33
INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA – AJES CURSO: ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA COM ÊNFASE EM EDUCAÇÃO INFANTIL “A UTILIZAÇÃO DO LÚDICO NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO NO ENSINO FUNDAMETAL” MARGARETE GOMES FERREIRA DA SILVA Orientador: Prof. Ilso Fernandes do Carmo ALTA FLORESTA /2010

INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO … · O segundo capítulo aborda o lúdico na perspectiva de se alfabetizar letrando, a influência do lúdico na aprendizagem, os jogos

  • Upload
    vuhuong

  • View
    214

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA – AJES

CURSO: ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA COM ÊNFASE EM

EDUCAÇÃO INFANTIL

“A UTILIZAÇÃO DO LÚDICO NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO NO ENSINO

FUNDAMETAL”

MARGARETE GOMES FERREIRA DA SILVA

Orientador: Prof. Ilso Fernandes do Carmo

ALTA FLORESTA /2010

INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA – AJES

CURSO: ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA COM ÊNFASE EM

EDUCAÇÃO INFANTIL

“A UTILIZAÇÃO DO LÚDICO NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO NO ENSINO

FUNDAMETAL”

MARGARETE GOMES FERREIRA DA SILVA

Orientador: Prof. Ilso Fernandes do Carmo

“Trabalho apresentado como exigência parcial para a obtenção do título de Especialização em Psicopedagogia com ênfase em Educação Infantil”.

ALTA FLORESTA /2010

Dedico à minha família pelo apoio e por

tudo o que tem feito por mim, ao meu

orientador Prof° Ilso Fernandes do Carmo

pela dedicação, carinho e atenção. E a

todos os professores que de uma forma

ou de outra contribuíram para o meu

desenvolvimento profissional.

AGRADECIMENTOS

O Deus, pai e criador, fonte de infinita sabedoria. A minha família por compreender minha ausência, pelo estímulo demonstrado.

“Não importas onde estejas, faça algo por alguém, em algum Lugar.”

(Evans, Richard)

RESUMO

Brincar, jogar, imitar, são atividades fundamentais na vida da criança, isto

faz em casa, na rua enfim, em seu cotidiano. Nas escolas, as brincadeiras não

podem ser encaradas de forma diferente, pois são estímulos importantes no

desenvolvimento e aprendizagem da criança. Com a elaboração dessa monografia,

propôs-se a verificar de que maneira é utilizado o lúdico no processo de

alfabetização no ensino fundamental e o quanto ele é essencial como recurso

pedagógico, essa idéia se faz importante ao envolver o respeito pelas iniciativas

infantis, na tentativa de construir e entender as relações de desenvolvimento do ser

humano atribuindo ações, opções e criações e estas devem ser educativas

exercendo uma influência positiva na evolução da inteligência, sensibilidade e

socialização. Este trabalho é de cunho bibliográfico teoricamente embasado por

especialistas da Educação, buscando incentivar os educadores para que valorizem o

lúdico na educação como formas privilegiadas de desenvolvimento e apropriação do

conhecimento pela criança e, portanto, instrumento indispensável da prática

pedagógica e componente relevante de propostas curriculares. A relação entre o

lúdico e a educação sempre despertou a atenção de pensadores desde os mais

remotos tempos da humanidade, e com o decorrer dos anos vem se destacando

cada vez mais. Os jogos tradicionais e de nossa cultura folclórica nos alenta também

para a riqueza e a contribuição do lúdico como estímulo para o desenvolvimento

cognitivo, afetivo, físico e social na aprendizagem de conteúdos diversos na

educação.

Palavras - chaves: Educação, Alfabetização, Brincadeiras e Jogos.

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...........................................................................................................07

1 . REFERENCIAL TEÓRICO....................................................................................09

1.1 – Histórico da Recreação .......................................................................... ....11

1.2 – Conceituação da linguagem não-verbal ................................................. ....12

1.3 – O jogo e a brincadeira no desenvolvimento e na aprendizagem das

Crianças.....................................................................................................................16

1.4 – A brincadeira na vida da escola...................................................................17

2 - O LÚDICO NA PERSPECTIVA DE SE ALFABETIZAR LETRANDO.................19

2.1 – A influência do lúdico na aprendizagem ................................................. ....20

2.2 – Jogos e brincadeiras no cotidiano escolar .............................................. ....21

2.3 – A interação durante as atividades lúdicas na prática pedagógica .......... ....22

2.4 – Aspectos cognitivos do jogo ................................................................... ....23

2.5 – O aspecto afetivo do jogo ....................................................................... ....27

CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. ....30

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................31

INTRODUÇÃO

A brincadeira é uma forma privilegiada de aprendizagem. Na medida em que

vão crescendo, as crianças trazem para suas brincadeiras o que vêem, escutam,

observam e experimentam, as brincadeiras mais interessantes quando as crianças

podem combinar os diversos conhecimentos a que tiveram acesso. Nessas

combinações muitas vezes inusitadas aos alhos dos adultos, as crianças revelam

suas visões de mundo, e suas descobertas.

Atualmente, as crianças começam a freqüentar cada vez mais cedo as

instituições voltadas para elas, como as creches e as escolas de educação infantil.

Nesses espaços, o brincar e, muitas vezes desvalorizados em relação a outras

atividades consideradas mais produtivas.

Portanto a brincadeira acaba ocupando o tempo da espera, do intervalo.

Valorizar a brincadeira não é apenas imitila, é suscitá-la.

Ao observarmos atentamente o modo como as diferentes crianças brincam,

é possível perceber que os usos que fazem dos brinquedos e a forma de organizá-

los estão relacionadas com seus contextos de vida e expressam visões de mundo

particulares.

Para compreender o que está em jogo quando a criança brinca, se faz

necessário analisar o suporte, material ou imaterial que desencadeia tal ato, o

ambiente, os momentos a ele destinados e as pessoas que dele participam, as

crianças precisam de tempo, espaço, companhia e material para brincar.

Este trabalho está contextualizado na área da educação, tendo como

objetivo geral mostrar ao professor que através do lúdico a aprendizagem é ativa

dinâmica e continua ou seja uma experiência basicamente social , que tem a

capacidade de conectar o individuo com sua cultura e meio social em que está

inserido proporcionando uma visão atualizada da utilização do lúdico no processo de

alfabetização e verificar se a transição traz benefícios para os alunos, e assim obter

dados sobre as vantagens da utilização do lúdico na aprendizagem.

O problema de pesquisa é conscientizar o educador de que os problemas

referentes à alfabetização estão relacionados as prática educativas métodos e

ensino. E a hipótese básica de sua solução é com as atividades lúdicas, a criança

desenvolva a coordenação motora, a atenção, o movimento ritmado, conhecimento

quanto à posição do corpo, direção a seguir e outros; participando do

desenvolvimento em seus aspectos biopsicológicos e sociais. A delimitação do tema

processo de alfabetização no ensino fundamental se dá na utilização do lúdico em

tal processo

O primeiro capítulo aborda o referencial teórico o histórico da recreação sua

evolução, a maneira como foi introduzida no “Brasil” e seus princípios fundadores,

enfocando a conceituação de linguagem não-verbal, o jogo e a brincadeira no

desenvolvimento e na aprendizagem das crianças, e aborda ainda a brincadeira no

cotidiano da escola.

