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IMUNOTERAPIA ALÉRGENO-ESPECÍFICA EM IMUNOTERAPIA ALÉRGENO-ESPECÍFICA EM MAIORES DE 55 ANOS: RESULTADOS E REVISÃO MAIORES DE 55 ANOS: RESULTADOS E REVISÃO DE LITERATURA DE LITERATURA Introdução Baptistella E¹; Silva TP¹; Maniglia S¹; Malucelli DA¹; Rispoli D¹; Bernardi G²; Becker RV 3 ; Dranka D 3 ; Tsuru FM 3 ; Ferraz B 3 . Curitiba - PR Conclusão Referências 1.Machado PP. O baú dos sonhos adormecidos: a dimensão simbólica da rinite alérgica em um estudo de caso. Bol. psicol v.57 n.126 São Paulo jun. 2007. 2.Ibiapina CC, Sarinho ESC, Camargos PAM, Andrade CR, Filho ASC. Rinite Alérgica: aspectos epidemiológicos, diagnósticos e terapêuticos. J. bras. pneumol. vol.34 no.4 São Paulo Apr. 2008 doi: 10.1590/S180637132008000400008. 3.Megid CBC, Cury PM, Cordeiro JA, Jorge RBB, Saidah R, Silva JBG. Tratamento da Rinite Alérgica: comparação da acunpuntura e corticóide nasal. ACTA ORL/Técnicas em Otorrinolaringologia Vol.24 (3: 152- 157,2006). 4.Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia e Sociedade Brasileira de Pediatria. Projeto Diretrizes. Imunoterapia alérgeno- específica. Projeto Diretrizes. Julho 2011. 5.Rosário Filho NA, Baggio D, Suzuki MM. Ácaros na poeira domiciliar em Curitiba. Rev. bras. alerg. imunopatol. 1992;25:15-25. 6.Mailing H, Weeke B. Immunotherapy. Position Paper of the European Academy of Allergy and Clinical Immunol. Allergy 1993; 48:9-35. 7.Solé et al. II Consenso Brasileiro sobre Rinites. Rev. Bras. Alerg. Imunopatol. Vol. 29, Nº 1, 2006. 8.Guidelines For The Use Of Allergen Immunotherapy. Canadian Society of Allergy and Clinical Immunology. <http://www.csaci.ca/index.php? page=361>. Acesso em 22/05/11. As divergências encontradas na literatura e o resultado alcançado neste estudo direcionam a necessidade da realização de mais pesquisas nessa área a fim de comprovar que a imunoterapia alérgeno-específica é uma alternativa de tratamento para a rinopatia alérgica em pacientes com idade superior a 55 anos, cujo tratamento medicamentoso convencional e o controle ambiental não foram suficientes para o controle terapêutico da doença. Endereço eletrônico: [email protected] Material e Método Estudo clínico no qual foram avaliados 104 prontuários de pacientes com idade superior a 55 anos e com queixas associadas à rinopatia alérgica. Foram triados com anamnese, exame físico e exame otorrinolaringológico. Submetidos ao teste cutâneo com alérgenos regionais (Dermatophagoides pteronyssinus e Blomia tropicalis ) em antebraço antes e após 1 ano de imunoterapia específica. A resposta cutânea aos testes alérgicos foi graduada como negativa (pápula ausente), leve (pápula < 4mm), moderada (pápula de 4-6mm) ou severa (pápula > 6mm). A imunoterapia alérgeno-específica foi realizada sobre esquema à base de gotas sublinguais prescritas 3x/semana de forma crescente, segundo esquema abaixo. Estudo Aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa do Centro Médico Especializado Baptistella (CMEB), sob protocolo de número 0015/2009. O sistema imunológico sofre várias alterações morfológicas e funcionais que resultam em um declínio gradual no envelhecimento (imunossenescência) [1]. A rinite alérgica é uma afecção relacionada ao sistema imune com prevalência de 25% na população geral. O diagnóstico é basicamente clínico e o tratamento inclui o afastamento dos fatores de risco, associação de corticóides e anti-histamínicos e/ou a instituição da imunoterapia alérgeno- específica [1-3]. A imunoterapia, uma técnica de dessensibilização mostra-se eficaz em processos alérgicos sazonais e em pacientes não responsivos ao tratamento tradicional [4]. Este estudo objetiva a análise da resposta aos alérgenos nos pacientes maiores de 55 anos com queixas associadas à rinopatia alérgica submetidos à imunoterapia. Resultados Discussão A imunoterapia, uma técnica de dessensibilização do sistema imune alérgico, está indicada em casos especiais em que o paciente não consegue evitar exposição aos alérgenos e/ou quando não há resposta adequada ao tratamento farmacológico. A Academia Européia de Alergia e Imunologia Clínica traz a imunoterapia como uma contra-indicação relativa para pacientes idosos portadores de rinite alérgica. Porém, o II Consenso Brasileiro de Rinites, de 2006, e a Sociedade Canadense de Alergia e Imunologia Clínica afirmam que em casos raros a imunoterapia pode sim ser uma opção de tratamento em idosos [6-8]. Durante a avaliação dos 104 pacientes submetidos a essa modalidade terapêutica, uma importante melhora pode ser observada através do controle com o teste cutâneo. Não houve nenhum relato de efeitos colaterais. 1. Médico Otorrinolaringologista 2. Médico. 3. Acadêmicos do Curso de Medicina, Curitiba-PR Antes da vacinação, em teste alérgico cutâneo, 42 (40,4%) pacientes apresentaram resposta severa e 62 (59,6%) pacientes resposta moderada. Após a imunoterapia específica, 40 (38,4%) pacientes foram classificados no teste alérgico cutâneo como resposta negativa, 37 (35,6%) como leve, 19 (18,3%) como moderada e 8 (7,7%) como severa.

