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IMPORTÂNCIA DAS HABILIDADES SOCIAIS EDUCATIVAS NO CONTEXTO DA SALA DE AULA Rosângela Aparecida Silva RESUMO As necessidades educacionais especiais cognitivas, físicas, psíquicas ou sensoriais, associadas a muitos outros fatores situacionais como falta de atendimento específico à família, aos professores e às redes de atendimento e assistência à criança, acarreta dificuldades para o aprendizado de um conjunto de habilidades sociais importantes de serem aprendidas na infância. Tanto a família quanto a escola são responsáveis por esse aprendizado e ambas carecem de ações competentes que facilitem seu aprendizado pelos alunos. Pesquisas indicam que os professores podem tornar-se importantes mediadores para o desenvolvimento de crianças com necessidades educacionais especiais, especificamente no que se refere as diferentes habilidades sociais que podem ser aprendidas no contexto escolar. Assim, é possível que professores socialmente habilidosos tenham mais competência para sua tarefa de educador, transformando ações do cotidiano em verdadeira educação de crianças, contribuindo dessa forma para sua inclusão escolar e social. Para tal, a literatura tem proposto o aprendizado de um conjunto de habilidades, denominada de habilidades sociais educativas, que visam à promoção do desenvolvimento e da aprendizagem do outro, em situação formal ou informal de ensino. Assim, esse trabalho teve como objetivo discutir esse conjunto de habilidades como uma proposta alternativa ao desempenho do professor e avaliar a sua importância para professores da rede pública de ensino. Espera-se que ao final das discussões, este trabalho contribua para a implementação de ações socialmente mais habilidosas desses professores no ensino de diferentes conteúdos sociais que devem ser contemplados em seus atendimentos a crianças com necessidades educacionais especiais na área visual. PALAVRAS CHAVE: habilidades sociais, habilidades sociais educativas, inclusão.

IMPORTÂNCIA DAS HABILIDADES SOCIAIS EDUCATIVAS NO …adotadas como ações dos educadores em suas salas de aula. DESENVOLVIMENTO No cotidiano das relações interpessoais, o fato

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IMPORTÂNCIA DAS HABILIDADES SOCIAIS EDUCATIVAS NO

CONTEXTO DA SALA DE AULA

Rosângela Aparecida Silva

RESUMO

As necessidades educacionais especiais cognitivas, físicas, psíquicas ou sensoriais, associadas a muitos outros fatores situacionais como falta de atendimento específico à família, aos professores e às redes de atendimento e assistência à criança, acarreta dificuldades para o aprendizado de um conjunto de habilidades sociais importantes de serem aprendidas na infância. Tanto a família quanto a escola são responsáveis por esse aprendizado e ambas carecem de ações competentes que facilitem seu aprendizado pelos alunos. Pesquisas indicam que os professores podem tornar-se importantes mediadores para o desenvolvimento de crianças com necessidades educacionais especiais, especificamente no que se refere as diferentes habilidades sociais que podem ser aprendidas no contexto escolar. Assim, é possível que professores socialmente habilidosos tenham mais competência para sua tarefa de educador, transformando ações do cotidiano em verdadeira educação de crianças, contribuindo dessa forma para sua inclusão escolar e social. Para tal, a literatura tem proposto o aprendizado de um conjunto de habilidades, denominada de habilidades sociais educativas, que visam à promoção do desenvolvimento e da aprendizagem do outro, em situação formal ou informal de ensino. Assim, esse trabalho teve como objetivo discutir esse conjunto de habilidades como uma proposta alternativa ao desempenho do professor e avaliar a sua importância para professores da rede pública de ensino. Espera-se que ao final das discussões, este trabalho contribua para a implementação de ações socialmente mais habilidosas desses professores no ensino de diferentes conteúdos sociais que devem ser contemplados em seus atendimentos a crianças com necessidades educacionais especiais na área visual.

PALAVRAS CHAVE: habilidades sociais, habilidades sociais educativas,

inclusão.

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INTRODUÇÃO

Pesquisas recentes têm destacado que, devido à impossibilidade

de acesso a estímulos visuais, crianças com necessidades educacionais

especiais na área visual, observadas desde as primeiras séries

escolares, apresentam mais dificuldades nas suas relações

interpessoais e no aprendizado de diversos conteúdos propostos.

