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III Encontro Pibid Usp 07-09-2015

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ÍNDICE

Apresentação 3

Programação Resumida 4

Programação Completa – Mesa redonda 5

Programação Completa – Apresentação de trabalhos (11h às 12h) 6

Programação Completa – Apresentação de trabalhos (12h às 13h) 9

Programação Completa – Intervalo para almoço 12

Programação Completa – Apresentação de trabalhos (14h30 às 15h30) 13

Programação Completa – Apresentação de trabalhos (15h30 às 16h30) 16

Resumos 19

Resumos – Horário: 11h às 12h 20

Resumos – Horário: 12h às 13h 44

Resumos – Horário: 14h30 às 15h30 68

Resumos – Horário: 15h30 às 16h30 91

Autores e Contatos 111

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APRESENTAÇÃO

A Universidade de São Paulo se inseriu no Programa de Bolsas de Iniciação à

Docência (PIBID/CAPES) no ano de 2011 com o objetivo de propor ações de caráter

colaborativo entre a Universidade e escolas básicas de Ensino Fundamental e Médio

do Estado de São Paulo, visando ao aprofundamento da formação inicial dos

licenciandos e a formação continuada de professores em exercício. Desde então,

tem-se promovido a ampliação de espaços para as atividades de formação de

futuros professores, e a inserção e interação participativa do aluno licenciando na

realidade escolar do ensino público.

Com as ações desenvolvidas no interior do Programa, procura-se tomar a sala de

aula como o centro irradiador das questões que são objeto da formação do futuro

professor, integrando os alunos da licenciatura às dinâmicas de trabalho próprias à

escola básica. Desse modo, promovem-se atividades de estudos e reflexão teórica

com base em questões presentes na realidade escolar, na atuação conjunta entre os

coordenadores de projetos, os professores supervisores e os bolsistas de iniciação à

docência.

No projeto PIBID-USP, intitulado A docência como componente articulador da teoria

e prática na formação inicial e continuada do professor, propõem-se atividades que

contribuam para ampliar, aprofundar e qualificar positivamente a formação inicial de

estudantes dos cursos de Licenciatura da Universidade de São Paulo, em seus

diferentes campi.

Neste III Encontro do PIBID/USP, privilegiaremos a apresentação de trabalhos e de

reflexões das ações desenvolvidas, com o objetivo de contribuir para que se

divulguem seus resultados, bem como para que se possam tomar criticamente as

atividades realizadas por seus integrantes. Nesse sentido, espera-se que o Encontro

proporcione a troca de experiências formativas, e, também, possibilite a produção de

subsídios para o aperfeiçoamento do projeto.

Comissão Organizadora

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PROGRAMAÇÃO RESUMIDA

Horário Atividade Local

8h às 9h Café de Acolhida Saguão do Bloco B, térreo

9h às 9h30 Abertura Auditório da Escola de Aplicação

9h30 às 11h Mesa Redonda Auditório da Escola de Aplicação

11h às 12h Apresentação de Trabalhos Salas 128, 137, 139, 141, 147 e 149

12h às 13h Apresentação de Trabalhos Salas 128, 137, 139, 141, 147 e 149

13h às 14h30 Intervalo para Almoço Cantinas (FE, CEPEUSP), Bandejão

14h30 às 15h30 Apresentação de Trabalhos Salas 128, 137, 139, 141, 147 e 149

15h30 às 16h30 Apresentação de Trabalhos Salas 137, 139, 141, 147 e 149

16h30 às 17h Encerramento Auditório da Escola de Aplicação

17h às 18h Café de Despedida Saguão do Bloco B, térreo

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PROGRAMAÇÃO COMPLETA

Mesa Redonda

9h30 às 11h Mesa Redonda

Local Auditório da Escola de Aplicação

Temas O programa de Formação de Professores da USP e

Estudo Avaliativo do PIBID

Debatedores

José Sérgio Fonseca de Carvalho

Livre Docente em Filosofia da Educação na Universidade de São Paulo. Cursou graduação em Filosofia e em Pedagogia na USP. É mestre e doutor em Filosofia da Educação pela FEUSP. Foi pesquisador convidado da Universidade de Paris VII -Denis Diderot (2011-2012 - FAPESP), onde realizou seu pós-doutorado junto ao Centre de Sociologie des Pratiques et des Répresentations Politiques, sob a supervisão do Prof. Dr Étienne Tassin. Desde 2007 desenvolve pesquisas sobre os vínculos entre o pensamento político de Hannah Arendt e a educação no mundo moderno. Tem atuado ainda na área de formação de professores em direitos humanos, com projetos vinculados à Secretaria Especial de Direitos Humanos e às redes públicas de ensino básico. Foi membro da Cátedra USP/UNESCO de Educação para os Direitos Humanos e do Grupo de Estudos em Temas Atuais da Educação, ambos sediados no Instituto de Estudos Avançados da USP. É membro do Conselho Municipal de Educação em Direitos Humanos da Cidade de São Paulo.

Nelson Antonio Simão Gimenes

Possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo (2001), mestrado em Educação (Psicologia da Educação) pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2006) e doutorado em Educação (Psicologia da Educação) pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2011). Atualmente é pesquisador da Fundação Carlos Chagas, professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e membro do Comitê Editorial da Revista Estudos em Avaliação Educacional. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Planejamento e Avaliação Educacional, atuando principalmente nos seguintes temas: educação superior, avaliação de cursos, avaliação institucional, educação infantil e ensino fundamental.

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11h às 12h Apresentação de Trabalhos

SALA TRABALHO AUTORES

128 Educação Física e hip-hop: provocações na perspectiva do currículo cultural

Flavia Yumi Fuhimi; Helena Massako Nakagaito; Jéssica Evelin Silva; Julia Zago Brito; Matheus Rodrigues Pesso Salgado; Pedro Xavier Russo Bonetto

128 Reflexos das ações do PIBID em aulas de Ciências reconhecidos em avaliações externas a partir dos indicadores de alfabetização científica

Caroline Nogueira da Silva; Lívia Aparecida Alves; Roselei Sueli Moraes Pereira; Fabiana Maris Versuti; Marcelo Tadeu Motokane

128 O ensino dos fenômenos astronômicos em uma escola de inclusão

Alex Sandro de Lima; Beatriz Augusta Novais de Oliveira; Ione Messias; Ki Ok Joo; Márcia Augusta de Almeida; Silvana Soares Melo; Renata Pojar; Cristina Leite

128 Educação inclusiva e o ensino de química: uma experiência com deficientes visuais

Natália Cristina da Silva; Conrado J. Pereira; Daniela Gonçalves de Abreu; Joana J. de Andrade

137 Relações entre habilidades sociais, estratégias de aprendizagem e desempenho acadêmico em alunos do Ensino Fundamental II, participantes e não participantes do PIBID

Miguel Augusto Leme; Raquel Scheffer Lopes; Raphael Cafachi Paulino; Roselei Sueli Moraes Pereira; Fabiana Maris Versuti

137 Formação Docente Na Prática: as experiências da linha do tempo “A presença dos africanos e seus descendentes no Brasil”

Antonia Terra Calazans Fernandez; Beatriz Alvares Bigoto; Jackeline Kanarski Braz da Silva; Mariana Rodrigues Cantuaria; Mateus Almeida de Barros; Paulo Sérgio Moreira de Carvalho; Raphael Leon de Vasconcelos; Renata Pellaes Correa

137 Utilização de jogos como ferramenta de aprendizagem

Luana Beltrami Munhoz; Rassiê Tainy de Paula; Luiz Henrique Calderon Salles

137 Educação Física e PIBID: relatos da experiência

Bruna Dal Belo Benetti; Jorge Luiz de Oliveira Junior; Karina Marina Andrade da Silva; Priscila Sales Luz Guimarães; Tulyo Cesar Martins

139 “Elos da Memória” – o trabalho com relatos sobre a escravidão negra em sala de aula

Igor Martin Pereira; Adriane Pena; Camila Calda; Fernando Henrique Tisque dos Santos; Lucas Denardi Daire; Débora de Lima Gonçalves Antelmo; Dislane Zerbinatti Moraes

7 139 Estratégia de inserção de um grupo de

alunos bolsistas PIBID/IB-USP no cotidiano dos estudantes de 9ºs anos na EE Canuto do Val

Bunni Costa; Fernanda de Lima; Giulia Baldaconi S. Bispo; Renan del Bel; Sara Uchiyama; Samanta I. do Carmo; Stefane Saruhashi; Fausto Neto Reis de Lira; Suzana Ursi; Daniela Lopes Scarpa

139 Geogebra – Gráficos de funções quadráticas

Aline Aparecida Miranda Gomes; Esther Pacheco de Almeida Prado

139 A Identidade do Pedro (ou: uma [re]construção identitária a partir do opinar)

Cristina C. Machado; Gabriel V. Lazzari; Mariana de S. C. Barros; Mônica A. B. da Silva; Patricia Cavalcanti

141 Jogo de Tabuleiro: Grécia Antiga

Luciano Nunes de Almeida; Felipe Correia de Melo; Leonardo Vieira; Jackeline Dias; Catherine Elisabeth Galli; Larissa Helena Costa

141 Fisiologia dos sentidos: percebemos o mundo igualmente?

Ana Clara Salama Corsi; Bárbara Rodrigues Cintra Armellini; Julian Gomez Maidana; Kamila Drequeceler; Isabela Pinho Gomes Assêncio; Rafael Shiraishi de Campos; Rodrigo Dassie Pecoraro; Ursula Simonetti Lovaglio; Marymar Crepaldi Penteado Galli; Suzana Ursi e Daniela Lopes Scarpa

141 PIBID e OBMEP: oficinas preparatórias na Escola de Aplicação da FEUSP para uma Olimpíada Brasileira de Matemática

Ernani Nagy de Moraes; Chen Chun Te; Guilherme dos Santos Batista; Hans Willians Alves do Carmo; Ingrid Caroline da Rocha Machado; Vitor Hugo de Souza

141 Possíveis transformações e contribuições da participação do aluno de Psicologia, do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência, em sala de aula

Rafael Kenji Katayama; Fernanda Dias da Silva; Hudson Henrique Santos da Silva

147 Metodologias avaliativas diferenciadas: contribuindo para uma formação cidadã do educando

Rafael Pereira de Carvalho; Wendler Feliphe Rui Alves; Joana de Jesus de Andrade; Daniela Gonçalves de Abreu

147 O Ensino de Ciências nas Séries Iniciais: Uma Proposta de Intervenção Didática a partir do Teatro de Fantoches

Anna Cecília de Alencar Reis; Laís Allana Lima de Oliveira; Bárbara Badaró

147 Africanidades e Cinema: um estudo aplicado sobre História da África e a linguagem audiovisual

Rayane Silva; Ricardo Ribeiro Tanuri; Fábio Ferreira de Jesus; Júlia Zanardo Grespan; Denis Aparecido Mendes de Oliveira; Dislane Zerbinatti Moraes

8 147 A construção da poética do educador –

traçando caminhos na formação autoral no PIBID

Adriana Oliveira; Maria Claudia Milan Robazzi; Dália Rosenthal

149 A influência do professor nos alunos sobre a reflexão do cotidiano

Henrique Romero Gonçalves; Mayara Luma Oliveira; Lucelaine Rocha Reato de Aguiar; Joana de Jesus de Andrade; Daniela Gonçalves de Abreu

149 Didática, currículo e práticas pedagógicas: arte, leitura e escrita

Géssica Ap. P. Santos; Letícia M. Souza, Mariana B. Gomes; Marisa B. Schmidt; Nayara Ap. Rodrigues; Valdson C. Almeida; Cristina Cinto Araujo Pedroso; Noeli Prestes Padilha Rivas

149 O Jongo e o Hip-hop: memória, cultura e resistência negra do Império à contemporaneidade

Ricardo Ribeiro Tanuri; Fábio Ferreira de Jesus; Denis Aparecido Mendes de Oliveira; Dislane Zerbinatti Moraes

149 Planejar e replanejar: ciclo contínuo e dinâmico

Bárbara de Souza Ferreira; Rene de Melo Junior; Rogério Felício do Prado; Walter Mendes Leopoldo; Mônica Fátima de Mello Lemos Silva; Valéria Silva Dias

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12h às 13h Apresentação de Trabalhos

SALA TRABALHO AUTORES

128 Um olhar das supervisoras sobre a formação didática no PIBID

Lucelaine Rocha Reato de Aguiar; Elisandra Cristina Schinor; Daniela Gonçalves de Abreu; Joana de Jesus de Andrade

128 Licenciatura em psicologia e a atuação em escolas técnicas

Rodrigo da Silva Rodrigues Lermes

128 Contribuições da interação entre Universidade e Escola no Subprojeto PIBID Artes ECA

Bruna Helena Curi; Camila Krantz; Marcelo Kakihara; Maria Antonieta Falcão; Mariana Costa; Matheus Henrique Gonçalves; Dalia Rosenthal

128 MONITORIAS DE QUÍMICA: atividade de apoio ao vestibular para alunos de Ensino Médio

Patrícia Fernanda Rossi; Rosangela Maria Pomponio Saldanha; Anderson Tiago De Araujo; Caio Marques Neves Nunes; Caroline Veiga; Emike Luzia Pereira Correia; Karen Grasiela Angelotti; Ana Cláudia Kasseboehmer

137 Avaliação no currículo cultural: as idas e vindas a partir das questões de gênero

Milena Toschi; Mariana Freire; Renan Moser; Arthur Müller

137 Sistema digestório em uma abordagem investigativa

Michele Dayane Facioli Medeiros, Anne Caroline de Freitas, Fabiana Roberta Scarpino Franco, Juliana Kátia da Silva Gimenes, Lindiberg Yosetake, Maurício Nagata Yoshida, Thiago Mendes, Marcelo Tadeu Motokane

137 Breve história dos africanos e seus descendentes no Brasil

Caroline Passarini Sousa; Débora Santos De Alencar; Eva Aparecida Dos Santos; Karine Evelyn Alves Carvalho; Priscila Cruz Barbosa Da Silva; Victor Doutel Pastore

137 Ensinando perímetro e aprendendo a ser professor

Fernanda Martins da Silva; Pedro de Araújo Queiroz; Esther P. de Almeida Prado

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139 Avaliação diagnóstica da EMEF Professora Ileusa Caetano da Silva

Caio Malheiros; João Pedro Mesquita; Hugo Heringer; Lucas Sagawa; Luiz Gustavo Arruda, Marina Marins; Marcel Valentino Bozzo; Daniela Lopes Scarpa; Suzana Ursi

139 Atividades lúdicas no ensino de História José Antonio Vasconcelos

139 “Novas” Abordagens para “Velhos” Conteúdos

Theófilo Satoshi Okada; Luana Graziele Stanganini

139 A minha vida pode virar história: o dia-a-dia dos alunos é matéria de escrita

Débora Barbosa Roncon; Giulia Galizoni Caversan; Keith Russo; Viviane Silvestri

141 Mito e Narrativa indígenas: a construção da alteridade no Ensino de História

Marcela Santos Rolim; André Pina Moreira; Laila Antunes; Bárbara E. Bartolomeu Zibordi; Daniel Sean Concagh; Diogenes Henrique de Castro; Diego R. Carloto; Fernanda Costa; Graziela Lojor de Araujo; Guilherme P. Gouvea; João Vitor Bortoleto; Laila Antunes; Lauro Fabiano de Souza Carvalho; Louise M. Costa de Assis; Lucas Rigo; Marcos Longo; Otavio Balanguer; Rogerio Machado Braga; Regiane Silva de Miranda

141 A ludicidade na aprendizagem Simone Santos Pimentel

141 A organização do PIBID de matemática na Escola de Aplicação da FEUSP e a experiência proporcionada aos bolsistas

Henri Flávio da Silva; Vanessa Uriondo Cortez; Márcia Rodrigues Santos; David Marinho; Paulo Roberto Centeno Franco

141 Avaliação e produção do guia do professor para a Experimentoteca do CDCC

Fábio Henrique Gonçalves de Souza; Patrícia Fernanda Rossi; Robson Santos da Silva; Rosangela Maria Pomponio Saldanha; Ana Cláudia Kasseboehmer

147 Criando oportunidades educativas para desenvolver a argumentação e a tomada de decisões

Celso Fernandes Lima; Fábio Carvalho; Fábio Silva Cruz; Mayara Cristina Silveira; Vitor da Costa Trumpis; Weslly Ferreira Viana; Valéria Silva Dias; Shizue Ideriha Shimizu

147 Uma abordagem interdisciplinar no ensino da Fotossíntese

Assan, U.; Bergamini, G.P.M.; Camargo, G.H.; Cezila, B.A.; Delsin, L.F.; Moraes, T.A.; Motokane, M.T.; Palandre, I.S.

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147 Projeto: Quando a dança é marcada pela diferença?!...

Alessandro Marques da Cruz; Steffi Lorena Gemio Orinochi; Carolina Mie Takaya

147 Experimentação no ensino de química: sempre velha novidade em sala de aula

Johnatan Rodrigues do Nascimento; Bruno Santana de Freitas; Joana de Jesus de Andrade; Daniela Gonçalves de Abreu

149 Projeto Brincadeiras da Escola Estadual Samuel Klabin: uma experiência de Iniciação à Docência de alunos de graduação em Pedagogia da FEUSP

Caroline Rodrigues da Cunha; Dayane Maria de Oliveira Portapila; João Luís de Abreu Vieira; Maria Izabel Fonseca; Priscila Mantovani

149 Internet móvel e as implicações sociais da propaganda: uma experiência de Iniciação à Docência em Física baseada nos três momentos pedagógicos

Cristina Leite; João Paulo Muniz de Palma; Marcus Vinícius Pinheiro de Almeida Santos; Rodrigo Correia da Silva; Rubens Parker Huaman; Silvana Duarte Bezerra; Vitor Fabrício Machado de Souza

149 O PIBID como facilitador da inserção de novas tecnologias na escola básica

Maria Angélica Penatti Pipitone; Isabella B. Romano; Isabel Oliveira; Lucas Rodrigues; Mayra Rodrigues; Muriel Donzellini

149 Fatores de Motivação de Alunos do Ensino Médio para Manutenção e Continuidade nos Estudos

Joso de Souza Jr; Leticia C. C. C. Pradela; Fabio H. Souza; Ana C. Kasseboehmer; Carlos C. Mascio

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13h às 14h30 Intervalo para Almoço

Sugestões de restaurantes mais próximos à FEUSP

(1) Restaurante Central (Bandejão)

Onde fica: Corredor do CRUSP, próximo ao Bloco G

Acesso: Avenida da Universidade >à direita após a rotatória do CEPEUSP

(2) Restaurante da Química (Bandejão)

Onde fica: Avenida Lineu Prestes, 748

Acesso: Avenida da Universidade > à esquerda na rotatória do CEPEUSP

(subindo) > em frente na rotatória da Avenida Professor Luciano Gualberto

(subindo)

(3) Cantina da FEUSP (Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo)

Onde fica: Bloco B, térreo, próximo ao elevador

Acesso: corredores externos do Bloco B

(4) Cantina do CEPEUSP (Centro de Práticas Esportivas da Universidade de São

Paulo)

Onde fica: dentro das instalações do Clube

Acesso: atravessando o bolsão de estacionamento da FEUSP > atravessando

o bolsão de estacionamento do CEPEUSP

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14h30 às 15h30 Apresentação de Trabalhos

SALA TRABALHO AUTORES

128 Robótica no ensino infantil através de materiais de baixo custo

Paulos Borges Viríssimo Dos Santos; Vitor Martins Menezes, Olga Maria Aldana Nora; Luana Cristina Soares Da Silva; Maria Aparecida Costa

128 Educação Física e a Educação de Jovens e Adultos: uma experiência ginástica no CIEJA Butantã

Jacqueline Cristina Jesus Martins; Giovana Elisa de Sousa; Maria Fernanda Martins Cardozo; Renato dos Santos Rodrigues; Ingrid Pereira Leite; Larissa Ferreira Silva; Natalia Fenuchi Coelho

128 Exercendo a democracia na escola: vivendo novas experiências no recreio

Marcos Ribeiro das Neves; Rayssa Fernandes Rojas

137 Cronicando: leitura e produção de crônicas Amanda C. S. Regorão; Eli Nascimento; Juliana K. Silva; Matheus Chaves; Renata V. Gomes

137 As contribuições da elaboração coletiva do Kit de Geometria no desenvolvimento das atividades individuais

Alexandre Rodriguez Murari; Marina Cancio Rodrigues; Thassia Rafaela Camilo Camara; Kadu V. T. Paulino; Victor J. Oliveira; Joice Y. Obata; Esther P. de A. Prado

137 O Ensino de História Antiga: Uma abordagem através da experiência lúdica

Acainã Luiz de Azevedo; Ana Beatriz dos Santos; Carolina Bednarek Sobral; José Guilherme Zago de Souza; Renata Bertoni Bazan; Vanessa Gomes de França

137 Arte, Expressão e Autonomia

Lucas Cirillo Sampao Cruz; Dennis Bueno; Ariel Freire; Marina Xisto; Dália Rosenthal; Maria Claudia Robazzi; Adriana Silva de Oliveira

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139 Por uma inclusão social: a construção do conceito de número

Andréia Rodrigues Rocha; Caroline Takahashi de Freitas; Daniela Gratner Schuck; Felipe Cavalcante Gatti; Jacqueline Andrade Santos; Raiza Cristina Sorrini Medeiros

139 Arqueologia e patrimônio em sala de aula: ações educativas para alunos do 6º ano da EMEF João Carlos da Silva Borges

Mateus M. Pereira; Carolina Ribeiro; Branca Zilberleib; Caroline da Silva Mariano; Luiz Cláudio Reginatto; Lucas Figueiredo Torigoe; Micael Lazaro Zaramella Guimarães; Sara Caroline Silva, Melina Pissolato Moreira; Gonçalo de Andrés Fernandez; Dislane Zerbinatti Moraes

139 Sequência didática investigativa sobre água

Caio Malheiros; João Pedro Mesquita; Hugo Heringer; Lucas Sagawa; Luiz Gustavo Arruda; Marina Marins; Marcel Valentino Bozzo; Daniela Lopes Scarpa; Suzana Ursi

139 A sala de leitura: aprender a ler se aprende lendo

Domênica F. dos S. Ferreira; Iolanda Guilherme Assis da Silva; Marina Pessoa Silva; Roberto Braga; Tânia Azevedo

141 O ensino da tabela periódica no ensino médio: para além de aulas teóricas

Ekeveliny A. Veschi; Everson M. dos Santos; Joana de Jesus de Andrade; Daniela Gonçalves de Abreu

141 Relato de uma sequência didática investigativa sobre Astronomia

Barbosa, A.M.; Custódio, R.R.L.; Nardi, S.S.E.; Nascimento, L.A.; Pires, M.A.; Santos, J.P.; Zanarotti-Bovo, G.M.; Motokane, M.T.

141 O Projeto PIBID na Escola de Aplicação da FEUSP: a participação dos bolsistas de Matemática

Moisés Yugi Cantuaria Sakai; Rafael Soares Caetano; Victória Fernandes de Oliveira; Josenilton Andrade de Franca

141 DESENVOLVIMENTO DE PALESTRAS INTERATIVAS NO MUSEU: interação da Universidade com a população

Caroline Veiga, Emike Luzia Pereira Correia, Karen Grasiela Angelotti, Kenia Naara Parra, Daniel Matheus Silva, Caio Marques Neves Nunes, Ana Cláudia Kasseboehmer.

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147 Boas Práticas Docentes no Ensino de Matemática

Gabriel Lopes Fernandes da Costa; Sabrina Silva Viana

147 Intervenção para alunos do Ensino Médio no contexto do PIBID: luz, cores e visão

Bruno Araujo; Gabriel Carvalho; Rodrigo Tonon; Taynara Silva; Vinícius Martins; Vanessa Albuquerque; Cristina Leite

147 Experiências de uma SEI sobre Astronomia nos anos finais do Ensino Fundamental: contribuições do PIBID

Caroline Nogueira da Silva; Hermógenes Evangelista; Lívia Aparecida Alves; Miguel Augusto Leme; Raphael Cafachi Paulino; Raquel Scheffer Lopes; Roselei Sueli Moraes Pereira; Fabiana Maris Versuti

147 Estudos em Educação no Ensino Médio: Biologia Corroborando com Filosofia

Lucelaine Rocha Reato de Aguiar; Daniela Gonçalves de Abreu; Joana de Jesus de Andrade

149 Explorando a vila de Paranapiacaba – uma proposta de investigação histórica a partir das diversas fontes

Daniela Ferrari de Oliveira; Fernando Tisque; Igor Martin Pereira; Julia Zanardo Grespan; Débora de Lima Gonçalves Antelmo; Dislane Zerbinatti Moraes

149 A trajetória de um licenciando em Física no primeiro semestre de PIBID-USP

Francisco Douglas Lisboa Duarte; Marcel de Souza Paula; Patrick Vieira de Jesus; Robson Gomes Sobral; Diego Sita de Pieri; Ozorio Saturnino Barbosa Neto; Mário Rodrigues de Oliveira Filho; Valéria Silva Dias

149 Do macro para o micro: uma nova abordagem para o ensino de genética

Assan,U.; Bergamini, G. P.; Camargo G. H; Cezila B. C.; Ferreira, K. M.; Moraes, T. A.; Motokane, M. T; Palandre, I. S.

149 Construção de Sequência Didática de Prática Investigativa

Leticia C. C. C. Pradela, Joso de Souza Jr, Carlos C. Mascio, Ana C. Kasseboehmer

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15h30 às 16h30 Apresentação de Trabalhos

SALA TRABALHO AUTORES

137 Relato de uma Sequência Didática Investigativa sobre Energia e Combustíveis

Alves, L.A.; Barbosa, A.M.; Nardi, S.S.E.; Pires, M.A.; Santos, J.P.; Silva, C.N.; Zanarotti-Bovo, G.M.; Motokane, M.T.

137 “Linha do tempo enquanto recurso didático: uma outra história da escravidão”

Antônia Calazans Fernandes; Carolina Apolinário; Claudia Macegossa; Gabriele Novaes; Marcelo Vitale; Martiniliano Souza; Ricardo Soares; Thaís Gonçalves

137 O ensino contextualizado de biomas e ecossistemas no Ensino Fundamental no CEU UIRAPURU

Juliana Rossi; Mônica Otake; Jayme Temple; Thiago Marchini; Matheus Dias; Murillo Avellaneda; Matheus de O. Arouca; Janaina Conceição de Assis; Daniela L. Scarpa; Suzana Ursi

137 “O ensino de geometria com uso do software Geogebra”, na E.E. Professor Isaltino de Mello

Angélica Isawa; Artur Penna; Carlos Marques; Juliana Toledo; Mônica Pasquale; Barbara Valério

139 Projeto de ação na Escola Castro Alves - PIBID Letras - USP / 2015

Igor Koermandy Pereira; Sueli Rafael Oraci

139 A chegada do Metrô em Moema: Questões urbanas, memória e identidade no 9º ano da E.M.E.F. Prof. João Carlos da Silva Borges

Micael L. Zaramella Guimarães; André Castilho Pinto; Luiz Cláudio Reginatto; Lucas F. Torigoe; Sara Caroline Silva; Gonçalo de Andrés Fernandez; Fernando Henrique Tisque dos Santos; Dislane Zerbinatti Moraes

139 Jogo Memória Potencial Juliana Camargo; Bianca Denadai; Carime Lima

139 A importância da observação na vivência escolar

Euzane Gomes da Rocha; Lucelaine Rocha Reato de Aguiar; Daniela Gonçalves de Abreu; Joana de Jesus de Andrade

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141 Didática, currículo e práticas pedagógicas: atividades interdisciplinares e lúdicas

Ariéle Pereira Matias; Edmar Lucas Leone; Glaucy Kroll Mantello; Kátia Priscila de Lima dos Santos; Tainá Nahed Kühl; Tatiana Ap. P. Ferreira; Cristina Pedroso; Noeli Rivas

141 Atividades Investigativas sobre características dos seres vivos

Anne Caroline de Freitas; Maurício Nagata Yoshida; Thiago Mendes; Marcelo Tadeu Motokane; Michele Dayane Facioli Medeiros

141 O PIBID e a construção de um projeto coletivo de Feira de Ciências

Alberto Belo da Silva; Daniel Marczuk Martini; Ione Messias; Márcia Augusta de Almeida; Lucas Moraes dos Santos; Silvana Soares Melo; Renata Pojar; Cristina Leite

141 A Utilização dos Jogos Lógicos pelo Grupo L.Y.R.A. (Laboratório de Investigação em Robótica e Astronáutica)

Vitor Martins Menezes; Paulos Borges Viríssimo Dos Santos; Olga Maria Aldana Nora; Luana Cristina Soares Da Silva; Maria Aparecida Costa

147 Alfabetização Científica: adaptação de material didático para alunos surdos ou com deficiência auditiva

Greice de S. Vertuan; Mirela A. Nosete; João Francisco Nunes Tasso; Cássia Dias; Lídia Miranda da Silva; Daniela Gonçalves de Abreu; Joana de Jesus de Andrade

147 Capoeirando: uma etnografia no currículo cultural em ação

Aline Gama; Ana Paula Ribeiro; Felipe N. Quaresma; Gabriela Dias Pinsdorf

147 A construção coletiva de atividades práticas em áreas verdes e laboratório escolar: experiências do PIBID-ESALQ

Vânia Galindo Massabni; Maurício Vulcano; Laura Penalva; Carolina Santos Antunes; Jussara Ferreira; Gustavo Righeto Alves; Vitor de Oliveira Soares; Manoela Vilela Ferraz Silva Dueñas; Andreza M. Gevartosky; Marcelo Basanelli

147 O Multiculturalismo e a Escola Débora Piai de Assis; Elder de L. Magalhães; Fernando K.Taba; Igor Gomes; Luci Mara P. Gaspar; Maisa Barros; Márcio D. da Silva; Rafael Seminatti; Rodrigo F.Santos; Samuel Chaves; Tarcísio L. Filgueiras; Tiago C.Ferreira

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149 Projeto Matabichar

Andréa J. Faragacci; Daniela A. R. Coelho; Denise S. de Oliveira; Estela Lia T. M. Lima

149 A diversidade da cultura afro-brasileira: a elaboração de Fanzine e Glossário por alunos do 5º ano da EMEF João Carlos da Silva Borges, localizada no bairro de Moema (SP)

Gonçalo de Andrès Fernandez; Branca Zilberleib; Caroline Mariano; Daniela Ferrari de Oliveira; Dislane Zerbinatti Morae

149 Projeto Lutas: Quando nós somos a diferença?!...

Carolina Vieira Barbosa; Natalia Imada Romão

149 PIBID Química USP-RP: Fundação e estruturação

Monique Moraes Pereira; Paulo Roberto Volpato; Elisandra Cristina Schinor; Joana de Jesus de Andrade; Daniela Gonçalves de Abreu

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RESUMOS

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Horário: 11h às 12h // Sala: 128

O ensino dos fenômenos astronômicos em uma escola de inclusão Alex Sandro de Lima1; Beatriz Augusta Novais de Oliveira1; Ione Messias1; Ki Ok Joo1; Márcia

Augusta de Almeida1; Silvana Soares Melo1; Renata Pojar2; Cristina Leite3 1Licenciandos em Física da USP e bolsistas PIBID 2015: [email protected], [email protected],

[email protected], [email protected], [email protected], [email protected] 2Professora Supervisora – [email protected] – Escola Municipal de Ensino Fundamental e Médio

Vereador Antônio Sampaio 3Professora Coordenadora – [email protected] - Instituto de Física da USP

Introdução Através do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) foi feita uma parceria com a Escola Municipal de Ensino Fundamental e Médio Vereador Antônio Sampaio. Uma importante característica desta escola é a sua vocação ao atendimento de alunos com necessidades educacionais especiais. Essa característica singular tem sido fundamental para a melhoria na formação dos licenciandos envolvidos no projeto, uma vez que é rara a discussão de elementos dessa natureza no âmbito da formação inicial. Desenvolvimento Diante do universo de diversidades presentes nesta escola, principalmente no âmbito das necessidades especiais escolares, o grupo que compõe este PIBID, além de se inserir no dia a dia escolar, tem se reunido semanalmente na perspectiva de construir uma proposta didática que consiga abarcar e dar vazão à singularidade vivenciada neste espaço escolar. Uma de nossas primeiras atividades consistiu em construir um questionário que nos permitisse conhecer melhor esse grupo e traçar um perfil do mesmo. Temas da astronomia são conhecidos pela sua beleza e fascínio. No entanto, ainda são bem pouco desenvolvidos no âmbito escolar, o que lhes confere uma característica de novidade. Ao aplicarmos uma pequena atividade na escola, com o intuito de compreender os conhecimentos dos alunos sobre o tema, foi possível perceber que em sua quase totalidade, independentemente das necessidades especiais, os alunos apresentaram dificuldades na compreensão de temas considerados simples da astronomia, como, por exemplo, o fenômeno do dia e da noite. Dessa forma, o desafio desse projeto do PIBID é desenvolver uma proposta didática que abarque diferentes necessidades educativas, em especial para grupos de alunos não ouvintes, com a ajuda de intérpretes de Libras, em uma perspectiva dialógica baseada nos Três Momentos Pedagógicos (Delizoicov, 2001). Espera-se que, ao final do projeto, os alunos consigam relacionar as situações do seu dia a dia com os conceitos físicos apresentados nas aulas. Resultados preliminares Neste momento estamos em fase de construção da proposta didática. Por um lado, um misto de várias necessidades, entre elas, uma melhor compreensão da própria astronomia; por outro, as adaptações ao ambiente escolar em específico, além, é claro, do desenvolvimento de atividades que permitam um maior diálogo entre os diferentes atores deste processo. É na tentativa de abarcar todas essas necessidades que estamos trabalhando neste momento. Algumas Considerações Muito embora o projeto ainda esteja em andamento, é possível destacar alguns papéis centrais do PIBID na formação dos licenciandos ao aproximá-los do ambiente escolar com toda sua complexidade e desafios, além de desmistificar o papel do professor, aproximando-o da formação inicial dos alunos. Prima-se por aulas diferenciadas, baseadas na contextualização e dialogicidade, além de aulas interativas com o uso de metodologias que se utilizem de experimentos e atividades em grupo. Referência Bibliográfica DELIZOICOV, D. Problemas e Problematizações. In: PIETRECOLA, M. (org.). Ensino de Física: conteúdo,

metodologia e epistemologia numa concepção integradora. Florianópolis: Ed. UFSC, 2001.

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Horário: 11h às 12h // Sala: 128

Reflexos das ações do PIBID em aulas de Ciências reconhecidos em avaliações externas a partir dos indicadores de alfabetização

científica Caroline Nogueira da Silva; Lívia Aparecida Alves; Roselei Sueli Moraes Pereira; Fabiana Maris

Versuti; Marcelo Tadeu Motokane [email protected], [email protected]; [email protected];

[email protected], [email protected] Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP)

Universidade de São Paulo Palavras Chave: Pibid, Alfabetização Científica, Avaliação Externa.

Considerando o cenário educacional na sociedade contemporânea, há uma crescente preocupação em colocar a alfabetização científica (AC) como o objetivo central do ensino de Ciências em toda a formação básica. Sasseron (2008) propõe o uso de indicadores de AC que representam habilidades de ação e investigação, que mostrem o desenvolvimento da AC entre os alunos. Os indicadores são, portanto, instrumentos capazes de identificar se a AC acontece e como acontece, sendo eles: seriar informações, organizar informações, classificar informações, raciocinar logicamente, raciocinar proporcionalmente, levantar hipóteses, testar hipóteses, justificar, prever e explicar. O subprojeto interdisciplinar descrito neste estudo teve suas ações pautadas na seguinte problematização: “Como formar professores de Ciências e Biologia capazes de promover a AC?”. Sendo assim, as ações desempenhadas pelo grupo foram desenvolvidas por meio das chamadas Sequências de Ensino Investigativo (SEI’s). Este estudo teve como objetivo identificar os reflexos das ações do Pibid em uma escola estadual, por meio da análise dos resultados acadêmicos apresentados por 31 alunos do 7º ano do EF, participantes em uma avaliação externa, a Avaliação da Aprendizagem em Processo (AAP) de Língua Portuguesa, que oferece indicadores qualitativos para compreender o processo de ensino-aprendizagem. Compararam-se os principais resultados apresentados pelos alunos participantes da pesquisa na AAP no 1º semestre de 2014, quando o projeto ainda não era desenvolvido na escola, bem como os resultados no 1º semestre de 2015, período no qual os alunos participantes já estavam inseridos no Pibid. Para análise, procurou-se identificar semelhanças entre as habilidades propostas pela avaliação e os indicadores de AC. Ao analisar os dados obtidos, percebeu-se que depois da intervenção do projeto Pibid, houve uma melhora significativa no desempenho apresentado na habilidade “estabelecer relações”, que muito assemelha-se aos indicadores “seriar, organizar e classificar informações”. No ano de 2014, os alunos apresentaram 35,48% de acertos na referida questão, enquanto que, em 2015, a porcentagem de acertos foi de 67,74%. Pode-se inferir, portanto, que os alunos apresentaram uma melhora de aproximadamente 91%. Os resultados acadêmicos apresentados pelos alunos participantes do projeto Pibid na AAP permitiram inferir que habilidades semelhantes aos indicadores de AC estão presentes em avaliações externas e tornam-se instrumentos que qualificam o processo de ensino aprendizagem, possibilitando investigações a respeito do que se aprende e de como se aprende.

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Horário: 11h às 12h // Sala: 128

Educação Física e hip-hop: provocações na perspectiva do currículo cultural

Flavia Yumi Fuhimi; Helena Massako Nakagaito; Jéssica Evelin Silva; Julia Zago Brito; Matheus Rodrigues Pesso Salgado; Pedro Xavier Russo Bonetto

[email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]

Palavras Chave: Educação Física; Currículo Cultural; Hip-Hop.

O trabalho em questão relata uma atividade de problematização desenvolvida em um projeto de Educação Física realizado com quatro turmas de nono ano de uma escola da rede municipal de São Paulo. O currículo elaborado tomou como referência a perspectiva cultural do componente, que alinhado à área da linguagem, é responsável pelo estudo de uma parte da cultura relacionada com as produções sistematizadas da motricidade humana com finalidades lúdicas, denominadas de práticas corporais: esportes, brincadeiras, ginásticas, danças e lutas. Nessa perspectiva, os gestos, regras, rituais, formas de competir, vestimentas e outros signos das práticas corporais veiculam certas identidades, representações e outras significações da cultura daqueles grupos culturais que a praticam. Em suma, trata-se de uma proposta atenta à condição de diferença às quais os sujeitos são submetidos, projetando a formação de identidades democráticas. Sobre o referido projeto, selecionamos o hip-hop, com base no reconhecimento da cultura corporal da comunidade escolar, e na descolonização do currículo de Educação Física, que historicamente não havia contemplado as danças. O projeto, com duração de três meses, foi composto por atividades de vivência da dança (break e streetdance), pesquisa sobre a história e os elementos da cultura hip-hop, elaboração de coreografias, oficina de Dj, assistência de filmes e vídeos, jogo de basquete de rua (streetball). Esse texto descreve e analisa, prioritariamente, as atividades de problematização que aconteceram em três aulas desse projeto, por conta da riqueza e relevância acadêmica das discussões. A questão começa quando, ao relacionarmos o hip-hop com a população negra, pobre e periférica, uma aluna declarou que se estivesse andando na rua e visse um negro descendo na sua frente, ela voltaria correndo ou mudaria de calçada. Atento a esse discurso de preconceito, o professor e o grupo de bolsistas do PIBID se reuniram e elaboraram uma série de atividades cujo objetivo foi problematizar a questão do preconceito étnico-racial na escola e na sociedade, além de promover a discussão sobre o tema, enfatizando que esses discursos não eram meras “brincadeiras”, como justificavam alguns estudantes. Como avaliação, percebemos que, antes da atividade, poucos se declaravam negros/as; alguns, inclusive, não queriam conversar sobre racismo, dizendo que este não existia. Três temas emergiram na fala do(s)s alunos/as: 1) O efeito do racismo no sujeito que é vítima, não pode ser entendido como “brincadeira” nem “mal entendido”; 2) A existência, ou não, do chamado “racismo inverso”; e 3) A auto percepção de negritude, i.e., considerar-se “mais” ou “menos” negro tomando-se como referência a tonalidade da pele. No fim, alguns alunos/as que primeiro afirmaram que estavam em “dúvida” quanto a sua posição, passaram a se reconhecer como “negros/as”; outros/as começaram a citar eventos acontecidos na escola que, agora, reconheciam como preconceito e discriminação.