O segundo capítulo aborda o lúdico na perspectiva de se alfabetizar

letrando, a influência do lúdico na aprendizagem, os jogos e brincadeiras no

cotidiano escolar, além da interação durante as atividades lúdicas na prática

pedagógica.

08

1. REFERENCIAL TEÓRICO

A noção de infância não é uma categoria natural, mas sim histórica e

cultural. A diferenciação entre crianças e adultos vai depender do contexto e das

condições sócio-histórica e culturais em que vivem.

Numa perspectiva histórica sobre a infância na Europa, os estudos de

Philippe Ariès (1986), mostram que a idéia de infância, no sentido de diferenciação

do adulto, é uma construção da modernidade, começando a surgir nos finais do

século XVII, nas camadas superiores da sociedade, e se sedimentando no século

XVIII.

De acordo com este autor, na Idade Média, assim que a criança tornava-se

mais autônoma em relação aos cuidados da mãe ou da ama, logo se inseria na

sociedade dos adultos, participando dos seus trabalhos e jogos. As crianças

adquiriam seus conhecimentos juntos aos adultos, sendo entregues às famílias,

muitas vezes desconhecidas, para serem educadas, prestarem serviços domésticos

ou aprenderem algum ofício.

A escola da Idade Média não se dirigia especificamente a criança. Segundo

ÁRIES (1986), foi a partir de uma série de mudanças na sociedade ascensão da

Burguesia, difusão do impresso e crescente interesse pela alfabetização e

moralização que a separação ocorre.

A criança deixa de ser misturada aos adultos e de aprender a vida diretamente, através do contato com eles, sendo separada dos adultos e mantida a distancia numa espécie de quarentena, antes de ser solta no mundo. Essa quarentena foi à escola, o colégio. Começou então um longo processo de enclausuramento das crianças. (ARIÈS, 1986: 11).

Para ÁRIES (1986), esse processo só foi possível com a cumplicidade da

família, que passou a experimentar uma afeição pela criança, trazendo para si a

responsabilidade pela criança, trazendo para si a responsabilidade pela sua

proteção e formação, e tornando-se nuclear. A sociabilidade extensiva do Antigo

Regime foi sendo substituída por uma socialização mais restrita à família e à escola.

Como o próprio autor coloca não se pode dizer que as crianças eram

negligenciadas ou tratadas com desprezo; especialmente os pequenos eram

paparicados, como "animaizinhos de estimação”, mas pela sua análise, não existia

um sentimento de infância.

Foi à importância dada à educação que trouxe as crianças para o núcleo

familiar e com elas, dois ingredientes contraditórios passaram a fazer parte de sua

formação: a ternura e a severidade.

Sentimentos traduzidos em forma de "paparicação" dos adultos pela criança,

por considerá-la ingênua, inocente e graciosa e em "moralização", por considerá-la

como ser incompleto e imperfeito, que precisa ser educado.

Uns valorizam aquilo que a criança já é e que a faz ser, de fato, uma criança; outros, pelo contrário, enfatizam o que lhe falta e o que ela poderá (ou deverá) vir a ser. Uns insistem na importância da iniciação ao mundo adulto, outros defendem a necessidade da proteção em face do mundo. Uns encaram a criança como um agente dotado de competências e capacidades; outros realçam aquilo que ela carece. (ARIÈS, 1986: 33).

Na Idade Média, as indústrias manufatureiras fabricavam utensílios de

madeira, parafina ou argila, que eram para o uso dos adultos em cultos funerários ou

religiosos e as crianças acostumavam brincar com essas réplicas. A partir do

renascimento (Idade Moderna) as brincadeiras coletivas deram lugar ao brinquedo

abjeto, sendo a partir de então uma especialidade das crianças.

Evidentemente as brincadeiras mudaram muito desde o começo do século,

até hoje, dependendo do contexto social, mas o prazer de brincar não mudou, não

existe uma definição universal para o lúdico, sendo várias as teorias que estudam

este tema.

1.1 HISTÓRICO DA RECREAÇÃO

A recreação teve sua origem na pré-história quando o homem pré-histórico

se divertia festejando o início da temporada da caça, e a habitação de uma nova

caverna.

Essa manifestação da vida humana se transformou em danças primitivas de caráter de adoração, rituais fúnebres, inovação dos deuses, com aspecto recreativo de alegria e vencimento de um obstáculo. As atividades sociais dos adultos representadas pelos jogos recreativos de culto religioso foram divulgadas de geração a geração pelas crianças, em formas de brincadeiras. (GUERRA, 1988, 48).

O movimento da recreação sistematizada, segundo GUERRA (1998),

iniciou na Alemanha em 1774 com a função do “Philantropinun” por JB Basedow,

anteriormente professor de uma escola de nobres na Dinamarca, onde ficara

impressionado com a concepção de ensino em que as atividades intelectuais

10

ficaram lado a lado com as atividades físicas praticadas na época: a equitação,

lutas, corrida e esgrima.

O método de ensino dinamarquês, segundo (GUERRA 1998 ) mais a leitura

de “Emílio” de Jean Jacques Rousseau (1995), influenciaram sobre maneira

Basedow para a fundação do Philantropinun fato esse caracterizado depois de uma

série de dificuldades iniciais. O currículo desta instituição consistia em cinco horas

de matérias teóricas e três de recreação, incluindo essa última a esgrima, a

equitação, as lutas, a caça, a pesca, excursões e danças.

De acordo com GUERRA (1988: 74), “A concepção basedowiana de ensino

ameno e recreativo previa a preponderância dos jogos para os primeiros anos

escolares e a preparação física e mental para as classes maiores”. E teve sua

contribuição na criação dos jardins da infância (ou parques de recreios) nas quais as

crianças brincavam na terra. Nos jogos, as utilizações de materiais eram variadas,

pois, só assim iriam valorizar a recreação na Alemanha.

Nos Estados Unidos, segundo GUERRA (1998), iniciou em Boston (1885)

com a criação de jardins de areia para as crianças pequenas se recrearem. Com o

correr do tempo, as atividades ali praticadas não oferecem condições de atender os

freqüentadores de doze a quinze anos, que acompanhavam os irmãos menores.

Novas diversões para que os jogos e ginásticas fossem praticados. Então com isso

os parques infantis foram transferidos para os prédios escolares denominados de

“Playgrounds” ou pátios de recreio. O primeiro, com os mais variados equipamentos

e instalações, áreas de jogos, aparelhos de ginástica, caixa de areia e outros.

Em 1906 foi criado um órgão responsável pela recreação, o Playgrounds

Association of America.

O valor da recreação, segundo GUERRA (1998), aumentava e com ela a

necessidade de incluir programações que satisfizessem o público jovem e adulto.

Por isso o termo Pia yground teria que mudar para “recreação” definido um conceito

mais amplo de brincadeiras para as crianças e outras atividades para os adultos.

