito do processo de disciplina na igreja, fez referência à comunidade cristã local, pois seria um ab-surdo de interpretação imaginar que o irmão em pecado fosse apre-sentado à igreja em sua dimensão universal (Mateus 18.15-17).

O Novo Testamento deixa claro que a comunhão com Jesus Cristo, que implica na identificação com seu corpo místico universal, deve re-sultar na participação comunitária.

4 . A D I N Â M I C A D A V I D A D A I G R E J A

A figura usada pelo apóstolo Paulo para descrever a igreja: corpo de Cristo, estabelece um paralelo entre a comunhão histórica dos cristãos com a realidade do corpo humano, e salienta pelo menos três princípios que devem nortear a vida em comunidade (1Corín-tios 12.13-27).

i b a b : o q u e c r e m o s e c o m o q u e r e m o s v i v e r .2 8

1 A unidade do corpo de Cristo

“o corpo não é um membro, mas muitos ... porque, as-

sim como o corpo é um, e tem muitos membros, e todos

os membros do corpo, embora sendo muitos, formam

um só corpo, assim também é Cristo ... há muitos

membros, mas um só corpo”

2 A diversidade do corpo de Cristo:

“Se o pé disser: Porque não sou mão, não sou do corpo;

nem por isso deixará de ser do corpo. E se a orelha disser:

Porque não sou olho, não sou do corpo, nem por isso dei-

xará de ser do corpo. Se o corpo todo fosse olho, onde esta-

ria o ouvido? Se todo fosse ouvido, onde estaria o olfato?”.

3 A mutualidade do corpo de Cristo:

“E o olho não pode dizer à mão: Não tenho necessidade

de ti; nem ainda a cabeça aos pés: Não tenho necessida-

de de vós. Antes, os membros do corpo que parecem ser

mais fracos são necessários ... para que todos os mem-

bros tenham igual cuidado uns dos outros”.

5 . O F U N C I O N A M E N T O D A I G R E J A

Um dos aspectos de nossa humanidade criada à imagem e seme-lhança de Deus é a vocação para os relacionamentos interpessoais. O mistério da Santíssima Trindade indica que Deus é um só, mas em três pessoas: Deus é uma unidade perfeita de relacionamentos entre três pessoas que compartilham a mesma essência.

A igreja de Jesus funciona a partir de uma rede de relacionamentos interpessoais, bem exemplificado através da metáfora do corpo vivo (1Coríntios 12.12-31), onde todos os membros se necessitam e devem estar em contato harmônico uns com os outros para que não apenas eles mesmos sobrevivam, mas também e principalmente, para que o corpo inteiro seja preservado.

O Novo Testamento ensina que a rede de relacionamentos entre cristãos implica mutualidade. A expressão bíblica para tornar práti-ca esta mutualidade é “uns aos outros”, que chamamos de “manda-mentos recíprocos”, como por exemplo levar as cargas uns dos outros, aconselhar uns aos outros, confessar pecados uns aos outros, orar

c o m u n i d a d e d o a m o r 2 9

uns pelos outros. Por esta razão, cremos que tão certo quanto dizer que pessoas precisam de Deus, é afirmar que pessoas precisam de pessoas (Romanos 15.14; Gálatas 6.1,2; Colossenses 3.16; Tiago 5.16).

Nesse caso, compreendemos que uma igreja cristã é tão saudável quanto saudável sua rede de relacionamentos interpessoais. Com-preendemos também a diferença entre o ministério dos pastores da igreja e o ministério pastoral da igreja (1Tessalonicenses 5.12-14). De acordo com o Novo Testamento o ministério dos pastores da igreja é viabilizar a rede de relacionamentos de mutualidade para que a igreja cumpra seu ministério pastoral, a fim de que “todo o corpo, ajustado e unido pelo auxílio de todas as juntas, cresça e edifique a si mesmo, na medida em que cada parte cumpra a sua função” (Efésios 4.11-16).

C O N C L U S Ã O

O Senhor Jesus Cristo deixou claro qual seria a experiência espiritu-al que causaria maior impacto no mundo: “Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei, que tam-bém uns aos outros vos ameis. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros” (João 13.34,35).

i b a b : o q u e c r e m o s e c o m o q u e r e m o s v i v e r .3 0

P O N D O O S P É S N O C H Ã O

1 . Aliste os princípios fundamentais que você descobriu ou reafir-mou através deste estudo da palavra de Deus.

2 . Compartilhe suas respostas pessoais da fase Iluminando a pista.

3 . Aliste algumas razões pelas quais a integração na comunidade cristã local é imprescindível para a vida cristã saudável.

4 . Quais são os grandes obstáculos contemporâneos para a integra-ção de um cristão na comunidade cristã local?

5 . Qual é a diferença entre o ministério dos pastores da igreja e o ministério pastoral da igreja?

c o m u n i d a d e d o a m o r 3 1

6 . Como podemos harmonizar a responsabilidade dos pastores pela vida da igreja e a responsabilidade dos cristãos uns para com os outros?

7 . Quais são as maneiras pelas quais o amor pode se tornar prática na dinâmica cotidiana de uma comunidade cristã local?

8 . Como podemos avaliar se uma pessoa está de fato integrada em uma comunidade cristã local?