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Horário: 11h às 12h // Sala: 128

Educação inclusiva e o ensino de química: uma experiência com deficientes visuais

Natália Cristina da Silva, Conrado J. Pereira, Daniela Gonçalves de Abreu e Joana J. de Andrade

[email protected], [email protected], [email protected], [email protected] Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto

Universidade de São Paulo

Palavras-chave: braille, tato.

INTRODUÇÃO Partindo da perspectiva de que o ensino é, além de um fenômeno metodológico, um fenômeno social, em que se deve refletir sobre os valores que envolvem a docência para situar-se diante desta profissão, o subprojeto da Licenciatura em Química da USP Ribeirão Preto, que atua na Escola CID de Oliveira Leite, busca incentivar os acadêmicos deste curso a atuarem no ensino médio e terem a oportunidade de diferentes vivências, tal como ensinar o conhecimento químico a alunos com deficiência visual, de forma a despertar seu interesse pela ciência através de novas metodologias de ensino. OBJETIVO Objetivamos o ensino da química aos alunos com deficiência visual, de forma a aproximá-los da ciência, fazendo com que percebam que lidar com a baixa visão ou com a cegueira é um dos menores obstáculos encontrados. Dessa forma, buscamos, através de diferentes atividades, mostrar que a química vai muito além daquilo que enxergamos. DESENVOLVIMENTO Uma das formas encontradas para ensinar o conhecimento químico a tais alunos foi através do tato: a aprendizagem deu-se por meio de uma nova linguagem, o Braille, e através da utilização do Atomlig, com o que foi possível ensinar de uma forma mais compreensível, uma vez que os alunos tiveram um contato “direto” com a modelagem das moléculas. As aulas práticas também foram de extrema importância, já que, através de experimentos que não precisavam, necessariamente, serem vistos para assim compreendidos, foi possível explicar sobre diversos assuntos, como a velocidade das reações, por exemplo, através da mudança de temperatura e da superfície de contato (efervescência de comprimidos). Buscamos, ainda, despertar o interesse através de uma inovação: uma trilha de sensações, em que tanto os alunos com deficiência visual, como aqueles que não a tinham, caminhavam sobre diferentes materiais, de olhos fechados, tentavam adivinhar o que lhes era dado às mãos, provavam diferentes sabores; tudo com a intenção de mostrar o quão importante são os demais sentidos além da visão. Para que tais iniciativas pudessem acontecer, nós, pibidianos, nos organizamos para ir à escola em questão todos os dias, desde março de 2014, e dar atenção especial aos alunos com deficiência visual. RESULTADOS E DADOS PRELIMINARES Observou-se que, através de tais atividades, os alunos passaram a questionar mais durante as aulas, interagiram e demonstraram curiosidade: a aprendizagem do Braille nos permitiu ter um contato mais direto com cada aluno, uma vez que, através disso, foi possível estabelecer uma nova linguagem, conciliando o Braille e a química; através de novos materiais, como o Atomlig, foi possível despertar a atenção dos alunos, que viram, através das montagens de moléculas, uma forma mais fácil de visualizar a química; com os o experimentos foi possível motivar e despertar o interesse, fazendo com que os alunos, através da prática, buscassem explicações teóricas; e a trilha de sensações foi uma importante atividade, seja para os alunos com deficiência ou não. A didática resultou em aulas que fizeram os alunos interagirem de forma natural e, mais do que isso, se perguntarem quando seriam as próximas aulas.

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Horário: 11h às 12h // Sala: 137

Formação Docente Na Prática: As experiências da linha do tempo “A presença dos africanos e

seus descendentes no Brasil” Antonia Terra Calazans Fernandez; Beatriz Alvares Bigoto; Jackeline Kanarski Braz da Silva; Mariana Rodrigues Cantuaria; Mateus Almeida de Barros; Paulo Sérgio Moreira de Carvalho;

Raphael Leon de Vasconcelos; Renata Pellaes Correa [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected];

[email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]

Departamento de História - Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas Universidade de São Paulo

Palavras Chave: Ensino de História, Linha do tempo e protagonismo afro-brasileiro

Introdução Este trabalho é resultado da experiência dos bolsistas do Projeto Pibid-História coordenado, pela Profa. Dra. Antonia Terra Calazans Fernandes, durante o primeiro semestre de 2015 nas escolas EMEF Anexa ao Educandário Dom Duarte, EMEF Emílio Ribas e EMEF Mário Covas, o qual tinha como eixo central estudos da história de afrodescendentes, através da organização de uma linha do tempo na escola. Objetivo Apresentar as contribuições advindas da montagem e desenvolvimento de uma Linha do tempo com o tema “A presença dos africanos e seus descendentes no Brasil”, e demais atividades inerentes ao Projeto Pibid. Experiências/ Desenvolvimento A montagem desta oficina começou com o estudo do tema, reuniões e discussões acerca de “Quê professores queríamos ser? O que queríamos ensinar? E como valorizar o protagonismo dos afrodescendentes na história brasileira?”. Depois da elaboração fomos às escolas e a dinâmica nos (re)afirmou a importância política e social de aproximar os alunos do estudo de uma história de resistência. Da nossa parte, a ida às três escolas possibilitou novidade para alguns, o contato com a organização diária escolar, o desenvolvimento da nossa oratória e principalmente a interação com alunos de diferentes idades. Isso nos colocou diante de um desafio de entremear nossa formação e nossos ideais com a prática escolar. Para isso, a montagem e desenvolvimento da linha do tempo exigiu que pensássemos a realidade de cada escola e explorássemos espaços para além da sala de aula (como os corredores e pátios). Nos levou, também, a buscar suporte entre os integrantes do grupo: trocar experiências, discutir metodologias, adaptar nosso vocabulário, aprimorar os conceitos escolhidos, trabalhar com a ludicidade em diferentes séries e, de fato, nos aproximar da realidade dos alunos e dos professores. Referências Bibliográficas

APPIAH, Kwane Anthony. Identidades Africanas. In: Na Casa de Meu Pai: A África na filosofia da cultura. Rio de Janeiro: Contraponto, 1997. CHARTIER, Roger. A História Cultural: Entre práticas e Representações. Lisboa: Difel/Rio de Janeiro: Bertrand. 1989 - 1994.

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Horário: 11h às 12h // Sala: 137

Relações entre habilidades sociais, estratégias de aprendizagem e desempenho acadêmico em alunos do Ensino Fundamental II

participantes e não participantes do PIBID Miguel Augusto Leme; Raquel Scheffer Lopes; Raphael Cafachi Paulino; Roselei Sueli Moraes

Pereira; Fabiana Maris Versuti. [email protected], [email protected]; [email protected]; [email protected];

[email protected]. Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP)

Universidade de São Paulo Palavras Chave: Habilidades sociais, Estratégias de Aprendizagem, Desempenho Acadêmico.

Este estudo almejou estabelecer relações entre habilidades sociais, estratégias de aprendizagem e desempenho acadêmico em alunos de sétimo sexto ano participantes de um subprojeto interdisciplinar das áreas de Ciências e Biologia do (Pibid), financiado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), e alunos de sexto ano não participantes do subprojeto. O Pibid é uma iniciativa para o aperfeiçoamento e a valorização da formação de professores para a educação básica. De modo geral, as intervenções realizadas pelos participantes do Pibid foram baseadas no planejamento e desenvolvimento das chamadas SEI’s (Sequências de Ensino Investigativo), concebidas como sequências de aulas direcionadas e planejadas a partir de uma temática científica, capaz de criar condições para que os alunos expressem seus conhecimentos prévios, estimulando-os a emitirem ideias próprias sobre novos conceitos, efetivando relações em sala de aula em que os alunos de fato entendam conhecimentos estruturados por gerações anteriores. De modo sucinto, a SEI deve introduzir um problema como um agente motivador, que promova para os alunos os conhecimentos científicos desejados, oferecendo condições para que trabalhem com variáveis relevantes do fenômeno científico, criando condições para que os alunos possam desenvolver habilidades relacionadas com o fazer científico, tais como formular hipóteses sobre dados científicos; discutir; seguir procedimentos; caracterizar, questionar, comparar, descrever, comparar explicar; e argumentar, colocando-os em uma postura ativa na construção do conhecimento científico. Conjuntamente à aprendizagem dos conteúdos curriculares, as interações sociais no contexto escolar são de suma importância, pois o rendimento acadêmico apresenta fortes correlações com as habilidades sociais, sendo positivamente influenciado na presença destas, ou negativamente marcado pela ausência dos comportamentos habilidosos. Por sua vez, as estratégias de aprendizagem são sequências de procedimentos que facilitam a aquisição, o armazenamento e a utilização do conhecimento pelos alunos. Nesse contexto, é pertinente avaliar relações entre habilidades sociais, estratégias de aprendizagem e desempenho acadêmico em alunos de sétimo ano participantes do Pibid; as mesmas variáveis serão coletadas com alunos de sexto ano não participantes do Programa. A coleta de dados será feita por meio dos seguintes instrumentos: Inventário de Habilidades Sociais para Adolescentes (IHSA- Del Prette & Del Prette, 2009) – formulário de auto-relato para adolescentes; Escala de Estratégias de Aprendizagem (Boruchovitch & Costa, 2006); análise das médias das notas presentes no boletim do aluno e em provas externas. A análise dos dados envolverá a associações entre habilidades sociais, estratégias de aprendizagem e desempenho acadêmico; serão realizadas análises estatísticas descritivas, correlação de variáveis e outras análises pertinentes; também serão realizadas análises qualitativas para as classes de respostas dos instrumentos. Dessa forma, o procedimento descrito se configura como uma estratégia efetiva para explicitar vínculos entre variáveis relevantes do processo de ensino e aprendizagem, ampliando as possibilidades de discussão acerca da importância de Programas de intervenções no ensino, tais como o Pibid.

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Horário: 11h às 12h // Sala: 137

Utilização de jogos como ferramenta de aprendizagem Luana Beltrami Munhoz; Rassiê Tainy de Paula; Luiz Henrique Calderon Salles

[email protected], [email protected], [email protected] ICMC/IFSC/IQSC Universidade de São Paulo

Palavras-chave: Tratamento da informação, jogos, PIBID

No decorrer do segundo semestre de 2014 e primeiro semestre de 2015, foram abordados conteúdos do bloco de Tratamento da Informação nas aulas de matemática realizadas em uma escola pública estadual do município de São Carlos. Os conteúdos foram baseados nos PCN’s (BRASIL, 1998) e no Currículo do Estado de São Paulo (SÃO PAULO, 2013), a saber: Tabelas e Gráficos (6º ano) e Princípio Fundamental da Contagem e Introdução à Probabilidade (9º ano). Com essas aulas, esperávamos que os alunos do 6° ano compreendessem como expressar informações por meio de tabelas e gráficos, bem como extraíssem informações destes; e que os alunos do 9° ano resolvessem problemas envolvendo processos de contagem e determinassem a probabilidade de um evento, a partir de dados quantificados ou da observação de regularidades. No contexto do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID – ICMC/USP), o método de ensino adotado foi fundamentado em aulas expositivas dialogadas, auxiliadas por slides interativos e, principalmente, em dinâmicas e jogos que pressupunham a participação ativa dos alunos na estruturação do conhecimento. Para os alunos do 6° ano, elaboramos o jogo “Brincando de Detetive”, cujo desenvolvimento foi aplicado com o auxílio de slides, baseados no anime “Death Note”. Para contextualizar, explicamos a história de tal anime e utilizamos imagens e a música do desenho. Depois de passarmos um episódio para os alunos, foi realizada uma comparação com o cotidiano, de modo que os estudantes (divididos em grupos) teriam que descobrir pistas em algumas informações distribuídas a eles. Para isso, precisariam transformar pequenos textos em tabelas e, em seguida, reunir todas as tabelas (feitas por cada grupo) e chegar a uma conclusão do caso, sendo que os grupos ganhadores receberiam certificados. Já no 9° ano, realizamos uma gincana intitulada “Competição de Probabilidade”, também apresentada em slides com os personagens da Marvel. Separamos a turma em meninas x meninos e entregamos faixas coloridas para animar as torcidas. Nesta proposta, os alunos teriam um tempo para responder alguns exercícios sobre o tema e, quando concluíssem, deveriam tocar um pequeno sino (que estava no centro da sala). A equipe que acumulasse mais pontos venceria a competição, também recebendo um certificado (como o 6° ano). Consideramos que o Programa PIBID nos proporciona uma análise mais direta do cotidiano escolar, o que colabora com o ganho de experiência por parte de nós, futuros docentes. Neste trabalho, apresentaremos e discutiremos a influência dos jogos e dinâmicas realizadas em sala de aula, considerados uma importante ferramenta para aproximar o cotidiano do aluno com o sistema escolar. Isso ocorre, principalmente, pelo fato de trazermos para a sala de aula alguns elementos que fazem parte do contexto em que vivem os alunos (como filmes, desenhos, notícias atuais), o que facilita que o aluno tenha maior interesse no que está sendo ensinado, despertando curiosidade nos jovens estudantes.

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Horário: 11h às 12h // Sala: 137

Educação Física e PIBID: relatos da experiência Bruna Dal Belo Benetti; Jorge Luiz de Oliveira Junior; Karina Marina Andrade da Silva; Priscila

Sales Luz Guimarães; Tulyo Cesar Martins

[email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]

Palavras-chave: Pibid; Educação Física; Cultura Corporal

A sociedade pós-moderna configura um período de constantes transformações impulsionadas pela globalização, que causa a interconexão e o contato entre diversos povos e culturas. Isso fez com que a educação alterasse a sua função social de modo que a escola seja um espaço de aproximação e diálogo das diferentes culturas que a habitam, buscando reconhecê-las, compreendê-las e valorizá-las. Assim, alguns educadores sensíveis a essa necessidade social se preocuparam em produzir estudos pautados numa educação multicultural. Inspirada nesse cenário, a Educação Física fundamentou-se nos pressupostos dos Estudos Culturais e do Multiculturalismo crítico para propor o currículo cultural da Educação Física. Os/as bolsistas do PIBID-Feusp passaram a acompanhar as aulas de Educação Física com professores/as que colocam esse currículo em ação em diferentes escolas públicas municipais e estaduais de São Paulo. Nesse ano, no período de acompanhamento e participação dos/as bolsistas nas aulas de Educação Física numa escola municipal, localizada na zona leste do município de São Paulo, perceberam o quanto essa proposta pedagógica se diferencia de outras propostas, que eles acessaram quando ainda eram estudantes da educação básica. Nesse sentido, o trabalho tem o objetivo de realizar uma análise das propostas de Educação Física que os/as bolsistas e o professor acessaram quando ainda eram estudantes, comparando-as com a perspectiva cultural que está em ação com as turmas dessa escola. Pretendemos também discutir o quanto essa experiência contribui na formação profissional dos/as futuros/as professores/as e aventar hipóteses de contribuição na formação das crianças e jovens. Para isso, utilizaremos relatos e narrativas dos/as bolsistas do PIBID e do professor dessa escola, coletados em um encontro formativo.

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Horário: 11h às 12h // Sala: 139

Estratégia de inserção de um grupo de alunos bolsistas PIBID/IB-USP no cotidiano dos estudantes de 9ºs anos na EE Canuto do Val Bunni Costa; Fernanda de Lima; Giulia B. S. Bispo; Renan del Bel; Sara Uchiyama; Samanta I. do Carmo e Stefane Saruhashi; Fausto Neto Reis de Lira; Suzana Ursi; Daniela Lopes Scarpa

[email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected];

[email protected]; [email protected] Instituto de Biociências Universidade de São Paulo

Palavras Chave: dinâmica de interação; integração na escola; cotidiano escolar

Localizada no bairro da Barra Funda, São Paulo-SP, a EE Canuto do Val foi fundada em 1925; porém, apenas em 1932 recebeu esse nome. Os arredores são uma mescla de denso centro comercial, próximo à linha vermelha do Metrô, com transição gradual para trecho residencial do bairro adjacente, Bom Retiro. Abrange o Ensino Fundamental e o Ensino Médio em dois períodos diferentes. O foco deste grupo-escola é desenvolver uma sequência didática com uma abordagem investigativa sobre o tema Fisiologia dos Sentidos, com as três turmas de 9os anos. Realizou-se a observação na escola com o objetivo de compreender melhor as interações professor-aluno e, como consequência, houve aproximação inicial entre pibidianos e alunos. Visando ampliar este processo de aproximação, foi desenvolvida uma atividade específica com o intuito de sanar dúvidas recorrentes por parte dos alunos quanto à presença e atividades dos pibidianos nas aulas de ciências. Dentre as 30 questões da Dinâmica de Interação foram incluídas algumas que pudessem auxiliar na identificação de diferentes estratégias e instrumentos didáticos que poderiam ser incluídos na sequência didática para torná-la mais atraente e agradável para os alunos. São exemplos de tais questões: “Nas aulas de ciências, você prefere aula em sala, laboratório, aula com vídeo ou outro?”; e “Se você tem uma dúvida, onde procura uma resposta?”. Foram distribuídas folhas com uma pergunta diferente para cada aluno, que precisava se encontrar com outro aluno, trocar informações e escrever em sua folha a resposta do outro. Em seguida, os alunos trocavam as folhas e procuravam outra pessoa para dar continuidade à atividade. Os pibidianos participaram da dinâmica e, ao final, ficaram à frente da sala para responder outras curiosidades em que os alunos tivessem interesse. Para o fechamento, foi explicado aos alunos o que é o PIBID. As observações de aula mostraram uma boa interação entre o professor de ciências e os alunos. Muitos dos discursos iniciados pelo professor dão abertura para a resposta do aluno com complementação do professor, e frequentemente são baseados em questões do livro/apostila. Os pibidianos sentiram-se bem recebidos logo de início e a atividade interativa foi bastante positiva na apresentação do PIBID, o que diferenciou seu papel na escola de um estagiário de licenciatura. Além disso, houve a oportunidade de conhecer melhor as preferências dos alunos para além das impressões passadas pelos professores. Em geral, as salas mantiveram um comportamento adequado e compatível com a atividade proposta, apesar da ocorrência de brincadeiras pontuais. Durante o período de observação e a dinâmica, notou-se que as 3 turmas são diferentes quanto à seriedade, à participação e ao empenho nas atividades propostas. Tais diferenças observadas foram importantes e levadas em conta no planejamento da sequência didática. A experiência de elaborar e aplicar a dinâmica foi um grande desafio para todo o grupo de licenciandos do PIBID. Conhecer o contexto dos alunos e sua realidade para além da sala de aula é de fundamental importância para que seja aplicada a sequência didática de forma mais proveitosa. De fato, foi um grande desafio para o grupo, pois a maioria dos licenciandos não tinha ainda nenhuma experiência dentro de sala de aula. A dinâmica foi um ganho recíproco, visto que os licenciandos estabeleceram um maior contato com os alunos e estes estão se sentindo mais à vontade na presença dos pibidianos, reconhecendo-os como agentes ativos e participantes da construção de seus aprendizados.

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Horário: 11h às 12h // Sala: 139

“Elos da Memória” – o trabalho com relatos sobre a escravidão negra em sala de aula

Igor Martin Pereira, Adriane Pena, Camila Calda, Fernando Henrique Tisque dos Santos, Lucas D. Daire, Débora de L. Gonçalves Antelmo (Supervisora), Dislane Zerbinatti Moraes (Coord.)

[email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected];

Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas – Departamento de História - FEUSP

Introdução: A proposta consistiu em intervenção dos bolsistas e professora supervisora, do subprojeto de História do PIBID-USP, junto a turmas de 9º Ano do Ensino Fundamental da Escola Estadual Padre Aristides Greve, localizada em Santo André (SP), em 2014. O objetivo foi colocar a atual situação da população negra em perspectiva histórica, trabalhando de forma simultânea as possibilidades de desconstrução do racismo vivenciado cotidianamente na sociedade brasileira. O trabalho se inscreveu na proposta geral do subprojeto do PIBID, que pretende discutir e produzir intervenções pedagógico-didáticas referentes ao ensino de História sobre as temáticas das diversidades étnicas, sociais e culturais. Objetivos: Quanto aos objetivos pedagógicos esperados, neste caso, mais amplos do que apenas domínio de conteúdo curricular e de narrativas históricas tradicionais, a intenção foi que se gerasse nos alunos consciência histórica crítica acerca das populações negras no Brasil, e, por consequência, que ideias racistas expostas contemporaneamente fossem desnaturalizadas e desconstruídas a partir de sua raiz na História brasileira. Dessa forma, planejou-se fazer a conexão entre o ensino desse conteúdo histórico com a questão atual do racismo no Brasil, dois temas diretamente relacionados e cuja compreensão do segundo passa necessariamente por um entendimento crítico do primeiro, além da construção de uma perspectiva histórica que contemple processos de longa duração. Desenvolvimento do trabalho: As atividades desenvolvidas foram: encontros promovidos com os alunos, onde foram colocados em contato com a documentação selecionada, tendo havido subsequentemente discussões sobre os temas em questão, nas quais se buscou o diálogo entre as situações contemporâneas e o histórico das relações raciais; reprodução e trabalho com o filme “Quanto Vale ou é por Quilo?”; visita pedagógica a grupo de memória e preservação do Jongo, na cidade de Embu das Artes/SP; produção de animação com técnica de stop motion, a partir da leitura de relato de ex-escravizado; produção de vídeo junto aos alunos, ao final das atividades, sintetizando as reflexões suscitadas ao longo do desenvolvimento do projeto. Após o término das atividades, foi utilizado um questionário produzido por um dos bolsistas para coletar, agora por escrito, as reflexões, compreensões e considerações dos alunos participantes. Resultados obtidos: A proposta obteve bons resultados, provocando mudanças nos modos dos estudantes compreenderem o fenômeno histórico do racismo, conforme se pode observar com a análise de atividades desenvolvidas, as respostas ao questionário e depoimentos presentes no vídeo. O envolvimento dos alunos com o projeto foi também intenso, com demonstração de comprometimento. Do ponto de vista dos bolsistas, as atividades revelaram-se de grande valia à reflexão de como fazer o ensino das temáticas da História afro-brasileira e de como ligá-las ao tempo presente, em que ainda se sentem suas repercussões. Fora isso, constituiu-se um conjunto de referenciais teóricos e documentais ao ensino desses conteúdos, além de desenvolverem outras habilidades docentes nos momentos de condução das discussões e produção de materiais. Referências Bibliográficas ALBERTI, Verena. Algumas estratégias para o ensino de História e cultura afro-brasileira. In. PEREIRA, Amilcar Araujo; MONTEIRO, Ana Maria. Ensino de história e culturas afro-brasileiras e indígenas. Rio de Janeiro: Palas, 2013. // APPIAH, Kwame Anthony. Identidades africanas. In.______. Na casa de meu pai. A África na filosofia da cultura. Rio de Janeiro: Contraponto, 1997. // ARRUTI, José Maurício Andion. A emergência dos "remanescentes": notas para o diálogo entre indígenas e quilombolas. Mana [online]. vol.3, n.2, 1997. // Negros Brasileiros. Encarte Especial Ciência Hoje. suplemento vol. 8, n. 48, nov. 1988.

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Horário: 11h às 12h // Sala: 139

Geogebra - Gráficos de funções quadráticas Aline Aparecida Miranda Gomes; Esther Pacheco de Almeida Prado

[email protected]; [email protected] Instituto de Ciências Matemática (ICMC) da Universidade de São Paulo (USP)

Palavras-chave: Geogebra, funções quadráticas, ensino de matemática

Introdução Ao final do ensino fundamental espera-se que o aluno esteja familiarizado com as ideias iniciais de função: por exemplo, saber relacionar grandezas, entender a proporcionalidade direta e a inversa; expressar a interdependência entre grandezas por meio de expressões algébricas; realizar construção de gráficos e contextualizar ideias de função na resolução de situações problemas. Objetivo Desenvolver com os alunos da educação básica a construção de gráficos de equações quadráticas com auxílio de software educacional. Desenvolvimento do Trabalho A atividade foi desenvolvida em escola pública na cidade de São Carlos - São Paulo, com alunos do 9° ano de Ensino Fundamental. Nesta atividade, promovemos a construção de gráficos de funções quadráticas com o uso do software educacional Geogebra. Com a utilização do software, desenvolvemos uma atividade que permitia a visualização do esboço dos gráficos, bem como a identificação dos coeficientes, vértices, concavidades e pontos de interceptação dos eixos coordenados. A atividade possibilitou uma abordagem diferenciada aos alunos, pois foi ministrada na sala de informática da escola, permitindo o contato deles com o software Geogebra, até então desconhecido por muitos alunos. Assim, além de contextualizar o conteúdo de funções quadráticas, os alunos também tiveram a oportunidade de manipular o software. Esse novo contato foi um momento agradável, sendo que os alunos demonstraram empenho e entusiasmo na realização da atividade. Bibliografia

IEZZI, G.; DOLCE, O. E MACHADO, A. Matemática e realidade: 9◦ ano 6 ed.- São Paulo: Atual, 2009.

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Horário: 11h às 12h // Sala: 139

A Identidade do Pedro (ou: uma [re]construção identitária a partir do opinar)

Cristina C. Machado; Gabriel V. Lazzari; Mariana de S. C. Barros; Mônica A. B. da Silva; Patricia Cavalcanti

[email protected], [email protected], [email protected], [email protected], [email protected]

Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas Universidade de São Paulo

Palavras-Chave: Identidade; Multiletramentos, Artigo de Opinião Introdução O trabalho do PIBID USP Letras tem um de seus polos na Escola Estadual Pedro de Moraes Victor, situada na Zona Norte de São Paulo. A escola fica numa zona periférica, de classe baixa, e conta com muitos problemas de relacionamento com a comunidade que a frequenta e na qual está inserida. Esses problemas foram tematizados pelos professores e pela equipe gestora no começo do ano, em reuniões de planejamento. Uma das soluções proposta foi, então, pensar em práticas escolares que pudessem (re)instituir os laços com aquela comunidade. Dentro desse contexto, procuramos desenvolver para as 8ªs séries (com as quais trabalha a Professora-supervisora Andressa) um projeto que aliasse, na sua concepção, recursos do campo do Artigo de Opinião (gênero proposto pela apostila do Estado) e de uma perspectiva que unisse, como dois lados de uma moeda, as ideias de Identidade e Discriminação. A turma escolhida para aplicação do projeto foi a 8ªC, que contava com alguns problemas de preconceito, notavelmente a homofobia. A temática da Identidade já havia sido trabalhada anteriormente pela Profª Andressa, e foi retomada por nós com o objetivo de criar um contexto de comunidade no grupo com o qual aplicamos o projeto. Nossa metodologia foi fundada sobre bases inspiradas pelos Multiletramentos, conforme discussões com os professores-coordenadores do PIBID, fechando assim um triângulo de ação-reflexão entre nós, bolsistas, a professora-supervisora e os professores-coordenadores. Objetivos Nossos objetivos foram desenvolver as habilidades dos alunos em torno do Artigo de Opinião, através da produção de textos progressivamente mais complexos com o passar do projeto. Transversalmente, as propostas envolviam posicionamento dos alunos em torno das questões de comunidade, identidade, discriminação, com o objetivo de melhorarem as relações internas e reforçarem os laços comunitários dentro da 8ªC e dos alunos com a própria escola. Desenvolvimento Na fase de aplicação, então, mobilizamos um conjunto de dez atividades, divididas em 5 dias de aplicação. O cronograma precisou ser revisto algumas vezes, e as atividades tiveram de ser adaptadas em alguns casos. Procuramos fazer uso de um ensino multimodal, contando com exercícios de expressão corporal, de resgate da memória pessoal e coletiva, de proposição de soluções para situações adversas, montagem de um cartaz, escrita coletiva, escrita individual, leitura de textos e, ao final, uma confraternização. Como resultados, temos uma série de produtos feitos pelos alunos, que serão sistematicamente analisados à luz de reflexões teóricas, incluindo aquelas que foram base para o desenvolvimento do próprio projeto. Assim, tentaremos chegar a um entendimento mais robusto do trabalho feito na escola, de modo a, por um lado, produzir conhecimento na área e, por outro, encorpar a nossa formação para a docência futura, um dos objetivos mesmos do PIBID.

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Horário: 11h às 12h // Sala: 141

Fisiologia dos sentidos: percebemos o mundo igualmente? Ana Clara Salama Corsi; Bárbara Rodrigues Cintra Armellini; Julian Gomez Maidana; Kamila Drequeceler; Isabela Pinho Gomes Assêncio; Rafael Shiraishi de Campos; Rodrigo Dassie

Pecoraro; Ursula Simonetti Lovaglio; Marymar Crepaldi Penteado Galli; Suzana Ursi; Daniela Lopes Scarpa

[email protected], [email protected], [email protected], [email protected], [email protected], [email protected],

[email protected], [email protected], [email protected], [email protected], [email protected]

Instituto de Biociências Universidade de São Paulo Palavras-chave: neurofisiologia; formação inicial; sequência didática

A Escola Municipal de Ensino Fundamental Desembargador Amorim Lima fica localizada no bairro da Vila Indiana, zona oeste de São Paulo, e se baseia no Projeto da Escola da Ponte de Portugal. Como escola democrática, esse modelo estimula o aluno a desenvolver a autonomia e a consciência de viver de forma coletiva. Nela, é comum trabalhos em grupo, debates, assembleias, rodas de conversas, grupos de responsabilidade, entre outros. Tendo em mente as particularidades de tal instituição, propomo-nos a tratar de neurofisiologia com as turmas de 8os e 9os anos, focando nos sentidos e na maneira com que nós e outros seres vivos percebemos o mundo ao nosso redor. Para isso, utilizaremos os pressupostos do Ensino por Investigação (Carvalho et al., 2013), fazendo com que os estudantes possam acessar uma nova maneira de “enxergar” a realidade, incorporando aspectos da natureza da ciência. A fim de desenvolver as atividades com os alunos, separamos as aulas em blocos de conteúdos e atividade de fechamento. Vamos dedicar a primeira aula à introdução do assunto abordado, integrando os cinco sentidos. Depois, faremos um bloco com 4 aulas, cada uma abordando um ou mais sentidos, focando na experiência humana. Por fim, apresentaremos os sentidos em outros seres vivos. Para a parte de fechamento, os estudantes serão responsáveis por desenvolver um projeto científico, respondendo a uma pergunta feita por eles sobre os temas tratados em aula, que será apresentado na feira de ciências da escola. Espera-se que os blocos de conteúdo estimulem os estudantes a elaborar questões que possam ser investigadas, caracterizando o nível de investigação aberta, em que os estudantes são responsáveis por todas as etapas da pesquisa (Bell at al., 2005). Como a escola sugere que se evitem as aulas expositivas, a elaboração da sequência por nós torna-se um processo que exige muita discussão e criatividade. Os desafios enfrentados pelo grupo envolvem essas exigências para elaborar os assuntos específicos, a pergunta norteadora geral e a de cada aula, além de possíveis problemáticas que podem surgir na elaboração do trabalho a ser apresentado na feira de ciências por cada grupo de alunos. Como iniciantes à docência, os integrantes do grupo acreditam no potencial de formação profissional proporcionado pelo PIBID. O projeto é único por estimular o aprendizado fora da universidade e por funcionar através do nosso interesse em elaborar novas sequências didáticas e aplicá-las. Além disso, a experiência de estar inserido em uma escola é vivenciar a realidade do sistema básico de ensino e, no nosso caso, permite o contato com um projeto pedagógico diferenciado. Bibliografia

CARVALHO, Anna Maria Pessoa de. et al. Ensino de Ciências por Investigação: condições para implementação em sala de aula. São Paulo: Cengage Learning, 2013. BELL, Randy L.; SMETANA, Lara; BINNS, Ian.Simplifying inquiry instruction. The Science Teacher, p.3033, out., 2005.

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Horário: 11h às 12h // Sala: 141

Jogo de Tabuleiro: Grécia Antiga Luciano Nunes de Almeida; Felipe Correia de Melo; Leonardo Vieira; Jackeline Dias; Catherine

Elisabeth Galli; Larissa Helena Costa. [email protected]; [email protected]; [email protected];

[email protected]; [email protected]; [email protected] Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas - Universidade de São Paulo

Palavras-chave: Lúdico, Jogo de tabuleiro, Grécia Antiga

A apresentação objetiva analisar a construção coletiva de jogos para o apoio à aprendizagem de alunos e alunas do 1º Ano do Ensino Médio, da Escola Estadual José Geraldo Vieira, Osasco, São Paulo, com o objetivo de introduzir a questão do lúdico no ensino de História, nos temas acerca do surgimento das primeiras civilizações - como as civilizações mesopotâmicas e as civilizações gregas, no tocante a sua periodização na Antiguidade, desenvolvimento social e principais contribuições culturais. Sendo assim, nas reuniões semanais do subgrupo, discutimos sobre os conteúdos para a primeira série do Ensino Médio no 1º e 2º bimestres, levando em consideração as leituras realizadas e o debate sobre a participação dos próprios alunos na elaboração das atividades realizadas pelo PIBID. Chegamos à proposta de promover a elaboração de jogos, para favorecer que o aluno se posicionasse sobre a sua experiência no estudo de História. Iniciamos com dois questionários; a partir deles, analisamos as respostas e observamos que dentro do universo cultural de nossos alunos e alunas, uma das possibilidades apresentadas no trabalho em sala estava ligada à representação de personagens históricos e sua atuação circunscrita ao contexto de sua vida e grupo social, sendo notado pela análise das respostas que o jogo desempenhava papel motivador para a curiosidade e busca pelo conhecimento acerca do período histórico. A partir da apresentação do tema das primeiras civilizações, desenvolvemos uma atividade para que os próprios alunos, em grupo, criassem um jogo de tabuleiro para o período em estudo. A partir da construção de vários jogos simples, tivemos como destaque um grupo, no qual a introdução às civilizações da Grécia Antiga motivou a construção de um trabalho que conseguia introduzir os períodos históricos dos povos gregos e suas respectivas contribuições culturais. Bibliografia HUIZINGA, Johan. Homo Ludens. São Paulo: Perspectiva, 1980, p. 3. GIACOMONI, Marcello Paniz; PEREIRA, Nilton Mullet (org.). Jogos e ensino de História. Porto Alegre:

Evangraf, 2013.

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Horário: 11h às 12h // Sala: 141

PIBID e OBMEP: oficinas preparatórias na Escola de Aplicação da FEUSP para uma Olimpíada Brasileira de Matemática

Ernani Nagy de Moraes (supervisor), Chen Chun Te (bolsista), Guilherme dos Santos Batista (bolsista), Hans Willians Alves do Carmo (bolsista), Ingrid Caroline da Rocha Machado

(bolsista) e Vitor Hugo de Souza (bolsista) [email protected], [email protected], [email protected], [email protected],

[email protected], [email protected] Escola de Aplicação da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo – EA / FEUSP

Palavras Chave: Matemática, OBMEP, oficina.

Introdução A Escola de Aplicação da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (EA-FEUSP) participa da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP) desde sua primeira edição, em 2005. A cada ano, percebemos que há um maior envolvimento dos alunos, buscando participação ativa nas provas. Há uma parceria da EA-FEUSP com o Centro de Aperfeiçoamento do Ensino de Matemática (CAEM-IME-USP), onde diversas escolas públicas do Estado de São Paulo são envolvidas em oficinas preparatórias para os alunos que foram aprovados para a 2ª fase da OBMEP. Percebendo uma necessidade de ampliação do preparo dos alunos da EA-FEUSP para a 1ª fase da OBMEP, foram organizadas oficinas pelos bolsistas e pelos supervisores do PIBID, em horário de contraturno, para alunos do 6º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio. Nosso grupo ficou responsável pela organização e realização de oficinas para 8º e 9º ano do Ensino Fundamental, classificados, pela OBMEP, como Nível 2. Objetivo O objetivos principal foi de ampliar a preparação dos alunos que participaram da 1ª fase da 11ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP), bem como contribuir com a formação dos bolsistas do PIBID, futuros professores de Matemática. Desenvolvimento As oficinas ocorreram nos dias 12, 19 e 26 de maio de 2015, das 14h às 16h. Para isso, foram necessários encontros entre o professor supervisor e os bolsistas, durante os meses de abril e maio, para a organização destas oficinas. O professor sugeriu a estrutura da oficina, baseada na resolução de exercícios da 1ª fase da OBMEP dos anos de 2005 e 2010, totalizando 40 questões, todas de múltipla escolha. Em reuniões, foram discutidos os exercícios, de forma detalhada. Tais discussões foram extremamente necessárias, pois, tão importante quanto compreender e saber resolver cada um dos exercícios, refletimos sobre quais eram os pré-requisitos de cada um deles, pensando no quanto os alunos estariam devidamente instrumentalizados para resolvê-los. Ou seja, discutimos, amplamente, metodologia de ensino, seja para a organização das oficinas, seja para a realização dos exercícios. Ao final das reuniões, cada um dos bolsistas produziu um bom material, que serviu como suporte no momento de esclarecimento de dúvidas dos alunos. Nas oficinas, os alunos se dividiram em pequenos grupos e resolveram os exercícios. Para dúvidas pontuais que surgissem, chamavam os bolsistas para esclarecimentos. Quando as dúvidas eram comuns à maioria dos grupos, os bolsistas faziam a correção na lousa. No último encontro, foi passado o gabarito das questões, e os alunos puderam conferir se seus exercícios estavam corretos. Ao final, os alunos avaliaram as oficinas de forma satisfatória, dizendo que foram momentos importantes para uma maior preparação para a OBMEP. Para tal atividade, a participação dos bolsistas do PIBID foi fundamental, em especial no momento de execução das oficinas.

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Horário: 11h às 12h // Sala: 141

Possíveis transformações e contribuições da participação do aluno de Psicologia, do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à

Docência, em sala de aula Rafael Kenji Katayama; Fernanda Dias da Silva; Hu dson Henrique Santos da Silva

[email protected], [email protected], [email protected] Instituto de Psicologia/ Universidade de São Paulo

Palavras-chave: Professor de Psicologia, PIBID, Ensino médio

Introdução A presença do licenciando de psicologia como participante pode trazer uma perspectiva diferente ao contexto da sala de aula, o que pode auxiliar o professor titular da disciplina e consequentemente a aula deste. A atuação do psicólogo como professor do ensino médio e técnico passa por questões como o desconhecimento, por contar com poucos estudos sobre essa atividade, até uma desvalorização histórica dos profissionais que exercem essa função, pelos demais colegas (PANDITA-PEREIRA e SEKKEL, 2012); logo, compreende-se como importante a exploração desse tema. Objetivo O presente trabalho pretende estudar a perspectiva dos docentes que recebem os integrantes do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) do Instituto de Psicologia da USP em sala de aula. Pretende-se estudar as possíveis contribuições e dificuldades que o aluno do programa traz com sua presença junto ao professor e aos alunos no ambiente de trabalho e na instituição. Desenvolvimento do trabalho Por meio de reuniões dentro do grupo do programa, foi elaborado um questionário com questões qualitativas e quantitativas, que foi distribuído pela coordenação da escola para os professores que receberam alunos participantes do PIBID, em sala de aula, em quatro anos de parceria com o Instituto de Psicologia. As perguntas buscam englobar aspectos do relacionamento entre os integrantes do programa e os professores da escola. Para além desta relação, busca-se compreender as transformações e acontecimentos desencadeados pela presença e pelas intervenções dos participantes do programa junto aos professores e alunos da escola. As respostas serão analisadas para que se obtenha uma resposta positiva ou negativa da Instituição e dos educadores quanto à experiência com o programa, além da relevância e possíveis contribuições deste para os mesmos. Bibliografia

PANDITA-PEREIRA, A.; SEKKEL, M. C. Possibilidades de atuação para o licenciado em Psicologia nas Etecs. Psicol. cienc. prof., Brasília , v. 32, n. 4, p. 972-985, 2012 .