IMUNOTERAPIA ALÉRGENO-ESPECÍFICA EM MAIORES DE 55 ANOS: RESULTADOS E REVISÃO DE LITERATURA

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IMUNOTERAPIA ALÉRGENO-ESPECÍFICA EM MAIORES DE 55 ANOS: RESULTADOS E REVISÃO DE LITERATURA. Baptistella E¹; Silva TP¹; Maniglia S¹; Malucelli DA¹; Rispoli D¹; Bernardi G²; Becker RV 3 ; Dranka D 3 ; Tsuru FM 3 ; Ferraz B 3 . Curitiba - PR. - PowerPoint PPT Presentation

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IMUNOTERAPIA ALÉRGENO-ESPECÍFICA EM IMUNOTERAPIA ALÉRGENO-ESPECÍFICA EM MAIORES DE 55 ANOS: RESULTADOS E REVISÃO MAIORES DE 55 ANOS: RESULTADOS E REVISÃO

DE LITERATURA DE LITERATURA

Introdução

Baptistella E¹; Silva TP¹; Maniglia S¹; Malucelli DA¹; Rispoli D¹; Bernardi G²; Becker RV 3; Dranka D 3; Tsuru FM3; Ferraz B 3.

Curitiba - PR

Conclusão

Referências

 

1.Machado PP. O baú dos sonhos adormecidos: a dimensão simbólica da rinite alérgica em um estudo de caso. Bol. psicol v.57 n.126 São Paulo jun. 2007. 2.Ibiapina CC, Sarinho ESC, Camargos PAM, Andrade CR, Filho ASC. Rinite Alérgica: aspectos epidemiológicos, diagnósticos e terapêuticos. J. bras. pneumol. vol.34 no.4 São Paulo Apr. 2008 doi: 10.1590/S180637132008000400008.3.Megid CBC, Cury PM, Cordeiro JA, Jorge RBB, Saidah R, Silva JBG. Tratamento da Rinite Alérgica: comparação da acunpuntura e corticóide nasal. ACTA ORL/Técnicas em Otorrinolaringologia Vol.24 (3: 152-157,2006).4.Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia e Sociedade Brasileira de Pediatria. Projeto Diretrizes. Imunoterapia alérgeno-específica. Projeto Diretrizes. Julho 2011.5.Rosário Filho NA, Baggio D, Suzuki MM. Ácaros na poeira domiciliar em Curitiba. Rev. bras. alerg. imunopatol. 1992;25:15-25. 6.Mailing H, Weeke B. Immunotherapy. Position Paper of the European Academy of Allergy and Clinical Immunol. Allergy 1993; 48:9-35.7.Solé et al. II Consenso Brasileiro sobre Rinites. Rev. Bras. Alerg. Imunopatol. Vol. 29, Nº 1, 2006.8.Guidelines For The Use Of Allergen Immunotherapy. Canadian Society of Allergy and Clinical Immunology. <http://www.csaci.ca/index.php?page=361>. Acesso em 22/05/11.

