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CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Câmara de Pesquisa e Desenvolvimento Profissional Home page: www crc.org.br - E-mail: [email protected] ICMS - Atualização de Procedimentos Fiscais Samanta Pinheiro da Silva [email protected] Rio de Janeiro Atualização: 28/08/2011

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CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Câmara de Pesquisa e Desenvolvimento Profissional Home page: www crc.org.br - E-mail: [email protected]

ICMS - Atualização de Procedimentos Fiscais Samanta Pinheiro da Silva

[email protected]

Rio de Janeiro

Atualização: 28/08/2011

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ICMS - Atualização de Procedimentos Fiscais

Sumário

Conceitos Introdutórios A Hierarquia da Legislação 4 Obrigação Tributária 7 Primeira Parte – Conceitos Básicos estabelecidos na Legislação do ICMS

ICMS Previsão Constitucional e Legislação Complementar 8 Princípios Gerais do ICMS 10 Definição Termos Comuns à Matéria 11 Fatos Geradores do ICMS 12 Momento de Incidência 12 Contribuinte 13 Base de Cálculo 13 Alíquotas 14 Técnica de Arrecadação 17 Segunda Parte – Emissão e Recepção de Documentos Fiscais Procedimentos Gerais de Emissão e Recepção de Documentos 19 Terceira Parte – As principais hipóteses de documentos Fiscais Devolução de Mercadoria 25 Remessa para Industrialização/Conserto/Reparo 25 Brindes 25 Venda de Sucata 26 Venda de Ativo Imobilizado 27 Nota Fiscal Complementar/Suplementar 28 Venda para Entrega Futura 28 Quarta Parte – ICMS – Outras Obrigações Acessórias Regras Gerais de Escrituração 29 Livros Fiscais Obrigatórios 29 Exercicios 33 Anexos 40

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ICMS - Atualização de Procedimentos Fiscais Este seminário objetiva orientar sobre os procedimentos fundamentais para cumprimento das obrigações principal e acessória do ICMS - Imposto sobre Circulação de Mercadorias de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação, assim como suas regras gerais de escrituração.

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CONCEITOS INTRODUTÓRIOS 1 - A HIERARQUIA DA LEGISLAÇÃO Devido a estrutura de poderes de nosso país, uma confederação presidencialista , várias são as instituições com poderes de regular e normatizar as relações: do Estado com as pessoas, de uma pessoa com outra, de uma unidade da federação com outra e etc.. Assim fez-se necessário determinar uma ordem hierárquica para os atos legais, de forma a prevalecer uma estrutura de poder harmônica entre os diversos Entes da Federação. Como Regra Geral, podemos ilustrar a estrutura hierárquica dos dispositivos legais no tocante ao ICMS da seguinte forma:

CONSTITUIÇÃO

FEDERAL E EMENDAS À

CONSTITUIÇÃO

NORMAS COMPLEMENTARES A CONSTITUIÇÃO:

LEIS COMPLEMENTARES

NORMAS ORDINÁRIAS:

LEIS/MEDIDAS PROVISÓRIAS

DECRETOS

RESOLUÇÕES

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2 – PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS. 2.1 – PRINCÍPIOS TRIBUTÁRIOS. 2.1.1 – PRINCÍPIO DA LEGALIDADE. O princípio da legalidade em matéria tributária encontra-se expresso no artigo 150, I da CRFB/88 da seguinte forma: “Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça”. Neste sentido, ensejamos alguns comentários importantes sobre o tema: Primeiro, o presente princípio faz referência à lei em sentido estrito. Assim, o tributo pode ser instituído ou majorado por lei ordinária ou espécie legislativa com a mesma eficácia, como, por exemplo, medida provisória. Segundo, as matérias submetidas à reserva legal estão disciplinadas nos incisos do artigo 97 do CTN. Art. 97. Somente a lei pode estabelecer: I - a instituição de tributos, ou a sua extinção; II - a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65; III - a definição do fato gerador da obrigação tributária principal, ressalvado o disposto no inciso I do § 3º do artigo 52, e do seu sujeito passivo; IV - a fixação de alíquota do tributo e da sua base de cálculo, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65; V - a cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a seus dispositivos, ou para outras infrações nela definidas; VI - as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários, ou de dispensa ou redução de penalidades. § 1º Equipara-se à majoração do tributo a modificação da sua base de cálculo, que importe em torná-lo mais oneroso. § 2º Não constitui majoração de tributo, para os fins do disposto no inciso II deste artigo, a atualização do valor monetário da respectiva base de cálculo. É oportuno destacar que a concessão de benefícios fiscais também só pode ser feita através de lei, e esta deve ser específica por força do §6º do artigo 150 da CRFB/88.

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2.1.2 – PRINCÍPIO DA ISONOMIA. O princípio da isonomia tributária está previsto no art. 150, II da CRFB/88, que assim dispõe: “Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos”. Este princípio é decorrente do princípio da igualdade que determinada que todos são iguais perante à lei. Na prática, o legislador deveria estabelecer critérios de discriminação de acordo com a capacidade contributiva de cada um a fim de alcançar a justiça no plano social. 2.1.3 – PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE. Este princípio encontra-se disposto no artigo 150, III, a da CRFB/88, da seguinte forma: “Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: III - cobrar tributos: a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado”. Não há dúvida sobre a necessidade da lei tributária estar apta a produzir efeitos para incidir sobre situações que se amoldem à previsão do nascimento da obrigação tributária. Exemplo: se uma lei, publicada em 09/09/XX, permite que uma nova situação seja fato gerador do ICMS, ela só alcançará estas situações a partir do período seguinte, ou seja, ano X1, por se tratar de fato gerador periódico simples e estar sujeito ao princípio da irretroatividade. 2.1.4 – PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE DO EXERCÍCIO. Este princípio está previsto no artigo 150, III, b da CRFB/88, da seguinte forma: “sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: III - cobrar tributos: b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou.” Na mesma linha de raciocínio, este princípio protege o contribuinte de eventuais abusos do poder público na ânsia de arrecadar. Encontra-se como corolário do princípio da não-surpresa, permitindo ao contribuinte se adaptar às mudanças da lei. Ele apresenta as seguintes exceções, dentre elas o II, IE, IPI e IOF. (artigo 150, §1°, da CRFB/88 , finalidade extrafiscal ), Impostos Extraordinários de Guerra , em virtude da própria aplicabilidade de tal imposto, Empréstimos compulsórios, INSS, ICMS monofásico e CIDE- Combustível. 2.1.5 – PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE NONAGESIMAL OU NOVENTENA. Este princípio apresenta-se como regra geral, prevista no artigo 150, III, c da CRFB/88, da seguinte forma: “Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: III - cobrar tributos: c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b”. Exemplificando, caso um tributo seja majorado até o dia dois de outubro de determinado ano, poderá ser cobrado no ano seguinte, uma vez que estarão satisfeitas as regras da anterioridade e da noventena. Porém, se esta lei for publicada partir do dia três de outubro, o tributo só poderá ser

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cobrado em meados de janeiro do ano seguinte, devendo ser respeitado o prazo de 90 dias da publicação da lei que o instituiu ou aumentou. 2.1.6 – PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO AO CONFISCO. Encontra-se previsto no artigo 150, IV da CRFB/88, que assim dispõe: “Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: IV - utilizar tributo com efeito de confisco”. Este princípio determina que a tributação deve ser feita de forma coerente com a capacidade contributiva do sujeito, não podendo inviabilizar as atividades lícitas do contribuinte. O problema da aplicação do princípio em tela é que o conceito do que seria confisco é subjetivo, cabendo ao juiz no avaliar a situação, a fim de saber se a tributação configura hipótese de confisco ou não. 2- OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA A. Aspectos Gerais da obrigação tributária

O Código Tributário Nacional divide a obrigação tributária em duas partes distintas: principal

e acessória.

A obrigação tributária é principal quando os atos praticados resultam no pagamento do tributo ou de penalidade pecuniária (artigo 113, parágrafo 1º do CTN).

A obrigação é acessória quando implica no cumprimento das obrigações que constituam

interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos (artigo 113, parágrafo 2º, do CTN). São exemplos: emissão de Notas Fiscais, preenchimento de Livros Fiscais, entrega de guias etc.

B. Sujeitos Passivos da Obrigação Tributária

Contrapõe-se ao sujeito ativo, que é o Estado, são aqueles que tem a obrigação de recolher e de prestar informações a respeito do tributo.

Dependendo da sua relação com o fato gerador da obrigação tributária, o sujeito passivo

divide-se em: a) Contribuinte: nos casos em que tiver relação pessoal e direta com a situação que

constitua o fato gerador. Contribuinte, portanto, é aquele que enseja a ocorrência do fato gerador (artigo 121, I, do CTN).

b) Responsável: aquele que, mesmo sem revestir a condição de contribuinte (não ensejando

a ocorrência do fato gerador), veja-se obrigado ao recolhimento do tributo em decorrência de disposição legal (artigo 121, II, do CTN).

Vamos analisar agora nos tópicos seguintes os procedimentos específicos previstos na legislação do ICMS.