Assim, o que se observa é que, embora estudos avancem sobre o tema

diversidade e as suas implicações, pouco tem sido realizado na

preparação de professores para atuarem de forma habilidosa nas

situações de ensino, proporcionando melhores aprendizados

acadêmicos e sociais para essa população.

Conceituação de deficiência visual

Segundo Conde (2004), educacionalmente define-se como cego o

indivíduo que necessita de instrução Braille (sistema de escrita por

pontos em relevo) para seu desempenho eficiente e, com visão

subnormal ou baixa visão, aquele que lê tipos ampliados ou com auxilio

de potentes recursos ópticos. Esse mesmo autor afirma que uma

pessoa é considerada cega quando a visão corrigida no seu melhor

olho for de 20/200 ou menos, isto é, ela pode ver a 20 pés (6 metros)

de distância o que uma pessoa com visão normal pode ver a 200 pés

(60 metros), ou quando o diâmetro mais largo do seu campo visual

abrange um arco não maior de 20°. Para a visão subnormal, definem-se

os indivíduos cuja acuidade visual situa-se entre 6/60 e 18/60 (escala

métrica) e/ou um campo visual entre 20 e 50º.

A OMS, de acordo com dados baseados na população mundial do

ano de 2002, estima que mais de 161 milhões de pessoas tenham

deficiência visual, das quais 124 milhões teriam baixa visão e 37

milhões seriam cegas (Resnikoff et al, 2004).

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No Brasil, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística (2000) existem 16,5 milhões de brasileiros com deficiência

visual, dos quais 159,824 mil são incapazes de enxergar. O Mesmo

instituto aponta que 14,5% da população brasileira apresenta algum

tipo de deficiência, sendo que 16.644.842 indivíduos foram

classificados como “incapaz, com alguma ou grande dificuldade

permanente de enxergar”, dos quais 1.614.220 (9,96%) encontram-se

na faixa etária de 0 a 17 anos, que corresponde ao período de

permanência no ensino fundamental e no ensino médio. Os dados

estatísticos do Instituto de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio

Teixeira (2005) indicaram que das 358.898 matrículas de alunos com

necessidades educacionais especiais na educação básica, 20.521

(5,64%) são crianças com deficiência visual.

Implicações da deficiência visual para os relacionamentos

interpessoais e desempenho acadêmico

Oliveira (1998) e Fonseca (1995) esclarecem que o homem

habita e interage em um mundo cuja manifestação é

predominantemente veiculada pela forma visual e, portanto, a visão é

um elemento integrador da captação de informações e do

reconhecimento do meio físico e social onde se encontra. Segundo

Wolffe (2005), é através da visão que a criança percebe posturas e

expressões faciais agradáveis e desagradáveis aos outros, dependendo

do contexto. Diversos estudos (D’Altura, 2002; Mac Cuspie, 1997; Mc

Alpine & Moore, 1995; Erwin, 1993 e Schneekloth, 1989) apontam

para a escassez de respostas sociais adequadas de crianças deficientes

visuais na interação com o outro o que pode estar relacionado à falta

de aprendizagem de comportamentos sociais que facilitem ações

importantes para sua interação com o mundo.

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Fatores pessoais e ambientais relacionados aos déficits de

habilidades sociais da criança

A socialização é uma das mais importantes tarefas do

desenvolvimento inicial da criança. Ela se caracteriza pela ampliação e

refinamento dos comportamentos sociais e simultaneamente, pela

compreensão gradual dos valores e normas que regulam o

funcionamento da vida em sociedade.

“A aprendizagem de comportamentos sociais e de

normas de convivência inicia-se na infância,

primeiramente com a família e depois em outros

ambientes como vizinhança, creche, pré-escola e

escola. Essa aprendizagem depende das condições

que a criança encontra nesses ambientes, o que

influi sobre a qualidade de suas relações

interpessoais subseqüentes” (DEL PRETTE E DEL

PRETTE, 2005, p. 51).

