Impactos Econômicos de Segurança Portuária: Estudo de Caso na Empresa Ultracargo

Aline Oliveira de França Silva André Luiz de Andrade Paulino Jorge Lucas Mendes da Silva

Introdução

� A Empresa� Custos de Acidentes� Carga Perigosa� Norma Regulamentadora 29� O Acidente� Carta Santos� Considerações Finais

Sobre a UltracargoExiste no mercado há mais de 49 anos;Em Santos seus principais produtos são:�Químicos,�Corrosivos,�Óleo lubrificantes, �Combustíveis,�Óleos Vegetais.Suas características são:�Capacidade Total de Armazenagem: 338.300 m³�Capacidade dos Tanques: 100 m³ a 10.000 m³�Tanques: 179�Berço de Atracação: 03�Linhas de Píer: 18�Calado: 12 m�Área do Terminal: 183.871 m²�Desvio Ferroviário

Os Custos

Conforme Santos, Schimidt e Pinheiro (2006) a Contabilidadede Custos que vem da Contabilidade Financeira, surgiuquando da necessidade de avaliação de estoques no setorindustrial. A Contabilidade de Custos assessorava os usuáriosinternos acerca das decisões dos gestores. Segundo Martins(2006) a Contabilidade de Custos foca o controle e decisõesnas organizações, onde existe dois tipos:

•Direto•Indireto

Custos dos Acidentes

� Custos Diretos:Matéria Prima e Mão de ObraMensurável Custo Direto em relação ao acidente de trabalho

� Custos Indiretos: Produtos critério de rateio, materiais indiretos de difícil mensuração.Mão de Obra Indireta: técnicos de manutenção.Custos de Fabricação: seguros, impostos e aluguel.Custos Indiretos em relação ao acidente de trabalho: seguros para Previdência Social, custos dos reparos de máquinas e equipamentos danificados e assistência médicas.

Carga Perigosa e sua importância

Carga perigosa é aquela composta por substâncias que, pela sua natureza oucomposição química, podem vir a causar acidentes com pessoas quemanipulam ou provocar danos ao meio ambiente, quando manipulada outransportada de maneira incorreta.Classificação das Cargas Perigosas�Classe 1- Explosivos�Classe 2-Gases Compridos, Liquefeitos e Dissolvidos sob Pressão�Classe 3- Líquidos Inflamáveis�Classe 4- Sólidos Inflamáveis, Substâncias Sujeitas à Combustão Espontânea, Substâncias que, em Contato com a Água, Emitem Gases Inflamáveis�Classe 5-Substâncias Oxidantes, Peróxidos Orgânicos�Classe 6- Substâncias Venenosas (Tóxicas) e Substâncias Infectantes�Classe 7- Materiais Radioativos�Classe 8- Substâncias Corrosivas

Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego

Figura 1: Classe 3: Líquido Inflamável

Norma Regulamentadora

NR 29 tem por objetivo regular a proteção obrigatória contra acidentes edoenças profissionais, facilitar os primeiros socorros a acidentados ealcançar as melhores condições possíveis de segurança e saúde aostrabalhadores portuários. As disposições contidas nesta NR aplicam-seaos trabalhadores portuários em operações tanto a bordo como em terraassim como aos demais trabalhadores que exerçam atividades nos portosorganizados e instalações portuárias de uso privado e retroportuárias,situadas dentro ou fora da área do porto organizado. Com a suaexistência jurídica está assegurada em nível de legislação.

Fonte: Ministério do Trabalho e Previdência

Figura 2: Norma Regulamentadora

O Acidente

Começou no dia 02/04/2015 e teve seu término em 10/04/2015 foram 9 dias de intensos trabalhos por parte dos bombeiros e equipes ao redor que ajudaram no combate do incêndio.

