Boletim · INE Realiza I Censo Agro-Pecuário e de Pescas • Custo da operação situa-se em 30 milhões de dólares americanos Moçambique vai acolher, este ano e próximo, o I

N° 62 Junho 2020

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Publicações para JulhoÍndice de preço ao consumidor (Maputo) Índice de preço ao consumidor (Beira)

Índice de preço ao consumidor (Nampula) Índice de preço ao consumidor (Quelimane)

Ficha Técnica Periocidade: Bimensal Propriedade: INEAv. 24 de Julho, n° 1989 Maputo ‒ Moçambique 4° Andar,

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“O uso de estatísticas no País é, hoje, mais do que nunca, uma condição basilar para a garantia de uma planificação realista, sem a qual todos os planos e programas, por mais bonitos que eles sejam, estariam condenados ao fracasso”, disse o Secretário do Estado da Província de Gaza, Amosse Júlio Macamo, falando na abertura do XXII Conselho Consultivo Alargado do INE, que decorreu sob o lema “SEN (Sistema Estatístico Nacional) moderno, sustentável e credível, assegurando a observância dos padrões internacionais de qualidade estatística”. O evento teve lugar nos dias 12 e 13 de Fevereiro na vila turística de Bilene.

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INDICADORES 2020 2019População Moçambique 30 066 648 29 318 301Esperança de Vida 54,9 54,5Taxa de Mortalidade Infantil 67,4 68,6INDICADORES 2019 2018Taxa Média de Inflação 2,78 3,91Taxa de Crescimento do PIB 2,22 3,43PIB percapita em USD 513 512

Indicadores em flash

CP n° 493 email: [email protected] Editor: Marcelino Silva, Redacção: DDDM e DPINE, Design e Grafismo: Mário Chivambo, Fotografia: Elias Mathe, Francisco Moiane

Conselho Consultivo do INESob o signo do SEN Moderno e Sustentável

Uso de estatísticas, condição basilar para uma planificação realística

Presidente do INE participou na 51ª Sessão da Comissão de Estatística das Nações Unidas

INE Realiza I Censo Agro-Pecuário e de Pescas

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Principais destaques

Impacto da Covid-19 nas empresas em Moçambique

pág. 26

Nr ordem

Nr Empresas Ponto de situação Trab.

abrangidos Situação salarial

1 789 Suspensão de contratos de trabalho

27 090 Nª 5 Artigo 123 da Lei 23/2007

2 91 Férias colectivas 922 Pagos na totalidade

3 18 Encerramento definitivo 1 030 Indemnização

4 96 Rotatividades de trabalhadores 972 Pagos na totalidade

5 16 Teletrabalho 892 Pagos na totalidade

6 23 Redução de trabalhadores 858 Indemnização

7 34 Solicitaram autorização para trabalhar com efectivo laboral acima de 1/3

Garantido pagamento de salários a todos os trabalhadores

Total 1 067 36 492

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Dirigido pela Presidente da instituição, Dra. Mónica Magaua, o Conselho reuniu Directores Nacionais e Adjuntos, Delegados Provinciais, chefes de Gabinetes Centrais e chefes de Departamentos, representantes do Banco de Moçambique, Directores Nacionais de Planificação e Estatística e/ou Cooperação dos Ministérios de Economia e Finanças (MEF), Agricultura e Desenvolvimento Rural (MADER), Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH), Saúde (MISAU), Trabalho e Segurança Social (MTSS), Mar, Águas Interiores e Pescas (MIMAIP), Ciência, Tecnologia, Ensino Superior e Técnico Profissional (MCTESTP) e Obras Publicas, Habitação e Recursos Hídricos (MOPHRH), bem como os Órgãos Delegados do INE.

Foram, igualmente, convidados outros

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Ministérios que ainda não fazem parte do Sistema Estatístico Nacional, designadamente os Ministérios dos Recursos Minerais e Energia (MIREME), Cultura e Turismo (MICULTUR), Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos (MJACR), Indústria e Comércio (MIC), Admi- nistração Estatal e Função Pública (MAEFP), Transportes e comunicações (MTC), bem como representantes dos Parceiros de Desenvolvimento do Sistema Estatístico Nacional. O encontro teve como foco principal, entre outras matérias, a apreciação do Plano Estratégico do Sistema Estatístico Nacional para o quinquénio 2020-2024.

A agenda do encontro incluía ainda a avaliação do desempenho anual do Sistema Estatístico Nacional, a apreciação das principais linhas de actividades que integram o Plano e

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Orçamento para o corrente ano de 2020, a apresentação da Estratégia Nacional de Disseminação dos Indicadores dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável e dos resultados do Inquérito Especial do Caju, bem como a apreciação da informação sobre as próximas grandes operações Estatísticas, nomeadamente o Inquérito aos Orçamentos Familiares (já em curso), Censo Agropecuário e de Pescas, Inquérito Demográfico e de Saúde, o Inquérito sobre Acesso a Energia Sustentável e a Plataforma de Acesso ao Emprego.

A abertura do encontro foi dirigida pelo Secretário do Estado da Província de Gaza, Amosse Júlio Macamo que, falando na ocasião, destacou a importância das estatísticas para os eventos que ao longo do tempo vêm contribuindo para o desenvolvimento social e económico das nações. Depois de destacar o alargamento do uso de dados estatísticos para os mais variados campos da vida nas sociedades, o Secretário do Estado de Gaza sublinhou que o uso deste tipo de informação no País é, hoje, mais do que nunca, uma condição basilar para a garantia de uma planificação realista, sem a qual todos os planos e programas, por mais bonitos que sejam podem estar condenados ao fracasso. “No momento, Moçambique arranca para mais um ciclo de governação para o qual foram elencados objectivos estruturantes, quer para a área económica, assim como para as áreas sociais, as estatísticas são e serão sempre ferramentas indispensáveis para cada unidade de governação. São e serão sempre faróis que irão iluminar o caminho que nos propomos percorrer, rumo ao desenvolvimento social e

económico inclusivo”, destacou ainda aquela individualidade.

“A nossa presença nesta importante reunião testemunha a nossa percepção sobre o papel desempenhado pelas estatísticas nos processos de governação no nosso País. Os dados estatísticos são importantes, não apenas para a planificação do desenvolvimento social e económico, como também para a vida das organizações que prestam assistência aos necessitados e para cidadãos, a título individual. Encorajamos, pois, o Instituto Nacional de Estatística, na sua qualidade de órgão oficial responsável pela produção das estatísticas oficiais na República de Moçambique, a prosseguir nos seus esforços de produção e disseminação de estatísticas que venham a contribuir para a implementação dos mais variados programas de combate a pobreza, em prol do desenvolvimento económico e social, inclusivo, que todos almejamos” afirmou ainda o responsável.

Por seu turno, a Presidente do INE, destacou, na sua intervenção, o facto de o encontro ter, entre as mãos, a apreciação do Plano Estratégico do Sistema Estatístico Nacional (SEN), documento onde estão plasmadas as linhas que irão orientar a produção estatística nos próximos cinco anos. Destacaria, a propósito, o facto de a reunião marcar, também, um novo momento na longa vida da história da instituição por marcar um novo ciclo de planificação estatística, o sexto, que pela primeira vez, em 24 anos de produção de estatísticas oficiais, coincide com o ciclo de governação no País.

Para a Presidente do INE, esta é uma feliz coincidência, pois, o País acaba

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de abraçar um “grande desafio de descentralização da governação política o que, à partida, acarreta desafios enormes para a disponibilização de indicadores económicos e sociais para os processos de planificação, para uma boa governação a níveis nacional, provincial, distrital entre outros níveis mais abaixo. A desagregação das estatísticas a vários níveis, em si só, constitui um desafio enorme, que vai requerer uma enorme capacidade de coordenação do SEN, na potenciação de sinergias em diferentes sectores de produção, no fornecimento de dados que vão permitir que os órgãos do SEN de forma atempada e oportuna, compilem e disponibilize os mais variados indicadores para monitoria, desenvolvimento e desenho de políticas públicas orientadas para o desenvolvimento simétrico, harmonioso e equilibrado do nosso país” destacou, ainda, a Dra. Mónica Magaua.

Aquela responsável lembrou, ainda, que o ano de 2020 marca o arranque do novo ciclo de planificação, o que quer dizer que novos desafios colocam-se ao sistema estatístico nacional em termos de produção de estatísticas oficiais. “Tal facto vai exigir de todos nós, maior entrega, dedicação e empenho; pois, o País exige cada vez mais informação em espaços de tempo mais curtos, com grandes níveis de dessegregação”. Além disso, alertou, há que ter em conta o surgimento de novas áreas de domínio estatístico prioritário, como são as estatísticas sobre hidrocarbonetos, acesso a energia sustentável, estatísticas do comércio informal transfronteiriço, estatísticas sobre migração, entre outros. Nesta perspectiva, e segundo aquela dirigente, a melhoria na qualidade dos produtos estatísticos do SEN vai merecer, no quinquénio ora iniciado, uma atenção especial nas acções dos membros do organismo.