No Brasil, a criação de praças públicas iniciou em 1927, no Rio Grande do

Sul, sendo o seu fundador o professor Frederic Guilherme Gaelzer. No Alto do

Bronze” (praça Gen. Osório) foram improvisadas as mais rudimentares

11

aparelhagens, pneus, velhos amarrados em árvores, constituíam um excelente meio

de recreação, para a garotada.

Mas somente em 1929, apareceram as praças de Educação Física, sob a

orientação de instrutores, pois não haviam professores especializados. Estas praças

estavam subordinadas ao antigo departamento de praças e jardins, atualmente

serviço de recreação pública, tendo primeiro chefe o professor Gaelzer.

Aos poucos surgiram novas praças, parques e mais tarde os Centros

Comunitários Municipais.

Em 1972, o prefeito Telmo Thompson Flores juntamente com o secretário de

Educação e Cultura deu novo cunho à recreação como a implantação do “Projeto

Recom” (Recreação — Educação — Comunicação). Porto Alegre é a pioneira de

projetos dessa natureza, que tem o objetivo de levar ás vilas e bairros da capital a

cultura, o aproveitamento sadio das horas de lazer e a integração do homem na

comunidade.

O Recom, funciona como uma tenda de cultura e um carrossel de cultura.

ambos desmontáveis e de fácil transporte. A tenda é uma casa de espetáculos, festa

de lona plástica: comporta uma lotação de 250 pessoas sentadas e serve de

projeção cinematográfica e teatro. Na sua programação infantil a tenda da cultura

previa teatro de marionetes, shus, peças infantis, e palhaços, para os adultos, teatro,

música popular, sessões de cinema e palestras.

De acordo com GUERRA (1988), a tenda passou a oferecer outras

programações diárias tais como: atividades de biblioteca com leitura e interpretação,

atividades dramáticas com jogos dramáticos e teatrais, atividades em artes plásticas,

pinturas e desenhos.

1.2 CONCEITUAÇÕES DA LINGUAGEM NÃO-VERBAL

Sabemos que a linguagem mais usada na escola tem sido a verbal. Isso se

deve a um processo histórico que faz com que entenda-se que a única possibilidade

de construção de conhecimento para adaptar o ser humano ao mundo físico-natural

e ao social como também de transformá-lo, acontece pela linguagem verbal, ler para

12

aquisição de conhecimento e escrever (cópia, por exemplo, do quadro de giz, do

livro, etc.) para a fixação e avaliação (provas escritas desse conhecimento).

O saber a ser adquirido tem-se restringido a regras lingüísticas e fórmulas matemáticas, antecedendo ao conhecimento das ciências da natureza e das ciências sociais. A escola necessita perceber-se de que houve-se transformações de uma civilização essencialmente verbal, para outra, onde o visual, o gestual, e o sensível tomam seus lugares. (FEITOSA, 1987:82).

É de se questionar a exclusividade da língua como meio de comunicação

privilegiado, pois, segundo FEITOSA (1987), se o livro e a imprensa acrescentam

dimensão ao processo ensino-aprendizagem e se constituíram nos primeiros meios

de comunicação de massa que atingem muitas pessoas, ou seja, linguagem visual,

sonora, do rádio, da TV, dos outdoors que disputam com aquelas primeiras à

transmissão de informações e lazer a tenacidade dessas linguagens buscando

representar, a realidade transforma as linguagens em universais: essas formas de

expressão não verbal chegam às pessoas antes mesmo que elas falarem e

escreverem.

Nesse sentido, torna-se importante refletir sobre a importância de se

vivenciar na escola a linguagem não-verbal também.

Da mesma forma, faz-se necessário rediscutir os modos de ensinar, as

metodologias, pois a aquisição de saberes, entre eles a língua, assim como o

desenvolvimento e a socialização dos indivíduos, dependem da linguagem não-

verbal como visual, sonora, gestual, pictórica etc.

Procurando, então colaborar para com essas reflexões a que iremos

apresentar a linguagem não-verbal na escola principalmente no ciclo inicial.

As aulas de linguagem não-verbal na escola se restringem apenas as aulas

de educação física e de artística. O homem através dos sentidos: ver, mover-se.

Pensar, sentir, expressar-se, descobrir, enfim interagir a partir dos elementos da

natureza da cultura, segundo FEITOSA (1987), permitem ao indivíduo a

apresentação de outro conhecimento e dos fenômenos de seu espaço e tempo.

As experiências sensoriais, afetivas e intelectuais, deverão ser estimuladas,

desde a fase de fricção à construção de uma forma genuína. Para isso, a

importância do diálogo com materiais, formas, cores e sons é fundamental, cada um

deve ser explorado quanto às funções com as próprias mãos, com os olhos, com os

ouvidos, pelos alunos para que seja sentida a textura, a umidade, a flexibilidade, a

13

plasticidade, a transparência e as limitadas possibilidades de construção com os

materiais. Delas todas, talvez a cor seja a que mais pode estimular a criança. Ao

estudar mais a cor, amplia nossa imaginação para os fascinantes estímulos

perceptuais. É importante que se observe transformações das cores na natureza.

É preciso, segundo FEITOSA (1987), que o professor, mesmo tendo feito a

experiência das cores, entenda que ao desenhar, pintar e ao brincar, o aluno, não

necessariamente tenha que fazer figuração, cópia, retratar um movimento ou um

objeto. Essas atividades são complementares as demais atividades humanas que

são criativas, são recriações com diversos materiais de um mundo figurativo cujas

formas poderão ser carregadas de emotividade e afetividade. Não devem ser

impostas às crianças as normas de criação estética, mas deve permitir a cada um

que construa suas normas.

As principais diretrizes para a comunicação eficiente são empatia, para isso o emissor precisa entrar ‘inteiro’ no processo comunicativo e o mesmo também precisa ser sensível ao comportamento do receptor. O processo de comunicação necessita, no mínimo, de seis elementos: emissor, mensagem, receptor, referência, canal e um código conhecido por ambos, relatam”. (FEITOSA, 1987:95).

Além disso, para que o processo de comunicação seja eficaz há

necessidade de ouvir. Ouvir significa prestar atenção ao que o outro fala, naquele

momento precisa-se estar totalmente atento àquela troca de informações, é um

momento único.

O sucesso de uma organização está intimamente ligado ao poder da

comunicação, ou seja, tal resultado é a conseqüência da boa compreensão da

comunicação das lideranças com suas respectivas equipes. Tornando as

necessidades em realidade, através da comunicação e da transformação da

mensagem em fatos.

O poder da comunicação consiste exatamente em que ela seja assertiva, e por mais clara que esta possa ser sempre vai envolver subjetividade, pois este processo consiste em relações humanas, na qual tem como decodificador desta percepção os órgãos sensoriais: a visão, o tato, o paladar, o olfato e audição”. (FEITOSA, 1987:98).

Portanto, na linguagem não-verbal esta comunicação sensorial é

predominante, como meio de aceitar ou rejeitar a mensagem. No âmbito

organizacional, as lideranças e suas equipes podem tomar uma atitude passiva,

passiva-agressiva, agressiva ou assertiva. A proporção da assertividade da

comunicação está diretamente ligada à atitude que se tem ao passar a mensagem e

14

também ao recebê-la. Lembrando-se que a conformidade entre a linguagem verbal e

não-verbal está incentivam a tomar uma atitude, se percebo através da linguagem

do corpo, que o que o outro fala principalmente a liderança, está desconectado de

suas ações e do reflexo do corpo do emissor, com certeza haverá ruídos, e

conseqüentemente o não atingimento do propósito ou um atraso na execução do

mesmo.