Quando as condições ambientais são restritas ou inadequadas à

aprendizagem e/ou ao desempenho de comportamentos socialmente

competentes, podem ocorrer diferentes tipos de déficits de habilidades

sociais. Se, adicionalmente, ocorrem condições favoráveis ao

desempenho de comportamentos indesejáveis (anti-sociais, opositivos,

delituosos), o desenvolvimento da competência social torna-se ainda

mais comprometido e esses déficits são acentuados. Conforme estudos

recentes de Gresham (1998 e 2002), é possível identificar três tipos de

déficits: déficits de aquisição (é uma desvantagem caracterizada pela

não ocorrência da habilidade diante da demanda do ambiente); déficits

de desempenho (é uma desvantagem caracterizada pela ocorrência da

habilidade com freqüência inferior à esperada diante das demandas do

ambiente) e déficits de fluência (é uma desvantagem caracterizada

pela ocorrência da habilidade com proficiência inferior à esperada

diante das demandas do ambiente).

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Na prática social, esses déficits podem levar a criança ao não

reconhecimento das demandas dos ambientes e ao desconhecimento

das normas e padrões socialmente aceitáveis ou valorizados. Nesse

contexto, pode dificultar: a identificação dos objetos relevantes para

uma interação (ex. desconhecimento do sentido de diversão e

camaradagem que os colegas atribuem a um jogo, a criança o vê

somente como oportunidade de vencer); a seleção de estratégias

apropriadas para alcançar os objetivos de uma interação (ex. tomar a

força um brinquedo quando o grupo já estabeleceu uma regra de

solicitar); o ajuste do comportamento às mudanças do contexto (ex.

fazer brincadeira de mau gosto com um colega que acaba de receber

uma notícia desagradável).

As dificuldades para compreender essas demandas podem estar

associadas a padrões perfeccionistas de desempenho, auto-avaliações

distorcidas, baixa auto-estima, expectativas, crenças e auto-regras

disfuncionais podendo levar os educandos a desenvolverem problemas

de comportamento, restrições de oportunidades e modelos e ao

excesso de ansiedade interpessoal.

A qualidade da relação da criança com os colegas, enquanto uma

das condições para sua aprendizagem social e acadêmica, pode ser em

grande parte mediada pelo professor. Um relacionamento satisfatório

entre professor e aluno é fundamental para aumentar a probabilidade

de o professor alcançar não só os objetivos acadêmicos, mas também

para promover a competência social das crianças.

Assim, educadores necessitam ter efetivas ações educativas que

contribuam para o desempenho social e acadêmico dessas crianças,

tornando-se indispensáveis colaboradores no processo inclusivo.

Considerando essa possibilidade como uma meta relevante a ser

discutida com os professores da rede pública de ensino que recebem

no seu rol de alunos, crianças com necessidades educacionais

especiais, qual seria objetivamente, o conjunto de habilidades sociais

relevante que crianças aprendessem e quais ações educativas efetivas

de professores poderia ser facilitador do aprendizado dessas

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habilidades, pelas crianças no cotidiano da sala de aula? Para

responder a essa pergunta, esse trabalho definiu como objetivos: a)

Identificar na literatura de habilidades sociais, qual o conjunto de

comportamentos socialmente habilidosos é relevante que crianças

aprendam e contribua para sua inclusão no ensino regular; b) discorrer

teoricamente sobre o conceito de habilidades sociais educativas como

um conjunto de ações relevantes ao desempenho habilidoso do

professor que atende crianças com e sem necessidades educacionais

especiais; c) discutir junto a professores da rede pública quais as

habilidades sociais educativas propostas são mais relevantes de serem

adotadas como ações dos educadores em suas salas de aula.

DESENVOLVIMENTO

No cotidiano das relações interpessoais, o fato de uma pessoa

saber que conjunto de habilidades sociais que se espera dela em um

determinado contexto não a qualifica como socialmente competente.

Por outro lado, identificar e emitir as que são pertinentes e relevantes,

em uma determinada situação, é uma condição importante para

estabelecer interações mais produtivas, satisfatórias e duradouras (Del

Prette & Del Prette, 1999)

A habilidade de um indivíduo para discriminar corretamente as

demandas sociais é uma condição para sua competência social, que

conceitualmente Del Prette e Del Prette (1999) definem como a

proficiência no desempenho social de um indivíduo em relação aos

seus efeitos e envolvem a realização de seus objetivos, manutenção ou

melhoria de sua interação com o outro, manutenção da auto-estima e

manutenção ou ampliação dos direitos humanos socialmente

reconhecidos. Para a literatura sobre habilidades sociais, a

aprendizagem da competência social está, então, diretamente

relacionada com as oportunidades que um indivíduo tem, ao longo da

sua vida, para participar ativamente de diferentes contextos de

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interação e para melhorar seu desempenho diante das diferentes

situações sociais (Del Prette e Del Prette, 2001).