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A Presidente do Instituto Nacional de Estatística, Dra. Mónica Magaua participou de 3 a 6 de Março, na 51ª Sessão da Comissão de Estatística das Nações Unidas, na Sede das Nações Unidas, em Nova Iorque. A anteceder a participação neste evento, a mais alta dirigente do INE tomaou parte nos trabalhos da Quarta Reunião Anual do Projecto DFID (Departamento do Reino Unido para o Desenvolvimento Internacional). Igualmente participou na Conferência Global sobre a Medição do Género e Desigualdades Intersectoriais, que teve lugar de 26 a 29 de Fevereiro de 2020, no mesmo local.

A Sessão da Comissão de Estatística das Nações Unidas é um evento anual do mais alto órgão do Sistema Estatístico Internacional. Nele

participam representantes de todos os Sistemas Estatísticos Nacionais. Dentre os vários objectivos a sessão, que teve em Março, discutiu e decidiu sobre gestão e modernização dos sistemas estatísticos, o desenvolvimento de estatísticas regionais, estatísticas de governo, paz e segurança, estatísticas agrícolas e estatísticas de preços. Entre outros temas, foi apreciado o relatório sobre a implementação dos Princípios Fundamentais das Estatísticas Oficiais.

Acompanharam a Presidente do INE, nesta deslocação, os Directores Nacionais de Censos e Inquéritos, Dr. Alexandre Marrupi, a Chefe do Gabinete de Relações Internacionais e Cooperação, Dra. Alda Rocha e a Chefe do Departamento de Planificação e Coordenação Estatística, Engenheira Marta Chaquisse.

PRESIDENTE DO INE PARTICIPOU NA 51ª SESSÃO DA COMISSÃO DE ESTATÍSTICA DAS NAÇÕES UNIDAS

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responsáveis pela produção estatística, nomeadamente, no concernente a utilização correcta de conceitos estatísticos nos processos de recolha, análise e interpretação de dados, classificação de variáveis entre outras matérias, a ENE realizou, em todo o País, entre os meses de Agosto e Setembro último, acções de capacitação em Estatísticas Básicas. A iniciativa abrange técnicos das Delegações Províncias do INE e de diversos sectores de actividades económicas e sociais. No total Participaram no exercício pouco mais de 250 técnicos.

Um total de 129 alunos foram graduados com o nível médio em Estatísticas Oficiais pela Escola Nacional de Estatística (ENE), desde o início das suas actividades lectivas, em 2011. Esta informação foi revelada ao “Panorama” por uma fonte da Direcção daquela entidade, que é uma das unidades orgânicas do Instituto Nacional de Estatística (INE).

De acordo com a fonte da ENE, no quadro dos esforços visando a elevação das capacidades dos técnicos que trabalham nas instituições

ESCOLA NACIONAL DE ESTATÍSTICA

Formação técnica e promoção de literacia estatística

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Promoção da literacia estatística

Integrado nas actividades inscritas no seu plano de actividades, a ENE desen-cadeou recentemente um processo de promoção da cultura estatística através da realização de palestras nas quais par-ticiparam representantes de instituições públicas e privadas das áreas económica e social. O arranque deste exercício foi corporizado por uma palestra. Sob o tema “Visão Global da Contabilidade Nacional em Moçambique“, durante a qual foram abordados diversos as-pectos relacionados com os processos de produção das Contas Nacionais de Moçambique. Nela tomaram parte fun-cionários dos Serviços Centrais do INE e de alguns Órgãos Delegados da insti-tuição.

Ainda no quadro do mesmo programa, a ENE está a realizar acções de liter-acia estatística, através de palestras que reúnem quadros do INE e repre-sentantes dos governos provinciais e distritais, empresariado, sociedade civ-il, instituições públicas, municípios, en-tre outros organismos, nas Províncias de Cabo Delgado, Niassa, Zambézia, Manica, Sofala, Tete, Maputo Provín-cia, Maputo Cidade, Gaza e Inhambane. Neste quadro, foram abrangidos 2226 cidadãos, entre membros dos governos provinciais e distritais, líderes locais, alunos e professores de diferentes es-colas dos 22 distritos escolhidos para a fase piloto da iniciativa.

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INE Realiza I Censo Agro-Pecuário e de Pescas • Custodaoperaçãositua-seem30milhões de dólares americanos

Moçambique vai acolher, este ano e próximo, o I Recenseamento Agro-Pecuário e de Pescas (CAPP 2020-2021). Trata-se de uma operação estatística a ser realizada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) em coordenação com os Ministérios da Agricultura e Desenvolvimento Rural, e do Mar, Águas Interiores e Pescas (MIMAIP) Estes dados foram facultados pelo Director da Direcção de Estatísticas Sectoriais e de Empresas do Instituto Nacional de Estatística (INE), Dr. Adriano Matsimbe. A recolha de dados no terreno terá lugar entre os meses de Julho à Dezembro próximos.

Presentemente, estão em curso acções preparatórias desta importante operação, entre as quais a conclusão dos instrumentos orientadores, nomeadamente, o Plano Director, os Termos de Referência, o Cronograma, o Orçamento, os Manuais orientadores, o Questionário, entre outros documentos. Tais actividades estão a

ser levadas por cinco grupos de trabalho responsáveis pelas componentes de Metodologia e Formação, Operações e logística, Administração e Finanças, Processamento de Dados e de Promoção e Difusão.

O Censo Agro-Pecuário e de Pescas (CAPP 2020-2021) é uma operação estatística que tem como objectivo principal a recolha, análise, processamento e disseminação dos dados do sector agrário e de pescas no País. Uma das suas finalidades é proporcionar dados de referência que permitirão aos organismos públicos e privados, avaliar os níveis de desenvolvimento dos sectores agro-pecuário e das pescas. Para a recolha de dados no campo serão constituídas 150 brigadas compostos por 3 inquiridores e 1 controlador para cada equipa de trabalho. O custo total do empreendimento está orçado em 30 milhões de dólares americanos.

De acordo com a fonte, pretende-se,

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INE Realiza I Censo Agro-Pecuário e de Pescas • Custodaoperaçãositua-seem30milhões de dólares americanos

nesta perspectiva, obter informação es-tatística actualizada sobre a estrutura agro-pecuária, bem como sobre a pro-dução, para um melhor conhecimento da realidade do sector no País, nomea-damente, a informação sobre o número de unidades agro-pecuárias, distribuição espacial, tipo de propriedade, uso e aproveitamento da terra, posse e uso de meios de produção e tipo de tecnologia empregue, numa desagregação aos níveis nacional, provincial e distrital.

Pretende-se, igualmente, obter dados relativos aos níveis de produção e produ-tividade das principais culturas agrícolas e espécies pecuárias. Na componente pescas, espera-se captar dados relativos aos centros de pescas, as unidades de pesca e tipo de aquacultura praticada, a informação sobre as infraestruturas de apoio à pesca artesanal e aquacultura e gerar uma base de dados que permita avaliar as mudanças estruturais ocorri-das no sector pesqueiro nos últimos 10 anos, tendo em conta a perspectiva do género, ambiente, economia, segurança

alimentar e sócio-demografica do sector pesqueiro.

“O CAPP 2021 permitirá, ainda, pro-duzir bases de amostragem para a real-ização de inquéritos para a recolha de dados sobre variáveis dinâmicas não cobertas pelo censo, melhorar a pro-dução de estatísticas correntes e con-tribuir para a criação de um sistema in-tegrado de estatísticas agro-pecuárias e de pescas no País”, explicou ainda aquele responsável.

Espera-se, por outro lado, obter infor-mação determinante para a monitoria e avaliação de planos de desenvolvimen-to do sector agro-pecuário e de pescas, obter uma base de dados actualizada sob perspectiva do género, ambiente, económica e sócio-demográfica dos dois sectores e, por outro lado, obter uma base de dados que permita avaliar as mu-danças estruturais ocorridas no País ao longo dos últimos 10 anos nestas duas áreas da economia nacional.

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CRIAR ESPÍRITO DE CONJUNTO PARA GARANTIR QUE A INFORMAÇÃO ESTATÍSTICA CHEGUE A TODA A SOCIEDADE -Presidente do INE no encerramento da formação dos técnicos de difusão

estabelecimento de métodos orientados para a redução das assimetrias existentes em termos de conhecimentos, capacidades técnicas e disponibilidade de meios adequados de trabalho entre os Serviços Centrais e as Delegações Provinciais do INE, bem como para a promoção e aprimoramento da interacção entre os técnicos de disseminação a nível nacional.