É importante que na escola se de espaço para produções que copiem a

realidade exterior de todos, sabemos que, nem sempre o texto produzido pelo aluno

retrata essa realidade.

No período de zero (0) a seis (6) anos, segundo FEITOSA (1987), as

primeiras manifestações não-verbal além de olhares, gestos, choro, e o registro de

qualquer figuração. As primeiras figurações são garatujas, sendo que a caso o seu

universo geral nessa fase.

No período de seis (6) a nove (9) anos com início e o desenvolvimento da

alfabetização, segundo (FEITOSA 1987) as formas de expressão não-verbal será a

reconstituição dos objetos em volta da criança. Para essas produções, a criança

deverá ser intensificada a atividade sonoro-motora em forma de atividade como

recolher, catalogar, analisar, classificar, portanto estabelecer relação das coisas:

desenhos, pintura, dobradura, colagem, brincadeira, etc.

Além das produções não-verbais dos alunos já citados outros materiais

poderão ter lugar no processo. Esses materiais proporcionarão a reconstrução de

textos depois de construídos, assim poderão ser utilizados para significar outra

coisa, ou seja, simbolizar.

A criança faz sua história com o lixo da história, o lixo é o resíduo de nossa cultura, compõe-se de objetos que os adultos não utilizam, mas que readquirem funções diversas nas mãos das crianças que reconstrói a história. Podem ser copos, recipientes de plástico, tampinhas, bolas de meia, pedaços de madeira entre outros. (BENJAMIN, 1987:92).

Entende-se por brinquedo, segundo BENJAMIN (1987), todas as formas de

atividades lúdicas (de entretenimentos e prazer) apoiadas ou em formas de objetos

materiais. Alguns brinquedos que se apóiam em forma de materiais, são as

dobraduras feitas para representar personagens, materiais de decoração, máscaras

para peças teatrais de papel, madeira, plástico, bonecos personagens e os materiais

15

para simbolizar, matagais, rios, casas etc. É assim, fazendo de conta que as

crianças constroem seu mundo simbólico.

1.3 O JOGO E A BRINCADEIRA NO DESENVOLVIMENTO E NA

APRENDIZAGEM DAS CRIANÇAS

A psicologia vem mostrando que a brincadeira tem um papel importante no

desenvolvimento da criança que brincando ela satisfaz apenas algumas de suas

necessidades. Mas que necessidades são essas? O que leva uma criança a

brincar?

Para PIAGET (1998), a brincadeira infantil é uma assimilação quase pura do

real ao eu, não tendo nenhuma finalidade adaptativa. A criança pequena sente

constantemente necessidade de adaptar-se ao mundo social dos adultos, cujos

interesses e regras ainda lhe são estranhos, e a uma infinidade de objetos,

acontecimentos e relações que ela ainda não compreende.

As crianças, mais do que pensar, necessitam reviver acontecimentos. Para

isso recorrerem ao simbolismo direto da brincadeira.

Segundo PIAGET (1998: 82): “O jogo simbólico é parte de uma função

fundamental do processo cognitivo da criança, a função simbólica”.

Essa função aparece na criança mais ou menos aos dois anos e permite que

ela possa representar uma coisa (um objeto, um acontecimento, etc.) por intermédio

de outra coisa, como linguagem, o desenho ou o gesto simbólico.

A função simbólica é, então, indispensável para a ampliação das fronteiras da inteligência, embora de acordo com PIAGET (1998), ela só progrida com o desenvolvimento da própria inteligência, ou seja, é à medida que o pensamento da criança se desenvolve que sua linguagem, o desenho e o próprio jogo envolvem. Portanto, embora o jogo simbólico seja importante para a constituição de simbólicos que servem para representar objetos ou acontecimentos, ampliando o campo de ação da inteligência, seu desenvolvimento está subordinado ao desenvolvimento da própria inteligência. O jogo é a construção do conhecimento, principalmente nos períodos sensório motor e pré-operatório. Agindo sobre objetos, as crianças desde pequenas estruturam seu espaço e seu tempo, desenvolve a noção de causalidade, chegando a apresentação e, finalmente à lógica. (PIAGET, 1998: 95).

16

Dessa forma, o jogo pode ser entendido na aprendizagem como desafio, ou

seja, no momento que a criança visualiza o problema, formula hipóteses, relaciona e

chega a construir seu próprio conhecimento.

VYGOTSKY (1989), também analisa a emergência e o desenvolvimento da

brincadeira nas relações sociais da criança com o mundo adulto. Segundo ele, na

idade pré-escolar algumas modificações ocorrem no desenvolvimento da criança.

Como demonstra Leontiev, importante psicólogo soviético, o mundo objetivo que a

criança conhece está continuamente se expandindo e, desse período, já não inclui

apenas os objetos que constituem o ambiente que envolve (como seus brinquedos,

sua cama ou os utensílios e objetos com os quais ela está sempre em contato e

sobre os quais ele pode agir). Mas também os objetos com os quais ela ainda não

pode agir.

Para VYGOSTSKY (1989), a situação imaginaria da brincadeira decorre da

ação da criança, ou seja, a tentativa da criança de reproduzir as ações dos adultos

em condições diferentes daquelas em que elas ocorrem na realidade é que dá

origem a uma única situação imaginária. Isso significa que a criança não imagina

uma situação para depois agir, brincar, ao contrário: para ela imaginar ela precisa

agir. Na brincadeira qualquer coisa pode transformar-se em outra sem regras nem

limitações. Essa possibilidade livre transformação de significado dos objetivos

explica-se pelo predomínio da atividade assimilada da criança, ou seja, pela

incorporação e seus esquemas de ação ou de pensamento de objetos diferentes

sem a correspondente transformação (acomodação) desses esquemas e com único

propósito de permitido à criança imitá-los ou enfocá-los.

1.4 A BRINCADEIRA NA VIDA DA ESCOLA

Brincar na escola, não é a mesma coisa que brincar em casa ou na rua. O

cotidiano é marcado pelas características, pelas funções e pelo modo de

funcionamento dessa instituição.

A autora GRANDO traz valiosas contribuições sobre o lúdico:

... É necessário que a escola esteja atenta à importância do processo imaginativo na contribuição do pensamento abstrato, ou seja, é importante

17

notar que a ação regida por regras – jogos – é determinada por ou pelas idéias do indivíduo e não pelos objetos. Por isso sua capacidade de elaborar estratégias, previsões, exceções e analises de possibilidades acerca da situação do jogo, perfaz um caminho que leva à abstração. (1997: 13).

Grande parte das escolas ainda trabalha baseando-se nessa concepção,

ensinando as crianças através de definições. Essas definições são utilizados em

uma série de exercícios para treinamento e memorização. Na escola, como lugar

essencialmente destinado à procriação e elaboração pela criança de determinadas

habilidades e determinados conteúdos com saber historicamente construído, a

brincadeira é negada, secundarizada ou vinculada aos seus objetivos didáticos.

