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1 Pr. José Linaldo de Oliveira – Neuropsicólogo CRP 02/14358 Igreja Batista Central do Recife. E-mail: [email protected].

Inf+éncia violentada

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Pr. José Linaldo de Oliveira – Neuropsicólogo CRP 02/14358 Igreja Batista Central do Recife.

E-mail: [email protected].

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Por estas coisas Eu choro e os meus olhos se desfazem em lágrimas... Os meus filhos estão desolados, porque o inimigo prevaleceu (Lam.1:16)

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Os pais têm o dever Os pais têm o dever de:de:

Ensinar a temer a Deus: Ensina a criança o caminho que deve andar... (Pv.22:6);

Dar exemplo para ser imitado: Sede meus imitadores e observai os que andam segundo

o exemplo que tendes em nós... (Fl.3:17);

Proteger e ser responsável: Assim como bem sabeis de que modo vos exortávamos e consolávamos, a cada um de vós, como o pai a seus filhos. (1Ts.2:11).

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Os valores do cristianismoOs valores do cristianismo

1. Jesus é nosso único e maior modelo:* Amar e acolher as crianças (Lc 18:16);

* Não por tropeço nos pequeninos (Mt.18:6).

2. Nossa justiça deve exceder a do mundo (Mt.5:20).

3. Haverá maior juízo para nós do que para Sodoma se formos injustos (Lc.10:12-14)

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A igreja não pode calar diante da qualquer tipo de violência:

Soltes as ligaduras da impiedade, desfaças as ataduras do jugo e deixes livres os quebrantados... (Is.58:6)

É desumano quando quem devia proteger, se torna o agressor de forma covarde e cruel à criança indefesa.

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São diversas as formas de ViolênciaSão diversas as formas de Violência

1. Contra a Criança e o Adolescente;

2. Contra a mulher, o idoso e o deficiente;

3. Formas de abuso;

4. Formas de discriminação;

5. Formas de assédio.

O aborto é uma forma cruel de morte

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Infância violentada éInfância violentada é

Uma violência silenciosa, Uma violência silenciosa,

Uma relação desigual de poder.Uma relação desigual de poder.

O violentador deve ser responsabilizado O violentador deve ser responsabilizado e criminalmente, sem atenuantes.e criminalmente, sem atenuantes.

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LEGISLAÇÃO BRASILEIRA

Constituição da República Federativa do Brasil:

Artigo 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.

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LEGISLAÇÃO BRASILEIRAEstatuto da Criança e do Adolescente:Art. 19. Toda criança ou adolescente tem direito a ser criado e

educado no seio da família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária, em ambiente livre da presença de pessoas dependentes de substâncias entorpecentes.

Art. 20. Os filhos havidos ou não da relação do casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação.

Art. 22. Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e educação dos filhos menores, cabendo-lhes ainda, no interesse destes, a obrigação de cumprir e fazer cumprir as determinações judiciais.

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Local de Amor e Respeito

Crianças violentadas assimilam o modelo errado tornando-se

pessoas violentadoras.

Ministério da Saúde: As agressões são a principal causa de morte entre jovens entre 5 a 19 anos. A maior parte acontece no ambiente doméstico.

Unicef: estima que diariamente cerca de 18 mil crianças e adolescentes sejam espancadas no Brasil, e cerca de 7 mil mortes por ano sejam resultados destas agressões.

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VIOLÊNCIA SEXUAL1. Representa 13% do total de denúncias no

Serviço de Advocacia da criança;

2. A família é responsável por 62% desses casos;

3. O Pai aparece como principal agressor em 59% das vezes;

4. O padrasto aparece 25% das vezes;

5. Entre os meninos o pai foi o violentador em 48% dos casos.

“Nosso corpo é o templo do Espírito Santo.” O das crianças também (I Cor. 6:19).

Os programas de TV, Jogos Interativos e uso do computador podem atuar como agentes incentivadores

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Reações infantis frente a Violência Sexual:

Silêncio, medo, vergonha e culpa

> Pode marcar a sexualidade o resto da vida

“O pior silêncio é o do pai ou da mãe que não defende seu filho contra o cônjuge violentador, e cala-se, sendo cúmplice da tragédia.”

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Tamanho do Problema11.. BrasilBrasil: 25% das gravidezes são de adolescentes : 25% das gravidezes são de adolescentes

(10 a 19 anos);(10 a 19 anos);

22. . OMSOMS: 36% das meninas e 29% dos meninos; são : 36% das meninas e 29% dos meninos; são vítimas de abuso; vítimas de abuso;

33. . MundoMundo: todas as classes sociais, culturais, étnicas : todas as classes sociais, culturais, étnicas e religiosas.e religiosas.

