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Modelos de Ensino versus Métodos de Ensino versus Estratégias de Ensino

Os modelos de ensino constituem-se como

estratégias articuladas em princípios teóricos (e

não numa colectânea de métodos e técnicas

independentes), e resultam em acções do

professor e actividades dos alunos, que obedecem

a uma estrutura e sequência, e proporcionam um

"ambiente de aprendizagem”1.

1 Ribeiro e Ribeiro, 1989;439.

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Modelos de Ensino versus Métodos de Ensino versus Estratégias de Ensino

Interactivo

Misto

Instrução

Directa

Método

Tradicional

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Instrução Directa

Benjamim Bloom e a Metodologia de Ensino

para a Mestria

Ensino Interactivo

John Dewey; Jean Piaget; Jerome Bruner

Método Misto

Mortimer Adler

Escola

Nova

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Benjamim Bloom e a Metodologia de Ensino para a Mestria Fontes

Teoria Behaviorista. Análise lógica dos conceitos e tarefas. Análise lógica do uso de recursos na sala de aula.

Características do Ensino e da Aprendizagem

Preocupação com os objectivos de Natureza Académica (a dimensão sócio-afectiva é indirectamente beneficiada com a melhoria dos resultados escolares). Presença de “professores auxiliares” na sala de aula. Uso estruturado do tempo. Planificação estruturada da aula (os métodos de ensino: desde aulas

expositivas à resolução de problemas ou actividades de grupo). Utilização da Supervisão e Formação dos professores. Acompanhamento da progressão do aluno (uso frequente de testes

formativos e de diagnóstico). Envolvimento activo dos pais.

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Co

ntr

as

Prós

Preocupação colocada nas actividades académicas e numa correcta gestão do tempo. Reconhecida a utilidade na aplicação do modelo a alunos com menores recursos intelectuais através da apresentação prévia das metas, bem como pela divisão do conhecimento em pequenas parcelas/tarefas, partindo do mais simples para o mais complexo (reforço e correcção imediatas). A definição de objectivos e a estrutura do ensino, tem sido reconhecida como estando relacionado com o sucesso escolar/resultados académicos.

A avaliação do processo é preterida pelos resultados da aprendizagem. A aprendizagem sócio-afectiva tem uma dimensão secundária face ao privilégio da dimensão cognitiva da aprendizagem (bem como memorização, compreensão). Dificuldade em atingir níveis complexos de pensamento através do modelo behaviorista: a análise, a síntese, a avaliação ... O processo de individualização e humanização do ensino não se encontram assegurados face à ênfase concedida à planificação das aulas, o que pode reduzir a espontaneidade e logo, a participação activa dos alunos. A transferência de saberes para novas aprendizagens não está assegurada. Preocupação exclusiva com os comportamentos directamente observáveis. Papel do aluno: obedecer às directivas do docente/seguir regras estandardizadas, o que o priva de uma ética da responsabilização e cidadania activa.

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Ver: http://sites.google.com/site/ramirodotcom/os-meus-textos-de-pedagogia/benjamim-bloom

Modelo para a Mestria Ensino Turma e/ou pequenos grupos

Proficiência da Aprendizagem Relativa a todos os objectivos e conteúdos, verificada pala Avaliação Sumativa

Critério de Performance 80% de domínio dos conteúdos científicos

Duração Por unidade e/ou subunidade: 2/3 semanas

Organização de Ensino Sequencial (mais simples para o complexo; do concreto para o abstracto)

Modos de Ensino Predomínio do ensino expositivo, com recurso frequente à prática supervisionada e trabalhos a pares/grupo

Ritmos de Progressão Imposto pelo professor, ainda que seja tido em conta diferentes ritmos dos alunos

Diagnóstico Mini-testes semanais sobre os objectivos leccionados

Correcção Múltiplos, preferencialmente imediatos

Reformulações/Correcções Teste formativo

Aplicação Ensino Básico e Secundário

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Ensino Interactivo: John Dewey; Jean Piaget; Jerome Bruner Fontes

Movimento da Escola Nova. Objectivos da Escola de Mitchell: competências académicas

(desenvolvimento de competências intelectuais gerais e específicas ligadas à resolução de problemas, investigação…), e organização do espaço, materiais e actividades que estimulem a experimentação. Perspectiva desenvolvimentista Piagetiana.