9 . Escreva uma oração que sintetize sua experiência estudando A Comunidade do Amor.

i b a b : o q u e c r e m o s e c o m o q u e r e m o s v i v e r .3 2

3 3

a c o m u n i d a d e d o c a r i s m a

S O B R E V O A N D O O T E X T O :

O ministério do Espírito

João 14.16,17, 25,26; 15.26,27; 16.7-15

O batismo no Espírito Mateus 3.11,12

O fruto do Espírito Gálatas 5.22,23

A vida no Espírito: Gálatas 5.16-26

A plenitude do Espírito

Efésios 5.18-21

Os dons do Espírito Romanos 12.5-8; Efésios 4.11; 1Coríntios 12-14;

1Pedro 4.10,11

As visitações do Espírito

Mateus 3.16,17; Lucas 10.21; Atos 4.31; 7.55

i b a b : o q u e c r e m o s e c o m o q u e r e m o s v i v e r .3 4

I L U M I N A N D O A P I S T A

1 . Qual é a relação entre o Espírito Santo e a conversão a Cristo?(João 3.1-16)

2 . Como a Bíblia descreve o relacionamento do discípulo de Jesus com o Espírito Santo? (1Coríntios 6.19,20)

3 . Quando começa o relacionamento de uma pessoa com o Espírito Santo? (Efésios 1.12-14)

4 . Qual é a relação entre o Espírito Santo e a participação do cristão no corpo de Cristo? (1Coríntios 12.12,13)

5 . O que o Espírito Santo faz pelos discípulos de Jesus? (Romanos 8.1-30)

c o m u n i d a d e d o c a r i s m a 3 5

6 . Qual a relação entre o Espírito Santo e a maturidade do discípulo de Jesus? Como você descreve um discípulo maduro? (2Coríntios 3.18)

7 . Como o Espírito Santo atua para promover a edificação do corpo de Cristo? (1Coríntios 12.1-31)

8 . Por que a participação nos ajuntamentos cristãos é importante para a vida cristã? (1Coríntios 14.26-40; Efésios 5.18-21)

A T E R R I S S A N D O N A P A L A V R A

I N T R O D U Ç Ã O

John Wimber dizia que a vida cristã é naturalmente sobrenatural, o que equivale dizer que somente se explica e se processa sob a interferência e ação do Espírito Santo de Deus. O relacionamento de um cristão com o Espírito Santo pode ser descrito através de cinco experiências.

1.O batismo no Espírito SantoA experiência do novo nascimento é também descrita como “batis-mo no Espírito Santo”, quando uma pessoa é selada com o Espírito, recebe o Espírito Santo (Atos 19.1,2; Romanos 8.9; Efésios 1.13,14). Por esta razão a Bíblia diz que o cristão é o templo do Espírito Santo, isto

i b a b : o q u e c r e m o s e c o m o q u e r e m o s v i v e r .3 6

é, é habitado pelo Espírito Santo (1Coríntios 3.16; 6.19,20). O Espírito Santo, entretanto, habita não apenas o cristão individualmente, mas também todos os cristãos como se fossem uma pessoa somente, por isso a Bíblia diz que no momento em que somos batizados no Espírito Santo, somos também integrados ao corpo de Cristo, a unidade mística de todos os discípulos de Jesus Cristo (1Coríntios 12.12,13).

Sendo assim, estes fatos simultâneos: selo, penhor, habitação e inte-gração no corpo de Cristo são identificados pela expressão batismo no Espírito Santo. E, considerando que batismo é uma palavra que signifi-ca imersão, podemos compreender que o cristão é aquele que foi imerso no Espírito Santo e em quem o Espírito Santo foi igualmente imerso.

2.O fruto do Espírito SantoUma vez em comunhão com o Espírito Santo, a Bíblia nos ensina que

devemos buscar ser cheios do Espírito Santo, isto é, viver na plenitude do Espírito, sendo guiados e totalmente controlados por ele.

Esta experiência de ser cheio do Espírito Santo é uma ordem para todos os cristãos e implica um processo de rendição ao Espírito Santo através do qual podemos experimentar mais e mais da vida de Cristo em nós (Gálatas 5.16-18; Efésios 5.18).

A grande evidência de que uma pessoa está rendida à influência do Espírito Santo é a manifestação do caráter de Cristo em sua vida. Este caráter foi descrito pelo próprio Senhor Jesus nas Bem-aventu-ranças (Mateus 5.1-12), e também pelo apóstolo Paulo, que o chamou de fruto do Espírito (Gálatas 5.22,23), indicando que não há esforço humano que possa produzir esta qualidade de vida, somente possível se o Espírito Santo a produzir.

3. Os dons do Espírito SantoConsiderando que os cristãos são habitados pelo Espírito Santo tan-

to individual quanto coletivamente, cada cristão na dinâmica de sua experiência comunitária, recebe uma prova da presença do Espírito Santo (1Corintios 12.7 - BLH). Estas manifestações do Espírito San-to na comunidade dos cristãos são chamadas de dons espirituais ou dons do Espírito, através dos quais todos os cristãos se abençoam

c o m u n i d a d e d o c a r i s m a 3 7

mutuamente para que experimentem mais e mais o caráter de Cristo, o fruto do Espírito, a qualidade da vida divina (Romanos 12.5-8; 1Co-ríntios 12-14; Efésios 4.11-16; 1Pedro 4.10,11).