Nesse ultimo caso, diz-se que brincar é uma forma de aprender, privilegiando-se

assim a atividade cognitiva implícita na brincadeira, em detrimento a seu caráter

lúdico.

E na escola existe professor, que é adulto que conduz intencionalmente as

relações de ensino, de acordo com objetivos e concepções didático-pedagógica; ao

mesmo tempo, o crivo de seleção de atividades apresentadas às crianças e a “lente”

com o qual ela focaliza o que eles fazem e dizem. Diferentemente do adulto que em

casa vê a criança brincar ou brinca com ela e para ela, experimentando com o acaso

o professor relaciona-se com a brincadeira como um procedimento previsto em seu

plano de ação com as crianças.

PIAGET e VYGOTSKY têm concepções diferentes sobre a importância da

brincadeira para a criança. No entanto, os dois concordam que a brincadeira evolui e

modifica. Para PIAGET (1998), essa evolução acompanha o desenvolvimento da

inteligência e do pensamento. Enquanto que para VYGOTSKY (1998), ela se deve a

mudanças que ocorrem na interação da criança com o meio social, em razão das

diferentes posições que ocupa e das diferentes tarefas que lhe são colocadas.

Assim cada um desses autores dirige sua atenção para aspectos distintos do

processo de evolução da brincadeira.

18

2. LÚDICO NA PERSPECTIVA DE SE ALFABETIZAR LETRANDO

A alfabetização tecnicamente, segundo SOARES (2007), torna um processo

de representação de fonemas e grafemas, mas também é compreensão, expressão

de significados através de códigos escritos, não se pode considerar uma pessoa

alfabetizada, aquela capaz apenas de decodificar os símbolos visuais em símbolos

sonoros, quando, por exemplo, sílabas ou palavras isoladas ou quando não é capaz

de usar corretamente o sistema signos de sua língua, ou seja, se expressar por

escrito.

Estar alfabetizado vai além de escrever o próprio nome, até escrever algo mais complexo como uma tese de doutorado etc., uma pessoa pode ser capaz de escrever ou ler algumas palavras, frases, um bilhete, uma carta, mas se não tiver argumentação para defender uma idéia a isto não é ser alfabetizado totalmente. (SOARES, 2007:98)

No Brasil, segundo SOARES (2007), o que vemos normalmente são

pessoas alfabetizadas, mas não letradas completamente. Os governantes

preocupam-se tanto com o índice de analfabetismo no Brasil, em se ter escola

apenas em ensinar a população ler e escrever, mas a má qualidade do ensino, não

responde às exigências sociais do momento, preocupações não deveriam ser

somente com a dificuldade que as crianças, jovens e adultas têm de fazer uso

correto da escrita e da leitura.

Hoje, segundo SOARES (2007), a função da escola e do alfabetizador é

instrumentalizar a criança para o uso social da linguagem escrita, isto é, em

situações do cotidiano, desde adquirir conhecimentos científicos, informações,

assinar documentos, até o entretenimento, orientar — por onde anda, para avançar

nos estudos e principalmente interagir com as pessoas.

E necessário que o professor alfabetizador. Tenha em mente que a

aprendizagem da língua, começa antes da criança ir para a escola, é lá que ela

poderá desenvolver um conhecimento mais profundo diante da leitura e da escrita.

Para SOARES (2007), através do jogo o indivíduo pode brincar

naturalmente, testar hipóteses, explorar toda a sua espontaneidade criativa. O jogar

é essencial para que a criança manifeste sua criatividade, utilizando suas

potencialidades de maneira integral. É somente sendo criativo que a criança

descobre seu próprio eu.

O jogo cria uma situação de regras que proporcionam uma zona de

desenvolvimento proximal no aluno. Assim “comporta-se de forma mais avançada

do que nas atividades da vida real e também aprende a separar objeto e

significado”. (OLIVEIRA, 1999: 67).

Quando o professor alfabetiza usando em sua metodologia jogos e

brincadeiras, estará saindo daquela rotina de ensinar o aluno apenas ler, escrever,

ato tão comum nas escolas, com o lúdico proporcionará aos educando melhor

preparação para desenvolver suas atividades cotidianas.

2.1 A INFLUÊNCIA DO LÚDICO NA APRENDIZAGEM

Segundo PIAGET (1997:89), “o ato de jogar é tão antigo quanto o próprio

homem, na verdade o jogo faz parte da essência de ser dos mamíferos”. O jogo é

necessário ao nosso processo de desenvolvimento, tem uma função vital para o

indivíduo principalmente como forma de assimilação da realidade, além de ser

culturalmente útil para a sociedade como expressão de ideais comunitários. Na

concepção piagetiana, os jogos consistem numa simples assimilação funcional, num

exercício das ações individuais já aprendidas gerando, ainda, um sentimento de

prazer pela ação lúdica em si e pelo domínio sobre as ações. Portanto, os jogos têm

dupla função: consolidar os esquemas já formados e dar prazer ou equilíbrio

emocional à criança.

Segundo VYGOTSKY (1984), a lúdica influencia enormemente o

desenvolvimento da criança. É através do jogo que a criança aprende a agir, sua

curiosidade é estimulada, adquire iniciativa e autoconfiança, proporciona o

desenvolvimento da linguagem, do pensamento e da concentração

PIAGET e VYGOTSKY têm idéias contrárias quanto à utilização do lúdico no

desenvolvimento infantil. PIAGET (1997), acredita que o jogo simbólico e

fundamental no processo cognitivo da criança, que aparece mais ou menos aos dois

anos de idade, fase esta em que ela normalmente representa uma coisa, um objeto,

acontecimento ou própria linguagem, gestos, desenhos por coisas mais significantes

para ela no momento.

20

A função simbólica é então muito importante para a ampliação da inteligência, ainda que de acordo com Piaget, a criança só progride com o desenvolvimento da própria inteligência, ou seja. é à medida que o pensamento se desenvolve que sua linguagem, o desenho e o próprio jogo evoluem.” (Piaget, apud, FONTANA, l997:82).

VYGOTSKY (1984), acredita que o lúdico tem grande importância no

desenvolvimento da criança. Ela opera com significados ao substituir um objeto por

outro, ou seja, ela não se baseia nos objetos e sim nos significados. Para ele na

brincadeira a criança cria um desenvolvimento proximal, ou seja, muda sempre seu

comportamento diante do brinquedo, é como se ela fosse maior do que é realmente.

Com isso a brincadeira passa a ter mais influencia no desenvolvimento psíquico da

criança preparando o caminho de transição para um novo e mais elevado nível de

desenvolvimento.

O lúdico na alfabetização, segundo VYGOTSKY (1984), tem como objetivo

favorecer através dos jogos a construção de conceitos matemáticos e o

desenvolvimento da linguagem oral e escrita. A brincadeira é uma forma de

comportamento social que se destaca na atividade do trabalho e no ritmo cotidiano

da vida, reconstruindo-o para compreendê-lo seguindo sob uma lógica própria

circunscrita e organizada no tempo e no espaço. Portanto o jogo e a recreação são

de grande relevância na vida de uma criança, alem da saúde, auxilia o

aperfeiçoamento das funções mentais, físicas, emocionais e sociais.

