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INSTITUTO MÃOS LIMPAS BRASIL - REGIONAL CABO DE SANTO AGOSTINHO PARA CONHECIMENTO DE TODOS QUE BUSCAM TORNAR A GESTÃO PUBLICA TRANSPARENTE E PODER EXERCER SEUS DIREITOS DE CIDADÃO, VOTANTE E CONTRIBUINTE DE CONHECER EM DETALHES OS GASTOS PUBLICOS. CÂMARA DOS DEPUTADOS COMISSÃO DE FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 217, DE 2004 "Acrescenta dispositivos à Lei complementar n° 101, de 4 de maio de 2000, que estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências, a fim de determinar a disponibilização, em tempo real, de informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios." Autor: SENADO FEDERAL Relator: DEPUTADO BETO ALBUQUERQUE I - RELATÓRIO O Projeto de Lei Complementar - PLP em exame, de autoria do Senado Federal, determina a disponibilização, em tempo real, de informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Para tanto, inicialmente, mantém-se assegurado incentivo à participação popular e realização de audiências públicas

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INSTITUTO MÃOS LIMPAS BRASIL - REGIONAL CABO DE SANTO AGOSTINHO

PARA CONHECIMENTO DE TODOS QUE BUSCAM TORNAR A GESTÃO PUBLICA

TRANSPARENTE E PODER EXERCER SEUS DIREITOS DE CIDADÃO, VOTANTE E

CONTRIBUINTE DE CONHECER EM DETALHES OS GASTOS PUBLICOS.

CÂMARA DOS DEPUTADOS

COMISSÃO DE FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO

PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 217, DE 2004

"Acrescenta dispositivos à Lei complementar n°

101, de 4 de maio de 2000, que estabelece

normas de finanças públicas voltadas para a

responsabilidade na gestão fiscal e dá outras

providências, a fim de determinar a

disponibilização, em tempo real, de informações

pormenorizadas sobre a execução orçamentária

e financeira da União, dos Estados, do Distrito

Federal e dos Municípios."

Autor: SENADO FEDERAL

Relator: DEPUTADO BETO ALBUQUERQUE

I - RELATÓRIO

O Projeto de Lei Complementar - PLP em exame, de autoria

do Senado Federal, determina a disponibilização, em tempo real, de informações

pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira da União, dos

Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Para tanto, inicialmente, mantém-se

assegurado incentivo à participação popular e realização de audiências públicas

durante o processo de elaboração e discussão das peças orçamentárias

constantes do original parágrafo único do art. 48 da Lei de Responsabilidade

Fiscal - LRF.

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Após isso, impinge-se, com a inclusão do art. 48-A,

obrigação de liberação ao conhecimento público, em tempo real, de informações

pormenorizadas sobre a execução orçamentária. Por último, é que se vem obrigar

aos entes da Federação a adotar sistema integrado de administração financeira

adequado a conter o registro das informações da execução orçamentária da

despesa e receita públicas.

A qualidade das informações mínimas exigidas como

indispensáveis ao conhecimento público quanto à execução do orçamento são

definidas no art. 48-A a ser inserido na LRF com a aprovação do projeto. Ainda se

acrescentam os arts. 73-A, 73-B e 73-C.

No art. 73-A se eleva ao status de lei complementar

dispositivo já existente na lei ordinária n° 8.443/1992 em seu art. 53, declarando

ser legítima a denúncia de qualquer cidadão, partido político, associação ou

sindicato junto aos tribunais de contas. Em seqüência, no art. 73-B, há o

estabelecimento de prazos máximos para que os entes públicos cumpram as

exigências estabelecidas no art. 48 alterado.

Deve-se ressaltar a penalidade instituída para o não

cumprimento das exigências do art. 48 dentro dos prazos do art. 73-B, qual seja, a

de suspensão de recebimento de transferências voluntárias, conforme

preconizado no art. 13-C do PLP.

Foram apensados ao PLP n° 217 de 2004 os seguintes

projetos de lei complementar: PLP n° 305, 327 todos de 2002, PLP nº 29/2003 e

176 de 2004. Por último, no dia 20/4/2005, foi apensado o PLP nº 241/2005 e em

21/6/2005, foi também apensado o PLP n° 258/2005.