Na sua intervenção de encerramento do evento, a mais alta líder do INE, apontou o facto de a acção de formação em referência responder a uma das principais missões dos Institutos Nacionais de Estatística, a de criação de condições objectivas para a disponibilização de informação estatística aos utilizadores, com vista a promover a tomada de decisões com base em evidências. À propósito, disse que o INE, na sua qualidade de Órgão Reitor do Sistema Estatístico Nacional, que tem como missão “Responder em tempo oportuno às necessidades de informação dos utilizadores e promover a cultura estatística nacional”, espera que com a capacitação dos seus técnicos em matéria

“Uma das medidas que irá concorrer para agilizar a disponibilização da informação estatística oficial por forma a que ela chegue a toda a sociedade moçambicana e a todo o mundo, é trabalharem arduamente com vista a solidificar o espírito de conjunto, de família, não só por serem funcionários do INE mas sobretudo por serem os "pontas de lança" que a instituição precisa para alcançar este objectivo”, palavras da Presidente do INE, Dra. Mónica Magaua, falando no encerramento da formação dos técnicos da área de Difusão da instituição, em matéria de Comunicação, Marketing e em técnicas de execução de imagens fotográficas.

A formação teve como objectivo capacitar os técnicos da área de disseminação do INE em matéria de produção de conteúdos informativos e de imagens fotográficas. Para tanto, foram seleccionados temas sobre Comunicação Institucional Corporativa Estratégica, Marketing Institucional e sobre Técnicas de Produção de Imagens fotográficas. Entre outros objectivos, a iniciativa definiu como prioridades, o

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CRIAR ESPÍRITO DE CONJUNTO PARA GARANTIR QUE A INFORMAÇÃO ESTATÍSTICA CHEGUE A TODA A SOCIEDADE

de comunicação e produção de imagens, contribua para impulsionar, de forma significativa, os esforços que o INE vem levando acabo com vista a assegurar a disseminação da informação estatística oficial.

Num outro desenvolvimento, a Presidente do INE, disse que o aumento das capacidades técnicas do pessoal responsável pela disseminação, concorrerá para consolidar as ferramentas de trabalho, tendo em vista impulsionar dois dos pilares da comunicação dentro da nossa instituição: a produção de conteúdos informativos em forma de texto e o seu igual, desta feita, em forma de imagem.

“No momento em que termina esta capacitação, gostaria de lembrar que o INE tem as suas atenções centradas na implementação do novo Plano

Estratégico – 2020-2024, com uma nova carteira de desafios estruturais e estruturantes para o processo de produção e disseminação de estatísticas oficiais da República de Moçambique, mas também com a missão de concluir alguns dos objectivos inscritos no anterior Plano Estratégico. Entre eles destacam-se o prosseguimento da divulgação dos Resultados Definitivos do Censo 2017 e a reactivação do Projecto de Produção e Disseminação das Estatísticas Territoriais. O sucesso alcançado na sequência desta formação, só será um verdadeiro sucesso quando as DPINE e os Serviços Centrais demonstrarem por acções concretas, ou seja, produzindo e disseminando com eficácia, todos os produtos estatísticos produzidos pelo INE e no quadro de todo o Sistema Estatístico Nacional), acrescentou a mais alta lider da Instituição.

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Equipas compostas por técnicos da Direcção de Coordenação, Integração e Relações Externas do INE, estão a trabalhar, desde os princípios de Maio corrente, na divulgação do novo Plano Estratégico do Sistema Estatístico Nacional (PE-SEN) para o quinquénio 2020-2024. Para o efeito, estão a ser promovidos encontros reunindo funcionários da instituições aos níveis central e provincial e representantes dos Órgãos Delegados do INE àqueles níveis.

Trata-se de uma iniciativa que tem por objectivo criar bases para o melhoramento da coordenação dos processos de produção e disseminação das oficiais e desenvolvimento da gestão estratégica. Outros dos objectivos da iniciativas tem a ver com o reforço da coordenação estatística entre os membros do SEN e diversas unidades orgânicas do INE, bem como o fortalecimento da cooperação e fortalecimento das parcerias para um sistema eficiente de gestão, planificação, monitoria e avaliação.

O novo Plano Estratégico do Sistema Estatístico Nacional (PE-SEN) para o quinquénio 2020-2024, elegeu como desafios princípais, a criação e implementação de um Fundo Nacional de Desenvolvimento Estatístico (FNDE), através da dotação pública, com vista a garantir a sustentabilidade e perenidade do financiamento dos processos de produção estatística no País. Desta forma, o SEN, procura responder a uma das recomendações da Carta Africana de Estatística (CAE), que defende, a criação, pelos sistemas estatísticos, de bases sólidas para a actividade de produção estatística,

minorando assim a dependência das ajudas externas. Outro dos desafios considerados cruciais, tem a ver com a urgência que se impõe na revisão da legislação de bases do SEN.

Além dos dois desafios atrás referidos, o PE-SEN para o quinquénio ora iniciado, inclui entre outros, um total de 19 outras acções consideradas estruturantes no quadro da produção de estatísticas oficiais no País. Entre elas destacam-se o reforço, em quantidade e qualidade, a actual base dos recursos humanos, a implementação da recomendação da União Africana sobre a pertinência da alocação de 0,15 do orçamento do Estado aos processos de desenvolvimento da estatística, o desenvolvimento de um quadro nacional de indicadores indispensáveis para os programas de desenvolvimento social e económico do País, a massificação do uso das Tecnologias de Informação e Comunicação no seio do SEM, a criação de indicadores para monitoria dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2063, do Plano de Desenvolvimento Regional da SADC, entre outros.

O Plano Estratégico do sistema estatístico moçambicano contempla ainda os chamados eixos estratégicos, num total de quatro, designadamente: Melhoria da governança e coordenação do sem, Reforço das capacidades do SEN (recursos humanos, financeiros e materiais), Melhoria da cobertura e qualidade da produção estatística, e, Melhoria da disseminação, arquivo e uso de estatísticas oficiais e promoção da cultura estatística. Entre os eixos há a destacar o referente ao Reforço das capacidades do SEN em termos

INE DIVULGA PLANO ESTRATÉGICO DO SEN, 2020-2024

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de recursos humanos, financeiros e materiais. O documento sublinha aqui o facto de a existência destas condições ser determinante para o cumprimento da missão de produzir estatísticas para o País. Aliás, durante a preparação do documento foi constatado que o SEN carece de um reforço quantitativo e qualitativo em termos de recursos humanos e de melhorar as condições de trabalho. Nesta perspectiva, entende-se que no período 2020-2024, será necessária a elaboração e implementação de um plano de formação inicial e contínua de recursos humanos. O objectivo é dotar o SEN de habilidades necessárias e variadas, pois disso dependerá o sucesso do novo Plano Estratégico. Paralelamente, deverá ser priorizada a mobilização de recursos financeiros para financiar os processos de produção estatística.

Espera-se que a implemenatação deste ambiocioso plano, sejam alcançados, entre outros objectivos, os seguintes: reforçar o SEN com recursos humanos em termos de quantidade e qualidade, a formação de novos quadros em estatística e áreas conexas, o reforço das capacidades dos recursos humanos do SEN, de forma permanente,o

INE DIVULGA PLANO ESTRATÉGICO DO SEN, 2020-2024

melhoramento da gestão dos recursos humanos do sem, o reforço das capacidades financeiras e materiais do sem, a criação de mecanismos de financiamento perene do SEN, prioritariamente através de dotação pública, e, o reforço e modernizar os órgãos do SEN com meios materiais.

No quadro da produção estatística, o PE definiu os objectivos de reforçar e consolidar a produção estatística, melhorar a recolha de dados dos inquéritos e recenseamentos e massificado a utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), consolidar a produção de estatísticas correntes, assegurando uma melhor cobertura temática e geográfica.

Está igualmente inscrito nos objectivos em referência, o alargamento progressivo da produção estatística abarcando novas áreas, seja através da realização de inquéritos, quer através de aproveitamento de dados recolhidos junto de fontes administrativas. Outro dos objectivos estratégicos inscrito no PE tem como foco o melhoramento da difusão dos dados, priorizar igualmente acções de comunicação e arquivo recorrendo ao uso das TIC, assegurar a implementação de um processo de difusão eficiente e ampla, melhorar a comunicação entre o SEM e os utilizadores,reforçar o arquivo numérico dos dados estatísticos, e, promover a cultura estatística.