2.2 JOGOS E BRINCADEIRAS NO COTIDIANO ESCOLAR

A brincadeira se faz presente, em todos os espaços da escola e também em

diversas situações da vida da criança.

FONTANA (1978: 148), deixa claro que “brincar é sem dúvida muito mais

que aprender é experimentar, imaginar, expressar, compreender, confrontar,

negociar e transformar”.

No ambiente alfabetizador, o professor usando a brincadeira, o jogo, não

envolverá somente as atividades cognitivas da criança, estará envolvendo como um

todo, ou seja, a interação entre todos, e a socialização de pensamentos e a

aceitação de regras impostas pelo grupo.

21

FONTANA (1978), em sua análise vê no jogo grande possibilidade de as

crianças exercitarem todos os seus sentimentos nele pode realizar gestos

pensamentos para integrar conhecimentos sobre o ser humano, Para ele no jogo

existem regras que devem ser obedecidas. Jogar possibilita, jogo de experiência,

uso de habilidades, comparação com o outro, liberdade emocional.

Dessa forma considera-se que nem todo tipo de jogo é possível ser

trabalhado em sala de aula, pois alguns não se encaixam nas disciplinas. Outras

afirmam que para se trabalhar com jogos e brincadeiras com os alunos necessita-se

de um planejamento, que não basta jogar por jogar, brincar por brincar, tem que

haver um sentido para que os mesmos não se tornem desinteressados para a vida

dos alunos.

O jogo evolui de um exercício simples que passa ao simbólico.

Na primeira como atividade lúdica o movimento corporal, o segundo é o faz

de conta, a fantasia, o último, ou seja, nos jogos sociais a fantasia, existe atividades

em grupos, de trocas e regras que devem ser consideradas.

Os jogos com regras aprecem por volta dos sete anos, possibilitados pela crescente sociabilizacão do pensamento da criança que conduz substituição do símbolo lúdico individual, pelas regras supõe relações interindividuais, pois é “uma regularidade imposta pelo grupo”, e de tal sorte que a sua violação representa uma falta. (PIAGET,, apud, FONTANA 1978: 148).

FONTANA (1997: 47), afirma que: “A brincadeira faz parte das práticas

escolares das crianças” ou “brincando a criança aprende.” Com este pensamento os

jogos e brincadeiras devem ser utilizados como recursos didáticos muito importantes

principalmente nas séries iniciais.

PIAGET (1997), vê no lúdico uma atividade importantíssima no

desenvolvimento real da criança

2.3 A INTERAÇÃO DURANTE AS ATIVIDADES LÚDICAS NA PRÁTICA

PEDAGÓGICA

O lúdico da criança, é de grande valor educativo, é essencial trabalhar como

conteúdo nas escolas, ou seja, na formação do aluno. “A brincadeira cria uma zona

de desenvolvimento proximal, no brinquedo é como se ela fosse maior do que a

realidade.” (VYGOTSKY, 1988: 122).

22

A interação é a atividade, com a qual ocorrem as mais importantes

mudanças no desenvolvimento psíquico da criança e dentro da qual se desenvolvem

processo que preparam para um novo nível de aprendizagem. Portanto, para

aprender, o aluno precisa ao seu lado alguém que possa ajudá-los nos diferentes

momentos, a fim de alcançar um nível mais elevado de conhecimento.

Por MEIO da interação que se estabelece entre eles, o aluno vai construindo

novos conhecimentos, habilidades e significação.

Ainda para essa concepção para o sujeito fazer uso da íngua não é somente

traduzir e expor, ou transmitir o seu pensamento ou informações a outrem, mas sim

realizar ações, agir atuar sobre e com o interlocutor. É através da linguagem que

acontece a interação comunicativa entre interlocutores em um contexto social,

histórico e ideológico. Brincar é uma forma de aprender, privilegiando-se na escola,

existe o professor, que conduz intencionalmente, a fim de atingir seus objetivos.

As crianças brincam, porque estas situações indicam que na brincadeira do faz-de-conta elas criam símbolos lúdicos que ajudam na linguagem interior que as crianças repensam, revivem acontecimentos. A brincadeira está ligada a simbolismos direto de cada indivíduo. (FONTANA, 1997: 85).

Através da linguagem não-verbal utiliza-se o aluno com um ser integral que

faz uso de todos seus sentidos, proporcionando a construção e reconstrução, ou

seja, construir seu próprio mundo simbólico.

2.4 ASPECTOS COGNITIVOS DO JOGO

Existe no uso dos jogos dois aspectos primordiais, um referente a

afetividade expresso durante a ação e outro referente aos aspectos cognitivos, no

qual o jogo proporciona avanços nos processos de aprendizagem e

desenvolvimento.

Assim, iremos enfatizar no momento o aspecto cognitivo do jogo, embasado

no referencial teórico de VYGOTSKY (1984).

O desenvolvimento da espécie humana está baseado no aprendizado que,

para VYGOTSKY (1984), sempre envolve interferência, direta ou indireta, de outros

indivíduos e a reconstrução pessoal da experiência e dos significados.

23

VYGOTSKY (1984), dedicou-se a estudar o que chamamos de funções

psicológicas superiores ou processos mentais superiores, isto é, aquelas funções

mentais mais complexas, típicas do ser humano, que envolvem o controle

consciente do comportamento, como percepção, atenção e memória, que não estão

presentes no ser humano desde o seu nascimento (as outras funções psíquicas

elementares são aquelas que representam os mecanismos mentais mais simples

como as ações reflexas, as reações automáticas ou os processos de associação

simples).

O conceito de mediação substitui a idéia do simples estímulo-resposta, como

proposta de aprendizagem, pela idéia de um ato mais complexo, o ato mediado.

A mediação seria um processo de intervenção de um elemento intermediário

numa relação, ou seja, a relação deixa de ser direta e passa a ser mediada por esse

elemento. A mediação se caracteriza como a relação de homem com o mundo e

com outros homens, “é de fundamental importância justamente porque é através

deste processo que as funções psicológicas superiores, especificamente humanas,

se desenvolvem”. Há dois elementos básicos responsáveis por essa mediação: “o

instrumento, que tem a função de regular as ações sobre os objetos e o signo, que

regula as ações sobre o psiquismo das pessoas”. (REGO, 2000).

O entendimento desse elemento mediador na relação organismo-meio vem

provar que a relação mais importante do homem com o mundo não é a relação

direta e sim a relação mediada. E são as funções psicológicas superiores que

organizam essa relação entre o homem e o mundo real, através dos mediadores

chamados instrumentos e signos.

A concepção sobre os instrumentos como mediadores entre o homem e o

mundo real tem base no materialismo de Marx e Engels. Ele acredita que com o

surgimento do trabalho e a formação da sociedade humana com base no trabalho, o

processo básico que vai marcá-lo como espécie diferenciada é o trabalho com

finalidade de transformação da natureza. Através dele desenvolvem-se atividades

coletivas e, portanto relações sociais e seu produto têm grande importância na

atividade humana. Assim, MEIRA afirma que:

Ao evidenciar que o indivíduo interioriza determinadas formas de funcionamento que estão dadas pela cultura, mas que ao apropriar-se delas transforma-as em instrumentos de pensamento e ação estabelece as bases para uma nova compreensão da relação entre o sujeito psicológico e o

24

contexto histórico, que resgata o sentido subjetivo e pessoal do homem, mas situando-o na trama complexas das relações sociais. (1998,89).