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Horário: 11h às 12h // Sala: 147

A construção da poética do educador – traçando caminhos na formação autoral no PIBID

Adriana Oliveira e Maria Claudia Milan Robazzi, Dália Rosenthal [email protected], [email protected], [email protected]

Escola de Aplicação da FEUSP – ECA-USP

Objetivos O Subprojeto de arte do PIBID/USP, coordenado pela professora Dália Rosenthal do CAP-ECA-USP, do qual participam licenciandos de Artes Visuais, Música e Teatro, atua na Escola de Aplicação desde 2013. Esse projeto tem no horizonte a transdisciplinaridade e traz como mote principal a construção de uma práxis contemporânea na licenciatura em arte, que busca a criação conjunta de processos de formação artística, estética e cidadã. Metodologia A metodologia adotada se orienta no reconhecimento dos licenciandos como criadores – “escrileitores”- e da(s) aula(s) como ato de criação. Nesse sentido, a tutoria desse processo se dá com a proposição de ações problematizadoras nas reuniões coletivas e individuais, evidenciando dialogicamente os desafios no encontro da autoria/do seu fazer pedagógico em consonância com sua poética artística. Para atingir esses objetivos são lançadas as seguintes atividades formativas: observação sensível do espaço escolar e suas relações; construção, execução e reflexão de sequências didáticas; concepção de portfólio e escrita de relatos, artigos científicos e outros. Resultados Desde 2013, os 18 bolsistas que integraram o subprojeto PIBID-Arte elaboraram: planejamento de sequências didáticas, material de apoio pedagógico, documentação pedagógica (relatos e documentação em áudio - vídeo) e portfólios. No decorrer desse processo, se apropriaram do ser professor, compreendendo mais sobre si mesmos, e sobre a sua poética artística, avançando na consciência da sua autoria pedagógica. Conclusões Ao longo desse processo, pudemos perceber que os bolsistas, ao se apropriarem de uma postura autoral, que enfatiza a pesquisa, contribuem para que a escola assuma de fato o lugar de produção de conhecimento e cultura, além da promoção do enriquecimento cultural para os estudantes da educação básica. A valorização desse trabalho como pesquisa na formação dos bolsistas evidencia-se na efetivação de cinco Trabalhos de Conclusão de Curso na ECA-USP já realizados a partir de reflexões sobre o PIBID-Arte USP, além do desenvolvimento de artigos, ensaios fotográficos e textos reflexivos sobre o trabalho. Bibliografia CORAZZA , Sandra Mara. Didática-artista da tradução: transcriações. In Mutatis Mutandis. Vol. 6, No. 1. 2013.

pp. 185-200 Disponível em: http://aprendeenlinea.udea.edu.com/revistas/index.php/mutatismutando/article/download/15378/13514. Acesso em 24/07/15. FREDDI, Helena Escobar da Silva. A poética e o pesquisador: Reflexões sobre as reverberações subjetivas na pesquisa acadêmica em Artes. In revista Belas Artes Ano 6, n.15, mai-ago 2014. Disponível em: http://www.belasartes.br/revistabelasartes/?pagina=player&slug=a-poetica-e-o-pesquisador. Acesso em 07/07/15. NICOLESCU, Basarab. Educação e transdisciplinaridade. Brasília: UNESCO, 2001.

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Horário: 11h às 12h // Sala: 147

O Ensino de Ciências nas Séries Iniciais: Uma Proposta de Intervenção Didática a partir do Teatro de Fantoches

Anna Cecília de Alencar Reis; Laís Allana Lima de Oliveira; Bárbara Badaró [email protected], [email protected], [email protected]

Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo Palavras-chave: ensino de ciências, livro infantil, teatro de fantoches Introdução Pensar, discutir e agir sobre os fenômenos cotidianos que envolvem questões naturais e tecnológicas têm se tornado cada vez mais desafiantes frente às relações sociais do nosso próprio cotidiano. O ensino de ciências, em sua essência, carrega elementos que permitem despertar a curiosidade sobre esses fenômenos. Algumas das explicações buscadas, principalmente pelas crianças, são encontradas respostas nos elementos dados pela educação científica. Os alunos levam para a escola curiosidades intrínsecas ao seu período de desenvolvimento, estabelecendo fontes para a construção do pensamento científico; desta forma, os espaços para o ensino e aprendizagem da área são vistos de forma dialogada, no sentido de que se busca promovem condições para que o aluno observe, questione e aja sobre a própria ciência. Para promover condições em que os alunos construam o pensamento científico, são necessárias interações entre eles, e ações no meio em que vivem, dentro da perspectiva epistemológica a se alcançar na educação científica; desta maneira, o teatro de fantoches permite desenvolver atividades a partir do enredo da peça, que de maneira lúdica, aborda conteúdos de ciência naturais ou sociais, problematizando questões acerca destes assuntos, fazendo com que os alunos elaborem hipóteses desenvolvidas a partir do diálogo e intervenção. Objetivo Apresentar a proposta de intervenção didática realizada pelo projeto JOANINHA (Jogar, Observar, Aprender e Narrar - Investigações em Natureza, Humanidades e Artes), por meio do teatro de fantoches, na Escola Pública da Prefeitura de Guarulhos Bárbara Andrade Tenório de Lima. São utilizados livros infantis para a elaboração da peça de teatro de fantoches, tratando de questões científicas e sociais. Desenvolvimento do trabalho A aplicação foi dividida em três etapas, sendo a primeira a apresentação da peça de teatro, a segunda, a realização da roda de conversa, e a terceira, o jogo de pega-pega da cadeia alimentar. A partir da apresentação do teatro de fantoches, foi possível dialogar sobre questões científicas que foram previstas pelos bolsistas, em que os alunos se relacionam com situações do cotidiano, além das questões de gênero que foram inicialmente propostas. Os comentários dos alunos na roda de conversa se referem às cores existentes de espécies de joaninha, relacionando-as com o gênero. Nas falas dos alunos é perceptível as questões científicas, sem necessariamente fazer uso de termos científicos, como, por exemplo, quando mencionam a hereditariedade ao comentarem que a definição da cor de joaninha dependente da mãe e do pai. Na roda de conversa, os alunos relatam conhecimentos prévios sobre os animais apresentados e sobre os seus comportamentos, contribuindo para a compreensão dos conceitos discutidos, além de auxiliar na discussão com os colegas. Por fim, no jogo do pega-pega da cadeia alimentar, observamos, quanto aos conceitos da cadeia alimentar, que os alunos, ao representarem um personagem da peça, propõem que cada predador tem que “pegar” sua presa.

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Horário: 11h às 12h // Sala: 147

Africanidades e Cinema: um estudo aplicado sobre História da África e a linguagem audiovisual

Rayane Silva; Ricardo Ribeiro Tanuri, Fábio Ferreira de Jesus; Júlia Zanardo Grespan; Denis Aparecido Mendes de Oliveira (Supervisor); Dislane Zerbinatti Moraes (Coord.)

[email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]

Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas – Departamento de História - FEUSP

Palavras-chave: História da África; Linguagem Audiovisual; Cinema

Introdução O projeto é uma proposta de interação entre professor supervisor e bolsistas do PIBID – História / USP, com turmas do primeiro ano do Ensino Médio da EE Padre Aristides Greve, localizada em Santo André (SP). As atividades se relacionam à História da África e à linguagem cinematográfica e inserem-se em experiências didáticas anteriores de produção de curtas metragens de modo colaborativo entre estudantes, sob a coordenação do professor supervisor Denis Aparecido Mendes de Oliveira. Espera-se que, ao longo do projeto os alunos produzam, por meio do equipamento de audiovisual, filmes curtas-metragens, explorando temas que apresentem a África e a História dos povos africanos, de maneira a quebrar com a noção eurocêntrica ainda predominante na tradição da história ensinada. Objetivos O projeto objetiva desenvolver entre os alunos a compreensão do cinema como uma linguagem específica, forma de expressão artística e possibilidade de construção de conhecimentos históricos. Pretende-se que os alunos apropriem-se da linguagem cinematográfica para elaborar sua própria narrativa sobre temas relacionados à História da África, aproximando-os da realidade contemporânea, refletindo a desconstrução da noção da África como um continente homogêneo culturalmente, e apresentado histórias de enraizamentos e deslocamentos de culturas específicas dos povos do continente. Desenvolvimento do Trabalho O cinema, além de forma de entretenimento, recompõe vestígios de acontecimentos do passado. A linguagem cinematográfica mobiliza os universos simbólicos das representações, valores e projetos sociais; dá a ver mentalidades coletivas de múltiplos tempos. Enquanto recurso pedagógico, a obra audiovisual torna-se uma ferramenta para promover um olhar mais crítico sobre os significados produzidos. Estimula a identificação de estruturas de poder, classificações sociais e discursos históricos que silenciam atores sociais. As próximas etapas serão de estudos teóricos e apresentação de filmes com essa temática. Em seguida, os alunos deverão elaborar, em grupos, os roteiros de suas obras. O projeto será finalizado com a produção e exibição dos materiais produzidos. Resultados Preliminares Em conversa, realizou-se o levantamento de ideias espontâneas sobre os temas. Os resultados foram tabulados e analisados pelos bolsistas. Observou-se, sobre a África, ideias relacionadas à pobreza, violência, doenças (AIDS), aspectos da natureza, e poucas, mas significativas, ocorrências indicando o entendimento de que as populações africanas são portadoras de “cultura”. Quanto à compreensão sobre cinema, os estudantes o associaram à sala de projeção e à tela: noções mais ligadas ao espaço de convivência do que à linguagem. Referências Bibliográficas: SALIBA, Elias Thomé. Experiências e representações sociais: reflexões sobre o uso e o consumo de imagens. In. BITTENCOURT, Circe (org.) O saber histórico na sala de aula. 7ª. ed. São Paulo: Contexto, 2002. BARCA, I. Aula Oficina: do Projeto à Avaliação: In. _____. (org.) Para uma educação de qualidade. Atas da Quarta Jornada de Educação Histórica. Braga: Instituto de Educação e Psicologia, Universidade do Minho, 2004. XAVIER, Ismail (org.). A Experiência do Cinema. Rio de Janeiro: Ed. Graal, 1983. HERNANDEZ, Leila Leite. A África na sala de aula: visita à história contemporânea. São Paulo: Selo Negro, 2008.

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Horário: 11h às 12h // Sala: 147

Metodologias avaliativas diferenciadas: contribuindo para uma formação cidadã do educando

Rafael Pereira de Carvalho; Wendler Feliphe Rui Alves; Joana de Jesus de Andrade; Daniela Gonçalves de Abreu

[email protected], [email protected] Departamento de Química da Faculdade De Filosofia, Ciências e Letras De Ribeirão Preto - USP

Palavras chave: Metodologia Avaliativa, Formação Cidadã, Ensino Médio.

Introdução È fundamental que nos espaços educativos haja uma preocupação em se desenvolver atividades que busquem construir e problematizar a participação do aluno na vida em sociedade. Sendo assim, ter conhecimento da realidade, dos conflitos causados pelos interesses individuais e coletivos, domínio das ferramentas de controle e defesa de direitos, e, por último, mas não menos importante, a noção das limitações de ações. Nesta perspectiva social, existem atividades avaliativas capazes de promover em sala de aula discussões de cunho ético-morais, que levam o aluno, com a mediação do professor, a uma reflexão crítica acerca de temas que aparentemente não poderiam ser abordados numa perspectiva humanista. Objetivos O trabalho atual tem como objetivo o uso de metodologias diferenciadas de avaliação que despertem um maior interesse nos alunos, e que também possibilitem a discussão de questões morais e éticas pertinentes, de modo a contribuir para uma formação cidadã do educando. Desenvolvimento O trabalho desenvolveu-se durante a etapa avaliativa das aulas ministradas para os alunos do 2º ano do Ensino Médio, da Escola Estadual Professor Alcides Corrêa, situada na cidade de Ribeirão Preto. Optou-se por dois tipos de metodologias avaliativas: “simulação de júri” e “resolução de uma situação problema”. Tais metodologias permitiram que as questões sociais pertinentes ao tema estudado (alterações cromossômicas) fossem evidenciadas e intensamente discutidas em sala de aula, sendo sempre mediadas pelo educador. Considerações Finais Além da perspectiva moral e ética abordada pelos alunos, observou-se a presença de elementos sociais fundamentados em questões políticas e de infraestrutura pública, mostrando assim o alto nível de envolvimento dos alunos e a eficácia do trabalho desenvolvido. Ao final de cada atividade, constatou-se a criação de ideias acerca de atitudes cidadãs que poderão ser aplicadas tanto no ambiente escolar quanto na vida em toda a sua complexidade.

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Horário: 11h às 12h // Sala: 149

Planejar e replanejar: ciclo contínuo e dinâmico

Bárbara de Souza Ferreira¹, Rene de Melo Junior², Rogério Felício do Prado³, Walter Mendes Leopoldo4, Mônica Fátima de Mello Lemos Silva5, Valéria Silva Dias6

¹[email protected], ²[email protected], [email protected] , [email protected], [email protected], [email protected] Instituto de Física - Universidade de São Paulo

Palavras-chave: planejamento; reflexão sobre a prática; replanejamento.

Introdução Tudo na vida carece de planejamento para que as ações sejam tomadas com responsabilidade e comprometimento. Na prática docente ocorre o mesmo, sendo esta uma ferramenta essencial para organização das aulas. É onde se discute o quê e como ensinar, sendo sua revisão e adequação constantes. Nesse trabalho apresentaremos parte dos estudos realizados pelos pibidianos sobre os diferentes tipos de planejamento que a professora supervisora da E. E. Professor Gabriel Ortiz realiza para organizar e repensar sua prática em sala de aula. Objetivo Sintetizar discussões realizadas, durante o primeiro semestre, de atividades do subprojeto Física do PIBID-USP, sobre construção e reconstrução de planos de aulas. Desenvolvimento A professora iniciou sua atividade de supervisão destacando que o planejamento é imprescindível para começar o ano letivo. Destacou a necessidade dos futuros professores atentarem aos conteúdos a serem trabalhados, aos objetivos gerais e específicos, às competências e habilidades a serem desenvolvidas; aos recursos necessários e ao desenvolvimento da aula propriamente dita. A partir do reconhecimento da importância do planejamento escolar, iniciamos alguns estudos sobre o tema nas reuniões coletivas. Apresentamos a seguir os tópicos mais relevantes estudados. Diferentes tipos de plano estão relacionados com um planejamento e podem auxiliar o professor: desde o Projeto Político Pedagógico (PPP), que apresenta um panorama geral da escola, o plano de curso que elenca conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais, e o plano de aula, onde o docente planeja aula por aula, organizando sua metodologia para ensinar determinado assunto. É importante reconhecer, no entanto, que o planejamento frequentemente não leva em consideração fatores que podem interferir no andamento das aulas. No dia a dia, o plano está mais voltado para os objetivos do professor em relação a sua classe. Porém, sabemos que ensinamos para seres humanos diferentes e imprevisíveis; portanto, muito do que pensamos em desenvolver em sala de aula acaba sofrendo mudanças. Entre os fatores que podem mudar os rumos de um planejamento, destacam-se as questões novas trazidas pelos alunos. Dentro da sala de aula, percebemos que os alunos possuem necessidades e posicionamento diferentes, que precisam ser valorizadas para a consolidação do aprendizado. Dessa maneira, novos assuntos vão aparecendo, como também a necessidade de ensinar um mesmo conteúdo lançando-se mão de outra metodologia. Essas situações colocam em cheque o “ensino tradicional” e o “plano de aula engessado”, que não se adequam a essas variáveis e que, ilusoriamente, pode parecer eficiente por desconsiderar a possibilidade de modificação das atividades previstas. Conclusões Os futuros professores estão aprendendo que um plano de aula nunca estará pronto, e sempre deverá ser modificado, de acordo com cada classe, de acordo com o interesse apresentado por parte dos alunos. O desafio está na elaboração de aulas que atinjam o interesse do aluno a partir da mediação do professor. A cada aula se encontra um novo desafio, e o professor precisa reconhecer o ciclo contínuo e dinâmico do planejamento escolar.

Bárbara
Comentário do texto

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Horário: 11h às 12h // Sala: 149

O Jongo e o Hip-hop: Memória, cultura e resistência negra, do Império à contemporaneidade

Ricardo Ribeiro Tanuri; Fábio Ferreira de Jesus; Denis Aparecido Mendes de Oliveira; Dislane Zerbinatti Moraes

[email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]

Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas – Departamento de História – FEUSP

Palavras-chave: Ensino de História; Jongo; Hip Hop

Introdução O trabalho consistiu de uma atividade com alunos de 2º ano do Ensino Médio da E. E. Pe. Aristides Greve, em Santo André (SP), desenvolvida durante o ano de 2014, por bolsistas e professor supervisor do PIBID - História, em projeto coordenado pela professora Dislane Zerbinatti Moraes. Foram realizadas oficinas sobre o Jongo, dança tradicional afro-brasileira, que surgiu no século XIX, a qual foi contrastada com manifestações da cultura Hip-hop contemporânea, abarcando, nessa medida, o tema das diversidades étnicas e sociais. Objetivos: O projeto se inscreve dentro do movimento curricular de valorização das culturas e histórias da África e dos afro-brasileiros, em vista de uma narrativa da história escolar que tende a silenciar a participação desses grupos sociais. O jongo era uma forma de os africanos escravizados expressarem sua cultura, religiosidade e visão de mundo, além de ser uma modalidade de resistência à escravidão, à exclusão e ao abandono social das populações negras após a abolição. Neste ponto, o Jongo se aproxima do Hip Hop contemporâneo, entendido como uma forma de expressão cultural, resistência e luta social das populações negras de periferia. O Hip Hop é uma estética de reinterpretação de experiências sociais urbanas e rurais, dando continuidade a uma história de lutas por pertencimento social e combate à discriminação étnico-racial. Desenvolvimento do trabalho Ao longo do projeto, os alunos puderam acompanhar oficinas de análise de imagens relativas à escravidão, de leitura de textos históricos sobre o tema, e produziram músicas nos moldes do Jongo e do Hip Hop, o que proporcionou a interação dos jovens com temáticas e conteúdos culturais que remontam a realidades históricas, ressaltando o caráter de resistência ao racismo e à exclusão social constante em ambas as manifestações culturais. Além das oficinas de produção musical, foram realizadas atividades de interpretação de letras de pontos de jongo e de Hip Hop, e um encontro com a presença do rapper Lucas Inverso. O projeto contou ainda com uma visita pedagógica, utilizando recursos concedidos pelo PIBID, ao espaço de encontro do grupo Comunidade Jongo Embu das Artes, que preserva as tradições do Jongo. Resultados Obtidos Foi possível perceber, a partir dos trabalhos dos alunos, a apropriação das estruturas de escrita próprias do Jongo e do Hip Hop. Ao mesmo tempo, o conteúdo das letras produzidas revela a aprendizagem das relações sociais características do sistema escravista assim como as percepções sobre as temporalidades, ao aproximarem questões e problemas sociais do passado e do presente. Um dos produtos do projeto, que permitirá a preservação de sua memória, consistiu na gravação de um vídeo documentando a visita à comunidade localizada em Embu das Artes. Referências Bibliográficas ABREU, Martha e MATTOS, Hebe. Jongo, Recalling History, In. MONTEIRO, Pedro Meira; STONE, Michael (orgs.) Cangomacalling: Spirits and Rhythms of Freedom in Brazilian. Jongo Slavery Songs. The Authors, 2013 ALBERTI, Verena. Algumas estratégias para o ensino de História e cultura afro-brasileira. In. PEREIRA, Amilcar Araujo; MONTEIRO, Ana Maria. Ensino de história e culturas afro-brasileiras e indígenas. Rio de Janeiro: Palas, 2013. BARCA, Isabel. Aula Oficina: do Projeto à Avaliação: In. Para uma educação de qualidade. Atas da Quarta Jornada de Educação Histórica. Braga: Instituto de Educação e Psicologia, Universidade do Minho, 2004.

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Horário: 11h às 12h // Sala: 149

Didática, Currículo e Práticas Pedagógicas: Arte, Leitura e Escrita

Géssica Ap. P. Santos; Letícia M. Souza, Mariana B. Gomes; Marisa B. Schmidt; Nayara Ap. Rodrigues; Valdson C. Almeida; Cristina Cinto Araujo Pedroso, Noeli Prestes Padilha Rivas.

[email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected];

[email protected] Faculdade de Filosofia Ciências e Letra de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo

Palavras-chave: Leitura e Escrita – Currículo dos anos iniciais – Formação de Professores

O subprojeto do Curso de Pedagogia busca articular Didática, Currículo e Práticas Pedagógicas, na formação do Pedagogo. Este estudo tem como objetivo descrever e analisar o projeto desenvolvido na Escola Estadual Portal do Alto. No ano de 2014, priorizaram-se as seguintes atividades: observação participante em sala de aula; reuniões de estudo e orientação na escola campo de estágio e na universidade; participação nas reuniões de ATPC; elaboração de portfólio; elaboração de unidade didática; apoio aos professores no desenvolvimento do currículo; outras demandas pela escola. Dentre as atividades de apoio aos professores, desenvolvidas na escola, desde a implantação do subprojeto, até 2015, merecem destaque: organização do acervo da biblioteca; leitura e participação em excursões; brincadeiras no recreio; apoio aos alunos com dificuldade de aprendizagem; palestra sobre Astronomia (realizada na USP); exposição sobre animais marinhos (com material do laboratório da USP); gincana de matemática; educação ambiental (Micropermacultores); e história da Matemática. O desenvolvimento desses projetos demandou aos bolsistas estudar as temáticas, elaborar material didático, e planejar, juntamente com o professor, as condições adequadas para o desenvolvimento dos mesmos. No ano de 2015 tem sido priorizado o planejamento e o desenvolvimento de unidades didáticas. Tais unidades têm como tema central a “Vida e Obra de Portinari: (re)descobrindo brincadeiras infantis através das obras do pintor”. A partir desse tema, foram realizadas três sequências didáticas: A história de Portinari; Brincando de Cirandar; e Brincando no coletivo. A participação no Programa Institucional Bolsas de Iniciação à Docência tem proporcionado aos alunos de Pedagogia aprofundar o conhecimento sobre a escola; o currículo dos anos iniciais; as práticas pedagógicas realizadas no contexto da sala de aula; o planejamento; a avaliação; a formação continuada que ocorre nas reuniões pedagógicas; a organização da escola na perspectiva da educação inclusiva; a gestão dos aspectos pedagógicos e administrativos; além de contribuir para que o bolsista estabeleça com o professor uma relação de colaboração e responsabilidade na organização do ensino.

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Horário: 11h às 12h // Sala: 149

A influência do professor nos alunos sobre a reflexão do cotidiano Henrique Romero Gonçalves; Mayara Luma Oliveira; Lucelaine Rocha Reato de Aguiar; Joana

de Jesus de Andrade; Daniela Gonçalves de Abreu [email protected]; [email protected]

Departamento de Química, Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Ribeirão Preto, USP Palavras-chave: cotidiano; influência; professor

Introdução Ao realizar o estágio previsto no subprojeto da Licenciatura em Química, da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, pode-se reunir elementos que apoiassem a reflexão sobre qual é o papel do professor na escola atual. A função do professor vem se modificando ao longo dos anos: este tem deixado de ser apenas um mediador de conhecimentos, para ocupar o ofício de estimular ou orientar os alunos - para que eles construam seus valores, conceitos, e até mesmo o senso crítico. Então, neste trabalho, pretendemos compartilhar reflexões oriundas do PIBID - Química. As atividades realizadas envolveram a realização de aulas teóricas, experimentais, oficinas, acompanhamento das supervisoras, e convivência com o corpo docente, discente e administrativo da escola. Desenvolvimento Relatos das atividades foram produzidos ao longo do período de 10 de junho a 25 de junho e subsidiaram as reflexões. Devido ao mundo globalizado, ao consumismo exagerado e à busca de poder aquisitivo, os pais deixam de realizar o seu papel; tal falha decorre para a existência de "famílias desestruturadas". Logo, o professor se torna pai, mãe, educador e profissional. O professor possui uma grande importância para a sociedade, pois usa a educação como instrumento de luta e leva a população a uma consciência crítica que faça superar o "senso comum”. Assim, entende-se que o professor deve atuar como catalisador dos valores morais, pois são estes os responsáveis pelo bom funcionamento da sociedade. Os problemas encontrados nas escolas contemporâneas são ocasionados pela transferência de funções dos pais para os professores, fazendo com que as salas de aulas se tornem um caos, devido à ausência do respeito que seria ensinado pela base familiar. Sendo assim, surge uma grande dificuldade para os professores em simplesmente ensinar o conhecimento e criar condições para o desenvolvimento do intelecto dos alunos. Para muitos alunos, o professor é visto como um modelo a ser seguido, e isso faz com que o mestre tenha uma carga maior sob sua responsabilidade, a qual ultrapassa a tarefa de ministrar uma aula sobre determinado assunto. Como professores, temos que pensar melhor em nossas atitudes fora de sala e sobre atitudes interpessoais. Como passa a ser mais do que um instrumento de trabalho, temos como objetivo vir a ser uma inspiração para muitos alunos, e isso faz com que sejamos mais analisados por eles. Nossas atitudes, modo de falar, modo de agir em determinadas ocasiões, etc., passam a ser mais percebidas e criticadas. O professor passa a realmente fazer parte do futuro de um aluno, podendo mudar o rumo de sua vida.

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Horário: 12h às 13h // Sala: 128

Um olhar das supervisoras sobre a formação didática no PIBID Lucelaine Rocha Reato de Aguiar1; Elisandra Cristina Schinor1; Daniela Gonçalves de Abreu2;

Joana de Jesus de Andrade2 [email protected]

1 EE Alcides Correa; 2Departamento de Química - Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto

Palavras-chave: evolução, compromisso e observação.

Introdução À luz dos novos tempos, a educação tem sido remodelada e novas propostas de modelos educacionais instituídas. Isto, muitas vezes, tem causado resistência por parte de alguns educadores. Assim, o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência tornou-se um ícone, pois tem auxiliado na formação tanto dos graduandos como dos professores supervisores, principalmente no que tange a inovação e aceitação dessas mudanças. Os encontros entre coordenadores, supervisores e bolsistas do subprojeto da Licenciatura em Química da FFCLRP/USP trazem discussões que promovem a reflexão sobre novas propostas educacionais. Durante essas reuniões, foi proposto pelos supervisores que os bolsistas ministrassem aulas para que pudessem reconhecer o quesito didático em diferentes vertentes, como o planejamento das aulas, embates com os alunos e corpo docente da escola, assim como o processo de avaliação. Dada a importância dessa prática, neste trabalho relata-se o desenvolvimento dos bolsistas durante o processo em que ministraram as aulas. Desenvolvimento O planejamento geral das aulas foi discutido durante os encontros entre coordenador, supervisores e bolsistas, e realizou-se discussão minuciosa entre supervisores e bolsistas. Para a realização das aulas no ensino médio da E.E. Alcides Corrêa, os bolsistas foram reunidos em duplas, e o conteúdo dividido de acordo com a série a que foram direcionados. No decorrer do processo, os bolsistas montaram o plano de aula e estas foram ministradas de forma tradicional. Ao término das aulas, os alunos aplicaram avaliações, as quais deveriam ser diferenciadas, além de experimentações no laboratório escolar. A conduta dos bolsistas durante o processo foi observada pelos supervisores sem interferências. Ao término do processo, supervisores e bolsistas analisaram e discutiram as atividades realizadas. Resultados No decorrer do processo, os supervisores observaram o compromisso dos licenciandos, a conduta, a especificidade do conteúdo ministrado, assim como a criatividade aplicada no desenvolvimento de atividades diferenciadas, coerentes à teoria, nas intempéries da escola. Ficou evidente que a vivência escolar anterior à licenciatura facilitou a aplicação das aulas teóricas, uma vez que essa forma de ensino-aprendizagem estava presente na memória dos licenciandos. Além disso, foi observado que os educandos da escola aceitam melhor esse tipo de aula. Esse fato fica explícito mediante comparação com outros momentos em que aulas diferenciadas foram ministradas pelos bolsistas ou mesmo pelos supervisores. Nas aulas experimentais os licenciandos apresentaram melhor desenvoltura; contudo, foi observada a necessidade de um planejamento minucioso da atividade, no que diz respeito a logística das aulas, a contextualização do experimento, e a percepção em atender às necessidades dos alunos. Para as avaliações, cuja proposta era a diversificação, houve um planejamento mais minucioso, e as discussões realizadas entre bolsistas e supervisor, ao término de cada aula, levou a um melhor entendimento do que deveria ser elaborado e aplicado com os alunos. Assim, foi notória a evolução dos bolsistas durante todo o processo de ensino-aprendizagem, sendo perceptível o amadurecimento dos mesmos, o que evidencia a importância da vivência dos alunos dos cursos de licenciatura na unidade escolar. Essa vivência tem sido possibilitada pelo PIBID, que auxilia no direcionamento para uma melhor prática profissional.

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Horário: 12h às 13h // Sala: 128

Licenciatura em psicologia e a atuação em escolas técnicas Rodrigo da Silva Rodrigues Lermes

[email protected] Instituto de Psicologia – Universidade de São Paulo

Palavras Chave: PIBID; psicologia; ETEC

Introdução A licenciatura em psicologia tem por objetivo formar docentes preparados para reger componentes curriculares afins com a formação em psicologia. Devido às mudanças na LDB/1996, que eliminaram a Psicologia da matriz curricular do ensino básico propedêutico na rede pública, o licenciado em psicologia atua amplamente em cursos técnicos, através de componentes curriculares como valores humanos, ética, gestão de pessoas, relações interpessoais, entre outros. Em face dessas mudanças, há alguns anos, os alunos da licenciatura do Instituto de Psicologia da USP (IPUSP) realizam os estágios curriculares e desenvolvem atividades do PIBID em uma Etec de São Paulo. Objetivo Durante o programa, buscou-se (i) compreender quais componentes curriculares um licenciado em psicologia pode lecionar em escolas técnicas públicas paulistas e (ii) quais impactos na atuação profissional de um licenciado pelo IPUSP em um mercado sem tradição no ensino de psicologia. Desenvolvimento A estratégia para abordar os objetivos desse projeto lança mão (i) de levantamento bibliográfico sobre o ensino de psicologia no ensino médio propedêutico e no ensino profissionalizante; (ii) de levantamento dos componentes curriculares previstos para psicólogos lecionarem na rede de escolas técnicas públicas paulistas; e (iii) levantamento de relatos sobre a ministração de componentes curriculares afins acompanhados por bolsistas do PIBID apresentados em reuniões de supervisão dos mesmos. Resultados Durante o estágio, foi possível realizar o levantamento dos componentes curriculares que podem ser ministrado por licenciados em psicologia (assim como daqueles que “concorrem” conosco, tais como administradores). Também, durante a pesquisa, um licenciando em psicologia assumiu componentes curriculares para lecionar em outra unidade escolar do Centro Paula Souza, do qual tomou-se um depoimento acerca das principais características e dificuldade encontradas.

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Horário: 12h às 13h // Sala: 128

Contribuições da interacao entre Universidade e Escola no Sub Projeto PIBID-Artes / ECA

Bruna Helena Curi, Camila Krantz, Marcelo Kakihara, Maria Antonieta Falcão, Mariana Costa, Matheus Henrique Gonçalves, Dalia Rosenthal

[email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected], [email protected]

Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo Palavras-chave: arte educação; tutoria

Apresentação O Subprojeto PIBID-Artes introduz alunos bolsistas das licenciaturas em artes visuais, teatro e música, no ambiente escolar; os bolsistas podem operar no turno ou no contra-turno escolar. Enquanto os bolsistas do contra-turno atuam de forma mais independente, trazendo um planejamento próprio e não necessariamente vinculado ao programa escolar, no turno os estudantes acompanham as aulas curriculares, observando, dando assistência em sala de aula e trazendo suas contribuições em diálogo com a proposta do professor responsável. Método O grupo de alunos do subprojeto do pibid artes que tem trabalhado no turno atuou neste ano de 2015 de duas maneiras principais: observando o planejamento já elaborado pelo professor da escola e colaborando com o mesmo em sala de aula, no formato de regência e criação de planejamento compartilhada. Ambas as experiências foram temas de reflexão nas reuniões semanais realizadas na Escola de Aplicação com todo o grupo. Resultados Para os bolsistas do turno, o programa oferece um primeiro contato com a realidade docente dentro da escola, proporcionando uma experiência laboratorial, onde pode-se refletir e aplicar conceitos que até então haviam sido explorados apenas teoricamente. Aspectos do cotidiano como: a duração das aulas, as restrições físicas e materiais, a realidade sócio-econômica dos alunos, conflitos e relações de autoridade dentro e fora da sala de aula, são alguns dos pontos trabalhados pelos bolsistas. Este momento pode ser importante também para fortalecer a segurança durante a regência, já que ocorre num ambiente seguro e acompanhado por um profissional mais experiente. Essa situação cria um ambiente de diálogo retroalimentado, onde a disciplina está em constante mutação devido à necessidade de se adequar às especificidades de cada turma. Conclusão A participação de graduandos dos cursos de artes visuais, música e teatro no turno escolar da Escola de Aplicação da FE-USP possibiliou um enriquecimento integrado entre todos os envolvidos no processo vivenciado, sejam alunos bolsistas, educandos e os docentes da escola, proporcionando assim uma experiência em arte educação inovadora e de interação entre o ambiente universitário e a realidade escolar básica brasileira.

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Horário: 12h às 13h // Sala: 128

MONITORIAS DE QUÍMICA: atividade de apoio ao vestibular para alunos de Ensino Médio

Patrícia Fernanda Rossi¹; Rosangela Maria Pomponio Saldanha³; Anderson Tiago De Araujo4, Caio Marques Neves Nunes5, Caroline Veiga6, Emike Luzia Pereira Correia7, Karen Grasiela

Angelotti8 Ana Cláudia Kasseboehmer² [email protected]¹, [email protected]², [email protected]³, [email protected], [email protected], [email protected], [email protected], [email protected]

Instituto de Química de São Carlos Universidade de São Paulo

Palavras Chave: Monitoria de Química, Ensino de Química, Vestibular INTRODUÇÃO Ao final do Ensino Médio, os alunos carregam consigo a importante decisão sobre seu futuro profissional. No que diz respeito aos estudos, o aluno deve escolher uma carreira e uma instituição para dar continuidade no Ensino Superior. Dentre as diversas formas de seleção em instituições educacionais, o subprojeto “Monitorias de Química”, do PIBID/Química São Carlos, busca dar ênfase à FUVEST (Fundação Universitária para o Vestibular), pela qual se ingressa na Universidade de São Paulo, e ao ENEM, por ser a forma de se ingressar em universidades federais. Através do subprojeto, é possível oferecer aos alunos de duas escolas estaduais da cidade de São Carlos, Estado de São Paulo, monitoria pré-vestibular na área de Química. OBJETIVO O objetivo principal do subprojeto “Monitorias de Química” é, juntamente com as aulas de química oferecidas nas escolas participantes, sanar as dúvidas com relação aos conteúdos de química, assim como oferecer um caminho que os auxilie a ingressar em Universidades Públicas. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO As Monitorias de Química são oferecidas em parceria com duas escolas da Rede Pública de Ensino de São Carlos/SP, sendo elas: E. E. Prof. Dr. Álvaro Guião e E. E. Jesuíno de Arruda. São monitorias planejadas para alunos do 3° Ano do Ensino Médio, dos períodos matutino e noturno, somando um total de 25 alunos entre as duas instituições participantes, as quais contam com três bolsistas PIBID em cada escola. A organização das aulas de monitoria é feita através de reuniões semanais com os bolsistas participantes, juntamente com a professora de uma das escolas, supervisora no PIBID. As aulas de monitoria são oferecidas uma vez por semana, com duração de duas horas em cada escola. A organização das aulas é feita de acordo com as necessidades dos alunos, ou seja, algumas aulas possuem caráter mais teórico, quando os alunos necessitam rever ou estudar conceitos, e outras com caráter prático, sendo dedicada à resolução das listas de exercícios. Os conteúdos trabalhados nas monitorias são referentes a livros didáticos de química. Além das aulas, os bolsistas auxiliam os alunos nas datas dos principais vestibulares, assim como nas inscrições para os mesmos.

Agradecimentos: O presente trabalho foi realizado com apoio do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID, da CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Brasil.

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Horário: 12h às 13h // Sala: 137

Breve história dos africanos e seus descendentes no Brasil Caroline Passarini Sousa; Débora Santos De Alencar; Eva Aparecida Dos Santos; Karine

Evelyn Alves Carvalho; Priscila Cruz Barbosa Da Silva; Victor Doutel Pastore [email protected]; [email protected]; [email protected];

[email protected]; [email protected]; [email protected] Departamento de História/ FFLCH/ USP

Palavras-chave: linha do tempo; metodologia; protagonismo

Apresentação O presente texto visa tratar da metodologia utilizada para a concepção, construção e aplicação de uma intervenção pedagógica realizada em três escolas públicas, localizadas na cidade de São Paulo, participantes do Projeto PIBID – História/USP. A proposta foi elaborar uma linha do tempo, em forma de mural, para abordar a história das populações africanas, trazidas, na condição de escravas, para o Brasil, e de seus descendentes. A temporalidade foi apresentada em forma de documentos — iconografias e recortes de jornais —, a fim de criar uma trajetória que retratasse as condições de vida no continente africano, as formas de luta empreendidas pelos africanos escravizados no Brasil, e as mobilizações em prol de acesso a uma cidadania plena, na atualidade. O tema disparador da atividade foi o decreto lei assinado em 13 de maio de 1888. Objetivo A proposta dessa atividade foi ressaltar a agência/protagonismo da população negra, na luta pela liberdade e direitos, tanto enquanto vigorou a escravidão, quanto na atualidade, a fim de demonstrar aos alunos dessas escolas, em sua maioria afro-brasileiros, que o negro é parte da história do Brasil. Metodologia Os recortes evidenciaram os períodos da escravidão, abolição e pós-abolição, de forma que os alunos construíssem sua própria compreensão dos eventos históricos, muito mais por um processo de questionamentos e debates, do que por uma narrativa histórica dada. Não obstante, nossa preferência por uma História cultural, onde problematizamos a questão de gênero e desconstruímos estereótipos relacionados à cultura negra afro-brasileira, optou por uma linha do tempo sem datação explícita, possibilitando as diferentes formas de se contar a História através de eixos temáticos – o que dialoga com as especificidades de cada escola envolvida e propicia a aprendizagem do universo escolar e da atividade de docência por parte dos discentes bolsistas do projeto PIBID – História/USP. Referências Bibliográficas

APPIAH, Kwane Anthony. Identidades Africanas. In: Na Casa de Meu Pai: A África na filosofia da cultura. Rio de Janeiro: Contraponto, 1997. CHARTIER, Roger. A História Cultural: Entre práticas e Representações. Lisboa: Difel/Rio de Janeiro: Bertrand. 1989 - 1994. DIAS, Maria Odila Leite da Silva. Novas subjetividades na pesquisa histórica feminista: Uma hermenêutica das diferenças. Colóquio Internacional Formação, Pesquisa e Edição Feminista na Universidade. Brasil, França e Quebec, Rio de Janeiro, junho de 1994. VINCENT, Guy; LAHIRE, Bernard; THIN, Daniel. Sobre a história e a teoria da forma escolar. Educação em Revista, Belo Horizonte, n°33, jun,2001. ZABALA, Antoni. Os enfoques didáticos. In: COLL, César, Martín, Elena... (org). O cosntrutivismo em sala de aula. São Paulo: Cortez, 1998, p.153.