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MOÇAMBIQUE VAI TER PROJECTO DE ESTATÍSTICAS DE GÁS E PETRÓLEO

Moçambique vai produzir e disponibilizar, proximamente, dados estatísticos sobre o gás e petróleo. Para o efeito, uma equipa composta por especialistas do organismo produtor de estatísticas do Reino da Noruega, trabalhou recentemente em Moçambique com uma equipa do INE, na finalização do documento do Projecto de Estatística de Petróleo e Gás em Moçambique.

A missão norueguesa procurou aprimorar, junto de organismos nacionais (incluindo o INE) os aspectos relacionados com as especificidades que devem nortear a produção daquele tipo de informação. Refira-se que o projecto “Estatísticas de Gaz e Petróleo”, tem por finalidade produzir estatísticas que espelhem, por um lado o estágio do processo de produção do sector e, por outro, contribuir para uma gestão económica, ambiental e social

responsável dos recursos petrolíferos que salvaguardem as necessidades das gerações futuras.

O projecto, segundo dados disponíveis, foi desenhado para cobrir o período que vai de 2019 à 2023, e tem como enfoque principal a componente de Estatísticas de Receitas resultantes das actividades deste estratégico sector. As áreas a serem cobertas no quadro do mesmo programa, são as Contas Nacionais (Produção, Volume e Índices), Estatísticas de Investimentos e de Receitas, Inquéritos de Empresas (Emprego), Contas Ambientais, Estatísticas do Comércio Externo, Classificações, Metodologias, Disseminação, Construção de uma base de dados harmonizada, entre outras áreas relacionadas com as estatísticas de hidrocarbonetos, dentro da cooperação entre os INE da Noruega e de Moçambique.

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MUDANÇA NA ABORDAGEM SOBRE CENSOS CONTRIBUI PARA MELHORES RESULTADOS

países. Foram, igualmente, partilhadas experiências práticas de países que já realizaram os seus censos populacionais. Sobre as Contas Nacionais, os debates centraram-se na temática relativa as técnicas e procedimentos para a elaboração de contas nacionais.

Para a apresentação de experiências e práticas em matérias de censos, subiram ao pódio países como África do Sul, Etiópia, Egipto, Malawi entre outros. Na projecção das metodologias a incorporar no censo populacional 2021, a África do Sul destacou a necessidade de georreferenciar e codificar as unidades habitacionais, prosseguir no uso de tablets com aplicação de recolha de dados, integrar os mapas dos recenseadores com unidades habitacionais no mesmo tablet, introduzir o e-censo, isto é, algumas pessoas, com base na aplicação de determinados procedimentos poderão passar a responder às perguntas do censo através da internet.

O décimo terceiro simpósio de desenvolvimento de estatísticas, recentemente realizado em Addis Abeba, Etiópia, constatou a ocorrência de mudanças no continente africano, do paradigma de abordagem metodológica sobre os censos populacionais e de habitação. Com efeito, praticamente, todos os países migraram dos censos analógicos tradicionais, (papel, leitura óptica, etc.), para censos digitais usando tecnologias informáticas. Uma das consequências positivas, desta prática,

é que os dados são criticados logo na recolha e transmitidos directamente para os servidores centrais de processamento.

Decorrendo sob o lema “O fortalecimento dos censos populacionais e as contas nacionais, como plataforma de apoio a realização das agendas 2030 e 2063”, o simpósio, que foi organizado pela Comissão Económica das Nações Unidas para Africa, constituiu-se numa oportunidade para a apresentação, partilha e debates sobre as diferentes e boas práticas em matérias de censos e contas nacionais.

Em linha com o lema do simpósio, as práticas e experiências apresentadas, foram, tematicamente, divididas em dois grupos, designadamente, censos e contas nacionais. No capítulo, sobre os censos da população e habitação, foram apresentados projectos e ideias relativas a preparação dos próximos censos de população e habitação, em alguns

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Situação em Moçambique e na EtiópiaA Etiópia, tal como Moçambique vinha realizando os seus censos em anos terminados com número sete (7). Entretanto, devido a factores de ordem adversa, a Etiópia não realizou o censo 2017, tendo a operação sido realizada em 2019. Sublinhe-se que as experiências de alguns países, entretanto apresentadas durante o evento,

destacaram os seguintes aspectos: a recolha de dados deve ser feita usando tecnologia informática na maior parte dos territórios dos países. Participaram no evento, representantes de Institutos Nacionais de Estatísticas, do sector privado, parceiros de cooperação e investigadores. Participaram igualmente representantes de empresas vocacionadas à produção e elaboração de soluções tecnológicas de apoio a produção de estatísticas, com maior destaque para os censos.

Moçambique vai realizar teste piloto sobre Grau de Urbanização

Moçambique candidatou-se, recentemente, através do INE, a implementar o segundo teste piloto sobre o Grau de Urbanização, de acordo com as definições das Nações Unidas. A ideia é ensaiar o uso da aplicação informática sobre a matéria, no País, com dados actualizados, recolhidos durante o censo 2017, bem como dados de outras fontes oficiais. O objectivo é

trazer à luz de debate, os contornos e as dinâmicas das cidades e assentamentos humanos no País. A apresentação da candidatura ocorreu durante a realização, em Lusaka, Zâmbia, de um encontro destinado a definir e adopatr os conceitos sobre as cidades e assentamentos humanos harmonizados e funcionais ao nível global.

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A justificação para a realização do teste, mesmo a título experimental, assenta na percepção de que cada vez mais se torna necessário quantificar as cidades existentes. De facto, no País, de acordo com as definições da plataforma acima referida. Por outro lado, torna-se indispensável identificar as cidades nacionais que segundo esta plataforma não são consideradas como tais, bem assim clarificar, quais são as áreas rurais nacionais que na mesma perspectiva podem ser consideradas urbanas ou periurbanas e, por fim, como conciliar a aplicação, por exemplo, com o caso da municipalização da localidade sede de Sussundenga.

O encontro de Lusaka foi realizado por iniciativa da agência das Nações Unidas UN- HABITAT, no quadro dos Objectivos do Desenvolvimento Sustentáveis. Entre outros objectivos, teve como foco definir e adoptar o conceito sobre as cidades e assentamentos humanos, harmonizado e funcional ao nível global. Participaram nele técnicos representando organismos públicos e de produção de estatísticas de alguns países africanos, tendo-se destacado, entre os presentes, os representantes de Angola, África do Sul, Botswana, Lesotho, Madagáscar, Malawi, Maurícias, Moçambique, Namíbia, Suazilândia, Tanzânia, Zâmbia e Zimbabwe.

Um dos principais aspectos a ter em conta e que presidiu a realização do fórum, diz respeito a necessidade de estabelecer os parâmetros de comparabilidade e facilitadores de acções de monitoria dos indicadores dos Objectivos do Desenvolvimento

Sustentável, nomeadamente, em matérias relacionadas com os conceitos sobre as cidades e assentamentos humanos. Neste contexto, defende-se que ministérios e/ou outros sectores e serviços, trabalhem proficuamente de modo que os resultados a alcançar sejam de representatividade nacional.

Entre outros objectivos do encontro, figurava a definição de bases para a recolha de informação referente sobre as premissas orientadoras para a conceituação das cidades e assentamentos humanos. A ideia é prover os dados sobre a matéria aos especialistas, permitindo a sua comparabilidade com os resultados advindos da aplicação de definições universais sobre a matéria. O fortalecimento das capacidades técnico-metodológicas dos países participantes, visando a implementação dos conceitos das cidades, bem como formular políticas e acções baseadas em evidências empíricas, é outro dos objectivos tidos como determinante neste tipo de exercício.

Outros dos objectivos do encontro, diz respeito ao fortalecimento da capacidade técnica e institucional dos países participantes, com vista a adoção de um marco nacional de monitoramento baseado em métodos cientificamente comprovados que produzem dados confiáveis, oportunos e desagregados. Não menos importante, está a urgência em fortalecer as capacidades dos países participantes em técnicas de monitoreio. Para tanto, é determinante a produção de relatórios nacionais sobre a matéria, para a sua partilha.


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Durante os espaços de apresentação de pontos de vistas sobre a matéria em debate, a missão moçambicana no evento, representada por quadros do Ministério de Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos e Instituto Nacional de Estatística, apresentou os quatro preceitos orientadores para a criação e classificação das cidades em quatro categorias, nomeadamente cidades de tipo A, B, C e D, bem como os critérios para a criação e classificação das vilas, sendo vilas de tipo A e tipo B. Na ocasião, foi apresentado o potencial e os produtos georreferenciados, resultantes do trabalho da Cartografia do Censo 2017 (limites administrativos e estatísticos actualizados), distinção espacial codificada das áreas urbanas e rurais, ficheiro nacional dos assentamentos humanos individualizados, infraestruturas sociais básicas, grid hexagonal de 1km² com cobertura nacional, entre outros dados de interesse nacional.