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PRIMEIRA PARTE – Conceitos Básicos Estabelecidos na Legislação do ICMS

1. PREVISÃO CONSTITUCIONAL E LEGISLAÇÃO COMPLEMENT AR O Inciso II do Art. 155 da CF, abaixo transcrito, permite aos Estados e ao Distrito Federal instituírem o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços de Transporte Intermunicipal e Interestadual e de Comunicação (ICMS). “Art.155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir imposto sobre: .............................................................................................................................................. II – operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior;” Já o § 2º e seus incisos, do mesmo Art. 155 da CF, define as regras gerais que regerão este tributo. Transcrevemos, a seguir, aquelas regras que julgamos mais importantes e pertinentes ao presente seminário. “§ 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte:

I - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal; II - a isenção ou não incidência, salvo determinação em contrário da legislação: a) não implicará crédito para a compensação com o montante devido nas operações ou prestações seguintes; b) acarretará a anulação do crédito relativo às operações anteriores; III - poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços; IV - ........................................................................................................................................... V - ............................................................................................................................................ VI - salvo deliberação em contrário e dos Estados e do Distrito Federal, nos termos do disposto no Inciso XII, g, as alíquotas internas, nas operações relativas à circulação de mercadorias e nas prestações de serviços, não poderão ser inferiores às previstas para as operações interestaduais; VII - em relação às operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final localizado em outro Estado, adotar-se-á: a) a alíquota interestadual, quando o destinatário for contribuinte do imposto; b) a alíquota interna, quando o destinatário não for contribuinte dele;

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VIII .......................................................................................................................................... IX - incidirá também: a) sobre a entrada de mercadoria importada do exterior, ainda quando se tratar de bem destinado a consumo ou ativo fixo doe estabelecimento, assim como sobre serviço prestado no exterior, cabendo o imposto ao Estado onde estiver situado o estabelecimento destinatário da mercadoria ou do serviço; b) sobre o valor total da operação, quando mercadorias forem fornecidas com serviços não compreendidos na competência tributária dos municípios; X - não incidirá: a) sobre operações que destinem ao exterior produtos industrializados, excluídos os semi-elaborados definidos em lei complementar; b) sobre operações que destinem a outros Estados petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e energia elétrica; c) sobre o ouro, nas hipóteses definidas no art. 153, § 5º; XI - não compreenderá, em sua base de cálculo, o montante do imposto sobre produtos industrializados, quando a operação, realizada entre contribuintes e relativa a produto destinado à industrialização, configure fato gerador dos dois impostos; XII - cabe à lei complementar: a) definir seus contribuintes; b) dispor sobre substituição tributária; c) disciplinar o regime de compensação do imposto; d) fixar, para efeito de sua cobrança e definição do estabelecimento responsável, o local das operações relativas à circulação de mercadorias e das prestações de serviços; e) excluir da incidência do imposto, nas exportações para o exterior, serviços e outros produtos além dos mencionados no inciso X, a; f) prever casos de manutenção de crédito, relativamente à remessa para outro Estado e exportação para o exterior, de serviços e de mercadorias; g) regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados.”

Conforme a previsão constitucional acima, as regras básicas do ICMS, a nível nacional, estão reguladas pelas Leis Complementares 87/96 e 99/99. Há ainda a Lei Complementar 65/91 que define, na forma da alínea a do inciso X acima, quais os produtos semi-elaborados podem ser tributados pelos Estados e Distrito Federal, quando de sua exportação para o exterior.

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2. PRINCÍPIOS GERAIS DO ICMS 2.1. Imposto seletivo O ICMS é norteado pelo Princípio da Essencialidade, o qual grava os produtos em função de sua essencialidade, ou seja, há diferenças nas alíquotas do imposto em razão do grau de menor ou maior necessidade, por parte da população, em consumir cada produto. 2.2. Impostos não cumulativo O ICMS está sujeito ao princípio constitucional da não cumulatividade. Isto significa que o montante do imposto devido resulta da diferença a maior em determinado período, entre o imposto devido sob os produtos saídos do estabelecimento e o pago relativamente aos produtos nele ingressados. 2.3. Princípio da incidência sobre a saída da mercadoria O ICMS têm como momento de incidência o instante da saída da mercadoria, não interessando a natureza da operação realizada. É bem verdade que é exigido do contribuinte que a natureza da operação seja claramente indicada na nota fiscal, contudo, a obrigação de pagar o imposto não decorre do tipo de operação realizada, mas da saída da mercadoria (seja por venda, por doação, por transferência ou por qualquer outro motivo), ou seja, o fato gerador e o momento de incidência do produto independem dos efeitos econômicos da operação. 2.4. Princípio da incidência múltipla O ICMS acompanha a mercadoria em todas as fases de sua circulação, desde sua origem (importação ou produção) até sua entrega ao consumidor final. 2.5. Princípio documental Em resposta a: função do sistema orgânico do ICMS, torna-se imprescindível para o controle das operações a emissão de documentos fiscais, nos quais fiquem consignados os respectivos valores. Mesmo para aquelas operações em que, por disposição legal, não ocorra o fato gerador ou não se exija o tributo, a emissão de documentos (notas fiscais) é indispensável. Como regra geral, pode-se afirmar que não pode haver saída de mercadoria sem documento fiscal que a acoberte. Assim como, não pode haver entrada de mercadoria sem que fique em poder do seu recebedor cópia do documento que suportou a saída. 2.6. Princípio da escrituração Em decorrência do princípio da não cumulatividade e da forma como são documentadas as operações realizadas com mercadorias, torna-se necessária a escrituração fiscal, de modo que, a qualquer tempo, se possa conhecer com clareza e precisão a situação do contribuinte, de forma não só a se positivarem as operações gravadas, como também o débito ou crédito do imposto.

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3. DEFINIÇÃO TERMOS COMUNS A MATÉRIA 3.1. Não Incidência

Em linhas gerais, por não incidência entende-se a não ocorrência do fato gerador, em virtude da legislação não descrever a situação como hipótese de incidência.

3.2. Isenção

É o próprio poder público competente para exigir o tributo que tem o poder para isentar. Embora ocorrendo o fato gerador, a lei dispensa o pagamento do imposto. A isenção é um caso de exclusão do crédito tributário (art. 175, I - CTN).

3.3. Imunidade

É uma não incidência qualificada, uma vez que a Constituição Federal suprime ao legislador a competência ou o poder de tributar determinadas situações expressamente previstas pela Carta Magna.

3.4. Diferimento do Imposto

Nestes casos verifica-se a ocorrência do fato gerador do imposto normalmente, sendo apenas postergado o recolhimento do imposto dele decorrente. 3.5. Suspensão do Imposto

Nestes casos a lei suspende a cobrança do imposto visando a ocorrência de determinado evento futuro, em regra geral, esse evento futuro relaciona-se ao retorno das mercadorias em determinado prazo.

3.6. Substituição Tributária Processo pelo qual é transferida a obrigação de recolher o imposto de uma pessoa para outra, geralmente a substituição tributária implica no reconhecimento antecipado da ocorrência do fato gerador. 3.7. Fato Gerador

É o fato real ou não, definido em Lei, necessário e suficiente à caracterização da ocorrência da obrigação principal (obrigação de pagar o tributo).

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4. FATOS GERADORES DO ICMS Os fatos geradores do ICMS estão definidos no Art. 2º da LC. 87/96. O Imposto incide sobre: A. Operações relativas à circulação de Mercadorias, inclusive o fornecimento de alimentação e

bebidas em bares, restaurantes e estabelecimentos similares; B. Prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, por qualquer via, de

pessoas, bens, mercadorias e valores; C. Prestações onerosas de serviços de comunicação; D. Fornecimento de mercadorias com prestação de serviços não compreendidos na competência

tributária dos municípios, ou, quando sujeitos ao ISS, a lei complementar que trata deste imposto, imponha a tributação separada do ICMS sobre as mercadorias empregadas;

E. Entrada de mercadoria importada, por pessoa física ou jurídica, ainda quando se tratar de bens

destinados a consumo ou ativo permanente do estabelecimento; F. Sobre serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior; G. Sobre a entrada, no território do Estado destinatário, de petróleo, inclusive lubrificantes e

combustíveis derivados de petróleo e de energia elétrica, quando não destinados à comercialização/industrialização.

5. MOMENTO DE INCIDÊNCIA Momento de incidência e fato gerador do imposto não raramente se confundem, porém em certas situações faz-se importante entender a diferença entre um e outro. Um exemplo simples da importância da definição das duas coisas está no caso da importação. O § 1º e seu Inciso I do Art. 2º da LC. 87/96 diz: “§ 1º. o imposto incide também:

I - sobre a entrada de mercadoria importada do exterior, por pessoa física ou jurídica, ainda quando se tratar de bem destinado a consumo ou ativo permanente do estabelecimento;”

A assertiva acima deixa naturalmente a dúvida de quando, a partir de que momento o imposto é devido neste caso, no momento em que: • a mercadoria entra em águas territoriais ou no espaço aéreo brasileiros? • é desembarcada a mercadoria? • é desembaraçada a mercadoria no entreposto aduaneiro? • a mercadoria dá entrada no estabelecimento do contribuinte ? Veja que dependendo da resposta o imposto por vezes pode vir a ser devido em período de apuração diferente, pois, o navio pode levar dias para atracar e descarregar a mercadoria; o desembaraço aduaneiro também pode levar dias para ocorrer por problemas na documentação; o transporte do

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entreposto aduaneiro até o estabelecimento do contribuinte também pode levar dias se ele estiver estabelecido longe deste. No caso em questão, a resposta certa é no momento do desembaraço aduaneiro.