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Horário: 12h às 13h // Sala: 137

Ensinando Perímetro e aprendendo a ser professor Fernanda Martins da Silva; Pedro de Araújo Queiroz; Esther P. de Almeida Prado

[email protected], [email protected], [email protected] Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação

Universidade de São Paulo

Palavras chave: PIBID. Formação de Professor. Jogo. Introdução Neste texto, apresentamos uma reflexão sobre a elaboração e aplicação do jogo Vilarejo, como parte das atividades desenvolvidas no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID/CAPES), no PIBID USP/ICMC Matemática de São Carlos, junto ao 6º ano do ensino fundamental, de uma escola estadual do interior paulista, no primeiro semestre de 2015. O jogo é composto por dois tabuleiros de 1,28mx1,28m cada e 400 palitos de fósforos; é jogado por dois grupos de jogadores. Seu objetivo é construir a planta de uma cidade com 16 quarteirões, utilizando-se os palitos de fósforo. As regras indicam que cada “palito quadrado” (um circuito fechado formado por 4 palitos) é habitado por 2 pessoas; cada “casa” é formada por um ou mais palitos quadrados, e suporta no máximo 11 pessoas; os grupos de jogadores devem colocar na cidade as necessidades básicas, que são uma escola, um hospital, um mercado, uma prefeitura e uma igreja (as medidas são 28, 14, 12, 10 e 8 palitos quadrados, respectivamente). Para vencer o jogo, é necessário cumprir o maior número de conquistas possíveis, sendo essas representadas por uma pequena medalha feita de papel paraná, que representa as realizações de cada equipe dentro da cidade. A conquistas incluemm o número de moradias/casas, quarteirões, população, quantidade restante de palitos de fósforo, observando-se se foi cumprida a inclusão das necessidades básicas e se se fizeram casas de tamanhos diferentes. Objetivo O jogo tem como objetivo fazer com que os alunos percebam que a matemática aparece no dia-a-dia, e que, utilizando essa ferramenta, os resultados finais podem ser otimizados. Também contribui para atrair os alunos e tornar o conteúdo sobre perímetro mais experimental, sendo uma aplicação prática do cálculo de perímetro, desenvolvido durante o cálculo de palitos quadrados. Desenvolvimento do Trabalho Ao elaborar o jogo, ele nos parecia simples e de fácil compreensão; entretanto, na prática, percebemos que os alunos tiveram muitas dificuldades para jogar. Observamos que os alunos tiveram dificuldades para trabalhar em grupo e para entender as regras do jogo; o tempo da aula foi insuficiente para o desenvolvimento dessa compreensão; o espaço físico da sala de aula também não contribuiu, pois os tabuleiros, juntamente com o mobiliário da classe, não permitiram que os alunos se posicionassem de modo confortável. Apesar das dificuldades e imprevistos encontrados durante a aplicação do jogo, observamos também que esta atividade, posteriormente, facilitou o entendimento de parte dos alunos nas demais atividades que solicitavam o cálculo de perímetro. Sendo assim, foram obtidos resultados positivos e negativos nessa atividade, contribuindo fortemente para a nossa reflexão, enquanto bolsistas e futuros professores, possibilitando rever nossas expectativas e redirecionar nossas ações posteriores em relação ao que é “o conhecido e o imaginado” na relação conhecimento/aluno-bolsista, contribuindo para nosso autoconhecimento.

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Horário: 12h às 13h // Sala: 137

Avaliação no currículo cultural: as idas e vindas a partir das questões de gênero

Milena Toschi; Mariana Freire; Renan Moser; Arthur Müller [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]

Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo

Palavras-chave: Currículo Cultural, Avaliação, PIBID, Multiculturalismo Crítico.

Uma das questões mais complexas e que desperta polêmica no ambiente educacional refere-se à avaliação. Em muitos currículos, a avaliação é concebida como uma verificação quantitativa de conteúdos e conceitos que deveriam ter sido assimilados por alunos e alunas durante o período letivo. No que se refere à Educação Física, essa aferição não é tão pontual ou cartesiana assim: o gesto motor é constantemente classificado e avaliado, sendo atribuído valor para determinados movimentos de acordo com as expectativas de suas execuções. O currículo cultural de Educação Física propõe uma forma diferente de compreender o homem; ele é reconhecido como um constructo social, e, por essa razão, é impossível considerá-lo como produto concluído ou acabado. Pelo contrário, para o currículo cultural o homem está em constante modificação, vivendo transformações constantes, apontando para caminhos não pensados anteriormente. Como definiu Paulo Freire o homem é inconcluso. Nessa esteira, quando falamos em avaliação, no currículo cultural, nos referimos a um dinamismo dialógico entre professor – alunos e alunas – conhecimento, com um ponto de partida proposto, cujo processo e encadeamento não está pré-definido ou pré-concebido, mas se constrói com a caminhada, sem certezas de onde chegaremos, num constante movimento de ir e vir, recalculando rotas e percursos. Através de um relato da prática, o presente trabalho tem como objetivo desvelar como os alunos e alunas da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, participantes do PIBID, atuam e interferem a partir do currículo cultural, ressignificando a avaliação, considerando as vozes dos discentes, suas culturas e seus gestos, propondo, a cada avaliação, novos percursos não pensados anteriormente. Nos momentos das aulas de Educação Física, durante a tematização estudada, identificamos a distinção de gênero perpassando as falas dos alunos e alunas; por isso, promovemos discussões embasadas em práticas, vídeos e pesquisas, com o objetivo de descontruir essa representação acerca dos universos masculino e feminino. Ao finalizarmos a primeira parte do trabalho, já era possível perceber a mudança nas falas de algumas crianças, indicando, talvez, para o reconhecimento das diferenças circundantes ao tema “gênero”. Lançamos mão de um trabalho de tipo etnográfico, fundamentado na observação, na análise dos documentos produzidos pelos alunos e alunas (registros durante as aulas) e em entrevistas (realizadas ao final dos estudos sobre as práticas corporais).

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Horário: 12h às 13h // Sala: 137

Sistema digestório em uma abordagem investigativa Michele Dayane Facioli Medeiros, Anne Caroline de Freitas, Fabiana Roberta Scarpino Franco, Juliana Kátia da Silva Gimenes, Lindiberg Yosetake, Maurício Nagata Yoshida, Thiago Mendes,

Marcelo Tadeu Motokane [email protected], [email protected], [email protected], [email protected],

[email protected], [email protected] , [email protected], [email protected], Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Ribeirão Preto – Universidade de São Paulo

Palavras chave: sistema digestório, ensino por investigação, sequência didática Introdução O foco do ensino de ciências muitas vezes está na memorização de leis, conceitos, estruturas e processos, restringindo-se ao acúmulo de informações. Além disso, o ensino de temas de fisiologia humana tem uma tradição de descrever processos de modo fragmentado, mecanicista e determinista. Para superar essas dificuldades, propusemos o desenvolvimento de uma Sequência Didática Investigativa (SDI), a partir dos pressupostos teóricos da Alfabetização Científica (CARVALHO, 2013), que rompe com as afirmações supracitadas. Objetivos Apresentar um relato reflexivo sobre uma SDI sobre o tema “Sistema Digestório”, desenvolvida junto a turmas do 8º ano do ensino fundamental de uma escola do interior paulista. Desenvolvimento A sequência didática é composta por 9 aulas, nas quais foram abordados aspectos anatômicos, fisiológicos e comparativos do sistema digestório, de modo integrado. A sequência de atividades propostas seguiu a mesma ordem que o alimento percorre no trato digestivo; assim, foram propostas atividades especificas sobre boca, esôfago, estômago, intestino delgado e grosso, nas etapas da digestão. As transformações químicas e físicas que ocorrem no processo de digestão foram evidenciadas de maneira associada, em contraponto a abordagem fragmentada comumente utilizada. Para isso, de modo investigativo, os alunos elaboraram, executaram e analisaram experimentos, não com fins comprobatórios, mas para levantar e testar hipóteses e chegarem a conclusões. Os alunos também produziram textos argumentativos escritos e orais, que foram analisados ao longo da SDI com a finalidade de avaliar a complexidade dos argumentos produzidos e a compreensão dos conteúdos trabalhados. A SDI aplicada teve como resultados: 1) melhoria na qualidade dos argumentos escritos e orais; 2) possibilidade de observar a integração do sistema digestório com outros sistemas; 3) melhoria na compreensão de conceitos fundamentais sobre o processo de transformação dos alimentos; 4) promoção do desenvolvimento de habilidades relacionadas ao “fazer ciência”, tais como levantamento e teste de hipótese, e planejamento experimental; 5) promoção da autonomia intelectual dos estudantes. Bibliografia CARVALHO, A.M.P. (org) Ensino de Ciências por investigação: Condições para implementação em sala de aula. Editora: Cengage Learning, 2013.

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Horário: 12h às 13h // Sala: 139

Avaliação diagnóstica na EMEF Prof.ª Ileusa Caetano da Silva Caio Malheiros, João Pedro Mesquita, Hugo Heringer, Lucas Sagawa, Luiz Gustavo Arruda,

Marina Marins, Marcel Valentino Bozzo, Daniela Lopes Scarpa, Suzana Ursi [email protected], [email protected], [email protected], [email protected],

[email protected], [email protected], [email protected], [email protected], [email protected]

Instituto de Biociências Universidade de São Paulo Palavras-chave: avaliação diagnóstica, contexto escolar

No 4º ano do PIBID IB/USP, e 2º ano de parceria com a EMEF Ileusa Caetano, o grupo de bolsistas ingressantes em 2015 decidiu trabalhar com os sextos anos acerca do tema água, sob a perspectiva do Ensino por Investigação. Para iniciar o trabalho, realizou-se uma observação prévia do contexto em que a escola está inserida, e da rotina em sala de aula do supervisor Marcel Bozzo; para tal, foram feitas observações pelos bolsistas por meio de entrevistas com funcionários, professores da unidade, e moradores da região, nos dias 27 e 28 de abril de 2015. As observações realizadas são consideradas de suma importância por aproximar o bolsista da realidade da escola e de seus alunos, a fim de promover uma imersão holística, para que seja possível a adaptação das metodologias de ensino que serão aplicadas posteriormente. Em relação aos arredores da escola, foi percebido o isolamento da mesma, tanto fisicamente, devido ao remanescente de Mata Atlântica que a circunda, quanto socialmente, já que, segundo os moradores da região, existem poucas atividades que visam a participação da comunidade no ambiente escolar. Contrastando esse ponto, a opinião da direção e dos funcionários é de que há ampla representação da população local nas atividades desenvolvidas. Outro importante ponto observado foi o descaso com o lixo, que é inadequadamente descartado, o que se apresenta como grande problema ao conjunto habitacional existente próximo à escola, onde mora a maior parte dos alunos do Ileusa. Pelos demais moradores da região, a EMEF é pouco percebida, devido ao seu tamanho reduzido, que confere à escola certas vantagens, como turmas pequenas e diversas atividades extra-curriculares. Ainda assim, observou-se uma falta de organização no cotidiano da escola, relatada pelos professores. Em adição, a observação das aulas ministradas pelo supervisor permitiu que os bolsistas tivessem uma maior compreensão do perfil dos alunos, e do próprio supervisor, numa situação prática, auxiliando-o no planejamento da sequência didática. Em sua atuação, o supervisor adota estratégias que visam, apesar de inserido em um contexto tradicional de educação, a uma maior participação dos alunos em sala de aula, tais como delegar a função de operar o projetor aos alunos e a realização de quizzes no fechamento dos temas abordados. Por sua vez, os alunos reagem mostrando curiosidade acerca dos temas tratados e tendo um papel mais ativo frente às exposições feitas pelo professor, apesar de terem dificuldade em se concentrar no início das aulas, o que é comum à faixa etária dos alunos.

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Horário: 12h às 13h // Sala: 139

Atividades lúdicas no ensino de História José Antonio Vasconcelos

[email protected]

Palavras-chave: Lúdico, Ensino de História, Jogos

Embora exista uma bibliografia extensa sobre a questão do lúdico no ensino pré-escolar e anos iniciais, e em especial envolvendo a disciplina de Educação Física, as obras sobre o assunto são mais escassas para o Ensino Fundamental II e Médio, e há verdadeiramente muito pouco sobre o lúdico, especificamente para o ensino de História. Em meu trabalho junto ao PIBID, procuro avançar sobre essa questão, muito pouco explorada, desenvolvendo paralelamente dois trabalhos estreitamente relacionados. De um lado, Mapeamento teórico da questão do lúdico, indicando os principais autores, ideias e obras, com ênfase sobre os trabalhos de Johan Huizinga, sobre a dimensão existencial do jogo, e de Gilles Brougère, sobre a relação entre o lúdico e a educação. As leituras sobre esses dois autores serão complementadas com textos e artigos acadêmicos que tratem mais especificamente da questão do lúdico nas aulas de História. De outro lado, procuro desenvolver um repertório de jogos e brincadeiras para serem realizadas em sala de aula, como amostra das possibilidades de articulação do lúdico com os conteúdos de História e com as especificidades do trabalho com alunos do Ensino Fundamental II e Médio. O trabalho com o PIBID me permite integrar essas duas dimensões, em atividades formativas, e na aplicação prática de atividades integradas ao planejamento escolar dos supervisores.

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Horário: 12h às 13h // Sala: 139

“Novas” Abordagens para “Velhos” Conteúdos Theófilo Satoshi Okada; Luana Graziele Stanganini

[email protected]; [email protected] Instituto de Ciências Matemática (ICMC) Universidade de São Paulo (USP)

Palavras-chave: geometria plana; software; nuvem

Introdução Por anos, o ensino nas escolas do Brasil em geral se dá de forma tradicional, e, atualmente, esse ensino tem se mostrado cada vez menos eficaz. Desta forma, é necessário se fazer uso de novas metodologias para atrair a atenção do aluno ao conteúdo ensinado. Tendo em vista isto, foi desenvolvida uma sequência didática, “Perdido para Cachorro”, em uma escola pública situada no município de São Carlos, que será descrita neste trabalho. Objetivo Esta sequência didática teve como objetivo reforçar um conteúdo anteriormente trabalhado com o professor em sala de aula, e, também, com os pibidianos no bimestre anterior. Para isto foram usados diversos recursos, como softwares, educacionais ou não, além de ferramentas como tablet e mapa. Desenvolvimento do Trabalho O trabalho realizado na escola foi desenvolvido em cinco horas aulas, para três salas de 9º anos, no segundo bimestre de 2015. Nelas, as turmas trabalharam conceitos de geometria plana, como retas paralelas, retas concorrentes, retas perpendiculares, retas coincidentes, nome dos polígonos e área de polígonos. Ao final de cada aula, os alunos entregavam as atividades desenvolvidas; estas, por sua vez, foram utilizadas como avaliação e entregues utilizando-se o sistema de armazenamento e compartilhamento em nuvem, e, em um caso, em folha. Sendo assim, foi ensinado brevemente como utilizar estes recursos, e, também, o PrintScreen. Durante as atividades, os alunos utilizaram softwares como Google Maps e GeoGebra para reforçar os conceitos dados anteriormente. Em alguns momentos, os alunos perguntavam algumas definições, como planejado, e foi lembrado que a internet é uma ferramenta de pesquisa, e que eles poderiam sanar algumas de suas dúvidas através dela. A aplicação desta atividade motivou parte dos alunos — infelizmente pouco mais que a metade —, pois eles puderam ver aplicações práticas deste conteúdo. Os resultados, apesar de medianos, poderiam ter sido melhores apesar de terem sido feitas as atividades em um trabalho de revisão. Contudo, foi possível analisar, nas avaliações, que os alunos estão dominando muito bem o conteúdo após essa sequência.

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Horário: 12h às 13h // Sala: 139

A minha vida pode virar história: o dia-a-dia dos alunos é matéria de escrita

Débora Barbosa Roncon; Giulia Galizoni Caversan; Keith Russo; Viviane Silvestri [email protected], [email protected], [email protected], [email protected]

Faculdade de Educação Universidade de São Paulo

Palavras-chave: narrativa; cotidiano; dinâmica. Introdução No início de 2015, ao começarmos a pensar no projeto que desenvolveríamos na E.E. João Baptista Alves Silva, partimos de uma inquietação a respeito da escrita das duas turmas do 7º ano, que surgiu ao ouvirmos o diagnóstico feito pela Professora-supervisora. Assim, também em acordo com os temas do currículo seguido, decidimos tomar como tema de nosso projeto a narrativa. Avaliando a duração do projeto e tempo em sala de aula, decidimos abordar o cotidiano dos alunos como matéria de escrita. Além disso, tivemos a intenção de dar importância ao dia a dia dos alunos, mostrando-lhes que suas histórias podem e devem ser contadas. Objetivo O objetivo foi o de levar a escrita, de forma lúdica e dinâmica, ao cotidiano dos alunos por meio de temas e atividades como: noções de tempo e espaço na estrutura narrativa, construção de personagem, formação de círculos de leitores, classes de palavras e reescrita. Ao trabalhar com a escrita de narrativas curtas e pessoais, esperamos que nossos alunos se interessem por registrar suas próprias histórias, percebendo que o seu cotidiano pode ser e é matéria de escrita. Desenvolvimento do trabalho Realizamos um cronograma que compreendia 12 encontros ao longo do primeiro semestre de 2015. A primeira atividade seria voltada para a construção de laços com as turmas, seguida de 4 “minioficinas” de escrita, que trariam 4 temáticas diferentes. Depois, os alunos criariam seus próprios portfólios, contendo seus rascunhos, e selecionariam um dos textos para reescreverem. Em seguida, realizamos votações em cada sala para decidir o título dos livros, elaboramos um índice, e agrupamos os textos de acordo com cada tema. Posteriormente, os textos reescritos passariam por um processo de digitação realizado pelos próprios alunos. A compilação ganhará forma de livro e será socializada entre as turmas. Grande parte das atividades foi realizada. Porém, a última etapa (digitação e composição dos livros) não foi finalizada devido a imprevistos técnicos ocorridos nos computadores da escola. Retomaremos as atividades no segundo semestre de 2015. Referências bibliográficas CALKINS, Lucy McCormick. A arte de ensinar a escrever: O desenvolvimento do discurso escrito. Trad. Deise Batista. Porto Alegre: Artes Médicas, 1989. RIOLFI, Claudia Rosa. et al. Ensino de Língua Portuguesa. São Paulo: Thomson, 2008.

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Horário: 12h às 13h // Sala: 141

A ludicidade na aprendizagem Simone Santos Pimentel

[email protected] E.P.G. Vicente Ferreira Silveira

USP (supervisora) Palavras Chave: aprendizagem- jogos

O projeto Mão na Massa vem, por meio de experiências, jogos e brincadeiras, ensinar Ciências de forma atuante, prática e prazerosa para todas as faixas etárias, e explorando diversas áreas do conhecimento. Tal proposta vem sendo desenvolvida com auxílio de alunos da USP, bolsistas do programa PIBID. O presente trabalho visa relatar experiências vivenciadas, a partir desse projeto, numa escola municipal de Guarulhos- SP, com alunos de 4 anos da Educação Infantil. Com as atividades aplicadas, o desenvolvimento dos alunos melhorou muito e percebi que eles, além de aprender em meio a jogos, teatros, rodas de conversa, brincadeiras, já conseguem ter raciocínio rápido, organização mental e agilidade. Desde o início do projeto, uso jogos e brincadeiras na rotina das aulas, e foi possível perceber uma notória mudança no raciocínio dos alunos. Noto um maior interesse na participação, no respeito às regras e na paciência. Venho constatando que trabalhar de forma lúdica na Educação Infantil auxilia o desenvolvimento/ potencialização de conhecimentos, e o desenvolvimento de estratégias para resolver problemas do cotidiano. Para alunos com necessidades educacionais especiais, o desenvolvimento é ainda mais notório, pois, nos dias de hoje, o professor precisa aplicar atividades que contemplem desde os alunos ditos normais, aos que necessitam de uma atenção a mais. Este ano iniciei o projeto com uma turma muito agitada, mas que assimilou com facilidade o que é aprendido. Nas aulas mais práticas eles se destacam bastante; nos dias de aplicação de jogos do projeto, os alunos foram muito atentos às explicações e montaram jogos considerados difíceis. Os alunos com necessidades educacionais especiais se destacaram cada um em um tipo de jogo, seja em jogo de equilíbrio, de quebra-cabeça, jogos de raciocínio etc., o que ajuda na percepção do professor em relação a observação dos tipos de atividade que esses alunos mais gostam. Ajuda em reconhecer como prender a atenção deles por mais tempo. O desenvolvimento dos alunos com necessidades educacionais especiais depende muito do nível de interesse deles em relação à atividade. Se não for atrativa, com certeza ele não se prenderá muito a ela; mas, no caso da aplicação do projeto, em todas as aplicações, eles têm mostrado avanço muito significativo em relação a interação e, principalmente, no aprendizado. Em um dos casos, um aluno com hidrocefalia saiu da fase das garatujas (começam com traços desordenados, no papel, e, gradualmente, evoluem para desenhos que têm um conteúdo reconhecível pelos adultos) para a escrita do nome sem letras espelhadas, e, isso, para um aluno nestas condições, é um avanço enorme e gratificante, e que apenas iniciou com o apoio e incentivo das atividades do projeto. O projeto em si ainda possibilita aprendizagem em todas as idades e áreas do conhecimento, além de ser um excelente facilitador da aprendizagem Com essas experiências percebo que a mola propulsora da aprendizagem não é a idade, mas sim a vontade e a afeição em aprender.

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Horário: 12h às 13h // Sala: 141

Mito e Narrativa indígenas: a construção da alteridade no Ensino de História

Marcela Santos Rolim; André Pina Moreira; Laila Antunes; Bárbara Estefânia Bartolomeu Zibordi; Daniel Sean Concagh; Diogenes Henrique de Castro; Diego Ramalho Carloto;

Fernanda Costa; Graziela Lojor de Araujo; Guilherme Pires Gouvea; João Vitor Bortoleto; Laila Antunes; Lauro Fabiano de Souza Carvalho; Louise Marinho Costa de Assis; Lucas Rigo;

Marcos Longo; Otavio Balanguer; Rogerio Machado Braga; Regiane Silva de Miranda Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas - Universidade de São Paulo

Palavras-chaves: Cultura Indígena, Ensino de História, Narrativas míticas.

Introdução A introdução do ensino de história e cultura das populações indígenas no currículo escolar lançou alguns desafios à pratica docente, dentre eles, a reflexão sobre os saberes e as visões de mundo que estruturam a vida e as relações com o ambiente nos diversos povos indígenas do país. Estes saberes, estruturados pelas práticas orais e pelas tradições dos povos indígenas, tem sido, até agora, ignorados ou desqualificados pelo saber escolar, predominantemente ancorado na herança iluminista e no pensamento cientifico. Assim, mesmo adotando conteúdos ligados à história indígena, muitos docentes encontram dificuldades para compreender e compartilhar com seus alunos, os fundamentos epistemológicos que fundamentam as cosmovisões indígenas, de modo que as narrativas míticas são, muitas vezes, apresentadas em sala de aula e nos materiais didáticos, como "histórias fantasiosas", "folclore" ou como contos infantis. Objetivos Nosso trabalho tem se pautado na produção de reflexões e práticas pedagógicas que valorizem as narrativas míticas indígenas como elementos centrais na organização da experiência e da compreensão indígena sobre si mesmo e sobre o mundo (natural e sobrenatural, segundo a concepção "não-indígena). Através do mito, os indígenas ordenam as forças e os seres do universo, reconhecem seu lugar no mundo e atualizam suas tradições e suas lutas políticas. O mito também define as dinâmicas sociais, as estruturas de poder e parentesco e as condições materiais de vida. Desenvolvimento Por intermédio de narrativas orais desenvolvidas em sala de aula, o grupo de bolsistas tem produzido um conjunto de práticas pedagógicas que procuram compartilhar com os alunos essa compreensão das mitologias indígenas. A narrativa de histórias ficcionais (ancoradas nos textos de antropólogos, que registram por escrito os mitos indígenas) nos permite introduzir a reflexão sobre a história e a cultura indígena numa chave imaginativa e lúdica que favorece o aprendizado de alunos dos anos finais do Ensino Fundamental. O grupo tem sistematizado os temas relacionados à compreensão sobre mitologia e cultura indígenas num conjunto de textos que se articula em torno de quatro eixos: as questões políticas e sociais mais importantes para os povos indígenas atualmente, o papel da mitologia na organização social destes povos, os conhecimentos produzidos pela antropologia e pela etnografia, e as práticas e reflexões pedagógicas sobre os indígenas construídas no Ensino de História. O conjunto destes textos pretende se formalizar numa publicação destinada a educadores e professores de História que tenham interesse em tratar da questão indígena. Além disso, o grupo elaborou um roteiro de um curta-metragem e uma narrativa escrita a partir de um mito especifico, do povo Tukano, apresentado na bibliografia. O mito narra encontro entre um tukano e os Homem Peixe, expressão da dualidade e da integração entre o ser humano e os seres "não-humanos". Por intermédio desta narrativa, entendemos que é possível compreender um pouco a cosmovisão indígena e produzir novas práticas pedagógicas.

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Horário: 12h às 13h // Sala: 141

A organização do PIBID de matemática na Escola de Aplicação da FEUSP e a experiência proporcionada aos bolsistas

Henri Flávio da Silva, Vanessa Uriondo Cortez, Márcia Rodrigues Santos, David Marinho, Paulo Roberto Centeno Franco

[email protected], [email protected], [email protected], [email protected], [email protected]

Escola de Aplicação da Faculdade de Educação da USP – EAFEUSP – FEUSP Palavras-chave: PIBID, Ensino de Matemática, Organização de Trabalho

Introdução Por meio de atividades programadas, o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) promove, aos seus bolsistas, experiências integradas à realidade escolar, visando articular a teoria e prática e contribuir com sua formação de futuro professor. Para tanto, é necessária uma organização da rotina de trabalho. Na Escola de Aplicação da FEUSP, em 2011, os então supervisores prof. Josenilton Andrade Franca e profa. Danielle Canteiro, idealizaram uma rotina para o subprojeto de matemática composta por: participação em aulas regulares; participação em aulas de recuperação e plantões de dúvidas; reuniões de supervisão com todos os bolsistas; pesquisas e realização de trabalhos. Objetivo Esta proposta de organização tem por objetivo distribuir em oito horas semanais atividades que proporcionem aos bolsistas um contato com a realidade escolar, de modo que este tenha uma experiência o mais próximo possível de ser professor, sem causar prejuízos à vida acadêmica do bolsista e à organização escolar. Desenvolvimento Atualmente, as oito horas semanais estão divididas em atividades comuns a todos bolsistas participantes do subprojeto de matemática, da seguinte forma: • Participação em aulas regulares (2 horas): neste momento o bolsista está em sala de

aula com os alunos e professor supervisor, fazendo suas observações, ajudando a tirar dúvidas dos alunos, podendo corrigir exercícios na lousa e desenvolver sequências didáticas previamente preparadas;

• Participação em aulas de recuperação e plantões de dúvidas (2 horas): nesta atividade, o bolsista trabalha junto ao aluno com dificuldades, tendo a oportunidade de desenvolver sua didática e fortalecer laços afetivos com os alunos, muito importantes na obtenção de confiança mútua;

• Reuniões de supervisão (2 horas): momento em que o supervisor se reúne com seus bolsistas para melhor organizar e acompanhar o andamento das atividades, bem como sugerir e debater questões voltadas à educação;

• Pesquisa e realização de trabalhos (2 horas): além de precisar se preparar para tirar as dúvidas dos alunos e fazer as leituras recomendadas pelo supervisor ou coordenador, os bolsistas também produzem produtos como: relatos; relatórios; listas de exercícios; sequências didáticas; pesquisas; oficinas; etc.

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Horário: 12h às 13h // Sala: 141

Avaliação e produção do guia do professor para a Experimentoteca do CDCC

Fábio Henrique Gonçalves de Souza¹, Patrícia Fernanda Rossi², Robson Santos da Silva³, Rosangela Maria Pomponio Saldanha4, Ana Cláudia Kasseboehmer5.

[email protected]¹, [email protected]², [email protected], [email protected], [email protected]

Instituto de Química de São Carlos - Universidade de São Paulo Palavras Chaves: Experimentação, Métodos investigativos. Introdução A experimentação com abordagem tradicional consiste em apresentar um roteiro definido pelo professor, com procedimentos detalhados, sem que os estudantes raciocinem sobre os conceitos envolvidos. Já a abordagem investigativa apresenta um caráter construtivista de resolução de um problema, por meio de uma atividade experimental planejada e realizada pelos estudantes. O CDCC – Centro de Divulgação Científica e Cultural da USP possui uma Experimentoteca que compreende kits de experimentos que podem ser transportados às escolas da cidade, como suporte ao professor para a realização de experimentos com alunos da Educação Básica. O PIBID/Química São Carlos foi convidado para avaliar e reformular as caixas de experimentos na área de Química. Objetivo O objetivo deste trabalho é relatar o processo de avaliação das caixas de Química da Experimentoteca do CDCC, e o processo de criação de guia para o professor para compor os kits. Desenvolvimento do Trabalho Os kits de experimentação do CDCC, produzidos em uma abordagem tradicional, foram avaliados levantando-se itens como: tempo de execução do experimento, manutenção da caixa, quantidade de reagentes, identificação das substâncias, aparelhos de medição, toxicidade das substâncias, descartes do material, quantos experimentos e para quantas turmas podem ser realizados, e quais conceitos deverão ser trabalhados. Nesta etapa, todos os bolsistas do PIBID/2014 participaram da avaliação. Foi possível observar que algumas informações deveriam ser passadas ao professor, como a periculosidade dos reagentes e o modo de descarte dos resíduos. Isso motivou o PIBID/Química São Carlos a elaborar um guia para o professor. Depois dessa avaliação, um subgrupo de bolsistas foi formado para preparar o guia, que também contém um roteiro com a abordagem investigativa. Escolhemos o kit de experimento chamado “Compostos iônicos e Moleculares”, que compreende três experimentos: Polaridade, Ponto de Fusão e Condução de corrente elétrica, e elaboramos três roteiros independentes com abordagem investigativa. Nosso próximo passo será aplicar este roteiro com abordagem investigativa com alunos das escolas PIBID, reavaliando o próprio roteiro para a finalização do guia para o professor e elaboração do guia para todos os kits de experimentos do CDCC. Agradecimentos O presente trabalho foi realizado com apoio do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID, da CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Brasil.

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Horário: 12h às 13h // Sala: 147

Criando oportunidades educativas para desenvolver a argumentação e a tomada de decisões

Celso Fernandes Lima; Fábio Carvalho; Fábio Silva Cruz, Mayara Cristina Silveira; Vitor da Costa Trumpis; Weslly Ferreira Viana; Valéria Silva Dias; Shizue Ideriha Shimizu

[email protected], [email protected], [email protected], [email protected], [email protected], [email protected], [email protected], [email protected]

Instituto de Física Universidade de São Paulo Palavras-chave: planejamento, argumentação, avaliação

Introdução Através da análise das práticas pedagógicas em sala de aula, percebemos a importância do papel do professor em relação ao planejamento de atividades, sua atuação e acompanhamento da aprendizagem do aluno. Entendemos que, para superação de problemas relacionados à desmotivação dos alunos, o planejamento deve prever atividades que ofereçam oportunidades que permitam ao aluno o envolvimento “no fazer”, numa sequência didática que oriente a construção do conhecimento. A mediação e a intervenção do professor é um ponto chave para o desenvolvimento das atividades planejadas. Outro momento importante é a avaliação, que sinaliza mudanças necessárias e as etapas subsequentes a serem desenvolvidas. Entendemos que cada atividade requer uma avaliação, com o intuito de buscar caminhos para as próximas atividades. Assim, o professor deve utilizar a avaliação durante todo o processo de ensino-aprendizagem, observando como o aluno está aprendendo, que dificuldades enfrenta, que reformulações em seu planejamento devem ser feitas para criar oportunidades para os alunos envolverem-se efetivamente nas decisões sobre o próprio processo formativo. Objetivo O objetivo é o de mostrar algumas atividades realizadas pelos pibidianos na E. E. Tarcísio Alvares Lobo, que priorizaram o envolvimento dos alunos na construção de atividades experimentais, no desenvolvimento da argumentação e na tomada de decisões. Desenvolvimento O intuito desse trabalho é mostrar porque priorizamos, nas atividades desenvolvidas na E. E. Tarcísio Alvares Lobo, práticas e vivências utilizando diferentes linguagens, como a gráfica, imagética, escrita e oral. Optamos por planejar aulas de maneira a garantir a ação do aluno e, com isso, favorecer a motivação dele para realizar as atividades. Percebemos que seria preciso avaliar as atividades de forma diferenciada da tradicional, considerando principalmente o interesse e envolvimento do aluno nas atividades e sua interação com o conteúdo, com os outros alunos e com o professor. Apresentamos recortes de atividades em planejamento (como a utilização de vídeos para ensino do Princípio da Relatividade, baseando-se nos 3 Momentos Pedagógicos; a utilização de jogos lúdicos - boliche e bolinha de gude - para estudo do Princípio de Conservação da Quantidade de Movimento; e a análise das figuras formadas por limalhas de ferro em fenômenos eletromagnéticos - interação à distância), e recortes de atividades já desenvolvidas, dando destaque aos trabalhos realizados pelos alunos (como a construção de Garrafas de Leyden, e construção de caleidoscópios). A avaliação das atividades realizadas evidenciou a necessidade de o professor estar sempre munido de materiais e perguntas significativas para que a interação professor-aluno possa conduzir ao conhecimento. Também ficaram evidentes as vantagens e as dificuldades de criar oportunidades para o aluno expressar suas ideias e desenvolver a argumentação, de observar e compreender o aluno em atividade e na relação com os outros.

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Horário: 12h às 13h // Sala: 147

Uma abordagem interdisciplinar no ensino da Fotossíntese ASSAN, U.¹; BERGAMINI, G.P.M.²; CAMARGO, G.H.; CEZILA, B.A.; DELSIN, L.F.;

MORAES, T.A.; MOTOKANE, M.T.; PALANDRE, I.S. ¹[email protected]; ²[email protected]

Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo Palavras-chave: fotossíntese, energia, interdisciplinaridade

Introdução O trabalho foi realizado em uma escola pública estadual do interior de São Paulo, com estudantes do primeiro ano do Ensino Médio, no segundo semestre de 2014. A atividade consistiu da aplicação de uma sequência didática, de cunho investigativo, norteada pelo tema da fotossíntese, com enfoque interdisciplinar no conceito de energia, compartilhado pela física e biologia. Tal temática foi escolhida tendo em vista a importância do conceito da fotossíntese como o fundamento para o entendimento da transformação e entrada de energia necessária a diferentes processos biológicos, e seu potencial para a interdisciplinaridade com a física, na definição do conceito de energia e de suas transformações. Objetivo e Desenvolvimento Nosso objetivo com a aplicação da sequência didática foi pautado no primeiro eixo estruturante da alfabetização científica, o qual refere-se à compreensão básica de termos, conhecimentos e conceitos científicos fundamentais (SASSERON, 2013). A compreensão dos termos foi trabalhada por meio de uma “feira de experimentos”, que compreendeu vários conceitos de transformação de energia no âmbito da física, em que as (os) estudantes foram instigados a reconhecer as transformações trabalhadas nos experimentos, utilizando conceitos previamente apresentados em aula expositiva de física. Um segundo experimento, envolvendo o cultivo de plântulas de feijão, foi utilizado para que as alunas e os alunos formulassem hipóteses e argumentações que defendessem suas ideias acerca da presença e ausência de luz no processo de desenvolvimento biológico da planta, quando submetidas a diversas condições experimentais. A avaliação consistiu em um texto escrito envolvendo o processo fotossintético baseado nos conceitos biológicos apresentados durante a sequência didática. Esse relato demonstra como é possível a integração de conceitos entre física e biologia, bem como a aplicação da alfabetização científica no desenvolvimento de tal processo.

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Horário: 12h às 13h // Sala: 147

Projeto “Quando a dança é marcada pela diferença?!...” Alessandro Marques da Cruz, Steffi Lorena Gemio Orinochi, Carolina Mie Takaya

[email protected]; [email protected]; [email protected]

O projeto dança, desenvolvido na CEMEIEF Maria Tarcilla Fornasaro Melli, com os/as alunos/as dos 5° anos, mergulha no estudo da Manifestação Cultural apresentada, partindo do mapeando do universo cultural dos estudantes, validando e reconhecendo seus saberes. As vivências e as trocas de experiências planejadas e desenvolvidas tiveram a preocupação de posicioná-los como sujeitos leitores, colaboradores e produtores culturais. Essas ações promoveram reflexões, comparações, discussões e análises que contribuíram para entendermos a dança como linguagem gestual que comunica ideias e sentimentos. Novas questões foram surgindo, acerca dos seus diferentes objetivos, grupos culturais, transformações, hibridizações e sua produção. Ao ampliarmos nossos saberes, selecionamos as danças pertencentes a grupos sociais marginalizados, que dificilmente estão nos principais veículos de comunicação, muito menos na indústria cultural. Diante deste quadro social, apresentamos a nossos/as alunos/as a Puxada de Rede e o Maculelê; assim, os estranhamentos e as marcas preconceituosas surgem como macumba, feitiçaria e magia negra. Inspirados pelas teorias crítica e pós-crítica da educação, nos apoiamos no multiculturalismo crítico, onde colocamos nossas lentes focadas nas produções discursivas da diferença religiosa relacionada à dança, pois, de forma pejorativa, sua classificação como macumba nos impulsionou a ir além de identificar as relações assimétricas de poder, mas ajudar os alunos a compreender por que pensamos isso; como essas ideias são produzidas; quais instituições e espaços culturais produzem esses discursos. No entanto, nosso desafio é escrevermos novas possibilidades de ser e estar num Mundo de relações cada vez mais justa e democrática.

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Horário: 12h às 13h // Sala: 147

Experimentação no ensino de química: sempre velha novidade em sala de aula

Jhonatan Rodrigues do Nascimento; Bruno Santana de Freitas, Joana de Jesus de Andrade e Daniela Gonçalves de Abreu

[email protected], [email protected] Departamento de Química, Faculdade de Filosofia, Ciências e letras de Ribeirão Preto, Universidade de São

Paulo.

Palavras Chave: Experimentação, ensino, química. Introdução A experimentação pode ser um recurso importante para o ensino de química, pois proporciona uma visão privilegiada ao estudante de fenômenos. A discussão bem conduzida pode diminuir o grau de abstração e consequentemente melhorar a compreensão. Neste contexto, nós, bolsistas do PIBID, realizamos atividades no laboratório e, ao final das aulas experimentais, foi solicitado aos alunos a confecção e entrega de um relatório. O objetivo deste trabalho é relatar a experiência e discutir a importância da experimentação na compreensão de conceitos. Desenvolvimento do trabalho Os experimentos realizados pelos bolsistas do PIBID, que são direcionados aos alunos da escola, são propostos e discutidos previamente com as professoras supervisoras do projeto. A escolha do experimento leva em conta a proximidade com temas do cotidiano e a formação da consciência ecológica dos estudantes. No segundo momento, os bolsistas se organizam em duplas para realizar os experimentos com diferentes salas de aula. Os alunos foram organizados no laboratório em grupos de quatro alunos, para que nenhum deles trabalhe sozinho, mesmo que haja falta do seu colega. Os experimentos foram aplicados de forma que os alunos pudessem ter o maior contato possível com o que realizado, e não apenas demonstrativo, sempre com os devidos cuidados e segurança garantidos pelos bolsistas. A seguir, observa-se um exemplo de roteiro: Objetivo: visualizar como ocorre o processo de osmose na batata. Materiais: 1 colher, e guardanapos. Reagentes: 2 Batatas, cloreto de sódio (NaCl) e açúcar. Procedimento: Corte as batatas ao meio; faça um buraco em 3 metades; seque bem as batatas; diferencie com um papel os seguintes tópicos: controle, sal e açúcar; coloque uma espátula de sal e uma de açúcar respectivamente em cada batata; deixe em repouso por 5 minutos aproximadamente; observe o que aconteceu em cada batata em relação ao controle. Após a realização dos experimentos, foram entregues questionários com perguntas a serem respondidas, o que equivale ao relatório do experimento. Cada grupo entregou seu relatório após o intervalo de uma semana do experimento. Dessa forma, nós tivemos uma devolutiva dos alunos do que eles haviam aprendido e de se conseguiram relacionar a prática com o que eles estudaram teoricamente em sala de aula. Bibliografia GIORDAN, Marcelo. O papel da educação no ensino de ciências. Química nova na escola, n. 10, p. 43-49, nov.

