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Informativo da Liderança Notícias dos Democratas no Senado Ano II nº 37 09 de julho de 2010 Yanai defende hospitais e clínicas brasileiras Libras como profissão www.senadores.democratas.org.br Fortalecimento da defesa civil O senador Jorge Yanai (MT) criticou artigo da Política Nacional de Resíduos Sólidos, aprovada nesta semana no Sena- do, que responsabiliza hospitais, clínicas médicas e consultórios dentários pelo tratamento dos resíduos hospitalares. Yanai defende que a administração pública municipal seja a responsável pela manutenção do serviço regular de coleta e transporte desses resíduos e pela destinação final ambientalmente adequada aos objetos coletados. “Não é possível embutir aos médicos, dentistas e profissionais liberais de saúde a responsabilidade pela coleta e trata- mento do lixo tóxico proveniente do exercício da profissão. Até porque as estações de tratamento que o país atualmente dispõe para esse fim são bem escassas. Para se ter uma idéia, até mesmo o lixo hospitalar de Brasília não é tratado na capital, e sim em Anápolis, no Goiás”, afirmou o parlamentar demo- crata. Nessa quarta-feira (7), sessão conjunta de quatro comis- sões do Senado votaram a Política Nacional de Resíduos Sóli- dos - que segue para sanção presidencial. Uma das novidades da lei é a criação da “logística reversa”, que obriga fabricantes, importadores, distribuidores e vendedores a recolherem emba- lagens usadas. O projeto também aprovou punições para quem descumprir a lei: o infrator que não der destinação correta ao lixo pode ser acionado pela lei de crimes ambientais, que prevê até reclusão. Segundo os dados contidos no projeto, são produzidas nas cidades brasileiras 150 mil toneladas de lixo por dia, das quais 59% vão para os “lixões”. Apenas 13% do lixo têm destinação correta, em aterros sanitários. Dos 5.564 municípios brasileiros, apenas 405 tinham serviço de coleta seletiva em 2008. Um dos principais caminhos para socorrer as vítimas de enchentes no Brasil é por meio do fortalecimento da defesa civil, afirmou o senador Marco Maciel (PE). Segun- do o democrata, é importante investir na reconstrução e elaboração de políticas públicas preventivas a fim de evitar que a população sofra as consequências dos desastres na- turais. “O sistema de defesa civil no Brasil é precário ou, se quisermos ser mais contundentes, poderíamos dizer que o sistema de defesa civil é inexistente, o que agrava as condi- ções de resgate e auxílio à população atingida. Os recursos foram paralisados na burocracia e somente após as crises nota-se alguma tentativa de mobilidade”, afirmou. A profissão de tradutor e intérprete de Libras está próxima de ser regulamentada. A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado analisa, na próxima semana, em decisão terminativa, projeto de lei que reconhece a profis- são. Dados oficiais mostram que existem, no Brasil, mais de cinco milhões de surdos, e que somente 3,65% dos que estão matriculados em escolas conseguiram concluir a edu- cação básica. “Com os dados detalhados na proposta, constatamos uma exclusão escolar, que pode ser provocada por barrei- ras na comunicação. Reconhecer e incentivar a linguagem de sinais é uma forma de diminuir a exclusão”, ressaltou a presidente da CAS, senadora Rosalba Ciarlini (RN). Lixo hospitalar deveria ser responsabilidade da administração municipal, diz senador

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Informativo da Liderança

Notícias dos Democratas no SenadoAno II nº 37 09 de julho de 2010

Yanai defende hospitais e clínicas brasileiras

Libras como profissão

www.senadores.democratas.org.br

Fortalecimento da defesa civil

O senador Jorge Yanai (MT) criticou artigo da Política Nacional de Resíduos Sólidos, aprovada nesta semana no Sena-do, que responsabiliza hospitais, clínicas médicas e consultórios dentários pelo tratamento dos resíduos hospitalares. Yanai defende que a administração pública municipal seja a responsável pela manutenção do serviço regular de coleta e transporte desses resíduos e pela destinação final ambientalmente adequada aos objetos coletados.

“Não é possível embutir aos médicos, dentistas e profissionais liberais de saúde a responsabilidade pela coleta e trata-mento do lixo tóxico proveniente do exercício da profissão. Até porque as estações de tratamento que o país atualmente dispõe para esse fim são bem escassas. Para se ter uma idéia, até mesmo o lixo hospitalar de Brasília não é tratado na capital,

e sim em Anápolis, no Goiás”, afirmou o parlamentar demo-crata.

Nessa quarta-feira (7), sessão conjunta de quatro comis-sões do Senado votaram a Política Nacional de Resíduos Sóli-dos - que segue para sanção presidencial. Uma das novidades da lei é a criação da “logística reversa”, que obriga fabricantes, importadores, distribuidores e vendedores a recolherem emba-lagens usadas. O projeto também aprovou punições para quem descumprir a lei: o infrator que não der destinação correta ao lixo pode ser acionado pela lei de crimes ambientais, que prevê até reclusão.

Segundo os dados contidos no projeto, são produzidas nas cidades brasileiras 150 mil toneladas de lixo por dia, das quais 59% vão para os “lixões”. Apenas 13% do lixo têm destinação correta, em aterros sanitários. Dos 5.564 municípios brasileiros, apenas 405 tinham serviço de coleta seletiva em 2008.

Um dos principais caminhos para socorrer as vítimas de enchentes no Brasil é por meio do fortalecimento da defesa civil, afirmou o senador Marco Maciel (PE). Segun-do o democrata, é importante investir na reconstrução e elaboração de políticas públicas preventivas a fim de evitar que a população sofra as consequências dos desastres na-turais.

