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Primeiro número do jornail virtual ilhavirtualpontocom, informativo sobre a literatura maranhense
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ceitaremos pequenos contos e poemas, des-de que o texto tenha até 700 palavras. Por motivo de espaço, os textos podem receber pequenas modifica-ções, mas sem alterar suas características autorais.
Caso você queira co-laborar, mande seu texto por e-mail para nosso endereço eletrô-nico, que está na ca-beça desta página.
Em breve estaremos de volta com mais um número deste infor-mativo virtual.
Os Editores
O projeto Sistema Literário Maranhense tem como objetivo maior divulgar as le-tras e os autores do Maranhão, sejam eles clássicos, modernos ou praticamente des-conhecidos. Como forma de atin-gir mais rapidamente o publico leitor, esta-mos colocando no ar a partir deste mês nosso boletim virtual, que terá artigos, pequenas resenhas, poemas, sugestões de leitura e notícias sobre nossos escritores. Nesta edição, falamos sobre o grande e es-
quecido Coelho Neto, um escritor que co-nheceu a glória em vida, mas que depois passos a ser constan-temente relegado a um plano inferior nas letras brasileiras Nossa linha editorial será bastante simples, não admitindo ofensas pessoais e/ou comen-tários depreciativos sobre pessoas. No entanto apreciações críticas sobre obras serão sempre bem vindas Aceitamos colabora-ções de artigos sobre autores e obras mara-nhenses, também a-
EDITORIAL
Nesta edição:Nesta edição:Nesta edição:Nesta edição:
Editorial .................... 01
Informe........................ 01
Coelho Neto ................ 02
Perfil .......................... 03
Sugestão de leitura ...... 03
Adelino Fontoura ....... 04
Em breve .................... 04
E-mail: [email protected]
ilhavirtualpontocomilhavirtualpontocomilhavirtualpontocomilhavirtualpontocom
NOSSOS
INTERESSES
♦ Literatura Maranhense
♦ Contos
♦ Artigos
♦ Poemas
♦ Resenhas
♦ Sugestões de leitura
♦ Divulgação de eventos
ABRILABRILABRILABRIL————2011201120112011 VOLUME 1, VOLUME 1, VOLUME 1, VOLUME 1, EDIÇÃOEDIÇÃOEDIÇÃOEDIÇÃO 1111
INFORME: Montello Itinerante A Casa de Cultura Josué Montello tem seu pro-jeto de levar o acervo do escritor para diversos muni-cípios do Maranhão.
Neste mês de abril, próxima parada da Exposi-ção Itinerante da Casa de Cultura Josué Montello, nos dias 13, 14 e 15, será na cidade de Dom Pedro do Maranhão, participando da programação de inaugura-
ção da Biblioteca Pública Municipal.
Como sempre, se-rá uma grande oportuni-dade de entrar em contato com a obra de autores maranhenses e de conhe-cer a vida e a obra de Montello
A organização do evento aguarda a presen-ça de todos.
COELHO NETO: da fama ao esquecimento José Neres
Jheysse Lima Coelho
(Membros do Pro-jeto O Sistema Literário Mara-nhense: Hipermí-dia e Hipertexto)
Artigo veiculado no jornal O Estado do Ma-ranhão de 23 de março de 2011.