De acordo com 1Coríntios 12 a 14, o maior texto bíblico a respeito deste assunto, podemos afirmar que:1. Todos os cristãos possuem dons espirituais (12.7)2. O Espírito Santo de Deus é quem determina quando, como e atra-

vés de quem se manifesta (12.11)3. Os dons espirituais existem para beneficiar a comunidade cristã

como um todo (12.7)4. Existe uma hierarquia de dons espirituais, sendo todos igualmen-

te importantes (12.21-25), mas nem todos circunstancialmente relevantes (12.28; 14.1)

5. Os dons espirituais devem ser exercidos na dinâmica do amor fraternal (13.1-13)

6. Os dons espirituais devem ser exercidos com decência e ordem de modo que seus propósitos de benefícios para toda a comunidade não sejam desvirtuados (14.33,40)

7. Os cristãos devem buscar conhecer e experimentar as manifesta-ções do Espírito Santo na vida em comunidade (12.31)

4. As visitações do Esírito SantoAs manifestações do Espírito Santo na vida dos cristãos e de suas comunidades geralmente acontecem a toda hora e todos os dias, num processo ininterrupto onde cada cristão é usado pelo próprio Espírito Santo para o bem comum. Isto quer dizer que nem todas as manifes-tações do Espírito Santo são espetaculares e explícitas. Jesus agiu no poder do Espírito Santo e liberou este poder para curar pessoas (Lu-cas 4.18-21), mas nem sempre estas manifestações poderosas foram acompanhadas de sinais externos visíveis ou sensíveis àqueles que estavam ao redor (Lucas 8.43-48).

Mas a Bíblia também registra momentos específicos quando o Es-pírito Santo manifesta sua presença de maneira eventual tendo em vista adensar a experiência de um cristão ou uma comunidade cristã em sua intimidade com Deus (Mateus 3.13-17; Lucas 10.21; Atos 2.1-4;

i b a b : o q u e c r e m o s e c o m o q u e r e m o s v i v e r .3 8

4.31; 7.55; 13.9). Esta experiência se explica pelo fato de que o Espírito Santo está não apenas EM o cristão e sua comunidade, mas também SOBRE o cristão e sua comunidade.

C O N C L U S Ã O

O batismo no ou com o Espírito Santo acontece no momento da con-versão a Cristo (Atos 19.2; Efésios 1.13,14; Romanos 8.9), e a partir de então o cristão entra em um relacionamento dinâmico com Deus. Neste relacionamento o cristão possui uma parcela considerável de responsabilidade para que o Espírito Santo atue livremente em sua vida e sua comunidade (1Coríntios 3.1; 12.31; Efésios 4.30; 5.18; 1Tes-salonicenses 5.19).

P O N D O O S P É S N O C H Ã O

1 . Aliste os princípios fundamentais que você descobriu ou reafir-mou através deste estudo da palavra de Deus.

2 . Compartilhe suas respostas pessoais da fase Iluminando a pista.

3. Por que o Espírito Santo é imprescindível para o êxito do discipulado?

c o m u n i d a d e d o c a r i s m a 3 9

4 . Faça uma avaliação de sua vida cristã à luz do fruto do Espírito.

5 . Quais são os aspectos do ministério do Espírito Santo que você mais deseja ou necessita?

6 . Você sabe quais são os seus dons espirituais? Isto é, você é capaz de identificar a maneira como o Espírito Santo geralmente se mani-festa através de você para abençoar pessoas?

7 . De que maneira você experimenta a presença de Deus? Quando foi a última vez que você percebeu ou discerniu claramente a presença e atuação de Deus ao seu redor?

8 . Escreva uma oração que sintetize sua experiência estudando A Comunidade do Carisma.

i b a b : o q u e c r e m o s e c o m o q u e r e m o s v i v e r .4 0

4 1

a c o m u n i d a d e d o r e i n o

S O B R E V O A N D O O T E X T O :

O significado do reino Mateus 4.23-25; Marcos 1.14,15; Efésios 1.10,18-

23; Filipenses 2.9-11; Colossenses 1.15-20

A promessa do reino Marcos 10.28-31; Lucas 20.35; 2Coríntios 4.16-

5.1; Judas 25

As dimensões do reino Marcos 1.14,15; Mateus 12.28; Lucas 4.19-21; Ro-

manos 8.18-25; 1João 3.2; Romanos 14.17; Lucas

17.20-24

Os sinais históricos do reino

Lucas 4.18-21; 7.20-24; Atos 2.22; Hebreus 2.1-4;

João 14.12-14; 17.18; 20.21

i b a b : o q u e c r e m o s e c o m o q u e r e m o s v i v e r .4 2

I L U M I N A N D O A P I S T A

1 . Qual foi a mensagem central de Jesus? (Marcos 1.14,15)

2 . Como Jesus demonstrou a realidade do reino de Deus? (Lucas 4.18-21; 7.20-22)

3 . Qual é a essência do reino de Deus? (Romanos 14.17)

4 . Qual é o papel da Igreja em relação ao reino de Deus? (Efésios 1.18-23)

5 . Você acredita que o reino de Deus pode ser implantado na terra? Por que? (Mateus 25.34; 26.29; Apocalipse 21.1-7)

c o m u n i d a d e d o r e i n o 4 3

A T E R R I S S A N D O N A P A L A V R A

I N T R O D U Ç Ã O

Os evangelhos registram que nenhum outro assunto mereceu tanta atenção de Jesus quanto o reino de Deus. A expressão basileia, com referência ao reino de Deus aparece 111 vezes no Novo Testamento. O ministério de Jesus pode ser descrito em resumo pelas seguintes pa-lavras: “Percorria Jesus todas as aldeias e cidades convocando todas as pessoas ao arrependimento para que pudessem entrar no reino de Deus” (Mateus 4.23-25; Marcos 1.14,15).

1 . O S I G N I F I C A D O D O R E I N O D E D E U S

Reino é uma expressão que denota autoridade e governo. Em termos simples, o reino de Deus eqüivale ao domínio de Deus sobre todas as coisas no céu, na terra e debaixo da terra, neste mundo e no mundo porvir (Efésios 1.10,18-23; Filipenses 2.9-11; Colossenses 1.15-20).