6. CONTRIBUINTE Contribuinte é qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial, operações de circulação de mercadoria ou prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior. É também contribuinte a pessoa física ou jurídica que, mesmo sem habitualidade: A. Importe mercadorias do exterior, ainda que as destine a consumo ou ao ativo permanente do

estabelecimento; B. Seja destinatária de serviço prestado no exterior ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior; C. Adquira em licitação de mercadoria apreendidas ou abandonadas; D. Adquira lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos derivados de petróleo oriundos de

outro Estado, quando não destinados à comercialização. 7. BASE DE CÁLCULO A base de cálculo do ICMS será: A) O valor da operação • Nas saídas de mercadorias • Transmissão de propriedades de mercadorias depositadas; • Transmissão de mercadorias sem trânsito pelo transmitente. B) O valor da operação, • No fornecimento de alimentação e bebidas incluindo mercadorias e Serviço C) O preço de serviço • Na prestação de serviços de transporte interestadual e

intermunicipal e de comunicação. D) O preço corrente • Nas saídas de mercadorias em prestação de serviços de

competência do Município. E) Valor da Mercadoria + • Na entrada de bens importados. IPI + IOF + Despesas Aduaneiras F) O valor de que decorreu A entrada

• Na entrada no território do Estado de destino, de lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos derivados de petróleo.

G) O valor, no Estado de origem, do serviço prestado.

• Na utilização por contribuinte, de serviço iniciado em outro Estado e não esteja vinculado a operação ou prestação subseqüente.

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INTEGRA A BASE TRIBUTÁVEL: A. Seguros, juros e demais importâncias pagas, recebidas ou debitadas, bem como os descontos

sob condição; B. Frete, caso o transporte seja efetuado pelo próprio remetente ou por sua conta e ordem e seja

cobrado em separado; C. O IPI, quando a operação for realizada de contribuinte para não contribuinte ou entre

contribuintes e o produto não se destinar à industrialização ou comercialização. Base de Cálculo Nas Transferências Na saída de mercadoria para estabelecimento localizado em outro Estado, pertencente ao mesmo titular, a base de cálculo do imposto é: A O valor correspondente à entrada mais recente da mercadoria; B. O custo da mercadoria produzida, assim entendida a soma do custo da matéria-prima, material

secundário, mão-de-obra e acondicionamento; C. Tratando-se de mercadorias não industrializadas, o seu preço corrente no mercado atacadista

do estabelecimento remetente. 8. ALÍQUOTAS As alíquotas vigentes do ICMS são: 8.1. Interna A. Alíquota 7 %

a) Com arroz, farinha de mandioca, feijão, charque, pão francês ou de sal e sal e cozinha; b) Lingüiça, mortadela,salsicha, sardinha enlatada e vinagre;

c) Ovo integral pasteurizado, desidratado, clara pasteurizada desidratada ou resfriada e gema

pasteurizada desidratada ou resfriada.

d) Com ave, coelho ou gado bovino, suíno, caprino ou ovino em pé, bem como os produtos comestíveis resultantes de sua abate, em estado natural, resfriado ou congelado;

B. Alíquota 18%:

Nas operações:

a) Nas prestações com destino a consumidor final – ( não contribuinte ) b) Nas demais prestações ou operações internas.

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Obs: Deverá ser acrescido 1% de Adicional do Fundo de Combate a Pobreza e às

Desigualdades, exceto nas hipóteses previstas no Decreto 33.123/2003. 8.2. Importação (RJ) – 14, 16% As alíquotas nas operações de importação poderão variar em função do local em que a mercadoria será desembaraçada. 8.3. Interestaduais

a. Com destino a não contribuinte do imposto: 18% b. Com destino a contribuinte localizado:

- Nas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e no Estado do Espírito Santo: 7% - Nas regiões Sul e Sudeste,exceto Espírito Santo: 12%

c. Aquisições, em outro Estado, de mercadoria para uso/consumo ou ativo fixo por

contribuinte a diferença entre alíquota interna e a interestadual. 8.4. A Tributação do Diferencial de Alíquota Até o incremento da Lei Complementar 87/96, a aquisição de outro Estado, por estabelecimento contribuinte do ICMS, para seu consumo próprio ou para o ativo imobilizado constituía fato gerador do ICMS. De se notar que o frete que acompanha essas mercadorias, e que sai tributado de outro estado sofre a incidência de diferencial de alíquota por estar elencado nos art. 11, II c e 12, XIII e art. 13 § 3º da Lei Complementar 87/96. Somente será devido em situações de venda para contribuinte. Quando a venda interestadual for para não contribuinte, o entendimento é de que prevalecerá a alíquota original de 18 %, inexistindo a figura do diferencial de alíquota. 9.NÃO INCIDÊNCIA, SUSPENSÃO E ISENÇÃO DO ICMS 9.1 Da Não Incidência O Art. 47 do RICMS/02 prevê os seguintes casos de não incidência do ICMS. O Imposto não incide sobre: A. Operações e prestações que destinem ao exterior mercadorias, inclusive produtos primários e

produtos industrializados semi-elaborados, ou serviços;

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B. Operações de qualquer natureza de que decorra a transferência de propriedade de estabelecimento industrial, comercial ou de outra espécie;

C. Operações de qualquer natureza de que decorra a transferência de bens móveis salvados de

sinistro para companhias seguradoras; D. Operações relativas a mercadorias que tenham sido ou que se destinem a ser utilizadas na

prestação, pelo próprio autor da saída, de serviço de qualquer natureza definido em lei complementar como sujeito ao imposto sobre serviços, de competência dos Municípios, ressalvadas as hipóteses de incidência previstas nesta mesma lei complementar;

E. Operações interestaduais relativas à energia elétrica e petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, quando destinados à industrialização; ou a comercialização.

F. Operações com ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial; G. Operações com livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão; H. Operações decorrentes de alienação fiduciária em garantia, inclusive a operação efetuada pelo

credor em decorrência do inadimplência de devedor; I. Operações de arrendamento mercantil, não compreendida a venda do bem arrendado ao

arrendatário. - Art. 3º § único Equipara-se à operação de exportação a saída de mercadoria realizada com o fim específico de exportação para o exterior, destinadas a: A. Empresa comercial exportadora, inclusive trading ou outro estabelecimento da mesma

empresa; B. Armazém alfandegado ou entreposto aduaneiro. 9.2 Da Suspensão O artigo 52 do RICMS/02 prevê os casos de suspensão do ICMS:

� Saídas para conserto, reparo ou de industrialização, desde que retornem em 180 dias prorrogáveis;

� Saídas para fins de demonstração, quando o destinatário for contribuinte e estabelecido neste Estado, desde que retornem em 30 dias prorrogáveis;

9.3 Da isenção A isenção corresponde a uma norma aditiva, que no caso do ICMS são os convênios celebrados e ratificados entre os Estados, que modifica a norma básica , fazendo com que o imposto, em regra, devido, não o seja em certas circunstâncias.

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Exemplo: Saídas para feiras e exposições, desde que retornem em 60 dias, conforme I Convênio do RJ/67. 9.4 Do diferimento O diferimento significa que a postergação do lançamento do tributo para momento subseqüente, ou seja o ICMS não será cobrado na primeira saída e sim acaba sendo recolhido na operação subseqüente. Exemplo: Venda de sucata nas operações internas. 10. TÉCNICA DE ARRECADAÇÃO ( DA NÃO CUMULATIVIDADE) O Art. 19 da LC. 87/96 confirma a Constituição Federal dizendo que: “O imposto é não cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou por outro Estado.” Basicamente, pode-se afirmar que os valores do ICMS pagos quando da aquisição de mercadorias e serviços prestados, destinados a emprego no processo de industrialização ou comercialização de mercadorias e serviços, cuja saída será sujeita ao imposto, constituem crédito do contribuinte. Esses valores devem constar em destaque nas Notas Fiscais relativas as aquisições dos referidos produtos e serviços. Por outro lado, os valores do ICMS lançados nas notas fiscais correspondentes as mercadorias comercializadas pelo contribuinte constituem débito desta em favor do Fisco. O Art. 20 da LC. 87/96 introduz entretanto conceito novo até então no que diz respeito ao princípio da não cumulatividade, dando um passo importante na intenção de no futuro se implantar o Imposto Único Sobre o Consumo quando diz: “Para a compensação a que se refere o artigo anterior, é assegurado o direito de crédito do imposto anteriormente cobrado em operações de que tenha resultado a entrada de mercadoria, real ou simbólica, no estabelecimento, inclusive a destinada a uso ou consumo ou ao ativo permanente, ou o recebimento de serviços de transporte interestaduais e intermunicipal ou de comunicação.” • O direito ao crédito de ICMS de mercadorias destinadas ao ativo imobilizado iniciou-se em

01/11/96. • As entradas para uso e consumo do adquirente darão direito a crédito a partir de 01/01/2020. 9.1. Limitações do Direito ao Crédito Ainda conforme o Art. 20 da LC. 87/96 e Artigo 26 do RICMS/02, são os seguintes os casos que não direito a crédito do imposto: “As entradas de mercadorias ou utilização de serviços resultantes de operações ou prestações isentas ou não tributadas, ou que se refiram a mercadorias ou serviços alheios à atividade do estabelecimento.