Refira-se, em termos de contextualização, que em Outubro de 2016 a UN-Habitat realizou a III conferência sobre a matéria, com a finalidade de promover um debate de temáticas referentes as cidades e assentamentos humanos do mundo. Foi durante o mesmo evento que a União Europeia, a OCDE e o Banco Mundial assumiram, a título

voluntário, o compromisso de apoiar os países e as instituições, na pesquisa e desenvolvimento do conceito global das cidades e assentamentos humanos. Na ocasião foi referido que a ideia é apoiar a implementação da Nova Agenda Urbana Mundial (New Urban Agenda-NUA), comparar e monitorar de forma estruturada os Objectivos do Desenvolvimento Sustentável.

Com vista a maximizar a iniciativa e tirar dela maior proveito, a Organização para Alimentação e Agricultura (FAO), juntou-se ao projecto em 2017, com o objectivo de ver integrados nas discussões os aspectos e conceitos das áreas rurais, com enfoque no desenvolvimento da Estratégia Global para melhorar as Estatísticas Agrícolas (Censos Agropecuários e outras fontes primárias de dados). Neste quadro, para a exequibilidade da iniciativa, a UN-Habitat tem em agenda a realização de uma série de Workshops em várias regiões do mundo. Para participar nos referidos encontros, serão convidados representantes dos Institutos Nacionais de Estatística, dos ministérios, agências responsáveis pelo desenvolvimento urbano, representantes das agências municipais, decisores políticos, investigadores, comissão regional das Nações Unidas (ECA), representantes das Universidades entre outras agências internacionais.


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de relatórios sobre os principais indicadores de monitoria para jovens e crianças órfãos e vulneráveis, a produção de relatórios sobre a implementação de protocolos, a realização de acções de monitoria do nível da realização das actividades no quadro dos respectivos ordenamentos jurídicos nacionais, a monitoria da implementação das decisões, o estabelecimento do quadro de monitoria e avaliação sobre jovens e crianças órfãs e vulneráveis, entre outros aspectos.

Os participantes defenderam ainda a adopção de métodos modernos de monitoria e avaliação dos indicadores ligados a juventude e crianças órfãs e vulneráveis. Para isso, foi produzido e distribuído um quadro contendo a lista de indicadores de monitória que

Capacitação técnica para monitoria de indicadores sobre jovens e crianças órfãs e vulneráveis

Uma acção de capacitação de formadores que terão a responsabilidade de formar técnicos de países membros da Comunidade de Desenvolvimento da Africa Austral (SADC), na Recolha, Monitoria e Avaliação dos Indicadores de Jovens e Crianças Órfãs e Vulneráveis teve lugar, recentemente, em Lusaca, Zâmbia. O objectivo final a alcançar, é criar condições visando combater o desemprego, bem como promover a igualdade de oportunidades para os jovens com deficiência, promover o combate aos casamentos prematuros e promover a assistência social para as crianças órfãos e vulneráveis.

Tendo no horizonte este objectivo, os participantes recomendaram a criação de instrumentos auxiliares visando os seguintes objectivos: a produção

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devem ser produzidos, regularmente, pelos países membros da organização, por forma a assegurar a comparabilidade entre as acções e resultados nos países membros da organização.

Foram aprovados, durante o evento, 25 indicadores de monitoria, que deverão ser recolhidos em três níveis – anual, bienal e entre censos, designadamente: número de crianças de 0-17 anos, percentagem de crianças órfãs e vulneráveis, número de jovens de 15-35 anos, percentagem estimada de jovens e vulneráveis de 15-35 anos, percentagem ou número de crianças órfãs identificadas pelas instituições nacionais responsáveis.

Consta ainda, entre os indicadores, a percentagem ou número de crianças órfãs e vulneráveis inscritas em transferências sociais, número de crianças de 0-17 anos com acesso a, pelo menos, um componente do pacote de serviços mínimos, proporção de crianças de 0-17 anos abaixo da linha de pobreza, percentagem ou número de crianças com nascimento registado pela autoridade nacional, taxa de desemprego juvenil (15-35 anos), percentagem de jovens de 15-35

anos que trabalha por conta própria, percentagem de jovens de 15-35 anos empregues na indústria.

Figuram ainda na lista, as percentagens indicativas da participação nos processos de desenvolvimento, a percentagem de crianças órfãs e vulneráveis matriculadas em escolas primárias, a percentagem de crianças órfãs e vulneráveis que concluem o ensino primário, a taxa de aprovação de crianças órfãs e vulneráveis, a percentagem de crianças de 0-5 anos com baixo peso à nascença, a percentagem de mulheres jovens (20-24 anos) casadas ou em união antes dos 18 anos, a taxa de prevalência de abuso de drogas entre os jovens ao longo da vida, as percentagem de crianças de 5-17 anos em trabalho infantil.

Participaram no evento, técnicos representando organismos públicos dos países membros da SADC, designadamente: Zimbabwe, Moçambique, Botswana, Namíbia e Zâmbia. Moçambique foi representado por técnicos do INE e dos Ministérios do Género Criança e Accão Social e da Juventude e Desporto.

Capacitação técnica para monitoria de indicadores sobre jovens e crianças órfãs e vulneráveis

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IOF 2019-2020

Novo coronavírus obriga a interrupção da recolha de dados

Após pouco mais de quatro meses de recolha de dados junto dos Agregados Familiares, no quadro do Inquérito aos Orçamentos Familiares (IOF 2019-2020), o INE determinou a interrupção desta actividade no seguimento do estado de emergência decretado pelo Presidente da República, devido a pandemia do novo coronavirus. A retomada da actividade deverá ocorrer assim que as condições mo terreno se mostrarem favoráveis.

Refira-se a recolha de dados no quadro desta importante operação estatística teve início em Dezembro último. Conta com financiamento do Banco Mundial e irá abranger um total de 13.560 Agregados Familiares, sendo 7.152 na zona urbana e 6.408 na zona rural, numa amostra que foi desenhada para ser representativa a nível nacional, provincial e áreas de residência urbano-rural.

A realização do IOF 2019.2020 está a ser liderada pelo INE em coordenação com alguns ministérios e organismos especializados das Nações Unidas. Um dos seus principais objectivos é recolher dados que permitam avaliar os indicadores relativos ao combate a pobreza, bem como para revisão do conjunto de bens e serviços e dos ponderadores do actual índice de preços ao consumidor, entre outros aspectos.

Outro dos principais objectivos do IOF 2019/2020 é recolher informação relativa as despesas e receitas dos agregados familiares e outras características sócio-económicas, com a finalidade de actualizar indicadores sobre as condições de vida dos agregados familiares em Moçambique.

Em termos de objectivos específicos, destaca-se a recolha de dados que permitam a construção de bases para a revisão do conjunto de bens, serviços e dos ponderadores do actual índice de preços no consumidor, factores importantes para a análise sobre a evolução de preços mais ajustada ao período actual.

Espera-se, igualmente, que através dos dados a serem recolhidos, seja possível a disponibilização de uma base para a actualização da estrutura e características de consumo dos Agregados Familiares, elementos essenciais para o cálculo do PIB, entre outros indicadores. Espera-se, similarmente, obtenção de informação actualizada dos agregados familiares sobre habitação, posse de bens duráveis, saúde, emprego, educação e turismo, para além de informação que contribua para a realização de análise das tendências de incidência da pobreza e, finalmente, a obtenção das estimativas da taxa de emprego/desemprego no País.

O arranque da recolha de dados foi antecedido de um processo de formação de um total de 146 inquiridores que no terreno irão visitar as famílias para a captação de informação sobre as suas condições de vida. A capacitação abrangeu candidatos provenientes de todas as províncias.

Refira-se que no encerramento da formação, a Presidente do INE, Dra. Mónica Magaua destacou, entre outros aspectos, a importância dos resultados que serão trazidos ao lume pelo IOF. Nesse sentido apelou aos inquiridores no sentido de recolherem dados fiáveis, indispensáveis para o desenho

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Seminário sobre Comparação Internacional e Paridade do Poder de Compra

que são usadas para comparar os rendimentos das economias e o bem-estar material dos cidadãos residentes nos países beneficiários do programa, nomeadamente através do controlo das diferenças nos níveis de preços e, por último, providenciar uma base comum para acessar ao progresso no quadro dos Objectivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Durante o evento foi feita uma apreciação crítica sobre o programa, que é uma iniciativa estatística mundial estabelecida em 1970. Um dos seus objectivos é produzir informação sobre preços e despesas comparáveis internacionalmente, bem como as estimativas da PPP, com a finalidade de facilitar a comparação dos níveis de preços entre países, Produto Interno Bruto (PIB) e Agregados Económicos relacionados e as Distorções das Taxas de Câmbio. Sublinhe-se que o BAD vem implementando o programa no continente africano desde 2002.

de políticas públicas com base em evidências. “Chamo a vossa atenção para o facto de que informações erradas conduzirão, inevitavelmente a uma planificação também errada, cujas consequências negativas se reflectirão

em toda a cadeia da vida da sociedade moçambicana. Por isso, é importante perceberem que o vosso trabalho é de extrema importância para o futuro do País”, disse a Dra. Mónica Magaua.