2 . A P R O M E S S A D O R E I N O D E D E U S

É evidente que, muito embora Deus seja soberano sobre todo o uni-verso criado, seu domínio ainda não é completo, de modo que muitas coisas acontecem ainda no mundo que contrariam a perfeita vontade de Deus. Haverá, entretanto, um dia, quando Deus exercerá seu do-mínio em perfeição, e esta é a grande esperança cristã: o novo céu e a nova terra (1Coríntios 15.13-28; Efésios 1.18-23; Apocalipse 21).

Os profetas afirmaram que Deus é tanto um Rei quanto aquele que se tornará Rei (Isaías 24.23; 33.22; 52.6,7; Sofonias 3.14-20; Zaca-rias 14.9). O Novo Testamento fala da era vindoura e do mundo porvir (Marcos 10.28-31; Lucas 20.35; 2Coríntios 4.16-5.1; Judas 25): o tempo quando o reino de Deus será consumado, e todos os filhos de Deus es-tarão à mesa para a celebração final (Mateus 25.34; 26.29).

3 . A S D I M E N S Õ E S D O R E I N O D E D E U S

3.1. Já e Ainda nãoO reino de Deus que será consumado no futuro escatológico já está

inaugurado na pessoa e obra de Jesus Cristo. Jesus é o portador do rei-

i b a b : o q u e c r e m o s e c o m o q u e r e m o s v i v e r .4 4

no de Deus, e em Cristo, todos já podemos experimentar os primeiros frutos da ação soberana de Deus na história e no universo (Marcos 1.14,15; Mateus 12.28; Lucas 4.19-21; Romanos 8.18-25; 1João 3.2).

Por esta razão podemos dizer que a vida cristã se processa no equi-líbrio entre o já e o ainda não. Por exemplo, já somos filhos de Deus, mas ainda não fomos plenamente transformados à imagem de Deus (1João 3.2); o diabo já está vencido, mas ainda não está impedido de atuar no mundo (Mateus 12.29); já estamos em Cristo, mas a nossa natureza humana que nos possibilita pecar ainda não foi completa-mente erradicada de nós (Romanos 6.4-7; 7.14-25).

Já recebemos a vida abundante que há em Jesus, mas ainda não fomos completamente redimidos das vulnerabilidades de nosso corpo mortal (João 5.24; 10.10; Romanos 8.18-23; 1João 5.11,12; 1Coríntios 15.42-49).

3.2.Dentro de vós e Sobre vósConsiderando que o reino de Deus é o domínio e o governo de Deus,

em primeiro lugar este reino deve se estabelecer em nossas vidas, de dentro para fora (Romanos 14.17), para que depois e gradativamente vá se estabelecendo à nossa volta. Jesus ensina que o reino de Deus não vem com visível aparência, de modo que os discípulos não devem ficar procurando onde está o reino, pois “ele está dentro de vós” (Lu-cas 17.20-24).

Mas Jesus também disse que deveríamos orar pedindo a Deus que seu reino viesse sobre nós, e que sua vontade fosse feita na terra como é feita no céu (Mateus 6.9). Nesse caso, podemos e devemos esperar os sinais históricos de que o Deus soberano está no controle, e mani-festando sua glória não somente em, mas também através daqueles que o buscam (Lucas 7.18-23).

4 . O S S I N A I S H I S T Ó R I C O S D O R E I N O D E D E U S

As primeiras palavras públicas de Jesus apontaram para o fato de que o reino de Deus havia sido inaugurado (Lucas 4.18-21). Jesus cha-ma para si o cumprimento da profecia messiânica e a promessa de um reino de paz e justiça proclamada por Isaías (61.1-3; 7.14,15; 9.6,7). Os sinais realizados por Jesus foram confirmações de que ele era mesmo o Messias prometido (Lucas 4.18-21; 7.20-24; Atos 2.22; Hebreus 2.1-4).

c o m u n i d a d e d o r e i n o 4 5

A Igreja, responsável por dar continuidade ao ministério terreno de Jesus (João 14.12-14; 17.18; 20.21), deve fazer as mesmas obras de Je-sus. Evidentemente, não estamos falando necessariamente de andar sobre as águas, multiplicar pães e peixes, acalmar tempestades e fa-zer murchar figueiras, pois nem mesmo os apóstolos realizaram tais feitos. Estamos falando sim dos sinais indicados em Lucas 4.18-21, que podemos resumir em três palavras:

Salvação a reconciliação do ser humano com Deus

Libertação a liberdade da escravidão do império das trevas

Restauração a reconstrução da vida em todas as suas dimensões

5 . A R E L A Ç Ã O M U N D O - I G R E J A - R E I N O

A expressão “mundo”, na Bíblia, possui pelo menos três significados. A palavra é usada para designar o universo criado, a terra, o cosmos (Salmo 24.1). Pode também se referir a um sistema de vida, um espí-rito de época (Romanos 12.2; 1João 2.15-17). Finalmente, pode designar pessoas, nesse caso, “mundo humanidade” (João 3.16).

O propósito eterno de Deus é o estabelecimento do seu reino: seu domínio de fato e de direito de Deus sobre o mundo em todas as suas dimensões.

Todos os cristãos, esperamos o dia quando a terra se encherá do co-nhecimento da glória do Senhor como as águas cobrem o mar, conforme profetizado no Antigo testamento pelo profeta Habacuque (2.14).