1999. HODSON, Derek. Experimentos na Ciência e no Ensino de Ciências. Educational Philosofphy and Theory, 20, 53-66, 1988. (Tradução, para estudo, de Paulo A. Porto).

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Horário: 12h às 13h // Sala: 149

Fatores de Motivação de Alunos do Ensino Médio para Manutenção e Continuidade nos Estudos

Joso de Souza Jr, Leticia C. C. C. Pradela, Fabio H. Souza, Ana C. Kasseboehmer, Carlos C. Mascio

[email protected], [email protected], [email protected], [email protected], [email protected]

Instituto de Química de São Carlos Universidade de São Paulo

Introdução: A cidade de São Carlos conta com duas grandes universidades públicas que oferecem ensino gratuito e de qualidade. A partir desta realidade, surge o Projeto “Caminhos”, do PIBID Química/São Carlos, que iniciou suas atividades no 2° semestre de 2014, em escolas estaduais da cidade. A proposta foi, entre outras coisas, oferecer informações quanto ao vestibular, cursos oferecidos e permanência estudantil, mostrando a importância e o impacto causado na sociedade a partir da educação. Além disso, buscou-se conhecer o grau de conhecimento dos alunos sobre estes assuntos. Objetivo: Discutir o grau de interesse de alunos do segundo ano do ensino médio de duas escolas públicas de São Carlos quanto ao ingresso no ensino superior em universidades públicas. Desenvolvimento: O Projeto trabalhou com alunos do segundo ano do Ensino Médio das Escolas Estaduais Álvaro Guião e Jesuíno de Arruda de São Carlos/SP. Na primeira etapa foi realizada palestra motivacional ministrada pelos bolsistas PIBID, com abordagem dos seguintes tópicos: apresentação dos principais vestibulares, programas como INCLUSP e PASUSP, Bolsas de auxilio e permanência estudantil da USP e UFSCar, o que é o ENEM, e como se preparar para o Vestibular. Na sequência, houve a aplicação de questionário diagnóstico com que se buscou compreender quantos destes alunos pretendem seguir nos estudos após a conclusão do ensino médio. Também foi perguntado se os jovens consideravam importante esta continuidade, se tinham em mente alguma carreira a seguir e se conheciam os programas e auxílios oferecidos pelas universidades para a permanência estudantil de alunos de baixa renda. Os dados obtidos estão na Tabela 1.

Número de Alunos

pesquisados

Pretendem continuar os

Estudos

Sabem que profissão

pretende seguir

Conhece a carreira que

pretende seguir

Sabe os meios de acesso do nível superior

450 80% 30% 20% 18%

Tabela 1: Frequência das respostas dos alunos no questionário diagnóstico.

Na Tabela 1 é possível verificar que apesar de os alunos manifestarem interesse em seguir seus estudos em nível superior, eles desconhecem informações importantes relacionadas à carreira e à universidade para tomar suas próximas decisões. Dentre os alunos que responderam esse questionário, 60% afirmaram que gostariam de participar do Projeto Caminhos para obter mais informações sobre cursos, carreiras, acesso e permanência estudantil no ensino superior. Porém, o número de alunos que de fato aderiram ao projeto foi 9, sendo este o maior desafio deste projeto. Conclusão: Com o desenvolvimento do projeto, notou-se que o acesso às informações sobre carreira e permanência estudantil elevou o grau de motivação dos jovens. O projeto teve continuidade no ano de 2015 com resultados similares e com maior adesão de alunos. Agradecimentos: O presente trabalho foi realizado com apoio do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID, da CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Brasil.

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Horário: 12h às 13h // Sala: 149

Internet móvel e as implicações sociais da propaganda: uma experiência de Iniciação à Docência em Física

baseada nos três momentos pedagógicos Cristina Leite1; João Paulo Muniz de Palma3; Marcus Vinícius Pinheiro de Almeida Santos3; Rodrigo Correia da Silva3; Rubens Parker Huaman3, Silvana Duarte Bezerra3 e Vitor Fabrício

Machado de Souza2 1Coordenadora pelo Instituto de Física,[email protected]; 2Supervisor do programa pela E. E. Dona Ana Rosa de

Araújo, [email protected]; 3Alunos bolsistas de Licenciatura em Física, [email protected], [email protected], [email protected], [email protected] e [email protected]

Instituto de Física - Universidade de São Paulo Palavras-chave: três momentos pedagógicos; pibid; ensino de física INTRODUÇÃO O presente trabalho apresenta uma experiência realizada no âmbito do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid), com a parceria entre o Instituto de Física da Universidade de São Paulo e a Escola Estadual Dona Ana Rosa de Araújo. Nesse caso específico, será apresentada uma proposta de intervenção didática que relacione o conteúdo do eletromagnetismo com os usos do celular para transmissão de informação; a construção dessa atividade acontece na perspectiva dos três momentos pedagógicos (3MP). METODOLOGIA E OBJETIVOS A experiência, ainda em curso, adota como referencial metodológico a ideia de três momentos pedagógicos: problematização, organização e sistematização (e extrapolação). Tem-se como objetivo geral a elaboração, aplicação e avaliação de uma sequência de ensino de Física que tenha como pressuposto o desenvolvimento dos três momentos pedagógicos. Isso se dá por meio da participação ativa de todos os bolsistas, desde o levantamento teórico/metodológico dos conteúdos curriculares a serem trabalhados, passando pela aplicação da atividade, até a posterior avaliação do trabalho desenvolvido. DESENVOLVIMENTO E RESULTADOS O início das atividades foi marcado pelo levantamento do perfil dos alunos da Escola. De acordo com Deleizoicov e Angotti (2001), desenvolver um tema de relevância e interesse coletivo é de fundamental importância para a atividade pedagógica. Concomitante a esse levantamento, os bolsistas observaram as aulas do professor e, a partir dos dados levantados, foi possível direcionar o trabalho de intervenção em direção aos objetivos do grupo e do interesse dos alunos. A utilização do celular no cotidiano dos alunos é um fato inegável, seja dentro ou fora da escola. Isso também de mostrou verdade através das observações. Apesar de muito comum e utilizada, ainda é bastante desconhecido o seu funcionamento. Escolheu-se então partir desse instrumento para desenvolver o tema da transmissão de informação via internet. Inúmeras leituras e discussões sobre o tema foram feitas para que o grupo chegasse até aqui. O próximo passo é a aplicação de uma sequência de aulas em que se levem as características dos 3MP, partindo da problematização do funcionamento do celular e seu uso no cotidiano. ALGUMAS CONSIDERAÇÕES Espera-se, ao término da experiência, que, com a compreensão dos processos físicos, políticos e econômicos das transmissões de informações, os alunos tenham consciência não só dos processos físicos envolvidos, mas também de que os meios modernos de comunicação e informação podem manipular desejos e opiniões de forma a aumentar o consumo e reforçar as estruturas de poder. Bibliografia DELEIZOICOV, D.; ANGOTTI, J. Problemas e Problematizações. In: PIETROCOLA, M. (org.). Ensino de Física: conteúdo, metodologia e epistemologia numa concepção integradora. Florianópolis: Ed. UFSC, 2001.

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Horário: 12h às 13h // Sala: 149

O PIBID como facilitador da inserção de novas tecnologias na escola básica

Maria Angélica Penatti Pipitone; Isabella B. Romano; Isabel Oliveira; Lucas Rodrigues; Mayra Rodrigues; Muriel Donzellini

angelicapenatti@gmail ESALQ - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiróz - Universidade de São Paulo

Palavras-chave: formação de professores; novas tecnologias; laboratório de informática.

O PIBID - Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) - é um programa de valorização do magistério e de aprimoramento do processo de formação de docentes para a educação básica. Este programa fornece bolsas para que alunos de licenciatura exerçam atividades pedagógicas em escolas públicas de educação básica, contribuindo para a aproximação entre universidades e escolas e para a melhoria de qualidade da educação brasileira. Neste contexto, o PIBID Interdisciplinar da ESALQ/USP (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiróz da Universidade de São Paulo), criou o projeto de “Inserção de novas Tecnologias na Escola”, em parceria com a EE. Prof. Elias de Mello Ayres, localizada no município de Piracicaba (SP). Neste projeto, já foram realizadas atividades de pesquisa sobre o uso da sala do Programa “AcessaEscola”, e sobre o padrão de uso da internet entre docentes e estudantes da referida escola. O programa “AcessaEscola” é um programa do governo estadual paulista que prevê a instalação e manutenção de salas de informática em todas as escolas da sua rede oficial, com o intuito de promover a inclusão digital de toda a comunidade escolar. A partir dos resultados da citada pesquisa, foram promovidas atividades no sentido de aproximar professores “imigrantes digitais” e alunos “nativos digitais” no laboratório de informática da escola. Nesta linha de ação, foram desenvolvidas aulas com o uso de softwares para o ensino de ciências no ensino fundamental e de química no ensino médio. Além disso, foram planejadas e desenvolvidas oficinas de uso pedagógico de softwares educativos, voltadas ao corpo docente da escola. Uma publicação, na forma de uma cartilha, com a indicação de jogos e softwares educativos para uso em todas as áreas do ensino fundamental foi elaborada, impressa e distribuída para o corpo docente e coordenação pedagógica da escola parceira. Também foi desenvolvida uma oficina para uso do RPG Maker, que é um programa destinado à criação de jogos em 2 dimensões. Desta oficina, participaram os estudantes da escola, incentivados pela perspectiva de também criarem jogos relacionados com suas áreas de estudo na educação básica. Todas as atividades citadas foram planejadas e realizadas, a partir da ação planejada e refletida dos estudantes bolsistas dos cursos de licenciatura, suas professoras supervisoras e os docentes bolsistas do PIBID na escola parceira. Como estratégia de ação, os envolvidos neste subprojeto PIBID atuam no sentido de observar, respeitar, valorizar e promover a cultura escolar, notadamente os seus resultados em termos de aprendizagem, motivação e interesse pelo processo de formação escolar e cidadania. Também como experiências de visibilidade das atividades do PIBID, e com o expresso intuito de motivar outras experiências similares, foi criado o blog do PIBID ESALQ, e, também, uma página no facebook, que divulga e compartilha as ações realizadas.

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Horário: 12h às 13h // Sala: 149

Projeto Brincadeiras da Escola Estadual Samuel Klablin: uma experiência de Iniciação à Docência de alunos de graduação

em Pedagogia da FEUSP Caroline Rodrigues da Cunha; Dayane Maria de Oliveira Portapila; João Luís de Abreu Vieira;

Maria Izabel Fonseca; Priscila Mantovani [email protected]; [email protected]; [email protected];

[email protected]; [email protected]

Palavras Chave: brincadeiras, brinquedos, cultura corporal.

Como parte do tema central do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), sob a coordenação dos Professores Doutores Marcos Garcia Neira e Karina Soledad Maldonado Molina Pagnez, o presente trabalho tem por objetivo reconhecer e problematizar a cultura corporal dos alunos da escola e da comunidade em que vivem para a elaboração das aulas subsequentes, baseando-se nas propostas dos Estudos Culturais e da Educação Especial, com vistas à inclusão. Realizado entre os anos de 2014 e 2015, na Escola Estadual Samuel Klabin, o projeto contou com o auxílio de cinco graduandos de Pedagogia da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, supervisionados pela professora de Educação Física da referida escola. Após reuniões periódicas e visitas semanais na escola, foi feito um levantamento das práticas corporais do entorno escolar e daquelas praticadas pelos alunos. Por meio de rodas de conversa e de desenhos, foram planejadas algumas pesquisas sobre o tema para que, em seguida, acontecessem as vivências de cada brincadeira apresentada pelos alunos. Por conta do que se apresentou nas discussões, houve a problematização da influência da mídia nos brinquedos, levando-nos a desenvolver um trabalho com brinquedos antigos e modernos. Por fim, foi elaborada uma etnografia das brincadeiras e brinquedos existentes na comunidade, por meio de entrevistas direcionadas às crianças, jovens e adultos que se encontravam no entorno da escola, a qual oportunizou reflexões sobre questões intrínsecas a estas práticas, tais como as relações de gênero, fortemente presentes nas falas de quase todos os entrevistados. Este projeto nos ajudou a aprimorar nossa formação como futuros educadores, estreitando os laços entre teoria e prática. Foi possível perceber a intencionalidade presente na elaboração tanto do currículo escolar como do planejamento de aulas, o que reforça a concepção de que a escola e suas propostas devem estabelecer uma conversa direta com a realidade de seus alunos e da comunidade escolar, colocando-os como protagonistas do processo de ensino / aprendizagem.

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Horário: 14h30 às 15h30 // Sala: 128

Robótica no ensino infantil através de materiais de baixo custo Paulos Borges Viríssimo Dos Santos; Vitor Martins Menezes, Olga Maria Aldana Nora; Luana

Cristina Soares Da Silva; Maria Aparecida Costa

[email protected], [email protected], [email protected], [email protected],

[email protected] Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP

Universidade de São Paulo Palavras Chave: Robótica, Educação, Ciências. Introdução A robótica é pouco utilizada nas escolas públicas, pois os kits comercializados são financeiramente inacessíveis a maior parte delas. Neste trabalho, apresentamos as experiências adquiridas dentro do grupo L.Y.R.A. (Laboratório de Investigação em Robótica e Astronáutica), uma das frentes do subprojeto Ciências EACH-USP. O projeto tem o intuito de desenvolver a robótica, para alunos de ensino infantil e fundamental, utilizando materiais de baixo custo e de fácil aquisição, como papel, palitos, canudos, tampas de garrafas, elásticos, entre outros. Objetivo Nossos objetivos consistem na aplicação de cursos para alunos de ensino infantil. Neste projeto, temos por pretensão introduzir a robótica para os alunos, descrevendo os conceitos básicos, explicando o que é um robô e quais podem ser suas finalidades, para que, em seguida, seja realizada a construção dos modelos robóticos pelos alunos. Enquanto os alunos constroem seus modelos, os conceitos científicos são introduzidos, e durante todas as etapas do curso são questionados sobre conceitos de ciências naturais. Em todas as etapas da metodologia adotada, além de privilegiar a manipulação dos materiais pelos alunos, também incentivamos o trabalho em grupo. Temos por hipótese que nas equipes formadas, os alunos interagem cooperativamente para solucionar o desafio de construir os modelos, e que o conhecimento da robótica proporciona o interesse por conceitos científicos. Desenvolvimento O grupo L.Y.R.A. já vem realizando aplicações e encontros sobre Robótica com alunos do Ensino Fundamental II, em uma escola da cidade de São Paulo, através do projeto A.L.I.C.E. (projeto vinculado ao Mais Educação). Nosso próximo passo a ser desenvolvido é a aplicação do tema Robótica com a Educação Infantil. Através de discussões e reuniões, o grupo vem elaborando uma proposta de aplicação para o público infantil, uma vez que uma das possíveis barreiras a ser enfrentada é como iniciar uma conversa sobre robôs a partir de conhecimentos prévios dos alunos. Para tal, temos por pretensão iniciar uma conversa com os alunos a partir de algum personagem de desenho ou filme conhecido por esse público, para que dessa forma o tema robótica (e até mesmo exploração espacial) seja iniciado. Após o tema ser colocado em “jogo”, novas ideias podem surgir, e dessa forma a construção dos robôs de baixo custo pode ter início. Enquanto os alunos constroem seus modelos, os conceitos científicos serão introduzidos, e durante todas as etapas do curso serão questionados, de maneira breve, sobre conceitos de física, química, matemática e biologia. Para os conteúdos de biologia e química, formularemos a história de um planeta que será colonizado, e os modelos robóticos terão o intuito de descobrir a existência de organismos extraterrestres, e possíveis elementos químicos inexistentes na Terra. Através da robótica, conseguimos desenvolver o interesse pelas ciências nos alunos. Estes, de forma lúdica, apreciam cada vez mais os conceitos científicos estudados. A robótica produzida com materiais de baixo custo torna-se uma alternativa de acesso para as escolas, além de todos os alunos poderem manusear sem ter o problema de danificar o material, o que nem sempre é possível com os modelos de robótica comercializados para a educação.

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Horário: 14h30 às 15h30 // Sala: 128

Educação Física e a Educação de Jovens e Adultos: uma experiência ginástica no CIEJA Butantã

Jacqueline Cristina Jesus Martins; Giovana Elisa de Sousa; Maria Fernanda Martins Cardozo; Renato dos S. Rodrigues; Ingrid Pereira Leite; Larissa Ferreira Silva; Natalia Fenuchi Coelho

[email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]

Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo Palavras-chave: Educação Física; Educação de Jovens e Adultos; Pedagogia Cultural

A partir do ano de 2014, o Centro Integrado de Educação de Jovens e Adultos Aluna Jéssica Nunes Herculano, conhecido também como CIEJA Butantã, passou a contar com a Educação Física como componente curricular. Fruto dos pedidos dos alunos nas assembleias dos estudantes, a inclusão da Educação Física neste Centro proporcionou aos alunos, professores e gestores, novos desafios e novas experiências. O CIEJA Butantã apresenta características que se diferenciam muito das escolas regulares: tempo reduzido de aulas, números de alunos por sala, espaço físico, faixa etária dos alunos, organização do currículo e um número grande de alunos com deficiência. Durante o ano de 2015, elegemos as Ginásticas como as práticas que norteariam as aulas de educação física durante o primeiro semestre. Juntamente com os bolsistas do PIBID, mapeamos os espaços, os conhecimentos dos alunos sobre essas práticas corporais, as experiências que cada um possuía a respeito das modalidades ginásticas, e pesquisamos materiais que contribuíssem com os estudos – textos, filmes, imagens e organizamos saídas pedagógicas para vivenciar as ginásticas estudadas. O trabalho realizado teve como objetivo ampliar o conhecimento dos estudantes a respeito das práticas ginásticas, contribuindo para que os estudantes pudessem reconhecer as diferentes práticas de ginásticas veiculadas pelos meios de comunicação, identificando as características principais de cada uma dessas modalidades; criar novas formas de se praticar as ginásticas de acordo com as características do grupo e que pudessem reconhecer os espaços públicos como possibilidade de realização das práticas ginásticas. Passamos então a construir uma educação física ancorada na Pedagogia Cultural, que tem como referenciais os Estudos Culturais e o Multiculturalismo Crítico. Colocamos em prática algumas experiências pedagógicas que, ao nosso olhar, contribuíram para a ampliação e o aprofundamento do conhecimento a respeito das práticas ginásticas, atendendo as necessidades, interesses e especificidades dos nossos estudantes. Rompendo com as dificuldades, criando novas possibilidades de espaços, tempos e materiais, as aulas aconteceram na escola e ao redor dela. Junto com isso, a construção de novos saberes e novas experiências também aconteceu. Iniciamos o trabalho com um mapeamento sobre as práticas corporais dos alunos e os conhecimentos que eles possuíam sobre essas práticas corporais. Em seguida, trabalhamos com alongamentos, caminhadas e corridas, exercícios aeróbicos, exercícios de força e atividades de equilíbrio. Dialogando com os alunos, e muito atentos aos acontecimentos das aulas, a organização das atividades didáticas pautaram-se nas aprendizagens dos alunos, nos questionamentos, nas falas e nas dificuldades apresentadas. Tematizamos com eles as diferenças entre os corpos e a existência de um padrão de corpo bonito. Contudo, o trabalho também apresentou muitas dificuldades para além das questões de espaço. O trabalho com a EJA é uma política de ação afirmativa, pois por diversos motivos essas pessoas tiveram seu direito à educação negado em determinados momentos da vida. Esses estudantes são idosos, mulheres, trabalhadores, jovens, migrantes, pessoas com deficiência, imigrantes, entre outros. A grande dificuldade nesse espaço é a de construir práticas pedagógicas da diferença, rompendo com as práticas hegemônicas, que valorizam apenas as identidades.

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Horário: 14h30 às 15h30 // Sala: 128

Exercendo a democracia na escola: vivendo novas experiências no recreio Marcos Ribeiro das Neves; Rayssa Fernandes Rojas

[email protected] Faculdade de Educação da FEUSP

Palavras-chave: experiências democráticas, recreio, trabalho colaborativo

Este trabalho é um relato de experiência de uma ação democrática realizada no recreio de uma Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Dom Pedro I, localizada no bairro da Vila Maria Alta, zona norte da cidade de São Paulo. O estudo faz parte do trabalho realizado junto a bolsista do Programa de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID). Umas das metas atribuídas pela portaria que discorre sobre as ações do programa é, além de preparar os bolsistas para exercer a profissão fazendo um diálogo entre teoria e prática, trazer outros benefícios para à Unidade Escolar e para a formação do futuro profissional. Depois de um período de discussão e aprovação do acesso e liberação dos bolsistas no interior da escola, o Conselho da Escola sugeriu que fizéssemos um trabalho colaborativo voltado para ações democráticas durante o recreio dos estudantes do Ensino Fundamental II, no período da tarde. Esta ação foi pensada porque atende aos pressupostos da formação democrática descrita no Projeto Político Pedagógico da escola, em que se tem como objetivo influenciar na formação de sujeitos preparados para viver em uma sociedade democrática. Durante aproximadamente dois meses, realizamos diferentes observações sobre o que acontece o intervalo. Coletamos dados com entrevistas com diferentes estudantes, fizemos observações sobre as práticas corporais que eram vivenciadas naquele momento e procuramos ouvir as diferentes vozes que transitam naquele espaço. Depois, fizemos três encontros com dois representantes de cada sala, explicamos como seria realizado o trabalho, assistimos um documentário titulado “O Fim do Recreio”, e, a partir das diferentes opiniões, realizamos algumas mudanças que deixaram o período com uma condição mais democrática. O trabalho nos permitiu identificar que muitas vozes que transitam por ali são silenciadas, tanto por relações de poder entre meninos e meninas, ou por estudantes mais velhos em relação aos mais novos, como pela própria escola, que delimita espaços e restringe expressões culturais dos alunos. Com isso pudemos identificar e estamos agindo no sentido de os sujeitos envolvidos entenderem que a escola é um espaço público e que todos têm os mesmos direitos naquele espaço e momento.

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Horário: 14h30 às 15h30 // Sala: 137

Arte, Expressão e Autonomia Lucas Cirillo Sampao Cruz; Dennis Bueno; Ariel Freire; Marina Xisto; Dália Rosenthal; Maria

Claudia Robazzi; Adriana Silva de Oliveira [email protected], [email protected], [email protected], [email protected]

[email protected] [email protected] [email protected] Escola de Comunicação e Artes/ Universidade de São Paulo

Objetivos O Subprojeto PIBID-Artes atua desde 2013 na Escola de Aplicação da Faculdade de Educação da USP, com atividades dos alunos bolsistas das licenciaturas em artes visuais, teatro e música, no turno ou no contraturno. As três atividades de contraturno oferecidas têm como objetivo serem espaços geradores de autonomia, através das práticas de música (voltada para a criação de uma banda musical), teatro (formação de um grupo teatral), e quadrinhos (criação de narrativas gráficas), a fim de instrumentalizar os educandos fomentando o pensamento crítico e reflexivo, a partir de temáticas escolhidas pelo grupo. Métodos Os bolsistas agem como professores mediadores das técnicas específicas de cada fazer artístico, orientando as práticas, incentivando a experimentação e a expressão por meio da criação de novas atividades semanais, com discussões e reflexões que são trabalhadas nos encontros seguintes. Resultados Houve um empoderamento dos educandos dentro das respectivas linguagens artísticas, com o aprimoramento das mesmas. Usadas para dar voz e expressão, as linguagens se tornam ferramentas para reflexão e discussão. Assim, a instrumentalização artística, proporciona neste trabalho um exercício para formação de uma identidade autônoma, refletida tanto nas relações de cada indivíduo com o outro, como de cada indivíduo com o grupo, manifesto nos encontros. Conclusões Ao agir como educadores, os bolsistas estimularam e exercitaram, em cada grupo, o poder de organizar seus próprios estudos nas artes, buscando fontes de informação e conhecimento. A construção de um saber ligado aos seus próprios objetivos implica em uma liberdade de escolha de caminhos e alvos da educação. Por fim, concluímos que formar-se educador implica em ser propositor e construtor da autonomia. Referências Bibliográficas

ROSENTHAL, Dália. Substancialidade e Prática Transdiciplinar para a Formação de Professores de Arte: Diálogos Contemporâneos. Artigo escrito para a ANPAP em 2012. FREIRE, Paulo Pedagogia da Autonomia - Saberes Necessários À Prática Educativa - 43ª Ed. 2011 SPOLIN, Viola Improvisacao para o Teatro - Col. Estudos 062 FONTERRADA, Marisa Trench. De tramas e fios. Editora FAPESP.

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Horário: 14h30 às 15h30 // Sala: 137

O Ensino de História Antiga: uma abordagem através da experiência lúdica

Acainã Luiz de Azevedo; Ana Beatriz dos Santos; Carolina Bednarek Sobral; José Guilherme Zago de Souza; Renata Bertoni Bazan;, Vanessa Gomes de França [email protected], [email protected], [email protected],

[email protected], [email protected], [email protected]. Departamento de História - Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas

Universidade de São Paulo

Palavras-chave: Ensino de História, História Antiga, Lúdico.

Introdução O ensino de História Antiga apresenta desafios para professores, devido ao distanciamento espaço-temporal e as enormes lacunas entre a experiência social contemporânea e as dos períodos históricos estudados. O planejamento e aplicação de atividades lúdicas, como o “Jogo da Argila”, apresentado neste trabalho, aproximam os alunos do objeto de estudo e proporcionam novos espaços de aprendizagem e discussão. Objetivo O objetivo é o de apresentar as reflexões sobre as abordagens e atividades realizadas no projeto “Ensino de História e Lúdico”, aplicadas ao conteúdo curricular de História Antiga. Experiências/ Desenvolvimento Este breve artigo tem como objetivo relatar as intervenções feitas por bolsistas do Programa de Bolsa de Iniciação à Docência e professores da rede pública estadual para o ensino de história através de atividades lúdicas. O planejamento destas atividades procurava buscar novas formas de construir junto aos alunos conhecimentos sobre a História Antiga, tema clássico do currículo escolar, utilizando atividades lúdicas em diferentes momentos da aprendizagem. Desta forma, este grupo de bolsistas, sob a supervisão do prof. Dr. José Antônio Vasconcelos, criou e aplicou a atividade lúdica intitulada “Jogo da Argila”, em que os alunos do primeiro ano do Ensino Médio da Escola Estadual Prof. Brasílio Machado, localizada no bairro Vila Mariana, confeccionaram tabletes de argila, procurando emular os caracteres cuneiformes e a técnica de escrita mesopotâmica, escrevendo palavras-chave relacionadas ao tema estudado. Em seguida, deveriam conectar as informações nos tabletes a um mapa de uma cidade-modelo mesopotâmica. Bibliografia LEICK, Gwendolyn. The Babylonian World. Londres: Routledge, 2009. 616 p.

ZABALA, Antoni. Os enfoques didáticos. In: COLL, César, Martin, Elena (org). O construtivismo em sala de aula. São Paulo: Cortez, 1998, p.153.

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Horário: 14h30 às 15h30 // Sala: 137

As contribuições da elaboração coletiva do Kit de Geometria

no desenvolvimento das atividades individuais Alexandre Rodriguez Murari; Marina Cancio Rodrigues; Thassia Rafaela Camilo Camara; Kadu

V. T. Paulino; Victor J. Oliveira; Joice Y. Obata; Esther P. de A. Prado [email protected], [email protected], [email protected],[email protected],

[email protected], [email protected], [email protected], Instituto de Ciências Matemática e da Computação

Universidade de São Paulo Palavras Chave: PIBID. Kit de Geometria. Formação inicial Este trabalho apresenta um relato de experiência desenvolvido no PIBID/USP-ICMC Matemática - São Carlos/CAPES, no Grupo Espaço e Forma, durante o 1º semestre 2015, onde esse Grupo elaborou um material manipulativo, o Kit de Geometria, com o objetivo de apoiar o desenvolvimento das atividades nas escolas parceiras. Durante as discussões, no Grupo Espaço e Forma, sobre o conteúdo a ser desenvolvido no início de 2015, optamos pelos elementos primitivos da geometria plana: ponto, reta e plano e seus axiomas. Como nossa proposta é desenvolver aulas que tenham um diferencial das aulas que utilizam apenas o diálogo com a classe e lousa-giz, nossa dúvida era como organizar um material que todos os alunos pudessem manipular e verificar os axiomas iniciais da geometria: “por um ponto passam infinitas retas”, “por dois pontos passa uma única reta”, etc. Esse material deveria apoiar o desenvolvimento dessas ideias e também ser de baixo custo, além de poder ser reproduzido de modo que todos os alunos da classe tivessem acesso a sua manipulação e ser fácil de transportar para as escolas. A partir desses aspectos, o Grupo criou o “Kit de Geometria” contendo bolinha de isopor para representar o ponto, canudinhos de refrigerante representando as retas, e pedaços retangulares de EVA representando o plano. Durante a elaboração do kit, pelos pibidianos, observamos que nossas relações com os conceitos geométricos se fortaleceram, pois nossas dúvidas eram discutidas no grupo, pesquisávamos em várias fontes, como em nosso material da graduação, em documentos e sites oficiais, em livros didáticos e em publicações de formação de professores. O Kit foi um ponto de apoio para refletirmos sobre nossas ações nas escolas, e pudemos reelaborá-las, assim como entender seus diferentes resultados. Observamos também as modificações na dinâmica da aula, pois o envolvimento e participação dos alunos foram se intensificando à medida que novos axiomas eram discutidos e verificados com o Kit. Alterou-se também a nossa relação de bolsistas com a classe, pois nos pareceu que houve uma maior credibilidade no trabalho que desenvolvemos, pelos alunos e pelo professor da sala que nos acompanha.

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Horário: 14h30 às 15h30 // Sala: 137

Cronicando: leitura e produção de crônicas

Amanda C. S. Regorão; Eli Nascimento; Juliana K. Silva; Matheus Chaves; Renata V. Gomes [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected];

[email protected]; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas

Universidade de São Paulo Palavras-chave: Crônicas, Leitura, Produção.

INTRODUÇÃO O projeto “Cronicando: leitura e produção de crônicas”, desenvolvido com alunos do 6º ano, sob orientação dos coordenadores e da professora supervisora Gláucia, foi desenvolvido na Escola Estadual Terezine Arantes Ferraz, localizada na Zona Norte de São Paulo, um dos polos do PIBID USP Letras. Ingressantes do Ensino Fundamental II, alunos do 6º ano deparam-se com novos desafios, dentre eles o desenvolvimento de práticas de leitura diferentes daquelas vivenciadas até o ciclo anterior. Conforme proposto pelo currículo do 6º ano, os alunos devem estudar os traços característicos de textos narrativos. A crônica, um gênero textual narrativo curto que trata de fatos do cotidiano, é interessante para o trabalho neste período de “adaptações” que um aluno do 6º ano vive. Pelo seu tom leve e, em muitos casos, também humorístico, tende a ser atrativo para esta faixa-etária. OBJETIVOS O objetivo principal do programa é desenvolver um repertório de leitura com os alunos, levando-os, por sua vez, a vivenciarem situações significativas de leitura e escrita. De outra maneira, é levá-los a refletirem sobre a escrita e a leitura, e a produzirem seus próprios textos. Além disso, objetiva-se que eles reconheçam os elementos básicos constitutivos de uma crônica. DESENVOLVIMENTO O projeto “Cronicando: leitura e produção de crônicas” desenvolveu-se no primeiro semestre de 2015, em uma sequência de dez semanas. Partindo inicialmente de experiências cotidianas dos alunos, a ampliação de seu repertório de práticas de leitura e escrita ocorreu por meio de atividades criativas- como por exemplo, uma aula na sala de leitura dividida em estações. Outros exemplos de organização da aula e das atividades: aulas iniciadas com leitura de uma crônica, seguida de interpretações compartilhadas entre o(s) monitor(es) e os alunos; escuta de parte de uma crônica audiogravada e finalização com as próprias ideias; leitura de uma notícia de jornal do dia para a produção de uma crônica. Em suma, as atividades foram todas desenvolvidas com base em crônicas, fossem elas por meio da oralidade, da leitura ou de meios tecnológicos (gravações realizadas pelos próprios monitores). A comunicação do projeto versará sobre as inquietações, acertos e problematizações advindas da implementação da proposta.

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Horário: 14h30 às 15h30 // Sala: 139

Sequência didática investigativa sobre água Caio Malheiros, João Pedro Mesquita, Hugo Heringer, Lucas Sagawa, Luiz Gustavo Arruda,

Marina Marins, Marcel Valentino Bozzo, Daniela Lopes Scarpa, Suzana Ursi [email protected], [email protected], [email protected], [email protected],

[email protected], [email protected], [email protected], [email protected], [email protected]

Instituto de Biociências Universidade de São Paulo Palavras-chave: sequência didática, água, ensino de ciências por investigação

O nosso grupo, atuante na EMEF Prof.ª Ileusa Caetano da Silva, nos sextos anos do ensino fundamental, tem como tema principal a água. A escolha do tema foi baseada na atual conjuntura ambiental que vive o estado de São Paulo, sendo um tópico pertinente ao cotidiano dos alunos, além de estar incluso no plano curricular previsto. Em adição, a escola encontra-se próxima a um remanescente de mata atlântica, com uma nascente em elevado nível de antropização. Nessa mesma região existe um projeto de implementação de um parque linear há anos em trâmite, o que abre espaço para uma discussão socioambiental relevante para os alunos e a comunidade. A abordagem investigativa utilizada na sequência didática se apresenta como uma alternativa ao modelo tradicional de ensino, colocando o aluno como protagonista do seu próprio processo de aprendizagem (Carvalho et al., 2013). Conforme o aluno desenvolve seu papel ativo na construção do conhecimento, melhor ele compreende a natureza da Ciência e, dessa forma, alcança uma maior autonomia, não só dentro de sala de aula. Logo, o ensino de ciências por investigação é, na verdade, uma ferramenta poderosa que visa a alfabetização científica dos alunos, e essa está intimamente relacionada com a emancipação dos mesmos, desenvolvendo seu senso crítico e poder de tomada de decisão. Até o momento, elaboramos um roteiro geral de aplicação da sequência didática. Primeiramente, o enfoque será na compreensão do ciclo biogeoquímico da água, a começar com a pergunta “como a água da chuva vira água de reservatório natural?”, a ser respondida através de atividades e experimentos investigativos, divididos em oito aulas. A segunda seção abordará a gestão da água como recurso hídrico, destacando os aspectos sociopolíticos acerca da atual crise hídrica, e os problemas de gestão que levaram a ela. O terceiro momento, terá como objetivo sistematizar e aplicar os conhecimentos aprendidos nas duas sessões anteriores, a partir da análise de um gráfico sobre as projeções para água armazenada no sistema cantareira, contextualizando o conhecimento, em função da problemática proposta. O quarto momento será focado na análise dos dados e dos modelos de gestão atuais e na tomada de decisão por parte dos alunos, com o possível desenvolvimento e aplicação de um jogo que simula a gestão da água de uma região, no qual os alunos representarão diversas instâncias envolvidas no manejo e utilização desse recurso. Bibliografia

CARVALHO, Anna Maria Pessoa de. et al. Ensino de Ciências por Investigação: condições para implementação em sala de aula. São Paulo: Cengage Learning, 2013.

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Horário: 14h30 às 15h30 // Sala: 139

Arqueologia e patrimônio em sala de aula: ações educativas para alunos do 6º ano da EMEF João Carlos da Silva Borges

Mateus M. Pereira; Carolina Ribeiro; Branca Zilberleib; Caroline da S. Mariano; Luiz Cláudio Reginatto; Lucas F. Torigoe; Micael L. Z. Guimarães; Sara Caroline Silva, Melina Pissolato Moreira; Gonçalo de Andrés Fernandez (Supervisor), Dislane Zerbinatti Moraes (Coord.)

[email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected];

gonç[email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]>

Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas e Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo

Palavras-chave: arqueologia; patrimônio; cultura material

Introdução: A arqueologia, surgida com a expansão imperialista do capitalismo industrial do século XIX, por muito tempo manteve-se distante das grandes massas, que apenas participavam da disciplina como mão-de-obra. Nos últimos tempos, passou a preocupar-se com sua dimensão social, com a inclusão dos grupos sociais populares e com a inclusão e a difusão do conhecimento da cultura material. Na década de 90, fortalece-se o que viria a se chamar de Arqueologia Pública, voltada para a interação com a sociedade. A educação passa a ser um campo de atuação relevante da arqueologia. Aliados a esse interesse, procuramos fazer da sala de aula um espaço para o aprendizado de questões que digam respeito ao patrimônio, favorecendo um uso do passado menos unilateral e elitista. Objetivos: Comparar a ocupação atual da cidade de São Paulo com a efetuada por outras populações antes da chegada dos europeus, identificando relações de mudança entre a organização da sociedade atual e as sociedades coletoras e caçadoras. Identificar registros não escritos que informam sobre sociedades que habitaram o território brasileiro há milhares de anos. Reconhecer a importância do patrimônio étnico-cultural e artístico para preservação da memória e identidades. Conhecer a importância dos acervos arqueológicos em museus. Desenvolvimento do trabalho: Os estudantes do PIBID viram no trabalho relacionado à arqueologia, desenvolvido no 6º ano pelo professor supervisor Gonçalo, e da POIE Carolina Ribeiro, uma oportunidade de intervenção, pois alguns deles já estavam envolvidos em escavações e análises de fragmentos, o que poderia enriquecer o trabalho de sala de aula. Além do estudo sistemático de textos a respeito do trabalho do arqueólogo e das descobertas realizadas nos últimos anos, e do estudo de imagens relativas à arqueologia no laboratório de informática, propusemos atividades práticas como: uma visita à exposição Olhares Cruzados nos Museus da USP – Identidades Diversas, no MAC; exploração na escola do kit de artefatos arqueológicos e etnográficos do MAE; exploração de outros objetos de pedra e cerâmica; entrevista a partir de questões elaboradas pelos alunos com a arqueóloga Denise Cavalcanti Gomes, que na ocasião realizou também uma palestra para a comunidade escolar. Para o segundo semestre estão previstas a produção de cerâmica pelos alunos, orientados pela bolsista Branca Zilberleib, e uma simulação de escavação arqueológica no espaço da escola, sob orientação da bolsista Melina Pissolato; abordaremos, também, os vínculos entre arqueologia e patrimônio histórico-cultural da cidade de São Paulo. Resultados preliminares: Boa parte dos alunos mostrou-se bastante envolvida nos trabalhos e interessada por esse tema, que poucas vezes é tratado com profundidade na sala de aula. A visita o MAC possibilitou aos alunos uma vivência em um espaço diferente do espaço escolar, bem como a reflexão e o posicionamento de cada um deles sobre as atitudes que esse tipo de atividade requer. Referências bibliográficas

Secretaria Municipal de Educação. Orientações curriculares e proposição de expectativas de aprendizagem para o ensino Fundamental Ciclo II: História. São Paulo: SME/DOT,2007. // LANFRANCO, Luíz Pezo. Descobrindo a

arqueologia: o que os mortos podem nos contar sobre a vida? São Paulo: Cortez Editora,2014. // BESSEGATTO, Maurí Luiz. O patrimônio em sala de aula: fragmentos de ações educativas. Porto Alegre: Evangraf,2004.