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Salvo prova em contrário, presumem-se alheios à atividade do estabelecimento os veículos de transporte pessoal. É vedado o crédito relativo a mercadoria entrada no estabelecimento ou a prestação de serviços a ele feita: I. Para integração ou consumo em processo de industrialização ou produção rural, quando a saída

do produto resultante não for tributada ou estiver isenta do imposto, exceto nas exportações; II. Para comercialização ou prestação de serviços, quando a saída ou a prestação subseqüente não

forem tributadas ou estiverem isentas do imposto, exceto as destinadas ao exterior. 9.2. Do Estorno do Crédito De acordo com os artigos 37 a 40 do RICMS/02, deverá ser estornado o imposto que tiver sido creditado sempre que o serviço tomado ou a mercadoria entrada no estabelecimento: A. For objeto de saída ou prestação de serviço não tributada ou isenta, sendo esta circunstância

imprevisível na data da entrada da mercadoria ou da utilização do serviço; B. For integrada ou consumida em processo de industrialização, quando a saída do produto

resultante não for tributada ou estiver isenta do imposto; C. Vier a ser utilizada em fim alheio à atividade do estabelecimento; D. Vier a perecer, deteriorar-se ou extraviar-se. Em qualquer período de apuração do imposto, se bens do ativo permanente forem utilizados para produção de mercadorias cuja saída resulte de operações isentas ou não tributadas ou para prestação de serviço isentos ou não tributados, deverá ser feito o estorno dos créditos escriturados.

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MÓDULO II – Emissão e Recepção de Documentos Fiscais 1. PROCEDIMENTOS GERAIS DE EMISSÃO E RECEPÇÃO DE DOCUMENTOS FISCAIS 1.1. Conceito de Documento Fiscal A Nota Fiscal é documento que serve aos fiscos municipal, estadual e federal para que se promovam as fiscalizações inerente aos registros contábeis e fiscais do faturamento e da circulação de mercadorias. 1.2. Cuidados na emissão e na recepção das Notas Fiscais Ressaltamos que a Nota Fiscal é documento que deve está emitido dentro das regras legais, sem rasuras ou acertos, perfeitamente identificando contribuinte destinatário, endereços, natureza de operação, descrição de produtos e mercadorias, valores, destaques de tributos, expressões obrigatórias quando necessária em função de isenções ou não incidência de tributos, transportador, dentre outras informações. Na recepção do documento fiscal, é de fundamental importância a verificação da sua correta emissão, visto que se este for recepcionado e acatado estando irregular, o contribuinte destinatário passa a responder solidariamente ao contribuinte emissor do documento. Um cuidado adicional, é de se manter um cadastro dos fornecedores de forma a não se correr o risco de acatar NF’s de contribuintes em situação irregular, tanto perante o fisco estadual como perante o fisco federal. Sempre verificar:

� Se no caso de não incidência, isenção ou imunidade, existe a expressão legal que a sujeite. � Se contém declaração inexata ou diversa em suas vias; � Se preenchida de forma legível, sem rasuras ou emendas que prejudique a clareza. � Se utilizada dentro do prazo permitido de emissão. � Se o contribuinte tem regularidade em sua Inscrição Estadual ou CNPJ. � Se é de fato fruto de operação realizada. � Se não foi emitida por pessoa distinta da que constar como emitente. � Destaque do imposto, se existente. � Dados do destinatário como nome, CNPJ, IE, endereço. � Data da emissão e da saída da mercadoria. � Dados do Transportador e do veículo. � Espécie e volume da mercadoria transportada. � Coluna observações: atentar para identificação do endereço de entrega quando não for o

mesmo do destinatário. � O CFOP e a natureza da operação. � O CST e o Código fiscal.

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1.3. Conceitos de Documentos Inidôneos Com base nos artigos 24 do Livro VI do RICMS/00 , é considerado inidôneo, para todos os efeitos fiscais, fazendo prova apenas em favor do Fisco, o documento que:

I - omita indicação prevista na legislação;

II - não seja o exigido para a respectiva operação ou prestação, a exemplo de "Nota de Conferência", "Orçamento", "Pedido" e outros do gênero, quando indevidamente utilizados como documentos fiscais;

III - não guarde requisito ou exigência prevista na legislação ou cuja impressão não tenha sido autorizada pelo Fisco;

IV - contenha declaração inexata, esteja preenchido de forma ilegível ou contenha rasura ou emenda que lhe prejudique a clareza;

V - apresente divergência, entre dado constante de suas diversas vias;

VI - seja utilizado fora do prazo de validade que lhe for atribuído pela legislação tributária para o fim respectivo;

VII - seja referente à mercadoria destinada a contribuinte não inscrito no cadastro estadual, ou esteja com sua inscrição suspensa nos termos da legislação tributária, sempre que obrigatória tal inscrição;

VIII - seja emitido por quem não esteja inscrito ou, se inscrito, esteja com sua inscrição baixada, suspensa ou com atividade impedida ou paralisada;

IX - não corresponda, efetivamente, a uma operação realizada;

X - tenha sido emitido por pessoa distinta da que constar como emitente.

Vamos analisar os documentos e procedimentos fiscais previstos para os contribuintes do ICMS nos tópicos seguintes:

1.4. Modelos de Notas Fiscais Os principais modelos de Notas Fiscais, de acordo com os artigos 29 a 69, Livro VI do RICMS/00: � Modelos 1 e 1-A � Modelo 55

� Saídas de mercadorias - operações internas, interestaduais e para o exterior � Saídas para Zona Franca de Manaus e/ou áreas de livre comércio. � Nas operações de entradas

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� Nota Fiscal de Venda a Consumidor (modelo 2) – Série D

Emitidas em vendas à vista contra não contribuintes. Este documento poderá, ainda, ser substituído por nota fiscal simplificada ou cupom de máquina registradora (Cupom Fiscal), mediante prévia autorização do Fisco.

� Nota Fiscal de Produtor (Modelo 4) – sem designação de série.

Na saída ou na transmissão de propriedade de mercadorias promovidas por produtores agropecuários, não equiparados a comerciantes ou industriais. Sua emissão é indispensável no transporte manual de produtos da agricultura e da criação e seus derivados, exceto na condução de rebanhos. Fica também dispensada a emissão quando o estabelecimento destinatário, localizado neste Estado, emitir Nota Fiscal de Entrada.

1.5. Destinação das Notas Fiscais. A destinação das vias do documento fiscal deverão obedecer os seguintes procedimentos demonstrados no artigo 33, Livro VI, RICMS/00: 1ª via: acompanhará a mercadoria e será entregue, pelo transportador, ao destinatário; 2ª via: ficará em poder do emitente, presa ao bloco ou, no caso de formulário contínuo ou jogo solto, arquivada conforme dispuser a legislação específica, para controle do Fisco; 3ª via: acompanhará a mercadoria para fins de controle do Fisco na unidade da Federação de destino; 4ª via: acompanhará a mercadoria no seu transporte, destinando-se ao controle do Fisco deste Estado, que poderá retê-la, visando a 1ª via, se interceptar a mercadoria correspondente em sua movimentação; 5ª via: acompanhará a mercadoria até o local de destino, devendo ser entregue, com 1 (uma) via do conhecimento, à Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA). Tratando-se de Nota Fiscal Eletrônica, o DANFE poderá ser impresso em uma única via para acompanhar o transporte da mercadoria com base na cláusula nona do Ajuste Sinief 07/2005. 1.6. Códigos Fiscais de Operações e Prestações – CFOP. Com Base no livro de apuração do ICMS, temos a seguinte grade de Códigos Fiscais de Operações e Prestações: 1.000 Entradas e/ou aquisições de serviços no Estado.

2.000 Entradas e/ou aquisições de serviços de outros Estados. 3.000 Entradas e/ou aquisições de Serviços do Exterior. 5.000 Saídas e/ou prestações de serviços para o Estado. 6.000 Saídas e/ou prestações de serviços para outros Estados. 7.000 Saídas e/ou Prestações de serviços para o Exterior.

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1.7. Natureza das operações. As operações de movimentação de mercadorias podem ser representadas pelas seguintes, não impedindo a existência de outras em função da especificidade de determinadas atividades.

