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ÍNDICE DE RISCO DE 2011 PORTUGAL

Índice de Risco de 2011 PoRTUGAL - portugalglobal.pt · Estas perdas sem dúvida que têm um impacto na capacidade das empresas manterem a sua liquidez, investir em P&D inovador

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Índice de Risco de 2011PoRTUGAL

A Economia de Hoje

Portugal necessitou de um resgate da UE para fazer face a uma economia maltratada, em dificuldades e com um baixo cresci-mento económico.

Passos para a recuperação

Estão a ser implementadas várias medidas de austeridade, in-cluindo cortes nos salários do sector público, um aumento do IVA, bem como um acréscimo nos impostos para aqueles com maiores rendimentos.

Como as empresas estão a lidar com a situação

Um dos efeitos negativos da depressão económica em Portu-gal é o aumento no número de dias que os consumidores e as empresas estão a demorar para pagar as facturas em atraso. As entidades públicas estão a pagar um pouco mais rapidamente que no ano transacto, mas continuam com uma média de atrasos nos pagamentos de 82 dias.

100 Nenhuns riscos de pagamento, pagamentos efectuados em numerário, pagamentos efectuados aquando da entrega ou pré-pagamento, não recorrem a crédito

101 - 129 É necessário estar-se atento para manter a situação actual130 - 149 É necessária uma intervenção

150 - 169 A intervenção é inevitável, tomar medidas para baixar o perfil de risco

170 - 199 A intervenção é urgente, tomar medidas para baixar o perfil de risco

> 200 Caso de urgência, tomar medidas para baixar o perfil de risco

Índice explicação dos valores do Índice de Riscode Risco

Índice de Pagamentos

desenvolvimento económicoeU27 - Média

PIB per capita, em euros 12.121,30Crescimento do PIB 0,5% 1.4% Taxa de Desemprego 10,8% 10% Inflação 3,6% 1,4%

(estimativas para 2011)

o Índice de Risco foi desenvolvido pela intrum Justitia

A Intrum Justitia recolhe dados de milhares de empresa na Europa, desde o ano 2000. Estes dados são enriquecidos com informação es-tatística e económica, bem como dados de produção da Intrum Justitia. Com base em toda esta informação foi desenvolvido o Índice de Risco do País, bem como o Índice de Pagamentos Europeu. O Índice de Risco do País fornece informação sobre os riscos de pagamento num determinado país.

No relatório do Índice de Pagamentos Europeu de 2011, encontra informação detalhada sobre os principais países para onde Portugal exporta.

eXPoRTAÇÃo os principais países de exportação são:

Espanha 168Itália 164Reino Unido 160Alemanha 149Países Baixos 153França 148

190180170160150140130120110100

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

O que pensam os peritos

O FMI prevê que Portugal será o único país desenvolvido que irá sofrer uma recessão em 2012, contraindo 1,5% em 2011 e 0,5% em 2012.

Desistência de Dívidas/Incobráveis

A percentagem de incobráveis continuou a aumentar, em Portugal, de 2,7% para 2,8%, atingindo os 3,2% no inquérito de 2011. A percentagem média de incobráveis na Europa au-mentou de 1,9% em 2007, para 2% em 2008, sendo 2,4% em 2009, e 2,6% no inquérito de 2010, e estando actualmente nos 2,7% no inquérito de 2011. Estes valores podem não parecer muito impressionantes à primeira vista, mas tal como o gráfi co abaixo ilustra, demonstra o esforço adicional que terá de ser efectuado nas vendas para contra-atacar os valores incobráveis pelas empresas devido ao crédito mal parado, bem como ao facto de se ter que andar a tentar cobrar as dívidas.

Atrasos nos pagamentos

Apesar de ter melhorado em 2 dias, o sector público continua a demorar muito tempo a efectuar os pagamentos. As empresas e os consumidores também atrasaram os seus pagamentos.

efeito dos incobráveis:

2 % 3 % 4 % 5 % 6 % 7 %

500 25.000 16.667 12.500 10.000 8.333 7.143

10.000 500.000 333.333 250.000 200.000 166.667 142.857

Vendas adicionais necessáriasValor dos incobráveis em

Margem empresas

consumidor empresas entidades

B2c B2B Públicas

Condições médias de 30 51 57pagamento, em dias

Prazo médio de pagamento, 64 92 139em dias

Atraso médio em dias 2011 34 41 82

Atraso médio em dias 2010 32 37 84

Atraso médio em dias 2009 30 35 72

incobráveis (%) % do total do volume de negócios

2008 2,7%2009 2,7%2010 2,8%2011 3,2%

Consequências

67% das empresas inquiridas (63%, 66% nos anos anteriores) prevêem perdas de rendimentos devido a atrasos de pagamen-tos ou incobráveis. 78% (73%) (74%) receiam pela liquidez das suas empresas. 63% afi rmaram que os pagamentos em atraso estão a impedir o crescimento das suas empresas. Estes são números alarmantes quando comparados com outros países Europeus.