A igreja de Jesus Cristo possui um papel extraordinário na concreti-zação deste propósito. A igreja, portanto, é a parte do mundo-huma-nidade, submissa ao domínio de Deus e responsável por sinalizar o reino de Deus historicamente (Efésios 1.18-23). É fato que a igreja não está implantando o reino de Deus, pois ele será implantado apenas na eternidade, quando o Filho do Homem vier em toda a sua glória (Ma-teus 25.31-46). Mas a igreja está anunciando o reino de Deus e convo-cando as pessoas a que se arrependam para que possam entrar e fazer parte deste reino (João 3.1-8). E, enquanto anuncia o reino, a igreja é também um sinal de que este reino está presente (Mateus 5.13-16).

i b a b : o q u e c r e m o s e c o m o q u e r e m o s v i v e r .4 6

C O N C L U S Ã O

A visão do propósito de Deus em estabelecer seu reino eterno promove a harmonia de todos os módulos que estudamos até agora. Observe:

A Cruz Foi na cruz que Jesus venceu e constituiu pessoas de

toda tribo, raça língua e nação como reino e sacerdo-

tes para Deus. É em resposta à obra da cruz, aos benefí-

cios da cruz e aos imperativos da cruz que a igreja existe

(Mateus 28.28-20; Colossenses 2.13-15; 1Coríntios 2.1-5;

Apocalipse 5.9,10).

A Vida Aquele que está em Cristo passou pelo novo nascimen-

to, que gerou o novo homem, que experimenta a nova

vida. A salvação em Cristo, portanto, é essencialmente

um tipo de relacionamento com Deus no qual o Espírito

Santo nos possibilita experimentar mais e mais a vida

abundante que há em Jesus (Mateus 5-7; Romanos

8.28-30; 2Coríntios 3.18; 5.17; Gálatas 4.19; Efésios

4.12,13; Colossenses 1.28).

O Amor Todos quantos nasceram de novo em Cristo são desafia-

dos a expressar o amor de Cristo, testemunhando assim

que são de fato discípulos de Cristo. Nesta dinâmica de

relacionamentos cremos que tão certo quanto dizer que

pessoas precisam de Deus, é afirmar que pessoas pre-

cisam de pessoas (Mateus 16.13-20; João 13.34,35; Atos

2.41-47).

c o m u n i d a d e d o r e i n o 4 7

O Carisma A autoridade de Cristo compartilhada com a Igreja para

que ela seja um sinal histórico do reino de Deus é acom-

panhada da promessa do derramamento do Espírito

Santo sobre toda a carne. A igreja de Cristo é portanto

capacitada através do batismo no Espírito, para que ex-

perimente o fruto do Espírito, na dinâmica dos dons do

Espírito, sob constantes visitações do Espírito (Joel 2.28-

32; Atos 1.8; Atos 2.16-21).

O Reino A igreja de Cristo é portadora da promessa do reino, pro-

tagonista dos sinais históricos do reino, e vive na espe-

rança da consumação do reino (Marcos 1.14,15; Mateus

12.28; João 14.12-18; Apocalipse 21.1-7).

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P O N D O O S P É S N O C H Ã O

1 . Aliste os princípios fundamentais que você descobriu ou reafir-mou através deste estudo da palavra de Deus.

2 . Compartilhe suas respostas pessoais da fase Iluminando a pista.

3 . Como o conceito do estabelecimento perfeito do reino de Deus ajuda você a compreender o novo céu e a nova terra?

4 . Quais são os sinais contemporâneos da presença do reino de Deus?

5 . Quais são algumas maneiras práticas de sua comunidade cristã local sinalizar o reino de Deus na história?

c o m u n i d a d e d o r e i n o 4 9

6 . Como você interpreta a promessa de Jesus: “Aquele que crê em mim fará também as obras que tenho realizado. Fará coisas ainda maiores do que estas”? (João 14.12-14)

7 . Descreva com suas palavras a relação entre os conceitos CRUZ – VIDA – AMOR – CARISMA – REINO.

8 . Escreva uma oração que sintetize sua experiência estudando A Comunidade do Reino.

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5 1

a c o m u n i d a d e d a v i s ã o

S O B R E V O A N D O O T E X T O :

Visão Mateus 5.1-16; Lucas 4.18-21; João 14.12-14;

Missão Mateus 28.18-20; Marcos 16.15; João17.18; 20.21

Filosofia Atos 2.41-47; 7.47-50; 1Coríntios 10.31; Colos-

senses 2.16,17;

Ministério 1Tessalonicenses 5.12-14; 1Pedro 2.9,10;

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I L U M I N A N D O A P I S T A

1 . Qual é a tarefa permanente (missão) da Igreja?

2 . Quais são os sinais históricos do reino de Deus? (Lucas 4.18-21; 11.20)

3 . Como podemos descrever a obra de Cristo na vida de uma pes-soa? (Marcos 5.1-20)

4 . Como podemos descrever o cotidiano de uma comunidade cristã? (Atos 2.41-47)

5 . Como podemos aplicar 1Coríntios 10.31 na vida de um cristão e sua comunidade?

c o m u n i d a d e d a v i s ã o 5 3

A T E R R I S S A N D O N A P A L A V R A

V I S Ã O

A visão descreve um status futuro de uma organização. Olhando para o futuro, como imaginamos a IBAB? O que queremos ser, como igreja, no futuro?

Nossa resposta é bíblica. A IBAB quer ser um sinal histórico do reino de Deus. Cremos que o ministério da Igreja é extensão do mi-nistério terreno de Jesus: “assim como o Pai me enviou ao mundo, eu também vos envio” (João 17.18; 20.21). Nesse caso, cremos que Jesus inaugurou o reino de Deus, isto é, começou a trazer de volta todo o Universo criado para o controle de fato e de direito de Deus. Com Jesus, à vontade de Deus começa a ser feita na terra assim como é feita no céu (Mateus 6.10). A IBAB quer poder dizer a mesma coisa que Jesus dizia aos seus contemporâneos: “o reino de Deus chegou até vós” (Lucas 11.20).