� Vendas � Exportações � Remessas em consignações � Simples Faturamento. � Remessa para industrialização. � Remessa para concerto � Remessa para armazenagem � Compra de Produtor Rural � Entrada por Importações � Devoluções de remessas de... � Devoluções de vendas

1.8.Códigos de situação Tributária – CST. O CST foi instituído pelo Ajuste SINIEF nº 3, de 29/09/1994, conjuntamente com a instituição da padronização dos novos modelos de Notas Fiscais, tendo sido alterado pelos Ajustes SINIEF nº 2, de 1995, e nº 6, de 2000. O CST é composto de 3 dígitos, onde o 1º dígito indica a origem da mercadoria, com base na Tabela A, e os 2º e 3º dígitos, a tributação pelo ICMS, com base na Tabela B, conforme se segue:

Tabela A - Origem da Mercadoria

Tabela B - Tributação pelo ICMS

0. Nacional 1. Estrangeira - Importação direta 2. Estrangeira - Adquirida no mercado interno

00. tributada integralmente 10. tributada e com cobrança do ICMS por substituição tributária 20. com redução de base de cálculo 30. isenta ou não tributada e com cobrança do ICMS por substituição tributária 40. isenta 41. não tributada 50. com suspensão 51. com diferimento 60. ICMS cobrado anteriormente por substituição tributária 70. com redução da base de cálculo e cobrança do ICMS por substituição tributária 90. outras

O objetivo do CST é descrever, de forma clara, qual o tipo de tributação que o produto está sofrendo naquela operação e qual sua origem, se nacional ou estrangeira.

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Os CST devem ser mencionados em coluna própria no campo "DADOS DO PRODUTO", das Notas Fiscais de modelos 1 e 1-A, logo ao lado da especificação das mercadorias/produtos. Na utilização dos CST devem ser observadas as seguintes regras básicas: 1.Nas operações sujeitas a mais de uma situação tributária constantes de uma mesma Nota Fiscal os valores relativos ao mesmo código devem ser subtotalizados; 2. Para escolha do CST correto, os contribuintes não devem considerar o tratamento fiscal do IPI que constar do respectivo documento fiscal. A análise para essa escolha deve limitar-se apenas ao tratamento do ICMS. É importante observar que o Código de Situação Tributária não é separado por ponto, traço ou barra. Ele é uma sequência de 3 algarismos arábicos sem separação, uma combinação de 3 dígitos, um ao lado do outro. Os optantes pelo Simples Nacional utilizam Códigos de Situação Tributária específicos do Anexo I do Ajuste Sinief 07 de 2005. 1.9. Carta de Correção.

Por meio do Ajuste Sinief 01/2007, publicado no Diário Oficial da União de 04.04.2007, foram alteradas disposições do Convênio S/N de 1970, que instituiu o Sistema Nacional Integrado de Informações Econômico-Fiscais - SINIEF e dispôs, entre outros, sobre os documentos fiscais a serem utilizados pelos contribuintes do IPI e do ICMS.

O referido Ajuste, instituiu, em âmbito nacional, a "Carta de Correção", a ser utilizada na regularização de erro ocorrido na emissão de documento fiscal. Apesar de já existente em alguns Estados, ainda não havia uma previsão nacional de sua utilização.

Entretanto, este documento só poderá ser utilizado para corrigir determinados campos da Nota Fiscal, tais como como erro no nome e no endereço do destinatário , CFOP, CST, desde que não fique prejudicada a identificação da mercadoria, sua procedência e destino. Deverá ser indicado e preenchido cada campo sujeito a alteração.

Por outro lado, o novo documento não poderá ser utilizado quando o erro a ser regularizado estiver relacionado com:

a) as variáveis que determinam o valor do imposto tais como: base de cálculo, alíquota, diferença de preço, quantidade, valor da operação ou da prestação;

b) a correção de dados cadastrais que implique mudança do remetente ou do destinatário; (CNPJ/Inscrição)

c) a data de emissão ou de saída.

Nos casos que impliquem erro/ausência de valor no documento fiscal, reajustamento de preço, regularização em virtude de diferença de preço ou quantidade, deve ser emitida uma Nota Fiscal complementar/suplementar, conforme for o caso, consoante o disposto no artigo 32, Livro I do Regulamento do ICMS – Rio de Janeiro.

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Estas disposições do mencionado Ajuste SINIEF aplicam-se desde 04 de abril de 2007, data de sua publicação.

Já se encontra também em vigor a Nota Técnica 2011.003 que trata da Carta de Correção Eletrônica, especifíca para alterações do arquivo XML da Nota Fiscal Eletrônica,observando-se as mesmas disposições legais da carta de correção comum.

1.10. Cancelamento de Notas Fiscais. No momento da emissão da Nota Fiscal, ou mesmo após, caso seja detectado algum tipo de erro, é permitido ao contribuinte efetuar o seu cancelamento, desde que as mercadorias ainda não tenham saído do estabelecimento. Nos casos em que a verificação da eventual irregularidade da Nota Fiscal ocorra após a saída das mercadorias, não poderá ser efetuada o seu cancelamento. Ocorrendo o cancelamento da Nota Fiscal, todas as suas vias devem ser conservadas no talonário, formulário contínuo ou jogos soltos, com a declaração dos motivos que determinaram o cancelamento e a referência, se for o caso, da nova Nota Fiscal emitida. A não-conservação de todas as vias da Nota Fiscal cancelada poderá ser objeto de dúvida quanto à saída das mercadorias, podendo o Fisco entender que tal documento surtiu seus efeitos fiscais. O procedimento acima está estabelecido nos artigos 25 e 26, do Livro VI do RICMS/00. Para o cancelamento de Nota Fiscal Eletrônica, devem ser observadas as cláusulas décima segunda e terceira do Ajuste Sinief 07 de 2005.

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MÓDULO III – As principais hipóteses de documentos fiscais 1. DEVOLUÇÃO DE MERCADORIAS Na devolução, total ou parcial, ou na troca de mercadoria, realizada entre contribuintes, deve constar do documento fiscal referente à mercadoria devolvida: - A natureza da operação, - O número e a data da Nota Fiscal emitida quando da remessa. Devem ser aplicadas a mesma base de cálculo e a mesma alíquota constante do documento fiscal que acobertou a remessa da mercadoria. Este procedimento encontra-se estabelecido no artigo 159, do Livro VI do RICMS/00. 2. REMESSA PARA INDUSTRIALIZAÇÃO, CONSERTO OU REPAR O Goza da suspensão do imposto até o limite de 180 dias contados da data da saída; É admitida duas prorrogações por igual prazo, desde que comunicada a SEF; Deve dispor na NF de saída o dispositivo da suspensão; O retorno deve estar vinculado a NF de origem dos materiais industrializados. Deverá ser enviada NF simbólica de devolução ou fazer-se menção das notas fiscais dos materiais industrializados devolvidos; O serviço de industrialização sofrerá incidência do ICMS, mesmo que não aplicado material, se não incluído na competência municipal. Na operação amparada por suspensão do imposto, o estabelecimento remetente deve emitir Nota Fiscal, na qual mencione a circunstância e o dispositivo legal ou regulamentar respectivo. Por ocasião do retorno de mercadoria, se for o caso, o estabelecimento destinatário deve emitir Nota Fiscal, mencionando o número, a data e o valor da Nota Fiscal correspondente à remessa inicial, com destaque do imposto, na hipótese em que for devido. O procedimentos comentados acima estão estabelecidos no artigo 52, Livro I e 168, Livro VI, do RICMS/00. 3. BRINDES

Considera-se brinde a mercadoria que, não constituindo objeto normal da atividade do contribuinte, tenha sido adquirida para distribuição gratuita a consumidor ou usuário final.

O contribuinte que adquirir brindes para distribuição direta a consumidor ou usuário final deve:

I - lançar a Nota Fiscal emitida pelo fornecedor no livro Registro de Entradas com direito ao crédito do imposto destacado no documento fiscal;

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II - emitir, no ato da entrada da mercadoria no estabelecimento, Nota Fiscal com lançamento do imposto, incluindo-se, no valor da mercadoria adquirida, a parcela do Imposto sobre Produtos Industrializados eventualmente pago pelo fornecedor, devendo constar, no local destinado à indicação do destinatário, a seguinte expressão: "Emitida nos termos do artigo 170, do Livro VI, do RICMS";

III - lançar a Nota Fiscal referida no inciso anterior no livro Registro da Saídas, na forma prevista neste Regulamento.

Fica dispensada a emissão da Nota Fiscal na entrega a consumidor ou usuário final.

Se o contribuinte efetuar o transporte do brinde para distribuição direta a consumidor ou usuário final, deve observar o seguinte:

1. emitir Nota Fiscal relativa a toda a carga transportada, nela mencionando-se, além dos demais requisitos regulamentares:

a) natureza da operação: "Remessa para distribuição de brindes - artigo 170, do Livro VI, do RICMS";

b) número, série, data e valor da Nota Fiscal referida no inciso II.

2. a Nota Fiscal referida no item anterior será anotada na coluna "observações" do livro Registro de Saídas.

Caso haja necessidade de se efetuarem entrega de brindes por conta e ordem de terceiros deverão ser observadas as disposições contidas no artigo 172, Livro VI do RICMS/00. Os procedimentos abordados acima encontram-se nos artigos 170 a 172, Livro VI do RICMS/00. 4. VENDA DE SUCATA

Considera-se sucata ou resíduo a mercadoria que se tornar definitiva e totalmente inservível para o uso a que se destinava originalmente, somente se prestando ao emprego, como matéria-prima, na fabricação de outro produto.