Conforme ressalta REGO (2000), essas características humanas

proporcionam a concepção do desenvolvimento como processo.

O desenvolvimento está intimamente relacionado ao contexto sócio-cultural em que a pessoa se insere e se processa de forma dinâmica (e dialética) através de rupturas e desequilíbrios provocados de contínuas reorganizações por parte do indivíduo. (REGO, 2000:83).

Esse conceito sob a ótica da educação escolar é importante, pois sendo o

aprendizado que impulsiona o desenvolvimento, a escola tem um papel fundamental

na construção do ser psicológico adulto de nossas sociedades mais organizadas e

coerentes.

As funções psicológicas que fazem parte do nível de desenvolvimento real

da criança em determinado momento de sua vida são aquelas já bem estabelecidas

naquele momento. É resultado de processos de desenvolvimento já completados, já

consolidado.

O desenvolvimento individual se dá num ambiente social determinado e a

relação com o outro, nas diversas esferas e níveis de atividade humana, é essencial

para o processo de construção do ser psicológico individual.

Há tarefas que uma criança não é capaz de realizar sozinha, mas que se

torna capaz de realizar se alguém lhe der instruções, fizer uma demonstração,

fornecer pistas, ou der assistência durante o processo.

A zona de desenvolvimento proximal refere-se, assim, segundo VYGOTSKY

(1984), ao caminho que o indivíduo vai percorrer para desenvolver funções que

estão em processos de amadurecimento e que se tornarão funções consolidadas,

estabelecidas ao seu nível de desenvolvimento real. A zona de desenvolvimento

proximal é um domínio psicológico em constante transformação: aquilo que uma

criança é capaz de fazer com a ajuda de alguém hoje, ela conseguirá fazer sozinha

amanhã.

À distância entre aquilo que ela é capaz de fazer de forma autônoma (nível

de desenvolvimento real) e aquilo que ela realiza em colaboração com os outros

elementos de seu grupo social (nível de desenvolvimento potencial) caracteriza de

desenvolvimento potencial ou proximal’. Neste sentido, o desenvolvimento da

criança é visto de forma prospectiva, pois a zona de desenvolvimento proximal

25

define aquelas funções que ainda não amadureceram que estão em processo de

maturação, funções que amadurecerão, mas que estão presentes em estado

embrionário.

A concepção de VYGOTSKY (1984), sobre as relações entre

desenvolvimento e aprendizado, e particularmente sobre a zona de desenvolvimento

proximal, estabelece forte ligação ente o processo de desenvolvimento e a relação

do indivíduo com seu ambiente sócio-cultural e com sua situação de organismo que

não se desenvolve plenamente sem o suporte de outros indivíduos de sua espécie.

É na zona de desenvolvimento proximal que a interferência de outros indivíduos é

mais transformadora.

O processo de ensino e aprendizagem na escola deve ser construído, então,

tomando como ponto de partida o nível de desenvolvimento real da criança, num

dado momento e com sua relação a um determinado conteúdo a ser desenvolvido, e

como ponto de chegada os objetivos estabelecidos pela escola, supostamente

adequados à faixa etária e ao nível de conhecimentos e habilidades de cada grupo

de crianças. O percurso a ser seguido nesse processo estará demarcado pelas

possibilidades das crianças, isto é, pelo seu nível de desenvolvimento potencial.

Uns ambientes desafiadores, capazes de “estimular o intelecto” proporcionando a conquista de estágios mais elevados de raciocínio. “Isto quer dizer que o pensamento conceitual é uma conquista que depende não somente do esforço individual, mas principalmente do contexto em que o indivíduo se insere que define, aliás, seu ‘ponto de chegada. (REGO, 2000: 81).

Entende-se assim que a relação do homem com o mundo não é uma relação

direta, pois é mediada por meios, que constituem nas ‘ferramentas auxiliares’ da

atividade humana. A capacidade de criar essas ‘ferramentas’ é exclusiva da espécie

humana. O pressuposto da mediação é fundamental na perspectiva sócio-histórica

justamente porque é através dos instrumentos e signos que os processos de

funcionamento psicológico são fornecidos pela cultura. É por isso que VYGOTSKY

confere à linguagem um papel de destaque no processo de pensamentos. (REGO,

2000). No significado da palavra é que o pensamento e a fala se unem em

pensamento verbal. Não podemos deixar de mencionar nesse processo a interação

entre pensamento e linguagem, na qual vários aspectos são significativos para a

espécie: a comunicação entre as pessoas, o contato social, a expressão dos seus

pensamentos e vontades, dentre outros.

26

Quando uma criança exprime suas dificuldades para compreender,

interpretar ou manejar algum conhecimento novo, já não é apenas o professor que

deve ser ativo e encontrar a forma de motivar os alunos em relação ao problema,

mas sim todos os integrantes do grupo devem colaborar para que isso ocorra,

através de jogos e atividades lúdicas.

Se o método é ativo, ou seja, ao aprender algo à criança participa de uma

atividade concreta, essa mesma atividade pode tornar evidente sua dificuldade,

assim a compreensão dos passos pode colaborar para a realização de uma nova

atividade articulando aprendizagem e desenvolvimento. Nesta perspectiva, segundo

REGO (2000), o jogo é fundamental para que os processos de desenvolvimento se

efetivem, resultando em saltos nos processos de aprendizagem e desenvolvimento,

pois um está relacionado e articulado ao outro. No próximo momento, analisaremos

o aspecto afetivo da utilização dos jogos enfatizando sua importância para a

aprendizagem e o desejo em buscar cada vez mais conhecimentos.

2.5 O ASPECTO AFETIVO DO JOGO

A libertação da inteligência aprisionada, segundo REGO (2000), somente

poderá dar-se através do encontro com o perdido prazer de aprender. Ao relatarmos

sobre aprendizagem, desenvolvimento, processos de interação, educação escolar

não pode deixar de mencionar sobre a vontade de aprender, o desejo em buscar e

realizar a construção do conhecimento o acreditamos que pode ser resgatado

através dos jogos em sua dimensão afetiva.

Sucesso e fracasso escolar estão diretamente relacionados com essa

vontade de aprender. A educação escolar deve objetivar manter seus alunos em

situação de constantes aprendizagens, mas muitas vezes a correria do dia-a-dia

acaba por abafar esse processo e torna o prazer pelo aprender cada vez mais

complicado, deixando espaço para o fracasso na aprendizagem.

Ao desenvolver em sala de aula um trabalho com jogos está não só

desenvolvendo os aspectos cognitivos das crianças, mas passando também a

enfatizar os aspectos afetivos que são resgatados durante um momento lúdico

(jogos e brincadeiras). Conforme (REGO, 2000: 80):

27

É interessante observar que, para Vygotsky, o ensino sistemático não é o único fator responsável por alargar horizontes na zona de desenvolvimento proximal. Ele considera o brinquedo uma importante fonte de promoção de desenvolvimento. Afirma que, apesar do brinquedo não ser o aspecto predominante da infância, ele exerce uma enorme influencia no desenvolvimento infantil.