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Tipos de VIOLÊNCIA

1. FÍSICA – uso excessivo da força com objetivo claro ou não de ferir (espancamentos, socos, queimaduras,uso de objetos, amarrar crianças, líquidos quentes, uso de correntes, cárcere etc...)

2. PSICOLÓGICA – negação do afeto e segurança (rejeição, depreciação, discriminação, desrespeito, punições extremas, confinamentos, exposição ao ridículo, cobranças injustas etc...)Revista Sinais dos Tempos 2/2002

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3. NEGLIGÊNCIA – omissão em prover as necessidades básicas (alimentação, medicamentos, higiene, escola, interação, abrigo);

4. SEXUAL – indução/exposição a prática sexuais ativas ou passivas (atentado ao pudor, pedofilia, exposição a pornografia, toques e estimulações precoces) para satisfação de um adulto;

5. SINDROME DO BEBÊ SACUDIDO – agressões contra bebês e crianças pequenas (lesões nos órgãos sensores / neurológicos, atraso no desenvolvimento, convulsões, e até a morte).

Tipos de VIOLÊNCIA

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Características de Crianças com Problemas

(Mesmo não sendo confirmações servem de alerta aos pais)

1. Machucados que não podem ser explicados;

2. Dificuldades de se concentrar;

3. Timidez excessiva;

4. Baixa auto-estima;

5. Dificuldade de relacionamento (agressividade, rebeldia, apatia);

6. Comportamentos Auto-destrutivos (tentativa de suicídio);

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Características de Crianças com Problemas

7) Sexualidade explícita (masturbação, brincadeiras sexualmente agressivas);

8) Alta ansiedade (comportamento inquieto e irritadiço);

10) Distúrbio do sono e da alimentação;

11) Enurese noturna;

12) Problemas de Aprendizagem;

13) Relutância de voltar para casa (ou aversão a ambientes específicos).

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1. Mantenha sempre diálogo aberto com seu filho;

2. Demonstre que você o ama a despeito de qualquer coisa, FALE com ele isto;

3. Esteja sempre acessível a explicações, e procure responder sempre com honestidade, respeitando a idade dele;

PREVENÇÃO

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4. Ensine os nomes reais de suas partes íntimas, evite relacionar os órgãos a sujeira, pecado, coisa feia etc...;

5. Fale com as crianças que ninguém deve tocá-las de maneira incômoda/constrangedora, nem mesmo os de casa;

6. Explique as crianças que não deve existir segredos que o papai ou mamãe não saibam;

(explique os casos de exames médicos)

PREVENÇÃO

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PREVENÇÃO

7) Explique que não deve permitir ser fotografada nua ou quase nua. E que deve contar a seus pais se alguém lhes pedir isto ou lhes mostrar fotos deste tipo;

8) Ensine as crianças a não aceitarem doces e dinheiro de estranhos, ir a locais com estranhos, nem a entrar em casas ou carros de estranhos. Se isto ocorrer devem afastar-se imediatamente.

Ensine sobre o cuidado e proteção de Deus e seus anjos.

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1. A mãe não deve aceitar, silenciar, ser conivente ou participar ativa ou passivamente de qualquer tipo de violência contra seus filhos menores;

2. Não buscar ajuda, ou não denunciar às autoridades legais a torna tão responsável quanto o agressor;

3. A maior garantia ao futuro da criança é sua integridade espiritual, física, mental e psicológica a ser preservada.

Jamais aceitar qualquer tipo de violência

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SeqüelasSeqüelas

O abuso sexual infantil pode estar relacionado a futuros sentimentos de traição, desconfiança, hostilidade e dificuldades nos relacionamentos, sensação de vergonha, culpa e auto-desvalorização, à baixa autoestima à distorção da imagem corporal, Transtorno Borderline de Personalidade e Transtorno de Conduta.

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SeqüelasSeqüelas

O abuso sexual infantil se relaciona com o Transtorno do Estresse Pós-traumático, com a depressão, disfunções sexuais (aversão a sexo), quadros dissociativos ou conversivos (histéricos), dificuldade de aprendizagem, transtornos do sono (insônia, medo de dormir), da alimentação, como por exemplo, obesidade, anorexia e bulimia, ansiedade e fobias.

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Depois do trauma

A criança precisa de apoio, compreensão e carinho; tanto a nível psicológico quanto espiritual, para aprender a lidar com os fatos passados sem culpa ou comprometimento de seu futuro.