Figura 3: Incêndio na Alemoa

Fonte: G1

Os ImpactosConforme o jornal A Tribuna o incêndio no terminal da Ultracargo afetouo tráfego de caminhões com destino a margem direita do Porto deSantos, o acesso aos terminais foi bloqueado pela Companhia Docas doEstado de São Paulo (Codesp), os caminhoneiros representados peloSindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens daBaixada Santista e Vale do Ribeira (Sindcam) moveriam uma ação najustiça contra a Ultracargo pelos dias sem trabalhar durante o incêndio.

Figura 4: Impacto no rio

Fonte: G1

Carta Santos

A Carta de Santos 2015 é um documento criado após o fórum “Incêndio da Alemoa”, realizado no dia 22 de abril de 2015 na Associação de Engenheiros e Arquitetos de Santos (AEAS). Segundo a Carta de Santos foram apresentadas propostas sobre o incêndio, com intuito de organizar e planejar novas normas para atenuar e evitar sinistros na área do Porto de Santos.Nota-se que tal documento cita a necessidade das empresas do setor portuário em aperfeiçoar treinamento de seus colaboradores para operação com produtos químicos ou perigosos; reestruturação dos terminais portuários na aquisição de equipamentos e produtos mais potentes para o controle de sinistros como no incêndio da Alemoa.

Considerações Finais

Percebe-se que a NR 29 é uma norma regulamentar defundamental importância para a segurança e saúde dostrabalhadores do setor portuário. Tal norma tenta padronizarprocedimentos de segurança nas instalações, nasmovimentações, armazenagens e serviços correlatos aosetor; desde sinalização, instalação de equipamentos desegurança e utilização de equipamentos de proteçãoindividual (EPIs) pelos TPAs.Por fim notamos que a empresa Ultracargo estavadespreparada para este tipo de acidente, onde deveriainvestir não só em mão de obra, mas também emequipamentos necessários para prevenir o acidente.

IMPACTOS ECONOMICOS DE SEGURANÇA PORTUÁRIA

Silva, Aline Oliveira de França; Paulno, André Luiz de Andrade; Silva, Jorge Lucas Mendes da;Orientador: Prof. Me. Álvaro Carmago Prado

INTRODUÇÃOINTRODUÇÃOEste trabalho aborda o acidente ocorrido naempresa Ultracargo, juntamente com aNorma Regulamentadora de Segurança eSaúde no Trabalho Portuário NR – 29, quevisa garantir a proteção contra acidentes edoenças profissionais, servindo para facilitaros primeiros socorros a acidentes alcançandoas melhores condiçõespossíveis de segurança e saúde.

OBJETIVOSOBJETIVOSAnalisar o acidente que ocorreu naUltracargo, envolvendo os tanques decombustível e suas falhas.

PROBLEMÁTICAPROBLEMÁTICA

METODOLOGIAA metodologia utilizada no presente trabalho épesquisa bibliográfica e descritiva, utilizandolivros periódicos, artigos e sites.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Constata-se que gestores do setor portuário,tanto nos portos públicos ou em terminaisprivados dentro ou fora dos portos organizados,devem considerar as questões de segurança esaúde do trabalhador como parte integrante dosetor produtivo, implantando programas dequalidade total e de proteção ambiental emrespeito às normas nacionais.Notamos que a empresa Ultracargo estavadespreparada para este tipo de acidente, ondedeveriam investir em mão-de-obra eequipamentos necessários para prevenir que istonão torne a acontecer.

REFERÊNCIASBRASIL. AGENCIA METROPOLITANA DA BAIXADA SANTISTA. . Incêndio na Ultracargo: lições para prevenção. Disponível em: <http://www.agem.sp.gov.br/incendio-na-ultracargo-licoes-para-prevencao/>. Acesso em: 18 abr. 2016.BRASIL. MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. . Segurança e Saúde no Trabalho Portuário.Disponível em: <http://www.norminha.net.br/Arquivos/Arquivos/Manual_NR-29_portal.pdf>. Acesso em: 20 abr. 2016.BRASIL. MINISTÉRIO DO TRABALHO E PREVIDêNCIA SOCIAL. . Normas Regulamentadoras.Disponível em: <http://www.mtps.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_29.pdf>. Acesso em: 20 abr. 2016.

Referências

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