Por ser uma extensão do ministério terreno de Jesus, a igreja, e, portanto, a IBAB, deve protagonizar os mesmos fenômenos através dos quais Jesus sinalizava a chegada do reino de Deus. Não esta-mos falando, entretanto, de sinais e milagres, mas sim dos frutos do ministério de Jesus, que resumimos em três expressões: salvação, libertação e restauração. Através do ministério de Jesus as pessoas se reconciliavam com Deus e eram salvas, eram libertas da escravi-dão do império das trevas, e tinham suas vidas completamente res-tauradas. O melhor exemplo desta ministração integral é o chamado “endemoninhado gadareno” (Marcos 5.1-20).

A IBAB quer ser um sinal histórico do reino de Deus. Olhando para o futuro, vemos que a IBAB, sendo uma comunidade cristã, pode ser comparada a “uma cidade edificada sobre o monte”, composta por pessoas transformadas por Jesus (Mateus 5.1-12), ativas em boas obras que servem de sinal da presença e manifestação de Deus no mundo (Mateus 5.13-16).

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M I S S Ã O

Para concretizar sua Visão de ser um sinal histórico do reino de Deus, a IBAB possui uma Missão. Enquanto a Visão descreve o status futu-ro, a Missão descreve a atividade permanente da organização. Isto é, o que a IBAB precisa fazer para se tornar um sinal histórico do reino de Deus? A resposta a esta pergunta define a Missão da IBAB.

A missão deixada pelo Senhor Jesus aos primeiros discípulos deve ser o referencial para a missão da Igreja (Mateus 28.18-20; Marcos 16.15; Lucas 24.46,47; Atos 1.8). Dos registros da chamada Grande Comissão podemos deduzir alguns princípios fundamentais:1. A abrangência da missão da Igreja é ilimitada. O texto de Mateus

fala a respeito de toda autoridade, toda a divindade, todas as nações, todas as ordens do novo Rei, todos os dias. A abrangência deste co-missionamento indica que a missão da Igreja extrapola a conversão do indivíduo, sendo, na verdade, um projeto global de redenção.

2. O conteúdo da proclamação da Igreja envolve “todas as coisas que Jesus mandou”, e isto abrange muito mais do que o plano da salvação. O evangelho todo, ou “todo o conselho de Deus”, como disse o apóstolo Paulo (Atos 20.27), inclui a totalidade do propósi-to de Deus para a sua criação.

3. O comissionamento da Igreja está alicerçado no fato de que toda a autoridade está de volta nas mãos do Senhor Jesus. A Igreja é responsável por proclamar que o Universo tem um novo soberano, que o tempo da rebeldia cessou e que o reino de Deus foi inaugu-rado. Esta, na verdade, é a boa nova: haverá uma “consumação dos séculos”, um fim bom para a criação e a instalação do reino eterno de Deus, e dele farão parte todos aqueles que a partir de agora se submeterem ao novo Rei, todos aqueles que se “arrepen-derem, e forem redimidos de seus pecados” (Marcos 1.14).

O fim último da missão da Igreja não é a conversão em massa de pe-cadores, mas a instalação definitiva do reino de Deus: “Santificado seja o teu nome, venha o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na Terra como no céu” (Mateus 6.9,10). Como bem disse John Stott “não devemos separar a salvação do reino de Deus. Na Bíblia, estes dois são virtual-mente sinônimos, modelos alternativos que descrevem a mesma obra de

c o m u n i d a d e d a v i s ã o 5 5

Deus. Quando Jesus disse aos seus discípulos: ‘quão difícil é entrar no reino de Deus’, parece ter sido natural que eles respondessem com a per-gunta: ‘Então, quem pode ser salvo?’ (Marcos 10.24-26). É evidente que, para eles, entrar no reino de Deus era o mesmo que ser salvo”.

Em síntese, Deus não está resgatando apenas pessoas, está resga-tando o Universo e restaurando a plena ordem e harmonia cósmica sob os pés do Senhor Jesus. À luz desta compreensão, devemos con-cordar com o relatório do Congresso Mundial de Evangelização Lau-sanne quando afirma que a missão da Igreja é levar o evangelho todo para o homem todo, para todos os homens, promovendo a manifesta-ção histórica do reino de Deus como um sinal do que serão o novo céu e a nova terra. Isto define a ação integral da Igreja, que deve estar no mundo como o Senhor Jesus no mundo esteve: “Assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós” (João 20.21).

A missão da Igreja, e por conseguinte da IBAB, é levar o evangelho todo para o homem todo.

Quando falamos em evangelho todo, consideramos que evangelizar é, literalmente, anunciar boas notícias. Mas, que boas notícias são estas? São as notícias a respeito do reino de Deus, inaugurado no ministério terreno de Jesus Cristo. Evangelizar é convocar pessoas para que se rendam ao novo Rei para que possam participar do seu reino eterno, o que implica no apêlo à conversão mediante o arre-pendimento e a fé, bem como no desafio do discipulado, mediante o “negar-se a si mesmo” para seguir integralmente a Jesus (Mateus 16.24,25). A IBAB compreende que evangelizar é mais do que fazer convertidos, é fazer discípulos que obedecem todas as coisas que Je-sus mandou (Mateus 28.19,20). A evangelização bíblica insiste que a conversão não é um ponto de chegada, mas apenas o início de uma nova vida, agora completamente submissa a Jesus Cristo, sob a ação do Espírito Santo de Deus (2Coríntios 5.14,15).

Também, quando falamos em homem todo, lembramos do ditado que diz: “Corpo sem alma é defunto; alma sem corpo é fantasma”. O evangelho destina-se ao ser humano completo: corpo, alma, espírito; e, portanto, diz respeito às questões emocionais, psíquicas, sociais, intelectuais, físicas e, principalmente, espirituais.