Evitar tratar a criança como alguém sequelado ou lesado. Este comportamento superprotetor reforçará o trauma, trazendo piores conseqüências, gerando uma criança estigmatizada.

Mantenha-se sempre acessível e de boa vontade. Um espírito amoroso e compreensível poderá fazer toda diferença.

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1.1. Incentivar a criança a falar, sem externar Incentivar a criança a falar, sem externar comentários de juízo, demonstrando comentários de juízo, demonstrando compreensão à angústia da criança e levando compreensão à angústia da criança e levando muito a sério o que estámuito a sério o que está dizendo dizendo

2.2. Assegurar à criança que fez muito bem em Assegurar à criança que fez muito bem em contar o ocorrido, pois, se ela tiver uma contar o ocorrido, pois, se ela tiver uma relação muito próxima com quem a abusa, relação muito próxima com quem a abusa, normalmente se sentirá culpada por revelar o normalmente se sentirá culpada por revelar o segredo ou com muito medo de que sua segredo ou com muito medo de que sua família a castigue por divulgar o fatofamília a castigue por divulgar o fato

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3. Dizer enfaticamente à criança que ela não tem culpa pelo abuso sexual. A maioria das crianças vítimas de abuso pensa que elas foram à causa do ocorrido ou podem imaginar que isso é um castigo por alguma coisa má que tenham feito

4. Finalmente, oferecer proteção à criança, e prometer que fará de imediato tudo o que for necessário para que o abuso termine

Ao tratar do assunto com a criança, explicando sempre que as emoções negativas são dirigidas ao agressor e nunca contra a criança.

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Informe as autoridades Informe as autoridades qualquer suspeita séria de qualquer suspeita séria de

abuso sexual.abuso sexual.1.Consultar imediatamente um médico para atestar

a veracidade da agressão (quando houver sido concretizada). O exame médico pode avaliar as condições físicas e emocionais da criança e indicar um tratamento adequado.

2.A criança abusada sexualmente deve submeter-se a uma avaliação psiquiátrica por ou outro profissional de saúde mental qualificado, para determinar os efeitos emocionais da agressão sexual, bem como avaliar a necessidade de ajuda profissional para superar o trauma do abuso.

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3. Quando a criança tem que testemunhar sobre a identidade de seu agressor, deve-se preferir métodos indiretos e especiais sempre que possível, tais como o uso de vídeo, afastamento de expectadores dispensáveis ou qualquer outra opção de não ter que encarar o acusado;

A vida comunitária na igreja tem grande poder terapêutico: a Oração e a Palavra de Deus se constitui fonte de restauração poderosa.

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Onde buscar ajuda?Onde buscar ajuda?1. Ministério Público de Pernambuco: 0800 281 94 55

2. Gerência da Pessoa com Deficiência da PCR: 3232.8390

3. Disque-Denúncia: 3421.9595 – 0800.990500

4. Policia Militar - 190

5. Disque Denuncia contra exploração sexual da criança - 1006. Delegacia da Mulher: 3184. 3352 - 3222-1449 – 2009 – 180.

7. Disque denúncia nacional: 100 (ligação gratuita)

8. Promotoria publica

9. Conselhos Tutelares: 3421.3380

10. Vara da Infância e da Juventude 3222-1106

11. DPCA: 3221-0392 / 3303-5193 /3184-3579.

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Fontes e ColaboraçãoFontes e Colaboração 1. Psicólogo Dr.Virgilio Gomes - CRP 05/16819 – Tel. (21)

3019.32552. Centro de Orientação em Educação e Saúde - 3621.5870 - 2. Centro de Orientação em Educação e Saúde - 3621.5870 - Dr. Dr.

Fabricio Meyer / Médico PediatraFabricio Meyer / Médico Pediatra3. Edna Lopes Costa da Matta – Promotora de Justiça Titular da 12ª

Promotoria Criminal - Especializada em crimes contra a criança e o adolescente;

4. Coordenadora do Centro de Apoio Operacional da Infância e da Juventude do MP –CE E-mail: [email protected]

5. Secretaria Especial dos Direitos Humanos – Governo Federal – Brasília – DF.

6. Compilado pelo Pr. Linaldo de Oliveira - Psicólogo Hospitalar: CRP -02/14358 – E-mail: [email protected]

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“Livra os que são levados para matança... Eu ví as lágrimas dos que foram oprimidos, e a força estava do lado dos opressores e eles não tinham quem os libertasse” (Pv 24:11; Ec 4:1)

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Que o Senhor Deus tenha misericórdia de cada um de nós!