Os efeitos do desempenho social são, de forma geral, alcançar os

objetivos imediatos, manter ou melhorar a qualidade dos

relacionamentos e manter ou melhorar a auto-estima. No caso das

crianças e adolescente vários comportamentos devem ser aprendidos

para melhor adaptação e socialização. Nesse contexto podemos

considerar ações que contribuam para o seu rendimento acadêmico,

para o enfrentamento de situação de estresse ou frustrações, para seu

autocuidado (higiene, saúde e segurança), sua independência para

realizar tarefas (na escola, no lar e em grupos de amigos) e para ser

cooperativo.

Muitos estudos têm mostrado os vários processos pelos quais

esses comportamentos se associam e contribuem para o rendimento

acadêmico e a competência social dos alunos. Em uma relação circular,

as dificuldades escolares constituem, portanto, um dos efeitos e um

agravante da pouca competência social que por sua vez, pode

dificultar o rendimento escolar e contribuir para o isolamento social da

criança na escola. Apesar disso, o fato de uma criança não se

comportar de maneira socialmente eficaz em uma situação não quer

dizer que em todas as situações se comportará dessa forma e muito

menos que não possa mudá-lo. Esse caráter situacional mostra que o

desempenho social não é uma decorrência da personalidade, no

sentido de características pessoais estáveis, mas sim que ele depende

das condições do ambiente e das experiências formais e informais de

aprendizagem que nele ocorrem. Dessa forma, comportamentos mais

habilidosos podem ser aprendidos ao longo da infância e podem ser

vivenciados nas suas interações sociais, ampliando assim as

oportunidades de aperfeiçoamento do repertório social da criança.

Habilidades sociais relevantes na infância

O homem como ser social que é, necessita de interações para se

desenvolver plenamente e já no inicio de sua existência procura formas

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de interagir com os outros. As crianças procuram desde cedo seus

pares para brincar, conversar, fazer amizade e nessas práticas, elas

aprendem as noções básicas de socialização. Conforme citação a

seguir:

“A socialização é uma das mais importantes tarefas

do desenvolvimento da criança. Ela se caracteriza

pela ampliação e refinamento dos comportamentos

sociais e pela compreensão gradual dos valores e

normas que regulam o funcionamento da vida em

sociedade. (DEL PRETTE E DEL PRETTE, 2005, p.50)

Na vida contemporânea, pais forçados a sair de casa para buscar

seu espaço no mercado de trabalho, acabam por antecipar a entrada

das crianças na escola, que saem precocemente de seu micro sistema

familiar passando a transitar em outro sistema, o escolar. Nesse novo

contexto, tem que aprender o quanto antes, regras de sobrevivência e

de adaptação que serão a base para suas experiências interpessoais ao

longo de sua vida. Se considerarmos que, a criança moderna passa o

dia se revezando em ambientes escolares, numa rotina que se estende

da infância até o início da vida adulta, podemos considerar a

necessidade dessas organizações estarem preparadas para mediar as

relações interpessoais.

Boa parte do desenvolvimento da criança estará ligada às

experiências vivenciadas em casa e na escola. Dá-se aqui a

importância do aprendizado das habilidades sociais na infância uma

vez que dela dependerá o sucesso e/ou o fracasso social, pessoal e

acadêmico do educando, seja ele sem ou com necessidades

educacionais especiais. Saber quando, onde e como utilizar de forma

competente um conjunto de habilidades sociais, que o indivíduo pode

aprender em família ou na escola, pode ser a chave para uma vida

melhor.

Com relação às habilidades sociais, Del Prette e Del Prette

(2005), apresentam um conjunto daquelas que consideram

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indispensáveis para o funcionamento adaptativo das crianças, bem

como para o desenvolvimento interpessoal relevante a essa fase da

vida.

As habilidades definidas como autocontrole e expressividade,

contribuem para que o indivíduo possa aprender a lidar com seus

próprios sentimentos através de ações educativas mediadas por pais,

educadores e/ou cuidadores levando a criança a reconhecer suas

próprias ansiedades e frustrações, quer seja por um presente ‘fora de

datas especiais’ que os pais se recusam a lhe dar, ou numa brincadeira

no pátio da escola onde ela deve esperar a sua vez; quanto antes

forem trabalhadas com as crianças mais chances elas terão para

aprender essa importante habilidade.