Assim, não se considera sucata ou resíduo a mercadoria usada, mesmo a parcialmente danificada, que ainda possa ser utilizada com a destinação originária.

As mercadorias classificadas como sucatas ou resíduos de materiais, após sua aquisição por estabelecimento industrial para utilização em processo de industrialização, passam a ser consideradas matéria-prima, regendo-se a sua circulação, daí por diante, pelas normas gerais previstas na legislação, aplicando-se, também, o exposto, à sucata e ao resíduo oriundos do próprio processo de industrialização, relativamente à sua remessa, pelo estabelecimento de origem, a outro estabelecimento, do mesmo titular ou de terceiro, para industrialização.

Vamos estudar o tratamento tributário aplicável em operações internas e interestaduais, detalhados a seguir, de acordo com os procedimentos estabelecidos nos artigos 1º a 9º, Livro XII, do RICMS/00.

Em operações internas:

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O pagamento do imposto incidente nas sucessivas saídas, dentro do Estado do Rio de Janeiro, de lingotes e tarugos de metais não-ferrosos, de sucata de metal, papel usado ou aparas de papel, cacos de vidro e retalho, fragmento ou resíduo de plástico, tecido, borracha, madeira, couro curtido e de outros materiais similares fica diferido para o momento em que ocorrer:

I. saída para outra unidade federada ou para o exterior;

II. sua entrada em estabelecimento industrial.

O imposto diferido de que trata o artigo 1.º será pago: Pelo estabelecimento industrial( adquirente) independentemente do resultado do confronto entre débitos e créditos referentes às demais operações do período. O adquirente poderá utilizar os saldos credores acumulados para a compensação do débito do imposto devido em razão da entrada de sucata em geral, nos termos da legislação própria. A Nota Fiscal referente à saída de que trata o artigo 1.º conterá, além dos requisitos normalmente exigidos pela legislação, declaração de que a operação está amparada por diferimento do imposto. No caso de saída com destino a estabelecimento industrial, na forma do inciso I, do artigo anterior, a Nota Fiscal conterá declaração de que o imposto será pago pelo destinatário. A Nota Fiscal a que se refere o artigo anterior será lançada pelo remetente, no livro Registro de Saídas, a título de "Operações sem Débito do Imposto", na coluna "Outras". Em operações interestaduais: Em operação de entrada, na coluna "Operações com Crédito do Imposto", do livro Registro de Entradas, a Nota Fiscal que acobertou a remessa, desde que acompanhada da guia original de recolhimento do imposto pago no estado de origem; Em operação de saída: 1. no livro Registro de Saídas, a Nota Fiscal na coluna de "Operações com Débito do Imposto"; 2. no livro Registro de Apuração do ICMS, no item 007 - "Outros Créditos", o valor do imposto pago nos termos do inciso II, do artigo 3.°, com indicação do número da Nota Fiscal de remessa. 5. VENDA DE ATIVO IMOBILIZADO É reduzida a 95% a base de cálculo do ICMS, nas saídas de máquinas, aparelhos e veículos usados. (Esse percentual foi alterado para 95% pelo Convênio ICMS 33/93, vigente a partir de 25.05.93. Originalmente, a redução era de 80%). O disposto só se aplica às mercadorias adquiridas na condição de usadas e quando a operação de que houver decorrido a sua entrada não tiver sido onerada pelo Imposto, ou quando sobre a referida

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operação o imposto tiver sido calculado também sobre base de cálculo reduzida sob o mesmo faturamento. O disposto aplica-se, ainda, à saída de mercadoria desincorporada do ativo fixo ou imobilizado, de estabelecimentos de contribuintes do ICMS, desde que ocorra após uso normal a que se destinarem e decorridos, ao menos, 12 (doze) meses da respectiva entrada, vedado o aproveitamento de crédito do imposto. 6. NOTA FISCAL COMPLEMENTAR/SUPLEMENTAR A nota fiscal complementar poderá ser utilizada nos casos em que o imposto foi destacado em valor inferior ao correto. Já a nota fiscal suplementar servirá para os casos em que o documento fiscal foi emitido sem destaque do imposto, numa operação normalmente tributada. A escrituração da Nota Fiscal pelo destinatário, nos casos abordados acima, deverá ser feita diretamente no Livro de Apuração do ICMS, modelo 9, na coluna “ Outros Créditos”, consoante o previsto no artigo 32, Livro I do RICMS/00. 7. VENDA PARA ENTREGA FUTURA Na venda para entrega futura pode ser emitida Nota Fiscal, para simples faturamento, com lançamento do Imposto sobre Produtos Industrializados, vedado o destaque do ICMS. O Imposto sobre Produtos Industrializados deve ser destacado antecipadamente pelo vendedor por ocasião da venda e o ICMS deve ser recolhido por ocasião da efetiva saída da mercadoria. No caso de venda para entrega futura, por ocasião da efetiva saída global ou parcial da mercadoria, o vendedor deve emitir Nota Fiscal em nome do adquirente, com destaque do valor do ICMS, quando devido, indicando-se, além dos requisitos exigidos, como natureza da operação: “Remessa - Entrega Futura”, bem como número, data e valor da operação consignado na Nota Fiscal relativa ao simples faturamento. Na hipótese de venda para entrega futura, o aproveitamento do crédito pelo comprador somente pode ser feito quando do recebimento da Nota Fiscal correspondente à entrega efetiva das mercadorias. Por ocasião do lançamento da Nota Fiscal de remessa, o remetente deverá lançar na coluna “Observações”, do livro Registro de Saídas, o número e a série, se for o caso, da Nota Fiscal de simples faturamento. Para atualização da base de cálculo, o valor constante na Nota Fiscal emitida para simples faturamento será atualizado até a data da emissão da Nota Fiscal de remessa. Os procedimentos relativos a venda para entrega futura encontram-se disciplinados no artigo 158, Livro VI do RICMS/00.

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MÓDULO IV – ICMS – Outras Obrigações Acessórias 1. REGRAS GERAIS DE ESCRITURAÇÃO DOS LIVROS FISCAIS A escrituração de qualquer livro fiscal oficial segue, dentre outras específicas, as seguintes regras gerais: • Não podem conter rasuras ou borrões. • Não podem ser escriturados nas entre linhas. • Em caso de erro, devem ser o texto errado riscado em vermelho (carmesim), um único risco, reto

e limpo, e sobre este, também em vermelho, o texto correto. • Não podem conter linhas, espaços, em branco, ou seja, ao passar de uma informação para outra

se, por algum motivo, for deixada linhas em branco estas devem ser anuladas com um traço em diagonal.

Os livros fiscais, salvo raras exceções, devem conter termo de abertura e encerramento e devem ser registrados junto a Inspetoria da Secretaria de fazenda correspondente, no nosso caso na Inspetoria da Secretaria de Fazenda do Estado. Quando o livro é escriturado manualmente a sua autenticação é processada em duas etapas, a primeira quando do início de sua utilização, momento em que a secretaria autentica o termo de abertura do livro, a segunda autenticação é dada quando do encerramento do livro, autentica-se o termo de encerramento. Com o advento do SPED FISCAL, as disposições que aqui trataremos foram parcialmente revogadas, de acordo com o Ajuste Sinief 02 de 2009. Sugerimos leitura de apostila específica sobre o assunto. Estudaremos agora, as disposições específicas dos livros fiscais obrigatórios para os contribuintes do ICMS arroladas nos artigos 82 a 91, Livro VI, do RICMS/00. 2. LIVROS FISCAIS OBRIGATÓRIOS Os livros fiscais obrigatórios para os contribuintes do ICMS são:

• Registro de Entradas de mercadorias -(Modelos 1 e 1-A) • Registro de Saídas de mercadorias (Modelos 2 e 2-A)

• Registro de Apuração do ICMS (Modelo 9)

• Registro de Controle da produção e do estoque( Modelo 3)

• Utilização de documentos fiscais e Termos de Ocorrências

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• Registro do Inventário ( Modelo 7)

• Controle dos Créditos do ICMS Ativo Permanente –CIAP ( Modelo A)

2.1. Livro Registro de Entradas de Mercadorias Neste livro devemos registrar todas as entradas de mercadorias da empresa, tenham ou não gerado crédito de ICMS, bem como, os conhecimentos de frete pagos pela empresa, as contas de luz, telefone e de qualquer outro serviço de comunicação. O registro dos documentos acima deve ser feito, documento a documento, em ordem cronológica de entrada/chegada do material/documento. Se numa mesma NF tivermos aquisição de materiais que impliquem em mais de um código fiscal de operação (exemplo: material de consumo, de revenda e para industrialização na mesma NF), deveremos abrir uma linha para cada código de operação. Ao final de cada período de apuração do imposto, este livro deve ter todas as suas colunas de valores totalizadas. Estes totais deverão coincidir com os totais das entradas constantes do livro de apuração do ICMS, abaixo comentado.