Henrique Maxi-miano Coelho Neto (1864-1934) é um dos
mais prolíficos escritores da literatura brasileira. Dono de uma copiosa produ-ção literária, que vai do conto ao roman-ce, passando pela poesia, pelo teatro e por outros gêneros, o intelectual mara-nhense nascido em Caxias teve seus mo-mentos de glória do final do século XIX até as primeiras décadas do século XX, quando seu nome era aclamado pelos amantes das letras. Ao longo de sua carreira, Coelho Neto galgou todos os degraus da fama e do sucesso. Foi eleito, por voto popular, Príncipe dos Prosadores Brasileiros, tor-nou-se membro fundador e presidente da Academia Brasileira de Letras, sendo também o primeiro brasileiro indicado para um Prêmio Nobel de Literatura, a-lém de conquistar o mercado editorial no Brasil e em Portugal, país no qual sua obra teve excelente recepção. Admirado por uma multidão, Coelho Neto teve ain-da em vida todas as glórias que poderiam ser destinadas a um homem de letras, mas décadas após a sua morte, teve qua-se todo o seu trabalho relegado ao ostra-cismo e acabou ficando mais conhecido na historiografia literária por sua riqueza vocabular e por seus giros sintáticos do
que pela arquitetura e pela inventivi-dade de seus textos. No romance “A Conquista”, publica-do em 1899, Coelho Neto abordou, principalmente através das persona-gens Anselmo e Ruy Vaz, a margina-lização que os escritores sofriam na-quela época. Além de ser indiscuti-velmente uma crítica à sociedade, o romance também não deixa deconter uma curiosidade: será que há ali uma espécie de premonição para o que viria acontecer posteriormente com o até então quase incontestado escritor? Certamente, Coelho Neto não imagi-naria que isso poderia acontecer-lhe, logo com ele, que era o autor mais festejado de seu tempo, uma espécie de best-seller da época. Mas o parecia improvável aconteceu e nos dias atu-ais Coelho Neto é um nome raramen-te citado nas academias e nem mesmo pronunciado pela maioria dos jovens, que desconhecem a produção literária desse escritor maranhense
Torna-se muito simplista, porém, afirmar que o autor de “Banzo”, “O Morto” e “A Capital Federal” não seja lido na atualidade apenas por não ser mais um roman-cista mercadologicamente atrativo, por não estar na lista dos livros mais vendidos, por não ultrapassar a tira-gem de milhões de exemplares ou por não ter suas obras transformadas em filmes Hollywoodianos. Claro que todo esse marketing seria válido e até influenciaria na mudança do horizon-te de expectativas dos hipotéticos lei-tores. Entretanto não foi essa a princi-pal causa da marginalização da obra de Coelho Neto
(continua na p. 03)
Legenda da imagem ou do elemento gráfico.
Página 2 ILHAVIRTUALPONTOCOM
Ao longo de sua carreira, Coelho Neto galgou todos
os degraus da fama e do sucesso.
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Com o advento do Modernis-mo, um movimento novo e contrário ao academicismo da época, tudo que era vigente em termos artísticos tinha que ser abolido e consequentemente os expoentes máximos da estética anterior também deveriam relegados a um segundo ou terceiro plano das letras brasileiras. O pesquisador Elie-zer Bezerra, em seu livro sobre o pro-sador maranhense, denominou esse movimento de rejeição à obra coelho-netiana de onda modernista e comen-ta que uma campanha de apagamento da importância literária de Coelho Neto foi desenvolvida por algumas pessoas (denominadas pelo ensaísta de pseudomodernistas) incapazes e ambiciosas por glória sem esforço. Historiadores literários como Antônio Soares Amora e Massaud Moisés, por
outro lado, apontam como causas principais do esquecimento do autor de “Miragem” a irregularidade de sua obra e os exage-ros no uso do vernáculo, o que poderia dificultar o acesso das novas gerações aos trabalhos do escritor
É certo dizer que primeiro momento de ruptura deixou
marcas significativas no cenário literário brasileiro e que auto-res e obras foram desmerecidos para que outros fossem louva-dos. Mas que também o “gosto literário” não é mais o mesmo, portanto o reconhecimento pela posteridade fica comprometido. O fato é que Coelho Neto tem seus méritos e, assim como todos os demais escritores da época, contribui para o engrandecimen-to a nossa história literária. Livros como “A Conquista”, “Turbilhão”, “Rei Negro” e “Sertão” são algumas das obras de Coelho Neto que ainda podem despertar o interesse dos leitores da atualidade, mas, infelizmente raramente são encontrados nos catálogos das editoras e nas prateleiras de livrarias e bibliotecas, o que se torna mais um obstáculo na tentativa diminuir a con-cepção de que Coelho Neto é um escritor sem importância para a atualidade.
da Academia Bacaba-lense de Letras.