Técnicos do Instituto Nacional de Estatística (INE) participaram, recentemente, em Addis Abeba, Etiópia, num seminário sobre a contextualização do Programa de Comparação Internacional (ICP) África, bem como sobre o uso e aplicações da Paridade do Poder de Compra (PPP), entre outros tópicos.

O evento foi organizado pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), em coordenação com o Mercado Comum para a África do Este e Austral (COMESA), AFRISTAT e a Comissão Económica das Nações Unidas para a África (UNECA). Participaram nela 160 técnicos que trabalham em matéria de compilação de preços e das contas nacionais, em cerca de 54 países de África, para além de representantes das Comunidades Económicas Continentais e do Banco Mundial.

De referir que o principal objectivo do Programa de Comparação Internacional é estimar as bases

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Compilação das contas nacionais foi tema de seminário regional

recomendações atinentes à necessidade de promover um diálogo regular entre os fornecedores dos dados estatísticas, produtores e utilizadores daquele tipo de informação. Por outro lado, foi vincada a importância da divulgação dos produtos dos INE e dos Bancos Centrais, facto que é justificado pela importância de partilha de informação e desenvolvimento dos processos de literacia estatística.

Foi destacada, ainda, a premência da utilização das páginas das instituições produtoras de estatísticas na internet para a disseminação da informação, bem como a produção e disponibilização de outro tipo de materiais de comunicação, entre eles folhetos, cd’s e outros dispositivos, contendo a informação estatística relevante. Foi, igualmente, defendida a disseminação da informação através das bibliotecas nacionais.

Ainda, durante o evento, houve espaço para cada país apresentar os seus planos/necessidades referentes aos próximos três anos. Para o caso de Moçambique, foram apresentados tópicos inerentes ao lançamento de um inquérito transfronteiriço pelo Banco Central e o INE, abertura da Balança de Pagamento bem como o melhor aproveitamento de dados administrativos.

Para além de Moçambique, participaram no evento, representantes de Angola, Swazilândia, Maurícias, Botswana, Namíbia, Madagáscar, Comores, Lesotho, Seychelles, Zâmbia e Zimbabwe.

Representantes de Moçambique, Angola, Swazilândia, Maurícias, Botswana, Namíbia, Madagáscar, Comores, Lesotho, Seychelles, Zâmbia e Zimbabwe participaram, recentemente, em Ebene, Maurícias, num seminário regional sobre a compilação das Contas Nacionais e Estatísticas da Balança de pagamentos. O evento foi organizado pelo IMF´s Regional Technical Assistance Center for Southern Africa (AFRITAC South). A delegação de Moçambique fez-se representar por quatro técnicos, sendo dois do Departamento das Contas Nacionais do INE, nomeadamente, Ana Paula Dava e Perpétua Mendonça, e dois do Banco de Moçambique nomeadamente, Eugénio Consul e Ercília Nhamposse.

Durante o evento foram abordados temas sobre a chamada “Vista geral da Balança de Pagamentos na versão do manual 6 do FMI, Vista geral do Sistema de Contas Nacionais versão de 2008, Relação entre as estatísticas da Balança de Pagamentos e das Contas Nacionais, Impacto da migração do manual 5 da Balança de pagamentos para o manual 6 na compilação de contas nacionais, Uso de dados aduaneiros na Balança de pagamentos e das estatísticas do comércio nas Contas Nacionais, Cálculo do SIFIM na Balança de Pagamentos e nas Contas Nacionais, Medição do seguro não vida nas Contas Nacionais e na Balança de Pagamentos, entre outros.

No seguimento dos debates dos temas apresentados, foram produzidas

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COVID-19 IMPACTO DA PANDEMIA NAS EMPRESAS EM MOÇAMBIQUE

Província Nº de empresas

Equivalência em %

Nº de trab. abrangidos

Equivalência em %

Maputo Cidade 403 37,77 11 445 31

Maputo Província 119 11,15 4 332 12

Gaza 97 9,09 1 458 4

Inhambane 82 7,69 2 183 6

Sofala 79 7,40 1 789 5

Manica 25 2,34 196 1

Tete 57 5,34 4 642 13

Zambézia 85 7,97 841 2

Nampula 71 6,65 2 553 7

Cabo Delgado 45 4,22 6 849 19

Niassa 4 0,37 204 1

Total 1 067 100 36 492 100

Pagamento de salários e/ou indemnizações aos trabalhadores cujas empresas enfrentam problemas resultantes da propagação da doença.

Nº de Ordem

Nº Empresas

Ponto de situação

Trabalhadores abrangidos

Situação salarial até Maio de 2020

1 289 Suspensão dos contratos de trabalho

8 070 Pagos 75% do salário nos terms do artigo 123 da LT

2 10 Indemnização 381 Pago

Total 299 8 451

Um total de 1.067 empresas, abrangendo 36.492 trabalhadores, está aressentir-se dos efeitos da pandemia causada pelo novo coronavirus. Com efeito, do total geral, 789 viram-se obrigadas a suspender contratos de trabalho a 27.090 trabalhadores, enquanto que 91 concederam férias colectivas a 922 trabalhadores. Em situação mais grave estão 18 unidades que encerraram as suasactividadesdeformadefinitiva,situaçãoqueafecta1.030trabalhadores.A informação diz respeito ao período até 25 de Maio de 2020.

Nos quadros abaixo o leitor irá encontrar detalhes sobre outros aspectos decorrentes da propagação do novo coronavírus, sendo de destacar dados recolhidos em cada província, bem como aspectos relacionados com os processos de pagamento de salários e/ou indemnizações aos trabalhadores cujas empresas enfrentam problemas resultantes da propagação da doença.

Resumo da informação por província

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O INE recebeu em Maio último, diverso material de protecção individual, oferecido pelo Projecto de Censo 2017 financiado pelos Governos de Canada, Suécia, Noruega, Reino Unido e Itália sob gestão do FNUAP no âmbito de prevenção contra a infecção pelo novo coronavírus. A oferta, que foi entregue pela Representante do FNUAP em Moçambique, Dra Andrea Wojnar, é constituído por máscaras, luvas, máquinas para desinfectar documentos, dispensadores de álcool em gel, álcool em gel, bombas de borrifar, desinfectantes para o chão e para outras superfícies, foi recebida pela Presidente do INE Dra Mónica Magaua.

De acordo com dados tornados públicos na ocasião, a oferta do Projecto Censo 2017 financiado pelo Trust Fund, inclui ainda equipamento destinado a facilitar o teletrabalho para responder a prática de rotatividade adoptada pelo INE no seguimento do estado de emergência decretado pelo Presidente da República

com vista a garantir a redução do pessoal em serviço nas instituições públicas. Entre os equipamentos, a serem entregues proximamente, incluem-se computadores, tablets, modems de internet e recargas para uso de internet.

Ajuda determinante para retomada do IOFFalando instantes após a entrega, a Presidente do INE considerou a ajuda como sendo crucial para a protecção dos funcionários e, particularmente para a retomada do processo de recolha de dados no âmbito do Inquérito aos Orçamentos Familiares. “Esta operação havia sido suspensa em consequência da determinação do estado de emergência. Entretanto, depois de falarmos com o Instituto Nacional de Saúde foi decidida a retomada da actividade sob a condição de o nosso pessoal ser capacitado em matéria de biosegurança. Nesta linha, técnicos envolvidos no IOF, já formados centralmente, vão, nos

FNUAP OFERECE MATERIAL DE PROTECÇÃO AO INE

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próximos dias, liderar a capacitação do pessoal das províncias sobre a mesma matéria”, explicou a responsável.

Num outro desenvolvimento a Presidente do INE manifestou a satisfação da instituição pela ajuda do Projecto Censo 2017 finaciado pelo Trust Fund, em equipamento que irá minimizar o impacto da prática da rotatividade dos seus funcionários adoptada pelo INE no seguimento do estado de emergência. “Para facilitar o trabalho dos colegas que num período estão em confinamente nas suas casas, o equipamento que nos é oferecido irá ajudar bastante, sobretudo para assegurar uma maior percentagem no cumprimento dos nossos objectivos”, acrescentou a mais alta dirigente do INE.