Registro de Entradas - Modelo 1 ou 1-A Destinado à escrituração do movimento de entradas de mercadorias, a qualquer título, no estabelecimento: Modelo 1: para os contribuintes, simultaneamente, do IPI e do ICMS; Modelo 1-A: para os contribuintes apenas do ICMS.

2.2. Livro Registro de Saídas de Mercadorias Este livro é similar ao Livro Registro de Entrada de Mercadorias, servindo no entanto para registrar as NF de saída/venda da empresa. Sua escrituração costuma seguir não só a ordem cronológica de emissão das NF’s (primeira chave de ordenamento), como o próprio seqüencial numérico destas. Ao escriturar as NF’s devemos abrir uma linha para cada alíquota de imposto destacado na NF.

Registro de Saídas - Modelo 2 ou 2-A Destinado à escrituração do movimento de saídas de mercadorias, a qualquer título: Modelo 2: utilizado pelos contribuintes sujeitos, simultaneamente, ao IPI e ao ICMS; Modelo 2-A: utilizado pelos contribuintes apenas do ICMS.

2.3. Livro Registro de Apuração do ICMS

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Ao final de cada período de apuração a empresa deverá apurar o imposto a recolher ou a compensar no período subseqüente, para isto ela deve escriturar o Livro de Apuração do ICMS. O lado esquerdo deste livro é destinado a escrituração do resumo das entradas de mercadorias por código fiscal de operação (CFOP), os totais deste resumo devem coincidir com os do Livro Registro de Entradas de Mercadorias. Ainda deste lado do livro de apuração do ICMS, na sua parte inferior, há espaço para lançamento de créditos extemporâneos ou de caráter especial e para a transferência de saldo credor do período anterior, acaso existentes. O lado direito do Livro de Apuração do ICMS é dedicado ao resumo das operações de saída cujos totais deve coincidir com os do Livro Registro de Saída de Mercadorias. Na parte inferior deste lado do livro também há espaço para os lançamentos de débitos especiais do imposto, tais como adicional estadual e débitos de importação. Por fim, ainda na parte inferior do Livro de Apuração do ICMS temos espaço para o lançamento do saldo de imposto apurado no período e para o lançamento dos dados da guia de recolhimento do tributo. 2.4. Livro Registro de Controle e da Produção do Estoque

O livro Registro de Controle da Produção e do Estoque, modelo 3, Anexo I, destina-se à escrituração do documento fiscal e do documento de uso interno do estabelecimento, correspondentes à entrada e à saída, à produção e ao estoque de mercadorias.

O livro Registro de Controle da Produção e do Estoque será utilizado pelo estabelecimento industrial ou a ele equiparado pela legislação federal e pelo estabelecimento atacadista, podendo, a critério do Fisco, ser exigido de estabelecimento de contribuinte de outro setor ou categoria, com as adaptações necessárias.

2.5. Livro Registro de Inventário Este livro destina-se a escrituração do inventário físico do estoque do estabelecimento ao final de cada exercício. A escrituração deste livro é feita anotando-se descrição do item de estoque, quantidade de bens existente, preço unitário de aquisição, e valor total do estoque do bem. Deve ainda, totalizar o estoque (valor) por família de bem, além de conter o total geral do estoque. Este total geral do estoque deve ser conciliado com o saldo de estoque constante dos livros contábeis da empresa. 2.6. Termo de Ocorrência e Registro de Documentos Fiscais Este livro é dividido em duas partes: • na primeira parte devemos lançar os documentos da gráfica (NF e AIDF) que comprovam a

impressão de NF’s da empresa e dão autorização para que esta sejam impressas. • a segunda parte é reservada ao fisco, nesta parte do livro os fiscais lavram o termo de abertura e

encerramento de fiscalização, anotam ainda eventuais autos de infração emitidos contra a empresa e anotam outros despachos.

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Este livro não deve sair do estabelecimento em momento algum. 2.7. Controle de Créditos do Ativo Permanente Este livro destina-se a demonstrar o controle do crédito de bem do ativo permanente do estabelecimento , devendo-se observar as disposições específicas do Ajuste Sinief 08/97.

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EXERCÍCIOS

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Exercícios Módulo I 1 – Explique os conceitos de suspensão, isenção, não incidência relativos ao ICMS. R: ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ 2 – Por que o ICMS é considerado um imposto não-cumulativo? R: ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ 3 – Quais são os principais fatos geradores do ICMS? R: ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ 4 – Diferencie os conceitos de “contribuinte” e “responsável”. R: ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ 5 – Quando o valor do IPI integra a base de cálculo do ICMS? R: ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ 6 – Explique a técnica de arrecadação do ICMS. R: ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________

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7 – Quais são os casos de estorno de crédito? R: ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ 8 – Quando um serviço é sujeito ao ICMS? Exemplifique. R: ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ 9 – Qual a base legal para utilização do crédito do ICMS destacado nas contas de energia elétrica e telefone? R: ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________

10 – Considere que foram compradas mercadorias para revenda no valor de R$ 10.000, acrescida de frete de R$ 300,00 , Seguro de R$ 50,00 e Desconto Incondicional de R$ 1.000. Responda : Qual o valor do ICMS se a origem fosse o Rio de Janeiro ? R: ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________

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Exercícios Módulo II 1 – Quais são os principais cuidados na recepção de documentos fiscais? R: ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ 2 – Quais os principais modelos de notas fiscais? R: ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ 3 – Correlacione:

Operação CFOP Dentro do Estado Remessa para industrialização - Saída ( ) Dentro do Estado Retorno de conserto – Entrada ( ) Dentro do Estado Devolução de material de uso e consumo - Saída ( ) Fora do Estado Venda para comercialização – Saída ( ) Fora do Estado Transferência de imobilizado – Saída ( ) Fora do Estado Compra para uso e consumo – Entrada ( ) Importação para comercialização ( ) Dentro do Estado Devolução de compras para comercialização –

Entrada ( )

Dentro do Estado Compras para ativo imobilizado - Entrada ( ) Exportação ( )

4 – O que é uma carta de correção? Mencione o que não pode ser corrigido por ela. Fundamente. R: ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________

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Exercícios Módulo III

1 – Emita uma nota fiscal da Indústria XPTO Indústria e Comércio de Biquínis com os seguintes parâmetros: ( Anexo nº 40) Natureza da operação _____________ Venda CFOP _________________________ 5.101 Destinatário _____________________ Empresa Comercial de Bíquinis Ltda. Descrição dos produtos Biquínis Quantidade 300 Valor Unitário 5,00 ICMS 19% IPI 20% 2 – Corrija a Nota Fiscal nº 178 ( Anexo nº 41 ). 3 – A empresa Comércio de Máquinas Ltda, adquiriu da empresa Indústria e Comércio de Canetas e Etc. Ltda., ambas situadas no Município do Rio de Janeiro , 350 canetas com o logotipo do adquirente para distribuição direta a consumidor ou usuário final , através da NF. 123 de 09.04.2007. O valor total da nota fiscal é de R$ 1.000,00 e o ICMS destacado de R$ 19,00 . Pede-se:

a) Emissão da NF de saída de brindes (Anexo nº 42 ) b) Escrituração dos documentos fiscais (Anexos nº 43 e 44 )

4 – Podem ser vendidos como sucata produtos fabricados pela empresa e devolvidos por clientes, que ficaram obsoletos e estão no estoque físico e contábil? R: _______________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________ 5 – A Nota Fiscal emitida com a alíquota de 18% pode ser corrigida para a alíquota de 19% com carta de correção ou somente com Nota Fiscal complementar? 2 – Que campos serão preenchidos nessa nota ou somente será preenchido o campo do ICMS? R: _______________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________

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Exercícios Módulo IV 1 – A empresa ABC – Indústria e Comercio de Roupas, estabelecida no RJ , efetuou as seguintes operações no mês de Junho de 2007: ENTRADAS

NOME UF Produto N.fiscal Vr.Merc B.C do ICMS Emissão Embala Tudo RJ Embalagem 123 320,00 320,00 01/06/2007 FHI Tintas SP Mat.Prima 3578 380,00 380,00 05/06/2007 Só Blusas SP Telefone Conta 1.000,00 1.000,00 10/06/2007 Light RJ Energia Conta 150,00 150,00 13/06/2007 Mercúrio SP Frete 3456 350,00 350,00 23/06/2007 ABC MG Mat. Prima 22123 1.200,00 1.200,00 23/06/2007 Office Total BA Mat.exp. 33459 500,00 500,00 30/06/2007

SAÍDAS

NOME UF Produto/ Operação

N.Fiscal Vr.Merc. B.C ICMS Emissão

Vencer Confeccões SP Prod.acab. 4561 5.500,00 5.500,00 10/06/ 2007 Conserta Tudo SP Conserto 1235 20.000,00 13/06/2007 XPTO Represent. ES Prod. acab. 9637 2.800,00 2.800,00 17/06/2007 Calças Tô na Moda CE Prod. acab. 3784 12.000,00 12.000,00 20/06/2007 Tudo Azul RJ Devolução 8639 200,00 200,00 30/06/2007 Com base nas operações acima, pede-se: a) Escriture os Livros de Entrada e Saída.( Anexos nº 45 a 48 ). b) Apure o ICMS a ser recolhido e preencha o DARJ ( Anexo nº49 )