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O homem não é um ser compartimentalizado. É uma unidade indivi-sível, sendo que suas dimensões de vida estão entrelaçadas e afetando-se mutuamente. O evangelho, porque é relevante para o espírito - que é a dimensão fundamental da vida humana - também é relevante para a saúde física, mental, psíquica, relacional, enfim, saúde integral.

Integral é, portanto, o adjetivo chave da missão da IBAB no mundo. O evangelho que anunciamos é integral, completo, o evangelho todo. E de igual modo, falamos ao ser humano integral, completo, o homem todo.

Por estas razões, definimos que a missão da IBAB é levar o evange-lho todo para o homem todo.

F I L O S O F I A D E M I N I S T É R I O

Sabemos que a IBAB quer ser um sinal histórico do reino de Deus. Para que isso aconteça, a IBAB deve levar o evangelho todo para o ho-mem todo. Mas, cada igreja tem sua própria maneira de cumprir sua missão. Esta maneira peculiar, este jeito próprio de ser, chamamos de filosofia de ministério. A filosofia diz respeito às ênfases e valores peculiares de cada igreja local. É no conceito de filosofia que as co-munidades deixam transparecer seu jeito de pensar e seus padrões de comportamento.

Nesse caso, não podemos encontrar uma filosofia de ministério co-mum a todas as Igrejas. Cada comunidade cristã é responsável por elaborar sua filosofia à luz das bases bíblicas e teológicas.

A IBAB deriva sua filosofia avaliando a realidade religiosa contemporâ-nea à luz dos referenciais do Velho e Novo Testamentos, como segue:

Estrutura Velho testamento Hoje Novo testamento

Atividade Culto (Dt 12.11,12) Culto Todas (1Co 10.31)

Dia Sábado (Ex 20.8) Domingo Todos (Cl 2.16,17)

Local Templo (2Cr 7.12) Templo Todos (At 7.47-50)

Pessoas Sacerdotes (Dt 18.1-8) Pastores Todas (1Pe 2.9,10)

c o m u n i d a d e d a v i s ã o 5 7

Não bastasse o padrão bíblico neotestamentário, a própria missão da IBAB nos empurra para fora dos limites culto-clero-domingo-templo. Uma igreja que pretende levar o evangelho todo para o ho-mem todo não pode ficar restrita aos eventos esporádicos de finais de semana.

À luz desta compreensão, a IBAB declara que sua filosofia de mi-nistério implica priorizar relacionamentos envolvendo todos os seus membros além dos limites culto-clero-domingo-templo. Esta declaração de filosofia traz consigo três princípios fundamentais da Escritura.

1 . P e s s o a s p r e c i s a m d e D e u s ;

p e s s o a s p r e c i s a m d e p e s s o a s .

Relacionamentos é a palavra chave da vida da IBAB. Toda a Escri-tura está alicerçada na afirmação de Deus: “Não é bom que o homem esteja só” (Gênesis 2.18). Desde então, “melhor é serem dois do que um” (Eclesiastes 4.12). Cremos na Igreja como corpo de Cristo, no sentido em que Cristo age no mundo através da Igreja (Atos 1.1); isto é, Cristo age no mundo através de pessoas.

Discipulado se faz através de relacionamentos. Discipular é ensinar a guardar todas as coisas que o Senhor Jesus mandou (Mateus 28.19,20). Paulo, apóstolo fez isso mostrando os bastidores de sua vida para que seus discípulos pudessem ver o evangelho funcionando (2Timóteo 3.10-12).

O cuidado do rebanho se faz através de relacionamentos, pois “admo-estar os insubordinados, consolar os desanimados e amparar os fracos” é dever de todos os cristãos (1Tessalonicenses 5.14), mesmo porque a dinâmica da igreja está alicerçada nos mandamentos recíprocos (uns aos outros), abundantemente enfatizados no Novo Testamento.

Ministérios são desenvolvidos através de relacionamentos. Minis-tério, serviço, não é algo ligado a estruturas e programas, mas sim a pessoas. Não importa qual seja a área de atuação da igreja, A IBAB se propõe a desenvolvê-la através de relacionamentos. Não basta a oferta financeira mensal para missões, é necessário o contato com os missionários no campo. Não enfatizamos a evangelização em massa, mas sim o evangelismo pessoal. Não nos contentamos em distribuir

i b a b : o q u e c r e m o s e c o m o q u e r e m o s v i v e r .5 8

cestas básicas aos necessitados, mas nos preocupamos em atender às necessidades integrais daqueles que recebem nossa ajuda. Enfim, va-lorizamos sempre o contato pessoa-pessoa.

2 . T o d o c r i s t ã o é u m m i n i s t r o .

Uma das mais extraordinárias verdades resgatadas pela Reforma Protestante foi a doutrina do sacerdócio universal de todos os cris-tãos. Isto é, todos os cristãos têm livre acesso a Deus por meio de Jesus Cristo, e todos os cristãos têm a autoridade e todos os recursos necessários para representar o Senhor Jesus no mundo.

Isto implica dizer que o ministério é tarefa de todo o povo de Deus, e não apenas dos ministros ordenados. Ministério não é apenas o tra-balho dos pastores da Igreja. Todo serviço cristão realizado por amor a Cristo e ao próximo é ministério (gr. diakonia).

O Espírito Santo dá dons e ministérios a todos e cada um dos cristãos (1Coríntios 12.4-7, 11; 1Pedro 2.9,10), e justamente nesta compreensão é que afirmamos que todo cristão é um ministro, o que justifica o fato de que a IBAB quer cumprir sua missão através de todos os seus membros.

A edificação (crescimento qualificado) de uma comunidade cristã está na proporção direta de sua capacidade de mobilizar todos os seus membros à luz dos dons espirituais e ministérios pessoais.