Para trabalhar com os jogos em todas as suas dimensões, tanto cognitivas

quanto afetivas, segundo (REGO, 2000), temos que traçar e definir os objetivos que

se quer alcançar, para não ficar um momento solto e sem significado dentro da sala

de aula.

Estamos então, interligando a educação escolar com a apropriação de

conhecimentos, o que resultaria em processos de aprendizagem e desenvolvimento.

Assim ao trabalharmos com os aspectos afetivos que norteiam o processo de

aprendizagem poderemos buscar através de atividades significativas o sucesso

escolar. Os aspectos emocionais estariam ligados ao desenvolvimento afetivo e sua

relação com a construção do conhecimento e a expressão deste através da

produção escolar. Remete aos aspectos inconscientes envolvidos no ato de

aprender.

Ao ensinar com carinho e respeito às individualidades e potencialidades,

segundo (REGO, 2000), estaremos mais próximos de prevenir os fracassos

escolares. É ampliar a saúde educacional, é dar sentido ao que é realmente

significante para quem quer aprender. Aos educadores envolvidos com o processo

de aprendizagem cabe resgatar em nas crianças o gosto pelo aprender, à vontade

pela busca de conhecimento. Consideramos que através de jogos isso se

processaria mais facilmente.

A construção de um espaço de jogo, de interação e de criatividade

proporcionaria o aprender com seu objetivo máximo, com sentido e significado, no

qual o gostar e o querer estariam sempre presentes.

O jogo, a brincadeira e a diversão fazem parte de outra importante dimensão da aula, a ser desenvolvida pelos educadores, a qual denominamos amplamente de ‘movimento lúdico’. O lúdico permite que a criança explore a relação do corpo com o espaço, provoca possibilidades de deslocamento e velocidade, ou cria condições mentais para sair de enrascadas. Vai, então assimilando e gostando tanto, que tal movimento a faz buscar e viver diferentes atividades que passam a ser fundamental, não só no processo de desenvolvimento de sua personalidade e de seu caráter como, também, ao longo da construção de seu organismo cognitivo. (REGO, 2000:80).

28

Quem ensina e quem aprende possuem, segundo (REGO 2000), as

mesmas características, como: organismo, inteligência, desejo e corpo, ambos se

relacionando entre si e com a aprendizagem que se dá na interação dos corpos com

a aprendizagem. A interação e os processos de construção dos conhecimentos

adquiridos são fundamentais para alcançarmos o significado da educação escolar

para as crianças, levando ao prazer pelo aprender quando se deparam ao domínio

do estudado. E, o uso dos jogos pode auxiliar todo esse processo, tanto no aspecto

cognitivo quanto no aspecto afetivo.

Analisa-se então, os jogos como estratégia de ensino, na qual ao agir a

criança projeta seus sentimentos, vontades e desejos, buscando assim a afetividade

na aprendizagem. Acreditamos que os jogos podem também resgatar o desejo pela

busca de conhecimento e tornar a aprendizagem prazerosa, na qual a criança passe

a gostar cada vez mais de aprender.

29

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Na escola é possível o professor trabalhar os jogos como forma de difundir

os conteúdos. Para isso, entendo ser necessários a vivência, a percepção e o

sentido, ou seja, o educador precisa selecionar situações importantes dentro da

vivência em sala de aula; perceber o que sentiu como sentiu e de que forma isso

influencia o processo de aprendizagem; além de compreender que no vivenciar, no

brincar, a criança é mais espontânea. Sem dúvida, os conteúdos podem ser

trabalhados com o uso do jogo.

A criança pode trabalhar ou fixar um conteúdo com a atividade lúdica. Mas,

para isso, o jogo é uma das estratégias e não a única. Entende-se ainda que o

primeiro passo para se trazer o lúdico, a brincadeira para dentro da escola, é o

resgate da infância dos próprios educadores, a memória do que brincavam, como

brincavam, lembrarem-se de uma figura especial, é um momento de humanizar as

relações, de resgatar o sentimento e lembrar como eles eram e o que sentiam

quando viviam o momento que as crianças, seus alunos, estão vivendo agora. Todo

mundo foi criança e teve essa vivência. Atualmente, o problema da utilização do jogo

na escola, está no fato dele ser usado apenas como instrumento pedagógico e não

como uma linguagem através da qual o professor pode ter informações da criança.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARIÈS, Philippe. História social da criança e da família. 2.ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 1986. BENJAMIN, W. Reflexões: a criança, o brinquedo, a educação. São Paulo: Summus, 1987. BRASIL. Parâmetros curriculares nacionais. Educação Física. Brasília: Ministério da Educação, 1997. ESCOLA Ciclada de Mato Grosso: Novos tempos e espaços para ensinar: aprender a sentir, ser e fazer. Cuiabá: SEDUC, 2000. FEITOSA, Vera Cristina; Comunicação na tecnologia: manual de redação científica. São Paulo: Brasiliense, 1987. FONTANA, R. E. O papel da brincadeira no desenvolvimento da criança. Cruz, N. Psicologia e Trabalho Pedagógico. São Paulo: Atual, 1997. FONTANA, R. E. A brincadeira na vida e na escola. Cruz, N. Psicologia e Trabalho Pedagógico. São Paulo: Atual, 1978. FROEBEL. Friedrich, O pedagogo dos jardins de infância. Petrópolis: Vozes, 2002. GRANDO, Regina Célia. A construção do conceito matemático no jogo. Revista de Educação Matemática. Ano 5, n.º 3. FE/UNICAMP, 1997. GUERRA, Marlene. Recreação e lazer. Porto Alegre: Sagra, 1988. MEIRA, M. E. M. Desenvolvimento e aprendizagem: reflexões sobre as relações e implicações para a prática pedagógica. Revista Ciência e Educação, volume 5, n.2. Bauru: UNESP, 1998. OLIVEIRA, M. K. Vygotsky: aprendizado e desenvolvimento, um processo sócio-histórico. 4. ed. São Paulo: Scipione, 1999. PIAGET, Jean. A formação do símbolo na criança: jogo, sonho, imagem e representação. Rio de Janeiro: Zahar, 1997. PIAGET, J. A psicologia da criança. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1998. REGO, T. C. Vygotsky: uma perspectiva histórico-cultural da educação. 10. ed. Petrópolis: Vozes, 2000. ROSSEAU. Jean Jacques. Jogos e brincadeiras, Rio de Janeiro: Editora Sprint, 1995. SOARES, Becker Magda. O que é letramento e alfabetização. São Paulo: Parábola Editorial, 2007.

VYGOTSKY, Lev. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1984. VYGOTSKY, Lev Semenovitch. Pensamento e linguagem. Trad. Jeferson Luiz Camargo. São Paulo: M. Fontes, 1998. VYGOTSKY, Lev Semenovitch. A formação social da mente. São Paulo: M. Fontes. 1989.

32