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INDIVÍDUO & SOCIEDADE Profº Ney Jansen Sociologia

Imagens “Ação Social” - curcepenem.files.wordpress.com · (WEBER, Max. Economia e Sociedade. Vol. 1. Brasília. UNB. 2000. p. 3). Exemplo hipotético: durante as manifestações

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INDIVÍDUO &

SOCIEDADE Profº Ney Jansen

Sociologia

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Ao problematizar a relação entre indivíduo e sociedade, no final do século XIX a sociologia deu três matrizes de respostas a essa questão:

I-A sociedade determina os indivíduos

II-Os indivíduos determinam a sociedade

III-As sociedades e os indivíduos determinam-se reciprocamente, de acordo com os limites das condições materiais de existência em um dado período histórico

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O reconhecimento do indivíduo como elemento distinto da sociedade é um fenômeno moderno. Exemplos:

Filosofia política moderna século XVIII (Hobbes, Locke, Rousseau)

Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789)

Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948)

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Quando no início do século XIX, quando o temo sociologia aparece nos escritos de Augusto Comte, no contexto pós revolução industrial, francesa e iluminismo, a busca por explicações científicas (causa-efeito) das regularidades (padrões) dos fenômenos sociais levou ao desenvolvimento de n procedimentos metodológicos de pesquisa social

A ideia de uma estrutura social condicionando comportamentos independentemente da consciência que temos dela é um dos fundamentos de análise sociológica

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Como os clássicos da sociologia analisaram essa relação indivíduo-sociedade?

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Durkheim analisa a preponderância da sociedade sobre os indivíduos como ângulo de análise. O termo "consciência coletiva" designa a formação ou maneiras de ser, pensar e agir que são externas, coletivas e coercitivas as vontades individuais.

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A consciência coletiva está difusa (espalhada) por toda a sociedade, por isso é externa ao indivíduo (não é o que o indivíduo pensa, mas é o que a sociedade pensa). Por isso a consciência coletiva age sobre o indivíduo de forma coercitiva (uma força impositiva sobre o indivíduo).

O todo (a sociedade) é mais complexo que as partes (os indivíduos).

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Os fatos sociais (fenômenos sociais) não são

explicados pela vontade dos indivíduos, nem biologicamente, nem psiquicamente. A consciência coletiva expressa-se de várias maneiras, através de mecanismos de identificação comum (ideias, símbolos, sentimentos, vestimentas, linguagem verbal ou corporal).

Um determinado grupo social representa a criação desses mecanismos de consciência coletiva. Por exemplo: torcidas organizadas de futebol, integrantes de grupos religiosos, militante de partido político, skinheads, integrantes de grupos de hip hop, etc.

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A “ordem social” para Durkheim está ligada as funções sociais que garantam a coesão social (ou solidariedade social)

Quando há interrupção dessa “solidariedade social” entramos em um processo de anomia (doença, sintoma de crise), tornando-se patológico

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Para Max Weber, a sociedade não é algo

externo ou superior aos indivíduos que a compõe mas é fruto da interação ou conexões de n motivações recíprocas.

A sociedade deve ser compreendida pelo conjunto das ações individuais recíprocas (valores compartilhados por indivíduos e grupos de indivíduos).

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Devemos compreender o sentido das ações sociais: os indivíduos agem a partir de valores, motivações, interesses, códigos de honra, noções de justiça e expectativas (subjetividade)

Ações sociais são orientadas por motivações tradicionais, afetivas-emocionais ou racionais (com relação a meio ou fins)

Exemplos: intenção de voto, religião, afeto, expectativas de ascensão profissional, expectativas de enriquecimento, etc.

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Por “ação social” entende-se as ações que “quanto ao seu sentido visado pelo agente, se refere ao comportamento dos outros, orientando-se por este em seu curso”. (WEBER, Max. Economia e Sociedade. Vol. 1. Brasília. UNB. 2000. p. 3).

Exemplo hipotético: durante as manifestações

de massa no Brasil em junho de 2013 muitos indivíduos não se somaram à manifestação pois não se sentiram motivados a participarem mesmo que a manifestação tenha passado hipoteticamente em frente de sua residência. Outros indivíduos por outro lado, mesmo sem se conhecerem, sentiram-se motivados a participar, estabelecendo conexões motivacionais.

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Para Karl Marx o olhar deve estar direcionado para as condições materiais de existência, para as relações de produção material que condicionam a superestrutura (ideológica, leis, concepções de mundo)

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As relações de trabalho, produção e apropriação da riqueza material são a base da análise sociológica em Marx

As classes sociais, são fenômenos históricos ligadas ao surgimento da propriedade privada dos meios de produção, a apropriação privada da riqueza socialmente produzida por um grupo social específico (uma determinada classe social que explora outra)

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Uma estrutura social condiciona comportamentos independentemente da consciência que temos dela (Durkheim e Marx)

A ação social só pode ser analisada pela compreensão das conexões motivacionais dos indivíduos

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