Civilidade é o conjunto de habilidades que auxilia o indivíduo a se

relacionar de maneira ‘educada’ com os outros. Aprender a

cumprimentar, despedir, se desculpar, pedir licença e por favor, são

atitudes que devem ser ensinadas o quanto antes às crianças, pois

serão extremamente necessárias durante toda a sua vida.

Assertividade descreve o conjunto de habilidades que preparam

o indivíduo para perceber o momento ‘certo’ para expressar os

sentimentos. Saber quando opinar e lidar com críticas é uma

habilidade que se ensina às crianças no seu dia-a-dia familiar e

escolar, e que poderá contribuir para que elas aprendam a tomar

decisões, respeitando os direitos inerentes à vida social (e deveres a

eles correspondentes) beneficiando a todos os membros da sociedade

inclusive a eles próprios.

Fazer amizades é uma importante habilidade social, pois age

como facilitador nas interações. Cabe a família e a escola proporcionar

contexto favorável para que a criança aprenda a interagir com seus

pares e aprenda com essas experiências a iniciar conversas com seus

colegas. Ações desse tipo são pré-requisitos necessários à criança para

que ela aprenda fazer amizades, o que se configura um

comportamento altamente significativo para boas relações

interpessoais nos diferentes contextos de interação das crianças.

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Soluções de problemas interpessoais descrevem um conjunto de

habilidades que estão implícitas nos momentos de tomada de decisão

de qualquer indivíduo, permitindo que haja melhores respostas com

menores custos. Não é tarefa fácil, principalmente para as crianças,

uma vez que precisam de “pistas” para essa importante aprendizagem,

pois nelas estão contidas as sutilezas estabelecidas durante as

relações sociais como gestos, falas, olhares e atitudes que podem

determinar soluções e/ou problemas durante as interações.

Habilidades sociais são aquelas que demonstram se o individuo

aprendeu a viver em grupo. Trabalhar em conjunto exige todas as

habilidades descritas anteriormente: cooperar, participar, elogiar,

criticar positivamente, compreendendo que cada um tem um ritmo

próprio, que conviver com diferentes pessoas é importante e pode se

tornar um enriquecedor momento de aprendizagem.

Todas essas ações devem estar presentes no cotidiano das

crianças com e sem necessidades educacionais especiais, pois a escola

é um local onde elas deverão aprender a lidar com os conflitos

interpessoais característicos da infância.

Para as crianças com necessidades educacionais especiais

cognitivas, físicas, psíquicas e sensoriais, o início da vida escolar pode

ser ainda mais crítico se elas não tiverem um desempenho acadêmico

que facilite as ações acadêmicas e sociais na escola pois não vêem,

não ouvem, não percebem ou mesmo não compreendem as diversas

oportunidades que surgem no cotidiano da sala de aula e que são

favorecedoras do aprendizado dessas habilidades. Estar atento a isso

faz do profissional da educação elemento indispensável em todo esse

processo.

Segundo Del Prette e Del Prette (2005), melhorar o desempenho

social poder ser requisito para a inclusão de crianças com necessidades

educacionais especiais. Profissionais mais habilidosos podem prevenir

detectar e intervir precocemente e ativamente tentando melhorar o

conjunto de habilidades sociais relevantes na infância de seus alunos,

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contribuindo assim para a inclusão escolar e social. Conforme citação

desses mesmos autores:

“Além das condições incidentais de promoção de

habilidades sociais, a escola pode assumir um papel

mais ativo nessa aprendizagem por meio de

programas para ensinar Habilidades Sociais,

planejados de forma articulada ou paralela aos

objetivos acadêmicos”. (DEL PRETTE E DEL PRETTE,

2005, p.63)

As políticas públicas que contemplam a inclusão escolar são

amparadas legalmente há décadas no Brasil, porém como nos lembra

BUENO,1999; GLAT, 1995; 2000; GODOFREDO, 1992; entre outros, não

basta que uma proposta se torne lei para que a mesma seja aplicada.