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Horário: 14h30 às 15h30 // Sala: 139

Por uma inclusão social: a construção do conceito de número Andréia Rodrigues Rocha, Caroline Takahashi de Freitas, Daniela Gratner Schuck, Felipe

Cavalcante Gatti, Jacqueline Andrade Santos, Raiza Cristina Sorrini Medeiros [email protected], [email protected], [email protected], [email protected],

[email protected], [email protected] Instituto de Matemática e Estatística

Universidade de São Paulo

Palavras Chave: deficiência intelectual, inclusão, matemática. INTRODUÇÃO E OBJETIVO Este artigo trata do trabalho desenvolvido com alunos deficientes intelectuais de uma escola municipal da zona oeste da cidade de São Paulo. Idealizado por iniciativa de uma professora de matemática da escola, na qual a inclusão não se fazia eficaz, o projeto mostrou sua importância para a instituição ao identificar dificuldades e desenvolver métodos para uma aprendizagem significativa. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO Os bolsistas acompanham o grupo de alunos desde o inicio de 2014 e, por meio de pesquisas, observações em sala de aula, conversa com professores, criaram-se atividades voltadas para as necessidades constatadas, dentre as quais a construção do conceito de número foi a mais relevante. RESULTADOS PRELIMINARES Após este período de desenvolvimento do projeto, os alunos podem ser separados em dois grupos: aquele em que foi constatado que o uso das atividades preparadas auxiliou no desenvolvimento dos alunos, e, portanto, continuam utilizando-as; e aquele em que os alunos não se familiarizaram com a abordagem proposta. Concluímos que a capacitação ou formação continuada dos professores regulares, e a presença do trabalho aprofundado no tema, assim como suas implicações sociais, nas grades curriculares nos cursos de licenciatura, são metas imprescindíveis na busca por uma educação efetivamente inclusiva.

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Horário: 14h30 às 15h30 // Sala: 139

A sala de leitura: aprender a ler se aprende lendo Domênica Ferreira dos Santos Ferreira; Iolanda Guilherme Assis da Silva; Marina Pessoa Silva;

Roberto Braga; Tânia Azevedo [email protected]; [email protected]; [email protected];

[email protected]; [email protected] Faculdade de Educação – FEUSP – Universidade de São Paulo

Palavras chave: leitura, letramento, escrita

Introdução O presente trabalho é fruto do processo desenvolvido ao longo do 1º semestre de 2015 como intervenção de cinco bolsistas do subprojeto PIBID Letras/USP na Escola Estadual Gustavo Barroso. As turmas regidas pela professora supervisora no período vespertino são duas, ambas de 5ª série/6º ano. Essa primeira característica já implicou na formatação de nossa proposta de intervenção, uma vez que precisávamos pensar um projeto que possibilitasse a continuidade dos estudos de língua portuguesa dos alunos, ou seja, um projeto que, na passagem do ciclo fundamental I para o fundamental II, não fosse uma ruptura total com o processo do ciclo anterior, mas ao mesmo tempo estabelecesse novos parâmetros. No ciclo fundamental II, espera-se que o letramento dos alunos avance para além da de/codificação da linguagem. Nesse sentido, pensamos que o fundamental seria estimular a leitura, de maneira o mais ‘leve’ e livre possível, de modo a estabelecer a relação linguística através de seu uso na ação e não na conceitualização prévia. Objetivos Trabalhar a competência leitora através de práticas de leitura, utilizando a sala de leitura da escola como espaço suporte; estabelecer relações e diferenciações entre as práticas orais e letradas, visando à continuação do processo de alfabetização/letramento dos alunos, que, tendo saído agora do ciclo I do ensino fundamental, se encontram ainda dentro do processo de formação de uma competência leitora; e, em função da leitura, trabalhar a escrita de maneira integrada. Desenvolvimento O projeto se dividiu em três etapas: a primeira foi a de sensibilização para a leitura e trabalho coletivo, na qual um livro, escolhido por toda a turma, foi lido coletivamente. Na sequência foram elaborados registros: uma produção visual (desenho de cada um dos alunos), discussões orais pautadas nos desenhos e impressões dos alunos, com registros em tópicos. Um comentário foi elaborado em grupos, retomando os registros anteriores. A segunda etapa consistia na leitura individual, assim, cada aluno escolheu um livro para ler. Foram repetidas as mesmas atividades de registro da etapa 1, mas agora cada aluno tratava de um livro diferente. A terceira etapa consistiu na retomada dos registros de leitura do livro individual para a elaboração de um comentário incitativo, bem como dos critérios que usamos no comentário produzidos na etapa 1. Essa etapa mostrou-se a mais complexa, pelo uso da escrita, mas ao longo de reescritas dos textos os alunos foram se apropriando da proposta. No segundo semestre, retomaremos as atividades dos alunos, com o intuito de fazer circular os comentários entre os alunos, de modo que com base nessa leitura escolham um livro para ler, estabelecendo assim a relação comunidade leitora – comunidade escritora, significando as duas práticas.

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Horário: 14h30 às 15h30 // Sala: 141

DESENVOLVIMENTO DE PALESTRAS INTERATIVAS NO MUSEU: interação da Universidade com a população.

Caroline Veiga, Emike Luzia Pereira Correia, Karen Grasiela Angelotti, Kenia Naara Parra, Daniel Matheus Silva, Caio Marques Neves Nunes, Ana Cláudia Kasseboehmer.

[email protected], [email protected], [email protected], [email protected], [email protected], [email protected], [email protected]

Instituto de Química de São Carlos - Universidade de São Paulo Palavras Chave: Palestras Interativas; Museu de Ciências, Divulgação Científica. INTRODUÇÃO A população brasileira, de modo geral, não tem incentivo ao acesso à Ciência. Muitos desconhecem inclusive a importância da Química em suas vidas, ou até mesmo compartilham uma visão distorcida a respeito dela, interpretando-a como um problema. A cidade de São Carlos, no interior de São Paulo, possui o Museu da Ciência “Professor Mario Tolentino”, e nele existem várias exposições relacionadas à Física e Paleontologia; porém, carece de atividades relacionadas à Química, o que dificulta o envolvimento da sociedade com essa área da Ciência. OBJETIVO O trabalho teve por objetivo produzir palestras interativas que mostrem a importância da Química, despertem o interesse dos visitantes pela Ciência, e aproximem as universidades públicas de São Carlos da população da cidade e região. As palestras interativas têm como conteúdo as pesquisas desenvolvidas no Instituto de Química de São Carlos (IQSC). DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO O desenvolvimento das palestras ocorreu a partir de encontros semanais dos alunos bolsistas do grupo do PIBID-Química São Carlos, envolvidos no subgrupo “Museu”. O tema da palestra foi definido de acordo com o estudo de artigos, teses e dissertações disponibilizados por um determinado professor do IQSC. Nas palestras, os alunos abordam, além de conceitos básicos de Química, o posicionamento crítico que a sociedade deve ter frente a problemas ambientais, sociais e econômicos. Foram realizados estudos sobre a transposição dos textos divulgados com a linguagem de artigos científicos para uma linguagem acessível ao público, e avaliou-se emprego de vídeos, notícias de jornais e realização de experimentos pelos próprios participantes durante as palestras com o objetivo de estimular a interatividade. O desenvolvimento das palestras interativas de Química incluiu a produção de textos de divulgação científica e também a elaboração do plano de palestra, no qual é descrita em detalhes a sequência das atividades a serem realizadas. O presente trabalho é desenvolvido há um ano e meio, e a próxima etapa será a apresentação de quatro palestras, durante o segundo semestre de 2015, para diferentes públicos. Agradecimentos: O presente trabalho foi realizado com apoio do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID, da CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Brasil, e aos professores que cederam suas pesquisas para tornar o trabalho possível.

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Horário: 14h30 às 15h30 // Sala: 141

Relato de uma sequência didática investigativa sobre Astronomia Barbosa, A.M. ; Custódio, R.R.L.; Nardi, S.S.E. Nascimento, L.A.; Pires, M.A.; Santos, J.P.;

Zanarotti-Bovo, G.M.; Motokane, M.T. [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected];

[email protected]; [email protected]; [email protected] [email protected]

Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto – Universidade de São Paulo

Palavras-chave: SDI, Alfabetização científica, Astronomia

Introdução A investigação como prática comum da comunidade científica pode ser aplicada como uma abordagem investigativa em sala de aula, a qual possibilita interações discursivas entre professor e alunos (SASSERON, 2013. p. 59). Por meio desta se desenvolve com mais eficiência a alfabetização científica e a argumentação em ciências. Objetivo O seguinte trabalho teve como propósito elaborar e aplicar uma sequência didática investigativa (SDI), a qual se baseou nos princípios de alfabetização científica, argumentação em ciências e ensino por investigação, segundo Sasseron (2013, p. 41). Desenvolvimento do trabalho O tema da sequência foi Astronomia, de acordo com os parâmetros estabelecidos pela Proposta Curricular do Estado de São Paulo: Ciências (2008). Ela foi aplicada para os alunos do 7º Ano do Ensino Fundamental de uma escola municipal do interior paulista. Todas as aulas foram organizadas em roteiros, entregues para os alunos, os quais trabalharam em grupo (com exceção da sondagem). Foi realizada uma análise dos conhecimentos prévios por meio de uma sondagem, a qual abrangia todos os temas que seriam abordados ao longo da sequência. Neste tipo de atividade, a argumentação científica por parte dos alunos é promovida pela concessão de liberdade intelectual, a qual se torna evidente pela exteriorização do pensamento. Para tratar dos pontos cardeais, foi realizada uma atividade lúdica, a qual continuou com o objetivo de levantamento de conhecimentos prévios, mas também visou estimular as interações sociais e discursivas entre os alunos. Na aula posterior, a respeito dos movimentos de rotação e translação da Terra, houve um momento de exposição de conteúdo, seguido de uma demonstração com o globo terrestre, objetivando apenas a complexificação conceitual. Na aula seguinte houve uma problematização a partir de uma notícia sobre um eclipse com o intuito de desenvolver a atividade investigativa, almejando a compreensão dos conceitos de eclipses e fases da lua. Na aula sequencial, a problematização se deu pela apresentação de fichas técnicas a respeito dos planetas do Sistema Solar, nas quais os alunos se basearam para determinar onde seria possível a existência de vida. Nesta atividade, ficou evidente a importância dos dados, de sua análise e a necessidade do debate. Na avaliação final, foram trabalhados todos os temas, em que os alunos resolveram situações-problema. Referências Bibliográficas

SASSERON, L.H. Interações discursivas e investigação em sala de aula: o papel do professor. Em: CARVALHO, A. M. P. Ensino de ciências por investigação: condições para implementação em sala de aula. São Paulo: Cengage Learning (2013). p.41-60 SÃO PAULO. Proposta Curricular do Estado de São Paulo: Ciências. 2008.

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Horário: 14h30 às 15h30 // Sala: 141

O Projeto PIBID na Escola de Aplicação da FEUSP: a participação dos bolsistas de Matemática

Moisés Yugi Cantuaria Sakai, Rafael Soares Caetano e Victória Fernandes de Oliveira (Bolsistas), Josenilton Andrade de Franca (supervisor)

[email protected], [email protected], [email protected] Escola de Aplicação da Faculdade de Educação da USP – EAFEUSP / Universidade de São Paulo

Palavras-chave: PIBID, Ensino de Matemática, Formação de Professores

Introdução O Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) tem como iniciativa o aperfeiçoamento e a valorização da formação de professores para a educação básica. Sendo assim, o programa seleciona alunos devidamente matriculados na graduação de licenciatura e concede a eles bolsas para participar do PIBID em escolas do ensino básico. Como o objetivo do programa é qualificar um futuro professor, é importante garantir aos alunos bolsistas que o programa não atrapalhe o andamento do seu curso superior. Portanto, são requeridas 8 horas semanais divididas em: 2 horas dedicadas ao acompanhamento das aulas regulares dadas pelo professor supervisor; 2 horas para plantões de dúvidas e aulas de recuperação; 2 horas de reunião com o supervisor e os outros bolsistas e; por fim; 2 horas de realização de pesquisas sobre temas relacionados à educação; com produção de relatos e análises; totalizando uma carga horária mensal de 32 horas. Objetivos O principal intuito deste pôster é relatar as experiências que os bolsistas adquiriram no decorrer do desenvolvimento do projeto, como, por exemplo: a observação e familiarização do ambiente escolar; a preparação de atividades; as responsabilidades do professor; e a interação entre o aluno o professor. Desenvolvimento No ano de 2015, supervisionados pelo professor Josenilton Andrade de Franca, acompanhamos e desenvolvemos atividades relacionadas às turmas do oitavo ano do Ensino Fundamental II, e dos terceiros anos do Ensino Médio, da Escola de Aplicação da FEUSP. O trabalho desenvolvido por nós consiste em participar das várias atividades docentes dentro da Escola, desde o acompanhamento do planejamento das aulas, das aulas propriamente ditas e também de atividades específicas propostas pelo grupo de bolsistas e aplicadas juntos aos alunos. É por meio das dúvidas frequentes, vivenciadas em sala de aula, que conseguimos refletir sobre maneiras adequadas para explicar a matéria, contando com a diversidade de alunos que existe na sala de aula. Outro aprendizado importante é o que estamos obtendo com a preparação das Intervenções Pedagógicas, para lidar com as dificuldades em desenvolver um plano de aula, preparar materiais de apoio e atividades, como listas e tarefas, que sejam adequadas aos alunos do curso. Também participamos da realização das oficinas preparatórias para a Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas – OBMEP, que nos mostrou a importância da didática, conhecimento e postura do professor diante da lousa e dos alunos. Resultados preliminares: para nós, futuros docentes, tem sido muito proveitosa a vivência na realidade escolar, visto que conseguimos de maneira ampla enxergar o meio acadêmico na prática e tirar nossos próprios aprendizados para uma futura vida docente, contribuindo para uma formação acadêmica eficiente no sentido profissional.

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Horário: 14h30 às 15h30 // Sala: 141

O ensino da tabela periódica no ensino médio: para além de aulas teóricas

Ekeveliny A. Veschi; Everson M. dos Santos; Joana J. de Andrade; Daniela G. de Abreu [email protected], [email protected]

Departamento de Química, Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Ribeirão Preto, USP Palavras Chave: tabela periódica, metodologia, ensino Introdução É corriqueiro no ensino de ciências, principalmente no ensino de química, recorrer-se a atividades experimentais no laboratório com o objetivo de tentar proporcionar ao aluno um maior entendimento ou fixação do que foi aprendido na teoria. No entanto, diversos assuntos em química não são factíveis a experimentos. Derek Hodson, em seu artigo “Experimentos na ciência e no ensino de ciências” [1], acredita que nem todo trabalho prático é exercido no laboratório, e que nem todo trabalho de laboratório inclui experimentos. Nessa perspectiva, Hodson deixa claro que se deve tomar muito cuidado ao se preparar uma aula experimental, devendo-se ativamente tomar medidas que evitem reforçar os diversos mitos pré-existentes sobre os experimentos. Sendo assim, para ele, qualquer método didático que requeira que o aprendiz seja ativo, mais do que passivo, está de acordo com a crença de que os alunos aprendem melhor pela experiência direta. Nesse sentido, o trabalho prático nem sempre precisa incluir atividades de laboratório. O tema tabela periódica, ministrado na segunda série do ensino médio, quase sempre é abordado por meio de aula teórica. Diante disso, neste trabalho procurou-se abordar o tema de maneira prática e contextualizada. Objetivo Relatar brevemente o desenvolvimento de uma aula sobre tabela periódica, ministrada aos alunos do 2º ano do ensino médio, na Escola Estadual Alcides Correa, de Ribeirão Preto, pelos licenciandos em química do subprojeto Licenciatura em Química da FFCLRP/USP. Desenvolvimento do trabalho Partimos do pressuposto que aprender é um processo contínuo, no qual os aprendizes constroem e reconstroem os significados ativamente. [1] Sendo assim, para iniciar a aula de tabela periódica, recorreremos primeiramente ao conhecimento que o aluno já possui sobre o assunto, mas de que muitas vezes nunca se deu conta. Com isso, introduzimos o tema tabela e qual o motivo de se construir uma tabela, seja ela de qualquer assunto (futebol, carro, preços de alimentos etc.). Analisa-se alguma tabela sobre alguns dos assuntos já mencionados e atenção é dada à importância das linhas e das colunas, pois isso facilita posteriormente a análise da tabela periódica. Após apresentada a concepção de tabela, partimos para outro ponto muito importante que é a ideia de organização. Dessa forma, a sala é dividida em pequenos grupos e entrega-se para cada grupo um kit contendo diversos materiais (lápis de cores iguais e diferentes, canetas esferográficas coloridas, cola, bolinhas de isopor, régua e etc.). Assim, pede-se para que cada grupo separe esses materiais de formas diferentes (separar por cor, função, material e etc.), explicitando-se que não há uma única maneira de organizá-los. Após essa atividade, faz-se uma reflexão com os alunos traçando um paralelo entre a atividade que realizaram em sala e o processo de construção da tabela período ao longo da história, até chegar na conformação que utilizamos atualmente. Bibliografia [1] HODSON, D. EXPERIMENTOS NA CIÊNCIA E NO ENSINO DE CIÊNCIAS. Publicado em: Educational Philosophy and Theory, 20, 53 - 66, 1988. Universidade de Auckland, Auckland, Nova Zelândia. (Tradução, para estudo, de Paulo A. Porto.) Disponível em:http://www.iq.usp.br/palporto/TextoHodsonExperimentacao.pdf, acessado em julho de 2015.

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Horário: 14h30 às 15h30 // Sala: 147

Intervenção para alunos do Ensino Médio no contexto do PIBID: luz, cores e visão.

Bruno Araujo1, Gabriel Carvalho1, Rodrigo Tonon1, Taynara Silva1, Vinícius Martins1, Vanessa Albuquerque2, Cristina Leite3

1Licenciando do IFUSP, [email protected], [email protected], [email protected], [email protected]; 2Mestre em Ensino de Ciências Interunidades da USP e professora do ITB Maria Sylvia

Chaluppe Mello, [email protected]; 3Universidade de São Paulo/Instituto de Física da USP, [email protected]. Palavras Chave: Pibid, Ótica, Ensino Médio

Introdução: O Pibid apoia projetos que devem promover a inserção dos estudantes no contexto das escolas públicas desde o início da sua formação acadêmica para que desenvolvam atividades didático-pedagógicas sob orientação de um docente da licenciatura e de um professor da escola (CAPES, 2015). Nesse contexto, foi desenvolvida uma proposta de ensino envolvendo temas da Ótica. A intervenção promove a compreensão de como enxergamos. Para isso, procura-se realizar o estudo sobre a luz e a formação de imagens, o olho humano e ilusões de ótica. Esta escolha foi feita porque tais temas facilitam a abordagem de conteúdos ligados a artes, literatura, cinema e poesia, assuntos de interesse dos alunos, conforme análise do questionário de perfil aplicado para as turmas de 2o ano do EM. Também se optou pelo uso de atividades experimentais, pois a maioria dos alunos indicou que gostaria de realizar este tipo de atividade nas aulas de Física. Além disso, o estudo desta área de conhecimento já estava previsto no currículo da escola. Metodologia: De forma a promover a inserção dos licenciandos no contexto da escola pública e possibilitar a compreensão desta realidade escolar, em um primeiro momento, os licenciandos acompanharam as aulas da professora de Física da escola. Em paralelo, foi desenvolvido e aplicado um questionário do perfil discente para auxiliar na escolha do tema da proposta de ensino. Para obter mais subsídios para o desenvolvimento da intervenção, foi feito o estudo, entre outras fontes, de trabalhos publicados de 2005 a 2014 no EPEF e SNEF, envolvendo temas da Ótica. Para estruturar a intervenção, foi escolhido o modelo metodológico denominado Três Momentos Pedagógicos (3MP): Problematização Inicial (PI), Organização do conhecimento(OC) e Aplicação do conhecimento(AC). Trata-se de organizadores do trabalho que se originaram da tentativa de se pôr em prática a educação problematizadora de Paulo Freire (MUENCHEN; DELIZOICOV, 2010). Esta escolha foi feita pela possibilidade de se obter uma participação ativa do aluno durante todo o processo de ensino-aprendizagem. Ao longo da aplicação da proposta, além das filmagens das aulas, são analisados trabalhos escritos realizados pelos alunos do EM. Este estudo ajudará a mensurar o grau de envolvimento dos alunos e entender a dinâmica deste processo. Resultados: A análise do questionário de perfil indica que a maioria dos alunos se interessam por assuntos ligados a artes, literatura, cinema e poesia, e que gostariam de realizar atividades experimentais nas aulas de Física. Em relação à proposta de ensino (em fase de construção), já é possível delinear seu conjunto geral. A intervenção está estruturada em sete atividades (9 aulas), que sistematizam os 3MP. A Atividade I (PI) propõe situações-problema e desafios relacionados a como enxergamos. As atividades II, III, IV, V e VI (OC), abordam os temas: luz e formação de imagens, as cores da luz, o olho humano, Ilusão de Óptica e a luz e o invisível. E a AC, Atividade VII, trata da realização de apresentações envolvendo ilusões de ótica, promovidas pelos próprios alunos do EM. Considerações: A pesquisa encontra-se em desenvolvimento. Espera-se que a intervenção possa contribuir na realização de discussões sobre temas da Ótica no Ensino Básico, a partir de aulas que buscam uma postura mais participativa dos estudantes no seu próprio processo de aprendizagem. CAPES. Pibid - Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência. Disponível em: http://www.capes.gov.br/educacao-basica/capespibid. Acesso em: 21 julho, 2015. MUENCHEN, C.; DELIZOICOV, D. Os três momentos pedagógicos: um olhar histórico-epistemológico. – Em: ATAS DO XII ENCONTRO DE PESQUISA EM ENSINO DE FÍSICA – XIIEPEF. Águas de Lindóia, 2010.

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Horário: 14h30 às 15h30 // Sala: 147

EXPERIÊNCIAS DE UMA SEI SOBRE ASTRONOMIANOS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL: CONTRIBUIÇÕES DO PIBID.

Caroline Nogueira da Silva; Hermógenes Evangelista; Lívia Aparecida Alves; Miguel Augusto Leme; Raphael Cafachi Paulino; Raquel Scheffer Lopes; Roselei Sueli Moraes Pereira; Fabiana

Maris Versuti. [email protected], [email protected], [email protected], [email protected], [email protected], [email protected], [email protected], [email protected].

Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) Universidade de São Paulo

Palavras chave: SEI, Astronomia, PIBID.

De modo geral, as intervenções realizadas pelo Pibid foram baseadas no planejamento e desenvolvimento das chamadas SEI’s (Sequências de Ensino Investigativo), concebidas como sequências de aulas direcionadas e planejadas a partir de uma temática científica, capazes de criar condições para que os alunos expressem seus conhecimentos prévios, estimulando-os a emitirem ideias próprias sobre novos conceitos, efetivando relações em sala de aula. Sendo grande a difusão de concepções de senso comum sobre fenômenos astronômicos, os alunos apresentam erros conceituais. Assim, questões desafiadoras e problematizadoras possibilitaram à criança refletir sobre astronomia, inserindo-a no processo de Alfabetização Científica (AC). Além disso, esse tema se caracterizou como uma fonte motivadora, uma vez que está presente no cotidiano dos alunos e permitiu uma ampliação na visão de mundo. A SEI objetivou a compreensão dos movimentos e as interações básicas do Sistema Terra-Sol-Lua, por meio da seguinte problematização: “Como seria possível medir o tempo utilizando apenas a observação dos astros?”. O desenvolvimento das atividades da SEI aconteceu em uma escola pública do ensino fundamental do interior paulista, com alunos do 7º Ano, participando aproximadamente 60 alunos, divididos em duas turmas, num total de dez horas aulas. A SEI, ao introduzir um problema como um agente motivador, promoveu aos alunos os conhecimentos científicos desejados, oferecendo condições para que trabalhassem com variáveis relevantes do fenômeno científico, criando condições para que os alunos desenvolvessem habilidades relacionadas com o fazer científico, tais como, formular hipóteses sobre dados científicos, discutir, seguir procedimentos, caracterizar, questionar, comparar, descrever, explicar e argumentar, colocando-os em uma postura ativa na construção do conhecimento científico.

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Horário: 14h30 às 15h30 // Sala: 147

Boas Práticas Docentes no Ensino de Matemática Gabriel Lopes Fernandes da Costa e Sabrina Silva Viana

[email protected] e [email protected] Supervisor: Professor Josenilton Andrade de Franca

Escola de Aplicação da Faculdade de Educação da USP – EAFEUSP Universidade de São Paulo

Palavras Chave: PIBID, Ensino de Matemática, Boas Práticas. Introdução: A Pesquisa da Fundação Victor Civita (FVC), realizada pela Fundação Cesgranrio, levantou as características, atitudes e práticas frequentes entre 68 docentes da disciplina Matemática, responsáveis por turmas do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e do Médio, em escolas públicas paulistas. Os docentes observados no estudo Boas Práticas Docentes no Ensino da Matemática foram escolhidos entre os que se saíram melhor no Processo de Promoção por Merecimento da rede estadual paulista, cujas turmas obtiveram médias altas em pelo menos duas edições do Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp) entre 2008 e 2010. A pesquisa mostra as seguintes práticas: dominar o conteúdo; estruturar a aula; contextualizar o conteúdo; respeitar o tempo de aprendizagem; usar o erro a favor da aprendizagem; promover o uso da estimativa; comunicar o conteúdo com clareza; utilizar bem o quadro e os recursos tecnológicos; promover relações entre procedimentos matemáticos; interagir com os alunos; promover a interação entre os alunos; propor e corrigir a lição de casa. Objetivos: Observar se as práticas docentes escolhidas pelos bolsistas estão presentes nas aulas observadas. Desenvolvimento: O trabalho foi desenvolvido em diversas etapas, nas quais precisamos analisar a pesquisa, seus resultados e desenvolver um trabalho que seria apresentado ao professor supervisor e aos outros bolsistas nas reuniões semanais que temos pelo PIBID. O maior objetivo do trabalho foi observar, durante 3 ou 4 meses, se as práticas escolhidas por cada bolsista foram utilizadas pelo professor, sendo elas interagir com os alunos; corrigir a lição de casa; dominar o conteúdo e contextualizar o conteúdo. Com os dados obtidos durante os meses de observação, desenvolvemos a parte crítica do trabalho, onde expúnhamos nossos argumentos para mostra se o professor usava ou não tais práticas, e como, segundo a opinião de cada bolsista, a presença ou não dessas práticas influenciava na sala de aula. A última etapa do trabalho foi preparar uma apresentação em power point, na qual os procedimentos e resultados dessa atividade foram apontados. No espaço da apresentação tínhamos sempre uma discussão com todos, na qual comparávamos e acrescentávamos opiniões diferentes, para um melhor fechamento do trabalho. Resultados: Observamos que, apesar de ter um bom relacionamento com os alunos e estar sempre tentando trazer o aluno para participar da aula seja uma boa prática, devemos saber lidar com isso e respeitar o espaço do aluno, tentado perceber até onde se pode ir, pois podemos acabar afastando os alunos com uma abordagem errada. Na lição de casa, se os alunos não contribuírem, de nada adiantará o esforço em passar uma. As práticas dominar o conteúdo e contextualizar o conteúdo são praticadas pelo professor nas suas aulas. As práticas realmente levam as aulas para um caminho melhor. A contextualização do conteúdo facilita aos alunos interessados, a compreensão e resolução de problemas e exercícios diversos, e o domínio do conteúdo é um pressuposto básico que todos os professores deveriam ter. Assim é possível explicar o conteúdo de maneiras diferentes e até explicar assuntos difíceis de uma maneira mais prática para os alunos. Tudo isso foi observado durante as aulas.

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Horário: 14h30 às 15h30 // Sala: 147

Estudos em Educação no Ensino Médio: Biologia Corroborando com Filosofia

Lucelaine Rocha Reato de Aguiar1* e Daniela Gonçalves de Abreu2 (PQ) e Joana de Jesus de

Andrade2 (PQ) [email protected] (1), [email protected]

1 Escola Estadual Alcides Correa, 2Departamento de Química da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo

Palavras-chave: educação, biologia e filosofia

Introdução O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência tem sido de suma importância na formação e na renovação individual de professores dentro das escolas. A atuação do educador como pesquisador possibilita um olhar diferente por parte desse profissional, elevando o seu desempenho dentro das unidades escolares. As reuniões realizadas entre coordenadores, supervisores e bolsistas traz ideias inovadoras, quando não se realizam trabalhos apenas integrandos os bolsistas, mas também projetos disciplinares e diferenciados. Tendo em vista a formação dos alunos como cidadãos críticos, a disciplina de biologia, além de formar especificamente, promove rodas de discussões em educação, nas quais os alunos são protagonistas e o professor mediador. Objetivo Este trabalho pretende compartilhar discussões e reflexões sobre temas relacionados à Educação, realizadas com alunos de ensino médio. A atividade foi realizada pela professora supervisora do PIBID, após inspiração surgida nas discussões do grupo. Desenvolvimento O projeto foi proposto especificamente para alunos de uma das salas terceiro ano do ensino médio, da qual o professor responsável pelo projeto é coordenador. As discussões são realizadas uma vez por mês na sala de vídeo, onde é adotada uma arquitetura em círculo. O tema em educação é selecionado por grupos de alunos e as apresentações são realizadas em slides, com discussão posterior, em que o professor é apenas mediador. Resultados O projeto foi apresentado para a sala e aceitação foi imediata; contudo, não houve muito empenho para formar os grupos para as apresentações pela maioria da sala. Após a apresentação do primeiro grupo, foi despertado maior interesse e novos grupos surgiram. Até o momento, foram realizados três debates. O primeiro grupo se embasou em uma palestra de Mário Sérgio Cortella e montaram sua apresentação em slides enfocando a discussão na pergunta: “Quem somos nós?”. É notória a timidez ao realizar discussões para a maioria dos alunos; assim, com a mediação do professor, foi possível realizar a discussão com a participação da maioria. Após o término da discussão, outros alunos se disponibilizaram para as apresentações seguintes. O tema escolhido para a segunda apresentação foi ética, na qual se usou como pergunta norteadora – “O que é ética?”; a apresentação foi além do esperado, o que gerou grande troca de experiências, principalmente após a dinâmica realizada. Nessa dinâmica, foram entregues dois pedaços de papel: em um deles deveria ser colocado como a pessoa se via e, em outro, como as pessoas veriam você, o que gerou grande polêmica; contudo, permitiu que as pessoas fizessem uma autocrítica. Na terceira palestra, o grupo optou por um questionamento sobre o que é educação e iniciaram a atividade com uma dinâmica, onde as pessoas deveriam perceber que não havia modelo certo de educação, mas modelos diferentes. Embora as apresentações não tenham terminado, foi possível observar grande melhora no convívio entre os alunos, maior criticidade em assuntos polêmicos relacionados ao cotidiano da escola, superação de alguns alunos durante as apresentações. Também pode-se observar que a didática apresentada pela maioria passou por alterações durante o processo.

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Horário: 14h30 às 15h30 // Sala: 149

A trajetória de um licenciando em Física no primeiro semestre de PIBID-USP

Francisco Douglas Lisboa Duarte; Marcel de Souza Paula; Patrick Vieira de Jesus; Robson Gomes Sobral; Diego Sita de Pieri; Ozorio Saturnino Barbosa Neto; Mário Rodrigues de

Oliveira Filho; Valéria Silva Dias [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected];

[email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected] Instituto de Física da Universidade de São Paulo

Palavras-chave: Física Moderna, planejamento coletivo, trajetória de formação Introdução

Introdução No PIBID, alguns bolsistas do IFUSP acompanham o professor supervisor na escola E. E. Emygdio de Barros em suas aulas. Junto ao professor supervisor, um licenciando definiu o tema Física Moderna para desenvolvimento de atividades destinadas a alunos do terceiro ano do Ensino Médio. Em discussão nas reuniões gerais do grupo, definiu-se que seria realizada uma atividade experimental. Sem ainda os conhecimentos necessários, o licenciando buscou ajuda de professores do IFUSP. Atualmente, desenvolve seu planejamento com colaboração de todos os membros do subprojeto. Objetivo O objetivo central deste trabalho é descrever as etapas que levaram um bolsista de licenciatura em Física ao planejamento de aulas, visando ao ensino da quantização da energia e determinação experimental da constante de Planck. Destaca-se a passagem de um desejo individual para um trabalho coletivo, envolvendo as necessidades da escola parceira e a busca de suporte na universidade. Desenvolvimento O tema Física Moderna já era pretendido antes da seleção para o Programa, mas foi em uma das reuniões semanais do grupo, onde são discutidas todas as propostas, que os questionamentos “O que é Física Moderna?” e “Como ensinar?” foram indagados pela professora coordenadora. Esses questionamentos mudaram o rumo da proposta a ser desenvolvida na escola. Em uma das reuniões, junto ao grupo, foi definido que seria estudada a quantização da energia e as aulas contariam com a utilização de um experimento para a determinação da constante de Planck através do espectro luminoso e voltagem de um conjunto de lâmpadas led’s alimentadas por uma bateria. Durante as visitas à escola, o “pibidiano” notou não apenas a falta de pré-requisitos matemáticos e físicos dos alunos, mas também o seu despreparo para ensinar o assunto. O graduando procurou sanar suas dificuldades buscando ajuda de seus professores da universidade, principalmente, da disciplina de Eletricidade e Magnetismo I, que cursava no momento. Atualmente, as aulas estão sendo planejadas com a colaboração dos colegas bolsistas de licenciatura em Física e professores – supervisor e coordenador de área.

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Horário: 14h30 às 15h30 // Sala: 149

Explorando a vila de Paranapiacaba – uma proposta de investigação histórica a partir das diversas fontes.

Daniela Ferrari de Oliveira, Fernando Tisque, Igor Martin Pereira, Julia Zanardo Grespan, Débora de Lima Gonçalves Antelmo (Supervisora), Dislane Zerbinatti Moraes (Coord)

[email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected];

Palavras-chave: Memória histórica; Patrimônio; Vila de Paranapiacaba

Introdução: A proposta consiste em intervenção dos bolsistas e professora supervisora do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), do curso de História da Universidade de São Paulo, junto a turmas de 9º Ano do Ensino Fundamental da Escola Estadual Padre Aristides Greve, localizada em Santo André (SP). O objetivo é explorar as potencialidades ao ensino de História oferecidas pela vila de Paranapiacaba, valendo-se de sua riqueza enquanto patrimônio histórico e de sua própria proximidade geográfica ao local de residência dos alunos, ao mesmo tempo em que introduz conceitos de investigação histórica e discute a hegemonia de determinados temas e sujeitos na narrativa histórica consagrada da vila. Objetivos: A proposta, ainda em andamento, tem por objetivo conduzir os alunos ao longo de um processo de investigação histórica, usando a memória e patrimônio histórico para tal. A investigação busca não só trazer para as turmas participantes a aproximação com uma parte importante da História do ABC paulista, mas também levar para a sala de aula conceitos e reflexões do historiador, para que possamos buscar, em nossa investigação, a percepção de algumas lacunas a respeito da História da vila, como, por exemplo, a presença de negros africanos escravizados e indígenas no local. Evidentemente que para trabalhar com as lacunas, o projeto contará com profunda pesquisa por parte dos bolsistas, através de livros, arquivos e até da visitação à vila. As classes vão ler e refletir com os bolsistas com algumas memórias que serão levadas para a sala de aula, e as turmas serão divididas em grupos para trabalhar com o tema, de diferentes maneiras, antes, durante e depois da visitação à vila de Paranapiacaba. Desenvolvimento do Trabalho: A proposta opta por conduzir os alunos na busca de conhecimentos não tão facilmente acessíveis, com o intuito tanto de dar aos alunos a experiência de uma investigação histórica, quanto, criticamente, fazer com que reflitam sobre os próprios motivos de esses conhecimentos não fazerem parte do que tradicionalmente se tem na escola, introduzindo conceitos que discutam o apagamento de partes da História e a hegemonia de determinadas narrativas, sobretudo considerando as populações historicamente marginalizadas, que são o tema articulador do subprojeto de História. Resultados Preliminares: Até o momento, a proposta tem se detido na preparação dos alunos, e dos próprios bolsistas e professora supervisora, para a realização da investigação histórica, in loco, por meio de fontes orais e em arquivos. No que se refere aos alunos, o grupo de bolsistas tem conduzido levantamentos para saber a extensão dos seus conhecimentos a respeito da vila, bem como suporte teórico e metodológico para as questões de investigação e dos conceitos de “pesquisa histórica”, “memória”, narrativa histórica”, mobilizados ao longo do projeto. Têm sido feitos preparativos para a visita à vila, com a montagem de um roteiro a ser percorrido, para que os alunos possam conduzir sua investigação de forma efetiva e assistida pelo grupo do PIBID. Referências Bibliográficas BARCA, Isabel. Aula Oficina: do Projeto à Avaliação: In. Para uma educação de qualidade. Atas da Quarta Jornada de Educação Histórica. Braga: Instituto de Educação e Psicologia, Universidade do Minho,2004. FERREIRA, José; PASSARELLI, Sandra H.; SANTOS, Marco A. Perrone. Paranapiacaba: estudos e memória. Santo André: Piblic Gráfica e Fotolito: Prefeitura Municipal de Santo André, 1990. MARTINS, José de Souza. A escravidão em São Caetano (1598-1871). São Caetano: Associação Cultural, Recreativa e Esportiva Luís Gama, Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção de Mobiliário de São Caetano, CEDI-Centro Ecumênico de Documentação e Informação. 1988.

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Horário: 14h30 às 15h30 // Sala: 149

Do macro para o micro: uma nova abordagem para o ensino de genética

ASSAN,U.¹; BERGAMINI, G. P.; CAMARGO G. H³; CEZILA B. C.; FERREIRA, K. M.; MORAES, T. A.2; MOTOKANE, M. T; PALANDRE, I. S.

¹[email protected];[email protected]

Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo Palavras-chave: Ensino de Genética; Ensino por Investigação; Sequência Didática

Com a análise de alguns livros didáticos de biologia para o ensino médio, observamos uma sequência de aulas que parte de conceitos abstratos para mais concretos e reais. O conteúdo é geralmente apresentado dessa maneira: história de Mendel/primeira lei; alelos; heredograma; sistema ABO; e doenças ligadas e restritas ao sexo. Esse tipo de sequência dificulta a compreensão do conteúdo, pois se inicia com conceitos distantes do cotidiano dos alunos. Além disso, temas como mitose, meiose e gametogênese são tratados em citologia, e não em genética. Com base na abordagem investigativa proposta por Carvalho et al (2013), apresentaremos uma proposta de sequência didática contrária ao usual – do Macro para o Micro – na qual o conteúdo será abordado por meio de situações-problema. A proposta do real para o abstrato torna mais fácil a visualização desses conceitos como genes, alelos e as leis de Mendel. A sequência didática foi proposta inicialmente para ser desenvolvida em 18 aulas. No primeiro bloco dessa sequência (A Célula e o cariótipo; O Cariótipo em outros organismos; Gametogênese e Meiose; e Mitose), procuramos desenvolver conceitos menos abstratos, necessários ao ensino de genética. No segundo bloco (Síndromes ligadas ao sexo; e Herança restrita / ligada ao sexo), apresentamos a transição entre o macro e micro, relacionando alelos e cromossomos específicos. No terceiro bloco (Herança do autossômico: Sangue, Sistema ABO e Rh; A primeira e a segunda lei de Mendel; e Histórico e probabilidades de Mendel), desenvolvemos a relação entre um ou mais pares de alelos com a genética mendeliana. O quarto bloco consiste em avaliação, no qual os alunos devem sistematizar todos os conhecimentos trabalhados para a resolução de um problema, sendo “uma aplicação do conteúdo já ensinado em uma nova atividade investigativa” (CARVALHO et al, 2013). Esperamos que a proposta traga uma melhor compreensão dos conteúdos. Estamos em fase de desenvolvimento de ferramentas para avaliar a aprendizagem. Bibliografia Carvalho, A. M.P. Ensino de ciências por investigação, Cengage Learning, 2013, 152p.