As divergências encontradas na literatura e o resultado alcançado neste estudo direcionam a necessidade da realização de mais pesquisas nessa área a fim de comprovar que a imunoterapia alérgeno-específica é uma alternativa de tratamento para a rinopatia alérgica em pacientes com idade superior a 55 anos, cujo tratamento medicamentoso convencional e o controle ambiental não foram suficientes para o controle terapêutico da doença.

Endereço eletrônico: [email protected]

Material e Método

Estudo clínico no qual foram avaliados 104 prontuários de pacientes com idade superior a 55 anos e com queixas associadas à rinopatia alérgica. Foram triados com anamnese, exame físico e exame otorrinolaringológico. Submetidos ao teste cutâneo com alérgenos regionais (Dermatophagoides pteronyssinus e Blomia tropicalis) em antebraço antes e após 1 ano de imunoterapia específica. A resposta cutânea aos testes alérgicos foi graduada como negativa (pápula ausente), leve (pápula < 4mm), moderada (pápula de 4-6mm) ou severa (pápula > 6mm). A imunoterapia alérgeno-específica foi realizada sobre esquema à base de gotas sublinguais prescritas 3x/semana de forma crescente, segundo esquema abaixo.

Estudo Aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa do Centro Médico Especializado Baptistella (CMEB), sob protocolo de número 0015/2009.

O sistema imunológico sofre várias alterações morfológicas e funcionais que resultam em um declínio gradual no envelhecimento (imunossenescência) [1]. A rinite alérgica é uma afecção relacionada ao sistema imune com prevalência de 25% na população geral. O diagnóstico é basicamente clínico e o tratamento inclui o afastamento dos fatores de risco, associação de corticóides e anti-histamínicos e/ou a instituição da imunoterapia alérgeno-específica [1-3]. A imunoterapia, uma técnica de dessensibilização mostra-se eficaz em processos alérgicos sazonais e em pacientes não responsivos ao tratamento tradicional [4]. Este estudo objetiva a análise da resposta aos alérgenos nos pacientes maiores de 55 anos com queixas associadas à rinopatia alérgica submetidos à imunoterapia.

Resultados

Discussão

A imunoterapia, uma técnica de dessensibilização do sistema imune alérgico, está indicada em casos especiais em que o paciente não consegue evitar exposição aos alérgenos e/ou quando não há resposta adequada ao tratamento farmacológico. A Academia Européia de Alergia e Imunologia Clínica traz a imunoterapia como uma contra-indicação relativa para pacientes idosos portadores de rinite alérgica. Porém, o II Consenso Brasileiro de Rinites, de 2006, e a Sociedade Canadense de Alergia e Imunologia Clínica afirmam que em casos raros a imunoterapia pode sim ser uma opção de tratamento em idosos [6-8]. Durante a avaliação dos 104 pacientes submetidos a essa modalidade terapêutica, uma importante melhora pode ser observada através do controle com o teste cutâneo. Não houve nenhum relato de efeitos colaterais.

1. Médico Otorrinolaringologista 2. Médico. 3. Acadêmicos do Curso de Medicina, Curitiba-PR

Antes da vacinação, em teste alérgico cutâneo, 42 (40,4%) pacientes apresentaram resposta severa e 62 (59,6%) pacientes resposta moderada. Após a imunoterapia específica, 40 (38,4%) pacientes foram classificados no teste alérgico cutâneo como resposta negativa, 37 (35,6%) como leve, 19 (18,3%) como moderada e 8 (7,7%) como severa.