“O sistema de defesa civil no Brasil é precário ou, se quisermos ser mais contundentes, poderíamos dizer que o sistema de defesa civil é inexistente, o que agrava as condi-ções de resgate e auxílio à população atingida. Os recursos foram paralisados na burocracia e somente após as crises nota-se alguma tentativa de mobilidade”, afirmou.

A profissão de tradutor e intérprete de Libras está próxima de ser regulamentada. A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado analisa, na próxima semana, em decisão terminativa, projeto de lei que reconhece a profis-são. Dados oficiais mostram que existem, no Brasil, mais de cinco milhões de surdos, e que somente 3,65% dos que estão matriculados em escolas conseguiram concluir a edu-cação básica.

“Com os dados detalhados na proposta, constatamos uma exclusão escolar, que pode ser provocada por barrei-ras na comunicação. Reconhecer e incentivar a linguagem de sinais é uma forma de diminuir a exclusão”, ressaltou a presidente da CAS, senadora Rosalba Ciarlini (RN).

Lixo hospitalar deveria ser responsabilidade da administração municipal, diz senador

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Máquinas de cartão sem exclusividade

Voz do Brasil com horário flexibilizado

Ajuda aos municípios

Novo Código Florestal

Expediente:Líder dos Democratas no Senado: José Agripino Maia (RN)Edição e Reportagem: Fernanda Domingues / Diagramação: Andreza Figueiredo / Fotos: Ag. Senado / Colaboração: Assessorias de Imprensa dos SenadoresTelefone: (61) 3303.4831 / E-mail: [email protected].: Senado Federal, Anexo II, Ala Senador Afonso Arinos, gabinete 9. / CEP: 70165-900

O programa de rádio Voz do Brasil - transmitido há 75 anos nas rádios comerciais e comunitárias, de segunda a sexta-feira, entre 19h e 20h - poderá ser emitido em outros horários. Projeto de lei relatado pelo senador Antonio Carlos Júnior (BA) propõe a flexibilização da transmissão do programa. A proposta foi aprovada esta semana pela Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT) e segue para apreciação da Comissão de Educação (CE).

Pelo substitutivo do relator, somente as rádios educativas deverão manter obrigatoriamente o atual horário, ficando as rádios comerciais e comunitárias livres para iniciar a retransmissão do programa entre 19h e 23h. ACM Júnior defende ainda que emissoras públicas de rá-dio vinculadas ao Poder Legislativo con-tinuem obrigadas a transmitir a Voz do Brasil às 19 horas, exceto quando houver sessão deliberativa.

“É bom deixar claro para a popu-lação que estamos flexibilizando e não extinguindo o horário de transmissão da Voz do Brasil. As mudanças não vão prejudicar o objetivo do programa, que é levar informação dos Poderes a todos os brasileiros”, enfatizou o senador.

Desde o dia 1º de julho, as máquinas de cartões de crédito, insta-ladas em lojas comerciais credenciadas, não trabalham com bandeira exclusiva. A partir de agora, uma máquina de crédito ou débito poderá passar mais de uma bandeira, evitando que o estabelecimento pague o aluguel de mais de um equipamento.

Autor de cinco projetos de lei que regulamentam o setor do cartão de cré-dito – inclusive um deles acaba com a exclusividade das máquinas - , o senador Adelmir Santana (DF) comemorou a decisão das empresas do setor. “Sempre lutamos pelo fim da exclusividade exata-mente pelos resultados práticos. Os lo-jistas vão ganhar com uma redução nos custos que pode chegar a 35%. Nos ca-sos dos pequenos empresários, essa re-dução pode ser ainda maior”, explicou.

Municípios brasileiros atingidos por enchentes – como as que ocorreram recentemente em Alagoas e Pernambuco - poderão contar com ajuda financei-ra para revitalização das áreas atingidas. Projeto de lei do senador Raimundo Colombo (SC) - que prevê recursos para reconstrução de áreas degradadas por fortes chuvas - foi aprovado, nessa terça-feira (6), pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

De acordo com a proposta de Colombo, caberá ao governo federal definir quais ações devem ser be-neficiadas com recursos do Banco Nacional de De-senvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do Banco do Brasil.

Ciente das consequências trágicas que as fortes chuvas trazem para os municípios, o senador tem outros cinco projetos, em tramitação na Casa, que tratam do assunto. Um deles propõe a liberação ime-diata do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço

(FGTS) para os moradores das áreas atingidas. “Temos que romper as barrei-ras burocráticas, que não levam em consideração a gravidade de uma situação de emergência”.

O novo Código Florestal, aprovado nesta sema-na em comissão especial da Câmara dos Deputados, provocará uma corrida por novos desmatamentos, acredita a senadora Kátia Abreu (TO). A previsão da parlamentar é de que produtores rurais, especial-mente do Tocantins e de Mato Grosso, aumentem os pedidos de autorização para abertura de novas áreas em suas propriedades.

A presidente da Confederação Nacional de Agri-cultura e Pecuária (CNA) defendeu que os estados tenham poder absoluto de legislar sobre os limites

de áreas de preservação ambiental às margens dos rios. “Margem do rio me-dida em Brasília é o fim da picada. Muitas vezes, o rio pode ser estreito, mas precisa de margem larga. Um rio pode aguentar plantio de margem mais curta, e há aqueles que precisam de margem mais larga”.