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Horário: 14h30 às 15h30 // Sala: 149

Construção de Sequência Didática de Prática Investigativa Leticia C. C. C. Pradela, Joso de Souza Jr, Carlos C. Mascio, Ana C. Kasseboehmer

[email protected], [email protected], [email protected], [email protected]

Instituto de Química de São Carlos Universidade de São Paulo

Introdução: Atualmente, na sala de aula, os alunos assumem uma postura passiva, na qual desenvolvem apenas habilidades cognitivas de baixa ordem, como cópia, memorização, ensino mecanizado. Baseado nesse contexto do cenário educacional, e buscando uma mudança na configuração deste processo, elaborou-se uma proposta de sequência didática de caráter investigativo, com método cooperativo, que será aplicada com alunos de primeiro ano de ensino médio de escolas públicas da cidade de São Carlos/SP. Objetivo: Construção de sequência didática que visa levar o aluno ao protagonismo que lhe compete, utilizando de métodos investigativo-cooperativos na rotina dos processos de ensino e de aprendizagem. Desenvolvimento: Iniciaram-se as atividades fazendo-se um levantamento sobre a rotina das aulas de Química no primeiro ano do Ensino Médio das Escolas Estaduais Álvaro Guião e Jesuino de Arruda, localizadas na cidade de São Carlos/SP. Constatada a mecanização dos processos de ensino e de aprendizagem, buscou-se aprofundamento sobre alternativas para mudar esta realidade. A partir dos estudos teóricos que fazem parte das atividades do PIBID/Química São Carlos, considerou-se a aplicação do método investigativo cooperativo com uma alternativa viável e coerente, no intuito de recolocar o aluno como protagonista da construção de seu próprio conhecimento. Neste estudo, elaborou-se uma sequência que contempla conceitos inerentes a esta fase do Ensino Médio: Solubilidade, Separação de Misturas, Propriedades Físico-químicas de materiais e Técnicas de Laboratório. Procurou-se estudar um tema novo, ainda não abordado na literatura, para o desenvolvimento deste trabalho: Extração do Açúcar da Beterraba. Para a sequência, também foi elaborado um experimento para ser trabalhado com os alunos. Apesar do baixo rendimento, os testes confirmaram a viabilidade da extração de açúcar proposta. Desenvolveu-se então um cronograma de aulas que se iniciam com a explicação do método investigativo-cooperativo, apresentação de situação-problema e divisão em grupos, conferindo a cada aluno uma responsabilidade no mesmo. Os jovens deverão realizar pesquisas para criarem hipóteses de solução para a situação-problema. Estas deverão ser testadas em laboratório, onde os bolsistas PIBID terão papel mediador. Então, os grupos reunir-se-ão novamente para organizar e relatar a solução encontrada, ou justificar os possíveis erros de procedimento. Ao final, será apresentada a proposta de solução que foi previamente elaborada, seguida de discussão dos resultados. Com este método espera-se estimular o papel do aluno como protagonista de seu próprio aprendizado e o senso investigativo-cooperativo, fazendo-o entender suas responsabilidades na consolidação de seus conhecimentos. Conclusão: No desenvolvimento da sequência didática com método investigativo-cooperativo, detectou-se que este modelo pode ser promissor e eficaz no estudo prático-experimental de química no ensino médio. O aluno é colocado como ativo e responsável da construção de sua aprendizagem. A aplicação da sequência didática está programada para o segundo semestre de 2015. Agradecimentos: O presente trabalho foi realizado com apoio do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID, da CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Brasil.

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Horário: 15h30 às 16h30 // Sala: 137

O ensino contextualizado de biomas e ecossistemas no Ensino Fundamental no CEU UIRAPURU

ROSSI, Juliana; OTAKE, Mônica, TEMPLE, Jayme; MARCHINI, Thiago; DIAS, Matheus; AVELLANEDA, Murillo; AROUCA, Matheus de O.; ASSIS, Janaina Conceição de; SCARPA,

Daniela L.; URSI, Suzana [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected];

[email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]

Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo Palavras-chave: biodiversidade; ensino por investigação; meio ambiente; sequência didática

A Escola Municipal de Ensino Fundamental Deputado César Arruda Castanho é parte integrante do CEU Uirapuru, na região oeste da cidade de São Paulo e conta com boa infraestrutura educacional, cultural e esportiva. O corpo estudantil que constitui a EMEF é bastante heterogêneo e as condições sociais variam, sendo que a maioria dos alunos pertence à classe baixa. Pretende-se trabalhar com os estudantes o contraste entre diferentes biomas do estado de São Paulo (a Mata Atlântica e um de seus ecossistemas, o Manguezal; e o Cerrado), focando na sua caracterização, importância socioambiental e no porquê preservá-los. Iniciamos o processo de elaboração da sequência didática com um levantamento de concepções prévias dos educandos acerca dos temas que pretendemos abordar. Para isso, utilizamos um questionário, visando diagnosticar - por meio de perguntas abertas e fechadas, desenhos, interpretação de mapas e legendas - as noções que os discentes têm sobre: o que é meio ambiente; os fatores que compõem os biomas, como o solo, o clima e a biodiversidade; e suas percepções ambientais. Os alunos não possuem uma compreensão clara das localizações dos biomas dentro do estado, já que nenhum deles conseguiu apontá-las corretamente. A legenda foi utilizada corretamente por apenas 1 dos 34 alunos. Além da dificuldade em localizar os biomas, os alunos mostraram pouco conhecimento sobre o Cerrado e sobre o ecossistema Manguezal. Foi observado que apenas 6 dos 34 alunos “conhecem” o Manguezal, enquanto 3 alunos disseram que já “visitaram” o Cerrado. O bioma Mata Atlântica foi o mais “conhecido e visitado” pelos alunos e o único que eles conseguiram conceituar e caracterizar quanto a fatores abióticos e bióticos. Ao representar os biomas na forma de desenho, os alunos souberam ilustrar a Mata Atlântica, porém nem o Mangue nem o Cerrado foram bem caracterizados. Dentre os elementos que compõem o meio ambiente, “animais” e “plantas” foram os mais lembrados pelos alunos, enquanto elementos antrópicos, como “homem”, “lixo” e “casa” foram desconsiderados. A partir desses resultados, serão elaboradas atividades para compor a sequência didática sobre os biomas e os ecossistemas, a ser aplicada no segundo semestre. A abordagem utilizada será o Ensino de Ciências por Investigação, em que os estudantes assumem o papel de protagonistas no processo de aprendizagem (Carvalho et al., 2013). Pretendemos realizar estudos do meio no Parque Estadual do Jaraguá e em um Manguezal do litoral paulista, para que os alunos tenham a oportunidade de conhecer diferentes ecossistemas e coletar dados para utilizar em suas investigações. Bibliografia

CARVALHO, Anna Maria Pessoa de. et al. Ensino de Ciências por Investigação: condições para implementação em sala de aula. São Paulo: Cengage Learning, 2013.

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Horário: 15h30 às 16h30 // Sala: 137

“Linha do tempo enquanto recurso didático: uma outra história da escravidão”

Antônia Calazans Fernandes, Carolina Apolinário, Claudia Macegossa, Gabriele Novaes, Marcelo Vitale, Martiniliano Souza, Ricardo Soares, Thaís Gonçalves.

[email protected], [email protected], [email protected], [email protected], [email protected], [email protected],

[email protected],[email protected] Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas - USP

Palavras-chaves: Protagonismo e agência afrobrasileira, resistência e luta negras, libertação dos escravos. Apresentação: No primeiro semestre de 2015, sob a coordenação da professora Antônia Terra de Calazans Fernandes, foi desenvolvida uma Linha do Tempo, cujo título versa sobre “A presença dos africanos e seus descendentes no Brasil”, que pretendeu romper com as convicções de uma história oficial que, além de vitimar, silenciou os escravizados e seus descendentes e negou-lhes sua memória de resistência e combate. A apreciação dos resultados implica na compreensão das questões pedagógicas pertinentes às diferentes interações com o material no ambiente escolar. Objetivo: Através de recortes de jornais, cartazes temáticos, literatura e letras de músicas, criou-se uma disposição espacial dos cartazes com o intuito de estabelecer uma relação de proximidade com toda comunidade escolar, de forma que cada pessoa pudesse interagir com o material durante a mediação, ou nos tempos externos a ela, visando desconstruir estereótipos já institucionalizados entre os alunos e os demais sujeitos escolares. Desenvolvimento: Na construção da atividade os alunos foram protagonistas, pois ajudaram a montar a atividade; foram autores, na medida em que escreveram, verbalizaram, forneceram ou questionaram informações e participaram das interações que foram feitas através de debates, cantorias, dinâmicas teatrais, rodas de conversa e recitação de poemas. Resultado: Enquanto recurso didático, a “Linha do Tempo” contribuiu com a desconstrução do mito da democracia racial, consolidado nas representações históricas e midiáticas. Os alunos registraram por meio de atividades escritas suas aquisições conceituais, contribuíram com a oralidade, relatando experiências e tirando dúvidas sobre o tema. Indagações sobre concepção de “cabelo ruim”, “escravo”, “pobreza” e outras pertinentes a gênero, religião, identidade, austeridade, foram uma constante, devido ao confronto daquilo que era o “sabido” com o que estava na nova abordagem apresentada. A intervenção propiciou a dissociação entre os conceitos “negro” e “escravo”, com o propósito de romper com a naturalização da escravidão na história brasileira e africana. E, na medida em que a atividade era finalizada, mais respostas dos alunos convergiam com nossa proposta: “sim, aquelas pessoas tinham suas histórias”, “eles se revoltavam” e “vale muito valorizar a eternização daqueles que lutaram contra a escravidão… [devido] à luta dos escravos contra escravidão”. Reafirmamos, assim, a importância da construção coletiva do conhecimento e a ideia de que ninguém é detentor pleno do saber, mas que ele se constrói nas relações interpessoais e na mediação dos recursos didáticos apresentados à comunidade escolar. Referências Bibliográficas APPIAH, Kwane Anthony. Identidades Africanas. In: Na Casa de Meu Pai: A África na filosofia da cultura. Rio de Janeiro: Contraponto, 1997. CHARTIER, Roger. A História Cultural: Entre práticas e Representações. Lisboa: Difel/Rio de Janeiro: Bertrand. 1989 - 1994. ZABALA, Antoni. Os enfoques didáticos. In: COLL, César, Martín, Elena... (org). O cosntrutivismo em sala de aula. São Paulo: Cortez, 1998, p.153. VINCENT, Guy; LAHIRE, Bernard; THIN, Daniel.Sobre a história e a teoria da forma escolar. Educação em Revista, Belo Horizonte, n°33, jun,2001.

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Horário: 15h30 às 16h30 // Sala: 137

Relato de uma Sequência Didática Investigativa

sobre Energia e Combustíveis Alves, L.A.; Barbosa, A.M.; Nardi, S.S.E.; Pires, M.A; Santos, J.P.; Silva, C.N; Zanarotti-Bovo,

G.M.; Motokane, M.T. [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected];

[email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]

Faculdade de Filosofia Ciências e Letras da Universidade de São Paulo

Palavras-chave: combustíveis, ensino por investigação, estratégias didáticas

INTRODUÇÃO O presente trabalho tem como ojetivo fazer um relato reflexivo sobre uma Sequência Didática (SD) de Ciências. A SD trabalhada teve como tema Energia e Combustíveis e foi aplicada para turmas dos 6º anos do ensino fundamental de uma escola municipal do interior do estado de São Paulo. A escolha do tema se justifica pelo fato de se tratar de um município canavieiro e, também, porque está associado aos conteúdos curriculares da série. OBJETIVO Todas as atividades desenvolvidas tinham como principal objetivo estimular o envolvimento dos alunos e despertar o gosto pelas Ciências da Natureza. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO A participação desejada envolvia o desenvolvimento de habilidades argumentativas, possibilitando a alfabetização científica. Pensando na complexidade dos conceitos (comburentes, combustível, combustão, entre outros) referentes aos assuntos abordados, optou-se por estratégias didáticas experimentais, aulas expositivas (slides, vídeos didáticos), visita a uma usina sucroalcooleira, aplicação de roteiros de atividades, os quais foram elaborados com textos, figuras, questionários, tabelas, desafios e resolução de exercícios, e jogos, além de atividades de desenvolvimento das competências leitora e escritora dos alunos. Os produtos desenvolvidos contam com produções didático-pedagógicas como sequências de ensino e didáticas, desenvolvimento de jogos, banco de imagens, produção de cadernos didáticos, criação de kits de experimentação e roteiros para trabalho de campo. No que diz respeito às produções artístico-culturais, foram desenvolvidas atividades com desenhos sobre os temas trabalhados. Quanto às produções desportivas e lúdicas, foram realizadas gincanas e desenvolvidos materiais para recreação. Observou-se que a maioria dos alunos possuía muitas dificuldades na leitura e escrita, então em todas as atividades foi trabalhado o desenvolvimento dessas habilidades. Quanto ao tema abordado pela SD proposta, depois de sua aplicação, os alunos perceberam que os temas eram mais próximos de sua realidade, o que demonstrou ser um aspecto favorável à aprendizagem, pois os motivou a aplicar e divulgar o conhecimento adquirido. Ao final, a escola percebeu que todo o trabalho desenvolvido apresentou um feedback positivo, pois os alunos passaram a apresentar um melhor rendimento nas outras disciplinas, conseguindo compreender os assuntos que eram discutidos nas aulas.

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Horário: 15h30 às 16h30 // Sala: 137

“O ensino de geometria com uso do software Geogebra”

na E.E. Professor Isaltino de Mello Angélica Isawa; Artur Penna; Carlos Marques; Juliana Toledo; Mônica Pasquale;

Barbara Valério [email protected], [email protected], [email protected], [email protected],

[email protected], [email protected] Instituto de Matemática e Estatística - Universidade de São Paulo

Palavras chave: ensino de geometria e software Geogebra

Objetivos Como os alunos apresentam cada vez menos interesse nas aulas, principalmente nas convencionais, e seguindo as várias referências atuais que afirmam ser necessária a inclusão de recursos tecnológicos na escola, desenvolvemos um projeto para duas turmas de 8º ano, com o objetivo de ensinar o conteúdo de geometria, utilizando-se o software Geogebra e com a perspectiva de que os alunos passassem a ser agentes ativos em seu processo de ensino-aprendizagem. Métodos/Procedimentos Dispondo de poucos computadores na escola, utilizamos duas aulas consecutivas em cada turma, para conseguirmos aplicar efetivamente o projeto. Cada turma é dividida em dois grupos: na primeira aula, um grupo vai à sala de informática realizar atividades usando o Geogebra, enquanto o outro grupo permanece na sala de aula para realizar outra atividade; na aula seguinte, trocamos os alunos de sala. As atividades são elaboradas de maneira a se complementarem, embora frequentemente as atividades feitas em sala sejam apenas para uma melhor fixação do conteúdo. Resultados Embora os alunos ainda peçam ajuda em exercícios com enunciados extensos, em geral, passaram a mostrar menos dependência das nossas explicações, usando seu próprio conhecimento, principalmente para fazer as atividades no Geogebra. Conclusões Provavelmente seria impossível para a professora obter bons resultados aplicando um projeto deste tipo sozinha, devido à quantidade de alunos, disponibilidade de computadores e o tempo necessário para a criação das atividades. Também percebemos que não podemos substituir completamente o uso de lápis e papel pelo uso do computador, porque alguns alunos fazem as atividades mecanicamente, ainda que, para fazê-las corretamente, seja necessário pensar cuidadosamente.

Bibliografia BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs). Matemática. Ensino Fundamental. Brasília: MEC/SEF,

1997. DANTE, L.R. Algumas reflexões sobre educação matemática. Temas & Debates, no 3, ano IV. Sociedade

Brasileira de Educação Matemática, p. 43-49, 1991 LOURENÇO, A.; DE PAIVA, M.O.A. A motivação escolar e o processo de aprendizagem. Ciências & Cognição, vol.15, n.2, p.132-141, 2010.

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Horário: 15h30 às 16h30 // Sala: 139

A chegada do Metrô em Moema: Questões urbanas, memória e identidade no 9º ano da EMEF Prof. João Carlos da S. Borges

Micael L. Z. Guimarães, André C. Pinto, Luiz Cláudio Reginatto, Lucas F. Torigoe, Sara C. Silva, Gonçalo de A. Fernandez, Fernando H. T. dos Santos, Dislane Zerbinatti Moraes (Coord.)

[email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; gonç[email protected], [email protected]

Palavras-chave: metrô; Moema; urbanização

Introdução: O trabalho desenvolvido na escola foi baseado no acompanhamento da elaboração do Trabalho Colaborativo Autoral (TCA) realizado por 11 alunos do 9° ano do Ensino Fundamental, cujo eixo temático era uma investigação acerca das transformações na configuração urbana e os impactos socioeconômicos advindos da futura instalação de estações do metrô no bairro de Moema, onde se localiza a escola. Trabalhando com matérias de memória e pertencimento, por meio da reflexão sobre os conflitos relacionados ao atendimento de demandas que visam democratizar a cidade, discutindo as mudanças do espaço urbano sob a ótica dos interesses econômicos e de classe envolvidos no processo de valorização e gentrificação da cidade, os bolsistas do PIBID, sob a supervisão do professor Gonçalo de Andrés, orientaram os alunos em aulas, saídas de campo, trabalhos em grupo e dando auxílio metodológico na produção dos trabalhos. Objetivos: São objetivos do projeto: ensinar a coletar informações veiculadas em jornais, sites de instituições e entrevistar pessoas que representem diferentes interesses no bairro; ensinar a formular questões a respeito do que se deseja descobrir sobre o metrô; ler, compreender e interpretar textos informativos e elaborar perguntas para realizar entrevista com especialista registrando as respostas dadas; estabelecer relações entre os dados coletados, registrar conclusões e elaborar apresentação com a finalidade de divulgar para o público o trabalho de pesquisa. Desenvolvimento do trabalho: A realização do trabalho iniciou-se com um primeiro contato do supervisor com os alunos, propondo o levantamento de questões norteadoras, a partir das seguintes indagações: O que sei sobre o assunto? O que quero saber sobre esse assunto? Por meio da mobilização do interesse dos alunos e seguindo suas próprias inquietações e questionamentos, iniciou-se o projeto de pesquisa. Os alunos levantaram 10 questões norteadoras e, a partir delas, iniciaram seus trabalhos visando obter respostas para suas indagações. O grupo de bolsistas, além de acompanhar os procedimentos de pesquisa, interveio trazendo elementos para a construção do debate crítico a respeito das questões e suas possíveis respostas, com base em vídeos e análise de fotografias. O passo seguinte foi a organização dos 11 alunos em 3 grupos que dividiram entre si a tarefa de responder as questões: Quando o metrô vai ficar pronto? Quem teve a ideia de construí-lo? Por que construí-lo em Moema? Vai ser bom para as pessoas da escola? Vai diminuir o tempo de viagem ao trabalho? Vai ser bom para as pessoas que moram no bairro? Foram realizadas também oficina de fotografia (pinhole) e saída a campo para entrevistas e observações sobre o traçado, arquitetura, usos e apropriações do espaço urbano. Resultados obtidos: Com o trabalho desenvolvido os alunos deixaram como legado para a escola um valioso levantamento das características do seu “público”: bairro de moradia, meio de transporte utilizado para vir à escola, tempo utilizado para realizar esse percurso, motivos pelos quais estudam numa escola tão distante de seus bairros de moradia. Desta forma, os estudantes, que terminavam o seu ciclo na escola, tiveram a chance de se ver como protagonistas de uma pesquisa que poderá suscitar em seus pares o desejo de seguir estudando sua comunidade e utilizar as informações por eles tratadas. Referências bibliográficas CARLOS, A. F. A.i. A cidade. Coleção Repensando a Geografia. São Paulo: Editora Contexto, 2000. // ROCHA, G. B. da. O bairro de Moema: transformação e verticalização, causa e efeito. São Paulo: Dédalus, 2003. // Secretaria Municipal de Educação. Orientações curriculares e proposição de expectativas de aprendizagem para o ensino Fundamental Ciclo II: História. São Paulo: SME/DOT,2007. // Secretaria Municipal de Educação. Programa Mais Educação. São Paulo: Subsídios para a implantação. São Paulo: SME/DOT,2014.

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Horário: 15h30 às 16h30 // Sala: 139

Jogo “Memória Potencial” Juliana Camargo; Bianca Denadai; Carime Lima

[email protected]; [email protected]; [email protected] Instituto Ciências Matemáticas e de Computação, Universidade de São Paulo

Palavras-chave: Potência, Motivação, Jogo

Introdução O jogo “Memória Potencial” busca introduzir e/ou retomar os conceitos potenciação, em situação de um jogo, mostrando a importância desse conteúdo, motivando a discussão entre os alunos em determinadas dúvidas. Objetivo Ao elaborar o jogo, nossos objetivos foram: a) aprimorar o entendimento dos alunos em relação aos conceitos envolvidos na Potenciação; b) possibilitar aos alunos que o contato com os conceitos matemáticos ocorressem de forma ativa durante as aulas; e c) que (o)a estagiário(a) apenas auxilie o aluno quando solicitado. Antes da apresentação do jogo, tivemos 2 aulas expositivas/dialogadas para aprofundar os conteúdos que seriam necessários para o jogo, no caso, sobre propriedades das potências. Desenvolvimento do Trabalho “Memória Potencial” foi baseado no “Jogo da Memória”, formado por pares de peças que apresentam uma figura em um de seus lados. No início do jogo, as figuras são postas para baixo, onde cada jogador deve, em sua vez, virar duas peças para todos verem. Caso estas sejam iguais, o jogador recolhe o par e tenta novamente. Caso sejam diferentes, deve virar as peças para baixo e passa a vez para outro. Se o aluno virar as cartas e não perceber que são semelhantes e não pegá-las, terá a penalização de uma rodada sem jogar. Nesse jogo, foram utilizadas potências equivalentes como pares, para que os alunos utilizassem os conceitos aprendidos nas aulas anteriores, objetivando ganhar dos demais colegas, ficando com o maior número de cartas possível. Dados e Resultados: O jogo foi trabalhado na turma do 6° ano do EF, em uma escola pública no interior de São Paulo, durante as atividades do PIBID-USP. Os alunos foram divididos em grupos com 4 pessoas, sendo entregue um jogo a cada um desses grupos. Observamos que os alunos participaram e se empenharam em jogar, talvez por se tratar de um jogo de disputas. Alguns alunos precisaram de auxílio do caderno para realizar algumas contas, e muitos auxiliavam os colegas que apresentavam dificuldade. Achamos interessante que os alunos trabalhavam juntos para buscar as repostas, tornando o aprendizado mais eficaz. Certamente, este jogo pode ser aproveitado em inúmeras outras situações com o objetivo de reforçar os conhecimentos, inclusive em áreas diferentes das exatas.

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Horário: 15h30 às 16h30 // Sala: 139

Dramatização em aulas de Língua Portuguesa Igor Koermandy Pereira, Sueli Rafael Oraci [email protected], [email protected]

Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo Palavras-chave: teatro, dinâmicas, gênero dramático

Introdução O presente trabalho discorrerá sobre a aplicação de um projeto de exploração da linguagem com foco nas artes e no gênero dramático, desenvolvido durante o 1º semestre de 2015 na Escola Estadual Castro Alves, com classes de 7º, 8º e 9º anos do Ensino /fundamental. Objetivos Inicialmente queríamos nos indagar sobre como trazer mais engajamento de uma maioria de alunos que verificamos estarem alheios às aulas, a ponto de terem uma noção distorcida do que seja uma aula; e também nos indagamos sobre a possibilidade de quebrar o “mito do mau aluno”, ideia de que existem alguns alunos e algumas classes que não tem solução. Desenvolvimento A partir disso elaboramos uma sequência de atividades que fugissem um pouco do padrão para buscar uma maior participação dos alunos com o objetivo de que os próprios alunos elaborassem esquetes - pequenas cenas teatrais – em grupo até o final do semestre. As SD’s aplicadas foram as seguintes:

1- Dinâmicas e ritmos para fazer uma apresentação do projeto e trabalhar um pouco a identidade dos alunos e interação com o grupo

2- Dinâmicas de consciência corporal e expressão corporal 3- Oralidade e articulação com trava-línguas 4- Produção de pequenos diálogos e leitura dramática 5- Jogos de improviso teatral 6- Elaboração de cena final 7- Apresentação

Tivemos alguns imprevistos, tais como menos aulas cedidas do que consideramos necessário, até por conta da greve; o desligamento de dois dos quatro bolsistas inicialmente vinculados ao projeto; uma mudança de horários que nos impossibilitou de aplicar o projeto até o final com uma das turmas. Considerando esses imprevistos, pode-se afirmar que o trabalho foi viável e conseguiu, de modo variável, instaurar momentos de verdadeiro engajamento nos quais as ações dos alunos eram orientadas por objetivos por eles compreendidos. Enquanto trabalhamos o gênero teatral em associação com a língua portuguesa, foi possível tirar os alunos um pouco do lugar comum (expresso nas afirmações bastante difundidas de que os jovens não querem aula, ou não têm jeito).

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Horário: 15h30 às 16h30 // Sala: 139

A importância da observação na vivência escolar Euzane Gomes da Rocha, Lucelaine Rocha Reato de Aguiar, Daniela Gonçalves de Abreu e

Joana de Jesus de Andrade. [email protected]; [email protected]

Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo

Palavras-chave: observação, experiência e aprendizado

Introdução O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência contribui significativamente para a formação tanto dos graduandos como dos professores supervisores. A programação das atividades é realizada em reuniões entre coordenadores, supervisores e bolsistas. Para o primeiro semestre de 2015 foi proposto que os bolsistas do subprojeto da Licenciatura em Química da FFCLRP/USP ministrassem aulas tradicionais, a fim de que aprendessem a mediar situações com as intempéries da profissão. Além disso, ao final de cada conteúdo dado, o bolsista deveria elaborar avaliações para os alunos. Neste trabalho relataremos tal experiência e compartilharemos as reflexões oriundas do processo. Desenvolvimento O conteúdo das aulas foi discutido com o professor supervisor. Em outra etapa foi construído um plano de aula e de avaliação pelos bolsistas. O conteúdo desenvolvido foi explicitamente ligado às ações cotidianas dos alunos, o que foi possível pela vivência dos bolsistas no ambiente escolar. As aulas foram ministradas para alunos dos 3os anos do Ensino Médio. O tema escolhido, de acordo com currículo do Estado de São Paulo, foi “a evolução do reino Plantae”. Para a realização das aulas foi adotada uma organização das carteiras não tão comum para o EM (meia lua). Durante o processo, o quadro negro foi utilizado para a exposição de tópicos do conteúdo, concomitantemente foi realizada sondagem com breve discussão do tema, a partir de palavras que caracterizassem uma planta. Ao final da apresentação do conteúdo foi realizada avaliação, na qual os alunos deveriam confeccionar um cladograma do reino plantae. Além dessa atividade, foi proposto, através de uma questão, que citassem características adquiridas relevantes no processo evolutivo, as quais permitiram serem enquadradas em outro reino. Resultados Durante o processo, estivemos atentos à desenvoltura dos licenciandos em química e à participação dos alunos da escola. Em princípio, a arquitetura da sala causou estranheza por parte dos alunos, mas ao término das aulas houve aprovação unânime, quando usaram a frase: “Devia ser assim mais vezes, e ter mais professores como vocês”. Isto de certa forma foi positivo, pois o licenciando pode perceber que a organização da sala de aula não é neutra e sim intencional. Mesmo utilizando lousa e giz, a sondagem dos conhecimentos da turma na organização em meia lua foi ponto essencial do processo, pois possibilitou sistematizar o conhecimento, o que facilitou no entendimento do conteúdo, no resgate de conteúdos já ensinados pelo professor, e na facilidade na realização da atividade, o que foi percebido com a correção das avaliações e discussão entre bolsistas e supervisor. A elaboração da avaliação, realização e correção da mesma, foi um processo enriquecedor para o licenciando, visto que os alunos tiveram dificuldades e interpretações dúbias em relação a uma das questões elaboradas. Contudo, após discussões entre supervisor e bolsistas, a que apresentava ambiguidade foi reelaborada, e assim melhor entendida pelos alunos. Em princípio, tal questão foi redigida da seguinte forma: “Cite características que contribuíram com o surgimento de novas espécies”. Após a reformulação: “Cite características gerais que levaram ao surgimento de cladogeneses (surgimento de novas espécies) dentro do Reino Plantae”. A questão antiga apresentava várias respostas possíveis e coerentes; assim, houve a necessidade de modificação a fim de torná-la mais especifica, conforme as informações abordadas. Sendo assim, é importante ressaltar a importância do programa nas escolas contribuindo com conhecimentos, experiência e aprendizado em ambas as partes.

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Horário: 15h30 às 16h30 // Sala: 141

A Utilização dos Jogos Lógicos pelo Grupo L.Y.R.A. (Laboratório de Investigação em Robótica e Astronáutica)

Vitor Martins Menezes; Paulos Borges Viríssimo Dos Santos; Olga Maria Aldana Nora; Luana Cristina Soares Da Silva; Maria Aparecida Costa

[email protected], [email protected], [email protected], [email protected], [email protected]

Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP Palavras-chave: Jogos, Robótica, Astronáutica

O grupo L.Y.R.A. (Laboratório de Investigação em Robótica e Astronáutica), uma das frentes do subprojeto Ciências EACH/USP, tem por objetivo abordar, discutir e explicar temas acerca, principalmente, da Robótica e Astronáutica. A Robótica tem ganhado cada vez mais espaço e se destacado principalmente por sua inserção em diferentes setores da vida humana. Notamos sua presença na fantasia e literatura; estando presente em filmes, games livros, séries, histórias em quadrinhos, desenhos, entre outros. E também é possível notar suas aplicações reais, como, por exemplo, em indústrias, robôs e sondas exploradoras de outros planetas, etc. Visando a uma melhor organização didática, temos uma sequência didática que vem sendo seguida nas aplicações do grupo com alunos da Educação Infantil, em escolas da rede municipal da cidade de Guarulhos (sequência similar vem sendo usada também com alunos do Ensino Fundamental II na cidade de São Paulo). Dessa forma, antes de abordarmos o tema Robótica em si, o tema Jogos Lógicos é levado para discussão e prática com os alunos. Temos por objetivo utilizar os Jogos Lógicos como uma prévia a questões relacionadas à Robótica, uma vez que diversos Jogos (exemplo: Torre de Hanói) possui uma espécie de programação para sua resolução. Logo, os Jogos Lógicos podem favorecer o raciocínio lógico, que posteriormente pode ser usado na programação de robôs. A aplicação de Jogos Lógicos foi realizada uma vez com a Educação Infantil até o presente momento, no dia 20 de maio de 2015. Nessa aplicação, 20 alunos estiveram presentes, e a sala foi dividida em cinco grupos. Formamos cinco mesas de Jogos, e todos os grupos de alunos jogaram todos os jogos em todas as mesas. Ressalta-se que havia 3 alunos deficientes na sala de aula. Os Jogos utilizados no dia foram: Torre de Hanói, Barco de Equilíbrio, Tetra Cores, Sequência Lógica, Encaixe de Cores, Palhaço Equilíbrio e Legos (com o Lego demos uma introdução à robótica, pois solicitamos que os alunos montassem um robô com as peças). Os alunos apresentaram grande interesse e afeição com os Jogos. Todos participaram ativamente dos mesmos e vários conseguiram atingir os objetivos dos jogos. Os alunos com deficiência também apresentaram interesse em jogar, e diversas vezes apresentaram sinais de felicidade com a atividade. Porém, em alguns momentos uma maior atenção para esses alunos se demonstrou necessária, pois se dispersavam rápido da atividade proposta. Entendemos como satisfatória a aplicação realizada, e temos por objetivo, nas próximas etapas, abordar questões relacionadas à robótica, interligando com questões de Lógica e breves introduções à programação.

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0 Horário: 15h30 às 16h30 // Sala: 141

O PIBID e a construção de um projeto coletivo de Feira de Ciências

Alberto Belo da Silva1; Daniel Marczuk Martini1; Ione Messias1; Márcia Augusta de Almeida1; Lucas Moraes dos Santos1; Silvana Soares Melo1; Renata Pojar2; Cristina Leite3

1Licenciandos em Física da USP: [email protected], [email protected], [email protected], [email protected], [email protected], [email protected]

2Professora Supervisora – [email protected] – EM Ensino Fundamental e Médio Vereador Antônio Sampaio 3Professora Coordenadora – [email protected] - Instituto de Física da USP

Introdução Através do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) foi feita a parceira escola-universidade e, por meio da pedagogia de projetos, desenvolveu-se uma construção coletiva de Feira de Ciências realizado no ano de 2014. O tema interdisciplinar da 1ª Feira de Ciências definido pela escola E.M.E.F.M. Vereador Antônio Sampaio foi “Sustentabilidade”. O projeto envolveu a participação de 170 alunos do Ensino Médio, 04 professores da escola, a supervisora e a coordenadora do PIBID, a gestão escolar, 06 alunos bolsistas do PIBID e a participação da comunidade escolar, com o intuito de auxiliar e analisar a construção coletiva de uma Feira de Ciências e sua contribuição na formação inicial de professores. Desenvolvimento Durante as reuniões do PIBID na USP, foi possível estruturar uma proposta de Feira de Ciências fundamentada no tema escolhido pela escola: “Sustentabilidade”. No caso específico da Física, foram escolhidos os temas: “Linha do Tempo da Energia”, “Consumo de energia: na casa, na cidade e no país” e “Fontes de Energia”. A partir destes temas centrais, os alunos da escola,\ com a ajuda e o acompanhamento dos bolsistas do PIBID, desenvolveram suas apresentações sob as mais variadas opções como: maquetes, painéis, experimentos etc. Tanto as atividades de produção da Feira de Ciências, quanto a apresentação dos trabalhos na própria Feira, foram avaliados pela equipe do PIBID. Além das gravações em vídeo da própria Feira, cedidas pelo diretor da escola, foram aplicados questionários aos alunos e realizadas algumas entrevistas filmadas em vídeo, na tentativa de investigar os impactos desta construção coletiva na formação discente. A análise dos dados se deu em dois âmbitos: a análise dos questionários e a produção de um vídeo na tentativa de retratar de maneira mais explícita as contribuições do projeto. Resultados Através da análise dos dados foi possível concluir que toda a realização da Feira de Ciências foi bastante importante no âmbito desta escola, em parte por trazer novos conhecimentos sobre a relação entre ciências e sustentabilidade. Mas, a maior contribuição do projeto parece ter sido o aumento na auto-estima dos estudantes. Eles relatam, por exemplo: “foi uma experiência que eu acho que vou levar para vários outros projetos... Foi um sucesso, a gente fez um ótimo trabalho, não só o nosso grupo, a sala toda. Foi bem proveitoso, foi uma ótima experiência”. A escola como um todo se surpreendeu positivamente com o resultado apresentado. A presença marcante de pais e familiares na feira contribuiu para maiores diálogos entre os diferentes membros desta comunidade escolar. E, o mais importante, os estudantes perceberam neste projeto que lhes foi dada uma oportunidade de serem protagonistas na construção de um conhecimento. Algumas Considerações A construção coletiva da Feira de ciências se mostrou tão rica ao valorizar as ideias, as experiências e a participação da comunidade escolar, que o diretor da escola decidiu que esta atividade que se iniciou na parceria com o PIBID se estenderia pela escola pelos anos seguintes como um projeto da escola. Hoje a escola continua na parceria com o PIBID, com um novo projeto, afinal a Feira de Ciências ganhou novos parceiros e colaboradores no âmbito da comunidade escolar. Foi um grande prazer fazer parte desta história na Escola e esperamos dar novas contribuições em 2015.

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1 Horário: 15h30 às 16h30 // Sala: 141

Atividades Investigativas sobre características dos seres vivos Anne Caroline de Freitas, Maurício Nagata Yoshida, Thiago Mendes, Marcelo Tadeu Motokane,

Michele Dayane Facioli Medeiros [email protected], [email protected], [email protected], [email protected],

[email protected] Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Ribeirão Preto – Universidade de São Paulo

Palavras-chave: seres vivos, ensino por investigação, sequência didática

Introdução O ensino de ciências trabalha com diversos conceitos complexos que exigem mais do que a mera exposição para serem compreendidos. As propostas de ensino investigativo são uma alternativa para auxiliar o ensino de ciências, nas quais, por meio da problematização e observação de fenômenos, o aluno tem maior chance de compreender os conceitos. Uma sequência didática investigativa (SDI), embasada em pressupostos teóricos da Alfabetização Científica e do ensino por investigação (CARVALHO, 2013), foi elaborada, para alunos do 7º ano de uma escola municipal do interior paulista, a fim de substituir a proposta de atividades do Estado de São Paulo referente ao tema “Variedade de seres vivos”. Objetivo Apresentar um relato de experiência sobre a elaboração e aplicação de uma sequência didática embasada nos pressupostos teóricos da alfabetização científica e do ensino por investigação, referente ao tema “Variedade de seres vivos”, para turmas do 7º ano do ensino fundamental de uma escola municipal no interior paulista. Desenvolvimento A construção da sequência didática teve início com a análise da proposta curricular e do material didático do Estado de São Paulo. Constatou-se a ausência de atividades que trouxessem manipulação de material biológico. Além disso, conceitos complexos, como o de seres vivos, são abordados sem a profundidade adequada, por meio de esquemas pouco explicativos. A partir dessa análise, alguns conceitos foram selecionados para receber um tratamento didático diferenciado, dada a sua importância para o entendimento do conceito de vida, e o alto grau de complexidade envolvido na sua compreensão. Foram organizadas 12 atividades para desenvolver os conceitos de diversidade biológica, classificação, célula, processos energéticos e reprodução. Os alunos tiveram a oportunidade de reconhecer a diversidade de vida interespecífica e interespecífica, além da diversidade de vida microscópica, por meio da utilização de equipamentos laboratoriais, como microscópios e estereomicroscópios. Foram realizadas atividades de classificação, utilizando modelos plásticos, plantas e insetos. As atividades visavam que os alunos desenvolvessem e avaliassem critérios de classificação, além de terem contato com os critérios científicos. Características intrínsecas à vida, como a reprodução e processos energéticos, a respiração e a fotossíntese, também foram contemplados como conceitos importantes. Para tratar dos processos energéticos, foram realizados experimentos para evidenciar a relação entre a fotossíntese e a respiração. O desenvolvimento da SDI proporcionou uma complementação dos conteúdos presentes nas propostas do estado de São Paulo, possibilitando o desenvolvimento de habilidades argumentativas e do raciocínio lógico dos estudantes. Bibliografia

CARVALHO, A.M.P. (org) Ensino de Ciências por investigação: Condições para implementação em sala de aula. Editora: Cengage Learning, 2013.

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2 Horário: 15h30 às 16h30 // Sala: 141

Didática, Currículo e Práticas Pedagógicas:

atividades interdisciplinares e lúdicas Ariéle Pereira Matias; Edmar Lucas Leone; Glaucy Kroll Mantello; Kátia Priscila de Lima dos

Santos; Tainá Nahed Kühl; Tatiana Ap. P. Ferreira; Cristina Pedroso; Noeli Rivas [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected];

[email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected] Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo

Palavras-chave: Formação de Professores; Currículo dos anos iniciais e Projetos Temáticos

O subprojeto do Curso de Pedagogia no PIBID-USP busca articular Didática, Currículo e Práticas Pedagógicas na formação do Pedagogo. Este estudo busca descrever e analisar o projeto desenvolvido na Escola CEMEI “Dr. João Gilberto Sampaio”. No de 2014, priorizaram-se as seguintes atividades: observação participante em sala de aula, reuniões de estudo e orientação na escola campo de estágio e na universidade, participação nas reuniões de TDC, elaboração de portfólio, elaboração de unidade didática, apoio aos professores no desenvolvimento do currículo e outras demandas pela escola. Dentre os projetos para apoio ao professor no desenvolvimento do currículo merecem destaque: organização do acervo da biblioteca, leituras e participação em excursões na Feira do Livro de Ribeirão Preto, auxílio aos alunos com dificuldade de aprendizagem e contação de história sobre a autora Eva Furnari. Além dessas atividades foram elaborados projetos de ensino, cujos temas foram: Educação Financeira e Reciclagem. Esses dois projetos foram elaborados pelos bolsistas, atendendo à solicitação da coordenadora pedagógica da escola. Para o desenvolvimento dos projetos, os bolsistas estudaram as temáticas e elaboração materiais didáticos. O desenvolvimento dos projetos mostrou a importância do planejamento e do tratamento interdisciplinar dos conteúdos e da contextualização. No ano de 2015 tem sido priorizado o planejamento e o desenvolvimento de unidades didáticas. As unidades didáticas desenvolvidas tiveram como tema: O Vento, a Água e o Solo; Diversidade Étnico-Racial; Pinturas da infância brasileira: Cândido Portinari e Ivan Cruz; Fábulas; Papel: A Utilização do papel na sociedade. A elaboração das unidades didáticas foi realizada em consonância com o currículo da escola, buscando enriquecê-lo e diversificar as atividades. As experiências vivenciadas mostram que o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) proporciona aos alunos do curso de Pedagogia vivenciarem as situações de ensino nas condições reais em que elas ocorrem; portanto, contribui efetivamente com a formação do futuro professor. Além disso, possibilitam ao aluno de Pedagogia vivenciar uma experiência de formação constituída a partir da cooperação entre universidade e escola pública de educação básica.