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ANEXOS PÁGINAS N º 39 a 49

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3. OPERAÇÕES - REMESSA PARA CONSERTO

3.1 - REMESSA - CONSERTO

NOTA FISCAL Nº 00178

SAÍDA X

ENTRADAEMITENTE 1ª VIA

NOME/RAZÃO SOCIAL: ABC INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE LINGERIES LTDA

ENDEREÇO: RUA D, 146

BAIRRO/DISTRITO: DAS FLORES

MUNICÍPIO: CAMPOS UF: RJFONE/FAX: 687.3931CEP: 26551-220 CNPJ:

CFOP INSCRIÇÃO ESTADUAL:

6.99

DESTINATÁRIO/REMETENTE

FGH COMÉRCIO MÁQUINAS LTDA

MUNICÍPIO: FONE: UF: INSCRIÇÃO ESTADUAL: HORA DA SAÍDA:

774-2222

CLASSIFICAÇÃO FISCAL:

FATURA

DADOS DO PRODUTOCL SITUAÇÃO VALOR VALOR ALÍQUOTAS VALOR DO

PISC. TRIBUTÁRIA UNIDADE QUANTIDADE UNITÁRIO TOTAL ICMS IPI IPI

MÁQUINA PARA - 05 1 10.000,00 10.000,00 - - -TINGIMENTO DELYCRA

CÁLCULO DO IMPOSTO

BASE DE CÁLCULO DO ICMS: VALOR DO ICMS: BASE DE CÁLCULO DO ICMS SUBST.: VALOR DO ICMS SUBSTITUIÇÃO: VALOR TOTAL DOS PRODUTOS:

VALOR DO SEG.

TRANSPORTADOR/VOLUMES TRANSPORTADOSUF

1º EMITENTE 12º DESTINATÁRIO RJ

UF

NÚMERO

1

DADOS ADICIONAIS

DADOS DA AIDF E DO IMPRESSOR

DATA DO RECEBIMENTO: IDENTIFICAÇÃO E ASSINATURA DO RECEBEDOR:

00178

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES RESERVA AO FISCO Nº DE CONTROLE DO FORMULÁRIO

RECEBEMOS DE RAZÃO SOCIAL DO EMITENTE OS PRODUTOS CONSTANTES DA NOTA FISCAL INDICADA AO LADO NOTA FISCAL Nº

1 DAVI 18,00 18,00

INSCRIÇÃO ESTADUAL

ACIMA

QUANTIDADE ESPÉCIE MARCA PESO BRUTO PESO LÍQUIDO

O PRÓPRIO - REMETENTE JV - 9404

ENDEREÇO MUNICÍPIO

10.000,00

NOME/RAZÃO SOCIAL: FRETE POR CONTA PLACA DO VEÍCULO CGC/CPF

VALOR DO FRETE OUTRAS DESPESAS ACESSÓRIAS VALOR TOTAL DO IPI VALOR TOTAL DA NOTA

PRODUTO: PRODUTOS

UN

10.000,00

TRES RIOS RJ 81.171.222

CÓDIGO DESCRIÇÃO DOS

RUA DOS VIDROS, 44 - 25.244-001 26/01/2005ENDEREÇO: BAIRRO /DISTRITO: CEP.: DATA DA SAÍDA/ENTRADA

NOME/RAZÃO SOCIAL: CGC/CPF: DATA DA EMISSÃO:

34.001.152/0001-06 26/01/2005

RETORNO - 87.138.814 PARA EMISSÃOCONSERTO 31/01/2005

DESTINATÁRIO/40.203.204/0001-42 REMETENTE

NATUREZA DA OPERAÇÃO: INS. ESTADUAL DO SUBST. TRIBUTÁRIO DATA/LIMITE

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REGISTRO DE

D O C U M E N T O F I S C A L

VALOR CONTÁBIL

CODIFICAÇÃO ESPÉCIE

SÉRIE

E SUB- SÉRIE

NÚMEROS

DATA ..................

DIA

MÊS

CONTÁBIL

FISCAL

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44

DE SAÍDAS

I. C. M - V A L O R E S F I S C A I S

OBSERVAÇÕES

OPERAÇÕES COM DÉBITO DO IMPOSTO

OPERAÇÕES SEM DÉBITO DO IMPOSTO

BASE DE CÁLCULO

ALÍQUOTA

IMPOSTO DEBITADO

ISENTAS OU NÃO TRIBUTADAS

OUTRAS

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45

REGISTRO DE ENTRADAS - ICMS

DA COLUNA "DATA DA ENTRADA" ATÉ DA COLUNA "CODIFICAÇÃO".

REGISTRO DE

PROCEDÊNCIA

DIA MÊS CONTÁBIL FISCALFEDERAÇÃOMÊS EMITENTE ESTUADUAL CNPJ (MF)ESPÉCIE SUBSÉRIE NÚMERO DIAE 2006 NÚMERO DE INSCRIÇÃO DA

2007 VALOR CODIFICAÇÃOSÉRIE DATA UNIDADE CONTÁBIL

DATA DA DOCUMENTO ENTRADA FISCAL

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ENTRADAS

I. C. M - V A L O R E S F I S C A I S

OBSERVAÇÕES

OPERAÇÕES COM CRÉDITO DO IMPOSTO

OPERAÇÕES SEM CRÉDITO DO

IMPOSTO BASE

DE CÁLCULO ALÍQUOTA

IMPOSTO CRÉDITADO

ISENTAS OU NÃO TRIBUTADAS

OUTRAS

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REGISTRO DE

D O C U M E N T O F I S C A L

VALOR CONTÁBIL

CODIFICAÇÃO ESPÉCIE

SÉRIE

E SUB- SÉRIE

NÚMEROS

DATA ..................

DIA

MÊS

CONTÁBIL

FISCAL

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DE SAÍDAS

I. C. M - V A L O R E S F I S C A I S

OBSERVAÇÕES

OPERAÇÕES COM DÉBITO DO IMPOSTO

OPERAÇÕES SEM DÉBITO DO IMPOSTO

BASE DE CÁLCULO

ALÍQUOTA

IMPOSTO DEBITADO

ISENTAS OU NÃO TRIBUTADAS

OUTRAS

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ESTADO DO RIO DE JANEIRO SECRETARIA DE ESTADO DE FAZENDA DOCUMENTO DE ARRECADAÇÃO - DARJ

11 - VENCIMENTO

DARJ

12 - NOME, FIRMA OU RAZÃO SOCIAL 01 - INSCRIÇÃO ESTADUAL

13 - ENDEREÇO COMPLETO 02 - CÓDIGO DA RECEITA

14 - MUNICÍPIO 15 -

UF 16 - CEP 03 - CGC/CNPJ/CPF

17 - RECEITA 04 - Nº DOC. ORIGEM 18 - INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES 05 - PER.REF./PARCELA

06 - VALOR PRINCIPAL

07 - ATUAL. MONETÁRIA

08 - MORA * PAGÁVEL SOMENTE NO BANERJ, BANCO DO BRASIL OU ITA Ú. * NÃO RECEBER APÓS A DATA LIMITE PARA PAGA MENTO (CAMPO 20) 09 - MULTA 19 - AUTENTICAÇÃO BANCÁRIA 20 - DATA PAGAMENTO 10 - TOTAL A RECOLHER 1ª VIA - BANCO

Instruções de preenchimento:

Campo 1: Preencher com o número da inscrição no Cadastro de Contribuintes do Estado do Rio de Janeiro; Campo 2: Preencher com o código da Receita; Campo 3: Indicar o número do CNPJ ou CPF do contribuinte responsável pelo recolhimento, conforme o caso; Campo 4:Indicar o n.º do Auto de Infração, do RQP (Parcelamento), Certidão da Inscrição em Dívida Ativa, Declaração de Importação, RENAVAM e o código do município ou Guia de Controle do ITD, conforme o caso; Campo 5: Apor o mês e o ano, no formato MM/AAAA, referente à ocorrência do fato gerador do tributo ou número da parcela, quando for parcelamento. No caso de IPVA informar o exercício (AAAA); Campo 6: Indicar o valor atualizado da receita principal, ,ou nominal em alguns casos. Este valor está sempre associado ao código de receita informado no campo 2; Campo 7: Indicar o valor correspondente à atualização monetária, caso ela seja cobrada de forma não associada ao principal; Campo 8: Indicar o valor dos juros, acréscimos moratórios e da multa de mora somados; Campo 9: Indicar o valor da multa em decorrência da inflação. Este valor será sempre associado ao principal informado no campo 6, existindo ou não; Campo 10: Preencher com o somativo dos campos 6 a 9 Campo 11: indicar o dia, mês e ano (no formato DD/MM/AAAA) em que a receita deverá ser recolhida Campo 12: Apor o nome, firma ou razão social do contribuinte responsável pelo recolhimento; Campo 13: Indicar os dados completos do contribuinte; Campo 14 a 16: Indicar os dados completos do contribuinte; Campo 17: Indicar, por extenso, nome da receita relativa ao código informado no campo 2; Campo 18: Informações complementares que se fizerem necessárias;