Inúmeras são as barreiras que impedem que a política de inclusão se

torne realidade na prática cotidiana em nossas escolas. Entre estas, a

principal, sem dúvida, é o despreparo dos professores do ensino

regular para receber em suas salas de aula, geralmente repleta de

alunos com problemas de disciplina e aprendizagem, essa clientela.

Preparar os profissionais da educação para criar contextos

potencialmente educativos que contemplem a diversidade é um

grande desafio e, é nesse contexto contemporâneo, que o desempenho

socialmente habilidoso do professor, se faz necessário como

importante ferramenta facilitadora do aprendizado de habilidades

sociais pelas crianças com e sem necessidades educacionais especiais.

Na tentativa de identificar que ações são essas, pertinentes ao

professor, Del Prette e Del Prette (2001) realizaram uma análise dos

efeitos de classes de habilidades sociais relevantes aos educadores

para o aprendizado de alunos com necessidades educacionais

especiais. A essas classes de respostas, que se tem mostrado relevante

que cuidadores informais (pais) e formais (professores) aprendam e ao

aprendizado de respostas sociais e acadêmicas pela criança, os

mesmos autores denominaram de habilidades sociais educativas que,

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conceitualmente são “aquelas intencionalmente voltadas para a

promoção do desenvolvimento e da aprendizagem do outro, em

situação formal ou informal de ensino (p. 95)”. Essas habilidades

devem estar presentes nas interações entre educador (seja ele mãe,

pai, professora ou agentes sociais) e o educando (filho ou aluno) e

conferem, em relação a quaisquer respostas a serem modeladas,

melhores resultados educativos, tanto no planejamento, como na

condução das ações adotadas. De forma mais específica esses mesmos

autores descrevem tais habilidades em quatro classes:

a) Estabelecer Contextos Interativos Potencialmente Educativos: o

conjunto de ações que descrevem essa classe enfatiza que o educador

tem a responsabilidade de gerenciar o ambiente físico, materiais

educativos e as relações entre os alunos, sugerindo ações que possam

ser mediadas por ele, para que alcancem objetivos prévios

determinados pelo professor. Por exemplo: quando o professor do

ensino regular recebe em sua sala de aula um aluno com necessidades

educacionais especiais ele pode, de acordo com a idade e nível dos

educandos, planejar e envolver todos os alunos, buscando a melhor

forma de atendê-los, bem como procurando informações e estimulando

os alunos a buscá-las. Assim, incentiva e estabelece, através de

atividades em duplas e em grupo, interações sociais habilidosas para

todos os integrantes da sala de aula.

b) Transmitir ou expor conteúdos sobre habilidades sociais: com essa

classe, os autores descrevem ações do educador mediadas (ou não)

por recursos visuais e auditivos que visam apresentar conteúdos de

habilidades sociais. Dentre os comportamentos que estão previstos

para essa classe estão os de sondar e desafiar a participação do aluno

durante uma atividade; estar atento às colocações dos mesmos sobre

conteúdos acadêmicos e de situações sociais, com a finalidade de

organizá-los; motivar o aluno a se expor em aula, apresentando

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objetivos para as atividades, dicas e modelos de como se comportar e

instruções verbais sobre conteúdos sociais e acadêmicos.

c) Estabelecer limites e disciplina: para essa classe, são descritas ações

verbais e/ou não verbais do educador que estabelece, justifica, sugere

e negocia regras, normas ou valores. Sabe-se que o educador

conseguindo se comportar dessa maneira consegue maior domínio

sobre a sala e uma interação que incentive o aluno a se habituar com

regras sociais.

d) Monitorar positivamente: a proposta dos autores com essa classe é

apresentar um conjunto de ações verbal e/ou não verbal dos

educadores envolvidos em monitorar de maneira educativa o

comportamento diretamente observável ou sobre comportamento

relatado pelo educando. Os autores sugerem que o educador deve

apresentar conseqüências reforçadoras para comportamentos sociais

desejáveis imediatamente observáveis. Outro comportamento

importante envolve estabelecer condições de maior acesso a

comportamentos do educando (passados ou futuros) reunindo

informações e/ou conseqüenciando relatos.