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Os projetos de lei apensos, em resumo, visam maior

transparência à semelhança do PLC n° 217 de 2004 em análise. As duas

vertentes básicas desses projetos são a publicidade dos atos de execução

financeira e a necessária notificação dos poderes legislativos dos entes

recebedores de recursos públicos por transferência.

É o nosso relatório.

II - VOTO DO RELATOR

Antes do exame da adequação financeira e orçamentária do

Projeto de Lei Complementar nº 217/2005 é necessário que se façam alguns

comentários com relação ao mérito da proposição apresentada pelo eminente

Senador João Capiberibe. O projeto se reveste de importância principalmente

frente a atual crise ética que abala o país e aos fatos que estão sendo

investigados nas CPMIs em andamento no Congresso Nacional.

Muito oportunamente o projeto em análise recebeu o nome

de Projeto Transparência porque é um extraordinário instrumento de combate à

malversação do erário. Inegavelmente, investir em transparência e facilitação do

controle da sociedade sobre os gastos públicos redunda em sensível redução dos

níveis de corrupção e lesão dos cofres públicos e, assim, aumenta o volume dos

recursos públicos para o atendimento das demandas sociais.

Ao prever a imediata disponibilização, pela internet, das

receitas e despesas de todas as instâncias do setor público, a proposição permite

utilizar os avanços tecnológicos, hoje disponíveis, para que, cada vez mais, a

democracia seja exercida plenamente. Como afirmou o autor do projeto no

Senado Federal, Senador João Capiberibe, "O projeto transparência constitui um

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passo significativo na modernização do Estado. Seu real objetivo é proporcionar

ao brasileiro o que constitui o significado último da expressão cidadania: participar

da vida pública. Aprovado, todos poderão participar. Basta clicar."

Dessa forma, passo ao exame do projeto de lei

complementar quanto à sua compatibilização ou adequação com o plano

plurianual, a lei de diretrizes orçamentárias e o orçamento anual, conforme

estabelece o art. 53, inciso II, combinado com o art. 32, inc. X, letra h, do

Regimento Interno da Câmara dos Deputados.

O Plano Plurianual para o período 2004/2007 (Lei nº 10.933,

de 11 de agosto de 2004), no âmbito da União, contém programa/ação específica

vinculados à manutenção e desenvolvimento de sistemas informatizados no

âmbito da União, em especial quanto ao Sistema Integrado de Administração

Financeira do Governo Federal - SIAFI. Considera-se ainda que todos os entes

federados já possuem ações voltadas às atividades de registro e contabilidade dos

atos e fatos orçamentários, financeiros e patrimoniais. Como o Projeto de Lei dá

prazo para adequação dos entes federados com relação à adoção de sistema

informatizado de registro contábil de suas finanças, presume-se factível que essas

ações sejam suficientes para comportar ao longo dos próximos anos os

dispêndios provenientes da informatização imposta.

No que concerne à adequação do projeto à Lei de Diretrizes

Orçamentárias, a LDO-2005 (Lei nº 10.934, de 11 de agosto de 2004) não se

observam restrições à ação pretendida pelo projeto de lei, considerando o prazo

dado aos entes federados para que atendam à ordenança de informatização e

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disponibilidade ao público das informações de execução do orçamento em anos

subseqüentes.

Quanto à adequação à lei orçamentária para o exercício de

2005 ( Lei nº 11.100, de 25 de janeiro de 2005), é forçoso afirmar que as dotações

alocadas ao SIAFI tem sido insuficientes à sua boa manutenção, haja vista a

indisponibilidade de algumas transações para este ano em curso. No entanto,

considerando os prazos conferidos para cumprimento disposto no novo inciso III

do parágrafo único do art. 48 a ser alterado, tal peças orçamentárias futuras

podem ser elaboradas de modo a comportar as conseqüentes despesas

decorrentes do projeto em análise.

No mérito, cabe enfatizar a relevância de se garantir em sede

da LRF o acesso aos dados e informações a respeito da execução da receita e

despesa públicas de modo que o controle social da gestão pública seja mais

eficiente e eficaz. Sabe-se que o mero acesso sem conhecimento para interpretar

os dados não necessariamente se converte em controle eficiente, mas, às vezes,

em fonte de indignação infundada. No entanto, é necessário disponibilizar o

acesso para que a posteriori o cidadão possa adquirir maturidade na apreciação

das contas públicas.