Por seu turno a Representante do FNUAP em Moçambique, na qualidade do Gestor do Trust Fund para Censo 2017 finaciado pelos Governos supracitados, depois de destacar a imporância do uso de dados e evidências de alta qualidade para a realização de políticas e uma planificação que garanta

um desenvolvimento sustentável, falou da relevância das medidas que vem sendo tomadas pelo INE com vista a evitar a contaminação do covid-19, tendo destacado ainda a importância da adaptação às novas formas de trabalho, que contribuam para a protecção dos colaboradores a todos os níveis.

“No momento que fazemos a entrega deste material, que foi adquirido pelo FNUAP no âmbito do Projecto Censo 2017, financiado pelo Trust Fund constituido pelos Governos de Canada, Suecia, Noruega, Reino Unido e Italia, congratulamo-nos com o facto do INE estar equipado para continuar o seu trabalho de recolha de dados através de inquéritos de campo e através de entrevistas virtuais, sem interrupção a nível nacional, provincial e distrital. Na verdade, do ponto de vista estatístico a crise trazida pelo novo coronavirius, oferece uma oportunidade para desenvolvver o uso de novas fontes e novas metodologias, ainda que experimentais, mas de interesse primordial para monitorar os efeitos da pandemia junto da população”, acrescentou aquela responsável.

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DPINE EM NOTÍCIAS

DPINE Inhambane

Enriquecimento do Ficheiro de Unidades EstatísticasNo quadro da criação do Ficheiro de Unidades Estatística, a DPINE de Inhambane emitiu, no ano transacto, um total de 689 de Certidões de Quitação para efeitos de concursos públicos, renovação de Alvará e Licenciamento de novas actividades. Por outro lado, a instituição, ao nível daquela província, registou um total de 27 novas empresas. Como resultado destas actividades, foi produzido um Boletim de Estatística do Ficheiro de Unidades Estatística (FUE), referente ano de 2018.

Inquérito sobre as Despesas do Turista

A DPINE de Inhambane dedicou, durante o ano de 2019, grande parte das suas atenções ao Inquérito sobre as despesas do turista. O foco da actividade foi o Distrito de Vilanculos. Trata-se de uma operação que decorre em todos os trimestres de cada ano e visa recolher informação relativa aos gastos que os turistas realizam nas instâncias turísticas no País e, tem como objectivo final, produzir a conta satélite do turismo. No país, a actividade é realizada em coordenação técnica com a Direcção Provincial da Cultura e Turismo.

Estatísticas TerritoriaisCumprindo a estratégia de relança-mento do processo de produção das chamadas Estatísticas Territoriais – dados estatísticos desagregados até aos níveis mais abaixo das unidades administrativas do País, a DPINE de Inhambane procedeu, durante o ano passado, a actualização da base de dados contendo a informação em referência. Por outro lado, foi reactivada

a actividade dos pontos focais tendo, para isso, sido realizadas acções de capacitação técnica dos Pontos Focais Distritais e dos Postos Administrativos Sede.

Promoção da Cultura Estatística Um dos desafios do INE e, em geral, do Sistema Estatístico Nacional (SEN), é assegurar a disseminação do conhecimento sobre as estatísticas junto dos utilizadores e do público em geral. Nesse quadro, a DPINE na Cidade de Maputo promoveu, ao longo do ano passado, seminários de capacitação dos órgãos informantes, em matérias relativas a importância das estatísticas para a planificação das actividades de desenvolvimento social e económico. Os encontros reuniram representantes das instituições públicas, privadas e organizações diversas, aos níveis de província, distritos, localidades, entre outros níveis de base.

Entre outras actividades levadas acabo no quadro do mesmo programa, há a destacar a disponibilização de dados estatísticos à diversos utilizadores, tais como estudantes universitários, secundários, organizações não-governamentais, instituições públicas e privadas e outros utilizadores, realização de uma exposições para a divulgação de produtos estatísticos, promoção de encontros de divulgação dos resultados definitivos do IV Recenseamento Geral da População e Habitação 2017, realização de palestras sobre literacia estatística nos distritos de Homoíne e Morrumbene, envolvendo 330 participantes dentre técnicos dos Serviços Distritais, dos Postos Administrativos e alunos das

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Um instrumento para medir o nível e a estrutura das receitas e despesas e outras características Económicas e Sócio - Demográficas.

Um suporte para a formulação de políticas e programas sectoriais do Governo, sector privado e sociedade Civil no geral.

Escolas Secundárias. Esta actividade foi orientada por uma equipe da DPINE;

Anuário Estatístico já disponívelJá está disponível o Anuário Estatístico da Cidade de Maputo referente ao ano de 2018. O documento apresenta informação diversa, relativa a actividade estatística neste espaço geográfico do País. A versão agora em circulação apresenta-se, tal como as anteriores, em dois idiomas – Português e Inglês.

DPINE Cidade de Maputo

Reactivação das Estatísticas Territoriais No quadros da reactivação da produção das Estatísticas Territoriais, a DPINE na Cidade de Maputo promoveu acções de capacitação dos Pontos Focais responsáveis pela promoção das estatísticas, nos Distritos Municipais da Capital do País. O processo de

capacitação decorreu em duas fases, sendo que a primeira foi realizada no Distrito de Kamubukwana para todos pontos focais da área continental. A segunda fase teve lugar na região insular da Catembe. Presentemente, estão em curso os preparativos visando capacitar os Pontos Focais no Distrito Municipal de KaNyaka.

Promoção de cultura estatísticaCom o objectivo de criar maior interação no trabalho, a Delegação de Maputo Cidade realizou, no dia 21 de Novembro do ano 2019uma capacitação de todos funcionários em matérias diversas que envolveram a promoção da informação estatística. Participaram técnicos da Delegação, tendo sido apresentados temas tais como: Resultados do IV Censo da População e Habitação, Índice de Preços no Consumidor, Procedimentos sobre a produção estatística, Importância dos dados estatísticos e principais produtos estatísticos da DPINE.

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ENTREVISTAARLINDO JOSÉ CHARLES NHAMA

Nacionalidade: Moçambicana Percurso académico Ensino primário - Escola Primária de Mpane

Ensino Secundário - Fiz o ensino secundário numa acção de apoio aos refugiados de guerra de Moçambique, por parte dos padres jesuítas chamado Jesuit Refugees Service, no programa Mozambique Opening Learing Unit (MOLU), no Malawi.

Ensino Superior - Licenciado em Geografia pela UEM e Mestrado em Ciências Geodésicas e Tecnologias de Geoinformação com orientação em Cartografia Censitária e Sistema de Informação Geográfica, pela Universidade Federal de Pernambuco, Brasil.

Identificação

Nome: Arlindo José Charles Nhama

Naturalidade: Povoado de MPane, Localidade de Charre-sede, Posto administrativo de Charre, Distrito de Mutarara, Província de Tete

Data de nascimento: Devido a guerra, que afectou o meu distrito, nos anos 80, fomos obrigados a refugiarmo-nos no país vizinho, Malawi; o registo oficial sobre o meu nascimento perdeu-se. Como consequência, não disponho de qualquer informação sobre o dia, mês e ano do meu nascimento. Contudo, creio que tenho … de idade.

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Pergunta: Onde trabalhou antes de entrar para o INE?

Resposta: Antes de me tornar técnico do INE, nunca tinha trabalhado. Vim para o INE ainda estudante.

Pergunta: Quando é que ingressou no INE?

Resposta: Com disse anteriormente, vim para o INE como estudante estagiário, tendo sido colocado no Departamento de Cartografia e Operações (DCO), em 2003. Nessa altura, estava iniciando o processo migratório de Cartografia analógica para Digital e fui integrado nesta actividade; a partir dai nunca mais saí do INE.

Pergunta: Qual é a função que exerce, presentemente?

Resposta: Por ironia do destino ou não, neste momento lidero e coordeno as actividades do Departamento que me recebeu como estudante-estagiário e transformou-me num técnico robusto e de gabarito internacional.

Pergunta: Que funções desempenhou e que actividades realizou antes de assumir as actuais responsabilidades na instituição?