CONCLUSÃO

Para a realização do estudo desenvolvido durante o Programa

PDE-PR em 2007, sobre o tema Habilidades Sociais e Inclusão Escolar,

um grupo de profissionais da educação foi avaliado sobre suas ações

no que se refere à inclusão escolar de alunos com necessidades

educacionais especiais, habilidades sociais infantis e habilidades

sociais educativas. Para a avaliação das habilidades sociais infantis, foi

utilizado o QRI - Questionário de Relações Interpessoais (DEL PRETTE &

DEL PRETTE, 2003) que trata de assuntos tais como: características

interpessoais da classe de alunos; ocorrência de conflitos e estratégias

adotadas pelo professor para lidar com eles; importância e ocorrência

de habilidades sociais específicas dos alunos; a auto-avaliação do

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professor sobre sua capacidade de promover as habilidades sociais dos

alunos. Além desses itens esse questionário também avalia os

possíveis ganhos que o professor considera ter com a implementação

de programas de habilidades sociais na escola. Neste trabalho, o

objetivo desse questionário foi o de observar o desempenho do

professor e avaliar as suas dificuldades em relação ao desempenho

social do seu aluno durante a permanência em sala de aula.

Com base nos dados obtidos nessa avaliação, foi elaborado um

“Caderno de Apoio”, com o objetivo de informar aos professores o que

são e quais são os objetivos das habilidades sociais educativas, como

um conjunto de comportamentos relevantes ao professor aprender

para otimizar as interações sociais entre os alunos em sala de aula e

assim, contribuir para melhor desempenho acadêmico dos mesmos,

bem como, favorecer a inclusão de crianças com necessidades

educacionais especiais no grupo de alunos. O material foi

disponibilizado na Internet onde profissionais da educação interagiram

dando sugestões e colaborando com o estudo em si. O mesmo material

também foi disponibilizado aos docentes especialistas do ILITC-

Instituto Londrinense de Instrução e Trabalhos para Cegos, onde foi

conduzido grupo de estudos e vivências para análise da relevância de

tais habilidades para o desempenho do professor em sala de aula.

Com relação às respostas dadas pelos professores ao

questionário e também pelas discussões realizadas no grupo de

estudo, é possível constatar que muitos profissionais da educação,

embora se percebam como “habilidosos” para lidar com as diferenças,

não tem encontrado formas mais competentes para atuar. Constata-se

que não conseguem propor atividades no cotidiano da sala de aula que

possam otimizar as relações sociais estabelecidas em sala de aula,

quer seja entre professor e aluno e entre os alunos com ou sem

necessidades educacionais especiais. Neste sentido, este artigo

pretendeu fornecer aos professores, subsídios teóricos para que

reflitam sobre seu desempenho em sala de aula no que se refere às

ações que devem ser efetivadas e que podem contribuir para a

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inclusão dessas crianças de forma que tanto elas quanto os demais

alunos sejam contemplados.

Com planejamento e conhecimento da importância que as

relações sociais cotidianas têm para o desempenho acadêmico de

qualquer aluno, é que o professor da sala de aula estará sendo

educador. Ser modelo e ensinar o aluno a lidar consigo e com o outro

são habilidades que devem ser aprendidas tanto pelo professor como

pelos alunos. Assim, considera-se que está no educador a principal

referência para que o aluno se desenvolva de maneira harmoniosa,

pois a ele cabe, conforme citação a seguir:

“...A criatividade para conceber condições variadas

de interações educativas, a flexibilidade para mudar

o curso da própria ação em função do desempenho

do educando, a observação, a análise e

discriminação dos progressos obtidos, o

encorajamento das tentativas de solução de

problemas e a apresentação de novos desafios...”

(DEL PRETTE E DEL PRETTE, 2001, p. 95)

Dessa forma, a aprendizagem das habilidades sociais pela

criança em ambiente escolar depende, da forma como os professores

planejam e conduzem as interações em sala de aula.

“As necessidades especiais são decorrentes das

oportunidades, existentes ou não, bem como dos

instrumentos e mediações que possam ser

apropriados por estas pessoas em suas relações

sociais e não resultam unicamente das deficiências

biológicas que possam apresentar. Se favoráveis às

condições sociais, a situação de deficiência será

atenuada, uma vez que não serão impostas

restrições à participação dessas pessoas”.

(ROSS, 2004, p.204)

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Com isso, se constata a necessidade de se conduzir trabalhos

que visem à sistematização dessas habilidades como ações relevantes

de serem ensinadas aos professores como um aliado importante para o

alcance da inclusão escolar de crianças com necessidades

educacionais especiais.

REFERÊNCIAS

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