24
Infecção Intra- abdominal Olívia Maria Veloso Costa Coutinho Médica Infectologista Curso de Educação Médica Continuada – CRMTO Módulo Doenças Infecciosas

Infeccao Intra Abdominal

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Infeccao Intra Abdominal

Infecção Intra-abdominal

Olívia Maria Veloso Costa CoutinhoMédica Infectologista

Curso de Educação Médica Continuada – CRMTOMódulo Doenças Infecciosas

Page 2: Infeccao Intra Abdominal

Infecção Intra-abdominal

• Respresenta uma importante causa de morbidade nos pacientes cirúrgicos, essencialmente pela associação com sepse

Page 3: Infeccao Intra Abdominal

Fisiopatonegenia da sepse de origem intra abdominal

• Estágio 1: injuria (infecção) desencadeando reação local

• Estágio 2: reação sistêmica inicial

• Estágio 3: inflamação sistêmica maciça

• Estágio 4: supressão imune excessiva

• Estágio 5: dissonância imunológica

Page 4: Infeccao Intra Abdominal

Relação entre Síndrome de Resposta Inflamatória Sistêmica e Sepse versus

peritonite e infecção intra-abdominal

Page 5: Infeccao Intra Abdominal

Estágio 1: injuria (infecção) desencadeando reação local

• Liberação de citocinas pró - inflamatórias com função de limitar a lesão e iniciar a reparação do dano

Page 6: Infeccao Intra Abdominal

Estágio 2: reação sistêmica inicial

• Resposta inflamatória sistêmica com atração leucócitos polimorfonucleares, linfócitos T e B, plaquetas e fatores de coagulação no local da lesão

Page 7: Infeccao Intra Abdominal

Estágio 3: inflamação sistêmica maciça

• Não há regulação da resposta inicial • Início das SIRS (síndrome da resposta

inflamatória sistêmica) com aumento da freqüência cardíaca e da permeabilidade microvascular, febre e queda da pressão arterial

• Má perfusão tissular, isquemia, injuria de reperfusão vasodilatação

• Pode evoluir para choque , DMOS (disfunção de múltiplos órgãos e sistemas), FMO (falência de múltiplos órgãos)

Page 8: Infeccao Intra Abdominal

Estágio 4: supressão imune excessiva

• Paralisia imune ou janela de imunodeficiência

• CARS (síndrome da resposta antiinflamatória compensatória), com aumento da suscetibilidade à infecção de pacientes queimados com trauma e hemorragias, assim como nos pacientes com pancreatite

Page 9: Infeccao Intra Abdominal

Estágio 5: dissonância imunológica

• Estágio final da DMOS com reação inflamatória exagerada, níveis elevados de citocinas pró-inflamatórias, FMO e óbito

Page 10: Infeccao Intra Abdominal

Fatores de risco do hospedeiro

• Associados com o primeiro golpe: Gravidade da lesão Choque isquemia perfusão Gravidade da SIRS

• Associado com o segundo golpe: Infecção Transfusão Operações secundárias

• Fatores de risco: Idade Comorbidades Fatores genéticos

Page 11: Infeccao Intra Abdominal

Classificação etiológica (Wittmann)

• Peritonite primária

• Peritonite secundária

• Peritonite terciária

• Abscesso intra-abdominal

Page 12: Infeccao Intra Abdominal

Peritonite primária

• Peritonite espontânea

• Peritonite em pacientes em diálise peritoneal

• Peritonite tuberculosa e outras peritonites granulomatosas

Page 13: Infeccao Intra Abdominal

Peritonite primária

• Contaminação hematogênica, linfática ou transmural (translocação bacteriana)

• E. coli, Klebsiella, streptococcus pneumoniae, streptococcus alfa-hemolítico, streptococcus do grupo D e outros tipos de streptococcus

Page 14: Infeccao Intra Abdominal

Peritonite secundária

• Peritonite supurativa aguda Perfuração do trato gastrointestinal Isquemias intestinais Pelviperitonites

• Peritonites cirúrgicas Deiscência de anastomose Lesões iatrogênicas Decorrentes de contaminação transoperatórias

Page 15: Infeccao Intra Abdominal

Peritonite secundária

• Peritonites traumáticas Decorrentes de traumas abdominais Decorrentes de ferimentos penetrantes

• Outras formas

Page 16: Infeccao Intra Abdominal

Peritonite secundária

• Forma mais freqüente Tratamento cirúrgico

Page 17: Infeccao Intra Abdominal

Peritonite terciária

• Peritonites sem evidência de patógenos• Peritonites por fungos• Peritonites por bactérias pouco patogênicas

• Definida como um processo infeccioso do abdome em que a deficiência dos mecanismos de defesa do paciente e a falta de controle do processo infeccioso determinam uma peritonite difusa persistente.

Page 18: Infeccao Intra Abdominal

Abscesso intra-abdominal

• Associado a peritonite primária

• Associado a peritonite secundária

• Órgão isolado

• Múltiplos órgãos

Page 19: Infeccao Intra Abdominal

Diagnóstico clinico

• Dor abdominal

• Náuseas e vômitos

• Anorexia

• Ritmo intestinal

Page 20: Infeccao Intra Abdominal

Exames laboratoriais

• Hemograma: leucocitose com desvio a esquerda

• Bioquímica com hiperglicemia, queda de albumina, elevação de fosfatase alcalina, TGO, DHL, bilirrubinas

• Hemocultura

• Exames de imagem: USG, TC, RNM, cintilografia, Laparoscopia diagnóstica, laparotomia

Page 21: Infeccao Intra Abdominal

Tratamento

• Suporte hemodinâmico

• Suporte metabólico

• Terapia antimicrobiana

Page 22: Infeccao Intra Abdominal

Terapia antimicrobiana

• Peritonite primária Cefotaxima, 1g EV cada 8h Ceftriaxone, 1 a 2 g dia Ciprofloxacina, 400 mg EV cada 12h

• Peritonite secundária adquirida na comunidade, de leve a moderada

• Monoterapia Ampicilina-sulbactam, 3g EV cada 6h Ticarcilina-ácido clavulânico, 3,1g EV cada 4-6h Ertapenem

• Combinação: Aminoglicosideo (gentamicina, 7 mg/kg cada 24h) mais metronidazol

(500 mg EV cada 8h) Clindamicina, 600 mg EV cada 8h, mais ciprofloxacina, 400 mg EV

cada 12h

Page 23: Infeccao Intra Abdominal

Terapia antimicrobiana• Peritonites graves com possibilidade de resistência

bacteriana• Monoterapia:

Imipenem-cilastatina, 500 mg EV cada 6h meropenem., 1 g EV cada 6h Piperacilina-tazobactam, 4,5g EV cada 8h

• Combinação: Antianaerobio mais ceftriaxone, 1-2 g EV cada 24h ou

cefepime, 2 g EV cada 12h Antianaerobio mais aztreonam, 2 g EV cada 8h Antianaerobio mais ciprofloxacina, 400 mg EV cada

12hAntianaeróbio: metronidazol, 500 mg EV cada 8h ou

Clindamicina, 600 mg EV cada 8h