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3 Horário: 15h30 às 16h30 // Sala: 147

Multiculturalismo e a Escola

Débora Piai de Assis, Elder de Lima Magalhães, Fernando Kengy Taba, Igor Gomes, Luci Mara Pereira Gaspar, Maisa Barros, Márcio Dias da Silva, Rafael Seminatti, Rodrigo Ferreira Santos,

Samuel Chaves, Tarcísio Linhares Filgueiras, Tiago Cagnotto Ferreira, Profa. Dra. Núria Hanglei Cacete (coord.)

[email protected], elder.magalhã[email protected], [email protected], [email protected], [email protected], [email protected], [email protected], [email protected], [email protected],

[email protected], [email protected], [email protected]; [email protected] Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo

Palavras-chave: multiculturalismo, educação, formação de professores

Introdução O multiculturalismo é um termo polissêmico que envolve desde visões mais liberais ou folclóricas que tratam da valorização da pluralidade cultural, até visões mais críticas cujo foco é o questionamento de racismos, discriminação e preconceitos de forma geral, buscando perspectivas transformadoras nas diferentes dimensões da vida social. É a partir da perspectiva crítica que balizamos as ações do projeto. Objetivos Compreender como questões relacionadas a classe social, gênero, etnia, raça, cultura religião, etc. estão dimensionadas em ambientes educacionais e em que medida os professores têm lidado com a cultura de jovens e adolescentes, atendendo o aluno real e concreto, o que significa compreendê-lo em sua inserção social, cultural e histórica. Busca-se possibilitar a formação do docente multiculturalmente orientada, tanto para professores em formação inicial, como para professores em exercício, na perspectiva da construção de uma prática pedagógica que valorize a escuta e o olhar atento à desigualdade social e à diversidade étnica e cultural. Métodos/procedimentos O período inicial do Subprojeto de Geografia/Multiculturalismo (2012) consistiu na organização de grupo de estudos e aprofundamento sobre as novas abordagens acerca do multiculturalismo crítico e sua interface com a educação, visitas às escolas, acompanhamento de aulas, e de experiências multiculturais bem sucedidas, construção de instrumentos para a realização de diagnósticos acerca da representação de alunos e professores sobre os temas em questão; e, num segundo momento, planejamento de intervenções nas escolas. Essas ações, que se estendem até o momento, envolvem a realização de oficinas, palestras, vídeo-debates, estudo do meio, abordando as temáticas relativas à desigualdade social, as diversidades culturais, étnicas, religiosas e participação em encontros científicos. Resultados Consideramos que no âmbito do currículo, tanto na escola básica como nos cursos de licenciatura, a questão da desigualdade social, da diversidade cultural, preconceitos, discriminação, constituem, em muitos casos, campos de silêncio nas salas de aula. Nesse sentido, trabalhar essas questões na escola é ainda um grande desafio. O diagnóstico realizado e a convivência cotidiana na escola demonstram dois aspectos importantes: por um lado, como estão arraigados preconceitos, discriminação e estereótipos; e, por outro, a curiosidade e o interesse, sobretudo dos alunos, por maior aprofundamento e discussão desses temas, o que demonstra a necessidade de trabalho de longo prazo, dada a natureza sobre o qual ele incide, ou seja, atitudes valores e procedimentos.

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4 Horário: 15h30 às 16h30 // Sala: 147

A construção coletiva de atividades práticas em áreas verdes

e laboratório escolar: experiências do PIBID- ESALQ Vânia Galindo Massabni, Maurício Vulcano, Laura Penalva, Carolina Santos Antunes, Jussara Ferreira, Gustavo Righeto Alves, Vitor de Oliveira Soares, Manoela Vilela Ferraz Silva Dueñas,

Andreza M. Gevartosky, Marcelo Basanelli [email protected], [email protected], [email protected], [email protected],

[email protected],[email protected], [email protected], [email protected], [email protected], [email protected]

Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiróz (ESALQ) - Universidade de São Paulo Palavras-chave: atividades práticas; laboratório escolar; ensino de Ciências

Introdução O PIBID ESALQ, como projeto formativo de professores, tem a preocupação de fomentar práticas pedagógicas que valorizem a construção coletiva das ações na escola. Estas ações buscam dar amparo ao professor da área das Ciências para desenvolver atividades práticas em colaboração com licenciandos em Ciências Biológicas e Agrárias. O apoio é importante, pois as atividades práticas são raras nas escolas (Andrade e Massabni, 2011), embora relevantes para o despertar do interesse dos alunos e na aprendizagem de Ciências. Em um trabalho interdisciplinar, podem ainda modificar a visão da Ciência, relacionando-a à vida diária. Objetivo Relatar e refletir sobre as atividades práticas realizadas (2014- 2015) na escola Elias de Mello Ayres (Piracicaba- SP), no subprojeto “Atividades práticas e recursos de informática como apoio ao ensino de Ciências Biológicas e Agrárias”, da ESALQ –USP. As atividades culminaram na elaboração do Jardim dos Sentidos na escola, e em novas práticas pedagógicas para áreas verdes e laboratório escolar. Desenvolvimento do trabalho As práticas pedagógicas foram realizadas pelos licenciandos e professores supervisores (disciplinas de Ciências e Química) e colaborador (Geografia), os quais envolveram os alunos da escola na construção do denominado Jardim dos Sentidos. Esta construção ocorreu em várias fases: escolha do local, retirada de grama e lixo, preparo do solo em curvas de nível, escolha das plantas, e plantio e manutenção dos canteiros relacionados ao paladar, visão, tato e olfato. A inauguração foi um momento de realização para todos e ocorreu dia 7 de novembro de 2014. As ações incentivaram aulas na área verde e também o uso do laboratório escolar, tanto em atividades de pré-iniciação cientifica no Ensino Médio, como em novas aulas práticas que facilitaram a aprendizagem de conteúdos de Ciências (por exemplo, sobre Transpiração dos Vegetais). O trabalho formativo dos licenciandos tem sido intenso, dedicado a pensar novas metodologias para áreas verdes, que integrem a sustentabilidade e a formação humanística para a sensibilidade (como na Oficina de Formação Interna do PIBID, “Ciência: entre a razão e a sensibilidade”). Por meio de ações coletivas tem sido possível aprimorar a prática pedagógica dos licenciandos e professores, bem como realizar mudanças que fortalecem a escola como espaço público de educação de qualidade. Bibliografia

ANDRADE, M. L. F.; MASSABNI, V. G. O desenvolvimento de atividades práticas na escola: um desafio para os professores de ciências. Ciência & Educação, Bauru, v. 17, n. 4, p. 835-854, 2011. GIOVANI, L. M. Do professor informante ao professor parceiro: reflexões sobre o papel da universidade para o desenvolvimento profissional de professores e as mudanças na escola. Cad. CEDES [online]. 1998, vol.19, n.44, pp. 46-58.

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5 Horário: 15h30 às 16h30 // Sala: 147

CAPOEIRANDO: UMA ETNOGRAFIA NO CURRÍCULO CULTURAL EM AÇÃO

Aline Gam; Ana Paula Ribeiro; Felipe Nunes Quaresma; Gabriela Dias Pinsdorf [email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]

Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo Palavras-chave: Etnografia, Currículo cultural, Capoeira.

O presente trabalho relata uma ação etnográfica sobre a manifestação capoeira (regional e angola) que ocorreu junto aos estudantes da Escola Estadual Eulália Silva, localizada na zona sul da cidade de São Paulo, na qual estamos tematizando capoeira com os alunos dos 5º anos do ensino fundamental I, e também como trabalho colaborativo com as bolsistas do Programa de Iniciação Básica e Incentivo à Docência (PIBID). Para realizar o trabalho, transitamos em diferentes espaços em que ocorre a prática, como a Praça da República e algumas academias de capoeira angola e regional, do bairro, do entorno e da escola. O objetivo é entender mais sobre essa manifestação cultural sob a ótica daqueles que estão inseridos em seus emaranhados de significados, possibilitando diálogos mais intensos junto as alunas/os dos anos com quem estamos tematizando a capoeira. Ao entrevistar os capoeiristas, pretende-se compartilhar os significados encontrados, o que consideramos que poderá ajudar no trabalho em sala de aula e na formação das bolsistas que serão futuras profissionais da área da educação. A pesquisa foi realizada durante dois meses. Nesse período, coletamos diferentes informações: as formas como acontecem os rituais das rodas em diferentes espaços, as graduações dos grupos, os códigos que compõem a roda, as ladainhas e chulas cantadas, e as diferentes relações de poder que permeiam todo esse emaranhado de culturas. Todas essas relações que vivenciamos junto aos capoeiristas fazem com que possamos pensar de forma mais completa nas situações didáticas junto aos estudantes. Foi apresentado também aos mesmos, os vídeos e fotos das rodas de capoeiras que vivenciamos na etnografia.

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6 Horário: 15h30 às 16h30 // Sala: 147

Alfabetização Científica: adaptação de material didático para alunos

surdos ou com deficiência auditiva Greice de Sousa Vertuan; Mirela Araújo Nosete; João Francisco Nunes Tasso; Cássia Dias;

Lídia Miranda da Silva, Daniela Gonçalves de Abreu e Joana de Jesus de Andrade [email protected], [email protected], [email protected], [email protected],

[email protected], Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo

Palavras-chave: Alfabetização científica; Adaptação de material didático; Alunos Surdos.

Introdução Este trabalho parte da adaptação e criação de materiais didáticos para estabelecer a inclusão e alfabetização científica[1,2] de alunos surdos, no ensino público do estado de São Paulo, a partir das vivências do grupo PIBID. O PIBID é um Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência, de abrangência nacional, e pelo curso de Licenciatura em Química da USP Ribeirão Preto, conta com o apoio de duas coordenadoras, quatro supervisores e vinte e dois graduandos do curso, tendo início em 2012. Os alunos surdos ou portadores de deficiência auditiva possuem, por Lei[3], o direito a um intérprete de Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS); entretanto, não há material adaptado ou outro tipo de recurso[4] para o uso deste aluno ou do intérprete. Observando a necessidade dos alunos, em especial, do primeiro e do segundo ano do Ensino Médio, foi realizada a adaptação e elaboração de uma tabela periódica.

Objetivo Estabelecer a inclusão e a alfabetização, bem como suprir as necessidades educativas especiais e promover o aprendizado do ensino de química para alunos surdos/mudos, no ensino público, por meio do desenvolvimento de uma tabela periódica adaptada.

Desenvolvimento Para a elaboração da tabela periódica utilizou-se das observações do acompanhamento nas aulas de química e por meio de discussões com intérpretes e profissionais da sala de recurso. Assim, das dificuldades dos alunos para com o aprendizado em química, adaptou-se a tabela periódica com a datilologia dos elementos químicos e com imagens que caracterizam a sua aplicação. A tabela periódica foi elaborada com o programa computacional Excel. Para cada elemento, há o seu nome e símbolo em datilologia, a massa atômica, número atômico e uma imagem que o representasse.

Considerações finais A educação inclusiva se faz pela inserção e acessibilidade de todas as crianças ao conhecimento, atendendo suas necessidades especiais e promovendo o aprendizado de forma igualitária a essas. Preocupado em suprir essas necessidades, o Programa Institucional de Iniciação à Docência (PIBID), além de possibilitar ao aluno de licenciatura a vivência no dia a dia do ambiente escolar, contribui de forma significativa para a alfabetização científica e inclusão dos alunos portadores de deficiência auditiva (D.A.), a partir da reestruturação e/ou construção de materiais didático-pedagógicos. Referências Bibliográficas [1] SASSERON, L. H.; CARVALHO, A. M. P. Alfabetização Científica: Uma Revisão Bibliográfica. Investigações em Ensino de Ciências. São Paulo, v.16(1), p. 59-77, 2011. Disponível em: <http://www.if.ufrgs.br/ienci/artigos/Artigo_ID254/v16_n1_a2011.pdf>. Acesso em: 10 jul. 2015. [2]CHASSOT, A. Alfabetização Científica: Uma Possibilidade Para a Inclusão Social. Revista Brasileira de Educação. n.22, p. 89-99. Disponível em <http://www.scielo.br/pdf/rbedu/n22/n22a09>. Acesso em 10 de jul. 2015. [3] FERREIRA, W.M; NASCIMENTO, S.P.F; PITANGA, A.F. Dez Anos da Lei da Libras: Um Conspecto dos Estudos Publicados nos Últimos 10 Anos nos Anais das Reuniões da Sociedade Brasileira de Química. Química Nova na Escola. São Paulo, V.36, n. 3, p.185-193, 2014. [4] SOUSA, S.F; SILVEIRA, H.E. Terminologias Químicas em Libras: A Utilização de Sinais na Aprendizagem de Alunos Surdos. Química Nova Escola. V.33, n.1, 2011.

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7 Horário: 15h30 às 16h30 // Sala: 149

A diversidade da cultura afro-brasileira: a elaboração de Fanzine e

Glossário por alunos do 5º ano da EMEF João Carlos da Silva Borges, localizada no bairro de Moema (SP)

Gonçalo de Andrès Fernandez (Supervisor), Branca Zilberleib; Caroline Mariano; Daniela Ferrari de Oliveira; Dislane Zerbinatti Moraes (Coord.)

[email protected]; [email protected]; [email protected]; [email protected]; gonç[email protected]

Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas – Departamento de História - FEUSP Palavras-chave: fanzine; afro-brasileira; glossário

Introdução: Já faz bastante tempo que os fanzines deixaram de ser considerados como um gênero menor e vêm conquistando um lugar merecido na narrativa histórica, afinal, trata-se de um suporte privilegiado para contar histórias, utilizando, de forma combinada, textos e desenhos; uma possibilidade de criar uma narrativa original. Quanto aos temas relativos à cultura afro-brasileira, nunca é demais lembrar que a partir da lei 10639/2003 tais conteúdos tornaram-se obrigatórios nos currículos escolares de escolas públicas e privadas no Brasil. Esta lei dirigida à educação básica tem seus desdobramentos para a formação de professores no ensino superior expressos nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Objetivos: Desenvolvimento de práticas de pesquisa e estudo com análise e discussão de texto, gráfico, mapa, consulta a dicionário, ressaltando aspectos da escravidão e da cultura afro-brasileira. Apresentar aos alunos a possibilidade de expressar aspectos relevantes da cultura afro-brasileira por meio de suporte alternativo: um fanzine. Refletir sobre situações cotidianas que envolvam discriminação racial. Desenvolvimento do trabalho: O projeto, desenvolvido em 2014, iniciou-se após verificarmos que o 5º ano B, da EMEF João Carlos da Silva Borges, apresentava dificuldade em compreender o significado de algumas palavras relativas à escravidão. Além de o fanzine caracterizar-se com um instrumento de produção coletiva, que envolveria o grupo como um todo, as crianças poderiam utilizar as palavras das quais se apropriaram, num exercício de comunicar, de forma criativa, a pessoas que não fazem parte de sua classe, o conteúdo que aprenderam. Para isso, foram feitas, nas visitas à escola, rodas de conversa, apresentações de slides, audição de canções, análise de charge sobre o tema e até uma roda de capoeira. Com isso, procuramos, também, desenvolver na sala de aula práticas de pesquisa e o uso de diferentes fontes - imagens, textos, gráficos e desenhos. Em seguida, a turma foi dividida em equipes e cada uma ficou responsável por elaborar uma parte do fanzine, concentrando-se em um tema específico. Resultados obtidos: Além da participação entusiasmada do 5º ano B como um todo, pudemos observar que certas crianças, que normalmente apresentavam questões relacionadas à atenção e concentração, envolveram-se intensamente na elaboração do fanzine. Foi o caso do aluno Richard, que se dispôs a ilustrar a letra da canção “O canto das três raças”, de Paulo Cesar Pinheiro e Mauro Duarte; fez isso em poucos minutos criando um desenho muito pertinente ao conteúdo expresso na letra, sendo reconhecido pela classe por isso. Na aula em que a estudante Branca Zilberleib levou à sala de aula um berimbau e mostrou alguns cantos de capoeira, boa parte do grupo aderiu à cantoria e dança, tendo a oportunidade de mostrar e ver valorizado o conhecimento extraescolar que possuem devido à participação em centros educativos, onde passam metade do dia. Referências bibliográficas LOPES, Nei. Dicionário escolar afro-brasileiro. São Paulo: Selo Negro Edições,2006 LOPES, Nei. Novo dicionário banto do Brasil. Rio de Janeiro: Pallas,2003 OLIVEIRA, Reinaldo José de. A cidade e o negro no Brasil: cidadania e território. São Paulo: Allameda,2013

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8 Horário: 15h30 às 16h30 // Sala: 149

Projeto Lutas: Quando nós somos a diferença?!...

Carolina Vieira Barbosa; Natalia Imada Romão [email protected]; [email protected]

Faculdade de Educação da USP

O Projeto Lutas, na EMEF Professor Roberto Mange, desenvolvido com as turmas dos 8° anos, tem como desafio, no seu Projeto Especial de Ação (PEA), promover ações pedagógicas que contribuam com relações socioculturais mais justas e democráticas. Assim, nossa proposta de estudo faz uso do mapeamento que identificou e reconheceu os saberes dos estudantes, nos aproximando das diferentes representações de lutas que possuem, permitindo o planejamento de momentos de troca de experiências, posicionando os como sujeitos leitores, colaboradores e produtores culturais. Inspirados pelas teorias crítica e pós-crítica da educação, nos apoiamos no multiculturalismo crítico, onde colocamos nossas lentes focadas nas produções discursivas da diferença religiosa relacionada à luta capoeira, pois, de forma pejorativa, a classificação da luta como macumba nos impulsionou a ir além de identificar as relações assimétricas de pode haver representadas. O projeto propõe problematizar e ajudar os alunos a compreender por que pensamos isso. Como e onde esses discursos são produzidos? A quem interessa continuarmos com esse pensamento? Nosso projeto questiona as verdades absolutas e as injustiças sociais produzidas por elas; assim, buscamos possibilidades de produzirmos intervenções sociais que favoreçam formas mais justas e democráticas de ser e estar no mundo.

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9 Horário: 15h30 às 16h30 // Sala: 149

Projeto Matabichar Andréa J. Faragacci, Daniela A. R. Coelho, Denise S. de Oliveira e Estela Lia T. M. Lima

[email protected], [email protected], [email protected] e [email protected]

Faculdade de Educação da USP Palavras-chave: literatura africana; Angola; gênero conto

Introdução Nesta comunicação, apresentaremos a gênese e o planejamento geral de uma sequência didática que será implementada nos meses de agosto e setembro de 2015, na Escola de Aplicação da FEUSP, com os alunos do 1° ano do Ensino Médio. O projeto Matabichar tem como mote a literatura africana, mais especificamente angolana, e o corpus da atividade irá orbitar na obra textual e audiovisual de Ondjaki. Objetivo O objetivo é proporcionar um espaço de discussão e reflexão sobre literatura africana e que ao final da sequência didática os alunos sejam capazes de criar um conto, a partir da leitura do livro Os da minha rua, de Ondjaki, e do documentário Oxalá cresçam pitangas, realizado por Ondjaki e Kiluanje Liberdade. Desenvolvimento O projeto será desdobrado em quatro encontros, com duração de 1h40 cada, para as duas turmas do 1° ano do Ensino Médio, totalizando oito aulas. No primeiro será feita uma breve apresentação do projeto, seguida de perguntas que estimulem os alunos a fazer uma primeira reflexão sobre o assunto. Temas como oralidade, escrita, vocabulário angolano, política linguística, cultura africana, entre outros, serão discutidos. Após isso, será apresentado o documentário Oxalá cresçam pitangas. Ao final, entregaremos para os alunos a cópia dos contos selecionados do livro Os da minha rua, que serão trabalhados no encontro seguinte. Nele, faremos uma leitura compartilhada dos contos, com roda de discussão a partir das inquietações dos alunos. Concomitantemente, apresentaremos ao debate algumas características da literatura africana no decorrer da história, seus principais escritores e temáticas. No terceiro encontro pediremos aos estudantes que elaborem um conto, relacionando a perspectiva do documentário com os traços típicos dos contos do Ondjaki. Na última aula, quarto encontro, será realizada a avaliação do curso e haverá o retorno das produções textuais corrigidas com comentários para uma possível reescrita.

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0 Horário: 15h30 às 16h30 // Sala: 149

PIBID Química USP-RP: fundação e estruturação

Monique Moraes Pereira; Paulo Roberto Volpato; Elisandra Cristina Schinor; Joana de Jesus de Andrade e Daniela Gonçalves de Abreu

[email protected] Departamento de Química da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da USP

Introdução: Visando a valorização e o aperfeiçoamento da formação de professores de química para a educação básica, formulou-se o subprojeto PIBID do Curso de Licenciatura em Química da FFCLRP/USP. As atividades do grupo foram incorporadas à rotina da Escola Estadual Professor Alcides Corrêa, no segundo semestre de 2012, com o envolvimento de doze bolsistas, duas professoras supervisoras e uma professora coordenadora. Posteriormente, no primeiro semestre de 2014, o grupo foi expandido, e passou a atuar em outras escolas da cidade de Ribeirão Preto. Este trabalho irá concentrar-se nas atividades realizadas na escola Alcides Corrêa. Nesses três anos de grupo, muitas atividades foram realizadas, como atividades de formação dos membros do grupo, através de leitura de textos, palestras e participação em encontros e congressos, atividades realizadas com participação direta dos alunos da escola, como a realização de aulas experimentais, concursos, oficinas. Tais atividades foram importantes tanto para a estruturação do grupo, como para melhoria nas condições de atuação na escola (melhoria de relacionamento com o corpo gestor da escola, revitalização do laboratório), a formação de cada bolsista e também das professoras supervisoras e da coordenadora do grupo. Assim, neste trabalho pretendemos registrar e compartilhar a história do grupo concomitantemente com as atividades realizadas até este momento. Objetivos: O presente trabalho visa contar a história do grupo, mostrando as principais atividades que propiciaram sua fundação e sua estruturação, além de refletir sobre como essas atividades auxiliaram todos os membros do grupo. Metodologia: Exibimos nossa linha do tempo com muito orgulho, pois temos registrado como as principais atividades desenvolvidas as oficinas, que expunham a problemática do descarte de produtos recicláveis e reaproveitáveis; o “S.O.S. Ciência”, que eram aulas no contra turno para reforçar a teoria estudada; a revitalização do laboratório, onde elaboramos um concurso cultural; e a prática de aulas experimentais, visando uma melhor compreensão do conteúdo químico estudado. Tais atividades contribuíram tanto para a estruturação do grupo, quanto para a formação de seus membros, incentivando assim, a formação pedagógica.

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AUTORES E CONTATOS

Acainã Luiz de Azevedo [email protected] Adriana Oliveira [email protected] Adriane Pena [email protected] Alan M. Barbosa [email protected] Alberto Belo da Silva [email protected] Alessandro Marques da Cruz [email protected] Alex Sandro de Lima [email protected] Alexandre Rodriguez Murari [email protected] Aline Aparecida Miranda Gomes [email protected] Aline Gam [email protected] Amanda C. S. Regorão [email protected] Ana Beatriz dos Santos [email protected] Ana Clara Salama Corsi [email protected] Ana Cláudia Kasseboehmer [email protected]

Ana Paula Ribeiro [email protected] Anderson Tiago De Araujo [email protected]

André C. Pinto [email protected] André Pina Moreira Andréa J. Faragacci [email protected] Andréia Rodrigues Rocha [email protected] Andreza M. Gevartosky [email protected] Angélica Isawa [email protected] Anna Cecília de Alencar Reis [email protected] Anne Caroline de Freitas [email protected] Antonia Terra Calazans Fernandez [email protected] Ariel Freire [email protected] Ariéle Pereira Matias [email protected] Arthur Müller [email protected] Artur Penna [email protected] B. C. Cezila Bárbara Badaró [email protected] Bárbara de Souza Ferreira [email protected] Bárbara Estefânia Bartolomeu Zibordi Bárbara Rodrigues Cintra Armellini [email protected] Barbara Valério [email protected] Beatriz Alvares Bigoto [email protected] Beatriz Augusta Novais de Oliveira [email protected] Bianca Denadai [email protected] Branca Zilberleib [email protected] Bruna Dal Belo Benetti [email protected] Bruna Helena Curi [email protected] Bruno Araujo [email protected]

Bruno Santana de Freitas [email protected] Bunni Costa [email protected] Caio Malheiros [email protected] Caio Marques Neves Nunes [email protected]

Camila Calda [email protected] Camila Krantz [email protected] Carime Lima [email protected] Carlos C. Mascio [email protected]

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2 Carlos Marques [email protected]

Carolina Apolinário [email protected] Carolina Bednarek Sobral [email protected] Carolina Mie Takaya [email protected] Carolina Ribeiro [email protected] Carolina Santos Antunes [email protected] Carolina Vieira Barbosa [email protected] Caroline da S. Mariano [email protected] Caroline Nogueira da Silva [email protected] Caroline Passarini Sousa [email protected] Caroline Rodrigues da Cunha [email protected] Caroline Takahashi de Freitas [email protected] Caroline Veiga [email protected]

Cássia Dias [email protected] Catherine Elisabeth Galli [email protected] Celso Fernandes Lima [email protected] Chen Chun Te [email protected] Claudia Macegossa [email protected] Conrado J. Pereira [email protected] Cristina C. Machado [email protected] Cristina Cinto Araujo Pedroso [email protected] Cristina Leite [email protected]

Cristina Pedroso [email protected] Dália Rosenthal [email protected] Daniel Marczuk Martini [email protected]

Daniel Matheus Silva [email protected] Daniel Sean Concagh Daniela A. R. Coelho [email protected] Daniela Ferrari de Oliveira [email protected] Daniela Gonçalves de Abreu [email protected]

Daniela Gratner Schuck [email protected] Daniela Lopes Scarpa [email protected] David Marinho [email protected] Dayane Maria de Oliveira Portapila [email protected] Débora Barbosa Roncon [email protected] Débora de Lima Gonçalves Antelmo [email protected] Débora Piai de Assis [email protected] Débora Santos De Alencar [email protected] Denis Aparecido Mendes de Oliveira [email protected] Denise S. de Oliveira [email protected] Dennis Bueno [email protected] Diego Ramalho Carloto Diego Sita de Pieri [email protected] Diogenes Henrique de Castro Dislane Zerbinatti Moraes [email protected] Domênica Ferreira dos Santos Ferreira [email protected] Edmar Lucas Leone [email protected] Ekeveliny A. Veschi [email protected] Elder de Lima Magalhães elder.magalhã[email protected] Eli Nascimento [email protected] Elisandra Cristina Schinor

Emike Luzia Pereira Correia [email protected]

Ernani Nagy de Moraes [email protected] Estela Lia T. M. Lima [email protected] Esther Pacheco de Almeida Prado [email protected] Euzane Gomes da Rocha [email protected] Eva Aparecida Dos Santos [email protected] Everson M. dos Santos Fabiana Maris Versuti [email protected] Fabiana Roberta Scarpino Franco [email protected]

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3 Fábio Carvalho [email protected]

Fábio Ferreira de Jesus [email protected] Fábio Henrique Gonçalves de Souza [email protected] Fábio Silva Cruz [email protected] Fausto Neto Reis de Lira [email protected] Felipe Cavalcante Gatti [email protected] Felipe Correia de Melo [email protected] Felipe Nunes Quaresma [email protected] Fernanda Costa Fernanda de Lima [email protected] Fernanda Dias da Silva [email protected] Fernanda Martins da [email protected] Fernando Henrique Tisque dos Santos [email protected] Fernando Kengy Taba [email protected] Flavia Yumi Fuhimi [email protected] Francisco Douglas Lisboa Duarte [email protected] G. H. Camargo Gabriel Carvalho [email protected]

Gabriel Lopes Fernandes da Costa [email protected] Gabriel V. Lazzari [email protected] Gabriela Dias Pinsdorf [email protected] Gabriela M. Zanarotti-Bovo [email protected]

Gabriele Novaes [email protected] Géssica Ap. P. Santos [email protected] Giovana Elisa de Sousa [email protected] Giovanna P. M. Bergamini [email protected] Giulia B. S. Bispo [email protected] Giulia Galizoni Caversan [email protected] Glaucy Kroll Mantello [email protected] Gonçalo de Andrés Fernandez gonç[email protected] Graziela Lojor de Araujo Greice de Sousa Vertuan [email protected] Guilherme dos Santos Batista [email protected] Guilherme Pires Gouvea Gustavo Righeto Alves [email protected] Hans Willians Alves do Carmo [email protected] Helena Massako Nakagaito [email protected] Henri Flávio da Silva [email protected] Henrique Romero Gonçalves [email protected] Hermógenes Evangelista [email protected] Hudson Henrique Santos da Silva [email protected] Hugo Heringer [email protected] Igor Gomes [email protected] Igor Koermandy Pereira [email protected] Igor Martin Pereira [email protected]

Ingrid Caroline da Rocha Machado [email protected] Ingrid Pereira Leite [email protected] Iolanda Guilherme Assis da Silva [email protected] Ione Messias [email protected]

Isabel Oliveira Isabela Pinho Gomes Assêncio [email protected] Isabella B. Romano Jackeline Dias [email protected] Jackeline Kanarski Braz da Silva [email protected] Jacqueline Andrade Santos [email protected] Jacqueline Cristina Jesus Martins [email protected] Janaina Conceição de ASSIS [email protected] Jayme Temple [email protected] Jéssica Evelin Silva [email protected] Jhonatan Rodrigues do Nascimento [email protected]

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4 Joana de Jesus de Andrade [email protected]

João Francisco Nunes Tasso [email protected] João Luís de Abreu Vieira [email protected] João Paulo Muniz de Palma [email protected]

João Pedro Mesquita [email protected] João Vitor Bortoleto Joice Y. Obata [email protected] Jorge Luiz de Oliveira Junior [email protected] José Antonio Vasconcelos [email protected] José Guilherme Zago de Souza [email protected] Josenilton Andrade de Franca [email protected] Joso de Souza Jr [email protected] Julia Zago Brito [email protected] Julia Zanardo Grespan [email protected] Julian Gomez Maidana [email protected] Juliana Camargo [email protected] Juliana K. Silva [email protected] Juliana Kátia da Silva Gimenes [email protected] Juliana RossiI [email protected] Juliana Toledo [email protected] Jussara Ferreira [email protected] K. M. Ferreira Kadu V. T. Paulino [email protected] Kamila Drequeceler [email protected] Karen Grasiela Angelotti [email protected]

Karina Marina Andrade da Silva [email protected] Karine Evelyn Alves Carvalho [email protected] Kátia Priscila de Lima dos Santos [email protected] Keith Russo [email protected] Kenia Naara Parra [email protected] Ki Ok Joo [email protected] L. F. Delsin Laila Antunes Laís Allana Lima de Oliveira [email protected] Larissa Ferreira Silva [email protected] Larissa Helena Costa [email protected]

Laura Penalva [email protected] Lauro Fabiano de Souza Carvalho Leonardo Vieira [email protected] Leticia C. C. C. Pradela [email protected] Letícia M. Souza [email protected] Lídia Miranda da Silva [email protected] Lindiberg Yosetake [email protected] Lívia Aparecida Alves [email protected] Louise Marinho Costa de Assis Luana Beltrami Munhoz [email protected] Luana Cristina Soares Da Silva [email protected] Luana Graziele Stanganini [email protected] Lucas Cirillo Sampaio Cruz [email protected] Lucas D. Daire [email protected] Lucas F. Torigoe [email protected] Lucas Moraes dos Santos [email protected]

Lucas Rigo Lucas Rodrigues Lucas Sagawa [email protected] Lucelaine Rocha Reato de Aguiar [email protected]

Luci Mara Pereira Gaspar [email protected] Luciano Nunes de Almeida [email protected] Luiz Cláudio Reginatto [email protected] Luiz Gustavo Arruda [email protected]

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5 Luiz Henrique Calderon Salles [email protected]

M.A. Pires [email protected]

Maisa Barros [email protected] Manoela Vilela Ferraz Silva Dueñas [email protected] Marcel de Souza Paula [email protected] Marcel Valentino Bozzo [email protected] Marcela Santos Rolim Marcelo Basanelli [email protected] Marcelo Kakihara [email protected] Marcelo Tadeu Motokane [email protected] Marcelo Vitale [email protected] Márcia Augusta de Almeida [email protected] Márcia Rodrigues Santos [email protected] Márcio Dias da Silva [email protected] Marcos Longo Marcos Ribeiro das Neves [email protected]

Marcus Vinícius Pinheiro de Almeida Santos [email protected]

Maria Angélica Penatti Pipitone angelicapenatti@gmail

Maria Antonieta Falcã[email protected] Maria Aparecida Costa [email protected] Maria Claudia Milan Robazzi [email protected] Maria Fernanda Martins Cardozo [email protected] Maria Izabel Fonseca [email protected] Maria Sylvia Chaluppe Mello. Mariana B. Gomes [email protected] Mariana Costa [email protected] Mariana de S. C. Barros [email protected] Mariana Freire [email protected] Mariana Rodrigues Cantuaria [email protected] Marina Cancio Rodrigues [email protected] Marina Marins [email protected] Marina Pessoa Silva [email protected] Marina Xisto [email protected] Mário Rodrigues de Oliveira Filho [email protected] Marisa B. Schmidt [email protected] Martiniliano Souza [email protected] Marymar Crepaldi Penteado [email protected] Mateus Almeida de Barros [email protected] Mateus M. Pereira [email protected] Matheus Chaves [email protected] Matheus de O. Arouca [email protected] Matheus Dias [email protected] Matheus Henrique Gonçalves [email protected] Matheus Rodrigues Pesso Salgado [email protected] Maurício Nagata Yoshida [email protected] Maurício Vulcano [email protected] Mayara Cristina Silveira [email protected] Mayara Luma Oliveira [email protected] Mayra Rodrigues Melina Pissolato Moreira [email protected] Micael L. Z. Guimarães [email protected] Michele Dayane Facioli Medeiros [email protected] Miguel Augusto Leme [email protected] Milena Toschi [email protected] Mirela Araújo Nosete [email protected] Moisés Yugi Cantuaria Sakai [email protected] Mônica A. B. da Silva [email protected] Mônica Fátima de Mello Lemos Silva [email protected] Mônica Otake [email protected] Mônica Pasquale [email protected]

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6 Monique Moraes Pereira [email protected]

Muriel Donzellini Murillo Avellaneda [email protected] Nascimento, L.A. [email protected] Natália Cristina da Silva [email protected] Natalia Fenuchi Coelho [email protected] Natalia Imada Romão [email protected] Nayara Ap. Rodrigues [email protected] Noeli Prestes Padilha Rivas [email protected] Núria Hanglei Cacete [email protected] Olga Maria Aldana Nora [email protected] Otavio Balanguer Ozorio Saturnino Barbosa Neto [email protected] Patricia Cavalcanti [email protected] Patrícia Fernanda Rossi [email protected] Patrick Vieira de Jesus [email protected] Paulo Roberto Centeno Franco [email protected] Paulo Roberto Volpato Paulo Sérgio Moreira de Carvalho [email protected] Paulos Borges Viríssimo Dos Santos [email protected] Pedro de Araújo [email protected] Pedro Xavier Russo Bonetto [email protected] Priscila Cruz Barbosa Da Silva [email protected] Priscila Mantovani [email protected] Priscila Sales Luz Guimarães [email protected] Rafael Kenji Katayama [email protected] Rafael Pereira de Carvalho [email protected] Rafael Seminatt [email protected] Rafael Shiraishi de Campos [email protected] Rafael Soares Caetano [email protected] Raiza Cristina Sorrini Medeiros [email protected] Raphael Cafachi Paulino [email protected] Raphael Leon de Vasconcelos [email protected] Raphael R.L. Custódio [email protected] Raquel Scheffer Lopes [email protected] Rassiê Tainy de Paula [email protected] Rayane Silva [email protected] Rayssa Fernandes Rojas Regiane Silva de Miranda Renan del Bel [email protected] Renan Moser [email protected] Renata Bertoni Bazan [email protected] Renata Pellaes Correa [email protected] Renata Pojar [email protected] Renata V. Gomes [email protected] Renato dos S. Rodrigues [email protected] Rene de Melo Junior [email protected]

Ricardo Ribeiro Tanuri [email protected] Ricardo Soares [email protected] Roberto Braga [email protected] Robson Gomes Sobral [email protected] Robson Santos da Silva [email protected]

Rodrigo Correia da Silva [email protected]

Rodrigo da Silva Rodrigues Lermes [email protected]

Rodrigo Dassie Pecoraro [email protected] Rodrigo Ferreira Santos [email protected] Rodrigo Tonon [email protected]

Rogério Felício do Prado [email protected]

Rogerio Machado Braga Rosangela Maria Pomponio Saldanha [email protected]

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7 Roselei Sueli Moraes Pereira [email protected]

Rubens Parker Huaman [email protected]

S. Palandre Sabrina Silva Viana [email protected] Samanta I. do Carmo [email protected] Samuel Chaves [email protected] Santos, J.P. [email protected] Sara Caroline Silva [email protected] Sara Uchiyama [email protected] Shizue Ideriha Shimizu [email protected] Silvana Duarte Bezerra [email protected]

Silvana Soares Melo [email protected] Simone Santos Pimentel [email protected] Soraia S. E. Nardi [email protected] Stefane Saruhashi [email protected] Steffi Lorena Gemio [email protected]; Sueli Rafael Oraci [email protected] Suzana Ursi [email protected] Tainá Nahed Kühl [email protected] Tânia Azevedo [email protected] Tarcísio Linhares Filgueiras [email protected] Tatiana Ap. P. Ferreira [email protected] Taynara Silva

Thaís Gonçalves [email protected] Thassia Rafaela Camilo Camara [email protected] Theófilo Satoshi Okada [email protected] Thiago Marchini [email protected] Thiago Mendes [email protected] Tiago Amaral Moraes [email protected]

Tiago Cagnotto Ferreira [email protected] Tulyo Cesar Martins [email protected]

Uriel Assan [email protected] Ursula Simonetti Lovaglio [email protected] Valdson C. Almeida [email protected] Valéria Silva Dias [email protected]

Vanessa Albuquerque [email protected]

Vanessa Gomes de França [email protected] Vanessa Uriondo Cortez [email protected] Vânia Galindo Massabni [email protected] Victor Doutel Pastore [email protected] Victor J. Oliveira [email protected] Victória Fernandes de Oliveira [email protected] Vinícius Martins

Vitor da Costa Trumpis [email protected] Vitor de Oliveira Soares [email protected] Vitor Fabrício Machado de Souza [email protected] Vitor Hugo de Souza [email protected] Vitor Martins Menezes [email protected] Viviane Silvestri [email protected] Walter Mendes Leopoldo [email protected] Wendler Feliphe Rui Alves [email protected] Weslly Ferreira Viana [email protected]