Publicou artigos, contos, crônicas, pes-quisa histórica e poesi-as: Anonimato (poesias – 1990), O homem que derreteu (contos – 1997), Secretariado: mitos, falácias, e verda-des (coletânea de arti-gos dos alunos de Se-cretariado Executivo Bilíngue - 2002), ...E o
Por Mayara Carvalho Marcos Fábio de
Melo Matos é natural de Bacabal, mudou-se ain-da jovem para a capital maranhense, onde cons-tituiu sua família e tor-nou-se jornalista, pro-fessor especialista em Língua Portuguesa e mestre em Comunica-ção e Cultura.É membro
cinema invadiu a athe-nas: a história do cine-ma ambulante em São Luís – 1898 a 1909 (pesquisa história – 2002), Comunicação: o u t r o s o l h a r e s (Coletânea de Artigos – 2004), Coletânea da A-cademia Bacabalense de Letras (poesias – 2004) e Cotidiano Cinza (Contos – 2005)
PERFIL: Marcos Fábio Belo Matos
cação brasileira do final do século XIX e início do século XX.
De forma simples e didáti-ca, Viriato Correa percor-re alguns anos da vida estudantil da personagem principal e de seus colegas de escola. Não há como
não tirar grandes lições dessa obra.Este livro é recomendado para todas as idades e para todas as séries, pois dele sempre o leitor poderá tirar grande proveito.
Média de preço: R$ 30,00
LEIA: CAZUZA, de Viriato Correa Esse livro é ma das obras-primas da literatura infan-to-juvenil brasileira. Em Cazuza o leitor terá a oportunidade de entrar em contato com um trabalho de extremo gosto estético e com um estudo bastante interessante sobre a edu-
Marcos Fábio Belo Matos
Professor e escritor
Página 3 VOLUME 1, EDIÇÃO 1
EM BREVE: Dentro de algumas se-
manas, estará no ar o
livro virtual O VERSO E O SILÊNCIO DE ADELINO FON-TOURA.
Fruto do projeto de
pesquisa O Sistema lite-
rário Maranhense: hi-
permídia e hipertexto,
financiado pela Facul-
dade Atenas Maranhen-
se—FAMA, este traba-
lho trará de volta para
o grande público os
poemas de Adelino
Fontoura, o poeta par-
nasiano patrono da ca-
deira número 1 da Aca-
demia Brasileira de Le-
tras, mas quase total-
mente desconhecido
das novas gerações.
No livro, os pesquisa-
dores José Neres,
Jheysse Lima Coelho e
Viviane Ferreira Batista
trazem, além de um es-
tudo sobre o poeta, a
maioria de seus poemas
já conhecidos, mas que
há tempos estão fora
de edição e que não são
encontrados organiza-
dos no mundo digital.
É tão divina a mágica aparência
E a graça que ilumina o rosto dela, Que eu concebera a imagem da inocência
Nessa criança imaculada e bela.
Peregrina do céu, pálida estrela, Exilada da etérea transparência, Sua origem não pode ser aquela,
Da nossa triste e mísera existência.
Tem a celeste e ingênua formosura E a luminosa auréola, sacrossanta
De uma visão do céu, cândida e pura.
E quando os olhos para o céu levanta, Inundados de mística doçura,
Nem parece mulher – parece santa.
PROJETO: O SISTEMA LITERÁRIO MARANHENSE PROJETO: O SISTEMA LITERÁRIO MARANHENSE PROJETO: O SISTEMA LITERÁRIO MARANHENSE PROJETO: O SISTEMA LITERÁRIO MARANHENSE HIPERMÍDIAS E HIPERTEXTOSHIPERMÍDIAS E HIPERTEXTOSHIPERMÍDIAS E HIPERTEXTOSHIPERMÍDIAS E HIPERTEXTOS
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Capa de livro virtual
Autores José Neres
Jheysse lima coelho Viviane ferreira batista