Percentagem pagamentos recebidos (%) 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Até 30 dias 19,4 19,5 20,9 25,1 32 32 2831 a 90 dias 49,8 49,9 52,2 50,3 39 47 41> 90 dias 30,8 30,6 26,9 24,6 29 21 31

consequências dos atrasos de pagamentos nas empresas? 2009-2011

% 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Impedir o Crescimento

Riscos de Reputação

Ameaça à Sobrevivência

Redução Liquidez

Diminuição Lucro

Juros Adicionais

2011

201120102009

201120102009

201120102009

201120102009

201120102009

A percentagem de pagamentos recebidos demonstra um equilí-brio menos favorável. Existem mais pagamentos em atraso, 31% dos quais com mais de 90 dias. Quanto mais tempo as facturas fi cam por pagar, mais difícil será serem pagas na sua totalidade, particularmente tendo em conta o actual estado da economia Portuguesa.

Baixo - MédioMédio - Alto

Estimativas dos riscos de pagamento

Das empresas que responderam, 27% (36%) (17%) conside-ram que os riscos de atrasos nos pagamentos dos seus clientes irão manter-se, enquanto 64% (55%) (77%) pensam que irão aumentar. O sentimento das empresas não é positivo.

Decrease

Diminuir Aumentar Estável

Previsão

2010 2011

Legislação

A directiva Europeia para combater os atrasos nos pagamentos (B2B e sector público) era do conhecimento de 37% (43%) dos inquiridos. 84% (58%) acreditam que se existisse legislação eficaz no que toca à cobrança de dívidas B2C (consumidores), iriam melhorar as condições das suas empresas.

Apesar da desvantagem óbvia de não receberem os pagamen-tos nos prazos, cerca de 65% das empresas ainda esperam em média 92 (85) dias antes de enviarem os seus créditos para uma empresa de serviços de gestão de créditos, de acordo com o mais recente inquérito EPI efectuado pela Intrum Justitia. Em Portugal esta situação assume proporções muito preocupantes: 53% (30%) dos inquiridos Portugueses aguardam uma média de 137 (159) dias antes de entregarem os seus créditos a uma empresa de CMS.

Voltamos a perguntar aos Directores Financeiros o que pensa-vam ser as principais causas para os seus clientes pagarem com atrasos. 95% (91%) (90%) responderam que os seus clientes pagavam com atrasos porque estavam a enfrentar dificuldades financeiras. Em muitos países, esta situação transformou-se num ciclo vicioso – recebe-se com atraso, paga-se com atraso.

Principais razões para os atrasos de pagamentos dos clientes? 2009-2011

% 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 201120102009

201120102009

201120102009

201120102009

Qual o impacto da recessão global no seu negócio?

% 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

FalsoVerdadeiro

Ineficiência administrativa s/Clientes

Disputas

Atraso pagamento intencional

Devedores em dificuldades financeiras

Médio-Alto Baixo-Médio

Redução vendas

Redução liquidez

Atrasos de pagamento dos clientes

Restrição nas condições crédito

Moral/Confiança dos colaboradores

Restrição crédito bancário

Menos focus no core business

Menos investimento em inovação

Estagnação

Aumenta o optimismo, mas continuam a pairar preocupações

com as dívidas

A economia global Europeia está a trilhar um caminho mais op-timista. A Alemanha, a Suiça, a Polónia e a Suécia revelam sinais optimistas nas suas economias e recuperação dos mercados, com um aumento nas exportações e da procura interna. Mas paira no ar uma nuvem financeira negra sobre a Grécia, Irlanda e Por-tugal, que continuam numa profunda crise financeira, e países como o Reino Unido, Espanha e Itália que se encontram em dificuldades, com um crescimento lento. Pior ainda, a realidade relativamente às dívidas resultantes de pagamento com atrasos ou não pagamento de facturas de bens e serviços fornecidos su-biu agora para níveis vertiginosos na Europa, sendo uma ameaça real a longo prazo para várias economias nacionais.