Características do Ensino e da Aprendizagem

Crença de que as crianças ao interagirem com o seu ambiente natural, constroem modelos do mundo em que vivem, permitindo dar significado às suas experiências. Essas experiências deverão encorajar a construção quer de modelos

sociais adequados, quer do seu desenvolvimento pessoal. Minimizar sentimentos de medo e ameaça, e maximizar sentimentos de

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segurança e apoio. O Docente deverá ter flexibilidade para criar o seu próprio currículo

(modelo Bank Street) de acordo com o desenvolvimento cognitivo dos alunos, bem como deverá remeter para experiências/actividades de aprendizagem integradas (visitas de estudo, elaboração de exposições, colóquios, jornais…) Formação de professores integra desde as técnicas de ensino, à definição

de objectivos, e resolução de conflitos (desenvolvimento cognitivo de Piaget, moral de Kohlberg…) Participação dos pais na vida de Escola é estimulada, bem como a relação

entre a escola e a comunidade (Gilkeson, 1981). Privilégio das actividades de diagnóstico que traduzam as dificuldades e

sucessos do aluno (criticas aos testes estandardizados) Privilégio da organização do espaço (pressuposto de que o ambiente

interfere nas aprendizagens e carácter relacional (espontaneidade, cooperação, flexibilidade, interesse…). Os alunos aprendem a aprender, adquirindo sentido de responsabilidade e

auto-respeito.

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C

on

tra

s

Prós

Aquisição de competências e capacidades que conduzem o aluno a aprender na escola, em casa e na sociedade em autonomia. Desenvolve nos alunos a capacidade para resolver problemas, investigar, e exprimir as suas ideias e sentimentos. Desenvolve o gosto pela cooperação e trabalho em grupo.

Relativas ao conceito de eficácia: se se entender por eficácia as classificações obtidas na realização de testes estruturados que contemplem objectivos programáticos, ou se se entender a eficácia como sinónimo de uma inteligência plural que inclua um pensamento divergente, criativo e ter espírito crítico - então as conclusões serão, necessariamente, diferenciadas. Rosenshine (1976) identificou seis variáveis que permitem identificar o modelo directivo como eficaz em contextos específicos.

Cf. Marques, R. (1985). Modelos de Ensino para a Escola Básica. Lisboa: Livros Horizonte

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Método(s) Misto(s): Mortimer Adler

Fontes

A maiêutica socrática, Platão (ressurgimento do classicismo). Horace Mann, Dewey e Robert Hutchins (defesa do humanismo)

Características do Ensino e da Aprendizagem

Defesa de uma escola única (contrária à distinção entre cursos regulares, técnicos e profissionais): objectivos educacionais comuns. Escola geral, humanista e liberal que dá relevo ao carácter científico,

artístico humanista e técnico. Todas as crianças são educáveis. Inclusão no ensino de temas como a educação sexual, debate de questões

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actuais das sociedades: droga, desemprego, publicidade enganosa…, questões práticas como conduzir e cozinhar… Preparação do jovem para as responsabilidades públicas/ exercício da

cidadania. Preparação para a aquisição de competências comuns que permitam o

desempenho profissional. A escola deverá contribuir para o aperfeiçoamento da inteligência,

personalidade e carácter dado o cidadão, trabalhador e detentor de vida privada que cada ser humano pressupõe. Reconhecimento das diferenças individuais, da não-uniformização dos

tempos de aprendizagem. Preparar alunos para continuarem a prender durante as suas vidas. Defensor de um Currículo Nacional com adaptações aos locais/contextos

que vão desde os tempos lectivos, metodologias e estratégias, apoios escolares, e manuais.

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Modos de Ensino

Modos de Aprendizagem

Espaços Tempos

Prof./alunos

Aquisição de conhecimentos

O “quê” informativo, factual e descritivo –

aula expositiva (fichas de trabalho, leitura

de textos…)

Carteiras em fila

50m 1/30

Desenvolvimento de competências

intelectuais

O “Como” saber-fazer Prática e Treino Supervisionado:

resolução de problemas, observação, análise e

avaliação

Pequenos grupos

2h 1/10

Desenvolvimento de ideias e valores

O “Porquê” dos fundamentos, relações

e explicações. Maiêutica socrática

/produção artística debate sobre ideias/valores.

Carteiras em semi-circulo

2h 1/20

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Co

ntr

as

Prós

Cf. : http://www.eses.pt/usr/ramiro/adler.htm

Defesa do papel libertador da educação e da cultura

Importância excessiva dos fundamentos do currículo: escrita, leitura cálculo. Defensores de um currículo multicultural assente num pluralismo étnico criticam uma corrente essencialista e idealista que encara a educação como um conjunto de padrões culturais, artísticos e tecnológicos. Critica à separação nos modos de aprender/ensinar (em especial realizada pelos modelos construtivistas), e às metodologias expositivas e directivas para o ensino. Crítica ao carácter universal da cultura.