3 . A I g r e j a é o c o r p o v i v o d e C r i s t o

A ênfase em relacionamentos e a convicção de que todo cristão é um ministro, apontam para o fato de que a IBAB não é apenas uma “comunidade reunida para culto”, mas um organismo vivo que, atra-vés de seus membros, se espalha por todos os lugares, todos os dias, fazendo tudo para a glória de Deus (1Co 10.31). O ministério de uma igreja não é medido pelo número de pessoas que freqüentam seus cul-tos, mas pela dinâmica de vida dessas pessoas no dia-a-dia da comu-nidade cristã e seu serviço no mundo.

Nesse contexto, os pequenos grupos ocupam lugar central no co-tidiano IBAB. Pequenos Grupos são células de 3 a 12 pessoas, com afinidades, e comprometidas entre si, que buscam aprofundar seus

c o m u n i d a d e d a v i s ã o 5 9

relacionamentos com Cristo e experimentar a realidade do corpo de Cristo, a partir de reuniões regulares.

A IBAB, portanto, quer levar o evangelho todo todos os dias, em to-dos os lugares, através de todas as atividades de todos os seus mem-bros. Mais uma vez, a palavra integral qualifica a IBAB e sua rede de relacionamentos e ministérios.

D E C L A R A Ç Ã O D E V I S Ã O I B A B

A IBAB quer ser um sinal histórico do reino de Deus, levando o evange-lho todo para o homem todo, priorizando relacionamentos envolvendo todos os seus membros, além dos limites culto-clero-domingo-templo.

i b a b : o q u e c r e m o s e c o m o q u e r e m o s v i v e r .6 0

P O N D O O S P É S N O C H Ã O

1 . Como podemos saber se uma igreja local é um sinal histórico do reino de Deus?

2 . Qual é a sua contribuição pessoal para que sua igreja se torne um sinal histórico do reino de Deus?

3 . Quais são as diferentes maneiras como uma igreja pode levar o evangelho todo para o homem todo?

4 . Por que os relacionamentos pessoais são imprescindíveis à saúde integral do cristão e sua comunidade?

c o m u n i d a d e d a v i s ã o 6 1

5 . Descreva com suas próprias palavras a Visão IBAB.

6 . Imagine que uma reportagem especial a respeito da IBAB será publicada na edição de domingo de um grande jornal. Quais seriam algumas fotos (registros de atividades) que você recomendaria para comunicar que a IBAB é um sinal histórico do reino de Deus? Em quais fotos você apareceria? O que você estaria fazendo na foto?

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d e c l a r a c ã o d e d o u t r i n a e c o n d u t a

1 . A existência de um só e eterno Deus: Pai, Filho e Espírito Santo, um em essência e trino em pessoas;

1 . 1 . Deus Pai, eterno, criador e sustentador de todo o universo, oni-potente, onisciente e onipresente, santo, soberano sobre tudo e todos, antes e agora, e para todo o sempre.

1 . 2 . Deus Filho, eterno, unigênito de Deus Pai, encarnado, imacula-do, Cordeiro de Deus, morto e ressurreto, único Mediador entre Deus e os homens;

1 . 3 . Deus Espírito Santo, eterno, Deus que habita em cada um e todos os que crêem, a Igreja, Consolador, intercessor, que atua para convencer o homem de seu pecado, da justiça em Cristo, e do juízo de Deus, e unge e capacita a Igreja para a continuidade da missão de Je-sus Cristo no mundo.

2 . A inspiração divina, veracidade e integridade da Bíblia, tal como foi revelada originalmente, e sua suprema autoridade em assuntos de fé e conduta;

3 . A criação do universo em perfeita harmonia, e do ser humano à imagem e semelhança de Deus;

4 . A pecaminosidade universal e a culpabilidade de todos os ho-mens, desde a queda de Adão, e a conseqüente sujeição de todos os homens à ira da condenação de Deus, e a corrupção e degeneração de todo o universo criado;

5 . A redenção da culpabilidade, pena, domínio e corrupção do peca-do, somente por meio da morte expiatória do Senhor Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus, nosso representante substituto, que através do seu sangue satisfez a justiça de Deus e triunfou sobre a morte, o Diabo e seus anjos maus, por toda a eternidade;

6 3

6 . A ressurreição corporal do Senhor Jesus Cristo e sua ascensão à direita de Deus Pai;

7 . A justificação do pecado somente pela graça de Deus, por meio da fé em Jesus Cristo , mediante ação do Espírito Santo;

8 . A vida cristã como resultado da obra redentora de Deus, como for-mação da imagem (caráter) de Cristo nos que crêem, que se expressa em seu interior como fruto do Espírito Santo, e visivelmente na socie-dade através da conduta ética à luz dos preceitos do Novo Testamento;

9 . A única igreja santa e universal, que é o corpo de Cristo, sendo Ele mesmo seu edificador e Cabeça, à qual pertencem todos os que crêem, e que, na terra, se manifesta através de comunidades cristãs locais;

1 0 . O reino de Deus como domínio de Deus, de fato e de direito, so-bre tudo e todos, inaugurado e manifesto na história através de Jesus e sua Igreja, e que se consumará na eternidade quando todos os ini-migos de Deus forem definitivamente vencidos e postos sob os pés de Jesus Cristo, para a glória de Deus Pai;

1 1 . A missão da Igreja como extensão da missão de Jesus Cristo, a saber, “levar o evangelho todo para o homem todo”, convocando todos os homens à participação no reino de Deus;

1 2 . A segurança da segunda vinda de Jesus Cristo em corpo glorifica-do; a ressurreição dos mortos, a vida eterna dos salvos e a condenação de todos os que não crêem; e a consumação do eterno reino de Deus.

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