Na Europa, os credores estão a perder cerca de € 850 milhões todos os dias, em valores que não conseguem receber pelos bens e serviços fornecidos, de acordo com a mais recente pesquisa da Intrum Justitia, o grupo líder de gestão de créditos na Europa. Um novo inquérito sobre como as empresas estão a lidar com os pagamentos em atraso revela que as dívidas incobráveis atingi-ram um valor assombroso de €312 mil milhões no inquérito de 2011 – e que no decorrer dos últimos cinco anos atingiram o valor substancial de €1.300 mil milhões.

Estas perdas sem dúvida que têm um impacto na capacidade das empresas manterem a sua liquidez, investir em P&D inovador e manter o emprego. Como consequência, acaba por se traduzir em menos impostos para as economias nacionais, agrava o de-semprego, sobe o nível das dívidas e reduz a capacidade competi-tiva global da Europa a longo prazo.

Em 2010 diariamente na Europa, cerca de 600 empresas entra-ram em liquidação, num total de 220.000 empresas. No Reino Unido no ano passado, um número recorde de pessoas declara-ram insolvência, a um ritmo de 370 por dia, como consequência recessão global. Embora esta tendência esteja em queda, o novo inquérito da Intrum Justitia efectuado a cerca de 6.000 empresas por toda a Europa apresenta uma chamada de atenção quanto aos perigos dos pagamentos em atraso/não pagamentos por clientes e empresas endividadas.

A instabilidade do mercado é sublinhada no mais recente inqué-rito anual do Índice de Pagamentos Europeu (EPI) da Intrum Justitia, implementado durante os primeiros três meses de 2011. O inquérito revela que a média da percentagem de incobráveis subiu de 2,7% para 2,6% em 2010, encontrando-se nos 2,4%

101 - 129

130 - 139

< 1%

1 - 1,9%

140 - 149

150 - 159

2 - 2,9%

> 3%

Resumo

Índice Risco Europeu

Incobráveis

160 - 169

> 170

em 2009 e 2,0% em 2008. Com base nos inquéritos do EPI dos últimos cinco anos, o montante total estimado de dinheiro perdi-do pelas empresas devido a dívidas encontra-se nuns alucinantes € 1.300 mil milhões.

Uma maioria substancial de 57% dos inquiridos pelo inquéri-to do EPI disse que a recessão global afectou negativamente as suas vendas e 47% disseram que se encontravam com liquidez negativa.

Cerca de 85% dos 5.777 inquiridos no inquérito do EPI acredi-tam que a principal razão para o atraso nos pagamentos é o facto dos devedores estarem a enfrentar problemas fi nanceiros. Cerca de 63% acreditam que o pagamento em atraso foi intencional.

O possível perigo a longo prazo da recessão nos esforços da Europa, visando a capacidade de competição a nível global, foi apontado por 45% dos inquiridos pelo EPI, que disseram que as suas empresas investiram menos na inovação e na pesquisa devido à desaceleração económica, enquanto 45% disseram que a falta de liquidez signifi cava que não tinha sido estabelecido qualquer crescimento orgânico.

Um número substancial dos inquiridos – 54% - disseram que acreditam que as empresas Europeias benefi ciariam de uma voz mais forte na Europa ou no seu mercado local, que tratasse de questões de atrasos nos pagamentos dentro do sector B2C.

Uma conclusão óbvia do inquérito da Intrum Justitia de 2011 é que a Europa necessita de se livrar dos pagamentos em atraso e da dívida em vez de se concentrar somente em anos de austeridade. Perdas contínuas de empregos, cortes nos salários, cortes selva-gens nos serviços públicos não irão ajudar as empresas Europeias a serem mais competitivas nos mercados muito além das suas próprias fronteiras. Os pagamentos em atraso levam a perdas de rendimentos, reduzem liquidez e ameaçam consumir a recupera-ção frágil actualmente em curso para um número crescentes de empresas ligeiramente mais optimistas, como sublinha o inquéri-to da Intrum Justitia de 2011.

Recomenda-se que:• As carteiras sejam analisadas mais frequentemente• A capacidade de fi nanciamento dos clientes seja monitorizada

continuamente, baixa <-> elevada• Sejam feitos contactos com os clientes antes da data

de pagamento, falando-se sobre a entrega, facturação e pagamento

• Haja um acompanhamento directo após a data em que o pagamento vence

• Os créditos sejam enviados para uma entidade externa especializada

• Se concentre nos clientes certos desde o início• Considerar acordos de pagamentos, pré-pagamento, contra

entrega, adiantamentos, etc.

É favor contactar os escritórios locais da Intrum Justitia para obter mais informação sobre como melhorar o seu negócio.

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