O acesso irrestrito e público às informações on-line dos

registros das contas públicas possibilita saber sobre todas as Transferências

Voluntárias recebidas, haja vista que tais transferências devem ser registradas

como receita no orçamento do ente convenente no momento de seu recebimento,

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conforme preceituado pelas normas afetas aos convênios no âmbito federal,

atendendo assim o objetivo de se ter conhecimento público da liberação desses

recursos pelo ente transferidor.

Desse modo, o texto do PLP 217, de 2004, provindo do

Senado Federal, já discutido e analisado no âmbito daquela casa, abarca em seu

texto, de forma mais eficiente possível, a preocupação dos demais projetos de Lei

apensos a ele. Desse modo, o objetivo que justificam todos esses projetos está

contido no do projeto provindo do Senado Federal.

Em face do exposto, opinamos pela ADEQUAÇÃO

FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA do PLP 217/04 e dos PLP's nºs 305/02, 327/02,

29/03, 176/04, 241/05 e 258/05, apensados, e, quanto ao mérito, somos pela

APROVAÇÃO do PLP nº 217/04 e pela REJEIÇÃO dos PLP's nºs 305/02, 327/02,

29/03, 176/04, 241/05 e 258/05, apensados.

Sala da Comissão, em de de 2005.

Deputado BETO ALBUQUERQUE

Relator

Redação Final Projeto de Lei Complementar nº 217-b de 2004

Acrescenta dispositivos à Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, queestabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestãofiscal e dá outras providências, a fim de determinar a disponibilizaçã o, em temporeal, de informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira daUnião, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

O CONGRESSO NACIONAL decreta:

Art. 1º O art. 48 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, passa a vigorarcom a seguinte redação:

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"Art. 48.......... ......... ......... .

Parágrafo único. A transparência será assegurada também mediante:

I - incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, durante osprocessos de elaboração e discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias eorçamentos;

II - liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real,de informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária e financeira, em meioseletrônicos de acesso público;

III - adoção de sistema integrado de administração financeira e controle, que atendaa padrão mínimo de qualidade estabelecido pelo Poder Executivo da União e aodisposto no art. 48-A."(NR)

Art. 2º A Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, passa a vigorar acrescidados seguintes arts. 48-A, 73-A, 73-B e 73-C:

"Art. 48-A. Para os fins a que se refere o inciso II do parágrafo único do art. 48,os entes da Federação disponibilizarã o a qualquer pessoa física ou jurídica oacesso a informações referentes a:

I - quanto à despesa: todos os atos praticados pelas unidades gestoras no decorrerda execução da despesa, no momento de sua realização, com a disponibilizaçã o mínimados dados referentes ao número do correspondente processo, ao bem fornecido ou aoserviço prestado, à pessoa física ou jurídica beneficiária do pagamento e, quandofor o caso, ao procedimento licitatório realizado;

II - quanto à receita: o lançamento e o recebimento de toda a receita das unidadesgestoras, inclusive referente a recursos extraordinários."

"Art. 73-A. Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é partelegítima para denunciar ao respectivo Tribunal de Contas e ao órgão competente doMinistério Público o descumprimento das prescrições estabelecidas nesta LeiComplementar."

"Art. 73-B. Ficam estabelecidos os seguintes prazos para o cumprimento dasdeterminações dispostas nos incisos II e III do parágrafo único do art. 48 e do art.48-A:

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I - 1 (um) ano para a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios com maisde 100.000 (cem mil) habitantes;

II - 2 (dois) anos para os Municípios que tenham entre 50.000 (cinquenta mil) e100.000 (cem mil) habitantes;

III - 4 (quatro) anos para os Municípios que tenham até 50.000 (cinquenta mil)habitantes.

Parágrafo único. Os prazos estabelecidos neste artigo serão contados a partir dadata de publicação da lei complementar que introduziu os dispositivos referidos nocaput deste artigo."

"Art. 73-C. O não atendimento, até o encerramento dos prazos previstos no art. 73-B,das determinações contidas nos incisos II e III do parágrafo único do art. 48 e noart. 48-A sujeita o ente à sanção prevista no inciso I do § 3º do art. 23."

Art. 3º Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação.

Sala das Sessões, em 5 de maio de 2009.

Deputada SANDRA ROSADO

Relatora

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