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IDENTIDADE, DIFERENÇA E DESIGUALDADES NO BRASIL Prof. Fernando A. Silva

Identidade, diferença e desigualdades no brasil

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Breve apresentação sobre o histórico da formação do povo brasileiro e o processo de marginalização que culminou com as desigualdades.

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Page 1: Identidade, diferença e desigualdades no brasil

IDENTIDADE, DIFERENÇA E

DESIGUALDADES NO BRASIL

Prof. Fernando A. Silva

Page 2: Identidade, diferença e desigualdades no brasil

No Brasil, entre os séc. XVI ao XVIII,consolidou-se a estrutura genética da populaçãobrasileira, com o entrecruzamento de africanos,europeus e índios. Ainda, no período colonial,franceses, holandeses e ingleses tentaram seestabelecer no Brasil e deixaram suacontribuição étnica.

Assim, têm-se o Brasil, uma mistura étnica, deraças. Uma gente bem diferente do restante domundo.

As três raças básicas formadoras da populaçãobrasileira são o negro, o índio e o europeu, emgraus variados de mestiçagem. Somos um paísmestiço.

Essa miscigenação deu origem ao Caboclo= branco+ índio; Mulato= negro + branco; Cafuzo= índio +negro.

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Entretanto sabemos das condições desfavoráveis que incidem sobre umaparcela de nossa população, um grupo social.

Esse grupo tem uma origem histórica de exploração, escravização emarginalização: os descendente dos negros e índios.

Essa condição foi baseada no eurocentrismo, instaurado desde odescobrimento de uma terra, que sabemos já tinha “dono”, que seachava hegemonica.

Isso levou a criação de estereótipos que permanecem até hoje, emmaior ou menor grau, em nossa sociedade.

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A ideologia do branqueamento:

Imposta pelos europeus, pregava a hegemonia do branco e fez com que pessoas com

ascendência negra nos recenseamentos se passassem por brancos, afim de uma maior

aceitação social.

Essa ideologia é um exemplo de discriminação, de natureza racista, criada pela elite

dominate da época, aumentando a marginalização e impedindo a ascensão social, econômica

e cultural dos negros.

Há estudiosos que dizem que foi isso teve um impacto no processo de descaracterização

(enquanto raça) e no esvaziamento da consciência étnica dos negros.

Sendo o mulato, produto da miscigenação, por ser mais claro e mais aceito socialmente que

o negro, passou a se considerar superior aos seus descentes, assimilando com isso a

ideologia do branqueamento.

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A discriminação:

Apesar de não ser uma doença é um elemento de grande poder no

desencadeamento de distúrbios psíquicos, levando a geração de

doenças. Portanto, um dos fatores que deve ser trabalhado para a

promoção da saúde.

Page 6: Identidade, diferença e desigualdades no brasil

A independência serviu para estruturar uma sociedade elitista,

heterossexual, escravista e supremacia dos brancos católicos que

falavam português.

Notamos um desprezo pelas outras culturas, relegando a inferioridade

a religiosidade, a língua, os costumes e a própria identidade desses

grupos.

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Desta forma, a luta por direito iguais é de todos, seé direito é para

todos, no entanto alguns são mais carentes que outros. Para isso é

fundamento a compreensão da história da criação do povo, suas

característica e peculiaridades.

E, apesar de se nascer com direitos, ainda, é necessário se fazer

campanhas de conscientização e até mesmo leis para que todos sejam

respeitados nos seus direitos.

No entanto, a eficácia desse processo depende de nós.

Page 8: Identidade, diferença e desigualdades no brasil

Diferenças:

As diferenças não tornam o homem inferior, nem superior, mas o torna

belo, pois a beleza do homem está na sua diferença.

Apesar da cidadania ser o melhor termo para analisarmos a identidade,

diferença e desiguladade, no Brasil, ainda há muito o que se fazer com

relação a essa questão, que foi abolida no Brasil na época da ditadura

(1964-1985).

Decorrente de muitos brasileiros, os quais, estão muito distantes da

cidadania, os marginalizados.

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Cidadania:Estabelece um estatuto de pertencimento de um indivíduo a um país, e que lhe atribui um

conjuntos de direitos e obrigações, sob vigência de uma constituição.

Possui duas características: Formal e Substantiva.

A formal é indicativo de nacionalidade, de pertencimento a um Estado-Nação.

A substantiva é definida como a posse de direitos civis, políticos e sociais, sendo essa a que

devemos priorizar na promoção à saúde.

Essa cidadania deve ser extensiva para toda a população do Brasil.

Não podemos esquecer que a cidadania está em permanente construção: sendo um referencial

de conquistas para acabar com as iniquidades, dominações, melhores garantias individuais e

coletivas.

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Segundo T.H. Marshall, a cidadania só é plena se englobar os três tipos de direito:

Civil: inerentes à liberdade individual, liberdade de expressão e de

pensamento, direito de propriedade e de conclusão de contratos, direito à

justiça.

Politica: direito a participação no exercício do poder político, como eleito

ou eleitor, no conjunto das instituições de autoridade pública.

Social: Conjunto de direitos relativos ao bem-estar econômico e social,

desde a segurança até ao direito de partilhar do nível de vida, segundo os

padrões prevalecentes na sociedade.

Page 11: Identidade, diferença e desigualdades no brasil

O cidadão tem de ser cônscio das suas responsabilidades enquanto parte

integrante de um grande e complexo organismo que é a coletividade, a

nação, o Estado, para cujo bom funcionamento todos têm de dar sua

parcela de contribuição. Somente assim se chega ao objetivo final, coletivo:

a justiça em seu sentido mais amplo, ou seja, o bem comum.