Resposta: Antes de mencionar algumas das actividades de destaque que fui incumbido, acho por bem esclarecer um ponto. Provavelmente este explique as razões da minha indicação para as presentes tarefas. Como técnico, sinto que a Direcção de Censos e Inquéritos apostou

Província da Zambézia, onde conseguimos melhorar os problemas de recolha de dados no censo e, coloquei a Zambézia como das províncias com a melhor Cartografia no censo 2007. Em 2015 fui nomeado chefe de repartição de métodos cartográficos. Nessa função, liderei e coordenei a elaboração dos manuais de actualização cartográfica (manual de campo e de digitalização), ambos embasados em padrões internacionais e ajustados as realidades nacionais. Na mesma senda, liderei e coordenei o processo de capacitação de 120 agentes cartógrafos e digitalizadores, num processo caracterizado pela dedicação, harmonia e imparcialidade. Coordenei todo o processo metodológico da Cartografia Censitária 2017, introduzindo a listagem georreferenciada das unidades habitacionais, texto descrito dos limites de Área de Enumeração. Liderei e coordenei a supervisão da Cartografia Censitária na província de Gaza, tornando-a única província que concluiu dentro dos prazos as suas actividades. Coordenei as actividades de desmontagem (aferição dos códigos dos boletins) no CPD.

bastante na minha pessoa, oferecendo oportunidades de fazer cursos em oficinas técnicas específicas, para além de visitas de trabalho junto de instituições similares ao INE, com serviços de Cartografia e SIG consolidados e de reconhecimento internacional (Portugal e Brasil) e Bureau de Censos das Nações Unidas. Durante as visitas, assim como durante os cursos em que participei, aprendi muito e ensinei, também, um pouco. O conhecimento adquirido nestes eventos chegou ao DCO e foi transmitido para toda equipe, não de forma copy and paste, mas sim de forma ajustada à nossas realidades. Provavelmente, seja essa capacidade de adequar as realidades internacionais às abordagens locais, sem desfocar os objectivos, à razão de ter sido confiado tarefas, digamos, mais complexas.

Alguns destaques a sublinhar:

No pré-censo 2007, fiz dupla com meu chefe António Adriano, na criação do primeiro layout digital de cartas topográficas 1: 50000 e, na sequência, fizemos a primeira impressão no laboratório de SIG do curso de Geografia na UEM. Foi um sucesso. Ainda com o meu chefe, popularizamos o conhecimento de uso de GPS através da elaboração de manuais de utilizadores. Participei, como supervisor de Cartografia na

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Censos da população e habitação

Pergunta: Moçambique já realizou 4 recenseamentos da população e habitação. Na sua opinião, qual é a importância deste tipo de operações estatísticas para o País?

Resposta: Não é fácil dizer, em poucas palavras, a importância dum censo para um País, pois corre-se o risco de mencionar alguns elementos e deixar de fora outros; todavia, existe uma célebre palavra que foi usada e timbrada nas camisetes do II censo 1997, que acho ser bem aglutinador. A palavra era: ”Censo 97, uma prioridade nacional”. Decifrando o conceito prioridade, percebemos que estamos falando de algo que deve estar legalmente em frente de algo de primazia e, neste caso, em frente do próprio País. Isto significa que os censos constituem um conjunto de dados e informação de magnitude (abrangência) nacional de apoio à governação, ao conhecimento, a planificação e até de apoio a comparação, quer interna assim como internacional. Um País sem dados e informação dos censos é o mesmo que conduzir um carro com o vidro frontal opaco.

O papel da cartografia censitária nos censos da população e habitação.

Pergunta: A cartografia censitária é um dos capítulos mais importantes para a realização dos censos populacionais. Descreva o papel

desempenhado pela cartografia nos censos populacionais em geral e, em particular, para o censo populacional de Moçambique em 2017...

Resposta: O papel da cartografia censitária equipara-se, na íntegra, com a história evolutiva dos censos e, actualmente, deve-se agregar outro aspecto, que é a exigência dos usuários e as geotecnologias. Quero explicar isso a partir dos três segmentos que compõem uma operação censitária, a destacar: pré-censo (preparação do censo), censo (recolha) e pós-censo (processamento e disseminação).

Pré-censo: a Cartografia censitária seccional fragmenta as divisões administrativas oficiais em pequenas unidades territoriais a partir da conjugação de diferentes elementos e critérios, criando limites estatísticos chamados áreas de enumeração (AE). Para cada AE é criado um mapa mostrando os limites e, o espaço representado neste mapa é da responsabilidade de apenas um recenseador durante o censo (recolha de dados). Destacar que cada AE tem um identificador único (ID). Os objectivos, nesta fase, são: prover dados para a planificação e logística segura (quantos recenseadores, controladores, boletins, OER, etc.. o país, a província, o distrito, a localidade precisam). O pré-censo elucida a radiográfica territorial operativa do censo.

Censo (recolha de dados): os mapas produzidos no pré-censo são usados nessa fase (i) distribuir os recenseadores em cada AE para garantir a simultaneidade e universalidade na recolha de dados; (ii) evitar a ocorrência de omissões e/ou duplicações durante a recolha de dados; (iii) garantir que os recenseadores identifiquem as suas unidades estatísticas de trabalho (unidades habitacionais e a os agregados familiares) e os seus limites de actuação; (iv) extrair, rigorosamente dos mapas, os códigos e topónimos para o referenciamento dos dados recolhidos e, (v) monitorar e acompanhar o progresso das actividades podendo identificar as áreas com problemas e introduzir medidas correctivas atempadas.

Pós-censo: nesta fase, os produtos da cartografia censitária, isto é, os mapas e os geocódigos permitem: (i) garantir que no acto de processamento de cada boletim este seja relacionado com o respectivo geocódigo (ID); (ii) acompanhar o processo evolutivo do processamento de dados ajudando na identificação de possíveis gaps (vazios) ou omissões; e, (iii) os mapas permitem a apresentação, análise e disseminação dos resultados do censo a partir da Cartografia Temática (atlas) e constituem-se em um meio eficaz para visualizar os resultados, permitindo a identificação de

N° 62 Junho 2020

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InformativoA



apropriação do conhecimento orientado internacionalmente e agregando valores e quesitos locais. Quanto a Cartografia feita para este censo, considero que superamos até as nossas próprias espectativas, passando da Cartografia dos limites de AE como unidade mínima de mapeamento e representação para uma Cartografia de mapeamento e representação de cada unidade habitacional e agregados familiares (AF) em cada AE. Então, conseguimos fazer e ter a primeira Cartografia das unidades estatísticas do censo demográfico e habitacional (AF e habitações georreferenciados). Outro aspecto que destaco nesta Cartografia é que o desafio foi feito sem consultorias externas; tudo foi desenhado, implementado com sucesso por técnicos do próprio Departamento de Cartografia e Operações. Na área de operações, quero destacar a plataforma digital que agregou geocódigos da base cartográfica de toda estrutura territorial operativa do censo para garantir o fluxo e controlo dos materiais do censo.

Os aspectos que considero menos positivos que gostaria de destacar são: (i) a recolha de dados não esteve em balanço comum com o tipo de Cartografia que temos. Esta Cartografia sugere a recolha de dados usando dispositivos móveis (tablettes

padrões de distribuição locais de importantes indicadores demográficos e sociais.

Pergunta: Fale-nos das consequências de uma cartografia mal feita para um censo populacional…

Resposta: As consequências da ausência de uma Cartografia ou uma Cartografia mal feita para uma operação censitária, é como viajar sem ter o destino devida e atempadamente traçado. Nestes casos o viajante não sabe qual o caminho a escolher, não sabe onde vai e, obviamente, não alcança o destino. Fazendo analogia do viajante sem destino, diria que fazer um censo clássico sem Cartografia é assumir, oficialmente, que não deseja dados e informações fiáveis e de apoio ao País, pois os erros de planificação vão dar azo a ausência da universalidade na enumeração, vão dificultar no referenciamento da informação e automaticamente deixa de ser censo.

Pergunta: Quais foram, para si, os aspectos que considera relevantes, tanto positivos assim como negativos, registados durante o censo populacional 2017...

Resposta: O nosso censo é de dez em dez anos e nós os Cartógrafos censitários, Demógrafos e outros técnicos consideramos que fazer um censo é o momento de consolidação e de

ou outros aparelhos); (ii) Nesse censo a nossa espectativa e bandeira era diminuir o fosso de tempo de disseminação de dados e isso não conseguimos. Sinto que deveríamos ter feito algo adicional para as capacitações em cascata e supervisão.

Pergunta: Tendo em conta esses aspectos, que ensinamentos pode o INE capitalizar, por forma a consolidar o que de positivo ficou registado e melhorar os aspectos negativos?

Resposta: O sistema digital criado nas operações para o fluxo e controlo de matérias censitários de CPD para as províncias e vice-versa, foi espectacular e muito consistente e gostaria de ver esse sistema consolidado quer para censos assim como para os inquéritos.

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Boletim · INE Realiza I Censo Agro-Pecuário e de Pescas • Custo da operação situa-se em 30 milhões de dólares americanos Moçambique vai acolher, este ano e próximo, o I